sindiavipar.com.br |
TRANSCRIPT
1sindiavipar.com.br |
Você vê p r imei ro aqu i
13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil
Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O
Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de
negócios que está em constante evolução e traz para seu
público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas
parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado
e atualização técnica e científi ca para profi ssionais do setor.
UM EVENTO CADA VEZ MAISUM EVENTO CADA VEZ MAISUM EVENTO CADA VEZ MAISCOMPLETO E RICO EM POSSIBILIDADES. COMPLETO E RICO EM POSSIBILIDADES. COMPLETO E RICO EM POSSIBILIDADES.
❖ Painel Conjuntural de Mercado
❖ Seminários Técnicos
❖ Trabalhos Científi cos
❖ Granja Modelo de Aves e Suínos
❖ Pavilhões Internacionais
❖ Biomassa & Bioenergia
❖ Reciclagem Animal
❖ Prêmio “Instituto Oswaldo Gessulli”
Organização, informações e reservas:
• th
alita
mol
ina.
com
Você vê p r imei ro aqu i
13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil
Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O
Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de
negócios que está em constante evolução e traz para seu
público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas
parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado
e atualização técnica e científi ca para profi ssionais do setor.
UM EVENTO CADA VEZ MAISUM EVENTO CADA VEZ MAISUM EVENTO CADA VEZ MAISCOMPLETO E RICO EM POSSIBILIDADES. COMPLETO E RICO EM POSSIBILIDADES. COMPLETO E RICO EM POSSIBILIDADES.
❖ Painel Conjuntural de Mercado
❖ Seminários Técnicos
❖ Trabalhos Científi cos
❖ Granja Modelo de Aves e Suínos
❖ Pavilhões Internacionais
❖ Biomassa & Bioenergia
❖ Reciclagem Animal
❖ Prêmio “Instituto Oswaldo Gessulli”
Organização, informações e reservas:
• th
alita
mol
ina.
com
Público-alvo
• Agroindústrias• Empresários• Autoridades• Produtores• Técnicos• Pesquisadores
Circulação
5.000exemplaresgratuitos
Periodicidade
Bimestral-6ediçõesanuais
15.000agosto/201218.000setembro/201217.000outubro/2012
Acessos
Portal de Informações
Revista
Perfil do internauta
• Empresários• Autoridades• Produtores
• Técnicos• Estudantesdosetor• Pesquisadores
Para anunciarConexão Sindiavipar Banner central Banner lateral
Espaços para anúncios
Anuncienasmídiasdomaior produtor
defrangodecortedoBrasil!
Fone:[email protected]
Regiões de circulação
Norte.............................................
Nordeste.......................................
Centro-Oeste............................
Sul...............................................
Sudeste......................................
4%
6%
15%
52%
23%
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Claudemir Bongiorno Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores efetivos: Roberto Kaefer e Guilherme dos SantosDiretores suplentes:Sidnei Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ademar Rissi, Dilvo Grolli, Roberto Pecoits e Valter PitolConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Cordeiro, Célio Martins Filho e Pedro Henrique de Oliveira Conselheiros fiscais suplentes:Evaldo Ulinski, Paulo Karakida e Marcos BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Osvaldo Ferreira JuniorDelegados representantes suplentes:Claudio de Oliveira e Rogério Gonçalves
Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br [email protected]
Ed. nº 36 - Set/Out 2013
As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
O início do segundo semestre foi marcado pela retomada do setor
avícola. Nós, paranaenses, batemos recorde de abate. Somente em julho,
abatemos 128,5 milhões de cabeças. E as perspectivas são boas para os pró-
ximos meses, já que o final do ano é tradicionalmente mais produtivo para o
setor por causa das festas e do aumento das exportações.
Um sinal de que o bom momento deve se manter é a abertura de
novos mercados para o produto brasileiro. O México firmou acordo para
importar carne de frango por causa da falta do produto no mercado interno,
causada pela gripe aviária. A comercialização também está sendo discutida
com países da África, além do aumento de exportações para a China. A maté-
ria de capa traz todas essas informações e conta como estão as perspectivas
para o setor.
A notícia sobre uma nova safra recorde de grãos também é favorável
ao setor avícola por causa dos preços. A perspectiva é que o país produza
quase 170 milhões de toneladas de milho e soja. Outra leitura interessante
desta edição é a reportagem de bem-estar animal, que trata dos calos nos
pés das aves. Tema sugerido por um leitor
e que ficamos satisfeitos em poder atender
ao pedido.
Trazemos ainda a comemoração do
aniversário da Copacol, que este ano com-
pleta 50 anos. Uma ótima leitura a todos!
Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].
Bons ventos
Fale conosco
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
Editorial
Expediente
Produção:
Centro de Comunicaçao
centrodecomunicacao.com.br
Jornalista responsável:
Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
Editora-chefe:
Cecília Gibson (MTB-PR: 6472)
Colaboração:
Bruna Becegatto, Bruna
Robassa, Camila da Luz, Giórgia
Gschwendtner, Karina Kanashiro,
Mariana Macedo, Marília Gomes e
Pedro Américo
Design e diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
selo SFC
Foto
: Si
nd
iavi
par
Espaço Sindiavipar.............................06
Canal aberto.........................................07
Radar...................................................08
Ciência................................................... 09
Agenda..................................................10
Observatório........................................10
Eventos.................................................12
Sustentabilidade................................16
Insumos...............................18
Sanidade...............................................20
Instituições...........................................22
Capa..................................... 24
Mercado exterior................................28
Adapar...................................................30
Pesquisa e tecnologia........................32
Saúde do trabalhador........................34
Bem-estar ............................36
Economia..............................................38
Fiep........................................................39
Nutrição................................................40
Associados............................................42
Ubabef...................................................44
Mito ou verdade?.................45
Notas e registros.................................46
Artigo motivacional...........................47
Estatísticas...........................................48
Gastronomia........................................50
REToMADAAbertura de novos mercado e
queda dos custos de produção
favorecem exportações de carne
de frango. Cenário revela uma
tendência para a recuperação do
ritmo dos embarques no segundo
semestre.
CoSTuMEPesquisa diz que hábito de lavar
o frango antes de cozinhá-lo
pode não ser tão saudável, já
que bactérias podem ser espa-
lhadas no ar, infectando quem
manuseia a carne. Alguns cuida-
dos podem minimizar riscos.
24 Capa
45 Mito ou verdade?
RECoRDESafras de soja e milho devem
superar as previsões do mercado.
Em primeiro levantamento, consul-
toria aponta que o Brasil deve pro-
duzir 85,19 milhões de toneladas
de soja e 83,98 milhões de tonela-
das de milho no ciclo 2013/14.
18 Insumos
CAloS Com a prevenção correta, lesões
nos pés dos frangos podem ser
evitadas. Além de comprome-
ter saúde dos animais, o sur-
gimento de calos pode gerar
prejuízos aos aviários e perdas
à indústria.
36 Bem-estar
Seções
Foto
: w
war
by
Foto
: Iva
n B
uen
o/S
EIL
6 | sindiavipar.com.br
Espaço Sindiavipar
6 | sindiavipar.com.br
JulHo
AGoSTo
01/07: Visita ao Instituto Paranaense de Assistência Téc-
nica e Extensão Rural (Emater). Participantes: Icaro Fie-
chter, do Sindiavipar. Objetivo: participar da reunião com
membros do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária
(Conesa).
09/07: Audiência no Palácio do Governo do Estado do
Paraná. Participantes: Domingos Martins, do Sindiavipar,
Francisco Turra, da União Brasileira de Avicultura ( Ubabef),
e associados. Objetivos: encontro com o governador Beto
Richa e o secretário Norberto Ortigara para convite oficial
do Siav.
18/07: Reunião na coordenação da Federação das Indústrias
do Estado do Paraná (Fiep). Participantes: Icaro Fiechter, do
Sindiavipar Alexandre Monteiro, Anderson Buss Cardoso, Bru-
na Taborda, Catia Dalpasso, Francisco Carlos da Silva, Ricaro
Forster, Carlos Straub, André Molheiros, Leticia Albuquerque
e Irineo Roveda. Objetivos: discutir a logística reversa no es-
tado, alimentos de origem animal e apresentação da proposta
de assessoria da Envex Engenharia.
29/07: Reunião na Secretaria de Estado da Agricultura e do
Abastecimento (Seab). Participantes: Icaro Fiechter, do Sindia-
vipar, membros da Adapar e do Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Objetivo: apresentação
da proposta de convênios para implantação do Sistema Brasi-
leiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi).
01/07: Reunião na sede do Sindavipar. Participantes: Icaro
Fiechter e Mônica Fukuoka, do Sindiavipar, e Luciano de Souza
Costa, professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
(Unioeste), de Cascavel. Objetivo: discutir aspectos da avicultura
paranaense e levantamento de dados para grupo de estudo.
03/07: Reunião no Centro de Inovação, Educação, Tec-
nologia e Empreendedorismo do Paraná (Cietep). Parti-
cipantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar, membros do Ins-
tituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e do Laboratório
São Camilo. Objetivos: apresentar a vídeo conferência de
Ernesto Viegas, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), apreciação sobre a acreditação de
laboratórios para análises relativas à avicultura e discutir
incremento da sanidade animal.
16/07: Reunião na Agência de Defesa Agropecuária do Pa-
raná (Adapar). Participantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar, e
Hernani Melanda, da Adapar. Objetivo: fazer uma avaliação
sobre a participação no Siav.
26/07: Visita à Fiep. Participante: Icaro Fiechter, do Sindiavipar. Ob-
jetivo: participar do conselho temático sobre relações do trabalho.
31/07: Reunião na Fiep. Participantes: Icaro Fiechter, do
Sindiavipar, e membros do Sindicato da Indústria de Carnes e
Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne). Objetivo: avaliar
aspectos da logística reversa.
02/08: Visita à Fiep. Participante: Icaro Fiechter, do Sindiavipar.
Objetivos: reunião sobre biotecnologia, resíduos subprodutos
de origem animal e participação do laboratório de criatividade.
01/08: Visita à Fiep. Participante: Icaro Fiechter, do Sindiavi-
par. Objetivo: participar da reunião sobre o conselho temático
sobre assuntos tributários.
02/08: Intercom Paraná no Hotel Bourbon Express Cas-
cavel. Participantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar, Roberto
Kaefer, Dilvo Grolli, associados e Daniel Gonçalves, super-
intendente do Mapa. Objetivos: mostrar chips para facili-
tar produtos de exportação, containers e Canal Azul para
exportação.
7
Espaço Sindiavipar
Fazendo a nossa parte
Canal aberto
Nos últimos meses o Sindiavipar,
junto com as indústrias avícolas do estado,
tem trabalhado intensamente na elaboração
de um cronograma para atender ao Plano de
Logística Reversa da Secretaria do Estado
do Meio Ambiente. Temos acompanhado de
perto o esforço das indústrias para se ade-
quar e ficamos satisfeitos com o progresso
das ações.
Ações como a reciclagem de plás-
tico não devem ser encaradas apenas como
uma medida exigida pela lei, mas também
de cuidado com o meio ambiente e econo-
mia de recursos. É claro, por outro lado, que
o governo poderia premiar iniciativas como
esta com redução de ICMS, por exemplo.
Mesmo assim fazemos nossa parte.
Outra novidade que merece des-
taque é a formação de um núcleo de estu-
do sobre a avicultura no estado. Um grupo
de professores da Unioeste , acredita que a
atividade é tão importante para a economia
paranaense, que irá produzir pesquisas es-
pecíficas sobre o segmento. Nesse processo,
os pesquisadores estão contando com a par-
ceria e todo o know-how do sindicato.
Não podemos deixar de registrar
aqui duas datas importantes: o Dia do Avi-
cultor, comemorado em 28 de agosto, e o Dia
do Médico Veterinário, celebrado no dia 9 de
setembro. Nossos agradecimentos a todos
esses profissionais pelo trabalho realizado!
Icaro FIechterDiretor executivo do [email protected]
7sindiavipar.com.br |
13/08: Reunião na Federação da Agricultura do Estado do
Paraná (Faep). Participantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar,
e Celso Doliveira, do departamento técnico-econômico da
Faep. Objetivo: avaliação do Conseaves.
14/08: Visita à sede da Fiep. Participante: Icaro Fiechter, do
Sindiavipar. Objetivo: participar da palestra sobre biotecnolo-
gia para a biosseguridade e incremento da sanidade animal.
19/08: Comemoração no Cietep. Participante: Icaro Fiechter,
do Sindiavipar. Objetivo: celebrar os 69 anos da Fiep, seguido
de um jantar de confraternização. 27 a 29/08: Salão Internacional da Avicultura, em São Pau-
lo. Participantes: Domingos Martins, Icaro Fiechter e Mônica
Fukuoka, do Sindiavipar. Objetivo: participar com estande e
levar informações sobre a avicultura paranaense ao público
do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura e Feira Brasileira
de Avicultura.
14/08: Reunião no Serviço Nacional de Aprendizagem In-
dustrial (Senai), em Maringá. Participantes: comissão do meio
ambiente. Objetivo: discutir sobre a logística reversa.
15/08: Reunião na Organização das Cooperativas do Paraná
(Ocepar). Participantes: Icaro Fiechter, do Sindiavipar, asso-
ciados do Sindiavipar, Ubabef e coordenador Ricardo de Gou-
veia. Objetivos: encontro para discutir a câmara sustentação e
relações laborais – NR 36 e apresentar o livro NR 36, de Moacir
Cerigueli.
21/08: Reunião na Faep. Participantes: Icaro Fiechter, do
Sindiavipar; Luiz Stabil e Jose Ribas, da BRF; Dirceu Talamini,
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);
Ronei Volpi, da Senar; Vania Guimarães, da Universidade Fe-
deral do Paraná (UFPR); Amarildo Brustolin, da CoaviSul, e Cel-
so Doliveira, da Faep. Objetivo: discussão sobre o Conseaves.
Foto
: Sin
dia
vip
ar
8 | sindiavipar.com.br
Radar
PROMOÇÃO AGROSTOCK
Prezados senhores, boa tarde Como sugestão, creio que uma matéria sobre “calos nos pés dos frangos” pode ser de grande inte-resse do ponto de vista do bem estar dos frangos, bem como da parte econômica, em função do valor no mer-cado. Caso já tenham publicado essa matéria, solici-to que me encaminhem para que eu possa ter acesso, caso contrário fica a sugestão. Grato!
José | Curitiba (PR)
Resposta:
Boa tarde José,
Agradecemos a sua sugestão. Informamos que
nessa edição produzimos uma matéria sobre o assunto
em questão, que pode ser encontrada na seção “Bem-
estar animal”, na página 36. Esperamos que goste e uma
ótima leitura!
Carta do leitor
O site do Sindicato das Indústrias de Produtos
Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) publica em
sua seção “Leis e Normas”, arquivos de leis separados por
anos, e que podem ser utilizados para consulta e salvos
no formato pdf.
Com esses documentos, industriais e trabalha-
dores do setor avícola paranaense podem tirar algumas
dúvidas sobre piso salarial, reajustes, contribuições sin-
dicais, dentre outras.
Se interessou? Entre agora mesmo no site
sindiavipar.com.br e confira!
Normatização
Sábio não é o que nunca erra, mas o que usa seus erros para crescer - Augusto Cury
9sindiavipar.com.br |
A doença infecciosa da bolsa (DIB),
conhecida também como doença de Gum-
boro ou simplesmente Gumboro, é uma
doença altamente contagiosa, aguda e que
está amplamente disseminada na criação
de aves comerciais de todo o mundo. O ví-
rus RNA, causador da doença, tem tropismo
pelo tecido linfoide da bolsa de Fabricius.
A infecção em pintos sem anti-
corpos maternos e com menos de três se-
manas de idade causa uma rigorosa imu-
nossupressão, praticamente sem sintomas
físicos. Após a 3ª semana, a doença tam-
bém pode provocar a morte.
O vírus causador da doença infec-
ciosa da bolsa pertence ao gênero Birna-
virus, da família Birnaviridae. Existem dois
sorotipos de vírus que podem infectar as
aves: sorotipo 1, patogênico para galinhas,
e sorotipo 2, considerado não patogênico,
que foi isolado inicialmente de perus.
Dentro do sorotipo 1 há diversas
cepas ou patótipos que podem se manifes-
tar em diferentes graus de patogenicidade.
O vírus é bastante resistente ao meio am-
biente e persiste por vários meses em ins-
talações contaminadas.
A contaminação da DIB se disse-
mina dentro de um mesmo lote de aves por
contato direto, por inalação e por consumo
de alimentos e água contaminados. Contu-
do, não há evidências de transmissão via
ovo e nem de que aves infectadas perma-
neçam portadoras. A contaminação entre
os lotes é facilitada principalmente pela
alta resistência do vírus ao meio ambiente
e pela ausência de imunidade.
A doença se manifesta clinica-
mente apenas em galinhas jovens infecta-
das pelo vírus do sorotipo 1. Os vírus do so-
rotipo 2, apesar de não causarem sintomas
nem imunossupressão, estão amplamente
presentes nas criações de aves e já foram
isoladas de galinhas, perus e patos. No Bra-
sil, o vírus de sorotipo 1 está presente em
todas as regiões, tanto nas aves de corte
quanto nas aves de postura.
A infecção em pintos com até
três semanas de idade causa uma rigorosa
imunossupressão que pode resultar em
crescimento retardado, pois nessa idade
os linfócitos B já migraram da bolsa para
os órgãos linfoides secundários, os quais
substituem a bolsa na produção de anticor-
pos humorais. O período mais crítico para a
manifestação da DIB é quando a manifesta-
ção ocorre quando o pinto tem entre três e
seis semanas de vida. Depois da 3ª semana
o animal manifesta depressão, anorexia,
tremores, desidratação, pernas eriçadas,
diarreia e pode morrer.
O curso da doença dura cerca de
uma semana e, devido à imunossupressão,
as aves tornam-se mais susceptíveis a ou-
tras infecções, como colibacilose, dermati-
te gangrenosa, hepatite por corpúsculo de
inclusão, cocciodiose e doença de Marek. A
resposta às vacinas também se torna com-
prometida com a diminuição dos títulos de
anticorpos humorais.
O diagnóstico presuntivo é feito
com base na detecção de lesões na bolsa e
com a apresentação dos sintomas clínicos
citados acima. Já para comprovar, é feito
um exame histopatológico na bolsa. O iso-
lamento viral e a detecção de anticorpos
também podem ser usados para confirmar
o diagnóstico.
Não há nenhum tratamento efeti-
vo para a doença infecciosa da bolsa, ape-
nas um tratamento para sintomas como
desidratação e infecções secundárias. A
alta resistência do vírus exige que a lim-
peza e a biossegurança sejam rigorosas.
Como a doença não é transmitida via ovo,
a prevenção é feita deixando os pintinhos
em um ambiente livre, com boa higiene e
biossegurança. A vacinação das matrizes é
a forma mais efetiva de prevenir a doença
em aves jovens.
Doença infecciosa da bolsaA infecção atinge principalmente galinhas jovens
Fonte: Manual de Doenças de Aves,
Alberto Back
Ciência
99sindiavipar.com.br |
Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail
[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.
Data: 13 a 15 de maio de 2014 local: Florianópolis (SC) Realização: GessulliE-mail: [email protected] Informações: (11) 2118-3133Site: avesui.com
AveSui 2014
Data: 3 a 7 de fevereiro de 2014 local: Cascavel (PR) Realização: CoopavelE-mail: [email protected] Informações: (45) 3225-6885Site: showrural.com.br
Show Rural Coopavel
Agenda
Data: 25 e 27 de março de 2014 local: Curitiba (PR) Realização: G5 PromotradeE-mail: [email protected] Informações: (41) 3669-8412Site: tecnofoodbrazil.com.br
Tecno Food Brazil
Data: 12 a 15 de novembrolocal: San Salvador (El Salvador)Realização: Aves E-mail: [email protected]ções: (503) 22432540Site: avicultura2013.com
Congresso latino-americanode Avicultura
Entre os dias 25 e 27 de março de 2014, o Paraná será
palco da Tecno Food Brazil, feira internacional de proteína animal.
O evento será realizado no Expotrade Convention Center, em Pi-
nhais, na região metropolitana de Curitiba, e terá 12 mil metros
quadrados de área. São esperadas 10 mil pessoas para a feira, en-
tre expositores e visitantes.
A escolha do estado segundo Rubens Zago, presidente
da G5 Promotrade (idealizadora do evento), foi feita por conta da
representatividade do Paraná no setor. “O Paraná é líder nacio-
nal no abate de frango, disputando o segundo em suinocultura e
o terceiro em leite, indo para a segunda colocação. A feira acon-
tecerá em um local
estratégico, já que
as maiores empre-
sas de produção
de proteína animal
estão localizadas
nas regiões Su-
deste e Sul, o que
facilita o acesso e
o deslocamento
dos profissionais
do setor, executi-
vos e visitantes”,
justifica.
A combinação é inusitada: receitas de frango inter-
caladas com os frangos inesquecíveis do futebol brasileiro.
É essa a proposta do site “501 frangos que você deve rever“,
que reúne vídeos com lances espirituosos do futebol para
o público masculino amante do esporte, ao mesmo tempo
em que oferece receitas simples para serem preparadas com
a carne. A iniciativa faz parte campanha Amo Frango, lan-
çada pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) em 2013,
e busca atrair uma audiência diferente daquela que geral-
mente frequenta os sites de culinária. Para ficar por dentro
dos lances tanto em campo quanto na cozinha, basta acessar
501frangos.com.br.
501 frangos
Nova feira
11sindiavipar.com.br |
observatório
O secretário da Agricul-
tura e do Abastecimento do Para-
ná, Norberto Ortigara, viajou no
último dia 15 de setembro para
Moscou, onde comanda a comitiva
paranaense que participa da 22ª
Worldfood Moscow 2013.
As exportações de frango
foram liberadas no primeiro se-
mestre deste ano e a expectativa
é de habilitar mais plantas. “Fize-
mos várias ações para melhorar o trabalho no setor. Criamos a Agência de
Defesa Agropecuária do Paraná – Adapar, e o programa específico de pecu-
ária de curta duração, desenvolvidos pelos técnicos da Emater Paraná, para
orientar os pecuaristas a usarem técnicas modernas, atuais e eficazes de ma-
nejo, reprodução e sanidade dos animais”, diz Ortigara.
A partir de agora, o Sindiavipar está utilizando um novo critério para rea-
lizar pesquisas, estudos e levantamentos. É a divisão do Paraná em mesorregiões,
nos moldes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, os
dados de abate poderão ser consultados para cada uma das 10 regiões do estado.
No dia 23 de agosto, o
Diário Oficial da União publicou
a nomeação do novo diretor do
Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal (Di-
poa), vinculado ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (MAP).
Flávio Braile Turquino é
o médico veterinário que assume
o cargo que estava vago desde o
fim de 2012 com a saída de Luis
Carlos de Oliveira. O veterinário é
formado na Universidade Federal
do Paraná e ocupava, desde 2008,
posto de gerência na empresa Big
Frango. Turquino também já tra-
balhou na Biogirin, Cargil e Rural
nutrição animal.
Comitiva na Rússia
Macrorregiões
O abatedouro móvel e sua idealiza-
ção, validação e transferência de tecnologia
ao mercado foram discutidas na Embrapa
Suínos e Aves, unidade descentralizada
da empresa de pesquisa agropecuária
vinculada ao Ministério da Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O abatedouro móvel é uma estrutura
que pode ser transportada para um lo-
cal fixo pré-determinado para o abate
de animais, com a refrigeração e o mi-
niprocessamento das carcaças e que
cubra o tratamento dos efluentes, o bem-
estar animal, bem como a segurança dos tra-
balhadores.
Abatedouro móvel
Novo diretor no Dipoa
12 | sindiavipar.com.br
Considerado o maior evento do se-
tor avícola brasileiro, o Salão Internacional
da Avicultura (Siav), realizado entre os dias
27 e 29 de agosto de 2013, atraiu mais de mil
participantes entre congressistas, produto-
res, profissionais da área, pesquisadores e
estudantes ao Anhembi, em São Paulo.
O evento uniu o 23º Congresso
Brasileiro de Avicultura e a feira “Valor
agregado: novos caminhos para a inovação
avícola”. Apresentaram-se no congresso
mais de 70 palestrantes, que trataram so-
bre os principais temas que desafiam téc-
nicos e empresários do segmento avícola,
que apresentaram estratégias para ampliar
a capacidade competitiva.
Já a feira reuniu representantes
de 40 países e mais de 100 empresas, e
contou ainda com a consultoria especiali-
zada do Ministério das Relações Exteriores
aos expositores.
O presidente executivo da União
Brasileira de Avicultura (Ubabef), Fran-
cisco Turra, destacou a presença de auto-
ridades na abertura do encontro e o alto
nível das apresentações e debates do con-
gresso, que superaram as expectativas. O
Siav oportunizou ações entre clientes das
indústrias fornecedoras, compradores e
produtores integrados.
AberturaA abertura do Siav foi marcada pela
entrega da síntese de um estudo que mostra
a perda de competitividade da indústria aví-
cola brasileira e propostas do setor ao vice-
presidente da República, Michel Temer.
O estudo aponta que o Brasil po-
deria ter obtido receitas adicionais de US$
1,65 bilhão e gerado mais de 90 mil empre-
gos diretos e indiretos, nos últimos quatro
anos, não fosse a perda de competitividade
das exportações de carne de frango. Caso
não ocorram mudanças até 2020, deixarão
de ser gerados 103 mil empregos diretos e
indiretos.
A posição do Brasil como tercei-
ro maior produtor e principal exportador
mundial de carne de frango foi destaque do
discurso de abertura de Turra. O presidente
da Ubabef alertou que os altos custos indus-
triais fizeram o país perder participação no
mercado internacional. “No caso da mão de
obra, esse aumento de custos foi de 166%
de 2006 até hoje. Nos Estados Unidos e na
Tailândia, dois de nossos principais concor-
rentes, ficou abaixo de 20%”, mencionou.
A avicultura foi elogiada por Temer,
que citou os efeitos positivos à imagem bra-
sileira devido a posição de destaque no mer-
cado internacional, o que reflete interna-
mente em um ganho social. “O consumo de
frango é um símbolo da ascensão de cama-
das mais pobres para a classe média”, frisou.
Também participaram da mesa de
abertura os governadores Geraldo Alckmin,
de São Paulo; Marconi Perillo, de Goiás; e
Eduardo Campos, de Pernambuco; o vice-
governador do Rio Grande do Sul, Jorge
Alberto Duarte Grill; o ministro da Agri-
cultura, Antonio Andrade; a presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), senadora Katia Abreu (PSD-RO);
o presidente da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf;
o presidente da Associação Latino-Ameri-
cana de Avicultura, Roberto Domenech; o
deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP-
-RS), representando a Frente Parlamentar
da Agropecuária (FPA); e os presidentes do
Conselho Diretor, Antonio Augusto de Toni,
e do Conselho Consultivo da Ubabef, José
Carlos Zanchetta.
O primeiro dia de evento contou
apresentação do painel sobre sanidade, com
a participação do professor da Universidade
Maior evento avícola do BrasilSalão Internacional da Avicultura debateu a competividade do setor
Eventos
13sindiavipar.com.br |
Eventos
Nacional Autônoma do México, Miguel An-
gel Marquez, e da pesquisadora do CNPSA/
Embrapa-SC, Iara Trevisol. Foram realizadas
palestras pelo Projeto Produtor, que tem a
proposta de divulgar as diretrizes das boas
práticas de produção nas granjas e o “Semi-
nário Ovosite sobre Produção e Mercado de
Ovos”; além do Fórum Varejo, com o tema
“O supermercado do futuro”, estudo que
compreende características humanas que
podem ser aplicadas na venda de produtos e
nos mercados de consumo, do CEO da Mas-
ter Coach Innovation, Jürgen Klaric.
O Prêmio Ubabef de Pesquisa Aví-
cola Aplicável foi entregue a Airon Magno
Aires, que produziu o trabalho “Estudo de
Viabilidade Econômica para Sustentabili-
dade Energética e Ambiental de Plantas de
Biogás: Desenvolvimento Tecnológico”.
Discussões do eventoNo segundo dia do Siav, os painelis-
tas foram unânimes em afirmar que a avicul-
tura é um setor relevante dentro da econo-
mia e do agronegócio nacional. Jaldir Lima, o
diretor do departamento de Economia Agrí-
cola do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), destacou a atuação
do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-
nômico e Social (BNDES) na disponibilização
de recursos para fomentar a produção. Se-
gundo ele, o pequeno produtor está se tor-
nando empresário e precisa que os agentes
financeiros estimulem esses trabalhadores
por meio da concessão de crédito, como o
Programa de Incentivo à Inovação Tecnológi-
ca na Produção Agropecuária – Inovagro, que
é destinado a aquisição de máquinas e equi-
pamentos para a tecnificação de aviários.
Marcos Jank, consultor da Agroi-
cone, falou sobre a modernização do setor
industrial e a gestão. Para Jank, os proble-
mas de logística, a burocracia e as ques-
tões tributárias são os principais proble-
mas enfrentados pelo Brasil. O consultor
criticou a falta de políticas públicas para
o agronegócio, principalmente a falta de
acordos comerciais. “A agenda comercial é
importante e o Brasil tem ficado à margem,
apenas como observador do que vem sendo
realizado por países como EUA e Chile com
acordos que desviarão o comércio do Bra-
sil, criarão preferências comerciais e acesso
diferenciado para os exportadores dessas
regiões”, salientou.
O vice-presidente de Finanças, Ad-
ministração e Relações com Investidores da
BRF, Leopoldo Viritato Saboya, declarou que
“a perda da competitividade brasileira tem
se refletido na menor participação do país
no trade global nos últimos anos. No entan-
to, para a carne de frango, a expectativa no
comércio global é de crescimento contínuo
e superior a outras proteínas”.
Em homenagem ao Dia do Avicul-
tor, comemorado em 28 de agosto, a Uba-
bef apresentou um vídeo sobre o trabalho
que vem desenvolvendo em prol a estes
profissionais.
EncerramentoO Siav ainda abordou temas como
tendência e segurança na comercialização
de produtos avícolas e os desafios logísticos
brasileiros. O último dia do evento foi mar-
cado por palestras dentro do 2º Seminário
Internacional de Sustentabilidade, reunindo
José Eduardo Malheiro, assessor da ABRA
e consultor da Patense, que falou sobre “A
evolução da indústria de reciclagem ani-
mal”, e Lucas Cypriano, consultor técnico da
ABRA, que abordou o tema Reciclagem ani-
mal como solução para os resíduos.
A feiraOs expositores comemoraram a
grande movimentação na feira, elogiaram
a presença de autoridades e o alto nível
dos debates. Mais de 100 empresas das
áreas de equipamentos, ração, agroindús-
trias, entre outros segmentos, participa-
ram da maior exposição do setor em 2013.
Entre os expositores estavam empresas da
Bélgica, França, Itália e outros países. “Atin-
gimos a meta de ter uma feira de negócios.
O evento gerou e concretizou negócios. O
grande desafio para as próximas feiras é
aumentar a participação de empresas dos
segmentos de ração e medicamentos”,
afirmou o presidente da Associação Nacio-
nal dos Fabricantes de Equipamentos para
Aves e Suínos e da Lubing, Carlos Pulici.
14 | sindiavipar.com.br
Importante player no cenário mun-
dial das exportações, o agronegócio bra-
sileiro é também um dos setores que mais
acumulam créditos tributários em função de
suas operações. Mas apesar da legislação ser
clara sobre o direito ao seu ressarcimento,
muitas vezes as devoluções são postergadas
ao máximo, causando consequências nega-
tivas para as empresas como aumento do
custo financeiro e do endividamento, dificul-
dade em planejar fluxo de caixa, entre outras.
Por isso, buscar o ressarcimento de
créditos tributários é uma atividade de ges-
tão que deve estar incorporada ao cotidiano
das agroindústrias. Para aprofundar o tema,
a revista Avicultura do Paraná conversou
com a advogada Mara Gauna, consultora de
impostos da Martinelli Advocacia Empresa-
rial. Confira a entrevista:
Avicultura do Paraná - Como ocor-re o acúmulo de crédito tributário? Eles são referentes somente a im-postos federais?
Mara Gauna - O acúmulo de crédi-
tos normalmente decorre de operações de
vendas isentas, suspensas, tributadas à alí-
quota zero, ou ainda, com redução na base
de cálculo. Contempla, no âmbito estadual,
o ICMS e no âmbito federal, o PIS, a Cofins,
o IPI e mais recentemente, o Reintegra. Nas
agroindústrias, as operações mais comuns,
que resultam no acúmulo de créditos são as
vendas para o mercado externo e as saídas
com suspensão ou alíquota zero.
Qual é a legislação que regulamen-
ta o ressarcimento em espécie pelas empresas?
No caso do ICMS, não há previsão
para ressarcimento em espécie, no entanto,
alguns estados permitem a transferência de
créditos entre contribuintes. Por outro lado,
na esfera federal, há previsão expressa para
o ressarcimento em espécie, cuja regula-
mentação está contida na Instrução Norma-
tiva RFB nº 1300/12.
Quais empresas são beneficiadas pela norma?
São beneficiados pela norma to-
dos os contribuintes que, no âmbito do IPI,
apurarem créditos relativos a entradas de
matérias-primas, produtos intermediários e
material de embalagem para industrializa-
ção, além dos créditos presumidos. Para o
PIS e a Cofins, é necessário que o contribuin-
te esteja sujeito a apuração com base no re-
gime não cumulativo, e mantenha créditos
oriundos de custos, despesas e encargos
vinculados às receitas de exportação ou às
vendas efetuadas com suspensão, isenção,
alíquota zero ou ainda, não incidência des-
sas contribuições.
Em relação ao Reintegra, fazem juz
ao ressarcimento os contribuintes que ex-
portem bens manufaturados, relacionados
em decreto específico.
Em que caso a empresa deve pedir o ressarcimento?
Existem duas possibilidades, a
primeira contempla os contribuintes que
acumulam créditos federais e desejam com-
pensá-los com débitos administrados pela
Receita Federal, à exceção da contribuição
previdenciária. Nesses casos, a declaração
de compensação é precedida por um pedido
de ressarcimento. A outra hipótese contem-
pla os casos em que o contribuinte não tem
débitos a compensar, ou mesmo compen-
sando os débitos existentes, resta saldo cre-
dor. Nesta hipótese, o pedido é registrado no
sistema da Receita Federal e fica aguardan-
do análise.
os contribuintes podem perder o crédito?
O ressarcimento em espécie é in-
viabilizado caso o pedido não seja efetuado
dentro do prazo prescricional, que corres-
ponde a cinco anos, contados ao final de
cada período de apuração.
Como o pedido de ressarcimento deve ser feito?
O pedido de ressarcimento é efe-
tuado através do preenchimento de uma de-
claração no programa disponibilizado pela
Receita Federal, denominado, PER/DCOMP.
Através dessa declaração o contribuinte in-
forma qual o tipo de operação ocasionou a
geração do acúmulo. Além disso, no caso do
PIS e da Cofins, é pré-requisito que a empre-
sa tenha transmitido previamente os arqui-
vos digitais que contemplam a memória de
cálculo analítica destas contribuições.
Quais orientações o contribuinte deve seguir para conseguir acumu-
Créditos a compensarEspecialista esclarece dúvidas sobre o ressarcimentode créditos tributários
Entrevista
15sindiavipar.com.br |
lar os créditos? O acúmulo de créditos é gerado de
forma automática, desde que as operações
praticadas, na maioria das vezes relaciona-
das às vendas, constituam hipótese para não
incidência de tributos, ou incidência com alí-
quotas reduzidas. Porém, não basta apenas
acumular créditos, faz-se necessário manter
a escrituração contábil e fiscal em dia, con-
servar em boa ordem os documentos rela-
tivos às transações, e o preenchimento ade-
quado e no prazo das obrigações acessórias,
tais como, a DCTF, o DACON e a DIPJ.
Existem dificuldades no ressarci-mento de créditos tributários?
Apesar da clara previsão legal,
algumas delegacias da Receita Federal
postergam ao máximo o ressarcimento em
espécie, sob o argumento de dificuldades
encontradas pelos agentes fiscais no de-
sempenho de suas funções, a enorme quan-
tidade de documentos a analisar, escassez
de recursos materiais e humanos, além do
crescente volume de trabalho. Além disso,
o próprio sistema tributário, pela natureza
que possui, está voltado à cobrança de tribu-
tos, mas não à sua devolução.
No caso da agroindústria, o processo para acúmulo de crédito tributário e ressarcimento em espécie segue as mesas regras de indústrias de ou-tros setores?
O acúmulo de créditos na agroin-
dústria ocorre tal qual nos demais seg-
mentos da cadeia produtiva. Ocorre que,
a agroindústria, por sua natureza, tem um
volume maior de desonerações tributárias, e
como consequência, maior acúmulo de cré-
ditos. Exemplo disso é foi a recente desone-
ração dos itens que compõe a cesta básica,
trazida pela MP 609/13 e convertida na Lei
nº 12839/13.
os abatedouros de aves devem se-guir alguma orientação específica?
Não só os abatedouros, mas qual-
quer contribuinte que possua saldo credor
de impostos têm direito ao ressarcimento
desses créditos em depósito direto em con-
ta corrente no prazo de 360 dias a partir do
pedido, principalmente os decorrentes de
acúmulos de PIS, Cofins e IPI. Existe ainda,
um procedimento especial para ressarci-
mento de créditos de PIS, Cofins e IPI, atra-
vés do qual a Secretaria da Receita Federal
do Brasil deve, se atendidos os requisitos,
no prazo máximo de 30 dias contados da
data do Pedido de Ressarcimento, efetuar
o pagamento de 50% do valor pleiteado.
Contudo, a Secretaria da Receita Federal
do Brasil não cumpre o prazo fixado pela
legislação.
Há alternativas administrativas
e judiciais que podem ser adotadas a fim
de garantir essa devolução. Os tribunais já
pacificaram as decisões favoráveis de pedi-
dos manejados corretamente. No cotidiano
da advocacia empresarial, há muitos casos
assim que chegam a um bom termo.
No entanto, há que se ter cuidado
com eventuais soluções simplistas. A ina-
dequada formalização e o descumprimen-
to de obrigações podem, inclusive, frustrar
a devolução dos tributos. Basta observar
que, por diversas vezes, sequer são neces-
sárias medidas judiciais. E, quando as são,
via de regra não representam a parte mais
importante do trabalho técnico.
As empresas podem e devem bus-
car valores que lhe pertencem por direito
junto à Receita Federal. É obrigação dos ad-
ministradores zelarem pela saúde financei-
ra de suas organizações, o que inclui a ges-
tão eficiente dos ativos – dentre os quais se
inclui a monetização dos créditos acumula-
dos. Estamos falando, afinal, de um direito
líquido e certo.
Entrevista
16 | sindiavipar.com.br
Representantes do Sindicato das
Indústrias de Produtos Avícolas do Es-
tado do Paraná (Sindiavipar) estiveram
reunidos com o comitê da Federação das
Indústrias do Estado do Paraná (Fiep),
em Maringá, para definir a entrega de
um cronograma que deve ser elaborado
pelo sindicato a fim de atender ao plano
de logística reversa da Secretaria de Es-
tado do Meio Ambiente (Sema).
O objetivo do setor e das empre-
sas, que tem comparecido aos encontros
com o órgão, é cumprir com o termo de
compromisso firmado com o Estado, que
quer adequar o setor industrial ao Plano
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
criado pela Lei Federal 12.305, aprovada
pelo Congresso Nacional em 2010.
Progresso dos dadosSegundo Fábio Guerlles, analis-
ta ambiental da GTFoods, algumas em-
presas já fizeram o levantamento sobre a
quantidade de resíduos produzidos. “As
empresas que estão participando junto
ao Sindiavipar fizeram um levantamento
interno, quantificando em média as em-
balagens que são dispostas no estado do
Paraná. Fizemos isso baseado na quanti-
dade de embalagens compradas e vendi-
das ao nosso estado”, explica.
Ele ressalta que os primeiros si-
nais de avanço dentro do planejamento
de logística reversa já começam a apare-
cer. “Como resultado desse levantamen-
to, chegamos a uma conclusão que hoje
os abatedouros participantes já reciclam
uma quantidade de plástico maior do
que a quantidade deste material que é
comercializada e chega aos consumido-
res finais”, conta o analista ambiental.
Guerlles ainda destaca os bene-
fícios que a participação no PNRS traz,
não só às empresas como ao meio am-
biente como um todo.
“Estamos falando de um bem
em comum. Além da imagem positiva
para as empresas, em busca de um traba-
lho sustentável e limpo, falamos de re-
duzir a perda de materiais com potencial
de ser reutilizado, reciclado, para trans-
formar estes em matéria-prima para no-
vos produtos e fonte de renda para inú-
meras pessoas e cooperativas que vivem
e trabalham na dependência destes ma-
teriais. Sem falar em evitar sobrecargas
de aterros e a contaminação hídrica, con-
taminação de solo, poluição visual que
estes materiais dispostos inadequada-
mente podem vir a causar”, acrescenta.
Pouco interesseApesar da evolução já conquis-
tada, Bruna Kubiaki, engenheira quími-
ca da Globoaves, indica que a adesão
das empresas ao plano de controle de
resíduos ainda é baixo. “Este valor cor-
responde à somente cinco empresas
que estão participando do projeto. A
conscientização sobre a logística re-
versa está sendo realizada através da
Fiep, porém, poucas empresas estão
se mobilizando para levantamento dos
dados e elaboração dos planos”, co-
menta.
Para a engenheira, é impor-
tante que as indústrias que ainda não
acompanham as reuniões da Fiep to-
mem conhecimento do assunto. “A
elaboração de um Plano de Logística
Reversa prevê as particularidades de
cada setor antes da aplicação de legis-
lação específica elaborada pela Sema.
Plano de logística reversaSindiavipar e Fiep definem detalhes do cronograma de ações
Sustentabilidade
Este plano será um norte para esta le-
gislação. Portanto, a participação em
massa é essencial para definição de
particularidades do setor”, conclui.
Segundo Guerlles, quem ain-
da não participa, deve participar. “As
discussões estão sendo divulgadas via
sindicatos, via Fiep e Sema. Ela alerta
que os empresários devem buscar seu
sindicato e entrar na agenda de reu-
niões que os mesmos estão desenvol-
vendo”, afirma.
PrazoO plano completo deve ser en-
tregue no começo do ano que vem. “O
Plano de Logística Reversa deverá ser
entregue até o final de fevereiro de
2014 e será a base para elaboração da
legislação pertinente ao setor. O Minis-
tério Público, juntamente com o órgão
ambiental, estará fiscalizando e autu-
ando empresas que não o aplicarem.
Portanto, a participação na fase da ela-
boração é essencial para futura regula-
rização ambiental”, enfatiza Bruna.
O Decreto 7.404/2010, que
regulamenta o Plano Nacional de Re-
síduos Sólidos (PNRS), determina em
seu artigo 13 que logística reversa “é
o instrumento de desenvolvimento
econômico e social caracterizado pelo
conjunto de ações, procedimentos e
meios destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos
ao setor empresarial, para reaprovei-
tamento, em seu ciclo ou em outros
ciclos produtivos, ou outra destinação
final ambientalmente adequada”.
De acordo com a legislação,
três instrumentos podem ser utiliza-
dos para sua implantação: regulamen-
to, acordo setorial e termo de com-
promisso – este último foi o acertado
entre o Sindiavipar e a Secretaria Es-
tadual do Meio Ambiente.
Para mais informações sobre
o Plano Nacional de Resíduos Sólidos
e sobre logística reversa, acesse o
site do Ministério do Meio Ambiente
(mma.gov.br) e clique em Resíduos
Sólidos.
o que é a logística reversa?
Sustentabilidade
18 | sindiavipar.com.br
eStIMatIVaTecnologia e boa gestão devem resultar em nova safra recorde
As lavouras brasileiras ainda
estão sendo plantadas, mas a esti-
mativa para a próxima safra é de que
ocorra um novo recorde na produção
de grãos. O primeiro levantamento
realizado pela Céleres Consultoria
aponta que o Brasil deve produzir
85,19 milhões de toneladas de soja e
83,98 milhões de toneladas de milho
no ciclo 2013/14. “No caso da soja es-
pera-se crescimento na produção em
função do aumento da área. Já o milho
verão terá aumento por causa produti-
vidade. De uma forma geral a adoção
de novas tecnologias e melhor gestão
de recursos disponíveis certamente
contribuem para o aumento da produ-
tividade, considerando o clima favorá-
vel”, avalia Juliano Cunha, analista de
mercado da Céleres.
De acordo com o 1º acompa-
nhamento da consultoria, a estima-
tiva é que a área de soja aumente
4,8%, passando de 27,76 milhões de
hectares para 29,2 milhões de hecta-
res no Brasil. O Mato Grosso continu-
ará sendo o maior estado produtor da
oleaginosa com 8,3 milhões de hec-
tares, aumento de 6,6% em compara-
ção a safra passada, o que representa
515 mil hectares a mais. A produção
do estado deve ser 10,8% superior
ao último ciclo, saltando de 23,19 mi-
lhões de toneladas para 25,7 milhões
de toneladas.
As maiores variações de área
produzida, segundo dados da consul-
toria, devem se registrados na região
Centro-Oeste. No caso da soja, o au-
mento será de 750,3 mil hectares,
comparado à safra 2012/2013. Já o
plantio do milho ganhará 166,7 mil
hectares a mais. “O Centro-Oeste e
o Nordeste vão representar mais de
50% da área de soja, o que evidencia
a consolidação da oleaginosa na nova
fronteira agrícola brasileira”, destaca
o CEO da Céleres, Anderson Galvão.
Na região Sul, a soja terá uma
expansão na área de plantio de 134,5
mil hectares, enquanto a de milho
crescerá 106,6 mil hectares.
Para a soja, o destino de maior
parte da produção será o consumo
Recorde mais uma vezSafras de soja e milho devem superar asprevisões do mercado
Insumos
18 | sindiavipar.com.br
19sindiavipar.com.br |
Fator transgênico Outro elemento que in-
terfere na alta produtividade é
a adoção de grãos transgênicos.
Atualmente, quase 90% da área
cultivada sofreu influência da
biotecnologia, o que explica a ex-
pansão da produção brasileira.
“A produtividade nacio-
nal da soja saltou de 2,3 tonela-
das por hectare na safra 1998/99
para 2,9 toneladas por hectare
em 2012/13. Se considerarmos o
Paraná, onde a adoção de biotec-
nologia é grande, a produtividade
saiu de 2,5 toneladas por hectares
em 1998/99 para 3,3 toneladas
por hectare na safra 2012/13, um
grande salto. A adoção à biotecno-
logia no estado saltou de apenas
4% da área cultivada em 1998/99
para quase 85% na safra 2012/13.
No Brasil, a adoção saltou de 6%
para quase 89% da área”, explica
Juliano Cunha, analista de merca-
do da consultoria Céleres.
Segundo ele, a próxima
safra terá grande participação
de transgênicos. “Para a safra
2013/14 a expectativa de ado-
ção em soja será de 92,4%. Para
o milho verão, 71,5%, e para a
safra de inverno será de 90%”,
completa.
Insumos
doméstico, segundo Cunha. “A previ-
são de exportação para a soja na safra
2013/14 é de 40,5 milhões de tonela-
das, com um consumo doméstico de
43,1 milhões de toneladas. O estoque
final foi estimado em 4,3 milhões de
toneladas, o maior estoque desde a
safra 1997/98”, comenta o analista.
Preço de mercadoCunha afirma que, apesar da
grande oferta, a expectativa para o
restante de 2013 é que os preços dos
grãos se mantenham firmes no merca-
do, uma vez que os preços nacionais
seguem a referência das cotações da
Bolsa de Chicago. “A safra de oleagi-
nosa nos Estados Unidos passa por um
período crítico, que poderá acarretar
na redução da produção e assim man-
ter os preços em alta. Caso isso acon-
teça, a soja também será valorizada no
mercado interno”, explica.
Em contrapartida, o analista
diz que o valor do milho poderá so-
frer o impacto devido à alta produti-
vidade das últimas temporadas. “No
milho, a elevação na produção pode-
rá sim trazer queda nos preços, como
está ocorrendo no momento, sendo
necessário até a intervenção do go-
verno para equalizar a cotação e o
abastecimento aos estados deficitá-
rios do produto”, comenta.
Variação no dólarO forte aumento registrado
no valor do dólar ante ao real nos úl-
timos meses também pode ser visto
como um fator que incentiva o au-
mento das produções de grãos. En-
tretanto, Cunha indica que a questão
cambial interfere sob duas perspec-
tivas na quantidade da safra, minimi-
zando o peso da moeda norte-ameri-
cana no crescimento da projeção.
“A alta no dólar apresenta
duas realidades: a primeira é de me-
lhorar os preços da soja, uma vez que
estes possuem referência internacio-
nal, e também eleva o ganho nas ex-
portações. A outra realidade diz res-
peito à outra ponta, ou seja, a compra
dos insumos, que em grande parte
são importados (fertilizantes e ingre-
dientes ativos dos defensivos), o que
acarretará em aumento dos custos de
produção”, avalia.
19sindiavipar.com.br |
20 | sindiavipar.com.br
Sanidade
Os laboratórios agropecuários
credenciados no Ministério da Agricul-
tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
têm o prazo de até junho de 2014 para
solicitar a acreditação, que avaliará se a
estrutura atende a requisitos predeter-
minados. A medida passou a ser obriga-
tória pelo Instituto Nacional de Metrolo-
gia, Normalização e Qualidade Industrial
(Inmetro), baseada na norma NBR ISO
IEC 17025, que exige a implantação de
um sistema da qualidade que garanta a
confiabilidade dos resultados emitidos.
Porém, muitos laboratórios na -
cionais estão encontrando dificuldades
para adequação às exigências da norma.
Entre os principais problemas enfren-
tados pelos laboratórios estão o custo
elevado da consultoria e da manutenção
do sistema de qualidade, carência de
profissionais habilitados para realizar
os ensaios, a dependência por insumos
importados, inclusive padrões analíti-
cos e a complexidade da infraestrutura
requerida.
Além disso, o Inmetro é respon-
sável por acompanhar todas as etapas
do processo de acreditação, incluindo
as auditorias e avaliações, o que torna o
processo lento.
Acreditação laboratorialProjeto discute soluções para implementação da NBR ISO IEC 17025 até 2014
a norma vai além da execução de uma tarefa de acordo com
um procedimento escrito, sendo necessária a
comprovação da competência técnica
do executantedesta tarefa
Laerte Dall’agnol
21sindiavipar.com.br |
Sanidade
Projeto discute soluçõesPara auxiliar o setor nessa ques-
tão, o projeto Incremento na Sanidade
Animal, que faz parte da Articulação da
Rota Estratégica do Setor de Biotecno-
logia Aplicada à Indústria Animal do Sis-
tema Fiep, está discutindo soluções e es-
tratégias em conjunto com especialistas.
Os encontros ocorrem com frequência.
Entre os participantes está o coordena-
dor-geral de Apoio Laboratorial (CGAL)
do Mapa, Ernesto do Nascimento Viegas.
Segundo Viegas, a acreditação é
uma exigência mundial e os laboratórios
que não se adequarem certamente per-
derão mercados. “O Ministério da Agri-
cultura reconhece as dificuldades para
atender a norma, dessa forma, analisará
a situação dos laboratórios caso a caso
para manter, ou não o credenciamento
para ensaios”, afirmou.
Caminhos e alternativasNa ultima reunião do grupo, re-
alizado em julho, a sócia diretora da Dall
Soluções Analíticas e Empresariais, Laer-
te Dall’Agnol, apresentou os pontos crí-
ticos para a implantação da NBR ISO IEC
17025. “A norma vai além da execução
de uma tarefa de acordo com um pro-
cedimento escrito, sendo necessária a
comprovação da competência técnica do
executante desta tarefa, além do fato de
que o procedimento escrito deve, sem-
pre que possível, ser baseado em normas
nacionais e, ou, internacionais”, explica.
Apesar das dificuldades encon-
tradas, Laerte enfatiza que há caminhos
e alternativas para cumprimento das
exigências pelos laboratórios. “O In-
metro disponibiliza em sua página na
internet um formulário no qual é possí-
vel apresentar quais serão os mecanis-
mos adotados para garantir a qualidade
dos resultados no caso de não existirem
Laboratórios de Ensaios de Proficiência
para o escopo de ensaios, quando for
o caso”, indica a diretora, uma vez que
essa era uma das preocupações do gru-
po de discussão.
O formulário é nomeado como
FOR-CGCRE-0008 e deve ser preen-
chido de acordo com as características
de cada ensaio, ou seja, é preciso que
cada laboratório esteja atento às ativi-
dades desempenhadas e como dispo-
nibilizará ao solicitante a segurança no
resultado apresentado.
Sobre o Sistema Fiep O Sistema Fiep é uma organiza-
ção composta pela Fiep (Federação das
Indústrias do Estado do Paraná), Sesi
(Serviço Social da Indústria), Senai (Ser-
viço Nacional de Aprendizagem Indus-
trial) e IEL (Instituto Euvaldo Lodi). É uma
dentre as 27 federações de indústrias
presentes no Brasil, ligadas a CNI (Confe-
deração Nacional da Indústria).
Seu papel é trabalhar de ma-
neira integrada com foco no desen-
volvimento da indústria paranaense e
promover a educação, o crescimento
sustentável e a melhoria de vida dos
trabalhadores da indústria e seus fami-
liares. Além disso, também incentivar
a inovação de processos e a adoção de
práticas sustentáveis.
A padronização dos processos
laboratoriais é uma prática que se ini-
ciou com a publicação da ISO IEC Guia
25, em 1978, e na Europa era adotada
a EM 4500 01. A existência destas nor-
mas sempre visou estabelecer regras
para o reconhecimento da autenticida-
de dos exames emitidos.
Em função das divergências
existentes entre as duas normativas, a
ISO iniciou em 1995 uma revisão da ISO
Guia 25. Esse trabalho resultou na nor-
ma ISO IEC 17025, que foi publicada no
início do ano 2000. No Brasil a publica-
ção ocorreu somente no ano seguinte.
A ISO IEC 17025 estabele-
ce, portanto, critérios internacionais
para os laboratórios que desejam de-
monstrar sua competência técnica,
sistema da qualidade efetivo e capa-
cidade de produzir resultados tecni-
camente válidos.
Com a implementação da
norma pretende-se facilitar a inter-
pretação e a aplicação dos requisitos
em âmbito global. Gerando assim
menos ambiguidade relacionada aos
métodos utilizados e a efetividade
dos resultados.
A adoção pelos diversos paí-
ses implicará também na facilitação e
incrementação das trocas comerciais.
Pois com as organizações operando de
acordo com normas e procedimentos
harmonizados e aceitos como padrões,
estarão em condições mais favoráveis
para superar possíveis barreiras não-
tarifárias e atender a requisitos técni-
cos especificados.
Especificações da NBR ISo IEC 17025
22 | sindiavipar.com.br
Instituições
“Onde vamos estar no futuro?
Vamos melhorar nossa infraestrutura ou
continuaremos no mesmo ponto, vindo
de anos passados?”. Segundo o diretor
executivo da Associação Brasileira do
Agronegócio (Abag), Luiz Antônio Pina-
zza, esse foi o centro do debate organi-
zado por representantes do setor no 12°
Congresso Brasileiro do Agronegócio,
realizado em agosto, em São Paulo.
“O tema logística e infraestrutu-
ra, apesar de ser recorrente, e até mesmo
repetido, volta a ser discutido já que a
situação se agravou de forma bem radi-
cal esse ano. Tivemos uma grande safra.
Nos últimos anos, ela tem crescido de 15
a 20 milhões de toneladas por ano. E o
país ainda tem uma estrutura com por-
te de 20 anos atrás. Essa infraestrutura
esta completamente inadequada para a
velocidade com que cresce a produção
agropecuária do país”, ressalta o diretor.
De acordo com dados do Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), apenas 18% do Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro é destinada a inves-
timento em infraestrutura. Valor abaixo
do encontrado em outros países da Amé-
rica do Sul – Chile, Colômbia e Peru, por
exemplo, investem 27% de sua arreca-
dação. Já o Banco Mundial aponta que
o custo gerado por essa ineficiência no
sistema de transporte no Brasil é estima-
do em 6% do PIB anualmente, o que re-
presenta uma perda de cerca de R$ 250
bilhões por ano.
“Pouco se avançou em muitos
lugares. Tem a situação da BR 136, a ‘BR
da produção’ que vai de Cuiabá a Santa-
rém, que esta na mesma condição de 10
anos atrás. Se estivesse pronta, ajudaria
a escoar a produção para o arco norte,
aliviando a pressão sob os portos de
Santos e Paranaguá. Tem a malha ferro-
viária do país, que possui 30 mil km. Só
que 2/3 dela não estão sendo utiliza-
dos. Praticamente o que o Brasil inves-
tiu foi em um trecho da ferrovia Norte-
Sul. O resto é tudo plano. Os projetos
estão aí, são bons, mas falta apoio”,
destaca Pinazza.
Prejuízos ao paísO executivo da Abag indica
ainda que não é apenas o produtor que
perde com os problemas estruturais,
mas a economia nacional como um todo.
logísticaem debateFuturo da infraestrutura do Brasil é assunto do 12° congresso da Abag
Outro assunto levantado no
12° Congresso Brasileiro do Agrone-
gócio foi a armazenagem da produ-
ção nacional. Os detalhes do Plano
Nacional de Armazenagem, lançado
junto com o Plano Safra 2013/2014,
foram debatidos pelos presentes no
encontro.
“Há uma expectativa de
que os produtores invistam na capa-
cidade de estocagem da produção.
Isso faz parte de uma visão sistêmi-
ca. Afinal, estanca-se toda uma pres-
são de oferta. O produtor pode fazer
a comercialização num prazo maior,
em doses menores”, explica o dire-
tor executivo da Abag.
Segundo ele, a taxa de juros
do financiamento ao produtor fica
em torno de 3,5% ao ano, por ser
subsidiada pelo governo. A previsão
é de que sejam disponibilizados en-
tre US$ 15 a 20 bilhões.
“Isso vai resolver um pro-
blema muito sério, que é a perda
de produção no transporte. Os ca-
minhões hoje acabam sendo os ar-
mazenadores desses produtos, a um
custo muito alto. Sem contar aquilo
que estraga no período de transi-
ção. Queremos acabar com isso”,
emenda Pinazza.
Armazenagem também entra em discussão
23sindiavipar.com.br |
Instituições
“Perde-se uma janela de oportunidades
no mercado internacional. Afinal, mui-
tos dizem que o Brasil é um formador
de preços das principais commodities
agrícolas. A ineficiência brasileira acaba
provocando alta nos valores dos produ-
tos. Isso dá brecha para o surgimento de
concorrentes estrangeiros, prejudicando
o nosso produto”, afirma.
Soluções para o problemaPinazza conta que o governo fe-
deral, através do presidente da Empresa
de Planejamento e Logística, Bernardo
Figueiredo, tem demonstrado cada vez
mais preocupação com o estado da infra-
estrutura nacional. Segundo ele, “existe
uma boa vontade da presidente Dilma
Roussef para mudar esse cenário”.
“O governo deixa uma dúvi-
da. Eles dizem que faz parte do serviço
deles arrumar isso, e que querem fazer
obras com recursos próprios. Mas esse
caminho é impossível. Um investimento
em infraestrutura e logística precisa de
um montante de capital muito grande,
que o governo sozinho não dá conta. Por
isso, precisa atrair parceiros para esses
investimentos, que são de médio a lon-
go prazo, e possuem uma Taxa Interna de
Retorno também de médio a longo pra-
zo. À medida que avançam os projetos, a
TIR dos investimentos melhora, a produ-
tividade do sistema também e tudo fica
melhor”, analisa.
Dados da EPL indicam que in-
vestimentos federais disponibilizados
pelos Programas de Aceleração do Cres-
cimento (PAC) e do Programa de Inves-
timentos em Logística (PIL), que somam
cerca de R$ 290 bilhões, ainda faltam ser
concluídos. Além disso, um acréscimo de
R$ 247 bilhões foi estimado, baseado
em projetos propostos por agentes pú-
blicos e privados.
“Teremos um ano eleitoral em
2014. Ao setor cabe se organizar melhor
para garantir essas melhorias, afinal ele
está garantindo divisas de US$ 100 bi-
lhões”, completa Pinazza.
www.cap-pr.com.br
Serviços Prestados:
•Gestão de estoques, inventários (WMS);
•Paletização de mercadorias;
•Movimentação de cargas
paletizadas e estivadas;
•Estufagem de containers;
•Cross Docking;
•Separação (Picking) de
mercadorias para distribuição;
•Etiquetagem;
•Logística reversa;
•Congelamento;
•Reforço de frio;
•SIF local;
•Disponibilidade de salas para escritório;
•Pátio com tomadas.
Matriz Filial
CAP CURITIBA
BR 277, Km 66, N° 18.100
Borda do Campo - São José dos
Pinhais –PR
CEP: 83075-000
Fone/Fax: (41) 2104-8444
CAP PARANAGUÁ
Rua: Tertuliana da Cruz dos
Santos, S/N
Pq São João – Paranaguá – PR
CEP: 83212-060
Fone/Fax: (41) 3425-5776
24 | sindiavipar.com.br
Perspectiva favorável para a aviculturaAbertura de novos mercados e queda dos custos de produção favorecem exportações de frango
Capa
24 | sindiavipar.com.br
25sindiavipar.com.br |
Capa
Foto
: Iva
n B
uen
o/S
EIL
Depois de registrar déf icit
nas expor tações de carne de fran-
go em 2012, a expectat iva é que a
indústr ia avícola se recupere das
perdas registradas no ano pas-
sado e no início deste, fechando
2013 com saldo posit ivo. Segun-
do projeções da União Brasileira
de Avicultura (Ubabef ) , as vendas
externas de carne de frango de-
vem crescer de 2% a 3% em 2013
e at ingir volume recorde de cerca
de 4 milhões de toneladas.
Isso porque a tendência de
redução nos custos de produção –
com a valor ização do dólar e tam-
bém de preços mais baixos para
o milho e a soja – deve favorecer
as expor tações do produto. Outro
ponto que conta a favor da indús-
tr ia é a aber tura de novos merca-
dos, como o México, que recen-
temente permit iu as expor tações
brasileiras da proteína, e o cresci-
mento das vendas em países que
já compram o frango brasileiro.
Os Dados divulgados pela
Ubabef no começo de setembro
confirmam a previsão e mostram
que as exportações brasileiras de
carne de frango atingiram 333,6
mil toneladas em agosto deste ano,
resultado 5,1% maior em relação
ao mesmo período de 2012. Já em
receita, houve elevação de 7,5%,
segundo o mesmo período compa-
rativo, com US$ 642 milhões no oi-
tavo mês de 2013.
“Em julho, a queda acumu-
lada no ano era de 3,1%. Já em
agosto, a queda acumulada no ano
foi de 2%. Este cenár io revela uma
tendência indicada pela Ubabef
para a recuperação do r itmo dos
embarques no segundo semestre.
O mercado internacional está mais
atraente e as expor tações deverão
ganhar força, at ingindo, até de-
zembro, volumes semelhantes ao
total expor tado em 2012. Tal situ-
ação também destaca uma tendên-
cia de um mercado interno mais
enxuto, com ofer ta mais adequa-
da à demanda”, destaca Francisco
Turra , presidente da entidade.
Balança comercialDe acordo com informações
do Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea), da Uni-
versidade de São Paulo (USP), a re-
cente valorização do dólar é um fator
que pode contribuir para que os em-
barques da carne ganhem mais rit-
mo nos próximos meses. As apostas
no mercado futuro (BM&FBovespa),
pelo menos por enquanto, são de
continuidade do fortalecimento da
moeda norte - americana.
Mas, se por um lado, a valo-
rização do dólar é positiva para as
exportações das commodities, au-
mentando os ganhos do produtor
rural , por outro a pressão sobre os
custos é grande, já que parte dos
fertilizantes e defensivos utiliza-
dos nas lavouras do país são impor-
tados. “O aumento do dólar é um
fator positivo, mas que não esti-
mula tanto assim o mercado. Quem
compra os insumos não está na
China, e sim na Avenida Paulista”,
pondera Domingos Martins, presi-
dente do Sindicato das Indústrias
de Produtos Avícolas do Estado do
Paraná (Sindiavipar), maior produ-
tor e exportador nacional de carne
de frango.
26 | sindiavipar.com.br
eStratÉGIa Cortes específicos fazem parte
da estratégia das indústrias
Novos mercadosNo mês de julho, as autori-
dades mexicanas aceitaram a cer-
tificação sanitária proposta pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) brasileiro
para exportação de produtos avíco-
las, como carne e ovos férteis. O país
abriu uma cota para importar 300 mil
toneladas do produto sem taxas de
importação para garantir o abasteci-
mento do mercado interno, que sofre
com escassez de frango por causa da
gripe aviária que se abateu sobre as
granjas do país.
Apesar da situação no Méxi-
co ser temporária, o reconhecimento
sanitário do mercado brasileiro abre
portas para o comércio bilateral no
longo prazo. “Entre os países pelos
quais temos batalhado para abrir o
mercado, o México é um dos que têm
maior potencial. Embora em caráter
emergencial, vamos negociar para
que essa abertura seja permanente,
trabalhando com foco na comple-
mentaridade e em parceria com os
produtores mexicanos”, destaca o
presidente da Ubabef.
O dirigente estima que o
Brasil, que já é o maior exportador
de frango do mundo, embarque anu-
almente para o México até 200 mil
toneladas. A expectativa é de que
o mercado mexicano represente a
exportação de US$ 300 milhões por
ano somente nas vendas de carne
de frango, tendo por base um preço
médio do item inteiro e em cortes.
As negociações com os mexicanos
fazem parte da estratégia do gover-
no federal para a abertura de novos
mercados na América Latina para
produtos do agronegócio brasileiro.
Novas frentesOutra frente de negócios
tem atuado na África. Maior parceiro
comercial do Brasil no continente, a
Nigéria sinaliza que pode permitir a
importação de aves e tem recebido
representantes do governo federal e
da indústria para acertar os detalhes
de abertura do mercado nigeriano,
hoje fechado aos fornecedores es-
trangeiros.
A Nigéria é a segunda maior
economia da África e o país mais po-
puloso do continente, com 170 mi-
lhões de pessoas e Produto Interno
Bruto (PIB) com crescimento médio
de 7% nos últimos dez anos. Estima-
se que a região seja o maior mercado
para a carne de frango do continente
africano. O consumo anual de frango
na Nigéria é de 2 quilos, em média,
enquanto no Brasil é de 45 quilos ao
Capa
27sindiavipar.com.br |
ano. A expectativa é que a venda de
carne de frango para a Nigéria au-
mente em 7% o volume de negócios
para o Brasil.
O presidente do Sindiavipar
destaca também outra oportunida-
de: a possibilidade de crescimento
das exportações para a China. “O
mercado chinês ainda é incipiente e
tem muito a ser explorado. Há atual-
mente esforço para se habilitar mais
plantas do Paraná. Hoje, apenas seis
são habilitadas”, analisa. Em 2012, a
China foi responsável pela compra
de pouco mais de 7% das exporta-
ções paranaenses de carne de fran-
go, ou 82,82 mil toneladas – um cres-
cimento de 23% em relação ao ano
anterior. De acordo com Martins, ou-
tro mercado que apresenta potencial
de crescimento é o Vietnã.
Recuperação gradativaO cenário tende ser melhor
no segundo semestre, já que concen-
tra os melhores meses para expor-
tação que são outubro e novembro.
“No primeiro semestre temos como
complicadores a diminuição das ex-
portações para os países onde há in-
verno rigoroso, que dificulta os car-
regamentos e utilização dos portos.
Além disso, as festas de final de ano
também são uma boa oportunidade
para o segmento”, analisa o presi-
dente do Sindiavipar.
Entretanto, para Martins,
ainda é cedo para se afirmar que as
indústrias devem recuperar os pre-
juízos de 2012. “Se as projeções
se confirmarem, com a abertura
do mercado mexicano, a retomada
do consumo que já vimos nos últi-
mos meses e boas safras de milho
no Brasil e nos Estados Unidos, que
são previstas pelos analistas, as em-
presas tendem a recuperar perdas”,
acena o executivo. “Mas tudo ainda
é uma incógnita. Creio que existe a
necessidade de se fazer uma refle-
xão sobre nossa atual capacidade”,
destaca.
“A estratégia das indústrias
avícolas do Paraná é se manter firme
nos mercados em que já atuamos,
crescer nos mercados incipientes,
tomar posse dos novos e habilitar
mais plantas para o exterior, além de
materializar o câmbio e não baixar o
valor em dólar”, conta o presidente
do Sindiavipar. Já para o mercado
interno, a estratégia é diversificar,
oferecendo produtos com maior va-
lor agregado.
Capa
Cortes específicos de fran-
go, de acordo com os hábitos de
consumo e a cultura de cada região,
também fazem parte das estraté-
gias da indústria avícola para im-
pulsionar a exportação. Nesse sen-
tido, um dos principais focos das
empresas paranaenses é o Oriente
Médio. Segundo o Sindiavipar, dos
dez maiores mercados consumido-
res da carne de frango do Paraná,
quatro são daquela região: Arábia
Saudita, Emirados Árabes, Kuwait
e Egito, que juntos respondem por
aproximadamente 1/3 do volume
das exportações paranaenses.
Para a indústria avícola,
além de abrir novos mercados, a
vantagem dos cortes especiais é o
maior valor agregado. O preço do
produto fica entre 10% e 15% aci-
ma dos cortes vendidos no mercado
interno.
O Japão, por exemplo, com-
pra o kakugiri (coxa e sobrecoxa
desossadas e cortadas em cubos),
bastante utilizado em restauran-
tes, mas também comercializado
nos supermercados; e o meio da asa
com corte na transversal. Já Hong
Kong e China consomem, entre ou-
tros cortes, a ponta da asa e o pé de
frango. Já no Oriente Médio, fazem
sucesso o frango inteiro desossado,
conhecido como shawarma - o mes-
mo nome de um lanche tradicional
entre os árabes, também chamado
de churrasco grego no Brasil - e a
coxa e sobrecoxa sem osso e sem
pele.
Atualmente o Paraná co-
mercializa com mais de 130 países,
e é responsável por quase 30% das
exportações nacionais de frango.
“No Paraná, as excelentes condi-
ções fundiárias, geográficas, to-
pográficas e climáticas do estado
costumam ser uma constante. Já os
fatores como a valorização do câm-
bio, a instalação de novas indústrias
no estado e também a abertura de
novos mercados em países emer-
gentes são sazonais”, arremata o
presidente do Sindiavipar.
Cortes específicos
28 | sindiavipar.com.br
Mercado exterior
Por intermédio do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), o Porto de Paranaguá (PR) testa-
rá, nas exportações de cargas com pro-
dutos de origem animal, o lacre eletrô-
nico que vai armazenar as informações
aduaneiras em um chip. A implantação
desta nova ferramenta é resultado do
Projeto Canal Azul que já está presente
há três meses nos portos de Santos (SP)
e Navegantes (SC) e que, segundo pre-
visões, dentro de um ano deve ser utili-
zado de forma definitiva em todo Brasil.
O sistema desenvolvido pela
Universidade de São Paulo (USP), res-
ponsável pela implantação e monito-
ramento do projeto, constatou em suas
pesquisas a redução na geração dos
documentos necessários à exportação
de 48 horas para apenas duas horas.
Isso porque o processo passa a ser ele-
trônico, não sendo necessário mais o
armazenamento físico dos documentos
aduaneiros. Os impactos podem refle-
tir economicamente após a implanta-
ção nos demais portos do país, pois os
gastos com energia diminuirão em até
R$ 60 milhões.
Entre os principais benefícios
está a globalização da informação. Em
pouco tempo será possível transferir
os dados da carga diretamente ao des-
tino final, antes mesmo do contêiner
deixar o porto.
O superintendente Federal de
Agricultura no Estado do Paraná, Daniel
Gonçalves Filho, enfatizou que a lenti-
dão existente hoje nos portos é, em par-
tes, decorrência dos trâmites burocráti-
cos, mas que o modelo em teste dará
eficiência ao processo. “Hoje, o aperto
dos embarques ocorre por uma questão
muito de burocracia, a partir da implan-
tação do lacre o processo de liberação
será muito rápido”, disse.
Esse modelo vai permitir o me-
lhor atendimento também às indústrias,
que com maior eficiência e agilidade
“Canal Azul” agiliza logísticaProjeto prevê implantação de lacre eletrônico para aperfeiçoar exportação
SeGUraNÇaLacre eletrônico
permitirá que carga seja rastreada a partir das
informações do chip
28 | sindiavipar.com.br
29sindiavipar.com.br |
Mercado exterior
Responsável pela implantação
do projeto Canal Azul no Porto de Pa-
ranaguá, o superintendente Federal de
Agricultura no Estado do Paraná, Da-
niel Gonçalves Filho, esclarece em en-
trevista à revista Avicultura do Paraná
algumas questões técnicas e as vanta-
gens na implantação do lacre eletrôni-
co nas exportações de carne.
Quais são as necessidades nas ex-portações do país?
Daniel Gonçalves Filho - O
cenário que nós temos hoje no Brasil
é que precisamos construir uma polí-
tica para baixar custo e ampliar a pro-
dutividade na exportação e nisso os
órgãos federais podem contribuir de
forma significativa. Através da oferta
de um sistema informatizado como
esse do lacre eletrônico, desenvolvi-
do pela USP e que já está sendo tes-
tado nos portos de Santos (SP) e Na-
vegantes (SC), não só a logística das
empresas, mas ptoda a exportação do
país será beneficiada com a otimiza-
ção do trabalho. A intenção é que em
um ano o sistema seja implantado em
todos os portos do país.
A inspiração para implantação do projeto surgiu como?
Em outros países esse siste-
ma já existe. No Brasil, o Mapa, após a
realização de um estudo bastante pro-
fundo, resolveu adotar essa tecnologia
inicialmente no sistema de exportação
de carne. Mas já está sendo prevista a
utilização na exportação de soja, que
só para se ter ideia, o Porto de Parana-
guá já exporta mais de 1500 contêine-
res por mês da commoditie.
De que maneira o lacre funcionará nos contêineres?
O contêiner será lacrado na
própria indústria. No chip estrão todas
as informações aduaneiras referentes
ao contêiner que irá sair lá de Cascavel
(PR), por exemplo. Essas informações
vão diretamente para o sistema de Vi-
gilância Agropecuária Internacional
(Vigiagro) no porto. Por meio do aces-
so online o veterinário vai acompanhar
todo o processo antes mesmo da carga
chegar. Com isso ele já vai ter condi-
ções de fazer as análises necessárias.
Se tudo estiver ok, ele fará a anuência e
quando esse contêiner chegar ao porto
precisará somente conferir o lacre, que
apresentará todas as informações no
chip, garantindo autenticidade à carga.
Na sequência esse contêiner já vai para
o navio e não terá problema no embar-
que. Esse será o grande ganho de logís-
tica e ainda de redução da burocracia,
da papelada, o que dará maior seguran-
ça nas exportações uma vez que a tec-
nologia é uma ferramenta inovadora
que permite o rastreamento da carne.
Nesse primeiro momento qual será a estratégia de teste utilizada?
O projeto piloto começa com a
utilização do lacre em 1000 contêine-
res pelas empresas que foram selecio-
nadas e que demonstraram interesse
em participar. Estão entre elas Copacol,
Copagril, Lar, C. Vale, Coopavel, Globo-
aves, unidades da BRF, grupo JBS, gru-
po Seara Alimentos e Frimesa.
o sistema eletrônico amplia a concorrência das exportações do estado?
Sim e também a soma de ou-
tros fatores que irão fazer com que
o porto de Paranaguá seja mais com-
petitivo. Entre eles está o estudo em
conjunto com as empresas que estão
envolvidas no processo de exportação,
não só os industriais, mas também as
empresas logísticas, para utilização
maciça da ferrovia. Aliada a algumas
medidas de governo, a ferrovia tende
a baixar o custo e com isso auxilia na
ampliação dos negócios, sendo assim
as demandas do Paraná passam a ser
atendidas de forma mais eficiente.
Entrevista Daniel Gonçalves Filho
em todo procedimento conseguirá am-
pliar o volume de exportações de forma
mais organizada.
Antes da implantação efetiva
dos testes, tanto as empresas quanto
os funcionários do porto ligados às ex-
portações irão passar por processo de
treinamento coordenado pelos espe-
cialistas da USP.
As empresas que quiserem ade-
rir ao lacre e auxiliar os testes prelimi-
nares podem submeter uma solicitação
formal à superintendência do Mapa no
Paraná. A proposta será avaliada e o
contato será estabelecido. Mais infor-
mações pelo telefone (41) 3361-4052
ou no endereço eletrônico gab-pr@
agricultura.gov.br.
30 | sindiavipar.com.br30 | sindiavipar.com.br
Adapar
O diretor presidente da Agência
de Defesa Agropecuária do Paraná (Ada-
par), Inácio Afonso Kroetz, e o diretor de
operações do Serviço de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas do Estado do Pa-
raná (Sebrae-PR), Julio Cezar Agostini,
assinaram, em julho, um termo de coope-
ração técnica que tem por objetivo pro-
mover a qualidade, o acesso e a expan-
são ao Sistema Brasileiro de Inspeção de
Produtos de Origem Animal (Sisbi/POA)
das empresas registradas no Serviço de
Inspeção do Paraná / Produtos de Ori-
gem Animal (SIP/POA).
O Sebrae executará junto às em-
presas paranaenses registradas do SIP/
POA, e que venham a aderir voluntaria-
mente ao programa, serviços de consul-
toria em inovação e tecnologia, visando
melhorar os processos de elaboração de
produtos de origem animal. Em contra-
partida, a Adapar irá auxiliar o Sebrae-PR
na revisão das metodologias e material
técnico utilizado na implantação de boas
práticas de fabricação e programas de au-
tocontrole em empresas elaboradoras de
produtos de origem animal, validando, ao
final, o material técnico a ser utilizado.
Durante o evento que formalizou
o convênio, esteve presente o secretário
da Agricultura e do Abastecimento, Nor-
berto Ortigara, que considera a iniciativa
indispensável para o desenvolvimento do
setor no estado. “Queremos que todos os
nossos agricultores tenham estímulos para
cumprir as exigências necessárias para que
tenhamos alimentos saudáveis em nossas
mesas. Podemos ampliar essa visão, e aju-
dar a gerar mais renda, a dar melhores con-
dições de vida no campo”, avaliou.
Parceria para crescer Convênio entre Adapar e Sebrae-PR busca melhoria para processos de produção
Consultoria Participam das atividades 28
consultores do Sebrae-PR, que percorre-
rão o estado replicando as boas práticas
de fabricação e programas de auto con-
trole padronizados, monitorando periodi-
camente o índice de evolução da qualida-
de. Com uma abordagem personalizada
para microempresas, a consultoria tem
carga horária de 35 horas.
A parceria terá o apoio do Pro-
grama Serviços em Inovação e Tecnolo-
gia (Sebraetec) que permite às empresas
demandantes o acesso a conhecimentos
tecnológicos existentes na infraestrutura
de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I),
assinalando caminhos para a melhoria de
processos e produtos e a introdução de
inovações nas empresas ou no mercado.
Periodicamente a Adapar, por in-
termédio da Gerência de Inspeção de Pro-
dutos de Origem Animal, se reunirá com
os representantes do Sebrae para ajustar e
avaliar os trabalhos. A proposta está alinha-
da aos objetivos estratégicos da Adapar de
intensificar parcerias, convênios e coope-
ração técnica para promover a qualidade,
o acesso, a expansão e a manutenção dos
produtos agropecuários do Paraná nos
mercados nacional e internacional.
Kroetz acredita que a parceria
inovará e trará qualificação a produção
animal paranaense. “Estamos oportuni-
zando condições para comercializar os
produtos em todo o país”, diz.
31sindiavipar.com.br |
Agora suas avesmetem o bico noque é bom paraos seus resultados.
A tecnologia Ourofino acaba de chegar à avicultura. O aditivo melhorador de desempenho
Enragold, à base de enramicina, atua na manutenção da microbiota intestinal, possibilitando
maior volume de nutrientes disponíveis às aves, maior ganho de peso e melhora da
conversão alimentar. Com Enragold, seus resultados valem ouro.
Aditivo nutricional paraa engorda de resultados.
Anuncio_Enragold1_21x27,5cm_0813OF02.indd 1 16/09/13 15:49
32 | sindiavipar.com.br
Pesquisa e tecnologia
O investimento em novas
tecnologias é essencial para os avi-
cultores que desejam se destacar no
mercado com maior produtividade,
economia de recursos e a diminuição
de incidência de doenças dentro das
granjas ou indústrias. O gasto inicial,
no final das contas, se reverte em uma
rotina mais produtiva e em um aumen-
to na saúde e bem-estar das aves.
Por isso, ficar por dentro dos
lançamentos voltados para o setor
avícola é uma forma de conhecer no-
vos equipamentos e encontrar formas
diferentes de solucionar problemas e
melhorar a forma de trabalho. Nos úl-
timos meses, algumas novidades che-
garam para alavancar a avicultura.
Placas de isolamentoTanto as coberturas, como as
paredes laterais das granjas, são pon-
tos que precisam ser avaliados com
muita atenção na hora de se construir
um galpão. O clima, cada vez mais ins-
tável, permite que em um mesmo dia
haja oscilação de temperatura de até
20 °C. E, levando esse fato em consi-
deração, a não ser que exista um iso-
lamento térmico que confira alta re-
sistência térmica, a inversão térmica
é brutal.
A resistência térmica tem
haver com a condutibilidade tér-
mica dos materiais e a espessura
utilizada. Quanto menor a conduti-
bilidade térmica e maior espessura,
maior será a resistência térmica.
Materiais metálicos como prata, co-
bre e alumínio são caracterizados
como fortes condutores térmicos, já
poliestirenos, polietileno e madeira
são materiais com baixa condutibili-
dade térmica e mais adequados para
este tipo de aplicação.
O uso de um bom sistema iso-
térmico contribui também para o redi-
mensionamento dos gastos de ener-
gia. Assim, o isolante térmico é uma
opção com custo-benefício para quem
quer fazer da granja um ambiente de
saúde e bem-estar.
A Spumapac, por exemplo,
dentro da sua linha de produtos, fa-
brica a BuildSpuma (buildspuma.com.
br), uma placa de isolante térmico de
alto desempenho para coberturas de
granjas. A utilização das placas di-
minui significativamente a morte de
aves, ocasionadas pelas constantes
mudanças climáticas no inverno e ve-
rão, além de contribuir para uma me-
lhor conversão alimentar, diminuindo
o estresse das aves e suínos.
AditivosJá a Ourofino Saúde Animal
(ourofino.com) apresenta ao mercado
um novo produto destinado às aves de
corte: o Enragold, novo aditivo melho-
rador de desempenho. O lançamen-
to possibilita ao avicultor aumento
nos resultados e melhor rentabilida-
de para o seu negócio. Há situações
inerentes ao manejo das aves que
ocasionam perdas de peso e, conse-
quentemente, o produtor perde ren-
tabilidade. “Nesse sentido, desde os
primeiros dias de vida da ave, o aditi-
vo atua na manutenção da microbiota
intestinal, possibilitando maior volu-
me de nutrientes disponíveis às aves,
ocasionando maior ganho de peso e
melhora da conversão alimentar”, ex-
plica Luciano Catelli, médico veteriná-
Novidades para o avicultorEquipamentos auxiliam dia a dia do trabalho avícola
32 | sindiavipar.com.br
33sindiavipar.com.br |
Pesquisa e tecnologia
rio e gerente técnico da Linha Aves e
Suínos na Ourofino.
O produto é comercializado
em embalagens de 25 kg, em apresen-
tação granulada, para ser misturada à
ração. Um dos diferenciais do produto
é o fato de não apresentar carência. “A
enramicina é uma matéria-prima que
age apenas no trato gastrointestinal.
Por isso, a carne pode ser consumida
mesmo após a aplicação do produto”,
explica o professor Vinicius Canta-
relli, da Universidade Federal de La-
vras (UFLA), em Minas Gerais.
O Enragold pode ser utilizado
em qualquer fase da vida da ave, tanto
nos programas de inverno, quanto nos
de verão das granjas. O melhor plano
para cada criação depende do plane-
jamento de um especialista, já que a
dosagem pode variar de 38 a 125 g
por tonelada de ração.
Armazenagem frigorificadaRedução de tempo e distância
percorridos, flexibilidade e qualidade
atendendo às normas do padrão mun-
dial são algumas das características
dos serviços oferecidos pela CAP Lo-
gística Frigorificada (cap-pr.com.br). A
empresa tem origem no Rio de Janeiro
e carrega em sua história três décadas
de experiência no ramo de armazena-
gem frigorificada. Desde 2000 atua
no Paraná, com sede em São José dos
Pinhais e, em 2009, a CAP inaugurou
uma filial localizada a 5 km do Porto
de Paranaguá.
A CAP oferece ao setor avíco-
la câmaras para mercadorias congela-
das e resfriadas com estruturas (drive
in e porta paletes) para atender as
mais diversas necessidades, controle
rigoroso de temperatura, dois túneis
de congelamento, ampla plataforma
climatizada para agilizar movimenta-
ções de cargas e descargas simultâ-
neas, áreas para picking e cross do-
cking e, somando-se a tudo isto, uma
equipe de funcionários altamente
treinada e especializada para atender
a todas as necessidades.
A empresa realiza gestão de
estoques e inventários, paletização
das mercadorias, movimentação de
cargas paletizadas e estivadas, estu-
fagem de containers, cross docking,
separação (picking) de mercadorias
para distribuição, etiquetagem, lo-
gística reversa, congelamento, re-
forço de frio, sif local, disponibili-
dade de salas para escritório e pátio
com tomadas.
Inspeção de gasesUm novo equipamento para
inspeção de gases em embalagens
lançado recentemente no merca-
do possibilita inspeção e controle
de gases em embalagens com At-
mosfera Modificada (ATM) utilizan-
do apenas 3ml de amostragem. Ele
atende as necessidades
de segmentos como
alimentício e
farmacêutico. É o PA 7.0 da Witt, co-
mercializado no Brasil pela Sunnyvale
(sunnyvale.com.br), que permite a
inspeção de O2 e CO2 mesmo com um
pequeno volume de gases utilizados
na embalagem.
Com 3ml de amostragem, o
equipamento é capaz de fazer a inspe-
ção simples ou de misturas dos gases
utilizadas para dar maior tempo de
vida útil ao produto. Ele também con-
ta com mais opções de interfaces para
integração com sistemas existentes
no processo produtivo, como USB, SD-
card, digital e entradas e saídas 24V.
Entre os principais benefí-
cios estão garantia de vida útil maior
ao produto embalado, maior segu-
rança para o consumo do produto
e economia com identificação das
quantidades exatas de gases neces-
sárias na embalagem. Os segmentos
que mais utilizam de ATM nas emba-
lagens são o de massas frescas, pa-
nificação, laticínios, carnes em geral,
peixes e frutos do mar, frutas e vege-
tais, snacks, pratos prontos, bebidas
em geral e farmacêutico.
34 | sindiavipar.com.br
Saúde do trabalhador
Orientar gestores, profissio-
nais de medicina do trabalho e repre-
sentantes dos colaboradores do seg-
mento frigorífico, assim como órgãos
públicos ligados à prevenção e à pro-
moção de segurança e saúde do traba-
lho. Esse é o objetivo do livro “NR-36:
Norma Reguladora de Segurança de
Trabalho e Saúde no Trabalho em Em-
presa de Abate e Processamento de
Carnes e Derivados”, lançado no últi-
mo Salão Internacional da Avicultura
(SIAV), no mês de agosto.
A obra, escrita pelo engenhei-
ro ambiental Moacir Cerigueli, explica
quais os reais motivos que levaram à
criação da norma reguladora, avalia
seus principais impactos, além de apre-
sentar uma forma de gerenciamento do
seu conteúdo.
Segundo o autor, a ideia é de-
bater o que levou a criação da norma
para facilitar seu entendimento. “É fei-
to um detalhamento sobre questões
que ainda geram dúvidas em técnicos,
fiscais e sindicatos. Posso afirmar que
o livro busca contribuir para o baliza-
mento dos trabalhos de Segurança e
Saúde do Trabalho (SST) dos diversos
atores envolvidos nas atividades do
segmento frigorífico”, diz Cerigueli.
Ele ainda ressalta que a implan-
tação da NR-36 é uma conquista para
quem trabalha no setor, já que ela ga-
rante à toda categoria benefícios que
somente algumas empresas ofereciam.
“Sem dúvidas, o grande beneficiário
com a implementação das premissas
previstas na NR-36 é o trabalhador,
quer seja na melhoria da qualidade de
vida no seu local de trabalho, quer pela
manutenção da sua saúde e da integri-
dade física, como a menor incidência de
acidentes e doenças ocupacionais”, diz.
o que mudaSegundo índices divulgados via
Fator Acidentário de Prevenção (FAP),
calculados pelo Instituto Nacional do Se-
guro Social (INSS), o setor avícola apare-
cia em 2009 no 48º lugar no ranking por
frequência, em 44º lugar por gravidade
e em 105º lugar por custo. Em 2012, o
índice aponta o mesmo segmento eco-
nômico respectivamente, em 190º, 159º
e 232º lugar, sinalizando um aumento na
preocupação ao que tange à segurança
dos trabalhadores no setor.
Para Cerigueli, a norma regula-
dora irá melhorar ainda mais o cenário,
criando um padrão de qualidade nas ati-
vidades de abate. “Aos trabalhadores do
segmento, a expectativa é de melhorias
Livro explica a norma para ajudar profissionais do setor de abate
Conheça melhor a NR-36
Dica
Cerigueli ainda deixa uma
sugestão para facilitar a vida dos
gestores na hora de se organizar
diante da norma. “A empresa deve
constituir um ou mais grupo de tra-
balho ou comitês, estudar a NR-36,
desenvolver planos de ação estrutu-
rados aos objetivos da norma e focar
sua gestão (administração) de modo
a interagir com as diversas variáveis
internas, sem omitir é claro os as-
pectos de SST”, comenta autor.
Saúde do trabalhador
significativas nas condições laborais,
quer seja pelas melhorias dos postos de
trabalho como melhor ergonomia, prote-
ção de máquinas e equipamentos, entre
outros, pela jornada de trabalho com me-
nor exposição a riscos ou por ambientes
mais saudáveis e humanizados”, conclui.
DificuldadesO autor do livro acredita que as
empresas do setor encontrarão dificul-
dades na aplicação da NR-36, devido às
exigências e custos que ela irá impor no
curto prazo.
“A implantação de pausas,
controle do ritmo e as adequações das
condições ergonômicas e de trabalho
de um modo geral, serão os grandes
desafios. Todavia, é na necessidade da
constituição de um modelo de gestão
que a nova NR está pautada. Gestão
integrada de sistema de produção à
gestão de Segurança e Saúde, dos seus
recursos humanos e, em especial, dos
riscos ocupacionais presentes no pro-
cesso”, explica.
Entretanto, mesmo diante des-
ses empecilhos imediatos, ele espera que
aos poucos a indústria de abate consiga se
ajustar, a fim de garantir o melhor ambien-
te de trabalho aos seus colaboradores.
“Diversas empresas de segmen-
tos diferentes enfrentaram situações
semelhantes e souberam se adaptar.
Vejamos o caso da indústria automotiva
e do setor bancário, que apresentavam
situações semelhantes na década de
1990. Obviamente que cada um deles
teve uma solução específica diferente.
O setor frigorífico certamente haverá de
encontrar o seu modelo”, completa.
36 | sindiavipar.com.br
PreVeNÇÃoBem-estar no aviário é a única forma de evitar a lesão nos pés das aves
Nos cuidados com a criação de
frango de corte, muitas vezes passam des-
percebidos os devidos cuidados com os pés
das aves. Uma implicação negativa dessa
falta de tratamento correto das patas é o
surgimento de calos nos frangos. Situação
que, sem a atenção do produtor e as pro-
vidências ideais, pode gerar prejuízos aos
aviários e perdas significativas à indústria.
O calo é uma lesão que surge
na região plantar do pé das aves, e que se
origina no espessamento da camada cór-
nea da pele, composta de queratina. Dario
Kupchel Filho, assistente técnico de uma
empresa do setor, explica que a umidade
na cama do aviário é o principal causador
desse dano ao animal. “Quando há esta
condição, a ave fica com material orgânico
da própria cama aderido, levando a uma
injúria crônica neste ponto, inflamando e
aumentando a concentração da queratina,
caracterizando a lesão”, explica.
Segundo ele, a incidência desse
dano é variável, dependendo da interferên-
cia dos extensionistas nos cuidados com a
criação. “Ela varia muito de empresa para
empresa, e de extensionista para extensio-
nista, afinal este profissional é quem está
em contato diariamente com os produto-
res, orientando-os em relação aos manejos
e estruturas dos aviários, afetando dire-
tamente em todos os índices zootécnicos,
incluindo calo de patas”, argumenta.
Ainda de acordo com Kuchpel
Filho, não existe tratamento para curar os
calos. A prevenção é a única maneira de
evitá-los e promover o bem-estar das aves.
“O frango de corte requer condições ótimas
de ambiência e bem-estar para expressar o
seu máximo potencial genético, e lesões
nas carcaças são usadas como índices do
nível de bem estar”, afirma.
Valor dos pésProduto pouco valorizado pe-
los brasileiros, os pés de frango têm alto
valor comercial no mercado internacio-
nal, como na Ásia e no Oriente Médio,
principal região de destino da carne de
frango brasileira. Só nos primeiros seis
meses de 2013, as indústrias parana-
enses exportaram 257,38 milhões de
quilos de cortes de frango, que incluem
os pés das aves. O faturamento dessa
quantidade embarcada chegou a US$
493,72 milhões.
A comercialização de cortes
específicos do frango se tornou uma
excelente fonte de renda para a cadeia
produtora. Diante disso, as precauções
com relação aos calos devem ser adota-
das por todos os produtores.
Para o assistente técnico, é um
cuidado que deve partir de um cenário
maior, sendo incentivado e orientado
pela indústria aviária a fim de garantir
que todas as aves sejam criadas com
qualidade, resultando em um aproveita-
mento maior das partes do animal. “Elas
devem orientar por meio de treinamen-
tos inicialmente, dias de campo, pois
este produto tem alto valor agregado,
sendo comparado muitas vezes ao valor
do peito de frango”, conclui.
Bem-estar animal
Com prevenção correta, lesões nos pés dos frangospodem ser evitadas
Atenção com os calos
37sindiavipar.com.br |
Bem-estar animal
Abaixo estão algumas dicas de como
cuidar corretamente das camas dos
aviários para evitar a incidência de ca-
los nos frangos:
1- Volume de maravalha a ser colocada na
primeira cama tem que ter uma altura mí-
nima de 13 cm para a absorção de água;
2- A densidade das aves determinada
pela empresa afeta diretamente, pois au-
menta a umidade da cama;
3- A qualidade da cama também é impor-
tante, ela deve ser fina, de madeira mole,
como Pinus ou casca de café, se for neces-
sário usar casca de arroz, tentar misturar
a metade com os materiais ideais citados
anteriormente;
4- O cascão que é formado no aviário pre-
ferencialmente deve ser retirado durante
a criação do lote à medida que se forma,
e não misturar com a cama seca que está
abaixo do cascão, pois o que era total-
mente seco ficará meio úmido e a cama
ideal é totalmente seca;
5- Mexer a cama diariamente quando
ainda não há cascão, evitando a forma-
ção deste;
6- Manter o niplle regulado na pressão
correta e bem nivelado, evitando pingos
de água molhando a cama;
7- Anualmente é preciso lavar a parte in-
terna do niplle passando água com solu-
ção ácida e depois com cloro 30 ppm para
eliminar biofilmes criados, onde este im-
pedirá a vedação perfeita do bico do nipl-
le vazando durante próximos lotes;
8- O filtro da tubulação de água deve ser
limpo diariamente para evitar pingos de
água também;
9- Garantir uma velocidade de vento mí-
nimo necessário para a nebulização não
cair na cama;
10- Ter uma nebulização com bicos de-
sentupidos e também limpar diariamente
o filtro de linha;
11- Fermentar a cama entre lotes ajuda
muito a estrutura da cama, aumentan-
do a capacidade de absorção de água a
cada lote.
Evite os calos
38 | sindiavipar.com.br
O Brasil é um dos três maiores
produtores de aves no mundo, ao lado
dos Estados Unidos e da China, e des-
de 2004 já lidera as exportações, se-
gundo a União Brasileira de Avicultura
( Ubabef). Somente no Paraná são 60 mil
trabalhadores na avicultura. Esses nú-
meros expressivos chamaram a atenção
de um grupo de estudos econômicos da
Universidade Estadual do Oeste do Pa-
raná (Unioeste), em Cascavel (PR), que
resolveu explorar o tema.
Para um dos professores idea-
lizadores do projeto e especialista em
Economia do Trabalho, Luciano de Souza
Costa, o interesse em levantar dados so-
bre a avicultura ocorreu primeiramente
pela ausência de um estudo aprofunda-
do sobre o setor e a atual posição do es-
tado frente à produção.
“Já existem alguns trabalhos
acadêmicos publicados relacionados ao
assunto. Mas pretendemos fazer um le-
vantamento inicialmente estadual que
irá mapear todas as etapas do processo
nas indústrias e nos aviários”, explica.
Entre as questões que serão avaliadas
está organização, produção, adequações
trabalhistas, uso de tecnologia, bem
como a evolução ao longo dos anos e as
dificuldades.
A universidade já contava com
um grupo de estudos de Economia Apli-
cada e desde 2008 vinham amadure-
cendo a ideia de produzir conteúdo mais
específico relacionado à avicultura, bus-
cando atingir resultados mais significa-
tivos do que se estudassem o agrone-
gócio de modo mais abrangente. “Todo
esse conhecimento que será gerado
poderá ser aplicado pelos empresários
e avicultores na melhoria da produção”,
ressalta Costa.
Dados coletadosAs conversas iniciais começa-
ram há cinco anos, mas a definição do ob-
jeto do estudo só foi efetivada no último
ano. Neste momento, o grupo seleciona
as principais fontes que serão consulta-
das ao longo do projeto e também já co-
meçam a reunir alguns dados. “Os conta-
tos preliminares estão sendo feitos com
o Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística (IBGE) e o Instituto Paranaense
de Desenvolvimento Econômico e Social
(Ipardes). O próximo passo será visitar as
indústrias e os aviários”, conta.
A medida em que for coletado
o material, as informações serão com-
paradas e analisadas e resultarão em
artigos, monografias e outros mate-
riais científicos. “Também queremos
trazer os alunos para as discussões”,
diz o professor. As publicações devem
começar a sair a partir do segundo se-
mestre de 2014.
Relevância nacional“Embora estejamos analisan-
do somente o Paraná, preliminarmente,
essas informações já têm peso nacional,
pois o estado possui papel fundamen-
tal na avicultura do país. Além disso, as
pretensões são de ampliar o estudo em
todo território”, sinaliza Costa.
O interesse de no futuro ex-
pandir a coleta de informações surgiu
em função de alguns dados já apurados
que apontaram o crescimento da avicul-
tura em estados não tradicionalmente
conhecidos por atuarem no setor como
Mato Grosso do Sul e outros da região
Nordeste. “O que estão surgindo não
são agroindústrias, mas unidades meno-
res que chegam a abater 1.000 frangos
por dia. São mudanças no cenário aviá-
rio que precisam ser acompanhadas de
perto e é por isso que montamos esse
grupo”, avalia o professor.
Estudos no setor aviárioGrupo analisa tendências e organização da avicultura paranaense
Colaborações são bem-vindas
O projeto conta com a parce-
ria e o apoio técnico do Sindiavipar,
que desde o começo tem fornecido
dados sobre a atividade no estado,
e recebe também colaborações de
quem puder contribuir. “Gostaríamos
muito que as indústrias e quem pos-
suir algum tipo de informação sobre
a avicultura no Paraná entrasse em
contato conosco. Os materiais produ-
zidos contribuíram para seguirmos na
liderança da produção e melhorarmos
o que já está sendo feito”, destaca ele.
O contato do grupo é pelo telefone
(45) 3220-3145 ou pelo e-mail coor-
Economia
39sindiavipar.com.br |
Fiep
O Sesi Paraná desenvolveu um
software que avalia as condições de
acessibilidade e as deficiências com-
patíveis com os postos de trabalho de
uma fábrica. O principal objetivo do
projeto é viabilizar e incentivar a in-
clusão de pessoas com deficiência no
ambiente da indústria. O projeto teve
início em 2011, por meio do edital
Sesi/Senai de Inovação e teve como
parceira a BRF Carambeí. A empresa
foi escolhida por desenvolver um am-
plo trabalho, em parceria com o Sesi
Paraná, na inclusão de pessoas com
deficiência nas unidades do grupo no
Brasil, além de ser uma das maiores
empregadoras do país na atualidade,
com 115 mil colaboradores. O desafio
de promover acessibilidade em um
frigorífico também foi determinante
para a escolha da BRF.
A partir da integração das
plataformas web e mobile, uma equi-
pe multidisciplinar desenvolveu um
sistema de análise e cruzamento de
informações, que torna mais ágil o
processo de identificação de postos
de trabalho para deficientes e apon-
ta as mudanças necessárias dentro
da empresa. Toda a coleta de dados
é feita em campo, com smartphones.
O relatório final é validado por um
engenheiro e um médico. “A inclusão
e acessibilidade das pessoas com de-
ficiência na indústria são temas rele-
vantes para o Sesi Paraná. O software
Diagnóstico Funcional vem agilizar
e dar maior precisão na análise de
postos de trabalho, preparando-os
ou adaptando-os às necessidades
das PcD”, afirma José Antonio Fares,
superintendente do Sesi Paraná. En-
tre os principais ganhos do software
estão maior agilidade; redução de
custos e minimização da perda de in-
formações.
O gestor de Relações de Tra-
balho de Recursos Humanos Corpora-
tivo da BRF, Carlos Mello, explicou que
a empresa de alimentos queria me-
lhorar ainda mais sua acessibilidade.
Segundo o coordenador, o diagnóstico
permitiu que a área de Recursos Hu-
manos percebesse oportunidades que
até então não eram notadas. “Com o
diagnóstico nós poderemos mostrar
para os líderes de times as possibili-
dades comprovadas de inclusão e as
melhorias para tornar estes postos
acessíveis”, diz Mello.
Indústrias mais acessíveisSesi desenvolve software testado na unidade da BRF de Carambeí
Inovação Social O gestor do Sesi responsável
pelo desenvolvimento do projeto, Agnal-
do Adélio Eduardo, lembrou que a inova-
ção social é pouco trabalhada no segmen-
to industrial. “Quando se fala em inovação
industrial, a primeira referência é a área
tecnológica. Mas a parte social também
tem muito a desenvolver, quando o assun-
to é inovar”, lembra.
Para a gestora técnica de respon-
sabilidade social do Sesi, Regiane Maturo,
o software lançado pelo projeto Indústria
Acessível é um importante avanço na área
de inovação. “A nossa expectativa é de
que, por meio desta nova ferramenta, a
indústria seja referência de ambiente de
inclusão dentro da sociedade e que essa
forma de pensar passe a fazer parte da cul-
tura do meio corporativo”, conclui.
40 | sindiavipar.com.br
Nutrição
É possível incluir o frango de várias formas na dieta
Só frango grelhado?
Para quem está de dieta, o frango
grelhado geralmente é uma das carnes mais
consumidas no dia a dia. O problema é que
muitas pessoas, após um tempo consumin-
do a proteína preparada dessa forma, aca-
bam cansando do gosto do alimento, ainda
mais porque o filé geralmente é feito com o
peito, considerado por alguns a parte menos
saborosa do frango.
No entanto, a carne do frango é
um importante aliado para quem deseja ter
uma alimentação balanceada. “Ele é uma
excelente fonte de proteínas, além de ser
rico em ferro e fósforo. Também é uma boa
fonte de vitaminas do complexo B”, explica a
nutricionista e chef de cozinha Luiza Baggio.
Além disso, ele é mais saudável do que a car-
ne vermelha por possuir menor quantidade
de gorduras saturadas. “Esse tipo de gordura
pode elevar os níveis de colesterol no san-
gue, o que aumenta o risco de doenças car-
diovasculares”, alerta Luiza.
Quem está de dieta ou simples-
mente quer ter uma alimentação mais
saudável e menos gordurosa não precisa
se preocupar: o frango, além de benéfico,
pode ser ingrediente para receitas ricas em
sabor e leves na quantidade de calorias. A
forma do preparo é essencial para garantir
que o alimento não seja prejudicial à saú-
de, conforme esclarece a nutricionista. “A
quantidade de gordura utilizada no prepa-
ro de qualquer alimento interfere signifi-
cativamente na quantidade de calorias. É
possível fazer pratos saborosos diminuindo
a quantidade de óleo ou manteiga”, comen-
ta. Outra dica essencial é retirar a pele do
frango antes de começar a preparar a refei-
ção, já que ela possui gordura e acrescenta
calorias à receita.
Para aumentar a criatividade na
hora de preparar pratos deliciosos durante
a dieta, a chef de cozinha dá algumas suges-
tões que mantém todos os benefícios da ave
e, ainda por cima, contém pouca gordura.
Frango assadoAssar o frango com o uso de papel
alumínio é uma boa opção para quem quer
fugir do peito de frango grelhado. “A dica é
deixar marinando no tempero por algumas
horas antes de assar e, no fim do preparo,
retirar o papel alumínio para dourar”, indica
Luiza. Vale lembrar que, para que ele real-
mente tenha pouca gordura, o frango deve
ser assado sem a pele.
Strogonoff light de frangoO strogonoff tradicional é uma
das refeições favoritas dos brasileiros, no
entanto ela é também muito conhecida por
ter grande quantidade de calorias. Nesta
versão, o sabor é mantido de uma forma
mais saudável e menos calórica. “Basta usar
iogurte natural desnatado no lugar do creme
de leite”, explica a chef.
Frango com legumesO peito de frango em cubos saltea-
do com os legumes de sua preferência tam-
bém pode é uma variação saborosa e cheia
de saúde. “Adicionando molho de soja no
fim da preparação, a receita ganha um toque
oriental”, conta Luiza.
A carne do frango é conhecida
pelo seu baixo teor de gordura e sua gran-
de quantidade de aminoácidos e vitami-
nas do complexo B. Portanto, é essencial
que ela esteja presente nas refeições de
pessoas que buscam uma vida mais saudá-
vel e mais magra.
40 | sindiavipar.com.br
Saiba mais em www.merial.com.br
» Contra as doenças de Marek e Gumboro.
» Dose única, aplicação in ovo ou
subcutânea.
» Favorece uniformidade do lote.
» Fácil de administrar.
» Resposta imune completa.
» Eficácia mesmo na presença de
anticorpos maternos.
Gallivac® Se: para um programa de vacinação seguro e duradouro.
Gallivac® Se é a vacina viva da Merial contra
Salmonella Enteritidis. Geneticamente estável
e duplamente atenuada (cepa 441/014),
proporciona rastreabilidade, segurança para
a ave e não persiste no ambiente. Confere
proteção precoce e duradoura, podendo
ser administrada no primeiro dia de vida.
Otimize seu programa vacinal com
Gallivac® Se.
Claudir Camargo - Coordenador de Território da Merial desde 1990.
42 | sindiavipar.com.br
A união entre produtores de
aves, suínos, peixes e grãos com co-
laboradores e diretoria faz com que a
Cooperativa Agroindustrial Consolata
(Copacol), de Cafelândia, chegue aos 50
anos, com 4,8 mil associados, 7,7 mil co-
laboradores, rentabilidade e expectati-
va de crescer cada vez mais.
Buscando a sustentabilidade
ao longo das quase cinco décadas de
história, a empresa colocou no papel
os objetivos que almejava, e lançou,
em 2009, o Propósito Estratégico
chamado G.P.S. 2.5.25, no qual estão
traçadas as metas de crescimento
para cinco anos, considerando três
pontos centrais: geração de receitas,
com expectativa de alcançar R$ 2 bi-
lhões em faturamento; produtivida-
de, com a finalidade de obter a ren-
tabilidade de 5%; e sustentabilidade,
com a intenção de capacitar e treinar
25 mil participantes em programas
de desenvolvimento.
“Dentro das metas definimos
chegar ao faturamento de R$ 2 bilhões.
Esse valor permite que os associados
participem do crescimento das ativida-
des e, também, que a cooperativa gere
mais empregos diretos e indiretos, o
que reflete positivamente na economia
da região”, conta o diretor-presidente
da Copacol, Valter Pitol.
A cooperativa fechou o ano de
2012 com R$ 1,6 bilhão em faturamen-
to, e estima alcançar no mês de setem-
bro de 2013 a meta do propósito estra-
tégico. Mas, de acordo com Pitol, para
sustentar o crescimento é necessário
ter rentabilidade. “Trabalhamos com a
rentabilidade de 5%. Com isso temos
condições de fazer investimentos e pro-
porcionar ao cooperado sustentabilida-
de”, explica.
Investimentos e estruturaDentre seus principais projetos,
a Cooperativa colocou em atividade, em
janeiro de 2012, a Unidade Industrial
de Soja, com capacidade para esmagar
1,8 mil toneladas de soja por dia, com
geração de 60 empregos diretos. O in-
vestimento de R$ 80 milhões torna a
Copacol autossuficiente na produção de
óleo e farelo de soja, que são utilizados
em suas fábricas de rações. A Coopera-
tiva fechou 2012 com o recebimento de
cerca de 800 mil toneladas e para 2013
a projeção é receber 900 mil.
Até 2016 serão investidos R$
150 milhões em novas estruturas de
recebimento em todas as unidades. O
objetivo é aumentar a capacidade de
armazenagem, tendo em vista as neces-
sidades de integração e agilidade para
receber os produtos dos associados.
A suinocultura também está en-
tre as atividades que terá crescimento.
A estimativa é chegar a 12.600 matrizes
até dezembro de 2014. Atualmente, são
produzidas 17 mil cabeças de suínos ao
mês, entregues à Frimesa.
Na bovinocultura leiteira são
800 mil litros de leite ao mês, produzi-
dos por 169 produtores. Para fortalecer
ainda mais o cooperado e aumentar a
Copacol comemora 50 anosCooperativa alcança maturidade e sustentabilidade com metas definidas
Associados
43sindiavipar.com.br |
Associados
capacidade de produção de leite, a Co-
pacol implantou recentemente a Uni-
dade Produtora de Bezerras e Novilhas.
São 308 bezerras alojadas pelo período
de dois anos e devolvidas aos produto-
res em fase de produção.
Um dos maiores complexos in-
tegrados de peixes do Brasil foi insta-
lado em Nova Aurora, em 2008. Hoje, o
frigorífico abate mais de 30 toneladas
de tilápia ao dia. Para 2015, a meta é de
40 toneladas/dia. Visando um mercado
mais competitivo, a Copacol também
comercializa com a sua marca cama-
rão e outros peixes de água salgada, os
quais compõem a Linha Mar, como: ba-
dejo, cação, camarão, sardinha, merluza
e salmão.
AviculturaEm parceria com a Cooperativa
Coagru, a Copacol formou a Unitá Coo-
perativa Central, em Ubiratã. A Unitá
abate atualmente 70 mil cabeças ao
dia, e a previsão é de 180 mil para o fi-
nal de 2014 e duplicação do abate para
360.000 cabeças ao dia em 2017.
No início da década de 80, sen-
tindo a necessidade de oportunizar aos
seus associados uma alternativa a mais
de renda, a Copacol implantou o siste-
ma integrado para a produção de aves.
No começo, eram abatidas por
mês, menos do que hoje a Cooperativa
abate em apenas um dia. Atualmente,
são abatidas em torno de 340 mil aves
ao dia, sendo que 60% da capacidade
de abate de carne de frango da Copa-
col é destinada ao mercado interno e
40% atende consumidores de mais de
40 países.
A perda de competitividade do
Brasil dentro do cenário mundial preo-
cupa Valter Pitol. “O que nos dificulta
a competitividade no mercado são os
custos da mão de obra, encargos e tri-
butos maiores que em outros países e,
principalmente, a logística. A situação
só irá melhorar por meio de decisões
governamentais”, acredita.
SustentabilidadeAs atividades e investimentos da
cooperativa são pensados de acordo com
o desenvolvimento ambiental, econômico
e social da região e do estado. “O desen-
volvimento da cooperativa gera cresci-
mento de produção, refletindo em maio-
res oportunidades de emprego. Com fonte
de renda, o trabalhador pode melhorar a
estrutura familiar e econômica”, explica o
presidente da cooperativa cafelandense.
A Copacol preza pela segurança
alimentar de seus produtos. Os investi-
mentos tecnológicos da empresa no pro-
cesso de incubação dos ovos, assistência
técnica avançada, abate, industrialização
e comercialização, aliados às certificações,
demonstram que a cooperativa está segu-
ra para atender demandas do mundo intei-
ro, incluindo os mercados mais exigentes
como o da Europa e da Ásia.
HistóricoA cooperativa foi fundada
em Cafelândia pelo padre Luís Luise
e 32 agricultores vindos de Santa Ca-
tarina e Rio Grande do Sul, em 23 de
outubro de 1963. O objetivo era ofe-
recer aos produtores da região possi-
bilidades de crescimento e melhoria
da agricultura.
Na época, a Copacol cons-
truiu uma usina para levar energia elé-
trica às residências da vila. Após seis
anos, desligou-se do setor para traba-
lhar exclusivamente com a agricultura,
voltando à produção de feijão, arroz,
milho e café. Os bons resultados trou-
xeram a necessidade da criação do
primeiro armazém para o recebimen-
to dos grãos dos associados em 1973.
44 | sindiavipar.com.br
Precisamos incentivar a modernização e a automação das
agroindústrias avícolas, além de
investir em capacitação da mão de obra
O Brasil, apesar de líder mundial
nas exportações de carne de frango, está
perdendo participação no mercado in-
ternacional. Isso foi comprovado através
de um importante estudo realizado pela
União Brasileira de Avicultura (Ubabef),
em parceria com a consultoria Agroicone,
e que foi entregue ao vice-presidente da
República, Michel Temer, na solenidade de
abertura do Salão Internacional da Avicul-
tura (SIAV).
O levantamento é uma análise da
cadeia avícola brasileira face aos principais
países concorrentes e aponta que o Brasil
poderia ter obtido receitas adicionais de
US$ 1,65 bilhão e gerado cerca de 94 mil
empregos diretos e indiretos, nos últimos
quatro anos, não fosse a perda de compe-
titividade de suas exportações de carne
de frango. Indica também que, se o quadro
permanecer até 2020, deixarão de ser ge-
rados em torno de 103 mil empregos dire-
tos e indiretos na cadeia avícola.
O principal gargalo da competiti-
vidade da indústria avícola nacional está
nos altos custos industriais, sendo que, os
mais relevantes são os custos de mão de
obra, de embalagem e de investimentos.
Observamos que a perda de com-
petitividade do Brasil no mercado inter-
nacional de carne de frango ocorreu pela
redução da participação do país nas expor-
tações mundiais dessa proteína. Se no pe-
ríodo de 2001-2004 as exportações brasi-
leiras de carne de frango cresceram a uma
taxa anual média de 24,5% em volume,
esse crescimento baixou para 10,6% entre
2005 e 2008 e 2,6% entre 2009 e 2012. E
ainda, no período de 2001-2004, esta par-
ticipação era de 30%, passando para 39%
no período 2005-2008 e caindo para 37%
no quadriênio 2009-2012.
Não podemos deixar de nos preo-
cupar. É preciso agir, pois verificamos que
a melhoria da competitividade na indús-
tria avícola nacional passa pelo aumento
da produtividade da mão de obra. Hoje o
setor responde por 347 mil empregos di-
retos, sendo que neste universo estão in-
cluídos 9 mil funcionários dedicados exclu-
sivamente ao Serviço de Inspeção Federal
(SIF). Esse custo poderia ser reduzido com
mais investimentos do Ministério da Agri-
cultura em pessoal.
Precisamos incentivar a moder-
nização e a automação das agroindústrias
avícolas, além de investir em capacitação
da mão de obra. Esse investimento em ino-
vação passa pela redução de custo, através
de medidas como facilitação de acesso ao
crédito, juros mais baixos e a desoneração
na compra de insumos.
Apesar das dificuldades aponta-
das pelo estudo, todos os cenários indi-
cam que o Brasil continuará como o maior
exportador mundial de carne de frango.
Contamos com um importante fator: a
competitividade natural, pois dispomos de
terra farta, água abundante e clima favorá-
vel, que nos garante fácil acesso a insumos
como milho e soja.
É importante frisar que, além
disso, no que diz respeito à conjuntura, os
ajustes cambiais em curso são favoráveis
ao Brasil e podem criar a janela de tempo
necessária para se implementar uma estra-
tégia que estimule os investimentos desti-
nados à redução dos custos industriais.
A avicultura mundial está passan-
do por profundas transformações que nos
impõem grandes desafios, como os de re-
duzir nossos elevados custos industriais e
agregar valor aos nossos produtos. O setor
vai continuar trabalhando, com o apoio do
governo, para atender a cada vez mais con-
sumidores de todo o mundo.
Competitividade em pauta
ubabef
45sindiavipar.com.br |
Mito ou verdade
Lavar o frango antes de cozi-
nhá-lo é um hábito comum. Dados de
uma pesquisa coordenada pelas univer-
sidades Drexel e do Novo México, nos
EUA, apontam que cerca de 90% das
pessoas realizam esse procedimento.
Entretanto, o mesmo estudo afirma que
esse costume pode não ser tão saudá-
vel quanto parece já que durante a lava-
gem, bactérias causadoras de doenças,
como campilobacteriose e salmonelose
podem ser espalhadas no ar, infectando
quem manuseia a carne.
Mas de acordo com a nutri-
cionista Marilice de Andrade Gracia,
da Universidade Federal do Paraná
(UFPR), não há motivo para deixar
o costume de lado. Ela garante que
quando tomadas as devidas precau-
ções, o ato de lavar o frango não ofe-
rece nenhum risco à saúde.
“Sempre indicamos que antes
de realizar essa prática, a pessoa use
avental de proteção, higienize bem as
mãos e o local onde será feita a lava-
gem, e depois de deixar correr bastante
água tratada sobre a carne, seja feita
nova higienização do ambiente e de
quem a lavou”, explica.
Marilice ressalta ainda que
é preciso seguir à risca os proce-
dimentos de segurança para re-
duzir as probabilidades de uma
contaminação cruzada, que é o
maior risco nessa situação.
“Quando se lava o fran-
go na pia por exemplo, e se
tem uma salada por perto,
nessa hora pode ocorrer
contaminação cruza-
da. Se a salada já es-
tiver lavada e for
feita a lavagem
da carne, os ve-
getais terão que
ser higienizados
de novo. Por isso,
recomendamos que
quando se trabalha
com o frango, é
só com o frango”,
comenta.
A nutricionista e professora
da Pontifícia Universidade Católica
do Paraná (PUC-PR), Helena Simonard
Loureiro, também não descarta a la-
vagem antes do preparo, reforçando
a importância de uma perfeita higie-
nização no local de trabalho. Entre-
tanto, ela ressalta que é preciso ma-
neirar no procedimento, para evitar
que a carne perca parte de seu com-
ponente proteico.
“Lavar o frango diminui um
pouco o seu teor proteico. O alimento
pode ser lavado rapidamente enquan-
to estiver inteiro e com a pele para
evitar essas perdas já mencionadas,
em lugar bem higienizado para que
não ocorra contaminação por bacté-
rias presentes no ambiente”, declara.
Apesar disso, Helena diz con-
cordar com o posicionamento dos
pesquisadores norte-americanos, que
defendem que a melhor e mais segura
forma de higienizar a carne de frango
é o cozimento.
“No caso de carnes em geral
a própria condição de serem cozidas
já é suficiente para isentá-las de bac-
térias patogênicas que podem estar
presentes. Portanto uma lavada rá-
pida, de segundos, em água corrente
não deve trazer prejuízos nutricionais
ou higiênico-sanitários ao frango, mas
ressalto novamente a importância de
que seja cozido, em temperatura de no
mínimo 70 graus, até que sua carne
esteja totalmente cozida e nunca mal
passada”, completa.
Pesquisa diz que costume pode não ser tão saudável quanto aparenta
lavar ou não o frango?
46 | sindiavipar.com.br
Notas e registros
A fabricante de dedos depe-
nadores Prosperidade nasceu focada
em mudar paradigmas. Até 1990 atu-
ava apenas no ramo de importação e
revenda. A decisão de fabricar dedos
nasceu da carência de se encontrar for-
necedores confiáveis que fabricassem
produtos de qualidade para atender a
um mercado já em franca expansão.
Em 1996, a Prosperidade rece-
beu certificação internacional em nível
de Federal Drug Administration (FDA).
Essa certificação assegura que as peças
fabricadas são isentas de contaminação
ao produto alimentício. A empresa é
a única na América Latina a possuir tal
atributo, levando total segurança aos
abatedouros que utilizam da marca.
A contínua expansão dos ne-
gócios fez com que a Prosperidade
ampliasse suas operações e hoje suas
instalações estão localizadas em sede
própria com área de 8.877 m², no Dis-
trito Industrial de Belo Horizonte. A
empresa investe continuamente em
tecnologia de ponta e possui moderno
parque fabril com capacidade produti-
va de 1 milhão de peças por mês.
Com vistas para o futuro, a
Prosperidade acaba de agregar à sua
equipe dois premiados profissionais.
Para gestão do sistema da qualidade
assume Karla Fernandes, com MBA em
Marketing pela Fundação Getúlio Var-
gas (FGV) e especialização em gestão
de negócios. Na área de vendas sênior
e comércio exterior assume o Sr. Eldir
Alves Moreira.
Qualidade, segurança, efici-
ência e respeito são palavras-chave na
atuação da Prosperidade que, através
de uma postura ética, mantém a tradi-
ção de superar expectativas.
Para mais informações, aces-
se prosperidade.com.br.
Prosperidade em crescimento
A consagrada feira da cadeia produti-
va de aves e suínos chegará na sua 14ª edição
em 2014. A AveSui 2014 será realizada nos
dias 13, 14 e 15 de maio do próximo ano, no
pavilhão de exposições do Centro de Conven-
ções – Centrosul de Florianópolis. Para o even-
to, a organização está prevendo um espaço de
12 mil m² de feira e a expectativa é receber 16
mil visitantes, 250 expositores, 35 palestras e
6 cursos profissionalizantes.
Os coordenadores da AveSui já se
reuniram em agosto para criar uma progra-
mação que contenha os temas técnicos mais
relevantes para a avicultura e suinocultura.
“A elaboração da programação técnica é feita
em etapas. Primeiro, discutimos e procuramos
elencar os temas mais relevantes para o atual
momento dos setores de aves e suínos e tam-
bém os que impactarão as duas atividades
que vão de curto a longo prazo. Depois, quais
os profissionais mais aptos para abordá-los. É
um trabalho minucioso, que vai amadurecen-
do aos poucos, mas que é fundamental para
montarmos uma programação atual e interes-
sante. Afinal, o público da AveSui é bastante
exigente”, explica Andrea Gessulli, diretora da
Gessulli Agribusiness.
Além disso, a equipe organizadora
também discutiu o Prêmio Científico Oswaldo
Gessulli durante a reunião. Eles estudam reali-
zar algumas mudan-
ças para 2014. Uma
delas é a formação
de um Comitê Cien-
tífico de abrangên-
cia nacional, já que
no ano anterior o
comitê foi formado
por professores da
Unicamp, UFSM e
Embrapa Suínos e Aves. Outra novidade é fa-
zer a divisão dos trabalhos em duas categorias:
Universitários, para estudantes; e Profissio-
nais, para pesquisadores com mais experiên-
cia, que já estão no mercado de trabalho. A de-
cisão é uma chance dos estudantes ganharem
mais destaque.
Para mais informações e novidades
sobre a preparação da AveSui 2014, acesse
avesui.com.
AveSui 2014
Artigo motivacional
Gerenciando o tempo
47sindiavipar.com.br |
O propósito de me-
lhorar suas habilida-
des de adminis-
tração do
seu tempo
é liberar
tempo para
as coisas mais
importantes em sua vida. Procure pelo
balanceamento ente as suas responsabi-
lidades no trabalho e em casa, e também
pelo tempo de lazer com sua família e
amigos. Aprender a usar seu tempo com
inteligência deve resultar maior satisfa-
ção na sua vida e não simplesmente uma
longa lista de tarefas terminadas.
Você pode fortalecer sua cria-
tividade, melhorar sua produtividade,
prevenir problemas, reduzir a procrasti-
nação, proteger seu tempo, compartilhar
o trabalho, simplificar o trabalho e envol-
ver sua família.
Seja mais produtivo: identifique
a parte do dia em que você é mais produ-
tivo e reserve estas horas para as tarefas
mais importantes e difíceis. Decida quais
ferramentas de administração do tempo
combinam mais com seu estilo: agendas,
planilhas, lembretes, organizadores, etc.
Previna problemas: melhore as
comunicações com pessoas no trabalho e
com a família. Seja claro e preciso nas suas
instruções; ouça com atenção quando re-
ceber informações e instruções. Quando
surgir um problema, aja com rapidez para
resolvê-lo antes que piore; elimine suas
causas para evitar a repetição.
Proteja seu tempo: aprenda a
dizer
n ã o ,
com diplo-
macia se neces-
sário. Pode ser que parte
de seus problemas sejam causados por
você estar envolvido com muitas tarefas e
não ter o tempo necessário para executar
as tarefas importantes com qualidade. De-
legue o máximo que puder. Ao fazer isso,
oriente seus auxiliares nas técnicas de ad-
ministração do tempo. Defina claramente
os objetivos e ajude-os a identificar as ta-
refas prioritárias.
Evite a procrastinação: colocar de
lado o que deve ser feito é um grande des-
perdício de tempo. Se você tem uma tarefa
desagradável, mas importante, faça-a logo,
sem delongas. Como disse Mark Twain: “Se
tiver de engolir um sapo, não o olhe por
muito tempo”. Se for um projeto grande e
difícil, divida-o em tarefas menores e exe-
cute uma de cada vez.
Simplifique sempre que possível:
lembre-se de que há sempre uma melhor
maneira de fazer as coisas. Procure maneiras
de fazer as tarefas de modo mais rápido, mais
fácil, mais simples e menos cansativo.
Reduza a desordem: livre-se das
coisas inúteis que atravancam seu local de
trabalho. Organize as coisas úteis e não perca
mais tempo procurando-as.
Não se esqueça de você: uma boa
administração do tempo pode ajudá-lo a
achar tempo para você, sua família, seus ami-
gos e sua comunidade. Tempo para você gas-
tar com você mesmo, tempo para ampliar sua
rede de contatos, tempo para lazer e ativida-
des culturais e espirituais. Tempo para você
dedicar a seus assuntos pessoais e manter
um equilíbrio entre trabalho e família. Tempo
para estar com os amigos e relaxar; tempo
para atividades comunitárias e para trabalhar
em projetos sociais com sua igreja, escola ou
outras organizações.
Jairo SiqueiraEngenheiro, consultor empresarial, pales-
trante e escritor
48 | sindiavipar.com.br
Par
a m
ais
info
rmaç
ões,
ace
sse:
sin
diav
ipar
.com
.br
Par
a m
ais
info
rmaç
ões,
ace
sse:
sin
diav
ipar
.com
.br
Estatísticas
PER
uParticipação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Agosto30,78%
Paraná 102.641.927
Brasil 333.466.891
Acumulado29,01%
Paraná 739.018.828
Brasil 2.546.980.855
par
an
ápa
ra
ná
FRA
NG
o
kg US$Jan 1.093.035 1.999.513Fev 1.423.020 2.612.473Mar 1.463.630 2.845.601Abr 1.134.370 2.023.022Mai 1.686.140 3.265.047Jun 944.335 1.732.130Jul 1.436.835 2.301.579
Ago 1.768.330 2.580.826Acumulado 10.949.695 19.360.191
EXPo
RTA
ÇÃ
oEX
PoRT
AÇ
Ão
kg US$Jan 80.797.261 149.733.874Fev 81.278.792 160.720.605Mar 92.513.778 188.969.708Abr 90.376.712 189.482.156Mai 100.117.291 208.289.992Jun 92.107.083 181.781.754Jul 99.185.984 188.674.282
Ago 102.641.927 185.466.637Acumulado 739.018.828 1.453.119.008
Jan 120.744.159 124.366.449Fev 114.098.661 111.941.517Mar 125.868.250 116.348.914Abr 112.640.769 125.465.064Mai 127.054.280 120.886.422Jun 110.537.703 116.150.986Jul 111.966.463 128.756.720
Ago 123.329.225 125.608.847Acumulado 946.239.510 969.524.919
Jan 703.456 702.691Fev 673.614 655.878Mar 745.436 678.100Abr 797.948 692.141Mai 1.030.784 710.418Jun 1.016.073 897.351Jul 1.063.203 1.090.422
Ago 942.737 1.087.527Acumulado 6.973.251 6.514.528
Fo
nte
: S
ind
iav
ipa
r/S
ece
x
Participação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Agosto18,10%
Paraná 1.768.330
Brasil 9.766.698
Acumulado17,68%
Paraná 10.949.695
Brasil 61.899.279
Fo
nte
:Sin
dia
vip
ar/
Se
cex
AB
ATE
(cab
eças
)A
BAT
E (c
abeç
as)
2012
2012
2013
2013
49sindiavipar.com.br |
50 | sindiavipar.com.br
Bolonhesa de frango
• 500 g de peito de frango moído
• 500 g de macarrão tipo espaguete
• 500 g de purê de tomate
• 1 cebola média picada
• 2 dentes de alho picados
• 2 colheres (sopa) de óleo
• 250 ml de água
• Sal e pimenta-do-reino a gosto
• Salsa e cebolinha picada a gosto
INGREDIENTES
ReceitaReceita
Esquente o óleo em fogo médio e frite o frango até dourar. Junte a cebola, o alho e refogue por cinco minutos. Adicione o purê de tomate, água, sal e pimenta e deixe cozinhar em fogo baixo por 15 minutos. Cozinhe o macarrão em água com sal e um fio de óleo até ficar al dente. Escorra, junte o molho, salsa, cebolinha e sirva em seguida acompanhado de queijo parmesão ralado.
Dica: se tiver dificuldade de encontrar peito de frango moído, pode passar o frango no processador ou cozinhar e desfiar para usar da mesma maneira.
MoDo DE FAZER
50 | sindiavipar.com.br
Tempo de preparo: 40 minutos
Rendimento: 6 porções
Fonte: guiadacozinha.uol.com.br
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 1132Mandirituba - diplomata.com
PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Marco AviculturaTamarana
Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores
SIF 1860Paraíso do Norte
Abatedouro Coroaves
Agrícola Jandelle
Agroindustrial Parati
Agroindustrial Parati
Anhambi Alimentos
Avebom
Avenorte Avícola Cianorte
Maringá - coroaves.com.br
Rolândia - bigfrango.com.br
Rondon - agroparati.com.br
SIF 2137
SIF 1215
SIF 3925
SIF 2010
SIF 3170
SIF 2677
SIF 4232
Umuarama - agroparati.com.br
Itapejara do Oeste - anhambi.com.br
Jaguapitã - avebom.com.br
Cianorte - guibon.com.br
Avícola Felipe
BRF - Brasil Foods S.A.SIF 1880
SIF 8096
Paranavaí - misterfrango.com.br
Carambeí - brf-br.com
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 2539Capanema - diplomata.com
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 1619Londrina - diplomata.com
Frango Seva
SIF 2212Pato Branco - frangoseva.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
Gonçalves & Tortola
SIF 4166Maringá - frangoscancao.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
Coopavel Cooperativa Agroindustrial
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 530Lapa – seara.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 716Toledo - brf-br.com
Tyson do Brasil
SIF 2694
SIF 88
C. Mourão - tyson.com.br
Unifrango AgroindustrialMaringá - unifrango.com
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - avicolacarminatti.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Granja Econômica Avícola Carambeí - granjaeconomica.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 2227Jacarezinho - seara.com.br
Kaefer Agroindustrial (Globoaves)
SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com
ABATEDouRoS
INCuBATÓRIoS
exportação geral
Habilitações:
exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal
sindiavipar.com.br
SIF 7777Santo Inácio – brfrango.com.brBR Frango
C. Vale Cooperativa Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
SIF 664
Cocari Cooperativa AgroindustrialMandaguari - cocari.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroindustrial Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
Copagril - Coop. Agricola Mista Rondon
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br