dec350 xii
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DECRETO N. 350/XII
Aprova um regime excecional de regularizao de dvidas resultantes do no
pagamento de taxas de portagem e coimas associadas, por utilizao de
infraestrutura rodoviria, e procede oitava alterao Lei n. 25/2006, de
30 de junho
A Assembleia da Repblica decreta, nos termos da alnea c) do artigo 161. da
Constituio, o seguinte:
Artigo 1.
Objeto
1- A presente lei aprova um regime excecional de regularizao de dvidas resultantes
do no pagamento de taxas de portagem e coimas associadas, por utilizao de
infraestrutura rodoviria efetuada at ao ltimo dia do segundo ms anterior
publicao do presente diploma.
2- A presente lei procede oitava alterao Lei n. 25/2006, de 30 de junho, que
aprova o regime sancionatrio aplicvel s transgresses ocorridas em matria de
infraestruturas rodovirias onde seja devido o pagamento de taxas de portagem,
alterada pela Lei n. 67-A/2007, de 31 de dezembro, pelo Decreto-Lei n. 113/2009,
de 18 de maio, pelas Leis n.s 46/2010, de 7 de setembro, e 55-A/2010, de 31 de
dezembro, pela Lei Orgnica n. 1/2011, de 30 de novembro, e pelas Leis
n.s 64-B/2011, de 30 de dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro.
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Artigo 2.
Pagamento integral ou parcial
O pagamento por iniciativa do agente da taxa de portagem e custos administrativos, at
60 dias a contar da entrada em vigor da presente lei, determina:
a) A dispensa dos juros de mora e a reduo para metade das custas do processo
de execuo fiscal;
b) A atenuao da coima associada ao incumprimento do dever de pagamento de
taxas de portagem e custos administrativos, bem como a reduo para metade
das custas devidas.
Artigo 3.
Infraes tributrias e reduo de coimas
1- A atenuao a que se refere a alnea b) do artigo anterior corresponde a uma reduo
da coima, consoante os casos, para:
a) 10% do mnimo da coima prevista no tipo legal, no podendo resultar um valor
inferior a 5, caso em que ser este o montante a pagar;
b) 10% do montante da coima aplicada mas ainda no paga, no caso de coimas
pagas no processo de execuo fiscal, no podendo resultar um valor inferior a
5, caso em que ser este o montante a pagar.
2- O pagamento da coima nos termos do nmero anterior determina a dispensa do
pagamento das custas devidas no processo de contraordenao ou no de execuo
fiscal instaurado para a sua cobrana.
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Artigo 4.
Dvidas de juros, custas e coimas
1- A subsistncia at ao ltimo dia do segundo ms anterior publicao da presente lei
de qualquer processo de execuo fiscal que vise apenas a cobrana de juros e custas
resultantes do no pagamento de taxas de portagem, encontrando-se regularizada a
dvida associada, determina a extino da execuo da dvida, sem demais
formalidades.
2- As coimas no aplicadas ou no pagas, associadas ao incumprimento do dever de
pagamento de taxas de portagem, referidas no n. 1 do artigo 1., cuja regularizao
ocorreu antes da entrada em vigor da presente lei, so reduzidas, consoante o caso,
para:
a) 10% do mnimo da coima prevista no tipo legal, no podendo resultar um valor
inferior a 5, caso em que ser este o montante a pagar;
b) 10% do montante da coima aplicada e no paga, no caso de coimas pagas no
processo de execuo fiscal, no podendo resultar um valor inferior a 5, caso
em que ser este o montante a pagar.
3- Para beneficiar da reduo prevista no nmero anterior, o contribuinte deve proceder
ao respetivo pagamento at 60 dias a contar da entrada em vigor da presente lei ou,
at mesma data, identificar o processo de contraordenao onde est a ser aplicada
a coima.
Artigo 5.
Dao em pagamento
A dao em pagamento no um meio de pagamento admissvel para efeitos da
presente lei.
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Artigo 6.
Trmites dos pedidos de adeso
O regime de regularizao previsto na presente lei aplica-se aos pagamentos efetuados
durante o seu perodo de vigncia, podendo o sujeito passivo optar por efetuar o
pagamento utilizando o Portal das Finanas.
Artigo 7.
Alterao Lei n. 25/2006, de 30 de junho
Os artigos 7., 9., 10., 14. e 17.-A da Lei n. 25/2006, de 30 de junho, alterada pela
Lei n.67-A/2007, de 31 de dezembro, pelo Decreto-Lei n. 113/2009, de 18 de maio,
pelas Leis n.s 46/2010, de 7 de setembro, e 55-A/2010, de 31 de dezembro, pela Lei
Orgnica n. 1/2011, de 30 de novembro, e pelas Leis n.s 64-B/2011, de 30 de
dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redao:
Artigo 7.
Determinao da coima aplicvel e custas processuais
1- As contraordenaes previstas na presente lei so punidas com coima de
valor mnimo correspondente a 7,5 vezes o valor da respetiva taxa de
portagem, mas nunca inferior a 25 e de valor mximo correspondente
ao quadruplo do valor mnimo da coima, com respeito pelos limites
mximos previstos no Regime Geral das Infraes Tributrias.
2- ..
3- ..
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4- Constitui uma nica contraordenao as infraes previstas na presente
lei que sejam praticadas pelo mesmo agente, no mesmo dia, atravs da
utilizao do mesmo veculo e que ocorram na mesma infraestrutura
rodoviria, sendo o valor mnimo a que se refere o n. 1 o correspondente
ao cmulo das taxas de portagem.
5- Para efeitos do disposto no nmero anterior, entende-se que as infraes
so praticadas na mesma infraestrutura rodoviria quando as mesmas
ocorrem em estrada cuja explorao est concessionada ou
subconcessionada mesma entidade.
Artigo 9.
[]
1- Quando o agente de fiscalizao, no exerccio das suas funes, detetar a
prtica ou a ocorrncia de contraordenaes previstas nos artigos 5. e
6., lavra auto de notcia, nos termos do Regime Geral das Infraes
Tributrias, e remete-o entidade competente para instaurar e instruir o
processo.
2- ..
3- ..
4- ..
5- ..
6- ..
7- apenas lavrado um auto de notcia com as infraes praticadas em cada
ms.
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Artigo 10.
[]
1- Sempre que no for possvel identificar o condutor do veculo no
momento da prtica da contraordenao, as concessionrias, as
subconcessionrias, as entidades de cobrana das taxas de portagem ou as
entidades gestoras de sistemas eletrnicos de cobrana de portagens,
consoante os casos, notificam o titular do documento de identificao do
veculo para que este, no prazo de 30 dias teis, proceda a essa
identificao ou pague voluntariamente o valor da taxa de portagem e os
custos administrativos associados.
2- .
3- .
4- Quando, nos termos do n. 1, seja identificado o agente da
contraordenao, este notificado para, no prazo de 30 dias teis,
proceder ao pagamento da taxa de portagem e dos custos administrativos
associados.
5- Caso o agente da contraordenao no proceda ao pagamento referido no
nmero anterior, lavrado auto de notcia, aplicando-se o disposto no
artigo 9. da presente lei e extrada, pelas entidades referidas no
n. 1 do artigo 11., a certido de dvida composta pelas taxas de
portagem e custos administrativos associados correspondentes a cada
ms, que so remetidos entidade competente.
6- ..
-
7
Artigo 14.
[]
1- ..
2- ..
3- ..
4- ..
5- ..
6- Caso uma nica notificao se revelar insuficiente para listar a totalidade
das infraes cometidas em determinado perodo pelo agente, pode a
administrao tributria disponibilizar a informao relevante no Portal
das Finanas, remetendo sempre segunda carta contendo a listagem das
infraes cometidas.
7- Nos casos previstos no nmero anterior, a notificao deve conter:
a) A indicao de que as infraes podem ser consultadas no Portal
das Finanas; e
b) A referncia de que o agente pode consultar a listagem das
infraes cometidas na segunda carta que receber.
Artigo 17.-A
[]
1- ..
2- ..
3- ..
4- ..
5- ..
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6- A administrao tributria instaura um nico processo executivo pelas
taxas de portagem e custos administrativos associados correspondentes a
cada ms, por referncia a cada agente e a cada entidade concessionria
ou subconcessionria.
Artigo 8.
Disposies transitrias
1- As alteraes aos artigos 9. e 14. da Lei n. 25/2006, de 30 de junho, previstas no
artigo anterior, aplicam-se aos processos de contraordenao instaurados depois da
data de entrada em vigor da presente lei, ainda que as infraes se tenham verificado
antes da sua entrada em vigor.
2- Sem prejuzo do disposto no nmero antecedente, ressalvam-se todos os efeitos das
notificaes a que se refere o artigo 10. da Lei n. 25/2006, de 30 de junho, que j
tenham sido remetidas ao notificando antes da data de entrada em vigor da presente
lei, aplicando-se, contudo, s mesmas o prazo de 30 dias teis resultante dos n.os
1 e
4 do artigo 10. ora alterado.
Artigo 9.
Republicao
republicada, em anexo presente lei, da qual faz parte integrante, a Lei n. 25/2006,
de 30 de junho, com a redao atual e demais correes materiais.
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Artigo 10.
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no primeiro dia do segundo ms seguinte ao da sua
publicao.
Aprovado em 24 de abril de 2015
A PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA
(Maria da Assuno A. Esteves)
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ANEXO
Republicao da Lei n. 25/2006, de 30 de junho
CAPTULO I
Disposies gerais
Artigo 1.
Objeto
A presente lei determina que as infraes que resultam do no pagamento ou do
pagamento viciado de taxas de portagem em infraestruturas rodovirias, anteriormente
sua entrada em vigor, previstas e punidas como contravenes e transgresses, passem a
assumir a natureza de contraordenaes.
Artigo 2.
Utilizao das infraestruturas rodovirias
As condies de utilizao de ttulos de trnsito em infraestruturas rodovirias,
designadamente em autoestradas e pontes, que sejam objeto de contratos de concesso
so definidas nos termos previstos na lei e nos referidos contratos.
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CAPTULO II
Fiscalizao
Artigo 3.
Agentes de fiscalizao
1- Sem prejuzo das atribuies cometidas s autoridades policiais, a fiscalizao do
cumprimento das normas referentes cobrana de portagens em infraestruturas
rodovirias, designadamente em autoestradas e pontes, efetuada, na respetiva rea
de atuao, por agentes representantes das empresas concessionrias ou
subconcessionrias, com funes de fiscalizao, designadamente por portageiros.
2- Os agentes de fiscalizao referidos no nmero anterior so devidamente
ajuramentados e credenciados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P.
(IMT, I. P.), devendo este manter um registo permanente e atualizado de tais agentes
de fiscalizao.
3- Os procedimentos para a ajuramentao de agentes de fiscalizao so definidos por
deliberao do conselho diretivo do IMT, I. P.
Artigo 4.
Poderes dos agentes de fiscalizao
1- Os agentes de fiscalizao podem, no exerccio das suas funes e quando tal se
mostre necessrio, exigir ao agente de uma contraordenao a respetiva identificao
e solicitar, se necessrio, a interveno da autoridade policial.
2- A identificao feita mediante a apresentao do bilhete de identidade ou outro
documento autntico que a permita ou ainda, na sua falta, atravs de uma testemunha
identificada nos mesmos termos.
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3- No caso de ser detetada a prtica dos factos constitutivos de uma contraordenao
prevista na presente lei, os agentes de fiscalizao podem, com a interveno da
autoridade policial, mandar interromper a marcha do veculo em causa, tendo em
vista o pagamento imediato do valor da taxa de portagem devida e dos custos
administrativos associados.
4- Se o infrator recusar efetuar o pagamento voluntrio de imediato nos termos do
nmero anterior, o agente de fiscalizao lavra o correspondente auto de notcia nos
termos do artigo 9., entregando -lhe cpia do mesmo.
5- Para efeitos do nmero anterior, os agentes de fiscalizao devem obrigatoriamente
usar uniforme e carto de identificao aposto visivelmente e devem deslocar-se em
veculo devidamente identificado como estando ao servio de funes de
fiscalizao.
6- As concessionrias ou subconcessionrias submetem aprovao do ministro
responsvel pela rea da administrao interna os modelos de uniforme e dos
veculos utilizados pelos agentes de fiscalizao, os quais devem respeitar
caractersticas mnimas obrigatrias a definir por portaria do referido ministro.
7- Os modelos homologados devem ser publicitados nos stios da Internet do Instituto
de Infraestruturas Rodovirias, I. P., da Autoridade Nacional de Segurana
Rodoviria, I. P., bem como no da concessionria ou subconcessionria respetiva.
CAPTULO III
Regime contraordenacional
Artigo 5.
Contraordenaes praticadas no mbito do sistema de cobrana eletrnica de
portagens
1- Constitui contraordenao, punvel com coima, nos termos da presente lei, o no
pagamento de taxas de portagem resultante:
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a) Da transposio de uma barreira de portagem atravs de uma via reservada a
um sistema eletrnico de cobrana de portagens sem que o veculo em causa se
encontre associado, por fora de um contrato de adeso, ao respetivo sistema;
b) Da transposio de uma barreira de portagem atravs de uma via reservada a
um sistema eletrnico de cobrana de portagens em incumprimento das
condies de utilizao previstas no contrato de adeso ao respetivo sistema,
designadamente por falta ou deficiente colocao do equipamento no veculo,
por falta de validao do equipamento nos termos contratualmente acordados,
por falta de associao de meio de pagamento vlido ao equipamento ou por
falta de saldo bancrio que permita a liquidao da taxa de portagem devida.
2- Constitui, ainda, contraordenao, punvel com coima, nos termos da presente lei, o
no pagamento de taxas de portagem resultante da transposio, numa infraestrutura
rodoviria que apenas disponha de um sistema de cobrana eletrnica de portagens,
de um local de deteo de veculos sem que o agente proceda ao pagamento da taxa
devida nos termos legalmente estabelecidos.
3- (Revogado).
4- Em todos os casos em que sejam devidos custos administrativos so os mesmos
fixados por portaria do membro do Governo responsvel pelo setor das
infraestruturas rodovirias.
Artigo 6.
Contraordenaes praticadas no mbito do sistema de cobrana manual de
portagens
Constitui contraordenao, punvel com coima, o no pagamento de qualquer taxa de
portagem devida pela utilizao de autoestradas e pontes sujeitas ao regime de
portagem, designadamente em consequncia:
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a) De recusa do utente em proceder ao pagamento devido;
b) Do no pagamento da taxa em dvida no prazo que lhe for concedido para o
efeito;
c) Da passagem em via de barreira de portagem sem paragem;
d) Do no pagamento do montante correspondente ao dobro do valor mximo
cobrvel numa determinada barreira de portagem, importncia devida sempre
que o utente ali se apresente sem ser portador de ttulo de trnsito vlido, nos
termos da Portaria n. 762/93, de 27 de agosto, aplicvel a todas as concesses
com portagens nos termos da Portaria n. 218/2000, de 13 de abril.
Artigo 7.
Determinao da coima aplicvel e custas processuais
1- As contraordenaes previstas na presente lei so punidas com coima de valor
mnimo correspondente a 7,5 vezes o valor da respetiva taxa de portagem, mas nunca
inferior a 25, e de valor mximo correspondente ao quadruplo do valor mnimo da
coima, com respeito pelos limites mximos previstos no Regime Geral das Infraes
Tributrias.
2- Para efeitos do disposto no nmero anterior, sempre que for varivel a determinao
da taxa de portagem em funo do percurso percorrido e no for possvel, no caso
concreto, a sua determinao, considerado o valor mximo cobrvel na respetiva
barreira de portagem ou, no caso de infraestruturas rodovirias, designadamente em
autoestradas e pontes, onde seja devido o pagamento de portagens e que apenas
disponham de um sistema de cobrana eletrnica das mesmas, no sublano ou
conjunto de sublanos abrangido pelo respetivo local de deteo de veculos para
efeitos de cobrana eletrnica de portagens.
3- As infraes previstas nos artigos 5. e 6. so punveis a ttulo de negligncia.
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4- Constitui uma nica contraordenao as infraes previstas na presente lei que sejam
praticadas pelo mesmo agente, no mesmo dia, atravs da utilizao do mesmo
veculo e que ocorram na mesma infraestrutura rodoviria, sendo o valor mnimo a
que se refere o n. 1 o correspondente ao cmulo das taxas de portagem.
5- Para efeitos do disposto no nmero anterior, entende-se que as infraes so
praticadas na mesma infraestrutura rodoviria quando as mesmas ocorrem em estrada
cuja explorao est concessionada ou subconcessionada mesma entidade.
Artigo 8.
Deteo da prtica de contraordenaes
1- A prtica das contraordenaes previstas nos artigos 5. e 6. pode ser detetada por
qualquer agente de autoridade ou agente de fiscalizao no exerccio das suas
funes, bem como atravs de equipamentos adequados, designadamente que
registem a imagem ou detetem o dispositivo eletrnico do veculo.
2- Os equipamentos a utilizar para o fim mencionado no nmero anterior devem ser
aprovados nos termos legais e regulamentares.
Artigo 9.
Auto de notcia
1- Quando o agente de fiscalizao, no exerccio das suas funes, detetar a prtica ou a
ocorrncia de contraordenaes previstas nos artigos 5. e 6., lavra auto de notcia,
nos termos do Regime Geral das Infraes Tributrias, e remete-o entidade
competente para instaurar e instruir o processo.
2- O auto de notcia lavrado nos termos do nmero anterior faz f sobre os factos
detetados pelo autuante at prova em contrrio.
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3- O disposto no nmero anterior aplica-se aos meios de prova obtidos atravs dos
equipamentos referidos no artigo anterior.
4- (Revogado).
5- (Revogado).
6- (Revogado).
7- apenas lavrado um auto de notcia com as infraes praticadas em cada ms.
Artigo 10.
Responsabilidade pelo pagamento
1- Sempre que no for possvel identificar o condutor do veculo no momento da prtica
da contraordenao, as concessionrias, as subconcessionrias, as entidades de
cobrana das taxas de portagem ou as entidades gestoras de sistemas eletrnicos de
cobrana de portagens, consoante os casos, notificam o titular do documento de
identificao do veculo para que este, no prazo de 30 dias teis, proceda a essa
identificao ou pague voluntariamente o valor da taxa de portagem e os custos
administrativos associados.
2- A identificao referida no nmero anterior deve, sob pena de no produzir efeitos,
indicar, cumulativamente:
a) Nome completo;
b) Residncia completa;
c) Nmero de identificao fiscal, salvo se se tratar de cidado estrangeiro que o
no tenha, caso em que dever ser indicado o nmero da carta de conduo.
3- Na falta de cumprimento do disposto nos nmeros anteriores, responsvel pelo
pagamento das coimas a aplicar, das taxas de portagem e dos custos administrativos
em dvida, consoante os casos, o proprietrio, o adquirente com reserva de
propriedade, o usufruturio, o locatrio em regime de locao financeira ou o
detentor do veculo.
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4- Quando, nos termos do n. 1, seja identificado o agente da contraordenao, este
notificado para, no prazo de 30 dias teis, proceder ao pagamento da taxa de
portagem e dos custos administrativos associados.
5- Caso o agente da contraordenao no proceda ao pagamento referido no nmero
anterior, lavrado auto de notcia, aplicando-se o disposto no artigo 9. da presente
lei e extrada, pelas entidades referidas no n. 1 do artigo 11., a certido de dvida
composta pelas taxas de portagem e custos administrativos associados
correspondentes a cada ms, que so remetidos entidade competente.
6- O direito de ilidir a presuno de responsabilidade prevista no n. 3, considera -se
definitivamente precludido caso no seja exercido no prazo referido no n. 1.
Artigo 11.
Acesso a dados por parte das entidades gestoras dos sistemas eletrnicos de
portagem
1- Para efeitos da emisso do auto de notcia quando no for possvel identificar o
condutor do veculo no momento da prtica da contraordenao, as concessionrias,
as subconcessionrias, as entidades de cobrana das taxas de portagem e as entidades
gestoras de sistemas eletrnicos de cobrana de portagens podem solicitar
Conservatria do Registo Automvel os dados referidos no n. 2 do artigo anterior
relativamente s entidades identificadas no n. 3 do mesmo artigo.
2- Os termos e condies de disponibilizao da informao referida no nmero
anterior so definidos por protocolo a celebrar entre as concessionrias, as
subconcessionrias, as entidades de cobrana das taxas de portagem e as entidades
gestoras de sistemas eletrnicos de cobrana de portagens e o Instituto dos Registos e
do Notariado, I. P., podendo esta entidade solicitar Autoridade Tributria e
Aduaneira o nmero de identificao fiscal do sujeito passivo do imposto nico de
circulao, no ano da prtica da infrao.
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3- Compete s respetivas concessionrias, subconcessionrias, s entidades de cobrana
das taxas de portagem e s entidades gestoras de sistemas eletrnicos de cobrana de
portagens efetuar as notificaes e, ou, requerer as autorizaes necessrias junto da
Comisso Nacional de Proteo de Dados.
Artigo 12.
Processo de contraordenao
(Revogado).
Artigo 13.
Direito de audio e de defesa do arguido
(Revogado).
Artigo 14.
Notificaes
1- As notificaes previstas no artigo 10. efetuam-se por carta registada com aviso de
receo, expedida para o domiclio ou sede do notificando.
2- Se, por qualquer motivo, as cartas previstas no nmero anterior forem devolvidas
entidade remetente, as notificaes so reenviadas para o domiclio ou sede do
notificado atravs de carta simples.
3- No caso previsto no nmero anterior, o funcionrio da entidade competente lavra
uma cota no processo com a indicao da data de expedio da carta e do domiclio
para o qual foi enviada, considerando-se a notificao efetuada no 5. dia posterior
data indicada, cominao que dever constar do ato de notificao.
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4- Se o notificando se recusar a receber ou a assinar a notificao, o funcionrio dos
servios postais certifica a recusa, considerando-se efetuada a notificao.
5- Quando se verifique a existncia de vrias infraes cometidas pelo mesmo agente
ou com a utilizao do mesmo veculo pode efetuar-se uma nica notificao.
6- Caso uma nica notificao se revele insuficiente para listar a totalidade das
infraes cometidas em determinado perodo pelo agente, pode a administrao
tributria disponibilizar a informao relevante no Portal das Finanas, remetendo
sempre segunda carta contendo a listagem das infraes cometidas.
7- Nos casos previstos no nmero anterior, a notificao deve conter:
a) A indicao de que as infraes podem ser consultadas no Portal das Finanas;
e
b) A referncia de que o agente pode consultar a listagem das infraes cometidas
na segunda carta que receber.
Artigo 15.
Competncia para o processo
1- O servio de finanas da rea do domiclio fiscal do agente de contraordenao
competente para a instaurao e instruo dos processos de contraordenao a que se
refere a presente lei, bem como para aplicao das respetivas coimas.
2- (Revogado).
3- (Revogado).
4- (Revogado).
5- (Revogado).
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Artigo 16.
Cumprimento da deciso
(Revogado).
Artigo 16.-A
Prescrio do procedimento
(Revogado).
Artigo 16.-B
Prescrio das coimas e das sanes acessrias
(Revogado).
Artigo 17.
Distribuio do produto das coimas
1- O produto da coima cobrado na sequncia de processo de contra -ordenao reverte:
a) 40 % para o Estado;
b) 35 % para a Direo-Geral dos Impostos (DGCI);
c) 10 % para o InIR-Instituto de Infraestruturas Rodovirias, I. P.;
d) 15 % para as entidades a que se refere o artigo 11..
2- (Revogado).
3- (Revogado).
4- A Autoridade Tributria e Aduaneira entrega mensalmente os quantitativos das taxas
de portagem, das coimas e das custas administrativas s entidades a que pertencem,
de acordo com o n. 1.
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5- Se por efeito de arguio de alguma nulidade processual, por preterio ou erro na
execuo de alguma das formalidades essenciais previstas na presente lei, se vier a
decretar a anulao do processado, tanto no mbito dos processos de
contraordenao, como nos processos de execuo, a entidade que tiver dado azo
referida nulidade suportar os encargos efetuados com a tramitao dos respetivos
processos, procedendo para o efeito a Autoridade Tributria e Aduaneira ao
correspondente acerto nas entregas mensais dos quantitativos cobrados.
Artigo 17. -A
Natureza e execuo dos crditos
1- Compete administrao tributria, nos termos do Cdigo de Procedimento e de
Processo Tributrio, promover a cobrana coerciva dos crditos relativos taxa de
portagem, dos custos administrativos e dos juros de mora devidos, bem como da
coima e respetivos encargos.
2- Os crditos previstos no nmero anterior gozam de privilgio mobilirio especial
sobre os veculos com os quais hajam sido praticadas as infraes a que se refere a
presente lei, quando propriedade do arguido data daquela prtica.
3- (Revogado).
4- (Revogado).
5- (Revogado).
6- A administrao tributria instaura um nico processo executivo pelas taxas de
portagem e custos administrativos associados correspondentes a cada ms, por
referncia a cada agente e a cada entidade concessionria ou subconcessionria.
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Artigo 18.
Direito subsidirio
s contraordenaes previstas na presente lei, e em tudo o que nela no se encontre
expressamente regulado, aplicvel o Regime Geral das Infraes Tributrias.
CAPTULO IV
Disposies finais e transitrias
Artigo 19.
Adequao dos contratos e das bases das concesses
1- Os contratos de concesso em vigor devem adequar-se ao disposto na presente lei no
prazo de 120 dias a contar da sua publicao.
2- A falta de adequao dos contratos de concesso no prazo referido no prejudica a
aplicao do regime previsto na presente lei.
Artigo 20.
Regime transitrio
1- As contravenes e transgresses praticadas antes da data da entrada em vigor da
presente lei so sancionadas como contraordenaes, sem prejuzo da aplicao do
regime que concretamente se mostrar mais favorvel ao agente, nomeadamente
quanto medida das sanes aplicveis.
2- Os processos por factos praticados antes da data da entrada em vigor da presente lei
pendentes em tribunal nessa data continuam a correr os seus termos perante os
tribunais em que se encontrem, sendo-lhes aplicvel, at ao trnsito em julgado da
deciso que lhes ponha termo, a legislao processual relativa s contravenes e
transgresses.
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3- Os processos por factos praticados antes da data da entrada em vigor da presente lei
cuja instaurao seja efetuada em momento posterior correm os seus termos perante
as autoridades administrativas competentes.
4- Das decises proferidas pelas entidades administrativas, nos termos do nmero
anterior, cabe recurso nos termos gerais.
Artigo 21.
Norma revogatria
1- Com a entrada em vigor da presente lei, so revogados os Decretos-Leis n.s 130/93,
de 22 de abril, e 39/97, de 6 de fevereiro.
2- Mantm-se em vigor as Portarias n.s 762/93, de 27 de agosto, e 218/2000, de 13 de
abril.
Artigo 22.
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor 120 dias aps a sua publicao, exceto o artigo 19., que
entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.