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Warunu A cerimônia solar /

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O projetoO projeto tem o objetivo de criar uma zona de imersão multi-sensorial em uma recriação simbólica de uma lenda índigena esquecida pela sociedade. Com trabalho em sonoplastia, cenografia e ambientação o projeto utiliza energia solar ao invés da convencional, apresentando sua potencia para a criação cultural sustentável e em completa harmonia com o ambiente, além de trazer para o conhecimento público uma das lendas mais intrigantes das sociedades ancestrais de nossa terra, o mito

dos “Omenatanimpe”, o povo que aguarda o sol.

Justificativa O projeto visa importantes questões que precisam ser discutidas na sociedade, mostrando como a energia limpa pode efetivamente possibilitar o aumento da integração humana harmônica com o ambiente, além de contribuir com a inovação no ramo cultural, com a construção de um projeto que celebra a cultura nacional nativa de forma singular, informando a população de forma interativa e principalmente, divertida. Ao viabilizar o projeto, um grande processo de incentivo a iniciativas e movimentos culturais sustentáveis inovadores se torna real, materializando uma forma de expressão nascida nas novas conjunturas da sociedade em rede, e possibilitanto

de forma concreta a construção do futuro.

A Lenda A lenda descrita por um documento oficial de antropologia do Museu Paraense Emilio Goeldi, descreve de forma multidimensional o surgimento de

um mito na comunidade índigena Aibüba, que habitava as zonas próximas do Rio Paru Oeste, área de mata no Amapá atualmente, e como ocorreu

o desaparecimento desse povo e consequentemente a criação da lenda dos “Ometanímpe”, principalmente pelos povos Tiriyó. Segundo o boletim:

“Quando um grupo dos Aibüba abandonou Mopéwaka para morar no Wáipa, deu-se o caso de sua transformação. êles tinham maloca no Kúpia, num pequeno morro perto do Wáipa, mas um pouco acima da sua bôca. Certa vez, um grande temporal passou por cima da maloca. Reinava densa escuridão e parecia noite. Os Aibüba ficaram com mêdo. No se-gundo dia, o sol também não apareceu. êles começaram, então, a chorar. A escuridão intensificou-se sempre mais e êles resolveram abandonar a maloca e ir para o campo aberto (margem direita do Wáipa), para esperar ali o sol e a luz. Sentaram-se sôbre o lageado, com o rosto para o nascente, esperando a luz e o nascer do sol. Mas a noite era tão longa que não quis terminar. angustiados esconderam o rosto entre os braços e sôbre os joêlhos, esperando e chorando. A luz do sol porém não quís vir e êles não ousavam sair no meio daquela escuridão. Sentados esperavam … até se tornarem pedras. E assim ainda estão lá no lageado do campo. É por isso que nós chamamos a êste lugar de : “Ometanímpe”

(i. é: os transformado)

O documento também narra a forma mítica que os índios encaravam o sol, dando sinais de um “culto solar” ancestral, ou até mesmo uma “religião

solar”, o que representa uma forma completamente nova de se relacionar com o ambiente. Entretanto esses são os únicos indícios que comprovam a

existência dessa face ancestral brasileira, que adorava o sol, e desapareceu em uma “grande noite” que os ventos do tempo sopraram forte demais.

WarunuO objetivo é recriar de maneira simbólica uma tradição indígena há muito esquecida que representa um

lado único e ancestral de um ponto em comum de todas as sociedades humanas, as cerimônias e claro a

reverência ao poder do sol, amplamente associada à origem da vida. A lenda dos “Ometanímpe”, cita uma

grande cerimônia chamada Warúnu para invocar o sol em uma “longa noite” em que uma “imensa escu-

ridão” reina, entretanto o povo Aibüba, que vê no sol sua principal divindade, aguarda o retorno do astro

solar em imensa tristeza até se “Transformarem” em pedras.

Segundo o boletim:

No dia 21 de Junho de 2015 as 13:38hrs ocorrerá o solstício de inverno, o evento astronômico descrito pela lenda, a grande noite, que marca o

inicio do inverno. E nesse dia tão supersticioso para a humanidade invocaremos o poder do sol em uma cerimônia Warúnu, revivendo uma tradição

ancestral para enfrentarmos as noites sem luz.

“ No relato sôbre a “longa noite” destaca-se ainda um ponto de importância , a saber que os homens da penumbra fizeram “warunu”, isto é, cerimônias religiosas para findar a noite comprida e para ver nascer o sol e a luz. Pela descrição dada parece bastante provavél que tais cerimônias se realizaram na

época do solstício, no fim da noite mais comprida do ano.

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Virada Cultural

Parque da LuzDias 20 e 21 de Junho

Atravessaremos a grande noite do solscísticio de inverno (dia 21) com a cerimônia Warúnu, que traz a música, a arte e a cultura para o centro de São Paulo,

no bairro da Luz, que vai se iluminar com a energia do Sol na noite mais longa do ano.

KaaporaA Kaapora nasce no intuito de atuar de forma profissional no ramo de cultura nacional, participando de forma eficiente

na ligação entre o mercado e a responsabilidade social, sem perder a criatividade e a acertividade. Composta inicialmente por três sócios de diferentes ramos da comunição, a empresa possui um alto poder competitivo,

devido aos relativos baixos custos de produção proporcionados por um sistema arrojado de gestão.A empresa tem um compromisso com a qualidade dos projetos, sendo a maioria criteriosamente preparada para acuro

do público, qualidade não é diferencial é básico.

Nossa missão é desenvolver a indústria cultural brasileira e globalizar a identidade nacional, a fim de contribuir para a transformação social sustentável.

Entendemos a responsabilidade de se trabalhar com cultura e sua insolúvel união com a ética. Portanto, a Kaapora nasce sob a bandeira da Cultura de Paz, levando a proposta de “todas as relações humanas

serem baseadas na resolução pacífica de conflitos” para outra dimensão da estrutura social e propõe uma vivência cooperativa entre Sociedade, Mercado e Cultura para o desabrochamento da Paz.

CinesolarO CINESOLAR consiste em um furgão equipado com um sistema de captação de energia solar capaz de gerar

a própria energia para alimentar toda sua estrutura de exibição e áudio.O veículo possui todos os equipamentos necessários para a realização de sessões de cinema e apresentações artísticas: 150 assentos para o público, telão, sistema de projeção e som, além de uma cabine de DJ para acom-panhar as atividades. O projeto surgiu em 2013 e recebeu o apoio, em sua concepção, da Fundação Holandesa

Doen, promotora de sustentabilidade, cultura e inovação social em vários países.

A iniciativa brasileira é desenvolvida pela Brazucah Produções em parceria com a Associação Cultural Simbora O Cinesolar também realiza oficinas artisticas ecológicas, informações sobre energia renovavéis, música e apre-

sentações especiais.

Casa da luzA recém-inaugurada Casa da Luz é um centro cultural com espaços mistos:

Comporta festas e recebe shows, além de exposições de arte, exibição de filmes, performances e outras atividades culturais.Instalada em frente à estação da Luz, onde funcionou o Hotel do Comércio nos anos 1990, o local tem três andares

e é frequentado por estusiastas da Cultura e da Revitalização do Centro .

estruturaÁrvore Ancestral

Uma árvore centenária ou histórica, grande, que será o centro de toda as ações. Com uma placa expli-cando seus significados, ricamente enfeitada com a cenografia e a iluminação. A árvore será a base do

vídeo mapping e da estrutura semi-aberta

A energia do sol A maior parte da energia usada na instalação será fornecida por geradores solares.

O sistema do “Cinesolar” da Brazucah será responsavél por alimentar os elementos da sonoplastia, enquanto a energia que alimenta a iluminação e o vídeo mapping será de fonte externa. Simbolicamente

representa a energia solar da cerimônia Warúnu, que rompe a escuridão da “grande noite”.

Estrutura cenográficaEstrutura ecológica vazada, que envolverá a árvore ancestral, fazendo sua proteção e estruturando os projetores do vídeo-mapping, alguns equipamentos pequenos da sonoplastia e complementando os

efeitos da iluminação.Planejada para ser criada com apoio do público, que amarrará fitinhas de boa sorte com o passar do

evento, engajando o público presente e convidado o público potencial. Simbolicamente significa nossa ligação com a ancestralidade, e a importância que ela significa para nos-so futuro, e que principalmente, podemos nos integrar socialmente e ambientalmente de forma pacífica

e harmônica.

ProgramacaoSonoplastia

Repertório fonográfico curado pelo coletivo cultural “Casa da Luz”, que participa do coletivo de acordo com o tema proposto.

Vídeo MappingEm parceria com o coletivo “Agrupamento andar 7”, especializado em video mapping, serão projetadas em todo a estrutura um material audiovisual criado especialmente para o evento. O projeto do Cineso-lar exibirá uma programação diversa que conta com curtas educacionais, informações do projeto, filmes

transformadores do Instituto Alana (http://alana.org.br/), entre outros. (http://www.cinesolar.com.br/)

CerimôniasSerão realizadas três cerimônias solares: Abertura, Warúnu e Encerramento. A cerimônia de abertura invocará a energia do sol para atravessarmos a grande noite, a Warúnu será realizada no meio da noite, invocando o renascer do Sol, e a de encerramento celebrará a chegada da luz do amanhecer

. Realizados pela Aldeia Guarani Tekoa Pyau, localizada na Estrada Turística do Jaraguá, na Zona Oeste de São Paulo, que enfrenta muitos problemas para continuar existindo. (http://aldeiadojaragua.blogspot.com.br/).A participação da comunidade indígena é ao mesmo tempo um direito da cultura desse povo,

e um alerta para a conservação dessa cultura que passa por graves dificuldades.

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Engajamento

Durante as cerimônias solares, serão distribuídos 200 instrumentos feitos com materiais reciclavéis pelas oficinas Cinesolar em suas exibições pelo Brasil.Durante todo o evento, serão distribuídas fitinhas como a do “Nosso Senhor do Bonfim”, mas personalizadas para o evento em diversos pontos estratégicos, no próprio evento e no palco da Casa da Luz na rua Mauá (convidando o público a atravessar a ponte da Estação da Luz e participar das cerimônias no Parque da Luz). A estrutura que protege a árvore servirá de base para o público amarrar as fitinhas com “desejos de boa-sorte” contribuindo assim para construção

da cenografia e entrosamento do público durante a “aura” do evento .

Além disso, uma equipe ficará responsável por fazer pinturas corporais que brilham no escuro, semelhantes as dos povos indígenas para conseguir envolver ainda mais o público e sua participação e outra por realizar durante a noite malabares de fogo, idealizando o poder do astro solar. Outro detalhe importante será a participação do público durante o ritual indígena, pois serão de destribuidos 200 instrumentos feitos de materiais recicláveis,

doados pelo Cinesolar para que todos possam interagir com as apresentações.

Programação | Warunu

Dia 20:18hrs: Cerimônia de abertura.(Apresentação)

19hrs: Eco DJ (Set de introdução)20hrs: DJ recomendado pela curadoria (Set da partida do sol)

21hrs: DJ recomendado pela curadoria (Set da chegada da noite)22hrs: Kaapora Cultural (Set da noite na floresta tropical)23hrs: DJ recomendado pela curadoria (Set do pavor)

24hrs: Cerimônia Wanuru (Invocação da luz)

Dia 21:01hrs: DJ recomendado pela curadoria (Set da grande noite)02hrs: DJ recomendado pela curadoria (Set da grande noite)03hrs: DJ recomendado pela curadoria (Set da grande noite)04hrs: DJ recomendado pela curadoria (Set da grande noite)05hrs: DJ recomendado pela curadoria (Set do renascimento)

06hrs: Cerimônia de Encerramento (O amanhecer)

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orcamentos

Warúnu Luz

R$25.000

[email protected]

Chama a Kaapora