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Documento Técnico DGOTDU 6/2011 Contributo da DGOTDU para o 2º Relatório Bienal da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável Maio 2011

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Documento Técnico DGOTDU 6/2011

Contributo da DGOTDU para o 2º Relatório Bienal da Estratégia Nacional de

Desenvolvimento Sustentável

Maio 2011

Ficha Técnica

Título

CONTRIBUTO DA DGOTDU PARA O 2º RELATÓRIO BIENAL DA ENDS

Autores

Maria Adelaide Carranca

Susana Neto

Colecção

Documentos Técnicos

Impressão e acabamento

Sector Gráfico e de Reprografia da DGOTDU

Tiragem

Documento para divulgação na Web em versão electrónica

Edição Mimeografada para circulação restrita - 15 exemplares

Maio de 2011

© DGOTDU 2011

Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

Campo Grande, 50, 1749-014 LISBOA, tel. 21.782.50.00, endereço electrónico: [email protected]

Índice

1 Nota introdutória ---------------------------------------------------------------------------------- 4

2 Actuações da DGOTDU directamente relacionadas com o Objectivo 5 da ENDS ----- 6

3 Outras actuações da DGOTDU transversais aos objectivos da ENDS -------------------- 20

4 Síntese das principais actividades DGOTDU e cruzamento com as prioridades e vectores da ENDS ---------------------------------------------------------------------------------

30

5 Contributo para o Quadro das Metas 2010 --------------------------------------------------- 32

6 Considerações finais ------------------------------------------------------------------------------ 33

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Documento Técnico DGOTDU 06/2011

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1. Nota Introdutória

O presente documento constitui o contributo da DGOTDU para o 2º Relatório Bienal de avaliação da

ENDS.

Refira-se, em primeiro lugar, que as áreas de competência da DGOTDU – Ordenamento do Território

e Desenvolvimento Urbano – são, quer por definição conceptual, quer pelos seus objectivos políticos

e técnicos (plasmados nos principais documentos de estratégia que as enquadram – PNPOT e Política

de Cidades), áreas de acção governativa indissociáveis das questões do desenvolvimento

sustentável, desempenhando, como tal, um papel central na sua prossecução.

Em 2007, com a aprovação do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território

(PNPOT)1 e da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável (ENDS)2, Portugal passou a

dispor de um adequado enquadramento estratégico nos domínios fundamentais do desenvolvimento

territorial.

O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) constitui um instrumento de

desenvolvimento territorial, de natureza estratégica que estabelece as grandes opções com

relevância para a organização do território nacional como resposta aos principais desafios que o país

enfrenta em matéria de ordenamento do território.

Também em Abril de 2007, o Governo apresentou publicamente uma iniciativa no domínio das

políticas de desenvolvimento urbano, designada Política de Cidades Polis XXI.

A Política de Cidades POLIS XXI visa superar as debilidades do sistema urbano nacional e responder

aos desafios cada vez mais complexos que se colocam às cidades portuguesas, tornando-as motores

efectivos do desenvolvimento das regiões e do país. Integra-se nos objectivos da Estratégia de

Lisboa (PNACE) e da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) e concorre para o

seu cumprimento.

No quadro da estratégia do País para os domínios do ordenamento e do desenvolvimento do

território, o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN 2007-2013) e os Programas

Operacionais constituem importantes instrumentos de política pública, fornecendo os principais

recursos financeiros ao serviço dessas estratégias de desenvolvimento territorial e urbano.

Neste contexto, uma das prioridades estratégicas do QREN “Assegurar a qualificação do território e

das cidades” traduz-se, em especial, nos objectivos de assegurar ganhos ambientais, promover um

melhor ordenamento do território, estimular a descentralização regional da actividade científica e

tecnológica, prevenir riscos naturais e tecnológicos e, ainda, melhorar a conectividade do território

e consolidar o reforço do sistema urbano, tendo presente a redução das assimetrias regionais de

desenvolvimento.

1 Aprovado pela Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro e rectificado pelas Declarações n.º 80-A/2007 de 7 Setembro e n.º 103-

A/2007, de 2 de Novembro. 2 Aprovada pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de Agosto.

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Da articulação das opções estratégicas do PNPOT com o quadro de domínios prioritários de

intervenção definidos no QREN resulta um conjunto de objectivos de natureza estratégica em

matéria de valorização do território, que o Programa Operacional Temático Valorização do

Território (POVT) acolhe como principais domínios de intervenção: Reforço da Conectividade

Internacional, das Acessibilidades e da Mobilidade, Protecção e Valorização do Ambiente, Política

de Cidades e Redes, Infra-estruturas e Equipamentos para a Coesão Territorial e Social.

Assim, atendendo a que intervenção da DGOTDU é, na sua globalidade, central para a estratégia de

desenvolvimento sustentável do país, entendeu-se organizar este contributo salientando, entre as

actividades desenvolvidas no biénio 2009-2010, as que revelam uma articulação mais imediata aos

vectores estratégicos das orientações da ENDS, em particular ao objectivo 5 “Melhor Conectividade

Internacional do País e Valorização Equilibrada do Território” (ponto 2).

Adicionalmente, são apresentadas no ponto 3 do documento, outras actividades da DGOTDU que não

tendo uma ligação tão directa aos vectores estratégicos do Objectivo 5, foram consideradas de

relevo para os restantes objectivos ENDS.

Para complemento da análise, foi construída (no ponto 4) uma tabela onde são identificadas as

actividades mais relevantes da DGODTU e a forma como cada uma delas se cruza com os objectivos

da ENDS. Esta matriz pode funcionar isoladamente como síntese do documento, ou permitir, numa

leitura cruzada com os pontos anteriores, uma interpretação dos resultados mais abrangente.

Por fim, incluiu-se uma proposta de actualização das metas para 2010 consagradas na ENDS para o

vector 5.3. – Cidades Atractivas, Acessíveis e Sustentáveis.

DGOTDU, Maio de 2011

Vitor Campos

Director-Geral

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2. Actuações da DGOTDU directamente relacionadas com o Objectivo 5 da ENDS

2.1. Acessibilidades que contribuam para a Coesão Territorial e para um Modelo Territorial mais policêntrico

(corresponde ao número 5.2. do capítulo 5 do Relatório bienal da ENDS)

2.1.1. Estruturação do eixo Norte-Sul na vertente ferroviária em condições de competitividade e em complementaridade com os outros meios de transporte (Informação a recolher no contributo do MOPTC)

2.1.2. Acessibilidades regionais estruturantes da consolidação de um modelo territorial mais policêntrico (Informação a recolher nos contributos das CCDR)

2.2. Cidades atractivas, acessíveis e sustentáveis

(corresponde ao número 5.3. do capítulo 5 do Relatório bienal da ENDS)

Em 2007, o Governo lançou uma iniciativa no domínio das políticas de desenvolvimento urbano, que

designou Política de Cidades Polis XXI, assente em quatro grandes dimensões de intervenção: (i)

regeneração urbana, (ii) competitividade e diferenciação das cidades, (iii) integração cidade-região,

e (iv) inovação nas soluções para os problemas urbanos.

Como se pode observar no Quadro 1, relativo à articulação entre os objectivos da Política de

Cidades e os objectivos da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS), os

objectivos da primeira estão significativamente integrados nos objectivos da ENDS, uma vez que

estes foram também, em articulação com os objectivos do PNPOT, a base inspiradora da

necessidade de criar uma política específica para as cidades e subsequentemente uma estratégia de

operacionalização, através de financiamento comunitário, do qual é exemplo o POVT.

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Quadro 1 – Articulação entre os objectivos da Política de Cidades e os objectivos da Estratégia

Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS)

Política de Cidades Polis XXI (2007-2013)

Documentos referência

Objectivos operativos

Qualificar e integrar os distintos espaços

de cada cidade

Fortalecer e diferenciar o capital

humano, institucional,

cultural e económico de cada cidade

Qualificar e intensificar a

integração da cidade na região envolvente

Inovar nas soluções para a qualificação

urbana

ENDS (objectivos)

1. Preparar Portugal para a Sociedade do Conhecimento

2. Crescimento Sustentado, Competitividade à Escala Global e Eficiência Energética

3. Melhor Ambiente e Valorização do Património

4. Mais Equidade, Igualdade de Oportunidades e Coesão Social

5. Melhor Conectividade Internacional do País e Valorização Equilibrada do Território

6. Um Papel Activo de Portugal na Construção Europeia e na Cooperação Internacional

7. Uma Administração Pública mais Eficiente e Modernizada

Legenda: Articulação forte Articulação média Articulação fraca

Fonte: Relatório preliminar de Avaliação Preliminar, Novembro de 2010, Divisão de Política de Cidades, DGOTDU

2.3.1.Incentivos ao Desenvolvimento de Cidades Sustentáveis, Requalificadas e com Memória

A prossecução deste primeiro vector estratégico envolve os seguintes domínios prioritários:

reabilitação urbana, regeneração urbana, relançamento do Programa Polis, Acções Inovadoras para

o Desenvolvimento Urbano, dinamização do mercado de arrendamento para habitação, melhoria da

mobilidade e das acessibilidades urbanas; valorização do património e dinamização cultural das

cidades.

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Destacam-se as principais medidas executadas em cada um destes domínios no período em análise.

a) Dinamização da Reabilitação Urbana

(Informação a recolher no contributo do IHRU)

b) Dinamização de Parcerias para a Regeneração Urbana

(Informação a recolher nos contributos CCDR / Gestores POR)

c) Relançamento do Programa POLIS

(Informação a recolher no Gabinete Coordenador POLIS)

d) Acções Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano

As Acções Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano são um instrumento de política criado no

âmbito do POVT que visa apoiar projectos demonstrativos de novas soluções de resposta às procuras

urbanas e aos problemas com que as cidades se confrontam.

Além das suas competências gerais como autoridade nacional para a Política de Cidades Polis XXI, a

DGOTDU tem responsabilidade directa como organismo intermédio de gestão para o domínio de

intervenção Acções Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano. O exercício desta responsabilidade,

tutelado por um contrato de delegação de competências celebrado com a Autoridade de Gestão do

POVT, envolve a divulgação do instrumento de política, a organização dos procedimentos

concursais, a selecção das candidaturas e o acompanhamento da execução das operações

contratadas e difusão dos respectivos resultados.

O primeiro concurso dirigiu-se às áreas: “Acessibilidade e mobilidade urbana”, “Segurança,

prevenção de riscos e combate à criminalidade” e “Gestão do espaço público e do edificado”.

Foram seleccionadas 13 operações envolvendo € 10 milhões do FEDER.

O segundo concurso foi orientado também para os domínios “Ambiente Urbano” e “Governação

Urbana” e foi objecto de um total de 40 candidaturas, das quais foram seleccionadas 10.

Em termos gerais as AIDU destinam-se a apoiar projectos-piloto que tenham por objectivo

desenvolver ou transferir, para aplicação nas cidades portuguesas, soluções que ainda não tenham

sido ensaiadas em território nacional ou, tendo-o sido com resultados positivos, careçam de

aplicação a uma escala mais alargada para motivar a sua replicação (cf. Artigos 2º e 4º do

Regulamento Específico das AIDU).

Existe uma articulação forte entre os objectivos da ENDS associada às diferentes áreas temáticas do

instrumento de política AIDU (ver Quadro 2), tais como, ambiente urbano, prestação de serviços de

proximidade, segurança, prevenção de riscos e combate à criminalidade e governação urbana.

Assim, salienta-se o conjunto muito significativo de contributos cruzados do quadro de referência

analisado, que permite antever a possibilidade de impactes positivos da Política de Cidades, em

geral, e mais especificamente das AIDU, relativamente à maioria dos objectivos de desenvolvimento

sustentável definidos para Portugal.

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Esta integração resulta ainda mais reforçada quando se pensa na ligação ao PNPOT, onde se destaca

uma forte articulação com a Política de Cidades, centrada na importância do “policentrismo”, na

capacidade das cidades se afirmarem como motores de internacionalização, de desenvolvimento e

de cooperação para a exploração de complementaridades, e também no papel fulcral da

participação activa dos cidadãos e das instituições para uma boa gestão dos territórios.

De acordo com as 69 candidaturas recebidas (cf. Quadro 2), as áreas temáticas com maior sucesso

foram a “Acessibilidade e Mobilidade Urbana” e a “Gestão do Espaço Público e do Edificado” (cf.

Quadro 3). Por outro lado, e em termos totais, poder-se-á referir que a área temática com menor

procura é “Governação urbana com incremento da participação dos cidadãos e dos actores

económicos e sociais” com 11,6%. Contudo, não podemos esquecer que esta área temática,

juntamente com a área temática “Ambiente Urbano” apenas estiveram disponíveis no 2º

procedimento concursal mas foram muito procuradas, correspondendo ambas a 28% do total de

candidaturas apresentadas.

Importa ainda referir que o modelo territorial consagrado no PNPOT e as orientações estratégicas

para os sistemas urbanos dos diversos espaços regionais constituem o principal referencial para a

definição de critérios de avaliação das candidaturas.

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Quadro 2 - Política de Cidades Polis XXI - Acções Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano (AIDU) - Resumo das operações contratadas em Abril de 2011

Operação Entidade Área tem.

Investimento Contratado Conclusão da execução financeira

ELEGÍVEL FEDER

TOTAL GLOBAL

21.531.156,11 € 15.071.809,28 €

TOTAL 1.º PROCEDIMENTO 13.655.150,70 € 9.558.605,49 €

POVT-09-0142-FEDER-000004 CM

Ourém AMU 1.358.177,28 € 950.724,10 € 09-07-2012

POVT-09-0142-FEDER-000005 CIMT AMU 1.126.000,00 € 788.200,00 € 30-10-2011

POVT-09-0142-FEDER-000008 ICVM AMU 876.500,00 € 613.550,00 € 31-12-2010

POVT-09-0142-FEDER-000013 CM Murtosa AMU 1.017.872,00 € 712.510,40 € 31-12-2010

POVT-09-0142-FEDER-000017 CM Guimarães AMU 1.418.753,00 € 993.127,10 € 31-12-2011

POVT-09-0142-FEDER-000021 CM Coimbra SPRCC 238.806,58 € 167.164,61 € 31-07-2012

POVT-09-0142-FEDER-000022 CIRA GEPE 744.093,76 € 520.865,63 € 31-12-2011

POVT-09-0142-FEDER-000023 CM

SantoTirso GEPE 1.703.585,02 € 1.192.509,51 € 30-12-2011

POVT-09-0142-FEDER-000026 CM

Lousã AMU 1.187.834,66 € 831.484,26 € 31-12-2010

POVT-09-0142-FEDER-000027 CM Mirandela AMU 1.396.546,80 € 977.582,76 € 31-12-2009

POVT-09-0142-FEDER-000028 CM Mirandela SPRCC 1.157.347,20 € 810.143,04 € 30-06-2010

POVT-09-0142-FEDER-000029 CM Mirandela GEPE 1.429.634,40 € 1.000.744,08 € 31-12-2010

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Operação Entidade Área tem.

Investimento Contratado Conclusão da execução financeira

ELEGÍVEL FEDER

TOTAL GLOBAL 21.531.156,11 € 15.071.809,28 €

TOTAL 2.º PROCEDIMENTO 7.876.005,41 € 5.513.203,79 €

POVT-09-0142-FEDER-000034 CM Torres

Vedras AMU 1.399.270,00 € 979.489,00 € 31-08-2012

POVT-09-0142-FEDER-000039 CM Vila Real AMU 988.500,00 € 691.950,00 € 30-06-2012

POVT-09-0142-FEDER-000041 CM Santo

Tirso AU 1.701.771,03 € 1.191.239,72 € 31-12-2011

POVT-09-0142-FEDER-000045 CM Lamego AU 1.667.500,00 € 1.167.250,00 € 30-06-2012

POVT-09-0142-FEDER-000049 CM Mirandela AU

0,00 €

POVT-09-0142-FEDER-000050 CI Região

Dão-Lafões AU 631.500,00 € 442.050,00 € 30-06-2011

POVT-09-0142-FEDER-000058 Porto Vivo,

SRU GEPE

0,00 €

POVT-09-0142-FEDER-000065 CIMAC GOV 759.050,00 € 531.335,00 € 30-11-2011

POVT-09-0142-FEDER-000069 Governo Civil

de Évora SPRCC 728.414,38 € 509.890,07 € 01-12-2012

Fonte: Divisão de Política de Cidades, DGOTDU

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Quadro 3 - Número de candidaturas recebidas por área temática dos procedimentos concursais

AIDU

Para além da caracterização da procura, importa identificar os problemas urbanos e as soluções

inovadoras apresentadas nas candidaturas admitidas na fase de mérito dos dois procedimentos

concursais, uma vez que o carácter inovador das soluções propostas é o factor determinante para o

seu co-financiamento.

As diferentes dinâmicas temporais, espaciais e sociais subjacentes ao crescimento dos aglomerados

urbanos têm despoletado uma multiplicidade de problemas urbanos e uma necessidade crescente de

novas soluções.

Os problemas apresentados pelos candidatos recaem sobre as diferentes áreas temáticas abertas a

concurso e frequentemente estão associados a:

. Problemas de mobilidade causados pela utilização dominante do transporte individual em

oposição ao transporte colectivo ou modos suaves;

. Inexistência de espaços acessíveis para todos;

. Falta de vivência do espaço público;

. Insegurança e actos de vandalismo no centro das cidades;

. Ausência de percursos pedonais e cicláveis;

. Carência de espaços verdes e de lazer;

. Défice de participação e responsabilização dos cidadãos na gestão dos territórios.

1º Procedimento (n.º candidaturas)

2º Procedimento (n.º candidaturas)

TOTAL (n.º candidaturas)

Área temática Total Aprovadas Total Aprovadas Total T. (%) Aprovadas

AMU 17 8 10 2 27 39,1 10

SPRCC 5 2 5 1 10 14,5 3

GEPE 7 3 6 1 13 18,8 4

AMB - - 11 5 11 15,9 5

GOV - - 8 1 8 11,6 1

TOTAL 29 13 40 10 69 100 23

Fonte: Relatório preliminar de Avaliação Preliminar, Novembro de 2010 Divisão de Política de Cidades, DGOTDU

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Por sua vez, as soluções apresentadas apostam na articulação e complementaridade de diferentes acções, baseadas sobretudo na eficiência e reutilização de infra-estruturas e equipamentos

existentes e na exploração das oportunidades que as novas tecnologias oferecem, das quais se

destacam:

. Carsharing;

. Aposta em veículos eléctricos e no potencial da mobilidade ciclável;

. Sistema articulado de gestão de estacionamento e oferta de transporte colectivo;

. Sistemas de mobilidade integrada através das TIC;

. Aposta na segurança de proximidade;

. Democracia participativa através das TIC;

. Promoção da eficiência hídrica em edifícios e espaços públicos;

. Parques urbanos ecoeficientes e criativos;

. Aposta na sinalética interactiva.

Em síntese, para além do contributo mais directo para o objectivo 5 da ENDS, perante as

tendências gerais de procura e as características dos projectos AIDU apresentados, poder-se-á

identificar (cf. Quadro 4) uma articulação forte entre algumas das áreas temáticas das AIDU e os

principais objectivos da ENDS, tais como:

. Objectivo 2 da ENDS - Crescimento Sustentado, Competitividade à Escala Global e

Eficiência Energética e as áreas temáticas das AIDU - Gestão do espaço público e do

edificado, construção sustentável, Ambiente urbano e governação urbana com incremento

da participação dos cidadãos e dos actores económicos e sociais;

. Objectivo 7 da ENDS - Uma Administração Pública mais Eficiente e Modernizada e as áreas

temáticas das AIDU - Prestação de serviços de proximidade, gestão do espaço público e do

edificado e governação urbana com incremento da participação dos cidadãos e dos actores

económicos e sociais.

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Quadro 4 - Articulação das áreas temáticas das AIDU com os objectivos da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS)

Objectivos da ENDS

Acções Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano (Política de Cidades Polis XXI / Eixo IX POVT) / Áreas temáticas

Prestação de serviços de

proximidade

Acessibilidade e mobilidade

urbana

Segurança, prevenção de

riscos e combate à criminalidade

Gestão do espaço

público e do edificado

Construção sustentável

Ambiente urbano

Criatividade e empreendedorismo na valorização dos recursos territoriais

Governação urbana com incremento da participação dos

cidadãos e dos actores económicos e sociais

1. Preparar Portugal para a Sociedade do Conhecimento

2. Crescimento Sustentado, Competitividade à Escala Global e Eficiência Energética

3. Melhor Ambiente e Valorização do Património

4. Mais Equidade, Igualdade de Oportunidades e Coesão Social

5. Melhor Conectividade Internacional do País e Valorização Equilibrada do

6. Um Papel Activo de Portugal na Construção Europeia e na Cooperação Internacional

7. Uma Administração Pública mais Eficiente e Modernizada

Legenda: Articulação forte Articulação média Articulação fraca

Fonte: Relatório preliminar de Avaliação Preliminar, Novembro de 2010 - Divisão de Política de Cidades, DGOTDU

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2.3.2. Parcerias entre cidades para a atractividade e a diferenciação

Os objectivos implícitos neste vector estratégico da ENDS são prosseguidos, essencialmente, pelo

instrumento Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação da Política de Cidades POLIS XXI

(RUCI), cujo suporte financeiro no QREN está consignado nos Planos Operacionais Regionais.

Um dos principais problemas de competitividade territorial em Portugal prende-se com as

debilidades do sistema urbano, que se traduzem na exiguidade das dimensões demográfica e

funcional e na frágil projecção internacional das nossas cidades médias, na acentuada dispersão de

infra-estruturas e equipamentos, nos défices de especialização e complementaridade interurbana e

na ausência de uma cultura de cooperação efectiva.

Uma das apostas da Política de Cidades consiste no reforço do sistema urbano pela via do

networking entre cidades, um conceito operacionalizado no instrumento de política Redes Urbanas

para a Competitividade e a Inovação. Promove-se a cooperação interurbana em rede orientada para

a promoção da competitividade, inovação, identidade e reposicionamento internacional das cidades

portuguesas, assente num modelo de governação estratégica partilhada e na complementaridade

entre os diferentes factores e recursos de cada cidade.

A concretização destes objectivos pressupõe formas de actuação e de organização que ainda não

estão sedimentadas na nossa cultura política e institucional, o que justificou a iniciativa do

desenvolvimento de acções preparatórias lançadas em 2007, que procuraram, também, gerar um

processo de aprendizagem que permita aos actores urbanos preparar bons programas estratégicos

para acesso aos financiamentos dos Programas Operacionais Regionais do QREN.

Com este objectivo, foi lançado pela DGOTDU3 um procedimento concursal direccionado aos

Municípios Portugueses para o desenvolvimento de 5 Acções Preparatórias, que consistiram em

iniciativas experimentais e isoladas (sem perspectiva de repetição), destinadas a testar o modelo

inovador de cooperação entre cidades organizadas em rede preconizado neste Instrumento de

Política.

As tipologias de redes de cidades admitidas incluíram:

a) Redes Territoriais: Entre cidades próximas envolvidas numa estratégia comum de

valorização de complementaridades e interdependências, de reforço dos factores de

criatividade e de promoção do conhecimento e de dinâmicas de inovação e

internacionalização, tendo por objectivo o seu reposicionamento nacional e internacional;

b) Redes Temáticas: Entre cidades geograficamente distantes que cooperam em torno de um

programa de acção estruturante, visando valorizar elementos patrimoniais comuns, valias

estratégicas para um mesmo cluster de actividades ou factores específicos que beneficiem

do reforço de complementaridades interurbanas.

Estas acções preparatórias foram exclusivamente financiadas pelos orçamentos da DGOTDU que

assumiu o co-financiamento à taxa máxima de 70% e ao montante máximo de 100.000 € por Acção

Preparatória - e das Câmaras Municipais promotoras – que asseguraram o financiamento restante. 3 Na sequência do Despacho SEOTC 23021/2007, de 4 de Outubro

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Foram seleccionados os seguintes projectos:

ECOS – Energia e Construção Sustentáveis

Esta acção, uma parceira constituída pelos municípios de Moura (líder), Beja, Óbidos, Peniche,

Serpa, Silves e Torres, consistiu na formação de uma rede constituída por responsáveis políticos,

financeiros, tecnológicos, científicos e empresariais, com o objectivo de aprofundar lógicas de

cooperação e investimento, reforçar o papel de cada uma das cidades no país e colocá-las como

bandeiras no cenário internacional. Procuraram-se estratégias de promoção da competitividade,

apostando em sectores tecnológicos inovadores, como a energia e a construção sustentáveis. Em

termos específicos, os grandes resultados do projecto, traduziram-se em Memorandos de

Entendimento (estabelecidos através de parceiras público-privadas ou de contratos de investimento)

e num “Plano Estratégico da Rede para o QREN 2007-2013”, com projectos específicos a estruturar

em torno de uma linha de cooperação estratégica entre as cidades envolvidas numa lógica de

solidariedade, reforço-mútuo da capacidade competitiva, complementaridade e clusterização do

território.

Douro Alliance - Cidade do Douro, Cidade do Mundo

A ambição central da rede do eixo urbano Vila Real / Peso da Régua / Lamego foi a de conjugar

esforços para transformar o Eixo Urbano na Cidade do Douro, uma cidade multifacetada e

polinucleada, com dimensão e massa crítica suficiente que dê resposta a uma estruturação urbana

capaz de assumir a dinâmica do desenvolvimento de toda a região. Pretendeu-se simultaneamente,

a afirmação como uma Cidade do Mundo, aberta, atractiva, competitiva e inovadora, que valoriza a

imagem de marca e o potencial económico do Douro. Estas duas dimensões são complementares e

devem contribuir desde logo para o desenvolvimento socioeconómico de uma região desfavorecida,

mas também, contribuir para o País no seu todo, ajudando a afirmar um território que

sucessivamente vem sendo alvo de grandes expectativas, planos e estratégias mas que na prática

não revelou ainda as suas reais potencialidades.

Corredor Azul – Rede Urbana para a Inovação e Competitividade

Esta rede que integrou dez municípios do Alentejo: Évora (líder), Elvas, Vendas Novas, Montemor-o-

Novo, Estremoz, Sines, Santiago do Cacém, Arraiolos, Borba e Vila Viçosa, definiu os seus objectivos

em 4 eixos fundamentais:

. Eixo 1 – Consolidar, Dinamizar e Diversificar a Base Económica e o Tecido Empresarial

dos Territórios integrantes;

. Eixo 2 – Construir e afirmar a atractividade urbana das cidades e territórios,

assegurando o desenvolvimento do ordenamento e qualificação urbana;

. Eixo 3 – Construir e Desenvolver territórios e cidades sustentáveis e criativas

desenvolvendo uma rede de equipamentos culturais, desportivos, sociais e qualificação

os recursos humanos;

. Eixo 4 – Reforçar a capacidade institucional dos Municípios e dos Territórios, pondo em

prática o desenvolvimento e aprofundamento da utilização das novas Tecnologias de

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Informação, aos mais variados níveis (territorial, económico, social e cultural),

aprofundando as parcerias público-privado; público-público e territorial.

Um Quadrilátero Urbano para a Competitividade, a Inovação e a Internacionalização

Trata-se, de acordo com os princípios da POLIS XXI, de um quadro de cooperação entre cidades

(Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Nova De Famalicão) e entre actores urbanos, visando

especificamente:

. Apoiar a afirmação das cidades enquanto nós de redes de inovação e competitividade de

âmbito nacional ou internacional;

. Promover o reforço das funções económicas superiores das cidades, através da obtenção

em rede de limiares e sinergias para a qualificação das infra-estruturas tecnológicas e o

desenvolvimento dos factores de atracção de actividades inovadoras e competitivas;

. Estimular a cooperação entre cidades portuguesas para a valorização partilhada de

recursos, potencialidades e conhecimento, valorizando os factores de diferenciação;

. Promover a inserção das cidades em redes internacionais e afirmar a sua imagem

internacional;

. Optimizar o potencial das infra-estruturas e equipamentos, numa perspectiva de rede.

Rede Algarve Central

A rede de municípios Faro, Loulé, Olhão, S. Brás de Alportel e Tavira definiu como objectivos de

cooperação:

. Identificar e valorizar os factores de criatividade e de promoção do conhecimento, de

modo a poder vir a produzir novas dinâmicas de inovação ao nível dos produtos e serviços

prestados pelos Municípios e demais entidades envolvidas;

. Aprofundar a componente científica e inovadora nas actividades da rede promovendo a

articulação com a Universidade do Algarve e o meio científico em geral, entidades

públicas e privadas, designadamente pela oferta de espaços de acolhimento para

projectos inovadores ligados aos recursos tecnológicos, energéticos, geológicos,

marinhos, patrimoniais e turísticos;

. Definir metodologias de cooperação territorial e sectorial adequadas ao modelo de

desenvolvimento a preconizar para o território, privilegiando os princípios da

sustentabilidade;

. Potenciar as sinergias locais já existentes, perspectivando o seu alargamento para uma

escala inter-municipal, que corresponda à satisfação das necessidades populacionais;

. Desencadear dinâmicas de trabalho entre as diversas entidades públicas, associativas e

empresariais, assentes num objectivo estratégico de criação de parcerias de cooperação

inter-municipal e inter-institucionais;

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. Preparar projectos comuns, em torno dos temas centrais de cooperação e de inovação

territorial que venham a ser escolhidos pelas entidades envolvidas, que sejam

demonstrativos das vantagens de um trabalho em rede, e que permitam (re)posicionar

esta Rede Urbana a um nível nacional e internacional.

O desenvolvimento destas acções teve um desfecho muito positivo, especialmente se considerarmos

a natureza experimental do modelo de cooperação testado. Dos resultados observados, salienta-se a

elevada execução material e financeira; a significativa consolidação da relação em rede entre os

parceiros, mesmo nas parcerias mais amplas; a boa capacidade de atracção de agentes do sector

privado e da sociedade civil e o cumprimento dos objectivos de benchlearning que resultou na

elaboração atempada das candidaturas ao QREN neles assentes.

2.3.3. Condições regulamentares e financeiras favoráveis a um urbanismo com acessibilidades e mobilidade sustentáveis (Informação a recolher no contributo IMTT)

2.3.4. Melhor integração cidades-região

Desenvolvimento urbano sustentável - Programa Operacional URBACT II

A DGOTDU é, desde 2007, a Autoridade Nacional para o PO URBACT II, assegurando a representação de Portugal no Comité de Gestão do Programa.

O Programa URBACT II dá sequência à fase experimental do Programa URBACT I e dos anteriores URBAN (I e II) e tem o objectivo de apoiar a criação de redes de Cidades e outros parceiros, a nível Europeu, no sentido de partilhar experiências e boas práticas para um Desenvolvimento Urbano Sustentável (DUS).

Desde a adesão a esta fase de mainstreaming, as candidaturas que se iniciaram em Fevereiro de 2008 e tiveram já uma segunda edição em 2009, concretizaram a intervenção activa de 16 Parceiros Nacionais (Cidades, Universidades e outras Entidades), em Redes Temáticas e Grupos de Trabalho que tratam de questões de emprego e coesão social, sustentabilidade urbana, eficiência energética, governança urbana, mobilidade e acessibilidade, cooperação transfronteiriça, inovação, etc.

A promoção de uma melhor integração cidades-região é um dos pressupostos deste Programa Operacional e os projectos desenvolvidos neste âmbito são inseridos nas estratégias regionais (as CCDR são as Autoridades de Gestão e são chamadas a participar em todos os projectos existentes, com linhas de financiamento dedicadas). Durante a elaboração dos projectos, um dos aspectos fulcrais é a criação de um Grupo de Suporte Local (LSG), em que actores relevantes para o tema e resultados do projecto são chamados a acompanhar e participar no mesmo, envolvendo-se durante todas as fases (elaboração, implementação, disseminação). Os projectos devem ainda obrigatoriamente desenvolver um Plano de Acção Local que será implementado com o apoio do LSG e que pode ser concebido em articulação com outros instrumentos de gestão e planeamento urbanos em curso.

O funcionamento em rede é a vertente mais determinante deste PO, desde a concepção do

projecto, grupo de actores a envolver, ligação aos parceiros europeus e apoio dos Peritos

Temáticos, constituindo em si, uma forma de inovação na acção para o DUS.

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Quadro 5 - Parcerias portuguesas aprovadas em projectos do Programa URBACT II

(até 31/12/2010)

Projecto Designação do Parceiro Aprovado Total

Despesa FEDER

Prioridade 1 - Cidades Motores do Crescimento e Emprego 455.763,31 € 358.703,32 €

Creative Clusters Câmara Municipal de Óbidos 159.196,81 € 127.357,45 €

INTELI - Inteligência em Inovação, Centro de Inovação 59.073,30 € 41.351,31 €

FIN-URB-ACT Câmara Municipal de Aveiro 72.000,00 € 57.600,00 €

RUnUP Câmara Municipal de Águeda 43.550,00 € 34.840,00 €

UNIC Câmara Municipal de Aveiro 59.943,20 € 47.954,56 €

URBAN N.O.S.E Câmara Municipal de Alcobaça 62.000,00 € 49.600,00 €

Prioridade 2 - Cidades Atractivas e da Coesão 324.640,00 € 250.412,00 €

Creative Development Câmara Municipal de Fundão 11.000,00 € 6.000,00 €

C.T.U.R Câmara Municipal de Matosinhos 55.000,00 € 44.000,00 € APDL - Administração dos Portos do Douro e Leixões, SA. 65.000,00 € 52.000,00 €

EGTC Câmara Municipal de Chaves 28.000,00 € 22.400,00 €

HOPUS Universidade do Minho 9.000,00 € 7.200,00 €

J4C Porto Vivo, SRU 12.000,00 € 9.600,00 €

MILE Câmara Municipal de Amadora 50.000,00 € 35.000,00 €

SIMPLUM Câmara Municipal de Mirandela 10.000,00 € 8.000,00 €

Roma-Net Câmara Municipal de Amadora 15.000,00 € 10.500,00 €

SURE Câmara Municipal de Alcobaça 56.880,00 € 45.504,00 €

Together Câmara Municipal de Covilhã 12.760,00 € 10.208,00 €

TOTAL 780.403,31 € 609.115,32 €

Execução do URBACT acumulada até 31/12/2010 134.085,39 € 104.586,60 €

Fonte: IFDR, 2011

À semelhança do que se verifica para as áreas já analisadas da Política de Cidades, também a

arquitectura dos Projectos URBACT II em Portugal traduz uma articulação relevante com os

objectivos da ENDS, como se salienta no Quadro 6.

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Quadro 6 - Relação das áreas temáticas dos Projectos URBACT II com os objectivos da Estratégia

Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS)

Temas dos Projectos URBACT II em Portugal Objectivos da ENDS

Prioridade 1

Cidades Motores do Crescimento e Emprego

1. Preparar Portugal para a Sociedade do Conhecimento

2. Crescimento Sustentado, Competitividade à Escala Global e Eficiência Energética

3. Melhor Ambiente e Valorização do Património

4. Mais Equidade, Igualdade de Oportunidades e Coesão Social

5. Melhor Conectividade Internacional do País e Valorização Equilibrada do Território

6. Um Papel Activo de Portugal na Construção Europeia e na Cooperação Internacional

7. Uma Administração Pública mais Eficiente e Modernizada

Prioridade 2

Cidades Atractivas e da Coesão

Fonte: Ponto de Disseminação Nacional (NDP) do Programa URBACT II, DGOTDU, Maio de 2011

3. Outras actuações da DGOTDU transversais aos objectivos ENDS

3.1. Grupo de Trabalho Ordenamento do Território e Cidades no âmbito da ENAAC

A Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, aprovada pelo Governo em 2010,

prevê a constituição de Grupos de Trabalho sectoriais que assegurarão a implementação na fase

subsequente. Um desses GT é responsável pelo domínio Ordenamento do Território e Cidades,

cabendo à DGOTDU a sua coordenação.

Para maior consistência dos trabalhos, a DGOTDU constituiu uma Rede de Pontos Focais, integrando

os representantes dos Grupos de Trabalho sectoriais, com os quais desenvolverá a necessária

articulação entre o ordenamento do território e as estratégias sectoriais.

Para apoio metodológico e conceptual, foi criado um Painel de Apoio Científico, com a participação

da FCUL, FLUL, ICS e LNEG.

No âmbito deste GT foi concluída a pesquisa de iniciativas locais em 6 países e está em curso a

sistematização da informação e a análise dos resultados. Neste sentido, foram iniciadas as acções

para recolha de boas práticas e iniciativas de municípios portugueses, assim como uma análise

regional dos riscos associados às alterações climáticas para enquadramento das estratégias

municipais.

No âmbito da Rede de Pontos Focais, em interacção com os restantes Grupos Sectoriais, foram já

realizadas 2 reuniões, estando a próxima prevista para 2ª quinzena de Junho.

O Painel de Apoio Científico realizou 3 reuniões de orientação metodológica e o desenvolvimento de

um quadro conceptual.

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Na DGOTDU, está em curso, recolha de informação sobre a incidência dos efeitos e das medidas de

adaptação das AC nas componentes de OT, o desenvolvimento do quadro conceptual e a elaboração

de produtos de divulgação de orientações e medidas de adaptação. A título exemplificativo,

ilustram-se no quadro seguinte as interacções entre alguns aspectos relativos a impactos devidos às

AC em ambiente Urbano e as Componentes do OT.

Os trabalhos serão orientados metodologicamente para os seguintes produtos:

a) Interacções sectoriais

. Identificação de interacções / especificação de necessidades de articulação / acções conjuntas

. Estabelecimento de Cartas de Entendimento com sectores mais relevantes

b) Orientações para o planeamento e gestão territorial no âmbito municipal:

. Identificação de riscos e oportunidades associados às AC

. Recomendações para os PMOT e para a gestão territorial

. Colectânea de iniciativas e boas práticas

. Bibliografia de referência

c) Acções futuras /recomendações para a revisão da ENAAC

Quadro 7 – Impactes devidos às alterações climáticas em ambiente urbano e as componentes do ordenamento do território

Ordenamento do Território e Cidades

4

Impactes de referência

Componentes do Ordenamento do Território

Localização (edifícios, actividades, equipamen

tos)

Uso do solo (classificaçã

o e qualificação, gestão)

Regimes territoriai

s especiais (RAN, REN, 

DH,EEM)

Sistemas de Infraestruturase Equipamentos Morfologia Urbana Territórios 

específicos (litoral, montanhas, áreas interv de PEOT)

Governaça

territorial

Transportes

Redes de Abastecimento e Distribuição (Água, Energia, 

Resíduos)

Equipamentos 

Colectivos

Expansão Urbana

Espaços edificado

s

Espaço público

1ª Ordem

Diminuição do conforto térmico no Verão

+ ++ ‐‐ ‐‐ ++

Aumento do conforto térmico no Inverno

‐‐ ‐ ‐ ‐ + ‐‐

Redução do coberto de neve nas regiões montanhosas

+ +

Aumento nas perdas das redes de transporte e distribuição de energia eléctrica

Aumento do potencial de produção hidroeléctrica no Norte (Douro, Cávado e Lima)

+ + + ++ + + + +

Diminuição do potencial de produção hidroeléctrica no Centro e Sul 

Alterações no padrão de distribuição e variação do potencial eólico

‐‐ ‐ + ‐‐ ‐ ‐

A título exemplificativo

DGOTDU , 5 de Maio 2011

Fonte: GT DGOTDU – ENAAC, Maio 2011

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3.2. Quadro RFSC de Referência para as Cidades Sustentáveis

O desenvolvimento urbano sustentável constitui um objecto fundamental da política urbana, tanto a nível nacional como europeu.

Nesse sentido, os Ministros da UE responsáveis pela política urbana adoptaram, em Leipzig, em Abril de 2007, a Carta de Leipzig sobre as Cidades Europeias Sustentáveis, com o objectivo de melhorar a política de desenvolvimento urbano integrado, com particular incidência nos bairros desfavorecidos. Os mesmos Ministros, em Marselha, em Novembro de 2008, concordaram que, para facilitar a implementação prática dos objectivos comuns de sustentabilidade e as recomendações da Carta de Leipzig, era necessário um instrumento de carácter prático, tendo decidido a preparação de um "Quadro de Referência" que constituísse uma ferramenta de apoio à definição, implementação e avaliação de estratégias, programas e projectos urbanos de sustentabilidade.

A DGOTDU, na qualidade de representante nacional neste processo de cooperação entre os Estados

membros da UE, está a assegurar no âmbito nacional as acções necessárias à concretização desta

iniciativa.

No dia 4 de Outubro de 2010, foram apresentadas 15 candidaturas de cidades portuguesas à

participação na fase de teste do Quadro de Referência para as Cidades Sustentáveis. A DGOTDU,

com a colaboração do Grupo de Apoio Nacional, procedeu, no dia 6 de Outubro de 2010, à escolha

das 8 candidaturas pré-seleccionadas a nível nacional: Águeda, Alcanena, Arouca, Barreiro, Chaves,

Maia, Serpa e Viana do Castelo.

Esta lista de cidades pré-seleccionadas foi enviada pela DGOTDU à equipa de gestão do projecto

europeu, tendo sido apenas 3 as cidades seleccionadas para o teste europeu (Maia, Serpa e

Barreiro). Simultaneamente, e dado o interesse demonstrado pelas restantes cidades candidatas em

participar no teste, a DGOTDU propôs à equipa de gestão do projecto que as 5 candidaturas

nacionais não seleccionadas possam participar no teste a nível nacional com o apoio da DGOTDU

(mas sem o apoio dos peritos europeus). Aguarda-se ainda uma decisão.

Nos dias 15/16 de Março foi apresentada em Bruxelas aos municípios participantes a ferramenta-

web (versão 1.0) que estes vão utilizar por um período de 6 meses. É esperado para o mês de Junho

uma visita a Portugal dos peritos Europeus com o objectivo de prestar apoio inicial à utilização da

ferramenta-web. Após este período de teste espera-se que para o ano de 2012 a ferramenta-web

evolua para uma versão 2.0 mais dinâmica e consistente, de utilização ampla a todos os municípios

europeus interessados.

3.3. SNIT

O Sistema Nacional de Informação Territorial (SNIT) é um sistema de informação oficial de âmbito

nacional, previsto na Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e Urbanismo (LBPOTU),

que se destina a servir finalidades de acompanhamento e avaliação da política de ordenamento do

território e urbanismo e de informação sobre o território e o estado do seu ordenamento. O

desenvolvimento e a manutenção do SNIT é uma atribuição da DGOTDU.

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O SNIT visa quatro objectivos principais:

. Assegurar o direito de informação e o direito de acesso dos cidadãos aos instrumentos de gestão territorial e à informação sobre a sua aplicação;

. Ser um sistema colaborativo, partilhado em rede entre as entidades responsáveis pela gestão territorial, que ajude a concretizar melhor o dever de coordenação interna e externa consagrado no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial e agilize os fluxos de informação e os processos de decisão, com reflexos na qualidade dos serviços prestados e na eficácia do sistema de gestão territorial;

. Promover e apoiar a normalização da informação territorial e dos procedimentos de gestão territorial;

. Suportar e incentivar a reorganização interna dos processos e métodos de trabalho da DGOTDU, melhorando a eficiência do seu funcionamento.

O SNIT entrou em funcionamento em Janeiro de 2008, com a disponibilização do acesso em linha

aos 277 Planos Directores Municipais do Continente (planta de ordenamento, planta de

condicionantes e regulamento), ao PNPOT e a outra informação territorial relevante (carta do

regime de uso do solo - CRUS e carta das unidades de paisagem de Portugal Continental - CUP).

Desde então foram sucessivamente disponibilizados no SNIT os planos de ordenamento do território

cuja elaboração é da responsabilidade da Administração Central que se encontram depositados na

DGOTDU (planos especiais de ordenamento do território e planos regionais de ordenamento do

território), pelo que o primeiro objectivo do SNIT se encontra cumprido desde meados de 2009.

No cumprimento do segundo objectivo enunciado foi desenvolvida a Plataforma Colaborativa da

Gestão Territorial (PCGT) que é constituída por duas áreas: a área "Procedimentos de gestão

territorial", que reúne, sistematiza e disponibiliza informação sobre o estado dos procedimentos de

gestão territorial em curso, e a área "Submissão de planos territoriais", que permite às entidades

públicas responsáveis pela aprovação de planos de ordenamento do território proceder ao envio

automático desses planos para publicação no Diário da República e para depósito na DGOTDU,

constituindo um passo para a desmaterialização do procedimento de formação dos planos

territoriais. O sistema de submissão dos planos territoriais (SSAIGT) entra em funcionamento oficial

a partir de 1 de Julho de 2011.

O SNIT é objecto de regular actualização do seu suporte tecnológico e de permanente evolução,

com incorporação de novas funcionalidades e conteúdos informativos, ao abrigo de um plano

estratégico de médio prazo. A manutenção do SNIT implica também a permanente actualização da

informação face à dinâmica dos procedimentos de gestão territorial, o que está a ser feito

diariamente.

3.4. Sistema Nacional de Indicadores do OTDU

A Lei de Bases de Política do Ordenamento do Território e de Urbanismo (LBOTU) estabelece o

dever de avaliação periódica da política de ordenamento do território, através da elaboração de

Relatórios de Estado do Ordenamento do Território (REOT) em cada um dos 3 âmbitos – nacional,

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regional e local – do Sistema de Gestão Territorial (SGT) (art.º 28.º) e determina, no âmbito do

acompanhamento dessas políticas, a “criação de um sistema nacional de dados sobre o território,

articulado aos níveis regional e local” (art.º 29.º, n.º 2). A criação deste sistema revela-se uma

tarefa particularmente oportuna e urgente, considerando:

. No âmbito nacional, a necessidade de assegurar o acompanhamento e monitorização da implementação do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), aprovado em 2007, bem como a monitorização da Política de Cidades POLIS XXI e a futura implementação do Observatório do Ordenamento do Território e Urbanismo;

. No âmbito regional, a necessidade de assegurar o acompanhamento e monitorização da

implementação dos Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROT), elaborados e

progressivamente aprovados em 2008-2011;

. No âmbito municipal, a necessidade de apoiar a revisão dos Planos Directores Municipais

(PDM), tendo presente que 72% dos PDM do Continente se encontram presentemente nesse

processo;

. Complementarmente, a necessidade de articulação com estratégias e programas nacionais,

com impacte regional, com destaque para o Quadro de Referência Estratégico Nacional

(QREN) e a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS).

O sistema de indicadores e dados de base do ordenamento do território e desenvolvimento urbano,

projecto que arrancou em 2010 sob a liderança da DGOTDU, tem como objectivo construir uma

ferramenta de suporte para a monitorização e avaliação das políticas públicas de ordenamento do

território e desenvolvimento urbano nos seus diversos âmbitos e das políticas públicas com maior

impacte na transformação dos territórios e das cidades.

Para atingir este objectivo estratégico, foi constituído, no 2º semestre de 2010, um grupo de

trabalho liderado pela Equipa Técnica Interna da DGOTDU e composto por representantes das

diversas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), das Direcções Regionais das

Regiões Autónomas (DRRA) com competência nestas matérias, da Associação Nacional de Municípios

Portugueses (ANMP), do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Departamento de Prospectiva e

Planeamento (DPP) do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território.

3.5. Cooperação Internacional

A DGOTDU participa e assegura a representação de Portugal num número significativo de programas

e projectos, grupos de trabalho e organizações comunitárias, europeias e internacionais, que

traduzem, em maior ou menor grau, objectivos de sustentabilidade.

3.5.1 Cooperação Europeia sobre Coesão Territorial

Este processo de cooperação política, em que a DGOTDU é o ponto focal nacional, conduziu ao

acordo sobre a Agenda Territorial da União Europeia, adoptada em Leipzig em Maio de 2007, pelos

Ministros da UE responsáveis pelo Ordenamento do Território.

Contributo da DGOTDU para o 2º Relatório bienal da ENDS Áreas do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano - Maio de 2011

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O processo teve continuidade durante a Presidência Portuguesa, no 2º semestre de 2007, através da

preparação do 1º Programa de Acção para a implementação da Agenda Territorial da UE, que foi

acordado durante a Reunião Informal de Ministros sobre Coesão Territorial e Política Regional,

realizada em Ponta Delgada em Novembro de 2007, e através da realização de uma reunião alargada

do Grupo de Desenvolvimento Urbano (Urban Development Group), realizada em Lisboa em final de

Outubro de 2007, na qual se fez o ponto de situação sobre a implementação da Carta de Leipzig nos

Estados Membros.

A Agenda Territorial é um quadro de referência para a acção política, orientado para contribuir para

o desenvolvimento económico sustentável e para a criação de emprego, bem como para o

desenvolvimento social e ambiental das regiões da EU, em apoio à implementação das Estratégias

de Lisboa e de Gotemburgo. O Programa de Acção da Agenda Territorial desenvolveu duas linhas de

acção: uma, de natureza política, orientada para o fortalecimento do diálogo com os actores sociais

e para a criação de condições políticas para a implementação da Agenda Territorial; a outra, de

carácter técnico, a desenvolver com base nas prioridades e nas acções-chave previstas na própria

Agenda Territorial, de acordo com necessidades identificadas de desenvolvimento de políticas e

com os dossiers fundamentais da UE com impacte no desenvolvimento territorial.

Na próxima Reunião Informal de Ministros, em 19 de Maio de 2011, prevê-se alcançar acordo sobre a

nova Agenda Territorial Europeia 2020 - uma evolução do documento anterior que traduz um

alinhamento com os objectivos da Estratégia para um Crescimento Inteligente, Sustentável e

Inclusivo – Europa 2020.

3.5.2. Cooperação Europeia no domínio do Desenvolvimento Urbano

A cooperação entre os Estados membros da UE no domínio do desenvolvimento urbano conduziu à

elaboração da Carta de Leipzig sobre Cidades Europeias Sustentáveis, que foi adoptada na Reunião

Informal de Ministros realizada em Leipzig, em Maio de 2007.

Este processo teve continuidade na reunião realizada em Marselha em Novembro de 2008, na qual

foi decidido desenvolver o RFSC, já anteriormente referido (cf. 3.2.)

Na Reunião Informal de Ministros realizada em Junho de 2010, os Ministros adoptaram a Declaração

de Toledo, que estabelece as orientações no sentido da preparação de uma futura Agenda Urbana.

Estas orientações têm vindo a ser concretizadas, tendo conduzido recentemente ao Comunicado dos

Directores-Gerais do Desenvolvimento Urbano, adoptado em Budapeste em Maio de 2011.

3.5.3. Programa Operacional URBACT II

O URBACT II é um programa Europeu de troca e aprendizagem na promoção do desenvolvimento

urbano sustentável. Este Programa Operacional URBACT II foi adoptado pela Comissão Europeia em

2 de Outubro de 2007 e irá decorrer no período 2007-2013. A Autoridade de Gestão do Programa

URBACT II, designada pelo conjunto dos Estados Membros que participam no Programa, é o Ministère

en Charge de la Politique de la Ville, Délègation Interministérielle à la Ville, de França.

O URBACT II permite que as cidades trabalhem em rede, desenvolvendo soluções comuns para os

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desafios urbanos contemporâneos e reafirmando a sua posição chave face à complexidade crescente das mudanças societárias. O URBACT apoia as cidades no desenvolvimento de soluções pragmáticas, inovadoras e sustentáveis que integrem igualmente as dimensões económica, social e ambiental. Neste âmbito, é promovida a partilha de boas práticas e aprendizagem entre todos os profissionais envolvidos nas políticas urbanas através da Europa. O URBACT é constituído por 290 cidades, 29 países e 5.000 participantes activos. O Programa é co-financiado pela União Europeia (FEDER).

A DGOTDU, na sua qualidade de Autoridade Nacional de Gestão do Programa URBACT II em Portugal,

assegura a representação nacional no Comité de monitorização, articula-se com as entidades

nacionais que asseguram o Controlo Financeiro de 1º e 2º Níveis e constituiu recentemente o Ponto

de Disseminação Nacional (NDP) através do site alojado na sua homepage, no endereço:

http://urbact-ndp.dgotdu.pt

3.5.4. Rede EUKN

A rede de EUKN visa a disseminação e promoção de boas práticas europeias na intervenção para um

desenvolvimento urbano sustentável, por parte dos decisores políticos e actores intervenientes ao

nível local, regional ou nacional. Esta rede consiste na cooperação entre os seus Membros que

reúnem regularmente no Steering Group (representantes nacionais) e através dos Pontos Focais

Nacionais que articulam os agentes e actores urbanos a nível nacional. Em Portugal, o PFN é a

Direcção-Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU).

A missão do EUKN é criar uma cada vez mais ampla e consolidada base de conhecimento que apoie a

implementação das políticas urbanas na Europa. Com esse objectivo, o EUKN constituiu uma extensa

base de dados de conhecimento urbano (http://www.eukn.org/) que, no final de 2006, conta com

mais de 5000 documentos, acessíveis através de um motor de busca multilingue, em seis línguas

europeias (alemão, espanhol, francês, holandês, inglês e português).

Cada membro desenvolve ainda um web-site associado à página central, no qual o Ponto Focal

Nacional disponibiliza informação sobre política urbana nacional e outra informação relevante. O

Ponto Focal Nacional (acessível em http://www.eukn.org/portugal/pt.en) coordenou a elaboração

de um documento de orientação sobre as competências de aprendizagem com base na análise da

plataforma EUKN (cf. referido em 3.6)

3.5.5. Programa ESPON 2013

O Programa ESPON 2013 (Rede Europeia de Observação sobre Coesão e Desenvolvimento

Territorial), adoptado pela Comissão Europeia a 7 de Novembro de 2007, tem como principal

finalidade apoiar o desenvolvimento de políticas relacionadas com o objectivo da coesão territorial

e do desenvolvimento harmonioso do território europeu, de modo a contribuir para a

competitividade, a cooperação territorial e um desenvolvimento sustentável e equilibrado da

Europa. O apoio proporcionado pelo ESPON concretiza-se através (i) da disponibilização de

informação e dados comparáveis, análises e cenários sobre dinâmicas territoriais, a nível europeu, e

(ii) da disponibilização de informação sobre o capital e o potencial territorial existente para o

desenvolvimento de regiões e territórios alargados.

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O ESPON é co-financiado a 75% pelo FEDER, no âmbito do Objectivo 3 da Cooperação territorial,

sendo o restante financiamento assegurado pelo conjunto dos 31 países participantes (os 27 Estados

Membros e os Países Parceiros, a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega e a Suíça).

A DGOTDU é o representante de Portugal no Comité de Monitorização do Programa, considerado

como o único órgão de tomada de decisão do Programa a quem compete também a responsabilidade

final na orientação do seu desenvolvimento. A DGOTDU assegura também o pagamento da

contribuição nacional.

3.5.6.Convenção Europeia da Paisagem

A Convenção Europeia da Paisagem, assinada em Florença em Outubro de 2000, entrou em vigor

em 1 de Março de 2004.

Portugal assinou a Convenção em Outubro de 2000, e ratificou-a em Fevereiro de 2005, estando

vigente desde Julho desse mesmo ano.

A Convenção visa promover a protecção, gestão e ordenamento das paisagens europeias e

organizar a cooperação europeia no domínio da paisagem. Aplica-se a todo o território (terrestre,

marítimo e aquático) e a todas paisagens (naturais, urbanas, suburbanas ou rurais), ou seja,

reconhece a importância de todas as paisagens e não só das consideradas excepcionais, como

factor importante para a qualidade de vida das populações. A Convenção define os conceitos de

paisagem e de protecção, gestão e ordenamento da paisagem, introduz o conceito de qualidade da

paisagem e a noção de política da paisagem e cria o prémio europeu da paisagem.

A DGOTDU assegura desde 2000 a representação na Convenção Europeia da Paisagem e participa nas

actividades de implementação da Convenção, seja nas suas Conferências, que se realizam de 2 em 2

anos, seja nos seminários anuais para a sua implementação, bem como nos seus grupos de trabalho

técnico, como por exemplo, no grupo de trabalho criado em 2009, para preparar o sistema de

informação da Convenção. Na 5.ª Conferência, que se realizou em 2009, a representante da

DGOTDU foi eleita Vice-Presidente da Conferência da Convenção para o período 2009-2011, tendo

nessa qualidade participado nas celebrações dos 10 anos da Convenção, em Outubro de 2010, em

Florença.

3.5.7. Conferência Europeia dos Ministros responsáveis pelo Ordenamento do Território do Conselho da Europa (CEMAT)

A Conferência Europeia dos Ministros responsáveis pelo Ordenamento do Território do Conselho da

Europa (CEMAT), constituída pelos representantes dos 47 Estados membros do Conselho da Europa,

tem como objectivo fundamental o ordenamento sustentável do território do continente europeu.

A CEMAT reúne de três em três anos. A última sessão, a 15.ª, teve lugar em Moscovo, em Julho de

2010, durante a Presidência da Federação da Rússia da CEMAT. Esta 15.ª sessão teve especial

relevância por associar a comemoração dos 40 anos da CEMAT. Dos documentos aprovados em

Moscovo salientam-se a Declaração de Moscovo sobre “Os desafios do futuro: O ordenamento

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sustentável do território do continente europeu num Mundo em mudança”, e duas resoluções sobre

respectivamente, “A contribuição dos serviços essenciais para O ordenamento sustentável do

território do continente europeu” e a “Carta pan-europeia do património rural para um

desenvolvimento territorial sustentável”.A Presidência da CEMAT é rotativa, sendo assegurada pelo

Ministro responsável pelo ordenamento do território do Estado membro que para tal for eleito pelos

seus pares. O órgão executivo da CEMAT é o seu Comité de Altos Funcionários, responsável pela

implementação das políticas decididas pelos Ministros reunidos nas sessões da CEMAT e pelas

actividades do Conselho da Europa no âmbito do ordenamento do território e do desenvolvimento

territorial sustentável.

A DGOTDU é o representante de Portugal no Comité dos Altos Funcionários da CEMAT, órgão a que

presidiu entre 2003 e 2006, tendo feito parte também da sua Task-Force, na qualidade de

presidente anterior. A Task-Force é um grupo informal de apoio à Presidência, cabendo-lhe,

particularmente, a preparação dos documentos para as sessões da CEMAT.

3.5.8. Comité da Habitação e Ordenamento do Território (CHLM)

O Comité da Habitação e Ordenamento do Território é o órgão inter-governamental de todos os

Estados membros da Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas, sendo um fórum para a

elaboração, divulgação e troca de informações e experiências sobre as políticas de habitação, de

desenvolvimento urbano e de ordenamento do território.

A DGOTDU assegura a chefia da delegação nacional neste Comité, participando, em articulação com

o IHRU, nas suas sessões plenárias e em grupos de trabalho e workshops sobre temáticas específicas.

3.6. Actividade editorial

A DGOTDU, na qualidade de autoridade nacional de ordenamento do território e urbanismo,

mantém uma significativa actividade editorial e de divulgação de informação técnica, tendo como

principais destinatários as outras entidades públicas, os técnicos particulares, a comunidade

científica e os estudantes e docentes do ensino universitário e superior. Esta actividade apoia o

exercício das restantes competências da Direcção-Geral, em prol da melhoria das práticas de gestão

territorial e do aperfeiçoamento do nosso sistema de gestão territorial.

Da actividade editorial da DGOTDU relativa ao período 2009/2010 destacam-se os títulos maior relevância na relação com o desenvolvimento sustentável.

Série Política de Cidades

. Alterações climáticas e desenvolvimento urbano, DGOTDU, 2009

. Governância e participação na gestão territorial, DGOTDU, 2009

Documentos de Orientação

. Desenvolver Competências de Aprendizagem através da plataforma EUKN: perspectivas metodológicas | Developing Learning Capabilities through the EUKN platform: methodological perspectives, José Manuel Henriques |Beverly Trainer, CET/ ISCTE | DGOTDU, 2009

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Títulos Gerais

. Os Dez Anos da Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo: Génese e Evolução do Sistema de Gestão Territorial, 1998-2008. Actas do Encontro Anual da Ad Urbem, Coordenação: Fernando Gonçalves, João Ferreira Bento, Zélia Gil Pinheiro (Ad Urbem), DGOTDU, 2010

Documentos Técnicos

. Análise das relações da política de solos com o sistema económico, Pedro Bingre do Amaral, Documento Técnico DGOTDU 5/2011

. A lei do solo: vertente financeira e fiscal, Carlos Lobo, Documento Técnico DGOTDU 4/2011

. Estudo da Articulação da Lei dos Solos com o Sistema de Gestão Territorial, Fernanda Paula Oliveira, Documento Técnico DGOTDU 3/2011

. Tabela das relações entre a legislação portuguesa conexa - Relatório Preliminar, Isabel Moraes Cardoso, Documento Técnico DGOTDU 2/2011

. Eficiência Energética e Ordenamento do Território, DGOTDU - Janeiro de 2011, Documento Técnico DGOTDU 1/2011

. AARJIGT - Avaliação das Alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial 1ª Fase, DGOTDU - Setembro de 2010, Documento Técnico DGOTDU 3/2010

. Participação no Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração do Plano Nacional da Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves: Fase 1 – Ideias-chave e vectores estratégicos, DGOTDU - Novembro de 2010, Documento Técnico DGOTDU 2/2010

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4. Síntese das Principais Actividades DGOTDU e Cruzamento com as Prioridades e Vectores da ENDS

Principais actuações da DGOTDU com relevância ENDS (2009-2011) Objectivos ENDS

Articulação Forte

Articulação Média

Política de Cidades

AIDU - Acções Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano

AIDU Projecto CicloRia 5.3.1 3 e 4

AIDU Eficiência Hídrica em Edifícios e Espaços Públicos - O caminho para a Gestão Sustentável da Água

AIDU Mirandela XXI AMU

AIDU Mobi-Guimarães

AIDU E3DL - Eficiência energética e ambiental nos centros urbanos de Dão-Lafões

AIDU Slow-fast Landscape

AIDU eParticipação EDD: Governação urbana com incremento da participação dos cidadãos

AIDU Mirandela ecoXXI - Ambiente Urbano

AIDU Rede local de segurança e coesão social

AIDU EcoMobiReal - Sustainable Mobility for a Low Carbon City

AIDU Sistema de vídeo-vigilância parcial do Centro Histórico da Cidade de Coimbra com Grau de Protecção I

AIDU Mirandela XXI GEPE

AIDU Mirandela XXI SPRCC

AIDU 1ª AVENIDA - Dinamização económica e social da Baixa do Porto

AIDU OLA - Operação de Desenvolvimento Urbano "Lousã Acessível"

AIDU Parque Urbano Ecoeficiente da Cidade de Lamego

AIDU Portalegre Re[i]ntegra

AIDU Inventar a Cidade

AIDU Transporte a Pedido no Médio Tejo - Arranque

AIDU Gestão integrada da mobilidade da Cova da Iria

AIDU Sistema Integrado de Gestão de Estacionamento na Cidade de Torres Vedras - SIGE

AIDU AMPorto acessível

RUCI - Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação

Acções Preparatórias

RUCI ECOS – Energia e Construção Sustentáveis 5.3.2. 2, 3 e 7

RUCI Corredor azul – Rede urbana para a inovação e competitividade

RUCI Um quadrilátero urbano para a competitividade, a inovação e a internacionalização – Barcelos, Braga - Guimarães, Vila Nova de Famalicão

RUCI Douro Alliance - Cidade do Douro, Cidade do Mundo

RUCI Rede Algarve Central

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Principais actuações da DGOTDU com relevância ENDS (2009-2011) Objectivos ENDS

Articulação Forte

Articulação Média

Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Urbano Sustentável

Participação no Programa Operacional URBACT II

Autoridade Nacional 5.3.4. 2 e 4

Representação de Portugal no Monitoring Committee

Articulação da participação nacional e Sistema de Controlo Financeiro

Projectos

Creative Clusters

Câmara Municipal de Óbidos

Centro de Inovação e

FIN-URB-ACT Câmara Municipal de Aveiro

RUnUP Câmara Municipal de Águeda

UNIC Câmara Municipal de Aveiro

URBAN N.O.S.E Câmara Municipal de Alcobaça

Creative Development Câmara Municipal de Fundão

C.T.U.R Câmara Municipal de Matosinhos

APDL - Administração dos Portos do Douro e Leixões, SA.

EGTC Câmara Municipal de Chaves

HOPUS Universidade do Minho

J4C Porto Vivo, SRU

MILE Câmara Municipal de Amadora

SIMPLUM Câmara Municipal de Mirandela

Roma-Net Câmara Municipal de Amadora

Together Câmara Municipal de Covilhã

SURE Câmara Municipal de Alcobaça

Integração na rede EUKN

Representação de Portugal no Steering Group 5.3.4. 6, 1 e 7

Coordenação do Ponto Focal Nacional

Outras áreas de actuação da DGOTDU

GT OTDU na ENAAC 3.1, 3.5 2

RFSC - Quadro de Referência para as Cidades Sustentáveis 3 2.6

SNIT 7.1, 7.4 1

Sistema Nacional de Indicadores OTDU 7.1 1

Edição de documentos 7.1 1

Cooperação Internacional

Cooperação Europeia sobre Coesão Territorial

6.1 6.2 e 6.3

2 e 4

Cooperação Europeia sobre Desenvolvimento Urbano 2 e 4

Convenção Europeia da Paisagem 3

CEMAT 2 e 4

Programa ESPON - Coordenação do Ponto Focal Nacional 7 e 1

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5. Contributo para o Quadro das Metas 2010

Indicadores Meta 2010

Informação Complementar Observações

5.3. Cidades Atractivas, acessíveis e sustentáveis

5.3.3. Redes de cooperação entre cidades vizinhas para a promoção da competitividade territorial e da inovação

12 (2013) 2 (Agosto 2010)

Nº de contratos já celebrados no âmbito das RUCI/POR

5.3.4. Redes temáticas para a valorização do património e recursos comuns 10

5.3.5. Programas de revitalização urbana que criem espaços de elevada qualidade urbanística e ambiental e promover parceiras para a reabilitação urbana, envolvendo a reabilitação de fogos

20 mil (2009)

313 (Agosto 2010)

Nº de contratos já celebrados no âmbito PRU/POR

5.3.6. Projectos demonstrativos de novas soluções para problemas urbanos 75 (2015)

20 (Abril 2011)

Nº de contratos já celebrados no âmbito das AIDU/POVT

5.3.7. Apoio anual a agregados jovens através da Iniciativa Arrendamento Jovem 10 mil

Informação a recolher no contributo do IHRU

5.3.8. Operações Piloto de Qualificação e Reinserção Urbana de Bairros Críticos 3 (2015)

Informação a recolher no contributo do IHRU

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6. Considerações finais

Os objectivos da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável foram amplamente

considerados na definição das orientações para as Políticas de Ordenamento do Território e do

Desenvolvimento Urbano.

O PNPOT, enquanto documento estratégico para a Política de Ordenamento do Território, mais do

que uma articulação com a ENDS, preconizou que a ambição de desenvolvimento sustentável para o

país, a par de outras estratégias relevantes, fosse encarada como a matriz do modelo de

organização espacial que é proposta naquele instrumento.

No Programa de Acção do PNPOT (pág 5) refere-se que “tendo por base a identificação dos grandes

problemas que o país enfrenta do ponto de vista do ordenamento do território, a apresentação de

orientações estratégicas para as regiões e sub-regiões do continente e a definição do quadro de

referência demográfico e económico que condiciona a sua evolução estrutural, foi possível propor,

à luz dos princípios e objectivos mais genéricos da ENDS [...], uma visão para o ordenamento e

desenvolvimento do território nacional no horizonte 2025”.

Por seu lado, como vimos anteriormente, também os objectivos da Política de Cidades Polis XXI

revelam uma articulação significativa entre os seus objectivos e os objectivos da ENDS.

O contributo da DGOTDU para o 2º Relatório Bienal da ENDS vem, agora, demonstrar que estas

orientações de política têm tido, na prática, a devida tradução nas actuações da autoridade

nacional com responsabilidade no Ordenamento do Território e no Desenvolvimento Urbano.

Deve ainda sublinhar-se que, para além do papel decisivo dos domínios relativos à inovação e à

competitividade urbana, bem como à cooperação entre cidades - mais directamente integrados no

Objectivo 5 da ENDS - há outras áreas de actuação da DGOTDU, como a intervenção no que se

relaciona com a ENAAC, o desenvolvimento do SNIT ou a cooperação internacional, que

representam, também elas, um importante contributo transversal à ENDS e, em particular, aos

objectivos “Uma administração pública mais eficiente e modernizada”, “Crescimento Sustentável e

Competitividade à Escala Global” ou, ainda, “Papel Activo na Construção Europeia e na

Cooperação”.