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Newsletter APCC Edição 12 Rua Garcia d’Orta Vale das Flores 3030-188 Coimbra Portugal Telefone: 239 792 120 Email: [email protected] Setembro Outubro 2013 PSP e Antigos Orfeonistas juntos em palco nesta edição Concerto Solidário P.1 «Fácil de @prender» P.2 «Coimbra a Bombar» P.3 «EVS… Take a New View» P.4 Dia da Paralisia Cerebral assinalado em Lisboa A APCC participou na ini- ciativa que, a 20 de outubro em Lisboa, assinalou o Dia da Paralisia Cerebral. Foi uma organização da Federação das Associa- ções Portuguesas de Para- lisia Cerebral (FAPPC), à qual se juntaram 17 asso- ciações nacionais de Parali- sia Cerebral. Em conjunto, prepararam e apresentaram Boccia e Tricicleta, espetá- culos de Dança Inclusiva e de música, exposições de fotografias e artesanato. Com esta iniciativa a FAPPC quis sensibilizar para a importância do res- peito e da inclusão dos cidadãos com Paralisia Cerebral, assim como des- mistificar os preconceitos que lhe estão associados e consciencializar a socieda- de no que diz respeito a uma realidade que afeta cerca de 20.000 portugue- ses. O ano de voluntariado foi, oficial- mente, inaugurado a 21 de outubro com a exposição «EVS… Take a New View» apresentada pelas voluntárias europeias Maëlle Bom- pas e Priska Petau. A Mercearia de Artes Alves & Silvestre, na Rua Ale- xandre Herculano, acolheu a exposi- ção. «EVS… Take a New View» repre- senta os seis meses vividos por uma francesa e por uma austríaca em Coimbra. Participaram, entre 2 de maio e 2 de novembro, no Holding Hands With Other Abilities, projeto desenvolvido pela APCC no âmbito do Serviço Voluntário Europeu. A exposição contou com textos dos clientes Paulo Maria e Regina Car- doso (abaixo apresentados). Maëlle e Priska regressaram aos países de origem depois de meses de intensa partilha e aprendizagem. Em maio, e apesar de não se conhe- cerem, iniciaram juntas uma aventu- ra que lhes deu a conhecer a institui- ção, a cidade e o país. «EVS… Take a New View» repre- senta a forma como elas veem a APCC, Coimbra e Portugal. Foi o meio encontrado pela instituição para assinalar o Ano Europeu dos Cidadãos (2013). São muitos os jovens que participam por este mun- do fora no Serviço Voluntário Euro- peu. Maëlle e Priska apresentaram «EVS… Take a New View» O Casino Figueira recebeu, a 18 de outubro, uma iniciativa solidá- ria a favor da APCC. Banda Sinfó- nica da PSP e Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra juntaram-se em palco. Na plateia estiveram o superinten- dente da PSP, João Lopes, o comandante da PSP de Coimbra, Francisco Pedro Teles, o coman- dante da divisão policial da Figueira da Foz, João Pedro Mar- ques, o padre Carlos Noronha, os maestros José Firmino, Tobias Cardoso e Virgílio Caseiro, e o administrador do Casino, Domin- gos Silva, além de vários elemen- tos da direção da APCC. Foi um concerto verdadeiramente memorável que, dirigido pelos maestros Ferreira Brito e Virgílio Caseiro, recordou José Afonso, Mozart ou Verdi, entre outros compositores afamados. Durante grande parte do espetá- culo, Pedro Olayo Filho pintou ao vivo trabalhos que foram leiloados no intervalo. Na totalidade, reverterão a favor da APCC 2.700 euros, dos quais 1.200 resultaram da venda de bilhetes e 1.500 do leilão de obras de arte. Candidatura para CQEP foi aprovada A APCC é entidade promotora de um Centro para a Qualificação Profissional (CQEP), na sequência da candidatura submetida à Agên- cia Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP). Esta aposta visa dar continuidade ao trabalho desenvolvido no âmbito da educação/formação de pessoas com e sem deficiência ou incapaci- dade. Os CQEP são regulados pela portaria n.º 135-A/2013 de 20 de março. De acordo com a portaria, esta «rede de Centros para a Quali- ficação e o Ensino Profissional visa uma atuação mais rigorosa e exi- gente, designadamente nos proces- sos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências». Acrescenta ainda que «numa pers- petiva inclusiva, a atividade a desenvolver inclui, também, a valência destinada a pessoas com deficiência e incapacidade, visando dar resposta à necessidade de assegurar a sua integração na vida ativa e profissional». Colaborador aprovado com distinção e louvor No dia 20 de setembro, realiza- ram-se na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra as provas públicas de doutora- mento em Psicologia, especiali- dade de Psicologia Clínica, do colaborador da APCC Carlos Carona, tendo-lhe sido atribuí- da a classificação máxima de «aprovado com distinção e louvor, por unanimidade». A tese defendida, intitulada The Psychosocial Adaptation of Children and Adolescents with Cerebral Palsy and their Parents: A different matter or the matter of a difference?, foi orientada pela Prof. Doutora Maria Cristina Canavarro (Universidade de Coimbra) e pelo Prof. Doutor Martin Bax (Imperial College of London). Durante a sessão de provas públicas, a qualidade distinta do envolvimento da APCC em atividades de investigação foi, também, reconhecida junto da direção da instituição, represen- tada pelo presidente Dr. Antoni- no Silvestre. Crianças cantaram «Bolinhos e Bolinhós» As crianças, que frequen- tam a Escola Básica 1 APPC e o Jardim de Infân- cia no Centro de Reabilita- ção da APCC, festejaram o Dia de Halloween junto dos vários departamentos da instituição. A 31 de outubro cantaram os «Bolinhos e Bolinhós». A Grandeza de Ser Inteiro «Quantas mãos tem a força? A força, não do domínio, mas do sopro que vem da alma e que faz com que o impossível aconteça. A força que supera todas as dificuldades, que anula a distância e nos une pelo idio- ma único do olhar e do sorriso. Uma mão que segura firme. Uma outra que se entrega frágil. E mais uma... E mais todas... O gesto para o qual não existe tradução, porque tanto pode ser em inglês, em francês, em espanhol ou em segredo. Difícil, mesmo, é explicar o significado da palavra cansaço. No grupo de Voluntariado da APCC, o tempo pro- longa-se sem hora de fecho, dias e noites sempre com a mesma boa disposição. Até com muito sono, se pula e se dança, porque a disponibili- dade para estar presente é superior a qualquer tipo de fadiga. Porque há mimos urgentes no choro das “nossas” crianças. Porque há tristezas que só com muitas brincadeiras se espantam. As pessoas que integram o voluntaria- do da APCC parecem-se com colori- das bolas de sabão. Trazem borbole- tas para soltar sobre nós. No jogo de quem é quem, elas fazem tudo para ajudar a recuperar as nossas identida- des, tantas vezes malogradas. Não mostram nenhum tipo de constrangi- mento em contactar com as deficiên- cias mais acentuadas. Vêm de longe, mas rapidamente passam a ser do mesmo sangue, da mesma tribo. Tribo dos bravos babados! Vêm de longe, com uma juventude bem aberta no rosto, com uma vontade de fazer cres- cer a alma e os sonhos. Vêm para abrir outros horizontes que, apenas com o longe, não poderiam alcançar. É em conjunto que a humanidade acontece. Voluntariado sem frontei- ras... Porque estamos aqui, neste longe íntimo, que nos leva e nos traz. Estamos aqui, neste fazer miudinho de grandes amizades. Corremos lenta- mente. Devagar, vamos tecendo um quadro completo de vivências únicas e inesquecíveis, de aprendizagens mútuas, de histórias mágicas que se tornaram realidade. Agradeço a todos os voluntários que são a nossa força. A todos vós, múltiplos e únicos. Bem haja! Pela ação, pelo carinho, pela entrega. Mesmo na hora da partida, o lugar que ocupam nas nossas vidas não ficará desabitado. É com esta certeza que continuaremos a viver, para além do futuro, para além do caminho…» (texto de Regina Cardoso) «When I think about volunteers, I think about friendship… friends who, through their culture (national or inter- national), share their life experiences. There are “tastes” we can receive from them, and they can learn from us through their experience at APCC, and it is such a beautiful thing to share our life experiences as our paths cross. I think after APCC they will know them- selves better: what they are capable of in different situations, their ability to see life in a different perspective… a better one. Through the years, I have known people that I will never forget, incredible people that come from all over the Europe and Portugal to serve a higher cause - a noble one - that we all shall be thankful for. I am honored to have met so many of these beautiful people! God bless you all.» (texto de Paulo Maria) A APCC quis, a 4 de outubro, dirigir um agradecimento a todos os que, tendo trabalhado na insti- tuição, se reformaram recente- mente. Nas palavras do presidente da direção, Dr. Antonino Silvestre, considerou-se importante «manifestar, a todos os amigos que foram saindo por aposenta- ção, um agradecimento pela dedi- cação a esta causa». Segundo ele, «aqui cumpre-se mais do que o papel profissional». A instituição quis, então, agradecer «por terem dedicado parte de uma vida a esta casa e às pessoas». Fátima Januário, Manuela Esper- to, José Elias, Carmina Elias, Elisete Vicente, Raquel França, Gil Tavares, José Galvão, Vítor Oliveira, Diamantino Sousa Almei- da, Fernando Duarte e Délia Men- des Ferreira agradeceram o momento que lhes destinaram, destacaram a amizade que existiu ao longo de todos os anos de serviço e confirmaram que a APCC fará, sempre, parte das suas vidas. «Um agradecimento a todos os amigos» «Limites? Não existem!» em exposição no D. Dinis «Limites? Não existem!» foi o título da exposição que, organi- zada pela APCC, decorreu na Galeria de Arte do Centro Cul- tural D. Dinis, em Coimbra, em setembro. Os trabalhos, de clientes, colaboradores e fami- liares, mostraram que não exis- tem limites para criar, produzir ou fazer.

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Page 1: Newsletter XII

Newsletter APCC Edição 12

Rua Garcia d’Orta

Vale das Flores

3030-188 Coimbra

Portugal

Telefone: 239 792 120

Email: [email protected]

Setembro — Outubro 2013

PSP e Antigos Orfeonistas juntos em palco

nesta edição Concerto Solidário P.1

«Fácil de @prender» P.2

«Coimbra a Bombar» P.3

«EVS… Take a New View» P.4

Dia da Paralisia Cerebral

assinalado em Lisboa

A APCC participou na ini-

ciativa que, a 20 de outubro

em Lisboa, assinalou o Dia

da Paralisia Cerebral.

Foi uma organização da

Federação das Associa-

ções Portuguesas de Para-

lisia Cerebral (FAPPC), à

qual se juntaram 17 asso-

ciações nacionais de Parali-

sia Cerebral. Em conjunto,

prepararam e apresentaram

Boccia e Tricicleta, espetá-

culos de Dança Inclusiva e

de música, exposições de

fotografias e artesanato.

Com esta iniciativa a

FAPPC quis sensibilizar

para a importância do res-

peito e da inclusão dos

cidadãos com Paralisia

Cerebral, assim como des-

mistificar os preconceitos

que lhe estão associados e

consciencializar a socieda-

de no que diz respeito a

uma realidade que afeta

cerca de 20.000 portugue-

ses.

O ano de voluntariado foi, oficial-

mente, inaugurado a 21 de outubro

com a exposição «EVS… Take a

New View» apresentada pelas

voluntárias europeias Maëlle Bom-

pas e Priska Petau. A Mercearia de

Artes Alves & Silvestre, na Rua Ale-

xandre Herculano, acolheu a exposi-

ção.

«EVS… Take a New View» repre-

senta os seis meses vividos por uma

francesa e por uma austríaca em

Coimbra. Participaram, entre 2 de

maio e 2 de novembro, no Holding

Hands With Other Abilities, projeto

desenvolvido pela APCC no âmbito

do Serviço Voluntário Europeu. A

exposição contou com textos dos

clientes Paulo Maria e Regina Car-

doso (abaixo apresentados).

Maëlle e Priska regressaram aos

países de origem depois de meses

de intensa partilha e aprendizagem.

Em maio, e apesar de não se conhe-

cerem, iniciaram juntas uma aventu-

ra que lhes deu a conhecer a institui-

ção, a cidade e o país.

«EVS… Take a New View» repre-

senta a forma como elas veem a

APCC, Coimbra e Portugal. Foi o

meio encontrado pela instituição

para assinalar o Ano Europeu dos

Cidadãos (2013). São muitos os

jovens que participam por este mun-

do fora no Serviço Voluntário Euro-

peu.

Maëlle e Priska apresentaram «EVS… Take a New View»

O Casino Figueira recebeu, a 18 de outubro, uma iniciativa solidá-ria a favor da APCC. Banda Sinfó-nica da PSP e Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra juntaram-se em palco. Na plateia estiveram o superinten-dente da PSP, João Lopes, o comandante da PSP de Coimbra, Francisco Pedro Teles, o coman-dante da divisão policial da

Figueira da Foz, João Pedro Mar-ques, o padre Carlos Noronha, os maestros José Firmino, Tobias Cardoso e Virgílio Caseiro, e o administrador do Casino, Domin-gos Silva, além de vários elemen-tos da direção da APCC. Foi um concerto verdadeiramente memorável que, dirigido pelos maestros Ferreira Brito e Virgílio Caseiro, recordou José Afonso,

Mozart ou Verdi, entre outros compositores afamados. Durante grande parte do espetá-culo, Pedro Olayo Filho pintou ao vivo trabalhos que foram leiloados no intervalo. Na totalidade, reverterão a favor da APCC 2.700 euros, dos quais 1.200 resultaram da venda de bilhetes e 1.500 do leilão de obras de arte.

Candidatura para CQEP foi aprovada

A APCC é entidade promotora de

um Centro para a Qualificação

Profissional (CQEP), na sequência

da candidatura submetida à Agên-

cia Nacional para a Qualificação e o

Ensino Profissional, I.P. (ANQEP).

Esta aposta visa dar continuidade

ao trabalho desenvolvido no âmbito

da educação/formação de pessoas

com e sem deficiência ou incapaci-

dade. Os CQEP são regulados pela

portaria n.º 135-A/2013 de 20 de

março. De acordo com a portaria,

esta «rede de Centros para a Quali-

ficação e o Ensino Profissional visa

uma atuação mais rigorosa e exi-

gente, designadamente nos proces-

sos de Reconhecimento, Validação

e Certificação de Competências».

Acrescenta ainda que «numa pers-

petiva inclusiva, a atividade a

desenvolver inclui, também, a

valência destinada a pessoas com

deficiência e incapacidade, visando

dar resposta à necessidade de

assegurar a sua integração na vida

ativa e profissional».

Colaborador aprovado

com distinção e louvor No dia 20 de setembro, realiza-ram-se na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra as provas públicas de doutora-mento em Psicologia, especiali-dade de Psicologia Clínica, do colaborador da APCC Carlos Carona, tendo-lhe sido atribuí-da a classificação máxima de «aprovado com distinção e louvor, por unanimidade». A tese defendida, intitulada The Psychosocial Adaptation of Children and Adolescents with Cerebral Palsy and their Parents: A different matter or the matter of a difference?, foi orientada pela Prof. Doutora Maria Cristina Canavarro (Universidade de Coimbra) e pelo Prof. Doutor Martin Bax (Imperial College of London). Durante a sessão de provas públicas, a qualidade distinta do envolvimento da APCC em atividades de investigação foi, também, reconhecida junto da direção da instituição, represen-tada pelo presidente Dr. Antoni-no Silvestre.

Crianças cantaram

«Bolinhos e Bolinhós»

As crianças, que frequen-

tam a Escola Básica 1

APPC e o Jardim de Infân-

cia no Centro de Reabilita-

ção da APCC, festejaram o

Dia de Halloween junto dos

vários departamentos da

instituição. A 31 de outubro

cantaram os «Bolinhos e

Bolinhós».

A Grandeza de Ser Inteiro

«Quantas mãos tem a força? A força,

não do domínio, mas do sopro que

vem da alma e que faz com que o

impossível aconteça. A força que

supera todas as dificuldades, que

anula a distância e nos une pelo idio-

ma único do olhar e do sorriso. Uma

mão que segura firme. Uma outra que

se entrega frágil. E mais uma... E mais

todas... O gesto para o qual não existe

tradução, porque tanto pode ser em

inglês, em francês, em espanhol ou

em segredo.

Difícil, mesmo, é explicar o significado

da palavra cansaço. No grupo de

Voluntariado da APCC, o tempo pro-

longa-se sem hora de fecho, dias e

noites sempre com a mesma boa

disposição. Até com muito sono, se

pula e se dança, porque a disponibili-

dade para estar presente é superior a

qualquer tipo de fadiga. Porque há

mimos urgentes no choro das “nossas”

crianças. Porque há tristezas que só

com muitas brincadeiras se espantam.

As pessoas que integram o voluntaria-

do da APCC parecem-se com colori-

das bolas de sabão. Trazem borbole-

tas para soltar sobre nós. No jogo de

quem é quem, elas fazem tudo para

ajudar a recuperar as nossas identida-

des, tantas vezes malogradas. Não

mostram nenhum tipo de constrangi-

mento em contactar com as deficiên-

cias mais acentuadas. Vêm de longe,

mas rapidamente passam a ser do

mesmo sangue, da mesma tribo. Tribo

dos bravos babados! Vêm de longe,

com uma juventude bem aberta no

rosto, com uma vontade de fazer cres-

cer a alma e os sonhos. Vêm para

abrir outros horizontes que, apenas

com o longe, não poderiam alcançar.

É em conjunto que a humanidade

acontece. Voluntariado sem frontei-

ras... Porque estamos aqui, neste

longe íntimo, que nos leva e nos traz.

Estamos aqui, neste fazer miudinho

de grandes amizades. Corremos lenta-

mente. Devagar, vamos tecendo um

quadro completo de vivências únicas e

inesquecíveis, de aprendizagens

mútuas, de histórias mágicas que se

tornaram realidade. Agradeço a todos

os voluntários que são a nossa força.

A todos vós, múltiplos e únicos. Bem

haja! Pela ação, pelo carinho, pela

entrega. Mesmo na hora da partida, o

lugar que ocupam nas nossas vidas

não ficará desabitado. É com esta

certeza que continuaremos a viver,

para além do futuro, para além do

caminho…»

(texto de Regina Cardoso)

«When I think about volunteers, I think

about friendship… friends who,

through their culture (national or inter-

national), share their life experiences.

There are “tastes” we can receive from

them, and they can learn from us

through their experience at APCC, and

it is such a beautiful thing to share our

life experiences as our paths cross. I

think after APCC they will know them-

selves better: what they are capable of

in different situations, their ability to

see life in a different perspective… a

better one. Through the years, I have

known people that I will never forget,

incredible people that come from all

over the Europe and Portugal to serve

a higher cause - a noble one - that we

all shall be thankful for. I am honored

to have met so many of these beautiful

people! God bless you all.»

(texto de Paulo Maria)

A APCC quis, a 4 de outubro, dirigir um agradecimento a todos os que, tendo trabalhado na insti-tuição, se reformaram recente-mente. Nas palavras do presidente da direção, Dr. Antonino Silvestre, considerou-se importante «manifestar, a todos os amigos que foram saindo por aposenta-ção, um agradecimento pela dedi-cação a esta causa». Segundo ele, «aqui cumpre-se mais do que o papel profissional». A instituição

quis, então, agradecer «por terem dedicado parte de uma vida a esta casa e às pessoas».

Fátima Januário, Manuela Esper-

to, José Elias, Carmina Elias,

Elisete Vicente, Raquel França,

Gil Tavares, José Galvão, Vítor

Oliveira, Diamantino Sousa Almei-

da, Fernando Duarte e Délia Men-

des Ferreira agradeceram o

momento que lhes destinaram,

destacaram a amizade que existiu

ao longo de todos os anos de

serviço e confirmaram que a

APCC fará, sempre, parte das

suas vidas.

«Um agradecimento a todos os amigos»

«Limites? – Não existem!»

em exposição no D. Dinis «Limites? – Não existem!» foi o

título da exposição que, organi-

zada pela APCC, decorreu na

Galeria de Arte do Centro Cul-

tural D. Dinis, em Coimbra, em

setembro. Os trabalhos, de

clientes, colaboradores e fami-

liares, mostraram que não exis-

tem limites para criar, produzir

ou fazer.

Page 2: Newsletter XII

Be inspired reuniu

equipa em Coimbra A APCC recebeu, a 24 e 25

de outubro, a visita dos par-

ceiros com quem participa no

projeto Business Enterprise

(BE) Inspired. São Stepping

Stones, do Reino Unido, Sou-

thern Regional College, da

Irlanda do Norte, AMPROS,

de Espanha, CONFORM

S.c.r.l, de Itália, Helsinki Dea-

cones Institute, da Finlândia,

e Logicearth Learning Servi-

ces, da Irlanda.

O BE Inspired pretende pro-

mover, de modo inovador e

inspirador, o negócio e o

empreendedorismo junto de

adultos com deficiência inte-

lectual. Será desenvolvido um

programa que, tendo como

ponto de partida as caracterís-

ticas do público-alvo, poten-

ciará o autoemprego.

«Fácil de @aprender» é um projeto

desenvolvido pela APCC. Surgiu da

necessidade de melhorar a presta-

ção dos serviços educativos da

instituição, dotando-os de instru-

mentos de partilha de comunicação

e informação e potenciando o

sucesso educativo e a satisfação da

comunidade educativa.

Este projeto surge da constatação

de que os alunos têm dificuldade

em aceder ao currículo, assim

como de que há poucos meios à

sua disposição. Foi neste sentido

que se criou a plataforma informáti-

ca disponível em http://

www.facildeaprender.pt/. Coloca-se,

deste modo, à disposição de alu-

nos, professores e pais instrumen-

tos informativos e formativos, assim

como conteúdos adaptados. O

«Fácil de @prender» promoverá,

entre outras atividades, ações de

informação e formação e estabele-

cerá parcerias com entidades públi-

cas e privadas de modo a criar uma

rede de recursos alargada e com

qualidade. Dos resultados espera-

dos, destaque para: organização

dos serviços educativos da APCC,

criação de instrumentos em suporte

digital, disponibilização de formação

e informação. Foi já realizado um

seminário que, designado «Inclusão

– Educação e Autodeterminação»,

lhe serviu de lançamento.

O seminário «Inclusão – Educação

e Autodeterminação» decorreu a 28

de setembro, no auditório do Con-

servatório de Música de Coimbra, e

desenvolveu os painéis «Inclusão:

Política e Prática», «Inclusão,

Vivência no Quotidiano» e «Peço a

Palavra». Foi objetivo do evento

partilhar boas práticas, metodolo-

gias inovadoras e abordagens

associadas à inclusão e à autode-

terminação. Contou, por isso, com a

participação de entidades com

papel determinante na conceção e

operacionalização de políticas, de

profissionais, pais e pessoas com

Paralisia Cerebral.

«Coimbra a Bombar» trouxe música à cidade

O «Coimbra a Bombar – Música

na Cidade» encheu, a 4 de outu-

bro, as ruas da cidade de música.

Durante a manhã, vários músicos

e grupos musicais animaram a

baixa de Coimbra, assim como

áreas dos CHUC, Praça D. Dinis e

Museu Machado Castro.

A partir das 15h00, decorreu uma

arruada do Largo da Portagem à

Praça 8 de Maio, na qual participa-

ram mais de 600 crianças, jovens

e adultos de diversas escolas e

instituições congéneres. Foram

acompanhados por grupos de

bombos e, todos, liderados pelo

professor Carlos Guerreiro, dos

Gaiteiros de Lisboa.

À noite, 5.ª Punkada, a Jigsaw e

Nó Cego animaram a Praça 8 de

Maio.

Carlos Guerreiro ensinou a

construir instrumentos

Decorreu, a 19 de setembro, o

workshop de construção de instru-

mentos de percussão, no âmbito

da iniciativa «Coimbra a Bombar».

Orientado pelo professor Carlos

Guerreiro, dos Gaiteiros de Lisboa,

decorreu no Centro de Reabilita-

ção da APCC um workshop de

construção de instrumentos de

percussão que foram utilizados na

arruada das 4 de outubro. O work-

shop contou com mais de 50 parti-

cipantes.

Terapeutas receberam formação em Bobath

Decorreu no Centro de Paralisia

Cerebral de Coimbra, entre 18 e

27 de outubro, o curso avançado

«Tratamento do Neurodesenvolvi-

mento Bobath», na sequência de

uma parceria estabelecida entre o

Instituto Científico de Formação e

Investigação da Federação das

Associações Portuguesas de

Paralisia Cerebral e a APCC.

Este curso permitiu aos técnicos

aprofundarem, compreenderem o

conceito Bobath e desenvolverem

competências no que se refere ao

tratamento. Foram, por isso, abor-

dados aspetos da Paralisia Cere-

bral, avaliação, resolução de pro-

blemas e planeamento do trata-

mento.

O conceito Bobath tem vindo a

acompanhar a evolução científica

na área da neurociência. De acor-

do com a European Bobath Tutors

Association (EBTA), entidade que

certifica este curso, é importante

que os terapeutas procedam à

atualização regular das suas com-

petências e conhecimentos.

Musicoterapeuta desenvol-

veu workshop na Madeira

O musicoterapeuta e professor

da APCC, Paulo Jacob, partici-

pou no «IV Congresso de Edu-

cação Artística» que decorreu

a 5 e 6 de setembro, no Fun-

chal. Apresentou o trabalho

desenvolvido pelos 5.ª Punka-

da, em «5.ª Punkada: 20 anos

de Pop-Rock para a Inclusão»,

e desenvolveu o workshop

«Um Mundo de Possibilidades:

a Tecnologia na Promoção do

Acesso à Música».

Paulo Jacob foi convidado para

dinamizar a temática «A arte

como forma de inclusão e tera-

pia» desenvolvida para dar a

conhecer projetos que atuam

neste âmbito e de debater o

papel da arte na inclusão de

pessoas com necessidades

educativas especiais.

Formandos e escuteiros juntos em acampamento

Seminário lançou «Fácil de @prender»

Bárbara Gomes

esteve na seleção nacional Bárbara Gomes, atleta da

APCC, fez parte, pela primeira

vez, da seleção portuguesa de

natação, no âmbito do 2.º Cam-

peonato da Europa Open de

Natação Síndrome de Down. O

campeonato decorreu em

Estarreja, entre 17 e 23 de

setembro. Portugal conquistou

32 medalhas, das quais 12

foram de ouro, 13 de prata e 7

de bronze. Apenas Itália supe-

rou a equipa portuguesa, com

um total de 54 medalhas. Par-

ticiparam 14 países: Brasil,

Dinamarca, Espanha, Estónia,

França, Grã-Bretanha, Irlanda,

Itália, Kosovo, República da

Croácia, República da Turquia,

Suécia, Turquemenistão e

Portugal.

Atletas brilharam

em torneio no Seixal Quatro atletas da APCC partici-

param no Torneio de Boccia

“Captação de Novos Talentos”,

uma organização da PCAND,

em parceria com a Associação

de Paralisia Cerebral de Alma-

da e Seixal e com a Câmara

Municipal do Seixal, que decor-

reu a 12 e 13 de outubro, no

Pavilhão Municipal Torre da

Marinha, Arrentela, Seixal.

Bernardo Lopes e Ricardo

Ferreira participaram no Tor-

neio de sub 23, Maria Inês

Rodrigues e Diogo Peixeiro no

de sub 14. Viveram momentos

de muita alegria e conquista-

ram 7 medalhas.

O departamento de Terapia Ocu-

pacional (TO) da Quinta da Conra-

ria assinalou, a 28 de outubro, o

Dia Mundial da Terapia Ocupacio-

nal (celebrado a 27 de outubro)

com a realização de atividades.

Clientes e colaboradores experi-

mentaram dificuldades passíveis

de serem enfrentadas no dia a dia,

assim como formas de intervenção

que podem ajudar a ultrapassá-

las. Foram realizadas atividades

para treino da motricidade fina,

sensibilidade, memória/atenção,

assim como circuitos para treino

de equilíbrio e mobilidade global.

Esta iniciativa permitiu, ainda,

apresentar adaptações e produtos

de apoio que podem ser usados

para melhorar a funcionalidade e

para promover a autonomia.

Quinta da Conraria assinalou Dia da Terapia Ocupacional

Entre 13 e 15 de setembro, 15 for-

mandos da medida 6.2 – Qualifica-

ção para a Pessoa com Deficiência

e Incapacidade participaram num

acampamento no qual estiveram,

também, 16 escuteiros do Corpo

Nacional de Escutas (CNE) do

Agrupamento 874 de Arganil.

Foi utilizado o método escutista a

fim de potenciar a autonomia, a

independência e as relações inter-

pessoais, contribuindo para a inclu-

são social e profissional, através da

partilha de experiências e emoções.

Esta iniciativa quis criar oportunida-

des de participação social e de

lazer na e com a comunidade.

Experimentaram, em conjunto, o

espírito de equipa, o trabalho em

grupo, atividades como caminhada,

fogo de conselho e dormir ao ar

livre. Escuteiros e formandos atri-

buíram nota 20 à atividade.

APCC na Holanda

A APCC participou na visita de

estudo EVS = teamwork, que

decorreu entre 24 e 27 de setembro

na Holanda. Participaram represen-

tantes de organizações portugue-

sas acreditadas para desenvolver

atividade no âmbito do Serviço

Voluntário Europeu (SVE). Ao gru-

po português, juntaram-se mem-

bros de organizações da Finlândia

e Noruega.