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Você vê p r imei ro aqu i
13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil
Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O
Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de
negócios que está em constante evolução e traz para seu
público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas
parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado
e atualização técnica e científica para profissionais do setor.
O MAIOR PONTO DE ENCONTRO DO SETOR AVÍCOLA E SUINÍCOLA DA AMÉRICA LATINA! VEJA ALGUMAS VANTAGENS EXCLUSIVAS PARA
QUEM EXPÕE NA AVESUI:
SUA EMPRESA TEM INÚMERAS POSSIBILIDADESPARA FICAR EM EVIDÊNCIA NA AVESUI:
v Feira de Negóciosv Painel Conjuntural de Mercadov Seminários Técnicos em Aves e Suínos: Nutrição e Ambiênciav Workshop de Controladores e Sensores em Galpões v Trabalhos Científicosv Granja Modelo com as Últimas Inovações Tecnológicasv Pavilhões Internacionaisv III Painel de Biomassa e Bioenergiav III Painel de Reciclagem Animal v Prêmio Jovem Pesquisador e Profissionalv Palestras traduzidas para Português e Espanhol
4 GARANTIA DE PÚBLICO E BONS NEGÓCIOS4 2 MERCADOS EM UM SÓ LUGAR4 GRANDE DESTAQUE PARA SUA MARCA4 INFRA-ESTRUTURA - HOTÉIS E SERVIÇOS4 FÁCIL ACESSO AÉREO E RODOVIÁRIO4 REALIZADA NA MAIOR REGIÃO PRODUTORA E EXPORTA- DORA DE CARNE DE AVES E SUÍNOS BRASILEIRA
4 STANDS NO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES4 PATRICÍNIO DA FEIRA4 PATROCÍNIO DOS SEMINÁRIOS4 PRÊMIO CATEGORIA PROFISSIONAL INOVAÇÕES E PESQUISA4 SALAS PARA PALESTRAS COMERCIAIS4 GRANJA MODELO
Organização, informações e reservas:Organização do Seminárioe Prêmio Jovem Pesquisador e Profissional:
Saiba mais:
Em sua ultima edição em 2013, a AveSui movimen-
tou 400 milhões em negócios e atraiu um publico de
17,8 mil visitantes e foi eleita mais uma vez, por
expositores e visitantes como o grande ponto de
encontro do setor em toda America Latina.
Manual de Identidade Visual
Você vê p r imei ro aqu i
13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil
Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O
Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de
negócios que está em constante evolução e traz para seu
público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas
parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado
e atualização técnica e científica para profissionais do setor.
O MAIOR PONTO DE ENCONTRO DO SETOR AVÍCOLA E SUINÍCOLA DA AMÉRICA LATINA! VEJA ALGUMAS VANTAGENS EXCLUSIVAS PARA
QUEM EXPÕE NA AVESUI:
SUA EMPRESA TEM INÚMERAS POSSIBILIDADESPARA FICAR EM EVIDÊNCIA NA AVESUI:
v Feira de Negóciosv Painel Conjuntural de Mercadov Seminários Técnicos em Aves e Suínos: Nutrição e Ambiênciav Workshop de Controladores e Sensores em Galpões v Trabalhos Científicosv Granja Modelo com as Últimas Inovações Tecnológicasv Pavilhões Internacionaisv III Painel de Biomassa e Bioenergiav III Painel de Reciclagem Animal v Prêmio Jovem Pesquisador e Profissionalv Palestras traduzidas para Português e Espanhol
4 GARANTIA DE PÚBLICO E BONS NEGÓCIOS4 2 MERCADOS EM UM SÓ LUGAR4 GRANDE DESTAQUE PARA SUA MARCA4 INFRA-ESTRUTURA - HOTÉIS E SERVIÇOS4 FÁCIL ACESSO AÉREO E RODOVIÁRIO4 REALIZADA NA MAIOR REGIÃO PRODUTORA E EXPORTA- DORA DE CARNE DE AVES E SUÍNOS BRASILEIRA
4 STANDS NO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES4 PATRICÍNIO DA FEIRA4 PATROCÍNIO DOS SEMINÁRIOS4 PRÊMIO CATEGORIA PROFISSIONAL INOVAÇÕES E PESQUISA4 SALAS PARA PALESTRAS COMERCIAIS4 GRANJA MODELO
Organização, informações e reservas:Organização do Seminárioe Prêmio Jovem Pesquisador e Profissional:
Saiba mais:
Em sua ultima edição em 2013, a AveSui movimen-
tou 400 milhões em negócios e atraiu um publico de
17,8 mil visitantes e foi eleita mais uma vez, por
expositores e visitantes como o grande ponto de
encontro do setor em toda America Latina.
Manual de Identidade Visual
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Claudemir Bongiorno Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores efetivos: Roberto Kaefer e Guilherme dos SantosDiretores suplentes:Sidnei Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ademar Rissi, Dilvo Grolli, Roberto Pecoits e Valter PitolConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Cordeiro, Célio Martins Filho e Pedro Henrique de Oliveira Conselheiros fiscais suplentes:Evaldo Ulinski, Paulo Karakida e Marcos BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Osvaldo Ferreira JuniorDelegados representantes suplentes:Claudio de Oliveira e Rogério Gonçalves
Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br [email protected]
Ed. nº 37 - Nov/Dez 2013
As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
Este foi um ano com muitos motivos para comemorar. A indústria avícola recuperou
sua força, produzindo cada vez mais e sempre com excelência. Prova disso é que o Paraná,
que desde 2000 é o maior produtor brasileiro e já havia consolidado ano passado a liderança
em volume nas exportações de carne de frango, agora conquista também o primeiro lugar em
faturamento. Além disso, a Unifrango nos deu a excelente notícia de que já está recebendo
em seus armazéns produtos para exportação destinados a países da lista geral.
E como se os motivos não fossem muitos, esta edição da Revista Avicultura do
Paraná também celebra o aniversário do Sindiavipar, que em novembro completa 21 anos de
parceria com toda a cadeia produtiva na defesa dos interesses da indústria.
É por isso que a matéria de capa desta edição fala sobre a importância da avicultura
no estado e mostra como o nosso trabalho impacta positivamente os municípios, aumen-
tando a qualidade de vida de toda a região. Confira na página 24.
Ao mesmo tempo, percebemos uma preocupação cada vez maior com questões
sustentáveis. Aliado a isso está a pesquisa científica de qualidade, que futuramente deverá
trazer novas técnicas para a cadeia da produção da carne de frango. Confira essa revolução
tecnológica avícola nas matérias “Tempos modernos”, página 32, e em “Ciência a favor da
avicultura”, página 34.
E não deixe de conferir também a entre-
vista com o novo presidente do Sindirações, Roberto
Ignácio Betancourt, na página 16.
São com essas boas notícias que encer-
ramos o ano e nos preparamos para um 2014 que,
certamente, será ainda melhor para todos nós. Que
venha mais crescimento, mais parceria, e muitos
mais anos de Sindiavipar. Uma ótima leitura.Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].
Comemoração
Fale conosco
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
Editorial
Expediente
Produção:
Centro de Comunicaçao
centrodecomunicacao.com.br
Jornalista responsável:
Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
Editora-chefe:
Cecilia Gibson (MTB-PR: 6472)
Colaboração:
Allan Oliveira, Bruna Becegatto,
Bruna Robassa, Camila da Luz,
Giórgia Gschwendtner, Mariana
Macedo, Marília Gomes.
Design e diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
selo SFC
Foto
: Si
nd
iavi
par
Espaço Sindiavipar.............................06
Canal aberto.........................................07
Radar...................................................08
Ciência................................................... 09
Agenda..................................................10
Observatório........................................10
Eventos.................................................12
Jantar do Galo.......................................14
Entrevista..............................................16
Adapar...................................................18
Legislação.............................................22
Capa..................................... 24
Bem-estar.............................................28
Ubabef...................................................30
Oportunidades....................32
Inovação..............................34
Pesquisa e tecnologia........................36
Economia..............................................38
Fiep........................................................39
Associados............................................40
Notas e registros.................................42
Artigo motivacional............................44
Mito ou verdade?.................45
Estatísticas..........................................46
Gastronomia........................................48
TECnOlOgIANovas tecnologias de aviários estão
permitindo que avicultores aumen-
tem a produção, os lucros e também
o bem-estar das aves. Descubra
quais são as principais tendências
que estão no mercado e as que
deverão chegar em breve.
PEruEspecialmente forte em épocas
natalinas, crença popular diz que
comer carne de peru faz você
dormir. Reportagem da Revista
Avicultura do Paraná conversou
com especialistas para descobrir
se a história é verdadeira ou não.
32 Oportunidades
45 Mito ou verdade?
DESEnVOlVIMEnTO Dados apontam que municípios
que contam com a atividade aví-
cola têm melhores índices de
desenvolvimento humano, aumen-
tando significativamente a quali-
dade de vida das famílias que tra-
balham na cadeia produtiva.
24 Capa
CIênCIA Projeto científico de alunos do cur
so de graduação em Oceanografia
da Universidade do Vale do Itajaí
(Univali) reaproveita os efluentes da
indústria avícola para tratar a água
e gerar ganhos nutricionais para a
carne de frango.
34 Inovação
Seções
Foto
: D
ivul
gaçã
o
Foto
: U
niv
ali
Foto
: Ja
guaf
ran
gos
Foto
: CA
SP
6 | sindiavipar.com.br
Espaço Sindiavipar
6 | sindiavipar.com.br
SETEMBrO
17/09: Reunião na Universidade Federal do Paraná
(UFPR). Participantes: Icaro Fiechter (Sindiavipar), Carla
Molento professora UFPR e Ana Paula Oliveira de Sou-
za, aluna de pós graduação da UFPR. Objetivos: planejar
evento sobre bem-estar animal, previsto para acontecer
em agosto de 2014.
20/09: Jantar de Comemoração dos 50 anos da Copacol
em Cafelândia-PR. Participantes: Icaro Fiechter (Sindia-
vipar) e Silmar Burer (Adapar). Objetivo: representar os
membros da diretoria no evento comemorativo de aniver-
sário da Copacol.
25/09: Reunião na sede do Sindiavipar. Participantes:
Icaro Fiechter e Mônica Fukuoka (Sindiavipar), Marcelo
Percicote (FIEP). Objetivo: dialogar sobre os fóruns seto-
riais e sobre os serviços oferecido pela Fiep.
10/09: Reunião de mercado em Maringá-PR. Partici-
pantes: Domingos Martins (Sindiavipar), Ricardo Santin
(Ubabef). Objetivo: discutir aspectos do mercado in-
terno e externo.
18/09: Reunião na Federação das Indústrias do Estado do
Paraná (Fiep). Participantes: Icaro Fiechter ( Sindiavipar) e
membros da Fiep. Objetivo: repassar informações sobre o
processo de logística reversa.
23/09: Reunião do conselho temático de assuntos tri-
butários. Participantes: Icaro Fiechter (Sindiavipar), mem-
bros da FIEP e José Luiz Machado (Faep). Objetivo: discutir
sobre a implementação e mudanças no eSocial.26/09: Reunião no Campos da Indústria. Participantes: Coor-
denadoria (Fiep), Icaro Fiechter (Sindiavipar) e representantes
da BRF. Objetivos: dialogar sobre o valor econômico do resí-
duo da indústria animal.
Sucesso reconhecido Nos meses de setembro e outubro, uma série de ações foi realizada pela equipe do Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) em conjunto com parceiros para aprimorar cada vez mais a avicultura
paranaense, que teve um 2013 forte e cheio de sucesso. A participação de encontros sobre a avicultura é de suma impor-
tância para que se faça um panorama adequado no Paraná, e para que novas alianças façam com que o mercado avícola seja
cada vez mais relevante no estado.
O ano foi marcado por uma série de reuniões, feiras, workshops e eventos que ajudaram a fortalecer ainda mais
a avicultura, e os últimos dois meses foram marcados por grandes comemorações, como o jantar de 50 anos da Copacol,
realizado na sede da Copacol, em Cafelândia. Confira com detalhes as últimas ações do Sindiavipar:
7
Espaço Sindiavipar
De olho no prazo e na lei
Canal aberto
A data limite para cumprir o prazo
de entrega do Plano Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) – Lei Federal 12.305, apro-
vada pelo Congresso Nacional em 2010 –
está próxima: final de fevereiro de 2014.
Para garantir o progresso das
ações, o Sindiavipar tem trabalhado ati-
vamente junto às indústrias, mas cabe
lembrar que somente com a colaboração
de todos será possível alcançar esse ob-
jetivo. Por isso, é muito importante que
os associados preencham corretamente
as fichas cadastrais que o sindicato está
enviando para a atualização das informa-
ções solicitadas.
Assim nós teremos uma comu-
nicação ainda melhor e mais ágil entre o
Sindiavipar e as indústrias, além de um
verdadeiro trabalho conjunto para atender
ao Plano de Logística Reversa da Secreta-
ria do Estado do Meio Ambiente (Sema),
vinculado ao PNRS.
A obrigação de estruturar e im-
plementar uma cadeia de logística reversa
não deve ser encarada apenas como uma
exigência da lei, mas sim como uma ma-
neira de utilizarmos sustentavelmente os
recursos naturais de nosso planeta. Uma
atitude de consciência, portanto. E preci-
samos estar justamente conscientes dessa
nova realidade para que a adequação seja
feita da maneira correta, no tempo certo.
Icaro FIechterDiretor executivo do [email protected]
7sindiavipar.com.br |
Foto
: Sin
dia
vip
ar
OuTuBrO
02/10: Reunião sobre o Fundo de Desenvolvimentos da
Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec). Participantes:
Icaro Fiechter (Sindiavipar), membros da Adapar e Faep. Ob-
jetivo: balanço Fundepec, mercado russo e exportações via
porto de Paranaguá e Ponta do Félix.
22/10: Reunião na Adapar. Participantes: Péricles Sa-
lazar (Sindicarnes), Francisco Turra (Ubabef), Rui Vargas
(Abipecs), Antônio Jorge Camardelli (Abiec) e do Sin-
diavipar Icaro Fiechter, Domingos Martins e associados.
Objetivos: plenária Seab-PR, explanar as potencialida-
des e estratégias para a exportação de carnes do Paraná.
22/10: Reunião na sede da Copacol. Participantes: Mônica
Fukuoka e Icaro Fiechter (Sindiavipar), Guilherme Vieira (Cen-
tro de Comunicação), Valter Pitol e Célia Grigol (Copacol). Ob-
jetivo: planejar o Jantar do Galo 2013.
23/10: Reunião na sede do Sindiavipar. Participantes: Mô-
nica Fukuoka e Icaro Fiechter (Sindiavipar) e Dione Carina
Francisco (Agroqualitá). Objetivo: discutir treinamentos e
workshop para associados no ano de 2014.
16/10: Reunião no Campos da Indústria. Participantes:
membros da Fiep, Sindicarnes, Sesi-PR, Adapar, CDME, Paraná
Metrologia e Icaro Fiechter (Sindiavipar). Objetivos: discutir
sobre o incremento animal e sanidade.
8 | sindiavipar.com.br
radar
PROMOÇÃO AGROSTOCK
Prezados, boa tarde. É possível me encaminharem o mapa das prin-cipais empresas avícolas do estado do Paraná?
Marcos – (rS)
resposta:
Boa tarde, Marcos.
Aproveitamos seu contato para informar a todos
os leitores que o mapa da avicultura paranaense está dis-
ponível em nosso site na seção Variedades > Curiosidades.
Clica lá: sindiavipar.com.br ;)
Carta do leitor
Se você não pode fazer grandes coisas, faça pequenas coisas de uma forma grandenapoleon Hill
O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do
Estado do Paraná (Sindiavipar) disponibiliza em seu site uma
área para a divulgação de vagas pelas indústrias e cadastro de
currículos de profissionais.
Na seção “Painel RH”, os abatedouros e incubatórios
associados encontram um espaço para disponibilizar oportu-
nidades de emprego para encontrar candidatos, ampliando a
divulgação. Basta enviar as informações da vaga para o e-mail
[email protected] para fazer o cadastro.
Já os candidatos que estiverem interessados nas va-
gas podem enviar seus currículos diretamente pelo site do
Sindiavipar. É só acessar sindiavipar.com.br, completar as in-
formações pessoais e anexar o arquivo do currículo.
Seja um colaborador
9sindiavipar.com.br | 99sindiavipar.com.br |
Ciência
9
SalmonellaEnteritidisDoença é a principal causa de toxinfecção alimentar em humanos
A Salmonella Enteritidis é uma
das salmonelas paratíficas que mais recebe
atenção e que é mais pesquisada em diver-
sos países, por ser um tipo extremamente
patológico em humanos. Sua prevenção
deve receber ainda mais cuidado, já que a
contaminação no homem acontece pelo con-
sumo de carnes e ovos e seu sorotipo ainda
é prevalente em aves no Brasil, causando
infecção nos humanos que consomem o ali-
mento contaminado. Além de galinhas, patos
também podem ser infectados pela Salmo-
nella Enteritidis, enquanto os perus são mais
resistentes a essa doença.
Dentre os inúmeros fagotipos exis-
tentes, o fagotipo 4 (que possui cerca de 70
sorotipos) é o predominante entre as aves,
além de ser um dos mais patogênicos para
humanos. As aves com até três semanas de
vida apresentam diversos sintomas como
diarreia, desidratação, sonolência, redução
do consumo, empastamento da cloaca, de-
suniformidade, piados e amontoamento
próximo da fonte de calor. Já as aves adultas
raramente apresentam sinais clínicos, mas
em alguns casos podem ter sintomas como
diarreia, anorexia e redução na produção de
ovos. A mortalidade geralmente não ultra-
passa 20% e tende a desaparecer depois da
quarta semana de vida.
Quando o lote se encontra infec-
tado se torna muito difícil de erradicar a
Salmonella Enteritidis, já que a ave perma-
nece eliminando a bactéria para o resto da
vida. Já houve casos de sucesso tratando
os lotes positivos com antibióticos como o
fluoroquinolona durante 10 dias. No final do
tratamento as aves devem ser transferidas
para um ambiente livre da SE e deve ser ad-
ministrada flora bacteriana ao longo de 2 ou
3 dias, processo chamado de exclusão com-
petitiva. Bactérias oleosas, em especial nas
matrizes, contribuem para o controle geral e
diminuem a pressão infecctiva.
Todos os tipos de salmonelas po-
dem ser isolados nas fezes, órgãos inter-
nos, ovos e embriões de aves doentes ou de
portadoras sãs. Outros lugares como cama,
instalações, equipamentos, alimentos e ma-
térias-primas também podem ser utilizados
para fazer o isolamento da bactéria. Para iso-
lar salmonelas, utiliza-se um procedimento
que envolve de duas a três etapas de cultivo.
A primeira é o pré-enriquecimento, reco-
mendado para a recuperação ou isolamento
das salmonelas quando a amostra tem baixo
número de células bacterianas, ou quando
elas estão estressadas ou parcialmente dani-
ficadas por desinfetantes, calor ou desidra-
tação. A segunda etapa consiste no cultivo
em caldo seletivo.
As medidas de controle da Salmo-
nella Enteritidis incluem a adoção de medi-
das de isolamento e biossegurança de forma
contínua durante todo o ciclo de criação.
Além disso, cuidados adicionais devem ser
tomados porque alguns ovos carregam a
bactéria para dentro do incubatório.
9sindiavipar.com.br |
Fonte: Manual de Doenças de Aves,
Alberto Back
Seja um colaborador
Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail
[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.
Data: 18 a 20 de junho de 2014local: Havana (Cuba)realização: Fedavicac e SocpaE-mail: [email protected] Informações: (53) 7 271 0758Site: aviculturacuba.com
XXIII Congresso Centro-Americanoe do Caribe de Avicultura
Agenda
Data: 25 a 27 de março de 2014 local: Curitiba (PR) realização: G5 PromotradeE-mail: [email protected] Informações: (41) 3669-8412Site: tecnofoodbrazil.com.br
Tecno Food Brazil – Feira Internacional de Proteína Animal
Data: 3 a 7 de fevereiro de 2014 local: Cascavel (PR) realização: CoopavelE-mail: [email protected] Informações: (45) 3225-6885Site: showrural.com.br
Show rural Coopavel 2014
Data: 13 a 15 de maio de 2014 local: Florianópolis (SC) realização: GessulliE-mail: [email protected] Informações: (11) 2118-3133Site: avesui.com
AveSui 2014
O grupo multinacional LG, da Coreia do Sul, vai en-
trar no mercado de agroquímicos e defensivos biológicos.
A companhia, que popularmente é conhecida por sua atu-
ação no setor de tecnologia e eletrodomésticos, também
trabalha em segmentos de química, energia, maquinaria,
metais, finanças e serviços. Em 2012, apresentou fatura-
mento de cerca de R$ 100 bilhões. No Brasil, a empresa
possui complexos industriais em Manaus (AM) e Taubaté
(SP), além de uma matriz administrativa e um centro de
pesquisa e desenvolvimento na capital de São Paulo.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) disponibilizou cerca de R$ 50 milhões para as defesas sa-
nitárias estaduais. Segundo o Ministério, as verbas são prioritá-
rias para estados brasileiros em regiões de fronteira com outros
países, para garantir a proteção sanitária e fitossanitária do país.
lg no agronegócio
r$ 50 milhões para sanidade
O consumo de aves no
Oriente Médio e na África aumen-
tou 52% entre 2012 e 2013, se-
gundo a empresa de pesquisa de
mercado Euromonitor. Para apro-
veitar o crescimento desse merca-
do, executivos da BRF informaram
que a empresa planeja uma ex-
pansão para países muçulmanos,
abrindo uma joint venture na Indonésia.
A companhia, que se apresenta como o maior exportador
mundial de carne de frango e que afirma ser responsável por um
quinto do comércio mundial de aves, ainda informa que planeja abrir,
em junho de 2014, uma fábrica de processamento de alimentos ava-
liada em US$ 120 milhões em Abu Dhabi.
Expansão muçulmana
11sindiavipar.com.br |
Observatório
A China acenou ao Brasil que planeja adotar como polí-
tica governamental a decisão de comprar mais soja brasileira, re-
duzindo a quantidade que importa dos Estados Unidos. A medida
é vista como uma resposta para atender à demanda doméstica do
país asiático, que está em contínuo crescimento.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos
Vegetais (Abiove), a China representou 61% da receita total das
exportações de soja e derivados (farelo e óleo) brasileiras entre
janeiro e setembro deste ano. Nesse período, essas importações
chinesas somaram US$ 16,8 bilhões. As compras, entretanto, são
focadas no grão, e não em derivados, de maior valor agregado.
Chineses acenam preferência à soja brasileira
O mês de outubro marcou uma data importante
para trabalhadores do mundo inteiro. É o Dia Interna-
cional de Combate ao Trabalho Precário, comemorado
no dia 7 de outubro e organizado pela IndustriALL Glo-
bal Union, a entidade mundial que representa metalúr-
gicos, químicos e trabalhadores na indústria têxtil.
Neste ano, houve manifestações contra a pre-
carização no trabalho em diversos países, atendendo
convocação da Confederação Sindical Internacional -
CSI para marcar a Jornada Mundial pelo Trabalho De-
cente, campanha que foi instituída em 2008.
No Brasil, metalúrgicos, químicos, trabalha-
dores na indústria têxtil, na construção civil e na ali-
mentação assumiram a campanha da IndustriALL e se
uniram aos trabalhadores de todos os segmentos na
manifestação organizada pela CUT e demais centrais
sindicais que aconteceu na Avenida Paulista, em São
Paulo (SP).
Combate ao trabalho precário
Pesquisadores chineses estão in-
vestigando a existência de um vírus do tipo
H7 que infecta galinhas. Eles estudam o ví-
rus da gripe das aves H7N9, que matou mais
de 40 pessoas no país desde março. O vírus
foi batizado de H7N7 e tem capacidade de
infectar mamíferos, segundo experiência
de laboratório.
Para os especialistas, o novo vírus
pode representar uma ameaça, portanto é
importante se manter em estado de alerta.
O vírus pode levar à geração de variantes
extremamente patogênicas e causar mais
infecções humanas esporádicas.
Ao longo do ano, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), 135
casos de infecção humana foram confir-
mados e 44 pessoas morreram. Todos os
casos aconteceram na China, exceto um
em Taiwan.
Vírus da gripe aviária
12 | sindiavipar.com.br
Eventos
A vibrante e colorida El Sal-
vador recebeu o XXIII Congresso
Latinoamericano de Avicultura en-
tre os dias 12 e 15 de novembro.
Realizado pela Associação Latinoa-
mericana de Avicultura (ALA) e pela
Associação de Avicultores de El Sal-
vador (Bird), o congresso debateu o
tema “Alimentação saudável e em-
prego para a América Latina”.
O encontro reuniu mais de
2 mil representantes da indústria
de aves, líderes de entidades e em-
presários do setor, que discutiram
os desafios e ameaças do ambiente
global, perspectivas do setor e o po-
tencial em expandir o papel latino-
-americano na segurança alimentar,
por meio das exportações de fran-
gos e ovos.
Responsável pela abertura
do congresso, o presidente da Bird,
Agustin Martinez, destacou a im-
portância de discutir as tendências
científ icas e econômicas dessa ca-
deia. Martinez ressaltou também
que a indústria latino americana
de aves se tornou uma das fontes
mais importantes para a alimenta-
ção mundial e que a demanda por
produtos produzidos em países
emergentes expande ao decorrer
dos anos.
Em 2013, a produção de car-
ne de frango cresceu 1,1% e atingiu
o recorde de 84,6 milhões de libras.
Quanto à produção de ovos, alcan-
çou um recorde, com 65,5 milhões
de toneladas, o que representa um
aumento de 2% em relação a 2012.
O presidente executivo da
União Brasileira de Avicultura (Uba-
bef) e vice-presidente da ALA, Fran-
cisco Turra, defendeu a unificação
dos trabalhos entre as defesas agro-
pecuárias dos países do continente,
especialmente contra os riscos da
Influenza Aviária.
“Queremos integrar os tra-
balhos e ganhar eficiência, espe-
cialmente para proteger o sistema
produtivo do continente contra
enfermidades, como Influenza Avi-
ária. Além disso, queremos ampliar
o papel dos países avícolas latino-
-americanos como players da se-
gurança alimentar mundial”, evi-
dencia Turra.
A programação contou com
palestras do membro do Salão da
Fama da Avicultura Latinoamericana
e Prêmio de Excelência em Pesquisa
Aviária pela Associação Americana
de Patologistas Aviários, Pedro Vil-
legas; do professor emérito do De-
partamento de Ciências Avícolas da
Universidade da Georgia, Nick Dale;
e do professor do Departamento de
Ciência Avícola da Universidade da
Congresso latino-americano Desafios e potencial do setor foram temas do evento
PúblIcoMais de 2 mil representantes da indústria de aves e líderes de entidades estiveram no evento
INForMaÇÃoO evento contou com palestras que debateram perspectivas para expandir o potencial latino-americano na segurança alimentar mundial
INForMaÇÃoO evento contou com palestras que debateram perspectivas para expandir o potencial latino-americano na segurança alimentar mundial
Eventos
Eleição da AlA
Tradicionalmente, o presi-
dente da associação sede do país
que realiza o evento assume por dois
anos a liderança da Associação Lati-
noamericana de Avicultura. O presi-
dente da Associação de Avicultores
de El Salvador, Augustin Martinez,
assumiu a presidência pelos próxi-
mos dois anos.
O presidente executivo da
Ubabef, Francisco Turra, foi reeleito
como vice-presidente.
Geórgia, Scott M. Russell.
Cerca de 200 empresas
apresentaram novas tecnologias re-
lacionadas com a indústria avícola
durante a exposição.
A próxima edição do Con-
gresso Latinoamericano de Avicul-
tura será em 2015 na cidade equa-
toriana Guayaquil , no Equador.
14 | sindiavipar.com.br
Atualmente, o Paraná é res-
ponsável por quase 30% da produ-
ção e mais de 25% das exportações
brasileiras de carne de frango, co-
mercializando o produto com
mais de 130 países em todo
o mundo. Além disso, o
estado se consolidou
como líder na expor-
tação brasileira tanto
em volume quanto em
faturamento.
Diante da re-
presentatividade da a -
vi cultura paranaense na
economia estadual e na-
cional, bem como sua con-
tribuição social na geração
de empregos, a Cooperativa
Agroindustrial Consolata (Copa-
col) e o Sindicato das Indústrias
de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar) promo-
vem o Jantar do Galo 2013, no dia
29 de novembro, em Cafelândia (PR)
para comemorar as conquistas do se-
tor nas últimas décadas.
O evento reunirá autori-
dades, avicultores e industriais e
irá prestigiar todos os envolvidos
no processo de desenvolvimento
e produção do setor avícola. “O
patamar alcançado pela
avicultura paranaen-
se, hoje, é reflexo
dos esforços de toda a cadeia pro-
dutiva. O Jantar do Galo propor-
cionará o encontro de todas essas
personalidades que ajudaram a
construir esse cenário próspero”,
relata o presidente do Sindiavipar,
Domingos Martins.
Para o diretor-presidente
da Copacol , Valter Pitol , o merca-
do passa por um momento de re-
cuperação e crescente evolução,
que depende cada vez mais da
força conjunta dos envolvidos. “A
avicultura passa por um processo
evolutivo, deixando de ser tradi-
cional para se modernizar e aten-
der da melhor forma possível o
público cada vez mais exigente. E ,
sem dúvidas, isso só será possível
com a união e interesse de todos
os envolvidos”, analisa.
Cronograma O Jantar do Galo 2013 será
realizado no dia 29 de novembro, no
centro de eventos da Copacol, em
Cafelândia, às 20h. O evento contará
com um cerimonial de abertura, no
qual serão entregues homenagens.
São esperados cerca de
300 convidados entre autorida-
des, representantes das indústrias
e membros da imprensa, que tam-
bém foram convidados a participar
do grande momento de celebração
Avicultura em festaJantar do Galo 2013 celebraconquistas do setor avícola paranaensenas últimas décadas
15sindiavipar.com.br |
Jantar do galo
da avicultura paranaense.
O patrocínio do Jantar é
da Copacol e o apoio da Ourofino.
“Será gratif icante para nós recep-
cionar um evento desta proporção
em nossas instalações. Fazemos
parte dessa história e queremos
ajudar a construir um setor cada
vez mais consolidado”, disse Pitol .
FortalecimentoSegundo Martins, o Jantar
é a oportunidade de comemorar as
conquistas até agora e estreitar o
relacionamento para fortalecer as
estratégias futuras. “A avicultu-
ra é o segundo polo de r iqueza do
Paraná. Por isso, buscamos alinha-
mento junto aos governantes em
questões de infraestrutura e, para
tal , precisamos que todos os elos
participem ativamente dessa luta
diária do setor pela devida aten-
ção”, enfatiza.
Empresas participantes
Realização Patrocínio Apoio
16 | sindiavipar.com.br
Roberto Ignácio Betancourt
assumiu a presidência do Sindicato
Nacional da Indústria de Alimentação
Animal (Sindirações) após eleição re-
alizada no final de agosto. Betancourt
é agrônomo formado pela Escola Su-
perior de Agricultura Luiz de Queiroz,
de Piracicaba (SP), com mestrado em
Zootecnia pela Universidade da Flóri-
da, nos Estados Unidos.
Diretor da Btech Tecnologia
Agropecuária, Betancourt promete tra-
zer uma visão empresarial de eficiência
ao sindicato. Nesta entrevista à Revis-
ta Avicultura do Paraná, Betancourt e
Ariovaldo Zani, que permanece no car-
go de vice-presidente executivo, falam
sobre a unificação da categoria em prol
de um mesmo objetivo: transformar o
Brasil no maior fornecedor de proteína
animal do mundo.
Avicultura do Paraná - Quais ações previstas para a sua ges-tão? Existe alguma meta princi-pal?
roberto Betancourt - Quere-
mos enfatizar o esforço na união das
entidades do agronegócio para uma
ação conjunta de cobranças ao gover-
no, entre elas: aperfeiçoar a legislação,
exigir mais eficiência na gestão, desbu-
rocratizar as diversas esferas regulató-
rias e desonerar a cadeia produtiva do
setor. A meta principal é tornar o Brasil
o maior fornecedor de proteína animal
para o mundo.
Como avalia a importância de sua bagagem como empresário do setor para a presidência do Sindirações?
rB - A minha visão empresa-
rial é no sentido de buscar a efici-
ência em tudo, pois a concorrência
presente no setor privado obriga-
-nos a sermos cada vez melhores, do
contrário podemos quebrar. Outra
visão importante é atendermos bem
nossos clientes, que neste caso são
os associados do Sindirações. O nos-
so objetivo é fazer de tudo para que
eles tenham uma legislação eficiente,
tributação justa e bons serviços pú-
blicos. Ao mesmo tempo, buscamos
dar apoio nas ações que visam à qua-
lidade de nossos produtos via cursos,
treinamentos e certificações.
O senhor fala na união da cadeia produtiva para garantir mais força ao setor. Como unificar ob-jetivos que certas vezes são diferen-tes?
rB - Quan -
do se fala em
união da cadeia
vale salientar
que há grandes
convergências,
o que não significa que não existam
pontos de vista diferentes. É mais efi-
ciente conversarmos e negociarmos
entre as entidades do agronegócio
para chegarmos a um entendimento,
do que brigarmos por objetivos dife-
rentes junto ao governo. Boa parte da
falta de ação e morosidade do gover-
Fome de mudançaSindirações tem novo nome no comando
Entrevista
no se apoia em divergências do setor
privado. Já está na hora de acabarmos
com isso e levarmos uma pauta con-
junta previamente negociada. Com o
setor produtivo unido fica difícil para o
governo não aprovar as medidas e não
dar celeridade aos processos.
O senhor declarou recente-mente que o agronegócio não é visto como prioridade pelo go-verno. Quais os impactos dessa política para a indústria e para o país?
rB - O impacto é o pior pos-
sível. Estão prejudicando o motor do
crescimento brasileiro. O agronegócio
tem sido tratado com a desapropriação
de terras para reforma agrária, índios
e quilombolas, trazendo grande inse-
gurança jurídica sobre a titularidade
das propriedades. Ao mesmo tempo,
o Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) virou objeto
de barganha política, sendo entregue
a partidos políticos em troca de apoio.
Os aspectos técnicos do Mapa estão
sendo colocados em segundo plano
com prejuízos para toda a cadeia pro-
dutiva. O setor não pode deixar que
isso aconteça, pois produzimos
muito, empregamos muita gen-
te, pagamos muitos impostos
e geramos muitas riquezas ao
país, inclusive os dólares ne-
cessários para as transações
comercias do nosso Brasil.
Com a proximida-de do final do ano,
qual sua avaliação sobre o desem-penho comer-cial do agrone-
gócio brasileiro até aqui e quais as expectativas para 2014?
rB - Avalio que no curto prazo
teremos um desempenho excelente,
com aumento de produção e produti-
vidade e crescimento da exportação e
mercado interno. Contudo, o problema
está no médio e longo prazo com a per-
da de competitividade devido ao custo
Brasil, uma legislação trabalhista ultra-
passada, tributação complexa, logística
sofrível, portos caros, baixa eficiência
dos órgãos governamentais e ausência
de bons acordos comerciais. Enquan-
to os nossos principais concorrentes,
como os Estados Unidos, correm para
fechar acordos comerciais com a Ásia,
União Europeia etc., o Brasil fica limi-
tado ao Mercosul. Em 2014 esperamos
crescimento do agronegócio apesar de
todas as dificuldades. Imagine a potên-
cia que o Brasil poderá ser caso melho-
remos as dificuldades citadas. O nosso
objetivo é trabalhar duro nas eleições
de 2014 para eleger pessoas engajadas
com o agronegócio brasileiro.
Por que a isenção de tributos PIS e Cofins foi concedida so-mente a determinados tipos de rações?
Ariovaldo Zani - A negociação
entre a iniciativa privada e o Mapa
para redução do preço ao produtor e a
simplificação dos procedimentos con-
tábeis infelizmente foi atropelada no
Congresso Nacional ao final de 2010
e a suspensão do PIS/Cofins não con-
templou todos os insumos, restringin-
do-se apenas às cadeias produtivas de
aves e suínos. O Sindirações continua
clamando pela extensão do benefício
aos demais insumos e cadeias produti-
vas ainda não contemplada – bovinos,
caprinos, ovinos, aquicultura – com in-
tuito de restabelecer a justa isonomia
e aliviar o sufoco dos empreendedo-
res do setor.
Que lições o mercado de ali-mentação animal pôde apren-der com a quebra da safra nor-te-americana e a consequente alta dos insumos?
AZ - Apesar do pico estra-
tosférico dos preços da soja e milho
pós-eventos climáticos adversos na
América do Sul e Estados Unidos,
respectivamente, é flagrante obser-
var que os preços deflacionados dos
gêneros agrícolas estão mais baixos
atualmente do que eram em 1950, por
conta dos magníficos índices de pro-
dutividade alcançados. E embora a po-
pulação mundial tenha aumentado 2,8
vezes, a produção mundial de grãos
foi 3,6 vezes maior. A partir de 1970,
é possível perceber uma onda descen-
dente de preços, cujo ciclo completou
40 anos em 2010. Desde então e obe-
decendo a cronologia, a história pare-
ce mais uma vez seguir seu curso na
direção da valorização das cotações
das commodities agrícolas. É eviden-
te que essa volatilidade identificada
e persistente continuará afetando as
perspectivas futuras de crescimento,
principalmente do Brasil e outros pa-
íses predominantemente exportado-
res de commodities.
Entrevista
estão prejudicando o motor do crescimento
brasileiro
17sindiavipar.com.br |
18 | sindiavipar.com.br
reUNIÃo As principais entidades representativas da
indústria de carnes do Paraná estiveram presentes no seminário promovido pela Adapar
Os principais representantes
das indústrias de carnes bovina, suína
e de aves, além de lideranças do agro-
negócio, estiveram reunidos em ou-
tubro, em Curitiba, para o seminário
“Potencialidades e Estratégias para
Exportação de Carnes do Paraná”, a
convite da Agência de Defesa Agrope-
cuária do Paraná (Adapar).
O evento marcou a união da
cadeia produtiva do estado para dia-
logar sobre propostas que serão de-
batidas com o Ministério da Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
em ofício e também medidas para
aprimorar a produção, com o objeti-
vo de prospectar novos compradores
para a carne do Paraná.
Segundo o diretor-presiden-
te da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, “a
ideia é qualificar nosso produto para
todo e qualquer mercado que possa
ser acessado. Nós ainda temos muitas
parcerias comerciais para buscar”. A
opinião é compartilhada pelo presi-
dente da União Brasileira de Avicultu-
ra (Ubabef) e ex-ministro da Agricul-
tura, Francisco Turra, o qual acredita
que “o Paraná precisa ter uma oportu-
nidade melhor de exportar um produ-
to que preserva qualidade, sanidade e
sustentabilidade”.
Entre os principais pontos
apresentados, os debatentes con-
cordaram que é preciso cobrar mais
eficiência do governo federal em in-
vestimentos na infraestrutura brasi-
leira e maior agilidade para o diálogo
das relações exteriores. Para Turra,
o apoio do Planalto é fundamental
porque as exportações representam
também o desenvolvimento nacio-
nal, com a criação e manutenção de
empregos.
“Nós temos problemas de lo-
gística, falta de mão de obra qualifica-
da e isso aos poucos vai subtraindo a
nossa condição de ser um país expor-
tador competitivo, que é o que traz
riqueza para o Brasil. O envolvimento
do Itamaraty, Ministérios da Agricul-
reação em cadeia Produtores de carnes do Paraná se unem para aprimorar produção
Adapar
19sindiavipar.com.br |
DebateAo final do evento, a palavra foi aberta ao público
Adapar
tura e Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, portanto, é essen-
cial no acompanhamento e apoio aos
exportadores”, enfatizou.
O mercado da união Aduaneira Outro assunto tratado com
bastante relevância foi a relação
comercial com o mercado da União
Aduaneira, representado pela Rússia,
Bielorrússia e Cazaquistão, um dos
maiores compradores da carne brasi-
leira e considerado pelos presentes
como um cliente “difícil de lidar”.
Uma missão do Serviço de Fis-
calização Veterinária e Fitossanitária
da Federação da Rússia (Rosselkhoz-
nadzor) retorna ao país neste último
trimestre do ano para reavaliar o sis-
tema de produção de carnes parana-
ense. Quando anunciou o embargo que
afetou 85 frigoríficos do Paraná, Mato
Grosso e Rio Grande do Sul, em 2011,
a Rússia alegou que o Brasil não inspe-
cionava o abate de forma correta, argu-
mento contestado pela Associação Bra-
sileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Segundo Péricles Salazar, pre-
sidente da Abrafrigo e também do Sin-
dicato da Indústria de Carnes e Deriva-
dos no Estado do Paraná (Sindicarne),
“o que acontece é que a relação com os
russos nunca é uma linha reta, sempre
há curvas. Por isso é importante nos
organizarmos internamente, tanto em
nível de setor público quanto privado,
para que as negociações sejam sempre
feitas de igual para igual”.
Para a Secretaria do Comér-
cio Exterior (Secex), as exportações de
carnes para o mercado da União Adu-
aneira, que em 2008 atingiram o pico
de 164 mil toneladas, foram reduzidas
em quase 60% e hoje não chegam a 70
mil toneladas. Um dos principais garga-
los para a parceria comercial é a Norma
SANPIN 1704-01 imposta pela Rússia.
o que acontece é que a relação com os
russos nunca é uma linha reta, sempre há
curvasPéricles Salazar, presidente
da Abrafrigo e Sindicarne
20 | sindiavipar.com.br
Adapar
A medida estabelece que os
limites mínimo e máximo de cloro li-
vre residual no processo de desconta-
minação de carcaças deverá ser entre
0,3-0,5 mg/L, número ultrapassado
pelo processo da produção brasileira.
Uma das propostas que será discuti-
da com a vinda da comitiva sanitária
russa será a de aplicação entre 0,2 a 1
mg/L de cloro livre, em conformidade
com o mínimo determinado pela por-
taria n° 2914 do Ministério da Saúde
do Brasil.
O presidente do Sindicato
das Indústrias de Produtos Avíco-
las do Estado do Paraná (Sindia-
vipar), Domingos Martins, acre-
dita que não será difícil reaver o
embargo russo. Sua análise posi-
tiva leva em consideração o fato
de que, atualmente, duas plantas
avícolas paranaenses já estão
exportando para o mercado da
União Aduaneira.
Martins acredita que em
breve mais oito plantas deverão
estar habilitadas para exporta-
ções ao mercado dos três países.
E também concorda com a opinião
de que é necessário cobrar ações
do Ministério da Agricultura para
ajudar a indústria a criar mais ri-
queza para o Brasil .
Avicultura do Paraná - Dos pontos
apresentados no debate, qual a
principal medida tomada?
Domingos Martins - A co-
brança de maior velocidade nas
decisões do Mapa. Acho que o
Ministério precisa estar mais dis-
ponível e trabalhar como se fosse
um grande órgão vendedor. O Ita-
maraty tem que oferecer treina-
mentos comerciais aos embaixa-
dores, igual a outros países.
Embaixador tem que ser
vendedor também. Porque expor-
tação cria riqueza para o país. Eu
sei que eles somam esforços, sei
que estão com dificuldades, sei
que estão com um quadro mal di-
mensionado, porém, deve haver
uma força-tarefa melhor. Isso é
fazer o dever de casa bem feito.
Com a vinda da comitiva rus-
sa, qual a expectativa de novas
oportunidades?
Não é difícil reaver esse
embargo, já temos duas plantas
exportando (C. Vale e Lar). Devem-
-se habilitar novas empresas e esse
embargo cair junto. Não é provável
que os russos criem novas barreiras.
Acredito que até o final do ano mais
oito plantas serão habilitadas.
Sindiavipar confiante na oportunidade
embaixador tem que ser vendedor
tambémDomingos Martins,
presidente do Sindiavipar
Agora suas avesmetem o bico noque é bom paraos seus resultados.
A tecnologia Ourofino acaba de chegar à avicultura. O aditivo melhorador de desempenho
Enragold, à base de enramicina, atua na manutenção da microbiota intestinal, possibilitando
maior volume de nutrientes disponíveis às aves, maior ganho de peso e melhora da
conversão alimentar. Com Enragold, seus resultados valem ouro.
Aditivo nutricional paraa engorda de resultados.
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22 | sindiavipar.com.br
legislação
O ano de 2014 será de mudanças
e adaptações para as empresas brasileiras
em relação à forma como cumprem suas
obrigações fiscais e trabalhistas. Gradati-
vamente, todos os empresários e organiza-
ções terão que se adequar ao Sistema de
Escrituração Fiscal Digital das Obrigações
Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas, mais
conhecido como eSocial ou folha de paga-
mento digital. Projeto do governo federal, o
eSocial faz parte do Sistema Público de Es-
crituração Digital (Sped), lançado em 2007,
e veio para unificar o envio das informações
de contribuição dos trabalhadores pelos
empregadores para os órgãos federais.
O principal benefício da mudança
para as empresas é a simplificação do cum-
primento das obrigações acessórias. Por
outro lado, o novo sistema irá exigir mais
atenção, especialmente porque todas as
informações postadas estarão disponíveis
para consulta online, estando mais acessí-
veis à fiscalização. Para os fiscalizadores das
informações fiscais e trabalhistas das empre-
sas brasileiras, o eSocial vem para facilitar e
padronizar o serviço, já que implanta uma
metodologia única e centralizada de envio.
EnquadramentoOrganizações com regimes de
tributação de lucro real e lucro presumido,
categorias nas quais as indústrias de produ-
tos avícolas estão incluídas, têm até abril e
outubro de 2014, respectivamente, para se
adequar ao novo modelo. Apesar do prazo
para adaptação ter sido prorrogado, espe-
cialistas orientam que esse é o momento
de começar a se preparar. Isso porque as
empresas terão que mudar a maneira como
tratam os dados fiscais e trabalhistas para
poderem se adaptar.
Antonio Carvalho Morais Junior,
sócio de consultoria tributária da Deloitte,
empresa que oferece serviços nas áreas
de auditoria e consultoria tributária para
clientes dos mais diversos setores, orienta
que as indústrias aproveitem o momento
para fazer uma análise do cadastro de fun-
cionários e prestadores de serviços e tam-
bém do layout de cadastro proposto pelo
novo modelo.
Conforme explica Morais, a adesão
ao sistema unificado irá variar de acordo
com o regime de tributação das empresas,
que pode ser lucro real, lucro presumido,
Micro e Pequenas Empresas (MPE’s), Sim-
ples e produtor rural. Outra dica dele é que
os empresários aproveitem o momento
para analisar se estão aplicando a tributa-
ção adequada às suas áreas de atuação. “A
fiscalização ficará mais apurada. Hoje ela
não é tão frequente e não é automatizada,
dependendo apenas de visitas de fiscais,
por isso é preciso ter ainda mais atenção
com os processos”, destaca.
AdequaçãoUma das principais dificuldades
que poderá ser enfrentadas pelas empresas
é a adequação dos sistemas hoje utilizados
ao novo layout requerido pelo sistema uni-
ficado. “Para que a adaptação ocorra da me-
lhor forma será preciso um trabalho multi-
disciplinar dos departamentos de Recursos
Humanos (RH), Tecnologia da Informação
(TI) e Financeiro. Todos esses setores devem
estar alinhados e precisam se unir em uma
Prepare-se para o eSocialPrograma unifica o envio das informações dostrabalhadores para os órgãos federais
23sindiavipar.com.br |
legislação
força-tarefa”, frisa Morais.
A mudança irá exigir que as empre-
sas estejam muito mais preparadas porque
os prazos de abastecimento e a fiscalização
serão muito mais rígidos. No entanto, o mais
trabalhoso será o período inicial de adapta-
ção. Segundo Morais, depois a tendência é
que os processos sejam facilitados. “Hoje só
os dados da previdência social são atualiza-
dos diariamente. No eSocial, que é um sis-
tema online, deverão ser reportadas infor-
mações da previdência social, demissões,
férias, entre outros eventos”, diz.
É importante lembrar que, apesar
da prorrogação do prazo para envio das in-
formações, todas as movimentações fiscais
e trabalhistas, como contratações e resci-
sões realizadas a partir de janeiro de 2014,
terão que ser cadastradas no sistema unifi-
cado até o prazo estabelecido.
A expectativa é que o sistema es-
teja em pleno funcionamento apenas em
2015. Atualmente o programa encontra-
-se em fase de testes, na qual grandes
empresas estão participando e ajudando
a identificar falhas, assim como estão pro-
pondo melhorias para que o programa co-
mece a operar adequadamente antes da
obrigatoriedade.
FiscalizaçãoAlém da fiscalização por parte dos
órgãos federais, o eSocial também vai per-
mitir que os próprios trabalhadores acom-
panhem se as empresas estão cumprindo
com suas obrigações, como o depósito do
FGTS. Da mesma forma, as organizações
poderão comprovar de forma facilitada que
estão em dia com suas obrigações em rela-
ção aos seus funcionários.
www.cap-pr.com.br
Serviços Prestados:
•Gestão de estoques, inventários (WMS);
•Paletização de mercadorias;
•Movimentação de cargas
paletizadas e estivadas;
•Estufagem de containers;
•Cross Docking;
•Separação (Picking) de
mercadorias para distribuição;
•Etiquetagem;
•Logística reversa;
•Congelamento;
•Reforço de frio;
•SIF local;
•Disponibilidade de salas para escritório;
•Pátio com tomadas.
Matriz Filial
CAP CURITIBA
BR 277, Km 66, N° 18.100
Borda do Campo - São José dos
Pinhais –PR
CEP: 83075-000
Fone/Fax: (41) 2104-8444
CAP PARANAGUÁ
Rua: Tertuliana da Cruz dos
Santos, S/N
Pq São João – Paranaguá – PR
CEP: 83212-060
Fone/Fax: (41) 3425-5776
regimes de tributação
lucro real: Regime disponí-
vel para todas as empresas e obriga-
tório para quem fatura mais de R$ 48
milhões. Os impostos são calculados
com base no lucro apurado (receitas
menos despesas comprovadas). Es-
sas empresas têm até abril de 2014
para se adequar ao novo sistema.
lucro presumido: Regime
que pode ser adotado por empresas
com faturamento anual de até R$
48 milhões. No caso, o Imposto de
Renda e a CSLL incidem sobre um
percentual preestabelecido pela Re-
ceita. Essas empresas têm até outu-
bro de 2014 para se adequar ao novo
sistema.
24 | sindiavipar.com.br
Avicultura distribui renda no interior do Paraná
Atividade avícola está ligada a altos índices de desenvolvimento
humano (IDH)
Capa
24 | sindiavipar.com.br
Foto
: Ja
guaf
ran
gos
25sindiavipar.com.br |
Capa
Quando Marcos Rodrigo Farina
começou na avicultura e se estabeleceu
no campo, não imaginou que a atividade
fosse permitir que colhesse tantos be-
nefícios. Através do incentivo de amigos
que já eram avicultores, o produtor mon-
tou seu primeiro aviário em parceria com
a Avenorte e viu a atividade se transfor-
mar na principal renda de sua família.
“Cerca de 70% dos ganhos aqui
de casa vêm da avicultura. Comecei com
um aviário e agora planejo a construção
da quarta unidade”, conta. E quem se atre-
ve a perguntar se o avicultor trocaria a
vida atual pela cidade ouve uma resposta
enfática. “Não. Aqui eu tenho minha renda
e sou dono, lá eu seria empregado”, con-
clui Farina.
No Paraná, os dados têm mostra-
do que o caso de Farina não é uma exceção,
mas quase a regra. Isso porque a avicultu-
ra está melhorando a realidade de muitas
famílias em cidades interioranas. A criação
de frango para abate praticamente dobrou
no Paraná nos últimos dez anos.
Segundo o Sindicato das Indús-
trias de Produtos Avícolas do Estado do
Paraná (Sindiavipar), a produção saltou de
810 milhões de cabeças abatidas em 2003
para 1,4 bilhão de cabeças atualmente.
Ao mesmo tempo, na última década, as
exportações aumentaram mais de 100%,
passando de 550 mil toneladas para 1,12
milhão de toneladas.
Da fase de pintinho ao processa-
mento da carne, o uso de mão de obra in-
tensiva torna a avicultura a maior geradora
de empregos do agronegócio paranaense.
Além disso, os produtores de frango estão,
em grande parte, concentrados em peque-
nas propriedades.
É o caso da Avenorte, de Cianorte
(PR), que atua com a marca Frangos Gui-
bon: a média de aviários entre seus 250
produtores integrados é de 1,4 por pro-
priedade, e boa parte tem na avicultura
sua principal fonte de renda. Ainda, os be-
nefícios econômicos gerados pela empre-
sa são espalhados por toda a região. “De-
vido ao potencial empreendedorístico
de Cianorte, que também conta com um
forte polo de moda, tivemos que buscar
associados e funcionários nos arredores”,
diz o diretor Rodrigo Guimarães.
Dentro dessa estratégia para bus-
car recursos humanos, mais de 14 muni-
cípios próximos a Cianorte, de distâncias
entre 50-100 km, ganham com o benefício
da geração de renda. Apenas no caso da
Avenorte, 1500 colaboradores de toda a
região tem sua vida melhorada pela indús-
tria avícola. Frutos que também são com-
partilhados pelos produtores.
“A atividade tem impactado em
uma melhor qualidade de vida. A renda
serve para que os produtores invistam na
educação de seus filhos e investimentos
em moradias melhores”, relata o gerente
de fomento da Avenorte, Ricardo Salgado
Tolomeotti.
Por se basear em pequenas pro-
priedades, a indústria avícola paranaen-
se movimenta o dinheiro por toda a sua
cadeia. Por isso a atividade também gera
empregos não apenas nos abatedouros,
como também nas fábricas de rações e os
empregos indiretos. Atualmente, a ativi-
dade emprega cerca de 660 mil pessoas,
entre 60 mil empregos diretos e outros
600 mil indiretos, o que representa cerca
de 6% da população do Paraná. Os núme-
ros impressionam e aquecem a economia
das cidades.
Hoje as 43 indústrias avícolas
paranaenses estão localizadas em 29 mu-
nicípios do total de 399 no estado. Dos 32
municípios paranaenses que apresentam
Índice de Desenvolvimento Humano paranaense
local IDHM (2010) IDHM (2000) IDHM (1991)
Brasil 0.727 0.612 0.493
Paraná 0.749 0.650 0.507
1 Curitiba (PR) 0.823 0.750 0.640
2 Maringá (PR) 0.808 0.740 0.608
3 Quatro Pontes (PR) 0.791 0.718 0.484
4 Cascavel (PR) 0.782 0.692 0.544
4 Pato Branco (PR) 0.782 0.717 0.560
6 Londrina (PR) 0.778 0.716 0.588
7 Francisco Beltrão (PR) 0.774 0.683 0.514
7 Marechal Cândido Rondon (PR) 0.774 0.705 0.569
9 Palotina (PR) 0.768 0.704 0.560
9 Toledo (PR) 0.768 0.694 0.539
26 | sindiavipar.com.br
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
– indicador da Organização das Nações
Unidas (ONU) que considera os critérios de
saúde, educação e renda - superior à média
estadual, quinze têm avicultura forte e fi-
guram entre os maiores plantéis de aves do
Paraná. Entre os dez municípios mais bem
colocados no IDH, oito tem avicultura forte.
O paralelo se justifica porque os três pila-
res usados para se chegar aos resultados do
IDH – saúde, educação e renda – são tam-
bém alguns dos pontos que mais recebem
impactos positivos da indústria avícola.
Além da criação e do abate de
frangos, áreas que concentram a maior par-
te da mão de obra, milhares de pessoas tra-
balham em segmentos como o de produção
de ovos férteis, distribuição dos pintainhos
e logística de transporte. Altamente tecni-
ficada, a avicultura demanda também uma
ampla gama de produtos e serviços de in-
dústrias dos mais diversos portes dedica-
das especificamente à atividade, como a de
comércio de equipamentos.
Para o presidente do Sindiavipar,
Domingos Martins, o que faz com que a avi-
cultura paranaense se destaque por gerar e
distribuir renda é a força de todos os elos
da cadeia. “A avicultura, por excelência,
tem sido uma grande oportunidade de di-
versificação de renda familiar e de geração
de empregos nos municípios do interior do
Paraná. Todos os pontos são fortes e é um
segmento que propicia uma melhor quali-
dade de vida para todos os envolvidos. Não
existe um ou outro setor dentro do agrone-
gócio que empregue tanto quanto a avicul-
tura”, afirma Martins.
Bom de geografiaOutro aspecto que colabora para
o sucesso da avicultura no estado é o fato
do Paraná ter à disposição do agronegócio
uma grande porcentagem do seu território.
A topografia do estado, com muitas terras
planas e de clima temperado, contribuem
para o desenvolvimento de muitas ativida-
des ligadas ao trabalho no campo, inclusi-
ve a avicultura. De acordo com Domingos
Martins, a divisão fundiária do estado é um
dos grandes motivos do sucesso da avicul-
tura no Paraná. “Hoje o Paraná tem 390 mil
propriedades rurais. Dessas, 350 mil são
pequenas propriedades, um berço natu-
ral da avicultura e da criação de pequenos
animais. Avicultura se destaca porque tem
comportamento mais direcionado, mais
fixo”, afirma o presidente do Sindiavipar.
“Para enfrentar as dificuldades
durante a entressafra de lavouras, e
manter-se no campo de forma susten-
tável, é imprescindível para que o pro-
dutor rural busque possibilidades que
Produto Interno Bruto dos Municípios do Paraná
local PIB (2010)
Brasil 3.770.085.000.000
Paraná 217.290.000.000
1 Curitiba 53.106.497.000
2 São José dos Pinhais 13.690.888.000
3 Araucária 12.371.028.000
4 Londrina 9.936.563.000
5 Maringá 8.263.628.000
6 Paranaguá 7.200.842.000
7 Foz do Iguaçu 6.760.175.000
8 Ponta Grossa 5.925.947.000
9 Cascavel 5.190.870.000
10 Pinhais 4.493.030.000
Capa
27sindiavipar.com.br |
estimulem a produção e a geração de
renda na propriedade. E, nesse sentido,
a avicultura é uma excelente oportuni-
dade”, comenta Martins.
Com a geração de renda e melho-
ra de qualidade de vida sendo benefícios
colhidos pelos produtores e trabalhadores
da indústria avícola, surge ainda outra ca-
racterística diretamente ligada à atividade:
a permanência no campo pelo paranaense,
quase como um êxodo rural às avessas. De
acordo com o diretor da Avenorte, Rodrigo
Guimarães, “podese afirmar, também, que
a grande população de frango em nossa re-
gião contribui para a fixação do homem no
campo, incentivando sempre a produção
de outras culturas que não exigem grandes
áreas, como: hortaliças, pecuária (gado de
leite e corte), apicultura etc. A maior parte
dessa produção extra-avicultura é consu-
mida pela própria comunidade, gerando,
assim, um importante ciclo econômico lo-
cal”, detalha o executivo.
PlantéisEm termos regionais, o Sul con-
centra o maior efetivo da produção de
galináceos, registrando participação de
49,5% no total nacional. O Sudeste con-
centrava 28,2% da produção avícola,
enquanto o Centro-Oeste, 11,3%. O Nor-
deste detinha 9,4% do efetivo e o Norte,
1,7%. É o que mostra a Produção da Pecu-
ária Municipal – PPM 2012, pesquisa reali-
zada anualmente pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) e divul-
gada no último mês de outubro.
Na pesquisa municipal, os muni-
cípios de Cianorte, Piraí do Sul e Palotina
se destacaram entre os 20 municípios bra-
sileiros com os maiores efetivos de aves.
Cianorte ficou na 9ª colocação geral com
8,52 milhões de cabeças, com participa-
ção de 0,7% no total nacional. Já Piraí do
Sul (13ª posição) e Palotina (14ª posição)
aparecem com 0,5% de participação, en-
quanto Dois Vizinhos (20ª posição) fica
com 0, 4% do total nacional.
*Até dezembro 2012
Os 20 municípios com os maiores efetivos
local Efetivo de galináceos* (cabeças) Participações no efetivo total (%)
1 Rio Verde - GO 12 880 000 1,0
2 Pará de Minas - MG 12 740 806 1,0
3 Amparo - SP 12 480 000 1,0
4 Bastos - SP 11 737 676 0,9
5 Nova Mutum - MT 10 936 291 0,9
6 Santa Maria de Jetibá - ES 9 608 537 0,8
7 Uberlândia - MG 9 264 000 0,7
8 Brasília - DF 8 800 000 0,7
9 Cianorte - Pr 8 524 000 0,7
10 São José da Varginha - MG 8 380 400 0,7
11 Itapetininga - SP 7 110 950 0,6
12 Sidrolândia - MS 6 706 369 0,5
13 Piraí do Sul - Pr 6 656 151 0,5
14 Palotina - Pr 6 618 000 0,5
15 Videira - SC 6 322 000 0,5
16 Campo Verde - MT 5 957 742 0,5
17 Mococa - SP 5 800 000 0,5
18 Itanhandu - MG 5 745 625 0,5
19 São Bento do Una - PE 5 500 000 0,4
20 Dois Vizinhos - Pr 5 419 875 0,4
28 | sindiavipar.com.br
Bem-estar
Entraram em vigor em 2013
novas regras nacionais e internacionais
que exigem mais rigor e acompanha-
mento durante o abate nas indústrias
de aves, bovinos e suínos. Lançada em
2000 pelo Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (Mapa), a
Instrução Normativa (IN 03) está sendo
atualizada e agora todos os frigoríficos
devem ter um funcionário responsável
por garantir que o abate seja feito de
acordo com os conceitos de humaniza-
ção.
Conjunto de técnicas para mini-
mizar o sofrimento dos animais, o abate
humanitário tem se tornado cada vez
mais importante e exigido tanto no Bra-
sil quanto em diversos países do mun-
do. O responsável por garantir o abate
humanitário terá o poder de tomar uma
ação caso algum procedimento não seja
executado dentro das regras.
A nova regra também está pre-
vista na Portaria 47/2013 da Secretaria
de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa)
publicada no Diário Oficial da União
em março (D.O.U. 21/03/2013). Esse
profissional deve atender no mínimo
o requisito de ser capacitado e possuir
certificado de aptidão válido de qua-
lificação em bemestar animal na(s)
espécie(s) abatida(s) na unidade indus-
trial (certificado emitido por entidade
reconhecida de acordo com norma es-
pecífica vigente).
Também entra em vigor em
2013 o regulamento nº 1099/2009 do
Conselho da União Européia, que exige
que cada unidade de abate tenha um
responsável pelo bem-estar animal e
que este seja devidamente capacitado
para desempenhar suas funções. Além
do cumprimento das legislações da UE e
do Mapa (Brasil), alguns clientes impor-
tantes dos EUA passarão a exigir a partir
de 2014 esses requisitos. É o que expli-
ca a auditora da WQS Certificações, Sa-
mira Rodrigues Baldin, que, em janeiro,
ministrará cursos com credenciamento
internacional para formação de audi-
tores de bem-estar nos padrões da Pa-
aco. A Paaco é uma organização forma-
da por cinco organizações americanas
com expertise em melhores práticas e
conhecimento científico na indústria
de carnes. O propósito da Paaco é pro-
mover o tratamento humanitário dos
animais através de educação e certifi-
cação de auditores, bem como a revisão
e/ou certificação de animais através de
instrumentos de auditoria, avaliações e
programas.
“Esses cursos estão sendo or-
ganizados com o objetivo de auxiliar
indústrias de carne brasileiras no cum-
primento dessas novas exigências im-
postas pelo Mapa e pela União Européia
e clientes em relação a métodos de aba-
te humanitário”, relata.
Segundo Daniel Boer, diretor
de proteínas para a América Latina do
McDonalds Corporation, o bem-estar
animal sempre foi prioridade dentro do
sistema Mc Donalds. Nossos fornecedo-
Mais rigor no abateNovas regras exigem auditoria de bem-estar nas indústrias
Bem-estar
res de proteína animal são auditados
frequentemente para verificar se as prá-
ticas do dia a dia estão de acordo com
nossas exigências. A Paaco é muito im-
portante para nosso sistema, pois além
de promover treinamentos de bem-
-estar animal para nossos fornecedores,
tem o importante papel de capacitar e
certificar de maneira transparente e in-
dependente os auditores para realizar
as nossas auditorias.
QualidadeDe acordo com informação
acessível no portal do Mapa, o manejo
inadequado, além de causar estresse e
sofrimento desnecessário, afeta direta-
mente a qualidade da carne. Também re-
duz significativamente o rendimento de
carcaça, devido à incidência de hemato-
mas e contusões. Conhecer o compor-
tamento animal e o uso de estratégias
de manejo racional é o que assegura o
bem-estar animal e gera ganhos diretos
e indiretos na produtividade e na quali-
dade do produto final.
Segundo Samira, com os novos
requisitos, a demanda por novos au-
ditores será alta, principalmente para
formação de profissionais que atendam,
além das exigências dos clientes, tam-
bém as novas regras legislativas. “To-
das as regras impostas por clientes ou
legislações visam garantir que as indús-
trias forneçam um produto seguro e de
melhor qualidade para o consumidor. E
para isso, temos que contar com profis-
sionais cada vez mais capacitados, para
atestarem a segurança e qualidade do
produto final”, avalia.
Treinamento Ainda de acordo com a Samira,
o treinamento a ser ministrado pela WQS
abre a possibilidade de formar auditores
em bem-estar animal para auditar indús-
trias, responsáveis por esse processo em
plantas frigoríficas, ou instrutores para
ministrar treinamentos para equipes
internas, bem como ampliar o conheci-
mento das práticas de abate humanitá-
rio. Para participar do treinamento os
profissionais deverão ter diploma de
curso superior na área de agrárias com
três anos de experiência, diploma de
curso técnico com 5 anos de experiência
ou possuir experiência de no mínimo 10
anos, na espécie em que deseja se quali-
ficar (bovinos, aves ou suínos).
Mais informações sobre o cur-
so: wqs.com.br
30 | sindiavipar.com.br
o principal gargalo da competitividade da indústria avícola
nacional está nos altos custos industriais
Falando no início de agosto em
uma cerimônia de formatura de alunos
do Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec),
no Rio Grande do Sul, a presidente Dil-
ma Rousseff fez uma defesa veemente
do aumento da competitividade e da
produtividade da economia brasileira
– tema recorrente em seus discursos,
quando também destaca a importância
dos investimentos em infraestrutura
logística.
Foi um discurso premonitório.
Afinal, menos de trinta dias depois seria
divulgado o Relatório Global de Compe-
titividade do Fórum Econômico Mundial
referente ao ano de 2013. O Brasil per-
deu oito posições no ranking, ficando
em 56º lugar entre 148 nações. E retor-
nou à colocação que tinha em 2009.
No que diz respeito às expor-
tações, a perda de competitividade
contribui para que o Brasil deixe de ob-
ter mais receitas cambiais e gerar mais
empregos. Isto acontece até mesmo
em produtos onde ocupamos a lideran-
ça no mercado mundial. Por exemplo,
no caso da carne de frango, a posição
de maior exportador desde 2004.
A erosão da capacidade de
competição de nossa indústria avíco-
la acaba de ser mensurada detalhada-
mente através de um estudo produzi-
do pela União Brasileira de Avicultura
(Ubabef) em parceria com a consultoria
Agro.Ícone.
O documento aponta que o
Brasil poderia ter obtido receitas adi-
cionais de US$ 1,650 bilhão e gerado
cerca de 94 mil empregos diretos e in-
diretos, nos últimos quatro anos, não
fosse a perda de competitividade nas
exportações de carne de frango. A per-
manecer este quadro, até 2020 pode-
rão deixar de ser gerados cerca de 100
mil empregos diretos e indiretos na ca-
deia avícola.
Segundo o estudo, o principal
gargalo da competitividade da indús-
tria avícola nacional está nos altos cus-
tos industriais, onde os mais relevan-
tes são os custos de mão de obra, de
embalagem e de investimentos.
De 2006 até hoje, o aumento de
custos em mão de obra nas agroindús-
trias avícolas do Brasil cresceu 166%,
nos Estados Unidos e na Tailândia, dois
de nossos principais concorrentes no
mercado internacional de carne de fran-
go, o aumento ficou abaixo dos 20%.
A perda de terreno está acon-
tecendo mesmo com as enormes vanta-
gens comparativas do Brasil no acesso a
milho e soja, principais insumos da pro-
dução de frangos. No período de 2001
a 2004, nossas exportações represen-
tavam 30% do mercado internacional
de carne de frango. Passaram para 39%
entre 2005 e 2008 e caíram para 37%
do total no quadriênio 2009-2012.
Para melhorar a competitivi-
dade na indústria avícola, precisamos
melhorar a produtividade da mão de
obra. Isto passa pela modernização e
automação das agroindústrias avícolas,
bem como pela capacitação desta mão
de obra.
O Brasil continuará ocupando
a posição de líder do ranking da ex-
portação mundial de carne de frango.
Hoje embarcamos um terço de nossa
produção, que chega à mesa dos con-
sumidores de 155 países. Mas é preciso
que esta liderança seja sempre acom-
panhada de um aumento progressivo
na geração de receita e de empregos
no Brasil.
A competitividade do Brasil
ubabef
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32 | sindiavipar.com.br
Oportunidades
A velocidade com que a tecno-
logia avança tem sido a galinha dos ovos
de ouro da indústria avícola. Em apenas
30 anos, a atividade decolou da condi-
ção de subsistência para ser reconheci-
da como uma das mais desenvolvidas e
competitivas da economia global. Hoje,
aviários modernos contam com uma es-
trutura totalmente automatizada e inte-
gram-se até mesmo a interfaces online.
Esse novo cenário tecnológico
possibilita ganhos maiores para cada
produtor individualmente, com a redu-
ção de custos de mão de obra, maior efi-
ciência dos sistemas de produção e mul-
tiplicação da produtividade. O avicultor
Ricardo Faria, que é fundador das Gran-
jas Faria, com mais de 300 aviários em
todo o país, explica que o investimento
inicial de uma unidade com tecnologia
de ponta representa um valor significa-
tivamente acima do que se gasta com
uma instalação tradicional. Porém enfa-
tiza que os resultados compensam.
“Está muito difícil encontrar
mão de obra qualificada, ainda mais se
considerarmos que o expediente inclui
trabalhar sábado, domingo e feriados.
Para o frango não importa se é Natal ou
Ano Novo. Por isso a tecnologia ajuda
no sentido de reduzir o preço de produ-
ção. Com certeza temos um ganho 25%
maior do que no sistema tradicional”,
ressalta Faria.
Nessas últimas três décadas, os
maiores avanços estiveram relaciona-
dos às áreas de manejo, nutrição, sani-
dade e ambiência. Para se ter uma ideia
de toda essa evolução, na década de 70
a avicultura brasileira produzia cerca de
13 milhões de toneladas de carne de
frango por ano, resultado que hoje é al-
cançado em menos de um mês.
O engenheiro da divisão aví-
cola e de suinocultura da CASP, em-
presa especializada em equipamentos
para avicultura, Irineu Pinto Filho, diz
que atualmente o foco do mercado
está direcionado ao assunto da clima-
tização, relacionando-se diretamente
com o bemestar das aves. “Verifica-
mos nesse período o elevado nível de
desenvolvimento técnico dos contro-
ladores para climatização e novos con-
ceitos de sistemas de climatização para
aviários”, afirma.
A empresa desenvolve con-
troladores inteligentes – o cérebro do
sistema – que além da capacidade de
gerenciar cada movimento do que acon-
tece dentro do aviário também disponi-
bilizam todas essas informações em pla-
taformas online para o produtor. Assim é
possível saber a qualquer instante e de
qualquer lugar a temperatura ambien-
te e ter um histórico diário de variação
térmica, relatório de umidade máxima
e mínima, informações da balança para
controle do peso das aves, quais apare-
lhos estão ligados, se houve disparo de
alarmes, luminosidade, alteração dos
parâmetros de controle, consumo de
água e outras características técnicas.
Tempos modernos Novos equipamentos e sistemas de aviários reduzem custo de produção e aumentam ganhos do produtor
33sindiavipar.com.br |
Oportunidades
“Esses controladores fazem
todos os acionamentos do sistema,
dos equipamentos, por meio de sen-
sores de alta precisão, sendo possível
conectar itens opcionais que detectam
gás carbônico, entre outros” comenta o
engenheiro.
Para o gerente comercial e
técnico da Plasson, companhia que
também atua na área, Andrey Citadin,
outra tecnologia que deverá se tornar
padrão no mercado é o da iluminação
por lâmpadas de LED, atualmente um
campo em estudo pela empresa. “Sa-
bemos hoje que a iluminação é uma
característica de extrema importância
para a qualidade do aviário, e a tec-
nologia LED emite uma luminosidade
adequada de baixo calor”, afirma.
Construção de aviários Os conceitos aplicados à cons-
trução de aviários também evoluíram
nos últimos anos. Atualmente, o mode-
lo Dark House para avicultura de corte,
importado de experiências do exterior,
tem-se destacado como uma opção para
melhorar a produção e a lucratividade.
“No sistema Dark House, a cons-
trução do aviário é fechada com uma
cortina de tecido especial ou paredes
(alvenaria, placas isolantes etc), que
impedem a passagem da luz externa.
Isso permite fazer com que durante o
dia, quando se tem temperaturas mais
elevadas, seja simulado um ambiente
noturno para que as aves possam dor-
mir, e no período da noite, com tempe-
raturas naturalmente menores, simule-
-se o dia para que as aves possam se
alimentar normalmente”, explica Irineu
Pinto Filho, da Casp. Segundo o enge-
nheiro, esse tipo de manejo favorece o
crescimento, o ganho de peso das aves e
possibilita melhor qualidade de carcaça,
contribuindo com a redução do estresse.
Bem-estar animal Toda evolução tecnológica pela
qual passa o mundo da avicultura reflete
as preocupações cada vez maiores, tanto
de avicultores quanto de organizações
nacionais e internacionais, com o bem-
estar das aves, característica que tem
consequência direta na qualidade da
carne produzida.
Andrey Citadin, da Plasson, acre-
dita que essa é uma norma a qual as em-
presas devem estar atentas durante o de-
senvolvimento de seus produtos. “Toda a
tecnologia visa o bem-estar animal. Se o
aviário precisa de mais ou menos tempe-
ratura, por exemplo, essa mudança precisa
ser gradativa. A mecânica dos equipamen-
tos precisa ocorrer de forma suave, para
que as aves não fiquem estressadas. De-
senvolvemos nossos equipamentos aten-
tos a esse conceito”, conclui.
Tecnologias de ponta
Algumas novidades que po-
dem ser destacadas para o avicultor
interessado nas últimas novidades são:
Controladores inteligentes:
todos os componentes de um aviá-
rio são ligados a um controlador, que
funciona como uma espécie de cére-
bro do sistema. Os controladores mais
modernos realizam as ações de forma
gradativa e suave, visando aumentar o
bem-estar animal e diminuir o estresse
das aves e disponibilizam informações
em tempo real em interfaces online.
Iluminação por lâmpadas de
lED: conceito novo e ainda em estudo,
mas que em breve deverá ser padrão
no mercado. Sabe-se hoje que a ilumi-
nação é uma característica de extrema
importância para a qualidade do aviá-
rio, e a tecnologia LED emite uma lumi-
nosidade adequada sem aquecimento,
reduzindo de forma expressiva os cus-
tos de energia elétrica.
Sistema Dark House, para
Frango de Corte: Importado de expe-
riências norte-americanas e europeias,
o sistema Dark House propõe uma re-
formulação na forma de montagem das
unidades de produção. Quando aplica-
do à criação de aves, objetiva a constru-
ção de um aviário totalmente fechado.
Com isso é possível controlar todas as
principais variáveis, como temperatu-
ra, umidade, aquecimento, renovação
do ar dentro do galpão, o que inclui a
iluminação.
34 | sindiavipar.com.br
Inovação
Um composto químico que
beneficia a conversão alimentar do
frango, aumenta as taxas de fertilida-
des das aves, agrega nutrientes para
o consumo humano e ainda melhora
o aspecto da carne, além de tratar os
efluentes gerados no processo de aba-
te. Esses são alguns dos resultados da
tecnologia desenvolvida pelo Brastax
– Tecnologias Sustentáveis de Sanea-
mento com Microalgas, projeto de alu-
nos do curso de graduação em Oceano-
grafia da Universidade do Vale do Itajaí
(Univali).
A ideia desenvolvida pe-
los estudantes Ariel Rinnert, Juliana
Pellizzaro, Lucas Marder e Murilo Ca-
nova consiste no reaproveitamento
dos efluentes da indústria avícola
para a criação da microalga Haema-
tococcus pluvialis. O microrganismo
pro duz o carotenoide chamado Asta-
xantina, um antioxidante natural com
potencial 550 vezes maior que o da
vitamina E.
“Durante o abate, gasta-se cer-
ca de 40 litros de água por ave para a
limpeza do local. Após um pré-trata-
mento feito pela própria indústria, nós
coletamos esse resíduo, que é rico em
compostos inorgânicos, e introduzimos
as microalgas. Elas absorvem esses re-
síduos durante as fases de alimenta-
ção, crescimento e reprodução. Ao fi-
nal desse processo, temos água tratada
a partir das microalgas e uma biomassa
que pode ser acrescentada à alimenta-
ção do frango”, explica Rinnert, um dos
sócios do projeto.
A água tratada com a tecnolo-
gia do Brastax pode ser utilizada nova-
mente em processos industriais, como
a escaldagem, enquanto a biomassa é
transformada em um aditivo alimentar
natural, com ganhos nutricionais para
as aves e consequentemente para a
carne. “A nossa alternativa é um suple-
mento alimentício produzido natural-
mente, que além de deixar a carne com
uma coloração mais viva, avermelhada,
também diminui a taxa de mortalidade
Projeto de alunos da Univali traz inovações paraa produção da carne de frango
Ciência a favor da avicultura
34 | sindiavipar.com.br
Inovação
das aves e melhora a conversão ali-
mentar do frango”, reforça Rinnert.
A iniciativa, que já havia ven-
cido o Prêmio Santander Universida-
des na categoria Biotecnologia e Saú-
de em 2012, conquistou o 1° lugar no
Prêmio Iberoamericano a la Innovación
y Emprendimiento 2013, na categoria
Projetos, entregue em outubro, no Pa-
namá, durante a 23ª Cúpula Iberoame-
ricana de Chefes de Estado e Governo.
Além de companhias interes-
sadas, o sucesso do Brastax chamou
a atenção da reitoria da Univali, que
convidou os alunos para montar uma
empresa experimental no Núcleo de
Inovação Tecnológica Univali, a incu-
badora Uniinova. Segundo o professor
Ricardo Boeing, coordenador respon-
sável pela Uniinova, a universidade
tem como uma de suas missões o fo-
mento de ideias inovadoras.
“O projeto Brastax ainda está
em fase experimental, de pesquisa, en-
tão nós prestamos assessoria em rela-
ção à gestão do negócio para viabilizá-
-lo comercialmente, que é algo muito
mais complexo. A gente tem certeza
que o empreendimento vai se destacar
a nível nacional e também internacio-
nal”, afirma Boeing.
Falta diálogo A experiência também é uma
prova do potencial de resultados que
podem ser proporcionados pela pes-
quisa acadêmica brasileira. Para o
professor da Univali, mais iniciativas
como o projeto Brastax poderiam ser
produzidas pelo Brasil se houvesse
maior diálogo entre o ambiente aca-
dêmico e o setor privado.
“Nos Estados Unidos, por
exemplo, vemos que existe uma pon-
te entre academia e mercado. Aqui
não faz parte da nossa cultura. Nossos
programas de mestrado e doutorado
produzem várias pesquisas interes-
santes ao mercado e poucas pessoas
se interessam por isso”, avalia. Boeing
destaca o trabalho das incubadoras
universitárias como uma forma de di-
minuir essa distância. “As incubadoras
são, sem dúvida, uma forma de traba-
lhar essa questão no Brasil, que tem
melhorado, mas ainda está bastante
longe do ideal”, diz.
Ariel Rinnert conta que o
Brastax é resultado de uma relação di-
reta do que aprendeu em sala de aula
e acredita que um relacionamento
melhor entre mercado e universida-
de pode ser vantajoso para ambas as
partes: “é vantajoso para as empresas
porque reduz custos. E para os pesqui-
sadores porque podemos contar com
uma estrutura preparada. Se houver
mais estímulos, é possível ampliar o
leque das pesquisas acadêmicas vol-
tadas para o mercado”, finaliza.
35sindiavipar.com.br |
36 | sindiavipar.com.br
saberO projeto Árvore do Conhecimento oferece informações sobre todos os elos das cadeias produtivas agropecuárias do Brasil
Consolidando a característica de
vanguarda da avicultura nacional, que se
desenvolve em conjunto a pesquisas cien-
tíficas e preocupações sustentáveis, a Em-
presa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), vinculada ao Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
lançou recentemente a Árvore do Conheci-
mento do Frango de Corte. O projeto está
em desenvolvimento há seis anos é uma
iniciativa das unidades da Embrapa Suínos
e Aves de Concórdia (SC), em parceria com
as filiais da Embrapa Informação Tecnoló-
gica de Brasília (DF) e São Paulo (SP).
Segundo o pesquisador e editor-
-técnico da área de conhecimento de
frangos de corte da Embrapa catarinen-
se, Paulo Sérgio Rosa, a Árvore do Conhe-
cimento facilita o acesso a informações
para consulta de produtores, empresá-
rios, pesquisadores, estudantes e demais
públicos interessados: “O objetivo desse
projeto é facilitar a obtenção de informa-
ções e dados, sendo neste caso especi-
ficamente relativos à cadeia de frango.
Isso por meio de um sistema amigável
para o usuário e que extrapola a questão
dos sistemas produtivos”.
A Árvore do Conhecimento se-
meia a construção de um conteúdo sobre
todos os elos das cadeias produtivas agro-
pecuárias do Brasil. No caso da carne de
frango, inclui dados sobre três segmentos
principais: a pré-produção, com informa-
ções sobre sistemas de produção, insumos
e serviços, melhoramento genético, so-
cioeconomia, incubatório, políticas e le-
gislação, fábrica de rações e instalações; a
produção, que inclui dados sobre a gestão
da unidade produtora (granja), manejo, am-
biência, sanidade, alimentação e meio am-
biente; e a pós-produção, com informações
sobre tecnologias de pós-produção: apa-
nha, carregamento, transporte, pendura
e atordoamento para o abate dos frangos
principalmente considerando o bem-estar,
qualidade e produção de alimentos segu-
ros. As vertentes são respectivamente co-
nhecidas como “antes da porteira”, “dentro
da porteira” e “depois da porteira”.
O conteúdo, que pode ser exter-
no ou produzido pela própria Embrapa, é
sempre validado pela empresa. Além dis-
so, pode estar disposto em formatos mul-
timídias, como artigos científicos escritos
por especialistas e até filmes com relevân-
cia para o tema. “Um dos nossos papéis é
selecionar conteúdos e pessoas, profissio-
nais em determinados assuntos referentes
à cadeia produtiva”, explica Rosa.
A organização da informação é
realizada através do sistema de hyper-
links. Nos primeiros níveis dessa hierar-
Projeto Árvore do Conhecimento do Frango de Corte, da Embrapa, sistematiza o saber sobre a cadeia avícola brasileira
Fruto do conhecimento
Pesquisa e tecnologia
37sindiavipar.com.br |
quia estão os conhecimentos mais sim-
ples, enquanto que os mais específicos
são encontrados à medida que se pesqui-
sa nos níveis mais avançados. “A estrutura
do projeto é apresentada por meio de nós,
ou elos, que vão aprofundando o assunto
escolhido. Os ramos principais da árvore
são chamados de nós básicos, e os ramos
de cada nó são chamados de subnós”, afir-
ma o pesquisador.
Rosa explica que a Árvore do Co-
nhecimento também é constantemente
revisada e atualizada para que se fortaleça
como um banco de dados de credibilidade
sobre a indústria avícola. “O projeto só é
interessante se for confiável e estiver atua-
lizado, por isso fazemos adequações o tem-
po todo para que o conteúdo esteja sempre
atual para os usuários”.
Atualmente, a empresa de pesqui-
sas disponibiliza 31 árvores do conhecimen-
to sobre cultivos, 11 temáticas, três sobre
criações e duas de territórios. O conteúdo é
gratuito e pode ser acessado em embrapa.
br/agencia ou pelo site da Embrapa Suínos e
Aves, cnpsa.embrapa.br.
Pesquisa e tecnologia
38 | sindiavipar.com.br
No acumulado de janeiro a ou-
tubro, o Paraná não só registrou pela pri-
meira vez o maior faturamento nas expor-
tações nacionais de carne de frango, como
consolidou essa liderança, totalizando
U$$ 1.823.485,934 valor que represen-
ta mais de 27% do montante nacional.
Na sequência, Santa Catarina fechou os
dez primeiros meses do ano com fatura-
mento de U$$ 1.792.472,671 e, em se-
guida, o Rio Grande do Sul chegou a U$$
1.187.019.382.
Em relação ao volume, o Paraná
exportou nesse mesmo período 946 mil
toneladas de carne de frango contra 771
mil toneladas de Santa Catarina e 595
mil do Rio Grande do Sul. Os números
são da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex), vinculada ao Ministério de De-
senvolvimento, Indústria e Comércio Ex-
terior (MDIC).
Para o presidente do Sindicato
das Indústrias de Produtos Avícolas do
Estado do Paraná (Sindiavipar), Domin-
gos Martins, a liderança nacional repre-
senta a consolidação de um trabalho de
longo prazo da avicultura paranaense
com investimentos em tecnologia, bem-
-estar animal e sanidade.
“Desde 2000 o Paraná já é o maior
produtor brasileiro. Ano passado conse-
guimos consolidar a liderança em volume
nas exportações de carne de frango, agora
avançamos no faturamento. Estamos sem-
pre buscando inovações que ampliem nos-
sos resultados positivos”, afirma.
Martins comenta também para
continuar crescendo nas exportações o
Paraná estuda novas oportunidades no
exterior. “Estamos posicionados firme-
mente nos mercados em que atuamos e
na abertura de novos mercados, como o
México, auxiliará o crescimento das ven-
das”, avalia Martins.
Pr: liderança consolidadaExportações registram U$$ 1,8 bilhão. Produção ultrapassa 1 bilhãode cabeças abatidas
Economia
Abates chegam a 1 bilhãode cabeças Em outubro, a avicultura pa-
ranaense registrou o patamar de 1,22
bilhão de cabeças abatidas no acumu-
lado janeiro-outubro, representado
crescimento de mais de 3% em com-
paração ao mesmo período do ano
passado, quando foram abatidas 1,18
bilhão de cabeças.
39sindiavipar.com.br |
Conscientizar os trabalhadores so-
bre a importância do diagnóstico precoce do
câncer e do controle da doença. Esse é o foco
do programa Cuide-se + Prevenção do Cân-
cer, lançado pelo Serviço Social da Indústria
(Sesi), em setembro, no Paraná. A principal
ação do programa é a oferta de exames gra-
tuitos de prevenção de câncer de pele, prós-
tata, mama e de colo de útero – considerados
de maior incidência.
O atendimento médico é realiza-
do em uma unidade móvel do Sesi, equi-
pada com os mais modernos recursos de
mapeamento da doença. O atendimento
ao público é feito por equipes multidisci-
plinares: médicos, enfermeiros, técnico em
enfermagem e técnicos em radiologia. O
objetivo do programa é promover a saúde e
a qualidade de vida da comunidade indus-
trial paranaense, com ações de prevenção
e educação, impactando no bem-estar e na
produtividade dos trabalhadores da indús-
tria. “Este é um momento muito importante
para o Sistema Fiep e a frase ‘A indústria do
Paraná em defesa da vida’, que podemos ler
na unidade móvel do Sesi, é muito forte e
exprime bem o que isto significa”, disse o
presidente da Federação das Indústrias do
Paraná (Fiep), Edson Campagnolo.
A clínica móvel foi construída a
partir de uma parceria do Sesi com o Hos-
pital do Câncer de Barretos, referência na-
cional em diagnóstico e tratamento da do-
ença. Segundo o médico Rafael Aikel Júnior,
responsável pelo Departamento de Unida-
des Móveis do Hospital do Câncer de Bar-
retos, a direção do Hospital entendeu que
precisava de uma estratégia mais ampla no
combate à doença. “Além da parte técnica
e do tratamento humanizado, percebemos
que para o câncer era preciso um passinho
a mais, e esse passo foi facilitar a prevenção
da doença, por meio dessas unidades mó-
veis”, destacou. O Conselho Nacional do
Sesi também é parceiro no projeto.
Além de facilitar o acesso aos exa-
mes de câncer, o Cuide-se + Prevenção do
Câncer também trabalha com a conscienti-
zação do público, por meio de materiais im-
pressos, vídeos e palestras, que estimulam
a prática de hábitos saudáveis e ajudam na
prevenção da doença. Para ter acesso ao
programa, basta que a indústria, por meio
de sua área de Recursos Humanos, entre
em contato com o Sesi.
O roteiro de visitas da unidade
móvel do Cuide-se + começou pela cidade
de Francisco Beltrão, previsto na segunda
semana de outubro, e deve percorrer todo
o oeste e sudoeste do Paraná. A estimativa
é realizar 2.800 atendimentos por mês, em
87 cidades da região, nesta primeira fase.
Depois, o programa será estendido às de-
mais regiões do Estado.
Cuide-se+ O programa Cuide-se + é uma das
iniciativas do Sesi no Paraná para promover
a qualidade de vida dos trabalhadores in-
dustriais, suas famílias e a comunidade, bem
como estimular a gestão socialmente res-
ponsável das indústrias. Lançado em 2012
e pautado em oito eixos ao todo, o programa
contempla: Prevenção ao Uso de Álcool e
outras Drogas, Alimentação Saudável, Pre-
venção ao Câncer, Prevenção de Acidentes
de Trabalho, Prevenção do Estresse, Preven-
ção de Doenças Sexualmente Transmissíveis,
Prevenção de Doenças Crônicas, e Estímulo a
Atividades Físicas.
Mais informações no site sesipr.
org.br/cuide-se-mais.
Fiep
Prevenção ao câncerPrograma Cuide-se + Combate do Câncer, do Sesi-PR, tem clínica móvel que deve percorrer todo o estado
39sindiavipar.com.br |
40 | sindiavipar.com.br
Associados
Desde que adquiriu o abate-
douro da antiga Avebom em Jaguapitã
(PR), há aproximadamente um ano, a Be-
lafoods Alimentos tem transformado o
dia a dia da região norte do Paraná com
um investimento forte em seu cresci-
mento e ampliação de suas plantas.
Braço do Grupo Belagrícola, a
Belafoods elaborou uma estratégia que
conta com recursos previstos na ordem
de R$ 20 milhões. E uma das primeiras
metas, que foi aumentar a capacidade
de abate em mais de 125%, de 85 mil
aves/dia para 200 mil cabeças/dia, já
está próxima de ser cumprida. Na práti-
ca, essa demanda representa 1,6 milhão
a mais de aves alojadas no campo.
Segundo Flávio Andreo, presi-
dente da Belafoods, dois fatores prin-
cipais têm ajudado para que esses ín-
Belafoods aqueceeconomia regionalEmpresa investe para estar entre as principais do mercado de aves e desenvolver a região
eXPaNsÃoCapacidade de abate da Belafoods está sendo aumentada em 125%
eXPaNsÃoCapacidade de abate da Belafoods está sendo aumentada em 125%
dices sejam alcançados. “Ao usarmos o
melhor grão da Belagrícola, que dispõe
de 36 unidades de recebimento, esta-
mos alcançando uma excelente taxa de
conversão que varia de 1,70 a 1,75. Para
se ter uma ideia, há pouco mais de dez
anos, essa mesma taxa era de 2,5 por
frango”, aponta.
Com os resultados na linha de
produção, os impactos também já es-
tão gerando uma série de benefícios
para a economia local e regional. Uma
característica que, segundo Andreo, se
deve pela preocupação da indústria de
melhorar a qualidade de vida de seus
produtores e colaboradores.
“A geração de empregos na fá-
brica e a oportunidade das granjas as-
sociadas aumentarem sua produção é
um estímulo à economia regional que
41sindiavipar.com.br |
PlaNtaEmpresa quer estar entre as principais
do mercado de aves do País
BelafoodsJaguapitã
SIF 2677
Habilitações: Halal, Geral
Abate: Estimativa de 200 mil
aves/dia
belafoods.com.br
Associados
merece ser comemorado. A operação da
Belafoods não é exclusivamente comer-
cial, mas inclui a criação de condições
que propiciem a todos os colaboradores
o desfrutar de uma cultura que celebra
o bem-estar comum”, detalha.
Além dos 3.500 colaborado-
res diretos e indiretos, e das mais de
500 famílias em aproximadamente
600 granjas integradas, nos mais de 20
municípios onde atua, a operação criou
600 novas vagas de emprego e contou
com a entrada de 100 produtores a mais
na produção.
Produtos premiumO presidente do Grupo Bela-
grícola, João Andreo Colofatti, diz que
a estratégia também se relaciona com a
demanda por produtos que possam se
destacar no mercado. “Esperamos não
só aumentar a quantidade, mas também
produzir um mix de produtos de maior va-
lor agregado e de alta qualidade”, conta.
Para desenvolver essa nova
série especial, Colofatti explica que a
empresa “está apostando em sabor e
qualidade, esperando, assim, conquis-
tar a confiança e o respeito do consumi-
dor”. A Belafoods também está traba-
lhando para ampliar significativamente
sua participação no mercado: “Nossos
esforços visam um objetivo muito es-
pecífico: ser uma das principais marcas
de frango no varejo nacional”, enfatiza
o presidente do Grupo.Nossos esforços visam um objetivo muito específico:
ser uma das principais marcas
de frango no varejo nacional
João Andreo Colofattipresidente do grupo Belagrícola
42 | sindiavipar.com.br
notas e registros
Um novo produto da Ourofino
Agronegócio reforça o portfólio da linha
voltada para a avicultura. É o Enragold,
um aditivo com o poder de melhorar
o desempenho para frangos de corte,
novo aliado dos avicultores para o cres-
cimento de seus negócios. “Há situações
inerentes ao manejo das aves que oca-
sionam perdas de peso e, consequen-
temente, a diminuição da rentabilidade
do produtor. O aditivo atua desde os pri-
meiros dias de vida do animal na manu-
tenção da microbiota intestinal, possibi-
litando ampla absorção dos nutrientes
contidos na ração e, consequentemente,
ganho de peso e melhora da conversão
alimentar”, explica Luciano Catelli, mé-
dico veterinário e gerente técnico da
Linha Aves e Suínos da Ourofino.
Um dos diferenciais do Enra-
gold no mercado é o fato de não apre-
sentar carência. Produzido a partir da
enracimina, matéria-prima que age
apenas no trato gastrointestinal da ave,
a carne do animal pode ser consumida
normalmente, após seu uso. Para conhe-
cer outros produtos da marca entre no
site ourofino.com.
Solução para avicultor
O fotógrafo Cesar Macha-
do mais uma vez colocou o pé na
estrada para compor um livro fo-
tográfico sobre a agropecuária
do país. No livro Terras do Brasil,
Machado mostra por meio de ima-
gens expressivas o seu olhar so-
bre o território gaúcho e parana-
ense, desde as plantações até os
hábitos e costumes do povo que lá
vive. Suas imagens mostram o dia
a dia daquelas terras, bem como
a cultura herdada dos imigrantes
que ocuparam a região.
Cesar Machado já atua
há mais de 25 anos na fotogra-
fia e possui ampla experiência
e destaque na área de pecuária
e agricultura. Seus trabalhos já
estamparam jornais como Gaze-
ta do Povo (PR) e Zero Hora (RS) ,
além de outros livros próprios
com a temática. Para ter aces-
so a outras obras do fotógrafo
acesse agrostock.com.br.
Terras do Brasil
43sindiavipar.com.br |
notas e registros
Já estão abertas as inscrições
para quem deseja participar da sele-
ção de Trabalhos Científicos da próxi-
ma edição do XIII Seminário Técnico
Científico de Aves e Suínos, que acon-
tece na AveSui 2014. Os interessados
devem acessar o site avesui.com/fó-
rum e enviar os seus trabalhos até o
dia 14 de fevereiro de 2014, que de-
vem estar dentro de uma das cinco ca-
tegorias disponíveis para a inscrição:
Ambiência, Sanidade, Manejo, Nutri-
ção/Aves e Nutrição/Suínos. O envio
dos resumos será condicionado à ins-
crição do autor que apresentará este
trabalho, sendo que este poderá ter
até cinco coautores adicionais.
A apresentação de Trabalhos
Científicos no Seminário foi lançada
em 2013 e oferece a oportunidade
de incentivar e divulgar os trabalhos
científicos com foco no desenvolvi-
mento dos setores produtivos de aves
e suínos. A novidade este ano será a
premiação para os melhores trabalhos
nas categorias Jovem Pesquisador e
Profissional, que amplia a premiação
para os profissionais atuantes no mer-
cado de aves e suínos através de suas
inovações e pesquisas no setor.
Para ter mais informações
sobre a seleção de Trabalhos Cientí-
ficos e sobre o AveSui 2014, acesse
avesui.com.
Trabalhos científicos
A Metal Zauza, com o obje-
tivo de ampliar parcerias e incre-
mentar seus negócios, foi a única
empresa do ramo da construção de
pavilhões metálicos para aviários
presente no Salão Internacional e
23º Congresso Internacional de Avi-
cultura (Siav 2013).
A diretora da empresa, Nil-
ce Castelani Zauza, participou do
painel durante o evento para apre-
sentar os produtos em estruturas
metálicas. Ela destacou a praticida-
de, qualidade e segurança dos pavi-
lhões da marca, que são entregues
em aproximadamente oito dias.
A Metal Zauza atua no
ramo da construção de aviários
metálicos convencionais ou clima-
tizados em mais de 130 municípios
gaúchos e diversos municípios dos
estados de Santa Catarina, Paraná,
Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Para mais informações, entre no
site metalzauza.com.br.
Zauza na Siav
44 | sindiavipar.com.br
No dia 28 de outubro meu celular
foi furtado. Eu terminara de ministrar uma
palestra em um evento e atendia a alguns
participantes quando alguém foi ao palco
e subtraiu o aparelho que estava dentro do
bolsão frontal de minha mala. O meliante
acessou minha carteira, retirou todo o di-
nheiro e recolocou-a intacta em relação a
documentos e cartões.
Honestamente, gostaria de en-
contrar o protagonista para prestar-lhe
toda a minha... gratidão!
lição 1 – SimplicidadeApós comunicar a operadora e
bloquear o aparelho, fui a um shopping
para adquirir uma nova carteira. A minha
não fora furtada, mas ao analisar seu con-
teúdo, desprovido de dinheiro, topei com
diversos cartões bancários e de empresas,
além de documentos de porte não obriga-
tório. Para que carregar tudo isso?
Cheques não são mais utilizados,
título de eleitor só tem serventia a cada
dois anos, cartões de fidelidade podem ser
acessados pelo CPF. Era preciso esvaziar
aquela carteira que, de tão magra, preci-
sou ser substituída.
Hoje carrego a habilitação, o car-
tão do convênio médico, um cartão de
crédito e um de débito. E isso nos conduz a
uma importante reflexão: precisamos res-
gatar a simplicidade.
lição 2 – Estupidez corporativaNo início da semana fui atrás de
repor o aparelho. A tarefa parecia fácil,
pois dentre os inúmeros modelos disponí-
veis eu sabia exatamente o que desejava: o
mais barato. Porém, no momento de fazer
a habilitação, o serviço estava bloqueado.
Quando fiz o plano corporativo,
adquiri um modem para acessar a rede
através de meu notebook. Entretanto, o
aparelho não funcionava. Ao acionar a
operadora, insistiam que eu deveria pro-
curar o fabricante do modem! Após qua-
se um ano sem solução e pagando por
um serviço que não utilizava, cancelei-o.
Contudo, a operadora insistiu na cobrança
gerando um débito indevido e ilegal, que
surgiu naquele instante como impeditivo
para habilitar um novo aparelho.
Ou eu pagava por um débito in-
justo, ou não teria meu número de volta.
Fiquei com a segunda opção, entrando
para a família dos “sem celular”.
lição 3 – liberdadeVamos deixar claro que adoro
tecnologia. Mas estamos nos tornando es-
cravos cibernéticos, com uma dependên-
cia patológica da tecnologia.
Há anos o computador é meu ins-
trumento de trabalho. Por isso, acho um
despropósito ver como os smartphones
tomaram conta do cotidiano, isolando as
pessoas do mundo real, virtualizando as
relações. E você sabe disso, pois está can-
sando de ver – e talvez protagonizar – as
cenas de pessoas em volta de uma mesa
de bar sem conversar, apenas dedilhando
em suas minúsculas telas.
Viver sem celular fortaleceu meu
instinto de planejamento, pois agendo
compromissos, organizo-me para compa-
recer, saio com antecedência. Permitiu-me
a liberdade de ser dono do meu próprio
tempo e não refém das demandas de ou-
trem.
Céticos de plantão dirão que é
balela. E eu lhes direi que precisam apren-
der a desligar seus dispositivos móveis
algumas horas por dia para partilharem
da companhia de familiares e de amigos –
além de si mesmos.
Tom Coelho é educador, conferencis-
ta e escritor com artigos publicados
em 17 países. É autor de “Somos Maus
Amantes – Reflexões sobre carreira, li-
derança e comportamento” (Flor de Liz,
2011), “Sete Vidas – Lições para cons-
truir seu equilíbrio pessoal e profissio-
nal” (Saraiva, 2008) e coautor de outras
cinco obras. Contatos através do e-mail
[email protected]. Visite:
tomcoelho.com.
A vida sem celular
Artigo motivacional
44 | sindiavipar.com.br
45sindiavipar.com.br |
Mito ou verdade
Crença popular diz que a carne da ave tem efeitos sedativos
História para peru dormir
Dezembro pode ser encarado como
o mês da fartura. Aumenta-se a quantidade
de festas, comidas, calorias e até, quem diria,
do salário. E é de uma dessas tradições de-
zembrinas que nasceu uma história bastante
difundida pela crença popular: a de que co-
mer peru dá sono.
Mas será que dá mesmo? “O que
nos induz ao sono é a produção de um hor-
mônio chamado melatonina, que tem a ver
com a claridade. Assim como os animais em
geral, o que deveria nos fazer dormir é o es-
curecimento do dia”, afirma a professora do
curso de Nutrição da Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUC-PR), Gisele Pontaro-
li Raymundo.
Popularmente consumida durante
a ceia de Natal, a carne de peru é conhecida
por ser uma fonte de proteína nutritiva sem
grandes quantidades de gordura saturada, a
chamada “carne magra”, sendo considerada,
assim como a carne de frango, uma alterna-
tiva saudável em relação à carne vermelha.
A carne de peru também contém
um componente chamado triptofano,
que é onde pode estar a origem de
toda essa história sonolenta.
“O triptofano auxilia na formação da sero-
tonina, que é um neurotransmissor que nos
propicia a sensação de bem-estar”, explica a
especialista. Disso se poderia concluir que,
comendo bastante peru, você fica mais tran-
quilo e, por consequência, propício ao sono.
Bioquimicamente, porém, a inter-
pretação não estaria precisamente correta.
“O triptofano é um aminoácido, uma das 20
moléculas que formam as proteínas, pre-
sente na grande maioria dos alimentos de
origem animal. Teoricamente, todas as car-
nes provocariam esse mesmo efeito”, exem-
plifica Gisele Pontaroli Raymundo.
A nutricionista e coordenadora do
curso de Nutrição da Universidade Tuiuti do
Paraná (UTP), Andréa Tarzia, acrescenta ain-
da que o triptofano encontrado no peru pre-
cisa competir com todos os demais alimen-
tos que o corpo está ingerindo. “Geralmente
você não come apenas
a carne do peru.
Por isso, existe muita contradição com os nu-
trientes que são consumidos junto à carne,
tendo a competição de outros aminoácidos
para chegar até ao sistema nervoso e surtir
algum efeito”.
Em um cenário completo de uma
ceia de Natal, o que pode levar ao sono mes-
mo é a fartura. Um banquete com alimen-
tos pesados e ricos em carboidratos (arroz,
massas, batatas, entre outros) exige maior
trabalho do corpo humano para realizar a
digestão. Além disso, se o cardápio incluir
bebidas alcóolicas, estas sim poderão tornar
o processo sedativo de fato.
Significa que a afirmação de que
somente a carne do peru é responsável por
provocar sono é um mito. Agora, o que não
dá para negar é que isso não a deixa menos
saborosa, sendo um prato indispensável em
qualquer ceia natalina. Com ou sem fartura.
46 | sindiavipar.com.br
Par
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info
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ões,
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sse:
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diav
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.br
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Estatísticas
PEr
uParticipação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Outubro32,76%
Paraná 116.502.502
Brasil 355.622.360
Acumulado29,54%
Paraná 946.585.558
Brasil 3.204.600.476
par
aN
ápa
ra
Ná
FrA
ng
O
kg US$Jan 1.093.035 1.999.513Fev 1.423.020 2.612.473Mar 1.463.630 2.845.601Abr 1.134.370 2.023.022Mai 1.686.140 3.265.047Jun 944.335 1.732.130Jul 1.436.835 2.301.579
Ago 1.768.330 2.580.826Set 935.105 1.442.721Out 1.735.590 3.334.679
Acumulado 13.620.390 24.137.591
EXPO
rTA
ÇÃ
OEX
POrT
AÇ
ÃO
kg US$Jan 80.797.261 149.733.874Fev 81.278.792 160.720.605Mar 92.513.778 188.969.708Abr 90.376.712 189.482.156Mai 100.117.291 208.289.992Jun 92.107.083 181.781.754Jul 99.185.984 188.674.282
Ago 102.641.927 185.466.637Set 91.064.228 163.781.784Out 116.502.502 206.585.142
Acumulado 946.585.558 1.823.485.934
Jan 120.744.159 124.366.449Fev 114.098.661 111.941.517Mar 125.868.250 116.348.914Abr 112.640.769 125.465.064Mai 127.054.280 120.886.422Jun 110.537.703 116.150.986Jul 111.966.463 129.229.748
Ago 123.329.225 126.387.839Set 112.513.271 118.725.851Out 122.501.457 131.759.459
Acumulado 1.181.254.238 1.221.262.249
Jan 703.456 702.691Fev 673.614 655.878Mar 745.436 678.100Abr 797.948 692.141Mai 1.030.784 710.418Jun 1.016.073 897.351Jul 1.063.203 1.090.422
Ago 942.737 1.087.527Set 879.449 988.978Out 946.889 1.082.902
Acumulado 8.799.589 8.586.408F
on
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Participação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Outubro18,21%
Paraná 1.735.590
Brasil 9.529.133
Acumulado17,6%
Paraná 13.620.390
Brasil 77.398.751
Fo
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2012
2012
2013
2013
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Peru com ervas
• 1 peru (cerca de 4 quilos)• 1 xícara (chá) de vinho branco• ½ xícara (chá) de suco de mara-cujá concentrado• 2 cebolas raladas• 4 dentes de alho amassados• 2 colheres (sopa) de orégano fresco• 2 colheres (sopa) de manjerona fresca, picada• 2 tabletes de caldo de galinha esfarelados• 2 xícaras (chá) de frutas frescas picadas para decorar
IngrEDIEnTES
ReceitaReceita
Em uma tigela, coloque o peru com o vinho, o suco de maracujá e meia xícara (chá) de água, cubra e leve à geladeira para tomar gosto por cerca de 30 minutos. Coloque em uma assadeira e misture o restante dos ingredientes. Coloque o peito virado para baixo, cubra com papel-alumí-nio e leve ao forno médio (180°C), preaquecido, por cerca de 1 hora. Reti-re o papel, vire o peru e regue com uma xícara (chá) de água. Asse por mais 1 hora ou até dourar. Sirva decorado com as frutas.
MODO DE FAZEr
Tempo de preparo:3h
Rendimento:8 porções
Fonte:Cozinha Nestlé
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gastronomia
Enquanto o peru estiver no forno, regue-o com o molho for-mado na assadeira. Isso deixará sua carne mais macia e úmida. E fique tranquilo: a carne de peru não vai te dar sono.
DICA
49sindiavipar.com.br |
Receita
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
PArAnÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Marco AviculturaTamarana
Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores
SIF 1860Paraíso do Norte
Abatedouro Coroaves
Agrícola Jandelle
Agroindustrial Parati
Agroindustrial Parati
Agrogen
Avebom
Avenorte Avícola Cianorte
Maringá - coroaves.com.br
Rolândia - bigfrango.com.br
Rondon - agroparati.com.br
SIF 2137
SIF 1215
SIF 3925
SIF 2010
SIF 3170
SIF 2677
SIF 4232
Umuarama - agroparati.com.br
Itapejara do Oeste - agrogen.com.br
Jaguapitã - avebom.com.br
Cianorte - guibon.com.br
Avícola Felipe
BRF - Brasil Foods S.A.SIF 1880
SIF 8096
Paranavaí - misterfrango.com.br
Carambeí - brf-br.com
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 2539Capanema - diplomata.com
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
Frango Seva
SIF 2212Pato Branco - frangoseva.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
Gonçalves & Tortola
SIF 4166Maringá - frangoscancao.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
Coopavel Cooperativa Agroindustrial
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 530Lapa – seara.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 716Toledo - brf-br.com
SIF 88
SIF 603
Tyson do Brasil
SIF 2694C. Mourão - tyson.com.br
Unifrango AgroindustrialMaringá - unifrango.com
Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - avicolacarminatti.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Granja Econômica Avícola Carambeí - granjaeconomica.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 2227Jacarezinho - seara.com.br
Kaefer Agroindustrial (Globoaves)
SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com
ABATEDOurOS
InCuBATÓrIOS
exportação geral
Habilitações:
exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal
sindiavipar.com.br
SIF 7777Santo Inácio – brfrango.com.brBR Frango
C. Vale Cooperativa Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
SIF 664
Cocari Cooperativa AgroindustrialMandaguari - cocari.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroindustrial Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
Copagril - Coop. Agricola Mista Rondon
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br
25, E DE MARÇO DE 201426 2714h Às 21h | EXPOTRADE CONVENTION CENTER | Curitiba - PR
Faça parte da TECNO FOOD BRAZIL 2014
e ajude a construir um ícone nacional e internacional
no ramo de Feiras de Proteína Animal.
24 HORAS DE FEIRA
36 HORAS DE CONHECIMENTO
SEMINÁRIO INTERNACIONAL / / CURSOS INTENSIVOS WORKSHOPS
A TFB 2014 em parceria com o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC), uma das
unidades de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) irão promover a
EDUCAÇÃO e o CONHECIMENTO, nos dias 26 e 27 de março de 2014, através da
realização do Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovações para a
Indústria de Carnes. Além disso, durante todo o evento, teremos CURSOS
INTENSIVOS e WORKSHOPS que irão ocorrer no PÁTIO DO
CONHECIMENTO DA TFB 2014 a fim de levar novas técnicas e tecnologias para as
indústrias do país, com o apoio das principais Instituições de Pesquisa, Associações e
Sindicatos do setor.
Centro de Tecnologia de Carnes
g5P R OMO T R A D E
Realização e Organização:
Apoio Institucional:
Mídia Oficial:Montadora Oficial:Agência de Turismo Oficial: Hotel Oficial: Cia Aérea Oficial:Cia Aérea Oficial:
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ENTRE EM CONTATO COM NOSSA EQUIPE COMERCIAL E GARANTA SEU ESPAÇO:
(41) 3669.8412 | (11) 5505.2170 | (11) 99970.1584 | (11) 98224.4355 | (55) 9923.0372
CREDENCIAMENTO E INSCRIÇÕES
Para participar da TECNO FOOD BRAZIL 2014 basta se cadastrar -
gratuitamente - pelo site:
Inscrições e maiores informações para o SEMINÁRIO
INTERNACIONAL, deverão ser feitas pelo site: .
www.tecnofoodbrazil.com.br
www.ital.sp.gov.br
Feira Internacional de Prote�na Animal
Centro de Tecnologia de Carnes
Comitê Científico:
Associação Brasileira de Frigoríficos
Apoio Governamental:
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