vigilância sindrômica - 1 - epi...
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• Perfil clínico-epidemiológico e vigilância
– Várias doenças com apresentações sindrômicas semelhantes
– Várias formas clínicas para uma mesma doença*
• Vigilância sindrômica
– Desencadeamento de ações de vigilância com base no diagnóstico sindrômico das doenças
Estratégias de Vigilância
• Síndrome Febril indeterminada com manifestações íctero-hemorrágicas (aguda ou crônica)
• Síndrome Respiratória aguda
• Síndrome Neurológica Febril
• Síndrome da Insuficiência Renal Aguda
• Síndrome diarréica aguda
• Síndrome exantemática
Vigilância Sindrômica
Doença febril hemorrágica mais frequente no Brasil: Dengue
Outras síndromes febris hemorrágicas • Flaviviridae (DENGUE, febre amarela, febre do Nilo, Rocio, encefalite
St Louis-SLEV, hepatite C) • Bunyaviridae (Hantavírus, Oropouche, febre do Rift) • Togaviridae (Mayaro, Chikungunya , encefalite venezuelana) • Arenaviridae (Junin, Machupo, Sabiá, Lassa) • Filoviridae (Marburg e Ebola) Hemorragia, extravasamento capilar, plaquetopenia, CIVD Danos hepáticos Danos renais SNC – encefalites Exantema e poliartrite
• Zoonose de grande importância - elevada incidência em algumas áreas e letalidade (pode chegar a 40%)
• Agente etiológico: Leptospira – Cerca de sete espécies (interrogans)
– Vários sorovares (icterohemorragiae, copenhagen, canícola, ballum, pyrogenes, grippotyphosa,australis y autumnalis.)
• Principal reservatório: roedores sinantrópicos
Ratazana de esgoto (L. interrogans icterohemorragiae)
• Transmissão: Contato com urina dos roedores (enchentes,
ocupações relacionadas à limpeza).
• Imunidade: Sorovar-específica (conversão 7-10 dias)
Forma pulmonar grave
Pneumonite hemorrágica
Isolada ou com síndr. Weil
SARA e hemorragia maciça.
DD hantavirus e pneumonias atípicas
Síndrome Weil
Icterícia grave com pouca alteração função hepática.
Disfunção renal severa
Hemorragias discretas
Meningite
Isolada ou com outras apresentações
Líquor c/ pleocitose
Meningite ≈ asséptica
Síndrome febril inespecífica Anictérica Mialgias intensas DD dengue e outras síndromes febris
Apresentações clínicas da leptospirose
Caso confirmado: Clínico-laboratorial
Isolamento da bactéria (sangue, urina, líquor ou tecido) ou;
Reação de macroaglutinação presente (sensibilidade moderada a boa) ou Teste Elisa-IGM reagente ou
Microaglutinação com soro-conversão ( ≥ 2 amostras /15 dias, aumento de títulos 4 vezes; ou ≥ 1:800) - muito sensivel e específica, recomendado pela OMS
Clínico-epidemiológico
Todo caso suspeito com alterações hepáticas e/ou renais e/ou vasculares + antecedentes epidemiológicos (sem laboratório)
Imunohistoquímica positiva (óbito)
• Hepatites virais: 40.000 CASOS ANUAIS
21%
35%
40%
1% 1%
2%
Vírus A
Vírus B
Vírus C
Vírus B + D
Vírus B + C
Ignorado
• Evolução temporal das hepatites no Brasil
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
Vírus A
Vírus B
Vírus C
BENIGNA Inexistência de cronicidade Raras formas atípicas: Fulminante Colestática – manifestação obstrutiva Manifestações extra-hepáticas – pancreatite Recorrente – retorno de manifestações clínicas após melhora
Hepatite A (Picornaviridae): cerca de 6000 casos/ano
Hepatite E (Caliciviridae)
Geralmente benigna Gestante 3º trimestre (Letalidade até 20%)
Transmissão fecal –oral Possibilidade de transmissão zoonótica - suínos
Hepatite B (Hepadnaviridae): cerca de 15000 casos/ano
Risco de cronicidade Alto (90% RN e 5-10% adultos) Cirrose e carcinoma Manif. extra-hepáticas (artrite, erupções cutâneas, GN, PAN)
Evolução Variável:
Regiões anti-HBc HBsAg
Norte 11% 0,6%
Sul 9,6% 0,5%
Nordeste 9% 0,4%
Sudeste 6,3% 0,3%
Centro-oeste 4,3% 0,3%
Hepatite B – endemicidade no Brasil
Vacina de engenharia genética (Ag superfície – DNA recombinante ) 90 a 95% soroconversão
Hepatite B – doença evitável
Vacinação universal dos recém-nascidos nas primeiras 12 horas Adolescentes e adultos até 49 anos
Hepatite D
Risco de cronicidade: Alto (80% superinfecção e 5% na co-infecção)
(Deltaviridae)
Vírus defectivo, dependente do HBV
caso confirmado
Hepatite C (flaviviridae): cerca de
Geralmente assintomático na fase aguda Risco de cronicidade: Alto (85%) Cirrose e carcinoma Frequente co-infecção HCV e HIV
Hepatite C –
soroprevalência no Brasil: 1,4%
Regiões anti-HVC
Norte 2,1%
Centro-oeste 1,3%
Sul 1,2%
Sudeste 1,2%
Nordeste 0,6%
Referências
• Universidade Federal de Pernambuco. Estudo de prevalência das hepatites A, B, C nas capitais do Brasil. 2010
• Ministério da Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais. 2015
• Parise ER. 25 years of Hepatitis C. Arq Gastroenterol. 2015;52(1):1-3.
• Ferreira PRA et al. Disease burden of chronic hepatitis C in Brazil . Braz J Infect Dis . 2015;19(4):363–368 .
• CIEVS MINAS. Manual de Treinamento em Vigilância Sindrômica. Belo Horizonte, 2014.