vestibular impacto - sociologia

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JACKY30/01/08. A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O SURGIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS. FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!! PROF: EDILSON VIANA Fale conosco www.portalimpacto.com.br VESTIBULAR – 2009 CONTEÚDO A Certeza de Vencer 01 1 I. O CENÁRIO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA: A Europa no século XVIII assistiu a uma série de mudanças no cenário político, econômico e social. Podemos destacar, o Iluminismo, as Revoluções burguesas e principalmente a Revolução Industrial. Esses acontecimentos proporcionaram a criação de um cenário de instabilidade e contradição: aumento da produção, investimento em tecnologia, consolidação do processo de industrialização, ascensão política da burguesia, êxodo rural e conseqüente processo de urbanização, o aparecimento do proletariado e de sua consciência de classe, surgimento de um grande número de desempregados, miséria e injustiças sociais. É neste cenário, que surge a necessidade de formatar uma ciência capaz de interpretar e compreender os problemas da sociedade urbano- industrial, capaz de explicar essa nova ordem social, política e econômica. II. O QUE É A SOCIOLOGIA? A preocupação com os problemas da sociedade existe bem antes da Revolução Industrial, ou seja na antigüidade oriental ou na Clássica (greco-romana) já podemos perceber tal engajamento. Platão em A República, Aristóteles em A política já apontavam problemas envolvendo a vida política dos gregos, na Idade Média vários pensadores Árabes discutiam a religiosidade da época, na modernidade, os pensadores renascentistas identificavam problemas sociais e políticos, durante a crise da sociedade feudal e na formação dos Estados Modernos. Porém, essas propostas de analise dos problemas da sociedade não apresentavam uma organização objetiva, eram preocupações não sistematizadas, sem métodos específicos e sem um objeto de estudo claro. Neste sentido, é somente no século XVIII, que a preocupação com os problemas da sociedade passa a existir como Ciência, passa a ser sistematizado. A Sociologia surge então com um arcabouço teórico, com um método específico e com um objeto de estudos definido. Podemos, pois definir a Sociologia como uma ciência que estuda os fenômenos sociais, procurando refletir sobre eles e tentando explicá-los, através de certos conceitos, técnicas e métodos. Seu campo de estudo é toda a organização da sociedade (a estática) e tudo o que acontece com seus membros (a dinâmica). Como, então, o relacionamento entre os homens se estrutura - tomando formas definidas - e como ele se processa - seu funcionamento - isto é o que interessa a Sociologia. Texto complementar Sociologia é o estudo do comportamento social das interações e organizações humanas. Todos nós somos sociólogos porque estamos sempre analisando nossos comportamentos e nossas experiências interpessoais em situações organizadas. O objetivo da sociologia é tornar estas compreensões cotidianas da sociedade mas sistemáticas e precisas, à medida que suas percepções vão além de nossas experiências pessoais. A sociologia estuda todos os símbolos culturais que os seres humanos criam e usam para interagir e organizar a sociedade.; Ela explora todas as estruturas sociais que ditam a vida social, examina todos os processos sociais, tais como desvio, crime, divergência, conflito, migrações e movimentos sociais, que fluem através de ordem estabelecida socialmente; e busca entender as transformações que este processo provocam na cultura e estrutura social. Em termos de mudança, em que a cultura e estrutura estão atravessando transformações dramáticas, a sociologia torna-se especialmente importante ( Nisbet, 1969). Como a velha maneira de fazer as coisas se transforma, as vidas pessoais são interrompidas, e como conseqüências, as pessoas buscam respostas para o fato de as rotinas e formulas do passado não funcionarem mais. O mundo hoje está passando por uma transformação dramática: o aumento de conflito étnico, o desvio de empregos para países com mão de obra mais barata, as fortunas instáveis da atividade econômica e do comércio, a dificuldade de serviços de financiamento de governo, a mudança no mercado de trabalho, a propagação de uma doença mortal (AIDS.), o aumento da fome das superpopulações, a quebra do equilíbrio ecológico, a redefinição dos países sociais dos homens e das mulheres e muitas outras mudanças. Enquanto a vida social e as rotinas diárias se tornam mais ativas, a percepção sociológica não é completamente necessária. Mas, quando a estrutura básica da sociedade e da cultura

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JACKY30/01/08.

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O SURGIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS.

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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I. O CENÁRIO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA:

A Europa no século XVIII assistiu a uma série de mudanças no cenário político, econômico e social. Podemos destacar, o Iluminismo, as Revoluções burguesas e principalmente a Revolução Industrial. Esses acontecimentos proporcionaram a criação de um cenário de instabilidade e contradição: aumento da produção, investimento em tecnologia, consolidação do processo de industrialização, ascensão política da burguesia, êxodo rural e conseqüente processo de urbanização, o aparecimento do proletariado e de sua consciência de classe, surgimento de um grande número de desempregados, miséria e injustiças sociais.

É neste

cenário, que surge a necessidade de formatar uma ciência capaz de interpretar e

compreender os problemas da sociedade

urbano-industrial, capaz de explicar essa nova ordem social, política e econômica. II. O QUE É A SOCIOLOGIA?

A preocupação com os problemas da sociedade existe bem antes da Revolução Industrial, ou seja na antigüidade oriental ou na Clássica (greco-romana) já podemos perceber tal engajamento. Platão em A República, Aristóteles em A política já apontavam problemas envolvendo a vida política dos gregos, na Idade Média vários pensadores Árabes discutiam a religiosidade da época, na modernidade, os pensadores renascentistas identificavam problemas sociais e políticos, durante a crise da sociedade feudal e na formação dos Estados Modernos. Porém, essas propostas de analise dos problemas da sociedade não apresentavam uma organização objetiva, eram preocupações não sistematizadas, sem métodos específicos e sem um objeto de estudo claro.

Neste sentido, é somente no século XVIII, que a preocupação com os problemas da sociedade passa a existir como Ciência, passa a ser sistematizado. A Sociologia surge então com um arcabouço teórico, com um método específico e com um objeto de estudos definido. Podemos, pois definir a Sociologia como uma ciência que estuda os fenômenos sociais, procurando refletir sobre eles e tentando explicá-los, através de certos conceitos, técnicas e métodos. Seu campo de estudo é toda a organização da sociedade (a estática) e tudo o que acontece com seus membros (a dinâmica). Como, então, o relacionamento entre os homens se estrutura - tomando formas definidas - e como ele se processa - seu funcionamento - isto é o que interessa a Sociologia.

Texto complementar Sociologia é o estudo do comportamento social

das interações e organizações humanas. Todos nós somos sociólogos porque estamos sempre analisando nossos comportamentos e nossas experiências interpessoais em situações organizadas.

O objetivo da sociologia é tornar estas

compreensões cotidianas da sociedade mas sistemáticas e precisas, à medida que suas percepções vão além de nossas experiências pessoais.

A sociologia estuda todos os símbolos culturais que os seres humanos criam e usam para interagir e organizar a sociedade.; Ela explora todas as estruturas sociais que ditam a vida social, examina todos os processos sociais, tais como desvio, crime, divergência, conflito, migrações e movimentos sociais, que fluem através de ordem estabelecida socialmente; e busca entender as transformações que este processo provocam na cultura e estrutura social.

Em termos de mudança, em que a cultura e estrutura estão atravessando transformações dramáticas, a sociologia torna-se especialmente importante ( Nisbet, 1969). Como a velha maneira de fazer as coisas se transforma, as vidas pessoais são interrompidas, e como conseqüências, as pessoas buscam respostas para o fato de as rotinas e formulas do passado não funcionarem mais. O mundo hoje está passando por uma transformação dramática: o aumento de conflito étnico, o desvio de empregos para países com mão de obra mais barata, as fortunas instáveis da atividade econômica e do comércio, a dificuldade de serviços de financiamento de governo, a mudança no mercado de trabalho, a propagação de uma doença mortal (AIDS.), o aumento da fome das superpopulações, a quebra do equilíbrio ecológico, a redefinição dos países sociais dos homens e das mulheres e muitas outras mudanças. Enquanto a vida social e as rotinas diárias se tornam mais ativas, a percepção sociológica não é completamente necessária. Mas, quando a estrutura básica da sociedade e da cultura

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muda, as pessoas buscam o conhecimento sociológico. Isto não é verdade apenas hoje, foi a razão principal de a Sociologia surgir em primeiro plano como uma disciplina diferente nas primeiras décadas do séc. XIX.

EXERCÍCIOS

01. (J.Rendeiro) "A Sociologia é a Ciência dos problemas sociais que emergem com a chegada do século XVIII. Que tem um marco econômico e outro político e social" TELES, Mª Luiza. Sociologia para Jovens. Petropólis - RJ,

Ed. Vozes: 2002. Sobre os aspectos que determinaram o surgimento da Sociologia é correto afirma que: a) O Renascimento Comercial e Urbano, assim como, a ascensão das monarquias absolutistas determinou o surgimento das Ciências Sociais. b) Com as Revoluções Burguesas e a Revolução Industrial a Europa passa por grandes transformações sociais, políticas e econômicos que determinam o surgimento da Sociologia. c) É a partir da desagregação feudal e da conseqüente consolidação do trabalho servil que a sociologia passa a ter seus fundamentos estabelecidos d) A partir da consolidação do modo de produção feudal a Sociologia passa a ter todos os fundamentos necessários para se organizar sistematicamente como ciência. e) É somente com a Revolução Francesa que a sociedade européia passa a ter a consolidação do poder nobiliárquico e o surgimento da sociologia. 02. (UFU) "A Sociologia surgiu a partir da necessidade de se realizar uma reflexão sobre as transformações, crises e antagonismos de classe experimentados pela então nascente sociedade industrial"

MARCELINO, Nelson. Introdução às Ciências Sociais. Ed. Papirus: São Paulo, p-29.

De acordo com seus conhecimento e com o enunciado acima, marque a alternativa que representa as afirmações corretas: I. A sociologia surgiu a partir da necessidade do homem de explicar os fenômenos naturais e físicos, com base nos conhecimentos das características sociais; II. As Ciências Sociais organizaram-se a partir da modernidade, explicando sistematicamente a segregação da ordem feudal. III. O pensamento sociológico está diretamente relacionado ao mundo urbano-industrial e seus problemas políticos econômicos e sociais. a) I e II estão corretas d) Somente a II b) II e III estão corretas e) Somente a III c) I e III estão corretas 03. (UFU) A preocupação com os problemas sociais existem desde quando o homem é homem. A busca de soluções para estes problemas também. Mas no entanto o pensamento Sociológico, está diretamente ligado às conseqüências da Revolução Industrial. Neste sentido, o que distingue o pensamento sociológico, dos pensamentos sociais anteriores?

a) A capacidade do ser humano de relacionar as dificuldades sociais com a possibilidade de solução imediata dessa problemática. b) A possibilidade da sistematização, da elaboração de um método de analise e a definição de um objeto de pesquisa. c) A transição do pensamento medieval para a criação de uma filosofia da problemática social com os iluministas no século XVIII. d) A formação de uma elite de pensadores ligados ao processo de industrialização, que com técnicas matemáticas definiu a sociedade a partir de seus indivíduos. e) A criação de uma técnica filosófica que prima pela valorização do indivíduo no todo social, ao mesmo tempo que prima apenas pelas relações do homem com a sociedade. 04. (UFU) Dentre os conceitos abaixo apresentados um não pode ser relacionado à Sociologia: a) É a ciência que estuda as relações entre os indivíduos e a sociedade. b) É o pensamento científico que analise os problemas sociais oriundos das relações entre as classes sociais. c) È uma forma de compreensão filosófica dos problemas sociais, que podem ser percebidos ao longo do processo histórico. d) È a ciência que analisa as instituições sociais em relação com o ser humano, organizado em sociedade. e) È uma forma de pensamento científico que busca a compreensão dos fatos sociais. 05. (UFES) Sobre a Sociologia é correto afirmar que: a) Surgiu a partir da necessidade de analisar os fenômenos físicos e biológicos e sua relação com o ser humano em sociedade. b) É um pensamento científico que ainda guarda o obscurantismo da Idade Média, mas que consolidou-se com a Revolução Industrial. c) Apresenta-se no mundo contemporâneo como uma ciência que ainda precisa de instrumentos analíticos, pois ainda não apresenta um processo de sistematização definido. d) Deve ser identificada como um ramo da Filosofia que preocupa-se com os acontecimentos sociais e que detém um objeto de estudo definido. e) É uma ciência que apresenta um objeto de estudo definido, um método de analise e a sistematização dos seus postulados.

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As principais correntes teóricas e as possibilidades de análise científico dos problemas sociais.

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Augusto Comte

I. AS CORRENTES TEÓRICAS E SUAS PROPOSTAS DE ANALISE: 1. Positivismo: O primeiro pensador a utilizar com regularidade o termo Sociologia foi o intelectual francês Augusto Comte (1798 - 1857), para muitos o fundador dessa ciência. A teoria sociológica de Comte está diretamente relacionada a dois princípios: a lei dos três estados e a perspectiva dos progressos através da manutenção da ordem. Para este, o conhecimento está sujeito a passar por três estados distintos. O primeiro estado é o teológico, em que o pensamento sobre o mundo é dominado pelas considerações do sobrenatural, religião e Deus; o segundo estado é o metafísico, em que o pensamento filosófico é primordial além do conhecimento da matemática e da lógica; e o terceiro estado é o positivo, em que a ciência, ou a observação cuidadosa dos fatos empíricos tornam-se modos dominantes. A sociedade como um todo também pode ser enquadrada nestes postulados. É importante ressaltar que para Comte este processo evolutivo só será possível naquela sociedade em que a ordem (em todos os seus aspectos) for mantida. 2. Funcionalismo:

O pensamento funcionalista esta relacionado ao pensador francês Émille Durkheim (1858-1917), de acordo com os relatos foi o primeiro intelectual a introjetar a Sociologia como disciplina acadêmica, para ele cada indivíduo exerce uma função específica na sociedade e sua mal execução significa um desregramento da própria sociedade. Sua interpretação da sociedade está diretamente relacionada ao estudo do fato social, que para ele apresenta características específicas: exterioridade e a coercitividade. O fato social é exterior na medida que existe antes do próprio indivíduo e coercitivo na medida em que a sociedade impõe tais postulados, sem o consentimento prévio do indivíduo. Texto Complementar AUGUSTE COMTE – (1798 – 1857) O FUNDADOR DA SOCIOLOGIA

A herança francesa e as ondas de que da revolução francesa levaram Auguste Comte em seu 5º volume do curso de filosofia positiva ( 1830 –1842) a examinar solicitação por uma disciplina dedicada ao estudo científico da sociedade. Comte quis chamar esta disciplina de “ Física social ” para enfatizar que estudaria

a natureza fundamental do universo social, mas ele foi praticamente forçado a determinar o termo híbrido greco-latino, Sociologia.

“ As múltiplas controvérsias entre os sociólogos” praticamente desaparecem quando se trata de determinar a “ paternidade” de sua disciplina. Quase todos eles concordam que a Sociologia começam com a obra de Auguste comte. Além de cunhar o nome da nova ciência, foi de Comte a primeira tentativa de definir o objeto, seus métodos e problemas fundamentais, bem como a primeira tentativa de determinar-lhe a posição no conjunto das ciências”(GALLIANO, 1981. P.30)

O problema central para a Sociologia era aquele que tinha sido articulado pelos pensadores mais antigos do iluminismo: como a sociedade deve ser mantida unida quando se torna maior, mais complexa, mais variada, mais diferenciada, ami8s especializada e mais dividida? A resposta continua, de comte foi de que as idéias e as crenças comuns precisavam ser desenvolvidas para dar a sociedade uma moralidade “ universal”. Essa resposta nunca foi desenvolvida, mas a preocupação com os símbolos da cultura como uma força unificadora para manter a essência do conceito sociológico francês, existe até os dias de hoje.

Uma tática que comte empregou para fazer com que a Sociologia parecesse legítima foi postular a lei doas Três Estados, na qual conhecimento está sujeito , em sua evolução, a passar por três estados diferentes. O primeiro estado é o teológico, em que o pensamento sobre o mundo é dominado pela consideração do sobrenatural, religioso e Deus; o segundo estado é o metafísico, em que as atrações do sobrenatural são substituídas pelo pensamento filosófico sobre a essência dos fenômenos e pelo desenvolvimento da matemática, lógica e outros sistemas neutros de pensamento, e o terceiro estado é o positivo, em que a ciência, ou a observação cuidadosa dos fatos empíricos, e o teste sistemático de teorias tornam-se modos dominantes para se acumular conhecimento. E com o estado positivo o conhecimento pode ter utilidade prática afim de melhorar as vidas das pessoas.

A sociedade como um todo, bem como um o pensamento sobre cada domínio do universo evolui sobre estes três estágios, mas em velocidades diferentes: a Astronomia e a Física primeiro, depois a Química e a Biologia, e finalmente a Sociologia surge como último modo de pensar para entrar no estado positivo. Na visão de Comte, a análise da sociedade estava pronta para ser reconhecida como ciência- uma reivindicação que era desafiada na época de Comte, assim como ainda hoje. E como as leis da organização humana eram desenvolvidas, Comte acreditava que elas poderiam ser usadas para melhorar a condição humana- novamente, um tema tão controverso hoje quanto na época de Comte.

Uma segunda tática legítima empregada por Comte foi postular a hierarquia das ciências, na qual todas as ciências eram ordenadas de acordo com a sua complexidade e seu desenvolvimento no estado

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positivo.Na parte inferior da hierarquia estava a Matemática, a língua de todas as ciências mais altas na hierarquia, e no topo, surgindo da Biologia estava a Sociologia, que no momento de êxtase, Comte definiu como “ Ciência da Humanidade” coroamento de toda formação científica. Pois, se a Sociologia foi a última ciência surgir, era também a mais avançada em relação ao seu assunto, como um modo legítimo de questionamento. A TRADIÇÃO FRANCESA: ÉMILLE DURKHEIM (1858-1917):

O que marca a contribuição de Durkheim à Sociologia é o reconhecimento de que os sistemas de símbolos culturais – ou seja, valores, crenças, dogmas religiosos, ideologias, etc. -são uma base importante para a integração da sociedade ( J. Turner, 1981). À medida que as sociedades se tornam complexas e heterogêneas a natureza de símbolos culturais, ou o que Durkheim denominou de consciência coletiva muda. Em sociedades simples, todos os indivíduos têm uma consciência coletiva comum que regula seus pensamentos e ações, ao passo que em sociedades mais complexas a consciência coletiva deve também mudar se a sociedade deve manter-se integrada. Deve tornar-se mais “generalizada” e “ abstrata” afim de fornecer alguns símbolos comuns dentre as pessoas em atividades especializadas e separadas ao passo em que outro nível se tornam também mais concreta para assegurar que as relações entre, e interiormente, as posições especializadas e organizações nas sociedades complexas sejam reguladas e coordenadas. A condição social , entretanto, é possível em sociedades grandes, complexas, quando há alguns símbolos comuns que todos os indivíduos partilham, juntamente com grupos específicos de símbolos que guiam as pessoas em suas relações concretas com os outros (J.Tuner, 1990). Esse equilíbrio observado entre os aspectos abstratos e específicos ou os gerais e concretos da consciência coletiva não é observado, então várias patologias se tornam evidentes (Durkheim).

Durkheim estudou posteriormente a sociedade no nível mais interpessoal, procurando entender a formação da consciência coletiva. Em seu estudo sobre a religião dos aborígines australianos, Durkheim estava menos interessado na religião do que nos processos interpessoais que produzem a consciência coletiva. O que ele descobriu foi o significado da interação entre as pessoas, como isso produzia o sentimento de que há uma “força “ sobrenatural acima e além delas. Ao compreender o poder desta força que nascia da animação e energia das interações, os aborígines construíram totens e se engajaram em rituais para honrar as forças sobrenaturais, agora simbolizadas pelos totens. Dessa observação, Durkheim concluiu que a adoração aos deuses e ao sobrenatural é, na realidade, a adoração da própria sociedade e dos vínculos gerados pela interação entre as pessoas. Assim, a “ cola” que mantém unida a sociedade é sustentada pela interações concretas entre os indivíduos.

EXERCÍCIOS 01. (J.Rendeiro) O pensamento sociológico surge como conseqüência das Revoluções Burguesas do século XVIII, mas no entanto, é no século seguinte que a Sociologia consolida-se enquanto ciência. Para muitos especialistas é com o pensador francês Augusto Comte que o termo Sociologia é aplicado regularmente pela primeira vez. A partir deste autor a sociologia organiza sua primeira escola de pensamento, o Positivismo. Sobre está corrente de analise sociológica é correto afirma que: a) Adquiriu características revolucionárias, quando percebeu na classe dos proletários um poder transformador. b) Admite as constantes mudanças e transformações sociais, como sendo fundamentais para o desenvolvimento de uma civilização. c) Identifica uma perspectiva conservadora na sociedade, que buscaria naturalmente a ascensão para a etapa teológica. d) Acredita que o pensamento do ser humano e a sociedade alcançariam um processo de evolução gradativa com a manutenção da ordem. e) Estabelece um processo evolutivo, com a lei dos três estados, consolidando-se na fase positiva,. graças a luta de classes. 02. (J.Rendeiro) "Fato social é toda maneira de fazer, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, ou então que é geral em toda a extensão de uma dada sociedade, embora tendo existência própria, independente das suas manifestações individuais" Les Reglés de la methode sociologique, p-14 Sobre o pensamento durkheimiano e sua compreensão de fato social é correto afirmar que: a) É exterior na medida em que é fruto do pensamento religioso e está introjetado na vida individual. b) É coercitivo pois exerce no indivíduo uma pressão inconsciente, obrigando-o a se enquadrar na estrutura estabelecida c) É exterior e coercitivo pois possibilita ao indivíduo a livre aceitação de tais pressupostos na construção de sua realidade. d) É apenas coercitivo, pois a sociedade cria os mecanismos de pressão social enquadrando o ser humano em uma dada realidade e) É somente exterior, haja vista estabelecer critérios imediatos que com rapidez e dinâmica são reconstruídos socialmente.

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MARX WEBER E KARL MARX

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MAX WEBER: A ação social

A análise estará centrada nos atos e ações dos indivíduos. Isto é, a sociedade deve ser entendida a partir do conjunto de ações individuais reciprocamente referidas, com sentido. Ação Social: Uma Ação com Sentido.

Cada sociedade para Weber possui sua especificidade e Importância. Mas o ponto de partida de seus estudos estava nas entidades coletivas, grupos ou instituições. Seu objeto de investigação é a ação social, a conduta humana dotada de sentido, isto é, de uma justificativa subjetivamente elaborada. Assim, o homem passou a ter, enquanto indivíduo, na teoria weberiana, significado e especificidade dando sentido à sua ação social.

As normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. Cada sujeito age levado por um motivo que é dado pela tradição, por interesses racionais ou pela emotividade. O motivo que transparece na ação social permite desvendar o seu sentido, que é social na medida em que cada indivíduo age levando em conta a resposta ou a reação de outros indivíduos. OBS: uma ação orientada por fenômeno da natureza não é social.

Assim ele estabelece quatro tipos de ação social: 1. Ação tradicional: aquela determinada por um costume ou por um hábito arraigado. 2. Ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados sentimentais. 3. Racional em relação a valores: determinada pela crença consciente num valor considerado importante. 4. Racional com relação aos fins: determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios necessários.

No livro "Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" Weber relaciona o papel do protestantismo na formação do comportamento típico do capitalismo ocidental moderno. Weber descobre que os valores do protestantismo - como as práticas de devoção e penitência, a poupança, a severidade, a rigidez, a vocação, o dever e a propensão ao trabalho - aluavam de maneira decisiva sobre os indivíduos. Weber mostra a formação de uma nova mentalidade, dos novos valores éticos instituídos com o capitalismo, em oposição ao despojamento da vida material e à atitude contemplativa do catolicismo, voltados para a oração, sacrifício e renúncia da vida prática. Atenção: • O trabalho toma-se portanto um valor em si mesmo. • O puritanismo condenava o ócio, o luxo, a perda de tempo. • A dedicação religiosa ao trabalho ele chamou de vocação.

Dominação

As formas básicas de legitimação justificam-se com base em distintas fontes de autoridade: Tradicional: "a da ordem eterno". Isto é, o domínio tradicional exercido pelo patriarca e pelo príncipe patrimonial de outrora(...) Carismática: a do dom da graça extraordinário e pessoal, a dedicação absolutamente pessoal e a confiança pessoal na revelação, heroísmo... é o domínio carismático exercido pelo profeta ou - no campo da política - pelo senhor da guerra eleito...

Legalidade, em virtude da fé na validade do estatuto legal e da competência funcional, baseada em regras racionalmente criadas. É o domínio exercido pelo moderno servidor do Estado e por todos os portadores do poder que, sob este aspecto, a ele se assemelham.

KARL MARX E O MATERIALISMO HISTÓRICO Doutrina do marxismo que afirma que o modo de

produção da vida material condiciona o conjunto de todos os procesãos da vida social, política e espiritual. • As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção: matérias-primas, instrumentos como ferramentas ou máquinas) homem, principal elemento das forças produtivas, é o responsável por fazer a ligação entre a natureza e a técnica e os Instrumentos. • As relações sociais de produção são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Assim, as relações de produção podem ser, num determinado momento, cooperativistas (como num mutirão), escravistas (como na Antiguidade), servis (como na Europa feudal), ou capitalistas (como na Indústria moderna). Homens procesão produtivo.

A idéia de alienação Econômica(dupla): a industrialização, a propriedade

privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção ferramentas, matéria-prima, terra e máquina -, que se tornaram propriedade privada do capitalista. Separava também, ou alienava, o trabalhador do fruto do seu trabalho, que também é apropriado pelo capitalista. Política: o principio da representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado como um órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder delegado pêlos indivíduos. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classes esse Estado é uma superestrutura política e jurídica a serviço da classe dominante, Isto é, age conforme seus interesses. PRÁXIS; Pela crítica radical ao sistema econômico, à política e à filosofia que o excluíram da participação efetiva na vida social, isto é, ação política consciente e transformadora.

As classes sociais: Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo eram provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, que dividem os homens em proprietários e nao-proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da formação das classes sociais.

As relações entre os homens se caracterizam por relações de oposição, antagonismo, exploração e complementaridade entro as classes sociais. Mais-valia: É no momento em que o empresário compra a força de trabalho de seu empregado que nasce o procesão de exploração capitalista. Como? "O empregado, ao pagar os salários aos trabalhadores, nunca paga a estes o que eles realmente produziram, isto é, o excedente de valor produzido que não é devolvido ao trabalhador; sendo apropriado pelo capitalista. Será essa mais-valiaque irá caracterizar o capital, pois parte dela é reempregada no procesão de acumulação capitalista. Fetiche da Mercadoria: No entanto, as coisas não aparecem assim tão claras; na realidade, somos levados a pensar que as mercadorias têm qualidades próprias, que o dinheiro possui um poder de compra que é mágico. Essa inversão de sentidos, consiste basicamente em dar a impressão de que as relações sociais de trabalho são apenas relações sociais entre mercadorias. Trabalho morto e vivo (valor)

O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria qualquer. Enquanto os produtos, ao serem usados, simplesmente se desgastam ou desaparecem, o uso da força de trabalho significa, ao contrário, criação de valor.

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Exercícios 01. (JFU-2003) No dia 30 de junho de 2002 - mesmo dia em que a seleção brasileira de futebol conquistou o tetra - morria em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o famoso médium Chico Xavier. Seu velório atraiu nada menos que 100 mil pessoas, movidas, a maioria delas, por suas crenças na reencarnação e na comunicação com os espíritos; por suas esperanças em curas extraordinárias; por seus valores éticos, como a caridade, e, naturalmente, por seus laços afetivos com o grande líder religioso. Músicas e roupas alegres, coloridas, deram ao velório um clima de festa, aparentemente incompatível com um acontecimento fúnebre. O motivo era simples: para o espiritismo kardecista não existe luto, sendo a morte vista apenas como mais uma etapa cumprida num longo processo de aperfeiçoamento do espírito. Por Isso, a morte de Chico Xavier não deveria ser lamentada, apesar de sentida.

(Revista Isto é, de 10 de julho de 2002.) Analisando os acontecimentos, de acordo com a teoria de Max Weber e, considerando tais acontecimentos dotados de sentido, pode-se afirmar que esse sentido: a) Está mais próximo das ações irracionais, predominando reações surdas a estímulos habituais, independentemente de fins conscientes. b) Está mais próximo das ações racionais, predominando uma orientação consciente dos agentes, independentemente dos seus resultados. c) Vincula-se a ação totalmente irracionais, implicando reações desenfreadas a estímulos não-cotidianos, independentemente de fins conscientes. d) Vincula-se a ações racionais, implicando sempre e únicamente, uma orientação consciente dos agentes quando aos meios e fins. 02. Na sociologia de Max Weber, o conceito de ação social tem sido fundamental em inúmeros estudos importantes sobre as sociedades modernas. Considere as alternativas teóricas abaixo e assinale a alternativa incorreta. a) O conceito de ação social em Max Weber pretende comprovar a coerção, a interioridade, a particularidade e a generalização dos fatos sociais, a partir da conexão natural de sentidos entre os indivíduos. b) Pra Max Weber, a Sociologia é a ciência que pretende interpretar os sentidos improváveis da ação social, suas causas, seus efeitos e suas regularidades, que se expressam na forma de uso, costumes e situações de interesses produzidos por diversos sujeitos. c) Max Weber define ação social como uma conduta dotada de um significado subjetivo dado por um sujeito que o executa, orientando seu próprio comportamento, tendo em vista a ação de outros sujeitos conhecidos ou desconhecidos. d) Para Max Weber, a explicação sociológica busca compreender os sentidos, o desenvolvimento e os efeitos da conduta de um ou mais indivíduos em relação a outros, ou seja, seu caráter social, não se propondo a julgar a validez da ação dos sujeitos. 03. Com relação aos conceitos de solidariedade mecânica e solidariedade orgânica, na obra de Émile Durkheim, assinale a alternativa incorreta. a) A solidariedade orgânica é própria dos organismos sociais primitivas. b) A solidariedade mecânica é a forma de coesão própria das sociedades pré-capitalista. c) A solidariedade orgânica define-se como aquela em que a coesão se dá pela diferenciação das funções. d) A solidariedade mecânica está assentada ne semelhança de funções.

04. (UFU-2003) A teoria social de Karl Marx sustenta que a alienação (ou estranhamento) no capitalismo relaciona-se: a) A uma dimensão inelutável de toda e qualquer sociedade humana, uma vez que o trabalho alienado é condição-natural do homem. b) Estritamente á esfera econômica, não comportamento desdobramentos sobre os outros momentos da totalidade social. c) Fundamentalmente ao fenômeno do estado, porque esta cria o fetichismo da mercadoria. d) Como primeira manifestação, á separação entre o produtor direto e estas dimensões: o produtor do trabalho, o processo do trabalho, os outros produtores diretos, o gênero humano. 05. (UEL-2003) Uma das hipóteses cientificas mais reconhecidas na Antropologia argumenta que a proibição do incesto estava presente na emergência da cultura, quando o homem deixou de ser apenas mais um animal social e se tornou um ser cultural, produtor de símbolos. Sobre este processo fundamental da humanidade, assinale a alternativa teórica incorreta. a) A proibição do incesto deve ser considerada como um dos fundamentos da cultura, conforme a concepção que as diversas sociedades têm da consangüinidade, do incesto, da exogamia e das regras de parentesco que os organizam. b) A proibição do incesto define-se como uma regra cultural praticamente universal, responsável pela exogamia observada na grande maioria das sociedades e que está na base do sistema de aliança por parentesco. c) A proibição do incesto é uma das regras culturais mais presentes nas sociedades humanas e faz parte do repertório crescente de desnaturalização dos costumes observado com clareza maior nas sociedades modernas. d) A proibição do incesto tornou-se uma regra cultural decorrente de nosso condicionamento genético, que leva as sociedades humanas á percepção de que a reprodução consangüínea provoca a degenerescência da espécie. 06. (UEL-2003) Segundo a teoria Weberiana, são corretas as afirmações, exceto. a) O historicismo é entendido como uma tarefa do cientista do cientista como forma de compreensão das sociedades. b) A tarefa do cientista é descobrir os possíveis sentidos das ações humanas presentes na realidade social que lhe interesse estudar. c) A ação social gera efeitos sobre a realidade em que ocorre, e tais efeitos escapam ao controle e á previsão do agente. d) Os fatos sociais são coisas que devem ser vista e analisadas. e) O que garante a cientificidades de uma explicação é o método de reflexão e não diretamente o fato social. COMENTARIOS: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________

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A DIVISÃO DO TRABALHO E AS VÁRIAS FORMAS DE TRABALHO: ESCRAVO, SOCIAL E ASSALARIADO.

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I. ASPECTOS GERAIS: Qualquer organização social, desde os primórdios,

apresenta uma estruturação social definida, assim como, uma relação de trabalho predominante. Assim, pensar historicamente a questão do trabalho é pensar como a atividade humana se desenvolveu e se organizou em diferentes sociedades. Antes de analisarmos algumas situações e formas de trabalho, é necessário que se responda à algumas perguntas: Para que existe o trabalho? e quem " inventou" o trabalho?

A primeira questão, poder-se-ia responder, afirmando, que o trabalho é a maneira como o homem se relaciona com a natureza, produzindo a partir daí algum tipo de riqueza. Podemos afirmar o mais genericamente possível, que o trabalho existe para satisfazer as necessidades humanas, desde as mais simples, como as de alimento e abrigo, até as mais complexas como as de lazer e de crença; enfim, necessidade físicas e espirituais. Ainda, o trabalho é uma criação do ser humano para atender suas contingências mais amplas. De maneira geral, podemos afirmar que existem três paradigmas historicamente construídos, quais sejam, a escravidão, a servidão e o trabalho assalariado. 1. O Trabalho Escravo:

Modelo de organização produtiva relacionado às relações de trabalho características da Antiguidade Clássica e da América nos séculos XVI à XIX. Nessa Relação de trabalho ocorre a "coisificação" do ser humano, o homem transforma-se em objeto, perde sua identidade e vira mercadoria. A escravidão geralmente apresenta uma justificativa racista e etnocêntrica. 2. O Trabalho Servil:

Sistema de relações de trabalho predominantes na Europa Medieval (V à XV), característico da sociedade feudal. Na sua composição, o trabalhador que na origem é livre, passa a tornar-se dependente de um senhor devido às suas dívidas, gerando portanto a dependência. O servo não pode ser vendido, emprestado ou negociado separadamente da terra ao qual este vinculou-se. É importante destacar, que o trabalho servil do ponto de vista sociológico 3. O Trabalho Assalariado:

Esta relação de trabalho surge no contexto da consolidação do capitalismo, durante a Revolução Industrial e é caracterizada pela venda da força de trabalho por parte do operário (leia-se proletariado) para o capitalista , o dono dos meios de produção (leia-se fábrica, as máquinas, equipamentos, os instrumentos, etc)

TEXTO COMPLEMENTAR

O TRABALHO COMO PROBLEMÁTICA PARA A SOCIOLOGIA

A palavra trabalho vem do latim tripalium:

Tripalium era um instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de pontas de ferro, no qual os agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, para rasgá-los, esfiapá-los. A maioria dos dicionários, contudo, registra tripalium apenas como instrumento de tortura, o que teria sido originalmente, ou se tornado depois. A tripalium se liga o verbo do latim vulgar tripaliare, que significa justamente “torturar”.

Essa é uma faceta da realidade evocada no termo trabalho, aquela que revela a dureza, a fadiga, a dificuldade, irreversivelmente constitutivas da vida humana. Talvez por isso não seja incomum encontrar no repertório simbólico de diversas culturas tal percepção do trabalho como pena. O único ser vivo capaz de agir além daquilo que seu equipamento biológico permite de imediato é o homem. Ele não é provido de asas e de estrutura óssea favorável ao vôo, mas voa inventando um avião. Ele não está equipado para retirar oxigênio diretamente da água, mas isso não o impede de descer ao fundo dos mares, seja em submarinos, seja por intermédio de equipamentos apropriados como tanques de oxigênio, escafandros, máscaras, etc. Tudo isso indica que o homem é um animal ímpar. Embora permanecendo animal, livra-se dos laços que o prendem à natureza. O trabalho é um fazer exclusivo do ser humano. Determinado materialmente como corpo, como organismo, ele é dotado de vida. E a vida humana suplantada a sua dimensão biológica, corpórea, orgânica e deixa de ser somente fato para ser também um valor. Os gregos, dados às minúcias da intuição e aos refinamentos da razão, deixaram reflexões argutas sobre a questão do trabalho e parecem menos ingênuos do que os contemporâneos. É freqüente encontrarmos, nos textos da Grécia clássica, formulações em que aparecem o desprezo pelo trabalho e o culto da única atividade digna do homem livre: o ócio dos filósofos. Embora tais idéias expressem verdades, vale a pena tomar conhecimento das reflexões de uma categorizada autora contemporânea, Hannah Arendt (1897:94-5), historiadora norte-americana de origem alemã:

“ Ao contrário do que ocorreu nos tempos modernos, a instituição da escravidão na Antiguidade não foi uma forma do obter mão-de-obra barata nem instrumento de exploração para fins de lucro, mas sim a tentativa de excluir o labor das condições da vida humana. Tudo o que os homens tinham em comum com as outras formas de vida animal era considerado inumano. (Essa era também, por sinal, a razão da teoria grega, tão mal-interpretada, da natureza inumana do escravo. Aristóteles, que sustentou tão explicitamente a sua teoria para depois, no leito de morte, alforriar seus escravos, talvez não fosse tão incoerente como tendem a pensar os modernos. Não negava que os escravos pudessem ser humanos; negava somente o emprego da palavra homem para designar membros da espécie humana totalmente sujeitos à necessidade) E a verdade é que o emprego da palavra animal no conceito de animal laborans, ao contrário do outro uso, muito discutível, da mesma palavra na expressão animal rationale, é inteiramente justificado. O animal laborans é, realmente, apenas uma das espécies animais que vivem na Terra – na melhor das hipóteses a mais desenvolvida.”

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Percebe-se que, para os antigos gregos, não estava a adesão irrefletida à escravidão e uma rejeição do trabalho como algo indigno em si mesmo. A se crer nas advertências de Hannah Arendt, eles produziram tal interpretação da realidade humana do trabalho que o problema da tensão entre liberdade da razão e a necessidade do labor se exprimia na contradição entre o animal laborans e o animal rationale.

A justificativa da escravidão, feita por Aristóteles em sua

Política, mais que exprimir a apologia da ascendência de um homem sobre outro, de um homem que se apropria de outro para explorá-lo, para auferir lucro, aponta a percepção de uma contradição que perpassa todas as dimensões da vida humana e que, no caso do trabalho, apresenta-se sempre como um desafio entre liberdade e necessidade.

Os historiadores modernos, assumindo muitas vezes acriticamente os reparos e as acusações que os renascentistas faziam à Idade Média, generalizaram a concepção de que foi um período de trevas. Com tal afirmação queriam indicar que, entre os séculos V e XV, o pensamento na Europa ficou enclausurado pela necessidade que a Igreja tinha de submeter o conhecimento à fé, de modo que o uso do argumento de autoridade generalizou-se, impedindo que se pensasse em direção não-autorizada por essa mesma fé.

O trabalho, que durante a antiguidade grega se realizava sob forma geral da escravidão, assume, na Idade Média, a forma geral da servidão. A queda do Império Romano provocou mudanças na vida das cidades, com o conseqüente enfeudamento. Por toda a Europa desenvolveu-se uma sociedade onde contingentes populacionais punham-se sob a proteção de senhores da terra prestando-lhes homenagem (promessa de fidelidade do vasslo ao senhor feudal). As condições gerais dos exercício da atividade produtiva eram, portanto, análogas, isto é, sob certos aspectos, semelhantes às da Antiguidade grega.

Do ponto de vista intelectual, o panorama medieval foi dominado pelas duas sínteses filosóficas das verdades cristãs elaboradas por Santo Agostinho, no século V, e por Santo Tomás de Aquino, no século XIII. Essas sínteses traduziam o credo cristão utilizando as referências filosóficas dos gregos, respectivamente Platão e Aristóteles. Elas influenciaram as reflexões sobre o homem, incluindo aquelas sobre o fazer humano, sobre o trabalho.

Durante a Antiguidade grega a preocupação de reafirmar a liberdade do homem no âmbito da necessidade levou a uma visão do trabalho que o considerava indigno e servil, à medida que atava o homem ao reino da necessidade.

Na idade Média permanece a influência teórica de Platão e Aristóteles e, por isso o problema é pensado mais ou menos nos mesmos termos, mas já com uma diferença marcante.

Santo Tomás de Aquino considera o trabalho um bem. Um bem árduo, mas um bem. Tanto que o papa João Paulo II utiliza o texto do teólogo medieval como fonte de inspiração para fazer uma veemente e explícita afirmação da intrínseca dignidade do trabalho humano.

Com o fim da Idade Média, irrompeu o Renascimento. Esse complexo movimento de natureza filosófica, científica e artístico-cultural, ocorrido nos séculos XV e XVI, revolucionou a Europa medieval e lançou as bases de uma nova concepção do trabalho. Inaugurou uma era de inversão das concepções sobre o trabalho humano que chegou ao auge nas proposições de glorificação do trabalho próprias da modernidade.

ANOTAÇÕES:________________________________________

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Exercícios

01. (J.Rendeiro) "O trabalho deve ser identificado como uma realização humana, capaz de proporcionar ao homem o que ele necessita" Émille Durkheim Sobre o conceito de trabalho está correto afirmar que:

a) É a possibilidade do indivíduo proporcionar riqueza apenas com sua criatividade pessoal. b) É um meio através do qual o ser humano relaciona-se com a natureza e com a tecnologia para produzir riqueza. c) É a possibilidade de desenvolvimento de uma determinada civilização a partir do desempenho laborial do ser humano. d) É a capacidade do ser humano de diferenciar o que é um fenômeno social de um fenômeno natural e) É tudo o que pode ser transformado em riqueza financeira, para desenvolver qualquer atividade econômica. 02. (FUVEST) Quanto a servidão na Idade Média, marque a alternativa que assinala as afirmativas corretas:

I. O servo assemelha-se ao escravo na medida em que pode ser comercializado livremente, transformando-se em coisa. II. A servidão está relacionado ao trabalho do camponês livre, que vende sua força de trabalho em troca de uma remuneração que ocorre in natura. III. O servo tem sua origem relacionado ao trabalhador livre que com o acúmulo das dívidas fica preso a terra e dependente do senhor feudal.

Estão corretas: a) apenas a I d) apenas a II e III b) apenas a II e) todas as afirmativas c) apenas a III 03. (UNICAMP) O trabalho do proletário está diretamente relacionado ao trabalho assalariado, durante o processo de urbanização e industrialização a partir do século XVIII. Sobre o tema, está correto:

a) O trabalho assalariado está diretamente relacionado ao mundo liberal e descentralizado politicamente característicos da modernidade. b) O trabalho do proletário caracteriza-se pela venda da força de trabalho, sua propriedade, ao capitalista. c) O proletariado consegue reunir em torno de sí, no trabalho assalariado o que ele necessita para garantir sua sobrevivência. d) O capitalista, dono dos meios de produção, paga ao proletariado o que ele merece pela dedicação ao trabalho regular e) Na relação capitalista, o trabalhador, detentor dos meios de produção, vende a sua força de trabalho para o capitalista. 04. (UFU) Marque a alternativa que consta as afirmativas corretas:

I. A servidão é a relação de trabalho característica da antiguidade, marcada pela submissão do trabalhador à terra. II. A escravidão caracterizou-se como a forma de exploração da força de trabalho do ser humano, justificado geralmente por um discurso racista. III. O trabalho assalariado é caracterizado pela remuneração regular do trabalhador, pela venda de sua força de trabalho

a) I b) I e II c) II e III d) II e) III

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O Trabalho na Sociedade Capitalista e as Transformações Recentes no Mundo do trabalho.

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Hery Fortd

I. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA:

Podemos afirmar que na sociedade capitalista o trabalhador é detentor de sua força de trabalho, que é vendida ao capitalista, dono dos meios de produção, em troca de uma remuneração que é suficiente para garantir a sobrevivência do mesmo e sua consequente reprodução, garantindo desta forma a multiplicação do contingente de trabalhadores. É importante ressaltar que no sistema capitalista existe uma exploração funcional do trabalhador, que garante a composição do lucro do capitalista, qual seja, a mais-valia.

A mais-valia deve ser entendida como tudo aquilo que é subtraído do trabalhador pelo capitalista durante o cotidiano na exploração de sua força de trabalho e na remuneração desse trabalhador, ou também : "(...) é a forma específica que assume a exploração sob o capitalismo, a diferença específica do modo de produção capitalista, em que o excedente toma a forma de lucro e a exploração resulta do fato da classe trabalhadora produzir um produto líquido que pode ser vendido por mais do que ele recebe como salário." Dicionário do Pensamento Marxista, Tom Bottomore, p. 227 "São as horas trabalhadas e não pagas que, acumuladas e reaplicadas no processo produtivo, vão fazer com que o capitalista enriqueça rapidamente. E assim, todos os dias, isso acontece nos mais variados pontos do mundo: uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo denomina-se acumulação de capital. Em outros termos, portanto, capital nada mais é do que o trabalho não pago, isto é, aquela parte que o trabalhador produz e que não lhe é paga (mais-valia) vai para os bolsos do patrão" Iniciação à Sociologia, Dácio Tomazi, p 50 II. AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO MUNDO DO TRABALHO:

1. Fordismo:

No início do século XX, a partir da I Guerra Mundial (1914-1919) o processo de industrialização norte-americana alcança a sua consolidação, devido principalmente a necessidade de suprir o mercado consumidor europeu. É nesse contexto, que Henry Ford passa a implementar em suas fábricas de automóveis uma série de modificações que iriam predominar na organização produtiva e na organização do trabalho em quase todo o mundo capitalista até aproximadamente a década de 70. Dentre as características que marcaram o fordismo, podemos identificar: a extrema divisão das tarefas (leia-se a

especialização); a subordinação do trabalhador à linha de montagem; o desconhecimento da produção final (a alienação); e a produção em massa para um consumo em massa. 2. Pós-Fordismo ou Acumulação Flexível:

A partir da década da 70, principalmente após as sucessivas crises do petróleo (1973 e 1979) a organização da produção e do trabalho nas sociedades capitalistas passaram por uma série de transformações que ficaram conhecidas como pós-fordismo ou acumulação flexível. Neste novo modelo podemos destacar: a massiva automação, com o advento da robótica; o trabalhador passa a limitar a sua atuação ao controle e supervisão; a flexibilização do mercado de trabalho, com o surgimento do trabalho temporário, subcontratação, a terceirização, etc; além disso, passamos a ter a flexibilização da produção e do consumo, com o aumento do marketing e da propaganda o consumo passa a criar novas exigências e conseqüentemente surge um nova forma de se produzir, nada mais em massa, sendo assim a produção passa a ser segmentada. ANOTAÇÕES ______________________________________________

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Exercícios 01. (UFU) "(...) é a forma específica que assume a exploração sob o capitalismo, a diferença específica do modo de produção capitalista, em que o excedente toma a forma de lucro e a exploração resulta do fato da classe trabalhadora produzir um produto líquido que pode ser vendido por mais do que ele recebe como salário." Dicionário do Pensamento Marxista, Tom Bottomore, pág. 227.

O Modo de produção capitalista apresenta em sua organização do trabalho, seja em qual fase for, o acumulo do capital através da mais-valia, sobre este conceito marxista podemos afirmar que:

a) Deve ser entendido a partir da busca constante do detentor dos meios de produção de equilíbrio investimento feita em capital produtivo, deduzindo daí os impostos e tributos cobrados. b) É a possibilidade do trabalhador ou proletário de alcançar a satisfação da sua necessidade fundamental na manutenção de sua natureza de proprietário da sua força de trabalho negociada com o capitalista. c) É toda forma possível de exploração da força de trabalho do operário entendido somente a partir do trabalho comercial e da subtração do seu esforço diária empregado na linha de montagem. d) É a exploração do trabalhador pelo capitalista dono dos meios de produção, que aliena do seu funcionário todo o esforço equivalente ao excedente daquilo que ele produziu subtraído o que ele recebeu pele seu trabalho. e) Deve ser entendido como qualquer forma de exploração capitalista, onde o trabalhador é conscientemente obrigado a aceitar as condições proporcionadas pelo seu empregador e com isso, ele garante uma correta remuneração. 02. (UEL) Quanto ao conceito marxista de mais-valia está correto:

a) É a possibilidade de ganho econômico real por parte do trabalhador b) É a alienação do trabalhador proporcionado pela mecanização da produção c) É a substituição progressiva do trabalho manual pelo trabalho da máquina. d) É a garantia obtida pelo capitalista de ganho real sob a atividade comercial. e) É toda a hora de trabalho que o capitalista aliena do trabalhador. 03. (UFES) Leia as afirmativas e marque a alternativa correta: I. O fordismo é uma forma de organização do trabalho característica da sociedade industrial, que proporciona uma produção em massa e uma profunda especialização do trabalho; II. O trabalhador na organização fordista de produção desconhece a produção final fruto do seu trabalho, assim como, fica presa o linha de montagem com funções repetitivas e rotineiras. III. No fordismo o trabalhador apresenta um elevado grau de qualificação, proporcionado pela aplicação de conhecimentos técnicos na administração do trabalhador e da produção, além de apresentar uma produção flexibilizada.

Estão corretas:

a) I b) II c) I e II d) I, II e III e) II e III 04. (J. Rendeiro) Em mais de dois quartos do século XX, o fordismo predominou como modelo de organização do trabalho nas sociedades capitalistas. Entre as suas características não podemos afirmar:

a) Apresentou uma profunda especialização do trabalho, onde o operário fica preso a linha de montagem. b) A produção em massa e o consumo em massa marcam o modelo fordista de produção, iniciado por Henry Ford em suas fábricas nos Estados Unidos. c) Apresentou uma definida divisão do trabalho, onde o operário desenvolve apenas uma função repetitiva e rotineira. d) A produção no modelo fordista está diretamente relacionada ao avanço das técnicas de robótica e a profunda automação industrial. e) Apresenta um operário alienado, desprovido da noção do produto final, fruto do seu desempenho. 05. (J. Rendeiro) A partir da década de 70 uma série de transformações marcaram a economia mundial, principalmente em decorrência da crise do petróleo em 1979. Essas transformações contribuíram para a criação de uma nova organização do trabalho nas sociedades capitalistas conhecida como acumulação flexível. Sobre este modelo é correto afirmar: a) Proporcionou uma maior automação e incremento tecnológico na produção, em que o trabalhador está preso a linha de montagem. b) Neste modelo o trabalhador apresenta um total conhecimento do produto final de seu ofício, participando de todas as etapas da produção. c) O trabalhador limita-se ao controle e supervisão da produção, quase toda entregue às máquinas, no contexto de automação e da robótica. d) Assim como no fordismo, neste modelo a produção também é em massa responsável por um consumo na mesma direção. e) Neste modelo a produção atende a demanda do consumo, sempre em massa, e com uma constante especialização do trabalhador.

JACKY18/03/08

EXERCÍCIOS

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01. O marxismo contribuiu para a discussão da relação entre indivíduo e sociedade. Diferente de Emile Durkhein e Marx Weber, Marx considerava que não se pode pensar a relação indivíduo – sociedade separadamente das condições materiais em que essas relações se apóiam. Para ele, as condições materiais de toda a sociedade condicionam as demais relações sociais. Em outras palavras, para viver, os homens têm de, inicialmente, transformar a natureza, ou seja, comer, construir abrigos, fabricar utensílios, etc., sem o que não poderia existir Para Marx qual é o ponto de partida para o estudo de qualquer sociedade? a) As condições materiais e espirituais de cada comunidade ou grupo social. b) As relações sociais que os homens estabelecem entre si para utilizar os meios de produção e transformar a natureza, ou seja, a produção é a raiz de toda a estrutura social, que condiciona a política, as classes, a cultura e todo o resto da sociedade. c) Identificar as várias fases do sistema social capitalista e como se estabelecem as relações sociais de produção, bem como a apropriação por parte da burguesia das riquezas produzidas pela classe operária. d) Identificar as classes sociais dentro da produção, passo principal para identificar os vários modos de produção na história, ou seja, do primitivo ao capitalista e as relações de exploração do homem peio homem. e) Identificar dentro da estrutura social o papel na produção da classe dominante e a formação do estado, elemento que cria as classes sociais. 02. "No tempo em que os sindicatos eram fortes, os trabalhadores podiam se queixar do excesso de velocidade na linha de produção e do índice de acidentes sem medo de serem despedidos. Agora, apenas um terço dos funcionários da IBP [empresa alimentícia norte-americana] pertence a algum sindicato. A maioria dos não sindicalizados é imigrante recente; vários estão no pais ilegalmente: e no geral podem ser despedidos sem aviso prévio por seja qual for o motivo. Não é um arranjo que encoraje ninguém afazer queixa. [...] A velocidade das linhas de produção e o baixo custo trabalhista das fábricas não sindicalizadas da IBP são agora o padrão de toda a indústria. "

(SCHLOSSER, Eric. Pa/s Fast-Food. São Paulo: Ática, 2002. p. 221.) No texto, o autor aborda a universalização, no campo industrial, dos empregos do tipo Mcjobs "McEmprego", comuns em empresas fast-food. Assinale a alternativa que apresenta somente características desse tipo de emprego. a) Alta remuneração da força-de-trabalho adequada a especialização exigida pelo processo de produção automatizado. b) Alta informalidade relacionada a um ambiente de estabilidade e solidariedade no espaço da empresa. c) Baixa automatização num sistema de grande responsabilidade e de pequena divisão do trabalho.

d) Altas taxas de sindicalização entre os trabalhadores aliadas a grandes oportunidades de avanços na carreira. e) Baixa qualificação do trabalhador acompanhada de má remuneração do trabalho e alta rotatividade.

03. No final de 2000 o jornalista Scott Miller publicou um artigo no The Street reproduzida no Estado de S. Paulo (13 dez. 2000), com o titulo "Regalia para empregados compromete os lucros da Volks na Alemanha". No artigo ele afirma: "A Volkswagen vende cinco vezes mais automóveis do que a BMW, mas vale menos no mercado do que a rival. Para saber por que, é preciso pegar um operário típico da montadora alemã. Klaus Seifert é um veterano da case. Cabelo grisalho, Seifert é um planejador eletrônico de currículo impecável. Sua filha trabalha na montadora e. nas horas vagas, o pai dá aulas de segurança no trânsito em escolas vizinhas. Mas Seifert tem, ainda, uma bela estabilidade no emprego. Ganha mais de 100 mil marcos por ano (51.125 euros), embora trabalhe apenas 7 horas e meia por dia, quatro dias por semana. 'Sei que falam que somos caros e inflexíveis protesta o alemão durante o almoço no refeitório da sede da Volkswagen AG. 'Mas o que ninguém entende é que produzimos veículos muito bons?”

A relação entre lucro capitalista e remuneração da força de trabalho pode ser abordada a partir do conceito de mais-valia, definido como aquele ' valor produzido pelo trabalhador [e] que é apropriado pelo capitalista sem que um equivalente seja dado em troca:

(BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 1998. p.227).

Com o intuito de ampliar a taxa de extração de mais valia absoluta, qual seria a medida imediata mais adequada a ser tomada por uma empresa de automóveis?

a) Aumentar o número de veículos vendidos. b) Transferir sua fábrica para regiões cuja força de trabalho seja altamente qualificada. c) Incrementar a produtividade por meio da automatização dos processos de produção. d) Ampliar os gastos com capital constante, ou seja, o valor dependido em meios de produção. e) Intensificar a produtividade da força de trabalho sem novos investimentos de capital. 04. Leia o texto a seguir:

Estado e Violência Sinto no meu corpo A dor que angustia A lei ao meu redor A lei que eu não queria Estado violência Estado hipocrisia A lei que não é minha A lei que eu não queria (...) (TITÃS. Estado e violência. In: Cabeça dinossauro. [S.L] WEA, 1986,

l CD (ca. 35' 97"). Faixa 5 (3'07").

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Letra da música Estada Violência", dos Titãs, revela; a percepção dos autores sobre a relação entre o indivíduo e o poder do Estado. Sobre a canção, é correto afirmar: a) Mostra um indivíduo satisfeito com a situação e que apóia o regime político instituído. b) Representa um regime democrático em que o indivíduo participa livremente da elaboração das leis. c) Descreve uma situação em que inexistem conflitos entre o Estado e o indivíduo. d) Relata os sentimentos de um indivíduo alienado e indiferente à forma como o Estado elabora suas leis. e) Apresenta um indivíduo para quem o Estado é autoritário e violento, e indiferente a sua vontade. 05. Método de pesquisa desenvolvido por Weber, baseado no esforço interpretativo do passado e de sua repercussão nas características peculiares das sociedades contemporâneas. a) Compreensivo. b) Dialético. c) Positivista. d) Materialismo histórico. e) Comparativo 06. O materialismo histórico foi a corrente mais revolucionária do pensamento social, tanto no campo teórico como no da ação política. E o Materialismo histórico pode ser conceituado como: a) Período de transição do socialismo para o comunismo, durante o qual as condições materiais são criadas para a construção do socialismo. b) Filosofia formulada por Marx e Engels que desenvolve em estreita conexão com os resultados da ciência e com a prática do movimento operário revolucionário. c) Doutrina marxista do desenvolvimento da sociedade humana, que vê no desenvolvimento dos bens materiais necessários á existência a força primeira que determina toda a vida social, que condiciona a transição de um regime social para outro. d) Corrente hostil ao marxismo que defende a natureza como fonte de sobrevivência. e) Etapa que se segue ao socialismo, quando as classes deixam de existir e o Estado se extingue. 07. Com relação à maneira do homem produzir os bens materiais necessários a sua sobrevivência, ou seja, o Modo de produção Social pode afirmar: I. Seu estudo é fundamental para compreender como se organiza e funciona uma sociedade e sua economia. II. No modo de produção primitivo não era visível a noção de propriedade privada. IlI. O modo de produção asiático foi a primeira forma que se seguiu à dissolução da comunidade primitiva. IV. Quando um modo de produção começa a apresentar contradições e problemas estruturais, a tendência é entrar em decadência e ser substituído por uma outra forma de organização econômica.

São corretas: a) I, II e III. b) l e III. c) l e IV. d) l, II e IV. e) II, III e IV. 08. Segundo a teoria Weberiana, são corretas as afirmações, Exceto: a) O historicismo é entendido como uma tarefa do cientista como forma de compreensão das sociedades. b) A tarefa do cientista é descobrir os possíveis sentidos das ações humanas presentes na realidade social que lhe interesse estudar. c) A ação social gera efeitos sobre a realidade em que ocorre, e tais efeitos escapam ao controle e à previsão do agente. d) Os fatos sociais são coisas que devem ser vistas e analisadas. e) O que garante a cientificidade de uma explicação é o método de reflexão e não diretamente o fato social. 09. Um dos trabalhos mais conhecidos de Weber é ética protestante e o espírito do capitalismo, que trata: a) Da revolução ocorrida no campo religioso. b) Da reforma Religiosa ocorrida na Europa e seus reflexos na sociedade ocidental. c) Relaciona o papel do protestantismo na formação do comportamento típico do capitalismo ocidental moderno. d) Relaciona à crise social atrelada a reforma econômico-social vivida pela igreja católica. e) Busca desvincular o capitalismo das doutrinas protestantes. 10. Com relação a sociologia clássica de Marx, podemos afirmar: I. Afirma que as relações entre os homens são relações de oposição, antagonismo e exploração. II. Mostra que a industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção. Ill. Defende a idéia de que as ações sociais são responsáveis pelas desigualdades sociais. IV. Defende a idéia de que no capitalismo o trabalhador perde a posse do trabalho, naquilo que ele chama de alienação. São corretas: a) l e II. b) III e IV. c) l, II e IV. d) l, II e 111. e) Todas são corretas.

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SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO ESTADO MODERNO II.

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Eixo Temático: Sociedade, Estado e Cultura,

Unidade II – Poder, Política e Estado Moderno. I – NOÇÃO GERAL:

efinir o conceito de Globalização é no mínimo uma tarefa contraditória e penosa. Mesmo assim vamos a ela: existem pensadores que afirmam ser a globalização é um processo que o capitalismo inaugura

desde o seu surgimento no século XV, com o fim da estrutura feudal, com o Renascimentos, a Expansão marítima e o Capitalismo comercial, que veio se formatando em todas as fase do mesmo modo de produção e que hoje chega na sua fase mais consolidada. Para outros, já podemos falar em globalização ainda no expansionismo romano do século III a.C.

Na Sociologia existe um debate mais delimitado. Os Sociólogos reconhecem o fenômeno global do capitalismo desde a sua gênese, mas, no entanto, trabalham a Globalização como um fenômeno que caracteriza a fase atual do capitalismo, a partir dos anos 80 - 90, como afirma Octávio Lanni em Sociedade Global ou como prefere Alex Fiúza de Meto (Sociólogo, Cientista Político e atual reitor da UFPA) em seu “Mundialização e Processo Civilizatório em Marx”. Dessa forma, a Globalização deve ser entendida como um processo amplo que permeia a economia, a economia do Estado e até mesmo a cultura e que comprimi o binômio espaço-tempo, consolidando-se com o fim da Guerra-fria, as crises do capitalismo e o avanço tecnológico. II – PAPEL DO ESTADO NA ERA GLOBAL: A questão que nos interessa neste tópico do programa é esta: Qual o papel do Estado na atual conjuntura global? Para fazermos essa avaliação é preciso que tenhamos em mente o modelo de Estado que marcou o mundo capitalista da década de 30 até os anos 80, qual seja, o Estado Keynesiano (Welfar State), que garantia liberdade na economia mas que no entanto intervia para evitar as crises e que também gastou grandes montantes de recursos públicos na construção de grandes obras e na criação de empresas estatais. Na década de 80, após as grandes crises do capitalismo (relacionadas ao petróleo em 73 e 79), este modelo de Estado que apresentava-se robusto passou por reformulações. Era necessário diminuir o Estado, reformá-lo, fazer com que ele passasse a ser mais ágil e preocupado apenas com as questões sociais e estratégias, como a educação, saúde e segurança pública. Portanto, a partir daí os Estados passaram por uma crescente onda de privatizações, programas de demissão voluntária e reformulações em sua estrutura, com o discurso de que era necessário “emagrecer” o Estado para torná-lo mais ágil. Esse é o Estado Neoliberal, preconizado por Milton Friedmam e Hayek, onde o Estado não regulará a economia deixando-a livre aos controles do próprio mercado, retomando em sua essência a Liberalismo Clássico. Podemos afirmar, então, que o Estado na Era da Globalização é o Estado Neoliberal, que podemos identificar pela primeira vez nos Estados Unidos com Ronald Reagan e na Inglaterra com Margareth Tatcher.

BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL – LAKATOS. Eva Maria & MARCONI, Marina Sociologia Geral. São Paulo: Atlas, 7ª Edição, 1999 TOMAZI, Nelson

Dácio. Iniciação à Sociologia. São Paulo. Atual Editora, Edição, 2000 GLOBALIZAÇÃO A Aldeia Global, uma metáfora que indica o desenvolvimento de uma “Comunidade Mundial”. Afirmada com as realizações e as possibilidades de comunicação e informação aberta pela eletrônica, com o desenvolvimento tecnológico no campo das comunicações, uma informação pode correr o mundo em minutos, tomando o fato relatado, em uma discussão generalizada como um comentário de vizinhos. Todos os locais do planeta, que estejam ligados a essa rede de telecomunicações, estarão comentando o ocorrido, não importa a distância do fato. Na aldeia global a informação é uma moeda de extremo valor, e uma consciência coletiva e fabricada, conforme determinados interesses, é esse fato que reside o perigo da aldeia global, ou seja, a manipulação “ON LINE”.

A “Fabrica Global” é uma mudança quantitativa e indica uma quantitativa e qualitativa do sistema capitalista. As fronteias da produção capitalista são derrubadas. Segundo a lógica da melhor condição de produção? Mão-de-obra barata, matéria prima fácil, leis ambientais incompletas e tributos estatais reduzidos.

O mundo vira uma grande fábrica e o povo pobre, um operário de um patrão que não tem rosto. Cria-se uma

relação extremamente impessoal. Toda economia de um país torna-se dependente

de uma economia global. Para Otávio Lanni, metáfora Aldeia Global relaciona a velocidade da informação necessária para sustentar a fabrica global, ou seja, a produção sem pátria. Em sua crítica o autor percebe o discurso ideoló gico que permeia a globalização. O Tecnolucrocentrismo é a mentalidade trabalhada

na globalização é uma verdade absoluta. Supera o homem e o próprio criador (Deus). Se fizermos

uma breve viagem no tempo e observamos a mentalidade medieval européia, iremos identificar o projeto teocêntrico

globalizador da igreja católica através das cruzadas. Porém frustrado, mediante a barreira Islâmica. Hoje o capitalismo supostamente vencedor, elabora um projeto globalizador, que nem Deus nem o homem é o centro. Mas sim o dinheiro e a tecnologia. As relações sociais são reduzidas a essa nova lógica de mundo, onde passa a ser normal a universalização de vestimentas e padrões de serviços. Podemos citar como exemplo: a rede Mac DONALD’S que globalizou o serviço e o gosto por HOT-DOG. Entrar em uma lanchonete, em qualquer parte do mundo globalizado, é um desafio para a linguagem local visto que só matarei minha fome se conseguir pronunciar o MENU em INGLÊS, Os dialetos e as línguas tornam-se secundárias, mediante a necessidade da língua global. A crise da razão, do indivíduo, estão relacionadas. Aquilo que o renascimento deu início no século XIV e foi concretizado pelo iluminismo no século XVIII. Está sendo negligenciado hoje na globalização, o ser humano passa a ser treinado e não educado. O universalismo da razão ocidental mudou radicalmente de proposta em 500 anos. Podemos perceber três momentos da razão ocidental: 1. A proposta de revigoramento do Humanismo, no Renascimento. 2. O homem e a razão acima de tudo, no Iluminismo. 3. A globalização, que cria a razão do lucro, do merecido, da qualidade total, da massificação. Toda essa “razão” acaba afastando do homem. Esse é o ponto fraco do sistema: o ser humano vazio, robotizado. Dentro de uma cultura que esquece de valores seculares, como: Deus – emoção e o homem - razão. Essa intertextualização acaba sendo rompida com a proposta da razão acidental da globalização. Para finalizar devemos lembrar da proposta artística do renascimento de Miguel Ângelo, com sua obra A Criação de Adão (Afresco da Capela Sistina), onde Deus e o homem estão se tocando, celebrando algo que começa a ser passado, dentro da nova ordem. O homem é o principal projeto, nada existe sem ele. Pois ele tem razão para nomear todo que existe. Sem o homem e a sua razão, nem Deus existiria – A razão é o homem, como ser, e não como um mero consumidor do HOT-DOG da mac DONALD’S. A razão da globalização atropela o homem, na medida em que tenta globalizar nossa emoção e atitudes. O homem é indivíduo, e como tal não pode ser generalizado. Ele pertence primeiramente a si, a uma família, a um Município, a uma Região, a um Nação, a uma Cultura e só depois ao Planeta e ao Universo.

“O Homem está condenado a ser livre” (Sartre)

01. (UFF) O Neoliberalismo dos tempos atuais é tanto uma política econômica voltado para a consolidação do estado Mínimo, quanto um programa ideológica que prega um programa a adesão de todos aos seus princípios. Estes dois aspectos do neoliberalismo convergem para: a) A mundialização do padrão fordista de produção industrial. b) A reemergência do Estado de Bem-estar social, em escala planetária. c) O surgimento do fenômeno da globalização. d) As metamorfoses do trabalho, mediante sua precarização, flexibilização e descentralização. e) A hegemonia britânica inaugurada pelo governo Tatcher.

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02. (ENEM) Você esta fazendo uma pesquisa sobre globalização e lê a seguinte passagem, em um livro:

A sociedade global

As pessoas se alimentam, se vestem, moram, se comunicam, se divertem, por meio de bens e serviços mundiais, utilizando mercadorias produzidas pelo capitalismo mundial, globalizado.

Suponhamos que você vá com seus amigos como um Big Mac e tomar Coca-Cola no Mac Donald's. Em seguida, assiste a um fume do Steven Spilberg e volta para casa num ônibus de marca Mercedes. Ao chegar em casa, liga seu aparelho de TV Philips para ver o videoclipe de Michael Jackson e, em seguida deve ouvir um CD da grupo Simple Red, gravado pela BMG Ariola discos em um equipamento AIWA.

Veja quantas empresas transnacionais estiveram presentes neste seu curioso programa de algumas horas. Com base nos textos e nos seus conhecimentos de Geografia e História, marque a resposta correta: a) O Capitalismo Globalizado está eliminando as particularidades culturais dos povos da terra. b) A cultura, transmitidas por empresas transnacionais tornou-se u fenômeno criador de novas nações. c) A globalização do capitalismo neutralizou o surgimento dos movimentos nacionalista de forte cunho cultural e divisionista. d) O capitalismo globalizado atinge apenas a Europa e a América do Norte. e) Empresas transnacionais pertencem a países de uma mesma cultura. 03. (UFMG) Sobre as críticas que o Estado Neoliberal faz ao Estado de Bem-estar social (baseado nos princípios Keynesianos), só não se situa: a) O Estado apresenta-se inchado, complexo e sem força para garantir o livre mercado. b) O Estado não consegue-movimentar-se, pois é responsável pela administração das estatais. c) O Estado apresentou-se enquanto uma alternativa legítima para administrar os problemas da modernidade. d) É necessário modernizar o Estado, diminuí-lo, pois este não consegue atender as novas demandas da globalização. e) É fundamental que o Estado passe por uma grande reforma, que perca algumas empresas para que se torne mais ágil. 04. (UFU) Quanto ao fenômeno Global é correto afirmar que: a) Promove uma total integração do mundo contemporâneo, diminuindo com isso, os conflitos culturais existentes. b) Propiciou aos países do sul do equador um maior desenvolvimento econômico. c) Promoveu na participação do Estado o resgate de tradições, assentadas no neoliberalismo. d) Garantiu uma total homogeneização dos padrões culturais. e) Promoveu uma adequação das economias mundiais ao solidarismo mercadológico. 05. (PUCRS) Quanto a relação entre o Estado e a Globalização não podemos afirmar: a) A globalização exige um redimensionamento do papel do Estado, tomado-o mínimo. b) O Estado; na era globalizada; assume as garantias do livre mercado. c) A Globalização, proporcionou um grande programa de desestatização da economia. d) O Estado adquiri uma amplitude em sua atuação, responsabilizando se por vária empresas. e) O Estado não representa barreira para o investimento do capital na era globalizada 06. "Ao contrário dos bonecos, temos a faculdade de parar nossos movimentos, olhar para o alto e perceber a engrenagem que nos move. Neste ato está o primeiro passo para a liberdade".

(Peter L. Berger Sociólogo Norte Americano) Essa reflexão sociológica aponta para a Sociologia uma função especialmente: a) Moderna de pensamento crítico e humanístico. Como ciência tenta ser objetiva, controlar suas preferências e preconceitos, percebe claramente ao invés de julgar. b) Neutra em sua discussão, buscando na sociedade aquilo que ela deveria ser e não o que ela é. c) Antiga de pensamento social, onde de forma filosófica deve discutir os problemas humanos que refletem ao longo da História.

d) Voltada apenas para a discussão dos problemas gerados pela desigualdade. e) Política, visto que discute apenas a função do Estado na sociedade humana. 07. As visões sociais de Durkheim e de Weber enfocam aspectos diferentes da realidade social. É inteiramente correto dizer que a sociedade é um fato objetivo, que nos coage e até nos cria. No entanto, também é correto dizer: a) A sociedade é apenas definida pelas tradições, visto que o indivíduo é subordinado inteiramente ao social. b) A sociedade nos define, mas é por sua vez definida por nós. c) A sociedade vive por conta própria e não depende do reconhecimento do indivíduo. d) O homem por ser social, não depende de uma individualidade para viver, visto que o ser coletivo anula totalmente o ser indivíduo. e) A sociedade não apresenta grande função na existência humana, visto que o homem é muito mais um projeto biológico, do que social. 08. As práticas sociais são variadas, dependendo das necessidades ou da História da sociedade ou grupos. Por exemplo: • Os modos de governar podem ser democráticos, autoritários ou totalitários. • As pessoas podern adorar o sagrado jejuando, dançando, orando, meditando, oferecendo sacrifícios, jazendo caridade, renunciando aos prazeres terrenos. As práticas sociais obedecem ao principio da relatividade cultural (Pedro Scuro: PHD pelo Dep. de Políticas Sociais e Sociologia, da Universidade de Leeds: Inglaterra). Toda essa criatividade e diversidade é a marca da humanidade e uma questão de cidadania. Porém as pessoas geralmente desconhecem ou desprezam tal princípio, preferindo acreditar que tudo que fazem deve ser lógico, o mais correto e apropriado ás situações sociais. Os sociólogos chamam esse comportamento de: a) Aculturação, ou seja, a perda de sua identidade cultural. b) Contra - cultura, movimento contrário aos padrões aceitos. c) Cultura Material: A capacidade de criar instrumentos. Marca da humanidade. d) Etnocentrismo: Tendência a crer que nossos modos de viver e fazer se são os melhores. e) Relatividade Cultural: A capacidade de identificar a marca diversa da humanidade. 09. "A Globalização está em marcha". Todas as utopias de ontem são, com efeito, as indústrias de hoje. O computador reina e, com ele, a Comunicação Universal, uma mesma e única atualidade reina sobre a face da terra. Criou-se um novo meio vital que não é mais composto de coisas, mas de não coisas, isto é, de imagens ou de programas, e que não encontra o menor sentido na existência de fronteiras nem de territórios.

(Alaim Finkiekraut é professor de Filosofia) Todas as criticas a globalização geralmente apontam para o problema: a) A perda da identidade cultural, econômica e política. Visto que o bem comum da humanidade passa pela salvaguarda de suas heranças e diferenças. Um ser humano não pode viver sob a tirania de um império universal. b) Da perda exclusiva da identidade econômica, visto que as Indústrias Nacionais seriam esmagadas pela concorrência desleal com as grandes potências. c) Da perda do Estado Nação em virtude da elevação do Estado Global. d) Do esmagamento das manifestações sub-culturais. A favor da supremacia da cultura nacional. e) Da elevação de padrões culturais fragmentados, ou seja, o fortalecimento das sub-culturas, que passaram como rolo sobre a cultura nacional. 10. Um dos fundamentos do regime democrático é o conceito de cidadania. Segundo o Sociólogo Herbert de Souza (Betinho), cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres c participa de todas as questões da sociedade. Embora a palavra democracia e cidadania possa ter vários sentidos, atualmente sua essência e única: Dignidade e liberdade. Um dos indicadores precisos do grau de cidadania de uma sociedade é: a) O nível de participação do cidadão no processo político indireto, o número de eleições e o nivel de corrupção. b) A realidade do mercado de trabalho, ou seja, mais formal ou informal. c) O tratamento que se dá aos idosos e crianças. Os dois extremos da sociedade mais frágeis. d) A capacidade tecnológica militar, visto que um aparato militar forte leva a soberania e liberdade de um povo. e) O número de pessoas com formação universitária e consciência.

ITA:06/05/08

PODER E REPRESENTAÇÃO: MODELOS DE DEMOCRACIA

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- Em seu significado mais geral, a palavra poder é a posse aos meios que levam à produção de efeitos desejados. - O poder tem o sentido especificamente social, ou seja, na sua relação com a vida do homem em sociedade, o poder torna-se mais preciso e seu espaço conceitual pode ir desde a capacidade geral de agir, até à capacidade do homem em determinar o comportamento do homem; poder do homem sobre o homem - O homem é não só o sujeito, mas também o objeto do poder social. Exemplo: É poder social a capacidade que um pai tem para dar ordens a seus filhos ou a capacidade de um Governo de dar ordens age cidadãos. Atenção: NÃO é poder social a capacidade de controle que o homem tem sobre a natureza numa utilização que faz dos recursos naturais (...)

O poder social não é uma coisa ou a sua posse: e uma relação entre pessoas (Stoppino, 2000: p.33-4). - É impossivel estudar uma sociedade sem fazer referência à política que a organizou e a manteve. Da mesma forma, não existe a possibilidade de discorrer a respeito do Estado sem esbarrar no conceito de poder. - Ter o poder é dispor de autoridade para governar. O poder supõe, conseqüentemente, a existência de dois elementos: de quem tem a autoridade para exercer o poder e daquele sobre o qual se exerce o poder; do governante e do governado; de quem manda e de quem é mandado; de quem dá as ordens e de quem as cumpre. SE LEVARMOS EM CONTA O MEIO DO QUAL SE SERVEO DETENTOR DO PODER PARA CONSEGUIR OS EFEITOS DESEJADOS, DESTACAMOS TRÊS FORMAS DE PODER; ECONÓMICO, IDEOLÓGICO E O POLÍTICO. 1. Econômico - Utiliza a posse de certos bens socialmente necessários para induzir aqueles que não os possuem adotar determinados comportamentos, como, por exemplo, realizar determinado trabalho. Esse poder preocupa-se em garantir o domínio da riqueza controlando a organização das forças produtivas (por exemplo: o tipo de produção e o alcance de consumo das mercadorias). 2. Ideológico - Utiliza a posse de certas idéias, valores, doutrinas para influenciar a conduta alheia, induzindo as pessoas a determinados modos de pensar e agir. Ainda preocupa-se em garantir o domínio sobre o saber controlando a organização do consenso social (por exemplo: os meios de comunicação de massa - televisão, jornais, rádios, revistas, ete). 3. Político - Utiliza a posse dos meios de coerção social, isto é, o uso da força física considerada legal ou autorizada pelo direito vigente na sociedade. Preocupa-se em garantir o domínio da força Institucional e jurídica controlando os instrumentos de coerção social (por exemplo: forças armadas, órgãos de fiscalização, policia, tribunais, etc.) Observações:

"Como poder cujo meio específico é a força, de longe o meio mais eficaz para condicionar os comportamentos, o poder política é, em toda a sociedade de desiguais, o poder supremo, ou seja, o poder ao qual todos os demais estão de algum modo subordinados." BOBBIO, Noberto. Dicionário de política, p. 995-96.

"O que têm em comum essas três formas de poder é que elas contribuem conjuntamente para instituir e manter sociedades de desiguais divididas em fortes e fracos, com base no poder político, em ricos e pobres, com bases no poder econômico; em sábios e Ignorantes, com base no poder ideológico." BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade. Para uma teoria geral do poder. P. 83

GEORG W. F. HEGEL (1770-1831)

Segundo Georg W. F. Hegel (1770 -1831), o que leva o ser humano a desejar o poder não é apenas a vontade de dominar os outros homens , mas também a vontade de ser amado e reconhecido. Hegel, em seu livro Fenomenologia do Espirito, nos ensina que o homem só se torna realmente humano quando, além de satisfazer os desejos puramente animalescos - como comer e beber -, lança-se à luta Dela conquista do poder. O animal tem por preocupação máxima a sobrevivência biológica; o homem, para conquistar a liberdade (para não viver escravizado) luta pelo poder e coloca a sua vida biológica em risco.

A condição humana pressupõe dominar e ser reconhecido como dominador.

A luta pelo poder tem sido, de uma forma ou de outra , a mola propulsora da história das civilizações. A história dos povos é determinada pêlos grupos, pelas classes, pelos partidos, pelas personalidades que exerceram o poder.

Assim, a posse do poder possibilita maior liberdade de agir sobre outras pessoas.

Importante dizer aqui que o poder não nos é dado gratuitamente: ele tem de ser conquistado. E após a sua conquista, a luta continua para que ele seja mantido. Toda sociedade abriga interesses diversos e nela há governantes (que jamais renunciam ao poder espontaneamente) e governados (entre eles, muitos lutam para assumir o poder). Por decorrência, a luta pelo poder sempre existirá, A luta pela conquista do poder nos tem levado, ao longo da história, as duas dimensões do ser humano: a animalidade (quando há violência) e a racionalidade (quando a conquista se dá por meios pacíficos).

Quando há violência na luta pelo poder, o homem se equipara aos animais que se entredevoram para continuar sobrevivendo. Os assassinatos, as revoluções, os golpes de estado, as guerras (internas e externas) têm constantemente manchado de sangue as páginas da história da humanidade.

A dimensão racional do ser humano se coloca em evidência nos processos pacíficos da luta pelo poder. Se até se pode justificar a necessidade de exercer a autoridade, colocando as tropas na uma para que se mantenha a ordem social, não é essa a condição para que o poder seja duradouro. Muito mais importante que a força física e violenta , para haver poder - poder legitimo - há necessidade de consentimento.

A luta sem violência para conquista do poder ocorre nos regimes livres - democráticos -, em que todos os homens, em princípio , são considerados iguais e, portanto, todos têm condições de participar do exercício do poder.

Apesar as deficiências que possam apresentar, as eleições são o processo mais racional de luta pacifica pela conquista do poder.

Pressupondo a liberdade da defesa de ideais, do debate, da critica, da oposição ... as eleições excluem a violência. Pela manifestação livre da vontade do povo, o voto assegura a

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legitimidade do poder. Pelas eleições, num regime democrático, o poder político:

Não é usurpado, mas consentido; Não é herdado nem vitalício, pois é exercido por

representantes da maioria por um tempo determinado; Por emanar do povo em geral, não é privilégio de poucas

pessoas (de um grupo ou de uma classe), pois todos os setores da sociedade têm o direito de candidatar-se a ele;

É transparente, porque as informações sobre as decisões governamentais devem circular livremente;

E legitimo, pois existem leis que o asseguram.

EXERCÍCIOS 01. (UEL-2004) Leia o poema.

"Sinto no meu corpo/ a dor que angustia/ a lei ao meu redor/ a lei que eu não queria. Estado violência/ Estado hipocrisia/ a lei que não é minha/A lei que eu não queria(...)” Titãs. In. Cabeça Dinossauro. 1986

A letra revela posicionamentos comuns a certo meio do poder social do homem em sociedade. Qual meio, respectivamente, do poema faz referência?

a) Uma relação do homem com a natureza, neste caso, "a lei ao meu redor". b) Uma relação entre pessoas, neste caso, a influência nítida do meio económico, no qual o homem exerce o poder ilimitado sobre o corpo humano. c) Um poder político que se utiliza da posse dos meios de coerção social, expresso no poder judiciário, que representa o uso da força física, da violência. d) Uma atitude progressista, visto que as leis atendem as necessidades dos vários seguimentos sociais estabelecidos. e) Uma relação entre pessoas, assim, leva-se em consideração a situação histórica atual, quando a lei, poder político, ampara em todos os casos, os conflitos existentes. 02. (OFICINA UFPA-2005) Em relação à questão do poder social.

I. O homem não é só o sujeito, mas também o objeto do poder social. II. Um exemplo de poder social é a capacidade de um pai tem para dar ordens a seus filhos. III. O poder social não é uma coisa ou a sua posse: é uma relação entre pessoas. IV. O meio económico utiliza a posse de certos bens socialmente necessários para induzir aqueles que não os possuem adotar determinados comportamentos, como, por exemplo, realizar determinado trabalho.

A correta é:

a) l, II, III d) l, III b) l, II e) II, IV c) l, II, III, IV

03. (UEU-2004) Na Fenomenologia do Espírito, de Georg Hegel (1770-1831) afirmar sobre o poder.

I. Como exemplo do poder temos Hitter que conquistou o poder político e, como consequência, usou o meio ideológico para ser amado e reconhecido pelo povo alemão. II. O poder não é estático, mas dinâmico, e em seu movimento apresenta momentos que se contradizem entre si, visto os interesses de dominados e dominadores. III. A luta pelo poder é o motor da história, visto que, se compõem de grupos, classes, partidos e pelas personalidades humanas. Estão corretas apenas as afirmativas:

a) l e III. b) l e II. c) II e III. d) l, II e III. e) l.

04. (UEL-2005) Observe a figura e responda à questão:

Com base na charge e nos conhecimentos sobre o meio politico e econômico do poder social, é correto afirmar:

a) As dificuldades de acesso aos direitos sociais elementares (moradia, saúde e alimentação) têm origem na forma como se distribuem os bens materiais e as leis. b) A Constituição de 1988 introduziu uma série de benefícios sociais que privilegiaram as famílias dos estratos médios em detrimento da população em geral. c) O texto da charge assegura em sua formulação jurídica conquistas sociais e individuais aos cidadãos brasileiros. d) "Todo o brasileiro tem direito à moradia" se configura uma prática geral, principalmente, quando o Estado se compromete em investir nos programas de habitação. e) O texto demonstra que o poder económico se estabelece como mediador das causas sociais, basta verificar, na política de distribuição de renda no pais.

05. O texto que segue é do poeta cearense António Gonçalves da Silva, 'o Patativa do Assaré, cantador do drama dos caboclos nordestinos e dos pobres do Brasil.

BRASI DE CIMA E BRASIL DE BAXO

Meu compadre Zé Fulo,/ Meu amigo e companhêro,/ Faz quage um ano que eu tou/ Neste Rio de Janêro;/ Eu sai do Cariri/ Maginando que isto aqui/ Era uma terra de sorte,/ Mas fique sabendo tu/ Que a miséria aqui do Su/ É esta mesma do Norteste./ Tudo o que procuro acho./ Eu pude vê neste crima,/ Que tem o Brasi de Baxo/E tem o Brasi de Cima./ Brasi de Baxo, coitado! É um pobre abandonado;/ O de Cima tem cartaz,(..,) (PATATIVA DO ASSARÉ. Cante lá que eu canto cá 11. ed. Petrópolis: Vozes, 1978, p. 271- 72.) Segundo a interpretação do poeta sobre o problema da pobreza, relevando em consideração a influência dos meios do poder social, é correto afirmar: I. A pobreza atinge principalmente os moradores da região Nordeste, chamada por ele de "Brasi de baxo", visto a influência do poder político do centro do pais. II. Na origem da pobreza está o domínio do acaso e do azar, predominando a riqueza em regiões privilegiadas como o Rio de Janeiro. Ill. A pobreza deve-se também pelas diferenças de idéias (discursos de dominação sobre a região, entre outras) que existem entre os brasileiros do sul e os do norte. IV. O modelo econômico(meio) brasileiro, a pobreza atinge tanto a população nordestina como a do sul do país, dividindo os brasileiros em duas categorias de pessoas. a) l, III, IV. b) II, III e IV, c) Apenas IV. d) Apenas III. e) Todos os itens corretos.

ITA:07/05/08

ESTADO E GLOBALIZAÇÃO

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Exercícios

01. No Brasil e em outros países, o etnocentrismo fundamentou muitas práticas etnocidas e genocidas, oficiais e não-oficiais, contra populações culturalmente distintas das de origem europeia, cristã e ocidental, principalmente indígenas e africanas. Discriminação de etnia e de classe social também se inclui entre as formas de etnocentrismo. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta uma interpretação contrária ao etnocentrismo.

a) "Quando nos referimos a uma raça, não individualizamos tipos dela, tomamo-la em sua acepção mais lata. E assim procedendo vemos que a casta negra é o atraso; a branca o progresso, a evolução[...]" (Revista Brazii Médico, 1904.) b) "Esta Lei regula a situação jurídica dos índios ou silvícolas e das comunidades indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional". (Estatuto do Índio, Lei No 6001 de 19 de dezembro de 1973, Artigo 1°, ainda em vigor.) c) As sociedades humanas se desenvolvem por estádios ou estados que vão sendo superados sucessivamente: o estado teológico, o metafísico e o positivo. Os povos indígenas e as etnias afro-brasileiras encontram-se nos estádios teológico ou metafísico e, por essa razão, permanecem nos estratos sociais inferiores e marginais de nossa sociedade. (Baseado em Augusto Comte.) d) "[...] segundo o que até aqui escrevi acerca dos Coroados [Kaingang] dos Campos Gerais, é evidente que, no seu estado selvagem, são eles superiores em inteligência, indústria e previdência a muitos outros povos indígenas, e talvez até em beleza. Dada essa circunstância, dever-se-ia por todo o empenho em aproximá-los dos homens de nossa raça e, após, encorajar os casamentos mistos entre eles e os paulistas pobres [...]. Devo dizer, porém, que é mais fácil matar e reduzir os Coroados à escravidão, do que despender tais esforços em seu favor", (Saint-Hilaire, V. E. Viagem à Comarca de Curitiba -1820.) e) "O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais, 1- O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional". (Constituição Federal de 1988 na Seção II – Da Cultura, Art. 215) Estão correias apenas as afirmativas:

a) I e III. b) II e IV. c) II, III e IV. d) I e IV. e) I, II e III. 02. Em O Príncipe, Maquiavel (1469-1527) formulou idéias e conceitos que firmaram a sua reputação de o fundador da Ciência Política moderna. Dentre elas, pode-se citar os aspectos relacionados as ações solitcas aos governantes e à dominação das massas. Para ele, a política deveria ser compreendida pelo governante como uma esfera independente dos pressupostos religiosos que até então a impregnavam. Ao propor a autonomia da política (esfera da vida pública e da ação dos dirigentes políticos) sobre a ética (esfera da vida privada e da conduta moral dos indivíduos), é legitimo afirmar que Maquiavel não deixou, entretanto, de reconhecer e valorizar a religião como uma importante dimensão da vida em sociedade. Segundo Maquiavel, a religião dos súditos deveria ser objeto de análise atenta por parte do governante. Sobre a relação entre política e religião, de acordo com Maquiavel, é correto afirmar: a) A religião deve ser cultivada pelo governante para garantir que ele seja mais amado do que temido. b) Por se constituírem em personagens importantes na vida política de uma comunidade, os líderes religiosos devem formular as ações a serem executadas pelos príncipes. c) O sentimento religioso dos súditos é um valor moral e, portanto, deverá ser combatido pelo príncipe, uma vez que conduz ao fanatismo e prejudica a estabilidade do Estado. d) A religião dos súditos é sempre um instrumento útil nas mãos do Príncipe, o qual deve aparentar ser virtuoso em matéria religiosa.

e) O dirigente político deve se esforçar para tornar-se, também, o dirigente religioso de seu povo, rompendo, assim, com o preceito do Estado laico. 03. Aristóteles tinha razão ao afirmar: "O homem é por natureza um animal social'. A vida em grupo é uma exigência da natureza humana. O homem tem necessidade dos seus semelhantes para sobreviver, para propagar e perpetuar a espécie e para realizar-se plenamente como pessoa. Para isso ele passa a produzir certos elementos culturais, tais como:

I. Os traços culturais, esta é a tendência necessária para que o homem tenha o sentido da sua identidade regional. II. Os padrões culturais são processos através dos quais os indivíduos se integram e assimilam o conjunto de hábitos e costumes do grupo. III. A marginalidade cultural se identifica quando: "(...) Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas dos 'brancos'. Mas quando eles voltavam para nós, eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam como caçar, pescar ou construir uma cabana e falavam nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis." (Citado por Carlos Rodrigues Brandão, o que é educação, p. 8-9.)

a) Os itens I e II estão corretos. b) Os itens III e II estão corretos. c) Somente os itens I e IIII estão corretos. d) Somente o item I está errado. e) Todos os itens estão corretos. 04. Nos textos l e 2 abaixo aparecem duas opiniões sobre a prática do etnocentrismo:

O mito mbaiá diz o seguinte: "Quando o ser supremo, Gonoenhodi, decidiu criar os

homens, tirou primeiro da terra os guaná, depois as outras tribos; aos primeiros, deu a agricultura, e a caça às segundas. O Enganador, que é outra entidade do panteão indígena, percebeu, então, que os mbaiá tinham sido esquecidos no fundo do buraco e os fez sair; mas, como nada mais lhes restasse, tiveram o direito à única função ainda disponível, a de oprimir e explorar os outros.

Lévi-Strauss (antropólogo) relata, em seu livro 'Tristes Trópicos"

Os americanos e outros povos. "Durante a Guerra do Vietnã, o comandante das Forças

Armadas norte-americanas, vendo-se obrigado a explicar as sucessivas derrotas de suas tropas, declarou à imprensa que os "amarelos comunistas" estavam ganhando a guerra porque, ao contrário dos ocidentais, não davam valor à vida e, por isso, expressavam um sinal evidente de incivilizados. Segundo o militar, os destemidos vietnamitas sequer expressavam dor por ocasião da morte de amigos e parentes!"

Marque sua resposta de acordo com o entendimento: a) Se os dois textos forem falsos, visto que o segundo nega o primeiro. b) Se as duas afirmativas forem falsas. c) Se o primeiro texto for falso e o segundo verdadeiro. d) Se as duas afirmativas forem verdadeiras, apenas mudando o contexto. e) Se o primeiro texto for falso. 05. (UEL/2003) "As práticas religiosas indígenas, contudo, não desapareceram, convivendo com o pensamento cristão. O mesmo ocorreu com os negros vindos da África, que trouxeram para cá sua cultura religiosa [...] Uma prova da mistura e da presença das várias tradições culturais e religiosas no Brasil era a chamada 'bolsa de mandinga', pequeno recipiente no qual se guardavam vários amuletos com o objetivo de oferecer proteção e sorte a quem a carregava. Dentro da bolsa encontravam-se objetos das culturas

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européias, africana e indígena, podendo conter enxofre, pólvora, pedras, osso de defunto, papéis com dizeres religiosos ou símbolos, folhas, alho e outros elementos que variavam conforme o uso a que ela se destinava."(MONTELLATO, Andrea. História temática: diversidade cultural e conflitos. São Paulo: Scipione, 2000. p. 145.)

É correto afirmar que o texto refere-se a: a) Um processo ahamado de aculturação em que os grupos abandonam suas tradições. b) Uma forma de organizar as diferenças que os homens percebem na natureza e no mundo social. c) Um processo de ressignificação de elementos culturais tendo como resultado uma nova configuração. d) Um movimento de eliminação de determinadas culturas quando transpostas para fora da sua área de origem. e) Um movimento de imitação de costumes estrangeiros, inerentes aos países periféricos.

06. (Universo/2004) Leia o verso da música "Belém, Pará, Brasil", de Mosaico de Ravena e marque a alternativa que melhor interpreta a frase em negrito:

(...) "Aqui a gente toma guaraná/ quando não tem Coca-cola/ chega das coisas da terra/ o que é bom, vem lá de fora/ deformados até a alma/ sem cultura e opinião/ o nortista só queria/ fazer parte da nação,/ (...)

a) sem voz e consideração, b) sem consciência nacional. c) sem organização, planejamento, d) perdas de traços culturais. e) sem participação na política partidária.

07. (UFPA-2004) Em 20 de abril de 1997, alguns rapazes em Brasília atearam fogo no índio pataxó, Galdino Jesus dos Santos, enquanto este dormia. Isso pode ser uma demonstração de que indivíduos ou grupos pertencentes a sociedades diferentes, ou a grupos diferentes, em uma mesma sociedade, em situação de contato, praticam atos negativos e até bárbaros, evidenciando relação de alteridade, que se classifica como: a) etnocentrismo. c)evolucionismo. e) nacionalismo, b) relativismo. d) nativismo. 08. A cultura na nossa região será contemplada, mas uma vez por uma das mais ricas expressões de etnia, lendas do folclore paraense; assim para validar a identidade paraense todas elas se rendem a mais forte expressão da cultura 11 da nossa gente: o Círio de Nazaré. O clima e envolvimento das pessoas nessa festa grandiosa espira-nos ao amor fraterno, ao encontro com amigos de longas datas e homenagem que todos aqueles que por um motivo ou outro tem algum rancor mágoa ou dor no coração." (O liberal, 05/10/2004)

Segundo as concepções de indivíduo e de sociedade na sociologia weberiana, assinale a alternativa correta. a) O indivíduo age socialmente, de acordo com as motivações e escolhas que possui e faz, podendo estar relacionadas ou a uma tradição, ou a uma devoção afetiva ou, ainda, a uma racionalidade. b) A sociedade se opõe aos indivíduos, como força exterior a eles, razão pela qual os indivíduos refletem as normas sociais vigentes. c) O gênero humano é, irremediavelmente, um ser social, condição expressa pelo fato dos homens e mulheres fazerem história, mas sempre a partir de uma situada dada. d) O Estado capitalista nada tem a ver com as escolhas que os indivíduos fazem a partir das motivações que possuem, sendo, na verdade, a expressão das classes sociais em luta.

09. (UFU) "(...) é a forma específica que assume a exploração sob o capitalismo, a diferença específica do modo de produção capitalista, em que o excedente toma a forma de lucro e a exploração resulta do fato da classe trabalhadora produzir um produto líquido que pode ser vendido por mais do que ele recebe como salário." Dicionário do Pensamento Marxista. Tom Bottomore. páq. 227. O Modo de produção capitalista apresenta em sua organização do trabalho, seja em qual fase for, o acumulo do capital através da mais-valia, sobre este conceito marxista podemos afirmar que: a) deve ser entendido a partir da busca constante do detentor dos meios de produção de equilibrar o investimento feita em capital produtivo, deduzindo daí os impostos e tributos cobrados. b) é a possibilidade do trabalhador ou proletário de alcançar a satisfação da sua necessidade fundamental na manutenção de sua

natureza de proprietário da sua força de trabalho negociada com o capitalista. c) é toda forma possível de exploração da força de trabalho do operário entendido somente a partir do trabalho comercial e da subtração do seu esforço diária empregado na linha de montagem. d) é a exploração do trabalhador pelo capitalista dono dos meios de produção, que aliena do seu funcionário todo o esforço equivalente ao excedente daquilo que ele produziu subtraído o que ele recebeu pelo seu trabalho. e) deve ser entendido como qualquer forma de exploração capitalista, onde o trabalhador é conscientemente obrigado a aceitar as condições proporcionadas pelo seu empregador e com isso, ele garante uma correta remuneração. 10. ( Oficina da UFPA, 2005) Eis, portanto, dois pensadores sociais muito diferentes, ambos reconhecendo a importãncia da estrutura social e da cultura para a ordem social. Marque a alternativa que faz referência as suas idéias sobre estrutura e da cultura: I- Para Durkheim, a estrutura social divide as pessoas em posições interdependentes; II- Para Marx, a estrutura social apóia uma minoria para que, de suas posições superiores, controle e oprima a maioria. III- Durkheim ressalta que a cultura nos torna semelhantes fornececendo idéias, valores e normas que somos levados a aceitar e pelos quais controlamos nossas ações; IV- Vê a cultura como modo importânte pelo qual aqueles que controlam a sociedade, em especial os que trabalham para defender a estrutura social como ela é, conseguem moldar as concepções mais importantes das pessoas.

a) Somente a I e III estão corretas b) Somente a II e III estão corretas c) Somente a IV esta correta d) Somente a I e IV estão corretas e) Todas estão corretas 11. Uma das maiores contribuições de Émile Durkheim é o estudo teórico das formas de solidariedade que distinguem as coletividades, numa visão evolutiva do seu desenvolvimento. Analíse as alternativas abaixo e marque a única que descreve adequadamente a relação entre consciência individual e consciência coletiva, em uma situação de solidariedade orgânica. a) A consciência coletiva reduz sua abrangência, deixando descoberta parte da consciência individual, em que se desenvolve as funções distintas e especializadas, que constituem a base da solidariedade. b) A consciência individual é recoberta em sua totalidade pela consciência coletiva, o que assegura o atendimento das necessidades comuns da voida social e a permanência dos laços que unem todos os indivíduos. c) A consciência coletiva desaparece totalmente e a consciência individual se impõe como uma realidade geral; a solidariedade torna-se apenas uma pausa nas relações de competição individual e desenfreada. d) A consciência individual torna-se mais dependente da consciência coletiva e é esta dependência que dá conformação à solideriedade, em todas as esferas da vida em sociedade e em todas as épocas. 12. Na questão abaixo, aparecem duas afirmativas ligadas pela expressão UMA VEZ QUE.(UFU-2003)

“As diferenças de comportamento entre pessoas de sexos diferentes são determinadas por fatores biológicos UMA VEZ QUE as atividades atribuídas às mulheres em uma cultura não podem ser atribuídas aos homens em outra."

Marque sua resposta de acordo com o código. a) Se as duas afirmativas forem verdadeiras e a segunda explicar a primeira. b) Se as duas afirmativas forem verdadeiras e a segunda não explicar a primeira. c) Se as duas afirmativas forem falsas. d) Se a primeira afirmativa for falsa e a segunda verdadeira. e) Se as duas afirmativas forem verdadeiras.