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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA WAGNER HENRIQUE LEMOS ESTUDO SOBRE AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO CAFÉ CONILON E SUAS RELAÇÕES COM A ECONOMIA DO CONHECIMENTO: DESAFIOS EM BUSCA DA QUALIDADE

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Page 1: Wagner  projeto de pesquisa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

WAGNER HENRIQUE LEMOS

ESTUDO SOBRE AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO CAFÉ CONILON E

SUAS RELAÇÕES COM A ECONOMIA DO CONHECIMENTO: DESAFIOS EM

BUSCA DA QUALIDADE

VITÓRIA

2014

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WAGNER HENRIQUE LEMOS

ESTUDO SOBRE AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO CAFÉ CONILON E

SUAS RELAÇÕES COM A ECONOMIA DO CONHECIMENTO: DESAFIOS EM

BUSCA DA QUALIDADE

Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Espírito Santo

Orientador: Prof. Dr. Ednilson Silva Felipe

VITÓRIA

2014

Page 3: Wagner  projeto de pesquisa

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 REVISÃO DE LITERATURA 4

A ORIGEM DO CAFÉ CONILON....................................................................................4

HISTÓRIA DO CAFÉ CONILON NO ESPÍRITO SANTO..............................................5

A IMPORTÂNCIA DA CAFEICULTURA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO........7

O QUE É BIOTECNOLOGIA? .........................................................................................8

O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL...............................................................................10

O PAPEL DA EMBRAPA E DO

INCAPER .....................................................................11

TEORIA ECONÔMICA: SCHUMPETER E OS NEO-SCHUMPETERIANOS

..............................................................................................................................................12

3 TEMA-PROBLEMA 14

4 JUSTIFICATIVA 14

5 OBJETIVO GERAL 16

6 OBJETIVO ESPECÍFICOS 16

7 METODOLOGIA 17

8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 17

9 REFERÊNCIAS 17

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1 INTRODUÇÃO

A cultura do café no Brasil destaca-se economicamente e socialmente desde o

século XIX, com as primeiras mudas vindas da Guiana Francesa, sendo implantadas nos

Estados do Pará e Maranhão. Diante da dificuldade de adaptação as condições climáticas e

ao solo na região norte, teve-se a necessidade de percorrer outros lugares para este cultivo,

tendo por encontrar essas condições para a disseminação desta planta na Região Sudeste do

país.

A cafeicultura no Estado do Espírito Santo, tem como marco histórico o ano de

1840, devido a uma corrente migratória vinda dos Estados do Rio de Janeiro e Minas

Gerais, e concentra-se em três regiões distintas: na região noroeste, encontra-se uma

cafeicultura voltada para pequenos produtores e com topografia mais irregular; na região

nordeste encontra-se predominantemente áreas disponíveis para o cultivo são

predominantemente planas e de maior tamanho; e por fim, a região Sul, que possui cerca de

15% do total cultivado, caracteriza-se pelo relevo inclinado e tendo a agricultura familiar

como força propulsora desta atividade agrícola.

Dentre as revoluções agrícolas dos séculos XX e XXI: Biotecnologia, Engenharia

Genética, Transgenia e Genômica; podemos destacar a primeira, pois, o melhoramento

genético da cultura cafeeira, resultou em ganhos de produtividade e no melhoramento da

qualidade, sob alguns aspectos agronômicos.

No Estado do Espírito Santo, uma contribuição importante para melhorar a

distribuição espacial da renda e do emprego, foi o Arranjo Produtivo Local do café,

possibilitando uma postergação do aumento do êxodo rural. E ao mesmo tempo foi sendo

construído um arranjo institucional voltado ao desenvolvimento de inovações genéticas, de

tecnologias produtivas e acessibilidade do produtor às novas tecnologias e técnicas

aplicáveis no cultivo desta planta.

E diante do contexto contemporâneo, o qual, os cafeicultores estão inseridos, a

corrente evolucionário da Teoria Econômica, conhecida como Neo-Schumpeteriana, tem

por contribuir no que diz respeito a análise sobre o desenvolvimento de novos

conhecimentos e tecnologias, que induzem o crescimento produtivo e o progresso técnico.

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Page 5: Wagner  projeto de pesquisa

Deste modo, o objetivo do trabalho é relacionar a teoria econômica e as inovações

tecnológicas na cultura do café conilon, analisando: as possíveis alterações sobre os

processos de inovação na espécie Coffea Canephora, o papel das instituições públicas e

privadas no desenvolvimento tecnológico da cultura cafeeira, observando quais as

mudanças institucionais que ocorreram no período de 1986 a 2006.

2 REVISÃO DE LITERATURA

A ORIGEM DO CAFÉ CONILON

A cultura do café no Brasil destaca-se economicamente e socialmente desde o

século XIX, com as primeiras mudas vindas da Guiana Francesa, sendo implantadas nos

Estados do Pará e Maranhão. Diante da dificuldade de adaptação as condições climáticas e

ao solo na região norte, teve-se a necessidade de percorrer outros lugares para este cultivo,

tendo por encontrar essas condições para a disseminação desta planta na Região Sudeste do

país.

Têm-se relatos da história do café no Brasil, desde o período da escravidão de

negros, passando pelos imigrantes europeus, mão-de-obra esta, muito importante na

condução das lavouras, principalmente nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Tendo

esta cultura no mesmo período, uma disseminação para os Estados do Paraná e Minas

Gerais.

É consensualmente conhecida, a Etiópia como a região de origem do cafeeiro, de

acordo com Ortega:

[...] há certa repetição entre seus historiadores de que foi um pastor etíope que, ao observar que suas cabras eram estimuladas e ficavam mais espertas quando comiam as folhas e frutos de certo arbusto, decidiu provar seu fruto. Este fato teria ocorrido por volta de 575 d.c. e, até hoje, encontra-se no interior da Etiópia, o café “original” denominado Arábica. [...]. (Ortega, Antônio César, Campinas, SP: Editora Alínea, 2012, p.28).

O café, cujo nome científico é denominado Coffea arábica, chegou ao Brasil como

um elegante presente da esposa de uma autoridade da Guiana Francesa para um sargento do

exército brasileiro que se dirigiu até o país vizinho para adquirir os grãos dessa planta, pois:

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[...] De acordo com Martins (1999), coube a um militar brasileiro a missão de “buscar” na Guiana Francesa os grãos da planta que tinha grande potencial de produção e comercialização do grão com o pergaminho. [...]. (Ortega, Antônio César, Campinas, SP: Editora Alínea, 2012, p.28).

Vale ressaltar que o objetivo da produção, desde o início, era ampliar a renda do

Império, pois embora já existisse a cultura implantada pelos portugueses desde o século

XVII, seu cultivo ainda não havia ganhado notoriedade econômica, que decorreu a partir do

século XVIII, através dos grãos vindos do Pará para a Região Sudeste do Brasil.

HISTÓRIA DO CAFÉ CONILON NO ESPÍRITO SANTO

A cafeicultura no Estado do Espírito Santo, tem como marco histórico o ano de

1840, devido a uma corrente migratória vinda dos Estados do Rio de Janeiro e Minas

Gerais, dando início a esse ciclo de economia agroexportadora, despertando a atenção,

competindo com a cana-de-açúcar e com a mandioca, em relação a preferência de cultivo

nas áreas disponibilizadas para as atividades agrícolas (BUFON, 1992).

Corroborando com Celin (1984), que relata a expansão do café tendo início no sul

do Estado (ainda era uma província), criando condições para a vinda de produtores de

Minas Gerais e do Estado do Rio de Janeiro, especialmente na região de Itapemirim e

Itabapoana.

Assim, com a experiência adquirida e acumulada por esses migrantes, condicionou a

então província, uma notoriedade no cenário da cafeicultura, apesar da hegemonia

fluminense, pois:

“Nos vinte anos compreendidos entre 1851-52 e 1871-72, o Espírito Santo apresentou as maiores taxas anuais de crescimento, dentre as 4 (quatro) principais províncias produtoras de café. Durante o período considerado a produção capixaba multiplicou-se por 5,5 e a participação do Espírito Santo no total produzido pelas 4 (quatro) maiores províncias evoluiu de 1,0 % para 4,7 %. Por esta época (1871-72), apesar de decadente relativa e absolutamente, a produção do Rio de Janeiro ainda era a maior, representando 56,0% do total acima considerado” (BUFFON, 1992, p.75-76).

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Com o fim da mão de obra escrava que trabalhava nas lavouras cafeeiras, em 1888,

teve-se a necessidade de criar incentivos por parte do governo brasileiro, aos europeus que

se encontravam em condições desfavoráveis em seus países (devido as sucessivas guerras e

industrialização no Velho Continente) à emigrarem para o Brasil. E o Espirito Santo, era

um dos destinos desses emigrantes para ocupar terras, que muitas vezes já eram demarcadas

para essas famílias trabalharem na formação e expansão do cultivo. De acordo com Celin

(1984), a abolição da escravatura e a crise de preços em fins dos anos noventa do século

XIX, as então denominadas “grandes fazendas” deixaram de existir no Estado.

Em meados da década de 1930, de acordo com Celin (1984), constitui-se na direção

do norte, originaria das regiões Central e Sul do Estado, uma intensa corrente migratória.

Ou seja, abre-se uma importante fronteira para a expansão da agricultura familiar já

consolidada nas demais regiões, tendo a importância na ocupação de terras situadas ao

norte do rio Doce. Tal fenômeno ocorreu em um processo colonizatório semelhante ao que

ocorreu na região sul (pequena propriedade, agricultura familiar de subsistência e ao

mesmo tempo voltada para a exportação).

Assim, pode-se entender que o período entre a última década do século XIX e a

terceira década do século XX, constitui a formação da pequena propriedade como meio, em

que ocorre o cultivo do café no Espírito Santo. Sendo que a viabilidade dessa estrutura de

produção, é decorrente de fenômenos demográficos como, os fluxos imigratórios e

sequencialmente migratórios. O que permite ao Espírito Santo apresentar na década de

1940, uma produção de café, equivalente a 15% da produção nacional (CELIN, 1984,

p.74). Indo ao encontro das interpretações de Rocha e Morandi (1991), que retratam o

período entre o século XIX e até a primeira metade do século XX, como os ciclos

econômicos nos Estados, estão intimamente ligados à cafeicultura. Tendo por lembrar que a

própria ocupação do território capixaba ocorreu simultaneamente frente “a marcha do

café”, na qual a sua expansão, propiciou o surgimento de pequenas vilas e ocupação de

territórios.

Rocha e Morandi (1991) consideram que a década de 1950 apresentou no ciclo

econômico, dois momentos distintos: expansão e retração da atividade cafeeira. E também

ressaltam a crise de preços internacionais do café, em 1955, e que a partir de 1961, ficaria a

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cargo do Grupo Executivo de Racionalização da Cafeicultura (Gerca) os rumos à serem

tomados em relação a política cafeeira. Diante dessa incumbência, teve-se um programa de

erradicação, executado entre 1962 e 1967, atingindo mais de 50% da cafeicultura capixaba,

desfazendo-se de 71% da área plantada com café e desencadeando um maciço desemprego

rural.

A cafeicultura, especialmente a capixaba, vivenciou sucessivas crises de preços,

durante aproximadamente vinte anos, em face a erradicação dos cafezais sob as ações

realizadas pela política do IBC-Gerca, período que se perfez em 1975.

A IMPORTÂNCIA DA CAFEICULTURA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Segundo Ferrão et. al.(2011), o Brasil destaca-se no cenário internacional no que diz

respeito à café, com cerca de 35% da produção mundial. O Espírito Santo, que representa

apenas 0,5% do território brasileiro, é o segundo maior produtor brasileiro com 22 a 28 %

do total nacional, numa área aproximada de 460 mil hectares, responsável pela produção

anual de mais de 10,0 milhões de sacas, que saem de 61 mil propriedades (das 90 mil

existentes). Sendo esta, uma atividade agrícola de extrema importância no desempenho da

economia capixaba, pois:

“A cafeicultura está presente em todos os municípios, exceto Vitória, sendo a principal atividade em 80% dos municípios e representa sozinho 43% do PIB agrícola do Estado. Diferente de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rondônia, o Espírito Santo é o único estado que tem expressivas produções de café conilon (73%) e café arábica (27%).” (FERRÃO, et. al. 2011, p.29).

De acordo com Ferrão et. al.(2011), a cafeicultura no Estado do Espírito Santo,

concentra-se em três regiões distintas. Na região Noroeste, encontra-se uma cafeicultura

voltada para pequenos produtores e com topografia mais irregular, sendo responsável por

40% do total estadual. Na região Nordeste encontra-se predominantemente uma

cafeicultura com mais recursos tecnológicos como: irrigação localizada, colheitadeira

mecanizada e inúmeros implementos agrícolas. Pois as áreas disponíveis para o cultivo são

predominantemente planas e de maior tamanho. Essa região é responsável por 45% do

conilon capixaba. E a região Sul, possui cerca de 15% do total cultivado. Os municípios

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que se destacam na produção são: Vila Valério, Jaguaré, Sooretama, Linhares, Rio

Bananal, São Mateus, Nova Venécia, Pinheiros e São Gabriel da Palha.

E assim, aparece conforme as mais variadas formas e manejos, estando adequada ou

adaptada a realidade de cada produtor, externalizando as características tecnológicas dos

mesmos, levando em conta o tamanho das propriedades, topografia, recursos naturais

disponíveis e outros.

De acordo com Ferrão et. al.(2011), no período entre 2001 a 2011, houve um

adicional de 60% na produção capixaba, passando de 6,4 para 10,3 milhões de sacas,

correspondendo a um aumento médio de 7,5% por ano. Esse desempenho deve-se

especialmente, a melhora da produtividade das lavouras, mediante a capacitação e

aperfeiçoamento dos cafeicultores, incorporando inovações tecnológicas e organizacional.

O QUE É BIOTECNOLOGIA?

O Café robusta (espécie Coffea canéfora), popularmente é conhecido como café

conilon (variedade conilon). Trata-se de um cultivar rústico, tolerante a pragas e doenças,

adaptada a uma razoável variabilidade de condições edafoclimáticas tropicais e no ano de

2000, correspondia cerca de 60% do café produzido no Estado do Espírito Santo. As

lavouras de conilon encontram-se concentradas na Região Norte do Estado.

Até 1990 o material genético trabalhado era o selecionado de maneira “caseira” pelo

agricultor, decorrente de multiplicação de sementes. Este método implicava em uma

lavoura desuniforme e com grande variabilidade genética, devido a espécie ser de

fecundação cruzada. Assim observava-se com frequência em uma mesma lavoura, plantas

com diferenças: em arquiteturas; época e maturação dos frutos; e formatos e tamanhos dos

grãos com padronização irregular.

Segundo, Ferrão e Bragança (2000, p. 389), aproveitando a variabilidade genética

das lavouras no Espírito Santo, em 1985 a EMCAPA, hoje denominada INCAPER, iniciou

um programa de melhoramento genético com o conilon, no Estado.

A história econômica tem registrado evoluções de tecnologias na agricultura,

principalmente a partir da revolução agrícola, que ficou conhecida como a Revolução

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Verde. Período em que os países do então chamado de primeiro mundo, disseminou um

pacote tecnológico para os considerados países de terceiro mundo, entre eles o Brasil. Este

pacote tecnológico abarcava a introdução de novas técnicas de cultivo, mecanização, uso de

fertilizantes, defensivos agrícolas e sementes de variedades de alto rendimento, comparado

as sementes tradicionais da época.

Dentre as revoluções agrícolas dos séculos XX e XXI: Biotecnologia, Engenharia

Genética, Transgenia e Genômica; podemos destacar a primeira. Pois, o melhoramento

genético da cultura cafeeira, consequentemente possibilitando o ganho de produtividade e

qualidade, permitindo ao Estado do Espírito Santo, ter em sua economia este grande

propulsor da dinâmica da renda, que passa pelo agricultor, trabalhadores que atuam nesta

atividade, e o comércio que aufere renda através de vendas de produtos para as famílias que

trabalham direta e indiretamente nesta atividade agrícola, criando um círculo virtuoso e

auto sustentável, deve-se as inovações proporcionadas pela Biotecnologia no cultivo do

café.

De acordo com Silveira e Borges (2004), o termo Biotecnologia trata-se de mais um

componente de novas tecnologias que vem alterando a realidade de vários setores da

economia e que têm em comum a utilização de organismos vivos para a produção de bens e

serviços, demandando políticas e arranjos institucionais específicos. Parte do esforço em

P&D neste ramo, depende de técnicas avançadas de prospecção tecnológica, das

possibilidades de exploração econômica dos resultados da pesquisa e empenho pelos

agentes envolvidos, como por exemplo o pesquisador universitário.

A área de biotecnologia exige um trabalho de Marketing constante para a capitação

de recursos públicos ou privados, por parte das empresas ou instituições que atuam neste

setor, principalmente no estágio de desenvolvimento do produto ou processo, e ainda

lembrar aos detentores desses recursos, que há um tempo relativamente longo, entre

divulgação das ideias ou produtos junto a mídia e a comercialização destes últimos

(MACHADO, 2004).

A biotecnologia divide-se entre a clássica e a moderna, sendo a primeira

caracterizada pela utilização de organismos vivos da forma como são encontrados na

natureza ou modificados através de melhoramento genético convencional. Já a

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Page 11: Wagner  projeto de pesquisa

biotecnologia moderna utiliza-se organismos vivos geneticamente modificados por meio da

Engenharia Genética (SILVEIRA e BORGES, 2004).

O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL

No Estado do Espírito Santo, uma contribuição importante para melhorar a

distribuição espacial da renda e do emprego, foi o Arranjo Produtivo Local do café,

possibilitando uma postergação do aumento do êxodo rural. E ao mesmo tempo foi sendo

construído um arranjo institucional voltado ao desenvolvimento de inovações genéticas, de

tecnologias produtivas e acessibilidade do produtor às novas tecnologias e técnicas

aplicáveis no cultivo desta planta.

O Arranjo Produtivo Local é conhecido, como uma integração de ações de vários

agentes econômicos de um mesmo setor ou segmento, no qual tem-se a possiblidade de

permutações de experiências, conhecimentos e acesso as novas tecnologias.

Essa forma de organização ou de idiossincrasias nas relações entre os agentes,

aparece no fornecimento de insumos ou no capital humano de um participante para outro,

na abertura de canais de comercialização dos produtos elaborados em conjunto, na oferta de

cursos de capacitação ou aperfeiçoamento de técnicas apropriadas. De acordo com

Cassiolato & Lastres (2003), a participação e a interação dos agentes e suas inúmeras

maneiras de manifestação ou organização, caracteriza este tipo de relação.

A Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais (Redesist), com

sede no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e que conta com

a participação de várias universidades e institutos de pesquisa no Brasil, entende que os

arranjos produtivos locais simboliza a organização de estratégias coletivas, diante de

especificidades e criação de condições locais para a dinamização de recursos, promovendo

a competitividade. Tal explicação, se deve a ideia de que, os APLs constituem um conjunto

atores que atuam em torno de um bem principal, também sob atuação de outros agentes

econômicos correlatos como, fornecedores de insumos e equipamentos, prestadores de

serviços e extensão (Consultoria e Assistência Técnica), entre outros. Os agentes referentes

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nesta concepção, podem ser tanto da esfera privada quanto da esfera pública (LASTRES;

CASSIOLATO, 2003).

O conceito de competitividade nesta abordagem se manifesta em diferentes estudos

sobre os Arranjos Produtivos Locais. Tendo como ideia principal, a interligação entre

atividades econômicas, dada uma região, melhorando o desempenho nos mercados

próximos a essas realidades, possibilitando galgar mercados externos. Isto, através da

especialização em atividades relacionadas, inovações desde a organizacional até

tecnológica e identidade regional (selos de qualificação, peculiaridades dos produtos de

determinada região, diferenciação de um modo geral).

Diante da realidade em que se encontra a cafeicultura capixaba, predominantemente

organizado no sistema de agricultura familiar ou mesmo por médias propriedades, tem-se

uma necessidade de mobilização ou cooperação entre diversos agentes ao longo da cadeia

produtiva (produtores, órgãos públicos e privados de pesquisa e extensão rural,

organizações de fomento ou financiamento, etc.), para viabilizar economicamente o

desenvolvimento do conhecimento e ciência aplicada (VIEIRA FILHO, 2009, p.8). Pois

tornou-se uma forma de organização constituída de estratégia, na qual busca a identidade

local, característica importante de um Arranjo Produtivo Local, atributo reconhecido e

apreciado pelo mercado, fortalecendo a competitividade dos participantes agrupados.

O PAPEL DA EMBRAPA E DO INCAPER

Segundo Assad e Aucélio (2004), o novo paradigma do desenvolvimento

socioeconômico, baseado no desenvolvimento científico e tecnológico, pressupõe que a

melhor maneira de atingir o progresso é ampliando a fronteira do conhecimento com o

objetivo de gerar novas tecnologias e elevar o nível de competitividade. E a incorporação

da pesquisa, desenvolvimento e inovação na produção de bens e serviços especializados é

fonte de riquezas.

Vale lembrar que as mudanças ocorridas, a partir da década de 1980, na conjuntura

mundial, vem exigindo esforços com a finalidade de alcançar as condições e os meios para

inserir-se em um modelo econômico global e competitivo. Tais adaptações têm sido

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Page 13: Wagner  projeto de pesquisa

realizadas de maneira gradual, devido à evolução do sistema nacional de C&T, estabelecido

desde a última metade do Século XX (ASSAD e AUCÉLIO, 2004).

Diante deste cenário, destaca-se a criação em 1973 da Empresa Brasileira de

Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), tendo por objetivo promover a pesquisa e seu

desenvolvimento na agropecuária, de seu centro específico para biotecnologia,

comprometido com a aplicação de técnicas biotecnológicas ao setor agrícola e as empresas

estaduais de pesquisa agropecuária. Sendo um importante marco histórico para o

desenvolvimento da biotecnologia agropecuária e produção de inovações (ASSAD e

AUCÉLIO, 2004).

O conhecimento acumulado até a década de 1980 era resultado dos próprios

cafeicultores pioneiros e a partir destes, foram desenvolvidos os trabalhos do Instituto

Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), que passou a

inserir no cultivo e produção de café conilon, tecnologias mais apropriadas para exploração

desta atividade (FELIPE, VILLASCHI FILHO e OLIVEIRA, 2010).

TEORIA ECONÔMICA: SCHUMPETER E OS NEO-SCHUMPETERIANOS

O economista austríaco Joseph Alois Schumpeter (1883-1950), cujo os estudos

tiveram influências da Escola Austríaca, tendo a vida acadêmica em duas fases: uma na

Europa e outra lecionando em Havard; compreende que o processo de desenvolvimento

nasce através da ruptura do equilíbrio estacionário walrassiano. Tal processo é repetido

indefinidamente em um ciclo idêntico a si mesmo, e a ideia abordada sustenta-se quando a

concorrencia direcionar o sistema para a posição de máximo rendimento. Além de explicar

a existencia de crises no sistema economico, ressalta a importância da inovação. Sendo

esta, uma variável endógena ao sistema economico. As atividades que envolvem a inovação

diferem de invenções, pois consiste na destruição da estrutura existente e sua substituição

por novas, a então denominada destruição criadora.

É importante observar que no processo de desenvolvimento em Schumpeter (1984,

p. 112 e 113) tem-se:

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Page 14: Wagner  projeto de pesquisa

“A abertura de novos mercados – estrangeiros ou domésticos – e o desenvolvimento organizacional, da oficina artesanal aos conglomerados como a U. S. Steel, ilustram o mesmo processo de mutação industrial – se me permitem o uso do termo biológico – que incessantemente revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando uma nova.” ( Schumpeter, 1984, pg. 112-3)

Assim, as forças intrisecas no sistema economico que tendem a desestabiliza-lo de

tempos em tempos, tende a substituição de um determinado equilibrio por outro diferente.

A contribuição dada por Schumpeter, especificamente em relação a inovação,

viabiliza novas abordagens sobre a aprendizagem e conhecimento na Economia. Pois, tanto

a criação quanto a aquisição de conhecimento através das pesquisas voltadas para a

produção de novos produtos e processos, caminham junto da inovação e para isso a

aprendizagem é fundamental. Logo, o conhecimento e aprendizagem norteiam o processo

produtivo (AMORIN, 2007, p. 26).

Schumpeter realçou o papel das inovações tecnológicas nos ciclos econômicos e

chancelou o conceito de inovação no dialeto dos economistas, dando origem a uma nova

linha de pensamento, conhecida como Neo-Schumpeteriana, que por sua vez, a partir da

década de 1980, contribuíram de maneira significativa, no que diz respeito às inovações

tecnológicas.

A corrente Neo-Schumpeteriana carrega duas linhas de pesquisa e teorização, uma

voltada ao desenvolvimento de ‘modelos evolucionistas’, a qual, destaca-se, Edith Perose,

Richard Nelson e Sidney Winter. A outra, tem-se a análise da geração e difusão de novas

tecnologias, destacando uma relação com a dinâmica industrial e a estrutura dos mercados,

tendo como destaque alguns trabalhos de Christopher Freeman e Giovanni Dosi.

Segundo Vieira (2010), as pesquisas dos Neo-Schumpeterianos tem desenvolvido

novos conceitos e objetos de pesquisa, tendo como duas vertentes: uma referente ao

paradigma tecnológico de Dosi, Nelson, Winter e a outra relacionada ao paradigma técnico-

econômico, com destaque os trabalhos de Perez e Freeman.

A teoria neo-schumpeteriana entende que a inovação é um fator determinante na

dinâmica capitalista, e também importante no que diz respeito ao processo concorrencial.

Os cientistas econômicos dessa linha de pesquisa ressaltam a importância de

esforços para o surgimento de novos conhecimentos, as aplicações dadas e propagação no

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Page 15: Wagner  projeto de pesquisa

sistema produtivo. Incorrendo no processo que tende ao surgimento de inovações, sendo

estas, por sua vez, propulsoras de viabilização do desenvolvimento de pessoas,

organizações e lugares (LASTRES e FERRAZ, 1999, p. 31).

3 TEMA-PROBLEMA

O tema “Estudo Sobre as Inovações Tecnológicas e Suas Relações com a

Economia do Conhecimento: Desafios em busca da qualidade” foi desenvolvido, após

reuniões realizadas junto ao Professor Dr. Ednilson Silva Felipe, nas quais, foram

repensadas algumas inquietações sobre o objeto de pesquisa, levantando questões como:

O que pesquisar?

Por que pesquisar sobre o assunto abordado e este o tema proposto?

Qual a relevância do assunto?

Como pesquisar (referencial teórico)?

Quando pesquisar (cronograma)?

Qual a abrangência espacial?

Qual a temporalidade sobre o assunto e o tema?

Qual o setor econômico que será abordado?

Qual é o fator de produção que será levado em conta durante a pesquisa?

Qual é a atividade econômica que será o foco da análise descritiva da pesquisa?

4 JUSTIFICATIVA

O Projeto visa retratar as possíveis causas da não consolidação da qualidade do café

conilon no Estado do Espírito Santo no período de 1840 a 2006 e as tendências sobre as

estratégias à serem tomadas em busca da qualidade.

A Era do Conhecimento, sob o ponto de vista econômico, tem-se observado novas

práticas de produção, comercialização e consumo de bens e serviços, cooperação e

competição entre indivíduos ou organizações, a partir de uma maior intensidade no uso da

informação e conhecimento nos processos envolvidos. Tais práticas decorrem de novos

saberes e competências, novos aparatos e instrumentais tecnológicos, e também em novas

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Page 16: Wagner  projeto de pesquisa

formas de organizar o processo produtivo ou novas formas de inovar (LASTRES e

ALBAGLI, 1999).

As transformações na economia mundial no período contemporâneo centraram as

atividades produtivas no uso do conhecimento, na aprendizagem e na capacidade de inovar.

Diante das possibilidades ou necessidades de inovação, sua decorrência fica

condicionada ao ‘espírito animal’ que está disposto a aceitar os riscos. A disposição para

enfrentar as incertezas, consiste na ousadia de quebra de paradigmas e caracteriza-se por

inúmeras idiossincrasias, conforme as ideias de Freeman, Perez, Castells (2000), Drucker

(2001), dentre outros (VILLASCHI FILHO, 2004).

Economistas como Johnson e Lundvall, têm se destacado na pesquisa sobre a

Economia da Inovação e do Desenvolvimento Tecnológico, dividindo o conhecimento em

quatro categorias: know-what (saber o que), know-why (saber por que), know-how (saber

como) e know-who (saber quem). Sendo que estas podem ser aplicadas no plano dos

indivíduos, nas competências em níveis organizacionais ou regionais (VILLASCHI

FILHO, 2004).

De acordo com Iacono e Nagano (2007), Suzigan em 2004 dizia que o novo

ambiente competitivo, com características de mudanças rápidas do mercado, torna

necessário nos sistemas locais, o desenvolvimento de capacitações e competências

específicas para a inovação e possível valorização do produto local.

Entendendo que uma propriedade rural deve ser encarada como uma empresa, sendo

esta, inserida na literatura econômica, e levando em conta que as instituições de pesquisa e

ensino, e demais agentes que atuam a montante do chamado “Complexo Agropecuário”,

também deve-se serem consideradas como empresas, tem-se por destacar, os estudos sobre

a importância dos aspectos locais para o desenvolvimento econômico e a competitividade

das empresas. Os estudos referem-se às aglomerações setoriais das empresas que, pela

cooperação ou configuração econômica desenvolvida, criam diferencias competitivos para

os agentes envolvidos. Essas aglomerações, conforme as características apresentadas,

podem ser chamadas de Arranjo Produtivo Local, Sistemas Locais de Inovações, Sistemas

Produtivos Locais e Clusters (SANTOS, DINIZ e BARBOSA, 2004).

15

Page 17: Wagner  projeto de pesquisa

E diante do objeto de estudo apresentado, a corrente evolucionário da Teoria

Econômica, conhecida como Neo-Schumpeteriana, tem por contribuir no que diz respeito a

análise sobre o desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias, que induzem o

crescimento produtivo e o progresso técnico, que abarca também o âmbito agrícola regional

(VIEIRA FILHO, 2009).

Em relação a agricultura, especificamente a cafeicultura do Conilon no Estado do

Espírito Santo, é importante compreender a situação em que se encontra em um dado

período histórico, pois a cada estágio, caracteriza-se diante de fatos históricos, políticos,

econômicos e sociais, isto levando-se em consideração os arranjos institucionais que

possibilitaram a criação de inovações tecnológicas ou a difusão das mesmas.

5 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral desta pesquisa é retratar as possíveis causas da não consolidação da

qualidade do café conilon no Estado do Espírito Santo no período de 1840 a 2006 e as

tendências sobre as estratégias à serem tomadas em busca da qualidade.

6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Identificar as possíveis alterações sobre os processos de inovação na espécie

Coffea Canephora;

b) Analisar o papel das instituições públicas e privadas no desenvolvimento

tecnológico da cultura cafeeira;

c) Realizar um estudo histórico-teórico acerca dos processos de inovação na

cultura do Café Conilon e quais as mudanças institucionais que ocorreram no período de

1840 a 2006.

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7 METODOLOGIA

Este trabalho pretende-se a uma pesquisa analítica – qualitativa, tendo o método

histórico - descritivo como técnica de pesquisa, sendo esta, bibliográfica e documental.

Tendo como campos de pesquisa: Economia Geral (Teoria Econômica e História

Econômica); Economia Agrícola; Economia Evolutiva (Economia do Conhecimento e

Economia da Inovação).

8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O plano de trabalho segue este cronograma de execução, que prevê a conclusão da

dissertação em três semestres e sua posterior apresentação:

9 REFERÊNCIAS

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