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DECRETO N.º 350/XII Aprova um regime excecional de regularização de dívidas resultantes do não pagamento de taxas de portagem e coimas associadas, por utilização de infraestrutura rodoviária, e procede à oitava alteração à Lei n.º 25/2006, de 30 de junho A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1- A presente lei aprova um regime excecional de regularização de dívidas resultantes do não pagamento de taxas de portagem e coimas associadas, por utilização de infraestrutura rodoviária efetuada até ao último dia do segundo mês anterior à publicação do presente diploma. 2- A presente lei procede à oitava alteração à Lei n.º 25/2006, de 30 de junho, que aprova o regime sancionatório aplicável às transgressões ocorridas em matéria de infraestruturas rodoviárias onde seja devido o pagamento de taxas de portagem, alterada pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 113/2009, de 18 de maio, pelas Leis n.ºs 46/2010, de 7 de setembro, e 55-A/2010, de 31 de dezembro, pela Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de novembro, e pelas Leis n.ºs 64-B/2011, de 30 de dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro.

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  • DECRETO N. 350/XII

    Aprova um regime excecional de regularizao de dvidas resultantes do no

    pagamento de taxas de portagem e coimas associadas, por utilizao de

    infraestrutura rodoviria, e procede oitava alterao Lei n. 25/2006, de

    30 de junho

    A Assembleia da Repblica decreta, nos termos da alnea c) do artigo 161. da

    Constituio, o seguinte:

    Artigo 1.

    Objeto

    1- A presente lei aprova um regime excecional de regularizao de dvidas resultantes

    do no pagamento de taxas de portagem e coimas associadas, por utilizao de

    infraestrutura rodoviria efetuada at ao ltimo dia do segundo ms anterior

    publicao do presente diploma.

    2- A presente lei procede oitava alterao Lei n. 25/2006, de 30 de junho, que

    aprova o regime sancionatrio aplicvel s transgresses ocorridas em matria de

    infraestruturas rodovirias onde seja devido o pagamento de taxas de portagem,

    alterada pela Lei n. 67-A/2007, de 31 de dezembro, pelo Decreto-Lei n. 113/2009,

    de 18 de maio, pelas Leis n.s 46/2010, de 7 de setembro, e 55-A/2010, de 31 de

    dezembro, pela Lei Orgnica n. 1/2011, de 30 de novembro, e pelas Leis

    n.s 64-B/2011, de 30 de dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro.

  • 2

    Artigo 2.

    Pagamento integral ou parcial

    O pagamento por iniciativa do agente da taxa de portagem e custos administrativos, at

    60 dias a contar da entrada em vigor da presente lei, determina:

    a) A dispensa dos juros de mora e a reduo para metade das custas do processo

    de execuo fiscal;

    b) A atenuao da coima associada ao incumprimento do dever de pagamento de

    taxas de portagem e custos administrativos, bem como a reduo para metade

    das custas devidas.

    Artigo 3.

    Infraes tributrias e reduo de coimas

    1- A atenuao a que se refere a alnea b) do artigo anterior corresponde a uma reduo

    da coima, consoante os casos, para:

    a) 10% do mnimo da coima prevista no tipo legal, no podendo resultar um valor

    inferior a 5, caso em que ser este o montante a pagar;

    b) 10% do montante da coima aplicada mas ainda no paga, no caso de coimas

    pagas no processo de execuo fiscal, no podendo resultar um valor inferior a

    5, caso em que ser este o montante a pagar.

    2- O pagamento da coima nos termos do nmero anterior determina a dispensa do

    pagamento das custas devidas no processo de contraordenao ou no de execuo

    fiscal instaurado para a sua cobrana.

  • 3

    Artigo 4.

    Dvidas de juros, custas e coimas

    1- A subsistncia at ao ltimo dia do segundo ms anterior publicao da presente lei

    de qualquer processo de execuo fiscal que vise apenas a cobrana de juros e custas

    resultantes do no pagamento de taxas de portagem, encontrando-se regularizada a

    dvida associada, determina a extino da execuo da dvida, sem demais

    formalidades.

    2- As coimas no aplicadas ou no pagas, associadas ao incumprimento do dever de

    pagamento de taxas de portagem, referidas no n. 1 do artigo 1., cuja regularizao

    ocorreu antes da entrada em vigor da presente lei, so reduzidas, consoante o caso,

    para:

    a) 10% do mnimo da coima prevista no tipo legal, no podendo resultar um valor

    inferior a 5, caso em que ser este o montante a pagar;

    b) 10% do montante da coima aplicada e no paga, no caso de coimas pagas no

    processo de execuo fiscal, no podendo resultar um valor inferior a 5, caso

    em que ser este o montante a pagar.

    3- Para beneficiar da reduo prevista no nmero anterior, o contribuinte deve proceder

    ao respetivo pagamento at 60 dias a contar da entrada em vigor da presente lei ou,

    at mesma data, identificar o processo de contraordenao onde est a ser aplicada

    a coima.

    Artigo 5.

    Dao em pagamento

    A dao em pagamento no um meio de pagamento admissvel para efeitos da

    presente lei.

  • 4

    Artigo 6.

    Trmites dos pedidos de adeso

    O regime de regularizao previsto na presente lei aplica-se aos pagamentos efetuados

    durante o seu perodo de vigncia, podendo o sujeito passivo optar por efetuar o

    pagamento utilizando o Portal das Finanas.

    Artigo 7.

    Alterao Lei n. 25/2006, de 30 de junho

    Os artigos 7., 9., 10., 14. e 17.-A da Lei n. 25/2006, de 30 de junho, alterada pela

    Lei n.67-A/2007, de 31 de dezembro, pelo Decreto-Lei n. 113/2009, de 18 de maio,

    pelas Leis n.s 46/2010, de 7 de setembro, e 55-A/2010, de 31 de dezembro, pela Lei

    Orgnica n. 1/2011, de 30 de novembro, e pelas Leis n.s 64-B/2011, de 30 de

    dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redao:

    Artigo 7.

    Determinao da coima aplicvel e custas processuais

    1- As contraordenaes previstas na presente lei so punidas com coima de

    valor mnimo correspondente a 7,5 vezes o valor da respetiva taxa de

    portagem, mas nunca inferior a 25 e de valor mximo correspondente

    ao quadruplo do valor mnimo da coima, com respeito pelos limites

    mximos previstos no Regime Geral das Infraes Tributrias.

    2- ..

    3- ..

  • 5

    4- Constitui uma nica contraordenao as infraes previstas na presente

    lei que sejam praticadas pelo mesmo agente, no mesmo dia, atravs da

    utilizao do mesmo veculo e que ocorram na mesma infraestrutura

    rodoviria, sendo o valor mnimo a que se refere o n. 1 o correspondente

    ao cmulo das taxas de portagem.

    5- Para efeitos do disposto no nmero anterior, entende-se que as infraes

    so praticadas na mesma infraestrutura rodoviria quando as mesmas

    ocorrem em estrada cuja explorao est concessionada ou

    subconcessionada mesma entidade.

    Artigo 9.

    []

    1- Quando o agente de fiscalizao, no exerccio das suas funes, detetar a

    prtica ou a ocorrncia de contraordenaes previstas nos artigos 5. e

    6., lavra auto de notcia, nos termos do Regime Geral das Infraes

    Tributrias, e remete-o entidade competente para instaurar e instruir o

    processo.

    2- ..

    3- ..

    4- ..

    5- ..

    6- ..

    7- apenas lavrado um auto de notcia com as infraes praticadas em cada

    ms.

  • 6

    Artigo 10.

    []

    1- Sempre que no for possvel identificar o condutor do veculo no

    momento da prtica da contraordenao, as concessionrias, as

    subconcessionrias, as entidades de cobrana das taxas de portagem ou as

    entidades gestoras de sistemas eletrnicos de cobrana de portagens,

    consoante os casos, notificam o titular do documento de identificao do

    veculo para que este, no prazo de 30 dias teis, proceda a essa

    identificao ou pague voluntariamente o valor da taxa de portagem e os

    custos administrativos associados.

    2- .

    3- .

    4- Quando, nos termos do n. 1, seja identificado o agente da

    contraordenao, este notificado para, no prazo de 30 dias teis,

    proceder ao pagamento da taxa de portagem e dos custos administrativos

    associados.

    5- Caso o agente da contraordenao no proceda ao pagamento referido no

    nmero anterior, lavrado auto de notcia, aplicando-se o disposto no

    artigo 9. da presente lei e extrada, pelas entidades referidas no

    n. 1 do artigo 11., a certido de dvida composta pelas taxas de

    portagem e custos administrativos associados correspondentes a cada

    ms, que so remetidos entidade competente.

    6- ..

  • 7

    Artigo 14.

    []

    1- ..

    2- ..

    3- ..

    4- ..

    5- ..

    6- Caso uma nica notificao se revelar insuficiente para listar a totalidade

    das infraes cometidas em determinado perodo pelo agente, pode a

    administrao tributria disponibilizar a informao relevante no Portal

    das Finanas, remetendo sempre segunda carta contendo a listagem das

    infraes cometidas.

    7- Nos casos previstos no nmero anterior, a notificao deve conter:

    a) A indicao de que as infraes podem ser consultadas no Portal

    das Finanas; e

    b) A referncia de que o agente pode consultar a listagem das

    infraes cometidas na segunda carta que receber.

    Artigo 17.-A

    []

    1- ..

    2- ..

    3- ..

    4- ..

    5- ..

  • 8

    6- A administrao tributria instaura um nico processo executivo pelas

    taxas de portagem e custos administrativos associados correspondentes a

    cada ms, por referncia a cada agente e a cada entidade concessionria

    ou subconcessionria.

    Artigo 8.

    Disposies transitrias

    1- As alteraes aos artigos 9. e 14. da Lei n. 25/2006, de 30 de junho, previstas no

    artigo anterior, aplicam-se aos processos de contraordenao instaurados depois da

    data de entrada em vigor da presente lei, ainda que as infraes se tenham verificado

    antes da sua entrada em vigor.

    2- Sem prejuzo do disposto no nmero antecedente, ressalvam-se todos os efeitos das

    notificaes a que se refere o artigo 10. da Lei n. 25/2006, de 30 de junho, que j

    tenham sido remetidas ao notificando antes da data de entrada em vigor da presente

    lei, aplicando-se, contudo, s mesmas o prazo de 30 dias teis resultante dos n.os

    1 e

    4 do artigo 10. ora alterado.

    Artigo 9.

    Republicao

    republicada, em anexo presente lei, da qual faz parte integrante, a Lei n. 25/2006,

    de 30 de junho, com a redao atual e demais correes materiais.

  • 9

    Artigo 10.

    Entrada em vigor

    A presente lei entra em vigor no primeiro dia do segundo ms seguinte ao da sua

    publicao.

    Aprovado em 24 de abril de 2015

    A PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

    (Maria da Assuno A. Esteves)

  • 10

    ANEXO

    Republicao da Lei n. 25/2006, de 30 de junho

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    Artigo 1.

    Objeto

    A presente lei determina que as infraes que resultam do no pagamento ou do

    pagamento viciado de taxas de portagem em infraestruturas rodovirias, anteriormente

    sua entrada em vigor, previstas e punidas como contravenes e transgresses, passem a

    assumir a natureza de contraordenaes.

    Artigo 2.

    Utilizao das infraestruturas rodovirias

    As condies de utilizao de ttulos de trnsito em infraestruturas rodovirias,

    designadamente em autoestradas e pontes, que sejam objeto de contratos de concesso

    so definidas nos termos previstos na lei e nos referidos contratos.

  • 11

    CAPTULO II

    Fiscalizao

    Artigo 3.

    Agentes de fiscalizao

    1- Sem prejuzo das atribuies cometidas s autoridades policiais, a fiscalizao do

    cumprimento das normas referentes cobrana de portagens em infraestruturas

    rodovirias, designadamente em autoestradas e pontes, efetuada, na respetiva rea

    de atuao, por agentes representantes das empresas concessionrias ou

    subconcessionrias, com funes de fiscalizao, designadamente por portageiros.

    2- Os agentes de fiscalizao referidos no nmero anterior so devidamente

    ajuramentados e credenciados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P.

    (IMT, I. P.), devendo este manter um registo permanente e atualizado de tais agentes

    de fiscalizao.

    3- Os procedimentos para a ajuramentao de agentes de fiscalizao so definidos por

    deliberao do conselho diretivo do IMT, I. P.

    Artigo 4.

    Poderes dos agentes de fiscalizao

    1- Os agentes de fiscalizao podem, no exerccio das suas funes e quando tal se

    mostre necessrio, exigir ao agente de uma contraordenao a respetiva identificao

    e solicitar, se necessrio, a interveno da autoridade policial.

    2- A identificao feita mediante a apresentao do bilhete de identidade ou outro

    documento autntico que a permita ou ainda, na sua falta, atravs de uma testemunha

    identificada nos mesmos termos.

  • 12

    3- No caso de ser detetada a prtica dos factos constitutivos de uma contraordenao

    prevista na presente lei, os agentes de fiscalizao podem, com a interveno da

    autoridade policial, mandar interromper a marcha do veculo em causa, tendo em

    vista o pagamento imediato do valor da taxa de portagem devida e dos custos

    administrativos associados.

    4- Se o infrator recusar efetuar o pagamento voluntrio de imediato nos termos do

    nmero anterior, o agente de fiscalizao lavra o correspondente auto de notcia nos

    termos do artigo 9., entregando -lhe cpia do mesmo.

    5- Para efeitos do nmero anterior, os agentes de fiscalizao devem obrigatoriamente

    usar uniforme e carto de identificao aposto visivelmente e devem deslocar-se em

    veculo devidamente identificado como estando ao servio de funes de

    fiscalizao.

    6- As concessionrias ou subconcessionrias submetem aprovao do ministro

    responsvel pela rea da administrao interna os modelos de uniforme e dos

    veculos utilizados pelos agentes de fiscalizao, os quais devem respeitar

    caractersticas mnimas obrigatrias a definir por portaria do referido ministro.

    7- Os modelos homologados devem ser publicitados nos stios da Internet do Instituto

    de Infraestruturas Rodovirias, I. P., da Autoridade Nacional de Segurana

    Rodoviria, I. P., bem como no da concessionria ou subconcessionria respetiva.

    CAPTULO III

    Regime contraordenacional

    Artigo 5.

    Contraordenaes praticadas no mbito do sistema de cobrana eletrnica de

    portagens

    1- Constitui contraordenao, punvel com coima, nos termos da presente lei, o no

    pagamento de taxas de portagem resultante:

  • 13

    a) Da transposio de uma barreira de portagem atravs de uma via reservada a

    um sistema eletrnico de cobrana de portagens sem que o veculo em causa se

    encontre associado, por fora de um contrato de adeso, ao respetivo sistema;

    b) Da transposio de uma barreira de portagem atravs de uma via reservada a

    um sistema eletrnico de cobrana de portagens em incumprimento das

    condies de utilizao previstas no contrato de adeso ao respetivo sistema,

    designadamente por falta ou deficiente colocao do equipamento no veculo,

    por falta de validao do equipamento nos termos contratualmente acordados,

    por falta de associao de meio de pagamento vlido ao equipamento ou por

    falta de saldo bancrio que permita a liquidao da taxa de portagem devida.

    2- Constitui, ainda, contraordenao, punvel com coima, nos termos da presente lei, o

    no pagamento de taxas de portagem resultante da transposio, numa infraestrutura

    rodoviria que apenas disponha de um sistema de cobrana eletrnica de portagens,

    de um local de deteo de veculos sem que o agente proceda ao pagamento da taxa

    devida nos termos legalmente estabelecidos.

    3- (Revogado).

    4- Em todos os casos em que sejam devidos custos administrativos so os mesmos

    fixados por portaria do membro do Governo responsvel pelo setor das

    infraestruturas rodovirias.

    Artigo 6.

    Contraordenaes praticadas no mbito do sistema de cobrana manual de

    portagens

    Constitui contraordenao, punvel com coima, o no pagamento de qualquer taxa de

    portagem devida pela utilizao de autoestradas e pontes sujeitas ao regime de

    portagem, designadamente em consequncia:

  • 14

    a) De recusa do utente em proceder ao pagamento devido;

    b) Do no pagamento da taxa em dvida no prazo que lhe for concedido para o

    efeito;

    c) Da passagem em via de barreira de portagem sem paragem;

    d) Do no pagamento do montante correspondente ao dobro do valor mximo

    cobrvel numa determinada barreira de portagem, importncia devida sempre

    que o utente ali se apresente sem ser portador de ttulo de trnsito vlido, nos

    termos da Portaria n. 762/93, de 27 de agosto, aplicvel a todas as concesses

    com portagens nos termos da Portaria n. 218/2000, de 13 de abril.

    Artigo 7.

    Determinao da coima aplicvel e custas processuais

    1- As contraordenaes previstas na presente lei so punidas com coima de valor

    mnimo correspondente a 7,5 vezes o valor da respetiva taxa de portagem, mas nunca

    inferior a 25, e de valor mximo correspondente ao quadruplo do valor mnimo da

    coima, com respeito pelos limites mximos previstos no Regime Geral das Infraes

    Tributrias.

    2- Para efeitos do disposto no nmero anterior, sempre que for varivel a determinao

    da taxa de portagem em funo do percurso percorrido e no for possvel, no caso

    concreto, a sua determinao, considerado o valor mximo cobrvel na respetiva

    barreira de portagem ou, no caso de infraestruturas rodovirias, designadamente em

    autoestradas e pontes, onde seja devido o pagamento de portagens e que apenas

    disponham de um sistema de cobrana eletrnica das mesmas, no sublano ou

    conjunto de sublanos abrangido pelo respetivo local de deteo de veculos para

    efeitos de cobrana eletrnica de portagens.

    3- As infraes previstas nos artigos 5. e 6. so punveis a ttulo de negligncia.

  • 15

    4- Constitui uma nica contraordenao as infraes previstas na presente lei que sejam

    praticadas pelo mesmo agente, no mesmo dia, atravs da utilizao do mesmo

    veculo e que ocorram na mesma infraestrutura rodoviria, sendo o valor mnimo a

    que se refere o n. 1 o correspondente ao cmulo das taxas de portagem.

    5- Para efeitos do disposto no nmero anterior, entende-se que as infraes so

    praticadas na mesma infraestrutura rodoviria quando as mesmas ocorrem em estrada

    cuja explorao est concessionada ou subconcessionada mesma entidade.

    Artigo 8.

    Deteo da prtica de contraordenaes

    1- A prtica das contraordenaes previstas nos artigos 5. e 6. pode ser detetada por

    qualquer agente de autoridade ou agente de fiscalizao no exerccio das suas

    funes, bem como atravs de equipamentos adequados, designadamente que

    registem a imagem ou detetem o dispositivo eletrnico do veculo.

    2- Os equipamentos a utilizar para o fim mencionado no nmero anterior devem ser

    aprovados nos termos legais e regulamentares.

    Artigo 9.

    Auto de notcia

    1- Quando o agente de fiscalizao, no exerccio das suas funes, detetar a prtica ou a

    ocorrncia de contraordenaes previstas nos artigos 5. e 6., lavra auto de notcia,

    nos termos do Regime Geral das Infraes Tributrias, e remete-o entidade

    competente para instaurar e instruir o processo.

    2- O auto de notcia lavrado nos termos do nmero anterior faz f sobre os factos

    detetados pelo autuante at prova em contrrio.

  • 16

    3- O disposto no nmero anterior aplica-se aos meios de prova obtidos atravs dos

    equipamentos referidos no artigo anterior.

    4- (Revogado).

    5- (Revogado).

    6- (Revogado).

    7- apenas lavrado um auto de notcia com as infraes praticadas em cada ms.

    Artigo 10.

    Responsabilidade pelo pagamento

    1- Sempre que no for possvel identificar o condutor do veculo no momento da prtica

    da contraordenao, as concessionrias, as subconcessionrias, as entidades de

    cobrana das taxas de portagem ou as entidades gestoras de sistemas eletrnicos de

    cobrana de portagens, consoante os casos, notificam o titular do documento de

    identificao do veculo para que este, no prazo de 30 dias teis, proceda a essa

    identificao ou pague voluntariamente o valor da taxa de portagem e os custos

    administrativos associados.

    2- A identificao referida no nmero anterior deve, sob pena de no produzir efeitos,

    indicar, cumulativamente:

    a) Nome completo;

    b) Residncia completa;

    c) Nmero de identificao fiscal, salvo se se tratar de cidado estrangeiro que o

    no tenha, caso em que dever ser indicado o nmero da carta de conduo.

    3- Na falta de cumprimento do disposto nos nmeros anteriores, responsvel pelo

    pagamento das coimas a aplicar, das taxas de portagem e dos custos administrativos

    em dvida, consoante os casos, o proprietrio, o adquirente com reserva de

    propriedade, o usufruturio, o locatrio em regime de locao financeira ou o

    detentor do veculo.

  • 17

    4- Quando, nos termos do n. 1, seja identificado o agente da contraordenao, este

    notificado para, no prazo de 30 dias teis, proceder ao pagamento da taxa de

    portagem e dos custos administrativos associados.

    5- Caso o agente da contraordenao no proceda ao pagamento referido no nmero

    anterior, lavrado auto de notcia, aplicando-se o disposto no artigo 9. da presente

    lei e extrada, pelas entidades referidas no n. 1 do artigo 11., a certido de dvida

    composta pelas taxas de portagem e custos administrativos associados

    correspondentes a cada ms, que so remetidos entidade competente.

    6- O direito de ilidir a presuno de responsabilidade prevista no n. 3, considera -se

    definitivamente precludido caso no seja exercido no prazo referido no n. 1.

    Artigo 11.

    Acesso a dados por parte das entidades gestoras dos sistemas eletrnicos de

    portagem

    1- Para efeitos da emisso do auto de notcia quando no for possvel identificar o

    condutor do veculo no momento da prtica da contraordenao, as concessionrias,

    as subconcessionrias, as entidades de cobrana das taxas de portagem e as entidades

    gestoras de sistemas eletrnicos de cobrana de portagens podem solicitar

    Conservatria do Registo Automvel os dados referidos no n. 2 do artigo anterior

    relativamente s entidades identificadas no n. 3 do mesmo artigo.

    2- Os termos e condies de disponibilizao da informao referida no nmero

    anterior so definidos por protocolo a celebrar entre as concessionrias, as

    subconcessionrias, as entidades de cobrana das taxas de portagem e as entidades

    gestoras de sistemas eletrnicos de cobrana de portagens e o Instituto dos Registos e

    do Notariado, I. P., podendo esta entidade solicitar Autoridade Tributria e

    Aduaneira o nmero de identificao fiscal do sujeito passivo do imposto nico de

    circulao, no ano da prtica da infrao.

  • 18

    3- Compete s respetivas concessionrias, subconcessionrias, s entidades de cobrana

    das taxas de portagem e s entidades gestoras de sistemas eletrnicos de cobrana de

    portagens efetuar as notificaes e, ou, requerer as autorizaes necessrias junto da

    Comisso Nacional de Proteo de Dados.

    Artigo 12.

    Processo de contraordenao

    (Revogado).

    Artigo 13.

    Direito de audio e de defesa do arguido

    (Revogado).

    Artigo 14.

    Notificaes

    1- As notificaes previstas no artigo 10. efetuam-se por carta registada com aviso de

    receo, expedida para o domiclio ou sede do notificando.

    2- Se, por qualquer motivo, as cartas previstas no nmero anterior forem devolvidas

    entidade remetente, as notificaes so reenviadas para o domiclio ou sede do

    notificado atravs de carta simples.

    3- No caso previsto no nmero anterior, o funcionrio da entidade competente lavra

    uma cota no processo com a indicao da data de expedio da carta e do domiclio

    para o qual foi enviada, considerando-se a notificao efetuada no 5. dia posterior

    data indicada, cominao que dever constar do ato de notificao.

  • 19

    4- Se o notificando se recusar a receber ou a assinar a notificao, o funcionrio dos

    servios postais certifica a recusa, considerando-se efetuada a notificao.

    5- Quando se verifique a existncia de vrias infraes cometidas pelo mesmo agente

    ou com a utilizao do mesmo veculo pode efetuar-se uma nica notificao.

    6- Caso uma nica notificao se revele insuficiente para listar a totalidade das

    infraes cometidas em determinado perodo pelo agente, pode a administrao

    tributria disponibilizar a informao relevante no Portal das Finanas, remetendo

    sempre segunda carta contendo a listagem das infraes cometidas.

    7- Nos casos previstos no nmero anterior, a notificao deve conter:

    a) A indicao de que as infraes podem ser consultadas no Portal das Finanas;

    e

    b) A referncia de que o agente pode consultar a listagem das infraes cometidas

    na segunda carta que receber.

    Artigo 15.

    Competncia para o processo

    1- O servio de finanas da rea do domiclio fiscal do agente de contraordenao

    competente para a instaurao e instruo dos processos de contraordenao a que se

    refere a presente lei, bem como para aplicao das respetivas coimas.

    2- (Revogado).

    3- (Revogado).

    4- (Revogado).

    5- (Revogado).

  • 20

    Artigo 16.

    Cumprimento da deciso

    (Revogado).

    Artigo 16.-A

    Prescrio do procedimento

    (Revogado).

    Artigo 16.-B

    Prescrio das coimas e das sanes acessrias

    (Revogado).

    Artigo 17.

    Distribuio do produto das coimas

    1- O produto da coima cobrado na sequncia de processo de contra -ordenao reverte:

    a) 40 % para o Estado;

    b) 35 % para a Direo-Geral dos Impostos (DGCI);

    c) 10 % para o InIR-Instituto de Infraestruturas Rodovirias, I. P.;

    d) 15 % para as entidades a que se refere o artigo 11..

    2- (Revogado).

    3- (Revogado).

    4- A Autoridade Tributria e Aduaneira entrega mensalmente os quantitativos das taxas

    de portagem, das coimas e das custas administrativas s entidades a que pertencem,

    de acordo com o n. 1.

  • 21

    5- Se por efeito de arguio de alguma nulidade processual, por preterio ou erro na

    execuo de alguma das formalidades essenciais previstas na presente lei, se vier a

    decretar a anulao do processado, tanto no mbito dos processos de

    contraordenao, como nos processos de execuo, a entidade que tiver dado azo

    referida nulidade suportar os encargos efetuados com a tramitao dos respetivos

    processos, procedendo para o efeito a Autoridade Tributria e Aduaneira ao

    correspondente acerto nas entregas mensais dos quantitativos cobrados.

    Artigo 17. -A

    Natureza e execuo dos crditos

    1- Compete administrao tributria, nos termos do Cdigo de Procedimento e de

    Processo Tributrio, promover a cobrana coerciva dos crditos relativos taxa de

    portagem, dos custos administrativos e dos juros de mora devidos, bem como da

    coima e respetivos encargos.

    2- Os crditos previstos no nmero anterior gozam de privilgio mobilirio especial

    sobre os veculos com os quais hajam sido praticadas as infraes a que se refere a

    presente lei, quando propriedade do arguido data daquela prtica.

    3- (Revogado).

    4- (Revogado).

    5- (Revogado).

    6- A administrao tributria instaura um nico processo executivo pelas taxas de

    portagem e custos administrativos associados correspondentes a cada ms, por

    referncia a cada agente e a cada entidade concessionria ou subconcessionria.

  • 22

    Artigo 18.

    Direito subsidirio

    s contraordenaes previstas na presente lei, e em tudo o que nela no se encontre

    expressamente regulado, aplicvel o Regime Geral das Infraes Tributrias.

    CAPTULO IV

    Disposies finais e transitrias

    Artigo 19.

    Adequao dos contratos e das bases das concesses

    1- Os contratos de concesso em vigor devem adequar-se ao disposto na presente lei no

    prazo de 120 dias a contar da sua publicao.

    2- A falta de adequao dos contratos de concesso no prazo referido no prejudica a

    aplicao do regime previsto na presente lei.

    Artigo 20.

    Regime transitrio

    1- As contravenes e transgresses praticadas antes da data da entrada em vigor da

    presente lei so sancionadas como contraordenaes, sem prejuzo da aplicao do

    regime que concretamente se mostrar mais favorvel ao agente, nomeadamente

    quanto medida das sanes aplicveis.

    2- Os processos por factos praticados antes da data da entrada em vigor da presente lei

    pendentes em tribunal nessa data continuam a correr os seus termos perante os

    tribunais em que se encontrem, sendo-lhes aplicvel, at ao trnsito em julgado da

    deciso que lhes ponha termo, a legislao processual relativa s contravenes e

    transgresses.

  • 23

    3- Os processos por factos praticados antes da data da entrada em vigor da presente lei

    cuja instaurao seja efetuada em momento posterior correm os seus termos perante

    as autoridades administrativas competentes.

    4- Das decises proferidas pelas entidades administrativas, nos termos do nmero

    anterior, cabe recurso nos termos gerais.

    Artigo 21.

    Norma revogatria

    1- Com a entrada em vigor da presente lei, so revogados os Decretos-Leis n.s 130/93,

    de 22 de abril, e 39/97, de 6 de fevereiro.

    2- Mantm-se em vigor as Portarias n.s 762/93, de 27 de agosto, e 218/2000, de 13 de

    abril.

    Artigo 22.

    Entrada em vigor

    A presente lei entra em vigor 120 dias aps a sua publicao, exceto o artigo 19., que

    entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.