viabilidade econÔmica, financeira e de mercado para ...siaibib01.univali.br/pdf/ricardo alexandre...
TRANSCRIPT
1
RICARDO ALEXANDRE SALUM CIPRIANI
VIABILIDADE ECONÔMICA, FINANCEIRA E DE MERCADO PARA FORMALIZAÇÃO DA LOJA ROFERI PRESENTES.
Trabalho de conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do título de bacharel em Administração.
Professora Orientadora: Profª.Cláudia Catarina Pereira
Biguaçu
2007
2
RICARDO ALEXANDRE SALUM CIPRIANI
VIABILIDADE ECONÔMICA, FINANCEIRA E DE MERCADO PARA
FORMALIZAÇÃO DA LOJA ROFERI PRESENTES.
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título
de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do
Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
Área de Concentração:
Biguaçu, 15 de junho de 2007.
Prof. MSc. Cláudia Catarina Pereira UNIVALI – CE de Biguaçu
Orientador
Prof. M. Elpídio Luiz Lenzi UNIVALI – CE de Biguaçu
Prof. Esp. Crisanto Soares Ribeiro UNIVALI – CE de Biguaçu
3
Dedico mais esta vitória a meus pais, minha esposa Rosemare
Barros Cipriani, que contribui muito, para que este trabalho
fosse concluído. Dedico também a meu filho Felipe Barros
Cipriani, que teve paciência em me esperar todas as noites que
estive ausente. A vocês só tenho a agradecer e a dedicar mais
está conquista.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por poder proporcionar a oportunidade de
serem alcançados os meus objetivos.
À Universidade do Vale do Itajaí.
A orientadora Profª. Cláudia Catarina Pereira, pelo seu acompanhamento e
competência a qual me orientou em todos os passos para a conclusão deste
trabalho.
A todos os professores que me ensinaram como ser um administrador, com
seus conhecimentos e incentivos nas horas difíceis.
Aos colegas de turma que de uma forma em geral demonstraram
companheirismo durante todo o curso.
6
RESUMO CIPRIANI, Ricardo Alexandre Salum Cipriani. Verificar a viabilidade econômica, financeira e de mercado para formalização da Loja Roferi Presentes. 2007. 89f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2007. Este trabalho acadêmico teve como finalidade, verificar a viabilidade econômica, financeira e de mercado para a formalização de uma loja de presente no município de Biguaçu. Sendo que a empresa já atua informalmente no mercado. Para a realização do estudo foram coletados dados primários e dados secundários. A fundamentação teórica abordou os principais fatores nos aspectos mercadológicos, identificação dos clientes, concorrentes e fornecedores, além da identificação de ponto, preço, praça e promoção. Para obtenção de informações sobre a viabilidade financeira utilizou-se o software MakeMoney. Sendo que através deste estudo verificou-se que é viável a formalização da Loja Roferi Presentes. Palavras-chave: loja de presente; viabilidade; mercado; clientes; concorrentes; fornecedores.
7
ABSTRACT CIPRIANI, Ricardo Alexandre Salum Cipriani. Verificar a viabilidade econômica, financeira e de mercado para formalização da Loja Roferi Presentes. 2007. 89f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2007. This academic work had as purpose, to verify the viability economical, financial and of market for the formalization of a present store in the municipal district of Biguaçu. And the company already acts informally at the market. For the accomplishment of the study primary data and secondary data were collected. The theoretical fundamentation approached the main factors in the aspects marketing, the customers' identification, contestants and suppliers, besides the point identification, price, square and promotion. For obtaining of information about the financial viability the software MakeMoney was used. And through this study it was verified that is viable the formalization of the store Roferi Presentes.
Word-key: present store; viability; market; customers; competitive; supplying.
8
LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Níveis de concorrência ............................................................................ 22 Tabela 2 – Nível de concorrência – Promoção de vendas ........................................ 28 Tabela 3 – Balanço patrimonial ................................................................................. 39 Tabela 4 – Demonstração do resultado do exercício ................................................ 40 Tabela 5 – Comparação entre concorrentes ............................................................. 47 Tabela 6 – Fornecedores ........................................................................................... 57 Tabela 7 – Investimento inicial .................................................................................. 61 Tabela 8 – Necessidade de capital de giro ................................................................ 62 Tabela 9 – Despesas ................................................................................................. 64 Tabela 10 – Mão de obra e dividendos ..................................................................... 66 Tabela 11 – Encargos sociais .................................................................................... 67 Tabela 12 – Investimentos, depreciação e seguros .................................................. 69 Tabela 13 – Simples federal ...................................................................................... 70 Tabela 14 – Base de calculo do imposto estadual .................................................... 71 Tabela 15 – Impostos e taxas .................................................................................... 71 Tabela 16 – Compras e insumos ............................................................................... 72 Tabela 17 – Projeção das receitas ............................................................................ 74 Tabela 18 – Projeção do fluxo de caixa ..................................................................... 76 Tabela 19 – Ponto de equilíbrio ................................................................................. 77 Tabela 20 – Projeção de resultados .......................................................................... 78 Tabela 21 – Usos e fontes ........................................................................................ 79 Tabela 22 – Analise de investimento cenário realista ............................................... 81 Tabela 23 – Analise de investimento cenário otimista ............................................... 82 Tabela 24 – Analise de investimento cenário pessimista .......................................... 83 Tabela 25 – Projeção de balanço .............................................................................. 85
9
LISTA DE FIGURAS Gráfico 1 – Comparação espaço físico das empresas concorrentes ........................ 48 Gráfico 2 – Sexo do entrevistado .............................................................................. 50 Gráfico 3 – Faixa etária do entrevistado .................................................................... 50 Gráfico 4 – Quantidade de pessoas do grupo familiar .............................................. 51 Gráfico 5 – Renda do grupo familiar .......................................................................... 52 Gráfico 6 – Média que costuma comprar ................................................................... 52 Gráfico 7 – Datas que costuma presentear ............................................................... 53 Gráfico 8 – Tipos de presente que costuma presentear ............................................ 54 Gráfico 9 – Onde costuma comprar os presentes ..................................................... 55 Gráfico 10 – Formas de pagamento que prefere usar ............................................... 55 Figura 1 – Representação gráfica do fluxo de caixa ................................................. 37
10
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CPMF – Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira DARE – Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais FECOMERCIO – Federação do Comércio FNC – Federação Nacional do Comércio FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviço INPC – Índice Nacional Preço Consumidor IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano MCG – Margem Contribuição Global SEF/SC – Secretária de Estado da Fazenda Santa Catarina SINDILOJAS – Sindicato dos Lojistas TIR – Taxa Interna de Retorno VPL – Valor Presente Liquido
11
ABSTRACT .................................................................................................................7 LISTA DE TABELAS ...................................................................................................7 LISTA DE TABELAS ...................................................................................................8 LISTA DE FIGURAS....................................................................................................9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS....................................................................10 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................13
.........................................................................................................14 1.1 OBJETIVOS1.1.1 Objetivo Geral..................................................................................................14 1.1.2 Objetivos Específicos .....................................................................................14
...................................................................................................14 1.2 JUSTIFICATIVA 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................15
....................................................................................15 2.1. EMPREENDEDORISMO..........................................................................17 2.2. ASPECTO MERCADOLÓGICO
2.2.1. Estudo de Mercado ........................................................................................18 ...........................................................................................................20 2.2.1.1. Cliente
.................................................................................................21 2.2.1.2. Concorrentes................................................................................................22 2.2.1.3. Fornecedores
2.2.2. Pesquisa Mercadológica ...............................................................................23 .............................................................................................................25 2.2.2.1. Preço
..........................................................................................................25 2.2.2.2. Produto..............................................................................................................26 2.2.2.3 Ponto
......................................................................................................27 2.2.2.4. Promoção..................................................29 2.3. ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS
2.3.1. Investimento Inicial ........................................................................................30 2.3.2. Custos .............................................................................................................31
.....................................................................................................31 2.3.2.1. Custo Fixo...............................................................................................32 2.3.2.2. Custo Variável
2.3.3. Receitas ..........................................................................................................33 .......................................................................34 2.3.3.1. Formação do preço de venda
......................................................................................35 2.3.3.2. Projeção de Receita2.3.4. Ferramentas de controle Financeiro ............................................................36
...............................................................................................36 2.3.4.1. Fluxo de caixa......................................................................................37 2.3.4.2. Balanço Patrimonial
....................................................39 2.3.4.3. Demonstração do Resultado do Exercício2.3.5. Ferramentas de Análise de Viabilidade........................................................41
..................................................................................41 2.3.5.1. Valor Presente Líquido...............................................................................42 2.3.5.2. Taxa Interna de Retorno
........................................................................................................42 2.3.5.3. Payback.....................................................................................43 2.3.5.4. Payback descontado
........................................................................................43 2.3.5.5. Ponto de equilíbrio 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ....................................................................45 4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE VIABILIDADE ......................................46
12
......................................................................................46 4.1 HISTÓRICO DO SETOR...............................47 4.2 RESULTADO DA PESQUISA COM OS CONCORRENTES
............................................49 4.3 RESULTADO DA PESQUISA COM OS CLIENTES4.3.1 Sexo do Entrevistado......................................................................................49 4.3.2 Faixa Etária ......................................................................................................50 4.3.3 Quantidade de pessoas no grupo familiar....................................................51 4.3.4 Renda do Grupo Familiar ...............................................................................51 4.3.5 Faixa de valor que costuma presentear ........................................................52 4.3.6 Quais as datas que costuma presentear.......................................................53 4.3.7 Tipo de presente que costuma presentear ...................................................54 4.3.8 Onde costuma comprar os presentes ...........................................................54 4.3.9 Formas de pagamento prefere usar ..............................................................55
...............................56 4.4 RESULTADO DA PESQUISA COM OS FORNECEDORES............................................................................58 4.5 ESTRATÉGIAS DE SUCESSO
4.5.1 Estratégia de definição de preços .................................................................58 4.5.2 Estratégia promocional ..................................................................................59 4.5.3 Estratégia de vendas ......................................................................................59 4.5.4 Estratégia de Marketing..................................................................................59
...............................................................................60 4.6 SÍNTESE ADMINISTRATIVA..........................................................................................60 4.7 PLANO FINANCEIRO
4.7.1 Investimento Inicial .........................................................................................60 4.7.2 Despesas .........................................................................................................62 4.7.3. Mão de Obra ...................................................................................................65 4.7.4. Investimento, Depreciação e Seguros..........................................................68 4.7.5. Impostos e Taxas ...........................................................................................70 4.7.6. Compras e Insumos .......................................................................................71 4.7.7. Receitas ..........................................................................................................73 4.7.8. Projeção de Fluxo de Caixa...........................................................................75 4.7.9. Ponto de Equilíbrio ........................................................................................76 4.7.10 Projeção dos Resultados .............................................................................78 4.7.11. Usos e Fontes...............................................................................................79 4.7.12. Análise de Investimento com Cenários......................................................80
..............................................80 4.7.12.1. Analise de Investimento no Cenário Realista
..............................................81 4.7.12.2. Análise de Investimento no Cenário Otimista.........................................83 4.7.12.3. Análise de Investimento no Cenário Pessimista
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................86 REFERÊNCIAS .........................................................................................................88
13
1 INTRODUÇÃO
As pequenas empresas contribuem muito para a economia nacional,
produzem uma parte substancial de bens e serviços, oferecem uma grande fatia de
empregos, introduzem inovações e auxiliam no crescimento da economia.
Segundo pesquisas realizadas pelo Sebrae (2006) 39% das pequenas
empresas não chegam a completar seu primeiro ano de vida. Uma das causas do
fechamento das pequenas empresas se dá por falta de administração e profissionais
qualificados, além disso, existe a falta da realização de um plano de negócio e a
viabilidade financeira nas pequenas empresas.
A vantagem de se realizar uma análise econômica e financeira, é a
identificação das possibilidades de mercado, os benefícios e a verificação dos custos
e investimentos para realização de um novo negocio.
Um estudo de viabilidade econômica e financeira ajuda a antever os
problemas, evitando que eles aconteçam ou chegando à conclusão de que não é
viável arriscar.
Portanto pode-se supor que as pequenas empresas não teriam fracassos
nos primeiros anos de existência, se tivessem profissionais qualificados que
gastassem suas energias para elaboração de analise econômica e financeira da
organização.
Baseando-se nos relatos anteriores, pode-se perceber a importância do
estudo da viabilidade econômica e financeira com uma boa pesquisa de mercado,
para a implantação de um novo negócio. Dessa forma, o presente trabalho procura
responder á seguinte questão problema:
Existe viabilidade econômica, financeira e de mercado para a formalização
da loja de presentes no Bairro Jardim São Miguel – Biguaçu-S/C.
Desse modo, a fim de melhor direcionar os estudos e atividades, referentes
ao presente estudo, definiu-se os objetivos, que serão apresentados na seqüência.
14
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Verificar a viabilidade econômica, financeira e de mercado para formalização
da loja Roferi Presentes, no Bairro Jardim São Miguel, na cidade de Biguaçu.
1.1.2 Objetivos Específicos
• Analisar os possíveis clientes, concorrentes e fornecedores;
• Estabelecer o investimento inicial;
• Estimar receitas;
• Definir os custos fixos e variáveis;
• Elaborar as projeções de resultados.
1.2 JUSTIFICATIVA
O presente estudo é de suma importância, pois no momento a loja atua na
informalidade e por meio dele podemos analisar se é viável o investimento para
formalização do mesmo. Por meio deste estudo levantaremos os clientes potenciais,
concorrentes, novos fornecedores, investimento obtido na implantação da loja, a
viabilidade econômica e financeira, os custos fixos e variáveis e estimar as receitas.
O momento é oportuno para a elaboração do estudo de viabilidade
econômica e financeira, porque por meio dos dados levantados na analise, será feita
a formalização da loja.
Acreditando neste projeto, a loja Roferi Presentes disponibilizará as
informações necessárias para a elaboração da viabilidade do negocio. As demais
informações que forem necessárias serão obtidas junto a órgãos públicos e privados.
O estudo é viável tendo um período de um ano para se aprofundar no assunto, além
de não acarretar custos para a organização na execução do presente projeto de
estágio.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tendo em vista o assunto abordado, a fundamentação teórica apontara os
seguintes temas: Empreendedorismo, Aspecto Mercadológico, Aspectos econômicos
e financeiros.
2.1. EMPREENDEDORISMO
A palavra empreendedor origina-se de emprego amplo, que designa as
atividades de quem se dedica à geração de riqueza, seja na transformação de
conhecimentos em produtos e serviços, ou na geração do próprio conhecimento
(DOLABELA, 2003, p.42)
Para Dornelas (2001, p.37) empreendedorismo é aquilo que destrói a ordem
econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de
novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.
Em perspectiva similar Degen (1989, p.02) fala que o empreendedor é o
agente do processo de destruição criativa, que constantemente cria novos produtos,
novos métodos de produção e novos mercados.
Chiavenato (1995, p.13) afirma que empreendedor é a pessoa que inicia ou
que desenvolve um negócio em que arrisca a perder o capital nele aplicado.
Já para Dornelas (2001, p.37) empreendedor é aquele que detecta uma
oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos
calculados.
O empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só.
Deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores, convencê-los de
que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no futuro (DOLABELA,
2003, p.44).
Degen (1989, p.09) cita que a criatividade dos empreendedores é responsável
pela formação da riqueza de um país, porque a riqueza de uma nação é medida por
sua capacidade de produzir, em quantidades suficientes, os bens e serviços ao bem-
estar da população. Então por isso acredita-se que o melhor recurso de que
16
dispomos para solucionar os graves problemas sócio-econômicos pelos quais o
Brasil passa é a liberação da criatividade dos empreendedores.
Estão entre as atividades do empreendedorismo, segundo Dolabela (2003,
p.46):
• a disseminação da cultura empreendedora no sistema de ensino formal em
todos os níveis;
• a disseminação da cultura empreendedora e o apoio à ação
empreendedora entre grupos sociais, tais como desempregados, minorias,
alijados do processo econômico;
• o empreendedorismo comunitário, em que sociedades desfavorecidas se
articulam para enfrentar a adversidade;
• a sensibilização das forças da sociedade para a importância do
empreendedorismo e da pequena empresa;
• a geração do auto-emprego;
• a criação de empresas;
• a identificação, criação e busca de oportunidade para empresas existentes
e novas;
• o financiamento de organizações emergentes e daqueles ameaçadas de
desaparecimento;
• o intra-empreendedorismo ou estudo do papel do empreendedorismo em
grandes organizações;
• a promoção do desenvolvimento econômico local;
• a concepção e adoção de políticas públicas de apoio e suporte à criação
de empresas, abrangendo práticas econômicas, legais, tributárias, de
financiamento etc;
• o estabelecimento de redes de relações com universidades e com todas as
forças sociais.
Longenecker, Moore e Petty (1997, p.9) citam que as características do
empreendedor enfatizam uma enorme necessidade de realização, uma disposição
para assumir riscos moderados e uma forte autoconfiança.
17
O empreendedor é alguém que imagina, desenvolve e realiza uma visão.
Acredita que pode realizar seu próprio sonho, julgando-se capaz de mudar o
ambiente em que está inserido (DOLABELA, 2003, p.60).
Longenecker, Moore e Petty (1997, p.10) afirmam que os riscos que os
empreendedores assumem ao iniciar e/ou operar seus próprios negócios são
variados. Ao investir seu dinheiro, assumem risco financeiro e se largarem seu
emprego arriscam sua carreira.
2.2. ASPECTO MERCADOLÓGICO
A característica primária de uma administração é a necessidade de tomar
decisões, e essa tomada de decisão depende de informação, e uma informação para
se caracterizar como tal depende de obtenção de dados que, uma vez interpretados
e analisados, vão constituir a informação. Por isso para implantação de um novo
negócio é necessário que seja realizado um planejamento para obter as informações
se o mesmo é viável ou não.
Conforme Cobra (1992, p.87) o planejamento mercadológico é um
desenvolvimento sistemático de ações programadas para atingir os objetivos da
empresa através do processo de análise, avaliação e seleção das melhores
oportunidades.
Quando vai iniciar seu negócio, o primeiro passo é fazer o seu planejamento.
Planejar significa estudar antecipadamente a ação que será realizada ou colocada
em prática e quais os objetivos que se pretende alcançar (CHIAVENATO, 1995,
p.13).
Cobra (1992, p.87) cita ainda que o planejamento não deve ser confundido
com a previsão, embora a previsão seja parte necessária e importante dos
procedimentos a serem desenvolvidos, uma vez que o planejamento tem a ver com o
futuro.
18
2.2.1. Estudo de Mercado Para Longenecker, Moore e Petty (1997, p.197) mercado é o processo de
localizar e investigar unidades de compra que tenham poder de compra e
necessidades que possam ser satisfeitas com o produto ou serviço que o
empreendedor pode oferecer.
Já na mesma linha Chiavenato (1995, p.15) afirma que mercado é o local
onde as pessoas vendem e compram bens ou serviços, pode ser instalado em local
físico, região ou zona. E o mesmo pode ser utilizado para definir um tipo especifico
de consumidor ou fornecedor.
Contrapondo os autores anteriores Kotler (1998, p.31) cita que um mercado
consiste de todos os consumidores potenciais que compartilham de uma
necessidade ou desejo específico, dispostos e habilitados para fazer uma troca que
satisfaça essa necessidade ou desejo.
Segundo o Sebrae (2006) o mercado de uma empresa está dividido em:
- O Mercado Consumidor: os clientes - para quem produzir e vender
mercadorias ou prestar seus serviços;
- O Mercado Concorrente: quem produz e vende mercadorias ou presta
serviços idênticos ou similares aos que você pretende oferecer;
- O Mercado Fornecedor: quem oferece equipamento, matéria-prima,
embalagens e outros materiais que você necessita para produzir e vender
as mercadorias ou prestar os serviços pretendidos.
Nenhuma empresa pode operar em todos os mercados e satisfazer a todas às
necessidades. Nem pode fazer um bom trabalho dentro de um mercado muito amplo.
As empresas trabalham melhor quando definem cuidadosamente seu mercado alvo
(KOTLER, 1998, 37).
O estudo de mercado, ou pesquisa de mercado, é o levantamento e a
investigação dos fenômenos que ocorrem no processo de trocas e de intercâmbios
de mercadorias do produtor ao consumidor (CHIAVENATO, 1995, p.16).
19
Já para Biagio e Batocchio (2005, p.119) a análise de mercado é uma forma
de conhecer o mercado, avaliando de forma sistemática o ambiente onde o
produto/serviço da empresa se insere.
A pesquisa de mercado pode ser definida como a compilação, o
processamento, o relato e a interpretação das informações de mercado, a avaliação
dos custos da pesquisa contra os benefícios esperados é um passo que dever ser
considerado (LONGENECKER, MOORE E PETTY, 1997, p.192).
Chiavenato (1995, p.16) cita ainda que o estudo de mercado representa a
coleta de informações úteis para que se possa conhecer o mercado, seja para
comprar matérias-primas ou mercadorias, seja para vender produtos ou serviços.
Outro fator importante segundo Biagio e Batocchio (2005, p.120) são a análise
do setor de mercado que deve apresentar dados referentes a tamanho, índice de
crescimento e estrutura do setor de mercado em que a empresa atua ou atuará.
Uma pesquisa de mercado serve para abertura ou expansão de um negocio,
conhecer o perfil do cliente, perceber a estratégia do concorrente, analisar os
fornecedores e as empresas que fornecem produtos e serviço, dimensionar o
mercado, identificar o segmento de mercado, detectar novas tendências, avaliar a
performance de seus produtos e serviços e identificar a quantidade ou volume que o
mercado é capaz (SEBRAE, 2006).
Já para Brito(2003, p.23) o estudo de mercado envolve duas grandes áreas: a
do programa de produção e a dos regimes de mercado.
De acordo com Brito (2003, p.23) o estudo de mercado procura responder a
algumas questões:
- o que produzir;
- quanto produzir;
- para quem produzir;
- a que preços;
- quais os problemas de comercialização;
- que segmento atingir;
- quem já se encontra no mercado;
20
- como o governo interfere;
- como ver o mercado hoje;
- como ver o mercado futuro.
A seguir através de referencias bibliográficas, será abordado assuntos
referente aos clientes, concorrentes e fornecedores. Sendo que o cliente é a pessoa
que adquire um produto ou serviço, já o concorrente é composto pelas pessoas ou
empresas que oferecem mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes aos que
você pretende oferecer e o fornecedor é aquele que fornece à empresa as
mercadorias e outros materiais necessários ao seu funcionamento.
2.2.1.1. Cliente
Chiavenato (1995, p.16) afirma que os clientes estão inseridos no mercado
consumidor, onde são produzidas e vendidas as mercadorias ou a prestação de
serviço.
É necessário definir claramente quais as vantagens dos produtos ou serviços
oferecidos pela empresa, onde seja considerado um dos principais pontos de
atratividade para os clientes (BIAGIO E BATOCCHIO, 2005, p.110).
Longenecker, Moore e Petty (1997, p.66) citam que existe táticas que uma
empresa pode adotar para ganhar uma verdadeira vantagem competitiva: as três
características do serviço ao cliente que formam a motivação para essa crença são:
- A satisfação do cliente não é um meio para atingir uma certa meta, mas,
sim, a própria meta.
- O serviço ao cliente pode fornecer uma vantagem competitiva.
- Empresas pequenas estão potencialmente em condições melhores de
atingir a satisfação do cliente do que a grande.
21
Para Kotler (1998, p.53) a satisfação dos clientes é o sentimento de prazer ou
de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo
produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa.
Cobra (1993, p.106) cita que um mercado é constituído de pessoas com
dinheiro para gastar, as pessoas alocam seus gastos para atender as suas
necessidades básicas e demais necessidades percebidas como importantes.
Segundo Kotler (1998, p.58) o custo de atrair novos consumidores é cinco
vezes o custo de mantê-lo satisfeito. É necessário muito esforço para induzir
consumidores satisfeitos a abandonar seus fornecedores atuais.
2.2.1.2. Concorrentes
Concorrentes são as demais empresas que produzem e vendem mercadorias
ou prestam serviços idênticos ou similares aos que você oferece ou pretende
oferecer (CHIAVENATO, 1995, p.16).
Para Kotler (1998, p.212) as concorrências além de observar as empresas que
fabricam o mesmo produto, podem examinar as empresas que satisfazem a mesma
necessidade do consumidor.
Segundo Dornelas (2001, p.139) a concorrência de uma empresa não se limita
somente aos concorrentes diretos, aqueles que produzem produtos similares ao da
empresa, mais também deve ser considerado os indiretos que desviam a atenção de
seus clientes, convencendo-os a adquirir seus produtos.
Kotler (1998, p.212) cita que os concorrentes mais diretos de uma empresa
são aqueles que perseguem os mesmos mercados-alvo e adotam estratégias
semelhantes. Uma empresa deve, continuamente, monitorar as estratégias de seus
concorrentes.
Apesar da identificação dos concorrentes parecer uma tarefa relativamente
fácil, pode-se acrescentar que é fácil somente quando se trata de concorrentes
diretos, mais a faixa de concorrentes potenciais e reais é muito mais ampla (BIAGIO
E BATOCCHIO, 2005, p.129).
22
O conceito de marketing diz que, para ser bem sucedida, uma empresa deve
satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores melhor que seus
concorrentes.Também devem se adaptar às estratégias dos concorrentes que estão
servindo aos mesmos consumidores alvo (KOTLER, 1993, p.39).
Biagio e Batocchio (2005, p.130) mostram os quatro níveis de concorrência,
divididos pelo grau de substituição do produto, conforme demonstrado na tabela 1.
. Níveis de concorrência
Níveis de concorrência Características
Concorrência de marca É a concorrência direta de empresas que oferecem
produtos e serviços similares aos mesmos
consumidores, pela mesma faixa de preço.
Concorrência industrial É a concorrência entre todas as empresas que
fabricam o mesmo produto ou a mesma classe de
produtos.
Concorrência de forma É a concorrência entre todas as empresas que
fabricam produtos diferentes, mas com a mesma
finalidade.
Concorrência genérica É a concorrência entre as empresas que buscam os
mesmos recursos do consumidor
Tabela 1 – Nível de concorrência Fonte: Biagio e Batocchio (2005, p.130). Neste quatro o autor mostrou os níveis de concorrência e as suas respectivas
características, sendo que é importante o significado de cada nível de concorrência
para a abertura de um novo empreendimento.
2.2.1.3. Fornecedores
Para Kotler (1993, p.38) fornecedores são organizações ou indivíduos que
promovem os recursos necessários para que uma empresa e seus concorrentes
possam produzir bens e serviços.
Para executar a compra a empresa precisa fazer uma pesquisa de mercado
de fornecedores, a fim de conhecê-los melhor e escolher os fornecedores mais
23
adequados em função do preço, qualidade, e condições de pagamento
(CHIAVENATO, 1995, p.16).
O comportamento dos fornecedores precisa ser cuidadosamente monitorado,
pois as suas alterações de custos freqüentemente afetam o preço final do produto da
empresa (COBRA, 1992, p.126).
Segundo Biagio e Batocchio (2005, p.183) a aquisição de mercadoria objetiva
demonstrar que os fornecedores de produtos e serviços atuam em conformidade
com as características especificadas, incluindo as de qualidade.
Segundo Chiavenato (1995, p.16) a pesquisa de mercado de fornecedores
indica quais são os fornecedores atuais e potenciais da empresa, onde estão
localizados, os produtos e serviços que oferecem, preços e condições de
pagamento.
Para Kotler (1993, p.38) os fornecedores podem afetar seriamente o marketing
de um empresa. Sendo que na falta de suprimentos ou demora nas entregas podem
comprometer as vendas da empresa.
2.2.2. Pesquisa Mercadológica Segundo Cobra (1993, p.35) pesquisa mercadológica é uma sistemática
coleta, registro e análise de dados acerca de problemas relativos ao marketing de
produtos e serviços.
Chiavenato (1995, p.16) cita pesquisa mercadológica como o levantamento e
a investigação dos fenômenos que ocorrem no processo de trocas e de intercâmbios
de mercadorias do produtor ao consumidor. Representa a coleta de informações
úteis para que se possa conhecer o mercado, seja para comprar matérias-primas ou
mercadorias, seja para vender produtos ou serviços.
Na mesma perspectiva, Kotler (1998, p.27) cita que o marketing é um
processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e
desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.
Em complemento Cobra (1992, p.34) define marketing como o processo de
planejamento e execução desde a concepção, apreçamento, promoção e distribuição
24
de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos
individuais e organizacionais.
O conceito de marketing fundamenta-se em quatro pilares: mercado-alvo,
necessidades dos consumidores, marketing integrado e rentabilidade, sendo que
parte de uma perspectiva de fora para dentro, começa com um mercado bem
definido, focaliza as necessidades dos consumidores, integra todas as atividades que
os afetarão e produz lucro através da satisfação dos mesmos (KOTLER, 1998, p.36).
O plano de marketing proporcionara para empresa a forma de como atuará no
mercado para levar seus produtos ao consumidor. Por melhor que seja o produto de
uma empresa , isso, por si só, não garante o mercado. Muitas empresas já
fracassaram pela deficiência em sua estratégia de marketing, com isso não
conseguiram atingir seus clientes, não permanecendo muito tempo no mercado. Com
o plano de marketing a empresa deve demonstrar sua capacidade em tornar o
produto/serviço conhecido pelos seus clientes (BIAGIO E BATOCCHIO, 2005,
p.137).
O composto de marketing descreve a interação da empresa com o seu meio
ambiente em função da sua missão, dos seus objetivos e através da efetiva ação das
ferramentas do composto de marketing. Que conforme (COBRA, 1993, p.30) são:
- Análise: visa identificar as forças vigentes no mercado, como economia,
política, sociedade, concorrência, legislação e tecnologia e suas interações
com a empresa.
- Adaptação: é o processo de adequação das linhas de produtos ou serviços
da empresa às necessidades de consumo identificadas através da análise.
- Ativação: é também chamado composto promocional, que, juntamente com
o composto de produtos, formam o composto de marketing.
- Avaliação: é o controle da gestão de marketing, que procura avaliar as
principais forças e fraquezas organizacionais, as oportunidades e os
problemas, analisando os resultados operacionais de cada esforço de
marketing isoladamente ou em conjunto.
25
2.2.2.1. Preço
O preço é um valor arbitrado para um bem ou um serviço. Qualquer transação
de negócio envolve um valor monetário que é o preço. O preço pressupõe o objetivo
de remunerar o capital empregado em um negócio, bem como remunerar a força de
trabalho e gerar lucro para os acionistas. O preço pode ter um objetivo de marketing,
como conquistar o mercado à base de preços atrativos em relação ao valor do
produto ou aos preços praticados pela concorrência (COBRA, 1993, p.244).
Na mesma linha Biagio e Batocchio (2005, p.139) citam que o preço é o valor
monetário a algo disponibilizado para a venda. A empresa deve, portanto, identificar
as faixas de preços possíveis de atuar para quando o mercado está vendedor, que é
a oferta está maior que a demanda, ou quando o mercado está comprador que é a
demanda está maior que a oferta. Um fator muito importante é conhecer a reação
dos clientes em função do preço. Assim é possível organizar uma política de
descontos e promoções fundamentadas nas possibilidades financeiras da empresa.
Em perspectiva similar Dornelas (2001, p.150) comenta que o preço talvez
seja a maneira mais tangível de se agir no mercado, pois pela política de preços a
empresa pode criar demanda para o produto, segmentar o mercado, definir a
lucratividade da empresa, mudar a penetração do produto no mercado, sempre tendo
como referência o valor que o consumidor vê no produto e não o preço que a
empresa acha que ele deva ter. A estratégia de preços que a empresa adota para
um produto ou uma família de produtos interfere diretamente na imagem do produto
no mercado e em qual segmento irá consumir o produto.
2.2.2.2. Produto
Em uma definição bem simplificada, produto é tudo aquilo que a empresa tem
para vender. Sendo que o conhecimento do produto é o primeiro passo de uma boa
estratégia de vendas, afinal por melhor que seja a abordagem do vendedor, se ele
não conhecer bem o produto, não conseguirá jamais convencer o comprador a
efetuar a compra. Entender o motivo pelo qual o produto/serviço é adquirido pelo
26
consumidor pode ser o grande diferencial no momento de uma venda (BIAGIO E
BATOCCHIO, 2005, p.138).
Segundo Cobra apud Kotler (1992, p.335) “um produto é algo que pode ser
oferecido a um mercado para criar atenção, ser adquirido, usado ou consumido,
satisfazendo um desejo ou uma necessidade".
Kotler (1998, p.35) cita que os consumidores favorecerão aos produtos que
oferecerem mais qualidade, desempenho ou características inovadores. Os
compradores admiram produtos bem fabricados e podem avaliar sua qualidade e
desempenho.
Posicionar o produto no mercado significa direcionar o produto para atender
às expectativas e necessidades do cliente-alvo escolhido. A empresa estabelece
uma imagem do produto junto aos clientes, tentando se diferenciar de alguma forma
da concorrência (DORNELAS, 2001, p.149).
Cobra (1993, p.182) afirma que os consumidores atribuem valor a um produto
na proporção da capacidade percebida de ajudar a resolver seus problemas ou
atender as suas necessidades. O benefício é o que o produto ou serviço pode fazer
em função de suas características e mais o que as pessoas querem que ele faça.
A comparação é um recurso interessante utilizado pelo comprador, por isso é
importante conhecer em detalhes o produto do concorrente, principalmente aqueles
que concorrem em vendas, pois assim a empresa antecipa possíveis comparações
que os clientes provavelmente realizarão.
2.2.2.3 Ponto
A localização faz parte da consulta de viabilidade, para a maioria das
pequenas empresas, uma decisão quanto à localização é feita apenas quando o
negócio já foi estabelecido ou comprado. Uma investigação cuidadosa revelará os
aspectos bons e ruins de qualquer localização específica (LONGENECKER, MOORE
E PETTY, 1997, p.217).
Para Longenecker, Moore e Petty (1997, p.224) no local específico para o
negócio, devem ser observados alguns fatores críticos a considerar como: custos, o
27
acesso do cliente, as condições da vizinhança e a tendência para o desenvolvimento
suburbano.
O produto deve ser convenientemente distribuído para estar disponível
quando o consumidor resolver adquiri-lo. A empresa precisa ter definido, de forma
clara, como leva ou levará seus produtos até o consumidor. A escolha da melhor
forma de distribuir os produtos considerando os níveis de intensidade da distribuição
deve levar em conta na distribuição e no ponto onde está sendo vendido o produto
(BIAGIO E BATOCCHIO, 2005, p.144).
Para Dornelas (2001, p.151) os canais de distribuição envolvem maneiras que
a empresa pode adotar para levar o produto até o consumidor. A empresa pode
vender seus produtos diretamente ao consumidor final ou usar atacadistas ou
distribuidores para fazê-lo. Aspectos como características de armazenagem,
localização dos depósitos, meios de transporte utilizados para levar o produto até o
cliente e embalagem do produto também devem ser considerados para definir os
canais de distribuição mais adequados.
Para Biagio e Batocchio (2005, p.147) o produto precisa estar disponível no
momento em que o cliente resolver adquiri-lo. O plano de marketing precisa conter,
além da forma de venda, o número de pontos de distribuição do produto para atingir
todo o mercado-alvo.
2.2.2.4. Promoção
Promoção é o uso de um conjunto de ações de curto prazo com o objetivo de
incentivar o consumidor a comprar mais rapidamente e/ou comprar uma quantidade
maior de determinados produtos ou serviços (BIAGIO E BATOCCHIO, 2005, p.147).
Para Cobra (1993, p.431) a promoção de vendas refere-se as atividades
promocionais que objetiva estimular ao interesse e a compra.
Na mesma linha Kotler (1993, p.311) cita que promoção consiste num
conjunto diversificado de ferramentas de incentivo de curto prazo que visa a
estimular a compra ou venda de um produto.
28
Biagio e Batocchio (2005, p.148) apresentam alguns dos recursos utilizados
pela promoção de vendas, conforme demonstrado na tabela 2:
FERRAMENTA CARACTERÍSTICAS Amostra grátis Oferecimento gratuito de uma Quantidade do produto ao cliente. Constitui a
forma mais eficaz e mais dispendiosa de lançar um novo produto.
Cupons São certificados que dão direito a seu portador a um desconto definido na
compra de um produto específico. Os especialistas acreditam que os
cupons para serem eficazes devem oferecer descontos de 15 a 20%.
Descontos pós-compra Os consumidores recebem uma redução de preço após a compra do
produto, enviando um “prova da compra” específica ao fabricante, que
devolve parte do preço pago.
Pacotes de preços
promocionais
São ofertas aos consumidores onde um conjunto de produtos é oferecido
com redução de preços. Podem ser conjunto de um mesmo produto do tipo
“leve 3 e pague 2”, ou podem ser produtos diferentes que, quando
comprados em conjunto, oferecem vantagens no preço. São mais eficazes
para estimular as vendas que os cupons.
Prêmios Prêmios ou brindes são produtos oferecidos a preço relativamente baixo ou
gratuitamente como incentivo para a compra de um produto específico. Em
alguns casos, a própria embalagem reutilizável pode ser o prêmio. Os
fabricantes costumam usar brindes que levam a marca.
Concursos, loterias e jogos São ofertas que permitem ganhar dinheiro, vantagens ou mercadorias como
resultado da compra de algo. Normalmente chamam mais a atenção do que
cupons ou pequenos prêmios.
Recompensas por
preferências
São valores em dinheiro ou outras formas que são proporcionais à
preferência de alguém por uma marca ou empresa. Os clientes recebem
“selos” na compra dos produtos que podem ser trocados nos pontos de
resgate.
Experimentações gratuitas Consiste no convite de compradores potenciais a experimentarem
gratuitamente um produto, na esperança de que os mesmos venham a
comprá-lo regularmente.
Descontos Trata-se de um abatimento direto na fatura sobre os preços de lista de
produtos comprados durante um determinado período de tempo.
Tabela 2 – Nível de concorrência Fonte: Biagio e Batocchio (2005, p.149).
29
Uma das formas utilizadas no mercado competitivo atual é a promoção, varias
ferramentas são utilizadas para conceder aos clientes descontos e as mesmas
apresentam suas próprias características (BIAGIO E BATOCCHIO, 2005, p.149).
Cobra (1993, p.312) afirma que a promoção de vendas inclui uma ampla
variedade de ferramentas promocionais projetadas para estimular uma resposta de
marketing mais rápida ou mais intensa. A promoção para clientes que oferece
amostra grátis, cupons, descontos, reduções de preços, prêmios, brindes, selos de
troca e demonstrações. Já a promoção para intermediários oferece subsídios para
compra, produtos gratuitos, subsídios de mercadorias, propaganda cooperativa,
descontos em dinheiro e competições de vendas de distribuidores. Por último a
promoção para força de vendas que oferece bônus, competições e sorteios.
Para se obter sucesso na promoção de vendas uma série de fatores internos e
externos determina o sucesso ou o fracasso de uma ação promocional. Um fator de
grande importância na promoção de vendas é um bom planejamento e o
acompanhamento dos resultados durante a ação promocional (SEBRAE, 2006).
Ainda na mesma linha o Sebrae (2006) cita que a promoção de vendas é
utilizada para aumentar o nível de faturamento da empresa e atender a outras
necessidades da empresa, como atualização de cadastro, pesquisa de aspectos
importantes e testar lançamentos de novos produtos.
2.3. ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS
A parte financeira é considerada a parte principal na consulta de viabilidade
econômica e de mercado. O estudo financeiro deve refletir em números tudo o que
foi descrito até então nas outras seções do plano, incluindo investimentos, gastos
com marketing, despesas com vendas, gastos com pessoal, custos fixos e variáveis,
projeção de vendas, análise de rentabilidade do negócio, etc (DORNELAS, 2001,
p.162).
Ross, Westerfield e Jordan (1998, p.28) citam que a administração financeira
é o principal instrumento na tomada de decisão em uma organização, onde existem
vários fatores a serem analisados: qual o investimento a longo prazo deveriam ser
30
feitos; máquinas e equipamentos seriam necessários; onde seria obtido
financiamento a longo prazo para custear tais investimentos; como cobraria de seus
clientes e pagaria seus fornecedores. A administração financeira, num contexto em
geral, é o estudo de diversos fatores em uma organização.
Na mesma linha Biagio e Batocchio (2005, p.201) citam que as decisões
empresariais geralmente são tomadas a partir de dados financeiros que refletem uma
situação passada, procurando encontrar soluções para o futuro com base no
passado. A inclusão de um plano financeiro dentro de uma consulta de viabilidade
econômica procura demonstrar um conjunto de projeções abrangentes que possam
refletir o desempenho futuro da empresa em termos financeiros.
O que todos proprietários de empresas esperam é que seu investimento
produza um retorno compatível com o risco assumido, por meio de geração de
resultados econômicos e financeiros adequados por longo prazo. A geração
permanente de lucros e caixa contribui para que uma empresa moderna cumpra
suas funções sociais, por meio de geração de impostos, remuneração adequada dos
empregados, investimentos em melhoria ambiental (HOJI, 2000, p.21).
2.3.1. Investimento Inicial Para Gitman (1997, p.297) o investimento inicial é a saída de caixa relevante
ocorrida no instante zero para implementação do investimento proposto a longo
prazo, refere-se à saída de caixa relevante que deve ser considerada ao se avaliar
um possível dispêndio de capital.
Para Chiavenato (1995, p.29) a definição do capital inicial vai depender do
ramo de negócio no qual a empresa estará inserida, enquanto alguns negócios
exigem um alto investimento inicial, outros podem ser aplicados com o mínimo de
recursos, assim como também alguns podem proporcionar um retorno a longo prazo
e outros uma lucratividade rápida.
Todas empresas devem sempre ter um plano de investimento, pois isto reflete
uma preocupação com o futuro, porque normalmente, os investimentos não são
realizados ao mesmo tempo, tornando-se necessária à inclusão de um cronograma
31
físico financeiro da projeção dos desembolsos junto ao plano de investimento,
equalizando valores e tempo (BIAGIO E BATOCCHIO, 2005, p.221).
Para Braga (2003, p.38) o uso dos recursos é considerado investimento, que
pode ser inversões fixas mais capital de trabalho. As inversões fixas são terrenos,
edificações, equipamentos, móveis, instalações, despesas de implantação, marcas,
patentes e veículos. As inversões de capital de trabalho são as necessidades
permanentes de estoques, créditos, descontos e encaixes.
2.3.2. Custos Custo é um gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros
bens e serviços, é considerado um gasto no momento da utilização dos fatores de
produção (bens e serviços) para a fabricação de um produto ou execução de um
serviço (LEONE, 2000, p.52).
Na mesma linha Fonseca(1992, p.16) cita que o custo está diretamente
relacionados ao processo de produção de bens ou serviços, e deve-se atentar
também que nem todos os gastos dentro da produção são custos, pois quando
ocorre o uso das instalações, equipamentos e mão de obra não destinados à venda,
devem ser considerados como despesas.
2.3.2.1. Custo Fixo
Custos fixos são valores que se mantêm inalterados independentemente das
variações de atividade ou das vendas (DORNELAS, 2001, p.169).
Na mesma linha (Perez Junior, Oliveira e Costa, 1999, p.20) cita que custo fixo
são os custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade
instalada, independem do volume de produção, ou seja, uma alteração no volume de
produção para mais ou para menos não altera o valor total do custo.
Fonseca (1992, p.19) cita que são custo fixo os custos que num certo período
de tempo e uma certa capacidade instalada não variam, qualquer que seja o volume
de atividade da empresa.
32
Na mesma percepção Leone (2000, p.72) cita que o custo fixo é constante no
total, na faixa de volume relevante da atividade esperada que está sendo
considerada, é ainda considerado um custo irreversível.
Para Martins (2000, p.269) não existe custo eternamente fixo, sendo fixos
dentro de certos limites de oscilação da atividade a que se referem, sendo que, após
tais limites, aumentam, mas não de forma exatamente proporcional, tendendo a subir
em degraus.
Os custos fixo têm as seguintes principais características (PEREZ JUNIOR,
OLIVEIRA E COSTA, 1999, p.20).
- o valor total permanece constante dentro de determinada faixa da
produção;
- o valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no
volume de produção, por tratar de um valor fixo diluído por uma quantidade
maior;
- sua alocação para os departamentos ou centros de custos necessita, na
maioria das vezes, de critérios de rateios determinados pela administração;
- a variação dos valores totais podem ocorrer em função de desvalorização
da moeda ou por aumento ou redução significativa no volume de produção.
2.3.2.2. Custo Variável
O custo variável é um custo que é proporcional ao nível da atividade, o custo
total aumenta à medida que a atividade aumenta. Este tipo de custo somente
aparece quando a atividade ou a produção é realizada, ele é evitável porque se pode
comandar o volume da atividade ou da produção (LEONE, 2002, p.73).
Dornelas (2001, p.169) cita custo variável, como os custos que variam na
mesma proporção das variações ocorridas no volume de produção ou em outra
medida de atividade.
Custos variáveis são os custos que mantêm relação direta com o volume de
produção ou serviço, o total de custos variáveis cresce à medida que o volume de
33
atividades da empresa aumenta características (PEREZ JUNIOR, OLIVEIRA E
COSTA, 1999, p.22).
Para Fonseca (1992, p.19) o valor total dos custos variáveis modifica-se em
proporção direta à quantidade produzida.
Os custos variáveis têm as seguintes principais características (PEREZ
JUNIOR, OLIVEIRA E COSTA, 1999, p.22).
- seu valor total varia na proporção direta do volume de produção;
- o valor é constante por unidade, independentemente da quantidade
produzida;
- a alocação aos produtos ou centros de custos é, normalmente, feita de
forma direta, sem a necessidade de utilização de critérios de rateios.
2.3.3. Receitas A receita corresponde, em geral, a vendas de mercadorias ou prestação de
serviços. Ela é refletida no balanço através da entrada de dinheiro no caixa ou
entrada em forma de direitos a receber (MARION, 1998, p.69).
Biagio e Batocchio (2005, p.209) citam dois tipos de receitas:
- Receita bruta de vendas: É a soma de todo o faturamento da empresa no
decorrer do ano, ou seja, toda vez que for efetuada uma venda, esta
gerará uma receita. Assim, a soma de todos os valores apurados com
vendas durante o ano compõe a receita bruta de vendas ou faturamento
bruto.
- Receita líquida de vendas: é o resultado da subtração das deduções da
receita bruta de vendas. A idéia é demonstrar o quanto à empresa apurou
em faturamento líquido, descontando-se as despesas que somente
ocorrem se o produto for efetivamente vendido.
34
Algumas empresas conseguem obter receitas operando no mercado
financeiro, ou seja, num mês em que o faturamento indicou uma boa reserva de
caixa, esse montante poderá ser aplicado em fundos de renda fixa, fundos de
capitalização ou qualquer outro tipo de aplicação financeira, e gerar uma receita
adicional para a empresa (BIAGIO E BATOCCHIO, 2005, p.211).
2.3.3.1. Formação do preço de venda
Segundo Biagio e Batocchio (2005, p.140) o preço de venda é formado a partir
da percepção do cliente ao valor atribuído ao produto, ou seja, quem estabelece o
preço é o próprio mercado. É necessário formar os preços por meio do cálculo dos
custos, para saber com exatidão a margem que prática, e poder definir o limite de
preço que o mercado impõe. A empresa necessita para a formação de preço
identificar os sistema de custo que será adotado.
Na mesma linha Hoji (2000, p.320) cita que a formação do preço de venda é
uma questão fundamental para a empresa. Se ela praticar um preço muito alto inibirá
a venda, e se o preço for muito baixo poderá não cobrir os custos e despesas.
Qualquer que seja à base de formação de preços adotada, é importante que a
empresa determine uma política de preços para poder orientar-se diante das
oscilações do mercado. Sendo que a melhor escolha na política de preços passa
necessariamente pelas necessidades da empresa, principalmente pela
disponibilidade de capital da empresa e pelo tempo que a empresa conseguirá
suportar a reação dos concorrentes quanto à estratégia adotada (BIAGIO E
BATOCCHIO, 2005.p.144).
Segundo Bruni e Famá (2002, p.311) na formação de preço no aspecto
quantitativo, a fixação dos preços dos produtos e serviços comercializados, consiste
no aspecto financeiro mais importante de qualquer entidade, sendo que um preço
equivocado de um produto ou serviço certamente causará sua ruína.
Os principais objetivos no processo de formação de preço, segundo (BRUNI E
FAMÁ, 2002, p.311) são:
- proporcionar, a longo prazo, o maior lucro possível;
35
- permitir a maximização lucrativa da participação de mercado;
- maximizar a capacidade produtiva, evitando ociosidade e desperdícios
operacionais;
- maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de modo auto-
sustentado.
Já na formação de preços nos aspectos qualitativos, as decisões empresariais
associadas à gestão financeira devem sempre preocupar-se com custos incorridos e
preços praticados, por aspectos qualitativos compreendem-se as atividades
relacionadas ao processo de criação de valor. A tarefa de determinar o preço de
venda é influenciada por múltiplos fatores, relativos aos custos ou aos valores
percebidos (BRUNI E FAMÁ, 2002, p.339).
2.3.3.2. Projeção de Receita
Projeção de receita são ferramentas de previsão e orçamento que calculam as
receitas e antecipam as despesas a curto e médio prazo. Sendo que quanto mais
longa seja a projeção menos precisa será a projeção para orientar a ação (BANGS,
2006, p.93).
Biagio e Batocchio (2005, p.141) citam que um fator importante a ser definido
pela empresa é a margem de lucro desejada, onde o percentual leva em conta o
histórico do mercado e do processo de planejamento de cada empresa.
Segundo Hoji (2000, p.320) um método importante para projetar a receita é a
formação do preço com base no custo, uma vez que calculado o custo de produção,
sobre ele adicionam-se os impostos, as despesas de comercialização e
administrativas, e o lucro desejado.
Bangs (2006, p.93) cita que mesmo que as projeções de receitas não sejam
exatas, elas irão proporcionar-lhe um conjunto aproximado de referências para testar
seu avanço em direção às suas metas de curto prazo.
As projeções de receitas devem ser revistas, pelo menos, a cada trimestre
para verificação de sua validade e, quando necessário, para proceder a ajustes ou
fazer alterações nas operações de sua empresa (BANGS, 2006, p.94).
36
2.3.4. Ferramentas de controle Financeiro Tendo em vista a concorrência no mercado, as empresas estão necessitando
de uma maior eficiência na gestão financeira dos recursos, por isso estão adotando
ferramentas de controle financeiro como instrumentos de planejamento e controle
dos recursos financeiros.
2.3.4.1. Fluxo de caixa
A organização querendo honrar as obrigações com terceiros, terá que saber
se na data do vencimento haverá em caixa dinheiro disponível para saldar os
compromissos. Com isso, nas datas que vão ocorrendo os vencimentos dos títulos,
haverá uma atenção especial no seu caixa, saldo em banco ou aplicações
financeiras (ZDANOWICZ, 2000, p.37).
É necessário, na área da administração financeira, dimensionar o fluxo de
caixa da empresa, que é composto basicamente por contas a receber e contas a
pagar. Esta ferramenta mede as necessidades futuras de recursos, o pagamento
atual dos compromissos assumidos, e disponibilidade para investimentos (ASSEF,
1999, p.1).
Na mesma concepção, segundo Hoji (2000, p.79), o que representa a entrada
e saída de caixa ao longo do tempo é o fluxo de caixa, onde é necessário pelo
menos uma entrada e uma saída. Todas as operações financeiras são denominadas
fluxo de caixa. Temos como exemplos de entrada e saída de dinheiro um
empréstimo que implica receber o dinheiro (entrada) em uma data futura tem que
devolvê-lo acrescido de juro (saída), temos também o oposto, uma aplicação
financeira desembolsar um valor (saída) e recebê-lo após algum tempo acrescido de
juro (entrada).
As fontes de caixa internas são originadas por vendas à vista, cobranças de
vendas a prazo e vendas do ativo permanente, sendo que as fontes externas são
predominantes de fornecedores, instituições financeiras e governo. Os ingressos de
caixa podem ocorrer em intervalos regulares. Empresas de grande porte podem
37
receber suas receitas em intervalos maiores, em conseqüência de contratos ou pela
duração do serviço executado. A empresa sempre tem a expectativa de que uma
parte dos recebimentos proveniente das vendas ou serviços retorne ao caixa, na
forma de lucro (ZDANOWICZ, 2000, p.38).
Ross, Westerfield, Jaffe (1995, p.47) apresentam dois tipos de fluxo de caixa
relevantes para a compreensão financeira da empresa:
• O fluxo de caixa das operações que define a diferença entre o resultado antes
de juros e depreciação menos impostos, que demonstra o volume total de
números gerado pelas operações não contando investimentos com a
necessidade do capital de giro.
• O fluxo total de caixa da empresa que demonstra os valores investidos tanto
com o ativo imobilizado quanto em capital de giro líquido.
Ross, Westerfield, Jordan (1998, p.46) afirmam que o fluxo de caixa reflete o
fato de que uma empresa gera caixa por meio de diversas atividades, e de que esse
dinheiro é usado para pagar credores, ou então, é distribuído aos proprietários da
empresa.
Na Figura 1 pode-se verificar a representação gráfica do fluxo de caixa.
Figura 1 – Representação gráfica fluxo de caixa Entradas
Eixo do Tempo 0 Saídas Fonte: Hoji (2000, p.80)
2.3.4.2. Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial demonstra a situação estática da empresa em
determinado momento, cada empresa pode determinar a data de encerramento do
38
balanço conforme suas conveniências, mais no Brasil, a maioria das empresas
encerram o balanço no dia 31 de dezembro de cada ano (HOJI, 2000, p.252).
Na mesma linha Dornelas (2001, p.163) cita que o balanço patrimonial reflete
a posição financeira em um determinado momento. Sendo que o balanço é
constituído por duas colunas, a do ativo e a do passivo e patrimônio líquido.
Segundo Biagio e Batocchio (2005, p.202) o balanço patrimonial funciona
como uma fotografia da situação atual da empresa num determinado instante. O
balanço demonstra o equilíbrio entre os bens e direitos da empresa e a soma das
obrigações, dívidas e recursos que os proprietários investiram na empresa.
Para Biagio e Batocchio (2005, p.202) o balanço é dividido em três partes
distintas:
- Ativo: Todos os bens e direitos da empresa (o que a empresa possui).
- Passivo: Obrigações e dívidas da empresa (o que a empresa deve).
- Patrimônio Líquido: Recursos dos proprietários investidos na empresa (a
diferença entre os ativos e passivos, ou recursos pertencentes aos sócios e
utilizados pela empresa).
Para Gitman (1997, p.72) o balanço patrimonial representa a demonstração
resumida da posição financeira da empresa em determinada data. Esta
demonstração confronta os ativos da empresa com suas fontes de financiamentos,
que podem ser dívida ou patrimônio.
Biagio e Batocchio (2005, p.204) demonstram a apresentação sintetizada de
um balanço patrimonial, conforme tabela 3.
39
Ativo Passivo
- Circulante
Representando por tudo o que a empresa possui e
que permanece em constante movimentação, ou
que podem ser transformados em dinheiro durante
o exercício fiscal, como por exemplo: saldo de
caixa, saldos em conta corrente nos bancos,
duplicatas a receber, aplicações financeiras de
curto prazo e estoques.
- Circulante
Representado pelas obrigações da empresa que
permanecem em constante movimentação ou que
devem ser liquidadas durante o exercício fiscal,
como por exemplo: salários, impostos, duplicatas a
pagar aos fornecedores etc.
- Realizável a longo prazo
Bens e direitos que não podem ser transformados
em dinheiro durante o exercício fiscal, somente nos
exercícios seguintes, tais como: aplicações
financeiras de longo prazo, ações de outras
empresas etc.
- Exigível a longo prazo
Obrigações da empresa que necessitam ser
liquidadas, mas o prazo de vencimento é superior a
um ano, portanto, somente serão liquidadas nos
exercícios fiscais seguintes. Exemplo:
financiamento de longo prazo.
- Permanente
Bens e direitos que não se destinam à venda e têm
vida útil. Exemplos: imóveis, máquinas e
equipamentos, veículos. Também estão
enquadrados neste item os direitos a receber que a
empresa incluiu como perdas.
- Patrimônio Líquido
Formado pelo montante de investimentos que os
proprietários aplicaram na empresa e pelos lucros
ou prejuízos acumulados durante o tempo de
operação da empresa.
Tabela 3 – Balanço Patrimonial Fonte: Biagio e Batocchio (2005, p.204).
No Balanço Patrimonial, as contas representativas do ativo e do passivo
devem ser agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da empresa, e apresentadas em ordem decrescente de grau de liquidez
para o ativo, e de exigibilidade para o passivo. Sendo que o ativo representa os
recursos aplicados em bens e direitos e o passivo representa as fontes de recursos
fornecidos por terceiros e acionistas (HOJI, 2000, p.252).
2.3.4.3. Demonstração do Resultado do Exercício
A demonstração do resultado mede o desempenho ao longo de um dado
período, sendo que para se analisar uma demonstração do resultado, o
40
administrador financeiro precisa ter em mente a influência dos princípios contábeis
(ROSS, WESTERFIELD E JEFFREY, 1995, p.44).
Para Hoji (2000, p.259) a demonstração do resultado do exercício é uma
demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em
aumento ou redução do patrimônio líquido entre duas datas.
Na mesma linha Gitman (1997, p.71) cita que a demonstração do resultado do
exercício fornece um resumo financeiro dos resultados das operações da empresa
durante um período específico. Normalmente a demonstração do resultado
corresponde num período de um ano, encerrando no dia 31 de dezembro do ano
calendário.
Em complemento Dornelas (2001, p.165) cita que a demonstração de
resultado é uma classificação ordenada e resumida das receitas e das despesas da
empresa em determinado período, sendo que da receita total obtida devem ser
subtraídos impostos, abatimentos e devoluções concedidas, resultando na receita
líquida.
Na tabela 4 é exemplificada a estrutura da demonstração do resultado do
exercício. Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Bruta de Vendas e Serviços
- Deduções da Receita Bruta
= Receita Líquida
- Custo dos Produtos e Serviços
= Lucro Bruto
- Despesas Operacionais
= Lucro Operacional
+ Resultado não Operacionais
= Lucro Antes do IR e Contribuição Social
- Provisão P/IR e Contribuição Social
= Lucro Apôs IR e Contribuição Social
- Participações e Contribuições
= Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício
Lucro por Ação (R$)
Tabela 4 – Exemplo de demonstração do resultado do exercício Fonte: Hoji (2000, p.263).
41
2.3.5. Ferramentas de Análise de Viabilidade A Análise de Viabilidade nos mostra através de técnicas específicas o retorno
contábil sobre o investimento, o prazo que será recuperado o desembolso do
investimento e de que modo o valor presente dos benefícios futuros do investimento
se compara com o desembolso do investimento.
2.3.5.1. Valor Presente Líquido
Hoji (2000, p.85) cita que o VPL é a soma das entradas e saídas de um fluxo
de caixa na data inicial.
Na mesma linha Gitman (1997, p.329) considera o VPL como o valor do
dinheiro no tempo, o valor presente liquido é considerado uma técnica sofisticada de
análise de orçamento de capital, obtida subtraindo-se o investimento inicial de um
projeto do valor presente das entradas de caixa, descontadas a uma taxa igual ao
custo de capital da empresa.
A análise do valor presente líquido é usada tipicamente na tomada de decisão
nas empresas atuais, sendo que os casos existentes são complexos, onde a escolha
da taxa de desconto para um investimento com risco é uma tarefa bastante difícil
(ROSS, WESTERFIELD E JAFFE, 1995, p.76).
O VPL positivo é quando um projeto gera uma taxa de retorno superior à que
poderia ser obtida nos mercados de capitais (ROSS, WESTERFIELD E JAFFE,
1995, p.166).
Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.166) citam algumas maneiras pelas quais
as empresas criam VPL positivo.
- Sendo as primeiras a introduzir um novo produto;
- Desenvolvendo um pouco mais uma competência fundamental de
produção de bens ou serviços a custo mais baixo do que os concorrentes;
- Criando uma barreira á competição por outras empresas;
42
- Introduzindo variações de produtos existentes para tirar proveito de uma
demanda insatisfeita;
- Criando diferenciação de produtos através de propaganda agressiva e
redes de comercialização;
- Inovando em processos organizacionais para fazer tudo o que foi indicado
acima.
2.3.5.2. Taxa Interna de Retorno
Gitman (1997, p.330) defini a TIR como a taxa de desconto que iguala o valor
presente das entradas de caixa ao investimento inicial referente a um projeto. Ela é a
taxa de desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade de investimento
iguale-se a zero.
A TIR é uma taxa de juros implícita numa série de pagamentos (saídas) e
recebimentos (entradas), que tem a função de descontar um valor futuro ou aplicar o
fator de juros sobre um valor presente. A TIR também é conhecida como a taxa de
desconto do fluxo de caixa (HOJI, 2000, p.81).
Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.127) citam que a TIR representa o que de
mais próximo existe no VPL, sem que se trate do próprio VPL, a TIR tem a idéia
básica que se procura calcular um único número que sintetize os méritos de retorno
de um projeto.
Para se calcular a TIR deve-se descobrir a taxa de desconto que fornece um
valor presente líquido igual a zero, quando isso acontece o valor presente dos futuros
fluxos de caixa é exatamente igual ao investimento efetuado (DORNELLAS, 2001,
p.173).
2.3.5.3. Payback
Dornelas (2001, p.172) afirma que o payback mede o tempo necessário para a
recuperação do capital inicialmente investido. O payback utiliza o fluxo de caixa
numa forma mais precisa.
43
Na mesma linha Gitman (1997, p.327) cita que o período payback é
geralmente usado para a avaliação de investimentos propostos. Ele é o período de
tempo exato necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um
projeto.
A regra do período de payback para tomada de decisão de investimento é
simples, é determinado um limite de tempo, todos os projetos de investimento que
possuem um período igual ou inferior ao limite estipulado são aceitos, os que
ultrapassarem este limite são rejeitados (ROSS, WESTERFIELD E JAFFE, 1995,
p.123).
2.3.5.4. Payback descontado
Conforme Kassai, Santos e Neto (2000, p.87) o payback descontado é
semelhante ao original, só que é baseado em valores descontados, ou seja, os
valores foram trazidos em moeda do período zero pela taxa mínima de atratividade.
Querendo considerar o valor do dinheiro no tempo real, é recomendável que
seja determinado por meio de um fluxo de caixa descontado, para isso, basta
descontar os valores pela taxa mínima de atratividade e verificar o prazo de
recuperação do capital (KASSAI, SANTOS E NETO, 2000, p.86).
2.3.5.5. Ponto de equilíbrio
Sanvicente (1993, p.193) define que uma das técnicas mais úteis e facilmente
aplicáveis da qualidade do desempenho de uma empresa, bem como o planejamento
de suas atividades é a análise do ponto de equilíbrio.
Hoji (2000, p.316) cita que no ponto de equilíbrio a empresa está produzindo
(e vendendo) a quantidade de produtos suficiente para cobrir, além dos custos e
despesas variáveis os custos e despesas fixas.
Um modelo bem usado é definido como ponto de equilíbrio contábil, onde
qualquer empresa persegue um lucro mínimo representado pelo custo de
oportunidade do investimento feito pelos sócios, um lucro mínimo que compense o
investimento realizado (MARTINS E ASSAF NETO, 1985, p.185).
44
Na mesma linha Hoji (2000, p.318) cita outros dois modelos de ponto de
equilíbrio. O ponto de equilíbrio econômico onde a quantidade de produção e venda
em que a receita total anula os custos e despesas totais acrescidos dos custos
econômicos. O outro modelo é o ponto de equilíbrio financeiro que é a quantidade de
produção e venda (venda a vista) que produz receita total que anula os custos e
despesas totais, deduzidos das depreciações e amortizações.
45
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
Neste capítulo, apresenta-se o procedimento metodológico utilizado na
elaboração do estudo, objetivou verificar a viabilidade econômica, financeira e de
mercado para formalização da Loja Roferi Presentes.
Para a estruturação deste trabalho de conclusão de estágio, foram coletados
dados secundários através de pesquisas bibliográficas.
Oliveira (1998, p.119) cita que a pesquisa bibliográfica tem por finalidade
conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram sobre
determinado assunto.
Os dados primários foram coletados através de pesquisa de mercado
quantitativa, sendo aplicado questionário fechado, pretendendo obter informações
com dados concretos.
A pesquisa de mercado tem o objetivo de mostrar a necessidade dos clientes,
demonstrar os concorrentes e os fornecedores.
A população pertencente ao estudo corresponde às pessoas residentes no
município de Biguaçu. De acordo com os procedimentos estatísticos, os
questionários foram aplicados a 35 pessoas que se enquadravam como clientes
potenciais.
Foram feitas pesquisas com 3 (três) concorrentes que atuam na mesma
região, o questionário serviu para identificar o que os concorrentes oferecem para os
clientes como: condições de pagamento, número de atendentes e espaço físico.
Já a pesquisa com os fornecedores serviu para identificar as condições de
pagamentos, tipo de produtos e localização do estabelecimento.
A análise financeira foi realizada utilizando o programa MakeMoney, projetado
por Fernando Dolabela, desenvolvido pela empresa Doctor Sys Ltda. Através deste
software foi possível realizar a projeção do fluxo de caixa, assim como possibilitou a
calcular a TIR (Taxa Interna de Retorno), o VPL (Valor Presente Líquido) e o
Payback, o que apontará se o empreendimento é exeqüível. Tendo esses dados
como base, o estudo apontou a viabilidade para a formalização da Loja Roferi
Presentes em Biguaçu.
46
4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE VIABILIDADE
Nesta etapa do trabalho, serão analisados os dados coletados junto aos
possíveis clientes por meio da aplicação do questionário de pesquisa, com a
finalidade de verificar a viabilidade do projeto de investimento para a formalização de
uma loja de presentes no município de Biguaçu.
Em seguida serão apresentadas informações referente aos concorrentes,
estas informações foram coletadas através de questionários com os 3 (três)
concorrentes que atuam na mesma região. Estes questionários vão esclarecer
informações referente a localização, condições de pagamentos, número de
atendentes e espaço físico da loja.
Também serão analisados os dados obtidos sobre os principais fornecedores,
tais como, produtos oferecidos, localização e condições de pagamento.
4.1 HISTÓRICO DO SETOR
Indiferente do segmento de mercado que se deseja atuar, faz-se necessário
antes que qualquer coisa conhecer o mercado, o empreendedor tem que identificar
as necessidades e as mudanças que poderão ser feitas, aproveitando as
oportunidades que vão aparecendo e que ainda não foram exploradas pelos
concorrentes.
O mercado a ser analisado no presente projeto será o de produtos e
mercadorias na área de presentes, com estes dados levantados será analisada a
viabilidade econômica, financeira e de mercado para a formalização da loja.
Através de pesquisa com os concorrentes foi identificado que o mercado de
loja de presentes está muito concorrido, na localidade onde será formalizada a loja,
atualmente existem 3 (três) concorrentes diretos, atuando com a mesma linha de
produtos.
O comércio local conta com um supermercado, uma farmácia, uma vídeo-
locadora, uma padaria, uma agropecuária, uma loja de materiais de construção e 3
lojas de vestuário.
47
O bairro onde foi realizada a pesquisa é de classe média, com uma população
de 3150 habitantes, correspondendo 6% da população do município conforme dados
da Prefeitura Municipal de Biguaçu.
4.2 RESULTADO DA PESQUISA COM OS CONCORRENTES
Foram pesquisadas 3 (três) empresas no segmento de presentes, os dados
foram coletados através de questionário contendo 5 (cinco) perguntas. Com estas
informações será possível elaborar uma estratégia de marketing.
Na tabela 5 é demonstrado os dados levantados por meio de pesquisa com os
concorrentes sobre a localização, tempo de mercado, numero de atendentes,
condições de pagamento e espaço físico da loja.
TEMAS EMPRESA 1 EMPRESA 2 EMPRESA 3
Localização Rua Pedro Ivo
Campos – Bairro
Jardim São Miguel
– Biguaçu
Av. Francisco
Roberto da Silva –
Bairro Jardim
Biguaçu – Biguaçu
Rua Euclides
Garbelotto – Bairro
Jardim Carandaí –
Biguaçu
Tempo de Mercado 2 anos 11 anos 9 anos
Nº de atendentes 1 3 4
Condições de Pgto à vista à vista à vista
Espaço Físico Loja 35 m2 82 m2 105 m2
Tabela 5 – Comparação entre os concorrentes Fonte: Dados Primários (2007)
Analisando os dados coletados na tabela 5, pode-se fazer as seguintes
considerações:
No fator localização todas as empresas localizam-se no município de Biguaçu,
a empresa 1 aproximadamente 150 metros da loja em estudo, a empresa 2 encontra-
se a uma distância aproximada de 2.100 metros e a empresa 3 encontra-se a uma
distância de 1.100 metros. Sendo que a empresa 1 torna-se concorrente direto,
48
estando mais próxima da Roferi Presentes. Estes dados serviram como base para
identificar a distância das concorrentes em relação a Roferi Presentes.
Outro fator verificado foi o fator tempo de mercado, estas informações servirão
como base para se obter uma noção da freguesia consolidada que a concorrência
possui. A empresa 2 esta 11 anos no mercado obtendo assim um tempo maior em
relação aos outros concorrentes, a empresa 3 esta a 9 anos no mercado e a
empresa 1 atua à dois anos no mercado de loja de presente.
A pergunta número de atendentes que cada concorrente oferece tem como
objetivo identificar a agilidade na prestação de serviço aos clientes, sendo que a
empresa 3 conta com 4 atendentes, a empresa 2 com 3 atendentes e a empresa 1
conta somente com 1 atendente. Esta informação foi considerada importante porque
quanto maior o numero de atendente, maior será a agilidade para atender os
clientes, ou seja vão oferecer uma melhor atenção ao seu cliente.
Para poder saber as condições de pagamento que os concorrentes oferecem
aos clientes, foi feito o questionário para identificar este fator, sendo que todas as
três empresas apresentaram as mesmas condições, sendo aceito somente
pagamento à vista.
Outro fator importante verificado em um estabelecimento comercial é o espaço
físico da loja, porque quanto maior for o espaço físico mais produtos podem ser
oferecidos aos clientes. No gráfico 1 é apresentado.
16%
37%
47%Emp.1
Emp.2
Emp.3
Gráfico 1 – Comparação espaço físico das empresas 1, 2 e 3 Fonte: Dados primários (2007)
49
Comparando as empresas 1, 2 e 3 foi verificado que a empresa 3 dispõe de
um espaço físico maior entre as concorrentes. A empresa 3 dispõe de um espaço
físico de 105m2, enquanto a empresa 2 conta com 82m2 e a empresa 1 com um
espaço físico de 35m2.
Concluindo a análise dos concorrentes, tem-se que a empresa 3 destaca-se
em relação aos demais concorrentes, oferecendo um maior espaço físico e um maior
número de funcionários para proporcionar um melhor atendimento aos seus clientes.
O ponto fraco considerado nos concorrentes foi à condição de pagamento,
todos os concorrentes oferecem somente a opção de pagamento a vista, outro fator
identificado foi que não existe uma variedade de produtos entre os mesmos, sendo
que todos trabalham com os mesmos tipos mercadorias.
Com as informações obtidas no questionário com os concorrentes vamos
elaborar um plano de negócios onde serão apontadas as estratégias de sucesso,
verificar o mercado alvo, estratégias promocional, definição de preços e estratégias
de vendas.
4.3 RESULTADO DA PESQUISA COM OS CLIENTES
Será analisado nesta etapa do trabalho os dados coletados através de 35
questionários de pesquisa com clientes e possíveis clientes no bairro onde encontra-
se a loja atualmente. Ouve dificuldade em realizar a pesquisa por rejeição de
preenchimento do questionário, os clientes alegavam falta de tempo ou rejeitavam-se
de preencher o mesmo. Com os questionários respondidos foram analisadas as
informações para verificar a viabilidade econômica, financeira e de mercado para a
formalização da loja.
4.3.1 Sexo do Entrevistado Com o propósito de identificar quem são os potenciais clientes da loja foi
realizado a pesquisa para saber o sexo dos entrevistados, estas informações servirá
como base para poder identificar que tipo de produto deverá ser comprado, ou seja,
50
comprar produtos para o publico feminino ou masculino. Estas informações pode ser
analisada no gráfico 2.
36%
64%
masculino
feminino
Gráfico 2 – Sexo dos clientes entrevistados Fonte: Dados primários (2007) Analisando o gráfico 2 foi identificador que 64% dos clientes são do sexo
feminino e 36% são do sexo masculino. Nota-se que o público feminino obteve uma
maior representatividade na pesquisa.
4.3.2 Faixa Etária Querendo identificar o publico alvo foi realizada a pesquisa com os clientes,
esse fator é considerado importante para aquisição de mercadoria, e com estas
informações a loja saberá para que média de idade deverá ser comprada as
mercadorias, o gráfico 3 vai mostrar a variação de idade entre eles.
28%
42%
28%
2% 0%
18 à 25 anos26 à 35 anos36 à 50 anos51 à 70 anosacima de 71 anos
Gráfico 3 – Faixa etária dos entrevistados Fonte: Dados primários (2007)
51
Observou-se no gráfico acima que 42% dos entrevistados tem a idade na faixa
de 26 a 35 anos, sendo seguida de pessoas com idade entre 18 a 25 anos e 36 a 50
anos, ambas com 28%. Foi identificado que a empresa atua com diferente faixa de
público, com isso deverá buscar diversificar a sua linha de produtos.
4.3.3 Quantidade de pessoas no grupo familiar Com o propósito de identificar a quantidade de pessoas no grupo familiar, foi
aplicado este item no questionário, este fator é importante para poder calcular a
média de pessoas que serão seus clientes potenciais, estas informações podem ser
verificadas no gráfico 4.
2%17%
33%31%
17%umaduastrêsquatrocinco ou mais
Gráfico 4 – Quantidade de pessoas no grupo familiar Fonte: Dados primários (2007) Analisando o gráfico acima, observou-se que para 33% dos entrevistados o
grupo de família é composto de 3 pessoas, vindo em seguida com 31% famílias com
quatro pessoas. Com estas informações, será identificada a quantidade de pessoas
composta no grupo familiar, podendo assim identificar o público alvo.
4.3.4 Renda do Grupo Familiar
Com base na renda do grupo familiar poderá ser identificado a renda média
das famílias, estas informações são importantes para se identificar o poder aquisitivo
da população onde a loja esta instalada, no gráfico 5 é ilustrado as informações que
foram coletadas na pesquisa.
52
2%14%
14%
17%11%
42%
até R$ 500,00
de R$ 501,00 àR$ 750,00de R$ 751,00 àR$ 1.000,00de R$ 1.001,00 àR$ 1.250,00de R$ 1.251,00 àR$ 1.500,00acima de R$1.501,00
Gráfico 5 – Renda do grupo familiar Fonte: Dados primários (2007)
Conforme apontado no gráfico tem-se uma faixa mais significativa a renda
com valores acima de R$1.501,00, sendo seguido de uma média que varia entre
R$1.001,00 a R$1.250,00. Estas informações são de suma importância para saber a
faixa de salários do grupo familiar no grupo entrevistado.
4.3.5 Faixa de valor que costuma presentear
Em conjunto com as informações obtidas pela média da renda do grupo
familiar e o valor que costuma presentear a loja terá uma base no valor médio que a
população local poderá comprar os produtos. Sendo que estas informações terão um
peso importante na hora de comprar as mercadorias. Será mostrado no gráfico 6
estas informações.
6%
33%
33%
17%
11%até R$ 15,00
de R$ 15,01 à R$30,00
de R$ 30,01 à R$45,00
de R$ 60,01 à R$75,00
acima de R$75,01
Gráfico 6 – Média que costuma presentear Fonte: Dados primários (2007)
53
Analisando o gráfico 6, observa-se que houve um empate na primeira
colocação dos valores que costumam ser presenteados. Com 33% cada um os
valores médios consumidos são de R$ 15,01 a R$ 30,00 e de R$ 30,01 a R$ 45,00.
Como foi informado no gráfico 5 a renda média da famílias tem uma relação com o
gráfico 6 o valor médio comprado. Estes dois dados são analisados para se saber o
valor dos produtos que deverá oferecido aos clientes.
4.3.6 Quais as datas que costuma presentear
Com o objetivo de identificar em que data os clientes costumam presentear, foi
incluído este item na pesquisa, sendo que existem produtos sazonais e com estas
informações poderá ser analisada a compra dos produtos em cada época do ano,
sendo que as informações poderá ser analisadas no gráfico 7.
21%
14%
18%14%
14%
19% aniversáriodia dos paisdia das mãesdia das criançaspáscoanatal
Gráfico 7 – Datas que costuma presentear Fonte: Dados primários (2007)
Analisando o gráfico 7, observa-se que 21% dos entrevistados costumam
presentear no aniversário das pessoas, seguindo com 19% no natal. Estas
informações são importantes para saber a freqüência que as pessoas costumam
presentear os outros, sendo que foi observada uma dificuldade em identificar as
datas do primeiro colocado, onde não se tem uma data definida em que as pessoas
iram efetuar as compras.
54
4.3.7 Tipo de presente que costuma presentear
O tipo de presente é considerado um fator importante para se poder saber que
mercadoria deverá ser determinante no momento da compra para a loja. Querendo
assim identificar os tipos de presentes que costumam ser comprados. No gráfico 8
será ilustrado os dados coletados.
31%
51%
12%6%
brinquedoroupaenfeiteoutros
Gráfico 8 – Tipo de presente que costuma presentear Fonte: Dados primários (2007)
Observou-se no gráfico 8 que a maioria dos entrevistados com 51% costuma
presentear roupas nas datas comemorativas. Um fator que precisa ser analisado,
porque a loja não pretende trabalhar com este tipo de presente, sendo seguido em
segundo lugar por brinquedos. No fator outros foi colocado na pesquisa perfumes e
jóias.
4.3.8 Onde costuma comprar os presentes Para poder identificar onde os clientes costumam comprar, foi incluída esta
pergunta na pesquisa. Este item foi considerado importante para saber se os clientes
valorizam o comercio do seu município. Os dados coletados será demonstrado no
gráfico 9 abaixo.
55
42%
13%
35%
10% 0%Biguaçu
São José
Florianópolis
Lojas do seuBairroInternet
Gráfico 9 – Onde costuma comprar os presentes Fonte: Dados primários (2007) Foi identificado no gráfico 9 que a maioria dos clientes compram seus
presentes em lojas de Biguaçu, sendo seguido por compras na cidade de
Florianópolis.
4.3.9 Formas de pagamento prefere usar Com o propósito de identificar as formas de pagamento que os clientes
preferem usar, aplicou-se este item no questionário, estas informações são
importantes para o comércio poder oferecer a seu público as condições que eles
gostam de pagar ou algo semelhante, esta informação pode ser observada no gráfico
10.
58%
9%
7%
26%à vistacartão de débitocartão de créditocrediário
Gráfico 10 – Formas de pagamento que prefere usar Fonte: Dados primários (2007)
56
Nota-se que a maioria dos entrevistados preferem pagar a vista, e a segunda
opção que gostam de usar é os pagamentos na forma de crediário, sendo que a loja
não pretende adotar esta forma de pagamento no momento.
Concluindo a pesquisa com os clientes foi identificado que a maioria dos
clientes são do sexo feminino, que tem uma faixa etária de 26 a 35 anos, compõe o
seu grupo familiar uma média de três pessoas, com média da renda do grupo familiar
acima de R$ 1.501,00, e costumam comprar presentes no valor médio de R$ 15,01 a
R$ 45,00. A maioria dos clientes costumam presentear no natal, sendo seu presente
preferido roupas, sendo as mesmas compradas em Biguaçu, com pagamento na
maioria das vezes a vista.
4.4 RESULTADO DA PESQUISA COM OS FORNECEDORES
A última etapa da pesquisa de mercado foi com os fornecedores. Na tabela 6
será demonstrado os fornecedores, produtos vendidos, localização e condições de
pagamento:
57
FORNECEDOR PRODUTO LOCALIZAÇÃO COND.PAGTO
Fernandes $ Souza Mat.Escolar e Escritório Palhoça/SC À vista/30 dias cheque
Nipo Center Mat.Escolar /Escritório e
Brinquedo
São Paulo/SP A vista/3x Cartão
crédito
Comercial 375 Brinquedo, Acessórios
em geral e utensílios
domésticos
São Paulo/SP A vista
Gina Enxovais e decorações Gov.Celso Ramos/SC A vista/30 dias cheque
Moinho Atacadista Mat.Escolar/Escritório,
enxovais, utensílios
domésticos, brinquedos,
enfeites, decoração e
acessórios em geral.
Joinville/SC 30/60/90 dias no
cheque
Auto Giro Enfeites, decoração,
brinquedos, utensílios
domésticos, acessórios
em geral e enxovais
Brusque/SC A vista
Atacado Diferente Enfeites, decoração,
brinquedos e bijuterias
Balneário Camboriú/SC A vista
Atacado Santa Luzia Bijuterias, carteiras,
cintos e bolsas
Balneário Camboriú/SC A vista ou 30 dias
JCM Dist.Import. Enfeites, decoração,
brinquedos, utensílios
domésticos, acessórios
em geral e enxovais
São José/SC A vista
Vida Verde Artigos Jardinagem Cascavel/PR 30/60/90 dias boleto
O mundo das Flores Artigos jardinagem,
enfeites e decorações
Balneário Camboriú/SC A vista
Adilson CD musical/play São José/SC 30 dias cheque
Ailson CD musical/play Palhoça/SC 30 dias cheque
Feira Livre Carteira, cinto, enfeite,
bijuterias,
São Paulo/SP A vista
Tabela 6 : Fornecedores Fonte: Dados Primários (2007).
58
Nesta pesquisa verificou-se que a maioria dos fornecedores atuam com
mercadorias diversas e próximos do município de Biguaçu, facilitando assim a
aquisição das mercadorias.
4.5 ESTRATÉGIAS DE SUCESSO
As estratégias de sucesso da loja serão:
- Marketing: divulgação em jornal local, divulgação com som volante, entrega
de panfleto, divulgação na fachada da loja;
- Qualidade e acessibilidade do produto ao cliente;
- Serviço: bom atendimento, disposição, lealdade e funcionário bem
informado no atendimento ao cliente, aceitar encomendas e cumpri-las na
data combinada.
A estratégia estará baseada no bom atendimento aos clientes, oferecer aos
clientes produtos diferenciados, através de compras em lojas de São Paulo,
oferecendo produtos com qualidade, preços competitivos e produtos diferenciado.
Além disso será disponibilizado aos clientes no futuro outras condições de
pagamento que não seja somente pagamento a vista, sendo que no momento a loja
não terá caixa para oferecer outras condições de pagamento.
4.5.1 Estratégia de definição de preços
A definição de preço procura sugerir ao cliente qualidade e preço acessível
aos produtos procurados.
Será possível oferecer aos clientes bom preço é qualidade no produto, sendo
que atualmente as principais mercadorias estão sendo compradas em São Paulo,
onde se consegue comprar produtos com preços baixos e qualidade.
59
4.5.2 Estratégia promocional
Com aquisição de produtos com preços mais acessíveis, será possível
proporcionar aos clientes promoções, onde será feita principalmente em datas
comemorativas, para poder oferecer aos clientes produtos com preços mais baixos e
com qualidade, se tornando assim um diferencial perante aos concorrentes.
Estas promoções serão divulgadas através das estratégias de marketing
adotadas pela loja.
4.5.3 Estratégia de vendas A meta é conseguir o maior número de produtos diferenciados no mercado
paulista, sendo que as opções de compras no comercio local praticada pela
concorrência é limitada. Tendo poucos fornecedores no comercio local, acaba
acontecendo que as lojas vendem os mesmos produtos por não terem outras
opções.
Por isso a meta na estratégia de vendas é conseguir o maior número de
fornecedores possíveis para proporcionar um grande diferencial que é a
diversificação dos produtos, qualidade e bons preços nos produtos comercializados.
4.5.4 Estratégia de Marketing
A estratégia de marketing que será utilizada pela loja será a divulgação no
jornal local através de publicidades, distribuição em pontos estratégicos de panfletos
onde o mesmo fará a divulgação da loja, veiculação de som volante nas principais
localidades do bairro e até mesmo do município, e será feito um trabalho de art na
fachada da loja.
60
4.6 SÍNTESE ADMINISTRATIVA
A Roferi Presentes é uma empresa com o quadro de funcionário reduzido,
consistindo apenas de uma pessoa, portanto exigirá a contratação de um funcionário
a curto prazo.
O quadro administrativo da loja é composto pela proprietária Rosemare Barros
Cipriani que executa as funções de vendedora, compradora e administradora da loja.
4.7 PLANO FINANCEIRO
Nesta etapa do trabalho serão apresentados todos os custos necessários para
a implantação e formalização da loja de presentes, será apresentado também as
origens das receitas e análise do investimento.
4.7.1 Investimento Inicial
Para a formalização da loja, serão necessários R$ 9.897,24 (nove mil,
oitocentos e noventa e sete reais, vinte e quatro centavos), que é a soma dos gastos
com os investimentos fixos e capital de giro. Conforme é demonstrado na tabela 7.
61
Tabela 7 – Investimentos iniciais Equipamentos
Data Descrição Quantidade Valor Unitário Total1 3/4/2007 Maquina Registradora não Fical 01 600,00$ 600,00$ 2 3/4/2007 Computador Intel P4 3.06 01 1.848,65$ 1.848,65$ 3 3/4/2007 Impressora Lexmark 01 200,00$ 200,00$
TOTAL 2.648,65$
Data Descrição Quantidade Valor Unitário Total1 5/9/2006 Cadeira Giratória 01 240,00$ 240,00$
TOTAL 240,00$
Despesas Pré-OperacionaisData Descrição Quantidade Valor Unitário Total
1 3/4/2007 Guia Protocolo Prefeitura 01 4,00$ 4,00$ 2 3/4/2007 Autencicações Cartório 10 2,28$ 22,80$ 3 3/4/2007 Taxa Bombeiro 01 20,00$ 20,00$ 4 3/4/2007 Processo Cadastro Alvará 01 52,00$ 52,00$ 5 3/4/2007 Alvará Sanitário 01 52,00$ 52,00$ 7 3/4/2007 DARE-SC Solicitação nome Empresa 01 5,00$ 5,00$ 8 3/4/2007 DARE-SC Junta Comercial FCN-1 01 50,00$ 50,00$ 9 3/4/2007 DARE-SE Junta Comercial FCN-2 01 5,06$ 5,06$
10 3/4/2007 SEF/SC Ficha Atualização Cadastral 01 50,00$ 50,00$ TOTAL 260,86$
Compras (Estoque Inicial)Data Descrição Quantidade Valor Unitário Sub Total
1 5/9/2006 Mat.Escolar/Escritorio 63 7,01$ 441,63$ 2 5/9/2006 Enfeites/Decorações 53 6,61$ 350,33$ 3 5/9/2006 Brinquedos 95 7,58$ 720,10$ 4 5/9/2006 Bijuterias 300 1,25$ 375,00$ 5 5/9/2006 Carteiras/Cintos/Bolsas 40 6,00$ 240,00$ 6 5/9/2006 Artigos Jardinagem 120 1,26$ 151,20$ 7 5/9/2006 DVD 70 3,50$ 245,00$ 8 5/9/2006 CD 230 1,50$ 345,00$ 9 5/9/2006 Utencilios Domestico 264 1,49$ 393,36$
10 5/9/2006 Enxovais 64 3,50$ 224,00$ TOTAL 3.485,62$
SoftwaresData Descrição Quantidade Valor Unitário Total
1 5/9/2006 Softwares Esmall 01 580,00$ 580,00$ TOTAL 580,00$
Projeção da Necessidade de Capital de Giro 2.682,11$
TOTAL DOS INVESTIMENTOS 9.897,24$ Fonte: Dados primários (2007)
62
A empresa tem no momento a necessidade de um capital de giro no valor de
R$ 2.682,11 (dois mil, seiscentos e oitenta e dois reais, onze centavos). Os valores
foram obtidos através de pesquisas a fontes de dados primários. Os valores para os
investimentos com máquina registradora, computador, impressora , cadeira e
software foi obtida através de pesquisas no comercio local. Os gastos com despesas
pré-operacionais foram obtidas na Prefeitura Municipal de Biguaçu, Cartório
Farias/Biguaçu, Secretaria do Estado da Fazenda do Estado de Santa Catarina e na
Junta Comercial do Estado de Santa Catarina. Os investimentos de compras do
estoque inicial foram obtidas através de pesquisa de preços com os fornecedores. A
necessidade de capital de giro é demonstrado na tabela 8 abaixo.
Tabela 8 – Necessidade de Capital de Giro DISCRIMINAÇÃO BASE DE CÁLCULO VALOR
Caixa Mínimo 5 dias 3660,67Matérias primas/Mercadorias 30 dias 175,05Financiamento das vendas 0 dias 3485,62
B- FONTES 978,56Crédito de Fornecedores 0 diasDesconto de Duplicatas 0 dias
Percentual de Dupl.Descont. 0%Taxa de desconto 0%
Contas a Pagar 15 dias 847,85Folha de Pagamento 15 dias 701,88
Encargos Sociais 15 dias 145,97Comissões 15 dias
Impostos e Contribuições 15 dias 130,71Recursos Próprios/Outros 15 dias
2682,11Necessidade de Capital de Giro (A-B)
A- NECESSIDADES
Outros
Fonte: Dados primários (2007)
4.7.2 Despesas Os gastos realizados pela empresa, foram classificadas como despesas de
produção o salário da balconista e despesas administrativas que envolvem
63
pagamento água, luz, telefone, aluguel, condomínio, IPTU, publicidade, material de
escritório, depreciação, pessoal da administração com encargos e contador.
Conforme é demonstrado na tabela 9.
65
Tabela 9 – Despesas Descr mar-2008
Despesa ,43 4.339,68$
Pessoal ,70 807,70$
Insum ,73 3.531,99$
Despesa ,56 2.015,78$
Água, Lu ,00 155,00$
Aluguéi ,00 418,00$
Market ,33 256,55$
Materi ,00 150,00$
Depreci ,23 58,23$
Pessoal
ição abr-2007 mai-2007 jun-2007 jul-2007 ago-2007 set-2007 out-2007 nov-2007 dez-2007 jan-2008 fev-2008
s de Produção 3.648,34$ 3.705,16$ 3.763,11$ 3.822,21$ 3.882,50$ 3.944,00$ 4.006,73$ 4.070,71$ 4.135,97$ 4.202,53$ 4.270$
da Produção c/ Encargos 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807$
os 2.840,65$ 2.897,46$ 2.955,41$ 3.014,52$ 3.074,81$ 3.136,30$ 3.199,03$ 3.263,01$ 3.328,27$ 3.394,84$ 3.462$
s Administrativas 1.909,23$ 1.916,73$ 1.924,60$ 1.932,87$ 1.941,55$ 1.950,67$ 1.960,24$ 1.970,29$ 1.980,85$ 1.991,93$ 2.003$
z e Telefone 155,00$ 155,00$ 155,00$ 155,00$ 155,00$ 155,00$ 155,00$ 155,00$ 155,00$ 155,00$ 155$
s, Condomínios e IPTU 418,00$ 418,00$ 418,00$ 418,00$ 418,00$ 418,00$ 418,00$ 418,00$ 418,00$ 418,00$ 418$
ing & Publicidade 150,00$ 157,50$ 165,38$ 173,64$ 182,33$ 191,44$ 201,01$ 211,07$ 221,62$ 232,70$ 244$
al de Escritório 150,00$ 150,00$ 150,00$ 150,00$ 150,00$ 150,00$ 150,00$ 150,00$ 150,00$ 150,00$ 150$
ação 58,23$ 58,23$ 58,23$ 58,23$ 58,23$ 58,23$ 58,23$ 58,23$ 58,23$ 58,23$ 58$
da Administração & Terceiriz 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888$
r 90,00$ 90,00$ 90,00$ 90,00$ 90,00$ 90,00$ 90,00$ 90,00$ 90,00$ 90,00$ 90$
DESPESAS TOTAIS 5.557,57$ 5.621,88$ 5.687,71$ 5.755,09$ 5.824,06$ 5.894,67$ 5.966,97$ 6.041,00$ 6.116,81$ 6.194,46$ 6.273$
,00 888,00$
Contado ,00 90,00$
,99 6.355,46$
Descr
Despesas de P
Pessoal
Insum
Despesas A
Água, Luz
Aluguéi
Marketi
Internet
Materi
Depreci
Pessoal
ição TOTAL ANO I TOTAL ANO II TOAL ANO III TOTAL ANO IV TOAL ANO V TOTAL
rodução 47.791,37$ 58.495,74$ 71.965,70$ 88.937,81$ 110.345,95$ 377.536,58$
da Produção c/ Encargos 9.692,36$ 10.176,98$ 10.685,83$ 11.220,12$ 11.781,13$ 53.556,41$
os 38.099,01$ 48.318,76$ 61.279,87$ 77.717,70$ 98.564,83$ 323.980,17$
dministrativas 23.498,30$ 26.723,86$ 31.558,43$ 39.213,43$ 51.713,82$ 172.707,83$
e Telefone 1.860,00$ 1.953,00$ 2.050,65$ 2.153,18$ 2.260,84$ 10.277,67$
s, Condomínios e IPTU 5.016,00$ 5.517,60$ 6.069,36$ 6.676,30$ 7.343,93$ 30.623,18$
ng & Publicidade 2.387,57$ 4.287,73$ 7.700,15$ 13.828,36$ 24.833,75$ 53.037,56$
-$ -$ -$ -$ -$ -$
al de Escritório 1.800,00$ 1.890,00$ 1.984,50$ 2.083,73$ 2.187,91$ 9.946,14$
ação 698,73$ 698,73$ 698,73$ 698,73$ 553,73$ 3.348,65$
da Administração & Terceirização c/ 10.656,00$ 11.188,80$ 11.748,24$ 12.335,65$ 12.952,43$ 58.881,13$ 1.080,00$ 1.188,00$ 1.306,80$ 1.437,48$ 1.581,23$ 6.593,51$
DESPESAS TOTAIS 71.289,67$ 85.219,60$ 103.524,13$ 128.151,24$ 162.059,77$ 550.244,42$
Contador
Fonte: Dados primários (2007)
65
As despesas mensal equivale ao valor de R$ 5.557,57 no primeiro mês, e de
R$ 71.289,67 no primeiro ano. Todos os reajustes das despesas foram projetados na
forma anual.
As despesas administrativas são composta pelos seguintes gastos:
• Balconista – conforme consulta Sindilojas ficou estipulado um índice médio de
5%;
• Água, luz e telefone – conforme análise da média de crescimento anual dos
gastos já existentes, chegou-se ao índice de 5% ;
• Aluguéis, condomínio e IPTU – conforme pesquisa na rede imobiliária e na
Prefeitura chegou-se ao índice de 10%;
• Contador – conforme contato com escritórios de contabilidade, ocorrera um
reajuste anual na ordem de 10%;
• Material de escritório – com análise na média de crescimento anual dos
gastos conforme dados do INPC (índice nacional preço consumidor) a
margem varia em torno de 5%.
O valor total das despesas no quinto ano será de R$ 162.059,77.
4.7.3. Mão de Obra
As despesas com balconista que envolve a parte de salários e encargos, gera
uma despesa mensal no valor de R$ 807,70 no primeiro ano, como segue na tabela
10.
66
Tabela 10 – Mão de Obra e Dividendos
Fonte: dados primários (2007)
Descrição ar-2008A TOTAL PESSO 807,70
A1 DESCRIÇÃO 603,75
abr-2007 mai-2007 jun-2007 jul-2007 ago-2007 set-2007 out-2007 nov-2007 dez-2007 jan-2008 fev-2008 mAL DA PRODUÇÃO 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ 807,70$ $
PESSOAL DA PRODUÇÃO 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ $ 1,1 Balconista 603,75
A2 Encargos So 203,95
B TOTAL PESSO 888,00
B1 DESCRIÇÃO 800,00 % Cargos so 90,09%
603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ 603,75$ $
ciais - Pessoal da Produção 33,78% 203,95$ 203,95$ 203,95$ 203,95$ 203,95$ 203,95$ 203,95$ 203,95$ 203,95$ 203,95$ 203,95$ $
AL DA ADMINISTRAÇÃO & TERCE 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ 888,00$ $
PESSOAL DA ADMINISTRAÇÃO 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ $ bre Total dePessoal da Administração 90,09% 90,09% 90,09% 90,09% 90,09% 90,09% 90,09% 90,09% 90,09% 90,09% 90,09%
1,1 Sócia Propri 800,00
B2 Encargos So
etária 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ 800,00$ $
ciais - Pessoal da Administração 11,00% 88,00$ 88,00$ 88,00$ 88,00$ 88,00$ 88,00$ 88,00$ 88,00$ 88,00$ 88,00$ 88,00$ $
RA TOTAL 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ 1.695,70$ $
88,00
MÃO DE OB 1.695,70
A
B
67
O valor gasto com balconista corresponde ao pagamento do salário mensal
equivalente a R$ 603,75, de acordo com o piso do FECOMERCIO, e os encargos
sociais foram calculados conforme tabela do guia trabalhista, sendo que a empresa é
optante pelo simples, como segue na tabela 11.
Tabela 11 – Encargos Sociais
Obrigações Valor (%) Valor (%) 13º salário 8,33% Férias 11,11% FGTS 8,00% FGTS/Rescisão (a partir de 1.1.2001) 4,00% Total Previdenciário 12,00% Previdenciário s/13º e férias 2,33% SOMA BÁSICA 33,78%
Fonte: Guia trabalhista (2007) O pagamento do 13º salário, cujo pagamento está previsto na Lei nº 4.090, de
13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749 estabelece que a metade
seja paga entre os meses de Fevereiro e Novembro de cada ano e a Segunda até o
dia 20 de dezembro.
O FGTS equivale à 8% do salário do funcionário, incidindo também sobre o
13º salário e sobre as férias. O pagamento deve ser feito mensalmente em forma de
depósito bancário em uma conta da Caixa Econômica Federal, onde a conta está
vinculada ao nome do funcionário, conforme a lei nº 8.036 de 11/05/1990.
O aumento de salário será anual na média de 5% conforme acordo coletivo do
Sindicato do Comércio Varejista de Florianópolis (SINDILOJAS).
O pagamento da Sócia proprietária corresponde a um valor bruto de R$
888,00, sendo R$ 800,00 de salário mensal e R$ 88,00 de INSS que incide 11%
sobre o salário. A correção será anual na média de 5% levando em conta a correção
salarial do balconista.
68
4.7.4. Investimento, Depreciação e Seguros A depreciação é correspondente a aquisição de moveis, utensílios,
equipamentos e software que foram realizados pela empresa. Sendo que vai ser
depreciado o valor mensal de R$ 36,16 e um valor anual de R$ 433,87,
correspondente a equipamentos 10%, moveis e utensílios 10% e software 25%. Para
fins do projeto os itens do imobilizados são depreciados a taxa anual, definida
conforme legislação fiscal, os valores foram apropriados de forma linear mês a mês.
Na tabela 12 será apresentado a valor referente a depreciação.
D mar-2008I - -$ E - -$ M - -$ C - -$ S - -$ D
escrição abr-2007 mai-2007 jun-2007 jul-2007 ago-2007 set-2007 out-2007 nov-2007 dez-2007 jan-2008 fev-2008nvestimentos até mar/yyyy 2.048,65$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ $ quipamentos 600,00$ 2.048,65$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ $ óveis e Utensílios 240,00$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ $ ompras (Estoque Mínimo) 3.485,62$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ $ oftware 580,00$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ $ espesas Pré-Operacionais 260,86$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ -$ $
epreciação Taxa Anual 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,$ quipamentos 10,00% 22,07$ 22,07$ 22,07$ 22,07$ 22,07$ 22,07$ 22,07$ 22,07$ 22,07$ 22,07$ 22,$ óveis e Utensílios 10,00% 2,00$ 2,00$ 2,00$ 2,00$ 2,00$ 2,00$ 2,00$ 2,00$ 2,00$ 2,00$ 2,$ oftware 25,00% 12,08$ 12,08$ 12,08$ 12,08$ 12,08$ 12,08$ 12,08$ 12,08$ 12,08$ 12,08$ 12,$
TAL 2.084,81$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,16$ 36,$
- -$
D 16 36,16$ E 07 22,07$ M 00 2,00$ S 08 12,08$
TO 16 36,16$
70
Tabela 12 – Investimentos, Depreciação e Seguros
Descrição TOTAL ANO I TOTAL ANO II TOTAL ANO III TOTAL ANO IV TOTAL ANO V TOTAL
Investimentos até mar/yyyy 2.048,65$ -$ -$ -$ -$ 7.215,13$
Equipamentos 600,00$ 2.048,65$ -$ -$ -$ -$ 2.648,65$
Móveis e Utensílios 240,00$ -$ -$ -$ -$ -$ 240,00$
Compras (Estoque Mínimo) 3.485,62$ -$ -$ -$ -$ -$ 3.485,62$
Software 580,00$ -$ -$ -$ -$ -$ 580,00$
Despesas Pré-Operacionais 260,86$ -$ -$ -$ -$ -$ 260,86$
Depreciação Taxa Anual 433,87$ 433,87$ 433,87$ 433,87$ 288,87$ 2.024,33$
Equipamentos 10,00% 264,87$ 264,87$ 264,87$ 264,87$ 264,87$ 1.324,33$
Móveis e Utensílios 10,00% 24,00$ 24,00$ 24,00$ 24,00$ 24,00$ 120,00$
Software 25,00% 145,00$ 145,00$ 145,00$ 145,00$ -$ 580,00$
TOTAL 2.482,52$ 433,87$ 433,87$ 433,87$ 288,87$ 9.239,46$
Fonte: Dados primários (2007)
70
4.7.5. Impostos e Taxas Para a legalização da empresa, é necessário que se faça o pagamento dos
impostos e taxas mensalmente. O Simples Federal que começou a vigorar em
01/01/2006, de acordo com a Medida Provisória 275/2006 e a Instrução Normativa
da Secretaria da Receita Federal, nº 608, de 9 de janeiro de 2006, é composto
conforme tabela 13.
Tabela: 13 - Simples federal
Receita acumulada/Ano R$ TIPO EMPRESA
Percentual Empresa
Comercial
Percentual Empresa
Industrial (IPI)
Percentual Empresa Serviços
até 60.000,00 ME 3,0% 3,5% 4,5% de 60.000,01 até 90.000,00 ME 4,0% 4,5% 6,0%
de 90.000,01 até 120.000,00 ME 5,0% 5,5% 7,5% de 120.000,01 até 240.000,00 EPP (a) 5,4% 5,9% 8,1% de 240.000,01 até 360.000,00 EPP 5,8% 6,3% 8,7% de 360.000,01 até 480.000,00 EPP 6,2% 6,7% 9,3% de 480.000,01 até 600.000,00 EPP 6,6% 7,1% 9,9% de 600.000,01 até 720.000,00 EPP 7,0% 7,5% 10,5%
De 720.000,01 até 840.000,00 EPP 7,4% 7,9% 11,1% De 840.000,01 até 960.000,00 EPP 7,8% 8,3% 11,7% De960.000,01 até 1.080.000,00 EPP 8,2% 8,7% 12,3% De1.080.000,01até .200.000,00 EPP 8,6% 9,1% 12,9%
Fonte: Portal Tributário (2007) Analisando a tabela 13 do Simples Federal e Confrontando com os resultados
obtidos com a projeção da receita, temos a alíquota do Imposto Federal a ser paga
de 4% sobre o faturamento anual.
O ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias Prestação de Serviços) é
o imposto estadual que a loja terá que cumprir, na prestação de serviço é recolhido o
ICMS para transporte interestadual e intermunicipal. Sua regulamentação
constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996, alterada posteriormente
pelas leis complementares 92/97, 99/99 e 102/2000. Existe um convênio entre o
Estado de Santa Catarina é o governo federal que estabelece o SIMPLES estadual
71
através da lei nº 11.398/2000. Na tabela 14 demonstra o valor do faturamento e as
respectivas alíquotas, conforme a lei nº 13.618/05 a partir de 01/01/2006.
Tabela 14: Base de cálculo do imposto Estadual
Faturamento Alíquota ICMS faixa Até 5.000,00 - R$ 25,00
8.800,00 0,5% R$ 44,00 De 8.800,01 até 17.700,00 1,0% R$ 89,00 De 17.200,01 até 35.600,00 1,95% R$ 349,05 De 35.600,01 até 71.000,00 3,75% R$ 1327,50
De 71.000,01 até 106.800,00 4,85% R$ 1736,30 106.800,01 até 2.000.000,00 5,95% -
Fonte: Secretária da Fazenda (2007) Analisando a tabela 14 de acordo com as receitas iniciais, verifica-se que o
valor da alíquota de ICMS será de 0,5% sobre as vendas realizadas. Há ainda o
pagamento sobre a movimentação financeira (CPMF), que corresponde à 0,38%..
Na tabela 15 poderão ser analisados os dados obtidos.
Tabela 15 – Impostos e Taxas
Fonte: Dados primários (2007)
Estes custos totalizam no primeiro mês um valor de R$ 242,00 (Duzentos e
quarenta e dois reais), crescendo conforme o faturamento mensal da empresa, e no
primeiro ano um montante de R$ 3.137,02 (Três mil, cento e trinta e sete reais, dois
centavos), crescendo conforme o aumento do faturamento anual de empresa.
4.7.6. Compras e Insumos Para a abertura da loja é necessário a compra de produtos à serem
revendidos, como é demonstrado na tabela 16.
Descrição TOTAL ANO I TOTAL ANO II TOTAL ANO III TOTAL ANO IV TOTAL
IMPOSTOS A RECOLHER 2.858,75$ 3.625,59$ 4.598,12$ 5.831,53$ 24.309,77
Impostos Federais 2.858,75$ 3.625,59$ 4.598,12$ 5.831,53$ 24.309,77
Imposto sobre Mov. Financeira 278,27$ 324,02$ 394,34$ 488,89$ 2.105,06
3.137,02$ 3.949,61$ 4.992,46$ 6.320,42$ 26.414,82
TOTAL ANO V
7.395,79$ $
7.395,79$ $
619,52$ $
8.015,31$ $
72
Tabela 16 – Compras e Insumos
Fonte: Dados primários (2007)
Descrição abr-2007 mai-2007 jun-2007 jul-2007 ago-2007 set-2007 out-2007 nov-2007 dez-2007 jan-2008 fev-2008
Compras/Insumos 2.840,65$ 2.897,46$ 2.955,41$ 3.014,52$ 3.074,81$ 3.136,30$ 3.199,03$ 3.263,01$ 3.328,27$ 3.394,84$ 3.462,73$
Mat.Escolar/Escritório 350,56$ 357,57$ 364,72$ 372,01$ 379,45$ 387,04$ 394,78$ 402,68$ 410,73$ 418,95$ 427,33$
Enfeites/Decorações 257,86$ 263,02$ 268,28$ 273,64$ 279,11$ 284,70$ 290,39$ 296,20$ 302,12$ 308,17$ 314,33$
Brinquedos 591,08$ 602,90$ 614,96$ 627,25$ 639,80$ 652,60$ 665,65$ 678,96$ 692,54$ 706,39$ 720,52$
Bijuterias 308,75$ 314,93$ 321,22$ 327,65$ 334,20$ 340,88$ 347,70$ 354,66$ 361,75$ 368,98$ 376,36$
Carteiras, Cintos e Bolsas 192,03$ 195,87$ 199,79$ 203,78$ 207,86$ 212,01$ 216,25$ 220,58$ 224,99$ 229,49$ 234,08$
Artigos Jardinagem 128,50$ 131,07$ 133,70$ 136,37$ 139,10$ 141,88$ 144,72$ 147,61$ 150,56$ 153,57$ 156,65$
DVD 210,00$ 214,20$ 218,48$ 222,85$ 227,31$ 231,86$ 236,49$ 241,22$ 246,05$ 250,97$ 255,99$
CD 277,44$ 282,99$ 288,65$ 294,43$ 300,31$ 306,32$ 312,45$ 318,70$ 325,07$ 331,57$ 338,20$
Utencilios Domésticos 324,90$ 331,40$ 338,02$ 344,78$ 351,68$ 358,71$ 365,89$ 373,21$ 380,67$ 388,28$ 396,05$
Enxovais 199,53$ 203,52$ 207,59$ 211,75$ 215,98$ 220,30$ 224,71$ 229,20$ 233,79$ 238,46$ 243,23$
TOTAL 2.840,65$ 2.897,46$ 2.955,41$ 3.014,52$ 3.074,81$ 3.136,30$ 3.199,03$ 3.263,01$ 3.328,27$ 3.394,84$ 3.462,73$
mar-2008
3.531,99$
435,87$
320,62$
734,93$
383,89$
238,76$
159,78$
261,11$
344,97$
403,97$
248,09$
3.531,99$
73
Analisando a tabela 16 verificou-se a necessidade de investimento no primeiro
mês no valor de R$ 2.840,65 (Dois mil, oitocentos e quarenta reais, sessenta e cinco
centavos), ao final do primeiro ano, o valor necessário é de R$ 38.099,01 (Trinta e
oito mil, noventa e nove reais, um centavos).
4.7.7. Receitas As receitas são obtidas através das vendas dos produtos realizadas num
determinado período de tempo, tendo como base as respostas obtidas através da
pesquisa de mercado realizada com os clientes, concorrentes e fornecedores.
Após a formalização da empresa, a principal ação para efetivar sua entrada no
mercado vai ser a de proporcionar uma diferenciação de produtos aos seus clientes,
com a mesma qualidade e a mesma média de preço oferecida atualmente.
Dessa maneira, se espera manter os atuais clientes e conquistar novos
clientes. A principal estratégia a ser adotada para conquista de novos clientes será o
investimento na área de marketing para a divulgação da empresa.
Na tabela 17 é apresentada a projeção das receitas.
74
Descrição TOTAL ANO I TOTAL ANO II TOTAL ANO III TOTAL ANO IV TOTAL ANO V TOTALRECEITA BRUTA DE VENDAS 71.468,73$ 90.639,64$ 114.952,97$ 145.788,17$ 184.894,65$ 607.744,16$ (-) Deduções Impostos (3.137,02)$ (3.949,61)$ (4.992,46)$ (6.320,42)$ (8.015,31)$ (26.414,82)$ (-) Deduções Comissões -$ -$ -$ -$ -$ -$ RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 68.331,71$ 86.690,03$ 109.960,51$ 139.467,75$ 176.879,34$ 581.329,33$ (-) Custo de Produção (47.791,37)$ (58.495,74)$ (71.965,70)$ (88.937,81)$ (110.345,95)$ (377.536,58)$ Pessoal da Produção (9.692,36)$ (10.176,98)$ (10.685,83)$ (11.220,12)$ (11.781,13)$ (53.556,41)$ Compras/Insumos (38.099,01)$ (48.318,76)$ (61.279,87)$ (77.717,70)$ (98.564,83)$ (323.980,17)$ Fretes & Embalagens -$ -$ -$ -$ -$ -$ MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 20.540,34$ 28.194,29$ 37.994,81$ 50.529,93$ 66.533,38$ 203.792,75$ (-) DESPESAS OPERACIONAIS (24.088,43)$ (27.472,29)$ (32.507,62)$ (40.417,23)$ (53.240,53)$ (177.726,10)$ Despesas Administrativas (15.672,00)$ (16.706,40)$ (17.817,60)$ (19.011,95)$ (20.296,36)$ (89.504,31)$ Pessoal da Administração & Terceirização (10.656,00)$ (11.188,80)$ (11.748,24)$ (12.335,65)$ (12.952,43)$ (58.881,13)$ Aluguéis, Condomínios e IPTU (5.016,00)$ (5.517,60)$ (6.069,36)$ (6.676,30)$ (7.343,93)$ (30.623,18)$ Despesas de Vendas e Marketing (2.387,57)$ (4.287,73)$ (7.700,15)$ (13.828,36)$ (24.833,75)$ (53.037,56)$ Despesas Gerais (5.330,13)$ (5.779,43)$ (6.291,14)$ (6.878,19)$ (7.556,69)$ (31.835,59)$ Depreciação Acumulada (698,73)$ (698,73)$ (698,73)$ (698,73)$ (553,73)$ (3.348,65)$ RESULTADO OPERACIONAL (3.548,09)$ 722,00$ 5.487,19$ 10.112,70$ 13.292,85$ 26.066,65$ Receitas Financeiras 11,08$ -$ 110,67$ 751,69$ 1.780,83$ 2.654,26$ Taxas/Juros de Financiamentos -$ -$ -$ -$ -$ -$ RESULTADO TRIBUTÁVEL (3.537,02)$ 722,00$ 5.597,86$ 10.864,39$ 15.073,67$ 28.720,91$ (-) Imposto sobre Lucro -$ -$ -$ -$ -$ -$ LUCRO LÍQUIDO (3.537,02)$ 722,00$ 5.597,86$ 10.864,39$ 15.073,67$ 28.720,91$
Tabela 17 – Projeção das Receitas
Fonte: Dados primários (2007)
75
O valor do primeiro ano das receitas será de R$ 71.468,73 (Setenta e um mil,
quatrocentos e sessenta e oito reais, setenta e três centavos). Sendo que a partir de
01/07/07 será adotado o super simples que incorporará os impostos federais,
estaduais e municipais.
4.7.8. Projeção de Fluxo de Caixa
Ao analisar a projeção do fluxo de caixa, tem-se um total de entradas no
primeiro mês de funcionamento no valor de R$ 5.339,76 (Cinco mil, trezentos e trinta
e nove reais, setenta e seis centavos) e de saídas no valor de R$ 7.833,99 (Sete mil,
oitocentos e trinta e três reais, noventa e nove centavos), apresentando um saldo
acumulado positivo para o mesmo período no valor de R$ 2.236,53 (Dois mil,
duzentos e trinta e seis reais, cinqüenta e três centavos). No primeiro ano o fluxo de
caixa vai apresentar um valor acumulado na ordem de R$ 3,82 (Três reais, oitenta e
dois centavos), e para o 5º ano um valor acumulado de R$ 34.911,67 (Trinta e quatro
mil, novecentos e onze reais, sessenta e sete centavos). Os valores obtidos poderão
ser analisados na tabela 18.
76
Tabela 18 – Projeção do Fluxo de Caixa Descrição TOTAL ANO I TOTAL ANO II TOTAL ANO III TOTAL ANO IV TOTAL ANO V TOTAL %
TOTAL ENTRADAS 71.479,81$ 90.639,64$ 115.063,64$ 146.539,86$ 186.675,48$ 620.295,66$ 100,0%Receita de Vendas / Serviços 71.468,73$ 90.639,64$ 114.952,97$ 145.788,17$ 184.894,65$ 607.744,16$ 98,0%Receitas Financeiras 11,08$ -$ 110,67$ 751,69$ 1.780,83$ 2.654,27$ 0,4%Capital Próprio Investido na Empresa 9.897,24$ 1,6%TOTAL SAÍDAS (76.206,74)$ (89.218,91)$ (108.767,05)$ (134.976,74)$ (171.048,07)$ (585.383,98)$ 100,0%DESPESAS com PRODUÇÃO (38.099,01)$ (48.318,76)$ (61.279,87)$ (77.717,70)$ (98.564,83)$ (323.980,17)$ 55,3%Compras/Insumos (38.099,01)$ (48.318,76)$ (61.279,87)$ (77.717,70)$ (98.564,83)$ (323.980,17)$ 55,3%DESPESAS com PESSOAL (20.348,36)$ (21.365,78)$ (22.434,07)$ (23.555,77)$ (24.733,56)$ (112.437,54)$ 19,2%Pessoal Produção (7.245,00)$ (7.607,25)$ (7.987,61)$ (8.386,99)$ (8.806,34)$ (40.033,20)$ 6,8%Pessoal Administrativo e de Apoio (9.600,00)$ (10.080,00)$ (10.584,00)$ (11.113,20)$ (11.668,86)$ (53.046,06)$ 9,1%Encargos Sociais (3.503,36)$ (3.678,53)$ (3.862,46)$ (4.055,58)$ (4.258,36)$ (19.358,28)$ 3,3%DESPESAS ADMINISTRATIVAS (12.573,70)$ (15.584,76)$ (20.060,65)$ (27.382,85)$ (39.734,37)$ (115.336,32)$ 19,7%Aluguéis, Condomínios e IPTU (5.016,00)$ (5.517,60)$ (6.069,36)$ (6.676,30)$ (7.343,93)$ (30.623,18)$ 5,2%Marketing e Publicidade (2.387,57)$ (4.287,73)$ (7.700,15)$ (13.828,36)$ (24.833,75)$ (53.037,56)$ 9,1%Água, Luz e Telefone (1.860,00)$ (1.953,00)$ (2.050,65)$ (2.153,18)$ (2.260,84)$ (10.277,67)$ 1,8%Outras Despesas (3.310,13)$ (3.826,43)$ (4.240,49)$ (4.725,01)$ (5.295,85)$ (21.397,91)$ 3,7%INVESTIMENTOS (2.048,65)$ -$ -$ -$ -$ (7.215,13)$ 1,2%Equipamentos (2.048,65)$ -$ -$ -$ -$ (2.648,65)$ 0,5%Móveis e Utensílios -$ -$ -$ -$ -$ (240,00)$ 0,0%Compras Insumos -$ -$ -$ -$ -$ (3.485,62)$ 0,6%Softwares -$ -$ -$ -$ -$ (580,00)$ 0,1%Despesas Pré-Operacionais -$ -$ -$ -$ -$ (260,86)$ 0,0%DESPESAS TRIBUTÁRIAS (3.137,02)$ (3.949,61)$ (4.992,46)$ (6.320,42)$ (8.015,31)$ (26.414,82)$ 4,5%Impostos a Pagar (3.137,02)$ (3.949,61)$ (4.992,46)$ (6.320,42)$ (8.015,31)$ (26.414,82)$ 4,5%
FLUXO DO PERÍODO (4.726,94)$ 1.420,72$ 6.296,60$ 11.563,12$ 15.627,41$ 34.911,67$ 5,6%SALDO ACUMULADO DE CAIXA 3,82$ 1.424,54$ 7.721,14$ 19.284,26$ 34.911,67$ 34.911,67$ 5,6%
Fonte: Dados primários (2007) No primeiro ano a diferença entre o total das entradas, menos o total das
saídas vai gerar de acordo com as projeções um fluxo de caixa negativo de R$
4.726,94 (Quatro mil, setecentos e vinte e seis reais, noventa e quatro centavos),
sendo que nos períodos 2, 3, 4 e 5, a empresa apresenta um fluxo de caixa positivo,
com tendência de crescimento.
4.7.9. Ponto de Equilíbrio
É extremamente importante para uma organização o ponto de equilíbrio,
refere-se ao ponto onde há igualdade entre receitas e despesas, ou seja é quanto a
empresa precisa vender para pagar as suas despesas. Para o cálculo do ponto de
equilíbrio, o programa Make Money utiliza as seguintes formulas:
Formula para o calculo da MCG – Margem de Contribuição Global
77
MCG= 100* (rec.bruta)-(imp.s/vendas)-(comissão s/vendas)-(desp.produção)
Receita bruta total
Ponto de equilíbrio contábil = 100* despesas administrativas
MCG
Caso o resultado for superior ao ponto de equilíbrio, a empresa terá lucro, se
for abaixo, a empresa terá prejuízo. Poderá ser observado na tabela 19 os dados
obtidos no ponto de equilíbrio da empresa.
Tabela 19 – Ponto de Equilíbrio Descrição ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO VReceita Bruta Total 71.468,73$ 90.639,64$ 114.952,97$ 145.788,17$ 184.894,65$ Despesas de Produção (47.791,37)$ (58.495,74)$ (71.965,70)$ (88.937,81)$ (110.345,95)$ Comissão sobre Vendas (0,00)$ -$ -$ -$ -$ Impostos sobre Vendas (3.137,02)$ (3.949,61)$ (4.992,46)$ (6.320,42)$ (8.015,31)$ Margem de Contribuição Global 28,74% 31,11% 33,05% 34,66% 35,98%Despesas Administrativas 24.088,43$ 27.472,29$ 32.507,62$ 40.417,23$ 53.240,53$ PONTO DE EQUILÍBRIO 83.814,09$ 88.318,55$ 98.351,52$ 116.611,16$ 147.954,14$
Fonte: Dados primários (2007)
O ponto de equilíbrio da loja no primeiro ano é de R$ 83.814,09 (Oitenta e três
mil, oitocentos e quatorze reais, nove centavos), com uma margem de contribuição
global é de 28,74%, apresentando uma receita bruta de R$ 71.768,73 (Setenta e um
mil, setecentos e sessenta e oito reais, setenta e três reais), não conseguindo atingir
o ponto de equilíbrio. Sendo que no segundo ano a empresa apresenta uma
evolução, conseguindo atingir o seu ponto de equilíbrio. A empresa vem
apresentando uma crescente a cada ano, atingindo no quinto ano a margem global
de contribuição na ordem de 35,98%, apresentando um ponto de equilíbrio de R$
147.954,14 (Cento e quarenta e sete mil, novecentos e cinqüenta e quatro reais,
quatorze centavos) e uma receita bruta de R$ 184.894,65 (Cento e oitenta e quatro
mil, oitocentos e noventa e quatro reais, sessenta e cinco centavos).
O ponto de equilíbrio expressa o nível de atividade ou receita mantido pela
empresa capaz de manter a sua estrutura fixa.
78
4.7.10 Projeção dos Resultados
Este item apresenta os resultados projetados para cada um dos produtos
oferecidos pela empresa. Com a projeção de resultados é possível verificar a
viabilidade ou não do projeto. Através da projeção é possível verificar dados
importantes como: receita bruta e líquida de vendas, margem de contribuição,
despesas operacionais, resultado operacional e o ponto de equilíbrio.
Verifica-se na tabela 20 o resultado projetado para o primeiro ano.
Tabela 20 – Projeção de Resultados
Descrição TOTAL ANO I TOTAL ANO II TOTAL ANO III TOTAL ANO IV TOTAL ANO V TOTALRECEITA BRUTA DE VENDAS 71.468,73$ 90.639,64$ 114.952,97$ 145.788,17$ 184.894,65$ 607.744,16$ (-) Deduções Impostos (3.137,02)$ (3.949,61)$ (4.992,46)$ (6.320,42)$ (8.015,31)$ (26.414,82)$ (-) Deduções Comissões -$ -$ -$ -$ -$ -$ RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 68.331,71$ 86.690,03$ 109.960,51$ 139.467,75$ 176.879,34$ 581.329,33$ (-) Custo de Produção (47.791,37)$ (58.495,74)$ (71.965,70)$ (88.937,81)$ (110.345,95)$ (377.536,58)$ Pessoal da Produção (9.692,36)$ (10.176,98)$ (10.685,83)$ (11.220,12)$ (11.781,13)$ (53.556,41)$ Compras/Insumos (38.099,01)$ (48.318,76)$ (61.279,87)$ (77.717,70)$ (98.564,83)$ (323.980,17)$ Fretes & Embalagens -$ -$ -$ -$ -$ -$ MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 20.540,34$ 28.194,29$ 37.994,81$ 50.529,93$ 66.533,38$ 203.792,75$ (-) DESPESAS OPERACIONAIS (24.088,43)$ (27.472,29)$ (32.507,62)$ (40.417,23)$ (53.240,53)$ (177.726,10)$ Despesas Administrativas (15.672,00)$ (16.706,40)$ (17.817,60)$ (19.011,95)$ (20.296,36)$ (89.504,31)$ Pessoal da Administração & Terce (10.656,00)$ (11.188,80)$ (11.748,24)$ (12.335,65)$ (12.952,43)$ (58.881,13)$ Aluguéis, Condomínios e IPTU (5.016,00)$ (5.517,60)$ (6.069,36)$ (6.676,30)$ (7.343,93)$ (30.623,18)$ Despesas de Vendas e Marketing (2.387,57)$ (4.287,73)$ (7.700,15)$ (13.828,36)$ (24.833,75)$ (53.037,56)$ Despesas Gerais (5.330,13)$ (5.779,43)$ (6.291,14)$ (6.878,19)$ (7.556,69)$ (31.835,59)$ Depreciação Acumulada (698,73)$ (698,73)$ (698,73)$ (698,73)$ (553,73)$ (3.348,65)$ RESULTADO OPERACIONAL (3.548,09)$ 722,00$ 5.487,19$ 10.112,70$ 13.292,85$ 26.066,65$ Receitas Financeiras 11,08$ -$ 110,67$ 751,69$ 1.780,83$ 2.654,26$ Taxas/Juros de Financiamentos -$ -$ -$ -$ -$ -$ RESULTADO TRIBUTÁVEL (3.537,02)$ 722,00$ 5.597,86$ 10.864,39$ 15.073,67$ 28.720,91$ (-) Imposto sobre Lucro -$ -$ -$ -$ -$ -$ LUCRO LÍQUIDO (3.537,02)$ 722,00$ 5.597,86$ 10.864,39$ 15.073,67$ 28.720,91$
Fonte: Dados primários (2007)
Verificando a projeção de resultado verificou-se que no primeiro ano as
receitas brutas acumulam um valor de R$ 71.468,73 (Setenta e um mil, quatrocentos
e sessenta e oito reais, setenta e três centavos), deduzindo os impostos este valor
passará para R$ 68.331,71 (Sessenta e oito mil, trezentos e trinta e um reais, setenta
e um centavos). Sendo que a margem de contribuição neste mesmo período será de
R$ 20.540,34 (Vinte mil, quinhentos e quarenta reais, trinta e quatro centavos). As
despesas operacionais deduzidas logo a seguir é de R$ 24.088,43 (Vinte e quatro
79
mil, oitenta e oito reais, quarenta e três centavos. Assim o resultado operacional fica
com um valor negativo de R$ 3.548,09 (Três mil, quinhentos e quarenta e oito reais,
nove centavos), que somando com as receitas financeiras que é de R$ 11,08 (Onze
reais e oito centavos), fica com um lucro líquido negativo de R$ 3.537,02 (Três mil,
quinhentos e trinta e sete reais, dois centavos).
De acordo com as projeções, no final de cinco anos com um crescimento
médio de 2% ao mês vamos ter um lucro líquido de R$ 28.720,91 (Vinte e oito mil,
setecentos e vinte reais, noventa e um centavos).
O crescimento 2% ao mês citado acima foi feito com base em pesquisas do
setor do comércio de lojas de presente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) em janeiro de 2007.
Com base na projeção , considerando o fluxo de caixa acumulado, somente
a partir do ano 3 a empresa começa a ser viável.
4.7.11. Usos e Fontes Na tabela 21 do trabalho é apresentado as fontes e usos, com o objetivo de
controlar e prever a disponibilidade de recursos para o investimento.
Tabela 21 – Usos e Fontes FONTES E USOS (INVESTIMENTO)
FONTES Realizado A Realizar TotalA.1 Recursos Próprios 7.848,59 2.048,65 9.897,24
A.1.1 Investido pelos Sócios 7.848,59 2.048,65 9.897,24 TOTAL FONTES 7.848,59 2.048,65 9.897,24
FONTES E USOS (INVESTIMENTO)USOS Realizado A Realizar Total
B.1 Investimento Fixo 5.166,48 2.048,65 7.215,13 B.1.1 Software 580,00 - 580,00 B.1.2 Equipamentos 600,00 2.048,65 2.648,65 B.1.3 Móveis e Utensílios 240,00 - 240,00 B.1.4 Compras (estoque inicial) 3.485,62 - 3.485,62 B.1.5 Despesas Pré Operacionais 260,86 - 260,86
B.2 Capital de Giro 2.682,11 - 2.682,11 TOTAL USOS 7.848,59 2.048,65 9.897,24
Fonte: Dados primários (2007)
80
O valor investido é de R$ 9.897,24 (Nove mil, oitocentos e noventa e sete
reais, vinte e quatro centavos), sendo R$ 7.848,59 (Sete mil, oitocentos e quarenta e
oito reais, cinqüenta e nove centavos) realizado, com despesas de software,
equipamentos, móveis e utensílios, estoque inicial e despesas pré operacional, e um
valor de R$ 2.048,65 (Dois mil, quarenta e oito reais, sessenta e cinco centavos) à
realizar, com despesas de compras de computador a prazo. O capital de giro
necessário corresponde ao valor de R$ 2.682,11 (Dois mil, seiscentos e oitenta e
dois reais, onze centavos), para atender as necessidades iniciais da loja.
4.7.12. Análise de Investimento com Cenários 4.7.12.1. Analise de Investimento no Cenário Realista
Com a analise de investimento pode-se verificar o retorno do investimento
feito, com base nos dados que o mercado oferece atuando no momento na
informalidade, o retorno estimado foi fundamentado pela taxa SELIC, que tem como
taxa anual líquida de 12,00% a.a. A tabela 22 a seguir demonstra os resultados.
81
Tabela 22- Análise de Investimento Cenário Realista Análise Financeira do Investimento (5 primeiros anos)Pay Back - Tempo de Retorno do Investimento 4 anosAtratividade (Valor Presente)
Taxa mínima requerida de retorno (taxa de atratividade): 12,00% a.a.Investimento Inicial: (7.848,59)$
Projeção Atual do Fluxo de Caixa (Valor Presente): 17.467,03$ VALOR PRESENTE LÍQUIDO = 9.618,44$
TIR - Taxa Interna de Retorno 31,08% ao ano
Projeções de Longo Prazo* 5 anos 10 anos 15 anos 20 anosVPL (Valor Presente Líquido) = 9.618,44$ 41.583,46$ 59.721,27$ 70.013,15$
TIR (Taxa Interna de Retorno) = 31,08% 47,97% 49,40% 49,57%Pay back - Tempo de Retorno do Investimento = 4 anos
* Para fazer uma análise usando os anos 6 ao 20, foram usados os mesmos dados informados para o ano 5
Análise de Balanço ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO VLiquidez Geral 2,258 1,159 1,680 2,434 3,071Liquidez Corrente 2,053 1,159 1,680 2,434 3,071Endividamento Geral 0,277 0,621 0,507 0,384 0,316Imobilização do PL 0,518 0,740 0,299 0,105 0,043Margem Líquida 0,000 0,000 0,000 0,078 0,085Rentabilidade do Ativo 0,000 0,000 0,000 0,163 0,390Rentabilidade do PL 0,000 0,000 0,000 0,265 0,570
Fonte: Dados primários (2007)
A empresa tem um valor presente líquido de R$ 9.618,44 (Nove mil,
seiscentos e dezoito reais, quarenta e quatro centavos), portando verifica-se que o
projeto é viável, pois além de pagar os valores investidos, é maior que a taxa de
atratividade de 12,00% a.a., sendo que a TIR corresponde a taxa de 31,08% a.a.
Em complemento a análise de viabilidade, tem-se que o tempo estimado de
retorno do investimento, o payback, será de 4 anos, significando que a viabilidade é
viável, mais o retorno é a longo prazo, para um capital de apenas R$ 9.618,44 (Nove
mil, seiscentos e dezoito reais, quarenta e quatro centavos).
4.7.12.2. Análise de Investimento no Cenário Otimista
Com a análise de investimento pode-se verificar o retorno do investimento
feito, com base no cenário realista foi projetado um crescimento na ordem de 10%
das vendas, sendo que no momento o comércio local não possibilita uma expectativa
82
de crescimento maior que esta.. É importante salientar que neste cenário são
mantidas as despesas fixas, é aumentado o crescimento das vendas em 10%,
acompanhando este crescimento nas despesas variáveis. A tabela 23 a seguir
demonstra os resultados.
Tabela 23 - Análise de Investimento Cenário Otimista
Análise Financeira do Investimento (5 primeiros anos)Pay Back - Tempo de Retorno do Investimento 3 anosAtratividade (Valor Presente)
xa mínima requerida de retorno (taxa de atratividade): 12,00% a.a.Investimento Inicial: (7.848,59)$
Projeção Atual do Fluxo de Caixa (Valor Presente): 37.631,00$ VALOR PRESENTE LÍQUIDO = 29.782,41$
TIR - Taxa Interna de Retorno 66,72% ao ano
Projeções de Longo Prazo* 5 anos 10 anos 15 anos 20 anosVPL (Valor Presente Líquido) = 29.782,41$ 81.675,12$ 111.120,43$ 127.828,49$
TIR (Taxa Interna de Retorno) = 66,72% 77,87% 78,34% 78,37%Pay back - Tempo de Retorno do Investimento = 3 anos
* Para fazer uma análise usando os anos 6 ao 20, foram usados os mesmos dados informados para para o ano 5.
Análise de Balanço ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO VLiquidez Geral 3,332 2,038 2,969 4,062 4,966Liquidez Corrente 2,999 2,038 2,969 4,062 4,966Endividamento Geral 0,213 0,406 0,308 0,237 0,198Imobilização do PL 0,369 0,291 0,122 0,049 0,022Margem Líquida 0,000 0,000 0,093 0,119 0,127Rentabilidade do Ativo 0,000 0,000 0,267 0,500 0,629Rentabilidade do PL 0,000 0,000 0,385 0,655 0,784
Fonte: Dados primários (2007).
A empresa no cenário otimista vai ter um valor presente líquido de R$
29.782,41 (Vinte e nove mil, setecentos e oitenta e dois reais, quarenta e um
centavos), portando verifica-se que neste cenário o projeto se torna muito mais viável
que o cenário realista, sendo que a TIR corresponde a taxa de 66,72% a.a.
Em complemento a análise de viabilidade, tem-se que o tempo estimado de
retorno do investimento, o payback, será de 3 anos.
83
4.7.12.3. Análise de Investimento no Cenário Pessimista
Com a analise de investimento no cenário pessimista foi verificado que se
mantiver as despesas fixas, e baixar em 10% as vendas, o projeto não é viável, esta
taxa foi usada na mesma proporção do cenário otimista, sendo que o comércio local
não demonstra uma expectativa com maior proporção. Como é demonstrado na
tabela 24.
Tabela 24 - Análise de Investimento Cenário Pessimista Análise Financeira do Investimento (5 primeiros anos)Pay Back - Tempo de Retorno do Investimento Não há retorno em 5 ano(s) Atratividade (Valor Presente)
Taxa mínima requerida de retorno (taxa de atratividade): 12,00% a.a.Investimento Inicial: (7.848,59)$
Projeção Atual do Fluxo de Caixa (Valor Presente): (1.800,59)$ VALOR PRESENTE LÍQUIDO = (9.649,18)$
TIR - Taxa Interna de Retorno -10,96% ao ano
Projeções de Longo Prazo* 5 anos 10 anos 15 anos 20 anosVPL (Valor Presente Líquido) = (9.649,18)$ 2.645,12$ 9.621,24$ 13.579,67$
TIR (Taxa Interna de Retorno) = -10,96% 14,84% 19,26% 20,49%Pay back - Tempo de Retorno do Investimento = 7 anos
* Para fazer uma análise usando os anos 6 ao 20, foram usados os mesmos dados informados para o ano 5
Análise de Balanço ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO VLiquidez Geral 1,201 0,197 0,319 0,714 1,035Liquidez Corrente 1,102 0,197 0,319 0,714 1,035Endividamento Geral 0,394 1,480 1,593 1,119 0,883Imobilização do PL 0,870 (1,476) (0,829) (1,691) 0,740Margem Líquida 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000Rentabilidade do Ativo 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000Rentabilidade do PL 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fonte: Dados primários (2007).
Neste cenário a empresa apresentou um valor presente líquido negativo de R$
9.649,18 (Nove mil, seiscentos e quarenta e nove reais, dezoito centavos), e uma
TIR de -10,96 a.a. O retorno estimado do investimento, o payback, será de 7 anos e
considerando um período de projeção de 5 anos padrão utilizado pelas instituições
financeiras o projeto é inviável.
84
4.7.13. Projeção de Balanço
Verificando o balanço patrimonial constatou-se que a loja terá um valor
negativo referente ao lucro no seu primeiro ano de formalidade, na ordem de R$
5.089,52 (Cinco mil, oitenta e nove reais, e cinqüenta e dois centavos). Tornando-se
atraente no seu quinto ano, com um valor positivo de R$ 16.761,82 (Dezesseis mil,
setecentos e sessenta e um reais, oitenta e dois centavos). Conforme pode ser
analisado na tabela 25.
85
Tabela 25 – Projeção de Balanço Exercício Findo em: mar-2008 mar-2009 mar-2010 mar-2011 mar-2012
ATIVOAtivo Circulante
Caixa e Bancos (156,18)$ 1.264,55$ 7.561,14$ 19.124,26$ 34.751,67$ Duplicatas a Receber -$ -$ -$ -$ -$ Estoques 6.971,24$ 6.971,24$ 6.971,24$ 6.971,24$ 6.971,24$ Impostos a Recuperar (289,16)$ -$ -$ -$ -$
Total Ativo Circulante 6.525,90$ 8.235,79$ 14.532,38$ 26.095,50$ 41.722,91$
Ativo Realizável a Longo Prazo -$ -$ -$ -$ -$ Duplicatas a Receber -$ -$ -$ -$ -$ Outros -$ -$ -$ -$ -$
Ativo PermanenteInvestimentos 876,00$ 876,00$ 876,00$ 876,00$ 876,00$ Imobilizado 3.468,65$ 3.468,65$ 3.468,65$ 3.468,65$ 3.468,65$ (-) Depreciação Acumulada (698,73)$ (1.397,46)$ (2.096,19)$ (2.794,92)$ (3.348,65)$ Diferido 260,86$ 260,86$ 260,86$ 260,86$ 260,86$
Total Ativo Permanente 3.906,78$ 3.208,05$ 2.509,32$ 1.810,59$ 1.256,86$
ATIVO TOTAL 10.432,68$ 11.443,84$ 17.041,70$ 27.906,09$ 42.979,77$
PASSIVOPassivo Circulante
Salários e Encargos a Pagar 1.695,70$ 1.780,48$ 1.869,51$ 1.962,98$ 2.061,13$ Impostos & Taxas 359,53$ -$ -$ -$ -$ Fornecedores -$ 4.026,56$ 5.106,66$ 6.476,47$ 8.213,74$ Contas a Pagar 573,00$ 622,55$ 676,67$ 735,79$ 800,40$ Empréstimos e Financiamentos -$ -$ -$ -$ -$ Outros 551,26$ 676,18$ 995,05$ 1.546,11$ 2.510,80$
Total Passivo Circulante 3.179,49$ 7.105,78$ 8.647,88$ 10.721,36$ 13.586,06$
Passivo Exigível a Longo Prazo (289,16)$ -$ -$ -$ -$ Empréstimos e Financiamentos -$ -$ -$ -$ -$ Outros (289,16)$ -$ -$ -$ -$
Patrimônio LíquidoCapital Social 10.773,24$ 10.773,24$ 10.773,24$ 10.773,24$ 10.773,24$ Reservas de Capital 1.858,64$ 1.858,64$ 1.858,64$ 1.858,64$ 1.858,64$ Lucros/Prejuízos Acumulados (5.089,52)$ (8.293,82)$ (4.238,06)$ 4.552,85$ 16.761,82$
Total Patrimônio Líquido 7.542,36$ 4.338,06$ 8.393,82$ 17.184,73$ 29.393,70$
PASSIVO TOTAL 10.432,68$ 11.443,84$ 17.041,70$ 27.906,09$ 42.979,77$ Fonte: Dados primários (2007).
86
CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o objetivo de analisar a viabilidade econômica e financeira para
formalização de uma loja de presentes no município de Biguaçu, cumprindo os
objetivos específicos de analisar os possíveis clientes, concorrentes e fornecedores,
estabelecer o investimento inicial, estimar as receitas, definir os custos fixos e
variáveis e elaborar as projeções de resultados, o presente estudo utilizou-se de
ferramentas conhecidas no processo administrativo, tais como, pesquisa de mercado
com os clientes, concorrentes e fornecedores, cálculos de VPL, TIR e Payback,
tornando assim uma visão mais ampla do investimento, auxiliando no processo de
tomada de decisões.
Foi realizada uma pesquisa documental com vários autores, com o objetivo de
aprimorar assuntos importantes na administração atual. Também foi realizada uma
pesquisa de mercado através da aplicação de questionários fechados, para
identificar os concorrentes e mapear os clientes. Outro aspecto levantado foi a
realização de uma pesquisa documental nos aspectos econômicos e financeiros,
com o objetivo de compreender o que estes fatores podem influenciar na tomada de
decisão, para a formalização da loja.
O questionário de pesquisa com os concorrentes foi elaborado com o objetivo
de identificar o tempo de atuação no mercado, condições de pagamento e numero de
funcionários. Um fator interessante que foi identificado foi que todos os concorrentes
oferecem somente pagamento a vista para seus clientes, este fato se deve porque
todos os concorrentes trabalham com mercadorias com um preço de venda baixo.
Já o questionário realizado junto com os clientes teve o objetivo de identificar
o sexo do entrevistado, faixa etária, numero de pessoas que compõe o grupo
familiar, média da renda do grupo familiar, faixa de valor que costumam comprar,
datas que costumam presentear, tipo de presente que costuma presentear e a
melhor forma de pagamento que costuma comprar.
Foi identificado nesta pesquisa que a maioria dos clientes são do sexo
feminino, que tem uma faixa etária de 26 a 35 anos, compõe o seu grupo familiar
uma média de três pessoas, com média da renda do grupo familiar acima de R$
87
1.501,00, e costumam comprar presentes no valor médio de R$ 15,01 a R$ 45,00. A
maioria dos clientes costumam presentear no natal, sendo seu presente preferido
roupas, sendo as mesmas compradas em Biguaçu, com pagamento na maioria das
vezes a vista.
Na pesquisa realizada junto com os fornecedores buscou-se identificar as
condições de pagamento que os mesmos oferecem aos clientes, tipos de mercadoria
e localização da loja. Foi verificado que a maioria dos fornecedores atuam nas
regiões próximo ao município de Biguaçu, com mercadorias diversas e com
condições de pagamentos diversas.
A análise financeira foi realizada com a ajuda do software MakeMoney, que
possibilitou um estudo mais amplo e específico dos aspectos financeiros para
possibilitar a identificação de dados importantes na análise de viabilidade do negocio.
Foi possível identificar que o tempo do retorno (payback) projetado no cenário
realista é de 4 anos, proporcionando uma taxa de retorno de 31,08% a.a., superando
a taxa de atratividade – SELIC – de 12,00% a.a. O valor presente líquido para os
cinco anos gerou um valor de R$ 9.618,44 (Nove mil, seiscentos e dezoito reais,
quarenta e quatro centavos), sendo que o VPL comprova que o projeto é viável a
longo prazo, sendo capaz de gerar benefícios para recuperar o capital investido.
Conforme foi abordado, no cenário otimista se obtiver um aumento nas vendas
na ordem de 10%, a taxa de retorno TIR será de 66,72% a.a., com um Payback de 3
anos. Sendo que foi feita a mesma projeção no cenário pessimista, onde ficou
constatado que o projeto não é viável, sendo que num período de 5 anos não haverá
retorno do investimento.
Os objetivos do estudo foram atingidos, e apontou que o projeto de viabilidade
econômica e financeira é viável, sendo que o mesmo será em longo prazo.
Cabe ressaltar, que o estudo proporcionou uma experiência gratificante para o
acadêmico, na qual resultou uma grande realização no âmbito profissional e pessoal.
88
REFERÊNCIAS
ASSEF, Roberto. Guia prático de administração financeira: Pequenas e Médias Empresas. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999. BANGS JR, David H. Guia prático planejamento de negócios. São Paulo: Editora Nobel, 2006. BIAGIO, Luiz Antonio; BATOCCHIO, Antonio. Plano de Negócios: Estratégia para micro e pequenas empresas. 1. ed. São Paulo: Editora Manole, 2005. BRITO, Paulo. Analise e viabilidade de projetos de investimento. São Paulo: Editora Atlas, 2003. BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de Custos e Formação de Preços. São Paulo: Editora Atlas, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Vamos Abrir um Novo Negócio. São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1995. COBRA, Marcos. Administração de Marketing. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1992. ______. Marketing Competitivo. São Paulo: Editora Atlas, 1993. DEGEN, Ronald Jean. O Empreendedor – Fundamentos da Iniciativa Empresarial. 8. ed. São Paulo: Editora McGraw-Hill Ltda, 1989. DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. 5. ed. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2003. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo – Transformando Idéias em negócios. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2001. FONSECA, José Ismar da. Curso de Avaliação Contábil. São Paulo: Editora Atlas, 1992. GITMAN, Lawrence J. . Princípios de administração financeira. 7. ed. São Paulo: Editora Harbra, 1997. HOJI, Masakazu. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000. IBGE. Crescimento do Setor do Comércio 2006. IBGE. Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acessado em 14 abrIL. 2007.
89
KASSAI, José Roberto; SANTOS, Ariovaldo dos e NETO, Alexandre Assaf. Retorno de Investimento. São Paulo: Editora Atlas, 2000. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998. ______. Princípios de marketing. 5. Ed. Rio de Janeiro: Editora Prentice-Hall do Brasil Ltda, 1993. LEONE, George Sebastião Guerra. Custos – Planejamento, Implantação e Controle: 2 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000. LONGENECKER, Justian G.; MOORE, Carlos W.; PETTY, J.Willian. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1997. MARION, José Carlos, Contabilidade Básica. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998. MARTINS, Elizeu, Contabilidade de Custos. 7. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000. MARTINS, Elizeu e NETO, Alexandre Assaf, Administração Financeira: As Finanças das Empresas Sob Condições Inflacinárias. 1. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1985. OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratando de metodologia científica. 2. ed. São Paulo. Editora Pioneira, 1998. PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luís Martins de e COSTA, Rogério Guedes, Gestão estratégica de custos. São Paulo: Editora Altas, 1999. ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey F. Administração financeira. São Paulo: Editora Atlas, 1995. ______. Administração financeira. São Paulo: Editora Atlas, 1998. ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JORDAN, Bradford D. Princípios de administração financeira. São Paulo: Editora Atlas, 1998. SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração Financeira. São Paulo: Editora Atlas, 1993. SEBRAE. Disponível em <http://www.sebrae.com.br/, Acesso em: 27 de setembro de 2006. SINDILOJAS. Disponível em http://sindilojas-sc.org.br, Acesso em 12 de abril de 2007. ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa. 8. ed. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzato, 2000.