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FACULDADES ISEIB INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO IBITURUNA – ISEIB
Portaria MEC N° 2.861 de 13/09/2004 DOU 16/09/04
MELHORIA DA QUALIDADE DO TECIDO COM A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE QUALIDADE PARA ANÁLISE E
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM UMA INDÚSTRIA TEXTIL.
Montes Claros2012
FACULDADES ISEIB INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO IBITURUNA – ISEIB
Portaria MEC N° 2.861 de 13/09/2004 DOU 16/09/04
RICARDO LUIZ DE FARIA
MELHORIA DA QUALIDADE DO TECIDO COM A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE QUALIDADE PARA ANÁLISE E
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM UMA INDÚSTRIA TEXTIL.
Projeto de pesquisa apresentado à Faculdades ISEIB como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina Pesquisa I e II e TCC.
Orientadora: Profª. Ms. Guiomar Damásio.
Montes Claros2012
SUMÁRIO
1. DEFINIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA.....................................................4
2. JUSTIFICATIVA..............................................................................................5
3. OBJETIVOS....................................................................................................6
3.1. Objetivo Geral...........................................................................................6
3.2. Objetivos Específicos................................................................................6
4. HIPÓTESES....................................................................................................7
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................8
5.1. A História da Indústria Têxtil no Brasil......................................................8
5.2 Qualidade..................................................................................................8
5.3 Ferramentas da Qualidade......................................................................10
6. METODOLOGIA............................................................................................13
7. CRONOGRAMA............................................................................................15
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................16
1. DEFINIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA
Toda organização, para sobreviver hoje no mercado e se destacar nesta
competição de mercado globalizado, torna-se necessário à melhoria continua
para que os produtos oferecidos por esta indústria satisfaçam as expectativas
dos clientes finais. A melhoria do processo produtivo com a utilização de
ferramentas de qualidade, a fim de melhor compreender o fenômeno ocorrido
no setor têxtil, que foi a busca dessa melhor qualidade como reação da cadeia
têxtil perante a abertura de mercado ocorrida em 1990, com a entrada dos
produtos importados.
Com isso, a indústria têxtil brasileira teve que se reposicionar e buscar a
diferenciação em seu produto como forma de sobrevivência. Houve
necessidade de adaptações e utilização dos conceitos da qualidade e
produtividade no sistema de produção das indústrias têxteis, sob pena de não
serem competitivas. Neste mercado tão competitivo da indústria têxtil, trouxe
consigo um novo perfil de consumidor, bem diferente daqueles do passado.
O Consumidor da atualidade é muito mais exigente quando da compra
de um produto, não se leva em conta somente o preço, mas também a
qualidade e tecnologia agregada a esse produto, aonde custo e qualidade se
tornam nos dias hoje parceiros inseparáveis. Hoje cada consumidor
conquistado é esperança de sobrevivência da organização. A capacidade em
atender a essas necessidades é o fator primordial para o sucesso e
permanência dela no mercado.
Para tanto a busca da melhoria da qualidade necessita de um sistema
de administração e gestão adequado e eficaz. A gestão da qualidade aparece
para ajudar as organizações que apresentam problemas com baixa qualidade
dos processos e produtos e aumento do custo do produto final.
É possível identificar as principais fontes causadoras dos defeitos de
tecelagem em uma indústria têxtil?
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2. JUSTIFICATIVA
A qualidade hoje é primordial para a sobrevivência de toda empresa, na
indústria têxtil isto não é diferente. Dentre as não conformidades encontradas
na produção têxtil iremos destacar as principais que proporcionam grande
preocupação e elevado custo na produção do tecido.
É fator determinante da permanência e sucesso da empresa no mercado
a capacidade que ela tem de atender às necessidades de seus clientes e, para
que possam atender a essas necessidades, elas devem ser capazes de
promover mudanças rápidas que ocorrem no mundo globalizado. Para tanto,
elas necessitam de um sistema de gestão adequado que as ajude a enfrentar
os desafios que irão encontrar.
Através da estratificação dos defeitos e suas causas de má qualidade
encontrada na indústria têxtil, direcionaremos o nosso trabalho para a redução
do desperdício e com isso melhoria e redução do custo do produto final, para
Werkema (2006, p.54), “a estratificação consiste no agrupamento da
informação, dados sobe vários pontos de vista, de modo a focalizar a ação”.
Para análise e apresentação de resultados para redução desses de
defeitos utilizaremos algumas ferramentas de gestão da qualidade,
identificando eventuais problemas que necessitem ser tratados e oportunidades
de melhoria.
Diante das reflexões, justifica este projeto de pesquisa para a
determinação destas principais causas de má qualidade de tecido e com isso
ganho de produtividade e lucratividade.
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3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral
Analisar as principais causas de má qualidade do tecido.
3.2. Objetivos Específicos
Identificar fontes causadoras do defeito;
Definir procedimentos operacionais para melhoria da qualidade;
Definir índices aceitáveis para o defeito;
Elaborar metas de ação para redução do defeito.
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4. HIPÓTESES
A má qualidade do produto final, tecido, está associada às questões de
falta de qualificação da mão de obra e má qualidade da matéria prima para
confecção deste tecido.
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5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1. A História da Indústria Têxtil no Brasil
O Caminho da Industrialização brasileira teve seu começo na indústria
têxtil. Tudo começou com a chegada e a ocupação do País pelos portugueses.
Os Índios que habitavam já teciam, utilizando-se de técnicas primitivas de
entrelaçamento manual de fibras vegetais e produzindo para proteção corporal.
O Brasil já tinha uma razoável cultura algodoeira, matéria-prima básica
da indústria têxtil, mão de obra abundante e um mercado consumidor em
crescimento. Em 1864 estariam funcionando no Brasil 20 fábricas, com cerca
de 15.000 fusos e 385 teares. Menos de 20 anos depois, ou seja, em 1881,
aquele total cresceria para 44 fábricas e 60.000 fusos, gerando cerca de 5.000
empregos (Sindimalhas, 2004).
A Indústria têxtil do Brasil, hoje é formada por 30.000 empresas entre
fiações, tecelagens, malharias, estamparias, tinturarias e confecções, que
geram 1,6 milhões de empregos formais e informais. Sendo o Brasil o sexto
maior produtor têxtil do planeta, ocupando o segundo lugar na produção de
Jeans (Brasil Atual, 2007).
A indústria têxtil tem como objetivo a transformação de fibras em fios,
de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário, têxteis domésticos de
cama e mesa. É dividida basicamente em fiação, tecelagem, e acabamento,
podendo ser uma indústria verticalizada, com todos os processos, ou ainda ter
somente uma ou algumas fases da produção.
5.2 Qualidade
Para que possamos entender sobre as ferramentas de qualidade
devemos tentar entender a definição do termo qualidade. Existem diversas
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definições para o termo. O que podemos afirmar com bastante clareza é que a
mesma chegou para ficar, seja no trabalho, em casa, nas indústrias
independentes do bem a ser produzido, enfim, em qualquer atividade humana,
a qualidade tornou-se obrigatória.
Não adiantará conhecer e aplicar as ferramentas da qualidade sem
entendermos o que realmente é qualidade, conforme Miranda (1994, p. 4) “o
conceito básico de qualidade e melhoria da qualidade refere-se à adequação
ao uso e ausência de defeitos”. Mas temos que tomar bastante cuidado, pois
nos dias de hoje não somente a ausência de defeitos, mas também que o
produto atenda as expectativas do cliente.
Por muito tempo se tinha a ideia que produzir produtos de qualidade era
sinônimos elevação preços e custos. Mas hoje esse pensamento mudou, pois o
que se pretende ao se buscar maximizá-la é ao mesmo tempo reduzir os
custos de fabricação do produto. A história da Qualidade se confunde com a
própria história do homem. Desde os tempos mais remotos havia a
preocupação de melhorar cada vez mais as coisas que eram feitas e utilizadas
pelo ser humano. O controle de qualidade passou a ter mais importância na
Segunda Guerra Mundial nas indústrias americanas.
Tudo começou com revolução industrial. Foi quando começou a
produção em massa, com isso nas fábricas, iniciou-se a preocupação da
inspeção para assegurar que os produtos fossem sempre adequados e de
qualidade igual, os fabricantes começaram a introduzir a qualidade dos
processos entre as suas práticas de produção. Com o inicio da percebeu que
quem gerava a qualidade não eram os inspetores, mas o processo produtivo.
Começou a utilização de técnicas de estatística, amostragem, tiveram inicio o
Controle de Qualidade, com estudos, correções, mudanças e os processos
foram melhorando e com isso à qualidade. Já na década de 40, a Segunda
Guerra mundial, a necessidade de produtos com muita Qualidade.
Com produtos cada vez mais sofisticados as indústrias tiveram que
adotar o uso de normas para controle e gestão da qualidade, Deming
popularizou o PDCA, que ficou conhecido então como Ciclo de Deming, o
conceito de melhoria contínua. Nos anos 50, a Garantia da Qualidade surge
mais uma ferramenta da qualidade a espinha-de-peixe. Daí em diante a
Qualidade não seria nunca mais a mesma.
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5.3 Ferramentas da Qualidade
Segundo Yoshinaga (1988, p.80), "As ferramentas sempre devem ser
encaradas como um meio para atingir as metas ou objetivos”. Meios são as
ferramentas que podem ser usadas para identificar e melhorar a qualidade,
enquanto a meta é onde queremos chegar.
A qualidade não pode estar separada das ferramentas básicas usadas
no controle, melhoria e planejamento da qualidade visto que estas fornecerem
dados que ajudam a compreender a razão dos problemas e determinam
soluções para eliminá-los. Cada ferramenta tem sua própria utilização, sendo
que não existe uma receita adequada para saber qual a ferramenta utilizar. Isto
vai depender do problema envolvido, das informações obtidas, dos dados
históricos disponíveis, e do conhecimento do processo em questão em cada
etapa, a seguir apresentamos algumas ferramentas:
1. Folha de Verificação. Planilha aonde os dados é registrado, um
impresso de papel aonde os itens a serem verificados já estão
impressos, tem como um dos objetivos a facilidade de coleta e
organização dos dados. Tem se através desta ferramenta uma
rápida interpretação da situação.
2. Estratificação. Método de agrupamento elementos com as
mesmas características, aonde existem causas e soluções quase
idênticas, ou seja, comuns.
3. Diagrama de Causa e Efeito. Técnica largamente utilizada, que
mostra a relação entre um efeito e as possíveis causas que
podem estar contribuindo para que ele ocorra. Construído com a
aparência de uma espinha de peixe, essa ferramenta foi aplicada,
pela primeira vez, em 1953, no Japão, pelo professor da
Universidade de Tóquio, Kaoru Ishikawa. (SEBRAE, 2005, p.5).
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4. Brainstorming. Mais conhecida das técnicas de geração de idéias.
Foi originalmente desenvolvida por Osborn, em 1938. Em Inglês,
quer dizer “tempestade cerebral”. O Brainstorming é uma técnica
de ideias em grupo que envolve a contribuição espontânea de
todos os participantes. Assegura melhor qualidade nas decisões
tomadas pelo grupo, maior comprometimento com a ação e um
sentimento de responsabilidade compartilhado por todos. Porém o
sucesso da aplicação do Brainstorming é seguir as regras, em
especial a condução do processo, que deve ser feita por uma
única pessoa. As etapas básicas de uma sessão de Brainstorming
são mostradas na tabela 1 (SEBRAE, 2005, p.1).
5. Plano de Ação. Documento que mostra as ações e as
responsabilidades dos executores, através de questionamentos,
orientando as ações a serem implementadas. Os elementos do
plano de ação, o 5W1H pode ser descritos como:
1) WHAT - O que será feito (etapas).
2) HOW - Como deverá ser realizado cada tarefa (método).
3) WHY - Por que deve ser executada a tarefa (justificativa).
4) WHERE - Onde cada etapa será executada (local).
5) WHEN - Quando cada tarefa deverá ser executada (tempo)
6) WHO - Quem realizará as tarefas (responsabilidade)
6. Metodologia de Análise e solução de Problemas. Também
conhecido como MASP, são conjuntos de ações para analises e
soluções de um determinado problema aonde se trabalha com um
objetivo e prazo determinado. De acordo com Aguiar (2006, p.17)
“para que as empresas sejam capazes de promover as mudanças
necessárias, em um tempo adequado, é preciso que tenham um
sistema de gestão que as ajude a enfrentar os desafios que irão
encontrar”. O sistema de gestão mais adequado para que se
possam enfrentar tais desafios, é o PDCA com o foco no
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gerenciamento pelas diretrizes, que é um sistema de gestão que
visa atingir metas, ou seja, solucionar problemas visando com
isso atingir os objetivos das empresas.
Werkema (1995, p. 17) afirma que “o ciclo PDCA é um método
gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das
metas necessárias à sobrevivência de uma organização” e este é
constituído de quatro etapas: plan (planejamento), do (execução),
check (verificação) e action (ação).
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6. METODOLOGIA
A Metodologia aplicada neste projeto e a pesquisa exploratória, que, tem
como finalidade proporcionar maiores informações sobre determinado assunto,
facilitar a delimitação de um tema de trabalho. Normalmente constitui a primeira
etapa de uma investigação mais ampla. Desenvolve-se com o objetivo de
proporcionar uma visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato
(GIL, 2006, p. 43).
A pesquisa exploratória permite definir objetivos apresenta um novo
enfoque para o tema. A pesquisa desenvolvida tem caráter quantitativo, pois
serão levantados dados e estatísticos para se avaliar a qualidade do produto
fabricado pela indústria. Também qualitativa, na medida em que tais dados
forem analisados e forem desenvolvidos métodos de controle de processos
bem como propostas melhorias para os problemas encontrados no processo
produtivo, visando à melhoria da qualidade.
A pesquisa será realizada na Coteminas S.A, unidade Cotenor, no setor
de inspeção de tecido natural que é responsável pelas inspeções do tecido
produzido pela Tecelagem.
Pretende-se analisar os dados obtidos pelas inspeções feitas pelo setor
responsável da inspeção deste tecido natural. Esses dados serão anotados em
folha específica de defeitos de tecelagem, após o lançamento, os dados serão
fundamentados teoricamente com auxilio de padrões referenciais com o
objetivo de ratificar e entender os resultados encontrados.
Logo após esta coleta, serão levantados os principais problemas de
qualidade no tecido produzido pela tecelagem. Mediante análise de
documentos, relatórios e dados históricos e, a partir de tais dados serão
construídos gráficos, bem como levantados os principais causadores de tais
problemas com aplicação de ferramentas da qualidade como brainstorming e
PDCA.
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Com a coleta desses dados serão feitas análises e a identificação
desses defeitos mais significativos. A apresentação será de forma direta
através de gráficos e relatórios que são os resultados das inspeções do tecido
no setor de inspeção de tecido natural. Os Dados apontados pelo setor de
inspeção servirão para as futuras análises e tomadas de decisão referentes à
melhoria da qualidade com a apresentação de propostas de melhoria da
qualidade.
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7. CRONOGRAMA
ETAPAS / MESES MAIO SETEMBRO
Normas e tipos de trabalhos Científicos X
Levantamento do tema e do problema X
Levantamento bibliográfico X
Leitura e realização de fichamentos X
Escrita do projeto de pesquisa X
Entrega do projeto de pesquisa X
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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AGUIAR, Silvio. Integração das Ferramentas da Qualidade ao PDCA e ao Programa Seis Sigma. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda., 2006.
CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina de Trabalho do Dia-a-Dia. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda., 2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. São Paulo: FIPECAF, 1998, p. 91.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo:Atlas,2006.
INDG, Instituto de Desenvolvimento Gerencial. Ciclo PDCA. Disponível em www.indg.com.br/Images/pdca.jpg. Acesso em 15/05/ 2010.
MIRANDA, Roberto Lira. Qualidade Total. São Paulo: Makron Books, 1994.
WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Ferramentas Estatísticas Básicas para o Gerenciamento de Processos. Belo Horizonte: Werkema Editora Ltda., 2006.
WERKEMA, Maria Cristina Catarino. As ferramentas da qualidade no gerenciamento de processos. Belo Horizonte: Editora do Desenvolvimento Gerencial, 1995.
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