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1 O turismo como matriz de desenvolvimento Propostas e Compromissos - Brasil 2011 - 2014 Brasília, 2010

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Dando continuidade ao último informativo da Comissão de Turismo e Desporto, da Câmara dos Deputados, em anexo a versão final do documento: “O turismo como matriz de desenvolvimento /Propostas e Compromissos Brasil 2011 – 2014”, este que foi aprovado por todos os representantes do setor. E será entregue e apresentado aos candidatos à Presidência da República no XII CBRATUR, que será realizado no dia 22 de Julho de 2010 – Auditório Nereu Ramos na própria Câmara dos Deputados.

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O turismo como matriz de desenvolvimento

Propostas e Compromissos - Brasil 2011 - 2014

Brasília, 2010

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CBRATUR 2010

XII Congresso Brasileiro da Atividade Turística

Realização: Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal

Senador Neuto De Conto - presidente

Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados

Deputada Professora Raquel Teixeira – presidente

Frente Parlamentar do Turismo

Deputado Alex Canziani - presidente

Parceria: Sistema Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo /

CNC-SESC-SENAC

Antonio Oliveira Santos - presidente

Apoio: Ministério do Turismo

Luiz Barretto - ministro

Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo - FORNATUR

Secretária Nilde Brun - presidente

Page 3: XII CBRATUR

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Sumário

Apresentação

I. Turismo no Brasil 2011 - 2014 1.1. Situação atual do Turismo no Brasil

1.2. Proposições por Eixos Temáticos

II. O CBRATUR e as proposições recorrentes: hora de transformar ideias em

Plano de Governo

III. Anexos

4.1. Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal

4.2. Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados

4.3. Diretoria da CNC

4.4. Entidades participantes da Câmara Empresarial do Turismo da CNC

4.5. Entidades Parceiras no CBRATUR 2010

4.6. Comitê Executivo

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Apresentação

O TURISMO E A MATRIZ DE DESENVOLVIMENTO QUE QUEREMOS

O peso da atividade do comércio do turismo na economia global é

extremamente significativo. Segundo dados da Organização Mundial do

Turismo (OMT), o mercado turístico representou, em 2009, 30% das exportações

mundiais, ou 6% do montante exportado no mundo, o que garantiu ao setor o 4º

lugar no ranking das exportações mundiais. Em termos de postos de trabalho, a

atividade respondeu por algo entre 6% a 8% do total de empregos no mundo.

No Brasil, de acordo com o Banco Central, a receita cambial turística, em 2009,

ficou em US$ 5,30 bilhões. Estima-se que o País registrou cerca de 6,48 milhões de

passageiros desembarcados de vôos internacionais em 2009. Já o desembarque

de passageiros de vôos nacionais foi de 55,85 milhões.

Com base na metodologia da OMT, aliada a informações da Relação Anual de

Informações Sociais (RAIS), estudos revelam que, no Brasil, o mercado formal de

trabalho nas Atividades Características do Turismo (ACTs) passou de 1,71 milhões

de pessoas empregadas em 2002 para 2,27 milhões de pessoas em 2008, o que

representa um crescimento da ordem de 32,70% em seis anos.

Discutir, portanto, o turismo como matriz do desenvolvimento é imprescindível

para focalizar o modelo adequado para nortear um Plano de Governo

verdadeiramente participativo, capaz de responder à pergunta: “Afinal, que

matriz de desenvolvimento nós queremos para o Brasil e para o turismo?”

As ideias e propostas aqui apresentadas por representantes da cadeia produtiva

do turismo revelam pontos de convergência para a construção de um turismo

moderno e competitivo, mas também sustentável e libertário. Uma nova matriz

que vença a dicotomia do “território contra o dinheiro”, como dizia o grande

geógrafo brasileiro Milton Santos (1999)1:

“A briga entre o chão [território] e o cifrão [dinheiro], da qual está resultando

uma sociedade fragmentada e uma Federação ingovernável, não pode ser

resolvida como se o dinheiro em estado puro fosse o único pressuposto da vida

nacional. Urge encontrar um caminho que nos leve a uma outra Federação, um

recomeço a ser buscado com altivez cívica, humildade intelectual e sabedoria

política e cujo ponto de partida seja o bem-estar da população e a

sobrevivência da Nação”. (Santos, 1999)

Comitê Organizador do XII CBRATUR

1 SANTOS, Milton. O chão contra o cifrão. Folha On Line, 28 de fevereiro de 1999. Disponível em

http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/dc_3_8.htm . Acesso em 20/04/2010.

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Capítulo I

TURISMO NO BRASIL 2011-2014

As referências ao Turismo no Brasil 2011-2014 foram elaboradas por meio de

pesquisas diversas a estudos e publicações recentes. Envolvendo desde material

produzido pelo Ministério do Turismo, Conselho Nacional de Turismo e Fórum de

Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, além de enquetes e estudos feitos

junto aos mais significativos representantes do setor empresarial turístico

nacional, trabalhadores turísticos, meio acadêmico e entidades representantes

da sociedade civil organizada.

Concebida com o intuito de dar início a uma reflexão sobre as perspectivas de

desenvolvimento do turismo brasileiro para os próximos anos, considerou-se os

diagnósticos existentes, as projeções e as proposições contextualizadas ao

ambiente econômico, social e político do Brasil, sinalizando, assim, alternativas

para o desenvolvimento da atividade turística nacional no período 2011-2014.

Em consonância com os objetivos do Congresso Brasileiro da Atividade Turística,

dentre os quais se destaca a promoção do diálogo e da troca de informação

entre Governo, Sociedade e Legislativo, com vistas ao desenvolvimento do

turismo no País, apresentamos a consolidação dessas informações, de modo a

permitir a compreensão do contexto em que a atividade turística brasileira se

encerra hoje e as expectativas setoriais de desenvolvimento e modernização.

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1.1. Situação atual do Turismo no Brasil

A partir de uma extensa análise do estágio de desenvolvimento do turismo no

País, foram elencadas as principais oportunidades e ameaças, forças e

fraquezas enfrentadas pelo setor para o seu fomento e sua modernização nos

próximos anos, apresentadas a seguir:

OPORTUNIDADES

Realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA, em 2014, no Brasil, e dos

Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016;

Desenvolvimento de instrumentos de monitoramento da Política Nacional de

Turismo nos Entes da Federação;

Ampliação do orçamento/Programação do Ministério do Turismo;

Eleição de representante do turismo brasileiro para direção executiva da

Organização Mundial do Turismo;

Padronização dos dados de demanda e fluxos turísticos;

Redução de custos das tecnologias de informação e comunicação;

Produção de dados pelas instituições do Conselho Nacional de Turismo;

Aplicação da Metodologia das Contas Satélites;

Tendência de mercado por produtos regionais;

Reconhecimento do turismo como atividade típica de exportação;

Ampliação de linhas de crédito e aperfeiçoamento das condições para MPEs

(micro e pequenas empresas);

Publicação do conjunto de normas técnicas brasileiras para

empreendimentos e profissionais do turismo pela ABNT;

Convergência de esforços de qualificação dos diversos agentes (sistema S,

MTur etc.);

Execução do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento;

Direcionamento dos investimentos de outros ministérios/emendas

parlamentares/ PAC considerando o turismo como matriz de

desenvolvimento;

Implantação do PAN (Plano Aeroviário Nacional);

Celebração de acordos de transporte internacional;

Implementação do „cruzeiro rodoviário‟;

Inclusão do turismo na cesta de consumo do brasileiro;

Visibilidade em decorrência da realização de megaeventos: Jogos Mundiais

Militares (2011), Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo FIFA

(2014), Jogos Olímpicos e Paraolímpicos (2016);

Facilitação burocrática para visitação entre países da América do Sul;

Abertura do mercado latino americano;

Aumento do mercado consumidor interno (expansão da classe C).

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AMEAÇAS

Reduzida capacidade para a gestão no nível gerencial, tanto no âmbito

governamental quanto no setor privado;

Entraves ao desenvolvimento da atividade turística entre países vizinhos por

meio de mecanismos de controles e imposições burocráticos, tais como a

obtenção de vistos e a imposição de taxas;

Extinção do Ministério do Turismo;

Redução do Orçamento;

Falta de Adesão dos Entes da Federação ao Plano Nacional de Turismo/PNT;

Descontinuidade das políticas e programas do turismo;

Informalidade empresarial;

Carga tributária do setor;

Ausência de planejamento na implantação da regulamentação

aeronáutica;

Alocação de recursos governamentais para infraestrutura básica e de apoio

ao turismo, ressentindo-se ainda de um trabalho mais sistemático de

articulação intersetorial para a definição dos investimentos;

Limitação de oferta aérea e rodoviária face à exigüidade de infraestrutura;

Redução do número de assentos ofertados pelas empresas aéreas brasileiras

para o mercado internacional;

Política cambial e atual taxa de câmbio (R$/USD);

Prolongamento da crise financeira internacional;

Explosão da demanda, com impactos negativos no meio ambiente e na

qualidade dos serviços.

FORÇAS

Gestão descentralizada do turismo;

Consolidação do Conselho Nacional de Turismo como colegiado

representativo;

Apoio aos fóruns e conselhos estaduais e regionais de turismo;

Aprovação da Lei do Turismo;

Implementação do CADASTUR (sistema de cadastro de pessoas físicas e

jurídicas que atuam no setor do turismo);

Desenvolvimento do Programa de Regionalização do Turismo;

Ação ministerial junto aos 65 destinos indutores;

Portfólio de produtos e segmentos diversificados, possibilitando expandir a

oferta e comercialização;

Política de segmentação;

Existência do FUNGETUR – Fundo Geral do Turismo;

PIB do turismo;

Financiamento ao consumidor final;

Implementação do Programa Aventura Segura;

Elaboração das normas de certificação para as ocupações do turismo;

Redes e estrutura de qualificação do sistema “S”: SENAC, SESC, SEBRAE;

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Destinação de recursos do Orçamento Geral da União - OGU para a

infraestrutura turística;

Execução do Programa de Desenvolvimento do Turismo Nacional – Prodetur;

Eficácia do MTUR na execução do orçamento destinado à infraestrutura;

Capacidade de articulação intersetorial;

Elaboração da Matriz de responsabilidades do Programa de Aceleração do

Crescimento/PAC da Copa (mobilidade urbana e estádios);

Abertura e ampliação de novos portões de entrada de turistas estrangeiros;

Capacidade de atração de navios de cruzeiro;

Diversidade de modais: rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial, aéreo;

Interconectividade da malha aeroviária doméstica;

Estudos e documentos elaborados sobre o setor de transporte;

Vigor do mercado interno;

Conjunto de iniciativas de comercialização existentes (EBT‟s, Caravanas etc.);

Atuação da EMBRATUR;

Nova posição do Brasil na geopolítica internacional;

Diversidade de produtos e segmentos turísticos.

FRAQUEZAS

Pouca integração entre as diferentes esferas de governo e entre os setores

público e privado;

Frágil participação das instâncias no processo de gestão (Instâncias de

Governança Macrorregionais, Órgãos Estaduais de Turismo, Fóruns e

Conselhos Estaduais de Turismo, Instâncias de Governança Regionais, Órgãos

Municipais de Turismo e Colegiados Municipais de Turismo);

Carência de maior articulação por afinidades e de organização por

categorias de atividades por parte das entidades que compõem o Conselho

Nacional de Turismo;

Carência de planos diretores de turismo em estados e municípios;

Colegiados municipais com organização insipiente e participação limitada;

Orçamentos de turismo estaduais e municipais sem expressividade frente às

demandas;

Gestão da Informação;

Carência de dados censitários sobre os serviços turísticos;

Divulgação insuficiente dos dados levantados;

Carência de dados sobre a qualificação profissional para o setor, que

permitam a mensuração das demandas e ofertas;

Falta de cultura do setor privado no fornecimento de dados às pesquisas;

Informalidade empresarial;

Insuficiência de dados da participação do turismo na economia;

Falta de cultura de planejamento de gestão compartilhada e participativa;

Dificuldades para acessar as linhas de crédito existentes;

Funcionamento do sistema bancário, que se pauta por um sistema de

pontuação da eficácia das suas agências que muitas vezes não priorizam os

programas oficiais de credito para o turismo;

Precariedade de profissionalização dos gestores privados, tanto no que se

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refere à apresentação dos projetos como na regularização da

documentação demandada para financiamentos;

Condições operacionais e ampliação dos valores das linhas de crédito

concedidas pelas instituições oficiais de crédito;

Ausência de análises, quantitativa e qualitativa, das ações de qualificação

profissional e empresarial para o turismo;

Ausência do estabelecimento de padrões para os cursos, que incorporem a

demanda de empresários, trabalhadores e políticas públicas voltadas ao

desenvolvimento do turismo;

Ausência de uma política objetiva e unificada de qualificação dos recursos

humanos;

Inexistência de um sistema abrangente de classificação /certificação dos

serviços turísticos e de um padrão referencial de qualidade para os diversos

níveis e categorias de empreendimentos, dificulta ainda a comercialização e

a promoção;

Falta de levantamento dos equipamentos turísticos;

Carência de infraestrutura básica (acessibilidade, mobilidade urbana,

saneamento) e de infraestrutura turística (sinalização turística, equipamentos

receptivos, centros de convenções e feiras, terminais de passageiros e

atracadores, infraestrutura aeroportuária e aeronáutica);

Inventário precário dos equipamentos turísticos;

Legislação restritiva ao turismo rodoviário;

Condições das vias públicas;

Precariedade dos terminais;

Redução no número de localidades atendidas pela aviação aérea regional;

Falta de integração entre modais;

Ausência de uma área técnica específica na estrutura organizacional do

ministério para tratar deste tema;

Falta de interconectividade da malha aeroviária doméstica x internacional;

Precariedade dos serviços aduaneiros;

Excesso de movimentação nos principais aeroportos;

Falta de sinergia entre os órgãos governamentais que atuam no exterior;

Atual ordenamento jurídico para promoção no exterior;

Falta de indicadores de desempenho das ações de promoção;

Falta de cultura de viagem no brasileiro (turismo é visto como produto de elite

ou de estrangeiro);

Localização geográfica do Brasil (distância dos grandes centros emissores

internacionais);

Insuficiência dos canais de distribuição e venda do turismo brasileiro no

exterior;

Custo Brasil;

Imagem negativa do Brasil decorrente de questões de segurança pública.

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1.2. Proposições

1.2.1 Planejamento e Gestão

A. Planejamento

- Promover a atualização do Plano Nacional de Turismo de forma democrática e

participativa (CBRATUR 2006);

- Promover ações que fortaleçam a relação do Estado com a sociedade,

mediante vasta e substantiva participação social na definição das políticas

públicas;

- Incorporar ao planejamento princípios que promovam qualidade e

competitividade aos produtos e prestadores de serviços turísticos;

- Incorporar ao planejamento, de forma transversal, princípios que promovam

maior responsabilidade social no setor de turismo, contribuindo para a

valorização da dignidade humana, pelo enfrentamento da exploração sexual

de crianças e adolescentes, da redução da pobreza e da inclusão social

(CBRATUR 2006);

- Incorporar ao planejamento princípios que promovam a sustentabilidade

ambiental e a redução dos impactos do turismo no clima e no meio ambiente

(CBRATUR 2006);

- Manter os atuais vetores de desenvolvimento do turismo: promoção da

igualdade de oportunidades, redução das desigualdades sociais e regionais,

geração e distribuição de renda, geração de trabalho e ocupação, proteção

do patrimônio histórico e cultural, respeito ao meio ambiente e propiciar ao

brasileiro conhecer o Brasil (CBRATUR 2006);

- Promover ações que signifiquem aportes do setor de turismo para o alcance

dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, particularmente em relação à

erradicação da extrema pobreza e da fome, da promoção da igualdade entre

os sexos e autonomia das mulheres, da sustentabilidade ambiental e do

estabelecimento de uma parceria mundial para o desenvolvimento;

- Utilizar a metodologia de Avaliação Ambiental Estratégica como subsídio à

tomada de decisões, disponibilizando informações sobre as possíveis

consequências ambientais das Políticas de Turismo, bem como suas alternativas

mitigadoras;

- Apoiar a elaboração, implementação e o monitoramento e avaliação das

políticas de turismo nos âmbitos estaduais, regionais e municipais (CBRATUR

2002/CBRATUR 2006).

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B. Implementação

- Fortalecer a gestão pública federal do turismo, garantindo apoio ao Ministério

do Turismo, assim como orçamento e quadro técnico adequado para a

execução das atividades propostas (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

- Fortalecer a Gestão Descentralizada do Turismo, assim como o Conselho

Nacional de Turismo, o Fórum de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, os

colegiados estaduais e municipais de turismo, e as instâncias de governança

macrorregionais e regionais (CBRATUR 2006);

- Fortalecer a integração interministerial com interface no turismo, por meio do

Comitê Interministerial de Facilitação Turística, instituído pela Lei 11.771/2008

(CBRATUR 2002);

- Dar mais operacionalidade e objetividade às reuniões do Conselho Nacional

de Turismo, com o fortalecimento das Câmaras Temáticas e das Categorias de

Atividade (CBRATUR 2006);

- Instituir grupo estratégico para apoiar as articulações das ações

governamentais relacionadas ao turismo frente às demandas do setor;

- Condicionar os repasses da verba descentralizada do MTur à elaboração de

política estadual de turismo, à existência de órgão oficial de turismo, à

organização dos colegiados e à destinação de orçamento estadual para o

setor;

- Aprimorar o modelo de governança das agências macrorregionais de turismo

com o objetivo de melhorar a gestão e obter maiores recursos financeiros

públicos e privados (CBRATUR 2006);

- Criar um modelo público-privado de governança das ações propostas para a

realização da Copa do Mundo de Futebol 2014 (CBRATUR 2006);

- Estimular o envolvimento e a adesão dos atores da iniciativa privada aos

programas e ações desenvolvidos pelo Ministério do Turismo de fomento à

atividade (CBRATUR 2006).

C. Monitoramento e Avaliação

- Acompanhar os resultados da política nacional do turismo em âmbito

nacional, nos estados e municípios (CBRATUR 2006);

- Fortalecer a implementação do Sistema Integrado de Gestão do Turismo como

ferramenta de monitoramento e avaliação do turismo em âmbito nacional

(CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

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- Promover o mapeamento georreferenciado das ações do Plano Nacional de

Turismo, integrando as realizações, os investimentos públicos e privados e os

resultados nos estados, municípios e regiões turísticas;

- Estabelecer parcerias para implementar instrumentos de monitoramento e

controle dos impactos ambientais, sociais e culturais ocasionados pela atividade

turística.

D. Legislação

- Orientar o turista quanto aos seus direitos nas relações com os prestadores de

serviços turísticos;

- Sistematizar as legislações correlatas aplicáveis aos prestadores de serviços

turísticos;

- Regulamentar a Lei do Turismo e os mecanismos para fiscalização dos

prestadores de serviços turísticos (CBRATUR 2006);

- Articular com o Congresso Nacional para a adequação e regulamentação da

legislação de interesse da atividade turística (CBRATUR 2006);

-Incentivar o cadastramento dos prestadores de serviços turísticos junto ao

cadastro oficial do Ministério do Turismo - CADASTUR, conforme legislação

vigente;

- Revisar a legislação atual que limita o transporte interestadual em veículos

comerciais de porte médio;

- Flexibilizar a legislação para a indicação de empreendimentos turísticos

privados na sinalização rodoviária.

E. Relações Institucionais

- Promover a articulação entre diferentes setores da sociedade e órgãos de

governo com vistas ao desenvolvimento do setor, especialmente no que se

refere à legislação e regulamentação, política de isenção de vistos, e

capacitação de agentes públicos para o atendimento aos turistas (CBRATUR

2002/CBRATUR 2006);

- Estimular a participação do Ministério do Turismo nos foros multilaterais, dentre

outros aspectos, nas negociações de liberalização de serviços turísticos em

organismos internacionais, tais como a Organização Mundial do Comércio e o

MERCOSUL;

- Facilitar os procedimentos de emissão de vistos de turistas estrangeiros para o

Brasil (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

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- Simplificar os procedimentos de entrada de equipamentos importados para o

setor de turismo.

1.2.2 Eixo temático Informação

A. Estatísticas

- Atuar em consonância com os principais órgãos oficiais produtores de

estatísticas nacionais para consolidar a produção de dados sobre o turismo;

- Aprimorar e ampliar o sistema nacional de informações sobre o turismo

(CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

- Consolidar e complementar o banco de dados sobre os indicadores do turismo

no Brasil;

- Implantar a Conta Satélite de Turismo no Brasil (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

- Informatizar e integrar os instrumentos de coleta de dados entre o setor público

e privado, como a Ficha Nacional de Registro de Hóspedes, o Boletim de

Ocupação Hoteleira e a Ficha de Passageiro do Transporte em Ônibus Turísticos;

- Realizar o Inventário da Oferta Turística no País, de forma integrada e

descentralizada, cadastrando atrativos e equipamentos turísticos (CBRATUR

2006).

B. Estudos e Pesquisas - Levantar e acompanhar a estrutura de consumo dos diversos setores

vinculados à atividade turística;

- Desenvolver estudos sobre o mercado de trabalho em turismo;

- Realizar estudo detalhado dos espaços para convenções e feiras no País:

- Implantar sistema de acompanhamento de resultados da iniciativa privada;

- Apoiar pesquisas, produção científica, publicações e intercâmbios de

conhecimento entre a gestão pública e as instituições de ensino (CBRATUR

2006);

- Investir em inteligência comercial que torne possível transformar as estatísticas,

estudos e pesquisas em informações capazes de orientar estratégias que

aumentem a competitividade das empresas e produtos turísticos no mercado

nacional e internacional;

- Realizar, de forma padronizada, pesquisas de mensuração de resultados,

medindo o fluxo de turistas nos principais destinos, gasto médio diário, principais

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atividades realizadas, preço médio e canal de compra, companhia de viagem,

dentre outras informações, com o objetivo de conhecer o perfil do turista e o

reflexo econômico, ambiental e social da atividade.

C. Divulgação

- Disseminar as informações sobre turismo no Brasil e sua importância

socioeconômica;

- Utilizar as novas mídias para divulgação das informações sobre o turismo.

1.2.3 Eixo temático Estruturação da Oferta Turística

A. Regionalização e roteirização

- Fomentar o planejamento turístico nos âmbitos estaduais, regionais e

municipais;

- Promover a inclusão dos diferentes atores sociais no processo de planejamento

territorial do turismo;

- Qualificar os produtos, roteiros e destinos turísticos com foco na

sustentabilidade, qualidade e competitividade;

- Promover a diversificação da oferta turística por meio do ordenamento das

regiões (CBRATUR 2006);

- Consolidar a Regionalização do Turismo como referência territorial às ações de

estruturação da oferta turística (CBRATUR 2006);

- Apoiar a formatação de novos produtos turísticos com atrativos, como os

Parques Temáticos e visita a Unidades de Conservação Ambiental e seu entorno;

- Articular a implementação do uso público nas Unidades de Conservação

Ambiental.

B. Segmentação

- Incentivar a formatação de novos produtos e serviços turísticos com foco na

segmentação e em novos nichos de mercado (CBRATUR 2006);

- Apoiar ações integradas para a estruturação e desenvolvimento dos

segmentos turísticos;

- Apoiar a criação de grupos de trabalho para discussão e solução de entraves

para o desenvolvimento dos segmentos turísticos.

Page 17: XII CBRATUR

17

C. Produção associada e desenvolvimento Local

- Consolidar o apoio à produção associada e ao turismo de base comunitária

como estratégia de diversificação da oferta turística, incentivando a inserção

dos produtos aos destinos e roteiros;

- Qualificar produtos e serviços locais para a inserção na cadeia produtiva do

turismo;

- Incentivar o desenvolvimento da produção associada ao turismo, promovendo

os produtos junto aos operadores (CBRATUR 2006);

- Apoiar o desenvolvimento de ações junto aos fornecedores para a cadeia

produtiva do turismo (CBRATUR 2006);

- Fortalecer a estruturação das atividades do turismo comunitário com base

territorial que induzam o desenvolvimento local;

- Apoiar a realização de estudos, pesquisas e projetos sociais para o

desenvolvimento sustentável do turismo em regiões de baixo dinamismo

econômico e com potencial turístico pouco explorado.

1.2.4 Eixo temático Fomento

A. Financiamento e Acesso ao Crédito

- Aprimorar a articulação dos programas de crédito e microcrédito específicos

para o turismo; (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

- Fortalecer o Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR;

- Disponibilizar informações e orientação sobre crédito e financiamento para o

setor de turismo junto a operadores e tomadores; (CBRATUR 2006);

- Criar um programa de crédito e financiamento cooperativado;

- Promover o aprimoramento do sistema de fundos de aval como garantia de

empréstimos para o setor de turismo (CBRATUR 2006);

- Criar mecanismos de incentivo aos empreendimentos turísticos sustentáveis e

que promovam a conservação ambiental.

B. Captação de Investimentos

- Criar e divulgar portfólio de oportunidades de investimentos em turismo

articulados com as regiões e roteiros turísticos prioritários;

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- Criar banco de dados com informação de investidores em turismo, nacionais e

estrangeiros, visando, primordialmente, aprimorar a infraestrutura turística

existente;

- Apoiar investidores interessados em desenvolver projetos localizados em regiões

com potencial turístico.

C. Política Tributária

- Aprofundar as discussões sobre a desoneração tributária para os

empreendimentos turísticos face as demandas que se apresentam ao setor

relacionadas à Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 (CBRATUR

2002);

- Conceituar a atividade hoteleira como setor exportador, ao receber turistas

estrangeiros, mesmo que a vinda tenha sido intermediada por operadora

nacional;

- Isentar de impostos as reservas feitas no exterior pela internet, que seriam

tratadas como exportação;

- Adotar classificação de bens de capital para equipamentos ora considerados

bens de consumo;

- Desonerar os equipamentos importados, sem similar nacional;

- Regulamentar os instrumentos que isentam a promoção dos serviços e produtos

turísticos no mercado internacional;

- Apoiar estudos relativos a mecanismo de incentivo tributário para

empreendimentos turísticos (CBRATUR 2006);

- Apoiar estudos que visem criar mecanismo de redução de custos em

operações financeiras no mercado nacional e na comercialização do receptivo

internacional;

- Criar um programa de turismo social com incentivo às empresas mediante

renúncia fiscal do imposto de renda (CBRATUR 2006).

1.2.5 Eixo temático Qualificação

A. Qualificação para o Turismo

- Estabelecer critérios objetivos de qualidade e tempo de formação para

qualificação de mão de obra em turismo;

- Fortalecer e disseminar o conceito e a prática da hospitalidade como

necessidade do acolhimento ao visitante nos destinos turísticos;

Page 19: XII CBRATUR

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- Pesquisar e identificar demandas do mercado para orientar a implantação de

programas de qualificação de recursos humanos para o setor;

- Criar programas de qualificação profissional em parceria com o setor privado,

incluindo curso de línguas estrangeiras, de acordo com as necessidades e

demandas do mercado turístico;

- Fortalecer os programas de qualificação para a gestão pública do turismo no

país;

- Implementar programas de atualização técnica para os egressos de cursos na

educação formal para o turismo (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

- Fortalecer a implementação do ensino profissionalizante para o turismo

(CBRATUR 2002);

- Fortalecer o ensino de línguas estrangeiras nos destinos turísticos;

- Implementar mecanismos de qualificação à distância para prestadores de

serviços turísticos;

- Criar programas de qualificação voltados para a inclusão de pessoas com

deficiência;

- Criar instrumentos de acompanhamento da evolução da qualificação relativo

ao mercado turístico brasileiro.

B. Certificação

- Realizar campanha de promoção, difusão e incentivo à adoção de normas

técnicas de certificação de empresas e pessoas (CBRATUR 2006);

- Criar parâmetros e critérios para o desenvolvimento e implantação de um Selo

de Qualidade em prestação de serviços turísticos, tendo como fundamento

legal a Lei nº 11637/2007;

- Fomentar a certificação das entidades de capacitação e qualificação

(CBRATUR 2006).

1.2.6 Eixo temático Infraestrutura

A. Infraestrutura Básica

- Articular ações governamentais intersetoriais para implantação de

infraestrutura básica nos destinos turísticos, particularmente no que se refere a

saneamento básico e acessibilidade (CBRATUR 2006);

Page 20: XII CBRATUR

20

- Adequar a infraestrutura básica para atender pessoas com deficiência ou

mobilidade reduzida;

- Criar um programa de contrapartidas sociais aos recursos liberados pelo

governo federal a título de infraestrutura pública;

- Criar um programa de investimento e de gestão privada ou público-privada

para os aeroportos regionais (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

- Estimular parceria entre órgãos governamentais – sobretudo Polícia Federal,

Receita Federal, Infraero e ANVISA - com o objetivo de dotar os pontos de

fronteira terrestres, marítimos e aéreos de infraestrutura adequada para o

tráfego de turistas.

B. Infraestrutura Turística

- Apoiar o desenvolvimento de ações para conservação dos atrativos e

equipamentos turísticos;

- Articular ações para promover a recuperação do patrimônio histórico-cultural;

- Fomentar parcerias público-privadas para investimentos em infraestruturas

turísticas (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

- Ampliar o programa de sinalização turística;

- Considerar a utilização de novas tecnologias e indicação eletrônica para

modernizar o sistema de sinalização turística (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006).

1.2.7 Eixo temático Logística de Transportes

A. Logística de Transportes - Estimular a aviação regional;

- Estimular a aviação sub-regional na América do Sul visando a criação de novas

rotas entre destinos locais do continente;

- Estimular uma forte retomada do turismo rodoviário;

- Qualificar os eixos turísticos rodoviários, ferroviários e aquaviários, os terminais

de passageiros e o acesso aos destinos turísticos; (CBRATUR 2002/CBRATUR 2006);

- Aumentar a representatividade institucional do Turismo junto às agências

reguladoras de transporte (ANAC, ANTAQ, ANTT);

- Estimular o desenvolvimento de ações e investimentos, públicos e privados, que

fomentem a criação de ligações intermodais nos principais destinos turísticos

Page 21: XII CBRATUR

21

(CBRATUR 2006);

- Estimular a promoção de pacotes turísticos que utilizem a aviação regional e o

turismo rodoviário.

1.2.8 Eixo temático Promoção e Apoio à Comercialização

A. Promoção Institucional

- Fortalecer o Salão do Turismo como vitrine do turismo brasileiro;

- Apoiar a realização de salões estaduais de turismo;

- Desenvolver estratégias de divulgação dos portais institucionais do turismo

brasileiro;

- Elaborar campanhas nacionais e internacionais voltadas ao setor de turismo,

na temática da prevenção e do enfrentamento à exploração sexual e ao

tráfico de crianças e adolescentes (CBRATUR 2006);

- Promover a reflexão junto aos parceiros públicos e privados quanto à

importância da adesão ao Código de Conduta Ética para o setor de turismo;

- Estimular a realização de estratégias conjuntas de promoção, divulgação e

comercialização por instituições representativas das Regiões brasileiras.

B. Promoção Interna

- Fortalecer as parcerias público-privadas no desenvolvimento da promoção

(CBRATUR 2002);

- Promover e divulgar campanhas de incentivo ao turismo interno (CBRATUR

2006);

- Produzir e distribuir material promocional dos destinos turísticos em

conformidade com Plano Nacional de Turismo;

- Analisar o calendário e a forma de participação em feiras e eventos para o

consumidor final, com foco na promoção de roteiros e destinos turísticos;

- Apoiar a comercialização de produtos turísticos privados por intermédio de

ações cooperadas, com foco no consumidor final;

- Criar um fundo de promoção com investidores privados dos segmentos

financeiros e cartões de crédito, comércio, indústria, transportes, saúde,

montadoras de veículos, combustíveis, telefonia, concessionárias de energia

elétrica e outros;

Page 22: XII CBRATUR

22

- Desenvolver estratégia de posicionamento na web para a promoção de

destinos turísticos brasileiros;

- Expandir a promoção dos destinos em conjunto com os Estados e Municípios,

tendo como base o Programa de Regionalização do Turismo;

- Apoiar e promover eventos de relacionamento e promoção com os

operadores, agências, imprensa, formadores de opinião e público final para

promoção e apoio à comercialização dos produtos e destinos turísticos

brasileiros.

C. Promoção Externa

- Contemplar no Orçamento Geral da União - OGU as recomendações da

Organização Mundial do Turismo quanto à destinação de 2% da receita do

turismo internacional para investimentos em promoção externa;

- Desenvolver uma plataforma de promoção e comercialização de produtos e

destinos brasileiros em ambiente web;

- Disponibilizar material promocional na internet, embaixadas do Brasil, nas

companhias aéreas, nas agências de viagens e turismo no exterior;

- Intensificar o programa de captação de eventos internacionais;

- Viabilizar a criação de escritórios físicos de representação turística brasileira no

exterior em países emissores preferenciais e estratégicos (CBRATUR 2006);

- Definir uma política de investimento em mídia web, TV aberta e paga, nos

principais países emissores;

- Expandir a promoção do País em conjunto com outros países de interesse em

mercados de longa distância;

- Estabelecer maior parceria entre Embratur e as embaixadas brasileiras no

exterior, inclusive utilizando o mesmo espaço físico (CBRATUR 2002/CBRATUR

2006);

- Trabalhar junto com outros órgãos de governo de promoção internacional

como forma de potencializar e racionalizar as ações de promoção;

- Promover eventos de relacionamento e promoção com agentes de viagem e

outros atores da cadeia de distribuição;

- Realizar viagens técnicas de familiarização com imprensa, operadores

generalistas, agentes de viagem e formadores de opinião para promoção e

apoio a comercialização dos destinos turísticos brasileiros;

Page 23: XII CBRATUR

23

- Realizar ações com consumidores finais em shoppings, parques, cinemas, bares

e restaurantes e demais áreas de lazer e entretenimento;

- Promover ações de estímulo à demanda através de ativação de conteúdo e

promoções em redes sociais;

- Promover ações de disseminação de conteúdo formativo e informativo através

de um “Bureau de Conteúdo”, com o objetivo de disseminar informações

confiáveis sobre os produtos, tanto para o consumidor final, como para a

cadeia de distribuição e imprensa, que sirva tanto para o mercado interno

como externo.

Page 24: XII CBRATUR

24

Capítulo II

O CBRATUR e as proposições recorrentes:

Hora de transformar ideias em Plano de Governo

O Congresso Brasileiro da Atividade Turística – CBRATUR tem se consolidado

como um fórum de debate nacional sobre a potencialidade do turismo no Brasil.

O evento reúne os setores governamentais (Poderes Legislativo, Executivo e

Judiciário) e a sociedade civil na busca por uma ampla e democrática reflexão

sobre as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da atividade turística.

Desde a sua primeira edição, em 1999, em Caldas Novas/GO, o CBRATUR tem

buscado desenvolver uma agenda única para o fomento da atividade. De suas

discussões, nasceram importantes proposições que hoje fazem parte da

realidade do turismo nacional, como, por exemplo, a criação do Ministério do

Turismo, a elaboração da Lei Geral do Turismo e a inclusão das Agências de

Viagens no SIMPLES (Sistema de Tributação para Micro, Pequena e Médias

Empresas).

Atento às eleições gerais do País e disposto a contribuir para a construção de

políticas públicas setoriais mais adequadas, nas edições de 2002 e 2006 o

CBRATUR priorizou o debate com os então candidatos à Presidência da

Republica, apresentando-lhes documentos referenciais como o Programa

Brasileiro da Atividade Turística – Emprego, Renda e Desenvolvimento e a

publicação “Turismo Brasil - Propostas e Compromissos 2007-2010”.

Cumprindo sua missão histórica e determinado a dar continuidade ao esforço

de contribuir para a construção de políticas públicas para o turismo, o CBRATUR,

na versão 2010, retoma a estratégia de debate com os candidatos à

Presidência da República.

Sob a bandeira do “Turismo como Matriz de Desenvolvimento”, realizará um

check-list das propostas demandadas pelo conjunto da cadeia produtiva do

turismo ao longo dos últimos anos, para determinar o que falta e o que pode

ainda ser feito. O cruzamento das proposições originárias nos permite identificar

pontos reincidentes nas reivindicações e expectativas do setor no tocante às

políticas públicas.

Essas proposições sinalizam para alguns temas recorrentes que, se apropriados

pelos fazedores de políticas públicas, possibilitará um salto qualitativo no plano

de governo para o turismo, considerado o horizonte 2011-2014.

Page 25: XII CBRATUR

25

2.1 Temas primordiais

1. Manutenção de um modelo de planejamento democrático e participativo;

2. Atenção à sustentabilidade e à diversidade nos projetos e planos;

3. Aprimoramento do modelo de governança do turismo;

4. Interação interministerial e interinstitucional;

5. Fortalecimento/intensificação das parcerias público-privadas;

6. Articulação com o Legislativo para o aprimoramento das regulamentações

do setor;

7. Convergência dos objetivos de desenvolvimento do turismo com conquistas

sociais como: a redução da pobreza, a igualdade de oportunidades, a

preservação ambiental e de patrimônios histórico-culturais; e o respeito à

diversidade;

8. Flexibilização dos procedimentos de emissão de vistos consulares;

9. Implantação da Conta Satélite do Turismo;

10. Criação de um sistema nacional de informação e monitoramento sobre o

setor;

11. Apoio aos estudos, pesquisas/produção científica e ao intercâmbio de

conhecimentos;

12 Implementação de programas de atualização técnica, aperfeiçoamento e

qualificação profissional para o turismo, com base em princípios de

qualidade e flexibilidade (educação a distancia);

13. Enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes;

14. Fomento à certificação profissional e de empresas;

Page 26: XII CBRATUR

26

15. Articulação intersetorial e intergovernamental para melhoria da infraestrutura

básica nos destinos turísticos;

16. Ampliação e modernização da sinalização turística;

17. Investimentos em logísticas de transportes (rodoviário, aéreo, ferroviário e

marítimo) para acesso aos destinos;

18. Garantia de acessibilidade a equipamentos e serviços turísticos por públicos

especiais;

19. Analise, estruturação, diversificação e desenvolvimento dos segmentos

turísticos;

20. Incentivo à produção associada ao turismo;

21. Aprimoramento dos sistemas de fundo de aval aplicado ao setor;

22. Incentivo ao turismo social;

23. Aprimoramento e divulgação dos programas de crédito e microcréditos para

o turismo;

24. Desoneração do setor mediante as Reformas Tributária, Fiscal e Trabalhista;

25. Considerar o turismo receptivo internacional como setor exportador.

Page 27: XII CBRATUR

27

ANEXOS

- Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do

Senado Federal

- Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos

Deputados

- Diretoria da CNC

- Entidades participantes da Câmara Empresarial do Turismo

da CNC

- Entidades Parceiras no CBRATUR 2010

- Comitê Executivo

Page 28: XII CBRATUR

28

Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo – CDR

Senado Federal

Presidente: Senador Neuto De Conto (PMDB/SC)

Vice-Presidente: Senador César Borges (PR/BA)

TITULARES SUPLENTES

Bloco de Apoio ao Governo (PT PR PSB PC do B PRB)

Senador César Borges PR/BA Senador Delcídio Amaral PT/MS

Senadora Serys Slhessanrenko PT/MT Senador Roberto Cavalcanti PRB/ PB

Senador Antonio Carlos Valadares PSB/SE Senador Tião Viana PT/AC

Senador José Nery PSOL/PA

Maioria (PMDB PP)

Senador Neuto De Conto PMDB/SC

Senador Valter Pereira PMDB/MS Senador Pedro Simon PMDB/RS

Senador Romero Jucá PMDB/RR Senador Valdir Raupp PMDB/RO

Senador Almeida Lima PMDB/SE Senador Gerson Camata PMDB/ES

Bloco Parlamentar da Minoria (DEM PSDB)

Senador José Agripino DEM/RN Senador Gilberto Goellner DEM/MT

Senador Marco Maciel DEM/PE Senador Jayme Campos DEM/MT

Senadora Rosalba Ciarlini DEM/RN Senador Demóstenes Torres DEM/GO

Senador Adelmir Santana DEM/DF Senadora Kátia Abreu DEM/TO

Senadora Lúcia Vânia PSDB/GO Senador Cícero Lucena PSDB/PB

Senador Marconi Perillo PSDB/GO Senador Papaléo Paes PSDB/AP

Senador Sérgio Guerra PSDB/PE Senador Tasso Jereissati PSDB/CE

PTB

Senador Gim Argello PTB/DF Senador Mozarildo Cavalcanti PTB/RR

PDT

Senador Jefferson Praia PDT/AM Senador João Durval PDT/BA

Secretário(a): Selma Míriam Perpétuo Martins

Telefones: (61) 3303-4282

FAX: (61) 3303-1627

Page 29: XII CBRATUR

29

Comissão de Turismo e Desporto – CTD

Câmara dos Deputados

Presidente: Deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB/GO)

1º Vice-Presidente: Deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB/CE)

2º Vice-Presidente: Deputado Marcelo Teixeira (PR/CE)

3º Vice-Presidente: Deputado José Airton Cirilo (PT/CE)

TITULARES SUPLENTES

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PtdoB

Deputado Afonso Hamm PP/RS Deputado Alex Canziani PTB/PR

Deputado Arnon Bezerra PTB/CE Deputado Deley PSC/RJ

Deputado Carlos Eduardo Cadoca PSC/PE Deputado Fernando Lopes PMDB/RJ

Deputado Edinho Bez PMDB/SC Deputado Hermes Parcianello PMDB/PR

Deputado Eugênio Rabelo PP/CE Deputado José Rocha PR/BA

Deputado Jackson Barreto PMDB/SE Deputado Jurandil Juarez PMDB/AP

Deputado Jilmar Tatto PT/SP Deputado Marcelo Guimarães Filho

PMDB/BA

Deputado José Airton Cirilo PT/CE Deputado Paulo Roberto Pereira PTB/RS

Deputado Lupércio Ramos PMDB/AM Deputado Ratinho Junior PSC/PR

Deputado Marcelo Teixeira PR/CE Deputado Vicentinho PT/SP

Deputado Paulo Henrique Lustosa PMDB/CE Deputado Wellington Fagundes PR/MT

PSDB/DEM/PPS

Deputado Albano Franco PSDB/SE Deputado Arnaldo Jardim PPS/SP

Deputado Davi Alcolumbre DEM/AP Deputado José Mendonça Bezerra DEM/PE

Deputado Jerônimo Reis DEM/SE Deputado Rômulo Gouveia PSDB/PB

Deputado Otavio Leite PSDB/RJ Deputado Silvio Torres PSDB/SP

Deputada Professora Raquel Teixeira

PSDB/GO Deputada Thelma de Oliveira PSDB/MT

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Deputado Fábio Faria PMN/RN Deputado Laurez Moreira PSB/TO

Deputada Lídice da Mata PSB/BA Deputada Manuela D'ávila PCdoB/RS

Deputado Valadares Filho PSB/SE

PRB

Deputado Marcos Antonio PRB/PE

Secretário(a): Mirna de Castela C. Pessoa

Telefones: (61) 3216-6837 / 6832 / 6833

FAX: (61) 3216-6835

Page 30: XII CBRATUR

30

Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

CNC

PRESIDENTE

Antonio José Domingues de Oliveira Santos

VICE-PRESIDENTES

1º Abram Abe Szajman

2º Renato Rossi

3º Orlando Santos Diniz

Adelmir Araujo Santana

Carlos Fernando Amaral

José Arteiro da Silva

José Evaristo dos Santos

José Marconi Medeiros de Souza

José Roberto Tadros

Josias Silva de Albuquerque

Lélio Vieira Carneiro

VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO

Antonio Airton Oliveira Dias

VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO

Luiz Gil Siuffo Pereira

DIRETORES SECRETÁRIOS

2º Pedro Jamil Nadaf

3º Luiz Gastão Bittencourt da Silva

DIRETORES TESOUREIROS

2º Antonio Osório

3º Laércio José de Oliveira

DIRETORES (Titulares)

Bruno Breithaupt

Canuto Medeiros de Castro

Carlos Marx Tonini

Darci Piana

Euclides Carli

Francisco Teixeira Linhares

Francisco Valdeci de Souza Cavalcante

Jerfferson Simões

Joseli Angelo Agnolin

Ladislao Pedroso Monte

Laercio José de Oliveira

Leandro Domingos Teixeira Pinto

Luiz Gastão Bittencourt da Silva

Marcantoni Gadelha de Souza

Page 31: XII CBRATUR

31

Marco Aurelio Sprovieri Rodrigues

Moacyr Schukster

Norton Luiz Lenhart

Pedro Coelho Neto

Walker Martins Carvalho

DIRETORES (Suplentes)

Aderson Santos da Frota

Alberto Ivair Rogoski Horny

Antonio Fernando Pereira de Carvalho

Antonio Florêncio de Queiroz Junior

Antonio Trevisan

Ari Faria Bittencourt

Armando Vergilio dos Santos Junior

Bernardo Peixoto dos Santos Oliveira Sobrinho

Daniel Mansano

Diocesmar Felipe de Faria

Edson Duarte Mascarenhas

Francisco Regis Cavalcante Dias

Gilberto Batista de Lucena

Hamilton Azevedo Rebello

Jaime Simão

João Dinarte Patriota

Joaquim Tadeu Pereira

José Aloizio Teixeira de Souza

Julio Maito Filho

Lucio Emilio de Faria Junior

Marcelino Ramos Araujo

Marcelo Baiocchi Carneiro

Marcio Olivio Fernandes da Costa

Miguel Setembrino Emery de Carvalho

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

Rubens Torres Medrano

Zildo De Marchi

CONSELHO FISCAL

Titulares

Hiram dos Reis Corrêa

Arnaldo Soter Braga Cardoso

Antônio Vicente da Silva

Suplentes

Guilherme Alexandre da Silva Santos

Idemar José Ferreira

Page 32: XII CBRATUR

32

Câmara Empresarial do Turismo da CNC

Coordenador: Norton Luiz Lenhart

Entidades participantes

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - ABIH

Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura- ABETA

Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional - ABETAR

Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis - ABLA

Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos Culturais - ABOTTC

Associação Brasileira das Operadoras de Turismo - BRAZTOA

Associação Brasileira de Agências de Viagem - ABAV

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - ABRASEL

Associação Brasileira de Empresas de Eventos - ABEOC

Associação Brasileira de Operadores de Turismo Receptivo Internacional - BITO

Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas - ABREMAR

Associação Brasileira dos Centros de Convenções e Feiras - ABRACCEF

Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil - ADIBRA

Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento - ANTTUR

Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux - CBC&VB

Conselho de Turismo/CNC

Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares - FNHRBS

Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil - FOHB

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE

Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias - SNEA

União Brasileira dos Promotores de Feiras - UBRAFE

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33

ENTIDADES PARCEIRAS NO CBRATUR 2010

Ministério do Esporte

Frente Parlamentar do Esporte

Associação Brasileira dos Bacharéis em Turismo – ABBTUR

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hotelaria – CONTRATUH

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COMITÊ EXECUTIVO

Senado Federal – Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo

Selma Miriam Perpétuo Martins - Secretária da Comissão

Bernardo Luiz Correa De Bessa - Assessor Parlamentar

Adan Júnio Silva Nascimento - Assistente Parlamentar

Laís de Mauro Silva - Assistente Parlamentar

Maria Aparecida da Silva Santos - Assistente Parlamentar

Cláudio Siqueira Barbosa - Assistente Parlamentar

Câmara dos Deputados – Comissão de Turismo e Desporto

Mirna de Castela Pessoa - Secretária da Comissão

Ana Lúcia Dornelles - Técnico Legislativo

Marcos Vinicius Ferrari - Analista legislativo

Claudia Neiva Peixoto - Analista Legislativo

Akimi Watanabe - Analista legislativo

Nilma Martins Calazans - Analista Legislativo

Wilma Cavalcanti Rizzo Filha - Analista Legislativo

Cristina Lourenço de Vasconcelos - Analista legislativo

Wilson Teixeira Soares - Assessor Técnico

Ministério do Turismo

Geraldo Bentes - Assessor Especial do Ministro

FORNATUR - Fórum Nacional dos Secretários de Turismo

Marcos Pompeu de Souza - Secretário Executivo

Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC

Norton Lenhart - Coordenador da Câmara Empresarial de Turismo

Eraldo Alves da Cruz - Chefe da Assessoria de Turismo e Hospitalidade

Humberto Figueiredo - Assessor da Câmara Empresarial de Turismo

Leonardo Fonseca - Assessor da Assessoria de Turismo e Hospitalidade

Gláucia Souza - Assistente da Assessoria de Turismo e Hospitalidade

Ana Paula de Siqueira - Assistente do Gabinete da Presidência

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC

Antonio Henrique Borges - Gerente de Projetos Estratégicos

Arthur Bosísio - Assessor de Relações Institucionais

Márcia Leitão - Assessora da Assessoria de Relações Institucionais

Serviço Social do Comércio – SESC

Angela Torres - Assessoria de Relações Institucionais

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