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ANAIS21 de setembro de 2018
Local: Auditório do Centro de Raízes e Amidos Tropicais
[
XII Workshop sobre
Tecnologias em Agroindústrias
de Tuberosas Tropicais
Apoio
Realização
XII WOKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS
Botucatu - SP 21 de Setembro de 2018
COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENAÇÃO GERAL
ADALTON MAZETTI FERNANDES
Coordenador executivo do Centro de Raízes e Amidos
Tropicais
PABLO FORLAN VARGAS
Vice-coordenador do Centro de Raízes e Amidos Tropicais
MAGALI LEONEL
Pesquisadora do Centro de Raízes e Amidos Tropicais
COMISSÃO DE APOIO
DANILO ROSA DE LIMA
ELDER CANDIDO MATTOS
JULIANA APARECIDA MARQUES EBURNEO
LUIZ HENRIQUE URBANO
XII WOKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS
Botucatu - SP 21 de Setembro de 2018
XII WORKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM
AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS
21 DE SETEMBRO DE 2018
AUDITÓRIO CENTRO DE RAÍZES E AMIDOS TROPICAIS
CERAT/UNESP - CÂMPUS DO LAGEADO
BOTUCATU - SP
XII WOKSHOP SOBRE TECNOLOGIAS EM AGROINDÚSTRIAS DE TUBEROSAS TROPICAIS
Botucatu - SP 21 de Setembro de 2018
APRESENTAÇÃO
O Centro de Raízes e Amidos Tropicais da UNESP realizará em 21 de
setembro de 2018 o XII Workshop sobre Tecnologias em
Agroindústrias de Tuberosas Tropicais, com o objetivo de promover
um ambiente de integração da Pesquisa com o setor produtivo e
agroindustrial. Este tradicional evento promovido pelo Cerat foi
idealizado a partir da observação da necessidade de se estabelecer um
ambiente de discussão, no qual produtores rurais, técnicos, empresas,
estudantes e pesquisadores pudessem adquirir conhecimento, discutir
sobre as necessidades de cada setor e a inovação tecnológica alcançada
através da pesquisa.
Nesta edição, serão abordados temas de interesse nas áreas de
fitotecnia de tuberosas, melhoramento genético, uso de culturas
amiláceas na alimentação animal, tendências científicas relacionadas a
cultura da mandioca e geração de energia através de processo
anaeróbio. Os palestrantes são docentes da UNESP especialistas em
suas áreas.
O evento também terá espaço para a apresentação, na forma de pôster,
de trabalhos de todos aqueles que atuam na área e, em áreas correlatas,
e desejam divulgar seus resultados neste evento.
O XII Workshop acontecerá no Auditório do Centro de Raízes e
Amidos Tropicais, na Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP,
Campus do Lageado, em Botucatu-SP, a partir das 07:30 horas.
O CERAT se sente muito honrado com a participação e contribuição
de todos.
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COLORAÇÕES DE PELÍCULA E POLPA DE RAÍZES TUBEROSAS DE BATATA-DOCE
ORIUNDAS DE SEMENTES BOTÂNICAS
Rós, A.B.1
; Cardoso, A.I.I.2; Navarro, J.C.dos S.
1
1 Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Polo Regional Alta Sorocabana. amarilis@
apta.sp.gov.br; [email protected]
2 Departamento de Produção Vegetal, UNESP. [email protected]
A batata-doce é o sétimo alimento mais importante no mundo, sendo essencial para a
manutenção da segurança alimentar. É um alimento muito energético, podendo ser consumido in natura
ou processado, além de ser matéria-prima para a produção de álcool. Suas raízes podem ser
amplamente utilizadas na área da gastronomia e produtos diferenciados, com a intenção de atender
nichos de mercado, têm sido demandados. Assim, o objetivo do trabalho foi identificar genótipos de
batata-doce oriundos de sementes botânicas com coloração de película e polpa diferentes do
convencional e com potencial para atender nichos de mercado específicos. O trabalho foi realizado em
Presidente Prudente/SP. Foram obtidas sementes botânicas de um campo de cruzamento entre as
cultivares Uruguaiana e Londrina. Ambas as cultivares possuem película roxa. As colorações da polpa
das cultivares Uruguaiana e Londrina são amarelo e amarelo pálido, respectivamente. As sementes
germinaram em bandejas de poliestireno expandido contendo substrato comercial a base de pinus.
Dessas plantas foram obtidas ramas que foram plantadas em campo para obtenção de raízes tuberosas.
Foram colhidas 2000 plantas. A coloração da película dos genótipos apresentou grande variação: roxa
(cor mais encontrada); roxo e rosa; rosa; rosa e rosa; rosa e creme; creme; salmão; creme e salmão;
roxo e creme; marrom; rosa e salmão. Essas cores variaram de tons claros a escuros. A polpa
apresentou coloração que variou de apenas uma para até três cores por raiz: amarelo; amarelo pálido;
branco; creme; laranja; laranja claro; amarelo e amarelo pálido; laranja e laranja claro; amarelo e
laranja; branco e roxo; branco e amarelo; amarelo e roxo; branco e amarelo pálido; amarelo, amarelo
pálido e roxo; amarelo, laranja e roxo. As cores de polpa presentes em maior quantidade foram amarelo
pálido e amarelo. Dessa forma, pode-se concluir que foi obtida uma grande diversidade de cores de
película e polpa, o que permitiu a seleção de genótipos com potencial para atender nichos de mercado.
Palavras-chave: Ipomoea batatas, melhoramento genético, gastronomia.
Agradecimentos: Fapesp (Processo 2017 / 03298-1).
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ADUBAÇÃO POTÁSSICA EM MANIVAS-SEMENTE INFLUENCIANDO O CRESCIMENTO
VEGETATIVO E PRODUTIVO DA MANDIOCA DE MESA
Gazola, B.1; Nunes, J.G.S.1; Silva Nunes, J.G.1; Fernandes, A.M.2
1FCA-UNESP, Botucatu – SP, [email protected]; [email protected]; jason.geter.a
[email protected]; 2CERAT-UNESP, Botucatu – SP, [email protected]
O potássio (K) é responsável por desempenhar importante papel no desenvolvimento da
cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz), atuando na síntese e translocação de carboidratos na
planta. Manivas-semente provenientes de plantas livres de patógenos e nutricionalmente sadias são dois
dos principais fatores de maior importância para proporcionar uma brotação e desenvolvimento inicial
da cultura satisfatório, pois no início do ciclo boa parte dos nutrientes necessários nesta fase são
provenientes da manivas-semente. Neste contexto, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do
residual da adubação potássica em manivas-semente de mandioca sob o crescimento e produtividade do
cultivo sucessor. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental de São Manuel da FCA /
UNESP(22º 77 'S, 48º 57' W e 740 m). O clima da região, de acordo com a classificação de Köppen, é
de tipo Cwa que se caracteriza como tropical de altitude, com inverno seco e verão quente e chuvoso. O
solo das áreas utilizadas foi um latossolo vermelho distrófico com textura arenosa. O experimento foi
dividido em duas fases, na primeira constou apenas do preparo das manivas-semente, onde foi realizado
no plantio a adubação com K em um cultivo de mandioca, cultivar 'IAC576-70', sendo as doses
utilizadas de 0, 45, 90 e 180 kg ha-1 de K2O (cloreto de potássio). Posteriormente após o
desenvolvimento vegetativo da lavoura, aos 10 meses após o plantio foi retirado manivas-semente as
quais foram utilizadas na segunda fase da pesquisa. O delineamento experimental utilizado foi de
blocos ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos foram representados pela adubação potássica
realizada nas manivas-semente (0, 45, 90 e 180 kg ha-1
de K2O). A adubação de plantio foi realizada
com a aplicação de 110 kg há-1 P2O5 (superfosfato triplo) e 60kg há
-1 de K2O (cloreto de potássio). Foi
realizado aos 30 dias após a emergência a aplicação em cobertura de 40 kg há-1
de N (ureia). Aos 330
dias após o plantio foram determinadas as seguintes características: altura, diâmetro de hastes, número
de hastes, número de folhas, produtividade por planta e produtividade total. Todas as variáveis
avaliadas foram influência pela aplicação de potássio nas manivas-semente. A adubação com 90 e 180
kg há-1
de K2O proporcionaram maior altura de plantas e diâmetro de hastes, respectivamente, em
relação a dose zero. O número de hastes por planta foi superior quando ocorreu o fornecimento de 45
kg há-1 de K2O diferindo das demais doses utilizadas, enquanto que para o número de folhas por planta
a mesma dose (45 kg ha -1
de K2O) proporcionou também os melhores resultados, diferindo apenas em
relação a dose zero. A produtividade de raízes por planta e produtividade total de raízes tuberosas
ambas apresentaram maiores resultados quando aplicado 180 kg há-1 de K2O. Conclui-se que o
crescimento e a produtividade de raízes tuberosas de mandioca, responderam de formas diferentes aos
níveis de adubação potássica nas manivas-semente utilizadas.
Palavras-chave: Manivas-semente, residual de potássio, produtividade total
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DETERMINAÇÃO DO(S) PARÂMETRO(S) DE DISSIMILARIDADE ENTRE OS AMIDOS
DE MANDIOCA, BATATA-DOCE E MANDIOQUINHA-SALSA.
Garcia, E.L.1; Leonel, M1
1Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected], [email protected]
O amido é um macronutriente muito utilizado pela indústria alimentícia. Sua capacidade de
interagir com outros constituintes faz do amido componente essencial para o processamento em
inúmeros segmentos industriais. Atualmente o mercado de amido restringe-se a basicamente aos
amidos de milho, batata, mandioca e trigo, havendo mercado para fontes não convencionais. Em geral,
são as características tecnológicas dos amidos que irão apontar sua utilização, entretanto, pouco se sabe
quais os parâmetros de dissimilaridade entre amidos das mais variadas fontes amiláceas. Objetivando
verificar quais os fatores que distinguem os amidos de mandioca (IAC 14), batata-doce (cv. Canadense)
e mandioquinha-salsa (cv. ASA) extraídos por método físico de matérias-primas cultivadas sob manejo
recomendado para o Estado de São Paulo, o trabalho avaliou estes amidos para tamanho de grânulo,
amilose, fósforo, índice de cristalinidade, poder de inchamento, solubilidade , digestibilidade do amido,
índice de solubilidade em água e absorção de água, características térmicas, de pasta e de
retrogradação. Após a obtenção dos dados a análise multivariada de agrupamento hierárquico foi
realizada para verificar quais os parâmetros que diferenciam as fontes avaliadas. Os resultados
demonstraram que o amido de mandioquinha-salsa apresenta características que proporcionam maior
similaridade tanto com o amido de batata-doce quanto com o de mandioca, enquanto, maior
dissimilaridade foi verificada entre os amidos de mandioca e batata-doce. Conforme o grau de
dissimilaridade existente verificou-se que o diâmetro médio dos grânulos, teor de amido resistente e o
percentual de retrogradação são os índices com maior contribuição para a dissimilaridade entre as
fontes estudadas. O conhecimento dos parâmetros de similaridade entre as mais variadas fontes
botânicas possibilita que a indústria processadora substitua a fonte utilizada por outra com melhores
características tecnológicas, não havendo prejuízo na planta de processamento e/ou nas tecnologias
adotadas durante a operação.
Palavras-chave: Manihot esculenta, Ipomoea batatas, Arracacha xanthorrhiza, propriedades, amido
Agradecimentos: CNPq (Processos 302887/2017-0 e 168771/2017-9).
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QUALIDADE DE TUBÉRCULOS DA BATATA AGATA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA
ADUBAÇÃO NITROGENADA
Fernandes, F.M.1; Silva, G.F.A.2; Soratto, R.P.3; Fernandes, A.M.4
1Pós-Graduanda da Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP [email protected], 2Graduando da Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP [email protected] 3Professor da Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, [email protected]>; 3Pesquisador do
CERAT, UNESP [email protected].
A batata (Solanum tuberosum L.) tem destaque econômico no Brasil, e em sua maior parte é
comercializada na forma in natura. A qualidade interna da batata é determinada pela composição
química dos tubérculos, influenciada principalmente pelo manejo da adubação e da cultivar utilizada. O
objetivo do presente trabalho foi o de avaliar o teor de sólidos solúveis (°Brix), acidez titulável, pH da
polpa e a relação entre o teor de sólidos solúveis e a acidez titulável de tubérculos de batata da cultivar
Agata, em função do manejo da adubação nitrogenada, produzidos durante a safra de inverno no ano
de 2016. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental Lageado, FCA/UNESP, campus de
Botucatu (22º51’ S; 48º25’ W e altitude de 786 m). O delineamento experimental foi o de blocos
casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por sete manejos do N: M1: 80
kg ha-1 de N no sulco de plantio + 80 kg ha
-1 de N aos 10 dias após a emergência (DAE) + 80 kg ha
-1 de
N aos 30 DAE + 80 kg ha-1 de N aos 45 DAE (referência); M2: 80 kg ha
-1 de N no sulco de plantio +
80 kg ha-1 de N aos 10 DAE (recomendado); M3: 160 kg ha
-1 de N no sulco de plantio (adubação
utilizada por produtores, simulando aplicação de 4.000 kg ha-1 da fórmula N-P2O5-K2O 04-14-08); M4:
80 kg ha-1 de N no sulco de plantio; M5: 60 kg ha
-1 de N no sulco de plantio + 40 kg ha
-1 de N quando
as leituras do clorofilômetro indicarem ISN < 90%; M6: 60 kg ha-1 de N no sulco de plantio + 40 kg ha
-
1 de N quando as leituras do clorofilômetro indicarem ISN < 95% e M7: testemunha. Nos manejos de N
com base nas leituras do clorofilômetro, foram realizadas aplicações de 40 kg ha-1 de N aos 31 e 38
DAE, totalizando, 140 kg ha-1 de N em ambos os manejos. Os tubérculos de batata foram colhidos aos
118 dias após o plantio e submetidos a análises laboratoriais. Os resultados mostraram apenas efeito
significativo quanto aos valores de acidez titulável, demonstrando assim que a quantidade de ácidos
orgânicos presentes na polpa dos tubérculos de batata sofreu influencia dos manejos da adubação
nitrogenada, apresentando o maior valor no M1, cuja dose aplicada de N foi de 320 kg ha-1. O manejo
do N não interferiu nos demais parâmetros de qualidade dos tubérculos.
Palavras-chave: Solanum tuberosum. Adubação nitrogenada. Qualidade de tubérculos. Acidez
titulável
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COMPOSTOS BIOATIVOS EM CASCAS DE BANANA “GRAND NAINE”AO LONGO DO
AMADURECIMENTO
Monar, G.R.S.¹*; Borges, C.V.¹; Belin, M. A. F.¹; Amorim, E.P.2; Leonel, M.3; Lima, G.P.P.¹
1Departamento de Química e Bioquímica, IBB, UNESP. [email protected]*; 1cristine.vanzb
@gmail.com; [email protected]; 1 [email protected]; [email protected] 2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA,. [email protected]. 3 Centro de Raízes e Amidos Tropicais- Cerat, FCA. UNESP. [email protected]
O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de banana (Musa spp). Ela possui alta
aceitação em diversas camadas sociais e importância econômica. Geralmente, a casca da banana é
descartada após preparações domésticas ou uso industrial. No entanto, estudos recentes indicam que a
casca contém elevado teor compostos bioativos, principalmente em relação à polpa, os quais podem
variar com o amadurecimento do fruto. Desse modo, o objetivo do trabalho é avaliar os compostos
biotivos em bananas “Grand Naine”(Nanica) ao longo do amadurecimento. Para realização das análises
foram selecionadas cascas do genótipo “Grand Naine” em três estádios de maturação (2: verde; 5:
amarelo e 7: amarelo com pontos pretos). A quantificação de fenóis totais, flavonoides totais e
carotenoides totais foram realizadas de acordo com Singleton & Rossi (1965), Popova et al. (2005) e
Lichtenthaler (1987), respectivamente. As concentrações de fenóis totais e flavonoides totais foram
calculadas com o auxílio de uma curva padrão externa de ácido gálico e quercetina, sendo expressos em
equivalente de ácido gálico (EAG) e equivalente de quercetina (EQ), respectivamente, e os valores de
carotenoides foram expressos em µg/g. Os teores de fenóis totais e carotenóides totais diminuiram com
o amadurecimento; o estádio 7 apresentou os maiores níveis de flavonoides totais (157,8 ± 8,52 mg EQ
/ 100g ms). Os conteúdos de flavonoides totais e carotenoides totais dependem do estádio de
amadurecimento. Durante o amadurecimento, pode ocorrer diminuição da quantidade de compostos
fenólicos causada pelo aumento do teor de água nas células e diminuição da atividade da enzima
envolvida na biossíntese de polifenóis (PAL ou fenilalanina-amônia-liase EC 4.3.1.5). Ao longo do
amadurecimento da banana ocorrem várias mudanças na matriz celular que culminam no aumento da
permeabilidade dos tecidos, promovendo maior liberação ou facilidade de compostos bioativos, como
ocorrido com os resultados aqui encontrados para flavonoides totais. As cascas de Musa spp. Possuem
uma alta concentração de compostos bioativos, os quais são influenciados pelo amadurecimento,
entretanto, mesmo com as mudanças durante a maturação, os níveis desses compostos permanecem
alto, demonstrando o grande potencial de uso desse subproduto pela indústria de bioativos. O uso das
cascas ainda possibilita a diminuição do lixo gerado durante a produção, dando um fim sustentável e
com grande potencial financeiro.
Palavras-chave: compostos fenólicos, carotenoides totais, Musa spp.
Agradecimentos: CNPq (Processo 43058 / 2017-0), Fapesp (Processos: 2016 / 17241-9; 2017/23488-
0;2017/22537-7).
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CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE RAÍZES DE MANDIOQUINHA-SALSA
ARMAZENADAS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE TEMPERATURA
Cândido, H.T.1,2; Santos, J.A.1; Marques, I.C.S.M.1; Lacerda, V.R.1; Garcia, E.L.1,2; Leonel, M.1,2
1 Unesp, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciência Agronômico.hebert.candido@gmail.
com, [email protected], [email protected], [email protected] 2Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected]
A mandioquinha-salsa é uma raiz tuberosa com alto valor alimentício e nutricional, a qual
pode ser utilizada na culinária, ou destinada para o preparo industrial. O Brasil se destaca como o maior
produtor mundial, sendo que no ano de 2017 foram comercializadas 31.825,62 toneladas do produto na
CEAGESP. A rápida deterioração pós-colheita é um dos grandes entraves para a comercialização da
mandioquinha e está relacionado à sua rápida deterioração pós-colheita, o que dificulta o
armazenamento do produto e a distribuição aos mercados distantes. Nesse sentido, este estudo teve
como objetivo conhecer o efeito da temperatura sobre as propriedades físico-química de mandioquinha-
salsa. As mandioquinhas utilizadas foram da variedade Senador Amaral, obtidas de um produtor de
Caldas, MG. O material foi sanitizado e submetido ao delineamento inteiramente casualizado, em
esquema fatorial 2x4, onde o fator 1 foi temperatura de armazenamento (ambiente ±19,1°C e
resfrigerada ±5ºC) e o fator 2 foi o período de armazenamento (dias de avaliação: 0, 2, 5 e 7). As
variáveis analisadas foram: textura, cor (°h e c*), teor de sólidos solúveis (SS), pH e acidez. O estudo
foi realizado no Centro de Raízes e Amidos Tropicais (CERAT), Unesp, Botucatu, no mês de julho de
2018. A partir do tempo 5, observou-se efeito significativo da interação dos fatores nas variáveis ºh e c*
(externos), SS e acidez, onde as médias do fator resfriamento foram superiores, exceto para acidez e SS
que o ambiente não refrigerado apresentou média superior. A temperatura influenciou isoladamente
somente para a textura, de modo que a média das raízes refrigeradas foram superiores as não
refrigeradas. O fator tempo influenciou na textura, pH e ºh (interno). Nenhum dos fatores influenciou
na variável c* (interna). As maiores médias encontradas para a variável cor (ºh e c*) mostram que as
raízes armazenadas em ambiente refrigerado conseguiram manter melhor aparência do produto ao
longo do tempo, fator que pode ser determinante para a decisão de compra dos consumidores. O menor
valor encontrado para SS indica menor solubilização da estrutura celular, o que pode ser confirmado a
partir do maior valor encontrado para textura (firmeza) no ambiente refrigerado. Os resultados obtidos
mostram que a temperatura influencia nas características pós-colheita de mandioquinha, de modo que
possibilita prolongar seu tempo de prateleira, ou características desejáveis para o processamento, sendo
assim, apresenta-se como uma importante etapa a ser empregada para a manutenção da qualidade.
Palavras-chave: Arracacia xanthorrhiza, qualidade, pós-colheita.
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COMPOSIÇÃO NUTRICINAL DE FARINHAS DE BATATA DOCE
Santos, I.S.1; Fernandes, M.F.P. 1; Santos, T.P.R. dos 2; Garcia, E. 2; Leonel, M. 2
1 Instituto de Biociências, UNESP. [email protected], [email protected] 2 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected]; [email protected]
A batata-doce (Ipomoea batatas) é uma das culturas mais importantes depois do arroz, trigo,
batata, milho e mandioca como alimento no mundo. O Brasil é um dos principais produtores na
América e esse produto tem grande importância social e econômica, pois contribui como alimento
energético, na geração de emprego e renda e, na fixação de produtores no campo. Além disso, a batata-
doce têm ação antioxidante, hepatoprotetora, antiinflamatória, antitumoral, antidiabética,
antimicrobiana, anti-obesidade e efeito antienvelhecimento. O processamento desse alimento para a
produção de farinhas, tanto da raiz quanto da parte aérea, pode incrementar o valor agregado a esta
cultura, pois propiciaria o aumento da produção brasileira e a disponibilização de produtos
diferenciados para a indústria alimentícia, sendo importante considerar a possibilidade de uso em
produtos sem glúten, cujo mercado está em forte ascensão nos últimos anos. Para a obtenção das
farinhas das raízes e das folhas de batata-doce foram colhidas plantas da cultivar Canadense, cultivadas
por 130 dias em área experimental da Fazenda São Manuel da UNESP, no ano de 2017. Para o cultivo
foram utilizadas as técnicas recomendadas para a cultura no Estado de São Paulo. Foram colhidas
plantas inteiras e as folhas e raízes foram separadas manualmente. As folhas foram lavadas com água
clorada e permaneceram em solução clorada por 15 minutos. Decorrido este tempo a solução foi
escoada e as folhas foram então desidratadas em estufa de circulação de ar a 45ºC por 48 horas,
ocorrendo revolvimento intermitente. As raízes foram lavadas com água corrente e fatiadas na
espessura de 3 mm. Em seguida foram imersas em solução de hipoclorito de sódio por 15 minutos.
Após escoamento da solução as fatias foram desidratas em estufa de circulação de ar a 50ºC por 48
horas. Os materiais secos foram moídos em moinho de facas para a obtenção das farinhas de batata-
doce. As farinhas foram analisadas para os teores de umidade, cinzas, fibras, lipídios, amido, açúcar
redutor, açúcar total, proteínas e minerais. A farinha de folhas mostrou ser uma boa fonte de proteínas
(8,62%) e minerais (cinzas, 9,28%) com conteúdos importantes de K, P, Ca, Mg, Fe, Mn e Cu.
Contudo, apresentou também elevado teor de fibras (15,18%), o que pode limitar a absorção de alguns
nutrientes. A farinha obtida da raiz da batata doce tem os açúcares e o amido (62,65%), como principais
componentes, apresentando-se como fonte de energia. Contudo, também apresentou bom conteúdo de
matéria graxa (3,24%). Estes resultados mostram o potencial ainda pouco explorado da utilização da
batata doce como matéria-prima para a obtenção de farinhas diferenciadas.
Palavras-chave: Ipomoea batatas, raiz, folhas.
Agradecimentos: CNPq (Processo 149334/2018-4)
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BATATA DOCE COMO FONTE DE ENERGIA: PRODUÇÃO TOTAL E PRODUTIVIDADE
DE AMIDO POR HECTARE EM CULTIVOS EM SOLOS COM BAIXA E ALTA
DISPONIBILIDADE DE FÓSFORO
Silva Nunes, J.G.1; Nunes, J.G.S.1; Gazola, B.1; Fernandes, A.M.2; Leonel, M.2
1 Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), UNESP, Campus de Botucatu-SP. jason.geter.agro@
gmail.com, [email protected], [email protected] 2 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, [email protected], [email protected]
Os principais componentes das raízes de batata-doce são o amido e os açúcares, os quais
constituem cerca de 17 a 21% do seu peso fresco. Devido a esta composição química, a batata-doce
pode ser usada como fonte de energia para produção de alimentos, bem como, matéria-prima para a
obtenção de bioetanol. Considerando a importância do fósforo para a síntese de carboidratos na planta,
este trabalho objetivou avaliar a produção total de raízes de batata-doce, e o rendimento em amido, e
em quilocaloria (Kcal) por hectare em cultivo de batata-doce cv. Canadense em solo com baixa e alta
disponibilidade de fósforo. O experimento foi conduzido na fazenda experimental São Manuel, da
Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA/UNESP, campus de Botucatu-SP, no período de outubro
de 2017 a abril de 2018. Antes da implantação do experimento, o teor de P no solo foi de 13 mg dm3. O
delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos
foram representados por duas doses de P2O5 (0 e 200 kg de P2O5 ha-1). A cultivar de batata-doce
utilizada foi a Canadense. Aos 170 dias após o plantio, por ocasião da colheita, determinou-se a
produtividade total de batata-doce, e o rendimento em amido, e em Kcal por hectare. Houve efeito
significativo de doses (p≤0,05) apenas para as variáveis rendimento em amido e em Kcal da batata-
doce. O rendimento em amido e em Kcal com a dose de 200 kg de P2O5 ha-1 aumentaram
aproximadamente 29% em relação a dose zero. O fornecimento de 200 kg de P2O5 ha-1 não alterou a
produtividade total de batata-doce em relação a dose zero. Conclui-se que a dose de 200 Kg de P2O5 ha-
1 não altera a produtividade total de batata-doce, porém beneficia o rendimento em amido, e em kcal
por hectare, o que aumenta expressivamente o valor agregado da cultura.
Palavras-chave: Ipomoea batatas, nutrição mineral, adubação
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DIAGNOSE NUTRICIONAL E PRODUTIVIDADE DA CV. MARKIES EM RESPOSTA AO
MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA
Pinto, L.O.G.1; Assunção, N.S.1; Fernandes, A.M.1; Soratto, R. P. 2
1 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected]
[email protected], [email protected] 2 Profº. Depto. Produção e Melhoramento Vegetal - FCA/UNESP, Botucatu-SP. [email protected]
O nitrogênio (N) é o segundo macronutriente mais absorvido pela cultura da batata. Por esse
motivo, a manutenção do estado nutricional de N da batateira ao longo do seu ciclo de desenvolvimento
é de extrema importância e pode influenciar na produtividade de tubérculos. O objetivo deste trabalho
foi avaliar o estado nutricional de N ao longo do ciclo de desenvolvimento da cultivar Markies e a
produtividade total e comercial de tubérculos em diferentes formas de manejo da adubação nitrogenada
com a aplicação de N na fase de enchimento de tubérculos. O experimento foi conduzido em campo,
com delineamento de blocos ao acaso, com quatro formas de manejo da adubação nitrogenada e quatro
repetições, as quais foram denominadas como: M1 = 160 kg ha-1 de N no plantio; T2 = 160 kg ha
-1 de N
no plantio + 40 kg ha-1 de N na fase de enchimento de tubérculos (41 dias após a emergência - DAE);
M3 = 80 kg ha-1 de N no plantio e 80 kg ha
-1 de N na amontoa (10 DAE); M4 = 80 kg ha
-1 de N no
plantio e 80 kg ha-1 de N na amontoa + 40 kg ha
-1 de N na fase de enchimento de tubérculos. Quanto as
formas de manejo da adubação nitrogenada, os manejos M1 e M2 equivalem a aplicação no sulco de
plantio de 4,1 t ha-1 (10 t alqueire
-1) da fórmula NPK 04-14-08, enquanto os manejos M3 e M4
representam a mesma dose dos manejos anteriores parcelada em 50% no sulco de plantio e 50% em
cobertura junto com a amontoa (10 DAE). Dentre as épocas de avaliações da diagnose nutricional de N
(15, 29, 43, 53 e 69 DAE), houve diferença entre os manejos apenas aos 29 e 53 DAE. Aos 29 DAE, os
manejos M1 e M2 apresentaram o maior teor de N foliar, enquanto o menor foi obtido no manejo M4.
Já aos 53 DAE, os M2 e M3 apresentaram os maiores teores de N na folha diagnose em contrapartida
ao menor teor alcançado no manejo M1. A produtividade total e comercial de tubérculos não sofreu
influência dos manejos. Apesar da redução dos teores foliares de N ao longo do ciclo de
desenvolvimento da batateira, em todas as épocas avaliadas estes encontraram-se dentro ou acima da
faixa considerada adequada a cultura, com exceção do M1 aos 63 DAE, e não influenciaram a
produtividade total e comercial de tubérculos.
Palavras-chave: Solanum tuberosum, nutrição nitrogenada, produtividade total e comercial de
tubérculos
Agradecimentos: PIBIC (Processo 149803/2018-4)
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14
PRODUTIVIDADE DA MANDIOCA EM RESPOSTA À ADUBAÇÃO NITROGENADA E
POTÁSSICA NO SEGUNDO CICLO
Mota, L.H.S.O.1,2; Fernandes, A.M.1; Assunção, N.S.1; Leite, H.M.F.3
1 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP, Botucatu-SP. [email protected],
[email protected], [email protected] 2 IFAC - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre, Cruzeiro do Sul-AC. 3 Depto. Produção e Melhoramento Vegetal - FCA/UNESP, Botucatu-SP. UFAC - Universidade
Federal do Acre, Cruzeiro do Sul-AC. [email protected]
Apesar de ser uma cultura rústica, a planta de mandioca (Manihot esculenta Crantz) necessita
de uma nutrição mineral equilibrada para expressar todo seu potencial de produção de raízes e amido
(fécula). O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade de raízes, em resposta a aplicação de
nitrogênio (N) e potássio (K) em cobertura no segundo ciclo da mandioca manejada com e sem poda da
parte aérea. O experimento foi conduzido em campo, com delineamento experimental de blocos
casualizados, no esquema fatorial 2x2x4, com quatro repetições. Os tratamentos foram representados
por dois sistemas de manejo (com e sem poda da parte aérea) e pela aplicação no segundo ciclo de dois
níveis de K (sem e com K - 90 kg ha-1 de K2O) e quatro doses de N (0, 50, 100 e 200 kg ha
-1). O plantio
da mandioca foi realizado em junho de 2016 e nas parcelas com poda da parte aérea, a poda foi
realizada no período de repouso fisiológico da cultura, em julho de 2017. A colheita da mandioca foi
realizada aos 22 meses após o plantio. Não houve efeito de interação entre os fatores estudados.
Verificou-se que houve uma redução de 9,9% na produtividade de raízes com a realização do manejo
de poda no período de repouso fisiológico da planta. A produtividade de raízes tuberosas frescas não
foi influenciada pela aplicação de K no segundo ciclo. Porém esta variável foi influenciada pelas doses
de N, observando-se um aumento linear de 50% na produtividade de raízes. Os resultados sugerem que
a aplicação de K no segundo ciclo não interfere na produtividade de raízes, porém a aplicação de N
aumenta significativamente a produtividade da mandioca de indústria independentemente da realização
ou não da poda da parte aérea.
Palavras-chave: Manihot esculenta, mandioca de indústria, nutrição mineral.
Agradecimentos: Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC.
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15
CARACTERIZAÇÃO DE FARINHAS A PARTIR DE CASCA E POLPA DE BANANA
VERDE
Fernandes, M.F.P. ¹; Santos, I.S. ¹; Santos, T.P.R. dos ²; Garcia, E.L. ²; Leonel, M. ²
1 Instituto de Biociências, UNESP. [email protected]; [email protected] 2 UNESP, Centro de Raízes e Amidos Tropicais (CERAT). [email protected]; thaispaes.btu@
gmail.com; [email protected].
O Brasil é um dos maiores produtores de banana, ocupando o quarto lugar no ranking
mundial. No entanto, está entre os países que mais desperdiçam a fruta durante a cadeia de produção,
comercialização e consumo. Diante deste cenário, este trabalho teve por objetivo produzir farinhas de
polpa e de casca de banana verde, visando fornecer informações importantes para o incentivo ao uso
como ingredientes para produtos alimentícios. Para a obtenção das farinhas, frutos de banana cv
Nanicão foram colhidos de plantas cultivadas em acordo com as recomendações para a cultura na
Fazenda São Manuel da UNESP. Os frutos encontravam-se no estádio I de maturação, ou seja, casca
totalmente verde. Após os despencamento de vinte cachos, foram separadas as cascas e a polpa dos
frutos. As cascas foram higienizadas em água clorada, desidratadas a 50ºC e moídas para a obtenção da
farinha de casca. As polpas foram imersas em solução de ácido ascórbico e depois desidratadas a 50ºC
e moídas para a obtenção da farinha de polpa. As farinhas foram analisadas para os teores de umidade,
cinzas, matéria graxa, proteína, açúcares totais e amido. Os resultados obtidos mostraram maiores
teores de fibras (6,98 %), proteína (0,5%), matéria graxa (4,25 %) e cinzas (10,36%) na farinha de
casca quando comparada a farinha de polpa que apresentou os seguintes valores: fibras (0,38%),
proteína (0,45%), matéria graxa (0,33%) e cinzas (2,65%). A farinha de polpa mostrou considerável
teor de amido(69,84%).Estes resultados evidenciam o potencial de uso da farinha de casca como fonte
de fibras e minerais e a farinha de polpa como substituta da farinha de trigo em produtos alimentícios.
Palavras-chave: banana verde, farinhas, casca banana
Agradecimentos:CNPq (Processo 800436/2018-0).
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EFEITO DA EBULIÇÃO NOS TEORES DE FENOIS TOTAIS E ATIVIDADE
ANTIOXIDANTE EM BANANAS ‘MONTHAN 172’
Belin, M.A.F.1; Borges, C.V.1; Monar, G.R.S.1; Amorim, E.P.2; Leonel, M.3; Minatel, I.O.1;
Lima, G.P.P.1
1 Departamento de Química e Bioquímica, IBB, UNESP. 1*[email protected]; 1cristine.vanzb@
gmail.com; [email protected]; 1 [email protected]; [email protected] 2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA – Rua Embrapa s/n, caixa postal 007, 44380-
000, Cruz das Almas, BA. [email protected]. 3 Centro de Raízes e Amidos Tropicais- Cerat, FCA. UNESP. [email protected]
A banana (Musa spp.) é o quarto alimento e a segunda fruta mais produzida no mundo. Suas
propriedades organolépticas, fácil acessibilidade e baixo custo são importantes fatores que contribuem
para seu alto consumo pela população. A banana pode ser fonte de fenóis totais, compostos
reconhecidos por possuir alta atividade antioxidante, auxiliando no combate a redicais livres e estresse
oxidativo. O processamento térmico pode melhorar as características sensoriais da banana, mas pode
influenciar seus teores de compostos bioativos e sua atividade antioxidante. Desse modo, o objetivo
desse trabalho é avaliar o efeito da ebulição nos teores de fenóis totais e atividade antioxidante de
polpas de bananas ‘Monthan 172’. Os frutos de ‘Monthan 172’ foram fornecidos pela EMBRAPA ao
Laboratório de Bioquímica e Química Vegetal (LBQV)/Unesp/IBB e foram submetidos à ebulição por
10 minutos. Após liofilização os teores de fenóis totais e a atividade antioxidante via DPPH, FRAP e
ABTS foram avaliados por espectrofometria. Os teores de fenóis totais variaram entre 67,6 ± 2,6 e
144,3 ± 3,7 mg EAG / 100g, sendo que a ebulição aumentou os teores desses compostos. A ebulição
elevou a atividade antioxidante pelos três diferentes métodos (DPPH: 3,1 ± 0,1 mg / g ; FRAP: 44,7 ±
0,8 mmol Fe / Kg ; ABTS: 699,4 ± 34,9 mmol TEAC / 100 g) em relação ao fruto in natura (DPPH: 1,5
± 0,1 mg / g; FRAP: 20,3 ± 1,2 mmol Fe / Kg; ABTS: 154,5 ± 7,9 mmol TEAC / 100 g). O
processamento térmico pode agir sob a parede celular dos frutos e auxiliar na liberação e
descomplexação de compostos bioativos da matriz, como ocorreu com os fenóis totais aqui analisados.
Esses compostos são reconhecidos por possuírem alta atividade antioxidante, justificando assim os
resultados de atividade antioxidante pelos três métodos aqui realizados. Musa spp. é uma interessante
fonte de compostos bioativos, além de melhorar os aspectos sensoriais do fruto, a ebulição aumenta os
níveis de fenóis totais e a atividade antioxidante desse fruto, assim, recomenda-se que seu consumo seja
realizado após esse tipo processamento térmico para obtenção de maiores níveis de bioativos, gerando
benefícios à saúde e maior shelf-life, devido a diminuição oxidação das bananas.
Palavras-chave: Musa spp., compostos bioativos, capacidade antioxidante.
Agradecimentos: CNPq (Processo 305177/ 2015-0), FAPESP (Processos 2016/22665-2; 2016/00972-
0; 2017 / 23488-0).
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17
FRITURA AUMENTA OS TEORES DE FLAVONOIDES E CAROTENOIDES TOTAIS E
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM BANANAS ‘MONTHAN 301’
Belin, M.A.F.1; Borges, C.V.1; Monar, G.R.S.1; Amorim, E.P.2; Leonel, M.3; Minatel, I.O.1;
Lima, G.P.P.1
1 Departamento de Química e Bioquímica, IBB, UNESP. 1*[email protected]; 1cristine.vanzb@
gmail.com; [email protected]; 1 [email protected]; [email protected] 2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA – Rua Embrapa s/n, caixa postal 007, 44380-
000, Cruz das Almas, BA. [email protected]. 3 Centro de Raízes e Amidos Tropicais- Cerat, FCA. UNESP. [email protected]
A banana (Musa spp.) é o quarto alimento mais produzido no mundo, suas propriedades
organolépticas, custo e acessibilidade estimulam a população à consumi-la. Além de macronutrientes, a
banana pode possuir compostos bioativos, como flavonoides e carotenoides, com funções específicas e
atividade antioxidante, auxiliando no combate a radicais livres e estresse oxidativo. A fritura pode
melhorar as características sensoriais das bananas, entretanto pode influenciar os níveis de compostos
bioativos e atividade antioxidante desse fruto. Desse modo, o objetivo foi avaliar o efeito da fritura nos
teores de flavonoides e carotenoides totais e a atividade antioxidante em bananas ‘Monthan 301’.
Polpas de banana do genótipo ‘Monthan 301’ foram submetidas à fritura por 4 min em frigideira pré-
aquecida e, após liofilização, os teores de flavonoides e carotenoides totais e a atividade antioxidante
via ABTS e DPPH foram avaliados por espectrofotometria. Os teores de compostos bioativos variaram
entre 16,65 ± 1,06 µg / g a 95,18 ± 1,52 mg / 100g. A fritura aumentou os teores de flavonoides totais
(95,2 ± 1,5 mg EQ / 100 g) e carotenoides totais (32,8 ± 0,8 µg / g) em relação ao fruto in natura ( 18,0
± 0,8 mg EQ / 100 g e 16,7 ± 1,1 µg / g, respectivamente). Esse processamento térmico também
aumentou a capacidade antioxidante via DPPH (11,0 ± 0,5 mg TEAC / g) e ABTS (1,5 ± 0,2 mol
TEAC / 100g) em relação ao fruto in natura (5,9 ± 0,0 mg TEAC / g e 0,6 ± 0,0 mol TEAC / 100g,
respectivamente). O processamento térmico pode atuar sob e amaciar a parede celular dos frutos,
facilitando a liberação de compostos bioativos, como ocorrido com os flavonoides e carotenoides totais
aqui avaliados. Esses compostos são reconhecidos por possuir alta capacidade antioxidante, desse
modo, quando se encontram aumentados, a atividade antioxidante demonstra o mesmo comportamento,
como visto através dos resultados de DPPH e ABTS. Musa spp. é uma interessante fonte de compostos
bioativos, além de melhorar os aspectos sensoriais do fruto, a fritura aumenta os níveis de compostos
bioativos e atividade antioxidante, desse modo, recomenda-se que o consumo desse fruto seja realizado
após esse processamento térmico para obtenção de maiores benefícios à saúde e uma maior shelf-life,
devido a menor oxidação.
Palavras-chave: Musa spp., compostos bioativos, processamento térmico.
Agradecimentos: CNPq (Processo 305177/ 2015-0), FAPESP (Processos 2016/22665-2; 2016/00972-
0; 2017 / 23488-0).
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18
EFEITO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA NA PRODUTIVIDADE E
QUALIDADE DOS TUBÉRCULOS DA CULTIVAR MARKIES
Assunção, N.S.1; Fernandes, A.M.1; Soratto, R. P. 2; Mota, L.H.S.O. 1; Ribeiro, N.P.1;
Pinto, L.O.G.1
1 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected], adalton@cerat.
unesp.br, [email protected], [email protected], [email protected] 2 Profº. Depto. Produção e Melhoramento Vegetal - FCA/UNESP, Botucatu-SP. [email protected]
A forma de fornecimento de nitrogênio (N) à cultura da batata pode alterar a produtividade e
a qualidade dos tubérculos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade e a qualidade de
tubérculos da cultivar Markies em diferentes formas de manejos da adubação nitrogenada tradicional
com a aplicação de N na fase de enchimento de tubérculos. O experimento foi conduzido em campo,
com delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 4x4, com quatro repetições. As formas de
manejo da adubação nitrogenada foram: M1 = 160 kg ha-1 de N no plantio; M2 = 80 kg ha
-1 de N no
plantio; M3 = 40 kg ha-1 de N no plantio e 120 kg ha
-1 de N na amontoa (10 dias após a emergência -
DAE); M4 = 80 kg ha-1 de N no plantio e 80 kg ha
-1 de N na amontoa; combinados com as doses de 0,
20, 40 e 80 kg ha-1 de N aplicados na fase de enchimento de tubérculos (41 DAE). O peso médio dos
tubérculos, pH da polpa, teor de sólidos solúveis e produtividade comercial de tubérculos não foram
influenciados pelos tratamentos. O manejo M1 proporcionou a maior firmeza dos tubérculos, enquanto
a menor foi obtida no manejo M4. Em contrapartida, o maior valor de acidez titulável dos tubérculos
foi obtido no manejo M3. Provavelmente a pouca ou ausente resposta do manejo da adubação
nitrogenada quanto a produtividade e qualidade dos tubérculos deve-se a rápida mineralização da
matéria orgânica do solo em função das altas temperaturas durante o período de cultivo.
Palavras-chave: Solanum tuberosum, produtividade comercial de tubérculos, qualidade de tubérculos
Agradecimentos: Fapesp (Processo 2017/11166-8)
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TEOR DE MATÉRIA SECA E AMIDO EM RAÍZES DE BATATA-DOCE SUBMETIDA A
APLICAÇÃO DE NITROGÊNIO E REGULADOR DE CRESCIMENTO
Ribeiro, N.P1; Fernandes, A.M1; da Silva, R.M1; Pelvine, R.A2; Assunção, N.S1; Oliveira, L.S1
1 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. nathaliaribeiro15@hotmail, [email protected],
[email protected], [email protected], [email protected] 2 Departamento de Horticultura, UNESP. [email protected]
A batata-doce é considerada como uma planta rústica, no entanto, absorve grandes
quantidades de nutrientes do solo, com destaque para o nitrogênio (N) que é o segundo nutriente mais
absorvido. A preocupação entorno de se recomendar uma dose ideal de N na cultura da batata-doce, se
deve ao fato de que tanto a falta como o excesso desse nutriente resulta em menor produtividade de
raízes tuberosas. Isso ocorre porque o N exerce grande influência sobre a produção e distribuição de
matéria seca (MS) na planta. Assim, na batata-doce a alta disponibilidade de N estimula o crescimento
excessivo das ramas, o que reflete na diminuição do crescimento das raízes de reserva. Uma forma de
reduzir o crescimento excessivo da parte aérea das plantas é através da aplicação de produtos que
regulam o crescimento vegetal. Esses produtos normalmente atuam inibindo a biossíntese de giberelina,
o que reduz o crescimento da parte vegetativa das plantas e pode alterar a partição de fotoassimilados
em favor do crescimento dos órgãos de reserva. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a
porcentagem de matéria seca e de amido nas raízes de batata-doce submetida à adubação nitrogenada e
a aplicação de regulador de crescimento vegetal. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso
com quatro repetições em esquema fatorial 4x2. Os tratamentos foram representados pela aplicação ou
não do regulador de crescimento paclobutrazol (PBZ) combinados com quatro doses de N (0, 50, 100 e
200 kg ha-1). O PBZ foi aplicado aos 40 dias após o plantio (DAP) na dose de 100 g ha
-1. A colheita foi
realizada aos 155 DAP. Foram avaliadas as seguintes variáveis: a) porcentagem de matéria seca da raiz
tuberosa b) porcentagem de amido na raiz tuberosa. Não houve interação significativa entre os fatores
estudados sobre nenhuma das variáveis analisadas. A aplicação de regulador vegetal proporcionou
maior porcentagem de matéria seca e amido nas raízes tuberosas, sem alterar significativamente nos
parâmetros avaliados. No entanto, a porcentagem de matéria seca e amido nas raízes tuberosas
aumentaram com a adubação nitrogenada até doses de 75 e 82 kg ha-1 de N respectivamente. Apesar
desses aumentos, não houve diferença estatística entre as doses de nitrogênio e as épocas de aplicação
de reguladores de crescimento em relação aos parâmetros avaliados.
Palavras-chave: Ipomoea batatas, nitrogênio, inibidor do crescimento
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20
QUALIDADE DE RAÍZES DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DO TEOR DE POTÁSSIO NO
SOLO E DE DOSES DO NUTRIENTE
Figueiredo, R.T1; Vargas, P.F.2, 3; Fernandes, A.M.2
1 Mestrando em Agronomia (Horticultura) Campus de Botucatu , UNESP. [email protected]
2Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected], [email protected] 3 Campus de Registro, UNESP.
O amido é considerado o principal componente da raiz da batata-doce, seguido dos açúcares
mais simples, sacarose, glicose, frutose e maltose. Os teores de amido nas raízes das plantas podem
variar, entre outros aspectos, em função da adubação. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o
efeito de doses de potássio (K) sobre a qualidade da batata-doce em três condições de disponibilidade
inicial do nutriente. Foram conduzidos três experimentos em solos arenosos, com teores iniciais de K
baixo (0,97 mmolc dm-3), médio (1,25 mmolc dm
-3) e alto (3,0 mmolc dm
-3). Em cada experimento, o
delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram
representados por 4 doses de K2O (0, 60, 120 e 240 kg ha-1). O K foi fornecido como KCl e as doses
foram aplicadas todas no plantio. A colheita da batata-doce ocorreu aos 153 dias após o plantio. Foram
realizadas avaliações quanto aos açúcares totais (AT), açúcares redutores (AR) e amido. Os resultados
foram submetidos à análise de variância conjunta. Todas as variáveis estudadas apresentaram interação
entre dose x disponibilidade de K no solo. Para o amido, nos solos com baixa e média disponibilidade
de K, houve um incremento de 53% e 34%, respectivamente, na dose de 240 kg ha-1 de K2O. Enquanto
que no solo com alta disponibilidade a adubação potássica não aumentou o teor de amido. No solo com
baixo K houve um aumento do AT até a dose de 73 kg ha-1 de K2O, e no solo com alto K houve uma
resposta linear crescente com adubação, com um aumento de 64% na maior dose em comparação com a
testemunha. Por sua vez, no solo com médio K não houve influência da adubação para essa variável.
Apenas o solo com baixa disponibilidade de K, mostrou um incremento do AR até a dose de 110 kg ha-
1 de K2O, enquanto nos demais solos a adubação potássica não alterou o teor de AR. De modo geral, a
adubação potássica interferiu na síntese dos açúcares bem como a do amido.
Palavras-chave: Ipomoea batatas, nutrição mineral, amido.
Agradecimentos: Ao produtor Danilo Martins Trindade pela concessão da área e a FAPEMA pela
concessão da bolsa de estudo ao primeiro autor (Processo BM 08109 / 2017).
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21
TEMPO DE COCÇÃO DAS RAÍZES DE MANDIOCA CULTIVADA EM DIFERENTES
ARRANJOS DE PLANTIO E SUBMETIDA À APLICAÇÃO DE INIBIDOR DE
CRESCIMENTO
Silva, R.M.1; Fernandes, A.M.1; Ribeiro, N.P.1; Pelvine, R.A.2; Garreto, F.G.S.1; Figueiredo, R.T1
1 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected], [email protected],
[email protected], [email protected], [email protected] 2 Departamento de Horticultura, UNESP. [email protected]
As raízes tuberosas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) constituem uma importante
fonte de alimento para a população de diversos países, incluindo o Brasil. Dessa forma, o tempo de
cocção e a textura são parâmetros essenciais que caracterizam a qualidade das raízes que serão
comercializadas. Sabe-se, no entanto, que esses fatores podem variar dentro de uma mesma cultivar em
função do solo ou da idade da planta, por exemplo. Assim, o objetivo foi avaliar o efeito de arranjos de
plantio e épocas de aplicação do inibidor de crescimento paclobutrazol na qualidade da mandioca de
mesa IAC 576-70. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental de São Manuel da
FCA/UNESP (22º 77 'S, 48º 57' W e 740 m altitude). O delineamento foi o de blocos ao acaso em
parcela subdividida. As parcelas foram representadas por cinco arranjos de plantio (1: 1,00x1,00
(tradicional); 2: 1,00x0,50; 3: 0,85x0,59; 4: 0,70x0,71 e 5: 0,55x0,91 m), enquanto as subparcelas
representaram as épocas de aplicação do inibidor (1: Controle sem aplicação, 2: Aplicação aos 3 meses
após a emergência (MAE), 3: Aplicação aos 3 e 5 MAE e 4: Aplicação aos 3, 5 e 7 MAE), e 4
repetições. A colheita foi realizada aos 12 MAE e as raízes comerciais (diâmetro superior a 4 mm)
foram lavadas e descascadas. O tempo de cozimento foi conduzido em duplicata, utilizando-se um
cilíndro central de 6 cm de comprimento de duas raízes comerciais, que foram imersos em água
fervente (98 ºC) até que um cilindro (50%) apresentasse pouca resistência à penetração por um garfo. A
textura das raízes foi aferido com um texturometro em ambos os cilindros cozidos. O Tempo de cocção
não foi afetado pelos arranjos, mas sim pela época de aplicação de paclobutrazol e pela interação
arranjos (A) x época de aplicação (EA), sendo os menores tempos de cozimento observados quando o
produto foi aplicado aos 3 MAE, com média de 33 minutos, não se diferenciando entre os arranjos. A
textura também foi afetada pela interação A x EA, no entanto, os menores níveis de resistência foram
observados com a aplicação do regulador aos 3 e aos 3 e 5 MAE nos espaçamentos 0,70x0,71m e
1,00x1,00m. Sendo assim, verifica-se que a aplicação de inibidores de crescimento vegetal pode estar
relacionada com a diminuição do tempo de cozimento das raizes, com apenas uma aplicação do
produto, e também melhorar a textura das mesmas, mesmo quando a mandioca de mesa é cultivada em
plantio adensado.
Palavras-chave: Manihot esculenta Crantz, paclobutrazol, qualidade
Agradecimentos: Fapesp (Processo n° 2017/24495-0).
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22
CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL E ANÁLISE SENSORIAL DOS FRUTOS DE
CULTIVARES E HÍBRIDOS DE BANANEIRA
Souza, M.E.1; Leonel, S.2; Leonel, M.3
1 Universidade do Estado de Mato Grosso. UNEMAT. [email protected] 2 UNESP. Faculdade de Ciências Agronômicas. [email protected] 3 UNESP. Centro de Raízes e Amidos Tropicais. [email protected]
A banana é uma fruta nutritiva, acessível à maioria da população e disponível o ano todo,
sendo o quarto produto alimentar mais consumido no mundo. Tendo em vista a expansão dos cultivos
de bananeira, com amplas possibilidades de utilização de cultivares mais promissores, o presente
trabalho teve como objetivo avaliar atributos de qualidade e sensoriais dos frutos de genótipos de
bananeira. O experimento foi conduzido no pomar experimental do Departamento de Horticultura da
Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP, Câmpus de Botucatu/SP, que apresenta as seguintes
coordenadas geográficas: 22º 55’ 55’’ S, 48º 26’ 22’’ O e altitude 810 m. O tipo climático
predominante no local é o temperado quente (Cwa – Koppen). O solo foi classificado como Nitossolo
Vermelho. Os tratamentos corresponderam aos genótipos de bananeira: ‘Grand Naine’, ‘Nanicão-IAC’,
‘Nam’, ‘Caipira’, ‘Thap Maeo’, ‘Prata Anã’, ‘Prata Zulu’, ‘Fhia 01’, ‘Fhia 18’, ‘Prata Graúda’, ‘Maçã
Tropical’ e Figo Cinza. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 12 tratamentos
e 5 repetições. Os resultados foram avaliados conforme o grupo genômico, sendo mensurados os teores
de açúcares, amido e potássio nos frutos. Na análise sensorial avaliou-se a aceitação dos atributos
aroma, sabor, textura, aparência e depois foi feita uma avaliação global da amostra. De forma geral, os
cultivares Grand Naine e Nanicão apresentaram boa aceitação, 'Figo cinza' teve aceitação indiferente, o
híbrido FHIA 01 apresentou baixa aceitação e ‘Prata Graúda’ apresentou a melhor aceitação pelos
provadores. ‘Caipira’ destacou-se apenas nos teores de potássio. 'Nam', 'FHIA 18' e 'Prata Zulu'
apresentaram os maiores teores de açúcares. 'Prata-anã' e 'Prata Zulu' apresentaram frutos com boa
firmeza, sendo que este último se diferenciou pelos altos teores de amido.
Palavras-chave: Musa sp, amido, açúcares, potássio
Agradecimentos: CNPq (Processos: 304455/2017-2 e 302827/2017-0).
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PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE MISTURAS DE FÉCULA DE MANDIOCA E
FARINHAS DE POLPA E CASCA DE BANANA VERDE
Santos, T.P.R. dos1; Santos, C.H.E.S.2; Leonel, S.3; Leonel, M.1
1 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected], [email protected]. 2 Instituto de Biociências, UNESP. [email protected] 3 Departamento de Horticultura, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP. [email protected]
O mercado de alimentos sem glúten mostrou um crescimento significativo nos últimos anos.
Este mercado engloba tanto os portadores de doença celíaca, como pessoas que buscam o benefício da
diminuição do consumo de glúten para a saúde. No preparo de alimentos sem glúten é possível
considerar como fonte de amidos e de nutrientes o amido de mandioca e a farinha de banana verde. O
amido de mandioca tem sido estudado como ingrediente em diversos produtos tais como pães, bolos,
biscoitos e macarrão, devido às suas características intrínsecas. A banana caracteriza-se pelo elevado
teor de amido no estádio verde de maduração, com elevada porcentagem de amido resistente e,
também, pela presença de compostos bioativos com propriedades antioxidantes. A casca da banana,
assim como a polpa, apresenta compostos com propriedades antioxidantes, além de compostos
fenólicos e elevado teor de fibras. Nesta linha, este trabalho teve por objetivo caracterizar a fécula de
mandioca, farinhas de polpa e casca de banana verde e 7 misturas de farinhas e fécula, em diferentes
proporções, quanto às propriedades funcionais objetivando o uso no desenvolvimento de produtos
panificáveis sem glúten. As propriedades funcionais afetam direta ou indiretamente as aplicações de
processamento, a qualidade dos alimentos e, finalmente, sua aceitação e utilização em formulações de
alimentos. Para obtenção das farinhas frutos da bananeira “Nanicão” foram descascados e a polpa e a
casca separadas. As polpas foram imersas em solução de metabisulfito de sódio e as cascas sanitizadas
em água clorada (150 ppm), ambas por 15 min. Posteriormente, ambos os materiais foram desidratados
em estufa de circulação de ar à 50 °C por 48 h e moídas para a obtenção das farinhas de polpa e de
casca de bananas. Os resultados obtidos mostraram que a farinha da casca de banana apresentou maior
absorção de água, devido ao maior teor de proteínas, que contêm partes hidrofílicas. Este componente
também influenciou na absorção de óleo, pois tanto as farinhas de polpa como de casca apresentaram
os maiores valores, no entanto, a mistura com alto teor de fécula apresentou a menor absorção. A fécula
de mandioca apresentou maior atividade de emulsão, enquanto as misturas com as farinhas de banana
apresentaram maior estabilidade de emulsão. Como esperado, as misturas com maior porcentagem de
amido, ou seja, maiores porcentagens de fécula de mandioca e/ou farinha de polpa de banana
apresentaram maior poder de inchamento. Independente das porcentagens, a mistura das farinhas de
banana com a fécula de mandioca incrementou a capacidade de absorção de água e óleo o que é
interessante para melhorias na retenção de sabor, palatabilidade e extensão do prazo de validade em
produtos com alto valor proteico.
Palavras-chave: capacidade de absorção, emulsão, poder de inchamento.
Agradecimentos: ao CNPq pelas concessões das bolsas de iniciação científica PIBIC e de Bolsa de
Produtividade em Pesquisa (Processos 303373/2014-8 e 302827/2017-0).
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CLORETO DE CÁLCIO NA ATIVIDADE DA POLIGALACTURONASE E
PECTINAMETILESTERASE EM PÓS-COLHEITA DE MANDIOQUINHA SALSA
Lacerda, V.R.1; Marques, I.C.S.1; Santos, J.A.1; Cândido, H.T.1; Garcia, E.L.2; Leonel, M.2
1Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Horticultura, UNESP/Botucatu. 2 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected],
A mandioquinha salsa é uma raiz tuberosa utilizada na culinária brasileira. É um produto altamente
perecível com vida útil de prateleira curta.A perda de textura pela ação de enzimas pectinolíticas, como
poligalacturonase(PG)e pectinametilesterase (PME) está relacionada com a rápida deterioração da
mandioquinha-salsa. A utilização de cálcio proporciona rigidez aos tecidos, reduzindo a atividade das
enzimas pectolíticasuma vez que estas são as principais envolvidas na hidrólise da parede celular.Neste
estudo objetivou-se avaliar a atividade das enzimas PG e PME em raízes de mandioquinha salsa
tratadas com cloreto de cálcio.O experimento foi conduzido no Laboratório do Centro de Raízes e
Amidos Tropicais (CERAT) da Unesp de Botucatu. Foram utilizadas raízes da variedade Senador
Amaral provenientes do município de Caldas-MG. Estas foram selecionadas, lavadas e sanitizadas.
Posteriormente, as raízes foram submetidas ao tratamento por imersão em solução com cloreto de
cálcio (CaCl2), nas seguintes concentrações: 0, 20, 40, 60, 80 g.L-1, por 30 minutos. O delineamento
experimental foi ointeiramente casualizado em esquema fatorial 5X4 e 5x7, respectivamente para o
armazenamento em temperatura ambiente (5 doses de CaCl2 x 4 tempos) e para o armazenamento
refrigerado a 5°C (5 doses de CaCl2 x 7 tempos), com duas repetições. As análises da atividade da PG e
PME foram realizadas em triplicata.A análise dos dados mostrou que as raízes armazenadas sob
refrigeração ocorreram efeitos significativos das doses de cloreto de cálcio e do tempo de
armazenamento sobre a atividade da enzima PG. Contudo, no armazenamento na temperatura
ambiente, não houve efeito do cálcio sobre a atividade enzimática, mas ocorreu variação da atividade
com o tempo de armazenamento. Já para a atividade da enzima PME somente o tempo de
armazenamento teve efeito sobre a atividade enzimática, independente da temperatura de refrigeração.
Observou-se uma maior atividade da PME no início dos armazenamentos sucedido por redução da
atividade, o que caracteriza processo de degradação da parede celular, sendo este efeito mais
pronunciado na temperatura ambiente.
Palavras-chave: Arracacia xanthorrhiza Bancroft, conservação, enzimas
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USO DE CaCl2NA CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE MANDIOQUINHA-SALSA
ARMAZENADAS A TEMPERATURA AMBIENTE
Menegucci, N. C.1, Bardiviesso, E. M.1, Alves, D.A.S.1, Lopes, M.C.1, Garcia, E. L.1, Leonel, M.2
1Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP.
[email protected],[email protected], [email protected],
[email protected], [email protected] 2 Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected]
As tuberosas são consideradas alimentos de subsistência, devido apresentarem alto valor calórico,
sendo capazes de fornecer energia para populações carentes. O elevado teor de umidade que caracteriza
algumas delas propicia rápida deterioração pós-colheita.Com isso, este estudo teve como objetivo
avaliar o efeito do uso de cloreto de cálcio (CaCl2)no retardamento da deterioração pós-colheita de
mandioquinha-salsa,armazenadas em temperatura ambiente.O experimento foi conduzido no
laboratório do CERAT (Centro de Raízes e Amidos Tropicais da UNESP/BOTUCATU). As raízes de
mandioquinha-salsa cv Senador Amaral foram cultivadas por 10 meses em sistema convencional por
produtor rural do município de Caldas-MG. As raízes foram transportadas ao laboratório do CERAT,
ocorrendo intervalo de 24 horas após a colheita. A higienização das raízes foi realizada através da
lavagem e sanitização em solução clorada (200 mg L-1) por 15 minutos e, em seguida, as mesmas
ficaram por cerca de 5 minutos em peneiras para escoamento do liquido, sendo posteriormente
separadas em lotes.O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial
5x4,sendo composto por cinco concentrações de CaCl2 (20, 40, 60 e 80 g L-1) e a testemunha (0)e
quatro tempos de armazenamento(0, 2, 5 e 7 dias).As raízes de mandioquinha-salsa foram analisadas
quanto à textura,através do Texture Analyser TA.XT. Plus,determinação dos teores de sólidos solúveis,
em refratômetro digital, e expressos os resultados em ºBrix, e pH da polpa e acidez titulável, expressos
em porcentagem de ácido cítrico, nos quatro tempos de avaliação.Pode-se observar efeito positivo de
todas as concentrações de CaCl2 e do tempo de armazenamento nas raízes de mandioquinha-salsa em
temperatura ambiente, sendo a de maior concentração (80 g L-1)que mais retardou a perda de água,
favorecendo assim o prolongamento da qualidade pós-colheita das raízes.
Palavras-chave: Pós-colheita.Tuberosas. Arracacia xanthorrhiza
Agradecimento: CNPq (Processo 302827/2017-0)
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EFEITO DA REFRIGERAÇÃO E CaCl2 SOBRE O TEOR DE SÓLIDOS SOLÚVEIS, pH,
ACIDEZ E TEXTURA DE MANDIOQUINHA-SALSA DURANTE O ARMAZENAMENTO
Alves, D.A.S1, Menegucci, N. C.1, Caetano, M. L., Bardiviesso, E.M.1, Garcia, E. L.1, Leonel, M.2
1Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP.
[email protected],[email protected],[email protected],
[email protected], [email protected] 2Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP. [email protected]
A versatilidade da mandioquinha-salsa como fonte de alimento energético tem ganhado maior
expressividade no mercado e conquistado mais consumidores. Apesar da alta aceitabilidade, a falta de
técnicas de conservação adequadas quanto ao armazenamento tem resultado em grandes perdas na pós-
colheita,o que resulta em preços elevados, restringido uma maior inserção na dieta. Neste contexto, o
objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do uso da solução de cloreto de cálcio (CaCl2) e da
refrigeração como mecanismos de prolongamento do período de comercialização da mandioquinha-
salsa. As raízes de mandioquinha-salsa cv Senador Amaral,colhidas após 300 DAP,foram transportadas
e processadas 24 horas após a colheita. A higienização das raízes foi realizada por meio da lavagem e
sanitização em solução clorada (200 mg L-1) por 15 minutos, escoamento e separação em lotes de 2kg
de raízes de tamanho uniforme. O processamento pós-colheita seguiu o delineamento experimental
inteiramente casualizado em esquema fatorial 7x4+1, sendo composto por sete tempos de
armazenamento (0, 2, 5, 7, 9, 12 e 17 dias), quatro níveis de CaCl2em água(20, 40, 60 e 80%) e um
nível controle (0%). Para avaliar o processo de deterioração pós-colheita das raízes, amostras de cada
tratamento foram analisadas quanto à textura, por meio da determinação da dureza em texturômetro
TA.XT. Plus, teores de sólidos solúveis (ºBrix) em refratômetro digital, pH e acidez titulável (% ácido
cítrico), ao longo dos tempos de avaliação.Os resultados obtidos mostraram que as raízes armazenadas
a 5ºC têm um bom tempo de conservação pós-colheita, independente do tratamento com CaCl2. O uso
da solução de CaCl2 preservou melhor a textura das raízes, com uma perda maior e mais rápida de
textura nas raízes não imersas em solução de cálcio, bem como, retardou os processos enzimáticos e
microbianos de deterioração pós-colheita.
Palavras-chave: Arracacia xanthorrhiza. Amiláceas. Temperatura de armazenamento
Agradecimento: CNPq (Processo 302827/2017-0)
Rua José Barbosa de Barros, 1780Fazenda Experimental Lageado
CEP: 18.610-307Botucatu - SP