vestibular impacto - português

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MA180208 CONTEÚDO DO TEXTO 1 FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!! PROFº: MAURO NASCIMENTO Fale conosco www.portalimpacto.com.br VESTIBULAR – 2009 CONTEÚDO A Certeza de Vencer 02 2 A lei de violência doméstica e familiar contra a mulher, sancionada pelo presidente Lula em agosto passado, recebeu o nome de Lei Maria da Penha Maia, uma “mulher que renasce das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no nosso país”, segundo o presidente. O projeto, elaborado por um grupo interministerial, a partir de um anteprojeto de organização não-governamentais, foi enviado pelo Governo Federal ao congresso em novembro de 2004, transformando-se no projeto de Lei de Conversão 37/2006, aprovado e sancionado. A ministra Nilcéia Freitas, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, acredita que as denúncias de violência contra mulheres aumentará, pois agora elas tem uma rede de proteção para atendê-las. A referida secretaria disponibilizou um número de telefone 180 para denunciar a violência doméstica e orientar o atendimento. QUATRO AGRESSÕES POR MINUTO A violência doméstica atinge quatro mulheres por minuto no Brasil e muitas não denunciam por medo ou vergonha de se expor. Pesquisa da Fundação Perseu Abramo levantou mais de dois milhões de casos de violência doméstica e familiar por ano, sendo que, cerca de uma em cada cinco brasileiras já sofreu violência por parte de algum homem. Dentre a violência mais comum destaca-se: agressão física branda (tapas e empurrões) – 20% das mulheres. Violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher: 18%. Ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas de indiretas de agressões: 15%. JUIZADO ESPECIAIS E PRISÃO EM FLAGANTE A Lei Maria da Penha criou nos Estados um juizado especial de violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para agilizar processos e investigações. A violência doméstica era considerada crime de “menor potencial ofensivo” e julgado em juizados especiais criminais junto com brigas de vizinhos e acidentes de trânsito. A Lei Maria da Penha aumentou a proteção às vítimas, passou para três anos o tempo máximo de prisão e reduziu de seis para três meses a pena mínima. A Lei alerta o Código Penal e permite que agressores seja, presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada e acaba com penas pecuniárias, em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Altera ainda a Lei de Execução Penais permitindo que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. A lei tem uma série de medidas para proteger a mulher agredida ou cuja vida corre perigo, tais como a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos, o direito de reaver bens e cancelar procurações em nome do agressor. Pode ainda ficar seis meses afastada do trabalho sem perda do emprego se constatada a manutenção da sua integridade física ou psicológica. O Brasil é o 18° país da América Latina que tem uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher sob qualquer ação ou omissão que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. QUEM É MARIA DA PENHA Maria da Penha Maia, biofarmacêutica, lutou 20 anos para ver seu agressor condenado, virando símbolo contra a violência doméstica. Em 83, o então marido, professor universitário Marcos Antônio Herredia, tentou assassiná-la duas vezes. Na primeira deu m tiro que a deixou paraplégica. Na segunda tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade. A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 84. Herredia foi condenado oito anos depois a oito anos de prisão, mas conseguiu protelar o cumprimento da pena. O caso chegou a comissão Interamericana dos Direitos Humanos da OEA, que acentuou pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Após a violência sofrida, Maria da Penha Maia iniciou sua atuação em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no Ceará.

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CONTEÚDO DO TEXTO 1

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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A lei de violência doméstica e familiar contra a mulher, sancionada pelo presidente Lula em agosto passado, recebeu o

nome de Lei Maria da Penha Maia, uma “mulher que renasce das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no nosso país”, segundo o presidente. O projeto, elaborado por um grupo interministerial, a partir de um anteprojeto de organização não-governamentais, foi enviado pelo Governo Federal ao congresso em novembro de 2004, transformando-se no projeto de Lei de Conversão 37/2006, aprovado e sancionado. A ministra Nilcéia Freitas, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, acredita que as denúncias de violência contra mulheres aumentará, pois agora elas tem uma rede de proteção para atendê-las. A referida secretaria disponibilizou um número de telefone 180 para denunciar a violência doméstica e orientar o atendimento.

QUATRO AGRESSÕES POR MINUTO

A violência doméstica atinge quatro mulheres por minuto no Brasil e muitas não denunciam por medo ou vergonha de se expor. Pesquisa da Fundação Perseu Abramo levantou mais de dois milhões de casos de violência doméstica e familiar por ano, sendo que, cerca de uma em cada cinco brasileiras já sofreu violência por parte de algum homem. Dentre a violência mais comum destaca-se: agressão física branda (tapas e empurrões) – 20% das mulheres. Violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher: 18%. Ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas de indiretas de agressões: 15%.

JUIZADO ESPECIAIS E PRISÃO EM FLAGANTE

A Lei Maria da Penha criou nos Estados um juizado especial de violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para agilizar processos e investigações. A violência doméstica era considerada crime de “menor potencial ofensivo” e julgado em juizados especiais criminais junto com brigas de vizinhos e acidentes de trânsito. A Lei Maria da Penha aumentou a proteção às vítimas, passou para três anos o tempo máximo de prisão e reduziu de seis para três meses a pena mínima. A Lei alerta o Código Penal e permite que agressores seja, presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada e acaba com penas pecuniárias, em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Altera ainda a Lei de Execução Penais permitindo que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. A lei tem uma série de medidas para proteger a mulher agredida ou cuja vida corre perigo, tais como a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos, o direito de reaver bens e cancelar procurações em nome do agressor. Pode ainda ficar seis meses afastada do trabalho sem perda do emprego se constatada a manutenção da sua integridade física ou psicológica. O Brasil é o 18° país da América Latina que tem uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher sob qualquer ação ou omissão que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. QUEM É MARIA DA PENHA Maria da Penha Maia, biofarmacêutica, lutou 20 anos para ver seu agressor condenado, virando

símbolo contra a violência doméstica. Em 83, o então

marido, professor

universitário Marcos Antônio

Herredia, tentou assassiná-la duas vezes. Na primeira deu m tiro que a deixou paraplégica. Na segunda tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade. A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 84. Herredia foi condenado oito anos depois a oito anos de prisão, mas conseguiu protelar o cumprimento da pena. O caso chegou a comissão Interamericana dos Direitos

Humanos da OEA, que acentuou pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Após a violência sofrida, Maria da Penha Maia iniciou sua atuação em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no Ceará.

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EXERCÍCIO 01. Sobre o primeiro termo isolado entre virgulas: a) serve para explicar um termo b) serve para retornar um termo anterior c) serve para definir um termo anterior d) não retoma um termo anterior 02. As aspas usadas no primeiro parágrafo: a) Indica o discurso direto b) Indica uma citação c) Indica um pensamento já existente d) Indica o discurso indireto 03. O termo destacado no segundo parágrafo: a) possui um prefixo com valor semântico de “dentro” b) possui um prefixo com valor semântico de “entre” c) possui um prefixo com valor semântico de “internização” d) Não possui um prefixo 04. Em: “..., pois agora elas tem uma rede de proteção para atende-las” temos um desvio de: a) acentuação b) ortografia c) fonema d) concordância 05. Segundo o texto o maior motivo para a impunidade dos agressores é: a) vergonha b) medo c) injustiça d) descaso 06. O marcador textual destacado e presente no terceiro parágrafo do texto expressa: a) modo b) causa c) explicação d) motivo 07. Segundo o texto um dos motivos que deixava lenta as punições contra os agressores de mulheres era: a) o fato de os juizados serem despreparados para resolverem situações de violência. b) pelo fato de que no Brasil não existia uma lei específica para esses casos. c) por não representar no Brasil um crime grave. d) Por ser analisado em lugares não específicos para a violência. 08. A palavra ”pecuniárias”presente no sexto parágrafo pode ser substituída sem alteração de sentido por: a) pequenos b) graves c) gravíssimas d) irrelevantes 09. NO texto “Quem é Maria da Penha”? nos revela que? a) As agressões a mulheres obedece a uma classe social específica. b) Somente mulheres de nível social mais baixo sofre violência dos maridos. c) Toda mulher está sujeita a violência independente de classes. d) Maria da Penha foi uma exceção no seu meio social no que se refere a agressão doméstica.

10. Ainda no texto ”Maria da Penha” no contexto que relata quem foi o agressor da biofarmacêutica, o que mais é espantoso: a) o fato de Marco Antônio ser professor universitário. b) o fato de o professor ter deixado sua esposa paraplégica. c) o fato de o professor tentar mata-la duas vezes. d) o fato de ter utilizado formas absurdas para tentar assassinar a mulher. QUESTÕES DISCURSIVAS 01. Descreva o contexto que se encontra entre aspas no 1° parágrafo do texto de forma denotativa. __________________________________________________

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02. Qual a idéia específica presente no 3° parágrafo? __________________________________________________

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03. Qual foi a maior conquist5a da Lei Maria da penha? __________________________________________________

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04. Para que foi usada a última expressão destacada no texto? __________________________________________________

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05. O que chama a atenção no título do texto? __________________________________________________

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06. Você acredita que a lei “Maria da Penha” veio melhorar a situação. __________________________________________________

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07. Substitua o último termo destacado por outro sem alteração do sentido. __________________________________________________

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(Marina Ferreira e Tânia Pellegrini*)

linguagem sempre varia de acordo com a situação, assumindo funções que levam em consideração o que se quer transmitir e que

efeitos se espera obter com o que se transmite. O texto 1 prioriza uma mensagem específica, isto é,

reflexão a respeito da força do tempo que passa, deixando tudo para trás (a roda viva). Essa mensagem é construída por meio de muitas imagens, numa seleção e combinação de palavras bastante particular, com clara intenção estética. Ou seja, o autor baseia-se na conotação permite.

Já o texto 2 quer informar, polemizando. Escrito em linguagem denotativa, evita os duplos sentidos. O autor que passar idéias a respeito de um assunto que faz parte de sua profissão (ele é assessor de comunicação de markenting político) e apresenta de maneira direta e objetiva, pois o que mais importa aí é a defesa de um ponto de vista, de uma opinião. Trata-se de uma comunicação direta sobre um referente, um elemento de contexto.

O texto 3, a propaganda, em que se junta imagem e texto, quer convencer os eleitores a fazer seus anúncios em determinado meio de comunicação. Portanto emprega, a denotação porque precisa informar (há páginas seqüenciais coloridas, há mais tempo pra reservar e entregar material) e conotação porque precisa persuadir (“ é melhor do que arco-íris”). O uso dos verbos do imperativo (“anuncie”, “experimente”) também pretende, de maneira impositiva, instigar o consumidor.

Assim, analisando qualquer texto, qualquer imagem, pode-se depreender que suas linguagem funcionam para atingir um objetivo. Não há comunicação neutra. Como já vimos em capítulos anteriores, há sempre um contexto, uma necessidade, uma situação pessoal determinando o que se diz, por intermédio de um discurso que pode ser informativo, autoritário, apelativo ou poético.

Nesta, propaganda, juntam-se dos códigos: O das imagens e o das palavras, compondo Um sofisticado jogo de significados cuja Função é convencer um eventual Comprador para o produto anunciado: as Embalagens de plástico colorido.

Deste modo, pode-se falar em funções da linguagem.

Analisar as funções da linguagem nos textos alheios ajuda-nos a descobrir os objetivos que direcionaram sua elaboração. Aplicá-las aos nossos ajuda-nos a planejar melhor sua comunicabilidade e eficiência.

As funções da linguagem organizam-se em torno de um emissor (quem fala), que envia uma mensagem (referente) a um receptor (quem recebe), usando um código, que flui através de um canal (suporte físico). A funções da linguagem são as seguintes:

referencial ou denotativa: seu objetivo é traduzir a realidade (referente), informando com máxima de clareza possível. Nos textos científicos e em alguns jornalísticos predomina essa função.

Em 1665, Londres é assolada pela peste negra (peste bubônica) que dizimou grande parte de sua população, provocando a quase total paralisação da cidade e acarretando o fechamento de repartições públicas, colégios etc. Como conseqüências desta catástrofe, Newton retornou a sua cidade natal, os males da peste fossem afastados, permitindo seu regresso a Cambridge.

Este período passado no ambiente sereno e calmo do campo foi, segundo as palavras do próprio Newton, o mais importante da sua vida. Entregando-se totalmente ao estudo e à meditação, quando tinha apenas 23 a 24 anos de idade, ele conseguiu, nesta época, realizar muitas descobertas, desenvolvendo as bases de praticamente toda a sua obra.

(Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga. In. Curso de Física. São Paulo: Harbra, 19992.v.1,p.196.)

Emotiva ou expressiva: O objetivo é expressar

emoções,sentimentos, estados de espíritos. O que importa é o emissor, daí o registro em primeira pessoa. Estou tendo agora uma vertigem. Tenho um pouco de medo. A que me levará minha liberdade? O que é isto que estou escrevendo ? Isto me deixa solitária.

(Clarrice Lispector)

Conotativa ou apelativa: O objetivo é convencer o receptor a ter determinado comportamento através de uma ordem, uma invocação, uma exortação, um súplica, etc. Os anúncios publicitários abusam dessa linguagem. Os discursos autoritários também. O arauto proclamou:

Meu estimado povo. Que as bênçãos de Deus, senhor todo-onipotente, desçam sobre vocês. Visando combater os gastos desnecessário e luxo. Visando dar igualdade geral ao país, com objetivo de eliminar invejas, rancores, entre irmãos, o Governo, em acordo com as fábricas de calçados, determinou que a partir deste momento será fabricado para toda a nação um so tipo de sapato, masculino e feminino. Fechado, liso e encontrável apenas na discreta e tão bonita cor preta.

(Ignácio de Loylola Brandão, Zero)

Fática: O objeto é apenas estabelecer, manter ou prolongar o contato (através do canal) com o receptor: As expressões usadas nos cumprimentos, ao telefone e em outras situações apresentam este tipo de canal.

- Como vai, Maria? - Vou bem. E você? - Você vai bem, Maria? - Já disse que sim! - Eu também. Está tão bonita!” - Ah, bem, é que eu... - Ah, é.

(Dalton Trevisan)

Metalingüística: O objetivo é o uso do código para explicar o próprio código. A língua, por exemplo, é um código; os sinais de trânsito são outro. Neste livro estamos analisando mecanismos da linguagem usando a própria linguagem. É o que acontece com textos que interpretam outros textos, com dicionários, com poemas que falam da poesia (como ‘procura da poesia’, Carlos Drummond de Andrade, visto no capitulo anterior), etc.

Poética: o objetivo é dar ênfase à elaboração da mensagem. O emissor constrói seu texto de maneira especial (como em ‘Roda viva’), realizando um trabalho de seleção e combinação

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de palavras, de idéias ou imagens, de sons e/ ou ritmos. Explora-se bastante conotação.

Não sinto o espaço que encerro Nem as linhas que projeto Se me olho a um espelho, erro- Não me acho no que projeto

(Mário de Sá-Carneiro)

Numa mesma mensagem[...] várias funções podem ocorrer, uma vez que, atualizando corretamente possibilidades de uso do código, entrecruzaram-se diferentes níveis de linguagem, A emissão, que organiza os sinais físicos em forma de mensagem, colocara ênfase em um a das funções – e as demais dialogarão em subsidio, [...]

Na comunicação diária, por exemplo, além da referencialidade da linguagem – o que torna a mensagem oral imediatamente compreendida -, há pinceladas de função, conotativa, ou seja, de diálogo com alguém, ou através de uma ordem, ou através de um narrar, m as, ao mesmo tempo, esse diálogo vem caracterizado por traços emotivos.

(Samira Chalhub. Funções da linguagem. São Paulo: Ática, 19990.p.8)

As funções da linguagem não existem isoladas em cada texto. Embora uma delas acabe predominando, elas convivem, mesclam-se, entrecruzam-se o tempo todo, obtendo-se de suas combinações os mais diferentes efeitos. No último exemplo, temos a combinação das funções poética e emotiva. Na propaganda de página 64, combinam-se a função referencial (nas informações sobre o produto), a fática (texto, disposição na página, ilustrações, etc) e conativa (nos elementos de persuasão: “não dá pra não anunciar”).

In Redação – Palavra e Arte, de Marina Ferreira e Tânia Pellegrini, Editora Atual, edição de 1999, São Paulo.

EXERCÍCIOS DE FUNÇÕES DE LINGUAGEM

01. Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem:

a) “O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é de se romperem, ou serem rompidos, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer”.

(O Estado de São Paulo) b) O verbo infinitivo Ser criado, gerar-se, transformar O amor em carne e a carne em amor; nascer Respirar, e chorar, e adormecer E se nutrir para poder chorar Para poder nutrir-se; e despertar Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir E começar a amar e então ouvir E então sorrir para poder chorar. E crescer, e saber, e ser, e haver E perder, e sofrer, e ter horror De ser e amar, e se sentir maldito E esquecer tudo ao vir um novo amor E viver esse amor até a morrer E ir conjugar o verbo no infinito...

(Vinícius de Morais) c) “Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca”.

(Matoso Câmara Jr.)

d) “- Que coisa, né? - É. Puxa vida! - Ora, droga! -Bolas! - Que troço! - Coisa de louco! - Ei! e) “Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights”. f) “Sentia um medo com seu tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes”.

(Graciliano Ramos) g) “- Que quer dizer pitosga? - Pitosga significa míope. - E o que é míope? - Míope é o que vê pouco”. 02. No texto abaixo, identifique as funções da linguagem:

“Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há dois meios de granjear a vontade das mulheres: o violento, como o touro da Europa, e o insinuativo como o cisne de Leda e a chuva de ouro de Dânea, três inventos do padre Zeus, que, por estarem fora de moda, aí ficam trocados no cavalo e no asno.

(Machado de Assis) 03. Descubra, nos textos a seguir, as funções de linguagem: a) “O homem letrado e a criança eletrônica não mais têm linguagem comum.”

(Rose-Marie Muraro) b) “O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e em seguida a demonstração. (...) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova.”

(Aristóteles)

c) “Amigo Americano é um filme que conta a historia de um casal que vive feliz com o seu filho até o dia em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer.” d) “Se um dia você for embora ria se teu coração pedir chore se teu coração mandar.”

(Danilo Caymmi e Ana Terra)

e) “Olá como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar

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CONTEÚDO DO TEXTO I

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Os textos abaixo estão sem pontuação. Você sabe que os sinais de pontuação são importantes porque contribuem para organizar as idéias, tornando, assim, o texto mais claro. De acordo com os seus conhecimentos, utilize a pontuação mais adequada. TEXTO 01

O brasileiro está gordinho e desnutrido A troca do arroz do feijão do bife e da salada por pratos prontos e feast foods gordurosos tem engordado o brasileiro outra preocupação dos nutricionistas é que essa mudança não supre as necessidades de vitaminas sais minerais e fibras deixando o organismo vulnerável a doenças o prato típico brasileiro oferece bom equilíbrio em nutrientes e respeita a recomendação de 55% de carboidratos 30% de proteínas e 15% de gordura as calorias também são facilmente controladas orienta a nutricionista Ana Maria Lottenberg coordenadora DA Associação Brasileira para Estudo da Obesidade Abeso (Revista Tudo, 2003) TEXTO 02

Dicas para não errar na hora de escolher a profissão Escolher uma carreira profissional é um passo difícil afinal é preciso combinar vários fatores em primeiro lugar identificar-se com o trabalho depois conferir na pratica se ele atende às suas expectativas fora isso ainda há a questão financeira já que todo mundo deseja ser bem pago pelo que faz uma boa dica para ajuda-lo nessa empreitada é o livro E AGORA O QUE É EU FAÇO Alegro 166 páginas 25 reais de autoria do jornalista e escritor Adriano Silva esse guia traz orientações e conselhos tanto para quem ainda vai optar por uma profissão como para quem deseja saber se está no caminho certo (Revista Tudo, 2003) TEXTO 03

O bom astral é o melhor remédio Um estudo de pesquisadores da Universidade de Yale nos Estados Unidos mostrou que as pessoas otimistas em relação ao processo de envelhecimento vivem 7,5 anos a mais em média do que as pessimistas iniciado em 1975 o levantamento tomou como ponta de partida 660 cinqüentenários depois de 23 anos os médicos descobriram que havia diferenças significativas nas taxas de mortalidade entre otimistas e pessimistas o quadro compara o valor da atitude positiva a outros cuidados que podem aumentar expectativa de vida como o controle da pressão e das taxas de colesterol e a pratica regular de exercício (Revista Tudo, 2003)

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O uso de drogas pode prejudicar a memória de forma permanente O uso continuo de maconha ou cocaína destrói grupos de neurônios o que contribui para a diminuição da capacidade de armazenamento de informação o abuso de calmantes como Lexotan e Valium tem o mesmo efeito nocivo o problema mais grave relacionado ao consumo de álcool é quando o vicio começa a prejudicar o funcionamento do fígado esse órgão é o responsável pela produção de alguns neurotransmissores importantes nas conexões responsáveis pela memória (Revista Tudo, 2003)

COMENTÁRIOS: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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CONTEÚDO DO TEXTO 2

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. TEXTO:

VOCÊ SABE COMO LER?

Você provavelmente está acostumado a ver a palavra TEXTO. Mas sabe qual o seu conceito? Para entendê-lo, pense nas duas seguintes situações: 1. Você foi visitar a professora Elizete em sua casa. Ao chegar em frente ao portão, avistou uma placa com os dizeres: “Cuidado, cão bravo”. 2. Ao olhar para o chão, chamou-lhe a atenção um pedaço de papel, onde estava escrito “Ônibus”. Em qual das situações uma única palavra pode constituir um texto? Na situação 1, o enunciado “Cuidado, cão bravo” está dentro de um contexto significativo por meio do qual as pessoas interagem: você, como leitor da expressão, e as pessoas que por ali passam diariamente, conseguem entender a intenção comunicativa e a necessidade de haver cuidado com o cão que guarda aquele ambiente. Assim, o enunciado “Cuidado, cão bravo” é um texto. Na situação 2, a palavra "Ônibus” não é um texto. É apenas um pedaço de papel encontrado na rua por você. A palavra "Ônibus", na circunstância em que está, quer dizer o quê? Não há como saber. Mas e se a palavra "Ônibus" estiver escrita numa placa num ponto de "Ônibus" ? Aí sim, nessa situação, a palavra "Ônibus" constitui um texto, porque se encontra num contexto significativo em que os órgãos responsáveis pela sinalização querem dizer algo para a população (no caso, local em que é permitido parar ônibus) e, então indicam isso. Texto é, então, uma seqüência verbal (palavras), oral ou escrita, que forma um todo que tem sentido para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situação. O texto pode ter uma extensão variável: uma palavra, uma frase ou um conjunto maior de enunciados, mas ele obrigatoriamente necessita de um contexto significativo para existir.

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Constituindo sentidos Agora, Leia o texto a seguir de modo a aprofundar ainda mais o conceito de "texto".

Chinelos, vaso, descarga, pia, sabonete água, escova, creme dental, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo; pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maços de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

(Ricardo Ramos)

Você considera que em "Circuito fechado" há apenas uma série de palavras soltas? Ou se trata de um texto? Por quê?

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Agora é com você

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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Frente: 01 Aula: 03

PROFº: MAURO NASCIMENTO A Certeza de Vencer

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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Francie Baltazar-Schwartz

Jerry era o tipo do sujeito que você adoraria odiar. Estava sempre bem e tinha sempre algo positivo para dizer. Quando

alguém perguntava "Como vai?", ele respondia: "Muito bem, e cada vez melhor!". Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes. E todos os garçons seguiam seu exemplo. A razão dos garçons seguirem Jerry era a sua atitude. Ele era naturalmente motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Jerry estava lá, mostrando ao empregado como olhar pelo lado positivo da situação.

Sentia-me realmente curioso ao observar o seu estilo, e então, um dia eu perguntei: "Eu não acredito! Não podes ser uma pessoa positiva o tempo todo... Como consegues?". E ele: "Toda manhã eu acordo e digo a mim mesmo: Jerry, tens duas escolhas hoje: escolher estar bem ou escolher estar mal, estar "em baixo"... Então eu escolho estar bem. Quando acontece alguma coisa desagradável, eu posso escolher ser vítima da situação ou posso escolher aprender algo com isso. Eu escolho aprender algo com isso! Quando alguém vem reclamar comigo, eu posso escolher aceitar a reclamação, ou posso escolher apontar o lado positivo da vida para a pessoa. Eu escolho apontar o lado positivo da vida."

Então eu argumentei: "OK!!! Mas não é tão fácil assim!!!" "É fácil sim" - Jerry disse... "Ávida consiste em escolhas. Quando tiras todos os detalhes e "enxugas" a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas. Tu escolhes como reagir às situações. Tu escolhes como as pessoas te irão afectar. Tu escolhes estar feliz ou triste, calmo ou nervoso... Em suma: é escolha tua como você vive sua vida!".

Bem, eu não tinha escolha senão refletir sobre tudo o que Jery dissera... Algum tempo depois deixei o restaurante para abrir meu próprio negócio. Nós perdemos contacto, mas eu frequentemente

pensava nele quando tomava a decisão de viver ao invés de ficar reagindo às coisas. Alguns anos mais tarde, eu ouvi dizer que Jerry havia feito algo que nunca se deve fazer quando se trata de restaurantes: deixou a porta dos fundos aberta, e foi rendido por três assaltantes armados. Enquanto tentava abrir o cofre, nervoso, errou a combinação. Os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram. Por sorte, Jerry foi encontrado relativamente rápido e foi levado às pressas ao pronto-socorro local. Depois de dezoito horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry foi liberado do hospital com alguns fragmentos de balas ainda em seu corpo. Encontrei com Jerry seis meses depois do incidente.

Quando perguntei: "Como estás?" ele respondeu "Muito bem, e cada vez melhor!!! Queres ver minhas cicatrizes?" Perguntei o que passou pela mente dele quando os ladrões invadiram o restaurante. "A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos..." respondeu. "Então, depois, quando estava baleado no chão, lembrei que eu tinha

duas escolhas: podia escolher viver ou podia escolher morrer. Eu escolhi viver". Perguntei: "Não tiveste medo? Não perdeste os sentidos?" Jerry

continuou: "A equipe médica era óptima. Eles diziam o tempo todo que tudo ia dar certo, que tudo ia ficar bem. Mas, quando fui levado de maca para a sala de emergência eu vi as expressões nos rostos dos médicos e enfermeiras. E tive medo. Em seus olhos eu lia: 'Ele é um homem morto'. Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa."

"E o que fizeste?" - perguntei. "Bem, havia uma enfermeira grande e forte fazendo perguntas... Ela perguntou se eu era alérgico a alguma coisa... 'Sim', eu respondi. Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente, esperando por minha resposta... eu respirei fundo e respondi: 'Balas!' Enquanto eles riam eu disse: 'Eu estou escolhendo viver. Operem como se eu estivesse vivo, não morto.'"

Jerry sobreviveu graças à experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude. E aprendi com ele que todos os dias temos que escolher viver a vida em sua plenitude, viver por completo.

TEXTO II

O valor do tempo Autor Desconhecido

Para entender o valor de um ano: pergunte a um estudante que não passou nos exames finais. Para entender o valor de um mês: pergunte a uma mãe que teve um filho prematuro. Para entender o valor de uma semana: pergunte ao editor de uma revista semanal.

Para entender o valor de uma hora: pergunte aos apaixonados que estão à espera do momento de se encontrarem. Para entender o valor de um minuto: pergunte ao viajante que perdeu o comboio, autocarro ou avião.

Para entender o valor de um segundo: pergunte a uma pessoa que sobreviveu a um acidente.

Para entender o valor de um milisegundo: pergunte a um atleta que ganhou uma medalha de prata nas Olimpíadas. O tempo não espera por ninguém. Valoriza cada momento da tua vida. Tu irás apreciá-los ainda mais se puder dividi-

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los com alguém especial. 01. As aspas presentes no primeiro parágrafo do texto I foram usadas para: a) Indicar o discurso direto b) Indicar o discurso indireto c) marcar uma citação d) retornar uma afirmativa 02. No segundo parágrafo do texto I a palavra que resumiria seria: a) Fé b) determinação c) Comodismo d) Opção 03. Em: “Qando tiro todos os detalhes e “enxugas” a situação ...”a expressão entre aspas substituidas sem alteração de sentido seria: a) Quando teras todos os detalhes e colocas a situação. b) Quando teras todos os detalhes e secas a situação... c) Quando tiras todos os detalhes e enumera todos os detalhes d) Quando tiras todos os detalhes e sintetizas a situação. 04. As reticências presentes no quarto parágrafo nos infere que: a) o autor passou a pensar no assunto b) o autor deixou a interpretação do contexto em aberto c) o autor deixou claro que caberá a ele continuar a pensar d) o autor deixa um pensamento fechado 05. O sexto parágrafo em relação ao quinto estabelece uma relaçõa de: a) causa b) consequência c) modo d) concessão 06.No sétimo parágrafo do texto podemos concluir que: a) Jerry acreditou que iria ficar vivo, pois tinha fé na equipe médica. b) Jerry acreditou que a fé poderia salvá-lo. c) A fé no que acredita fez com que jerry conseguisse se salvar. d) A vida nos permite opções que deverão ser tornadas em situações dificeis. As questões deveram ser respondidas baseadas no texto II 07.Segundo o texto: a) o tempo é mistério b) o tempo é distância c) o tempo é experiência d) o tempo é vida 08. Na 2ª estrofe do texto podemos encontrar um verso que: a) uma afirmativa b) uma dúvida c) uma interrogação d) uma interação

09. Na poesia o autor faz uma relação de: a) E feito e causa b) Causa e efeito c) Exemplo e efeito d) Efeito e exemplo 10. O sujeito do segundo parágrafo verso da ultima estrofe é: a) Tempo b) Ninguém c) Tu d) Vida QUESTÕES DISCURSIVAS 01. Qual a principal relação existente entre o texto 1 e 2? __________________________________________________

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02. Que lição de vida nos dá a personagem do texto 1? __________________________________________________

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03. Reescreva o segundo parágrafo do texto 1 de forma que se elimine o discurso direto. __________________________________________________

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04. Para o autor do texto 1 o que seria então viver por completo? __________________________________________________

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05. Na útima estrofe do texto 2 o autor nos dá uma ordem. Retire tal verso que caracteriza esta afirmativa. __________________________________________________

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Conteúdo do Texto 1 - Funções da linguagem Qual objetivo do seu texto?

Por meio da linguagem, também realizamos diferentes ações: transmitimos informações, tentamos convencer o outro a fazer (ou dizer) algo, assumimos compromissos, ordenamos, pedimos, demonstramos sentimentos, construímos representações mentais sobre nosso mundo, enfim, pela linguagem organizamos nossa vida do dia a dia, em diferentes aspectos.

Diferenciar que objetivo predomina em cada situação de comunicação auxilia a compreender melhor o que foi dito.

As funções da linguagem estão centradas nos elementos da comunicação. Toda comunicação apresenta uma variedade de funções, mas elas se apresentam hierarquizadas, sendo uma dominante, de acordo com o enfoque que o destinador quer dar ou do efeito que quer causar no recebedor. As funções da linguagem são as seguintes: 1. Compare os dois textos a seguir:

a) Que funções da linguagem predominam nos textos 1 e 2? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2. Leia o texto abaixo.

a) Explique que função é predominante, classificando-a. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

TEXTO 1

“Não só baseado na avaliação do Guia da Folha, mas também por iniciativa própria, assisti cinco vezes a “Um filme falado”. Temia que a crítica brasileira condenasse o filme por não se convencional, mas tive uma satisfação imensa quando li críticas unânimes na imprensa. Isso mostra que, apesar de tantos enlatados, a nossa crítica é antenada com o passado e o presente da humanidade e com as coisas que acontecem no mundo. Fantástico! Parabéns, Sérgio Rizzo, seus textos nunca me decepcionam.” Luciano Duarte Guia da Folha 10 a 16 de junho 2005

TEXTO 2 ****UM FILME FALADO - Idem. França/Itália/Portugal, 2003. Direção: Manoel de Oliveira. Com: Leonor Silveira, John Malkovich, Catherine Deneuve, Stefania Sandrelli e Irene Papas. Jovem professora de história embarca com a filha em um cruzeiro que vai de Lisboa a Bombaim. 96 min. 12 anos. Cinearte 1, desde 14. Frei Caneca Unibanco Arteplex7, 13h, 15h10, 17h20, 19h30 e 21h50.

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_____________________________________________________________________________________________________________________________________________ - Leia o texto de João Cabral de Melo neto.

3. Diga que função ocorre e aponte características. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem:

a) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou

serem

rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-

vergonhice,

pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e

diante

de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para

lhes

devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem

avacalhar

e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver

a ser

apurado, doa a quem doer." (O Estado de São Paulo)

b) O verbo infinitivo

Ser criado, gerar-se, transformar O amor em carne e a carne em amor; nascer Respirar, e chorar, e adormecer

E se nutrir para poder chorar

Tecendo a manhã João Cabral de Melo Neto

Um galo sozinho não tece uma manhã:ele precisará sempre se outros galos.De um que apanhe esse grito que elee o lance a outro; de um outro galoque apanhe o grito que um galo antese o lance a outro; e de outros galosque com muitos outros galos se cruzemos fios de sol de seus gritos de galo,para que a manhã, desde uma tela tênue,se vá tecendo, entre todos os galos.

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Para poder nutrir-se; e despertar Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir

E começar a amar e então ouvir

E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e have E perder, e sofrer, e ter horro De ser e amar, e se sentir maldito E esquecer tudo ao vir um novo amor E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)

c) "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a

que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no

fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto

até a parte exterior daboca."

(Matoso Câmara Jr.)

d) " - Que coisa, né?

- É. Puxa vida!

- Ora, droga!

- Bolas!

- Que troço!

- Coisa de louco!

- É!"

e) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights."

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CONTEÚDO DO TEXTO

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A Certeza de Vencer

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bebê que não deveria nascer

01. Considerando o título textual e associando-o ao contexto da notícia, pode-se afirmar que:

I. O verbo “dever”, presente no título, atua como um modificador do conteúdo frasal e para ser corretamente entendido, é necessário substituí-lo por qualquer termo que expresse obrigação. II. Tanto “dever” quanto “poder” são verbos que, neste contexto, expressam uma situação grave e um acontecimento que contrariou as expectativas e prognósticos. III. Percebe-se que o autor é cauteloso na escolha de palavras, demonstrando sua habilidade em tratar de um assunto potencialmente delicado. IV. É somente a partir de inferências que se descobre o nome do bebê sugerido pelo título do texto.

Estão corretas:

a) I e II b) II e IV c) III e IV d) I, II e III e) I, II, III e IV

02. São termos usados para substituir o nome “Amillia”:

a) Bebê, clipe de papel, ela, bravo coraçãozinho. b) Bebê, minúscula criatura, bebê mais prematuro do mundo a sobreviver, menina. c) Bebê, pequena, pezinho, prematuro. d) Pequena, seqüelas, minúscula criatura, ela. e) Bebê, ela, menina, experiências.

03. São informações fundamentais para se compreender a delicadeza da situação:

I. Poderia ter seqüelas graves. II. Tinha 21 semanas e seis dias de gestação. III. Comemorou 1 ano, com 8 quilos, 70 centímetros. IV. A mãe de Amillia havia feito inseminação artificial para engravidar.

a) I e II. b) II e IV. c) I, II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV.

04. A alteração na posição de um elemento é condição suficiente para a modificação do conteúdo informativo de uma frase. Levando em consideração esta afirmação, houve modificação do sentido e manutenção da coerência frasal em:

OA pequena Amillia não poderia viver e, se

o fizesse, só poderia ter seqüelas graves.Quando nasceu, na Flórida, tinha 21 semanas eseis dias de gestação.

Pesava pouco mais de 250 gramas emedia 24 centímetros – menos do que estapágina de Veja. Seus pezinhos eram do tamanhode um clipe de papel. As fotos da minúsculacriatura só foram divulgadas em fevereiro,quando ela saiu do hospital onde passou quatromeses, já na condição firmada de o bebê maisprematuro do mundo a sobreviver. Seu bravocoraçãozinho havia driblado problemasrespiratórios e digestivos gravíssimos, além deuma hemorragia cerebral. Em outubro, elacomemorou 1 ano, com 8 quilos, 70 centímetrose saúde inacreditável para quem tinha todos osprognósticos contra. Por meio de Amillia e daequipe médica que cuidou dela, espelham-se algumas das mais notáveis característicashumanas: a dedicação à ciência e às suasaplicações, o impulso de sobrepujar limites, arecusa em aceitar o que parece inevitável.

A mãe de Amillia, Sonja Taylor, que haviafeito inseminação artificial para engravidar, jávoltou a trabalhar como professora primária.

O acompanhamento médico intensivo damenina deu lugar a exames mensais. Asexperiências mais radicais de Amillia nomomento são com o andador.

Revista Veja, 29 de dezembro de 2007.

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a)“Quando nasceu, na Flórida, tinha 21 semanas e seis dias de gestação”. Na Flórida, quando nasceu, na Flórida, tinha 21 semanas e seis dias de gestação. b) “Em Outubro, ela comemorou 1 ano, com 8 quilos, 70 centímetros e saúde inacreditável...”. Em Outubro, ela comemorou 1 ano e saúde inacreditável, com 8 quilos e 70 centímetros. c) “A mãe de Amillia, Sonja Taylor, já voltou a trabalhar...” Sonja Taylor, a mãe de Amillia, já voltou a trabalhar... d) “O acompanhamento médico intensivo da menina deu lugar a exames mensais...” O acompanhamento intensivo médico da menina deu lugar a exames mensais...” e) “As fotos da minúscula criatura só foram divulgadas em fevereiro...” Só as fotos da minúscula criatura foram divulgadas em fevereiro. 05. Considerando a intenção comunicativa e a construção do texto, pode-se dizer que sua finalidade é: a) Nitidamente referencial, já que o único objetivo é informar o leitor sobre o nascimento da criança. b) Exclusivamente persuasivo e, dessa forma, conativa, pois o leitor é levado a refletir sobre o assunto em questão. c) Testar a comunicação, por meio de uma interação com o leitor. d) Refletir sobre a competência dos médicos e da ciência, tendo finalidade fática. e) Revelar o sentimento do autor do texto e, desta forma, emotiva. 06. Leia o próximo texto para responder a questão.

A função poética da linguagem se manifesta neste texto através de: a) Ritmo das sílabas das palavras. b) Repetição de sons e cadência rítmica. c) Interação entre a representação gráfica e o significado que as palavras representam. d) Originalidade e busca pela perfeição rítmica através das rimas. e) Subjetividade. 07. Leia o texto abaixo. Podemos afirmar que este texto, extraído da revista Veja, possui: a) Finalidade conativa, pois se propõe a fazer uma crítica aos personagens citados usando os argumentos dos mesmos para sugerir ao leitor uma aproximação de idéias e conseqüente inadequação. b) Nítida função referencial, facilmente observável pelo suporte utilizado: uma revista informativa de circulação nacional. c) Objetivo de estabelecer o canal comunicativo, testando a comunicação ao fazer uso da mesma. d) A necessidade de expressar o descontentamento do locutor, ainda que essa insatisfação seja mascarada através dos fatos por ele divulgados. e) Intenção metalingüística, pois observa-se uma explicação contínua dos contextos que levaram ao acontecimento da realidade descrita.

A pequena Amillia, ao nascer, pesava apenas

250 gramas.

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CONTEÚDO DO TEXTO 2

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A Certeza de Vencer

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Texto I 01. A forma verbal “dizem” no primeiro quadrinho indica a: a) certeza do enunciador em relação ao que enuncia. b) intenção do enunciador de não se comprometer com o que enuncia. c) indiferença do enunciador em relação ao que enuncia. d) inexistência de um autor para o que é enunciado. e) não-certeza do enunciador em relação ao enunciado.

Texto II

O grande amor Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Haja o que houver Há sempre um homem para uma mulher

E há de sempre haver Para esquecer um falso amor

E uma vontade de morrer Seja como for

Há de vencer o grande amor Que há de ser no coração

Como um perdão para quem chorou. 02. Sobre o texto acima, é correto afirmar que: a) possui interdependência entre elementos argumentativos e descritivos, os quais são transformados em poesia. b) narra, poeticamente, a história de um personagem que conseguiu esquecer um falso amor quando encontrou um grande amor. c) apresenta um narrador que expõe seu ponto de vista sobre o relacionamento amoroso, usando o procedimento de auto-referência. d) expressa a idéia, por meio de elementos discursivos, arranjados numa linguagem poética-argumentativa, de que o verdadeiro amor sempre vence. e) refere-se a um grande amor perdido e que não a menor chance de recuperação

Texto III

Elas vivem pedindo para que os outros repitam o que falaram e podem até passar a impressão de que seu sistema auditivo não funciona bem. Freqüentemente chamadas de desligadas, pessoas com esse tipo de comportamento podem sofrer de um problema que, nos meios científicos, é chamado de déficit de processamento auditivo e de atenção.

“As pessoas simplesmente não sabem mais ouvir com atenção, e isso dificulta o processamento e o armazenamento das informações”, afirma uma especialista.

Testes recentes mostraram que a capacidade de memorização auditiva pode começar a falhar cedo, mesmo em indivíduos que ouvem bem.

De acordo com a pesquisadora, o problema atinge pessoas cada vez mais jovens, principalmente por causa do estilo de vida atual. “Basta observar os programas de TV voltados para o público jovem. A maioria tenta mostrar tudo ao mesmo tempo, deixando o espectador aturdido com o excesso de informações, sem conseguir fixar a atenção em nada.” Adaptado de folha equilíbrio sobre a educação dos jovens. 03. Assinale a alternativa que apresenta título adequado para o texto III, por expressar corretamente o que a notícia informa. a) Sistema auditivo: problemas do mau funcionamento b) Desligados, na verdade, ouvem “mal” c) Hereditariedade e problemas auditivos d) Nova conquista da ciência e) Surdez: questão de inteligência

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04. Os programas de TV foram citados no texto III a) porque, com grande audiência, influenciam cada vez mais os jovens. b) para comprovar que os jovens são, cada vez mais, alvo de interesse da mídia. c) como exemplo do que provoca baixo nível de memória auditiva. d) como alerta contra o efeito negativo desse meio sobre a educação dos jovens. e) como meio, atual, de treinar a memória pela exposição a muitos dados informativos. 05. Assinale a alternativa correta sobre o texto III. a) Elas (no começo do texto) antecipa o que será referido como pessoas com esse tipo de comportamento. b) vivem pedindo para que os outros repitam o que falaram significa: solicitam, algumas vezes, que os outros reforcem o que afirmavam. c) mesmo em indivíduos que ouvem bem tem o mesmo sentido de: a não ser que os indivíduos ouçam bem. d) Em o problema atinge pessoas, o pronome que corresponde corretamente ao termo destacado é: Ihes. e) Está corretamente grafado, como excesso, o vocábulo excessão. Texto IV

06. O pressuposto instaurado pela fala de Tranta: a) O médico foi antiético; b) Luke nunca foi a um ginecologista; c) Luke e Tranta não vão ao mesmo ginecologista; d) Tranta assim com Luke estão apaixonadas pelo ginecologista; e) Tranta nunca havia ido a um ginecologista;

Texto V

07. Leia a alternativas abaixo: I - O cartum recorre ao uso de figuras geométricas, assim denominadas (da sua esquerda para direita): círculo – quadrado – triângulo. II - A expressão “bom humor” (anúncio publicitário) está para “mau humor” assim como “faz bem” está para “faz mau”. III - Em “o nosso dia-a-dia” a expressão em destaque desempenha o mesmo papel morfossintático e semântico que em: “Dia a dia a situação do senador se complicava com o surgimento de novas provas.” IV - O humor do cartum decorre da incapacidade da personagem em se decidir por uma das cestas, apesar do formato do objeto (bola) que traz nas mãos. V - O anúncio da Companhia Athletica se vale do cartum para mostrar a academia como um lugar em que o bom humor também é oferecido. 09 - Assinale a alternativa correta em relação ao que se afirma do texto. a) I, II, III, IV, V d) III, IV e V b) I, IV e V e) I, III, e IV c) II, III e V 08. Leia a alternativas abaixo: I - Em todas as suas ocorrências no anúncio da academia, a palavra “gente” pode ser substituída, sem alterar o sentido, pelo pronome nós (1ª. pessoa do plural). II - A figura do burro, que remete ao tema da falta de inteligência, reforça o humor veiculado no cartum. III - Tanto no cartum quanto no texto publicitário, critica-se o culto ao corpo tão difundido e valorizado na sociedade atual. IV - No anúncio, ocorrem três impropriedades gramaticais: o uso de “pra” em lugar de “para”, a repetição de termos em “gente cuidando de gente” e a grafia incorreta da palavra atlética. V - Do ponto de vista espacial, o anúncio opõe o aqui (na revista) ao lá (na academia). Assinale a alternativa correta em relação ao que se afirma do texto. a) Apenas a I d) Apenas a I e a IV b) Apenas a II e) Apenas a II e a III c) Apenas a II e a V

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Conteúdo do Texto 3

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VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?

Concordo com quem anseia pela erradicação da fome no mundo, mas se isso ocorresse no Brasil já estaria bom, para começar. Do meu cômodo posto de observadora, e do duro posto de cidadã com uma vida cotidiana onerada por altíssimos impostos, contas a pagar e coerências a preservar, quero expandir esse conceito de fome. A fome, as fomes: de casa, saúde e educação, as essenciais.Mas — não menos importante — a fome de conhecimento, de esperança, de possibilidades, de liderança coerente. Fome de confiança: ah, essa não dá para esquecer. Poder confiar no guarda, nas autoridades, até nos pais e nos filhos. Confiar na minha cidade, no meu país, nas pessoas em quem votei, e também nas que não receberam meu voto: ser digno não é vantagem, é obrigação básica. Andamos tão desencantados que ser decente já nos parece virtude, ser honesto é digno de medalha, e ser mais ou menos coerente vale Prêmio Nobel. Fome de conhecimento: a primeira condição para melhorar de vida é conhecer mais sobre a própria situação e verificar quais os caminhos possíveis. Não tomando, tirando, invadindo, assaltando, mas crescendo enquanto ser humano. Ler faz parte disso, de ser integrado, de integrar-se. Ler como se come o pão cotidiano: ainda que seja o jornal esquecido no banco da praça. Não creio que a violência na cidade, no campo, no mundo seja fruto da fome de comida, e sim da fome de sentido, esperança e dignidade. A violência internacional, de momento emblematizada no terrorismo (a mais suja das guerras), nasce dessa fome e da perversa combinação de ideologia torta e fanatismo. A ideologia nem sempre comanda a morte, nem sempre desconcerta o intelecto: sendo positiva, conduz, ilumina e estimula, assim como a outra degola homens e mulheres inocentes, explode crianças ou as fuzila pelas costas, e faz disso um vídeo para espalhar pelo mundo. Somos uma humanidade acuada pela brutalidade das carnificinas movidas internacionalmente e pela violência que, em tantas formas, assalta e mata na nossa casa, nos bancos, nos bares, nas esquinas. Transcendendo os limites urbanos, ela se estende para lugares bucólicos que antes pareciam paraísos intocáveis: você pensa em comprar um sítio? Seja onde for, inclua nesse pacote o caseiro, os cães de guarda, alarmes e quem sabe cerca eletrificada. Teremos paz? Neste momento estou descrente, embora batalhe por isso do jeito que posso. Não por virtude, mas porque esse é um dos deveres básicos de qualquer pessoa. Devemos começar por instaurar a paz em nós mesmos e ao nosso redor, sem necessariamente desfraldar bandeiras ou ser missionários. Basta existir e agir como um ser pacífico (não confundam com pusilanimidade). Basta (pouco original, eu sei) reformar a si próprio: se posso ser agregadora, não disperso; se posso ser conciliadora, não

devo espalhar ressentimento; se quero a paz, preciso não ser mensageira de rancores. Tudo começa, como dizem, em casa: e é assim desde que ela era uma caverna primitiva e nós, uns trogloditas um pouco menos disfarçados do que hoje... Com fomes bem mais simples de satisfazer.

Lya Luft 01. Identifique a única afirmativa que não corresponde com a visão da autora. a) Ter consciência da situação e buscar soluções são caminhos para o crescimento. b) A violência que assola o mundo é fruto apenas da fome de comida. c) Desconfiar de tudo e de todos é a melhor forma de não nos sentirmos acuados. d) A fome envolve várias necessidades do homem. e) A leitura é essencial para integração do homem com o próprio homem. 02. Segundo a autora, para modificar o atual quadro em que vive a humanidade, é necessário: a) Ser ativista ou pregador. b) Fazer parte de movimentos sociais. c) Modificar-se para o próprio bem da humanidade. d) Buscar um mundo melhor para si. e) Auto-afirmar-se como ser humano. 03. Leia o trecho a seguir: “... se posso ser agregadora, não disperso; se posso ser conciliadora, não devo espalhar ressentimento; se quero paz, preciso não ser mensageira de rancores”. Nele existe a figura de linguagem: a) Paradoxo b) Eufemismo c) Sinestesia d) Antítese e) Gradação 04. Coloque V para informação verdadeira e F para informação falsa, em relação ao terceiro parágrafo do texto: ( ) Os valores éticos hoje são raridades. ( ) A confiança deixou de ser prática na sociedade. ( ) A descrença e a coerência valem Prêmio Nobel. ( ) A ética é condição básica para a formação do homem. ( ) A dignidade está acima de toda e qualquer obrigação. Pela seqüência, o item correto é: a) V, V, F, F, V b) F, F; F; V, F c) V, V, F, V, F d) F, V, F, V, F e) V, F, F, V, F

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05. Em relação aos dois últimos parágrafos, pode-se concluir que: I. A família é a grande responsável pelo desequilíbrio do lar. II. A humanização (do homem) é um dos caminhos que levam à Paz. III. Os valores éticos são formados na família independentemente de época e cultura. IV. O homem se envergonha de sua própria natureza.

Estão corretas: a) Apenas I e II b) Apenas II e III c) Apenas I, II e III d) Apenas II e IV e) Todas Texto 1

UM MORRO AO FINAL DA PÁSCOA

Como tapetes flutuantes, elas surgiram de repente, em “muita quantidade”, balançando nas águas translúcidas de um mar que refletia as cores do entardecer. Os marujos as reconheceram de imediato, antes que sumissem no horizonte: chamavam-se botelhos as grandes algas que dançavam nas ondulações formadas pelo avanço da frota imponente. Pouco mais tarde, mas ainda antes que a escuridão se estendesse sobre a amplitude do oceano, outra espécie de planta marinha iria lamber o casco das naves, alimentando a expectativa e desafiando os conhecimentos daqueles homens temerários o bastante para navegar por águas desconhecidas. Desta vez eram rabos-de-asno: um emaranhado de ervas felpudas “que nascem pelos penedos do mar”. Para marinheiros experimentados, sua presença era sinal claro da proximidade de terra. Se ainda restassem dúvidas, elas acabariam no alvorecer do dia seguinte, quando os grasnados de aves marinhas romperam o silêncio dos mares e dos céus. As aves da anunciação, que voavam barulhentas por entre mastros e velas, chamavam-se fura-buxos. Após quase um século de navegação atlântica, o surgimento dessa gaivota era tido como indício de que, muito em breve, algum marinheiro de olhar aguçado haveria de gritar a frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar: “Terra à vista!”

BUENO, Eduardo. A Viagem do Descobrimento: a verdadeira história da expedição de Cabral. 1999, p. 7.

06. Baseado no Texto 1, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). I. Em Como tapetes flutuantes, elas surgiram de repente, a palavra em destaque, elas, substitui a expressão algas marinhas. II. As plantas marinhas que lambiam o casco das embarcações chamavam-se botelhos. III. Há, no texto, pelo menos duas expressões indi-cando que a cena descrita se passa durante o dia. IV. Para os marinheiros experimentados, quando os rabos-de-asno tocavam o casco das naves, era sinal claro da proximidade de terra. V. Na frase... balançando nas águas translúcidas de um mar que refletia as cores do entardecer, a palavra destacada pode ser substituída por transparentes. Estão corretas: a) I, II e III b) II, III e IV c) II, III, IV e V d) I, III, IV e V e) Todas as afirmativas. 07. Em relação ao Texto 1, é CORRETO afirmar que: I. Fura-buxos, aves de anunciação, são gaivotas marinhas que vivem longe da terra. II. Com a expressão homens que se fazem ao mar, o autor quis se referir aos marinheiros que se jogam no mar quando avistam indícios de terra. III. O autor, quando escreve que os grasnados dos fura-buxos romperam o silêncio dos mares e dos céus, quer dizer que essas aves de anunciação voavam barulhentas por entre os mastros e velas das naves. IV. O texto apresenta, entre os sinais da proximida-de de terra, os rabos-de-asno que lambiam os cascos das naves e os fura-buxos que voavam barulhentos por entre mastros e velas. a) I e II b) II e III c) III e IV d) I, II e III e) Todas as afirmativas. 08. Ainda a propósito do Texto 1, é CORRETO afirmar que: I. Na oração Os marujos as reconheceram de imediato..., o verbo reconhecer classifica-se como intransitivo. II. Em... outra espécie de planta marinha iria lamber o casco das naves... há uma prosopopéia. III. As expressões aves marinhas e aves dos mares estão em relação de sinonímia. IV. Em... romperam o silêncio dos mares ... a palavra silêncio funciona como núcleo do objeto direto. a) I e II b) II e III c) II, III e IV d) I, III e IV e) Todas as afirmativas.

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO VERBAIS E NÃO-VERBAIS

Frente: 01 Aula: 02

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[UFPB] Quando a linguagem fala do tempo e das pessoas TEXTO I [Para responder às questões de 1 a 7, ] Herança Nunca vi meu pai de camisa esporte. E quando ele morreu, minha mãe ficou olhando para mim. Eu tinha só dezessete anos. Meu pai não falava nunca. E minha mãe me olhando, esperando, querendo que eu respondesse: – O que é que ele diria no seu lugar? Como é que eu ia saber? Ora o meu lugar, qual era? Minha irmã começando a sair, namorar, e a minha mãe me perguntando: – Você acha que deve? E eu com isso! Depois a história da casa, vende não vende. E a loja, abre não abre. Minha mãe sempre indecisa: – O que é que eu faço? Meu pai tinha sido um homem severo, quieto, de poucos amigos. Ia de ônibus para o trabalho, representações. Ia e vinha. Sem fazer onda, a vida inteira. E de repente morrendo, foi coração, e deixando tudo arrumado. Ninguém tinha percebido. Nem minha mãe: – Eu não sabia o que era preocupação. E não era obrigada a saber. Mas se arreliava, suspirando. Eu que sempre odiei suspiro ficava ali, ouvindo, com sono. A troco de quê? Ela suspirava por medo, atrapalhação, falta de jeito. Principalmente com dinheiro. Ou de sozinha, ou desamparo. Porque eu não era apoio nem companhia. – Será que eu preciso vender a casa? Isso era comigo separado, minha irmã por longe. Pra que afligir a menina? Eu entendia, mas não respondia logo. Falava depois, aos poucos, e assim mesmo pela metade. Quase perdi o ano. – E a loja, não é boa idéia? Artigos infantis, roupinhas de nenê, tudo para crianças. No estilo de boutique, Rua Augusta 1. Uma das primeiras a aparecer. Era boa idéia, sim, devia ser bom negócio. Mas como garantir, assim de repente? Minha irmã se animava, ela que sempre se imaginou cercada de filhos, e eu calado, nem sim nem não. Afinal de contas, nunca vira a possibilidade de ganhar dinheiro vendendo coisas. – O seu dever é me orientar. Eu diante de minha mãe, ela me olhando, insistindo. Aborrecida, mais, irritada esperando por um conselho. Muito diferente. Que história é essa de dever, eu me perguntava, quase estourando. Sempre evitei dar palpites, fazer boa ação, negócio de escoteiro. Minha irmã fora bandeirante uns oito anos. Ela sim, podia ajudar. Ou não podia? Eu me sentia covarde, inútil, diminuí demais. E talvez por isso não dissesse nada. – Se seu pai fosse vivo... Aí as comparações. E no meio delas, a surpresa de ver minha mãe me acusando: você sempre teve um problema

com seu pai. Dito assim, na cara. Fiquei parado, calado, pensando naquilo. Seria mesmo verdade? Eu que a vida toda vinha andando meio por fora, meio para dentro, de mãos no bolso e cabeça baixa, podia ter lá problema com o velho? Logo ele, ausente e sem dizer nada, visto de longe. Que história é essa? Minha mãe respondendo, e aprofundando, já entrando nessa mania de explicar as pessoas. Ele era um homem de tino, que pensava em tudo, fazia e acontecia, prestava atenção nela, nos filhos. Eu reparava, eu compreendia? Não, ficava distante, metido comigo mesmo, nesse isolamento que era doentio, nesse egoísmo. Era o meu jeito, não era? Não era não, isso de jeito não justifica nada, era o problema, o meu, estava muito claro. Eu nunca entendera meu pai. Choque de gerações ia sendo aquilo. Mas o espanto foi maior, e a raiva baixou, e ficou mais uma dúvida quase triste, que me deixava remoendo as lembranças, achando às vezes que bem podia ser, outras que era tudo maluquice. Felizmente, para me ajudar, as perguntas de minha mãe acabaram. Vendeu-se a casa, por bom preço. Deixamos Vila Mariana e viemos para o Jardim Paulista, o apartamento em três anos para pagar. Com o dinheiro que sobrou comprou-se a loja, como já disse na Augusta. A renda que meu pai deixara ficou maior. Enquanto isso eu terminei o estudo e passei a trabalhar. De corretor, que estava dando muito, com um amigo que já vendera loteamentos, vilas, palacetes. Nessa vida sem horário, passava dias sem ver minha mãe ou minha irmã, sempre se revezando na loja. E quando as via, falávamos pouco. Do tempo de antes, ficara apenas um copo de leite, último cuidado maternal. Eu precisava me alimentar direito. A loja firmou-se, cresceu, minha mãe alegrou-se de novo. Meus negócios também aumentaram. Descobri que podia falar, e falar fácil, quando o assunto não era meu, pessoal, ou apenas envolvia dinheiro. Aos poucos, fui desempenando. E vez por outra, os três juntos em casa, conversávamos como nunca. Dinheiro ajuda muito, chega a melhorar as pessoas, e isso acontece até com os parentes. As perguntas de minha mãe voltaram. Mas ela decidia antes, e perguntava só de comparação, vamos ver o que você acha. Como faz hoje. Um dia, a propósito de uma partida qualquer que se atrasara, ela quis saber: – Devo aceitar? Eu que não entendo de roupas, fiquei um instante pensando, seria vantagem ou não. E ela rindo: – Já aceitei. Se fosse esperar sua opinião, fechava a loja. Você é igualzinho a seu pai. (RAMOS, Ricardo. Herança. In: _____ . Contos brasileiros 3. Para gostar de ler. 18 ed. São Paulo: Ática, v. 10. 2002, p. 80-83).

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EXERCÍCIO 01. O conto de Ricardo Ramos apresenta estrutura narrativa, em que o narrador. a) recorre à narração em 1ª pessoa, uma vez que relata momentos da própria vida. b) relata situações vividas pela família após a morte do pai, em uma narração na terceira pessoa. c) utiliza-se apenas do nível culto da linguagem para relatar as suas experiências de adolescente. d) afasta-se radicalmente do emprego de expressões coloquiais, assegurando ao conto um tom mais formal. e) faz uso de uma linguagem excessivamente figurada, visto que se trata de uma obra literária.

02. No fragmento “Ia e vinha. Sem fazer onda, a vida inteira.”, o narrador caracteriza seu pai como uma pessoa. a) calma, porque trabalhava com representações. b) tranqüila, porque era o seu jeito de ser, de encarar a vida. c) desligada, porque não informava nada do seu trabalho à família. d) inconstante, porque sempre mudava de emprego. e) decidida, porque sabia organizar a família.

03. O fragmento “- O que é que ele diria no seu lugar?” registra a fala da mãe conversando com o filho. Esse fragmento refere-se à(ao) a) resultado que o pai iria alcançar. b) espaço físico onde o pai deveria estar. c) situação que o filho gostaria de vivenciar. d) área onde o filho poderia agir. e) posição que o pai poderia assumir.

04. No fragmento “Depois a história da casa, vende não vende. E a loja, abre não abre.”, as expressões destacadas revelam que a família. a) vivenciava um momento de dúvida, porque lhe faltavam experiências para tomar certas decisões. b) sabia como administrar os imóveis e os negócios deixados pelo pai. c) tinha consciência das dificuldades que iria enfrentar após a morte do pai. d) esperava o momento oportuno para negociar os bens deixados pelo pai. e) percebera que a vida financeira precisava ser mais bem administrada.

05. Com base na leitura do conto, verifica-se que o narrador. a) desejava ter aproveitado melhor sua adolescência, sem responsabilidades. b) demonstrava insegurança para tomar as decisões cobradas por sua mãe. c) criticava a irmã por ela ter começado a namorar muito jovem. d) pretendia ser igualzinho a seu pai, apesar do choque de gerações. e) tinha orgulho de ser o único filho, de quem a mãe esperava decisões importantes. 06. (UFPB/PRG/COPERVE PSS-2008) Leia o fragmento: “Eu tinha só dezessete anos.” Quanto ao sentido da palavra só, destacada no fragmento, pode-se afirmar: I. Transmite idéia de limitação. II. Exprime idéia de explicação. III. Expressa idéia de exclusão. Está(ão) correta(s) apenas:

a) I d) I e II b) II e) II e III c) III

07 – No primeiro parágrafo do texto há: a) uma oração d) quatro orações b) duas orações e) cinco orações c) três orações [UFMS] A seguir, um trecho de uma crônica de Paulo Mendes Campos e responda às questões de 08 a 11

Hoje o homem vive simultaneamente em todas as regiões da Terra. Dói-lhe o mundo inteiro como se fosse uma extensão sensível do seu corpo; os postes telegráficos e as ondas de rádio são as células nervosas deste imenso organismo a transmitir-lhes impressões e dores em forma de notícias. A primeira página de um jornal é o gráfico desta vida nervosa suplementar, estampando diariamente a curva de nossas tristezas universais, somando as parcelas do mundo em nosso comportamento mental e dividindo a nossa mal distraída atenção pelos quatro recantos da Terra.

Nunca a unanimidade humana foi tão grande. Estamos interessados em tudo e todos. Das experiências termonucleares às pesquisas sobre a dor reumática. Das multidões esfomeadas da Índia à pobre menina brasileira que roubou um pão. Das reviravoltas políticas da África às usinas de alumínio do Canadá.

Por isso mesmo, mereço este dia de praia e de sol, fechado por algum tempo nesta felicidade deslumbrada feita de orgânico egoísmo. Hoje eu não sofreria nem por mim mesmo. Nosso destino é morrer. Mas é também nascer. O resto é aflição de espírito.

(Paulo Mendes Campos. Unanimidade).

08. Sobre o homem atual, assinale a alternativa correta. a) É um corpo sensível profundamente perturbado pela tecnologia moderna. b) Ainda que de forma indireta, vivencia plenamente os acontecimentos mundiais. c) Evita assuntos polêmicos, de modo a atingir a unanimidade com seus pares. d) Egoísta, por natureza, não abre mão do seu prazer em benefício do outro. e) Vê a mídia (rádio e jornal) apenas como fonte diária de sofrimento e desilusão.

09. O sentimento que mais se identifica com o “tom” manifestado pelo narrador, na maior parte do texto, é o de. a) desespero. d) amargura. b) indiferença. e) insegurança. c) alegria.

10. Na vida do narrador, o dia de sol e praia representa. a) uma forma de escapar de seus problemas pessoais. b) um momento de reflexão sobre a natureza. c) o direito de experimentar o prazer, mesmo que momentâneo. d) a necessidade de se livrar das obrigações diárias. e) o desejo inconsciente de nascer num mundo diferente do atual.

11. Assinale a alternativa correta. a) Do ponto de vista da tipologia textual, mesclam-se, no texto em estudo, seqüências narrativas e descritivas. b) O nós de “Estamos interessados em tudo e em todos” (2o parágrafo) remete apenas ao narrador e a seus leitores. c) O advérbio hoje é empregado com o mesmo sentido nas suas duas ocorrências no texto (1o e 3º parágrafos). d) No início do último parágrafo, o demonstrativo isso retoma o que foi dito nos dois parágrafos anteriores. e) Em “Nosso destino é morrer. Mas é também nascer” (3o parágrafo), a presença de termos considerados antônimos (em itálico) torna o enunciado contraditório.

12. Segundo o Dicionário Aurélio, provérbio pode ser definido como uma “máxima ou sentença de caráter prático e popular, comum a todo um grupo social, expressa de forma sucinta e geralmente rica em imagens”. Dentre os provérbios apresentados abaixo, assinale aquele que NÃO está corretamente interpretado. a) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Com persistência podemos conseguir o que almejamos. b) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. É preferível contentar-se com o pouco certo do que com o muito incerto. c) Nem tudo que reluz é ouro. Não devemos nos iludir com as aparências. d) Casa de ferreiro, espeto de pau. As pessoas recorrem a diferentes meios para sobreviver. e) Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Problemas dos outros, em geral, não nos afetam.

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EG280208

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Frente: 01 Aula: 03.1

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Olavo Bilac[...] Invejo o ourives quando escrevo: Corre; desenha, enfeita a imagem, Imito o amor A idéia veste: Com que ele, em ouro, o alto-relevo Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem Faz de uma flor. Azul-celeste. Imito-o. E, pois, nem de Carrara Torce, aprimora, alteia, lima A pedra firo: A frase; e, enfim, O alvo cristal, a pedra rara, No verso de ouro engasga a rima, O ônix prefiro. Como um rubim. Por isso, corre, por servir-me, Quero que a estrofe cristalina, Sobre o papel Dobrada ao jeito A pena, como em prata firme Do ourives, saia da oficina Corre o cinzel. Sem um defeito.

[...] venha e fique até o fim Quando o sol brilhar Agora que está chovendo mais do que nunca Nós brilharemos juntos sei que ainda temos um ao outro Jurei que estaria aqui para sempre Você pode ficar debaixo do meu guarda-chuva Disse que sempre serei sua amiga Você pode ficar debaixo do meu guarda-chuva ...”

Texto I:

Em diferentes momentos da história humana, a literatura teve um papel fundamental: o de denunciar a realidade, sobretudo

quando setores da sociedade tentam ocultá-la. Foi o que ocorreu, por exemplo, durante o período do governo militar no Brasil. Naquele momento, números escritores arriscaram a própria vida para denunciar, em suas obras, a violência que tornava a existência uma aventura arriscada.

A leitura dessas obras, mesmo que vivamos em uma sociedade democrática e livre, nos ensina a valorizar nossos direitos individuais, nos ajuda a desenvolver uma melhor consciência política e social. Em resumo, permite que olhemos para a nossa história e, conhecendo algumas de suas passagens mais aterradoras, busquemos construir um futuro melhor.

Mas não é apenas em momentos de opressão política que a literatura denuncia a realidade. Graciliano Ramos, por exemplo, ao contar a saga de Fabiano e sua família, em Vidas secas, denuncia a triste realidade de uma parte do Nordeste brasileiro, até hoje condenada à seca e à falta de perspectivas.

O poeta Ferreira Gullar, em vários de seus poemas, aponta para as injustiças e as estreitas possibilidades de realização das pessoas, limitadas por uma realidade social adversa.

(Maria Luiza Abaurre e Marcela Pontara. Literatura Brasileira: tempos, leitores e leituras. São Paulo: Moderna, p. 11) 01. O conteúdo global do Texto I pretende ressaltar: a) a urgência de uma literatura que trate da violência que marca a sociedade atual. b) a pouca relevância da literatura produzida no Brasil durante o governo militar. c) o papel da literatura diante dos problemas sociais que afligem as pessoas. d) a importância da literatura regional na constituição do cenário nacional. e) a falta de perspectiva da literatura que se desenvolveu no Nordeste brasileiro. 02. O conteúdo global do Texto I pretende ressaltar que função da linguagem: a) emotiva d) referencial b) poética e) metalingüística c) fática 03. O texto pertence à escola literária que predominou no Brasil no final do século XIX. Pensando na intencionalidade e/ou no propósito do texto: qual a função da linguagem presente no texto? Justifique sua resposta. Profissão de fé 04. Leia esses versos de UMBRELLA de Rihanna:

As funções da linguagem mais tocantes nessa passagem são: a) emotiva e fática b) metalingüística e referencial c) fática e poética d) referencial e apelativa e) apelativa e emotiva Leia a tirinha ao lado:

O Estado de S. Paulo, de 10/09/06, TV&Lazer. p 22.

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05. Uma das motivações para o emprego do tempo presente em vez do futuro do pretérito no terceiro quadro se deve a) à necessidade de o Recruta Zero certificar-se da ação concreta do Sargento. b) ao fato de o Sargento não ter conseguido distrair o inimigo. c) à incerteza do Recruta Zero, que ainda aguardava a ordem do Sargento. d) à falta de simultaneidade entre o grito do Sargento e a ordem dada por ele. e) ao fato de o Recruta Zero não ter atacado quando o Sargento ordenou. 06. O efeito humorístico da tira se dá devido ao emprego dos elementos a) “quando” e “primeiro”. d) “por que” e “quando”. b) “primeiro” e “e”. e) “se” e “quando”. c) “enquanto” e “primeiro”. 07. Enquanto propósito do texto, o segundo quadrinho evidencia: a) a função emotiva d) a função metalingüística b) a função conativa e) a função fática c) a função referencial

A mãe de Bryan Ruda, Michelle, ficou furiosa com os diretores da escola Parma Community, no

subúrbio de Cleveland, nos Estados Unidos. “Eu entendo que eles tenham um código de vestimenta, e uniforme também. Mas isso é discriminação. Eles não podem me dizer como devo cortar o cabelo do meu filho.” Já a escola argumenta que o corte de cabelo do garoto é “inaceitável”. Disse ainda que ele foi advertido três vezes antes de ser suspenso. O fato é que o caso ganhou destaque na imprensa norte-americana -e levou Bryan e seu cabelo moicano às manchetes dos jornais locais. Como diria Shakespeare, muito barulho por nada.

Por Fabio Schivartche

08. Uma leitura atenta ao texto, percebemos a presença das funções: a) expressiva e denotativa d) conativa e emotiva b) fática e emotiva e) apelativa e referencial c) metalingüística e poética 09 Leia a letra de Rodrigo Zulu do Sorriso Maroto: - Não Tem Perdão Eu não tô legal, Choro toda vez que entro em nosso quarto, não vai ser fácil de recuperar, vontade de viver tô toda a vez que olho no espelho, sem astral, toda a vez que vejo o seu retrato. por falta de você 10. A função da linguagem pretendida por Rodrigo Zulu: a) a função emotiva d) a função metalingüística b) a função conativa e) a função fática c) a função referencial 11. Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para: a) condenar a prática de exercícios físicos. b) valorizar aspectos da vida moderna. c) desestimular o uso das bicicletas. d) caracterizar o diálogo entre gerações. e) criticar a falta de perspectiva do pai.

FRANK & ENEST / Bob Thaves 12. A tira “Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma idéia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente, a) pelo alcance de cada cultura. b) pela capacidade visual do observador. c) pelo senso de humor de cada um. d) pela idade do observador. e) pela altura do ponto de observação.

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Conteúdo do Texto 1

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

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Leia o texto abaixo: Poema que aconteceu

Nenhum desejo neste domingo nenhum problema nesta vida o mundo parou de repente os homens ficaram calados domingo sem fim nem começo.

A mão que escreve este poema não sabe o que está escrevendo mas é possível que se soubesse nem ligasse.

01. Quantas orações há na primeira estrofe poema de Carlos Drummond de Andrade?

02. Como elas se classificam?

Leia o texto abaixo: 03. (UEL) O poema que segue faz parte do primeiro livro de Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia, publicado em 1930, e tem como título "Cidadezinha qualquer". Leia o poema e assinale a alternativa correta:

Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras Pomar amor cantar.

Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus.

a) O poema denuncia de forma irônica e com uma linguagem sintética a monotonia e o tédio que predominam em pequenas cidades do interior. b) O poema mostra com sentimento piedoso o desajuste existencial do homem diante da vida. c) O poema retrata de modo triste e melancólico a desventura amorosa do poeta na cidade de Itabira, onde nasceu. d) Predomina no poema um sentimento de nostalgia do passado, por meio de uma linguagem muito simples e pouco elaborada esteticamente. e) Há no poema uma preocupação de ordem social e política que sintetiza o "sentimento do mundo" do eu lírico. 04. Quantas orações há na primeira estrofe do poema?

05. Como elas se classificam?

06. Como se classificam as orações da segunda estrofe?

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Leia o texto abaixo: Mãos dadas

(Sentimento do mundo)

Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças. Entre ele, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

07. Quantas orações há na primeira estrofe poema Mãos dadas de Carlos Drummond de Andrade?

08. Como elas se classificam?

Leia a charge de Bessinha publicada em Charge on line. ,

09. Quantas orações há na música de Raul Seixas?

10. Como elas se classificam?

Leia esta tirinha de Mafalda

11. No segundo quadrinho, quantas e como se classificam as orações?

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MA300801

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MAURO NASCIMENTO

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

01

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Foi Assim Rui Barata Composição: Paulo André/Ruy Barata

Foi assim

Como um resto de sol no mar

Como a brisa da preamar

Nós chegamos ao fim

Foi assim

Quando a flôr ao luar se deu

Quando o mundo era quase meu

Tu te foste de mim

Volta meu bem, murmurei

Volta meu bem repeti

Não há canção nos teus olhos

Nem amanhã nesse adeus

Horas, dias, meses, se passando

E nesse passar uma ilusão guardei

Ver-te novamente na varanda

A voz sumida e quase em pranto a me dizer

Meu bem voltei

Hoje essa ilusão se fez em nada

E a te beijar outra mulher eu vi

Vi no teu olhar envenenado

O mesmo olhar do meu passado

E soube então que te perdi.

Olhos Nos Olhos Chico Buarque Composição: Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem

Me disse pra ser feliz e passar bem

Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci

Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever

Já vai me encontrar refeita, pode crer

Olhos nos olhos

Quero ver o que você faz

Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando

Me pego cantando, sem mais, nem por quê

Tantas águas rolaram

Quantos homens me amaram

Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim

Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim

Olhos nos olhos

Quero ver o que você diz

Quero ver como suporta me ver tão feliz

01. Assinale a alternativa que apresenta uma idéia de exagero no texto de Chico Buarque. a) Verso I b) Versao II c) Verso III d) Verso IV

02. No primeiro verso do texto do Chico Buarque que podemos observar. a) Um chamamento b) Uma sentença com idéia de causa c) Uma interrogação 03. Podemos afirmar que o texto de Chico Buarque acontece: a) com dois personagens cara-a-cara b) por telefone c) como um pensamento de uma das personagens. d) como um sonho expressando a vontade de uma das personagens.

04. O texto de Chico Buarque tem em comum com o texto de Rui Barata por:

a) os dois serem textos narrativos, narrados pelos autores. b) Nos dois textos os autores se posicionam como mulheres

c) os textos apresentarem duas partes: A primeira apresenta a dor do poeta e a segunda a felicidade. d) Apresentarem temáticas idênticas. 05. No texto de Rui Barata não podemos afirmar que: a) apresenta uma narrativa b) foi feito por metáfora c) apresenta uma narrativa com início, meio e fim d) na primeira estrofe apresenta uma lingua no seu sentido real restrito 06. Podemos encontrar uma invocação no texto 2 em: a) “Como a brisa da preamar” b) nós chegamos ao fim c) “Hoje esta ilusão se fez em nada” d) “Volta, meu bem, volta, meu bem” 07. No início da 2ª estrofe do texto de Chico Buarque podemos perceber um sentimento de: a) vingança b) mágoa c) certeza d) incerteza

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08. No texto “Foi assim” no contexto“ “vi no seu olhar envenenado” sugere com a leitura do contexto: a) uma incerteza b) uma certeza c) uma discursão d) uma súplica 09. O sentimento de desespero do texto de Chico Buarque esta presente em: a) “Olhos nos olhos” b) “mas depois como era de costume obedeci”. c) “Quando você me quiser rever” d) “Quase enlouqueci” 10. Temos um mareado de situções que já aconteceu no texto de Rui Barata em: a) Novamente b) Hoje c) como d) e

QUESTÕES DISCURSIVAS 01. Retire dos dois textos uma sentença que caracteriza a personagem feminina. ___________________________________________________

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02. Em: “Como um resto de sol no mar como a brisa da preamar tu te fostes de mim”. Explique esta relação de comparação existente no contexto. ___________________________________________________

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03. No texto de Chico Buarque existe uma expressão que caracteriza uma linguagem do cotidiano em situações de desfecho de um relacionamento. Tal expressão revela uma mágoa e desprezo. Identifique tal situação. ___________________________________________________

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04. No texto de Chico Buarque podemos identificar um contexto que caracteriza a mulher submissa. Que contexto é esse? ___________________________________________________

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05. O título do texto de Rui Barata é Foi assim. Continue o título do texto de forma demostrativa: Foi assim......... ___________________________________________________

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06. Esclareça traços sentimentais comuns entre os dois textos. ___________________________________________________

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07. Retire do texto de Rui Barata um contexto que possua traços da inovação, chamamento. ___________________________________________________

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08. Justifique o título do texto de Chico Buarque. ___________________________________________________

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09. Que contexto do texto de Rui Barata confirma o êxtase o poeta maior do amor? ___________________________________________________

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10. Qual a temática dos dois textos? Tem alguma diferença? ___________________________________________________

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A Certeza de Vencer

07

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ORIGEM FEMININA

Existem várias lendas sobre a origem da Mulher. Uma diz que Deus pôs o primeiro homem a dormir, inaugurando assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher.

Uma variante desta lenda diz que Deus, com seu

prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando “Depois eu melhoro”, e mais tarde, com o tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher, que é “melhor” em aramaico.

Outra lenda diz que Deus fez a mulher primeiro, e caprichou nas suas formas, e aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora. No Extremo Oriente existe a lenda de que as mulheres caem do céu, já de kimono.

Todas estas lendas, claro, têm pouco a ver com a verdade científica. Hoje se sabe que o Homem é o produto de um processo evolutivo que começou com a primeira ameba a sair do mar primevo, e é o descendente direto de uma linha específica de primatas, tendo passado por várias fases até atingir o seu estágio atual e aí encontrar a Mulher, que ninguém ainda sabe de onde veio.

É certamente ridículo pensar que as mulheres também descendem de macacos. A minha mãe, não! Inclino-me para a tese da origem extraterrena. A mulher viria (isto é pura especulação, claro) de outro planeta.

Venho observando-as durante anos - inclusive casei com uma, para poder estudá-las mais de perto - e julgo ter colecionado provas irrefutáveis de que elas não são deste mundo. Ultimamente têm tentado dissimular sua peculiaridade, assumindo atitudes masculinas e fazendo coisas - como dirigir grandes empresas e xingar a mãe do motorista ao lado - impensáveis há alguns anos, o que só aumenta a suspeita de que se trata de uma estratégia para camuflar nossas diferenças, que estavam começando a dar na vista.

Quando comentamos o fato, nos acusam de ser machistas, presos a preconceitos e incapazes de reconhecer seus direitos, ou então roçam a nossa nuca com o nariz, dizendo coisas como “ioink, ioink” que nos deixam arrepiados e sem argumentos.

E têm seus golpes baixos. Seus truques covardes. Seus olhos laser, claros ou profundamente escuros, suas bocas. Meu Deus, algumas até sardas no nariz. Seus seios, aqueles mísseis inteligentes. Aquela curva suave da coxa, quando está chegando no quadril, e a Convenção de Genebra não vê isso!

E as armas químicas - perfumes, loções, cremes. São de uma civilização superior, o que podem nossos tacapes contra os seus exércitos de encantos?

Breve dominarão o mundo. Breve saberemos o que elas querem. Se depois de sair este artigo, eu for encontrado morto com sinais de ter sido carinhosamente asfixiado, como um sorriso, minha tese está certa. O que elas querem, afinal?

Se a mulher realmente veio ao mundo para inspirar o homem a melhorar e ser digno dela, pode ter chegado à conclusão de que falhou, que este velho guerreiro nunca tomará jeito. Continuaremos a ser mulheres com defeito, uma

experiência menor num planeta inferior. O que sugere a possibilidade de que, assim como veio, a mulher está pronta a partir, desiludida conosco.

E se for isso que elas conspiram nos banheiros? A retirada? Seríamos abandonados à nossa própria estupidez. Nossos melhores cientistas abandonando tudo e se dedicando a intermináveis testes com a costela, depois de desistir da mulher sintética. Tentando recriar a mágica da criação.

Uma mulher, qualquer mulher, de qualquer jeito! Prometemos que desta vez não as decepcionaremos! Uma mulher! Como é que se faz uma mulher?

(Luís Fernando Veríssimo – Leia o texto na íntegra em www.lfvcronicas.com.br)

01. 2.1. Quando no início do texto, o autor afirma, “Existem várias lendas sobre a origem da Mulher”, podemos compreender que: a. a verdadeira origem da vida ainda não foi comprovada cientificamente b. a origem feminina ainda é algo intrigante e cheio de interrogações c. textos e crenças a respeito da criação da mulher não passam de suposições não comprováveis d. muito se conta sobre a origem de Eva mas pouco se sabe sobre a verdadeira origem desse personagem bíblico e. varias histórias que explicariam a origem da vida foram criadas para responder à duvida sobre a origem da vida 02. Leia e avalie as afirmações: I. Quando afirma “Mulher é ‘melhor’ em aramaico”, o autor brinca com a semelhança fonética e gráfica da palavra e não com o significado II. a frase “as mulheres caem do céu, já de kimono” pode era assim traduzida: ou seja, prontas pra briga. III. Num dado momento do texto o autor recusa a idéia em ter de aceitar pensar que as mulheres também descendem de macacos porque seria uma ofensa à raça humana IV. Para Veríssimo o golpe mais baixo de uma mulher é a sua beleza incontestável Delas: a. a. apenas a III está incorreta b. b. apenas I é incorreta c. c. todas são corretas d. d. I, II e IV são corretas e. e. I e II são corretas 1. 2. Leia o texto: A costela de Adão Adão estava falando com Deus e diz: - Eu quero uma mulher que seja bonita, alta, magra, inteligente e simpática. E Deus responde: - Isso vai te custar um olho, uma perna, um braço e dez dedos. Adão pensa e diz: - E o que você me faz por uma costela? E assim nasceu a mulher...

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POR QUE DEUS CRIOU PRIMEIRO O HOMEM, E DEPOIS A MULHER? Porque as experiências são feitas primeiro com animais e depois com humanos!!! POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE MULHERES INTELIGENTES? Porque os opostos se atraem! QUANDO É QUE UM HOMEM PERDE 90% DE SUA INTELIGÊNCIA? Quando fica viúvo! POR QUE DEUS FEZ A MULHER DA COSTELA DE ADÃO? Para que ele aprendesse que não se faz nada de bom com coisa roubada.

03. Da relação com essa historia, um fragmento do texto de Veríssimo contrapõe-se a este: a. assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher. b. com seu prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando “Depois eu melhoro” c. com o tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher d. aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora. e. as mulheres também descendem de macacos

04. O titulo do texto: a. apresenta um desvio de concordância nominal já que Adão tem uma parceira e não um parceiro b. traz na sua semântica uma ironia que embute em si a idéia de que a Eva não é boa parceira c. traz na sua semântica uma ironia que embute em si a idéia de que pra ser “parceiro” tem que ser homem d. é coerente com a idéia textual já que no texto é explicitado que Adão buscava um parceiro pra si, sem saber o que seria ele. e. é coerente com a semântica textual já que no texto é explicitado que Adão buscava um parceiro e Deus lhe propôs a escolha de um animal e Eva, enquadra-se nesta idéia. 05. Leia e analise: I. Todas elas trazem em sua semântica a rivalidade entre os sexos II. Têm o humor gerado pelo duplo sentido, a ambigüidade III. A ultima tem caráter moralista enquanto as outras são tem função humorística

IV. Na segunda frase a palavra opostos diz respeito à oposição entre os dois sexo: o masculino e o feminino Delas: a. a. apenas I é incorreta b. b. todas são corretas c. c. I, II e IV são corretas d. d. II e III são corretas e. e. I e III são incorretas 06. Leia, observe e responda:

a. O texto é uma mistura de linguagem verbal e não-verbal. A cor, o formato e as simbologias utilizadas compõem a coerência textual. Explique porque o autor usou essas características na construção textual e de que forma o “desenho” do “rótulo” contribui para a mensagem central do texto

b. a fórmula crida pelo autor é uma mistura de sentidos. Lê-se uma coisa e pensa-se em outras. Explique porque isso acontece e que fenômeno semântico permite essa polissemia de idéias.

Adão e seu parceiro

Deus tinha terminado de criar Adão. - Adão, eu quero que escolha um parceiro entre os outros animais do jardim. Então Adão procurou por todo jardim tentando achar um parceiro. Após alguns minutos: - Deus, nenhum desses animais serve. Então Deus fez a mulher para Adão. Adão olhou para a mulher e: - Deus, por que você a fez tão bonita? - Porque assim você irá gostar dela, Adão. - Mas Deus, ela é tão linda, por que ela é tão linda? - Por que assim você irá gostar dela. - Mas Deus, por que você a fez tão burra? - Porque assim ela irá gostar de você.

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Conteúdo do Texto 1

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A Certeza de Vencer

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ORIGEM FEMININA

Existem várias lendas sobre a origem da Mulher. Uma diz que Deus pôs o primeiro homem a dormir, inaugurando assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher.

Uma variante desta lenda diz que Deus, com seu

prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando “Depois eu melhoro”, e mais tarde, com o tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher, que é “melhor” em aramaico.

Outra lenda diz que Deus fez a mulher primeiro, e caprichou nas suas formas, e aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora. No Extremo Oriente existe a lenda de que as mulheres caem do céu, já de kimono.

Todas estas lendas, claro, têm pouco a ver com a verdade científica. Hoje se sabe que o Homem é o produto de um processo evolutivo que começou com a primeira ameba a sair do mar primevo, e é o descendente direto de uma linha específica de primatas, tendo passado por várias fases até atingir o seu estágio atual e aí encontrar a Mulher, que ninguém ainda sabe de onde veio.

É certamente ridículo pensar que as mulheres também descendem de macacos. A minha mãe, não! Inclino-me para a tese da origem extraterrena. A mulher viria (isto é pura especulação, claro) de outro planeta.

Venho observando-as durante anos - inclusive casei com uma, para poder estudá-las mais de perto - e julgo ter colecionado provas irrefutáveis de que elas não são deste mundo. Ultimamente têm tentado dissimular sua peculiaridade, assumindo atitudes masculinas e fazendo coisas - como dirigir grandes empresas e xingar a mãe do motorista ao lado - impensáveis há alguns anos, o que só aumenta a suspeita de que se trata de uma estratégia para camuflar nossas diferenças, que estavam começando a dar na vista.

Quando comentamos o fato, nos acusam de ser machistas, presos a preconceitos e incapazes de reconhecer seus direitos, ou então roçam a nossa nuca com o nariz, dizendo coisas como “ioink, ioink” que nos deixam arrepiados e sem argumentos.

E têm seus golpes baixos. Seus truques covardes. Seus olhos laser, claros ou profundamente escuros, suas bocas. Meu Deus, algumas até sardas no nariz. Seus seios, aqueles mísseis inteligentes. Aquela curva suave da coxa, quando está chegando no quadril, e a Convenção de Genebra não vê isso!

E as armas químicas - perfumes, loções, cremes. São de uma civilização superior, o que podem nossos tacapes contra os seus exércitos de encantos?

Breve dominarão o mundo. Breve saberemos o que elas querem. Se depois de sair este artigo, eu for encontrado morto com sinais de ter sido carinhosamente asfixiado, como um sorriso, minha tese está certa. O que elas querem, afinal?

Se a mulher realmente veio ao mundo para inspirar o homem a melhorar e ser digno dela, pode ter chegado à conclusão de que falhou, que este velho guerreiro nunca tomará jeito. Continuaremos a ser mulheres com defeito, uma

experiência menor num planeta inferior. O que sugere a possibilidade de que, assim como veio, a mulher está pronta a partir, desiludida conosco.

E se for isso que elas conspiram nos banheiros? A retirada? Seríamos abandonados à nossa própria estupidez. Nossos melhores cientistas abandonando tudo e se dedicando a intermináveis testes com a costela, depois de desistir da mulher sintética. Tentando recriar a mágica da criação.

Uma mulher, qualquer mulher, de qualquer jeito! Prometemos que desta vez não as decepcionaremos! Uma mulher! Como é que se faz uma mulher?

(Luís Fernando Veríssimo – Leia o texto na íntegra em www.lfvcronicas.com.br)

01. 2.1. Quando no início do texto, o autor afirma, “Existem várias lendas sobre a origem da Mulher”, podemos compreender que: a. a verdadeira origem da vida ainda não foi comprovada cientificamente b. a origem feminina ainda é algo intrigante e cheio de interrogações c. textos e crenças a respeito da criação da mulher não passam de suposições não comprováveis d. muito se conta sobre a origem de Eva mas pouco se sabe sobre a verdadeira origem desse personagem bíblico e. varias histórias que explicariam a origem da vida foram criadas para responder à duvida sobre a origem da vida 02. Leia e avalie as afirmações: I. Quando afirma “Mulher é ‘melhor’ em aramaico”, o autor brinca com a semelhança fonética e gráfica da palavra e não com o significado II. a frase “as mulheres caem do céu, já de kimono” pode era assim traduzida: ou seja, prontas pra briga. III. Num dado momento do texto o autor recusa a idéia em ter de aceitar pensar que as mulheres também descendem de macacos porque seria uma ofensa à raça humana IV. Para Veríssimo o golpe mais baixo de uma mulher é a sua beleza incontestável Delas: a. a. apenas a III está incorreta b. b. apenas I é incorreta c. c. todas são corretas d. d. I, II e IV são corretas e. e. I e II são corretas 1. 2. Leia o texto: A costela de Adão Adão estava falando com Deus e diz: - Eu quero uma mulher que seja bonita, alta, magra, inteligente e simpática. E Deus responde: - Isso vai te custar um olho, uma perna, um braço e dez dedos. Adão pensa e diz: - E o que você me faz por uma costela? E assim nasceu a mulher...

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POR QUE DEUS CRIOU PRIMEIRO O HOMEM, E DEPOIS A MULHER? Porque as experiências são feitas primeiro com animais e depois com humanos!!! POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE MULHERES INTELIGENTES? Porque os opostos se atraem! QUANDO É QUE UM HOMEM PERDE 90% DE SUA INTELIGÊNCIA? Quando fica viúvo! POR QUE DEUS FEZ A MULHER DA COSTELA DE ADÃO? Para que ele aprendesse que não se faz nada de bom com coisa roubada.

03. Da relação com essa historia, um fragmento do texto de Veríssimo contrapõe-se a este: a. assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher. b. com seu prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando “Depois eu melhoro” c. com o tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher d. aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora. e. as mulheres também descendem de macacos

04. O titulo do texto: a. apresenta um desvio de concordância nominal já que Adão tem uma parceira e não um parceiro b. traz na sua semântica uma ironia que embute em si a idéia de que a Eva não é boa parceira c. traz na sua semântica uma ironia que embute em si a idéia de que pra ser “parceiro” tem que ser homem d. é coerente com a idéia textual já que no texto é explicitado que Adão buscava um parceiro pra si, sem saber o que seria ele. e. é coerente com a semântica textual já que no texto é explicitado que Adão buscava um parceiro e Deus lhe propôs a escolha de um animal e Eva, enquadra-se nesta idéia. 05. Leia e analise: I. Todas elas trazem em sua semântica a rivalidade entre os sexos II. Têm o humor gerado pelo duplo sentido, a ambigüidade III. A ultima tem caráter moralista enquanto as outras são tem função humorística

IV. Na segunda frase a palavra opostos diz respeito à oposição entre os dois sexo: o masculino e o feminino Delas: a. a. apenas I é incorreta b. b. todas são corretas c. c. I, II e IV são corretas d. d. II e III são corretas e. e. I e III são incorretas 06. Leia, observe e responda:

a. O texto é uma mistura de linguagem verbal e não-verbal. A cor, o formato e as simbologias utilizadas compõem a coerência textual. Explique porque o autor usou essas características na construção textual e de que forma o “desenho” do “rótulo” contribui para a mensagem central do texto

b. a fórmula crida pelo autor é uma mistura de sentidos. Lê-se uma coisa e pensa-se em outras. Explique porque isso acontece e que fenômeno semântico permite essa polissemia de idéias.

Adão e seu parceiro

Deus tinha terminado de criar Adão. - Adão, eu quero que escolha um parceiro entre os outros animais do jardim. Então Adão procurou por todo jardim tentando achar um parceiro. Após alguns minutos: - Deus, nenhum desses animais serve. Então Deus fez a mulher para Adão. Adão olhou para a mulher e: - Deus, por que você a fez tão bonita? - Porque assim você irá gostar dela, Adão. - Mas Deus, ela é tão linda, por que ela é tão linda? - Por que assim você irá gostar dela. - Mas Deus, por que você a fez tão burra? - Porque assim ela irá gostar de você.

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MA060208

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Frente: 01 Aula: 01

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Foi Assim Rui Barata Composição: Paulo André/Ruy Barata

Foi assim

Como um resto de sol no mar

Como a brisa da preamar

Nós chegamos ao fim

Foi assim

Quando a flôr ao luar se deu

Quando o mundo era quase meu

Tu te foste de mim

Volta meu bem, murmurei

Volta meu bem repeti

Não há canção nos teus olhos

Nem amanhã nesse adeus

Horas, dias, meses, se passando

E nesse passar uma ilusão guardei

Ver-te novamente na varanda

A voz sumida e quase em pranto a me dizer

Meu bem voltei

Hoje essa ilusão se fez em nada

E a te beijar outra mulher eu vi

Vi no teu olhar envenenado

O mesmo olhar do meu passado

E soube então que te perdi.

Olhos Nos Olhos Chico Buarque Composição: Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem

Me disse pra ser feliz e passar bem

Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci

Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever

Já vai me encontrar refeita, pode crer

Olhos nos olhos

Quero ver o que você faz

Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando

Me pego cantando, sem mais, nem por quê

Tantas águas rolaram

Quantos homens me amaram

Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim

Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim

Olhos nos olhos

Quero ver o que você diz

Quero ver como suporta me ver tão feliz

01. Assinale a alternativa que apresenta uma idéia de exagero no texto de Chico Buarque. a) Verso I b) Versao II c) Verso III d) Verso IV

02. No primeiro verso do texto do Chico Buarque que podemos observar. a) Um chamamento b) Uma sentença com idéia de causa c) Uma interrogação 03. Podemos afirmar que o texto de Chico Buarque acontece: a) com dois personagens cara-a-cara b) por telefone c) como um pensamento de uma das personagens. d) como um sonho expressando a vontade de uma das personagens.

04. O texto de Chico Buarque tem em comum com o texto de Rui Barata por:

a) os dois serem textos narrativos, narrados pelos autores. b) Nos dois textos os autores se posicionam como mulheres

c) os textos apresentarem duas partes: A primeira apresenta a dor do poeta e a segunda a felicidade. d) Apresentarem temáticas idênticas. 05. No texto de Rui Barata não podemos afirmar que: a) apresenta uma narrativa b) foi feito por metáfora c) apresenta uma narrativa com início, meio e fim d) na primeira estrofe apresenta uma lingua no seu sentido real restrito 06. Podemos encontrar uma invocação no texto 2 em: a) “Como a brisa da preamar” b) nós chegamos ao fim c) “Hoje esta ilusão se fez em nada” d) “Volta, meu bem, volta, meu bem” 07. No início da 2ª estrofe do texto de Chico Buarque podemos perceber um sentimento de: a) vingança b) mágoa c) certeza d) incerteza

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08. No texto “Foi assim” no contexto“ “vi no seu olhar envenenado” sugere com a leitura do contexto: a) uma incerteza b) uma certeza c) uma discursão d) uma súplica 09. O sentimento de desespero do texto de Chico Buarque esta presente em: a) “Olhos nos olhos” b) “mas depois como era de costume obedeci”. c) “Quando você me quiser rever” d) “Quase enlouqueci” 10. Temos um mareado de situções que já aconteceu no texto de Rui Barata em: a) Novamente b) Hoje c) como d) e

QUESTÕES DISCURSIVAS 01. Retire dos dois textos uma sentença que caracteriza a personagem feminina. ___________________________________________________

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02. Em: “Como um resto de sol no mar como a brisa da preamar tu te fostes de mim”. Explique esta relação de comparação existente no contexto. ___________________________________________________

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03. No texto de Chico Buarque existe uma expressão que caracteriza uma linguagem do cotidiano em situações de desfecho de um relacionamento. Tal expressão revela uma mágoa e desprezo. Identifique tal situação. ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

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___________________________________________________

04. No texto de Chico Buarque podemos identificar um contexto que caracteriza a mulher submissa. Que contexto é esse? ___________________________________________________

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05. O título do texto de Rui Barata é Foi assim. Continue o título do texto de forma demostrativa: Foi assim......... ___________________________________________________

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06. Esclareça traços sentimentais comuns entre os dois textos. ___________________________________________________

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07. Retire do texto de Rui Barata um contexto que possua traços da inovação, chamamento. ___________________________________________________

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08. Justifique o título do texto de Chico Buarque. ___________________________________________________

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09. Que contexto do texto de Rui Barata confirma o êxtase o poeta maior do amor? ___________________________________________________

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10. Qual a temática dos dois textos? Tem alguma diferença? ___________________________________________________

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MA270308

NÍVEIS DE LINGUAGEM: REGÊNCIA NOMINAL 1

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MAURO NASCIMENTO

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

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Composição: O Rappa

Ô Ô Ô Ô Ô my brother (4x) É... A idéia lá corria solta Subia a manga amarrotada social No calor alumínio não tinha caneta nem papel E uma idéia fugia Era o rodo cotidiano (2x) O espaço é curto quase um curral Na mochila amassada uma quentinha abafada Meu troco é pouco, é quase nada (2x) Ô Ô Ô Ô Ô my brother (4x) Não se anda por onde gosta Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta Ela some ela no ralo de gente Ela é linda mas não tem nome É comum e é normal Sou mais um no Brasil da Central Da minhoca de metal que entorta as ruas Da minhoca de metal Como um Concorde apressado cheio de força Voa, voa mais pesado que o ar O avião do trabalhador Ô Ô Ô Ô Ô my brother (4x) O espaço é curto quase um curral Na mochila amassada uma vidinha abafada Meu troco é pouco, é quase nada (2x)

Não se anda por onde gosta Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta Ela some ela no ralo de gente Ela é linda mas não tem nome É comum e é normal Sou mais um no Brasil da Central Da minhoca de metal que entorta as ruas Da minhoca de metal que entorta as ruas Como um Concorde apressado cheio de força Voa, voa mais pesado que o ar O avião do trabalhador Ô Ô Ô Ô Ô my brother (4x)

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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EXERCÍCIO 01. Em: “Subia a manga amarrotada social”. a) Deixa claro que naquele espaço todos estavam de manga comprida. b) A palavra social significa sociedade. c) Retrata um tipo de vestimenta. d) Retoma uma idéia falsa de sociedade. 02. A expressão destacada na primeira estrofe significa: a) uma forma de calor b) um tipo de calor c) um local com calor d) uma vertente de calor 03. Justifica-se uma idéia anterior na alternativa: a) metrô b) trem c) marmitex d) sala 04. Assinale a alternativa em que o autor do texto faz uma crítica social atravez da comparação: a) “E uma idéia fugia” b) “È uma idéia rodo cotidiano” c) “O espaço é curto e quase um curral” d) “Meu troco é pouco, é quase nada” 05. A expressão presente no refrão da música expressa: a) Uma linguagem distante da realidade do povo brasileiro b) Um estrangeirismo típico dos grandes centros. c) Uma gíria típica dos grandes centros urbanos d) Um coloquialismo que caracteriza um mundo contemporâneo. 06. Na terceira estrofe do texto podemos observar que: a) Independente de quem seja. No “rodo cotidiano” todos se cruzam e se encontra. b) O caminho que se segue é bastante diferente das pessoas que fazem parte do “rodo cotidiano”. c) Todos passam despercebidos no “rodo cotidiano”. d) O “ralo” é a seleção natural do mundo moderno 07. O quarto parágrafo do texto nos revela: a) Força b) Luta c) Pressa d) Dignidade 08. Na segunda estrofe do texto do verso dois temos a palavra “quentinha” e na quinta estrofe do verso dois temos a palavra “vidinha”. As mesmas estabelecem uma relação de: a) sentidos opostos b) causa e conseqüência c) mesmo sentido d) conseqüência e causa 09. Teremos mudanças de sentido em: a) Não se anda por onde gosta / por onde gosta não se anda. b) mas por aqui tem jeito / não tem jeito por aqui. c) Ela é linda mas não tem nome / Não tem nome, mas ela é linda d) Sou mais um no Brasil da central / Sou mais um na Central do Brasil. 10.Substituindo o último termo destacado sem alteração de sentido temos: a) percorre b) vira c) some d) desaparece

QUESTÕES DISCURSIVAS

01. No final de tudo explique o que é o “rodo cotidiano”.

02. Retire do texto um contexto que revela ao leitor a posição social do grupo que o texto se refere.

03. Qual a relação feita pelo autor do texto em relação ao “concorde” e a minhoca de metal”?

04. Esclarece a intenção comunicativa da segunda estrofe.

05. Retire do texto um contexto que retrata uma infinidade de pessoas.

06. Retire do texto um contexto que mostre a pessoa apenas como mais uma dentro da sociedade.

07. Em “meu troco é pouco, é quase nada” esclareça tal situação.

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MA180208

CONTEÚDO DO TEXTO

Frente: 01 Aula: 02

PROFº: MAURO NASCIMENTO A Certeza de Vencer

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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A lei de violência doméstica e familiar contra a mulher, sancionada pelo presidente Lula em agosto passado, recebeu o

nome de Lei Maria da Penha Maia, uma “mulher que renasce das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no nosso país”, segundo o presidente. O projeto, elaborado por um grupo interministerial, a partir de um anteprojeto de organização não-governamentais, foi enviado pelo Governo Federal ao congresso em novembro de 2004, transformando-se no projeto de Lei de Conversão 37/2006, aprovado e sancionado. A ministra Nilcéia Freitas, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, acredita que as denúncias de violência contra mulheres aumentará, pois agora elas tem uma rede de proteção para atendê-las. A referida secretaria disponibilizou um número de telefone 180 para denunciar a violência doméstica e orientar o atendimento.

QUATRO AGRESSÕES POR MINUTO

A violência doméstica atinge quatro mulheres por minuto no Brasil e muitas não denunciam por medo ou vergonha de se expor. Pesquisa da Fundação Perseu Abramo levantou mais de dois milhões de casos de violência doméstica e familiar por ano, sendo que, cerca de uma em cada cinco brasileiras já sofreu violência por parte de algum homem. Dentre a violência mais comum destaca-se: agressão física branda (tapas e empurrões) – 20% das mulheres. Violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher: 18%. Ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas de indiretas de agressões: 15%.

JUIZADO ESPECIAIS E PRISÃO EM FLAGANTE

A Lei Maria da Penha criou nos Estados um juizado especial de violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para agilizar processos e investigações. A violência doméstica era considerada crime de “menor potencial ofensivo” e julgado em juizados especiais criminais junto com brigas de vizinhos e acidentes de trânsito. A Lei Maria da Penha aumentou a proteção às vítimas, passou para três anos o tempo máximo de prisão e reduziu de seis para três meses a pena mínima. A Lei alerta o Código Penal e permite que agressores seja, presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada e acaba com penas pecuniárias, em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Altera ainda a Lei de Execução Penais permitindo que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. A lei tem uma série de medidas para proteger a mulher agredida ou cuja vida corre perigo, tais como a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos, o direito de reaver bens e cancelar procurações em nome do agressor. Pode ainda ficar seis meses afastada do trabalho sem perda do emprego se constatada a manutenção da sua integridade física ou psicológica. O Brasil é o 18° país da América Latina que tem uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher sob qualquer ação ou omissão que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. QUEM É MARIA DA PENHA Maria da Penha Maia, biofarmacêutica, lutou 20 anos para ver seu agressor condenado, virando

símbolo contra a violência doméstica. Em 83, o então

marido, professor

universitário Marcos Antônio

Herredia, tentou assassiná-la duas vezes. Na primeira deu m tiro que a deixou paraplégica. Na segunda tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade. A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 84. Herredia foi condenado oito anos depois a oito anos de prisão, mas conseguiu protelar o cumprimento da pena. O caso chegou a comissão Interamericana dos Direitos

Humanos da OEA, que acentuou pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Após a violência sofrida, Maria da Penha Maia iniciou sua atuação em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no Ceará.

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EXERCÍCIO 01. Sobre o primeiro termo isolado entre virgulas: a) serve para explicar um termo b) serve para retornar um termo anterior c) serve para definir um termo anterior d) não retoma um termo anterior 02. As aspas usadas no primeiro parágrafo: a) Indica o discurso direto b) Indica uma citação c) Indica um pensamento já existente d) Indica o discurso indireto 03. O termo destacado no segundo parágrafo: a) possui um prefixo com valor semântico de “dentro” b) possui um prefixo com valor semântico de “entre” c) possui um prefixo com valor semântico de “internização” d) Não possui um prefixo 04. Em: “..., pois agora elas tem uma rede de proteção para atende-las” temos um desvio de: a) acentuação b) ortografia c) fonema d) concordância 05. Segundo o texto o maior motivo para a impunidade dos agressores é: a) vergonha b) medo c) injustiça d) descaso 06. O marcador textual destacado e presente no terceiro parágrafo do texto expressa: a) modo b) causa c) explicação d) motivo 07. Segundo o texto um dos motivos que deixava lenta as punições contra os agressores de mulheres era: a) o fato de os juizados serem despreparados para resolverem situações de violência. b) pelo fato de que no Brasil não existia uma lei específica para esses casos. c) por não representar no Brasil um crime grave. d) Por ser analisado em lugares não específicos para a violência. 08. A palavra ”pecuniárias”presente no sexto parágrafo pode ser substituída sem alteração de sentido por: a) pequenos b) graves c) gravíssimas d) irrelevantes 09. NO texto “Quem é Maria da Penha”? nos revela que? a) As agressões a mulheres obedece a uma classe social específica. b) Somente mulheres de nível social mais baixo sofre violência dos maridos. c) Toda mulher está sujeita a violência independente de classes. d) Maria da Penha foi uma exceção no seu meio social no que se refere a agressão doméstica.

10. Ainda no texto ”Maria da Penha” no contexto que relata quem foi o agressor da biofarmacêutica, o que mais é espantoso: a) o fato de Marco Antônio ser professor universitário. b) o fato de o professor ter deixado sua esposa paraplégica. c) o fato de o professor tentar mata-la duas vezes. d) o fato de ter utilizado formas absurdas para tentar assassinar a mulher. QUESTÕES DISCURSIVAS 01. Descreva o contexto que se encontra entre aspas no 1° parágrafo do texto de forma denotativa. __________________________________________________

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02. Qual a idéia específica presente no 3° parágrafo? __________________________________________________

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03. Qual foi a maior conquist5a da Lei Maria da penha? __________________________________________________

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04. Para que foi usada a última expressão destacada no texto? __________________________________________________

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05. O que chama a atenção no título do texto? __________________________________________________

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06. Você acredita que a lei “Maria da Penha” veio melhorar a situação. __________________________________________________

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07. Substitua o último termo destacado por outro sem alteração do sentido. __________________________________________________

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MA300801

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MAURO NASCIMENTO

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A Certeza de Vencer

01

1

Foi Assim Rui Barata Composição: Paulo André/Ruy Barata

Foi assim

Como um resto de sol no mar

Como a brisa da preamar

Nós chegamos ao fim

Foi assim

Quando a flôr ao luar se deu

Quando o mundo era quase meu

Tu te foste de mim

Volta meu bem, murmurei

Volta meu bem repeti

Não há canção nos teus olhos

Nem amanhã nesse adeus

Horas, dias, meses, se passando

E nesse passar uma ilusão guardei

Ver-te novamente na varanda

A voz sumida e quase em pranto a me dizer

Meu bem voltei

Hoje essa ilusão se fez em nada

E a te beijar outra mulher eu vi

Vi no teu olhar envenenado

O mesmo olhar do meu passado

E soube então que te perdi.

Olhos Nos Olhos Chico Buarque Composição: Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem

Me disse pra ser feliz e passar bem

Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci

Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever

Já vai me encontrar refeita, pode crer

Olhos nos olhos

Quero ver o que você faz

Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando

Me pego cantando, sem mais, nem por quê

Tantas águas rolaram

Quantos homens me amaram

Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim

Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim

Olhos nos olhos

Quero ver o que você diz

Quero ver como suporta me ver tão feliz

01. Assinale a alternativa que apresenta uma idéia de exagero no texto de Chico Buarque. a) Verso I b) Versao II c) Verso III d) Verso IV

02. No primeiro verso do texto do Chico Buarque que podemos observar. a) Um chamamento b) Uma sentença com idéia de causa c) Uma interrogação 03. Podemos afirmar que o texto de Chico Buarque acontece: a) com dois personagens cara-a-cara b) por telefone c) como um pensamento de uma das personagens. d) como um sonho expressando a vontade de uma das personagens.

04. O texto de Chico Buarque tem em comum com o texto de Rui Barata por:

a) os dois serem textos narrativos, narrados pelos autores. b) Nos dois textos os autores se posicionam como mulheres

c) os textos apresentarem duas partes: A primeira apresenta a dor do poeta e a segunda a felicidade. d) Apresentarem temáticas idênticas. 05. No texto de Rui Barata não podemos afirmar que: a) apresenta uma narrativa b) foi feito por metáfora c) apresenta uma narrativa com início, meio e fim d) na primeira estrofe apresenta uma lingua no seu sentido real restrito 06. Podemos encontrar uma invocação no texto 2 em: a) “Como a brisa da preamar” b) nós chegamos ao fim c) “Hoje esta ilusão se fez em nada” d) “Volta, meu bem, volta, meu bem” 07. No início da 2ª estrofe do texto de Chico Buarque podemos perceber um sentimento de: a) vingança b) mágoa c) certeza d) incerteza

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08. No texto “Foi assim” no contexto“ “vi no seu olhar envenenado” sugere com a leitura do contexto: a) uma incerteza b) uma certeza c) uma discursão d) uma súplica 09. O sentimento de desespero do texto de Chico Buarque esta presente em: a) “Olhos nos olhos” b) “mas depois como era de costume obedeci”. c) “Quando você me quiser rever” d) “Quase enlouqueci” 10. Temos um mareado de situções que já aconteceu no texto de Rui Barata em: a) Novamente b) Hoje c) como d) e

QUESTÕES DISCURSIVAS 01. Retire dos dois textos uma sentença que caracteriza a personagem feminina. ___________________________________________________

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02. Em: “Como um resto de sol no mar como a brisa da preamar tu te fostes de mim”. Explique esta relação de comparação existente no contexto. ___________________________________________________

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03. No texto de Chico Buarque existe uma expressão que caracteriza uma linguagem do cotidiano em situações de desfecho de um relacionamento. Tal expressão revela uma mágoa e desprezo. Identifique tal situação. ___________________________________________________

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04. No texto de Chico Buarque podemos identificar um contexto que caracteriza a mulher submissa. Que contexto é esse? ___________________________________________________

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05. O título do texto de Rui Barata é Foi assim. Continue o título do texto de forma demostrativa: Foi assim......... ___________________________________________________

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06. Esclareça traços sentimentais comuns entre os dois textos. ___________________________________________________

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07. Retire do texto de Rui Barata um contexto que possua traços da inovação, chamamento. ___________________________________________________

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08. Justifique o título do texto de Chico Buarque. ___________________________________________________

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09. Que contexto do texto de Rui Barata confirma o êxtase o poeta maior do amor? ___________________________________________________

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10. Qual a temática dos dois textos? Tem alguma diferença? ___________________________________________________

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KL 150408

Articulação das Orações Coordenadas 1

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: ÉRICA

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

06

1

Exercitando

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA - 2005 TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 A 08

Amor e outros males

Rubem Braga Uma delicada leitora me escreve: não gostou de

uma crônica minha de outro dia, sobre dois amantes que se mataram. Pouca gente ou ninguém gostou dessa crônica; paciência. Mas o que a leitora estranha é que o cronista "qualifique o amor, o principal sentimento da humanidade, de coisa tão incômoda". E diz mais: "Não é possível que o senhor não ame, e que, amando, julgue um sentimento de tal grandeza incômodo".

Não, minha senhora, não amo ninguém; o coração está velho e cansado. Mas a lembrança que tenho de meu último amor, anos atrás, foi exatamente isso que me inspirou esse vulgar adjetivo – "incômodo". Na época eu usaria talvez adjetivo mais bonito, pois o amor, ainda que infeliz, era grande; mas é uma das tristes coisas desta vida sentir que um grande amor pode deixar apenas uma lembrança mesquinha; daquele ficou apenas esse adjetivo, que a aborreceu.

Não sei se vale a pena lhe contar que a minha amada era linda; não, não a descreverei, porque só de revê-la em pensamento alguma coisa dói dentro de mim. Era linda, inteligente, pura e sensível – e não me tinha, nem de longe, amor algum; apenas uma leve amizade, igual a muitas outras e inferior a várias.

A história acaba aqui; é, como vê, uma história terrivelmente sem graça, e que eu poderia ter contado em uma só frase. Mas o pior é que não foi curta. Durou, doeu e – perdoe, minha delicada leitora – incomodou.

Eu andava pela rua e sua lembrança era alguma coisa encostada em minha cara, travesseiro no ar; era um terceiro braço que me faltava, e doía um pouco; era uma gravata que me enforcava devagar, suspensa de uma nuvem. A senhora acharia exagerado se eu lhe dissesse que aquele amor era uma cruz que eu carregava o dia inteiro e à qual eu dormia pregado; então serei mais modesto e mais prosaico dizendo que era como um mau jeito no pescoço que de vez em quando doía como bursite. Eu já tive um mês de bursite, minha senhora; dói de se dar guinchos, de se ter vontade de saltar pela janela. Pois que venha outra bursite, mas não volte nunca um amor como aquele. Bursite é uma dor burra, que dói,

COORDENAÇÃO E INFANTILIDADE

Idéias infantis – As orações coordenadas, dependendo da maneira que se distribuem no período, podem denotar infantilidade, depreciando o texto escrito – quando produzido por adulto. Pode-se dizer o mesmo dos períodos curtos (que não deixam de ser um modo de coordenação): eles não conseguem dar realce a um determinado ponto de vista nem estabelecer a verdadeira relação entre fatos enumerados. Vamos mostrar uma seqüência de períodos que denotam infantilidade do redator:

1. A ação terrorista não consegue diminuir a discriminação social.

2. Os terroristas usam a violência como diálogo.

3. A resposta aos apelos dos terroristas é dada também em forma de violência.

4. Cria-se, assim, um círculo vicioso.

Orações coordenadas – Agora, vamos organizar os tópicos acima no formato de orações coordenadas, ou seja, vamos colocá-los no papel e separá-los basicamente por vírgulas:

A ação terrorista não consegue diminuir a discriminação social, os terroristas usam a violência como diálogo, a resposta aos apelos dos terroristas é dada também em forma de violência e cria-se, assim, um círculo vicioso.

Períodos simples – Agora, vamos organizar as mesmas idéias no formato de períodos simples, ou seja, vamos colocá-los no papel e separá-los por ponto seguido:

A ação terrorista não consegue diminuir a discriminação social. Os terroristas usam a violência como diálogo. A resposta aos apelos dos terroristas é dada também em forma de violência. Cria-se, assim, um círculo vicioso.

Conclusão – Nos dois casos (orações coordenadas e períodos simples), o texto deixa transparecer infantilidade. Existem idéias, mas o modo como foram dispostas no papel sugere imaturidade. Outro fator negativo que se nota na coordenação é a repetição de palavras. Note que os vocábulos terrorista e violência aparecem de forma exagerada.

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dói, mesmo, e vai doendo; a dor do amor tem de repente uma doçura, um instante de sonho que mesmo sabendo que não se tem esperança alguma a gente fica sonhando, como um menino bobo que vai andando distraído e de repente dá uma topada numa pedra. E a angústia lenta de quem parece que está morrendo afogado no ar, e o humilde sentimento de ridículo e de impotência, e o desânimo que às vezes invade o corpo e a alma, e a "vontade de chorar e de morrer", de que fala o samba?

Por favor, minha delicada leitora; se, pelo que escrevo, me tem alguma estima, por favor: me deseje uma boa bursite.

01. Quanto à significação textual, estão corretas as afirmações: 01) O cronista defende a idéia de que o amor é um sentimento incômodo. 02) O cronista objetivou contar a história de seu último amor. 04) O autor mostra que a dor do amor e uma dor física ocasionam sofrimento em igual medida. 08) O autor demonstra ser masoquista, pois deseja ter bursite, como deixa claro no último parágrafo. 16) Na visão do cronista, a dor do amor é superior à dor ocasionada por bursite. 02. São também significações presentes no texto, relativamente à leitora citada: 01) O adjetivo constituinte do sintagma "delicada leitora", várias vezes empregado pelo autor em relação à leitora indignada, deixa entrever uma ironia sutil. 02) Na forma de entender o amor, a visão da leitora se contrapõe à do autor. 04) O adjetivo constituinte do sintagma "delicada leitora" revela a postura romântica da leitora pela forma como ela julga o amor. 08) Nos sintagmas "minha senhora" e "minha delicada leitora", o pronome "minha" não expressa relação de posse, mas indica afetividade. 16) O autor se desculpa com a leitura por ter qualificado o amor de "incômodo". 03. Quanto à maior expressividade de algumas estruturas, quer vocabulares ou frásicas, estão corretas as seguintes afirmações: 01) Em "sua lembrança (...) era uma gravata que me enforcava devagar" (5º parágrafo), observa-se uma metáfora, ou seja, uma relação de caráter subjetivo entre dois significados. 02) Em "dói de se dar guinchos, de se ter vontade de saltar pela janela" (5º parágrafo), o autor utilizou, para obter maior expressividade, expressões hiperbólicas. 04) Tendo em vista as significações dos adjetivos, a relação entre o sujeito e o complemento verbal na oração "um grande amor pode deixar apenas uma lembrança mesquinha" é de oposição. 08) O adjetivo "mesquinha", modificador do substantivo "lembrança", entra, no contexto do segundo parágrafo, como sinônimo para "incômodo". 16) No período "Bursite é uma dor burra, que dói, dói, mesmo, e vai doendo" (5º parágrafo), a repetição do verbo, expresso por meio de duas diferentes formas, constitui um recurso estilístico cujo efeito é o de reforçar a idéia de que a ação de doer é intensa e prolongada.

04. Quanto à constituição sintática da seqüência "Durou, doeu e incomodou" (4º parágrafo), é correto afirmar: 01) Trata-se de um período composto por coordenação. 02) Os três verbos se relacionam a um mesmo sujeito. 04) É um período que contém orações independentes. 08) Trata-se de um período misto, em que se observa não só coordenação como também subordinação. 16) O sujeito dos verbos é o termo "bursite". 05. Ainda quanto a funções sintáticas, estão corretas as afirmações: 01) Na frase "Eu já tive um mês de bursite, minha senhora", a vírgula separa um aposto. 02) A expressão "o principal sentimento da humanidade" (1º parágrafo), empregada em referência ao amor, constitui um aposto. 04) Na oração "Pois que venha outra bursite", o sintagma "outra bursite" é um objeto direto, complemento do verbo "vir", sendo que o sujeito está indeterminado. 08) Em "se eu lhe dissesse que aquele amor era uma cruz que eu carregava o dia inteiro", o verbo sublinhado se contextualiza como transitivo direto e indireto. 16) Em "uma história terrivelmente sem graça", a locução sublinhada tem valor de adjetivo. 06. “Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno,...” O fragmento acima apresenta respectivamente: a) oração coordenada assindética, oração coordenada assindética. b) oração coordenada assindética, oração coordenada sindética aditiva. c) oração coordenada sindética aditiva, oração coordenada assindética. d) oração coordenada sindética adversativa, oração coordenada sindética aditiva. 07. “Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da caatinga rala.”

(Graciliano Ramos, Vidas Secas) É correto dizer que a) a primeira e segunda orações são coordenadas assindéticas. b) a primeira oração é coordenada assindética e a segunda é adversativa. c) há sete orações coordenadas no período. d) há seis orações coordenadas e duas subordinadas no período. e) há cinco orações coordenadas no período.

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Articulação das Orações Coordenadas 1

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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Texto I ARTIGO XXIII § 1° Todo homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. § 2o Todo homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. § 3o Todo homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure 5 assim à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão se necessário, outros meios de proteção social. § 4o Todo homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

(Declaração Universal dos Direitos Humanos) TEXTO II DIREITO DE TER DIREITOS É muito importante entender bem o que é cidadania. É uma palavra usada todos os dias e tem vários sentidos. Mas hoje significa, em essência, o direito de viver decentemente. Cidadania é o direito de ter uma idéia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido. Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública. (Adaptado de Gilberto Dimenstein, O Cidadão de Papel, São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 12 e 13) TEXTO III GREVE 1 Arte longa vida breve Escravo se não escreve 3 Escreve só não descreve grita grifa grafa grava 5 uma única palavra greve.

(Augusto de Campos) 01. Julgue os itens abaixo em (V) para VERDADEIRO ou (F) para FALSO e em seguida marque a seqüência CORRETA: Pela leitura dos textos 01, 02 e 03 é possível inferir que: I - O texto 03 está em consonância, quanto ao tema, com o quarto parágrafo do texto 01. II - Um dos modos de atuação em uma greve é divulgá-la por meio da palavra gritada em megafones e/ou por meio de comunicados escritos. No texto 03, as palavras destacadas “grita - grifa e grafa – grava” pertencem ao mesmo campo semântico. III - Os textos 01, 02 e 03 tematizam atitudes políticas do homem ao paralisar o trabalho em sinal de protesto. IV - A expressão ‘que trabalha’ destacada no texto 01 restringe a expressão antecedente, pelo fato de ser um pronome relativo. a) VFVV b) VFVF c) FFVF d) VFFV e) FVVF

02. Julgue os itens abaixo em (V) para VERDADEIRO ou (F) para FALSO e em seguida marque a seqüência CORRETA:

I – O pronome ‘lhe’ que aparece no texto 01 tem valor igual ao ‘la’ do texto 02; II – Ter o direito de ingressa em um sindicato está reforçado no texto 03 com a palavra greve; III – Por mais insignificante que seja, um simples ato de jogar papel no chão demonstra total falta de cidadania; IV – O segundo verso do texto 03 indica uma possibilidade;

a) VFVV b) VFVF c) FFFF d) VFFV e) FVVF 03. Leia os enunciados abaixo: I – No texto 01 há a predominância do verbo no tempo presente; II – No texto 02 há a predominância do modo subjuntivo; III – No texto 03, o modo imperativo dá maior vitalidade ao título “Greve”;

Conclui-se que: a) apenas a I está correta; b) apenas a II está correta; c) apenas a III está correta; d) apenas a I e II estão corretas; e) apenas a II e a III estão corretas 04. “respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública.” Qual afirmativa abaixo corresponde ao emprego do pronome demonstrativo de acordo com o padrão culto: a) se fossemos falar do sinal vermelho teríamos de utilizado o pronome este: b) se fossemos falar do telefone público teríamos de utilizar o pronome aquele; c) se fossemos falar do sinal vermelho teríamos de utilizar o pronome aquele; d) se fossemos falar do jogar papel teríamos de utilizar o pronome esse; e) se fossemos falar do telefone público teríamos utilizar o pronome isso; Texto IV

Zop (08:00) A Charge Online

05. A forma verbais “disseram” na charge indica: : a) certeza do enunciador em relação ao habitantes da cadeia b) intenção do enunciador de não se comprometer com o que enuncia. c) indiferença do enunciador em relação ao que enuncia. d) inexistência de um autor para o que é enunciado. e) não-certeza do enunciador em relação ao enunciado

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Texto V

06. A forma verbal “haviam” no segundo quadrinho indica: a) certeza do enunciador em relação ao que enuncia. b) intenção do enunciador de não se comprometer com o que enuncia. c) indiferença do enunciador em relação ao que enuncia. d) inexistência de um autor para o que é enunciado. e) não-certeza do enunciador em relação ao enunciado Texto VI

07 – No primeiro balão, o verbo achar, embora esteja no presente do indicativo, no contexto indica: a) A certeza do que se enuncia; b) A não-certeza do que não se anuncia c) A certeza e ao mesmo tempo a não-certeza do que se anuncia; d) Um fato concluído e acabado; e) Um fato inacabado; Texto VII

08. O humor da tirinha: a) Dependo do jogo de palavra no diálogo das personagens; b) Depende da ironia do primeiro balão; c) Depende da linguagem verbal; d) Depende exclusivamente da linguagem não-verbal e) Depende dos dois personagens.

Texto VIII

Texto IX NOVOS EMPREGOS Quem folheia os classificados de empregos podem ter notado uma diferença. Em meio aos anúncios de empresas contratando engenheiros, arquitetos e advogados, há vagas para gestores de mudanças, webmasters, site acquisitors e uma série de outras funções com nomes igualmente estranhos. Essas profissões são a mais recente transformação feita no mercado de trabalho, principalmente em função da tecnologia. A 5 popularização da Internet deu origem a algumas profissões. Uma delas é o webmaster, responsável por desenvolver e manter em funcionamento os sites.

(Veja 17/6/2000, com adaptações.)

09. Julgue os itens abaixo em (V) para VERDADEIRO ou (F) para FALSO e em seguida marque a alternativa CORRETA. I - No primeiro período do texto 05 há um erro de concordância verbal, pois o verbo ter, verbo principal na locução verbal, deve ser empregado no plural para concordar com podem. II - Tanto o texto 04 quanto o texto 05 abordam numa perspectiva irônica e crítica a revolução informática, a modernização das empresas, a exclusão digital e as relações pessoais em meio ao avanço tecnológico. III - Em “há vagas para gestores de mudanças” é possível, se conjugarmos o verbo destacado no pretérito imperfeito do indicativo, a construção “haviam vagas para gestores de mudanças” mesmo sendo uma construção raramente utilizada no Brasil. IV - Em “A popularização da internet deu origem a algumas profissões” (texto 05), o verbo destacado quanto à transitividade é classificado como verbo transitivo direto e indireto e por isso, o a em “deu origem à algumas profissões” deve receber o acento grave, indicativo de crase uma vez que está introduzindo o objeto indireto que por sua vez exige preposição. a) Os itens I, III e IV são verdadeiros. b) Somente os itens III e IV são falsos. c) Todos os itens são falsos. d) Há três itens verdadeiros. e) Os itens I e II são verdadeiros.

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ARTICULAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS 01

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: ZONI

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01. Reintroduza outra pontuação, nas seqüências abaixo, explicitando o nexo coesivo por um conector que mantenha a adequada relação entre os enunciados. Posteriormente, indique o tipo de relação implicada pelo conector em uso, conforme o exemplo:

a) Não fui à festa de seu aniversário: passei-lhe um telegrama.

( ) mas... (Relação: Adversativa)

b) Não fui à festa de seu aniversário: estive doente.

( ) porque... (Relação: dddddddddddddddd )

c) Não fui à festa de aniversário: não posso dizer quem estava lá.

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

d) João está desempregado e abatido; deves ajudá-lo.

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

e) Acenda as luzes; a energia já voltou.

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

f) Os convidados já chegaram; podemos começar a festa.

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

g) Não o provoque, não o aborreça; ele é muito violento!

... (Relação: qu.. ( ) (Relação: ddddd)

h) Os exercícios estavam bastante difíceis; os alunos conseguiam resolvê-los;

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

i) A comida era muito boa. O pequeno restaurante vivia vazio.

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

j) A comida era muito boa. O pequeno restaurante vivia cheio.

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

l) Os alunos não concordavam com a proposta da escola. Eles também propuseram outra solução para o problema.

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

m) Não o critique em público. Ele é muito sensível;

( ) porque....... (Relação: Dddddddddddddddd)

Texto para a questão 02 “ (...) Julieta do céu! Ouve a calandra Já rumoreja o canto da matina, Tu dizes que eu menti? ... Pois foi mentira... ... Quem cantou foi teu hálito, divinal!”

(Castro Alves, Obra completa, Rio de Janeiro, Aguillar,p.122)

02. Muitas vezes os sinais de pontuação permitem recuperar a coesão textual. No início do último verso dessa estrofe, as reticências equivalem ao seguinte coesivo seqüencial:

a) mas d) pois b) e e) ou c) como

Texto para a questão 03:

“Lutar com as palavras É a luta mais vã Entanto lutamos Mal rompe a manhã”.

(O lutador, Calor Drummond de Andrade)

03. A coesão seqüencial se tece nessa estrofe por meio de “Entanto” e “Mal”. Esses coesivos introduzem no texto idéias que expressam, respectivamente:

a) oposição e tempo b) concessão e condição c) conseqüência e proporção e) causa e negação

Texto para a questão 04:

“O mundo é grande e cabe Nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe Na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe No breve espaço de amar”.

(O mundo é grande, Carlos Drummond de Andrade)

04. Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a realidade de determinadas construções e expressões lingüísticas, como o uso da mesma conjunção para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção estabelece, entre as idéias relacionadas, um sentido de:

a) oposição d) alternância b) comparação e) finalidade c) conclusão

Texto para a questão 05: Você desmaia Quando vê sangue? Tem gente que morre Porque não vê. Doe sangue. Não dói nada E ajuda e tirar a dor de Muitas pessoas 05. Os elementos coesivos “quando” e “porque”, no anúncio acima, assumem respectivamente o valor semântico de: a) condição, causa d) tempo, causa b) concessão, explicação e) causa, modo c) confirmação, conclusão

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06. Na frase: “Bem cuidado como é, o livro apresenta alguns defeitos”. Começando com: “O livro apresenta alguns defeitos...” manteríamos o mesmo sentido se continuássemos com: a) desde que bem cuidado b) ainda que bem cuidado c) contando que bem cuidado d) à medida que é bem cuidado e) tanto que é bem cuidado 07. Em: “Com muito cuidado, você deve fazer a prova de português”. A expressão grifada denota: a) afirmação d) modo b) causa e) concessão c) explicação 08. Em: I – Mário estudou muito e foi reprovado! II – Mário estudou e foi aprovado! O valor semântico do conector “e” nos itens I e II é, respectivamente: a) continuidade e conclusão b) adversidade e continuidade c) adição e adição d) adversidade e conclusão e) explicação e adversidade 09. Identifique a relação lógico-semântica nos enunciados abaixo, conforme o exemplo: a) Ele ficou assim, desde que seus pais morreram.

b) Irei à tua casa, desde que o tempo melhore.

c) João e Maria foram ao shopping.

d) João estudou muito e não entendeu.

e) Achando-se doente, o professor não veio ao colégio.

f) Estudando com vontade, farás boa prova.

g) Encerrada a reunião, todos foram ao refeitório.

h) Apesar de estar muito ferido, ainda socorreu aos amigos.

i) Como fosse acanhando, não interrogava a ninguém.

j) Tomei tanto sol, que fiquei queimadíssimo.

l) Paulo toca guitarra, sacudindo a cabeça.

m) Terminando o espetáculo, o público aplaudido de pé.

n) Preocupado com a chuva, o homem se esqueceu do pacote;

o) Ele foi despedido por não ter cumprido as normas.

p) Clara entrou em sala sem nos dar bom dia.

q) Indo à Belém, visite a Estação das Docas.

r) Mal o jogo começou, a chuva começou a cair.

s) Já que o tempo melhorou, iremos à praia.

t) Os policiais foram mais rápidos que os assaltantes.

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JACKY18/04/08

ARTICULAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTÂNTIVAS I.

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1. Orações Subordinadas Substantivas Introdução:

Hoje, conforme combinamos a semana passada, estudaremos as orações subordinadas substantivas.

Primeiramente, temos que entender o porquê do nome: oração porque há verbo; subordinada porque exerce função sintática, estando, portanto, subordinada a outro verbo; substantiva porque a função que ela exerce é normalmente própria de um substantivo. O “outro verbo” fará parte da oração principal do período. São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que se), a não ser que estejam reduzidas; nesse caso, não haverá a conjunção integrante, e o verbo estará no infinitivo. 01. Agora leia com atenção o diálogo da tirinha abaixo:

a) sobre o que conversam as personagens da tirinha?

b) Como pode ser lido o termo “termina” na tirinha?

c) Há, no primeiro balão, uma oração que desempenha a função de completar a fala inicial da namorada de Vaporzinho. Identifique-a.

d) Há, no segundo balão, uma oração que desempenha a função de completar o comentário sobre a namorada de Vaporzinho. Identifique-a.

Você deve ter notado que uma, na tira, que a conversa entre as personagens revelam uma interessante relação entre as orações, desempenhando uma função sintática em relação à outra.

02. Leia mais essa tirinha a) o segundo quadrinho da tira a conjunção da oração foi suprimida. Como classificamos esse tipo de oração?

03. Transforme as orações do período abaixo em substantivos equivalentes, faça as adaptações necessárias: “Nós queremos que você passe no vestibular, que você se forme, que seja vitorioso, que se case e que seja feliz.”

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04. Leia mais essa tirinha:

Observea oração do terceiro quadrinho:

Observe a estrutura sintática das orações que aparecem na fala de Mafalda, no segundo quadrinho:

Classificação:

A) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É a oração que funciona como sujeito da oração principal. Para encontrar o sujeito de qualquer verbo, deve-se perguntar a ele “Que é que...?”

Existem quatro estruturas de oração principal que se usa com subordinada substantiva subjetiva:

1) Verbos Unipessoais* como convir, constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer, urgir + oração subordinada substantiva subjetiva.

Convém que lute pelos seus objetivos.

Urge que mudemos de atitude.

Acontece que somos todos incipientes.

2) Verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.

Observe a estrutura sintática das orações que aparecem na fala, no último quadrinho:

É necessário que façamos nossos deveres.

Seria bom se fôssemos embora mais cedo.

3) Verbo na voz passiva analítica + oração subordinada substantiva subjetiva. Foi afirmado que você subornou o guarda.

È sabido na cidade que você acertou a MEGA.

4) Oração Principal na voz passiva sintética = V.T.D + SE (PA) + oração subordinada substantiva: Quer-se que haja mais lazer para os estudantes.

Não se sabe se haverá aula durante o mês de julho.

B) Oração subordinada substantiva objetiva direta É aquela que exerce a função de objeto direto em relação ao verbo da oração principal. Nesse caso, o verbo da oração principal é transitivo direto, porém também pode ser um verbo transitivo direto e indireto. Todos querem que você participe da nossa equipe.

Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.

Não sabemos se haverá aula no sábado de manhã.

* verbos unipessoais = verbos defectivos que apresentam sujeito apenas na terceira pessoa do singular ou do plural e geralmente indicam conveniência, necessidade.

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ARTICULAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 01.

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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A) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva:

É a oração que funciona como sujeito do verbo da oração principal. Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva:

01. Verbos como convir, constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer + oração subordinada substantiva subjetiva. [Podem ser confundidas com as objetivas diretas] PRÁTICA = [as subjetivas os verbos são unipessoais, não podem ser conjugados; as objetivas diretas os verbos são pessoais, podem ser conjugados] Classifique: SUBEJITIVA OU OBJETIVA DIRETA

a) Convém que façamos uma revisão no final de semana. ___________________________________________________ b) Queremos que o professor faça uma revisão no final de semana. ___________________________________________________ c) Parece que vai chover muito no final de semana. ___________________________________________________ d) Disse que não viria à escola na quinta-feira. ___________________________________________________ e) Falamos que a saída hoje será pela João Paulo II. ___________________________________________________ f) Acontece que você falhou comigo na hora da prova. ___________________________________________________ g) Consta que a eleição para presidente foi adiada. ___________________________________________________ h) Contou ao povo que nunca renunciaria. ___________________________________________________ i) Pediremos que haja mudanças na economia. ___________________________________________________ J) Importa que todos estejam felizes comigo, ___________________________________________________ 02. Verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva. [pode ser confundidas com as Predicativas]

a) É necessário que haja uma melhor distribuição de renda. ___________________________________________________ b) O necessário é que haja uma melhor distribuição de renda. ___________________________________________________ c) É preciso que haja uma melhor atuação da polícia. ___________________________________________________ d) É verdade que ainda estou apaixonado, ___________________________________________________ e) A verdade é que ainda estou apaixonado. ___________________________________________________

03. Verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex: Foi afirmado que você subornou o guarda. Foi dito que não querem mais o lanche.

04. Verbo transitivo direto + a partícula SE [pode ser confundida com a objetiva direta]

a) Pede-se que o salário mínimo seja maior. ___________________________________________________ b) Ouviu-se dizer que as provas seria anuladas. ___________________________________________________ c) Ouvi dizer que haverá uma revolução em Timboteua. ___________________________________________________

d) Avisamos que as aulas de terça-feira serão programadas. ___________________________________________________ e) Anunciou-se que as férias serão prorrogadas. ___________________________________________________ f) Dir-se-ia que a verdade é relativa e fugaz. ___________________________________________________ g) Comprovamos que houve negligência. ___________________________________________________ h) Mostra-se que há regras e lei na cidade. ___________________________________________________ B) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É a oração que funciona como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem regido de preposição

C) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É a oração que funciona como complemento nominal de um termo da oração principal, que será um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio. O complemento nominal é sempre antecedido de uma preposição,

a) Lembro-me de que tu me amavas. ___________________________________________________ b) Tenho necessidade de que me elogiem. ___________________________________________________ c) Estou certo de que conseguirei uma vaga na universidade. ___________________________________________________ d) Gosto de que me falem a verdade. ___________________________________________________ e) Estavam convictos de que se haveriam bem na prova. ___________________________________________________ 05. Classifique as orações destacadas:

a) Só te peço uma coisa: que não me abandones jamais. ___________________________________________________ b) O desejo do pai, que a filha seguisse a carreira militar, ainda se vai realizar. ___________________________________________________

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c) Disse apenas duas coisas aos pais: que estudará e passará de ano. ___________________________________________________ d) O maior sonho do povo brasileiro, que o salário mínimo seja de 500 dólares, ainda se vai realizar um dia. ___________________________________________________ 06. Em: “Não percebemos que o futuro do País está gritando, nossa surdez matando o destino de todo o País.” A palavra destacada funciona como:

a) conjunção integrante b) pronome relativo c) conjunção aditiva d) conjunção explicativa e) conjunção conclusiva

07. (FUVEST-SP – 2ª fase) "Uma forte massa de ar polar veio junto com a frente fria e causou acentuada queda da temperatura. As lavouras de trigo da Região Sul foram danificadas. Isso, associado ao longo período com registro de pouca chuva, deve reduzir o potencial produtivo da cultura"

(Adap. de O Estado de S.Paulo, 4883, Suplemento Agrícola.)

Reescreva o texto acima, reunindo em um só, composto por subordinação, os três períodos que o compõem, mantendo as relações lógicas existentes entre eles e fazendo as adaptações necessárias.

08. “É necessário que se façam muitos exercícios de revisão” A oração destacada funciona como:

a) sujeito b) objeto direto c) predicativo d) objeto indireto e) aposto 09. Reduza as orações subordinadas substantivas

1. É provável que exista vida em outros planetas. ___________________________________________________ 2. A solução é, a meu ver, que devolvam a terra a seu legítimo dono. ___________________________________________________ 3. Comenta-se, em toda parte, que ele é o responsável por tudo. ___________________________________________________ 4. O professor sugeriu que interpretássemos o texto. ___________________________________________________ 5. É mister que se conclusa com a máxima urgência o planejamento atual. ___________________________________________________ 10. No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de violência. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:

CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE

A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redação:

a) Campanha contra o governo do Estado e a violência entram em nova fase. b) A violência do governo do Estado entra em nova fase de Campanha. c) Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência. d) A violência da campanha do governo do Estado entra em nova fase. e) Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase.

11. Leia i texto abaixo: A propaganda pode ser definida como divulgação internacional e constante de mensagens destinadas a um determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fenômenos. A Propaganda está muitas vezes ligada à idéia de manipulação de grandes massas por parte de pequenos grupos. Alguns princípios da Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, da deformação e da parcialidade.

(Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicionário de Política)

Segundo o texto, muitas vezes a propaganda a) não permite que minorias imponham idéias à maioria. b) depende diretamente da qualidade do produto que é vendido. c) favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto. d) está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto. e) convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se propõe vender. 12. Desenvolva as orações abaixo:

Convém contares a verdade a tua mãe

Todos querem ouvir a tua voz nesta festa.

Gostaria de poder contar contigo no mês de julho.

Tenho certeza de conseguir uma ajuda extra.

Meu sonho é voar em avião transcontinental.

Só que uma coisa: passar trinta dias na praia.

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Articulação das orações subordinadas substantivas 1

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: Joana Vieira

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No período composto por subordinação sempre aparecem dois tipos de oração: oração principal e oração subordinada.

O período: Todos esperam sua volta É um período simples, pois apresenta uma única oração. Nele podemos identificar:

Todos (suj.) esperam (v.t.dir.) sua volta. (obj. direto) Se transformarmos o período simples acima em um período composto, teremos:

Todos esperam que você volte.

1ª oração: Todos esperam

2ª oração: que você volte

Nesse período, a 1ª oração apresenta o sujeito todos e o verbo transitivo direto esperam, mas não apresenta o objeto direto de esperam. Por isso, a 2ª oração é que tem de funcionar como objeto direto do verbo da 1ª oração.

Verificamos, então, que:

I. A 1ª oração não exerce, no período acima, nenhuma função sintática. Por esse motivo ela é chamada de oração principal. II. A 2ª oração depende da 1ª, serve de termo (objeto direto) da 1ª e completa-lhe o sentido. Por esse motivo, a 2ª oração é chamada de oração subordinada. Resumindo: Oração principal: é um tipo de oração que no período não exerce nenhuma função sintática e tem associada a si uma oração subordinada. Oração subordinada: é toda oração que se associa a uma oração principal e exerce uma função sintática (sujeito, objeto, adjunto adverbial etc.) em relação à oração principal.

As orações subordinadas classificam-se, de acordo com seu valor ou função, em:

Orações subordinadas substantivas

Orações que equivalem a substantivos

As orações subordinadas substantivas, como o próprio nome indica, desempenham uma função própria de substantivos, podendo constituir-se em sujeito, objeto (direto ou indireto), complemento nominal, predicativo ou aposto de termos da oração principal à qual se subordinam.

DM15, Jim. Qarfieid.

[É verdade (que você grita com os animais?)].

As orações subordinadas substantivas podem ser de seis espécies: 1ª. Subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito em relação a outra oração. Exemplos: Importa estudar continuamente Sabe-se que a situação econômico-financeira ainda vai ficar pior. Convém que não saias da classe. Facilita encontrar o sujeito de uma oração interrogar o verbo da oração:

Importa o que?; o que se sabe?; o que convém? 2ª. Objetivas diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto de outra oração. Informamos que os alunos sairão pela porta dos fundos. Amaral não sabia como realizar o sorteio. Responda se conhece o novo time do Flamengo. Olha como tudo terminou bem Penso que eles viajarão amanhã cedo. Temo que Marcos saia ferido. Pedi que saíssem da sala. Vi-o correr.

Observa-se que o objeto direto é identificado da seguinte maneira: quem confia, confia em alguma coisa; quem

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sabe, sabe de alguma coisa; quem espera, espera alguma coisa; e assim por diante.

As locuções tenho medo, estou com esperança e sou de opinião ou ele é de opinião têm força transitiva direta, isto é, são equivalentes a verbos transitivos diretos: temer, esperar, opinar. Se estas expressões vierem acompanhadas de preposição de antes da conjunção que, as orações já não serão objetivas diretas, mas completivas nominais:

Tenho medo de que ele não resista ao interrogatório. Estou com esperança de que ele saia vitorioso. Estou com receio de que não ocorra o jogo. 3ª. Objetivas indiretas: são aquelas que exercem a função de objeto indireto de outra oração, isto é, ligam-se à oração principal mediante preposição. Exemplos: Preciso de rever todas as provas. Cláudia não gostou das provocações e insinuações. O acidente obstou a que chegássemos mais cedo. O jovem obedeceu a todos que lhe são superiores.

A identificação do objeto indireto é realizada mediante o seguinte procedimento: quem precisa, precisa de alguma coisa; quem gosta, gosta de alguma gosta; quem obedece, obedece a alguma coisa; e assim por diante.

4ª. Completivas nominais: são aquelas que completam o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Exemplos: Ivo tinha esquecido de que sua proposta não agradara. Alencar estava esperançoso de que tudo se resolveria. A opinião de que Luís desistirá do estudo é conclusão precipitada.

Assim como alguns verbos exigem objeto que lhes complete o sentido, há algumas palavras que necessitam de outras que lhes completem o sentido. Assim, pode-se à semelhança dos verbos, perguntar: acordo de que?; esperançoso de quê?; opinião de quê? (ou sobre o quê?); medo de quê? A reposta a estas perguntas constitui o complemento nominal. 5ª. Predicativas: são aquelas que funcionam como predicativo do sujeito. Exemplos: O bom é que você não desconfia nunca. O mal é você ficar de braços cruzados. O certo é que Sérgio não se casará. A falácia é que para ficar rico é preciso ficar pobre. Não se deve confundir oração predicativa com oração subjetiva. Exemplos: É certo que o Vasco não ganhará do Flamengo = subjetiva. A oração grifada funciona como sujeito O certo é que o Vasco não ganhará do Flamengo = predicativa A oração grifada funciona como predicativo do sujeito. 6ª. Apositivas: são aquelas que funcionam como aposto. Exemplos: Sua instrução foi única: estudar sempre Pedi-lhe um favor: que me chamasse às sete horas.

O aposto é uma foram de adjunto adnominal, que é

constituído de uma palavra ou expressão em aposição, exemplificando um ou vários termos expressos na oração. Note-se nos exemplos que estudar sempre explica a frase inicial, determina qual foi sua instrução; qual foi o favor pedido.

Exercícios

01. Classifique as orações subordinadas substantivas destacadas. a) É verdade que o professor não havia excluído ninguém do projeto.

b) Vi que eles estavam felizes com meu regresso.

c) O motivo da briga é que todos estão descontentes com ela.

d) Tenho uma certeza: que todos ficarão bem.

02. Todas as orações destacadas são subordinadas substantivas. Classifique-as: a) O importante é que ele tivesse sido feliz.

b) Não sabia que essa idéia nascera da ampflficaçào da crendice dos povos greco-romanos...

c) Não tardou que ela ficasse pronta...

d) Para a maioria a satisfação vinha da convicção de que iam estender a sua autoridade sobre o pelotão e a companhia, a todo esse rebanho de civis...

03. Reescreva os períodos a seguir, transformando as unidades sintáticas destacadas em orações subordinadas com a mesma função. a) Todos os moradores daquela região desejavam agarantia, por parte das autoridades competentes, de condições mínimas de higiene no local.

b) É evidente a ousadia e a violência dos marginais.

04. Observe a frase que segue: Descubra urna única coisa: onde ela mora. Nessa frase, qual é a função desempenhada pela expressão destacada? Como esse tipo de oração pode ser classificado?

05. Leia a seguinte frase. Concluimos que houve fraude na concorrência. a) Como é classificado, do ponto de vista morfológico, o vocábulo “que”?

b) Que tipo de oração ele introduz?

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KL:22/01/08

A COMUNICAÇÃO: LÍNGUAGEM, TEXTO E DISCURSO

Frente: 01 Aula: 01

PROFº: ÉRICA SANTOS A Certeza de Vencer

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Sexo

Eles prometem, mas não agüentam... Campanha pró-virgindade cresce nos EUA, mas só um em dez cumpre o voto de abstinência.

Ariel Kostman

Nos últimos anos, o movimento que defende a abstinência sexual para adolescentes vem ganhando força nos Estados Unidos. Baseia-se na tese de que se privar de sexo é a única maneira totalmente segura de evitar doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, ou a gravidez indesejada. Sob o comando de grupos ligados a igrejas e com patrocínio oficial, a campanha tem produzido resultados notáveis. Quase 2,5 milhões de jovens já assinaram a carteirinha com voto de virgindade do movimento True Love Waits (o verdadeiro amor espera, em inglês). Assinar é, digamos, a parte fácil. Pesquisadores da Universidade de Columbia que acompanharam 12.000 adolescentes durante oito anos constatam que 88% daqueles que prometem manter a virgindade até o casamento acabam tendo relações sexuais antes disso. Ou seja, quase nove em cada dez caem em tentação.

O levantamento revela ainda um lado inesperado da campanha pró-abstinência, este, sim, preocupante: quando decidem transar, os que fizeram votos de virgindade se protegem menos. Apenas 40% dos rapazes que pretendiam casar-se virgens usaram preservativo no último ano em comparação aos 59% dos que não prometeram evitar o sexo. No que diz respeito às doenças sexualmente transmissíveis, a taxa de contaminação foi praticamente igual entre os dois grupos. "O movimento a favor de uma educação sexual baseada na abstinência está criando uma situação na qual ninguém tem informação adequada sobre como ter sexo saudável", disse Peter Bearman, chefe do departamento de sociologia da Universidade de Columbia e autor da pesquisa. "Com essa atitude, esses grupos acabam agravando os problemas que dizem querer resolver."

Apesar da pesquisa, a cruzada a favor de uma educação sexual baseada exclusivamente na preservação da virgindade deve ganhar ainda mais força. O movimento conta com o entusiasmado apoio do presidente George W.

Bush. No ano passado, o governo americano destinou 135 milhões de dólares para centros de saúde, escolas e igrejas que realizem reuniões com o objetivo de convencer adolescentes a evitar relações sexuais antes do casamento. Ao mesmo tempo, reduziu a verba para programas de educação que incentivam o sexo seguro. Em alguns Estados americanos todos os programas que fornecem informações sobre o uso de métodos anticoncepcionais e preservativos para adolescentes foram abolidos.

Revista Veja, 24 de março de 2004. 01. Segundo a reportagem, uma avaliação sobre as campanhas em prol da virgindade entre jovens constataria que:

a) Elas são eficientes no combate às doenças sexualmente transmissíveis, mas ineficazes no processo de socialização e amadurecimento pelo qual todo jovem necessita passar no seu caminho à idade adulta. b) O fato de campanhas elegerem a virgindade como meta não tem atraído os jovens, pois esses vêem a virgindade como algo atípico, não-natural e estritamente conservador. c) Apesar dos esforços do governo e sociedade, tais campanhas não conseguiram diminuir o número de infectados por doenças sexualmente transmissíveis já que não conseguiu congregar um numero significante de jovens. d) Mesmo arrebatando um número significativo de adeptos entre os jovens, o que se pode perceber, através das pesquisas, que esses jovens não cumprem sua promessa por muito tempo e o que é mais grave é que se previnem menos, acarretando que entre tais grupos o número de infectados é bem maior que entre os grupos que não se comprometeram com a virgindade. e) O compromisso com a virgindade até o casamento tem sido apoiado por instituições governamentais e não governamentais, mas, apesar de ter conseguido sensibilizar um grande massa de jovens, tem se mostrado ineficaz, já que muitos de seus associados não conseguem resistir ao sexo e terminam por praticá-lo. Porem, o dado mais relevante mostra que os que descumprem a promessa se previnem menos que aqueles que nem a fazem. 02. Um dado capaz de comprovar que o governo americano apóia o movimento True Love Waits e o prefere ao movimento sexo seguro é:

a) Apenas um em cada dez jovens adeptos ao movimento não cai em tentação. b) 2,5 milhões de adolescentes americanos possuírem por escrito o compromisso de casar virgens. c) A verba de 135 milhões de dólares para os centros de saúde, escolas e igrejas que apóiem o movimento. d) O aumento da verba para o movimento True Love Waits e a redução, em alguns casos extinção, da verba para os programas sobre Sexo seguro. e) A extinção de programas que forneçam dados sobre sexo seguro.

Manifestação a favor da abstinência sexual: movimento tem apoio do governo Bush.

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03. “O levantamento revela ainda um lado inesperado da campanha pró-abstinência, este, sim, preocupante”. A razão pelo qual o dado a ser mostrado na idéia seguinte é preocupante refere-se a: a) Confirmação de que os jovens estão iniciando sua vida sexual muito mais cedo. b) Aumento da contaminação de jovens por doenças sexualmente transmissíveis. c) O recrudescimento da falta de proteção no momento em que decidem ter sua primeira relação sexual. d) O aumento do número de jovens e adolescentes que iniciam sua vida sexual. e) Desconhecimento dos jovens quanto a métodos contraceptivos. 04. Um dos problemas relativos ao movimento True Love Waits é: a) a falta de informações quanto aos mecanismos que podem fazer o sexo ficar mais seguro. b) O estímulo a uma iniciação sexual tardia e consciente. c) O fraco desempenho dessa campanha no convencimento dos jovens. d) A divulgação do preconceito quanto aos que já iniciaram sua vida sexual. e) A falta de apoio governamental para que os trabalhos prossigam. 05. A expressão “ou seja” foi utilizada para: a) Introduzir uma explicação. b) Introduzir uma conceituação c) Revelar uma informação que não havia sido mencionada. d) Especificar uma informação genericamente mencionada. e) Negar algo mencionado na idéia anterior. 06. Um fragmento marcadamente metalingüístico pode ser encontrado na alternativa: a) “movimento True Love Waits ( o verdadeiro amor espera, em inglês)” b) “Ou seja, quase nove em cada dez caem em tentação” c) “quando decidem transar, os que fizeram votos de castidade se protegem menos” d) “a taxa de contaminação foi praticamente igual entre os dois grupos” e) “assinar, é digamos, a parte fácil” 07. Além da função metalingüística, há a presença de uma outra função de linguagem no texto, que seria a função: a) fática, pois o texto estabelece um discurso dialógico com o leitor. b) poética, pois tenta despertar no leitor um movimento pró -sexo seguro. c) referencial, devido informar deliberadamente o leitor a respeito do movimento. d) conativa, já que tenta persuadir o leitor a ingressar no movimento. e) emotiva, na medida em que expressa a opinião do autor sobre o assunto em questão.

08. Julgue as afirmações abaixo: I. O primeiro período do texto inicia com “Nós últimos anos...” e termina com “ ...Estados Unidos”. II. Em “Apesar da pesquisa, a cruzada a favor de uma educação sexual baseada exclusivamente na preservação da virgindade deve ganhar ainda mais força” a expressão grifada é um adjunto adverbial. III. Em “Quase 2, 5 milhões de jovens já assinaram a carteirinha com voto de virgindade do movimento” o sujeito é inexistente. IV. No título encontramos um verbo significativo que também é intransitivo. São verdadeiras: a) I e II. b) II e III. c) I, III e IV. d) I e IV. e) Todas as afirmativas.

Anotações: __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

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RECURSOS DA CRÔNICA

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ANÁLISE TEXTUAL

uando me acontecer alguma pecúnia, passante de um milhão de cruzeiros, compro uma ilha: não muito longe do litoral, que o litoral faz falta: nem tão perto, também, que de lá possa eu aspirar a fumaça e a graxa do

porto. Minha ilha (e só a imaginar já me considero seu habitante) ficará no justo ponto de latitude e longitude, que, pondo-me a coberto de ventos, sereias e pestes, nem me afaste demasiado dos homens nem me obrigue a praticá-los diuturnamente. Porque esta é a ciência e, direi, a arte do bem-viver; uma fuga relativa, e uma não muito estouvada confraternização. De há muito sonho esta ilha, se é que não a sonhei sempre. Se é que a não sonhamos sempre, inclusive os mais agudos participantes. Objetais-me: “Como podemos amar as ilhas, se buscamos o centro mesmo da ação?” Engajados, vosso engajamento é a vossa ilha, dissimulada e transportável. Por onde fordes, ela irá convosco. Significa a evasão daquilo para que toda alma necessariamente tende, ou seja, a gratuidade dos gestos naturais, o cultivo das formas espontâneas, o gosto de ser um com os bichos, as espécies vegetais, os fenômenos atmosféricos. Substitui, sem anular. Que miragens vê o iluminado no fundo de sua iluminação?... Supõe-se político, e é um visionário. Abomina o espírito de fantasia, sendo dos que mais o possuem. Nessa ilha tão irreal, ao cabo, como as da literatura, ele constrói a sua cidade de ouro, e nela reside por efeito da imaginação, administra-a, e até mesmo a tiraniza. Seu mito vale o da liberdade nas ilhas. E, contendor do mundo burguês, que outra coisa faz senão aplicar a técnica do sonho, com que os sensíveis dentre os burgueses se acomodam à realidade, elidindo-a?

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Divagações sobre as ilhas. In:__.Poesia e prosa. Rio de Janeiro.Nova Aguilar,1983.p.964)

PROPOSTA DE REDAÇÃO:

VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei 5 Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconseqüente 10 Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que eu nunca tive E como farei ginástica 15 Andarei de bicicleta Montarei um burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado 20 Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d’água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar

Q

25 Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção 30 Tem telefone automático Tem alcalóide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste 35 Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar - Lá sou amigo do rei – Terei a mulher que eu quero 40 Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira.4.ed.Rio de Janeiro,J.Olympio,1937.p.127-8)

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PROPOSTA No texto “Vou me embora pra Pasárgada”, o poeta imagina um lugar e um tempo para onde ele possa fugir quando as imposições sociais de nosso mundo lhe pesarem muito. Nesse lugar, ele poderia exprimir plenamente sua individualidade. O tema do texto é a evasão espacial e temporal. Imagine um lugar e/ou um tempo para onde você gostaria de ir quando estivesse saturado de nosso mundo e/ou de nosso tempo. Seria a Europa da Idade Média, uma ilha, uma agitada cidade no futuro? Ou seria outro lugar? Redija um texto que fale da sua evasão espacial e/ou temporal. Mostre como esse lugar e/ou esse tempo, conte o que você faria nele, explique como ele se opõe ao nosso espaço e/ou ao nosso tempo.

(FONTE: Para entender o texto – Leitura e Redação, Platão e Fiorin)

COMENTÁRIOS:

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CRÔNICA

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Carlos Drummond de Andrade

Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu

quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não

deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu

sistema. Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo

considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e

desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação. Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais,

comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores.

Recebia tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo egoísta ou importuno. Suas horas

de sono - e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente de dia - eram respeitadas como ritos

sagrados, a ponto de não ousarmos ergue a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente, porém nós mesmos é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos. Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da tevê. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância.

Objetos que visse em nossa mão, requisitava-os. Gosta de óculos alheio (e não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pôr-las na boca. Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis - porque me esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação apressada, sobre a razão íntima de seus atos. Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me. Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade – e, até, que a nossa amizade lhe conferia caráter necessário de prova; ou gratuito, de poesia e jogo. Viajou meu amigo Pedro. Ficou refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. Em: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973,p.1107-1108

Carlos Drummond de Andrade nasceu Itabira (Minas Gerais) em 1902. É um importante poeta do nosso Modernismo, tanto pela depuração lingüística

que logrou atingir, tornando-se verdadeiramente clássico, como pela originalidade e profundidade em seus versos.

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assunto da crônica é, em geral, um fato vivenciado pelo seu autor. Um desses inúmeros acontecimentos que povoam nossa vida de todo dia. Acontecimentos que ficam muito fortes na nossa memória, mas também episódios que chamam a atenção pelo seu lado pitoresco ou engraçado. Ou,

ainda, situações inesperadas ou absolutamente banais, mas que nos fazem pensar na vida. Por isso é que a crônica tem um certo aspecto jornalístico: é como se o autor estivesse nos dando uma notícia do evento que ele vivenciou. Contudo, diferente da notícia, a crônica não é um relato frio (distante, objetivo) do evento: o autor faz questão de deixar bem claro que a perspectiva com que está apresentando o evento é bem particular, bem pessoal, bem subjetiva. Daí também o tom de informalidade da crônica; esse é o ar “de conversa entre amigos”, de “veja o que aconteceu”- que a caracteriza. Por tudo isso, a crônica é um tipo de texto muito adequado para relatarmos as muitas histórias que a vida conta; para explorarmos o humor do cotidiano; para deixar aparecer o lado lírico, mas também o lado trágico do nosso dia-a-dia. Um detalhe interessante na crônica: é um tipo de texto que facilita ao autor abordar de maneira mais leve um tema penoso, difícil, doloroso, quebrando o tom sério com que o trágico costuma ser tratado.

Fonte: Carlos Alberto Faraco. Português, Língua e Cultura

No texto acima, percebe-se as características de uma crônica atravessada de lirismo: é um adulto (“já vivido e poluído”) fazendo um relato carinhoso da visita de um bebê (“um amigo de 1 ano de idade”).

E agora é sua vez...

ANOTAÇÕES:

O

Relato de um adulto vivido e poluído

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Denotação e conotação: adequação vocabular

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PROFº: ELIZETE

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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Estes dois conceitos são muito fáceis de entender se lembrarmos que duas partes distintas, mas interdependentes, constituem o signo lingüístico: o significante ou plano da expressão - uma parte perceptível, constituída de sons - e o significado ou plano do conteúdo - a parte inteligível, o conceito. Por isto, numa palavra que ouvimos, percebemos um conjunto de sons (o significante), que nos faz lembrar de um conceito (o significado). A denotação é justamente o resultado da união existente entre o significante e o significado, ou entre o plano da expressão e o plano do conteúdo. A conotação resulta do acréscimo de outros significados paralelos ao significado de base da palavra, isto é, um outro plano de conteúdo pode ser combinado ao plano da expressão. Este outro plano de conteúdo reveste-se de impressões, valores afetivos e sociais, negativos ou positivos, reações psíquicas que um signo evoca. Portanto, o sentido conotativo difere de uma cultura para outra, de uma classe social para outra, de uma época a outra. Por exemplo, as palavras senhora, esposa, mulher denotam praticamente a mesma coisa, mas têm conteúdos conotativos diversos, principalmente se pensarmos no prestígio que cada uma delas evoca. Desta maneira, podemos dizer que os sentidos das palavras compreendem duas ordens: referencial ou denotativa e afetiva ou conotativa. A palavra tem valor referencial ou denotativo quando é tomada no seu sentido usual ou literal, isto é, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à realidade palpável.

Denotação é a significação objetiva da palavra; é a palavra em "estado de dicionário" Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos, evocando outras idéias associadas, de ordem abstrata, subjetiva.

Conotação é a significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades por associações que ela provoca

O quadro abaixo sintetiza as diferenças fundamentais entre denotação e conotação:

DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO

Palavra com significação restrita Palavra com significação ampla

Palavra com sentido comum do dicionário Palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum

Palavra usada de modo automatizado Palavra usada de modo criativo

Linguagem comum Linguagem rica e expressiva

Nas receitas abaixo, as palavras têm, na primeira, um sentido objetivo, explícito, constante; foram usadas denotativamente. Na segunda, apresentam múltiplos sentidos, foram usadas conotativamente. Observa-se que os verbos que ocorrem tanto em uma quanto em outra - dissolver, cortar, juntar, servir, retirar, reservar - são aqueles que costumam ocorrer nas receitas; entretanto, o que faz a diferença são as palavras com as quais os verbos combinam, combinações esperadas no texto 1, combinações inusitadas no texto 2. TEXTO I Bolo de arroz 3 xícaras de arroz 1 colher (sopa) de manteiga 1 gema 1 frango 1 cebola picada 1colher (sopa) de molho inglês 1colher (sopa) de farinha de trigo 1 xícara de creme de leite salsa picadinha

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Prepare o arroz branco, bem solto. Ao mesmo tempo, faça o frango ao molho, bem temperado e saboroso. Quando pronto, retire os pedaços, desosse e desfie. Reserve. Quando o arroz estiver pronto, junte a gema, a manteiga, coloque numa forma de buraco e leve ao forno. No caldo que sobrou do frango, junte a cebola, o molho inglês, a farinha de trigo e leve ao fogo para engrossar. Retire do fogo e junte o creme de leite. Vire o arroz, já assado, num prato. Coloque o frango no meio e despeje por cima o molho. Sirva quente. (Terezinha Terra) TEXTO II Receita Ingredientes 2 conflitos de gerações 4 esperanças perdidas 3 litros de sangue fervido 5 sonhos eróticos 2 canções dos beatles Modo de preparar Dissolva os sonhos eróticos nos dois litros de sangue fervido e deixe gelar seu coração. Leve a mistura ao fogo, adicionando dois conflitos de gerações às esperanças perdidas. Corte tudo em pedacinhos e repita com as canções dos Beatles o mesmo processo usado com os sonhos eróticos, mas desta vez deixe ferver um pouco mais e mexa até dissolver. Parte do sangue pode ser substituído por suco de groselha, mas os resultados não serão os mesmos. Sirva o poema simples ou com ilusões. (Nicolas Behr) Os provérbios ou ditos populares são também um outro exemplo de exploração da linguagem no seu uso conotativo. Assim, "Quem está na chuva é para se molhar" equivale a "/Quando alguém opta por uma determinada experiência, deve assumir todas as regras e conseqüências decorrentes dessa experiência". Do mesmo modo, "Casa de ferreiro, espeto de pau" significa O que a pessoa faz fora de casa, para os outros, não faz em casa, para si mesma. A respeito de conotação, Othon M. Garcia (1973) observa: "Conotação implica, portanto, em relação à coisa designada, um estado de espírito, uma opinião, um juízo, um sentimento, que variam conforme a experiência, o temperamento, a sensibilidade, a cultura e os hábitos do falante ou ouvinte, do autor ou leitor. Conotação é, assim, uma espécie de emanação semântica, possível graças à faculdade que nos permite relacionar coisas análogas ou semelhadas. Esse é, em essência, o traço característico do processo metafórico, pois metaforização é conotação". Inutilidades (José Paulo Paes) Ninguém coça as costas da cadeira. Ninguém chupa a manga da camisa. O piano jamais abana a cauda. Tem asa, porém não voa, a xícara. De que serve o pé da mesa não anda? E a boca da calça se não fala nunca? Nem sempre o botão está em sua casa. O dente de alho não morde coisa alguma. Ah! se trotassem os cavalos do motor ... Ah! se fosse de circo o macaco do carro ... Então a menina dos olhos comeria Até bolo esportivo e bala de revólver. A metonímia, outro recurso retórico, é a alteração de sentido de uma palavra ou expressão pelo acréscimo de um outro significado ao já existente quando entre eles existe uma relação de contigüidade, de inclusão, de implicação, de interdependência, de coexistência. Por exemplo, quando dizemos "As cãs inspiram respeito", estamos empregando cãs por velhice, porque as pessoas idosas possuem, em geral, cabelos brancos. Outros exemplos de metonímia: ● ser uma pena brilhante = ser um grande escritor ● ter cinco bocas para alimentar = ter cinco pessoas para alimentar ● foi movimentada a redonda no gramado = foi movimentada a bola ● ser o Cristo da turma = ser o culpado ● ter ótima cabeça = ter inteligência ● no Oriente Médio, não descansam as armas = ... Não descansam os guerreiros Enquanto a metáfora baseia-se numa relação de similaridade de sentidos, a metonímia baseia-se numa relação de contigüidade de sentidos. Esses processos de mudança de sentido são, também, muito produtivos na linguagem quotidiana. Plantas, animais, elementos da natureza, partes do corpo humano são fontes de muitas metáforas cognitivas: o mar está cheio de cavalos, estrelas, leões (cavalo-marinho, estrela-do-mar, leão-marinho, peixe-boi); o jardim está cheio de bocas-de-leão, línguas-de-sogra, bolas-de-neve; na natureza falamos da cabeça de uma ponte, do pé de uma montanha, da boca de um rio, da raiz da serra. A valorização positiva ou negativa é outra fonte de inúmeras metáforas: minha gata, minha flor, uma vaca, um burro, uma besta.

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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO: ADEQUAÇÃO VOCABULAR

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Composição: O Rappa

Ô Ô Ô Ô Ô my brother (4x) É... A idéia lá corria solta Subia a manga amarrotada social No calor alumínio não tinha caneta nem papel E uma idéia fugia Era o rodo cotidiano (2x) O espaço é curto quase um curral Na mochila amassada uma quentinha abafada Meu troco é pouco, é quase nada (2x) Ô Ô Ô Ô Ô my brother (4x) Não se anda por onde gosta Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta Ela some ela no ralo de gente Ela é linda mas não tem nome É comum e é normal Sou mais um no Brasil da Central Da minhoca de metal que entorta as ruas Da minhoca de metal Como um Concorde apressado cheio de força Voa, voa mais pesado que o ar O avião do trabalhador Ô Ô Ô Ô Ô my brother (4x) O espaço é curto quase um curral Na mochila amassada uma vidinha abafada Meu troco é pouco, é quase nada (2x)

Não se anda por onde gosta Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta Ela some ela no ralo de gente Ela é linda mas não tem nome É comum e é normal Sou mais um no Brasil da Central Da minhoca de metal que entorta as ruas Da minhoca de metal que entorta as ruas Como um Concorde apressado cheio de força Voa, voa mais pesado que o ar O avião do trabalhador Ô Ô Ô Ô Ô my brother (4x)

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EXERCÍCIO 01. Em: “Subia a manga amarrotada social”. a) Deixa claro que naquele espaço todos estavam de manga comprida. b) A palavra social significa sociedade. c) Retrata um tipo de vestimenta. d) Retoma uma idéia falsa de sociedade. 02. A expressão destacada na primeira estrofe significa: a) uma forma de calor b) um tipo de calor c) um local com calor d) uma vertente de calor 03. Justifica-se uma idéia anterior na alternativa: a) metrô b) trem c) marmitex d) sala 04. Assinale a alternativa em que o autor do texto faz uma crítica social atravez da comparação: a) “E uma idéia fugia” b) “È uma idéia rodo cotidiano” c) “O espaço é curto e quase um curral” d) “Meu troco é pouco, é quase nada” 05. A expressão presente no refrão da música expressa: a) Uma linguagem distante da realidade do povo brasileiro b) Um estrangeirismo típico dos grandes centros. c) Uma gíria típica dos grandes centros urbanos d) Um coloquialismo que caracteriza um mundo contemporâneo. 06. Na terceira estrofe do texto podemos observar que: a) Independente de quem seja. No “rodo cotidiano” todos se cruzam e se encontra. b) O caminho que se segue é bastante diferente das pessoas que fazem parte do “rodo cotidiano”. c) Todos passam despercebidos no “rodo cotidiano”. d) O “ralo” é a seleção natural do mundo moderno 07. O quarto parágrafo do texto nos revela: a) Força b) Luta c) Pressa d) Dignidade 08. Na segunda estrofe do texto do verso dois temos a palavra “quentinha” e na quinta estrofe do verso dois temos a palavra “vidinha”. As mesmas estabelecem uma relação de: a) sentidos opostos b) causa e conseqüência c) mesmo sentido d) conseqüência e causa 09. Teremos mudanças de sentido em: a) Não se anda por onde gosta / por onde gosta não se anda. b) mas por aqui tem jeito / não tem jeito por aqui. c) Ela é linda mas não tem nome / Não tem nome, mas ela é linda d) Sou mais um no Brasil da central / Sou mais um na Central do Brasil. 10.Substituindo o último termo destacado sem alteração de sentido temos: a) percorre b) vira c) some d) desaparece

QUESTÕES DISCURSIVAS

01. No final de tudo explique o que é o “rodo cotidiano”.

02. Retire do texto um contexto que revela ao leitor a posição social do grupo que o texto se refere.

03. Qual a relação feita pelo autor do texto em relação ao “concorde” e a minhoca de metal”?

04. Esclarece a intenção comunicativa da segunda estrofe.

05. Retire do texto um contexto que retrata uma infinidade de pessoas.

06. Retire do texto um contexto que mostre a pessoa apenas como mais uma dentro da sociedade.

07. Em “meu troco é pouco, é quase nada” esclareça tal situação.

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Denotação e Conotação: Adequação Vocabular

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: ÉRICA

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Folha de SP, p. 2, 24 de fevereiro de 1999.

Denotação e conotação

Estes dois conceitos são muito fáceis de entender se lembrarmos que duas partes distintas, mas interdependentes, constituem o signo lingüístico: o significante ou plano da expressão - uma parte perceptível, constituída de sons - e o significado ou plano do conteúdo - a parte inteligível, o conceito. Por isto, numa palavra que ouvimos, percebemos um conjunto de sons (o significante), que nos faz lembrar de um conceito (o significado).

A denotação é justamente o resultado da união existente entre o significante e o significado, ou entre o plano da expressão e o plano do conteúdo. A conotação resulta do acréscimo de outros significados paralelos ao significado de base da palavra, isto é, um outro plano de conteúdo pode ser combinado ao plano da expressão. Este outro plano de conteúdo reveste-se de impressões, valores afetivos e sociais, negativos ou positivos, reações psíquicas que um signo evoca.

Portanto, o sentido conotativo difere de uma cultura para outra, de uma classe social para outra, de uma época a outra. Por exemplo, as palavras senhora, esposa, mulher denotam praticamente a mesma coisa, mas têm conteúdos conotativos diversos, principalmente se pensarmos no prestígio que cada uma delas evoca.

Desta maneira, podemos dizer que os sentidos das palavras compreendem duas ordens: referencial ou denotativa e afetiva ou conotativa.

A palavra tem valor referencial ou denotativo quando é tomada no seu sentido usual ou literal, isto é, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à realidade palpável.

Falando nisso...

Conotação não é linguagem figurada (Prof. Hélio Consolaro ) O significado de uma palavra tem duas partes: denotação e conotação. A primeira traz o sentido universal: “mesa” tem o mesmo sentido em todas as regiões do Brasil, por exemplo. Já a conotação engloba todas as demais informações adicionais veiculadas pela palavra, como a região, faixa etária em que é usada, se o discurso onde está inserida é formal ou o informal. Exemplo dado pelo professor Cláudio Moreno: lábio e beiço. Elas são sinônimas na denotação, mas o segundo carrega uma forte conotação pejorativa. O significado conotativo é o significado contextualizado, o que a palavra adquiriu em sua trajetória espacial e temporal. Os dicionários raramente indicam também as conotações das palavras. Se um estrangeiro escrever a sua namorada brasileira que ela tem os beiços doces, vai cometer uma indelicadeza. No livro Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga usou beiço, mas naquela época esse uso era aceito. Cuidado: metáforas e metonímias, hipérboles, ironias, pleonasmos pertencem à linguagem figurada, e nada têm a ver com conotação. As pessoas confundem, acham que conotação e linguagem figurada são sinônimas.

* Hélio Consolaro é professor do Ensino Médio e jornalista. Cronista diário da Folha da Região

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01. Leia os textos com atenção e responda: Texto 01. Texto 02. Texto 03. Assinale a alternativa incorreta:

a) O terceiro texto disserta sobre o poder como algo resultante da combinação entre tempo e dinheiro. b) A expressão popular “... Vai pra cucuia...” tem valor conotativo e pertence à variante coloquial. c) No texto 2, Veríssimo percebe que há entre as palavras CANCUN e CUCUIA proximidade do ponto de vista gráfico e fonético. Dessa forma, o escritor se utiliza desse artifício para fazer uma crítica às desigualdades sociais encontradas no Brasil. d) O primeiro texto apresenta uma nova versão do dito popular: “Alegria de pobre dura pouco”. Observa-se que o termo em negrito originalmente é um verbo, mas Marcelino Freire o transforma num adjetivo, ou seja, caracterizador da palavra alegria. A esse processo utilizado pelo escritor damos o nome de DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA. e) A expressão “... VAI PARA A CUCUIA...” tem valor denotativo e se refere à idéia de que nada é permitido a quem é pobre.

02. Leia atentamente o texto abaixo. Em seguida, assinale a alternativa correta:

Estação [do lat. statione]. S.f. 1. Cada um dos quatro períodos do ano que constam de três meses, dos quais dois começam nos solstícios e dois nos equinícios, e que se distinguem entre si pelas características climáticas: primavera, verão, outono e inverno. 2. Centro transmissor de rádio e televisão. 3. Local escolhido para determinada pesquisa ou observação para se colocar um marco ou uma baliza.

(Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa) a) O texto acima enfatiza a conotação em detrimento da denotação. b) Para definir o termo estação, o Aurélio utiliza termos literais, o que faz com que o texto seja predominantemente denotativo. c) O texto acima é literalmente conotativo, o que se pode observar, apenas, pelas definições de características climáticas do ano. d) Na definição de estação, vista acima, predomina a noção de um lugar em que se opera o embarque e o desembarque de passageiros. e) O texto acima apresenta características tanto denotativas quanto conotativas, caracterizando-se como um texto figurativo. 03. Texto para a próxima questão.

a) A história contém no total cinco falas. Transcreva aquela que instaura o impasse do diálogo. b) O dono do bar propõe-se a satisfazer qualquer desejo dos clientes. Transcreva a frase que indica essa disponibilidade. c) O raciocínio que leva Eddie Sortudo a responder “OK. Vou querer isso” no segundo quadro não é totalmente insensato. Por quê?

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Estrutura do período composto - coordenação

Frente: 01 Aula: 05

PROFª.: Érica Santos A Certeza de Vencer

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O período composto pode ser constituído por orações coordenadas ou subordinadas. Observe o quadrinho de Garfield. Tipos de orações coordenadas sindéticas.

Neste texto, observe a presença de uma oração coordenada sindética que expressa idéia de alternância.

Relembre que orações coordenadas são aquelas que são sintaticamente independentes. Já as orações subordinadas são aquelas que são sintaticamente dependentes da oração principal. As orações coordenadas ainda dividem-se em: 1. Orações Coordenadas Assindéticas São as orações não iniciadas por conjunção coordenativa. Ex. Chegamos a casa, tiramos a roupa, banhamo-nos, fomos deitar. 2. Orações Coordenadas Sindéticas São cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção coordenativa.

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1. No primeiro parágrafo do texto, há dois elementos que podem causar confusão aos mais desavisados: mas e mais. Avaliando a atuação destes dois itens neste contexto, pode-se afirmar que: a) apresentam o mesmo valor semântico, apesar de terem grafias distintas. b) São recursos sintáticos, mas não proporcionam nenhuma alteração semântica. c) Possuem valores semânticos distintos: o primeiro representa uma oposição de idéias, enquanto os segundo representa a intensidade de uma idéia. d) Possuem diferentes valores semânticos e o mesmo valor sintático: o valor de conexão entre as orações. e) Apresentam valores sintáticos e semânticos semelhantes. 2. Quanto ao fato dos cariocas aludirem Nelson Rodrigues nas mais diversas ocasiões, o narrador: a) acha uma mania sem razão, que talvez se justifique na qualidade literária do autor citado. b) Percebe que há um grave problema nesta atitude, afinal há situações em que os textos dele não se enquadram. c) Não vê motivo para que alguns reclamem deste fato e ratifica esta opinião utilizando uma história de Nelson Rodrigues. d) Concorda em reclamar da absurda mania dos cariocas e cita um caso de um amigo, para exemplificar tal mania. e) É isento quanto ao hábito dos cariocas. 3. Dos fragmentos textuais listados abaixo, apenas um não possui correta análise dos valores semânticos associados às orações coordenadas, ache-o. a) “Chegou em casa e obrigou a mulher a ficar de quatro” - §2º - idéia de adição. b) “Ela esperou o marido chegar, mas o marido nunca mais chegou” - §4º - idéia de adversidade. c) “Lembrei dessa história quando soube que a mulher de um amigo, ao chegar em casa...” §3º - idéia de explicação. d) “... deixando aquele cartaz e aquela enigmática frase...” - §4º - idéia de adição. e) Nenhuma das anteriores. 4. Quanto ao uso das aspas neste texto, considere as afirmações: I. São utilizadas para marcar a presença de discurso direto.

II. Em ao menos um caso, são utilizadas para indicar um código de natureza incompreensível. III. Em mais de um caso, realçam termos ou letras com a intenção de destacá-los. IV. Servem para introduzir vocábulos de origem regional. Estão corretas: a)I e II. B) I e III. C) I, II e III. D)Apenas III. E) Todas as afirmações. 5. Quanto ao entendimento da mensagem deixada pela personagem à esposa, aparecem as seguintes afirmações: I. Não foram decodificadas e por isso seu conteúdo continua sendo um mistério. II. Nenhuma das personagens conseguiu revelar o conteúdo da mensagem. III. Nenhuma das personagens quis revelar o conteúdo da mensagem. IV. O teor da mensagem não pode ser revelado. Pode-se dizer que é (são) correta(s): a) I, II e III b) I e III. C) I e II d) I e IV e)Todas as afirmações. 6. Assinale a alternativa em que a associação está correta: I. Deus fez a luz; depois criou a natureza e, finalmente, formou o homem. II. Se quiseres vencer na vida, cultiva a paciência e segue a lei do Amor. III. Sabemos que o homem chegou à Lua. IV. Com aquela viagem, queria ter uma visão ampla sobre a situação do Brasil no mundo atual. A- Período composto por coordenação. B- Período composto por subordinação. C- Período simples. D- Período composto por coordenação e subordinação. a) I -A; II -B; III-C; IV-D b) I -B; II -A; III-D; IV-C c) I -A; II -D; III-B; IV-C d) I – C, II – D, III- A, IV – B e) I – D, II- C, III – B, IV – A

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ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO: COORDENAÇÃO.

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I. Orações coordenadas sindéticas e seus conectores. Aditiva: E Adversativa: PORÉM Alternativa: OU e sinônimos

Conclusiva: PORTANTO Explicativa: POIS

Exercícios

I.I. Complete os parênteses com o número das orações coordenadas sindéticas grifadas abaixo: 1. A comida do pequeno restaurante era muito boa, entretanto ele permanecia vazio. 2. A comida do pequeno restaurante era muito boa, por isso ele permanecia cheio. 3. Não se dirija ao aeroporto, porquanto a viagem foi cancelada. 4. A viagem foi confirmada, então dirija-se ao aeroporto. 5. Fui à escola e entreguei as provas à secretaria. 6. Fui à escola e não entreguei as provas à secretaria. 7. Economizamos bastante dinheiro, todavia foi insuficiente para comprarmos o computador. 8. Os alunos deste colégio estudam bastante, portanto realizarão boas provas no PRISE. 9. Os alunos deste colégio estudam bastante e realizarão boas provas no PRISE. 10. Corrija-se ou todos lhe virarão as costas. 11. Estudei bastante para a prova, então alcançarei boas notas. 12. Estude com empenho, contudo não se desgaste. 13. Não se desespere diante das dificuldades, afinal você está bem preparado. 14. Joguem bastante futebol, mas não esqueçam de estudar. 15. Penso, logo existo. 16. A energia elétrica já retornou, assim vamos recomeçar a festa.

( ) Aditiva ( ) Adversativa ( ) Alternativa ( ) Conclusiva ( ) Explicativa I.II. Complete os parênteses conforme a semântica das orações grifada. 1. Ela recusou a festa, pois detesta funk. 2. Vocês estudam bastante, por isso serão aprovados. 3. Retornem às suas salas de aula, pois elas já estão higienizados. 4. Estude com empenho, mas não se desgaste. 5. A energia elétrica já retornem, portanto vamos recomeçar a festa. 6. Marcelo, entre ou saia. 7. Jogue bastante futebol, todavia não esqueça de estudar. 8. Meu time jogou bem, mas foi derrotado. 9. Fui à festa e comprei mangas. 10. Os convidados já chegaram, então sirvam o jantar. ( ) convergência ou adição. ( ) oposição ou contradição. ( ) opção. ( ) dedução ou suposição. ( ) justificativa. I.III. Orações subordinadas adverbiais e seus conectores. Causal: PORQUE Consecutiva: QUE (depois de tão, tal, tamanho, tanto) Condicional: SE ( = CASO) Concessiva: EMBORA Comparativa: como, QUE, QUANTO Conformativa: como ( = CONFORME) Temporal: QUANDO Proporcional: À PROPORÇÃO QUE Final: PARA QUE

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Exercícios

I. 1. Complete os parênteses com o número das orações subordinadas adverbiais grifadas abaixo: 1. Marisa ficou tão emocionada que chorou. 2. Marisa chorou porque ficou emocionada. 3. Ela estudou tento que foi aprovada em primeiro lugar. 4. Ela foi aprovada no vestibular visto que estudou bastante. 5. Iremos à sua fasta de aniversário desde que você nos convide. 6. Iremos à sua festa de aniversário mesmo que você não nos convide. 7. Apesar de você não nos convidar, iremos à festa de seu aniversário. 8. Seremos campeões de futebol se treinarmos bastante: 9. O Brasil é mais populoso que a Argentina. 10. As paraenses são alegres como as cariocas. 11. Estude orações coordenadas como seu professor orientou. 12. Haverá aula amanha segundo nos informou o coordenador. 13. Conforme disse o professor, estas serão as questões da prova. 14. Estudamos neste colégio desde que retomamos de Recife. 15. Desde que você me pague, digitarei o seu trabalho. 16. Como faltou dinheiro, cancelei minhas férias. 17. Como você pediu, estou lhe devolvendo seu caderno. 18. Como o professor disse, estas serão as questões da prova. 19. A professora corrige as provas quando está na casa dela. 20. Enquanto estudamos Matemática, ela treina parar a Olimpíada de Química. 21. Saímos da sala para que os serventes a limpassem. 22. À medida que fomos estudando, nossas notas começaram a aumentar. 23. Para que ninguém reclamasse, o colégio divulgou com antecedência o calendário de avaliações.

24. A fim de que as equipes se preparem, realizaremos o campeonato daqui a dois meses. 25. “Como se fosse flor, você me rega” (Ivete Sangalo). 26. Se for bem cuidado, o livro não danifica. 27. Ainda que sejam bem cuidados, alguns livros danificam. ( ) Causal ( ) Consecutiva ( ) Condicional ( ) Concessiva ( ) Comparativa ( ) Conformativa ( ) Temporal ( ) Proporcional ( ) Final II. Complete os parênteses conforme a semântica das orações grifadas. 1. Desde que você me pague, digitarei o seu trabalho. 2. Desde que retornei de Recife, estudo no Impacto. 3. Como alertou a meteorologia, choverá amanhã. 4. Como a avenida estava congestionada, não fomos a Salinas. 5. Como um monstro, alguns imperadores romanos tratavam o povo. 6. Marta comeu tanto chocolate que teve indisposição estomacal. 7. Marta teve indisposição estomacal porque comeu muito chocolate. ( ) Tempo ( ) Exigência ou condição ( ) Origem ou causa ( ) Conformidade ( ) Comparação ( ) Conseqüência

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Estrutura do Período Composto: Coordenação

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PROFº: ILDEMAR

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1.3 Termos acessórios da oração e vocativo:

Os termos acessórios recebem esse nome por serem acidentais, explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o adjunto adverbial adjunto adnominal e o aposto. O adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância do processo verbal, ou intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais exercer o papel de adjunto adverbial.

Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça com os meus amigos.

As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto adverbial são: Acréscimo: Além de tristeza, sentia profundo cansaço. Afirmação: Sim, realmente irei partir. Assunto: Falavam sobre futebol. Causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede... são tantas vezes gestos naturais. Companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas. Concessão: Apesar de você, amanhã há de ser outro dia. Conformidade: Fez tudo conforme o combinado. Dúvida: Talvez nos deixem entrar. Fim: Estudou para o exame. Freqüência: Sempre aparecia por lá. Instrumento: Fez o corte com a faca. Intensidade: Corria bastante. Limite: Andava atabalhoado do quarto à sala. Lugar: Vou à cidade. Matéria: Compunha-se de substâncias estranhas. Meio: Viajarei de trem. Modo: Foram recrutados a dedo. Negação: Não há ninguém que mereça. Preço: As casas estão sendo vendidas a preços exorbitantes. Substituição ou troca: Abandonou suas convicções por privilégios econômicos. Tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo.

Texto III:

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O adjunto adnominal é o termo acessório que determina, especifica ou explica um substantivo. É uma função adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos.

O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância.

O adjunto adnominal se liga diretamente ao Substantivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predicativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.

O poeta português deixou uma obra originalíssima.

O poeta deixou-a

O poeta português deixou uma obra inacabada.

O poeta deixou-a inacabada.

Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um substantivo, adjetivo ou advérbio; o adjunto nominal relaciona-se apenas ao substantivo. O aposto é um termo acessório que permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir a idéia contida num termo que exerça qualquer função sintática.

Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado. Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo:

Segunda-feira passei o dia mal-humorado. O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na oração, em: a) Explicativo: A lingüística, ciência das línguas humanas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o mundo. b) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, arte, ação. c) Resumidor ou Recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tudo isso forma o carnaval. d) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida. Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (dois-pontos ou vírgula).

A rua Leão XIII está muito longe do rio Guamá. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.

A função de vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes substantivos, numerais e palavras substantivadas esse papel na linguagem.

COMENTÁRIOS:

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ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO: SUBORDINAÇÃO

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01. Indique os sentidos das palavras em destaque, nas frases abaixo: a) Havia uma “lima” sobre a mesa. ______________________________________________

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______________________________________________ b) A “caixa” caiu no pátio do estacionamento. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ c) No dia de São Cosme e Damião “deu bolo”. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ d) “Meteu a mão na massa” para fazer a comida. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ e) O artista “pintou o sete” no comício da independência. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ f) O homem levou tempo para “tirar a mesa”. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ g) Sempre gostei do “preto no branco”. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ h) Não conseguiu a “linha” que desejava. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ i) A empregada botou as mãos nas “cadeiras”. ______________________________________________

______________________________________________

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j) A “saída” era difícil. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ k) A “entrada” custou uma fortuna. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ l) Vi o “jogo” na televisão. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ m) Suas “ações” lhe trouxeram riqueza. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ n) Comprou “balas” perto de sua casa. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ 02. Indique as ambigüidades das frases a seguir, causadas pelo uso indevido da coordenação. a) João e Maria vão casar-se. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ b) Eu e ela viemos de carro. ______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________ c) João e Pedro são amigos. ______________________________________________

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______________________________________________ d) Eu e ela compramos duas bicicletas. ______________________________________________

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e) Costa e Silva e Carvalho jogarão hoje. ______________________________________________

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______________________________________________ 03. Indique as ambigüidades das frases a seguir, devido à má colocação da palavra em destaque: a) O juiz declarou ter julgado o réu “errado”. ______________________________________________

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b) Conheço uma professora de literatura “inglesa”. ______________________________________________

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c) O piloto “enjoado” levantou vôo. ______________________________________________

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d) Comprou o carro “rápido”. ______________________________________________

______________________________________________

e) Deixou a sala “vazia”. ______________________________________________

______________________________________________

f) Confessou os erros que cometeu “com fraqueza”. ______________________________________________

______________________________________________

g) O jornal criticou a peça exibida “com um critério arbitrário”. ______________________________________________

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04. Indique as ambigüidades das frases a seguir, decorrentes do mau uso dos pronomes relativos: a) Vi o livro e a autora de que gosto. ______________________________________________

______________________________________________

b) Tenho um trabalho para entregar ao professor, que me deixa preocupado. ______________________________________________

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c) Estou fazendo um livro para a editora, que me ocupa o dia todo. ______________________________________________

______________________________________________

d) Há um ano comprei uma casa com um vistoso portão, que venderei agora. ______________________________________________

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e) Trata-se sobre um estudo sobre Machado de Assis, cuja leitura recomendo. ______________________________________________

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f) Falo de Pedro, filho de nosso vizinho, que você conhece. ______________________________________________

______________________________________________

05. Indique as possíveis ambigüidades das frases a seguir: a) Comi um churrasco num restaurante que era gostoso. ______________________________________________

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b) Maria falou com a moça que trabalha ali. ______________________________________________

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c) O pai proibiu o filho de sair em sua motocicleta. ______________________________________________

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d) Não gostei da pintura de minha irmã. ______________________________________________

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e) Foi observado o acidente da ponte. ______________________________________________

______________________________________________

f) O escritor quer participar do concurso, mas seu amigo não quer. ______________________________________________

______________________________________________

g) O piloto falou com a moça que mora naquele apartamento. ______________________________________________

______________________________________________

06. Reescreva as frases, eliminando as ambigüidades: a) A empregada lavou as roupas que encontrou no tanque. ______________________________________________

______________________________________________

b) A professora deixou a turma entusiasmada. ______________________________________________

______________________________________________

c) O cão enterrou os ossos que encontrou no jardim. ______________________________________________

______________________________________________

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ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO: SUBORDINAÇÃO

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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A ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO: SUBORDINAÇÃO Quando um enunciado é formado por apenas uma oração, temos um período simples, isso você já sabe e também que ele é

composto, quando é formado por mais de uma oração, Essas orações podem se relacionar por meio de dois processos sintáticos diferentes: a coordenação e a subordinação. Na subordinação, um termo atua como determinante [exerce uma função sintática] de um outro termo.

Leia o texto abaixo:

Há nele três orações marcadas pelos verbos ‘descobrir’, ‘embargar’ e ‘vieram pedir’. O primeiro período apresenta uma única oração, chamada de absoluta, já o segundo período, é formado por duas orações em que uma depende da outra. Essa dependência é que chamamos de subordinação. Agora observe a manchete: César Cielo leva ouro e bate recorde nos EUA.

Esse período é formado por duas orações, mas uma não depende da outra, elas são independentes, podem ser separadas sem causar nenhum prejuízo ao significado de cada oração. César Cielo leva o ouro. César Cielo bate recorde nos EUA.

Períodos compostos por subordinação são períodos que, sendo constituídos de duas ou mais orações, possuem uma oração principal e pelo menos uma oração subordinada a ela. A oração subordinada está sintaticamente vinculada

à oração principal, podendo funcionar como termo essencial, integrante ou acessório da oração principal. Observe o texto abaixo:

Surge um método revolucionário para acabar com o choro e prolongar o sono dos bebês. Segundo o doutor Harvey Karp, a criança precisa ser embrulhada e colocada de lado. Depois, os pais devem fazer barulho. A técnica conquistou a confiança de Madonna, do ex-007 Pierce Brosnan e até do governo americano, que a adotou em creches públicas.

Quanto às formas, elas podem ser desenvolvidas (apresentam verbos numa das formas finitas [tempos do indicativo,

subjuntivo, imperativo], apresentam normalmente conjunção e/ou pronome relativo) e reduzidas (apresentam verbos numa das formas nominais [infinitivo, gerúndio, particípio] e não apresentam conjunções nem pronomes relativos, podem apresentar preposição): Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto.______________________________________________________________________ Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto _________________________________________________________________________ Quando assares o pato, sirva o jantar. ____________________________________________________________________________ Assado o pato, sirva o jantar.. ___________________________________________________________________________________ “Eu vi um menino correndo” ____________________________________________________________________________________ Eu vi um menino que corria. ____________________________________________________________________________________ Há três tipos de orações subordinadas: Substantivas = na maioria das vezes, as orações subordinadas substantivas são introduzidas por conjunção subordinada integrante, sendo as principais a partícula QUE e a SE. Tais orações são assim denominadas porque exercem função sintática própria de substantivo.

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Adjetivas: são introduzidas por pronomes relativos, sendo o mais comum o relativo QUE quando substituível por O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS, sem alterar o sentido do período. Tais orações exercem a função de adjuntos adnominais, que é própria de adjetivo.

Adverbiais: estas exercem a função de adjuntos adverbiais. Excetuando-se as conjunções subordinativas integrantes QUE e SE e os pronomes relativo, as demais conjunções subordinativas introduzem as orações subordinadas adverbiais no período, as quais se classificam de acordo com a classificação da própria conjunção subordinativa.

Observe o texto abaixo: Texto I:

Texto II

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KL 220408

Estrutura do Período Composto: Subordinação

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PROFº: JOANA

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Hipotaxe: relação sintática em que existe dependência ou subordinação de uma palavra ou de uma oração a outra palavra da frase ou a outra oração do período.

→ Saudosamente, Eduardo lembra a casa da mãe. → Lembra que sempre quis uma casa no vale?

[Saudosamente, Eduardo (lembra (a casa da mãe))].

Lembra (que sempre quis uma casa no vale)].

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO Existe um tipo de relação entre as orações de um

mesmo período que é chamada de relação de subordinação (ou hipotaxe). A relação de subordinação pressupõe o encaixamento de orações dentro de orações, formando sintagmas maiores. Podemos representar o encaixamento de um constituinte dentro de outro, usando parênteses. O constituinte encaixado será, no exemplo a seguir, o adjunto adnominal “de matemática”, que modifica o substantivo “livros”:

[livros (de matemática)] O adjunto adnominal encaixado do sintagma “livros de matemática” é agora o determinante do substantivo “livros”, pois atribui-lhe uma especificação. Nesse sentido, “livros” é o constituinte determinado. Sempre que se tem uma relação de determinação entre constituintes tem-se um sintagma no qual há uma relação de subordinação, em que os elementos determinantes são subordinados com relação aos constituintes que determinam. Portanto, voltando ao exemplo, o constituinte “de matemática” é determinante do substantivo “livros” e a ele se subordina. É, pois, o elemento determinante e subordinado. “Livros” é o elemento determinado e subordinante. As mesmas relações de determinação e subordinação podem ser observadas quando os constituintes em questão são orações, uma das quais está encaixada naquela que será a principal do período. Quando esse tipo de relação se estabelece entre as orações de um mesmo período, tem-se o chamado período composto por subordinação. Para se classificar um período composto, é necessário que ele tenha pelo menos duas orações, ou seja, que apresente dois predicados. Observe, inicialmente, os próximos exemplos:

No primeiro caso temos apenas uma oração; no segundo, duas. Estamos, portanto, diante de um período composto. Resta-nos determinar o tipo de relação que se estabelece entre as duas orações, “Lembra” e “que sempre quis uma casa no vale”. Se analisarmos sintaticamente o primeiro exemplo, veremos que “a casa da mãe” é um termo integrante da oração, pois atua como objeto direto do verbo transitivo direto “lembrar” (quem lembra, lembra alguma coisa). Nesse sentido, “a casa da mãe” é um complemento encaixado no predicado verbal, o que se pode representar pelo recurso dos parênteses, como:

No segundo exemplo, o verbo da primeira oração também é “lembra?’ e, como transitivo direto, requer um complemento. Esse complemento, o objeto direto do verbo, é, no caso, uma outra oração, “que sempre quis uma casa no vale”. A oração “que sempre quis uma casa no vale” está encaixada na primeira, funcionando como complemento do verbo “lembrar”. Não há aqui, portanto, autonomia sintática das orações em questão, como ocorre na relação de coordenação, já estudada. Observa-se, pelo contrário, que se estabelece entre as duas orações uma relação de subordinação, em que a segunda, funcionando como objeto direto oracional do verbo “lembrar”, está encaixada na primeira, como se vê a seguir (mantêm-se, aqui, apenas os parênteses mais relevantes para a discussão)

Temos, pois, um período composto por subordinação, em que “lembra” é a oração principal e “que sempre quis urna casa no vale” é a oração a ela subordinada, que atua no período como um termo determinante da oração principal

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

É muito freqüente encontrarmos, nos textos, períodos compostos por coordenação e subordinação, pois o modo de articulação das orações no discurso é determinado por exigências de ordem semântica.

Não dá no mesmo dizer, por exemplo, “Paulo estuda e trabalha”, coordenando as duas orações, e “Paulo estuda quando trabalha”, subordinando a segunda à primeira. No primeiro caso as ações são realizadas independentemente uma da outra; no segundo caso a ação de estudar realiza-se enquanto ocorre a ação de estudar. É evidente que os dois enunciados representam opções de organização sintática e lexical perfeitamente possíveis na língua, mas o seu sentido é bastante diferente.

AS DIFERENTES RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES

As orações subordinadas, como vimos, são orações determinantes de orações principais, às quais se subordinam e nas quais estão sintaticamente encaixadas. São classificadas em três tipos, de acordo com as funções que exercem em relação às principais: subordinadas substantivas, subordinadas adjetivas e subordinadas adverbiais.

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Um outro critério importante para a classificação das orações subordinadas é a forma em que se apresenta o verbo. Assim, se o verbo da subordinada estiver no indicativo, no subjuntivo ou no imperativo, a oração será denominada desenvolvida. Se o verbo da subordinada estiver em uma das suas chamadas formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio), a oração será denominada reduzida.

Ele é muito inteligente, mas arrogante. Embora arrogante, ele é muito inteligente.

AS ORAÇÕES SUBORDINADAS ARTICULAM-SE À PRINCIPAL:

1) por meio dos chamados conectivos sintáticos, que são as conjunções subordinativas e os pronomes relativos; 2) por justaposição, sem o uso de conectivos. Não sei se ele cumprirá a promessa. (O se, conjunção integrante, funciona como conectivo sintático.) Ex: Eduardo não sabe quem trouxe este milho especial de pipocas. (A segunda oração, “quem trouxe este milho especial de pipocas, está encaixada na principal, Eduardo não sabe”, sem o auxílio de um conectivo sintático. Observe que o quem, pronome interrogativo, não é um conectivo e desempenha a função sintática de sujeito do verbo da subordinada, “trazer’.) Minha esperança é Eduardo enjoar de pipocas. Minha esperança é que Eduardo enjoe de pipocas.

Observe que o sentido desses períodos — ambos compostos por subordinação — é o mesmo. A diferença está em que no primeiro exemplo usou-se uma forma nominal (o infinitivo) do verbo “enjoar”, e a oração “Eduardo enjoar de pipocas” é uma subordinada reduzida de infinitivo (introduzida sem conectivo). Já no segundo exemplo, usou-se o verbo na forma do presente do subjuntivo. Tem-se, portanto, uma oração subordinada desenvolvida (no caso, uma subordinada substantiva na função sintática de predicativo do sujeito da oração principal).

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES: 01. (Fatec-SP) No trecho “Num dia de chuva, ofereci carona. Ela recusou. Um amigo viria buscá-la”. a oração destacada revela idéia de: a) concessão e é exemplo de oração coordenada sindética. b) justaposição e é exemplo de discurso direto. c) contraste e é exemplo de oração subordinada. d) explicação e é exemplo de oração absoluta. e) conseqüência e é exemplo de oração independente. 02. Qual foi o raciocínio feito para responder à questão anterior?

03. No primeiro quadrinho da tirinha a seguir há duas orações coordenadas sindéticas. Observe:

a) Quais são os conectivos que introduzem essas duas orações? Que sentido cada um deles exprime?

b) Tomando por base sua resposta à questão anterior, classifique as duas orações coordenadas sindéticas que aparecem no primeiro quadrínho.

04. Observe os dois períodos: O primeiro período é composto por coordenação e o segundo, por subordinação. A diferença entre as construções sintáticas determina, também, sentidos diferentes para o que está enunciado sobre o sujeito em cada um dos períodos. Em que consiste essa diferença?

05. Você aprendeu que oração coordenada desprovida de conectivo é denominada assindética e que aquela introduzida por conectivo é sindética. Observe os períodos a seguir: neles, há orações coordenadas sindéticas e assindéticas. 1. Não movia um músculo, não emitia um único som. II. O irmão chegou, o marido saiu, mas a mulher nem notou. III. O policial entregou a multa, o motorista a recebeu. Não havia o que discutir. a) Nesses períodos, quais orações são coordenadas assindéticas?

b) Quais são sindéticas? Justifique sua resposta, classificando-as.

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GE190208 - CN

Estrutura do período simples: termos oracionais 1

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A Certeza de Vencer

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orma e função

Ao selecionar palavras, o usuário da língua leva em conta não só o sentido, mas também a forma das

palavras (artigo, substantivo, verbo, adjetivo, advérbio etc) e a função (sujeito, objeto direto, objeto indireto, adjunto adnominal, etc.) que elas assumem na frase.

Leia esta tira:

In: www.clubedamafalda.blogspot.com

Tomando por base a fala do último quadrinho, veja, no

quadro abaixo, as combinações realizadas, isto é, a estrutura sintática da frase e as classes gramaticais que foram selecionadas para tais combinações.

Deste modo, não se pode desvincular a morfologia (parte da gramática que estuda a forma das palavras) da sintaxe, pois forma e função coexistem e seus papéis só se definem no contexto. As palavras constituem grupos morfológicos e, ao serem combinadas, adquirem um papel sintático.

Fazer a análise morfossintática de uma palavra significa, portanto, reconhecer a classe gramatical a que ela pertence e, ao mesmo tempo, a função sintática que ela desempenha em determinada oração.

RASE, ORAÇÃO, PERÍODO Frase é a unidade de texto

que numa situação de comunicação é capaz de transmitir um pensamento completo. Oração é um enunciado que se organiza em torno de um verbo. Dá-se o nome de período à frase organizada em oração ou orações. O período pode ser simples, quando constituído de uma só oração ou composto, quando constituído de mais de duas orações. O sintagma é uma unidade formada por uma ou mais palavras que desempenham uma função dentro da frase.

Observe:

Vamos destacar dessa publicidade: a) Uma oração ______________________________________ b) Um período simples ________________________________ c) Um período composto: ______________________________ d) Um sintagma: ______________________________________

strutura do período simples

O período simples se organiza em dois termos denominados essenciais (o sujeito e o predicado), em

termos chamados de integrantes e em outros denominados de acessórios. Vejamos detalhadamente cada um deles.

Termos essenciais

A. Sujeito Definir o que é sujeito não é tão simples, pois as

definições encontradas nos livros didáticos somente são eficazes se usadas conjuntamente, então teríamos que sujeito é ”o ser de quem se diz algo. O sujeito é expresso por substantivo ou equivalente de substantivo. Às vezes o substantivo sozinho exprime o sujeito da oração” (ROCHA LIMA); “é o ser sobre o qual se faz uma declaração” (CUNHA, 1989); “constituinte que se harmoniza com o núcleo do predicado em numero e pessoa” (PERINI, 1988) ou ainda “é o termo que vem antes do predicado”.

Assim em Flemming descobriu a penicilina, o sujeito seria Flemming.

TIPOS DE SUJEITO: 1)Sujeito determinado:

• Sujeito simples: tem apenas um núcleo. Como em: Eu estudei Língua Portuguesa.

• Sujeito composto: possui dois ou mais núcleos, como em: Eu e Mauro estudamos Língua Portuguesa.

• Sujeito desinencial (oculto, para os estudantes mais antigos): através da desinência verbal, descobre-se quem é o sujeito, como em: Fomos ao shopping. (sujeito desinencial – nós)

2) Sujeito indeterminado: o agente da ação verbal não está identificado, podendo ser eles ou elas. Ocorre na 3ª pessoa do plural ou na 3ª pessoa do singular seguido da palavra se. Exemplo: Olhavam em silencio o lento e triste cortejo./ Brinca-se de carnaval de rua.

F

F

E Sempre detestei a monarquia. Seleção Advérbio verbo artigo substantivo Combinação adjunto verbo adjunto núcleo adverbial transitivo adnominal Objeto direto predicado

O sintagma

O sintagma é uma unidade formada por uma ou mais palavras que desempenham uma função dentro da frase. A unidade sintagmática é considerada um agrupamento intermediário entre o nível do vocábulo e o da oração. Desta maneira, um ou mais vocábulos se unem (em sintagmas) para formar uma unidade maior, que é a oração.

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Obs.: Oração sem sujeito: não há um ser que exerça ação verbal, o mais importante é o processo verbal. Ocorre com verbos impessoais na 3ª pessoa do singular (haver no sentido de existir, por exemplo),verbos ser, fazer e estar quando se referem a tempo decorrido ou tempo relativo a fenômeno da natureza e verbos que exprimem fenômenos da natureza.

Exemplo: Não há vagas!

B. Predicado Predicado é o termo da oração que expressa algo

sobre o sujeito. De acordo com o núcleo do predicado, podemos classificá-lo em nominal (cujo núcleo é um nome), verbal (cujo núcleo é um verbo significativo) ou verbo-nominal (em que há dois núcleos: um verbo significativo e um nome).

1. Predicação verbal – há verbos que apenas ligam o sujeito à palavra que o qualifica., são os verbos de ligação (eles não expressam ação), já os verbos que indicam ação são chamados de verbos significativos. 1.1- Verbos de ligação – podem ligar uma qualidade ao sujeito ou o sujeito a um estado. O verbo de ligação pode indicar estado permanente (Eu sou a tua sombra), estado transitório (Simone anda um pouco cansada), mudança de estado (Amaro ficou muito convencido depois da festa), continuidade de estado (Calada estava, calada permaneceu), aparência de estado (Ela parecia uma bonequinha de porcelana). 1.2 – Verbos significativos – podem ser intransitivos (quando não exigirem complementação, pois a ação não vai alem do verbo), transitivos (quando exigirem complementação), estes últimos ainda podem ser: a) transitivo direto: O homem estende passadeiras de asfalto. b) transitivo indireto: Lembro-me de você. c) transitivo direto e indireto: A escola fez uma nova proposta aos alunos.

2. Tipos de predicado

2.1 – PREDICADO NOMINAL - é aquele que apresenta um verbo de ligação e um nome. Este nome será chamado de predicativo.

“O poeta é um fingidor”.(Fernando Pessoa)

2.2 – PREDICADO VERBAL – é formado sempre por um verbo significativo.

Meus amigos foram às ilhas.

2.3 – PREDICADO VERBO-NOMINAL – nele há dois núcleos: um verbo significativo e um ou mais nomes que indicam qualidade ou estado do sujeito ou objeto.

Aquele pássaro vinha azul e doido.

Problemas ambientais matam 13 milhões ao ano, diz OMS

Genebra – Água contaminada, mosquitos e outras ameaças evitáveis encontradas no ambiente matam 13 milhões de pessoas a cada ano, diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). A ameaça do contato descontrolado com o meio é especialmente letal para crianças, afirma a OMS (...).

Das doenças que afetam a população em geral, 24 % são resultado de exposição a ameaças ambientais. No caso de crianças, a proporção cresce a 33%, diz o texto. As crianças representam 94% das mortes provocadas por diarréia,

doença causada principalmente pelo uso de água imprópria. 40% das pessoas que morrem de malária a cada ano são crianças, de acordo com a OMS. O relatório lembra que a doença poderia ser evitada se as habitações humanas fossem afastadas das áreas de propagação do mosquito transmissor. (...) A OMS recomenda que se promovam o gerenciamento mais eficiente dos recursos hídricos, incluindo o armazenamento doméstico da água; o uso de combustíveis limpos; melhor qualidade na construção de moradias; e o maior cuidado no uso profissional e doméstico de substâncias venenosas(...).

Associated Press,15/06/2006.

01. Nos períodos abaixo, o sujeito dos verbos destacados foi corretamente sublinhado, exceto em:

a) “A ameaça do contato descontrolado com o meio é especialmente letal para crianças” b) “24 % são resultado de exposição a ameaças ambientais” c) “As crianças representam 94% das mortes provocadas por diarréia ...” d) “40% das pessoas que morrem de malária a cada ano são crianças”

02. O sujeito dos verbos destacados foi corretamente classificado em:

a) ” Água contaminada, mosquitos e outras ameaças evitáveis encontradas no ambiente matam 13 milhões de pessoas a cada ano...” – sujeito composto. b) “A ameaça do contato descontrolado com o meio é especialmente letal para crianças...” – sujeito composto. c) “40% das pessoas que morrem de malária a cada ano são crianças...” – sujeito indeterminado. d) “A OMS recomenda que se promovam o gerenciamento mais eficiente dos recursos hídricos...”- sujeito oculto.

03. Há um verbo significativo na alternativa:

a) ” Água contaminada, mosquitos e outras ameaças evitáveis encontradas no ambiente matam 13 milhões de pessoas a cada ano...” b) “A ameaça do contato descontrolado com o meio é especialmente letal para crianças ...” c) “...doença causada principalmente pelo uso de água imprópria” d) “...e o maior cuidado no uso profissional e doméstico de substâncias venenosas(...)” 04. Pode-se dizer que o predicado das orações seguintes não é verbal em: a) “...diz a Organização Mundial da Saúde (OMS).” b) “Das doenças que afetam a população em geral...” c) “24 % são resultado de exposição a ameaças ambientais...” d) “As crianças representam 94% das mortes provocadas por diarréia ...” 05. (UFMG) Em todas as alternativas, o verbo dar é transitivo, exceto em: a) Tereza Maria dava jantares com mesinhas. b) Ninguém mais estava disposto a dar a pele, a se consumir. c) Aceitava, mas dava-lhe o troco. d) Laura deu uma noiva linda, olhos azuis, cabelos pretos. 06. (FMU – SP) Nas orações: “Considera-se a pesquisa reveladora” e “Fala-se muito na pesquisa sobre os jovens”, temos, respectivamente: a) Sujeito paciente e sujeito agente. b) Sujeito paciente e sujeito indeterminado. c) Sujeito agente e sujeito agente. d) Sujeito indeterminado e sujeito indeterminado.

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Estrutura do período simples: termos oracionais 2

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01. Classificação dos termos da oração;

Essenciais:⎩⎨⎧

edicadoSujeitoPr

Obs.: Predicativo do sujeito e predicativo do objeto são apêndices dos termos essenciais.

02. Integrantes:

⎪⎪⎪

⎪⎪⎪

⎩⎨⎧

PassivadaAgentealNooComplement

IndiretoObjetoDiretoObjeto

VerbaisoComplement

min

03. Acessórios: ⎪⎩

⎪⎨

ApostoalAdnoAdjunto

AdverbialAdjuntomin

04. Vocativo.

02. Tipos de Sujeito;

1. Determinados:

⎪⎪⎩

⎪⎪⎨

)sin(Im encialdeseplícitoExplícitoCompostoSimples

2. Indeterminado;

3. Oração sem sujeito;

03. Exemplos;

1. Os alunos cumpriram as etapas do processo seletivo. sujeito determinado simples explícito (um só núcleo: alunos) 2. O professor e os alunos assistiram à palestra. sujeito determinado composto explícito (dois núcleos: professor/ alunos) 3. [ ] Gostamos de açaí. sujeito determinado simples desinencial (um só núcleo: nós) 4. Gina, vá à farmácia. Sujeito determinado simples desinencial (um só núcleo: você) 5. Picharam a estátua da praça. sujeito indeterminado: alguém 6. Precisa-se de enfermeiras. sujeito indeterminado: alguém 7. Vive-se bem no Canadá sujeito indeterminado: alguém Obs.: Nos exemplos 6 e 7, cujo sujeito é indeterminado (alguém), a palavra se funciona como índice de indeterminação do sujeito.

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8. Chove bastante em Belém. (Oração sem sujeito)

9. Havia dez alunos na sala. (Oração sem sujeito) existiam 10. Deve haver dois alunos na sala. (Oração sem sujeito) devem existir 11. Houve festas ali. (Oração sem sujeito) ocorreram 12. Deve ter havido festas ali. (Oração sem sujeito) devem ter ocorrido 13. Há duas semanas, comprei esta casa. (Oração sem sujeito/ tempo passado) 14. Faz duas semanas que minhas amigas viajaram. (Oração sem sujeito/ referência de tempo) 15. Faz calor e frio no Brasil. (Orações sem sujeito/ referência a fenômeno da natureza) 16. Deve fazer calor e frio no Brasil. (Orações sem sujeito/ referência a fenômeno da natureza) Obs.: Os verbos haver (referindo-se a tempo ou quando sinônimo de existir, acontecer, ocorrer) e fazer (referindo-se a tempo ou fenômeno da natureza, são empregados na 3ª pessoa do singular)

Orações sem sujeito:

⎪⎪⎩

⎪⎪⎨

− ..20

..19

..18

..17

meiaediameioÉ

outubrodedozediaéHojeoutubrodedozesãoHojeBelémemhorasoitoSão

Obs.: Quando o verbo ser se refere a tempo, combina com a expressão de tempo mais próxima.

EXERCÍCIOS 01. Analise sintaticamente: a) Choveu muito, em Belém, ontem.

b) Necessita-se de sangue “O” positivo naquela clínica.

c) Senhores alunos, gritava-se muito durante a excussão.

d) Haverá aulas nesta semana naquele colégio.

02. Qual é o sujeito de cada uma faz três orações abaixo?

Alunos e alunas: dirigiram-se ao diretor e disseram-lhe: “Picharam a estátua da praça”.

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MA250308

ESTRUTURA DO PERÍODO SIMPLES: TERMOS ORACIONAIS 3

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Empregue adequadamente porque, porquê, por que, por quê.

= por que motivo

Por que = por qual

= pelo(a) qual

Por quê = por que motivo (no final de frase)

[Porque = pois (explicação ou causa)

= nas respostas

Porquê (substantivo) = o motivo (a razão)

01. Não sabes ____________?

02. Não sabes o __________ da dúvida.

03. Foi tragado pelas águas ___________ não sabia nadar.

04. Sabes ___________ caminhos deves andar.

05. Foste com eles _____________?

06. ____________ viajaste?

07. ____________ choras?

08. É nobre a causa __________ lutava.

09. Ignoro as razões ___________ saíste cedo.

10. Quem poderá conhecer o __________ das coisas?

11. Pergunto ____________ razão vieste tarde.

12. O professor perguntou ___________ razão eu não viera

ontem.

13. A diretora quis saber ____________ meu irmão se atrasara.

14. O futuro ___________ anseias está próximo.

15. Seremos punidos ____________ transgredimos a lei.

16. Eu, ___________ tive medo, não participei.

17. Ninguém o atendia ___________ exigia soluções

impossíveis.

18. ___________ não me visitaste mais?

19. Tu me delataste _____________?

20. ___________ me abandonaste?

21. Não fui à aula ___________ chovia.

22. Deve haver um _____________ para o seu gesto.

23. Gostaria de conhecer o _____________ de tudo isso.

24. Não sei _____________ não houve o curso.

Preencha as lacunas adequadamente, usando a, à ou há.

substituindo “ela”

= PARA

A = artigo definido

= tempo futuro

= substituindo “ela”

À = PARA A (ou adjuntos adverbiais no feminino)

HÁ = existe (m)

tempo passado (= faz)

25. ____________ pouco saímos do zoológico.

26. Daqui ___________ pouco sairemos do zoológico.

27. Encontrei ___________ no parque.

28. A cidade fica __________ poucos quilômetros daqui.

29. Daqui ___________ pouco haverá novas provas.

30. De hoje ___________ três dias sairão os resultados.

31. ___________ cerca de vinte pessoas __________ espera.

32. __________ sempre descontentes da vida.

33. Daqui __________ tempos haverá novo curso.

34. De hoje __________ três dias sairá publicada a

concorrência.

35. Está na cidade ___________ três dias, aproximadamente.

Preencha adequadamente as lacunas com acerca ou há

cerca.

01. ____________ de dez oradores falando ___________ de

poluição.

02. Comentou-se muito __________ de ecologia.

03. O auditório esteve repleto ___________ de duas horas.

Complete as frases com hora ou ora.

01. É ____________ de sairmos.

02. Meu relógio ___________ dá a _____________ certa,

_____________ não.

03. Ocupava seu tempo _____________ lendo,

_____________ não.

04. É o estudo que ____________ me preocupa.

Preencha com mau ou mal, conforme convenha:

01. ____________ cheguei, todos me procuraram.

02. Estás muito __________ informado.

03. Procedeu ___________, logo fui punido.

04. Não faças ___________ a ninguém.

05. Livrai-nos do ___________, Senhor.

06. Isto é ___________ sem cura.

07. Quem é ___________ vive sempre triste.

08. _____________ saíste, eu também saí.

09. Remédio algum servia para a cura de seu

_________________.

10. Quem não lê, ______________ entende as coisas.

Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses.

01. O professor ____________ por bem adiar o treinamento.

(ouve – houve)

02. Se ele agora ___________ é porque ___________ um

verdadeiro milagre (ouve – houve)

03. Fez ___________ esforço que não foi aprovado. (tão pouco

– tampouco)

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04. Ele não saiu, __________ à escola hoje. (tão pouco –

tampouco)

05. Suas idéias não ficam ___________ das minhas. (abaixo –

a baixo)

06. Correu a arquibancada de alto __________. (abaixo – a

baixo)

07. __________ de três oradores falando ____________ das

novas reformas (acerca – há cerca)

08. Atrasou-se, ____________ perdeu a oportunidade. (porisso

– por isso)

09. ____________ estudioso, vadia um pouco (conquanto –

com quanto)

10. ____________ entusiasmo se conseguirá estudar?

(conquanto – com quanto)

• Complete com vês ou vez:

01. Não sei qual foi a última ___________ que estive com você.

02. ___________ por que há tanto exercício errado?

03. Chegou sua _________ de falar.

04. Como __________, não podemos viajar amanhã.

05. __________ por outra, tu __________ a doente.

• Relacione as colunas de acordo com a classificação da

palavra senão:

(1) Não lhe descobri um senão.

(2) Não estavam tristes, senão alegres.

(3) Chegue na hora, senão irei sozinho.

(4) Nada quero, senão o meu direito.

( ) palavra de exclusão

( ) substantivo comum

( ) conjunção coordenativa alternativa

( ) conjunção coordenativa adversativa

• Complete, usando corretamente uma das opções indicadas

entre parênteses:

01. Ele não é um __________ menino. (mau, mal)

02. ___________ ele saiu, começou a chover (mau, mal)

03. Como ela canta __________! (mau, mal)

04. O __________ precisa ser combatido. (mau, mal)

05. Isto aconteceu __________ três meses (a, há)

06. Daqui __________ três meses, haverá novo curso. (a, há)

07. Aqui estão as entradas para o _________ de hoje.

(concerto, conserto)

08. Leve estes sapatos para o _________ (concerto, conserto)

09. No ano 2010 o IBGE fará novo ____________. (censo,

senso)

10. Isso faz parte do __________ comum. (censo, senso)

11. É uma falta de _________ agir assim. (censo, senso)

12. Neste fim de semana iremos ____________ em Tucuruí.

(caçar, cassar)

13. O AI5 permitia ___________ os direitos políticos de

qualquer cidadão. (caçar, cassar)

14. Há mudanças ____________ acontecendo nos próximos

dias. (eminentes, iminentes)

15. É um jurista famoso, um homem ___________(eminente,

eminente)

16. Penso que você deve agir com total ___________

(descrição, discrição)

17. Você poderia fazer a ____________ do local para mim?

(descrição, discrição)

18. Qual é o ____________ desta sala? (comprimento,

cumprimento)

19. Após os ____________ todos se dirigiram à sala de jantar.

(comprimentos, cumprimentos)

20. Espero que V.Sª. possa ___________ o meu pedido o mais

rapidamente possível (deferir, diferir)

21. Ela não sabe ___________ uma dobradura de uma

dobradiça. (deferir, diferir)

22. Você _________ as apostilas amanhã? (trás, traz)

23. Aproximou-se por ____________ e lhe deu um tremendo

susto. (trás, traz)

24. O rapaz se dispôs a ____________ os companheiros

(dilatar, delatar)

25. Espero conseguir _____________ o prazo para pagar

essas prestações. (dilatar, delatar)

26. Vou solicitar do professor minha ___________ da aula

amanhã. (despensa, dispensa)

27. Você precisa abastecer essa _________. (despensa,

dispensa)

28. O ____________ de carros na avenida Brasil está muito

intenso hoje. (tráfego, tráfico)

29. Há uma intensa campanha contra o ____________ de

entorpecentes. (tráfego, tráfico)

30. Ele deverá ____________ sua atitude de inconveniente.

(tachar, taxar)

31. O governo irá ___________ ainda mais a indústria. (tachar,

taxar)

32. Aperte o ___________ de sua gravata. (laço, lasso)

33. Após tanto esforço, seus membros estavam ____________

(laços, lassos)

34. Penso que devem deixar a janela ___________ fechada.

(meio, meia)

35. Não suporto __________ palavras (meio, meias)

36. Ela só comeu ___________ maça. (meio, meia)

37. É preciso ___________ tristeza e mais alegria. (menos,

menos)

38. Você está prestando __________ atenção do que devia!

(menos, menos)

39. Você irá ___________ à reunião? (conosco, com nós)

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KL 240308

ESTRUTURA DO PÉRIODO SIMPLES: TERMOS ORACIOMAIS I.

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1

01. As estruturas da língua Estudar a sintaxe de uma língua significa identificar e compreender as maneiras como se associam as palavras para formar frases. Com isso ocorre porque os enunciados da língua constituem unidades lingüísticas que possuem uma estrutura.

É por isso que não podemos formar enunciados simplesmente juntando palavras de maneira totalmente aleatória. Vamos, com a ajuda de alguns exemplos, compreender melhor o que querem dizer tais afirmações. Considere, inicialmente, o enunciado seguinte:

Ontem, Eduardo comeu um doce de goiaba muito gostoso na casa de sua namorada.

Veja que é possível fazer alguma modificações na ordem dos termos constituintes desse enunciado. Podemos dizer, por exemplo:

Ontem Eduardo comeu um doce de goiaba muito gostoso na casa de sua namorada Ontem comeu Eduardo um doce de goiaba muito gostoso na casa de sua namorada

Eduardo comeu ontem um doce de goiaba muito gostoso na casa de sua namorada Eduardo comeu um doce de goiaba muito gostoso na casa de sua namorada ontem

Na casa de sua namorada Eduardo comeu ontem um doce de goiaba muito Gostoso Esses exemplos não esgotam as possibilidades de modificações aceitáveis na ordem dos termos do enunciado. Podemos

explorar outras ordens possíveis. Mas o que queremos que você perceba, agora, é que há modificações na ordem que são impossíveis, na Língua Portuguesa. Não podemos dizer, por exemplo, usando exatamente os mesmos elementos, coisas como:

Sua comeu ontem Eduardo um goiaba namorada doce de muito casa na gostoso de

Percebeu? Diante de um conjunto de elementos como

esse, reconhecemos todas as palavras, certamente, mas concluímos imediatamente que tal combinação resulta em um enunciado impossível, na língua. Isso ocorre porque as línguas não são constituídas apenas de palavras que podemos combinar de maneira aleatória.

THAVES, Bob. Frank & Ernest

Todas as línguas necessitam de uma sintaxe que “regule” as relações entre as palavras. As combinações são sempre reguladas por uma sintaxe, que define as ordens possíveis das palavras no interior da estruturas sintáticas. Para que fique ainda mais claro o que se entende por estrutura sintática, é importante compreender, ainda, as noções de relação sintática e de função sintática. Vejamos, inicialmente, o que se entende por relações sintáticas.

Observe que, quando dizemos algo como “Eduardo comeu um doce de goiaba”, estamos relacionando sintaticamente “Eduardo” a “comeu um doce de goiaba”, porque afirmamos, a respeito de Eduardo, que foi ele o agente da ação de comer algo. Relacionamos, também “comeu” a “um doce de goiaba”, poque “um doce de goiaba” completa o sentido de “comer”. Da mesma forma, existe uma relação sintática entre “doce” e “de goiaba”, porque “de goiaba” especifica o tipo de doce que foi comido. E assim por diante… São as relações sintáticas que se estabelecem entre as palavras que, de certa forma, definem as estruturas possíveis na sintaxe das línguas. As noções de estrutura e de relação estão, portanto, intimamente ligadas. O mesmo se pode dizer da noção de função sintática. Observe que, se retomarmos os elementos desse enunciado, só é possível dizer que entre eles se estabelecem alguma relação sintática, porque cada um deles tem uma função sintática específica, nas estruturas das quais fazem parte e no interior das quais entram em relação.

Fazer a análise sintática dos enunciados da língua

nada mais é do que explicitar as estruturas, relações e funções dos termos que os constituem.

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Leia a Tira:

Expressamo-nos através de uma frase, de uma oração ou de um período.No texto da tira acima, há exemplo de cada uma dessas construções ou estruturas. No primeiro quadrinho, há um período; no segundo, uma oração; e no terceiro, uma frase. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO. Para que se possa ter controle da analise sintática a ser feita dos enunciados da língua, é necessário estabelecer uma distinção muito importante que diz respeitos aos tipos de enunciados que serão submetidos à análise.O termo enunciado é, do ponto de vista sintático,genéricos demais para os nossos propósitos, neste momento. Por esse motivo, é importante distinguir o que se entende por frase, oração e período. FRASE é um enunciado lingüístico que, independentemente de sua estrutura ou extensão, traduz um sentido completo em uma situação de comunicação.Caracteriza-se por apresentar um contorno de entonação que lhe delimita o inicio e o final.Constitui, assim,a unidade mínima no nível do discurso. São exemplos de frases: Socorro!

Prestem-me socorro!

Você nem imagina quantos problemas eu tenho de

resolver.

ORAÇÃO é um enunciado lingüístico que apresenta uma estrutura caracterizada sintaticamente pela presença obrigatória de um predicado, função preenchida por um elemento da classe morfológica dos verbos. Apresenta, na maioria dos casos, um sujeito e vários termos (essenciais, integrantes ou acessórios). São exemplos de orações:

Corram!

Nós compramos livros muito interessantes na nova livraria do

shopping.

...que Eduardo venha amanhã.

Dos exemplos apresentados acima, para frases e orações, pode-se concluir que algumas frases também orações, como “corram!”, e que algumas frases não são orações porque não têm um predicado explícito, como “Socorro!”. Por outro lado, há orações, como “... que Eduardo venha”, que não chegam a constituir frases, pois falta-lhes o sentindo completo que devem ter essas unidades discursivas. PERIODO é um conjunto frasal que pode abarcar uma ou mais orações, e que apresenta um sentindo geral autônomo com relação aos enunciados que o precedem e seguem. Caracteriza-se por uma entonação especifica, que, ao marcar seu inicio e final, delimita sua extensão. São exemplos de períodos:

Corram!

Os problemas são muito difíceis.

Quantos problemas vocês devem resolver para a prova?

Não sabemos quantos devemos resolver para a prova.

Queremos que Eduardo venha amanha e traga os filmes que

prometeu.

Os exemplos acima deixam claro que a noção de

período pressupõe as noções de oração e de frase.Assim, no enunciado “Queremos que Eduardo venha amanha e traga os filmes que prometeu” temos todo o conjunto constituindo um período, mas não podemos afirmar que as orações “...que Eduardo venha amanha”, “...e traga os filmes”e “que prometeu” constituam períodos independentes, porque não são, alem de orações, frases de sentido.Por outro lado, uma frase como “Socorro!”também não constitui um período, porque não é uma oração, do ponto de vista sintático. PERÍODO SIMPLES = contém apenas uma oração, chamada absoluta e construída em torno de um só verbo. Por exemplo: Ela aprecia música clássica. PERÍODO COMPOSTO = contém mais de uma oração, o que equivale a dizer que no período composto há sempre dois ou mais verbos. Como a uma oração corresponde uma forma verbal, no período composto haverá tantas orações quantos forem os verbos. Por exemplo: A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras. Neste período há quatro verbos; logo, há quatro orações. TIPOS DE PERÍODO COMPOSTO

· Período Composto por Coordenação: - É formado por orações coordenadas. - Orações coordenadas: São orações que no período não exercem função sintática uma em relação as outras, portanto são sintaticamente independentes embora ligadas pelo sentido. · Período Composto por subordinação: - É formado por oração principal e oração subordinada (uma ou mais). - Oração principal: É aquela que possui um ou mais de um de seus termos representados por orações subordinadas. - Oração subordinada: É aquela que, sintaticamente, representa um termo da oração principal. · Período Composto por Coordenação e Subordinação: - É formado por oração coordenada mais uma outra oração que será coordenada em relação a primeira, e principal em relação a próxima, que será subordinada.

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JACKY19/03/08

ESTRUTURA DO PÉRIODO SIMPLES: TERMOS ORACIOMAIS II.

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1

OS TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO ão chamados de termos da oração as

palavras ou grupos de palavras que possuem uma determinada função sintática dentro de uma oração. Já os chamados termos essenciais, aqueles que compõem a estrutura básica da oração, ou seja, que são necessários para que a oração tenha significado. são dois os termos que quase sempre aparecem nos enunciados: o sujeito e o predicado.Num enunciado completo, em geral, se diz algo sobre alguma coisa.

Como foi dito, sujeito e predicado aparecem na maior parte dos enunciados lingüísticos, e são por isso tratado como

termos essenciais. Contudo, pode ocorrer enunciado sem sujeito, caracterizando deste modo o predicado como o único termo que aparece em literalmente todos os enunciados.

Sujeito: Sujeito é um dos temos essenciais da oração. Tem por

características básicas: Estabelecer concordância com o núcleo do sintagma verbal Apresentar-se como elemento determinante em relação ao

predicado Constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo ou,

ainda, qualquer palavra substantivada Pratica ação na voz ativa e sofre na voz passiva, afirmando ou

negando o predicado. "É o temo da oração que indica a pessoa ou a coisa de que

afirmamos ou negamos uma ação ou qualidade"(Evanildo Bechara).

O sujeito só é considerado no âmbito da análise sintática, isto é, somente na organização da sentença é que uma palavra (ou um conjunto de palavras) pode constituir aquilo que chamamos sujeito. Nesse sentido, é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um nome. A NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) reconhece apenas três tipos de sujeito: SIMPLES, COMPOSTO, INDETERMINADO. Reconhece também a existência de oração sem sujeito.

Para compreendermos os três tipos de sujeito, é necessário trabalhar com dois conceitos: o de núcleo do sujeito e o de determinação ou indeterminação do sujeito. Veja o exemplo: O pequeno sagüi inteligente mora na selva. Uma primeira análise permite-nos separar a oração em seus dois elementos essenciais: O pequeno sagüi inteligente mora na selva Sujeito Predicado (o tema do que se vai comunicar) (a declaração que se refere ao tema) Ao analisarmos essa oração mais atentamente, percebemos que o sujeito é formado por quatro vocábulos (o, pequeno, sagüi, inteligente), mas apenas um determina o ser sobre quem declara algo (sagüi), enquanto os outros três são determinantes e modificadores (o, pequeno, inteligente). Sagüi é o único vocábulo que se relaciona diretamente com o verbo, sendo, assim, o núcleo do sujeito. Desenvolvendo o mesmo raciocínio ao analisar a oração: O pequeno sagüi inteligente e o macaco-aranha moram na selva. Percebemos que o sujeito (O pequeno sagüi e o macaco-aranha) é formado por sete vocábulos, mas apenas dois determinam os seres sobre quem se declara algo (sagüi, macaco-aranha). Nesse caso, o sujeito apresenta dois núcleos. Afirmamos que um sujeito é determinado quando há possibilidade de reconhecê-lo ou de identificá-lo, estando o sujeito expresso ou não na oração. Exemplificando: na oração “Estudei bastante”. O sujeito não aparece explícito, mas a desinência verbal de primeira pessoa no singular permite-nos afirmar que o sujeito é eu. A indeterminação do sujeito ocorre quando não nos é possível identificar a quem se refere o predicado, seja porque o próprio falante não tem essa informação (por exemplo, ao chegar em casa, o falante percebeu que sua carteira foi surrupiada e diz: “Roubaram minha carteira”), seja porque o falante não quer identificar o sujeito (ele sabe quem roubou a carteira, mas não quer fazer a acusação direta: então, usa o verbo no plural: “Roubaram minha carteira.”). Morfossintaxe do Sujeito:

Numa oração absoluta, o núcleo do sujeito sempre estará representado por um substantivo ou por palavra com valor de substantivo (palavra substantiva, pronome substantivo, numeral substantivo). Pensemos: se o sujeito é o ser sobre quem se declara algo, seu núcleo, por definição, só pode ser um substantivo (palavra que dá nome aos seres). Daí a gramática considerar o sujeito uma função substantiva da oração.

Não confunda Sujeito Desinencial com Sujeito Indeterminado

Observe que, na fala do 2º. Balão, o sujeito de a forma verbal precisar é desinencial, porque se refere a vocês, já expresso na oração do balão anterior. O mesmo não ocorre, por

S

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exemplo, numa situação como “quebraram o trinco da sala de aula”, porque, nesse caso, o falante ou não sabe que praticou a cão ou não deseja identificá-lo. Tipos de Sujeito: Sujeito simples – é aquele que tem um único núcleo, isto é,

que apresenta um único vocábulo diretamente relacionado com o verbo (não importa se esse vocábulo está no singular ou no plural, nem se é um substantivo coletivo, nem mesmo se é um pronome indefinido). Em outras palavras: o núcleo do sujeito é representado apenas por um substantivo, ou pronome, ou numeral, ou então por uma palavra substantivada: A menina sorriu O amor faz bem. Ela sorriu. Alguém roubou minha carteira Os dois choraram. As orquestras estavam deslumbrantes

Sujeito composto – é aquele que apresentas mais de um núcleo, isto é, mais de um vocábulo diretamente relacionado com o verbo: Romeu e Julieta morreram do mal de amor. Os morangos e as uvas estavam deliciosos. Ela e eu somos muito parecidos.

IMPORTANTE É comum a referência ao sujeito oculto, isto é, ao sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido ou pela desinência verbal ou pelo contexto (nesse caso, será sempre representado por um pronome pessoal). Dessa maneira, na oração “Cuidemos da natureza”, temos um sujeito simples e determinado: nós (indicado pela desinência verbal – mos). Por não estar explícito, podemos falar que o sujeito está oculto, ou elíptico, ou, por ser identificado pela desinência verbal, podemos falar em sujeito desinencial. Mas sempre será um sujeito simples e determinado!

Sujeito indeterminado – ocorre quando não é possível identificar a quem se refere o predicado. Observe que o agente da ação sempre existe; caso contrário, teríamos uma oração sem sujeito. Duas situações gramaticais podem caracterizar sujeito indeterminado: a) Verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado anteriormente: Desviaram muitos recursos da assistência social. Consideravam-no um traidor.

b) Verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome se, desde que não tenha objeto direto: Come-se bem aqui. Precisa-se de pessoas solidárias. Nesses casos, o se funciona como índice de indeterminação do sujeito. Orações sem Sujeito:

Na oração sem sujeito, o predicado é formado por um verbo impessoal. A mensagem está centrada no processo verbal. Os casos mais comuns ocorrem com: Verbos que indicam fenômenos da natureza:

Choveu muito neste verão Amanheceu. Os verbos ser, estar, fazer e haver, usados para indicar

fenômenos metereológicos ou relativos ao tempo em geral: São onze horas. Está tarde. Faz frio nas serras da Região Sul. Há muitos anos aguardarmos notícias O verbo haver no sentido de existir, acontecer:

Havia pouca gente no parque público. Houve poucas matrículas para o vestibular deste ano.

IMPORTANTE 1. Os verbos que indicam fenômenos da natureza, quando empregamos em sentido figurado, podem apresentar sujeito (nesses casos, o verbo estabelece concordância com o sujeito): “Chovem duas chuvas: de água e de jasmins por estes jardins de flores e de nuvens”. (Cecília Meireles) 2. Nas orações sem sujeito, os verbos impessoais aparecem na terceira pessoa do singular, com exceção do verbo ser, que, na indicação de tempo, concorda com o número que o acompanha: É uma hora. São quatro horas.

Para que servem as Orações em Sujeito

As orações sem sujeito servem para indicar os fatos que acontecem independentemente de nossa ação ou desejo. Orações como “Anoiteceu”, “Ficou tarde”, “Vai chover”!, “Esta escuro” indicam que, apesar de o homem ser o grande agente transformador do mundo, a natureza está viva e tem movimentos e leis próprias, independentes de nossa vontade.

Page 87: Vestibular Impacto - Português

KL 020408

ESTRUTURA DO PÉRIODO SIMPLES: TERMOS ORACIOMAIS 3

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1

Predicado Quando identificamos o sujeito de uma oração,

estamos também identificando seu predicado. Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito; em termos práticos, equivale a tudo o que, na oração, é diferente do próprio sujeito (e do vocativo, quando este ocorrer). Observe, nas orações seguintes, a divisão entre sujeito e predicado: Observe: Os estudantes / participaram das manifestações contra a corrupção.

Os cidadãos / manifestaram sua insatisfação. sujeito predicado

À noite, / a temperatura / diminui.

sujeito

predicado

Em todo predicado necessariamente existe um verbo ou locução verbal. Para analisarmos a importância do verbo no predicado, devemos considerar inicialmente a possibilidade de dividir os verbos em dois grupos: Os nocionais e os não-nocionais.

Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras, indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental, como correr, fazer, acontecer, suceder, nascer, chover, querer, desejar, pretender, pensar, raciocinar, considerar, julgar, etc. Esses verbos são sempre núcleos aos predicados em que aparecem.

Os verbos não-nocionais exprimem estado; são mais conhecidos como verbos de ligação: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, tornar-se, virar, andar, achar-se, passar (a), acabar, persistir, etc. Os verbos não-nocionais fazem sempre parte do predicado, mas não atuam como núcleos.

Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos e de ligação.

Verbos Intransitivos São verbos de conteúdo significativo que não

necessitam de um complemento. Observe:

.4847648476 predicadosujeito

Lampião

v.i.

.48476876 predicadosujeito

Lígia v.i.

Observe que os verbos dos exemplos acima:

possuem conteúdo significativo, isto é, indicam ações praticadas ou sofridas pelo sujeito;

não reclamam um complemento, pois são capazes de dar uma informação completa a respeito ao sujeito;

são capazes de, sozinhos, constituir o predicado.

Muitas vezes o verbo intransitivo virá acompanhado de um termo que exprime uma circunstância de tempo, modo, lugar, etc. (adjunto adverbial) ou de um termo que exprime um atributo do sujeito (predicativo). Isso, no entanto, não altera seu caráter de verbo intransitivo. Observe:

444 8444 7648476 predicadosujeito

Lampião . v.i pred. do sujeito

444 8444 76876 predicadosujeito

Lígia . v.i adj. adverbial

Há certos verbos intransitivos que exigem adjuntos adverbiais para que possam constituir o predicado. Observe:

4444 84444 7644 844 76 adverbialadjadverbialadj

VouMoro.

. V.i. V.i.

OBS: Tais verbos são chamados transitivos circunstanciais.

Verbos transitivos

São verbos de conteúdo significativo que, não tendo sentido completo, necessitam de um complemento para que possam constituir o predicado. Os verbos transitivos subdividem-se em:

transitivos diretos - exigem complemento sem preposição obrigatória (objeto direto): Observe:

87648476 diretoobjsujeito

balasLampião.

.

v.t.d.

48476876 diretoobjsujeito

CarlosLígia.

. v.t.d.

transitivos indiretos - exigem complemento com preposição obrigatória (objeto indireto): Observe:

444 8444 7648476 indiretoobjsujeito

BonitaMariadeLampião.

. v.t.i.

4847644 844 76 indiretoobjsujeito

CarlosadocumentoO.

. v.t.i.

morreu

sumiu

morreu feliz

sumiu de casa

em Teresina para Porto Alegre.

comprou

ama

gosta

pertence

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transitivos diretos e indiretos - exigem dois complementos: um sem e outro com preposição obrigatória (objetos direto e indireto). Observe:

444 8444 7687648476 indiretoobjdiretoobjsujeito

BonitaMariaafloresLampião ..

v.t.d.i.

4847648476876 indiretoobjdiretoobjsujeito

CarlosalivrooLígia..

.

v.t.d.i.

Verbos de ligação

São verbos que exprime estado ou mudança de estado (não indicam, portanto, ações). Nas orações com verbos de ligação, o sujeito não pratica nem sofre a ação (não há ação); o sujeito é apenas o ser a quem se atribui alguma característica. Por essa razão, o verbo serve como elemento de ligação entre um sujeito e seu atributo, o predicativo do sujeito. Observe:

87648476 sujeitodopredsujeito

novacasaA.

. v.l.

87648476 sujeitodopredsujeito

tristeLampião.

.

v.l.

Observe que, nos predicados formados com verbos de ligação, a principal informação a respeito do sujeito está a cargo do predicativo. Os verbos de ligação expressam: • estado permanente: Érica é magra.

• estado circunstancial: Érica está magra.

• estado transitório: O aluno esteve quieto durante a palestra.

• mudança de estado: O aluno tornou-se comportado.

• continuidade de estado: O aluno permaneceu quieto.

Os principais verbos que costumam funcionar como verbos de ligação são: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, andar, continuar. O Predicativo

Predicativo é o termo da oração que funciona como núcleo nominal do predicado. A função do predicativo é atribuir uma característica ao sujeito ou ao objeto; no primeiro caso, teremos o predicativo do sujeito; no segundo, o predicativo do objeto.

Predicativo do sujeito - é o elemento do predicado que se

refere ao sujeito, mediante um verbo (de ligação ou não); com a função de informar algo a respeito do sujeito. Observe:

44 844 7648476 predicadosujeito

éterraA v.l. pred. do sujeito

44 844 7648476 predicadosujeito

estásalaA v.l. pred. do sujeito

4444 84444 7648476 predicadosujeito

nhacamialunoO v. de ação pred. Do sujeito

44 844 76876 predicadosujeito

dirijeAdolfo v. de ação pred. do sujeito Note que os termos; redonda, cheia, distraído e feliz; informam algo a respeito dos seus respectivos sujeitos.

Predicativo do objeto - é o termo do predicado que se relaciona ao objeto, atribuindo-lhe uma característica. Observe:

48476876 objetopreddiretoobj

réuooujujuizO..

lg

484764876 objetopreddiretoobj

MárciadeixouingratoO..

44844764484476 objetodopreddiretoobj

criançasasconsideramadultosOs..

O predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. São raros os casos em que se aplica ao objeto indireto. Veja alguns exemplos:

} 44 844 76 objetopredindiretoobj

lheChamei..

} 48476 objetopredindiretoobj

delaGosto..

Tipos de Predicado Como vimos, predicado é tudo aquilo que se informa a

respeito do sujeito. Dependendo do núcleo (ou núcleos), temos:

predicado verbal - o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num verbo significativo (transitivo ou intransitivo). Observe:

4444 84444 7648476 verbalpredsujeito

colégioaomeninoO.

.

44444 844444 764484476 verbalpredsujeito

estradapelavigilanteO.

. Observe que a informação que se dá a respeito dos sujeitos está contida basicamente nos verbos.

predicado nominal - o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num nome (predicativo do sujeito). O verbo, neste caso, funciona como elemento de ligação entre o sujeito e o predicativo. Observe:

448447648476eraprovaA

sujeito

4444 84444 7648476estavameninoO

sujeito

predicado verbo-nominal - é um predicado que apresenta dois núcleos: o verbo significativo (transitivo ou intransitivo) e o predicativo (do sujeito ou do objeto): Observe:

44444444 844444444 7648476.colégioaomeninoO

sujeito

4444444 84444444 7644 844 76propostaascompradoreOs

sujeito

ofereceu

emprestou

é

está

redonda.

Cheia.

distraído.

feliz.

Culpado.

pobre.

sapecas.

de covarde.

alegre.

chegou

caminhava

Pred. nominal

Pred. nominal

difícil.

machucado.

Pred. verbo nominal

Pred. verbo nominal

Chegou machucado

consideraram razoável.

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Estrutura do Período Simples: Termos Oracionais 1

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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A Certeza de Vencer

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Estrutura do período simples: termos oracionais 1

Texto I A articulação

Todo texto verbal constitui-se como uma rede de relações morfo-sintático-semânticas e pragmáticas. Sua produção e sua compreensão dependem da análise das estruturas e construções lingüísticas por meio das quais se constroem essas relações. A análise depende de conhecimentos sobre os diferentes planos do sistema (mórfico, sintático, lexical e até fônico) e da desmontagem dos períodos e parágrafos para, depois, pela síntese, recompor-se a unidade textual.

[Marlene DURIGAN (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Texto II

FLEXÃO VERBAL (koch & Silva) A flexão expressa diferentes noções verbais, como: a) modo: exprime atividade do falante (certeza, impossibilidade, solicitação, etc) em relação ao fato enunciado; são 3: indicativo, subjuntivo e imperativo. b) tempo: momento em que ocorre o processo verbal; são: presente, passado ou pretérito e futuro. c) pessoa: indica na forma do verbo a pessoa gramatical do sujeito (eu, ele, etc.). Implica também na indicação do número (singular ou plural) de sujeito(s); A base das formas verbais é em função do tempo, mas no pretérito tem-se a oposição entre perfeito (aspecto concluso) e imperfeito (inconcluso).

FRASE, ORAÇÃO e PERÍODO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Frase é todo enunciado linguístico capaz de

transmitir uma idéia. A frase é uma palavra ou conjunto de palavras que constitue um enunciado de sentido completo.

A frase não virá necessariamente acompanhada por um sujeito, verbo e predicado, como segue o exemplo: «Cuidado!» é uma frase, pois transmite uma idéia, a idéia de ter cuidado, ou ficar atento, e não há um único verbo, ou sujeito, muito menos predicado.

A frase se define pelo propósito de comunicação, e não pela sua extensão. O conceito de frase portanto, abrange desde estruturas linguisticas muito simples até enunciados bastante complexos

Já a oração é todo enunciado lingüístico que se estrutura ao redor de um verbo, apresentando, desta maneira e na maioria das vezes, “termos essenciais da oração, sujeito e predicado”. Ex: «O menino sujou sua camiseta.»

O que caracteriza a oração é o verbo, não importando se sem ele, a oração tenha sentido ou não.

O período é uma frase que possui uma ou mais orações, podendo ser:

• Simples: Quando constituído de uma só oração. Ex: O João Paulo ofereceu um livro à Joana

• Composto: Quando é constituído de duas ou mais orações. Ex: O povo anseia que haja uma escolha justa, pois a última obviamente não a foi.

Os períodos compostos são formados por coordenação, por subordinação ou por ambas as formas(coordenação-subordinação).

TERMOS ORACIONAIS 1 Essenciais • SUJEITO

É o ser de que se declara alguma coisa. É o ser que pratica uma ação. O sujeito pode ser: Simples = quando houver uma só palavra (núcleo) nesta função. EX: ONU culpa o homem pelo efeito estufa. Composto = quando houver mais de uma palavra nesta função. EX: A família e a escola são responsáveis pela educação das crianças.

Peter [A Tribuna (Espírito Santos; 06/02/2008)

Indeterminado = quando aquele que fala ou escreve deixa de mencionar o sujeito. Por exemplo: Ontem trouxeram um lanche muito gostoso.

Para indeterminar o sujeito, existem dois recursos: 1º) empregar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a qualquer sujeito mencionado anteriormente. EX: Arrancaram as árvores da avenida.

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2º) empregar o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome SE e de uma preposição qualquer ou de um advérbio qualquer. EX: Necessita-se de ferramentas. Vive-se bem aqui. Ficou-se apaixonado. Observe-se que o pronome SE, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito. E o verbo de tais orações, ou é transitivo indireto, intransitivo ou verbo de ligação.

Inexistente = há orações que não possuem sujeito. Os verbos de tais orações só admitem a terceira pessoa do singular e são chamados, por alguns gramáticos, de verbos impessoais. EX: Há pessoas na sala. Faz frio aqui. Está calor. Choveu muito ontem.

Chega de violência. Basta de melancolia. Houve reuniões secretas na sala.

PREDICADO

É aquilo que se declara do sujeito se a oração o possui.

Há três tipos de predicado: Verbal = quando o núcleo do predicado for um verbo transitivo ou intransitivo e, também, sem a presença de um predicativo qualquer. EX: O aluno leu o livro. O vigiense gosta muito de carnaval. A família viajou.

Nominal = quando o núcleo do predicado é o nome, que vem ligado ao predicativo do sujeito por um verbo de ligação. EX: O professor é experiente. A vítima está chocada. Verbo-nominal = quando possui dois núcleos: o verbo e o nome ( sem verbo de ligação) EX: Eu considero você inteligente. Minha turma chegou atrasada.

PREDICATIVO

Há dois tipos de predicativo:

Sujeito = relaciona-se ao sujeito da oração: EX: André Gustavo tornou-se professor. Objeto = relaciona-se com o objeto direto ou indireto da oração. EX: Ana Catarina vendeu seu palacete assombrado.

ANOTAÇÕES IMPORTANTES __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________

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ESTRUTURA DO PERÍODO SIMPLES: TERMOS ORACIONAIS II.

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A Certeza de Vencer

03

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gora que já estudamos as partes nucleares de uma oração, faremos um estudo particularizado de outras funções sintáticas.

PREDICATIVO: É o termo que expressa uma qualidade, um estado ou uma característica do sujeito (predicativo do sujeito) ao qual se liga por meio de um verbo de ligação, ou atribui uma qualidade, uma característica ou um estado ao complemento verbal (predicativo do objeto): Alguns traços de parentesco continuam bem distintos. A professora considerou sua resposta como satisfatória. OBJETIVO DIRETO: Completa a ação de um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, sem auxilio de preposição:

“Mas eu não tenho telefone.° OBJETIVO INDIRETO: Completa a ação de um verbo transitivo indireto ou transitivo direto e indireto, precedido de preposição:

“Você acredita em fantasmas?° ADJUNTO ADVERBIAL: Acrescenta uma circunstância ao sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio: “Nunca tive cartão nem conta em banco”.

AGENTE DA PASSIVA: Completa a ação de um verbo na voz passiva: Durante meses foi vigiado pelos vizinhos. ADJUNTO ADNOMIAL: É o termo da oração que determina (ou indetermina), especifica ou qualifica um substantivo: A brisa fresca da manhã entrou pela minha janela, e, às cinco horas, acordei. COMPLEMENTO NOMINAL: É o termo da oração que completa o sentido de um nome, isto é, de um substantivo, adjetivo ou advérbio e vem precedido sempre por uma preposição: “A vida dele era necessária a ambas” APOSTO: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual ele se refere, pode vir separado do termo que se relaciona, por vírgula, travessão, dois pontos ou parênteses:

“Naquela tarde, decidimos regressar a nossa antiga casa, cenário de tantas lembranças”.

VOCATIVO: É o termo que expressa um chamamento, por isso não se liga nem ao sujeito nem ao predicado:

“Ó Lua, Lua triste, amargurada, fantasma de brancuras vaporosas”.

Vozes verbais

Voz é a forma como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. Essa relação pode ser de atividade, de passividade ou de atividade e passividade ao mesmo tempo. Observe o segundo quadrinho da tira. Perceba que o verbo faz indica uma ação praticada pelo sujeito “patrão” , é o que denominamos de voz ativa. Já a voz passiva acontece quando o sujeito recebe a ação verbal, é o que acontece em :

O operário foi demitido pelo patrão. A voz passiva pode ser de dois tipos: a analítica (formada pelos verbos ser ou estar + particípio do verbo principal+ agente da passiva) e a sintética (formada pelo verbo transitivo direto na 3ª pessoa + o pronome apassivador se + sujeito paciente). A voz reflexiva ocorre quando o sujeito pratica e recebe a ação verbal ao mesmo tempo, como em:

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EXERCÍCIO

01. (PUCC) "Quando amainar a chuva, veremos quantos bois sobreviveram às inundações de janeiro." Na frase acima, os termos destacados exercem função sintática, respectivamente, de a) Objeto direto - objeto direto - adjunto adverbial. b) Objeto direto - objeto direto - adjunto adnominal. c) Objeto direto - sujeito - adjunto adverbial. d) Sujeito - sujeito - adjunto adnominal. e) Sujeito - objeto direto - adjunto adverbial. 02. (ESAL-MG) Na frase: "Falo claro, franca e nitidamente", do ponto de vista sintático, as palavras destacadas são: a) Adjuntos adverbiais.8 b) Dois adjuntos adnominais e um adverbial. c) Objetos diretos. d) Predicativos do sujeito. e) Apostos explicativos. 03. (FCMSC-SP) Na oração seguinte: "Você ficará tuberculoso, de tuberculose morrerá", as palavras destacadas são respectivamente, a) Adjunto adverbial de modo, adjunto adverbial de causa. b) Objeto direto, objeto indireto. c) Predicativo do sujeito, adjunto adverbial. d) Ambas predicativos. e) N.d.a. "Mãe coruja encontra a amiga ........... - Como vai seu filhinho ......... Um gênio........ Ele é precoce ....... Imagine que está andando a seis meses......... - Verdade......... - diz a outra ........ Então já deve estar bem longe ...... hein ......." 04. Os sinais de pontuação adequados para a anedota de Ziraldo são: a) : / ? / . / . / ! / ? / . / ! / ? b) , / ? / ?! / . / ! / . / : / , / ! c) , / ? / ! / ?! / ! / ? / . / , / ?! d) : / ? / ! / ! / ! / ?! / . / , / ?! e) : / . / ! / ! / ! / ? / . / , / ?! 05. (UN. SEVERINO SOMBRA) Depois do pecado, porém indo visitar sua criatura, notou-lhe a maravilhosa nudez. Envergonhou-se. Colocou-lhe uma primeira coberta: a folha de parra. (L. 15-17) Os dois-pontos tem a função precípua de a) Promover uma pausa. b) Dar ênfase ao termo seguinte. c) Introduzir um aposto. d) Separar os elementos de uma enumeração. e) Introduzir o discurso direto. 06. (IME) Observe o período abaixo. "Há carinho preso no cerne deste bom dia - pensa o poeta - mas a moça não desconfia." As palavras grifadas são, respectivamente: a) Sujeito, objeto direto, sujeito, objeto indireto b) Sujeito, adjunto adverbial, objeto direto, sujeito c) Objeto direto, adjunto adverbial, sujeito, sujeito d) Predicativo do objeto, predicativo do sujeito, objeto indireto, objeto direto e) Objeto direto, objeto indireto, objeto direto, sujeito

07. (IME) Identifique o termo grifado " O avô, pela sua simpatia, era querido de todos" a) Complemento nominal b) Adjunto adnominal c) Objeto indireto d) Agente da passiva e) Aposto 08. (IME) Numa oração do tipo "As meninas assistiram alegres ao espetáculo", temos: a) Predicado verbal b) Predicado verbo-nominal c) Predicado nominal De repente, uma variante trágica. Aproxima-se a seca. O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o flagelo. Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo candente que irradia do Ceará. Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra. Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua vida tormentosa, emoldurando-a em cenários ( ) tremendos. Enfrenta-a, estóico ( ). Apesar das dolorosas tradições que conhece através ( ) de um sem-número de terríveis ( ) episódios, alimenta a todo o transe esperanças de uma resistência ( ) impossível.

(Os sertões, de Euclides da Cunha) 09. (UFAL)Analisando as afirmações, de acordo com o texto, I. O homem sertanejo é corajoso, esperançoso, estóico. II. O sertanejo, ao contrário do peruano, não se apavora com as calamidades naturais. III. Segundo Buckle, quando um homem nasce em meio a uma calamidade própria da natureza, deveria adaptar-se a ela. IV. As expressões uma variante trágica (linha 1), flagelo (linha 4), cenários tremendos (linha 16) caracterizam o fenômeno da seca. verifica-se que: a) As afirmações II e III estão erradas. b) As afirmações I e IV estão corretas. c) Apenas a afirmação III está errada. d) Todas as afirmações estão erradas. e) Todas as afirmações estão corretas. 10. (UFAL). Considere as seguintes afirmações. I. O 6º parágrafo do texto é composto de 5 períodos. II. A expressão pelo limbo candente (linha 6) é complemento nominal. III. Em adivinha-a e prefixa-a (linha 3), tem-se o emprego da ênclise. IV. Em Aproxima-se a seca (linha 2), o sujeito é indeterminado. Quais afirmações estão corretas? a) III e IV. b) I e III. c) I e II. d) II e III. e) I e IV.

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ESTRUTURA DO PERÍODO SIMPLES: TERMOS ORACIONAIS III

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Leia o texto para responder as próximas 02 questões.

A Cidade da Bahia Gregório de Matos

A cada canto um grande conselheiro,

que nos quer governar cabana e vinha, não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um freqüentado olheiro, que a vida do vizinho e da vizinha pesquisa, escuta, espreita e [esquadrinha, para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, trazidos pelos pés os homens nobres, posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, todos os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia.

01. O pronome nos da primeira estrofe: a) É sinônimo de nós e tem função de objeto direto; b) É sinônimo de nós e tem função de objeto indireto; c) Indica posse e tem função de objeto direto; d) Indica posse e tem função de adjunto adnominal; e) É sinônimo de nós e tem função de sujeito. 02. Na segunda estrofe, a seqüência "a vida do vizinho e da vizinha" tem função de: a) Complemento verbal; b) Predicativo do sujeito; c) Adjunto adverbial; d) Sujeito; e) Complemento nominal. 03. “A opinião pública é uma metáfora sem base.” “A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira,” Compare os trechos acima com as duas frases iniciais do cartaz:

A estrutura sintática das quatro frases está explicada de forma adequada na seguinte alternativa: a) As quatro frases apresentam núcleos predicativos de mesma classe gramatical. b) As frases do cartaz têm estrutura predicativa diferente das outras, pelo uso de linguagem figurada. c) A única frase cujo predicativo está representado sob a forma de oração é a que contém a expressão “é que são elas”. d) Os termos “uma metáfora sem base”, “uma sala de jantar domingueira” e “simples” desempenham a mesma função predicativa.

1.ª diferença: O adjunto adnominal só se refere a substantivos (tanto concretos como abstratos). O complemento nominal refere-se a substantivos (só abstratos), a adjetivos e a advérbios. 2.ª diferença: O adjunto adnominal pratica a ação expressa pelo nome a que se refere. O complemento nominal recebe a ação expressa pelo nome a que se refere. 3.ª diferença: O adjunto adnominal pode indicar posse. O complemento nominal nunca indica posse. Exemplos de aplicação dos critérios acima: As ruas de terra serão asfaltadas. RUAS: nome (substantivo) DE TERRA é adjunto adnominal ou complemento nominal? Note que DE TERRA refere-se ao nome RUAS, que é um substantivo concreto (considerando a classe gramatical). Pelo 1.º critério, podemos concluir que DE TERRA só pode ser adjunto adnominal, pois o complemento nominal não se refere a substantivo concreto. Então, DE TERRA: adjunto adnominal. A rua é paralela ao rio. PARALELA: nome (adjetivo)

AO RIO: complemento nominal ou adjunto adnominal? O termo AO RIO está se referindo a PARALELA, que é um adjetivo (considerando a classe gramatical). Usando o 1.º critério, podemos concjuir eu ao rio só pode ser complemento nominal, já que o adjunto adnominal nunca se refere a adjetivo. As críticas ao diretor eram infundadas. CRÍTICAS: nome (substantivo)

AO DIRETOR: complemento nominal ou adjunto adnominal? Observe que CRÍTICAS expressa uma ação (ação de criticar). O termo AO DIRETOR é que recebe as críticas (o diretor é criticado). Usando o segundo critério, podemos concluir que AO DIRETOR é um complemento nominal. As críticas do diretor eram infundadas. CRÍTICAS: nome (substantivo) Agora, o termo DO DIRETOR é adjunto adnominal, pois ele pratica a ação expressa pelo nome CRÍTICAS.

Do livro Novo Manual Nova Cultural – Redação, Gramática e Literatura. Professores: Emília Amaral, Severino Antônio e Mauro

Ferreira do Patrocínio.

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04. (UNAMA) No século XVII, Maurício de Nassau faz mais pelo Nordeste do que muitos caciques políticos atuais. Nessa charge, relacionando-se, sintaticamente, as expressões da tela que está sendo pintada, com a frase do balão, é correto afirmar que são: a) Sujeitos do verbo ver b) Objetos diretos do verbo ver c) Apostos de “algumas de minhas iniciativas” d) Adjuntos adnominais de iniciativas. 05. Na oração: “Os equívocos das políticas governamentais, a negligência em relação ao ensino fundamental, o descuido quanto à qualidade, o vergonhoso atraso do Brasil são temas de trabalhos de especialistas respeitados”.

I. O sujeito é composto; II. O predicado é verbal; III. A expressão “temas de trabalhos” tem a função sintática de objeto direto; IV. A expressão “das políticas governamentais” pode ser classificada sintaticamente como complemento nominal de “equívocos”. Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas CORRETAS quanto à classificação sintática dos elementos da oração.

a) Somente as afirmativas I e IV estão corretas. b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. e) Somente as afirmativas I e III estão corretas.

Texto para as próximas 02 questões. “Vale na operação fantástica de caça aos exploradores de ambulâncias aquela velha máxima do quanto mais se remexe, mais podre vem à tona. Descobriram, desta feita, o livro-caixa dos sanguessugas, a contabilidade secreta de quem leva o quê, quanto e como na desavergonhada operação de desvio de recursos via aquisição dos veículos pelas prefeituras. Os números fazem lembrar outra boca de saques, o famigerado mensalão.” (Dinheiro, maio 2006) 06. As expressões de caça, aos exploradores e de ambulâncias, no primeiro período, são, respectivamente, a) Adjunto adnominal – objeto indireto – complemento nominal. b) Aposto – adjunto adnominal – objeto indireto. c) Complemento nominal – complemento nominal – complemento nominal. d) Complemento nominal – adjunto adnominal – adjunto adnominal. e) Adjunto adnominal – complemento nominal – adjunto adnominal. 07. Nos períodos seguintes, I. Sílvio deu-me uma grande notícia. II. Repentinamente deu-se a catástrofe. III. Dei com a cara em cima dele. IV. Os pais deram tudo o que tinham aos filhos.

Qual o valor expressado pelo verbo dar? a) Acontecimento – ação – acontecimento – ação b) Ação – acontecimento – ação – ação c) Ação – acontecimento – acontecimento – ação d) Acontecimento – acontecimento – acontecimento – ação e) Ação – ação – ação – acontecimento 09. “Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito, mas ninguém me ouviu." ( M. de Assis )

A função sintática das palavras doente - grito - ninguém e me é, respectivamente: a) Sujeito, objeto direto, objeto direto, objeto indireto. b) Objeto direto, sujeito, objeto direto, sujeito. c) Sujeito, objeto indireto, sujeito, objeto direto. d) Objeto indireto, objeto direto, sujeito, objeto direto. e) Sujeito, objeto direto, sujeito, objeto direto. 10. Os termos sublinhados estão corretamente classificados, exceto em: a) Ficaram encantados com sua gentileza - objeto indireto b) Com as mãos no rosto, parecia petrificado - predicativo do sujeito c) Quanto tempo perdido em brincadeira! - adjunto adnominal d) Procurava alívio para seus sofrimentos - complemento nominal e) A mim, pobre infeliz, todos abandonam – aposto 11. A respeito do texto da charge de Millôr Fernandes, assinale o que for correto.

I. Está correto o emprego da vírgula para destacar a expressão, "meu filho", mesmo que inicie a oração. II. A expressão, "meu filho", é um termo que expressa uma evocação e se refere ao ser com quem se fala. III. Está correto o emprego da vírgula para destacar a expressão, "meu filho", pois trata-se de destacar o sujeito da oração isto é: de quem se declara algo. IV. Está correto o emprego da vírgula para destacar a expressão, "meu filho", pois trata-se de um vocativo; uma expressão de evocação do ser com quem se fala. V. A expressão, "meu filho", é um termo explicativo e se refere ao ser com quem se fala. Estão corretas: a) Todas as afirmações. b) Apenas I, II e III c) Apenas III, IV e V. d) Apenas I, II e IV e) II, III e V.

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Estrutura do Período Simples: Termos Oracionais 2

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A Certeza de Vencer

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Vocabulário: 1. Relativo ao Grêmio Futebol Porto-Alegrense (RS). 2. Relativo ao Esporte Clube Internacional (RS). 3. Referente à revista Superinteressante. 4. Referente a uma tecnologia aparentemente acessível às camadas mais pobres.

Texto I: Eu odeio a internet

amais joguei paciência com um baralho de verdade. Se tentasse, nem saberia arranjar as cartas. Dei-me conta disso ao receber, tempos atrás, um e-mail com o título “Você é escravo da tecnologia quando...”. A paciência sem baralho era

apenas um dos itens de uma longa lista, e não o mais absurdo. Em todas as situações, havia esse efeito de desproporção: a mais alta tecnologia mobilizada para os mais estúpidos dos fins (se o leitor já jogou paciência no Windows, sabe do que falo). [...]

[...] A internet é a propagação indiscriminada da besteira. Alguém dirá que, com essa crítica à cyberabobrinha, estou abordando o problema pela periferia.

[...] Israelenses e palestinos, petistas e tucanos, pornógrafos e evangélicos, gremistas1 e colorados2, punks e skin-heads – todos podem ter seu site. O internauta surfa – isto é, passa pela superfície – por todos sem que isso implique o mínimo compromisso ou mesmo interesse. A “harmonia mundial” [...] que essa diversidade sugere é enganosa. Uma objeção previsível é a de que, afinal, eu uso a internet. O presente texto foi produzido em Porto Alegre, onde moro, e transmitido via e-mail para a redação da SUPER3, em São Paulo. E estou, admito, muito feliz de não ter que sair de casa em um dia frio para enfrentar fila nos Correios. Ainda assim, sustento o título aí em cima. Muita gente vai de carro todos os dias para o trabalho, mesmo

detestando dirigir. Fico com as velhas bibliotecas de papel, cujo autoritarismo secular pelo menos não vende ilusões de igualdade tecnopopulista4.

TEIXEIRA, Jerônimo. In: Superinteressante, São Paulo: editora Abril, agosto de 2000. 01. No texto I, o autor, ironicamente, tem, na sua relação com a internet, um sentimento contraditório. Considerando essa afirmativa, leia as duas frases abaixo: A) “A internet é a propagação indiscriminada da besteira”. B) Eu utilizo a internet por sua praticidade. Reescreva as duas frases em apenas uma, utilizando um conectivo ou expressão conectiva que evidencie essa contradição. Faça as adaptações, caso sejam necessárias.

02. Leia o período abaixo:

“...Fico com as velhas bibliotecas de papel, cujo autoritarismo secular pelo menos não vende ilusões de igualdade tecnopopulista.”

A) Transcreva da primeira oração toda a expressão retomada pelo conectivo “cujo”.

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“Creio que a unificação do português tem um sentido político positivo. Aumenta o conceito da língua como nação. A adaptação talvez seja difícil. Mas a língua é um organismo vivo e vai seguir em frente. No meu trabalho de compositor, a ortografia repercute pouco. Nas letras de rock, a gente trabalha com a informalidade, com a fala da rua.” Tony Belloto, músico da banda Titãs, autor de Bellini e a Esfinge e apresentador do programa Afinando a Língua.

B) A segunda oração faz parte de um período composto. Reescreva-a, transformando-a num período simples, de modo que a expressão retomada pelo conectivo cujo seja inserida adequadamente.

03. Em Eu odeio a internet, o autor inicia o texto, utilizando o procedimento da narração com a predominância do tempo passado. No entanto, ao dissertar, o tempo presente passa a prevalecer.

Explique o porquê do predomínio de cada um desses tempos verbais nos respectivos procedimentos narrativo e dissertativo.

04. No texto I, o autor cria uma palavra que não existe em nossa língua - “cyberabobrinha” ( l. 8) . O seu mecanismo de formação, entretanto, é conhecido: duas palavras diversas, já existentes, e que, pela sua junção, formam uma outra. Apesar de esse mecanismo ser previsível na língua, o novo termo causa um efeito de humor, de ironia.

Explique por que motivo isso acontece.

05. Na reportagem “A riqueza da língua” da revista VEJA de 12/9/07, o músico Tony Beloto também reflete sobre a questão do acordo ortográfico. Qual a importância que Tony Belloto dá ao acordo ortográfico? Justifique sua resposta.

06. Leia a tira de jornal de Chris Browne e destaque o jogo lingüístico que cada autor utilizou para enfatizar determinada produção de sentido.

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Estrutura do Período Simples: Termos Oracionais 3

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A Certeza de Vencer

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1

Os Complementos Verbais (objeto direto e indireto) e o Complemento Nominal e o Agente da Passiva são chamados termos integrantes da oração. Leia o texto I abaixo, adaptado da prova vunespe/2008:

O Novo Fundamentalismo Noutro dia, parado em frente a uma banca de jornal, escutei sem querer a seguinte afirmação: “Essa aí teve sorte. Escapou daquela porcaria e vai viver

em um país bem melhor”. Logo descobri do que se tratava: à minha frente, um jornal estampava na primeira página a história de uma menina chinesa supostamente abandonada pelo pai na Austrália.

Quem falava era um rapaz com não mais do que vinte e poucos anos. A gravata e o crachá indicavam que ele trabalhava em alguma “firma”. O tecido da camisa informava que ainda se encontrava longe do topo da pirâmide. O ar atrevido, “proativo”, dizia que estava se esforçando bastante para chegar lá. Perguntei-me, então, que tipo de ideologia perversa era aquela que fazia com que uma pessoa se tornasse tão insensível ao drama daquela menina. E, em sua desvirtuada escala de valores, posicionasse a possibilidade de viver num país que, pela sua fala, ele deveria considerar uma espécie de “paraíso capitalista” acima do amor e do acolhimento familiar.

Certa vez, o geógrafo Milton Santos afirmou que, a partir da consolidação da globalização neoliberal nos anos 90, “o consumo tornou-se o maior de todos os fundamentalismos”. Sim, estamos assistindo à formação de uma nova geração de fundamentalistas.

A palavra “fundamentalismo” incorporou-se à linguagem cotidiana a partir de práticas espetaculosas de minorias religiosas fanáticas. Embora a mídia enfatize as ações muitas vezes cruéis de certos fanáticos muçulmanos, há “fundamentalismos” de todas as religiões e de todos os matizes. No dia 25 de fevereiro de 1994, o mundo enojou-se com o ataque “fundamentalista” judeu à Mesquita de Hebron – ato que tirou a vida de 29 palestinos no momento da prece e profanou a santidade de um local sagrado também para o judaísmo. Também o “fundamentalismo” cristão foi um dos sustentáculos ideológicos da política de apartheid na África do Sul.

Por mais mortíferas que sejam as ações do “fundamentalismo” religioso, porém, elas têm-se mostrado incomparavelmente menos letais do que as práticas do emergente fundamentalismo neoliberal ou neoconservador. Basta mencionar algumas cifras: o número de civis mortos durante a atual guerra do Iraque é estimado entre 73.498 e 80.116, enquanto o número total de mortos nos atentados de 11 de setembro foi de 2.993, apenas para citar dois acontecimentos de extrema repercussão.

E as carnificinas da guerra não são as únicas que produzem sofrimento em tão larga escala. Longe dos engravatados e refrigerados centros decisórios da grande finança internacional, o catecismo neoliberal fez com que 30% dos argentinos resvalassem para o bolsão da pobreza entre os anos de 1996 e 2002.

Diante desses números terrificantes, seria o caso de perguntar ao loquaz jovem da banca de jornal: de que “porcaria” estamos falando, cara pálida? (José Tadeu Arantes, Le Monde Diplomatique Brasil, out. 2007. Adaptado)

01. De acordo com o texto, o rapaz da banca a) reconhece as dificuldades da garota chinesa, mas só é capaz de pensar que ela terá mais chances de trabalho na Austrália. b) vê o pai da garota chinesa como um desequilibrado, uma “porcaria”, e, por isso, pensa que ela estará melhor vivendo longe dele, em outro país. c) demonstra ser um trabalhador dedicado e pouco ambicioso, pois suas roupas revelam que ele já alcançou a posição que desejava na empresa. d) apresenta uma ideologia perversa, pois, durante seu período de trabalho na “firma”, perde tempo conversando sobre o drama da menina chinesa. e) considera as possibilidades de bem-estar material mais importantes do que quaisquer outros valores éticos e morais.

02. Ao mencionar “o fundamentalismo neoliberal ou neoconservador” o autor identifica suas ações, primeiramente, a) no desemprego. d) nas finanças. b) no mercado. e) no governo. c) na guerra.

03. Considere as afirmações a respeito do texto: I. A sociedade atual convive com várias formas de fundamentalismo; entre eles, o consumo. II. O fundamentalismo religioso, apesar de não ser o único, é o mais letal de todos. III. O autor estabelece uma relação entre a crise financeira da Argentina e os princípios que norteiam o que ele chamou de “fundamentalismo neoliberal”. IV. A pergunta final –... de que porcaria estamos falando, cara pálida? – revela a defesa discreta que o autor faz das práticas terroristas. Está correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) II e III. c) III e IV d) I e III. e) II e IV.

Os complementos verbais integram o sentido dos verbos transitivos, com eles formando unidades significativas. Esses verbos podem se relacionar com seus complementos diretamente, sem a presença de preposição ou indiretamente, por intermédio de preposição. 1 - O objeto direto é o complemento que se liga diretamente ao verbo. a) Noutro dia, parado em frente a uma banca de jornal, escutei sem querer a seguinte afirmação: ________________________________________

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Texto II[Niquel Náusea] ________________________________________

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Texto IV [Luke e Tranta de Angeli]

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2 - O objeto direto preposicionado ocorre principalmente: a) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns referentes a pessoas: 1) Amar a Deus; 2) Adorar a Vênus; 3) Estimar aos pais.

b) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de tratamento: 1) Não excluo a ninguém; 2) Não quero cansar a Vossa Senhoria.

c) para evitar ambigüidade: Ao povo, prejudica a crise. (sem preposição, a situação seria outra)

d) com pronomes oblíquos tônicos (preposição obrigatória): Nem ele entende a nós, nem nós a ele. 3 - O objeto indireto é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.

Texto I a) Os alunos do convênio lutam por uma vaga na UFPA. ___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________ b) Ninguém se referiu ao escândalo dos Cartões Corporativos. ___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________ c) Gosto de música popular brasileira. ___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________ O termo que integra o sentido de um nome chama-se complemento nominal. O complemento nominal liga-se ao nome (Os nomes que se fazem acompanhar de complemento nominal pertencem a dois grupos: substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios derivados de verbos transitivos) que completa por intermédio de preposição:

Texto I

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Texto II ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Fenômenos Semânticos: Identificação 1

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Para promover seu produto- uma casa na praia- , o anunciante utiliza a expressão “sombra e água fresca”, e acrescenta “sol”. Todas essas palavras pertencem ao mesmo campo semântico. Assim, campo semântico é a família de sentidos a qual pertence um grupo de palavras.

São palavras que possuem significado aproximado e significante diferente. Conhecer sinônimos não significa decorar longas listas de palavras, consiste em conhecer os diversos contextos em que cada palavra costuma surgir para, a partir daí,ter sensibilidade no momento de criar uma frase original. O uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomadas de elementos que inter-relacionam partes do texto. Observe: Alguns segundos depois, apareceu um menino. Era um garoto magro, de pernas compridas e finas. Um típico moleque. Apesar de cada uma dessas palavras ter seus matizes próprios de significação, são usadas no texto para designar um mesmo ser. Perceba, assim, que a relação de sinonímia não depende exclusivamente do significado das palavras isoladas, mas resulta também do emprego que têm nos textos. Os hipônimos e os hiperônimos Hiperônimo é uma palavra cujo significado é mais abrangente do que o do seu hipônimo: é o que acontece, por exemplo, com as palavras veículo e carro- veículo é hiperônimo de carro porque em seu significado está contido o significado de carro, ao lado do significado de outras palavras como carroça, trem, caminhão. Carro é um hipônimo de veículo. A relação entre hipônimos e hiperônimos é fundamental para estabelecer a coesão textual.

Antônimos são palavras de significação oposta. Reconhecê-los também é importante para a expressividade comunicativa.

Observe a figura ao lado Perceba que a oposição entre as palavras “aberto” e “fechado” acabo por criar um novo sentido que é o sentido da mastigação. Deste modo, a mensagem do anúncio

acaba por se tornar mais divertida e, assim, atinge mais rapidamente o seu alvo: os adolescentes.

Assim como é difícil encontrar um par perfeito de sinônimos, é também difícil encontrar um par perfeito de antônimos. Por isso, é mais adequado falar em graus de antonímia. Observe este poema:

Eterno Carlos Drummond de Andrade

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica,

e nenhuma força jamais o resgata!

Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência.

Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras. Difícil é segui-las.

Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros

Fácil é perguntar o que deseja saber.. Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.

Ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de

alegria.

Fácil é dar um beijo. Difícil é entregar a alma.

Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como

você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado. (...)

Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só.

Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois.

Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama. (...)

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.

E é assim que perdemos pessoas especiais.

São palavras cujo significante é parecido, mas cujo significado é diferente. Por exemplo, lactante e lactente; a primeira designa o ser que amamenta e a segunda, o ser amamentado.

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São palavras cujo significante é praticamente idêntico, mas cujo significado é diferente. Subdividem-se em: Homógrafos: Possuem a mesma grafia, mas timbre vocálico ou acentuação tônica diferente: Exemplos: Pôr (verbo) -- Por (preposição) Colher (verbo) -- Colher (substantivo) a) Homófonos: Possuem a mesma pronúncia, mas são representadas graficamente por letras diferentes. Exemplos: Pás (plural de pá) – paz Cesto (substantivo) – sexto (numeral) b) Homônimos perfeitos Possuem exatamente a mesma grafia e pronúncia, ou seja mesmo significante, mas o significado é diverso. Exemplo: Cedo(verbo ceder) – cedo (advérbio) Serra (cadeia de montanhas) – serra (do verbo serrar) Observe esta letra de música: _____________________________________________

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Exercícios

Metáfora Uma lata existe para conter algo, Mas quando o poeta diz lata Pode estar querendo dizer o incontível Uma meta existe para ser um alvo, Mas quando o poeta diz meta Pode estar querendo dizer o inatingível Por isso não se meta a exigir do poeta Que determine o conteúdo em sua lata Na lata do poeta tudo-nada cabe Pois ao poeta cabe fazer Com que na Lata venha a caber O incabível Deixe a meta do poeta, não discuta, Deixe a sua meta fora da disputa Meta dentro e fora, lata absoluta Deixe-a simplesmente metáfora.

(GIL, Gilberto. In: Um banda um)

01. (PUC-SP) “Deixe a meta do poeta , não discuta,” “Meta dentro e fora, lata absoluta” “Na lata do poeta tudo-nada cabe” “Meta dentro e fora, lata absoluta” Entre as palavras destacadas ocorrem relações semânticas. Assinale a alternativa que podem, por ordem, explicitá-las: a) paronímia e antonímia b) polissemia e homonímia c) sinonímia e polissemia d) antonímia e homonímia e) homonímia e antonímia

02. (PUC-SP) Assinale a alternativa que caracterize o texto de Gilberto Gil enquanto poético: a) a linguagem clara e objetiva do texto revela o concretismo poético do mesmo. b) O texto, ao mesmo tempo que se refere à ambigüidade das palavras, cria essa ambigüidade no seu interior. c) Finalizar o texto com a palavra metáfora já pe um índice de poeticidade d) A exploração de rimas nos dois primeiros tercetos é a característica essencial da poeticidade. e) A subjetividade da linguagem textual é a maior prova dessa composição musical.

03. (PUC-SP) 1. “Meta dentro e fora, lata absoluta” 2. “Uma meta existe para ser um alvo,” 3. “Deixe a meta do poeta, não discuta,” 4. “Na lata do poeta tudo-nada cabe”

Dentre os versos acima, quais fundamentam a afirmação correta da questão anterior? a) versos 2 e 4 d) versos 2, 3 e 4 b) versos 1, 2 e 3 e) versos 1 e 4 c) versos 3 e 4

04. (PUC-SP) No texto, o poeta faz um jogo de palavras que recupera o título do poema. Assinale o verso que indica esse fato: a) “Uma meta existe para ser um alvo,” b) “Deixe a sua meta fora da disputa” c) “Na lata do poeta tudo-nada cabe” d) “Deixe a meta do poeta , não discuta,” e) “Deixe-a simplesmente metáfora.”

05. (UEL) O texto de Gilberto Gil é dissertativo porque: a) A seqüência cronológica de suas partes esclarece o conjunto dos acontecimentos nele relatados. b) Analisa, de modo genérico e atemporal, a natureza da atividade do poeta. c) As ações relatadas representam transformações na situação de personagens particularizados. d) Dados como tempo e lugar estão ocultos, mas podem ser resgatados através do contexto histórico. e) Há relação de anterioridade e posterioridade entre as ações relatadas.

06. (UEL) Com base no texto, é correto afirmar: a) Deve-se permitir ao poeta a expressão livre, que foge aos limites do convencional. b) É inaceitável que um poeta faça versos para criticar os costumes da sociedade. c) A natureza do ofício do poeta leva-o a evitar o exercício da linguagem metafórica. d) É inadequado o paralelismo entre a linguagem poética e figuras como “lata” ou “meta”. e) Na linguagem poética, predomina a busca da clareza e da objetividade.

Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar,

é preciso paz pra poder sorrir É preciso chuva para florir

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Fenômenos Semânticos: Identificação 2

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Já Sei Namorar Marisa Monte

Composição: Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte Já sei namorar Já sei beijar de língua Agora, só me resta sonhar Já sei onde ir Já sei onde ficar Agora, só me falta sair

Não tenho paciência pra televisão Eu não sou audiência para a solidão Eu sou de ninguém Eu sou de todo mundo E todo mundo me quer bem Eu sou de ninguém Eu sou de todo mundo E todo mundo é meu também

Já sei namorar Já sei chutar a bola Agora, só me falta ganhar Não tenho juiz Se você quer a vida em jogo Eu quero é ser feliz

Não tenho paciência pra televisão Eu não sou audiência para a solidão Eu sou de ninguém Eu sou de todo mundo E todo mundo me quer bem Eu sou de ninguém Eu sou de todo mundo E todo mundo é meu também

Tô te querendo como ninguém Tô te querendo como Deus quiser Tô te querendo como eu te quero Tô te querendo como se quer

Prática de textos

Texto 1 O aquecimento climático ameaça as geleiras do Himalaia Por Julien Bouissou O aquecimento climático está acelerando o derretimento das geleiras do Himalaia. Quarenta e nove postos de observação do clima, espalhados pela cadeia montanhosa, registraram desde meados dos anos 1970 um aumento da temperatura média de 1,2 ºC, ou seja, o dobro do aumento que havia sido registrado anteriormente, ao longo de um período equivalente, nesta latitude. As geleiras que encobrem o Himalaia, numa superfície de 32.000 quilômetros quadrados, são as vítimas principais do aquecimento. Todas elas estão no processo de desaparecer, cada uma seguindo o seu próprio ritmo. A geleira Gangotri, um local de peregrinação hindu, cuja extensão é de 26 quilômetros, e que alimenta o Ganges, está diminuindo 23 metros por ano. Aquela de Bara Shigri, uma das geleiras mais importantes da Índia, está recuando 36 metros por ano. [...] O aquecimento das temperaturas não se limita apenas a provocar o derretimento das geleiras. Ele encurta os períodos

durante os quais estas últimas se formam. “Por causa da ocorrência cada vez mais tardia do inverno, os flocos de neve não mais dispõem do tempo necessário para se transformarem em gelo”, explica Syed Iqbal Hasnain, um especialista indiano em geologia.

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde. Consulta em 25/05/2007.

01. Assinale a alternativa que apresenta o objetivo dessa notícia. a) Evidenciar um fenômeno ocorrido no Himalaia por meio de fotografias que registram a diminuição das geleiras. b) Registrar um fato decorrente do derretimento das geleiras do Himalaia, que poderá provocar a vazão dos rios naquela região. c) Mostrar resultados de um estudo, comprovando que os recursos hídricos provêm do derretimento das geleiras. d) Alertar para o aquecimento global e suas conseqüências, o que poderá causar repercussões em várias partes do mundo. e) Conferir os estragos causados pelo aquecimento global, sugerindo soluções para o problema. 02. Em relação ao termo “ou seja” (l. 5) pode-se afirmar que é um operador discursivo que a) nega o que foi apresentado anteriormente, indicando uma não contradição no decorrer do texto. b) marca uma relação de retificação, distorcendo o enunciado anterior. c) estabelece a progressão textual, ampliando o conteúdo semântico do enunciado. d) delimita a relação entre os enunciados do texto, ocasionando uma redução de sentido à informação posterior. e) introduz um argumento que produz efeitos de sentidos contrários, alterando a informação anterior. 03. Em “o dobro do aumento que havia sido registrado anteriormente [...]” (l. 5-6), a forma verbal em destaque pode ser substituída sem alterar sua função morfossintática, pela forma simples: a) fora, pois auxilia, na voz passiva, uma ação que ocorreu antes, em relação ao registro do aumento da temperatura. b) foi, porque demonstra, com o auxilio da voz passiva, o aumento da temperatura, desde meados dos anos de 1970. c) era, tendo em vista registrar, com o verbo de ligação, o aumento da temperatura ao longo de um período. d) seria, uma vez que indica, por meio do verbo auxiliar haver, o aumento da temperatura posterior a 1970. e) houvera, pois representa, por meio do verbo haver, o dobro do aumento da temperatura registrado anteriormente. 04. No fragmento “Por causa da ocorrência cada vez mais tardia do inverno, os flocos de neve não mais dispõem do tempo necessário para se transformarem em gelo” (l. 18-21), as aspas são usadas para: a) explicar, por meio do discurso direto, a preocupação da autora em relação ao derretimento das geleiras. b) destacar, de forma indireta, a explicação do especialista indiano sobre o fenômeno do derretimento das geleiras. c) acentuar, por meio do discurso indireto livre, que o aquecimento das temperaturas provoca a tardia formação de gelo. d) reproduzir o discurso do outro, de forma indireta, sobre o que pode ocorrer devido à tardia chegada do inverno no Himalaia. e) citar o discurso alheio, de forma direta, reproduzindo literalmente a fala do especialista em geologia.

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05. Em relação à charge acima, pode-se inferir que: I. o texto verbal apresenta aspectos que se opõem entre si e partilham da construção do sentido do texto, como um todo. II. o autor incorpora explicitamente uma intertextualidade da linguagem popular. III. o leitor deve atribuir um único sentido para o enunciado “a coisa tá ficando preta”. IV. a temática sugere ao leitor um posicionamento crítico sobre as mudanças no planeta Terra. Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) proposição(ões) a) III e IV b) I, II e III c) I, II e IV d) II e) I e III

Amazônia: a floresta sem fim Antes apontada como o ‘pulmão do mundo’, sabe-se hoje que a importância da floresta amazônica é muito maior. De celeiro da biodiversidade a elemento controlador do clima do planeta, a região ainda guarda muitos mistérios sob as copas das árvores. [...] Entre o solo rico em agentes decompositores e a copa das árvores, a 40 metros há um hiato envolto pela penumbra. [...]

GIASSETTI, Ricardo. Amazônia: a floresta sem fim. Revista Amazônia: conhecer fantástico. São Paulo: Arte Antiga Editora,

ano 3, n. 37, 2007, p. 5. 06. Analise as proposições a seguir. Pode-se afirmar quanto à pessoa do discurso que o autor adota: I. Linguagem impessoal, aparentando neutralidade e ocultando agentes de ações e/ou opiniões. II. Subjetividade explícita, por meio do uso de termos que demarcam a presença do agente da enunciação. III. Linguagem pessoal, representada por agentes da ação em linguagem figurada, como forma de atenuar a dialogicidade entre autor e leitor. IV. Distanciamento da subjetividade discursiva, por meio da estratégia de indeterminação semântica do sujeito. Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) proposição(ões) a) III e IV b) II c) I e III d) I e IV e) IV 07. Em “De celeiro da biodiversidade a elemento controlador do clima do planeta [...]” (l. 2-3), pode-se concluir que neste fragmento de enunciado,

a) o fenômeno da variação lingüística se estabelece por se aproximar do nível coloquial. b) os usos de formas nominais são visíveis por serem um exemplo típico da linguagem informal. c) a inadequação da linguagem padrão é evidenciada por iniciar-se com um termo preposicional. d) a construção de sentido do texto não é prejudicada, embora se constate a ausência de formas verbais. e) as escolhas lexicais se apresentam inadequadas por não garantirem a eficácia do uso da língua em situações formais. 08. Em “há um hiato envolto pela penumbra [...]” (l. 7), a forma verbal em destaque: a) se substituída por “existe”, “um hiato envolto pela penumbra” exerce a mesma função sintática. b) é pessoal e “um hiato envolto pela penumbra” funciona como sujeito. c) não pode ser substituída por “existe”, tendo em vista alterar sua função morfossintática. d) se substituída por “existe”, “um hiato” continua sendo complemento verbal. e) é impessoal e “um hiato” funciona como complemento verbal. 09. Em “[...] a região ainda guarda muitos mistérios [...]” (l. 3-4), o termo em destaque funciona como: a) operador discursivo responsável pela organização das idéias que revelam a importância da floresta amazônica como controladora do clima do planeta. b) introdutor de um argumento a mais, que estabelece uma relação seqüencial, indicando a Amazônia, também, como guardiã de mistérios. c) conector que estabelece, ao mesmo tempo, uma relação de contradição e de concessão, tendo em vista a Amazônia ser o “pulmão do mundo” e guardar muitos mistérios. d) elo coesivo que marca uma relação conclusiva, pois a relevância da floresta amazônica é maior do que se pensava. e) organizador textual que remete a um discurso anterior, mostrando a Amazônia como uma floresta sem fim, muito mais do que “pulmão do mundo”.

Quino. Toda a Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Leia a tira acima e analise as proposições abaixo, conforme o que se pode inferir a respeito do texto. I. A temática do texto toma como referência o planeta Terra e os problemas que o afetam. II. O diálogo mantido entre os interlocutores evidencia as questões que afetam o mundo e suas conseqüências para a humanidade. III. A comicidade do texto se dá em razão da quebra de expectativa gerada pela personificação que Mafalda atribui ao mundo. Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) proposição(ões) a) III b) I e II c) I d) II e) I e III

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ANALÍSE DE TEXTOS ABORDANDO AS FUNÇÕES DA LÍNGUAGEM 1

Frente: 01 Aula: 02

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Funções da linguagem – Justificativa 1

3.2 Mundo grande

Fragmentos

Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamentenas livrarias: preciso de todos. Sim, meu coração é muito pequeno.

Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande. (...) Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas. Nunca escutei voz de gente. Em verdade sou muito pobre. Meus amigos foram às ilhas. Ilhas perdem o homem. Entretanto alguns se salvaram e trouxeram a notícia de que o mundo está crescendo todos os dias, entre o fogo e o amor. Então, meu coração também pode crescer. Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo, meu coração cresce dez metros e explode. - Ó vida futura! Nós te criaremos.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983, p. 137-8)

Prática de textos

01. No poema de Drummond, há uma metáfora que faz referência ao tipo de postura do sujeito romântico, rejeitada pelo poeta. O termo que indica esta METÁFORA é: a) coração. b) mundo. c) fogo. d) amor. e) jornais 02. O poeta, no poema Mundo Grande de Carlos Drummond, constrói um interlocutor que é marcado através do vocativo – “Ó vida futura”. Esse interlocutor representa: a) solidão. b) utopia. c) testemunho. d) amor. e) defesa.

03. Considerando o contexto do poema, a opção que MELHOR indica o sentido do verso “Em verdade sou muito pobre”, é: a) carência de recursos financeiros. b) falta de fé. c) ausência de afeto. d) distanciamento da realidade. e) insuficiência de força física. 04. Entre as características capazes de identificar o texto lido como um texto poético somente NÃO se pode reconhecer: a) presença de musicalidade. b) aparecimento de combinações sonoras, caracterizador de uma rima pobre. c) busca por uma expressividade diferenciada, original.d) preocupação com a forma e com o aproveitamento dos espaços em branco no papel. e) subjetividade marcante.

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05. Além da função poética, podemos dizer que o eu - lírico expressa uma segunda função de linguagem denominada função: a) fática b) referencial c) emotiva d) metalingüística e) conativa 06. Leia o texto abaixo. Podemos afirmar que este texto, extraído da revista Veja, possui:

a) finalidade conativa, pois se propõe a fazer uma crítica aos personagens citados usando os argumentos dos mesmos para sugerir ao leitor uma aproximação de idéias e conseqüente inadequação. b) nítida função referencial, facilmente observável pelo suporte utilizado: uma revista informativa de circulação nacional.c) objetivo de estabelecer o canal comunicativo, testando a comunicação ao fazer uso da mesma. d) a necessidade de expressar o descontentamento do locutor, ainda que essa insatisfação seja mascarada através dos fatos por ele divulgados. e) intenção metalingüística, pois observa-se uma explicação contínua dos contextos que levaram ao acontecimento da realidade descrita.

07. Leia o texto abaixo para responder a questão.

A função poética da linguagem se manifesta neste texto através de:

a) ritmo das sílabas das palavras. b) repetição de sons e cadência rítmica. c) interação entre a representação gráfica e o significado que as palavras representam. d) originalidade e busca pela perfeição rítmica através das rimas. e) subjetividade.

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FIGURAS DE LINGUAGEM: IDENTIFICAÇÃO 1

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No Brasil Figuras de linguagem ou figuras de estilo são estratégias literárias que o escritor pode aplicar no texto para conseguir um efeito determinado na interpretação do leitor. Podem relacionar-se com aspectos semânticos, fonológicos ou sintáticos das palavras afetadas...

Tipos de Figuras 1. Metáfora é uma figuras de estilo (ou tropo linguístico), que consiste numa comparação entre dois elementos por meio de seus significados imagísticos, ou seja, é uma comparação subjetiva, causando o efeito de atribuição "inesperada" ou improvável de significados de um termo a outro. Didaticamente, pode-se considerá-la como uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, "como"), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada. Exemplos: Essa rua é um DESERTO 2. Comparação - Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.

Ele é como o pai!

3. Metonímia - Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos: Exemplos.: - O autor pela obra. - o continente pelo conteúdo. Antes de sair bebemos um copo de cerveja - a parte pelo todo. Vários brasileiros vivem sem - teto, ao relento.- o efeito pela causa. Suou muito para conseguir a casa própri - o lugar de origem ou de produção do produto

Minha boca é um cadeado

Gosto de ler vários autores.

Comprei uma garrafa do legítimo porto

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- o abstrato pelo concreto Não devo contar com o teu coração - o símbolo pela coisa simbolizada

a matéria pelo produto

Vou à prefeitura - o instrumento pela pessoa que o utiliza Ele é um bom garfo 4. Eufemismo - Consiste em suavizar palavras ou expressões que são desagradáveis. Exemplo: Os homens públicos envergonham o povo.

5. PROSOPOPÉIA – É uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO. Exemplo: céu está mostrando sua face mais bela. O cão mostrou grande sisudez. 6. ONOMATOPÉIA - Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz natural dos seres. Exemplo: Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram. Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda. 7. ANTÍTESE - Consiste no uso de palavras de sentidos opostos. Exemplo: Nada com Deus é tudo. Tudo sem Deus é nada. 8. Paradoxo - Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas de idéias que se contradizem. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Demonstra a tentativa de fusão dos opostos que atormenta o homem barroco "Ardor em firme coração nascido; / Pranto por belos olhos derramado; / Incêndio em mares de água disfarçado; / Rio de neve em fogo convertido."

Gregório de Matos

A coroa foi disputada pelos revolucionários

Lento, o bronze soa.

“Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer.” (Camões)

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FUNÇÃO DE LINGUAGEM: IDETIFICAÇÃO I.

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A tirinha lida representa uma situação de comunicação, pois nela as personagens interagem pela linguagem, de modo que um modifica o comportamento do outro. Observe que a MENSAGEM (aquilo que se pretende comunicar) emitida pelo LOCUTOR (quem origina a comunicação) é plenamente compreendida pelo INTERLOCUTOR (a quem se destina a comunicação). Além disso, observe que ainda é possível perceber um CONTEXTO (o assunto a que se refere) e que esta comunicação somente existe visto que ambas personagens compartilham do mesmo CÓDIGO (a linguagem escolhido para produzir a mensagem) e que há um CONTATO, um canal físico e uma conexão psicológica entre eles. Jakobson propõe o seguinte esquema didático para esclarecer a relação entre os elementos de comunicação e as funções da linguagem orientadas por eles:

Perceba que nele se postula a existência de seis funções de linguagem: 1. Referencial 2. Emotiva 3. Fática 4. Poética 5. Conativa 6. Metalingüística Vejamos detalhadamente cada uma delas:

unção referencial

A função referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando transmitir informações objetivas sobre ele. Valoriza-se, assim, o objeto da situação de que trata a mensagem, sem que haja manifestações pessoais ou persuasivas. É a função que predomina nos textos de caráter científico. É também a função que muitos textos jornalísticos buscam privilegiar.

unção emotiva ou expressiva

Por meio dessa função, o emissor manifesta no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, opiniões, avaliações,. Sente-se no texto a presença do emissor, a qual pode ser clara ou sutil. Aparece nas cartas pessoais, nas resenhas críticas, na poesia confessional, nas canções sentimentais etc.

unção conativa ou apelativa

Essa função procura organizar o texto de forma que se imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensagens em que predomina essa função (as publicitárias, por exemplo) busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar um determinado comportamento. Esta indução pode ser construída de forma sutil, valendo-se de artifícios de linguagem que a mascaram.

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A linguagem deve adequar-se às diferentes situações de comunicação, que se relacionam, por sua vez, ao objetivo que o expositor pretende atingir com sua mensagem. Por este motivo, a comunicação em processo exige uma mensagem construída de acordo com a função de linguagem mais adequada àquela situação comunicativa.

Observe o quadrinho abaixo, extraído do site WWW.mundodocalvin.com.br:

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unção fática ou de contato

Essa função ocorre quando a mensagem se orienta sobre o canal de comunicação ou contato, buscando verificar e fortalecer sua eficiência. Para ela contribuem, nos textos escritos, desde a disposição gráfica sobre o papel até a seleção vocabular e as estruturas de frases utilizadas.

unção metalingüística

Quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu próprio referente, ocorre a função metalingüística. Dessa forma, nessa função, a mensagem se orienta para elementos do código, explicando-os, definindo-os ou analisando-os. É o que ocorre nos dicionários, nos textos que estudam e interpretam outros textos, nos poemas que falam da própria poesia etc.

unção poética Quando a mensagem é elaborada de forma

inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras e rítmicas, jogos de imagens ou de idéias, temos a manifestação da função poética da linguagem. Nesse caso, a linguagem é manipulada de forma pouco convencional, capaz de despertar no leitor surpresa e prazer estético. Paulo Leminski Exercício O texto abaixo faz parte de uma propaganda de uma famosa marca de biscoitos e tem, portanto, nítida finalidade conativa. Contudo, pode-se perceber que, para a construção da mensagem, uma outra função de linguagem foi utilizada. a) Que outra função de linguagem é esta? b) Justifique o uso desta função e sua importância para a construção dos sentidos textuais.

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FUNÇÕES DA LÍNGUAGEM – JUSTIFICATIVA 1

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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Funções da linguagem – Justificativa 1

Mundo grande Fragmentos

Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamentenas livrarias: preciso de todos. Sim, meu coração é muito pequeno.

01. No poema de Drummond, há uma metáfora que faz referência ao tipo de postura do sujeito romântico, rejeitada pelo poeta. O termo que indica esta METÁFORA é: a) coração. b) mundo. c) fogo. d) amor. e) jornais 02. O poeta, no poema Mundo Grande de Carlos Drummond, constrói um interlocutor que é marcado através do vocativo – “Ó vida futura”. Esse interlocutor representa: a) solidão. b) utopia. c) testemunho. d) amor. e) defesa.

1º ano

3.2

Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande. (...) Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas. Nunca escutei voz de gente. Em verdade sou muito pobre. Meus amigos foram às ilhas. Ilhas perdem o homem. Entretanto alguns se salvaram e trouxeram a notícia de que o mundo está crescendo todos os dias, entre o fogo e o amor. Então, meu coração também pode crescer. Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo, meu coração cresce dez metros e explode. - Ó vida futura! Nós te criaremos.

03. Considerando o contexto do poema, a opção que MELHOR indica o sentido do verso “Em verdade sou muito pobre”, é: a) carência de recursos financeiros. b) falta de fé. c) ausência de afeto. d) distanciamento da realidade. e) insuficiência de força física. 04. Entre as características capazes de identificar o texto lido como um texto poético somente NÃO se pode reconhecer: a) presença de musicalidade. b) aparecimento de combinações sonoras, caracterizador de uma rima pobre. c) busca por uma expressividade diferenciada, original.d) preocupação com a forma e com o aproveitamento dos espaços em branco no papel. e) subjetividade marcante.

Prática de textos

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983, p. 137-8)

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05. Além da função poética, podemos dizer que o eu - lírico expressa uma segunda função de linguagem denominada função: a) fática b) referencial c) emotiva d) metalingüística e) conativa 06. Leia o texto abaixo. Podemos afirmar que este texto, extraído da revista Veja, possui:

a) finalidade conativa, pois se propõe a fazer uma crítica aos personagens citados usando os argumentos dos mesmos para sugerir ao leitor uma aproximação de idéias e conseqüente inadequação. b) nítida função referencial, facilmente observável pelo suporte utilizado: uma revista informativa de circulação nacional.c) objetivo de estabelecer o canal comunicativo, testando a comunicação ao fazer uso da mesma. d) a necessidade de expressar o descontentamento do locutor, ainda que essa insatisfação seja mascarada através dos fatos por ele divulgados. e) intenção metalingüística, pois observa-se uma explicação contínua dos contextos que levaram ao acontecimento da realidade descrita.

07. Leia o texto abaixo para responder a questão.

A função poética da linguagem se manifesta neste texto através de:

a) ritmo das sílabas das palavras. b) repetição de sons e cadência rítmica. c) interação entre a representação gráfica e o significado que as palavras representam. d) originalidade e busca pela perfeição rítmica através das rimas. e) subjetividade.

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Figuras de Linguagem – Identificação 1

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As figuras de linguagem e os textos

“As figuras de linguagem constituem os ‘ornamentos’

do discurso. A figura se opõe à linguagem simples. Ela desvia os elementos da linguagem comum do seu uso normal, criando uma linguagem nova, qualificada às vezes de ‘florida’(...) . No entanto, é preciso que se considere que as técnicas de expressão não constituem receitas ou rol de ornamentos que visem ao ‘falar bonito’, mas sim, uma maneira de aperfeiçoar o comportamento intelectual (reflexão, compreensão, análise) e uso mais eficaz da linguagem”.

(VANOYE, Francis. Usos da linguagem. 7 ed.,SP, Martins Fontes,1987.p.48 350)

Observe esta letra de Caetano Veloso: Virá

Impávido que nem Muhammed Ali Virá que eu vi

Apaixonadamente como Peri Virá que eu vi

Tranqüilo e infalível como Bruce Lee “Se, ao exprimirmos nosso pensamento, tornamos

explícita a associação, temos o que se chama uma comparação em gramática. Diremos, então que- A é como B, A parece B, A faz lembrar B.”Mattoso Câmara Júnior, 1983.

COMPARAÇÃO

A metáfora caracteriza-se como uma transferência de um termo para um âmbito da significação que não é o seu, aparentemente não transparece nenhuma relação real entre as palavras, fundamentando-se assim numa relação subjetiva:

“Sua boca era um pássaro escarlate.” (Castro Alves)

METÁFORA

Publicidade das sandálias Havaianas que assemelha o produto a flores.

Ao manipularmos a linguagem em busca de maior expressividade, podemos fazê-lo em três níveis: no nível das palavras (escolhendo os itens lexicais que compõem os enunciados), no nível da sintaxe (estabelecendo a ordem das palavras nos enunciados) e no nível do pensamento (estabelecendo relações de sentido entre os termos e seu objeto de referencia).

Segundo Mattoso “é o emprego de uma palavra para designar um conceito com que o seu conceito próprio tem qualquer relação”. Deste modo, ocorre quando se opta por utilizar palavra em lugar de outra para designar algum objeto no mundo (em sentido amplo) que mantém relação de proximidade (contigüidade) com o objeto designado pela palavra substituída.

METONÍMIA

É a aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido.Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios" (Vinicius de Moraes)

ANTÍTESE

PARADOXOO paradoxo é

uma figura que consiste em romper com a coerência textual, é uma oposição de sentido tão profunda que deixa a idéia quase incompreensível.

“Quanto mais comiam, mais sentiam fome”

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PLEONASMO

01. Quanto ao texto, é correto afirmar que o objetivo fundamental é: a) Articular argumentos em defesa de determinado comportamento. b) Divulgar estudo científico sobre determinado comportamento. c) Prescrever, cientificamente, modos diferenciados de comportamento. d) Descrever, em termos científicos, determinado comportamento. e) Promover a ironia sobre determinado comportamento exótico. 02. É correto afirmar que o heavy metal constitui-se um gênero musical controverso porque: a) Pode ser um movimento libertador. b) Os “metaleiros” são ignorantes e violentos. c) O cristianismo norueguês é limitador. d) Desvela a grande revolta dos “metaleiros”. e) O antropólogo mudou o foco de sua pesquisa. 03. O estrangeirismo, no título do texto, é utilizado para captar o contraditório. É correto afirmar que, usando o estrangeirismo, o autor recorreu a um recurso denominado: a) Eufemismo b) Antítese. c) Aliteração d) Onomatopéia. e) Hipérbole 04. Há uma metáfora em: a) O mundo inteiro está nesta festa. b) Ele sorriu um sorriso largo. c) O rapaz era um anjo de candura, não fazia tolices. d) Quanto mais comia, mais fome sentia. e) O Brasil lê pouco. 05. Não há comparação em: a) Era forte como um touro. b) Digitava rápido como um especialista. c) Como era jovem, não temia por seu futuro. d) Ele lutava como um feroz justiceiro. e) Sua razão esvaiu-se como fumaça.

Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado. "Ó mar salgado, quando do teu sal São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa) Vi tudo com os meus próprios olhos.

Esta figura de

linguagem ocupa-se da reprodução do som que as coisas e os seres produzem. Ela é sempre um recurso lingüístico que evoca a intensidade das idéias textuais.

ONOMATOPÉIA

Figura que consiste em misturar os sentidos (audição, visão, paladar, olfato, tato) para dar realce a idéia. Observe que, na propaganda, as pessoas estão bebendo (sensação gustativa) o som (sensação auditiva). Esta aproximação de sentidos é o que caracteriza a sinestesia.

SINESTESIA

É a omissão de um termo ou de uma oração inteira que já foi dita ou escrita antes, sendo que esta omissão fica subentendida pelo contexto. Ex.: As quaresmas abriam a flor depois do carnaval. Os ipês, em junho.

ELIPSE

O lado soft do metal O canadense Sam Dunn estudava

refugiados guatemaltecos, mas resolveu voltar seu foco para outra “tribo”: fãs e músicos do heavy metal. Depois de cinco anos de filmagens, o antropólogo, fã do gênero, e o (co-diretor) Scot McFadyen lançaram o documentário “Metal: a Headbanger’s Journey”, exibido em algumas cidades do Canadá, EUA e Inglaterra e com DVD à venda na internet. Dunn acredita que alcançou seu objetivo principal: desmistificar a imagem dos “metaleiros” como violentos e ignorantes. A maior polêmica abordada no filme diz respeito aos incêndios em igrejas cristãs na Noruega, no começo dos anos 90, provocados por pessoas envolvidas com o black metal, como o músico Jorn Tunsberg. “O cristianismo norueguês é uma força limitadora para muitos jovens, e o metal fornece escape para eles se rebelarem. Os incêndios têm mais relação com esse ressentimento do que com a música em si”, afirma.

Fonte: Adaptado da Revista Galileu. São Paulo, n.o 180, Editora Globo, jul. 2006, p.11.

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Figuras de Linguagem – Identificação 2

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Eufemismo é o emprego de termos mais agradáveis para suavizar uma expressão. Exemplos: Você faltou com a verdade. (Em lugar de mentiu) Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu)

EUFEMISMO

Consiste em dar característica de seres animados a seres inanimados (as pedras andam... por exemplo), ou ainda, de dar características humanas a animais ou objetos:

"O Sol amanheceu triste e escondido." Neste desenho, é atribuida ao personagem Garfield uma função exclusivamente humana: usar talheres.

PROSOPOPÉIA

Em retórica, ocorre hipérbole quando há exagero numa idéia expressa, de modo a acentuar de forma dramática aquilo que se quer dizer, transmitindo uma imagem inesquecível: Já repeti isso mais de mil vezes.

Observe que neste anúncio as botas ficam maiores que as partes de um trator, indicando a segurança do calçado.

HIPÉRBOLE

Hipérbato, também conhecido como inversão, é uma figura de linguagem que consiste na troca da ordem direta dos termos da oração (sujeito, verbo, complementos, adjuntos) ou de nomes e seus determinantes:

Ontem aconteceram vários acidentes.

HIPÉRBATO

ANÁFORA

Em retórica, anáfora é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. É uma figura de linguagem comuníssima nos quadrinhos populares, música e literatura em geral, especialmente na poesia:

Será que ela vem me ver? Será que ela me deixa viver? Será que posso esquecê-la?

Ocorre quando a concordância é feita pelo sentido e não pela forma gramatical. Podemos ter silepse de número, de gênero e de pessoa.

Exemplos: “A gente não sabemos escolher presidente”. (Ultraje a

rigor). SILEPSE DE PESSOA A criançada surgiram correndo não sei de onde SILEPSE DE NÚMERO Vossa senhoria está belo hoje. SILEPSE DE GÊNERO.

SILEPSE

Consiste na repetição de fonemas consonantais com a intenção de ênfase ou realce.

"(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes /

Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.“ (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)

ALITERAÇÃO

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A partir da leitura dos textos, analise as seguintes afirmativas. I. Nos três textos, as palavras “encenações”, “encenam” e “encenação” pertencem ao mesmo campo semântico, por apresentarem significado idêntico. II. Na charge, a adjetivação através do termo “pura” reforça o sentido negativo da palavra “encenação”. III. Na charge, a fala da personagem aponta para uma outra leitura de “encenação”, em relação ao texto 1. O novo sentido da palavra traz a idéia de uma dada manifestação que não corresponde à verdade, tendo o objetivo de iludir impressionar alguém. IV. Os termos “encenações”, no texto 1, e “encenação'”, no texto 3, estão empregados em sentido figurado. Estão corretas somente as afirmativas: a) l e IV. b) l e II. c) III e IV. d) I e III.

Recurso muito utilizado na linguagem que se encarrega de fazer críticas consiste em dizer algo com a real intenção de falar o seu oposto. Observe:

Você está tão magro! Deve estar pesando uns 120 quilos!

IRONIA

Apóstrofe é uma figura de estilo caracterizada pela invocação de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso, que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor, imaginário ou não, da mensagem. Nas orações religiosas é muito frequente ("Pai Nosso, que estais no céu", "Avé Maria" ou mesmo "Ó meu querido Santo António" são exemplos de apóstrofes).

APÓSTROFE

Antonomásia - Figura de linguagem, mais particularmente figura de palavra, que consiste na substituição de um nome por outro ou por uma expressão que facilmente o identifica. Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por qualidade, característica ou fato que com ela se relaciona de alguma forma. Exemplos: O Mártir do Gólgota, O Rabi da Galiléia, O Filho de Deus (Jesus, o Cristo); O poeta dos escravos (Castro Alves), O Patrono do Exército (Duque de Caxias), O Centauro dos Pampas (General Osório), O Pai da Aviação (Santos Dumont), A Águia de Haia (Rui Barbosa), O Herói de Palmares (Zumbi), A Marrom (cantora Alcione), O Rei da Voz (cantor Francisco Alves), A Cidade-Luz (Paris), Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro), etc.

ANTONOMÁSIA

A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval. O Rei das Selvas está bravo. A Dama do Suspense escreveu livros ótimos. O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema. Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou de algum lugar. Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro Rei das Selvas: Leão A Dama do Suspense: Agatha Christie O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock Quando usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia. Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais. Antonomásia, quando forem pessoas.

PERÍFRASE X ANTONOMÁSIA

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FUNÇÕES DA LINGUAGEM: JUSTIFICATIVA 1

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MAURO NASCIMENTO

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A Certeza de Vencer

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Francie Baltazar-Schwartz

Jerry era o tipo do sujeito que você adoraria odiar. Estava sempre bem e tinha sempre algo positivo para dizer. Quando

alguém perguntava "Como vai?", ele respondia: "Muito bem, e cada vez melhor!". Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes. E todos os garçons seguiam seu exemplo. A razão dos garçons seguirem Jerry era a sua atitude. Ele era naturalmente motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Jerry estava lá, mostrando ao empregado como olhar pelo lado positivo da situação.

Sentia-me realmente curioso ao observar o seu estilo, e então, um dia eu perguntei: "Eu não acredito! Não podes ser uma pessoa positiva o tempo todo... Como consegues?". E ele: "Toda manhã eu acordo e digo a mim mesmo: Jerry, tens duas escolhas hoje: escolher estar bem ou escolher estar mal, estar "em baixo"... Então eu escolho estar bem. Quando acontece alguma coisa desagradável, eu posso escolher ser vítima da situação ou posso escolher aprender algo com isso. Eu escolho aprender algo com isso! Quando alguém vem reclamar comigo, eu posso escolher aceitar a reclamação, ou posso escolher apontar o lado positivo da vida para a pessoa. Eu escolho apontar o lado positivo da vida."

Então eu argumentei: "OK!!! Mas não é tão fácil assim!!!" "É fácil sim" - Jerry disse... "Ávida consiste em escolhas. Quando tiras todos os detalhes e "enxugas" a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas. Tu escolhes como reagir às situações. Tu escolhes como as pessoas te irão afectar. Tu escolhes estar feliz ou triste, calmo ou nervoso... Em suma: é escolha tua como você vive sua vida!".

Bem, eu não tinha escolha senão refletir sobre tudo o que Jery dissera... Algum tempo depois deixei o restaurante para abrir meu próprio negócio. Nós perdemos contacto, mas eu frequentemente

pensava nele quando tomava a decisão de viver ao invés de ficar reagindo às coisas. Alguns anos mais tarde, eu ouvi dizer que Jerry havia feito algo que nunca se deve fazer quando se trata de restaurantes: deixou a porta dos fundos aberta, e foi rendido por três assaltantes armados. Enquanto tentava abrir o cofre, nervoso, errou a combinação. Os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram. Por sorte, Jerry foi encontrado relativamente rápido e foi levado às pressas ao pronto-socorro local. Depois de dezoito horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry foi liberado do hospital com alguns fragmentos de balas ainda em seu corpo. Encontrei com Jerry seis meses depois do incidente.

Quando perguntei: "Como estás?" ele respondeu "Muito bem, e cada vez melhor!!! Queres ver minhas cicatrizes?" Perguntei o que passou pela mente dele quando os ladrões invadiram o restaurante. "A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos..." respondeu. "Então, depois, quando estava baleado no chão, lembrei que eu tinha

duas escolhas: podia escolher viver ou podia escolher morrer. Eu escolhi viver". Perguntei: "Não tiveste medo? Não perdeste os sentidos?" Jerry

continuou: "A equipe médica era óptima. Eles diziam o tempo todo que tudo ia dar certo, que tudo ia ficar bem. Mas, quando fui levado de maca para a sala de emergência eu vi as expressões nos rostos dos médicos e enfermeiras. E tive medo. Em seus olhos eu lia: 'Ele é um homem morto'. Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa."

"E o que fizeste?" - perguntei. "Bem, havia uma enfermeira grande e forte fazendo perguntas... Ela perguntou se eu era alérgico a alguma coisa... 'Sim', eu respondi. Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente, esperando por minha resposta... eu respirei fundo e respondi: 'Balas!' Enquanto eles riam eu disse: 'Eu estou escolhendo viver. Operem como se eu estivesse vivo, não morto.'"

Jerry sobreviveu graças à experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude. E aprendi com ele que todos os dias temos que escolher viver a vida em sua plenitude, viver por completo.

TEXTO II

O valor do tempo Autor Desconhecido

Para entender o valor de um ano: pergunte a um estudante que não passou nos exames finais. Para entender o valor de um mês: pergunte a uma mãe que teve um filho prematuro. Para entender o valor de uma semana: pergunte ao editor de uma revista semanal.

Para entender o valor de uma hora: pergunte aos apaixonados que estão à espera do momento de se encontrarem. Para entender o valor de um minuto: pergunte ao viajante que perdeu o comboio, autocarro ou avião.

Para entender o valor de um segundo: pergunte a uma pessoa que sobreviveu a um acidente.

Para entender o valor de um milisegundo: pergunte a um atleta que ganhou uma medalha de prata nas Olimpíadas. O tempo não espera por ninguém. Valoriza cada momento da tua vida. Tu irás apreciá-los ainda mais se puder dividi-los com alguém especial.

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01. As aspas presentes no primeiro parágrafo do texto I foram usadas para: a) Indicar o discurso direto b) Indicar o discurso indireto c) marcar uma citação d) retornar uma afirmativa 02. No segundo parágrafo do texto I a palavra que resumiria seria: a) Fé b) determinação c) Comodismo d) Opção 03. Em: “Qando tiro todos os detalhes e “enxugas” a situação ...”a expressão entre aspas substituidas sem alteração de sentido seria: a) Quando teras todos os detalhes e colocas a situação. b) Quando teras todos os detalhes e secas a situação... c) Quando tiras todos os detalhes e enumera todos os detalhes d) Quando tiras todos os detalhes e sintetizas a situação. 04. As reticências presentes no quarto parágrafo nos infere que: a) o autor passou a pensar no assunto b) o autor deixou a interpretação do contexto em aberto c) o autor deixou claro que caberá a ele continuar a pensar d) o autor deixa um pensamento fechado 05. O sexto parágrafo em relação ao quinto estabelece uma relaçõa de: a) causa b) consequência c) modo d) concessão 06.No sétimo parágrafo do texto podemos concluir que: a) Jerry acreditou que iria ficar vivo, pois tinha fé na equipe médica. b) Jerry acreditou que a fé poderia salvá-lo. c) A fé no que acredita fez com que jerry conseguisse se salvar. d) A vida nos permite opções que deverão ser tornadas em situações dificeis. As questões deveram ser respondidas baseadas no texto II 07.Segundo o texto: a) o tempo é mistério b) o tempo é distância c) o tempo é experiência d) o tempo é vida 08. Na 2ª estrofe do texto podemos encontrar um verso que: a) uma afirmativa b) uma dúvida c) uma interrogação d) uma interação

09. Na poesia o autor faz uma relação de: a) E feito e causa b) Causa e efeito c) Exemplo e efeito d) Efeito e exemplo 10. O sujeito do segundo parágrafo verso da ultima estrofe é: a) Tempo b) Ninguém c) Tu d) Vida QUESTÕES DISCURSIVAS 01. Qual a principal relação existente entre o texto 1 e 2? __________________________________________________

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02. Que lição de vida nos dá a personagem do texto 1? __________________________________________________

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03. Reescreva o segundo parágrafo do texto 1 de forma que se elimine o discurso direto. __________________________________________________

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04. Para o autor do texto 1 o que seria então viver por completo? __________________________________________________

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05. Na útima estrofe do texto 2 o autor nos dá uma ordem. Retire tal verso que caracteriza esta afirmativa. __________________________________________________

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FUNÇÕES DA LINGUAGEM – JUSTIFICATIVA 1

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Ao acordar, disse para a mulher: - Escuta minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum. - Explique isso ao homem - ponderou a mulher. Não gosto dessas coisas. Dá ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier à gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar - amanhã eu pago. Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento. Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos: - Maria! Abre aí, Maria. Sou eu chamou, em voz baixa. Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro. Enquanto isso ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão! Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão: - Maria, por favor! Sou eu! Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam,, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão. Mais eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer. - Ah, isso é que não! - fez o homem nu, sobressaltado. E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu desorientado, que estava sendo levado cada vez mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror. - Isso é que não repetiu furioso. Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu. - Maria! Abre esta porta! - gritava desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si. Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho: - Bom dia, minha senhora - disse ele, confuso, - Imagine que eu... A velha estarrecida atirou os braços para cima, soltou um grito: - Valha-me Deus! O padeiro está nu! E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: - Tem um homem pelado aqui na porta! Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava: - É um tarado! - Olha, que horror! - Não olha não! Já pra dentro, minha filha! Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta. - Deve ser a polícia disse ele, ainda ofegante, indo abrir. Não era: era o cobrador da televisão.

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EXERCITANDO

01. Aponte a figura de linguagem existente no trecho “- Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum. - Explique isso ao homem - ponderou a mulher”. Justifique o seu uso. ________________________________________________________________________________________________

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02. Nos trechos: “- Maria! Abre aí, Maria. Sou eu chamou, em voz baixa.”, “- Maria, por favor! Sou eu!”, Qual é a função da linguagem que predomina? ________________________________________________________________________________________________

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03. Registre, nos espaços a seguir, as idéias básicas da conversa, respondendo às perguntas: a) O homem não queria receber o cobrador da prestação. Por quê? ________________________________________________________________________________________________

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b) A mulher sugeriu uma saída para o problema. Qual? ________________________________________________________________________________________________

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c) O homem descartou a idéia da mulher. Por quê? ________________________________________________________________________________________________

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d) O homem propôs um plano para livrar-se do encontro. Qual? ________________________________________________________________________________________________

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04. Acertado o plano, o homem começou sua rotina diária: despiu-se, dirigiu-se ao banheiro para tomar banho, foi fazer um café, etc. Até então, tudo bem. Mas logo surge um fato novo que quebra essa rotina, desequilibrando a situação de tranqüilidade. Mostre o que aconteceu, relacionando a coluna da direita com a da esquerda: (1) ação impensada do homem (...) O vento impulsionou a porta. (2) acontecimento inesperado (...) Foi nu buscar o pão no corredor. (3) conseqüência do acontecimento (...) Ela fechou-se, deixando o homem do lado de fora. 05. A situação em que se encontrava o homem era tragicômica, isto é, ao mesmo tempo que era trágica (quanto mais batia à porta, mais silêncio se fazia lá dentro), era também cômica (ele estava nu, do lado de fora, tendo como proteção apenas um embrulho de pão). Por que a mulher não veio em seu socorro? ________________________________________________________________________________________________

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06. A essa altura, o escândalo já tinha tomado conta do prédio. E o pobre coitado do homem, certamente, chegava ao seu limite máximo de estresse. Já tinha vivido todas as facetas de um pesadelo: susto, medo, pânico, vergonha... Como deve ter se sentido o personagem em cada uma destas passagens? Preencha o quadro, corretamente, usando as palavras relacionadas a seguir:

Desesperado Incrédulo

Sobressaltado

Constrangido

“Respirou fundo, fechando os olhos para ter a momentânea ilusão de sonhava.”

“-Maria! Abre esta ´porta! – gritava, nenhuma cautela.”

“Ouviu que outra porta se abria atrás de si.”

“Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão.”

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Figuras de Linguagem – Justificativa 3

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PROFº: ÉRICA

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01. Leia o texto Enlace No convento da senhorita Sandra Carvalho e cirurgião plástico Nóbrega Pernotta, contraíram carmelitas ontem as próprias testemunhas sendo seus pais os laços matrimoniais.

(Millôr Fernandes.) A graça, no texto de Millôr, decorre da a) alteração dos sentidos das palavras, já que a forma de organizá-las sugere outro significado, diferente de enlace, proposto no título. b) transgressão do princípio sintático de articulação das palavras, o que acaba por criar associações inusitadas e singulares. c) desorganização total do texto, que faz com que o leitor tente ordenar as palavras para entendê-lo – o que não é possível. d) organização das palavras segundo os padrões sintáticos da língua, o que garante a manutenção do sentido do texto. e) articulação das palavras dentro das convenções da língua, mas com outros matizes de significação, o que altera, por exemplo, o sentido do título. A flor e a náusea “Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. [...] É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.”

ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. 28 ed. Rio de Janeiro: Record, 2004, p. 28.

02. Quanto ao TEXTO 2, é CORRETO afirmar que: I. Drummond afasta-se da poética modernista ao utilizar termos como “tédio”, “nojo” e “ódio”, expressões do cotidiano e em desacordo com o ideal estético da época. II. Em “É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto...” (verso 7), temos uma figura de linguagem denominada aliteração. Na utilização desse recurso, forma e conteúdo são aliados para construção de um significado. III. Em “É feia. Mas é uma flor”. (verso 7), a conjunção indica que ser flor é um elemento adicional ao fato de ser feia. IV. a exclamação no final do verso 1 encerra uma frase imperativa. V. O nascimento da flor pode ser considerado uma metáfora para a possibilidade de existência de vida em condições adversas: “Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.” (verso 7). Estão corretas: a) I e II b) II e III c) II e V d) II, III e IV e) Todas as afirmativas. 03. Leia o texto abaixo de Dalton Trevisan incluído na coletânea Em Busca de Curitiba perdida e assinale a afirmativa correta: CINCO HAICAIS

1 Assustada, a velha pula da cadeira, se debruça na cama: – João. Fale comigo, João. Geme fundo, abre o olhinho vazio, um palavrão: – Bruuuxa... diaaaba... – Ai, que susto. Graças a Deus. 2 O velho compra um naco de queijo e avisa: – Se você pega eu te corto em pedacinho. A velha tem de pegar quando limpa o armário. Daí recebe um tapa na orelha, dois empurrões e cai sentada. – Conheceu, sua diaba? 3 Nhô João, perdido de catarata negra nos dois olhos: – Me consolo que, em vez de nhá Biela, vejo uma nuvem. 4 Na hora de assinar, todo soberbo o velhote, no seu oclinho torto: – O meu nome, qual é? Quem mesmo sou eu? 5 A velhinha meio cega, trêmula e desdentada: – Assim que ele morra eu começo a viver. a) Trata-se de um conto, dividido em cinco capítulos curtos, conhecidos como haicais, formas narrativas que denotam a influência oriental na escrita de Dalton Trevisan, importante divulgador destas tradições na literatura nacional. b) O desencanto e a infelicidade conjugais, tematizados neste e em diversos outros textos deste escritor, aproximam sua obra dos valores e preceitos do byronismo: o verdadeiro amor só pode realizar-se plenamente entre os jovens, fora das convenções sociais. c) O caráter sintético das cinco unidades narrativas advém, entre outros procedimentos, da economia textual resultante do recurso a elipses e à combinação expressiva entre as estratégias do discurso direto das personagens e de intervenção do narrador. d) Os protagonistas deste texto, Nhô João e Bruxa Diaba, são personagens presentes em diversos outros contos do autor, representando tipos rurais, ingênuos e supersticiosos, evocados de forma saudosa e bem-humorada pelo escritor curitibano. e) Como no caso da obra de Jorge Amado, a maior parte da produção de Dalton Trevisan desenvolve-se através das formas narrativas curtas – contos –, privilegiando as reflexões sobre problemas psicológicos do homem moderno, fechado em sua individualidade subjetiva.

“É regra disciplinar e de saúde: na escola pública Sydney’s Arncliffe, na Austrália, tornou-se obrigatório o uso de óculos escuros, até para crianças que estão no jardim de infância. O Hospital dos Olhos de Sydney alertou para os riscos da exposição aos raios ultravioleta.”

(IstoÉ, 8/8/2007)

04. Qual a função da linguagem evidente no texto? a) referencial b) apelativa c) conativa d) poética e) metalingüística

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O bruxo Nós dois, Paulo e eu, precisávamos planejar o que fazer, como fazer. Pai e mãe não se largavam mais do homem. Antes juravam sobre o que ele dizia. E pai estava morrendo a olhos vistos. Hoje amanhecera sem poder levantar-se, lívido, as pernas sem forças, vergando para trás. Mas, à noite, aquele homem reuniria todos ao redor da mesa, pediria bebidas e cigarros e falaria pelos espíritos, até arriar de bêbado. Ele surgira estrada a fora e entrara. Viera curar pai da diabetes, se em troca lhe desse alguns alqueires de terra. Pai escreveu num papel a doação do “Cana Caiana”, metade de seu gado, matas para extração de madeira e pusera tudo no cofre. O homem queria aquilo, queria as terras, as matas, o gado. Tinha o poder da morte nas mãos e tomaria tudo do pai, que não tinha mais forças. Nem forças, nem fala. – Pai, você vai morrer. Este homem o está matando. – Mãe, este homem está matando o pai. – Calado, calado. Se ele ouve o que dizes, morreremos todos.

(Heliônia Ceres) 05. De acordo com o texto, a) a expressão “tinha o poder da morte nas mãos” (linha 16) quer dizer que o homem fazia o que queria da morte. b) a idéia central é relatar a crença humana diante do espiritismo ou bruxaria. c) a autora busca mostrar a fraqueza do homem diante da bruxaria. d) o diabético faria tudo o que estivesse ao seu alcance para receber a cura. e) os filhos não queriam a cura do pai. 06. A construção “tinha o poder da morte nas mãos” (linha 16) expressa que figura de linguagem? a) ironia d) antonomásia b) eufemismo e) catacrese c) hipérbole 07. Os termos em negrito na linha 18 são, respectivamente, a) sujeito, predicado nominal e objeto direto. b) vocativo, predicado verbal e adjunto adnominal. c) sujeito, predicado verbo-nominal e adjunto adnominal. d) vocativo, predicado nominal e objeto direto. e) vocativo, predicado verbal e objeto direto.

Descrevendo a imagem Imagens são coisas bastante diversas: quadros, esculturas, fotografias, filmes, ficções literárias, figuras de linguagem (como a metáfora e a metonímia), símbolos, sonhos, imitações pela mímica e pela dança, sons musicais, poesia. Embora sejam todas imagens, elas são diferentes: algumas se referem a imagens exteriores à nossa consciência (pinturas, fotos, mímicas, símbolos); outras podem ser consideradas internas ou mentais (sonhos, devaneios); outras ainda são externas e internas (no caso da ficção literária, por exemplo, a imagem é externa, pois está no livro, e é interna, pois leio palavras e com elas imagino). No entanto, algo é comum a todas elas: oferecem-nos coisas, situações, pessoas que guardam alguma semelhança com outras coisas, situações, pessoas reais. Por oferecer alguma parecença, diz-se que uma imagem oferece um análogo das próprias coisas. As imagens oferecem um análogo seja porque estão no lugar das próprias coisas, seja porque nos fazem imaginar coisas através de outras. A imagem é dotada de um atributo especial: ela tem o poder de tornar presente ou de presentificar algo ausente, seja porque este algo existe e não se encontra onde estamos, seja porque é inexistente. No primeiro caso, a imagem é testemunha irreal de alguma coisa existente; no segundo, é a criação de uma realidade imaginária, ou seja, de algo que existe apenas em imagem ou como imagem. (Marilena Chauí. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2003, pp.

145-146. Adaptado.)

08. Três imagens distintas precedem o texto de Marilena Chauí. Considerando essas imagens e a reflexão proposta pela autora, analise os comentários a seguir. I. Considere este segmento do texto: “uma imagem oferece um análogo das próprias coisas”. Uma paráfrase para esse trecho seria “as imagens guardam similitude com os objetos que representam”. II. O primeiro quadro está construído sob uma base metonímica; o segundo, de natureza simbólica, está construído a partir de uma convenção estabelecida. São dois exemplos de linguagem não-verbal. III. As imagens também podem funcionar como signos, isto é, podem provocar efeitos de sentido e de intenções. Por exemplo, a primeira imagem poderia representar uma espécie de apelo ou de denúncia e remeter para ameaças reais. IV. O texto de Marilena é do tipo expositivo. A predominância de verbos no presente do indicativo indica o caráter definitório e de universalização das afirmações feitas. V. A imagem é dotada de um atributo especial: ela tem o poder de tornar presente ou de presentificar, simbolicamente, algo ausente. O uso dos dois pontos aponta para a inserção de uma explicação, ou de uma espécie de aposto relacionado ao atributo da imagem. Esse atributo não se aplica ao terceiro quadro. Os comentários estão CORRETOS apenas nos itens: a) I, II, III e IV. b) II e III. c) I, II e III. d) I, II e V. e) I, III e IV.

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JACKY23/01/08

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: ELIZETE

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FUNÇÕES DA LINGUAGEM – Identificação 1

A linguagem pode ser usada de diferentes formas pelo emissor de uma mensagem durante um processo de comunicação. A escolha precisa da função da linguagem mais adequada aumenta a chance de êxito no processo de comunicação, ou seja, a reação desejada no receptor

O primeiro lingüista a estabelecer funcionamentos (funções) distintas para a linguagem foi o alemão Karl Bühler, determinando que haveria três funções básicas na comunicação: EXPRESSIVA, INFORMATIVA E ESTÉTICA. Mais tarde, o lingüista russo Roman Jakobson duplicou estas funções baseando-se nos seis elementos que constituem o processo comunicativo, a saber: Segundo Jakobson, a cada um desses elementos estaria diretamente ligado um funcionamento diferente do sistema lingüístico. Deste modo: 1 – FUNÇÃO EMOTIVA ou EXPRESSIVA - Associa-se diretamente ao EMISSOR. Caracteriza-se pela transmissão de emoções, sentimentos, sensações, opiniões, pontos de vista, julgamentos, etc. relacionados ao sujeito-emissor. Há, como característica básica, embora não necessária, o predomínio da primeira pessoa verbal (EU/NÓS), bem como o emprego freqüente de interjeições e exclamações. Podem-se citar como bons exemplos as confissões, as cartas de amor apaixonadas, poemas líricos em primeira pessoa, etc.

A RITA Composição: Chico Buarque de Hollanda A Rita levou meu sorriso No sorriso dela Meu assunto Levou junto com ela E o que me é de direito Arrancou-me do peito E tem mais Levou seu retrato, seu trapo, seu prato Que papel! Uma imagem de São Francisco E um bom disco de Noel A Rita matou nosso amor De vingança Nem herança deixou Não levou um tostão Porque não tinha não Mas causou perdas e danos Levou os meus planos Meu pobres enganos Os meus vinte anos O meu coração E além de tudo Me deixou mudo Um violão

2 – FUNÇÃO APELATIVA ou CONATIVA - É a que se liga ao RECEPTOR no processo da comunicação procurando persuadi-lo, seduzi-lo, convencê-lo, enganá-lo, etc. Há um certo predomínio de sujeito-receptor (TU/VÓS, VOCÊS, VOSSA SENHORIA...). Bons exemplos são a linguagem publicitária, a linguagem dos vendedores, as “cantadas” e, em muitos casos, a linguagem dos professores em sala de aula. 3 – FUNÇÃO REFERENCIAL, INFORMATIVA, DENOTATIVA ou COGNITIVA - Liga-se ao assunto, ao REFERENTE, ao contexto. Sua característica mais fundamental é a transmissão de informações e conhecimentos. Como exemplos essenciais têm-se a linguagem dos jornalistas, os livros didáticos, aulas, palestras, conferências, etc.

É preciso investir mais na preparação de textos

No mundo de hoje, onde falta tempo e abundam informações, o texto informativo que se mostra mais útil é aquele composto por parágrafos curtos, com frases diretas e dados precisos. Em Para escrever bem (2002), as professoras Maria Elena Ortiz Assumpção e Maria Otilia Bocchini, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ensinam que escrever textos informativos de leitura interessante e agradável exige bons conhecimentos da relação entre o/a leitor/a e o texto. As publicações feministas oferecem conteúdos valiosos, mas em sua maioria não apresentam uma redação centrada na leitora e no leitor, isto é, não apresentam textos acessíveis e de fácil leitura. O tratamento de textos ainda requer um maior investimento. 4 – FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA - Relaciona-se ao próprio CÓDIGO de comunicação lingüística (VERBAL ou NÃO-VERBAL) que estiver sendo utilizado. Caracteriza-se pela referência da linguagem a si mesma ou pela referência de um tipo de linguagem a outro. Alguns exemplos são a crítica literária, metapoemas (poemas que se referem à própria poesia), dicionários em geral, etc.

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O QUE É O SEXO AFINAL? -Segundo o médico é uma doença, porque sempre termina na cama. -Segundo o advogado é uma injustiça, porque sempre há um que fica por baixo. -Segundo o engenheiro é uma máquina perfeita, porque é a única em que se trabalha deitado. -Segundo o arquiteto é um erro de projeto, porque a área de lazer fica muito próxima à área de saneamento. -Segundo o político é um ato de democracia perfeito, porque todos gozam independentemente da posição. -Segundo o economista é um desajuste, porque entra mais do que sai. Às vezes, nem se sabe o que é ativo ou passivo. -Segundo o contador é um exercício perfeito: põe-se o bruto, faz-se o balanço, tira-se o bruto e fica o líquido, podendo, na maioria dos casos, ainda gerar dividendos. -Segundo o matemático é uma perfeita equação, porque a mulher coloca entre parênteses, eleva o membro à sua máxima potência, e lhe extrai o produto, reduzindo-o à sua mínima expressão. - Segundo o psicólogo, é foda de explicar... 5 – FUNÇÃO FÁTICA Associa-se ao CANAL da comunicação, verificando se está em funcionamento, ligando-o ou desligando-o. Caracterizam-na mensagens que, única e simplesmente, façam uma espécie de “exame” do canal. Alguns exemplos são saudações e cumprimentos diários como BOM DIA! COMO VAI? TUDO BEM? Chavões telefônicos como ALÔ, ESTÁ ME OUVINDO? POSSO FALAR?, etc. 6 – FUNÇÃO POÉTICA - Liga-se à própria MENSAGEM e se caracteriza pela ênfase da mensagem em si mesma de modo a que seja, ela própria, uma espécie de obra de arte, construída por uma linguagem especialmente elaborada. O melhor exemplo são textos artísticos de modo geral.

Poeminhas Cinéticos de Millôr Fernandes Era um homem bem vestido Foi beber no botequim Bebeu muito, bebeu tanto Que saiu de lá assim. As casas passavam em volta Numa procissão sem fim As coisas todas rodando

O moço entra apressado Para ver a namorada E é da seguinte forma escada. a sobe ele Que Mas lá em cima está o pai Da pequena que ele adora E por isso pela escada

ele

embora.

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MA180208

NÍVEIS DE LINGUAGEM

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MAURO NASCIMENTO

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A lei de violência doméstica e familiar contra a mulher, sancionada pelo presidente Lula em agosto passado, recebeu o

nome de Lei Maria da Penha Maia, uma “mulher que renasce das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no nosso país”, segundo o presidente. O projeto, elaborado por um grupo interministerial, a partir de um anteprojeto de organização não-governamentais, foi enviado pelo Governo Federal ao congresso em novembro de 2004, transformando-se no projeto de Lei de Conversão 37/2006, aprovado e sancionado. A ministra Nilcéia Freitas, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, acredita que as denúncias de violência contra mulheres aumentará, pois agora elas tem uma rede de proteção para atendê-las. A referida secretaria disponibilizou um número de telefone 180 para denunciar a violência doméstica e orientar o atendimento.

QUATRO AGRESSÕES POR MINUTO

A violência doméstica atinge quatro mulheres por minuto no Brasil e muitas não denunciam por medo ou vergonha de se expor. Pesquisa da Fundação Perseu Abramo levantou mais de dois milhões de casos de violência doméstica e familiar por ano, sendo que, cerca de uma em cada cinco brasileiras já sofreu violência por parte de algum homem. Dentre a violência mais comum destaca-se: agressão física branda (tapas e empurrões) – 20% das mulheres. Violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher: 18%. Ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas de indiretas de agressões: 15%.

JUIZADO ESPECIAIS E PRISÃO EM FLAGANTE

A Lei Maria da Penha criou nos Estados um juizado especial de violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para agilizar processos e investigações. A violência doméstica era considerada crime de “menor potencial ofensivo” e julgado em juizados especiais criminais junto com brigas de vizinhos e acidentes de trânsito. A Lei Maria da Penha aumentou a proteção às vítimas, passou para três anos o tempo máximo de prisão e reduziu de seis para três meses a pena mínima. A Lei alerta o Código Penal e permite que agressores seja, presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada e acaba com penas pecuniárias, em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Altera ainda a Lei de Execução Penais permitindo que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. A lei tem uma série de medidas para proteger a mulher agredida ou cuja vida corre perigo, tais como a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos, o direito de reaver bens e cancelar procurações em nome do agressor. Pode ainda ficar seis meses afastada do trabalho sem perda do emprego se constatada a manutenção da sua integridade física ou psicológica. O Brasil é o 18° país da América Latina que tem uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher sob qualquer ação ou omissão que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. QUEM É MARIA DA PENHA Maria da Penha Maia, biofarmacêutica, lutou 20 anos para ver seu agressor condenado, virando

símbolo contra a violência doméstica. Em 83, o então

marido, professor

universitário Marcos Antônio

Herredia, tentou assassiná-la duas vezes. Na primeira deu m tiro que a deixou paraplégica. Na segunda tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade. A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 84. Herredia foi condenado oito anos depois a oito anos de prisão, mas conseguiu protelar o cumprimento da pena. O caso chegou a comissão Interamericana dos Direitos

Humanos da OEA, que acentuou pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Após a violência sofrida, Maria da Penha Maia iniciou sua atuação em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no Ceará.

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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EXERCÍCIO 01. Sobre o primeiro termo isolado entre virgulas: a) serve para explicar um termo b) serve para retornar um termo anterior c) serve para definir um termo anterior d) não retoma um termo anterior 02. As aspas usadas no primeiro parágrafo: a) Indica o discurso direto b) Indica uma citação c) Indica um pensamento já existente d) Indica o discurso indireto 03. O termo destacado no segundo parágrafo: a) possui um prefixo com valor semântico de “dentro” b) possui um prefixo com valor semântico de “entre” c) possui um prefixo com valor semântico de “internização” d) Não possui um prefixo 04. Em: “..., pois agora elas tem uma rede de proteção para atende-las” temos um desvio de: a) acentuação b) ortografia c) fonema d) concordância 05. Segundo o texto o maior motivo para a impunidade dos agressores é: a) vergonha b) medo c) injustiça d) descaso 06. O marcador textual destacado e presente no terceiro parágrafo do texto expressa: a) modo b) causa c) explicação d) motivo 07. Segundo o texto um dos motivos que deixava lenta as punições contra os agressores de mulheres era: a) o fato de os juizados serem despreparados para resolverem situações de violência. b) pelo fato de que no Brasil não existia uma lei específica para esses casos. c) por não representar no Brasil um crime grave. d) Por ser analisado em lugares não específicos para a violência. 08. A palavra ”pecuniárias”presente no sexto parágrafo pode ser substituída sem alteração de sentido por: a) pequenos b) graves c) gravíssimas d) irrelevantes 09. NO texto “Quem é Maria da Penha”? nos revela que? a) As agressões a mulheres obedece a uma classe social específica. b) Somente mulheres de nível social mais baixo sofre violência dos maridos. c) Toda mulher está sujeita a violência independente de classes. d) Maria da Penha foi uma exceção no seu meio social no que se refere a agressão doméstica.

10. Ainda no texto ”Maria da Penha” no contexto que relata quem foi o agressor da biofarmacêutica, o que mais é espantoso: a) o fato de Marco Antônio ser professor universitário. b) o fato de o professor ter deixado sua esposa paraplégica. c) o fato de o professor tentar mata-la duas vezes. d) o fato de ter utilizado formas absurdas para tentar assassinar a mulher. QUESTÕES DISCURSIVAS 01. Descreva o contexto que se encontra entre aspas no 1° parágrafo do texto de forma denotativa. __________________________________________________

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02. Qual a idéia específica presente no 3° parágrafo? __________________________________________________

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03. Qual foi a maior conquist5a da Lei Maria da penha? __________________________________________________

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04. Para que foi usada a última expressão destacada no texto? __________________________________________________

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05. O que chama a atenção no título do texto? __________________________________________________

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06. Você acredita que a lei “Maria da Penha” veio melhorar a situação. __________________________________________________

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07. Substitua o último termo destacado por outro sem alteração do sentido. __________________________________________________

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GE110308 – PE(MT) / SF(MT) / AC(MT) / CN (MT)

Leitura, Interpretação e Produção de Texto Narrativo

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: ROSE CUNHA

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(FEI-SP-Com adaptação) Com base no texto a seguir, reconstrua o momento da morte de Maria Pia, pontando o criminoso.

Narrativas

(Luiz Lopes Coelho, O homem que matava quadros)

ncontraram o corpo na estufa, cercado de begônias, avencas e samambaias. Estendido de costas, com uma tesoura de jardim enterrada no ventre. Agonizante, Maria Pia arrancara do peito uma cruz de

ametista: ainda a segurava, apoiada no solo, com a haste maior para cima. Paralisara-se a outra mão no cabo da tesoura, na vã tentativa de arrancá-la. O corpo atravancava a única passagem da estufa, dividida por ela, cheias de vasos e xaxins, no chão e em prateleiras. Os pés voltados para a entrada. Não havia sinais de luta nem de violência carnal. Ao seu lado, cinzas de cigarro. Inelutável o raciocínio do velho Leite: se essa moça, depois do malogro do noivado, levou vida de freira, como está comprovado, o seu assassinato deve ser procurado na fase pregressam quando vivia normalmente com a família, na escola, entre os amigos. Excluía a hipótese de ser um desconhecido ou tarado o autor do crime. Quando Maria Pia entrou na estufa, lá não havia ninguém, e a pessoa chegada depois era de suas relações, necessariamente. Explicava por quê. Primeiro, a disposição das plantas não permite um esconderijo. Segundo, se Maria Pia topasse com um desconhecido, não entraria na estufa. Terceiro: estava o corpo de costas, ocupando toda a largura da passagem, e os pés voltados para a porta. Maria Pia encontrava-se, portanto, de frente para a entrada da estufa, quando foi atacada; logo, já se achava na estufa, quando o assassino chegou. Quarto: correspondendo as cinzas encontradas a dois cigarros – e Maria Pia não fumava – depreende-se ter havido uma conversa mais ou menos longa entre a moça e o visitante. Por fim, Maria Pia conhecia o assassino, e o assassino deve ser procurado entre as pessoas de suas relações no tempo pré-monástico.

Personagens para a história de Maria Pia

Renata (mãe) Pedro (pai) Mário (noivo)

Velho leite Silvia (amiga) Ronaldo (amigo)

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Linguagem Verbal e Não - Verbal

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: JOANA

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Escrever e falar bem, atualmente tem sido uma das maiores preocupações do brasileiro. Segundo a edição 1.725 de Veja, essa preocupação tem se dado, em grande medida, pela necessidade da fluência no português padrão nas interações sociais, sobretudo nos estudos, na profissão e nos negócios. Escrever é colocar idéias no papel de forma organizada. Ora, as idéias não surgem do nada; elas são frutos dos processos de comunicação dos quais participamos e das informações a que temos acesso vivenciando experiências, conversando (“trocando idéias”, como se diz popularmente) e lendo, lendo, lendo. Mas uma leitura sem compreensão não é leitura. Ler sem compreender é parar na etapa da decodificação do sinal gráfico. Para que uma leitura seja eficiente, é preciso que haja interação entre leitor e texto lido; um atuando sobre o outro, porque ler é atribuir significado; é construir um significado para o texto lido. Ao fazermos isso, estamos nos construindo, ampliando nossa leitura de mundo.

LER, ESCREVER, PENSAR. Saber escrever pressupõe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita, que por sua vez é interpretada pela leitura. Como essas atividades estão intimamente relacionadas, podemos concluir que quem pensa (ou pensa mal) não escreve (ou escreve mal) e quem não lê (ou lê mal) não escreve (ou escreve mal). Ler, portanto, é fundamental para escrever. Mas, como já dissemos, não basta ler; é preciso entender o que se lê. É necessário compreender o sentido da organização das frases num determinado texto para que se cumpra uma das finalidades da leitura: a compreensão das idéias, que se dará a partir do entendimento dos recursos utilizados pelo autor na elaboração do texto. É bom lembrar que não podemos separar a compreensão da idéia da compreensão dos recursos, porque estes (os recursos) são os suportes daquela (a idéia): somente compreendemos uma idéia porque ela foi expressa de uma determinada maneira e não de outra.

LINGUAGEM VERBAL E LINGUAGEM NÃO-VERBAL “(...) texto, em sentido lato, designa toda e qualquer manifestação da capacidade textual do ser humano (quer se trate de um poema, quer de uma música, uma pintura, um filme, uma escultura, etc.), isto é, qualquer tipo de comunicação realizada através de um sistema de signos”.

FÂVERO, L. E & KOCH, I. V Lingüística textual: introdução. 5. ed. São Pauto: Cortez, 2000.

Quando pensamos em linguagem como sistema organizado de sinais, associamos essa palavra à noção de linguagem verbal, ou seja, de língua. Mas linguagem; como já vimos, tem um conceito mais amplo: é todo sistema que permite a expressão ou a representação de idéias, e se concretiza em um texto. Na Linguagem visual, o signo é a imagem. Assim como acontece com a linguagem verbal, há inúmeros modos de organização dos signos visuais, decorrentes da relação que o homem estabelece entre a realidade e sua representação. Os artistas se valem intencionalmente desse recurso procurando fazer com que o apreciador reaja diante dessa representação e

levante questionamentos sobre o que é de fato real e o que é fantasia e, indo mais além, sobre a própria ordenação do real. O crítico de arte Giulio Argan comenta: “Magritte pinta um cachimbo e escreve embaixo: ‘isso não é um cachimbo’. De fato, não é um cachimbo; e a própria palavra cachimbo, que designa o cachimbo, não é um cachimbo. Eis o contraste entre coisas e signos na vida cotidiana”. (ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna - do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996). De fato, o desenho ou a foto de um cachimbo - ou a palavra cachimbo - não é o objeto cachimbo (uma pessoa não pode fumar o desenho, a foto ou a palavra). O objeto é a coisa; o desenho, a foto, a palavra são representações.

René Magritte. A traição das imagens (isso não é um cachimbo). Óleo sobre tela. 62,2 x 81 cm. Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, usa, 1928-29. O SIGNO LINGUÍSTICO Ao pensarmos na linguagem verbal, tendo a língua como código, os signos lingüísticos são os responsáveis pela representação das idéias. Esses signos são as próprias palavras, que, por meio da produção oral ou escrita, associamos com determinadas idéias. Dai afirmar que os signos lingüísticos apresentam dois componentes: uma parte material, concreta (o som ou as letras), que denominamos significante; outra abstrata, conceitual (a idéia), que denominamos significado. “(...) signos são entidades em que sons ou seqüências de sons — ou as suas correspondências gráficas — estão ligados com significados ou conteúdos. (...) Os signos são assim instrumentos de comunicação e representação, na medida em que, com eles, configuramos lingüisticamente a realidade e distinguimos os objetos entre si”. VILELA, M. & KOCH, l. V Gramática da língua portuguesa. Coimbra:

Almedina. 2001.

SIGNO LINGUÍSTICO SIGNIFICANTE + SIGNIFICADO

Significante: seqüência sonora: /papagaio/ (ou representação gráfica: papagaio).

Significado (conceito): ave da espécie dos psitaciformes ou psitacídeos, geralmente de penas verdes, que imita bem a voz humana.

Por exemplo, a palavra “papagaio” nos traz a idéia de “ave da espécie dos psitaciformes ou psitacídeos, geralmente de penas verdes, que imita bem a voz humana”. Entretanto, tal ligação entre representação (significante) e

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idéia (significado) é totalmente arbitrária, ou seja, não há nada que indique que deve haver uma relação entre elas. Mas é uma convenção, senão não saberíamos a que a palavra papagaio faz referência; isso quer dizer que a significação tem de ser obrigatoriamente comum à comunidade que faz uso de um mesmo código ou língua, para que a mensagem produzida possa ser entendida. Um outro detalhe importante: a palavra papagaio não é o papagaio (a palavra papagaio não tem condições de imitar a sua voz, por exemplo), mas quando a dizemos (ou lemos), imediatamente nos vem à idéia da ave conhecida como papagaio. O objeto mencionado pode não estar diante de nós, mas o simples fato de evocá-lo, dizendo à palavra que o nomeia, é suficiente para que sua imagem nos venha à mente. O signo lingüístico, isoladamente, não tem outra finalidade a não ser representar alguma coisa e, por isso, dizemos que a palavra isolada é neutra. No entanto, por diversas associações, um mesmo signo lingüístico pode assumir diferentes significados. É o arranjo dessa palavra, sua articulação e combinação num enunciado textual (falado ou escrito) que concretiza e exterioriza uma idéia e faz com que ela assuma este ou aquele sentido. LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA. Como você já viu, o homem utiliza inúmeros tipos de linguagem para expressar suas impressões – para representar coisas, seres, idéias –, dentre elas a linguagem verbal. A língua é um sistema de representação constituído por palavras e por regras que as combinam, permitindo que expressemos uma idéia, uma emoção, uma ordem, um apelo, enfim, um enunciado de sentido completo que estabelece comunicação. É importante salientar que essas palavras e essas regras são comuns a todos os membros de uma determinada sociedade. Isso significa que a língua pertence a toda uma comunidade, como é o caso da língua que você fala - a língua portuguesa. Quando um membro da comunidade, isto é, um falante faz uso da língua, ele realiza um ato de fala. A fala é um ato individual e depende de várias circunstâncias: do que vai ser falado e de que forma, da intencionalidade, do contexto, de quem fala e para quem se está falando. No entanto, o falante vale-se de um código já convencionado e instituído antes de ele nascer, ou seja, a criatividade de seu uso individual está limitada à estrutura da língua e às possibilidades que ela oferece.

OS PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO POR MEIO DAS LINGUAGENS Na construção de um texto, considerado como qualquer material organizado que esteja veiculando sentidos (portanto, verbal ou não-verbal), há diversos elementos que vão determinar sua significação. Basicamente, temos um emissor que constrói um texto, o texto (mensagem) e um destinatário, a quem o texto é destinado. Até aqui parece um ato simples e passivo demais para ser chamado de um ato comunicativo que envolve veiculação de sentidos e interação. Devemos observar, também, que para construir o texto o emissor precisa saber sobre o que vai se manifestar (referente), que sistema de sinais vai utilizar (código) e por que meio vai fazer chegar à mensagem (canal). Esquematizando, podemos montar o seguinte quadro:

O esqueleto está montado, porém já sabemos que o ato comunicativo é um ato social e, como tal, concretiza as diversas manifestações cotidianas e culturais por meio da interação, ou seja, sempre estamos nos relacionando com o(s) outro(s) por meio da linguagem. De que maneira se dá essa interação pela linguagem? De um lado, temos um falante que, ao emitir sua mensagem e posicionar-se por meio dela, escolherá um assunto, um código e suas possíveis combinações, o meio pelo qual ela chegará ao outro. Isso tudo para que sua mensagem tenha efeito sobre o outro, aja sobre ele; afinal, por trás de cada mensagem sempre há uma intenção. De outro, temos o destinatário, ou melhor, o interlocutor, aquele que, no final, construirá sentido para ela. Para tanto, ele terá de não só decifrar o código, mas atribuir significados a partir de sua competência de leitura e da relação com seus conhecimentos prévios, sua ideologia, cultura, contextualização, etc. A LINGUAGEM TEM DIFERENTES FUNÇÕES Ao realizar um ato de comunicação verbal, o produtor da mensagem escolhe, seleciona as palavras, para depois organizá-las, combiná-las, conforme a sua vontade. E todo esse trabalho de seleção e combinação não é aleatório, não é realizado por acaso (afinal, seleção significa “escolha fundamentada”), mas está diretamente ligado à intenção do emissor. Ao elaborarmos uma mensagem, dependendo da nossa intenção, do sentido que quisermos dar a ela, podemos enfatizar um desses fatores, definindo seu caráter. Daí resulta as funções da linguagem. Tomando por base o esquema acima, o lingüista russo Roman Jakobson montou um esquema das funções da linguagem, que corresponde ao dos elementos necessários à comunicação. Em uma mesma mensagem verbal podemos reconhecer quase sempre mais de uma função, embora uma delas prevaleça. Como afirma Jakobson: Embora distingamos seis aspectos básicos da linguagem, dificilmente lograríamos encontrar mensagens verbais que preenchessem uma única função. A diversidade reside não no monopólio de alguma dessas diversas funções, mas numa diferente ordem hierárquica de funções. A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante JAKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix,

s/d.

Para obter uma visão geral e completa dos fatores fundamentais da comunicação e de suas relações com as funções da linguagem, podemos fazer uma superposição dos dois esquemas:

O esquema acima reúne os elementos da comunicação e as respectivas funções da linguagem. Estas indicam o elemento da comunicação que predomina em cada mensagem.

EMISSOR

REFERENTE MENSAGEM

CÓDIGO CANAL

DESTINATÁRIO

emotiva

referencial poética

fática metalingüística

conativa

remetente função emotiva

referencial função referencial

mensagem função poética

canal função fática

código metalingüística

destinatário função

conativa

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JACKY22/01/08

LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL

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PROFº: ÉRICA

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Entre palavras e imagens

As imagens, tanto quanto as palavras, têm como objetivo ressaltar, destacar o que foi escrito. Por isso, é indispensável saber articular bem texto e imagem. Para tanto é que se processam algumas estratégias de leitura, as quais serão listadas a seguir.

nstruir-se. Possuir um acervo considerável de conhecimentos possibilita decodificar mais

facilmente as inferências, as relações intertextuais, enfim, significa construir sentidos de forma mais rápida e coerente.

bservar os modos de leitura de cada texto Assim como todo texto possui um leitor preferencial, cada texto possui também

um modo, uma maneira de ser lido, que varia com o seu estilo e o objetivo do leitor em perceber nele seus sentidos, não se pode ler um filme da mesma maneira que se lê uma peça teatral. Ler um texto é observar nele suas características e, a partir delas, construir sentidos.

erceber o texto Tratando-se de um texto de natureza verbal, é necessário fazer, ao

menos, duas leituras:a primeira, serve para organizar o texto na mente do aluno e na segunda, deve-se sublinhar as idéias principais e as palavras-chaves (com dois grifos). Os trechos mais importantes da idéia desenvolvida são assinalados no texto com uma linha vertical na margem. O que consideramos passível de crítica, objeto de reparo ou insustentável dentro do raciocínio desenvolvido, destacamos com um ponto de interrogação(?). Assuntos ou palavras-chaves distintas no texto (assuntos secundários) podem ser grifados com cores diferentes. Já os textos de natureza não-verbal devem ser divididos em quadrantes, de modo que não se deixe escapar nenhum de seus detalhes. Daí por diante, é de fundamental importância que se possa associá-lo a um contexto histórico, comunicativo, situacional etc.

Existem várias formas de comunicação. Quando

o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita, dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a palavra. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano, mas não é a única.

Observe agora as imagens abaixo:

I

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P

Uma imagem vale mais do que mil palavras Você, certamente, já ouviu a expressão citada neste subtítulo e deve saber que ele se confirma quando se trata de interpretar textos como a publicidade ao lado. Observe que nela, a força da mensagem consiste em realçar a potência da máquina de lavar, através do exagero da imagem, em que a personagem está mergulhada em molho. Ora, o que seria o pesadelo de qualquer dona-de-casa, torna-se fácil ao se utilizar o produto anunciado.O fato é que um leitor competente deve estar apto a decodificar a mensagem expressa através de uma imagem, lendo seus explícitos e seus implícitos.

Estratégias de leitura

Mas o que é linguagem verbal e o que é essa tal de linguagem não – verbal?

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Você notou que em nenhuma delas existe a presença da palavra? O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver ausência da palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar mensagens a partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, denomina-se linguagem não-verbal, nela, usam-se outros códigos (o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores etc.)para expressar a mensagem desejada.

s quadrinhos Neste gênero, observe como é

perfeita a integração entre a linguagem verbal e a não-verbal, além da presença de um fio narrativo que conduz a idéia central do texto.

s charges Na charge, é imperativo a

associação do contexto com o momento histórico vivido, bem como a depreensão da idéia central, quase sempre uma reflexão crítica - e muitas vezes humorística - do que está sendo retratado.

publicidade Na publicidade, a estratégia

textual é persuadir o leitor, fornecendo argumentos suficientes para convencê-lo. Compõe-se de um slogan, uma frase que solidifica a marca anunciada; esta é representada por um logotipo de fácil memorização. A linguagem é, geralmente, simples e apelativa, com vistas a promover uma rápida identificação com o leitor.

texto poético No texto poético, combinam-se

características muitos particulares, tais como a musicalidade, a busca por uma espacialidade diferenciada, na tentativa de ser original, inovador. Observe também que o poema, mesmo utilizando a linguagem verbal, produz formas e, assim, explora a linguagem não-verbal.

O

A

A

O

Alguns textos e seus modos de leitura

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JACKY 22/01/08

LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL

Frente: 01 Aula: 01

PROFº: ILDEMAR A Certeza de Vencer

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Texto I

01 - Se você riu, já é um bom sinal, vê-se que você é um bom leitor e então me diga, que informações visuais estão presentes nessa charge?

02 - Depois de identificarmos essas informações, será que poderemos “ler” algo mais nessa charge?

Texto II 03 – Faça um comentário do texto a partir do compartilhamento das idéias presentes nele.

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Texto III 04 – Explicite o que provoca o humor da charge.

Texto IV 05 – O que se pode inferir das palavras de Mafalda?

Texto V 06 – O que ela quis dizer com “o porão”?”

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Ambigüidade: Efeito de Sentido

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PROFº: ÉRICA SANTOS

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Observe os sentidos do verbo ter grifados no texto acima .

Dizemos, pois, que neste contexto, o verbo ter é polissêmico, ou seja, apresenta vários sentidos. Mas observe também que cada sentido ocorre em contextos distintos.

Em sua gramática, Perini atribui à polissemia um papel essencial no processo de renovação do vocabulário de uma língua -ela garante a necessária economia e a flexibilidade para expressar a multiplicidade de significados necessários à comunicação humana. Podemos até mesmo ampliar seu comentário, lembrando que, também na linguagem científica, inúmeros termos têm origem em extensões metafóricas de expressões do uso comum, como buraco negro (na física), paciente (na medicina), etc.

Muitas vezes, são vocábulos já existentes na língua, mas passam a ser usados em um sentido especial, diferente daquele que tinham antes. As gírias são resultado de mudanças de sentido que os vocábulos vão sofrendo, conforme vão sendo usados. É o que acontece, por exemplo, com a expressão "sangue bom", que no sentido próprio expressa o estado do sangue de uma pessoa: sem doença, sem contaminação; já na gíria, no sentido figurado, "sangue bom" é um tipo de pessoa, de boa índole, pessoa legal.

Ambigüidade é a propriedade de

certas frases que apresentam vários sentidos. A ambigüidade pode ser do léxico, quando certos morfemas léxicos têm vários sentidos. Assim, na frase:

Ele estava em minha companhia há pelo menos dois sentidos, porque companhia, no caso, pode ter dois sentidos, o de empresa (Ele estava na minha empresa), ou de uma pessoa (Ele

estava comigo). Fala-se então de ambigüidade léxica. Observe, na imagem ao lado, um exemplo de ambigüidade sintática.

A ambigüidade é

freqüentemente utilizada como recurso de expressão em textos poéticos, publicitários e humorísticos, em quadrinhos e anedotas. Geralmente, anúncios fazem uso da ambigüidade como recurso para se comunicar com o consumidor de forma mais direta, descontraída e divertida.

Imagine que uma pessoa relate por escrito a violência ocorrida numa partida de futebol da seguinte forma:

Durante o jogo, Lúcio deu várias caneladas em Guilherme.. Depois entrou o Pedro no jogo e ele levou vários empurrões e pontapés.

Será que o leitor que não assistiu à partida terá condições de compreender a mensagem? O leitor terá

POLISSEMIA

Vamos, carioca sai do teu sono devagar

o dia já vem vindo aí o sol já vai raiar

São Jorge, teu padrinho te dê cana pra tomar

Xangô, teu pai te dê muitas mulheres para amar

ê, vida tão boa só coisa boa pra pensar sem ter que pagar nada

céu e terra, sol e mar e ainda ter mulher

e ter o samba pra cantar o samba que é o balanço da mulher que sabe amar.

Carlos lira e Vinícius de Morais

Polissemia na linguagem do cotidiano: as gírias

AMBIGÜIDADE

ERRO DE PORTUGUÊSQuando o português chegou debaixo de uma bruta chuva vestiu o índio... Que pena! Fosse uma manhã de sol, O índio tinha despido o português.” O que você vê?

A ambigüidade como recurso de construção

A ambigüidade como problema de construção

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dificuldades, pois o texto é ambíguo. Afinal, quem levou empurrões e pontapés?

Diferentemente da linguagem oral, que conta com certos recursos para tornar o sentido preciso - os gestos, a expressão corporal ou facial, a repetição etc-, a linguagem escrita conta apenas com as palavras. Por isso, é imprescindível empregá-las adequadamente.

01. As frases abaixo apresentam ambigüidade de sentido. Para cada uma delas: · comente os sentidos que as frases podem sugerir (ambigüidades – duplo sentido em cada frase); · reescreva as frases de modo a obterem sentido claro e objetivo. a) Em Congonhas (SP), modelo contratada pela Varig oferece viagem grátis a passageiro da Gol; a TAM fez reclamação formal contra a ação de marketing da companhia, que termina hoje.

(FOLHA DE S.PAULO, p. 1, 26 out. 2006) b) Estamos convencidos de que nem todos devem ter a máxima educação que a sociedade pode oferecer, muitos não saberiam o que fazer com ela.

(A RECREATIVA RELAX, p. 20, jul. 2005) Texto

Chão da infância. Algumas lembranças me parecem fixadas nesse chão movediço, as minhas pajens. Minha mãe fazendo seus cálculos na ponta do lápis ou mexendo o tacho de goiabada ou ao piano; tocando suas valsas. E tia Laura, a viúva eterna que foi morar em nossa casa e que repetia que meu pai era um homem instável. Eu não sabia o que queria dizer instável mas sabia que ele gostava de fumar charutos e gostava de jogar. A tia um dia explicou, esse tipo de homem não consegue parar muito tempo num mesmo lugar e por isso estava sempre sendo removido de uma cidade para outra como promotor. Ou delegado. Então minha mãe fazia os tais cálculos de futuro, dava aquele suspiro e ia tocar piano. E depois, arrumar as malas. - Escutei que a gente vai se mudar outra vez, vai mesmo? perguntou minha pajem Maricota (...) Não respondi e ela fez outra pergunta: Sua tia vive falando que agora é tarde porque Inês é morta, quem é essa tal de Inês? Sacudi a cabeça, não sabia. Você é burra, resmungou Maricota (...) Essa pajem era uma órfã que minha mãe recolhera, tive sempre uma pajem que me dava banho, me penteava (...) e me contava histórias até que chegasse o tempo da escola. Maricota era preta e magra, a carapinha repartida em trancinhas. (...) Não sei da Inês mas sei do seu namorado, tive vontade de responder. (...) Estava sabendo também que quando ela ia encontrar com o trapezista (...) escovava o cabelo até vê-lo abrir em leque como um sol negro. Fiquei quieta. (...) Quando não aparecia nada melhor a gente ia até o campo para colher flores que Maricota enfeixava num ramo e, com cara de santa, oferecia à Madrinha, chamava minha mãe de Madrinha (...) Quando Maricota fugiu com o trapezista eu chorei tanto que minha mãe ficou preocupada. (...) A pajem seguinte também era órfã mas branca. Chamava-se Leocádia. Quando minha mãe tocava piano ela parava de fazer o que estava fazendo e vinha escutar. (...) Leocádia não sabia contar histórias mas sabia cantar, aprendi com ela a cantiga de roda que cantarolava enquanto lavava roupa: Nesta rua nesta rua tem um bosque Que se chama que se chama Solidão...

(TELLES, Lygia F. Invenção e memória. Rio de Janeiro:

Rocco, 2000, p 09-10, fragmento adaptado)

01. Conforme o texto pode-se inferir em relação à mãe da narradora: a) Reúne qualidades de mulher comprometida com as tarefas domésticas, aceitando as circunstâncias impostas; b) Deixa vislumbrar certa ansiedade; com leveza, porém, contorna a rotina; c) É hostil face à instabilidade a que é submetida, delega a outros a responsabilidade materna; d) Apresenta um perfil de mulher de classe média, versátil e previdente. 02. Sobre o enunciado: “Chão da infância. Algumas lembranças me parecem fixadas nesse chão movediço...” a) Ao usar a expressão chão movediço, a narradora faz referência à instabilidade vivenciada naquele momento de sua vida. b) Usa a expressão movediço para justificar seus freqüentes questionamentos. c) Aquele período era movediço por ser marcado por total falta de informação. d) Sente-se insegura, por se perceber na iminência de depender de outras pessoas. 03. Observe o enunciado: “Sua tia vive falando que agora é tarde porque a Inês é morta, quem é essa tal de Inês?”(linhas 09 e 10) Sobre os mecanismos utilizados para a construção do sentido textual, detecta-se: a) A frase, em sua estrutura sintática, não está de acordo com o padrão formal da língua, por isso torna-se incoerente para as interlocutoras. b) A ausência de elementos de ligação formais entre a afirmação e a pergunta torna a frase ininteligível para as participantes do diálogo, visto que a coesão é necessária para ocorrer compreensão. c) Na construção da frase, o seu produtor repete expressões de outro texto, desconhecidas pelas participantes do diálogo, configurando-se uma intertextualidade, daí a dificuldade de estabelecimento da coerência. d) Há uma duplicidade de sentido para a frase, ambigüidade estrutural resultante da referência a uma nova personagem do texto. 04. Avalie as afirmações a seguir, considerando os destaques dos trechos indicados: a) “Sacudi a cabeça, não sabia. (linha 11)”. A oração em negrito esclarece a anterior, justificando-a, podendo ser acrescentada, para uni-las, a palavra porque. b) “Essa pajem era uma órfã que minha mãe recolhera...” (linha 12). A palavra em negrito tem como referente órfã; desempenha dupla função: é fator de coesão e objeto direto de recolhera. c) “... chorei tanto que minha mãe ficou preocupada.” (linha 19). O termo sublinhado estabelece uma ligação formal entre as orações, indicando uma conseqüência. d) “... me penteava...” (linha 13). A palavra destacada refere-se a pajem; é indicativa de posse e complementa o verbo pentear. 05. Considerando o sentido, pode-se afirmar: a) “... dava aquele suspiro” (linha 07) e “... tive sempre uma pajem que me dava banho...” (linha 12), as palavras destacadas são equivalentes quanto ao sentido. b) E tia Laura, a viúva eterna que foi morar em nossa casa... (linha 03). No emprego da expressão grifada, percebe-se um exagero em sua linguagem. c) Mesmo que se desconheça o significado da palavra: carapinha (linha 14), é possível identificá-lo pelas demais pistas do texto. d) Em “... a cantiga de roda que ela cantarolava...” (linha 22). O verbo destacado indica uma ação que se repete, sentido que se detecta pelo uso do prefixo.

Prática de textos

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NÍVES DE LINGUAGEM: LINGUAGEM CULTA

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PROFº: ZONI

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Quem é quê? (pessoas)

Que é quê? (coisas)

o quê?

de que?

quem?

do que?

a quem? para quem?

verbo

43421Sujeito

OBJETO DIRETO

OBJETOINDIRETO *

01- IDENTIFICAÇÃO DOS TERMOS DA ORAÇÃO

* Essas perguntas (preposicionadas), se realizadas após o nome, identificam o complemento nominal.

ADJUNTO ADVERBIAIS

De tempo: quando? / desde quando? De lugar: onde? / aonde? / de onde? / para onde? De modo: como? De intensidade: quanto? De causa: por quê? / de quê? De instrumentos: com o quê? VERBOS

Transitivo direto: acompanha objeto direto Transitivo indireto: acompanha objeto indireto Transitivo direto e indireto: acompanha objeto

direto e objeto indireto Intransitivo: não acompanha qualquer objeto.

02. EXERCÍCIO

01. Separe e classifique os termos das orações abaixo:

a) O novo diplomata apresentou suas credenciais ao embaixador ontem, naquela representação, tranqüilamente. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) As crianças necessitam de compreensão sempre. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) As crianças têm necessidade de compreensão sempre. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Professores e alunos viajaram bem, para Campinas, sábado. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e) Fernando, nosso empregádo mais antigo pediu demissão ontem. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

f) Fernando, nosso empregado mais antigo, pediu demissão ontem. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

g) Senhor Promotor, Pedro Noleto, delegado de Ourém, dirá a verdade a Celeste Almeida, juíza, na próxima semana, serenamente, neste tribunal. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03. A FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS/ COLOCAÇÃO PRONOMINAL (PRÓCLISE/ MESÓCLISE, ÊNCLISE)

ME / TE / SE / NOS / VOS / A , LHE , O → Objeto direto (quando substituídos por alguém). → Objeto indireto (quando substituído por a alguém). → Adjunto adverbial (quando substituído por pronomes possessivos). → Se (partícula apassivadora) → Se (Índice de indeterminação do sujeito)

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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EXERCÍCIO a) O jardineiro feriu-se com a faca

b) O atleta prometeu-me total recuperação.

c) Pedro beijar-lhe-á as mãos, Patrícia.

d) Nós nos cumprimentaremos após a prova, professora.

e) Vendem-se colchões.

f) Precisa-se de colchões

g) Devolvo-lhe o livro amanhã, Amanda.

04. PREPOSIÇÕES

A COM DE EM PARA SEM TRÁS ANTE CONTRA DESDE ENTRE PER SOBRE ATÉ POR SOB

APÓS PERANTE COMENTARIOS: ______________________________________________________________________________________________

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Níveis de linguagem – Linguagem Culta

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: JOANA VIEIRA

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Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro De Pau-Brasil Oswald Andrade

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados

Linguagem culta:

A expressão "norma culta" é empregada pelos lingüistas brasileiros para designar o conjunto de variedades lingüísticas efetivamente faladas, na vida cotidiana, pelos falantes cultos, sendo assim classificados os cidadãos nascidos e criados em zona urbana e com grau de instrução superior completo. Esses dois critérios foram estabelecidos, no início da década de 1970, pelo grande projeto de pesquisa batizado de NURC (Norma Urbana Culta) que revelou que existe uma profunda distância entre aquilo que os brasileiros cultos realmente falam (e até escrevem) e o modelo de língua "certa" idealizada que aparece descrito e prescrito nas gramáticas normativas. A esse modelo de língua "certa", distante da realidade dos usos, os lingüistas dão o nome de "norma-padrão".

A norma culta é utilizada pelas classes intelectualizadas da sociedade. É a variante de maior prestígio e aquela ensinada nas escolas. Sua sintaxe é mais complexa, seu vocabulário mais amplo e há nela uma absoluta obediência à gramática normativa e à língua dos escritores clássicos. Opõe-se à linguagem coloquial que é utilizada pelas pessoas que fazem uso de um nível menos formal, mais cotidiano.

Relativamente, a linguagem coloquial apresenta limitações vocabulares incapazes para a comunicação do conhecimento filosófico, científico, artístico, etc. Possui, entretanto, maior liberdade de expressão, sobretudo, no que se refere à gramática normativa. Desenvolvendo-se livre e indisciplinadamente e, não raro, isola-se em falares típicos regionais e em gírias. O Modernismo efetivou a apologia da linguagem cotidiana como melhor veículo de expressão literária, por sua velocidade, espontaneidade e dinamismo, condenando a linguagem culta.

Resultado de complexa evolução histórica, as línguas caracterizam-se por um conjunto de tendências que se diversificam a partir de vários fatores. A diversidade étnica que nos caracteriza desde a nossa origem, nos fez diferentes e, conseqüentemente a nossa língua também passou (e passa) por um processo ininterrupto de mutações, o que a deixa ainda mais fascinante e diversificada, pois cada região possui características próprias, singulares na sua forma de comunicação, incorporando palavras a um universo vocabular de variabilidade imensurável, particularmente, à língua coloquial, seja pela introdução de neologismos, por empréstimos, adaptações, regionalismos ou pela revitalização de arcaísmos. O QUE É CERTO OU ERRADO NA LÍNGUA PORTUGUESA?

Não devemos pensar na língua como algo que se polariza entre o "certo" e o "errado". Visto que existem vários níveis de fala, o conceito do que é "certo" ou "errado" em língua deve ser considerado sob esse prisma. Na verdade, devemos falar em linguagem adequada. Tome-se como parâmetro a vestimenta. Qual seria a roupa "certa": terno e gravata, ou camiseta, sandália e bermuda? Evidentemente, você vai dizer que depende da situação: numa festa de gala, deveremos usar o terno e a gravata. Já, jogando bola com amigos na praia, estaremos utilizando bermuda e camiseta. Veja que não existe a roupa "certa", existe, isto sim, o traje adequado. Poderíamos dizer que "errado" seria comparecer a uma festa de gala vestido de camiseta e bermuda.

Com a linguagem não é diferente. Não devemos pensar na língua como algo que se polariza entre o "certo" e o "errado". Temos de pensar a linguagem sob o prisma da adequação. Numa situação de caráter informal, como num bate-papo descontraído entre amigos, é "certo", isto é, é adequado que se utilize a língua de maneira espontânea, em seu nível coloquial, portanto. Já numa situação formal, como num discurso de formatura, por exemplo, não seria "certo", isto é, não seria adequado utilizar-se a língua em sua forma coloquial. Tal situação exige não somente uma vestimenta, mas também uma linguagem adequada. (Ernani Terra).

É um mito, portanto, a pretensa possibilidade de comunicação igualitária em todos os níveis. Isso é uma idealização. Todas as línguas apresentam variantes: o inglês, o alemão, o francês, etc. também as línguas antigas tinham variações. O português e outras línguas

* Reconhecer o emprego adequado de itens lexicais, considerando os diferentes níveis de linguagem. * Reconhecer o emprego adequado de relações sintáticas (regência, concordância, colocação pronominal), considerando os diferentes níveis de linguagem. * Reconhecer o emprego adequado de palavras quanto a sua configuração morfofonológica, considerando os diferentes níveis de linguagem.

Fique de olho no programa!

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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românticas provêm de uma variedade do latim. O chamado latim vulgar, muito diferente do latim culto. Alem disso, as línguas mudam. O português moderno é muito distinto do português clássico. Se fossemos aceitar a idéia de estaticidade das línguas, deveríamos dizer que o português inteiro é um erro e, portanto, deveríamos voltar a falar latim. Ademais, se o português provêm do latim vulgar, poder-se-ia afirmar que ele esta todo errado.

A variação é inerente ás línguas, porque as sociedades são divididas em grupos: há os mais jovens e os mais velhos, os que habitam numa região ou noutra, os que têm esta ou aquela profissão, os que são de uma classe social e assim por diante. O uso de determinada variedade lingüística serve para marcar a inclusão num desses grupos, dá uma identidade para seus membros. Aprendemos a distinguir a variação. Quando alguém começa a falar sabemos se é do interior de São Paulo, gaúcho, carioca ou português. Sabemos que certas expressões pertence à fala dos mais jovens, que determinadas formas se usa em situação informal, mas não em ocasiões formais. Saber uma língua é conhecer variedades. Um bom falante é “poliglota” em sua própria língua. Saber português não é aprender regras que só existem numa língua artificial usada pela escola. As variantes não são feias ou bonitas, erradas ou certas, deselegantes ou elegantes; são simplesmente diferentes. Como as línguas são variáveis, elas mudam. “Nosso homem simples do campo” tem dificuldade de comunicar-se nos diferentes níveis do português, não por causa da variação e da mudança lingüística, mas porque lhe foi barrado o acesso a escola ou porque, neste país, se oferece um ensino de baixa qualidade às classes trabalhadoras e porque não se lhes oferece a oportunidade de participar da vida cultural das camadas dominantes da população.

(FIORIN,José Luiz. In: Atas do primeiro congresso Nacional da ABRALIN.excertos.)

O conceito de erro em língua

Abandonar o conceito de certo e errado na

linguagem e adotar o de “adequação”: a língua permite muitas variantes e é importante saber se adequar ao contexto. Os termos certo e errado carregam juízo de valor e imbutem preconceito. Por tudo isso, temos a tendência a nos rebelar sempre que vemos ou ouvimos alguma coisa que vá contra o que um dia aprendemos como certo. É importante lembrarmos que a normatização da linguagem corresponde, em geral, ao jogo do certo ou errado. Assim sendo, a norma é a regra daquilo que pode ou não ser usado na língua oral ou escrita. O perigo é transformar o conhecimento destas regras num mecanismo para discriminar os que não as dominam.

A norma é a marca do chamado padrão culto da língua, que é apenas uma das variantes lingüísticas. O professor André Valente, em "A Linguagem Nossa de Cada Dia", afirma: "Não há, em essência, variante lingüística que seja superior a outras. Existe, sim, a que tem mais força e prestígio, a variante dos detentores do poder: da elite (econômica, política ou intelectual)." Estou preocupado. (norma culta) Tô preocupado. (língua popular) Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)

Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele falar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo: Eu não vi ela hoje. Ninguém deixou ele falar. Deixe eu ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuse! Não assisti o filme nem vou assisti-lo. Eu não a vi hoje. Ninguém o deixou falar. Deixe-me ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuses! Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.

(Luiz Antonio Sacconi ) TEXTO PARA ANÁLISE: Não é que é o tal português!

O astro luminoso já se ocultava no paralelo quando freei os pés para examinar o prognóstico engastado no tapume: “Necessita-se com expressiva urgência de pessoas dotadas de magnífica índole; empossados de esmeros; diplomados de plausíveis e inquestionáveis dons na labuta diária exposta por este estabelecimento; conhecimento prático e teórico em inglês e espanhol; direcionamento em métodos tecnológicos para manuseio de computador (inclusive, internet); incubência em relações exteriores e que esteja engajado no entendimento de políticas globalizantes, na economia de cunho neolíberal em fusões dos grandes empreendimentos empresariais e internacionais. Os candidatos, enquadrados nos requisitos acima citados, direcionem-se ao escritório ao lado munidos dos respectivos comprovantes”.

Sendo o único a esperar naquela enorme sala, assustei- me com os cutucões de um Senhor trajado de matuto gesticulando como quem me confundira com os respeitados doutores do estrangeiro.

- Patrão. Escuta seu gringo! Cê me entende? Sabe o qui é qui é? Faz tempo qui to percurando o entendimento daqueles dizeres, mas num discubri nem um tíquinho de nada. Tá tudo no ingrês! Será que dava pra vossa excelência decifrar pra eu.

Vestido de vergonha. Completamente tonto (meu ar aquela altura já era quase extinto) e, totalmente preso ao olhar melancólico daquele homem, sai meio que cambaleando do referido recinto. De lá, fui direto ao prédio onde lecionavam-se diversas línguas. E dificil foi explicar à recepcionista o curso no qual iria escrever-me. Mais tarde, depois de muito raciocínio e discussões, finalmente descobri que aquele ignorante e ingénuo senhor estava mesmo era falando o português. E foram mais dois anos até que eu aprendesse a diversidade e o meu próprio idioma.

E adispois de pegá aquele mardito diproma. Ficava horas e horas batendo pernas esperando o caipirão aparecer pra mode nois bater um papo sobre quarquer coisa porreta lá das roças.

(Professora Joana)

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Níveis de Linguagem: Colocação Pronominal (Texto Dissertativo)

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PROFº: JOANA

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Colocação pronominal

☻É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase. ☻Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas sobretudo na linguagem escrita.

COLOCAÇÃO DE PRONOMES ÁTONOS O pronome átono oblíquo pode ocupar três posições em relação ao verbo: ☻ Nunca o vi mais gordo. (próclise) ☻ Vê-lo-ei amanhã sem falta. (mesóclise) ☻ Vejo-o amanhã sem falta. (ênclise) TEXTOS PARA ANÁLISE: →TEXTO 1: Fi-lo porque qui-lo Em nome da gramática, nem sempre a colocação pronominal correta é a mais bonita “Fi-lo porque qui-lo”, dizia o nosso ex-presidente Jânio Quadros. O homem da “vassourinha” tinha lá os seus defeitos, pois não! Em verdade, seus críticos mais acerbos e contumazes insistiam e insistem que ele os possuía em profusão. Exagero por certo, mister reconhecer que os homens haverão de mostrar-se sempre como um ser dividido. Metade claro, metade escuro. Ora santo, ora demônio. Duas partes diferentes de uma mesma maçã que convivem no todo. Enfim, um vinho com boas e más safras. Voltemos ao assunto. Jânio, havemos de reconhecer, e eis uma de suas virtudes, conhecia “a última flor do Lácio, inculta e bela” como poucos. Célebres eram as suas tiradas gramaticais durante os debates de que ele participava e que antecediam os pleitos. Azucrinava seus pobres adversários políticos não lhes contestando as idéias político-administrativas, mas corrigindo-lhes o vernáculo. - O senhor está a proferir diatribes, disse-lhe certa vez um oponente, sugerindo que estivesse a falar mentiras. - Diatribes, caro senhor, respondeu-lhe o “vassourinha", é uma crítica contundente; escrito ou discurso violento e injurioso. Portanto, convém que Vossa Excelência consulte um dicionário antes de pronunciar-se. E o coitado do fulano ficava sem saber onde enfiar a cara. A vergonha e a derrota estampadas no rosto rubicundo. Assim era Jânio. Em Direito diríamos que não lhe importava discutir o mérito da questão, satisfazia-se em examinar-lhe o aspecto processual. Invariavelmente, saia-se muito bem. Seus concorrentes que o digam! Elegeu-se prefeito da cidade de São Paulo, governador de estado. E o presidente mais votado da história do Brasil. Todavia, renunciou, dirão alguns algozes. É verdade. Bem, o fato pode ser facilmente creditado ao rol de suas fraquezas. O senhor está fugindo do assunto, afirma o meu complacente e já inquieto editor. Dar-lhe-emos razão. Façamos a sua vontade. O que quero dizer é o seguinte. A frase “fi-lo porque qui-lo”, em que pese a excelência gramatical de seu autor, apresenta grave defeito de colocação pronominal. Erro, desatenção, licença poética do escritor. Não

sei. Prefiro creditá-la àquela faceta falível a que todos nós, pobres mortais como Jânio, estamos sujeitos. Expliquemos a questão. A partícula “porque”, no contexto em que se insere, é conjunção subordinativa causal. Ela, como todas conjunções subordinativas, exerce força atrativa sobre o pronome oblíquo e dessa forma nos obriga ao emprego da próclise. Logo o correto haverá de ser: fi-lo porque o quis. Concordo, leitor, lá se foi o encanto da frase. Ficou feio. Paciência. Nem sempre o belo é o correto. Entretanto, mister ressaltar que a colocação pronominal do início do período: “fi-lo” é corretíssima. Justifica-se pela impossibilidade de iniciar-se uma oração, qualquer que seja, através de um pronome complemento. Lemos amiúde e ouvimos notadamente na linguagem oral cotidiana frases como estas: “Me diga a verdade”; “Me faça um favor”. Infelizmente são construções gramaticais incorretas que devem ser evitadas a todo custo. Pronuncie com a sobriedade dos justos: “Diga-me a verdade”; “Faça-me um favor”. (...) Recordo-me novamente do presidente com arroubos de caudilho: “Bebo porque é líquido. Se fosse sólido, comê-lo-ia”. Fecho os olhos e vejo-o cavalgando em enfeitado e reluzente cavalo. De madeira. E tenho dito. (site www.filosofiadebuteco,acesso, março de 2008) →TEXTO 2: “Se lembra da fogueira...”

Se o uso é “Ninguém me ama”, a norma é “Ninguém me ama”, e não “Ninguém ama-me”. O pronome é colocado onde soa melhor, naturalmente. Jânio Quadros era especialista em dizer que não tinha dito o que muitas vezes de fato tinha dito. A conhecida frase “Fi-lo porque qui-lo” é uma das

tantas que Jânio dizia que não dissera: “Nunca disse isso. Seria um erro de português”. Na verdade, não sei se Jânio um dia pronunciou a tal frase, mas lembro-me dele dizendo que não a disse e que, se tivesse sido necessário, teria optado por “Fi-lo porque o quis”. Reporto-me ao fato porque volta e meia os leitores me perguntam sobre essa bendita frase, que põe em discussão a delicada questão da colocação pronominal. Se você já esqueceu o que é isso, lá vai: esse capítulo da gramática se ocupa do estudo da posição dos pronomes oblíquos átonos (“me”, “te”, “se”, “lhe”, “o”, “a”, “nos” etc.) em relação ao verbo. Muitos professores ainda tratam do caso de forma equivocada. Numa de suas primeiras redações, a criança começa o texto ou uma frase com algo como “Me convidaram para uma festa na casa de...” ou “Me assustei quando vi...” E o(a) professor(a) perpetra um rabisco vermelho no “me”. Quando o aluno pergunta o motivo do rabisco, a resposta vem no piloto automático: “Porque está errado”. “E por que está errado?”, indaga a criança. “Porque o ‘me’ não pode iniciar uma frase”, responde a autoridade. “E por quê?”, insiste a criança. “Porque está errado”, diz o(a) professor(a), encerrando de vez a conversa. E o brasileiro cresce com “trauma pronominal”. Acha que, na escrita, é sempre mais chique ou sofisticado colocar os pronomes oblíquos depois do verbo. E escreve frases absolutamente artificiais, como “A chave não encontra-se em poder dos funcionários” (exposta em alguns carros-fortes, ônibus etc.) ou “Os jogadores já tinham apresentado-se...” Boa parte dessa história de regras de colocação pronominal é puro ócio. Teoricamente, essas “regras” resultariam da observação do uso, ou seja, as regras seriam mero espelho do uso. O problema é que quase sempre a observação sobre o uso se restringe ao texto literário clássico e ao modo de falar dos portugueses. E aí se “condenam” construções como

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as que iniciam a memorável canção Maninha, de Chico Buarque (Se lembra da fogueira / Se lembra dos balões / Se lembra dos luares dos sertões...). Que queriam? Que Chico fosse lusitano e escrevesse “Lembra-se da fogueira / Lembra-se dos balões...”? Poderia até tê-lo feito, se quisesse imprimir ao poema matizes mais clássicos, mas, ao adotar a colocação pronominal brasileira, o poeta deixa o texto muito mais próximo da nossa linguagem oral, condizente com o tom intimista da tocante letra dessa bela canção. Pois voltemos à questão do uso e da norma. Se o uso é “Ninguém me ama”, a norma é “Ninguém me ama”, e não “Ninguém ama-me”. E por que se diz “Ninguém me ama”? Simplesmente porque a colocação pronominal obedece à eufonia da frase. O pronome é colocado onde soa melhor − naturalmente. E qual é a sonoridade natural: “me convidaram” ou “convidaram-me”? Depende. Se se tratar de linguagem oral, a opção dos brasileiros é por “me convidaram”; a dos portugueses é por “convidaram-me”. Os modernistas brasileiros esgotaram o assunto no célebre poema “Pronominais”, de Oswald de Andrade: “Dê-me um cigarro, diz a gramática (...). Mas o bom negro e o bom branco da nação brasileira dizem todos os dias: Deixa disso, camarada. Me dá um cigarro”. Parece absurdo manchar de vermelho a redação de uma criança por um “erro” de colocação pronominal. Quando muito, é razoável discutir

esse assunto lá na frente, talvez no fim do segundo grau, explicando a questão pelo aspecto da diferença que há entre a sonoridade lusitana e a brasileira. E, então, mostrar o que de fato ocorre na escrita e na fala, no Brasil e em Portugal, analisar as diferenças

entre a fala e a escrita, entre a linguagem formal e a espontânea etc.

(Pasquale Cipro Neto - professor de Língua Portuguesa,

idealizador e apresentador do programa Nossa Língua Portuguesa, da TV Cultura)

01. No primeiro texto, o período “O homem da “vassourinha” tinha lá os seus defeitos, pois não!”, a palavra vassoura é usada junto ao recurso das aspas para identificar:

a) A conotação já que a palavra não se refere ao objeto de fato mas a idéia de limpeza gerada por ele. b) Uma ênfase para a idéia de diminutivo c) Uma metonímia já que Jânio era conhecido assim naquela época d) Uma ironia à idéia de que o presidente dizia-se o varredor da corrupção, mas era um farsante. e) Uma metáfora, pois compara o presidente com o objeto. 02. Agora compare com o seguinte fragmento “Diatribes, caro senhor, respondeu-lhe o “vassourinha". Aqui, a palavra vassoura é um exemplo de: a) Metonímia b) Metáfora c) Comparação d) Eufemismo e) Hipérbole

Leia: “Exagero por certo, mister reconhecer que os homens haverão de mostrar-se sempre como um ser dividido. Metade claro, metade escuro. Ora santo, ora demônio. Duas partes diferentes de uma mesma maçã que convivem no todo. Enfim, um vinho com boas e más safras”.

03. Em, Metade claro, metade escuro. Ora santo, ora demônio, temos respectivamente: a) paradoxo e metáfora b) Antítese e paradoxo c) Paradoxo e antítese d) paradoxo e paradoxo e) antítese e antítese 04. E o coitado do fulano ficava sem saber onde enfiar a cara. A vergonha e a derrota estampadas no rosto rubicundo. Esse fragmento sugere que: a) Porque o erro minimiza o falante b) Não saber a gramática é não ter prestígio social e intelectual c) O uso indevido da linguagem gera preconceitos d) A linguagem coloquial e estigmatizada e gera a marginalização e) Um candidato à presidência da república tem obrigações de saber a linguagem culta

05. Leia e avalie as alternativas: I. Sobre o assunto colocação pronominal Pasquale expressa “Se você já esqueceu o que é isso, lá vai”, desdenhando e minimizando as regras gramaticais, como se fossem meras “decorebas”, uma questão de memorização.

II. Num determinado momento do texto o professor usa aspas e artigo para caracterizar o pronome “ME” porque essa palavra foi usada com substantivo, assim a palavra pelo contexto mudou sua morfologia.

III. Pasquale pede cautela sobre a colocação pronominal citando como argumento o fato de que esse uso se restringe ao texto literário clássico afirmando com isso que só na antiguidade clássica a literatura se valia de uma língua rebuscada, a norma padrão.

IV. Pasquale pede cautela sobre a colocação pronominal citando como argumento o fato de que esse assunto é sempre relacionado ao modo de falar dos portugueses sem considerar que a próclise é tipicamente brasileira, enquanto que em Portugal há a preferência pela ênclise. Delas: a) apenas a II está incorreta b) apenas I é incorreta c) todas são corretas d) I, II e IV são corretas e) I e II são corretas 06. Leia: “Diatribes, caro senhor, respondeu-lhe o “vassourinha", é uma crítica contundente; escrito ou discurso violento e injurioso. Portanto, convém que Vossa Excelência consulte um dicionário antes de pronunciar-se”. A resposta de Jânio tem caráter: a) Referencial e irônico b) Metalingüístico e denotativo c) Metalingüístico e conotativa d) Referencial e denotativo e) Conativa e irônica 07. Leia e avalie as alternativas: I. quando o professor diz que é um absurdo manchar de vermelho a redação de uma criança por um “erro” de colocação pronominal, ele dá à criança o direito de errar pelo fato de ela está iniciando os estudos da gramática

II. Quando diz “O pronome é colocado onde soa melhor, naturalmente”, Pasquale defende que é o som o que realmente interessa, assim, Jânio estaria correto quando disse “ Filo porque qui-lo”, pois fi-lo porque qui-lo é mais bonito que fi-lo porque quis.

III. Em “Jânio, havemos de reconhecer, e eis uma de suas virtudes, conhecia “a última flor do Lácio, inculta e bela” o autor afirma que Jânio possuía conhecimento apenas da norma culta

IV. Pasquale defende que muitos professores ainda tratam o caso de forma equivocada porque os “erros” gramaticais não devem ser julgados, pois a população fala assim e até poetas como Oswald cometem desvios parecidos. Delas: a) apenas a II está incorreta b) apenas I é incorreta c) todas são corretas d) todas são incorretas e) I e II são corretas 08. Erro, desatenção, licença poética do escritor. Não sei. Prefiro creditá-la àquela faceta falível a que todos nós, pobres mortais como Jânio, estamos sujeitos. a) Quando afirma que todos estamos sujeitos ao erro, o autor sugere a interrogação:por que só Jânio não podia ter errado? b) no momento em que expressa o fato de que o presidente errou sugere então que Jânio não seria assim tão inteligente quanto parecia c) quando utiliza o termo licença poética para justificar o desvio gramatical de Jânio, o autor parece confirmar que ele errou. d) quando utiliza o termo “Desatenção”, o autor parece está certo de que Jânio sabia o correto, mas comentou a gafe. e) quando afirma “prefiro creditá-la àquela faceta falível a que todos nós, pobres mortais como Jânio, estamos sujeitos”, o autor admite que o presidente cometeu um desvio gramatical, um erro imperdoável.

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NÍVES DE LINGUAGEM: COLOCAÇÃO PRONOMINAL (TEXTO NARRATIVO)

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: Joana Vieira

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Nesta nova etapa de nossos estudos sobre a língua portuguesa, um dos temas abordados será a colocação pronominal. Primeiramente, leia o diálogo abaixo:

- Me disseram... - Disseram-me. - Hein? - O correto é "disseram-me". Não "me disseram". - Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"? - O quê? - Digo-te que você... - O "te" e o "você" não combinam. - Lhe digo? - Também não. O que você ia me dizer? - Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz? - Partir-te a cara. - Pois é. Partir-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me. - É para o seu bem. - Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu... - O quê? - O mato. - Que mato? - Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem? - Eu só estava querendo... - Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo! - Se você prefere falar errado... - Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me? - No caso... não sei. - Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não? - Esquece. - Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos. - Depende. - Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o. - Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser. - Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia. - Por quê? - Porque, com todo este papo, esqueci-lo.

(Em: VERÍSSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)

O exemplo é extraído da obra de Luís Fernando Veríssimo, marcada por crônicas humorísticas de questionamento crítico. Em “Papos” o alvo é o emprego

formal dos pronomes, confrontando a língua escrita e a língua falada. O uso dos pronomes oblíquos átonos ME, TE, SE, O(S), A(S),

LHE(S) e NOS em relação ao verbo é bastante livre no

Brasil: depende muito do ritmo, da harmonia, da ênfase e principalmente da

eufonia. Como a pronúncia brasileira é

diferente da portuguesa, a colocação pronominal neste lado do Atlântico também difere da de Portugal. O português brasileiro é essencialmente proclítico, isto é, preferimos usar o pronome na frente do verbo na maior parte do tempo. O Manual Geral de Redação da Folha de S. Paulo resume sua orientação alertando para esse ponto: "Atualmente o pronome é colocado antes do verbo haja ou não uma palavra que o atraia (pronome relativo, negações etc.). Mas em pelo menos um caso usa-se o pronome depois do verbo: início de oração". Tudo poderia se resumir à próclise, então. Mas não é assim tão simples. Há algumas orientações e regras a serem seguidas.

José de Alencar, que não seguia a norma vigente, pautada pela imitação dos padrões lusitanos. Escreveu em Iracema, duas passagens, para observarmos a posição dos pronomes na frase.

Casimiro de Abreu, acusado de redigir em “mau português” e defendido por Sousa da Silveira, em obra onde o grande filólogo discorre sobre vários temas gramaticais que teriam sido “desrespeitados” pelo poeta.

Adotando “deixa eu dormir”, sancionou na língua escrita uma sintaxe da nossa língua falada que a análise lógica pode justificar (deixa dormir eu = deixa que eu durma), e conseguiu maior rigor de expressão, pois a forma eu, de “deixa eu dormir”, salienta mais o conceito que o “me”, átono e ainda por cima enclítico, da locução “deixa-me dormir”.

Monteiro Lobato, que sempre criticou o Brasil atrasado e ignorante, cheio de vícios e vermes. Escreveu O Colocador de Pronomes, em que reforçou sua postura de nacionalismo antilusitano.

“Não, senhora, não enganou-se.”“nem já lembrava-se do sacrifício.”

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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No romance Infância, Graciliano Ramos ironiza a mesóclise, colocação pouco do agrado para o ouvido brasileiro:

TEXTO PARA ANÁLISE: Leia o texto para responder às questões de 1 a 3.

PRONOMES

“Antes de apresentar o Carlinhos para a turma, Carolina pediu: — Me faz um favor? —O quê? — Você não vai ficar chateado? —O que é? — Não fala tão certo? — Como assim? — Você fala certo demais. Fica esquisito. —Por quê? — E que a turma repara. Sei lá, parece... — Soberba? — Olha aí, ‘soberba’. Se você falar ‘soberba’ ninguém vai saber o que é. Não fala ‘soberba’. Nem ‘todavia’. Nem ‘outrossim’. E cuidado com os pronomes. — Os pronomes? Não posso usá-los corretamente? — Está vendo? Usar eles. Usar eles! O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até comentaram: — O Carol, teu namorado é mudo? Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’, mas se conteve a tempo. Depois, quando estavam sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava. — Comigo você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos. Aquela voz de cobertura de caramelo.”

(VERISSIMO, Luis Fernando. Contos de verão. O Estado de S. Paulo, 16 jan. 2000.)

01. O pedido feito por Carolina a Carlinhos se baseia na definição da fala do namorado como “certa demais”. O que isso significa? Justifique sua resposta. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

02. Em dois momentos no texto, Carlinhos usa os pronomes corretamente. Em um desses momentos é corrigido pela namorada, que deixa claro o que se espera, em uma situação de informalidade, como utilização “adequada” da colocação pronominal. a) Transcreva do texto esses dois momentos e justifique, do ponto de vista gramatical, a colocação pronominal utilizada por Carlinhos. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Qual seria a utilização dos pronomes esperada pela turma e pela própria Carolina? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03. Carolina pede ao namorado que não fale “certo demais” porque “a turma repara”. E possível afirmar que, segundo a namorada, a maneira de Carlinhos falar poderia parecer esnobe aos amigos dela, uma demonstração de “superioridade lingüística”. Poderíamos dizer que esse juízo sobre a maneira de falar de Carlinhos é a manifestação de “um preconceito lingüístico às avessas”. Em que ele se baseia? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O COLOCADOR DE PRONOMES – fragmento Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mas não quis o destino que o já trêmulo Aldrovando colhesse os frutos de sua obra. Filho dum pronome impróprio, a má colocação doutro pronome cortar-lhe-ia o fio da vida. Muito corretamente havia ele escrito na dedicatória: daquele que me sabe... e nem poderia escrever doutro modo um tão conspícuo colocador de pronomes. Maus fados intervieram, porém — até os fados conspiram contra a língua! — e por artimanha do diabo que os rege empastelou-se na oficina esta frase. Vai o tipógrafo e recompõe-na a seu modo... daquele que sabe-me as dores... E assim saiu nos milheiros de cópias da avultada edição. (...) — Deus do céu! Será possível? Era possível. Era fato. Naquele, como em todos os exemplares da edição, lá estava, no hediondo relevo da dedicatória o Fr. Luís de Sousa, o horripilantíssimo — “que sabe-me”. Aldrovando não murmurou palavra. De olhos muito abertos, no rosto uma estranha marca de dor — dor gramatical inda não descrita nos livros de patologia — permaneceu imóvel uns momentos. Depois empalideceu. Levou as mãos aos abdômen e estorceu-se nas garras de repentina e violentíssima ânsia. Ergueu os olhos para Frei de Sousa e murmurou: — Luís! Luís! Lamma Sabachtani?! E morreu. De que não sabemos — nem importa ao caso. O que importa é proclamarmos aos quatro ventos que com Aldrovando morreu o primeiro santo gramática, o mártir número um da Colocação dos Pronomes. Paz à sua alma.

INFÂNCIA- fragmento Afinal meu pai desesperou de instruir-me, revelou tristeza por haver gerado um maluco e deixou-me. Respirei, meti-me na soletração, guiado por Mocinha. E as duas letras amansaram. Gaguejei sílabas um mês. No fim da carta elas se reuniam, formavam sentenças graves, arrevessadas, que me atordoavam. Certamente meu pai usara um horrível embuste naquela maldita manhã, inculcando-me a excelência do papel impresso. Eu não lia direito, mas, arfando penosamente, conseguia mastigar os conceitos sisudos: “A preguiça é a chave da pobreza – Quem não ouve conselhos raras vezes acerta – Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém.” Esse Terteão para mim era um homem, e não pude saber que fazia ele na página final da carta. As outras olhas se desprendiam, restavam-me as linhas em negrita, resuma da ciência anunciada por meu pai. – Mocinha, quem é o Terteão? Mocinha estranhou a pergunta. Não havia pensado que Tertão fosse homem. Talvez fosse. “Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém.” – Mocinha, que quer dizer isso? Mocinha confessou honestamente que não conhecia Terteão. E eu fiquei triste, remoendo a promessa de meu pai, aguardando novas decepções.

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JACKY04/0408

NÍVEIS DE LINGUAGEM: REGÊNCIA NOMINAL I.

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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REGÊNCIA NOMINAL Regência é a parte da gramática que trata da relação entre os termos regentes e os termos regidos. Regência Nominal é a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome por intermédio da preposição. A Regência Nominal determina qual é a preposição que devemos usar. Observe que não há regras específicas, pois a regência de uma palavra é um caso particular. Cada palavra pede seu complemento e rege sua preposição. Exemplo: “O choque causado pelo holocausto colocou a humanidade diante da necessidade de criar mecanismos para que uma tragédia como aquela não mais se repetisse”. (Quem tem necessidade tem necessidade de alguma coisa) [termo regente+preposição+termo regido]=[regência nominal] [nome + preposição + complemento] = [regência nominal] Preposição é a classe de palavras que liga palavras entre si; é invariável; estabelece relação de vários sentidos entre as palavras que liga. Quando esta ligação acontece, normalmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são considerados conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir: •Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”. •Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”. •Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”. •Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”. •Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões. Complemento nominal é o termo da oração que é ligado a um nome por meio de uma preposição, completando o sentido desse nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Obj. direto complemento nominal Ex.: Faça uma rápida leitura do texto. Núcleo do adjunto adverbial de lugar Ele mora perto de um grande hotel.

Complemento nominal do advérbio perto.

TEXTO PARA ANÁLISE: A ética que nasceu do horror

O holocausto foi a primeira

grande matança de inocentes da era moderna e talvez seja a única a jamais ser esquecida. As lições da tragédia moldaram a ética atual a barbárie nazista produziu a primeira hecatombe de inocentes da era moderna e talvez a única que

jamais será esquecida. A crueldade é companheira de viagem da humanidade desde tempos imemoriais. Com exceção do assassinato em massa dos judeus pelos nazistas, porém, as grandes mortandades tiveram os contornos borrados com a passagem do tempo, seus efeitos foram atenuados pela falta de memória das gerações seguintes ou, por ocorrer em regiões remotas, nem sequer foram registradas pela história.

Os nazistas mataram homens, mulheres, crianças, velhos. Eles eram abatidos a tiros, mortos de fome, asfixiados em câmaras de gás e seus corpos jogados em monturos, covas rasas, abandonados em vagões de trem. Tudo isso foi fotografado, filmado, registrado, relatado pelos sobreviventes até que não restou dúvida das dimensões de um crime que ultrapassou o imaginável. O choque causado pelo holocausto colocou a humanidade diante da necessidade de criar mecanismos para que uma tragédia como aquela não mais se repetisse. Uma das lições que se tiraram do holocausto foi justamente não esquecer jamais. Estima-se que os nazistas tenham matado de forma sistemática, em ritmo industrial, 6 milhões de judeus, entre eles 1,5 milhão de crianças, 3 milhões de homossexuais, ciganos, comunistas, deficientes físicos e testemunhas de Jeová. Não estão incluídas nessas contas as matanças ocasionais de civis na Polônia, na Rússia e em outros países ocupados. Depois da guerra, a Alemanha estava em ruínas e a população passava fome. Situada em um corredor entre o leste e o oeste, a Alemanha foi palco de grandes conflitos armados duradouros e arrasadores desde os tempos do Império Romano. Certamente, por mais que a II Guerra Mundial tivesse exigido dos alemães um preço altíssimo, ele não seria muito diferente do cobrado pelas legiões romanas ou pela infantaria de Napoleão. O maior custo da derrota em 1945 só se materializou com a revelação, gradativa mas aterradora, da extensão do holocausto. Dos rigores materiais da guerra a Alemanha saiu com facilidade. A catástrofe moral do nazismo, porém, ainda é um labirinto escuro para o inconsciente coletivo do povo alemão.

Diz George Steiner, americano especialista em questões éticas: "A singularidade do extermínio dos judeus da Europa pelos nazistas não está tanto em seu alcance – o stalinismo sacrificou um número de vidas ainda maior –, mas em sua motivação. Toda uma categoria de seres humanos, desde a infância, foi proclamada culpada de ser. Seu crime foi a existência, o simples direito à vida". O medo do próprio passado faz com que os alemães sejam hoje um povo mais empenhado em agir de acordo com princípios politicamente corretos. "Os alemães aprenderam com o nazismo a valorizar a sociedade liberal e tolerante", disse a VEJA Ian Kershaw, historiador especialista em nazismo da Universidade de Sheffield, na Inglaterra. "O horror do nazismo os ajudou a consolidar valores que fazem da atual sociedade alemã uma das mais tolerantes do planeta."

Do ponto de vista do direito internacional, o assunto está bem estabelecido. Um conjunto de regras escritas surgiu no fim da

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guerra para permitir a punição dos transgressores dos princípios de tolerância modernos. Em 1948, a ONU promulgou o documento básico desses princípios, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, com artigos específicos condenando a escravidão, a tortura, os direitos das mulheres, dos estrangeiros e de exercer a fé livremente. O julgamento de alguns dos principais chefes nazistas em Nuremberg, em 1945, abriu caminho para que criminosos de guerra sejam julgados por um tribunal internacional e deu início a uma nova ética médica. O Código de Nuremberg estabelece que qualquer teste científico só pode ser feito em voluntários depois de ser provado em animais. No Tribunal de Nuremberg, ao se condenarem médicos nazistas e suas experiências genéticas, proclamou-se a irredutibilidade da pessoa humana – segundo a qual não existem graus de humanidade que diferenciem raças inferiores e superiores. O reconhecimento do genocídio – um termo cunhado apenas em 1944 – como um crime contra a humanidade, em 1948, pelas Nações Unidas permitiu que, na década de 90, os responsáveis pelas limpezas étnicas na guerra da ex-Iugoslávia e em Ruanda fossem julgados. Os julgamentos são uma boa notícia, mas também demonstram a extensão e a resistência da crueldade nas sociedades humanas. Meio século depois dos crimes nazistas, a Europa Ocidental demorou em reagir à limpeza étnica que estava ocorrendo nos Bálcãs. Quanto a Ruanda, não foi feito nenhum esforço internacional para impedir o massacre de 800.000 pessoas escolhidas para morrer por pertencer a determinada tribo. A lição foi aprendida. O dever de casa nem sempre é feito. EXERCÍCIO

01. Compare os doíam fragmentos textuais: “O holocausto foi a primeira grande matança de inocentes da era moderna e talvez seja a única a jamais ser esquecida”. “A barbárie nazista produziu a primeira hecatombe de inocentes da era moderna e talvez a única que jamais será esquecida”.

a) os fragmentos têm o mesmo sentido já que são iguais do ponto de vista semântico b) semanticamente os fragmentos apresentam a mesma idéia já que o autor por coesão apenas substituiu palavras por sinônimos c) os fragmentos não têm o mesmo sentido já que os vocábulos usados em ambos apesar de próximos semanticamente alteram o sentido da mensagem; d) os fragmentos não têm o mesmo sentido já que no segundo caso, o verbo ser substituído pelo verbo produzir semanticamente são distantes em significado; e) os fragmentos não têm o mesmo sentido já que a ausência do vocábulo jamais usado no primeiro caso tem peso semanticamente para o sentido da mensagem.

02. Sobre a palavra hecatombe, sabe-se que era o sacrifício coletivo de muitas vítimas na Grécia Antiga e que etimologicamente, tem o significado de "sacrifício de cem bois", mas por extensão de sentido, hoje o termo é aplicado a grandes catástrofes com muitas vítimas mortais. No texto, esse vocábulo foi substituído por relação de sinonímia em, exceto:

a) A barbárie nazista b) O choque causado pelo holocausto c) A catástrofe moral do nazismo d) A singularidade do extermínio dos judeus e) gradativa, mas aterradora, da extensão do holocausto.

03. Quando afirma que o holocausto foi a primeira grande matança de inocentes da era moderna, o autor do texto sugere:

a) antes desse fato muitas outras matanças já haviam ocorrido, mas em outras épocas – como em Ruanda e nos Bálcãs, b) Antes da era moderna outras matanças já haviam ocorrido, mas não tendo inocentes como vitimas, c) Na modernidade nunca outra tragédia chocou tanto quanto o holocausto, d) Na modernidade nunca outra tragédia ultrapassou o numero de mortos como no holocausto. e) Antes do holocausto muitas outras matanças já haviam ocorrido, mas em outras épocas, na modernidade, a matança de judeus foi a primeira porque outras produzidas em Ruanda e nos também marcaram a barbárie.

04. Há um hipérbato no fragmento textual: “A crueldade é companheira de viagem da humanidade desde tempos imemoriais. Com exceção do assassinato em massa dos judeus pelos nazistas, porém, as grandes mortandades tiveram os contornos borrados com a passagem do tempo, seus efeitos foram atenuados pela falta de memória das gerações seguintes ou, por ocorrer em regiões remotas, nem sequer foram registradas pela história”. Caso fossemos organizar o período na ordem direta, que alteração não causaria mudança na informação:

a) Com exceção do assassinato em massa dos judeus pelos nazistas, a crueldade é companheira de viagem da humanidade desde tempos imemoriais, porém, as grandes mortandades tiveram os contornos borrados com a passagem do tempo, seus efeitos foram atenuados pela falta de memória das gerações seguintes ou, por ocorrer em regiões remotas, nem sequer foram registradas pela história. b) A crueldade é companheira de viagem da humanidade desde tempos imemoriais, porém, as grandes mortandades tiveram os contornos borrados com a passagem do tempo, seus efeitos foram atenuados pela falta de memória das gerações seguintes ou, por ocorrer em regiões remotas, nem sequer foram registradas pela história. Com exceção do assassinato em massa dos judeus pelos nazistas. c) A crueldade é companheira de viagem da humanidade desde tempos imemoriais, porém, as grandes mortandades tiveram os contornos borrados com a passagem do tempo, com exceção do assassinato em massa dos judeus pelos nazistas, seus efeitos foram atenuados pela falta de memória das gerações seguintes ou, por ocorrer em regiões remotas, nem sequer foram registradas pela história. d) A crueldade é companheira de viagem da humanidade desde tempos imemoriais, porém, as grandes mortandades tiveram os contornos borrados com a passagem do tempo, seus efeitos foram atenuados pela falta de memória das gerações seguintes ou, por ocorrer em regiões remotas, nem sequer foram registradas pela história, com exceção do assassinato em massa dos judeus pelos nazistas. e) Com exceção do assassinato em massa dos judeus pelos nazistas, a crueldade é companheira de viagem da humanidade desde tempos imemoriais, porém, com a passagem do tempo, seus efeitos foram atenuados pela falta de memória das gerações seguintes ou, por ocorrer em regiões remotas, nem sequer foram registradas pela história, as grandes mortandades tiveram os contornos borrados.

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GE280408

NÍVEIS DE LINGUAGEM: REGÊNCIA NOMINAL 2

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MAURO NASCIMENTO

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REGÊNCIA DE ALGUNS NOMES abundância - de, em abrigado - a, com, de, em. sob acessível - a,, para, por adequado -a. com, para afável -a, com, para com agradável -a. de, para alheio -a, de amante - de amigo - de amoroso -com, para, para com análogo - a ansioso - de, para, por anterior- a aparentado - a, com apto -a, para atento -a, em, para avaro -a, de avesso -a, de em ávido - de, por bacharel -em .por banhado -de, em, por capaz - de, para caritativo - com, para com caro - a, de certo - com, de, em, para cheio - com, de cheiro - a, de cobiçoso - de compatível - a, com comum - a. com. de, em, entre, para conforme- a, com. em, para convivente - com, em constante - de, em contemporâneo - a, de contíguo - a, com contrário - a, de, em, por cruel - a, com, em, para, para com cuidadoso - com, de, em cúmplice - de, em, para curioso - a, de desagradável - a, de, para desatento - a descontente - com, de desejoso - de desfavorável - a, para desleal - a, com. para com devoto - a, de diferente - com, de, em, entre, por digno - de diverso - de, em dócil - a, para doutor - de, em empenho - de, em, por emulo - de, em entendido - em, por erudito - em escasso - de

essencial - a, de, em, para estranho - a, de exalo - em fácil - a, de, em, para falho - de, em falto - de favorável - a feliz - com, de, em, por fértil - de, em firme - em forte - de, em, para franco - a, com. e, sobre furioso - com, contra, por hábil - em, para habituado -a, com, sobre furioso - com, contra, por hábil - em, para habituado - a, com, em horror - a, de, diante de, por hostil - a, contra, para com ida - a, para idêntico - a, em imediato - a impaciente - com, de, por impotente - a, ante, contra, diante de, em, para impróprio - a, de, para imune - a, de inábil - em, para inacessível - a incapaz - de. em, para incompatível - com incompreensível - a, para inconstante - em incrível - a. para indeciso - em, entre, quanto a. sobre indigno - de indulgente - com, para, para com inerente - a, em insensível - a intolerante - a, com, em, para leal - com, em, para com lento - de, em liberal - com. de, em, para maior - de mau - com, para, para com menor - de morador - de, em natural - a, de. em necessário - a. em, para negligente - em nocivo - a obediente - a odioso - a, para, por oneroso - a, para orgulhoso- com. de. em, por parco - com, de, em

parecido - a, com. em peculiar - a, de perito - em pernicioso - a pertinaz - em piedade - com, de, para, para com, por posterior- a prestes - a, em, para pródigo - a. com, de, em, para com pronto - a. em, para propicio - a, para próprio - a. de, para proveitoso - a, para querido - a, de, em, por rente - a, com, de, por residente - em respeito - a, com, de, em, entre, para, com, por sábio - em, para sito - em. entre situado - a, em, entre solicito - com, de. para, para com, por suspeito - a. de temeroso - a, de. em temível - a, para triste - com, de. em, por união -a, com. de. entre único - a, em, entre, sobre usual - entre útil - a, em, para utilidade - a, em. para utilizado - em vacilante - em vagaroso - em vaidade - de vaidoso - de, em vário - de vedado- a, por velado - a. de, por vencido - de, em. por vendido - a. por veneração - a. de, para, com, por venerado - por venerável - a, por venturoso - com. por verdade - de, em, sobre vergonha - de, para versado - em vestido - a, com, de, para, por veto - a. contra viagem - a. através, de, em, por vinculado - a, com, por visível - a vizinho - a, com. de vulgar - a, em, entre vulgarizado - em. por vazio - de

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EXERCÍCIOS 01. Observando o regime dos nomes destacados, assinale nos testes de 31 a 45 a alternativa que completa corretamente as frases apresentadas:

31. ''Os familiares de um valido têm o rei mais acessível suas pretenções" a) para b) a c) por

32. "Lógica e gramaticamente essa era a preposição adequada.......regência do verbo" a) à b) para a c) ambas correias

33. "O anfitrião procurava ser afável.......todos" a) com b) para com c) ambas correias

34. "Esta é uma tarefa agradável.......fazer" a) a b) de c) ambas correias

35. "Ela é uma mulher alheia.......tudo" a) a b) com c) ambas correias

36. "O sentimento de amor c comum.......todos os homens" a) entre b) a c) ambas correias

37. "Tal forma, embora muito usada entre nós, é absolutamente avessa.......índole da língua portuguesa." a) à b) com a c) contra a

38. "Uma vizinhança a postos, ávida.......mexericos" a) para b) com c) de

39. "O noivo é bacharel.......direito" a) por b) em c) ambas corretas

40. "Ele é bacharel.......Faculdade de Direito de São Paulo". a) pela b) em c) ambas corretas

41. "Ingrid tinha a face banhada.......lágrimas." a) com b) de c) ambas corretas

42. "Aquela terra é toda banhada.......mar". a) com b) em c) pelo

43. "Joana é urna moça inábil.......trabalhos manuais." a) com b) em c) ambas corretas

44. "Dr. Carlos era um médico afamado e residente.... pracinhas" a) à b) na c) ambas corretas

45. "Roberta, com o espírito sedento.......santas águas do claustro, comia e bebia" a) das b) nas c) com as

02. (U.F. DO CEARA) Numere a 2a coluna de acordo com a 1a, tendo em vista a relação que a preposição denota:

1 – fim 2 – substituição 3 – meio 4 – condição 5 – exclusão 6 – causa 7 – assunto

( ) Conquistaram os vizinhos pelas armas. ( ) Tudo perdeu, salvo a honra ( ) Saíram a procurá-lo ( ) Farei o trabalho por você ( ) Não viajo sem documento

A seqüência correta, de cima para baixo, na 2ª coluna é: a) ( ) 3, 5, 1, 2, 4 c) ( ) 3, 4, 7, 1, 5 b) ( ) 6, 1, 5, 7, 2 d) ( ) 6, 2, 4, 3, 1

FESTA DO ÇAIRÉ OU SAIRÉ

A palavra Çairé origina-se dos dois termos Çai Erê, que significa “Salve! Tu o dizes”, que era usada pelos índios como forma de saudação. Entretanto, fui alertada pelo Sr. Jefferson Cardoso, conhecedor dessa história, de que há uma controvérsia quanto a grafia da palavra Çairé. Segundo ele, a palavra original era Sairé, mas a comunidade de Alter-do-Chão, achou por bem, ou talvez por associarem sua derivação à linguagem indígena, passaram denominar a festa com uma nova escrita: Çairé. Entretanto, como pode-se contratar não há na língua portuguesa nenhuma palavra

que inicie com “ç” e segundo seu Jefferson, houve uma nova discussão sobre o assunto e por consenso, voltou-se a chamar a festa por seu nome original. Originalmente, a Festa do Çairé era um baile indígena (puracê), cujos festejos, revelaram desde o primeiro século da colonização, já a influência das missões católicas. Era uma “corda de giro”, ou melhor, uma espécie de dança de roda conduzida por um “arco”, que era o motivo indígena desse préstito e festival, o centro geométrico de um animado puracê (baile). Tal arco era um semi-círculo com diâmetro e raios todos assinalados em algodão, onde eles pendem fitas vermelhas. Era ornamentado ainda, com uma cruz forrada e enfeitada, revelando o símbolo católico que o jesuíta acrescentou ao outro símbolo pagão o qual, pela forma geométrica revelada, denotava sua origem em povos americanos de civilização mais avançada, quais os astecas e os incas. É um exemplo de como foi o missionário mestiçado a fé católica, através da dança e do canto, para catequiza o índio e denominá-lo por fim. Transformou-se portanto, em uma cerimônia religiosa e profana, onde entram nela a reza e a dança. Essa consistia em passos curtos, como o de marcar passos dos soldados, com um movimento em que uma índia do centro servia de eixo sobre o qual girava o Çairé.

EXERCÍCIOS

01. O primeiro termo destacado segue:

a) Uma explicação. c) Uma afirmação. b) Uma contradição. d) Uma resolução.

02. A palavra “como” presente na segunda linha do texto;

a) Expressa uma idéia de comparação entre o comportamento do índio e a saudação. b) Demonstra uma forma com que o índio se expressava na época. c) Apresenta uma comparação entre um elemento e outro. d) Expressa uma conformidade de um fato.

03. A expressão que se refere ao senhor Jefferson Cardoso que se apresenta entre vírgulas;

a) Especifica. c) Exemplifica. b) Reforça. d) Confirma.

04. A controvérsia entre a palavra Sairé e Çairé ocorre devido:

a) Um fator histórico. c) Um fator gramatical. b) Um fator geográfico. d) Um fator cultural.

05. No início do segundo parágrafo podemos perceber:

a) A força inabalável da religiosidade. b) O paganismo dos índios sendo vencido pelos religiosos. c) A importância da religiosidade na festa. d) A presença da igreja católica entre os índios.

06. No segundo parágrafo do texto ao relatar o que seria o “çairé” podemos perceber que:

a) As pessoas em volta de um arco dançavam girando. b) O “arco” era o ponto de partida para a dança. c) As pessoas giravam como se fosse uma roda em torno de um arco. d) O arco não tinha sentido relevante na dança.

07. Este momento histórico da origem do çairé nos revela o:

a) Quinhentismo. c) Arcadismo. b) Barroco. d) Romantismo.

08. A palavra “pendem” destacada no texto nos retrata uma imagem:

a) Horizontal. c) Incolor. b) Nebulosa. d) Vertical.

09. O último contexto destacado nos revela:

a) Uma metáfora. c) Uma gradação. b) Um paradoxo. d) Uma hipérbole.

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JACKY19/03/08

Níveis de linguagem: regência verbal 1

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"Quando eu chego em casa..."

Numa canção popular, como a antológica "Você Não Entende Nada", de Caetano Veloso, que Gal Costa gravou no fim da década de 60, que Caetano e Chico gravaram Juntos num inesquecível show realizado em 72 (na Bahia, e que Daniela Mercury gravou há pouco tempo), faria sentido empregar a sintaxe lusitana, adequada ao "texto escrito culto formal"? Imagine a musica começando com "Quando chego a casa, nada me consola". Nem pensar. Caetano usou a regência brasileira, adequada ao tipo de texto: "Quando chego em casa...".

Um belo dia, aprendemos na escola que quem chega chega a algum lugar, quem vai vai a algum lugar, quem obedece obedece a alguém ou a alguma coisa, quem sobressai sobressai (e não "se sobressai") etc., etc., etc. Tudo isso nos é dito em inesquecíveis aulas de regência verbal.

Muitas vezes, falta a informação essencial: teoricamente, essas regências são as predominantes nos registros formais da língua; nas variedades não-formais, nem sempre a coisa segue esse modelo. Se tomarmos como exemplo o verbo "chegar", veremos que, na oralidade brasileira, costuma-se chegar em algum lugar. Qual é o brasileiro que, no dia-a-dia, não diz que chegou em casa, em Santos, no Japão ou na Europa? Que fazer, então? Bradar aos quatro ventos que, por ser completamente estranha ao uso brasileiro, a regência "chegar a" deve ser fulminada etc.? Devagar com o andor, moçadinha. Por acaso não dizemos, também no dia-a-dia, frases como "Veja a que ponto ele chegou" ou como "Ele chegou ao cúmulo de dizer que..."?

Dizemos, sim -e como! No entanto, em textos técnicos, científicos, jurídicos etc., é patente o predomínio da regência "chegar a" sobre "chegar em". O fato é que a regência de um verbo pode mudar não só de acordo com o seu significado (o sentido de "trabalhar" em "trabalhar um livro" é diferente do que se vê em "trabalhar num livro", por exemplo), mas também de acordo com a variedade de língua empregada.

Não é por acaso que, em seu respeitado "Dicionário Prático de Regência Verbal", o professor Celso Luft quase sempre termina suas observações sobre as divergências entre os usos de certos verbos nos diversos registros lingüísticos com uma afirmação muito parecida com esta: "Na língua escrita formal culta, recomenda-se o emprego da sintaxe originária".

Já sei, já sei: você quer que eu traduza isso. Vamos tomar como exemplo o próprio verbo "chegar". Como verbo que indica "movimento para", rege (originariamente) a preposição "a", o que também ocorre com "ir", "levar", "dirigir-se" etc. (chegar ao cinema, a Paris, à Europa; ir ao colégio, a Itu, à França; levar alguém ao teatro, a Manaus, à Itália).

Nas variedades formais da língua, é essa a regência que de fato predomina, mas, assim como escolhemos a roupa de acordo com a situação, empregamos (ou deveríamos empregar) os verbos de acordo com a variedade lingüística adotada. Você já imaginou Caetano Veloso (ou Daniela Mercury) soltando um "Quando eu chego a casa, nada me consola..."?

Como diz a garotada, "sem chance". Na língua espontânea do Brasil, quem chega chega a. Fora Caetano português, certamente teria escrito "Quando chego a casa, nada me consola", mas isso é outra história. Se ele tivesse de escrever um ensaio ou outro tipo de texto formal, é provável que também optasse por "chegar a", mas, numa música popular, em que muitas vezes se chega perto da oralidade, é mais do que natural o emprego de "chegar em".

Se você estranhou o fato de não haver acento indicador de crase no "a" que vem antes de "casa" em "Quando chego a casa", informo que esse "a" não tem acento mesmo, mas isso também é outra história. Um belo dia tratamos disso. Por enquanto, peço-lhe que pense nestas frases: "Não dormi em casa ontem"; "Não venho do trabalho; venho de casa". É isso.

( Pasquale Cipro Neto - Coluna publicada no dia 17 de fevereiro de 2006, no jornal "Folha de São Paulo")

Em geral, as palavras de uma oração são

interdependentes. isto é, relacionam-se entre si para formar um todo composto de significado.

Essa relação necessária que se estabelece entre duas palavras, uma das quais serve de complemento a outra, é o que se chama regência.

E o que vem a ser regência? De um modo geral, regência é o conjunto de relações que se estabelecem entre as palavras (ou orações) subordínantes e as subordinadas.

Vamos ver isso com mais clareza. Você certamente sabe que orquestras têm regentes. Diz-se, por exemplo, que determinada orquestra está sob a regência de determinado maestro. Que faz o maestro, o regente? Em palavras pobres, comanda os músicos. Em língua, os mecanismos de regência não são muito diferentes. Tomemos como exemplo o verbo

"Você Não Entende Nada” Quando eu chego em casa nada me consola Você está sempre aflita Lágrimas nos olhos, de cortar cebola Você é tão bonita Você traz a coca-cola eu tomo Você bota a mesa, eu como, eu como Eu como, eu como, eu como Você não está entendendo Quase nada do que eu digo Eu quero ir-me embora Eu quero é dar o fora E quero que você venha comigo E quero que você venha comigo Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não agüento Você está tão curtida Eu quero tocar fogo neste apartamento Você não acredita Traz meu café com suita eu tomo Bota a sobremesa eu como, eu como Eu como, eu como, eu como Você tem que saber Que eu quero correr mundo Correr perigo Eu quero é ir-me embora Eu quero dar o fora E quero que você venha comigo (Caetano Veloso)

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"duvidar". Se alguém duvida, duvida "de alguém" ou "de algo". Dizemos, por exemplo, que alguém "duvida da" (“da” = “de” + “a”) autenticidade de um documento ou que duvida “do policial” que participou de uma certa operação. Podemos dizer, então, que o verbo "duvidar" rege a preposição “de”.

Em geral, aprendemos as relações de regência de uma forma intuitiva, natural. Não precisamos ler livros de gramática para saber que quem confia “confia em”, que quem concorda "concorda com” que quem se dedica “dedica-se a” e que quem duvida “duvida de”. Mas nem sempre o que usamos no dia-a-dia está de acordo com o que se verifica na variante culta da língua.

Na língua oral do Brasil, são muito comuns construções como “ele chegou no trabalho” ou “ele chegou na escola”. No entanto, nas variedades formais da língua, os verbos que indicam “movimento para” costumam aparecer regendo a preposição “a”. De acordo com essa orientação, quem chega “Chega a” (e não “em” um lugar) e quem “leva alguém leva alguém a algum lugar” (e não "em" algum lugar). São casos em que o uso oral difere do que é registrado na norma escrita culta.

O verbo “ir” também constitui exemplo do que acabamos de ver. Nas variedades formais da língua, a regência predominante é a que se vê em frases como “fomos cinema”, “ele foi à praia” ou “você já foi à bahia?”. Apesar dessa recomendação normativa, não se pode dizer que nossa sensibilidade seja ferida quando ouvimos algo como “fomos no cinema” ou “ele foi na praia”. O mais importante é sabermos adequar a linguagem, do mesmo modo que sabemos adequar a roupa que vestimos. Em linguagem formal, seguimos o que é comum no padrão formal.

A regência e o texto escrito culto formal:

O “texto escrito culto formal” é o dos editoriais de jornal, o de teses acadêmicas o de teorias científicas, o de relatórios técnicos, o de ensaios literários o de manuais de vestibular, o de pareceres jurídicos o de conde toda sorte o da Constituição. Nesses textos, de fato, parece inconcebível outro padrão linguístico que seja o culto formal. Impõe-se, então, nesses casos o “cheegar a" no lugar do "chegar em”.

Mas não é só nesse tipo de texto que se encontra o uso do padrão culto formal. A literatura e a música popular são pródigas em exemplos de emprego preposição “a” com verbos que indicam movimento. Veja o que ocorre numa outra canção popular.

Na conhecida música "Bete Balanço", de Cazuza, encontramos "o ponto aonde quer chegar". Sob a ótica da norma culta, o emprego de "aonde" está corretíssimo. Usa-se "aonde" com verbos que indicam a idéia de "movimento em direção a" e que, por isso mesmo, regem a preposição "a". É esse o caso de “chegar”.

Se alguém chega, chega a algum lugar. Juntando-se a preposição "a" (regida por "chegar", é bom repetir) com a palavra "onde", tem-se "o ponto “onde quer chegar”. Convém repetir: com verbos que indicam movimento, cabe "aonde". Se não houver idéia de deslocamento, de movimento, nada de "aonde", e sim "onde", em se tratando do padrão formal da língua. O poeta Cazuza acertou.

Onde, aonde

"esqueça aonde estou" ou "esqueça onde estou" "Onde" ou "aonde"? Muitos temos essa dúvida. Nem vale a pena tentarmos esclarecê-la por meio dos textos literários, porque não

é incomum que grandes escritores utilizem as expressões de modo diferente do que é pregado pela gramática normativa. A diferença entre "onde" e "aonde" é relativamente recente. Preste atenção no trecho desta canção, "Domingo", gravada pelos Titãs: ... não é Sexta-Feira Santa nem um outro feriado e antes que eu esqueça aonde estou antes que eu esqueça aonde estou aonde estou com a cabeça? "Aonde eu estou" ou "onde estou"? A resposta a essa pergunta seria: "Estou em tal lugar", sem a preposição "a". As gramáticas ensinam que, não havendo a preposição "a", não há motivo para usar "aonde". Assim, a forma correta na letra da canção seria: ... e antes que eu esqueça onde estou antes que eu esqueça onde estou onde estou com a cabeça? Vamos a outro exemplo, a canção "Onde você mora", gravada pelo grupo Cidade Negra: ... Você vai chegar em casa eu quero abrir a porta. Aonde você mora aonde você foi morar aonde foi? Não quero estar de fora... Aonde está você? Quem vai vai a algum lugar. Portanto a expressão correta nesse caso é "aonde". Aonde você foi? Mas quem mora mora em algum lugar. Quem está está em algum lugar. Nesse caso, a construção correta seria "onde": Onde você mora? Onde você foi morar? Onde está você? A palavra "onde" indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em situações em que a idéia de lugar, metaforicamente que seja, não esteja presente. Ensinam as gramáticas que, na língua culta, o verbo "chegar" rege a preposição "a". Quem chega chega a algum lugar. A preposição é usada quando queremos indicar movimento, deslocamento. Portanto na letra acima a regência está correta: O ponto aonde você quer chegar. Eu chego ao cinema pontualmente. Eu chego a São Paulo à noite. Eu chego a Brasília amanhã. Na linguagem coloquial, no entanto, é muito comum vermos construções como "eu cheguei em São Paulo", "eu cheguei no cinema". Não é estranho trocar "onde" por "aonde" na língua do dia-a-dia ou em versos de letras de músicas populares, em que fatores como o ritmo e a melodia às vezes obrigam a uma determinada escolha gramatical para obter o efeito desejado. De todo modo, conforme a norma culta, utilize "aonde" sempre que houver a preposição "a" indicando movimento: ir a / dirigir-se a / levar a / chegar a .

Tarefa árdua Bem se vê que a questão não é simples. É ai que entra o trabalho do professor de português equilibrado, cuja função é mostrar ao aluno as diferentes variantes lingüísticas, sem reações histéricas, sem querer que tudo seja padronizado. Talvez a principal tarefa do professor de português seja a de dar ao aluno condições de também se expressar no padrão culto e de distinguir as situações em que isso é cabível. No Brasil, isso é tarefa árdua, complicada. Só deslumbrados podem pensar que a missão seja fácil, que seja possível reduzir tudo à farta e preconceituosa distribuição de rótulos de preconceito ou não-preconceituosos.

“Pode seguir a tua estrela, O teu brinquedo de star, Fantasiando um segredo, O ponto AONDE quer chegar.”

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Níveis de Linguagem: Regência Verbal 2

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Os verbos "esquecer" e "lembrar" Uma letra da dupla Roberto e Erasmo Carlos, "Emoções",

traz uma estrutura que não seria admissível na linguagem escrita padrão:... São tantas já vividas são momentos que eu não me esqueci... Ocorre que a sintaxe do verbo "esquecer" funciona da seguinte maneira: Se eu me esqueci, eu me esqueci de Quem se esquece esquece-se de algo Quem esquece esquece algo

Logo, conforme a regência culta desse verbo, o correto seria dizer "são momentos de que não me esqueci". Pode-se, também, eliminar a preposição "de" e o pronome "me". Nesse caso, a frase ficaria assim: "são momentos que eu não esqueci". Em um jornal de grande circulação o texto de uma campanha afirmava: "A gente nunca esquece do aniversário de um amigo". A norma culta mandaria escrever:

A gente nunca esquece o aniversário de um amigo. A gente nunca se esquece do aniversário de um amigo.

Vale o mesmo esquema para o verbo "lembrar": Quem lembra lembra algo Quem se lembra lembra-se de algo

Se você usar o pronome, isto é, se usar o verbo

pronominalmente, então não poderá deixar de lado a preposição: Eu não lembro o seu nome. Não conseguia lembrar sua fisionomia.

Se você não usar o pronome, então também não usará a

preposição: Eu não me lembro do seu nome. Não conseguia me lembrar de sua fisionomia.

Evidentemente essa regência nem sempre é observada na

linguagem mais informal, familiar. Vejamos o que ocorre na canção "Lembra de Mim", cantada por Ivan Lins. A letra é de Vítor Martins:

Lembra de mim dos beijos que escrevi nos muros a giz Os mais bonitos continuam por lá documentando que alguém foi feliz Lembra de mim nós dois nas ruas provocando os casais...

De acordo com a gramática normativa, o título da canção e

a letra estariam errados. Deveria ser "Lembra-se de mim..." No dia-a-dia as pessoas não falam com esse rigor, com essa consciência do sistema de regência. Dessa forma, podemos dizer "lembra de mim", sem problema, dependendo do registro usado. A língua falada permite essas licenças, e a poesia musical também, já que não deixa de ser um tipo de língua oral. Mas, na hora de escrever, é conveniente obedecermos àquilo que está nos livros de regência. No texto formal, "lembra-se de mim" é a forma exigível, correta. Casos de Regência

São apresentados a seguir casos de regência em que se verifica divergência entre o que preceitua o ensino tradicional e a realidade lingüística atual.

A abordagem que se faz desses casos diverge consideravelmente da realizada pela maioria dos manuais de cultura idiomática, que privilegiam apenas as regências primárias, originárias, não registrando, por isso, as fortes tendências evolutivas nesta área. Dá-se atenção, nesta apresentação, às inovações sintáticas observadas na realidade lingüística atual, tendo como base as pesquisas de Luiz Carlos Lessa e Raimundo Barbadinho Neto, amplamente aproveitadas por Celso Pedro Luft em seu "Dicionário Prático de Regência Verbal".

Na apresentação dos aspectos normativos da língua, como em qualquer apreciação de fatos lingüísticos, há que se observar o que é preferível, o que é tolerável, o que é admissível, o que é aceitável, o que é grosseiro, o que é inadmissível, deixando de lado a dicotomia elementar, o primitivismo lingüístico que observa a língua sob o prisma estreito de "certo" x "errado".

1 - Agradar (desagradar) Sentido: Causar agrado; ser agradável. De acordo com o ensino tradicional: Verbo: Transitivo indireto Preposição: a Exemplo: O professor agradou aos alunos. De acordo com a realidade lingüística atual: Verbo: Emprega-se também como transitivo direto. Exemplo: O filho agradou a mãe.

Observação: - Este uso já era encontrado entre os clássicos. - Esta regência explica-se por analogia com "contentar", transitivo direto. 2 – Aspirar Sentido: Desejar; anelar. De acordo com o ensino tradicional: Verbo: Transitivo indireto Preposição: a Exemplo: Aspirar ao cargo. Observação: Esta é a sintaxe originária. De acordo com a realidade lingüística atual: Verbo: Emprega-se também como transitivo direto. Exemplo: Aspiro o cargo.

Observação: - É uma inovação regencial sob a pressão semântica de "desejar", "querer", "pretender" - todos verbos transitivos diretos. - Em nível culto formal, Luft recomenda a sintaxe originária. 3 – Assistir Sentido: Ajudar; auxiliar. De acordo com o ensino tradicional Verbo: Transitivo indireto Preposição: a Exemplo: O médico assiste ao doente. Observação: Esta é a regência primitiva. De acordo com a realidade lingüística atual: Verbo: Emprega-se também como transitivo direto. Exemplo: O médico assiste o doente. Observação: É uma evolução regencial sob a pressão de "ajudar", "auxiliar" - verbos transitivos diretos. 4 – Assistir Sentido: Presenciar. De acordo com o ensino tradicional: Verbo: Transitivo indireto Preposição: a Exemplo: Assisti ao filme. Observação: Esta é a regência primária, original. De acordo com a realidade lingüística atual: Verbo: Emprega-se também como transitivo direto. Exemplo: Assisti o filme.

Observações: - É uma evolução regencial sob a pressão de semântica de "ver" - verbo transitivo direto. - A forma passiva "o filme foi assistido" comprova a transitivação do verbo. - De acordo com luft, o mais que se pode é aconselhar a sintaxe original, tradicional.

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5 - Chegar Sentido: Atingir o término do movimento de ida ou vinda. De acordo com o ensino tradicional: Verbo: Transitivo indireto Preposição: a Exemplo: Chegou cedo à escola. De acordo com a realidade lingüística atual: Verbo: Transitivo indireto Preposição: em Exemplo: Chegou cedo na escola.

Observações: - A preposição "em" é exclusiva diante da palavra "casa". Exemplo: Chegou em casa. - No Brasil, usa-se muito a construção com a preposição "em". É, portanto, um brasileirismo. Exemplo: Quando ele chegou na porta da cozinha. - "Já se tolera o "chegou em" na linguagem escrita". (Sílvio Elia). - Luiz Carlos Lessa e R. Barbadinho Neto confirmam amplamente essa regência entre os modernistas. - Mesmo assim, Luft entende que, em texto escrito culto formal, melhor se ajusta o "Chegar a".

6 - Ir Sentido: Deslocar-se de um lugar para outro. De acordo com o ensino tradicional: Verbo: Transitivo indireto Preposição: para, a Exemplos: - Para: Quando há intenção de permanecer, de fixar residência. "Ir para Porto Alegre". - A: Quando há intenção de não se demorar, de não fixar residência. "Ir a Porto Alegre". De acordo com a realidade lingüística atual: Verbo: Transitivo indireto Preposição: em Exemplo: Ir no colégio.

Observações: - A regência"ir em" é típica da fala brasileira, podendo até ser sobrevivência da língua arcaica.

- "Os portugueses dizem ir à cidade. Os brasileiros, na cidade. Eu sou brasileiro". (Mário de Andrade).

- Na fala brasileira, prevalece o emprego de "para", sobre o "a". Apesar disso, Luft recomenda o "ir a" / "ir para" na linguagem culta formal, sobretudo escrita.

7 - Preferir Sentido: Dar primazia a. De acordo com o ensino tradicional: Verbo: Transitivo direto e indireto Preposição: a Exemplo: Prefiro o azul ao vermelho. Observação: Esta é a sintaxe primária. De acordo com a realidade lingüística atual: Verbo: Também ocorrem as construções "preferir antes ou mais ((do) que)". Exemplos: - Prefiro mais a música do que a pintura. - Prefiro antes a música que a pintura.

Observações: - Há abonações literárias dessa regência. - Segunto Nascentes, "não há erro nenhum nas expressões "preferir antes ou preferir do que"". - De acordo com Luft, "Mesmo assim, em lingua culta formal, cabe a sintaxe primária".

8 - Entregar a domicílio/Em domicílio De acordo com o ensino tradicional (regra purista): • A Domicílio: Com verbos que indicam movimento. - Exemplo: Ir a domicílio. Enviar encomendas a domicílio. • Em Domicílio: Com verbos que não indicam movimento. - Exemplo: Dar aulas em domicílio. Fazer as unhas em domicílio. De acordo com a realidade lingüística atual: - Usa-se "a domicílio" em ambos os casos.

Exemplo: Entrega a domicílio.

01. Freqüentemente, encontramos, em jornais e revistas de circulação nacional, textos que contêm erros de regência. Leia o texto e faça o que se pede. A pauta “Lúcia Flecha de Lima recebeu telefonema do Palácio de Buckingham semana passada. Os assessores da rainha Elisabeth queriam saber os assuntos que Dona Ruth Cardoso gostava de falar — e os que preferia evitar.”

HUCK, Luciano. Circulando. Jornal da Tarde, 2 dez. 1997. a) Transcreva o trecho que apresenta incorreção na regência verbal.

b) Redija-o corretamente, justificando sua resposta.

02. Leia o texto a seguir. “Num texto sobre as andanças do ex-diretor do teatro Guaíra, Oswaldo Loureiro, um jornal publicou o seguinte: ‘Enquanto Loureiro chega ao Rio, sua mulher Madalena vai para a Itália. Cláudia, a filha do casal e mulher do jogador de futebol Alemão, que mora em Bérgamo, está prestes a dar a luz ao quarto neto de Loureiro e seu terceiro filho.’ [...] O verbo dar, muito usado ultimamente [...], às vezes é maltratado. [...] No sentido de parir, dar é bitransitivo [...]. Em geral, o objeto direto, que é a criança ou animal nascente, fica oculto.”

MACHADO, Josué. Manual da falta de estilo.

A partir da explicação de Josué Machado sobre a bitransitividade do verbo dar, é possível perceber que há um erro no texto publicado pelo jornal. Explique esse erro e reescreva a frase de forma adequada.

03. O trecho a seguir apresenta uma inadequação quanto à regência verbal. “João Manuel descobriu todas as verdades escondidas sobre as quais seus pais estavam encobrindo.” Explique em que consiste a inadequação, corrigindo a frase.

04. (ITA-SP) “O programa Mulheres está mudando. Novo cenário,

novos apresentadores, muito charme, mais informação, moda, comportamento e prestação de serviços. Assista amanhã a revista eletrônica feminina que é a referência do gênero na TV”.

O verbo “assistir”, empregado em linguagem coloquial, está em desacordo com a norma gramatical. a) Reescreva o último período de acordo com a norma.

b) Justifique a correção.

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MA130308

NÍVEIS DE LINGUAGEM: REGÊNCIA VERBAL 2

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MAURO NASCIMENTO

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REGÊNCIA VERBAL

Regência verbal é a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Já vimos que os verbos podem ligar-se a seus complementos de duas maneiras. 1- Diretamente, sem o auxílio de preposição, em que o complemento será o objeto direto e o verbo será transcrito direto. 2- Indiretamente, com o auxílio de preposição, em que o complemento será o objeto indireto e o verbo será transcrito indireto. Além disso, verbos que não necessitam de complemento são chamados de intransitivos e aqueles que necessitam dos dois complementos simultaneamente denominam-se transitivos diretos e indiretos. É importante que você saiba que nem todos os verbos arrolados nesta lista apresentam problemas. Vamos a ela. AGRADAR 1- Transitivo direto, no sentido de satisfazer.

O filme agradou o diretor, a atriz e, até os críticos. ↓ OD 2- Transitivo indireto, no sentido de ser agradável. A preposição a introduz o objeto indireto. Não me agrada nem um pouco sol ao meio-dia. ↓ OI (= a mim) ASPIRAR 1- Transitivo direto, no sentido de sorver.

Tenho aspirado um ar muito poluído. ↓ OD 2- Transitivo indireto, no sentido de almejar. Nesse caso, a preposição é a e o objeto indireto não pode ser representado por lhe(s), apenas por a ele(s), a ela(s). Sempre aspirei a um futuro melhor ↓ OI Sempre aspirei a ele. ↓ OI ASSISTIR 1- Intransitivo, no sentido de morar, residir. Nesse caso, normalmente aparece seguido de adjunto adverbial de lugar, regido pela preposição em: Geralmente,as manicures assistem em casa. ↓ adjunto adverbial 2- Transitivo direto, no sentido de dar assistência, ajudar: Os bons médicos assistem os doentes com atenção. ↓ OD

3- Transitivo indireto, no sentido de presenciar, ver. A preposição usada normalmente é a e o sentido indireto não pode ser representado por lhe(s), apenas por a ele(s), a ela(s). Assisto a todos os jogos do Campeonato Brasileiro. ↓ OI

Assisto a eles todos. ↓ OI 4- Transitivo indireto, no sentido de caber, ser de competência. Nesse caso, a preposição é a: Essa resolução não assiste a você. ↓ OI CHAMAR 1- Transitivo direto, no sentido de convocar. O gerente chamou os divulgadores para a reunião. ↓ OI (= a mim) 2- Transitivo direto ou indireto, no sentido de cognominar, denominar. Nesse caso, a preposição de pode aparecer ou não antes do predicativo do objeto e, por isso, admitem-se quanto construções:

Chamavam Romário de herói. ↓ ↓ OD POD

Chamavam-no herói.

↓ ↓ OD POD

Chamavam a Romário de herói.

↓ ↓ OI POI

Chamaram-lhe herói.

↓ ↓ OI POI ESQUECER

No sentido de não ter lembranças ou memória, admite duas regências: 1- Transitivo direto e, nesse caso, não é pronominal. Esquecemos o endereço. ↓ OD 2- Transitivo indireto e, nesse caso, é pronominal. Usa-se a preposição de. Esquecemo-nos do endereço. ↓ ↓ pronome OI INFORMAR

Este verbo e outros de sentido semelhantes – como cientificar, notificar – são normalmente verbos transitivos direto e indireto, no sentido de dar esclarecimento. Podem aparecer com as preposições a, de, ou sobre.

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Informamos aos associados o saldo de nossa conta. ↓ ↓ OI OD Informamos os associados do saldo de nossa conta. ↓ ↓ OD OI Informamos os associados sobre saldo de nossa conta. ↓ ↓ OI OD NECESSITAR

No sentido de carecer, precisar, esse verbo é,

normalmente, transitivo indireto, e emprega-se a preposição de. No entanto, é comum ser usado como transitivo direto no mesmo sentido. Veja:

Necessito de um esclarecimento urgente. ↓ OI

Necessito um esclarecimento urgente. ↓ OD Quando o objeto é representado por verbo no infinitivo, a preposição é dispensada. Compare: Necessito de amor.

Necessito amar.

↓ Verbo no infinitivo OBEDECER / DESOBEDECER

São transitivos indiretos e exigem a preposição a.

Obedecemos aos regulamentos do clube. ↓ OI

Nunca desobedeço às normas da empresa. ↓ OI PREFERIR 1- Transitivo direto, no sentido de ter preferência, se não sugere escolha. Nós preferimos abacate como sobremesa. ↓ OI 2- Transitivo direto e indireto, no sentido de ter preferência, se houver sugestão de escolha. Nesse caso, emprega-se a preposição a. Nós preferimos abacate a melão como sobremesa. ↓ ↓ OD OI QUERER 1- Transitivo direto, no sentido de desejar.

Queria maçã, mas laranja também é bom ↓ OD

2- Transitivo indireto, no sentido de gostar, ter, afeto. Nesse caso, usa-se a preposição a.

Queria muito a esta gente. ↓ OI VISAR 1- Transitivo direto, no sentido de apontar ou pôr o visto.

A funcionária visa o passaporte de maneira certa. ↓ OI 2- Transitivo indireto, no sentido de desejar, ter em vista. Nesse caso, não admite o pronome obliquo átono lhe(s) na função de objeto indireto, sendo substituído por a ele(s), a ela(s). A preposição usada é a. Se muitos visam à tranqüilidade, também viso a ela. ↓ ↓ OI OI

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Prof. Joana Vieira

NÍVEIS DE LINGUAGEM

Frente: 01 Aula: 02

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UNIDADEPE AC

M T N M T N SF CN

M T N M T N

linguagem como todo organismo vivo, transforma-se e envelhece. Assim com no decorrer dos séculos, nossa língua – apesar de altamente estabilizada e controlada pela gramática –

não está ao abrigo de transformações que são ditadas, sobre tudo, pela língua falada.

A

Para que a comunicação efetivamente exista, entre outros requisitos, é necessária a escolha adequada do nível de linguagem a ser utilizado. A língua permite uma multiplicidade de usos dependendo das situações comunicacionais. Para que a comunicação ocorra de forma coerente, é preciso que o emissor e o receptor estejam em harmonia com o mesmo universo lingüístico. Desse modo, o conhecimento das variantes lingüísticas determina a eficácia dessa comunicação. Essas variantes se devem a diversas influências: - geográficas: onde verificam-se as variantes regionais; - sociológicas: onde verificam-se as diversas classes sociais impondo traços lingüísticos diferentes; - contextuais: aquela, onde o momento da fala pode determinar o nível de linguagem a ser utilizado.

Variação e norma.

Como falante do português, percebemos que há situações em que a língua se apresenta sob uma forma bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em casa ou através dos meios de comunicação. Essa diferença pode manifestar-se tanto pelo vocabulário utilizado, como pela pronúncia, morfologia e sintaxe. Essa diferenciação no interior de uma mesma língua é perfeitamente natural, já que todas as variedades constituem sistemas lingüísticos perfeitamente adequados para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes, dadas as práticas sociais e os hábitos culturais de suas comunidades.

As Mariposa

As mariposa quando chega o frio Fica dando vorta em vorta da lampida pra si isquentá Elas roda, roda, roda, roda, dispois se senta em cima do prato da lampida pra discansá. Eu sou a lãmpida e as muié é as mariposa Que fica dando vorta em vorta de mim todas as noites, só pra mi beija - Boa noite, lâmpida! - Boa noite, mariposa! - Permita-me oscular-lhe as alfacias? - pois não, mas rápido porque daqui a pouco eles mi apaga. (Adonirah barbosa) As variedades estilísticas: Registros

Por registros lingüísticos ou variações de estilos, entendem-se variações no enunciado lingüísticos que estão relacionados aos diferentes graus de formalidade do contexto do uso da língua. O maior ou menor conhecimento e proximidade entre os falantes determina o uso de registros mais ou menos formal.

Grosso modo, podemos delinear três principais níveis ou registros de linguagem: a linguagem culta (ou variante-padrão), a linguagem familiar (ou coloquial) e a linguagem popular. A linguagem culta é utilizada pelas classes intelectuais da sociedade. É a variante de maior prestígio e aquela ensinada nas escolas. Sua sintaxe é mais complexa, seu vocabulário mais amplo e há, nela, uma absoluta obediência à gramática e à língua dos escritores clássicos. É a linguagem utilizada pelos meios de comunicação de massa em geral, nas suas formas oral e escrita. Desenvolvendo-se livre e indisciplinadamente, não raro isola-se em falares típicos regionais e em gírias. O Modernismo efetivou a apologia da linguagem cotidiana como o melhor veículo de expressão literária, por sua velocidade, espontaneidade, dinamismo, condenando a linguagem culta, classificando-a como "filha do decrépito dogmatismo".

A linguagem popular é aquela utilizada por pessoas de baixa ou nenhuma escolaridade. Este nível, dá-se raramente na forma escrita e caracteriza-se como um subpadrão lingüístico. Nesse nível, o vocabulário é bem mais restrito, com muitas gírias, onomatopéias e formas incorretas gramaticalmente (Oropa, pobrema, nós vai, nóis fumo, tauba, estauta, lâmpia, vi ela etc.). Não há, aqui, reocupação com as regras gramaticais. Atualmente, em função da influência dos meios de comunicação, assiste-se a um nivelamento da linguagem no registro coloquial. As variantes lingüísticas podem decorrer das circunstâncias que cercam o ato da fala.

O gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos vendedores: “Seo Gomis, o oriente de belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor toma as providenssa. Abrasso, Nirso”

Aproximadamente uma hora depois recebeu outro. “Seo Gomis, os relatório di venda vai xega atrazado proque to fé xando umas venda. Temo que manda treiz mil pessa. Amanha to xegando. Abrasso, Nirso” No dia seguinte; “ Seo Gomis, num xeguei pucausa de que vendi maiz deis miu em Beraba. To indo pra Brazilha.” No outro: “Seo Gomis, Brazilha fexo 20 miu. Vo pra Frolinoplis e de lá pra Sum Paulo no vinháo das cete hora.” E assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor. O presidente, um homem muito preocupado com o desenvolvimento da empresa e com a cultura dos funcionários, escutou atentamente o gerente e disse: — Deixa comigo que eu tomarei as providências necessárias. E tomou. Redigiu de próprio punho um aviso que afixou no mural da empresa, juntamente com os faxes do vendedor:

“A parti de oje nois tudo vamo fazê feito o Nirso. Si priocupá menos em iscrevê serto mod a vende maiz. Acinado,O Prezidenti"

Autoria desconhecida, set. 2001.

O preconceito lingüístico é uma forma de discriminação enfaticamente combatida, pois, do ponto de vista estritamente lingüístico, não há nas variedades lingüísticas nada que permita considerá-las boas ou ruins, melhores ou piores, feias ou bonitas, permitivas ou elaboradas, e assim por diante. Mesmo porque, para que a comunicação efetivamente exista entre outros requisitos, é necessária a escolha adequada do nível de linguagem a ser utilizado.

Leia: — Que flor bonita! Me dá ela? — Se me disseres: Dá-ma?, eu dou-ta. — Não poderei satisfazê-la: Sentir-me-ia uma horrenda douta.

(Manuel Bandeira)

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As variedades regionais e sociais.

Um dos aspectos mais conhecidos da variação lingüística é a diferenciação que caracteriza os chamados dialetos ou variedades regionais. As variedades faladas nos estados do Nordeste são diferentes daquelas faladas nos estados do Sul, e, no interior dessas regiões geográficas, podem também ser observadas diferenças entre os estados e mesmo entre regiões e cidades dos estados. Poderíamos definir o regionalismo como o meio peculiar de expressão de uma região, refletindo os costumes do povo que a habita. Refletem-se muito frequentemente, na literatura do Brasil, nas obras dos escritores regionalistas (Jorge Amado, Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, Afonso Arinos de Melo Franco e outros). De tão obscuro para o leitor comum, o vocabulário regionalista, empregado por certos escritores, necessita até de notas explicativas para se lhes apreender o sentido. Além dessas distinções básicas, é necessário falar-se nas línguas regional e grupal (o jargão e a gíria).

— E ela? — Não gostou, e rompemos. Nossa ligação teve fim celíaco. E você com a Isadora? — Mal, meu caro. Sabia que ela é hipnóbata? E o piro de tudo: com loxodromismo. De noite é aquela confusão, ela volta com acrodinia, com meralgia ou com podalgia. — Que lástima. — Depois, a Isadora se distingue por uma total aprosexia. Não adianta falar com ela que tome cuidado, que se proteja. Sua desatenção é mesmo esplâncnica. — Caso sério. — Pois é, Mas vamos mudar de assunto. (...) O outro tipo de língua grupal é a gíria. Assim como o jargão, existem tantas gírias quanto forem os grupos que as utilizam: gíria de jovens, dos policiais dos jornalistas etc. a gíria grosseira, recebe o nome de calão.

Gíria.

Vejamos exemplos desta linguagem pitoresca, com a respectiva tradução. 1. Ele tem uma urucubaca danada com justa. (Ele tem muito azar coma a justiça/ ou polícia) 2. Quando ia aliviar um otário um tira pegou ele no flagra. (Quando ia furtar um tolo (incauto), um policial surpreendeu-o

em flagrante.) 3. Trabalhava com penosa e foi em cana (Roubava galinhas e foi preso)

O conhecimento da gíria é necessário quer a quem escreve, quer a quem lê. “Que escreve não pode representar um carroceiro ou um simples homem do povo falando como um marquês”. Os homens têm a linguagem do seu meio, da sua profissão. Diz-me como falas, dir-te-ei o lugar que ocupas na sociedade.

O texto a seguir foi escrito e interpretado pelo ator dramaturgo Plínio Marcos. Trata-se de uma transcrição de um vídeo exibido na Casa de Detenção, em São Paulo.

“Aqui é bandido: Plínio Marcos! Atenção, malandrage! Eu num vô te pedir nada, vô te dá um alô! Te liga aí: Aids é uma praga que rói até os mais fortes e rói devagarinho. Deixa o corpo sem defesa contra a doença. Quem pegá essa praga está ralado de verde e amarelo, do primeiro ao quinto, e sem vaselina. Num tem dotô que dê jeito, nem reza brava, nem choro, nem vela, nem ai, Jesus. Pegou Aids, foi pro brejo! Agora sente o aroma da perpétua; Aids passa pelo esperma e pelo sangue, entendeu?Pelo esperma e pelo sangue! (pausa) Eu num tô dando esse alô pra te assombrá, então se toca! Não é porque tu tá na tranca que virou anjo. Muito pelo contrário, cana dura deixa o cara ruim! Mas é preciso que cada um se cuide, ninguém pode valê pra ninguém nesse negócio de Aids! Então já viu: transa só de acordo com o parceiro, e de camisinha! (pausa)

Agora, tu aí que é metido a esculachá os outros, metido a ganha o companheiro na força bruta, na congestal! Pára com isso, tu vái acabá empesteado! Aids num toma conhecimento de macheza, pega pra lá e pega pra cá, pega em home, pega em bicha, pega em mulhé, pega em roçadeira! Pra essa peste num tem bom! Quem bobeia fica premiado. E fica um tempão sem sabê. Daí, o mais malandro, no dia da visita, recebe mamão com açúcar da família e manda pra casa o [sic] Aids! E num é isto que tu quê, né, vago mestre? Então te cuida! Sexo, só com camisinha, (pausa)

Quem descobre que pegô a doença se sente no prejuízo e quê ir à forra, passando prós outros, (pausa) Sexo, só com camisinha! Num tem escolha, transa, só com camisinha.

Quanto a tu, mais chegado ao pico, eu tô sabendo que ninguém corta o vício só por ordem da chefia. Mas escuta bem, vago mestre, a seringa é o canal pro [sic] Aids. No desespero, tu não se toca, num vê, num qué nem sabê que, às vezes, a seringa vem até com um pingo de sangue, e tu mete ela direta em ti. As vezes, ela parece que vem limpona, e vem com a praga! E tu, na afobação, mete ela direto na veia. Aí tu dança. Tu, que se diz mais tu, mas que diz que num pode aguentá a tranca sem pico, se cuida. Quem gosta de tu é tu mesmo, (pausa) E a farinha que tu cheira, e a erva que tu barrufa enfraquece o corpo e deixa tu chué da cabeça e dos peitos. E aí tu fica moleza pro [sic] Aids! Mas o pico é o canal direto pra essa praga que está aí. Então, malandro, se cobre! Quem gosta de tu é tu mesmo. A saúde é como a liberdade. A gente só dá valor pra ela quando ela já era!"

(Vídeo exibido na Casa de Detenção, São Paulo) Créditos: Agência: Adag (1988). Realização: TV Cultura / São Paulo. Duração: 2 minutos e

48 segundos.

“ Sabe qual é o meu sonho, cara? Quer saber mesmo qual é o meu grande sonho? Eu queria ter um celular, cara. Um celular: esses telefones que o cara leva na mão, e dá para a gente falar de qualquer lugar, da rua, do bar, do banheiro, de onde você quiser. É uma maravilha, cara. Não existe nada igual. É o meu sonho. Você vai dizer: ah, mas é um sonho miúdo, insignificante. Você vai dizer que sou modesto, que vôo baixo. Outros querem carrões importados, roupas caras, apartamento de cobertura – e eu quero só um telefone?! Pois é só que eu quero: um telefone celular. Aquilo é o máximo, cara. Aquilo te dá um status fora de série. Não sou só eu que acha isso, não: eu tinha um amigo que roubou um celular da loja só para andar com ele debaixo do braço. A coisa não falava, não tocava – mas dava a ele uma sensação do peru. Celular, cara, é outro papo. Não é orelhão, não é telefone comum. É celular. Coisa de gente fina. Só que custa um dinheirão, e de onde eu ia descolar aquela grana? Porque eu queria fazer a coisa legal, registrar o aparelho, tudo certinho. Essas coisas custam caro. Não havia outro jeito: eu tinha que seqüestrar um cara. E aí a gente fez o seqüestro, tudo direitinho, tudo bem planejado. E para o sujeito não incomodar, nós o colocamos no porta-malas. Fomos presos, cara. E advinha por quê? Porque o cara tinha um celular. De dentro do porta-malas ele pediu socorro. E nos pagaram direitinho.

Se estou zangado? Não estou zangado, não. É verdade que fiquei numa ruim, mas o que aconteceu provou que eu tinha razão: celular é outro papo. É a comunicação do futuro, cara. Um dia ainda vou ter um, andar com ele debaixo do braço e falar com meus amigos de casa, da rua, do banheiro, sou até capaz de me meter num porta-malas e ligar para alguém, para ver como a coisa funciona. Celular é meu sonho, cara”

(Moacyr Sciliar)

A língua grupal é hermética, porque pertence a grupos fechados: existem tantas quantos forem os grupos. A gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em um vocabulário especialmente criado por um determinado grupo ou categoria social com o objetivo de servir de emblema para os demais membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua.

O jargão é um dos tipos de língua grupal. É uma espécie de gíria profissional, daí falar-se em “economês”. “sociloguês” etc, Carlos Drummond de Andrade faz uma saborosa sátira ao jargão na seguinte crônica.

I – Conversas na fila:

Conversavam na fila do cinema: — e o seu caso com a Belmira? — Encerrado, depois de um incidente onfático. Observei-lhe que não ficava bem ir á praia de tanga, quando ainda emergia daquele problema de cirsônfalo.

Page 155: Vestibular Impacto - Português

GE120208 – PE(MT) / SF(MT) / AC(MT) / CN (MT)

Noções sobre Tipos e Gêneros Textuais

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

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PROPOSTAS DE REDAÇÃO

PROPOSTA 01:

turista que visita a Amazônia deve levar na bagagem uma dose generosa de repelente de mosquitos. Também precisa ter na mala uma minifarmácia, com os remédios que costuma tomar regularmente. Na selva não há uma farmácia em cada esquina. [...] Para os passeios na floresta, camisetas de manga longa e calças de moletom protegem contra arranhões e picadas de

insetos. De janeiro a maio, época de chuvas, é um aguaceiro tremendo. O melhor período é entre junho e julho. Nesses meses, os rios atingem seu ponto de cheia e permitem o acesso de barco a regiões belíssimas da floresta.

Imagine como um repórter que visita a Amazônia pela primeira vez, nos dias de hoje. FAÇA UM RELATO DE SUA VIAGEM, DESDE QUANDO VOCÊ SAIU ATÉ A VOLTA. DESCREVA O QUE VIU, O QUE DESPERTOU SUA ATENÇÃO, O QUE MAIS IMPRESSIONOU, ALGUMA PERIPÉCIA PERIGOSA OU ENGRAÇADA.

O

Existem basicamente três tipos de texto: descrição, narração e dissertação. De maneira simples, poder-se-ia dizer que a descrição é o registro de características de objetos, de pessoas, de lugares; a narração é um relato de fatos contados por um narrador, envolvendo personagens, localizadas no tempo e no espaço; e a dissertação é a expressão de opinião a respeito de um assunto Na prática, não é simples assim: esses tipos de texto se misturam. É possível a identificação de elementos descritivos, narrativos e dissertativos num mesmo texto, com predomínio de uns ou de outros. O relato de uma viagem, por exemplo, poderá ser predominantemente narrativo, mas também incluir descrições de pessoas e lugares visitados e ter como fecho uma reflexão sobre a importância do lazer na vida das pessoas, um elemento dissertativo, portanto.

escrever, narrar e dissertar “são, na verdade, as três formas básicas com que, em nossa vida quotidiana, desvendamos as situações reais, as situações imaginárias, o entrelaçamento daquilo que chamamos dia-a-dia e daquilo que chamamos fantasia, na e pela linguagem, trata-se das várias linguagens da linguagem, da diversidade de procedimentos através dos quais vamos encorpando e solidificando a nossa capacidade de expressão. [...]”.

(Emilia Amaral e Severino Antônio. Novíssimo curso vestibular – Redação I. São Paulo: Nova Cultural. 1990.p.2.)

No processo de leitura e construção de sentido dos textos, levamos em conta que a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos ou ouvimos enunciados, tais como: “escrevi uma carta”, “rebeci o e-mail”, “achei o anúncio interessante”, “o artigo apresenta argumentos consistentes”, “fiz o resumo do livro”, “a poesia é de um autor desconhecido”, “li o conto”, “ a piada foi boa”, “que tirinha engraçada”!, “a lista é numerosa”. E a lista é numerosa mesmo! (história em quadrinhos, tirinha, charge, crônica, miniconto, fábula, poesia, anuncio, cartaz, artigo de opinião, artigo de divulgação científica, piada, bula, horóscopo, dentre outros) Tanto que estudiosos que objetivaram o levantamento e a classificação de gêneros textuais desistiram de fazê-lo, em parte porque os gêneros existem em grande quantidade, em parte porque os gêneros, como práticas sociocomunicativas, são dinâmicos e sofrem variações na sua constituição, que, em muitas ocasiões, resultam em outros gêneros, novos gêneros.

(Ler e COMPREENDER – os sentidos do texto/ Ingedore Villaça Koch; Vanda Maria Elias)

(Idem.)

(Qui

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1990

.)

TIPOS DE TEXTO

GÊNERO

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No texto anterior, alguém conta fatos acontecidos consigo mesmo. Trata-se de uma mulher, que relata um momento de grande tensão psicológica, quando, ao ver uma pessoa morta na própria cama, identifica nela a sua própria imagem. A descrição das roupas e dos traços físicos, “envelhecidos e degradados”, sugere a possibilidade de uma descrição psicológica: aquela figura patética, aquele rosto escondido por uma pintura vulgar, a decadência física ali estampada estariam simbolizando outro lado de sua personalidade? Ou tudo não passaria de uma alucinação.

CONTE ESTE FATO A PARTIR DA ÚLTIMA IDÉIA DO TEXTO.

PROPOSTA 03:

(UFBA-BA)

PROPOSTA 02: Uma noite, ao receber a visita de uma amiga, lembrei-me de lhe emprestar um romance. Fora a minha leitura da véspera e eu o deixaria na mesinha de cabeceira. Subi a escada, e entrei no quarto. Curioso, alguém acendera a luz... E, no entanto, eu estava certa de que ninguém subira. Caminhei intrigada, pressentindo qualquer acontecimento... Olhei minha cama e vi nela uma mulher deitada. Uma mulher... morta – ela estava morta! Tinha um horrível vestido de lantejoulas de todas as cores. E aparecia coberta de jóias baratas. Suando frio, procurando dominar o coração desordenado, cheguei mais perto. Meu Deus! Aquela face nojentamente pintada era a minha própria face! Como se alguém fizesse de mim um retrato da degradação... Meu próprio rosto... mais velho – muito mais velho! – com maquiagem de atriz decadente! Queria gritar... chamar todos... Não me foi possível. Fiquei fascinada, encarando aquele meu próprio eu degradado e envelhecido, coberto de jóias. De súbito, à altura do coração, de sob as lantejoulas, principiou a correr um esguicho de sangue, que ia engrossando, que se tornava maior. Nele iam submergindo o colo, os braços, o corpo, a longa saia rutilante de meu terrível “doublé”. A mulher estava coberta de sangue, e seu rosto dele se destacava estranhamente branco, como a face de um pierrô trágico. Então... ah, só então eu consegui gritar. Voltei correndo..., mas junto da escada, perdi os sentidos.

(Dinah Silveira de Queiroz. As noites de Morro do Encanto. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1957.p.143) O pesadelo,

Henry Fuselli.

Quino. Toda a Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993,p.399 ESCREVA UM TEXTO INSPIRADO NA REFLEXÃO DA PERSONAGEM MAFALDA

PROPOSTA 04: (UFMT-MT) A palavra utopia foi empregada pela primeira vez pelo filósofo inglês Thomas Morus, no livro Utopia, a cidade ideal perfeita. A palavra é uma composição de palavras gregas e, rigorosamente, significa em lugar nenhum, lugar inexistente, imaginário. Por esse motivo, estamos acostumados a identificar utopia e utópico com impossível, aquilo que só existe em nosso desejo e imaginação e que não encontrará nunca condições objetivas para se realizar.

(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1994.p.408)

CRIE SUA UTOPIA.

Page 157: Vestibular Impacto - Português

GE200208 – PE(MT) / SF(MT) / AC(MT) / CN (MT)

O texto narrativo – características – parte I

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: ROSE CUNHA

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COMENTÁRIO: Dizem que nenhum de nós resiste a uma história. É só alguém começar a contar um caso qualquer e nós já ligamos nossas antenas, curiosos para saber o que aconteceu. E, claro, somos também contadores de histórias. Observe quantas vezes ao dia você começa a conversar, contando algo que aconteceu com você ou que você viu acontecer. ● “Eu estava no ponto de ônibus hoje de manhã e ...” ● “Fui comprar pão e...” ● “Você não sabe o que me aconteceu ontem!...” ● “Quando eu era criança,...”

(Português: língua e cultura; FARACO, Carlos Alberto, volume único. Livro do Professor) ANÁLISE TEXTUAL:

Pequenas Aprendizagens

astou, relatar, na última crônica, minha experiência com a descoberta de um câncer, para que meu telefone triplicasse o volume de chamadas recebidas. Eram os amigos, os parentes e, em número menor porém muito significativo, os colegas de fado e se sina. Descobri, de repente, que o mundo ao redor não é

tão são como parece. E que muitas pessoas, com as quais cruzamos na rua, no shopping ou na fila do cinema, guardam dentro de si, mais ou manos inviolado, um idêntico segredo. Têm elas, como eu, um alien alojado em alguma parte de seus corpos (ou fluídico e difuso em seu todo), com o qual mantêm relações estranhas e contraditórias. Em algumas, a relação é de beligerância declarada – e estas geralmente exibem a fisionomia do guerreiro. Querem vencer e tudo farão para expulsar o invasor e destruí-lo. Outras, ao contrário, procuram ouvir o que o invasor tem a lhes dizer e o tratam antes como mensageiro do que como inimigo. Não cedem a ele, mas também não afrontam com iras desmedidas. É um ser que está ali, com sua sintaxe desordenada, querendo expressar algo. Curiosamente, essa atividade as ilumina. Ainda sou neófito nas artes de convivência com meu alien, mas tendo a imitar essa última postura. Procuro decodificar as mensagens que ele me envia, sempre tomando o cuidado de interpretar o conteúdo delas. Nesses poucos dias, aprendi mais sobre mim do que em muitos anos de saudável pastio pelas rotinas da vida. Descobri afetos insuspeitados, docilidades, relevâncias onde antes nada havia. E, simetricamente, a absoluta irrelevância de certas coisas que julgávamos muito importante. Os males imaginários, por exemplo, nos infundem muito mais terror que um bando de células malucas embutido em nosso peito. Pois são apenas células malucas – e não passam disso. Teremos todas as mortes possíveis, sofremos a iminência trágica e retumbante de cada uma delas – mas somente uma única mortezinha, singular e vulgar, nos arrebatará deste mundo. Como quem descobre uma nova ruga ou um novo fio de cabelo branco, você descobre que o espírito também envelhece e fica mais sábio. E ficar mais sábio, neste caso, não significa mergulhar uma transcendência, mas, ao contrário, buscar a iminência das coisas mais simples. Onde estão elas, você perguntará. Não há resposta verbal, nem construção conceitual, que indique onde estão e o que são as coisas simples. Podemos fazer algumas aproximações, através da sensibilidade na direção delas. Por exemplo: desligar o televisor, ao primeiro sinal de tédio, e olhar com um interesse completamente novo, inaugural, para o rosto da pessoa que há anos vive a nosso lado.

(SNEGE, Jamil. Gazeta do Povo, Curitiba, 21 jul. 2002, p.G-3)

Proposta de Redação

O pai gostava de contar suas façanhas de moleque do Caju. A proeza principal era pular o muro caído para apanhar balões nos meses de junho ou roubar as mangas do cemitério – segundo ele, as melhores do mundo. Manga de cemitério – garantia dele – era superior às mangas da Índia, e ele dizia isso com honesta convicção, embora, ao que me conste, nunca tenha provado manga de nenhum outro lugar que não as da Zona Norte da cidade. Quando encontrava auditório propício, ele estendia suas aventuras dos tempos de Caju mais além. Tivera uma colega que se chamava Absalão. Meu irmão e eu já conhecíamos todas as aventuras da dupla, mas o pai, quando se lembrava desse Absalão, não só esquecia que já as contara mil vezes como as ampliava formidavelmente, atingindo um de seus melhores momentos de narrador. As histórias variam em detalhes e cronologia, muitas vezes pareciam contraditórias, Absalão ora tinha uma irmã que era complacente nas brincadeiras dos porões escuros, ora não tinha irmã nenhuma, mas um padrasto que dava surras de vara de marmelo no enteado – surras que o pai, tantos e tão acidentados anos depois, garantia que eram devastadoras e merecidas. Obedecendo à tradição dos melhores narradores da história, de Homero em diante, o pai fazia do amigo de infância uma colagem de outros meninos que fora encontrado pela vida, e outros que ele ia inventando conforme a inspiração e o auditório da hora.

(Carlos Heitor Cony. Quase memórias: quase-romance. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.p.26-7.)

Proposta: E agora é a sua vez...

Conte: HISTÓRIAS DA INFÂNCIA

B

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KL 06508

Recursos Coesivos Referenciais: Pronomes Oblíquos

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: JOANA VIEIRA

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palavra texto provém do latim textum, que significa “tecido, entrelaçamento”. Há, portanto, uma razão etimológica para nunca esquecermos que o texto

resulta da ação de tecer, de entrelaçar unidades e partes a fim de formar um todo inter-relacionado. Daí podermos falar em textura ou tessitura de um texto: é a rede de relações que garantem sua coesão, sua unidade. Que é que faz que um conjunto de frases forme um texto e não um amontoado desorganizado? São vários os fatores. Citemos por enquanto dois. O primeiro é a coerência, isto é, a harmonia de sentido de modo que não haja nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo, que nenhuma pare não se solidarize com as demais. A base da coerência é a continuidade de sentido, ou seja, a ausência de discrepâncias. Um outro fator é a ligação das frases por certos elementos que recuperam passagens já ditas ou garantem a concatenação entre as partes. Esse segundo fator é menos importante que o primeiro, pois, mesmo sem esses elementos de conexão, um conjunto de frases pode ser coerente e, por conseguinte, um todo organizado de sentido. Observe o texto abaixo, de Carlos Drummond de Andrade:

Faltam elementos de ligação entre as partes no primeiro parágrafo, mas a última frase, Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente, produz a unidade de sentido. O texto deixa de ser um amontoado aleatório de exclamações, adquirindo coerência e, dessa forma, mostrando o caráter estereotipado de nossa linguagem cotidiana. Observe então que as palavras e frases de um texto estão relacionadas entre si. Essa é uma das propriedades que distingue um texto de um amontoado de palavras ou frases. A ligação, a relação, a conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto chama-se coesão textual. Ela é manifestada por elementos farmais,que assinalam o vínculo entre os componentes do texto. Há dois tipos principais de mecanismos de coesão:

A coesão é a manifestação lingüística da coerência; consiste em um conjunto de marcas lingüísticas, elementos lexicais e gramaticais, que explicitam a inter-relação de outros componentes do texto, formando um corpo estrutural.

Cada elemento responsável pela coesão textual funciona, no interior do texto, como um pequeno NÓ, que serve para amarrar duas ou mais idéias. É o que chamamos de “nó lingüístico”. OS PRONOMES E A COESÂO POR REFERÊNCIA A coesão referencial é aquela que marca as retomadas de elementos ao longo do texto. Ocorre coesão referencial quando um elemento da seqüência textual (forma referencial ou elemento de retomada) remete a outro componente do texto (referente). A noção de referente é bem ampla, podendo ser representado por um nome, um sintagma, uma oração ou um enunciado inteiro.

Quando a referência se faz para trás, isto é, quando ocorre realmente uma retomada de elementos já expressos textualmente, denomina-se anáfora (objeto de investigação deste trabalho) e quando se faz para frente, ou seja, quando há uma antecipação do que ainda será dito, catáfora.

O jardineiro virá?

Ele disse que sim. (anáfora)

Só queremos isto: a vitória. (catáfora)

OBSERVAÇÃO:

Texto para avaliação: 'No meu show, não toca Créu', diz Garota Melancia

Dançarina, que se lança como cantora, diz que não foi notificada sobre processo de MC Créu, e que está ocupada com as novas fotos para a "Playboy". Andressa Soares afirmou que não cantou a música do DJ Serginho Costa, o MC Creu. Ele vai processar a Garota Melancia, por usar sua música sem autorização em seus shows. A bunda mais famosa do Brasil atualmente, afirmou que não sabe o porquê de ser processada , se não tocou a música do ex-

companheiro de grupo. "Até agora, só fiz um show e nem cantei a música do Creu. Só cantei a minha música, "Velocidade 6". Meu primeiro show foi quarta-feira(30), mesmo dia em que saiu essa nota. Então, como ele podia saber se eu ia ou não cantar Créu? Aliás, eu mesma peço em tudo quanto é coisa que eu faço para não colocar a música dele porque sei que ele não gosta", diz ela que também está desconfiada da história.

(Folha de São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008)

AA

anáfora (algo que já foi dito anteriormente) catáfora (algo que será dito posteriormente)

Coesão por Referencia

COERÊNCIA: é o nível da significação. Como a articulação textual ocorre no campo das idéias e dos conceitos. COESÃO: é o aspecto formal, lingüístico, alcançado pela escolha de palavras cuja função é justamente a de estabelecer referências e relações, articulando entre si as várias partes do texto.

O QUE SE DIZ Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror! Que doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão! Que vida! Que talento! Que alívio! Que nada... Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente. (Carlos Orummond de Andrade. Poesia e prosa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar)

1) a retomada de termos, expressões ou frases já ditos ou sua antecipação; 2) o encadeamento de segmentos do texto.

Ex:

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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Ueba! Ronaldo bate bola na traveca!

Ele achou que traveca era mulher; então, além do joelho, tem que operar a vista! Ele não ouviu a voz grossa cobrando o programa? "É cenzão, porra!".Rarará! Chuva de pintos! Ronalducho se envolve em sururu com três travecas e vai parar na delegacia. E como é o nome do delegado? Carlos Augusto PINTO! Então, ele enfrentou quatro pintos: três dos travestis e um do delegado! E logo de três travecas?! Ele não consegue dominar uma bola, vai querer dominar seis bolas? E não é mais bola na trave, agora é bola na traveca. E vocês viram como a traveca é bagaça? Parece a Lacraia. Preferência sexual: traveca bagaça. Por isso que não deu certo com a Cicarelli e com a Raica. E sabe por que o Lula não comentou o caso? Porque ele não consegue falar TRÊS TRAVESTIS! Imagine, então, "três tristes travestis". E os Irmãos Bacalhau revelam que o Ronaldo vai trocar o Real Madrid pelo Real Travesti! E adorei a traveca mostrando o documento do carro do Ronaldo. Ela devia mostrar era o DOCUMENTO DELA!

(JOSÉ SIMÃO – Folha de São Paulo) 01. No texto, todos os fragmentos referem-se a Ronaldo, exceto: a) Ele achou que traveca era mulher b) Então, ele enfrentou quatro pintos: três dos travestis e um do delegado! c) Ele não consegue dominar uma bola, vai querer dominar seis bolas? d) Ele não consegue falar TRÊS TRAVESTIS! e) Ele não ouviu a voz grossa cobrando o programa? 02. No período, “Ela devia mostrar era o DOCUMENTO DELA!”, o autor se vale de uma: a) ambigüidade b) polissemia c) metáfora d) comparação e) ironia

Ronaldo: confusão com travesti no Rio

O atacante Ronaldo, do Milan, se envolveu em polêmica na madrugada desta segunda-feira. Após ter ido a uma boate no Rio de Janeiro, o craque terminou a noitada na 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), depois de uma confusão com o travesti André Luis Ribeiro Albertino, conhecido como Andréia Albertine. O travesti acusou o “Fenômeno” de envolvimento com drogas e publicou um

vídeo no "youtube" para comprovar a identidade do jogador. No vídeo, é possível ver o atacante, vestindo a camisa do Flamengo, e ouvir a voz de André dizendo "para provar que é você". Em frente ao motel na Barra, André Albertino deu entrevista dizendo que outros dois travestis teriam participado da noitada. Ele apresentou ainda um documento de carro em nome do craque Ronaldo Luiz Nazário de Lima - que teria sido deixado com ele como garantia de pagamento. O atleta nega ser usuário de drogas e diz ter sido vitima de tentativa de extorsão. Ele agradece a decência da autoridade que preside o fato e afirma que, se necessário, tomará as atitudes cabíveis. Por meio de sua assessoria de imprensa, o garoto propaganda da tim informou que nesta terça-feira divulgará novo boletim, e que não pretende dar entrevista sobre o incidente.

(GLOBOESPORTE.COM) 01. O fragmento “que teria sido deixado com ele como garantia de pagamento”, retoma outro anteriormente já citado no texto: a) o motel da barra b) André Albertino c) documento do carro d) o craque Ronaldo Luiz Nazário de Lima e) outros dois travestis

02. No texto, palavras e expressões foram usadas para fazer referencia a Ronaldo – o atacante, craque, jogador, fenômeno, atleta, garoto propaganda da Tim, ele. Recursos desse tipo servem para, exceto: a) para retomar algo já dito anteriormente b) para produzir a repetição enfática c) para manter a inter-relação lingüísticas e gramaticais entre os componentes do texto d) para manter a coesão referencial a partir de elementos referenciais que remetem a outros componentes do texto e) para usar o recurso coesivo pela substituição de termos que substituem outro de mesmo valor semântico.

Escândalo: Ronaldo Volta a Treinar com Bolas.

Ronaldo Nazário, o maior artilheiro das Copas de todos os tempos, não precisava passar por essa. Eis a notícia que vi na Folha: “Após bate-boca com travestis, Ronaldo vai

para delegacia no Rio”. Segundo a nota, Ronaldo, centroavante do Milan conhecido como “El Gordito”, saiu ontem à noite para comemorar a vitória do Flamengo, time pelo qual torce.

Segundo a versão de Ronalducho, ele estava triste por causa da contusão no joelho e decidiu encontrar uma companhia para “extravasar”. Porém, cometeu o tremendo vacilo de confundir Maria com Valdemar, e foi para um motel na Barra da Tijuca com um traveco, chamado André Luís Albertini, cujo nome de guerra é Andréia Albertini. Quando descobriu a fria em que tinha se metido, dispensou o serviço de Andréia e de mais duas amigas (ou amigos, sei lá) que ela havia chamado para lhe fazerem companhia. Resultado: um tremendo barraco, que acabou numa tentativa de extorsão dos travestis que pediram dinheiro para não irem à imprensa revelar a pisada na bola do Fenômeno. ( www.kkkrindoatoa.com ) Leia o fragmento extraído do texto anterior: “Após ter ido a uma boate no Rio de Janeiro, o craque terminou a noitada na 16ª Delegacia de Polícia, depois de uma confusão com o travesti conhecido como Andréia Albertine”.

Agora compare com o fragmento: “Resultado: um tremendo barraco, que acabou numa tentativa de extorsão dos travestis que pediram dinheiro para não irem à imprensa revelar a pisada na bola do Fenômeno”.

01. O verbo IR, usado nos dois fragmentos é: a) transitivo direto por isso pede auxilio de um objeto sem o uso da preposição b) transitivo indireto por isso pede auxilio de um objeto com o uso da preposição c) transitivo direto ou indireto por isso ora pede o auxilio da preposição, ora do artigo d) intransitivo por isso pede auxilio de um adjunto adverbial apoiado sem o uso da preposição e) intransitivo e pede auxilio de um adjunto adverbial apoiado sempre pela preposição

02. Sobre o emprego da crase junto ao verbo IR podemos afirmar que: a) no primeiro caso a ausência do acento grave se deve ao fato de que o autor deu preferência ao artigo um e não ao artigo feminino a b) no primeiro caso a ausência do acento grave se deve ao fato de que o autor deu preferência ao artigo sem usar a preposição c) no segundo caso a presença da crase pode ser explicada pela presença da expressão pisada na bola que é feminina e que por isso exige o auxílio do artigo feminino, d) no segundo caso a crase está empregada inadequadamente já que temos a presença do verbo revelar no infinitivo e) no primeiro caso a ausência do acento grave produz um desvio gramatical, pois o verbo exige o auxílio prepositivo e a palavra boate, feminina, o uso do artigo, assim a crase seria obrigatória.

Page 160: Vestibular Impacto - Português

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RECURSOS LINGÜISTICOS: PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MAURO NASCIMENTO

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Figuras de linguagem, também chamadas figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale quem fala ou escreve, para comunicar a expressão mais força e colorido, intensidade e beleza.

"Linguagem e a faculdade que tem o homem de exprimir seus estados mentais por meio de um sistema de sons vocais chamado língua". Figuras de linguagem - e o conjunto de modificações na forma com O]o fim de embelezar a expressão.

As figuras de linguagem apresentam-se sob três aspectos diferentes:

a) quando há modificações na estrutura do período (concordância, regência e colocação), as figuras de linguagem são chamadas de Figura de Sintaxe ou de Construção.

b) quando há substituição de uma palavra por outra, as figuras de linguagem 5030 chamadas de Figuras de palavras.

c) quando há emprego de uma palavra em sentido diferente do real, as figuras de linguagem recebem o nome de Figuras de Pensamento.

1 – COMPARAÇÃO - E o mero confronto de idéias entre dois seres ou fatos em que nossa mente percebe alguma semelhança. O termo comparativo vem expresso.

Exs.: Bia é tão estudiosa quanto Eva Aquele homem e esperto tal uma raposa Maria e forte qual um leão Os trapezistas são ágeis como um gato. Este time joga melhor do que aquele.

2 - METÁFORA - E a substituição de um nome por outro em virtude de urna semelhança real ou imaginária entre dois seres.

Exs.: Aquele homem e uma raposa o pavão e um arco-íris de plumas Seus olhos são raios de sol. Ela está na flor dos anos. A velhice e outono da vida Esta criança e um touro Foi um rio que passou em minha vida

3 - METONÍMIA - E a substituição de uma palavra por outra que tenha com ela alguma relação. Os principais casos de metonímia são:

a) causa pelo efeito:

Exs.: Na guerra meus dedos disparam mil tiros (em vez de morte) O Sol está violento (em vez de calor) Vivia sempre do trabalho (em vez de recursos) b) autor pela obra:

Ex.: Lemos Jose de Alencar (em vez de a obra de Jose de Alencar) c) continente pelo conteúdo: Exs.: Tomou uma xícara de café (em vez de o café) A cidade chorava a morte de seu benfeitor (em vez de o pessoal)

d) abstrato pelo concreto:

Ex.: Devemos respeitar a velhice (em vez de as pessoas velhas)

f) instrumento pelo agente:

Ex.: "As penas do pais homenagearam a memória do que adormecera para sempre." (em vez de os escritores).

g) símbolo pela instituição:

Ex.: Não se afaste da Cruz (em vez de 0 cristianismo)

h) inventor pelo invento:

Ex.: Edson ilumina o mundo. (em vez de Lâmpadas)

i) possuído pelo possuidor:

Ex.: Milhares de fuzis invadiram a cidade (em vez de soldados).

j) matéria pelo produto, e vice-versa:

Exs.: "Lento, o bronze soa” "Uma só árvore Ihes da o vestido, e as armas, e a casa e a embarção"

I) lugar pela coisa:

Ex.: Fumou um havana (em vez de um charuto) Observação:

Muitos autores não distinguem a metonímia da sinédoque. A maioria prefere utilizar apenas o termo "metonímia" para designar também a sinédoque. Mais importante do que distingui-Ias e compreender que elas esmo fundadas num mesmo principio: ambas baseiam-se numa relação objetiva, verificável da realidade externa ao sujeito que as produz. Essas relações podem ser traduzidas como uma substituição da causa pelo efeito, do abstrato pelo concreto, do continente pelo conteúdo, da parte pelo todo, da matéria pelo produto, do singular pelo plural, etc., ou vice-versa.

4. ALITERAÇÃO: E a repetição do mesmo fonema consonantal, no inicio de palavras consecutivas. Ex.: - "Ringe e range, o rouquenha, a rígida moeda"

— "Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos" — "Sinos sonoros que em manhãs serenas." — "Aos céus sociais, sonoros, cristalinos." — "Vozes veladas, veludosas vozes." — "Que um Franco Rei Faz Fraca a Forte gente!"

(Camões) — "Brancas Bacantes BêBedas o Beijam."

(Cruz e Sousa)

"Fogem, fuidas, fluindo is fina flor dos fenos. Fujamos, flor! A flor destes floridos fenos."

5. HIPERBATO OU INVERSÃO: Consiste na inversão da ordem natural e direta dos termos da oração.

Exs.: "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante".

— "Passeiam, is tarde, as belas na Avenida." (Carlos Drummond de Andrade)

(= As belas passeiam na Avenida is tarde)

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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— "Passarinho, desisti de te ter." (Ruben Braga)

(= Desisti de ter o passarinho) - "Nada pode a maquina/ inventar das coisas."

(Carlos Drummond de Andrade)

(- A máquina nada pode inventar das coisas) - "Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas cabeças pôr de rosas."

(Camões)

(= Enquanto manda as ninfas amorosas pôr grinaldas de rosas nas cabeças)

- "Política, Samuel não discutia"

OBS.1: Anástrofe: inversão, sintática ou retórica, da ordem convencional das palavras. Trata-se de uma simples inversão de palavras vizinhas (determinante x determinando)

Ex.: Das rosas o perfume agrada OBS.2: Sínquise: inversão, sintática ou retórica, da ordem convencional das palavras. Trata-se de uma inversão violenta de distantes partes da frase. E um hipérbato exagerado.

Ex.: A grita se levanta ao céu, da gente.

OBS.3: Hipálage: inversão da posição do objetivo (uma qualidade que pertence a um objeto e atribuída a outro existente na mesma frase).

Ex.: "O ápice do pinheiro emanava um perfume pontudo."

6. PLEONASMO: E o emprego de palavras desnecessárias ao sentido, as quais vem entretanto, reforçar o pensamento.

Ex.: - Vi, com meus próprios olhos, 0 teu nome na relação dos aprovados no vestibular.

- Meus livros dei-os todos aos alunos - "A mim, resta-me agora a esperança de viver" - O jogador matou-se a si mesmo. - Aquele passarinho não conseguiu alcança-lo

OBS.: O pleonasmo tem por finalidade reforçar a expressão. Quando não atinge este fim, e vicioso e deve ser evitado.

Ex.: - Hemorragia de sangue. - Hepatite do figado - Subir para o segundo andar. (certo) - Desce para baixo (errado) - Descer para o primeiro andar (certo) - Entrar cara dentro - Sair para fora: sair lá para fora - Dormi um sono (errado) - Dormi, ontem, um sono tranqüilo (certo) - Morreu uma morte. (errado) - A enfermeira morreu uma morte violenta (certo) - Ele comeu com a boca - Suicidar-se a si mesmo.

FESTA DO ÇAIRÉ OU SAIRÉ

A palavra Çairé origina-se dos dois termos Çai Erê, que significa “Salve! Tu o dizes”, que era usada pelos índios como forma de saudação. Entretanto, fui alertada pelo Sr. Jefferson Cardoso, conhecedor dessa história, de que há uma controvérsia quanto a grafia da palavra Çairé. Segundo ele, a palavra original era Sairé, mas a comunidade de Alter-do-Chão, achou por bem, ou talvez por associarem sua derivação à linguagem indígena, passaram denominar a festa com uma nova escrita: Çairé. Entretanto, como pode-se contratar não há na língua portuguesa nenhuma palavra que inicie com “ç” e segundo seu Jefferson, houve uma nova discussão sobre o assunto e por consenso, voltou-se a chamar a festa por seu nome original.

Originalmente, a Festa do Çairé era um baile indígena (puracê), cujos festejos, revelaram desde o primeiro século da colonização, já a influência das missões católicas. Era uma “corda de giro”, ou melhor, uma espécie de dança de roda conduzida por um “arco”, que era o motivo indígena desse préstito e festival, o centro geométrico de um animado puracê (baile). Tal arco era um semi-círculo com diâmetro e raios todos assinalados em algodão, onde eles pendem fitas vermelhas. Era ornamentado ainda, com uma cruz forrada e enfeitada, revelando o símbolo católico que o jesuíta acrescentou ao outro símbolo pagão o qual, pela forma geométrica revelada, denotava sua origem em povos americanos de civilização mais avançada, quais os astecas e os incas. É um exemplo de como foi o missionário mestiçado a fé católica, através da dança e do canto, para catequiza o índio e denominá-lo por fim. Transformou-se portanto, em uma cerimônia religiosa e profana, onde entram nela a reza e a dança. Essa consistia em passos curtos, como o de marcar passos dos soldados, com um movimento em que uma índia do centro servia de eixo sobre o qual girava o Çairé. EXERCÍCIOS

01. O primeiro termo destacado segue: a) Uma explicação. c) Uma afirmação. b) Uma contradição. d) Uma resolução.

02. A palavra “como” presente na segunda linha do texto; a) Expressa uma idéia de comparação entre o comportamento do índio e a saudação. b) Demonstra uma forma com que o índio se expressava na época. c) Apresenta uma comparação entre um elemento e outro. d) Expressa uma conformidade de um fato.

03. A expressão que se refere ao senhor Jefferson Cardoso que se apresenta entre vírgulas; a) Especifica. c) Exemplifica. b) Reforça. d) Confirma.

04. A controvérsia entre a palavra Sairé e Çairé ocorre devido: a) Um fator histórico. c) Um fator gramatical. b) Um fator geográfico. d) Um fator cultural.

05. No início do segundo parágrafo podemos perceber: a) A força inabalável da religiosidade. b) O paganismo dos índios sendo vencido pelos religiosos. c) A importância da religiosidade na festa. d) A presença da igreja católica entre os índios.

06. No segundo parágrafo do texto ao relatar o que seria o “çairé” podemos perceber que: a) As pessoas em volta de um arco dançavam girando. b) O “arco” era o ponto de partida para a dança. c) As pessoas giravam como se fosse uma roda em torno de um arco. d) O arco não tinha sentido relevante na dança. 07. Este momento histórico da origem do çairé nos revela o: a) Quinhentismo. c) Arcadismo. b) Barroco. d) Romantismo.

08. A palavra “pendem” destacada no texto nos retrata uma imagem: a) Horizontal. c) Incolor. b) Nebulosa. d) Vertical.

09. O último contexto destacado nos revela: a) Uma metáfora. c) Uma gradação. b) Um paradoxo. d) Uma hipérbole

Page 162: Vestibular Impacto - Português

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Recursos Lingüísticos: Processo de Comunicação

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: ÉRICA

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Critério Os náufragos de um transatlântico, dentro de um

barco salva-vidas perdido em alto-mar, tinham comido as últimas bolachas e contemplavam a antropofagia como

único meio de sobrevivência. – Mulheres primeiro – propôs um cavalheiro.

A proposta foi rebatida com veemê- cia pelas mulheres. Mas estava posta a questão: que critério usar para decidir quem seria sacrificado primeiro para que os outros não morressem de fome? – Primeiro os mais velhos – sugeriu um jovem.

Os mais velhos imediatamente se uniram num protesto. Falta de respeito! – É mesmo – disse um –, somos difíceis de mastigar.

Por que não os mais jovens, sempre tão dispostos aos gestos nobres? – Somos, teoricamente, os que têm mais tempo para viver – disse um jovem. – E vocês precisarão da nossa força nos remos e dos nossos olhos para avistar a terra – disse outro.

Então os mais gordos e apetitosos. – Injustiça! – gritou um gordo. – Temos mais calorias acumuladas e, portanto, mais probabilidade de sobreviver de forma natural do que os outros.

Os mais magros? – Nem pensem nisso – disse um magro, em nome dos demais. – Somos pouco nutritivos. – Os mais contemplativos e líricos? – E quem entreterá vocês com histórias e versos enquanto o salvamento não chega? – perguntou um poeta.

Os mais metafísicos? – Não esqueçam que só nós temos um canal aberto para lá – disse um metafísico, apontando para o alto – e que pode se tornar vital, se nada mais der certo.

Era um dilema. É preciso dizer que esta discussão se dava num

canto do barco salva-vidas, ocupado pelo pequeno grupo de passageiros de primeira classe do transatlântico, sob os olhares dos passageiros de segunda e terceira classe, que ocupavam todo o resto da embarcação e não diziam nada. Até que um deles perdeu a paciência e, já que a fome era grande, inquiriu: – Cumé?

Recebeu olhares de censura da primeira classe. Mas como estavam todos, literalmente, no mesmo barco, também recebeu uma explicação. – Estamos indecisos sobre que critério utilizar. – Pois eu tenho um critério – disse o passageiro de segunda.

– Qual é? – Primeiro os indecisos.

Esta proposta causou um rebuliço na primeira classe acuada. Um dos seus teóricos levantou -se e pediu: – Não vamos ideologizar a questão, pessoal!

Em seguida levantou-se um ajudante de maquinista e pediu calma. Queria falar. – Náufragos e náufragas – começou. – Neste barco só existe uma divisão real, e é a única que conta quando a situação chega a este ponto.

Não é entre velhos e jovens, gordos e magros, poetas e atletas, crentes e ateus... É entre minoria e maioria.

E, apontando para a primeira classe, gritou: – Vamos comer a minoria!

Novo rebuliço. Protestos. Revanchismo não! Mas a maioria avançou sobre a minoria. A primeira não era primeira em tudo? Pois seria a primeira no sacrifício.

Não podiam comer toda a primeira classe, indiscriminadamente, no entanto. Ainda precisava haver critérios. Foi quando se lembraram de chamar o Natalino. O chefe da cozinha do transatlântico.

E o Natalino pôs-se a examinar as provisões, apertando uma perna aqui, uma costela ali, com a empáfia de quem sabia que era o único indispensável a bordo.

O fim desta pequena história admonitória é que, com toda a agitação, o barco salva-vidas virou e todos, sem distinção de classes, foram devorados pelos tubarões. Que, como se sabe, não têm nenhum critério.

(VERÍSSIMO, L.F. O nariz e outras crônicas. 3a edição. São Paulo: Ática, 1997).

01. As citações de Antônio Cândido, no prefácio do volume 5 da coleção Para gostar de ler da Editora Ática, revelam características da crônica, exceto em: a) "... a crônica pode dizer as coisas mais sérias e mais empenhadas por meio do ziguezague de uma aparente conversa fiada." b) "... a crônica brasileira bem realizada participa de uma língua geral lírica, irônica, casual, amparada por um diálogo rápido e certeiro..." c) "... sintaxe rebuscada, com inversões freqüentes; (...) vocabulário opulento..." d) "... quase sempre utiliza o humor." 02. Assinale o que não for verdadeiro em relação à linguagem e a quem a utiliza: a) "Cumé?" – representante do grupo dos mais jovens. A fala revela a linguagem carregada de gírias própria dos adolescentes. b) "Náufragos e náufragas. Neste barco só existe uma divisão real, e é a única que conta quando a situação chega a este ponto. Não é entre velhos e jovens, gordos e magros, poetas e atletas, crentes e ateus... É entre minoria e maioria." –ajudante de maquinista. A fala caracteriza o discurso dos movimentos de resistência da classe operária.

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c) "Primeiro os indecisos." – passageiro da segunda classe. A fala remete à malandragem, à ironia, à malícia do povo. d) "Não vamos ideologizar a questão, pessoal!" – teórico da primeira classe. A fala reflete a posição assumida pelos intelectuais de elite. 03. “como único meio de sobrevivência". Assinale a alternativa em que a palavra "meio" é empregada com o mesmo sentido do fragmento acima: a) Estamos meio preocupados com o futuro do país. b) Muitos brasileiros recebem menos que meio salário por mês. c) O resultado do jogo deixou uns meio tristes e outros meio alegres. d) A corrupção tornou-se meio de enriquecimento ilícito para muitos. 04. Observe: "A proposta foi rebatida com veemência pelas mulheres." "Os mais metafísicos?" "Revanchismo não!" "... com a empáfia de quem sabia...". Aponte a opção que contenha os sinônimos dos termos grifados: a) impetuosidade, filosóficos, desforra, soberba. b) grosseria, filosóficos, desprendimento, orgulho. c) indiscrição, filosóficos, comodismo, arrogância. d) estupidez, filosóficos, conformismo, indiferença. Leia o texto abaixo para as duas próximas questões.

I. A tira de Quino constitui uma narrativa porque é marcada pela presença de um narrador. II. Entre o segundo e o terceiro quadrinho há uma relação de causa – conseqüência. III. A ação se desenvolve a partir do confronto entre os pontos de vista das personagens. IV. Há uma transformação que se opera no interior da personagem principal. 05. Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas apenas. a) I e II. d) I, III e IV. b) I e IV. e) II, III e IV. c) II e III. I. Não obstante a diferença na pontuação, todas as frases proferidas pelas personagens têm valor exclamativo. II. No primeiro quadrinho, o verbo “chegar” está empregado no sentido de “ter início” e não exige complemento. III. No segundo quadrinho, o verbo “chegar” significa “atingir” e exige um complemento introduzido por preposição.

IV. O processo que distingue “chegar a primavera” de “chegar à primavera” equivale ao verificado em “chegar o fim” e “chegar ao fim”. 06. Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas. a) I e II, apenas. b) I e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, II e III, apenas. e) I, II, III e IV.

Questões analítico-discursivas

07. O slogan abaixo faz parte da propaganda de um novo carro de luxo lançado recentemente no mercado.

Analisando o slogan da propaganda, que idéia fica subentendida em relação à posse do carro anunciado?

Disponível em: www.greenpeace.org.br. Acesso em: 8 set. 2006.

08. A imagem acima é de uma campanha publicitária de uma organização não-governamental, Greenpeace, e retrata uma das cenas de seca ocorrida na Amazônia em 2005. Explique como o efeito de sentido pretendido por essa campanha atinge o leitor. ______________________________________________

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KL 240308

Recursos lingüísticos: Processo de Comunicação.

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PROFº: ELIZETE

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

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Com base na leitura do texto Mercado de pulgas, assinale a alternativa correta nas questões de 01 a 05.

Mercado de pulgas Muita cidade tem o seu “mercado de pulgas” – ou das

pulgas –, uma área afastada do centro, onde não são vendidas pulgas – era só o que faltava... –, e sim objetos expostos no estado em que se encontram, uma tralha de coisas caducas. Nada de embalagens vistosas e sofisticadas instalações. Tudo despojado, à avaliação de possíveis interessados. Seu precursor foi o Marche aux puces de Saint-Ouen, nos subúrbios de Paris.

Mas o que as pulgas têm a ver com isso? É que boa parte das peças à venda é de vestuário, e freqüentemente infestadas de pulgas. Esses prolíficos bichinhos sifonápteros – uma fêmea pode gerar 20 pulgas! – adoram acomodar-se em macios bolsos de ternos, bainhas de calça e outros sítios igualmente aconchegantes.

Um dos maiores mercados de pulgas do mundo é o El Rastro, de Madri, para onde acorrem sôfregas multidões todo domingo. O mesmo acontece na feira de San Telmo, em Buenos Aires, nos famosos Flea Markets de Londres e Nova York, e onde mais exista boa pechincha que desperte curiosidade e velhos anseios...

Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, Nº 24, Outubro de 2007. (Texto adaptado)

01. O propósito comunicativo do texto Mercado de pulgas é, sobretudo, a) divulgar os produtos vendidos em mercados de pulgas. b) informar quais são os principais mercados de pulgas do mundo. c) explicar o que significa “prolíficos bichinhos sifonápteros”. d) esclarecer o significado da expressão “mercado de pulgas”. e) criticar os vendedores que atuam em mercados de pulgas. 02. A idéia expressa pela palavra em destaque está corretamente indicada, entre colchetes, na alternativa a) “Muita cidade tem o seu ‘mercado de pulgas’...” [quantidade total] b) “Tudo despojado, à avaliação de possíveis interessados.” [quantidade aproximada] c) “É que boa parte das peças à venda é de vestuário, e freqüentemente infestadas de pulgas.” [dúvida] d) “Esses prolíficos bichinhos sifonápteros – uma fêmea pode gerar 20 pulgas!” [obrigatoriedade] e) “... adoram acomodar-se em macios bolsos de ternos, bainhas de calça e outros sítios igualmente aconchegantes.” [comparação] 03. O conectivo e, em destaque nos enunciados abaixo, indica idéia de adição, exceto em a) “... uma área afastada do centro, onde não são vendidas pulgas – era só o que faltava... –, e sim objetos expostos no estado em que se encontram...” b) “Nada de embalagens vistosas e sofisticadas instalações.” c) “... adoram acomodar-se em macios bolsos de ternos, bainhas de calça e outros sítios igualmente aconchegantes.” d) “O mesmo acontece na feira de San Telmo, em Buenos Aires, nos famosos Flea Markets de Londres e Nova York...” (linhas e) “... onde mais exista boa pechincha que desperte curiosidade e velhos anseios...”

MARQUE A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA NAS QUESTÕES DE 04 A 05. 04. Sobre o emprego dos sinais de pontuação, julgue as afirmativas abaixo:

I No trecho “... uma área afastada do centro, onde não são vendidas pulgas – era só o que faltava... –, e sim objetos expostos no estado em que se encontram...”, os travessões separam uma observação à parte feita pelo autor. II No trecho “Esses prolíficos bichinhos sifonápteros – uma fêmea pode gerar 20 pulgas! – adoram acomodar-se em macios bolsos de ternos...” , os travessões separam uma explicação. III No enunciado “Mas o que as pulgas têm a ver com isso?” , o ponto de interrogação marca um enunciado em que o autor expressa surpresa. IV No trecho “É que boa parte das peças à venda é de vestuário, e freqüentemente infestadas de pulgas.” , a vírgula é um recurso pelo qual se pôs em destaque uma idéia. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) a) I, somente. b) II, somente. c) I e III. d) I, II e III. e) I, II e IV. 05. Por meio da linguagem figurada o autor expressa um julgamento negativo sobre o mercado de pulgas em a) “Muita cidade tem o seu “mercado de pulgas” – ou das pulgas –, uma área afastada do centro...” b) “... objetos expostos no estado em que se encontram, uma tralha de coisas caducas...” c) “Nada de embalagens vistosas e sofisticadas instalações.” d) “Tudo despojado, à avaliação de possíveis interessados.” e) “Seu precursor foi o Marché aux puces de Saint-Ouen, nos subúrbios de Paris.” Com base na leitura do texto A riqueza do futebol, assinale a alternativa correta nas questões de 01 a 05.

A riqueza do futebol

Mais do que uma simples diversão e exercício corporal, o futebol é uma dimensão da cultura que utiliza a coordenação criativa do corpo para expressar e educar as emoções.

Para certos tipos intelectuais, o futebol não passa de um poderoso instrumento de alienação. Na verdade, o futebol é um grande ritual pedagógico da alma coletiva. Por meio dos jogadores, da bola, da vitória e, mais ainda, da derrota, cada torcedor vivencia de forma simbólica e altamente emocional uma maneira criativa de cultivar, educar e guiar as suas emoções.

Na opinião de muitas pessoas, o futebol só perde para o “Carnaval” entre os grandes exemplos de alienação social no Brasil. Isso me parece uma visão superficial da cultura brasileira, e até mesmo do que seja cultura. Um fenômeno só faz vibrar a alma individual e cultural de um povo na medida em que contém símbolos que expressem e alimentem a vida psíquica desse povo.

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Dentro de uma simbólica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoções coletivas, não são mero passatempo. Não são – como muitos pensam – o mundo do superficial, do não-sério. Os grandes rituais de uma cultura fazem emergir aspectos profundos das nossas raízes arque típicas. Sua prática realimenta os indivíduos por meio da vivência de símbolos da psique coletiva. Assim, tanto mais rica será uma cultura quanto mais numerosos e exuberantes forem os rituais que seus indivíduos tiverem à disposição.

As dicotomias maniqueístas tornaram-se um câncer que devora e fragiliza a cultura ocidental, gerando categorias estáticas que aprisionam os símbolos. Assim é que muitos só consideram cultura o que se aprende nas universidades e relegam a um plano irrelevante tudo o que é espontâneo e popular. Esse pensamento dicotômico e elitista é incapaz de perceber os símbolos, pois separa o trabalho da arte, o sério do não-sério, o dever do prazer, e se esquece de que, muito antes de o homem ter começado a escrever, já era capaz de expressar por mitos e rituais as suas vivências mais profundas e significativas.

Popularizado cada vez mais pela globalização, o futebol é um jogo que emociona multidões e ocupa no Brasil a função de esporte nacional, que já nos deu cinco Copas do Mundo. Por tudo isso, ele é o nosso maior exercício coletivo simbólico de desenvolvimento. Carlos Amadeu Botelho Byington. Revista Psique Ciência

& Vida. Ano 1, Nº 7. Texto adaptado

01. No texto, considera-se que o futebol é um dos símbolos da riqueza cultural de um povo. O fragmento em que se reforça essa consideração, por meio de uma relação de proporcionalidade de: a) “Para certos tipos intelectuais, o futebol não passa de um poderoso instrumento de alienação.” b) “Dentro de uma simbólica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoções coletivas, não são mero passatempo.” c) “Sua prática [dos grandes rituais] realimenta os indivíduos por meio da vivência de símbolos da psique coletiva.” d) “Assim, tanto mais rica será uma cultura quanto mais numerosos e exuberantes forem os rituais que seus indivíduos tiverem à disposição.“ e) “Assim é que muitos só consideram cultura o que se aprende nas universidades e relegam a um plano irrelevante tudo o que é espontâneo e popular.”

MARQUE A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA NAS QUESTÕES DE 01 A 05.

02. Considere o trecho

“Na verdade, o futebol é um grande ritual pedagógico da alma coletiva.”

A alternativa em que o segmento transcrito é uma paráfrase explicativa desse trecho é a) “Por meio dos jogadores, da bola, da vitória e, mais ainda, da derrota, cada torcedor vivencia de forma simbólica e altamente emocional uma maneira criativa de cultivar, educar e guiar as suas emoções.” b) “Na opinião de muitas pessoas, o futebol só perde para o Carnaval entre os grandes exemplos de alienação social no Brasil.” c) “Um fenômeno só faz vibrar a alma individual e cultural de um povo na medida em que contém símbolos que expressem e alimentem a vida psíquica desse povo.” d) “Dentro de uma simbólica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoções coletivas, não são mero passatempo.” e) “As dicotomias maniqueístas tornaram-se um câncer que devora e fragiliza a cultura ocidental, gerando categorias estáticas que aprisionam os símbolos.”

03. Entre as passagens do texto transcritas abaixo, a que expressa uma oposição de idéias é: a) “Mais do que uma simples diversão e exercício corporal, o futebol é uma dimensão da cultura que utiliza a coordenação criativa do corpo para expressar e educar as emoções.” b) “Para certos tipos intelectuais, o futebol não passa de um poderoso instrumento de alienação. Na verdade, o futebol é um grande ritual pedagógico da alma coletiva.” c) “Um fenômeno só faz vibrar a alma individual e cultural de um povo na medida em que contém símbolos que expressem e alimentem a vida psíquica desse povo.” d) “Dentro de uma simbólica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoções coletivas, não são mero passatempo.” e) “Os grandes rituais de uma cultura fazem emergir aspectos profundos das nossas raízes arque típicas. Sua prática realimenta os indivíduos por meio da vivência de símbolos da psique coletiva.” 04. Com o possível propósito de garantir a clareza das idéias, fez-se a inversão da ordem direta de um termo no enunciado: a) “Para certos tipos intelectuais, o futebol não passa de um poderoso instrumento de alienação.” b) “Não são – como muitos pensam – o mundo do superficial, do não-sério.” c) “Os grandes rituais de uma cultura fazem emergir aspectos profundos das nossas raízes arque típicas.” d) “Sua prática realimenta os indivíduos por meio da vivência de símbolos da psique coletiva.” e) “Por tudo isso, ele é o nosso maior exercício coletivo simbólico de desenvolvimento.” 05. Por meio de uma metáfora, o autor critica uma forma de pensamento que impede de se reconhecer o futebol como um símbolo da cultura em a) “Na opinião de muitas pessoas, o futebol só perde para o Carnaval entre os grandes exemplos de alienação social no Brasil.” b) “Dentro de uma simbólica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoções coletivas, não são mero passatempo.” c) “As dicotomias maniqueístas tornaram-se um câncer que devora e fragiliza a cultura ocidental, gerando categorias estáticas que aprisionam os símbolos.” d) “Popularizado cada vez mais pela globalização, o futebol é um jogo que emociona multidões e ocupa no Brasil a função de esporte nacional, que já nos deu cinco Copas do Mundo.” e) “Por tudo isso, ele é o nosso maior exercício coletivo simbólico de desenvolvimento.” 06. Os itens gramaticais em destaque funcionam como recurso coesivo no texto, EXCETO em: a) “Isso me parece uma visão superficial da cultura brasileira, e até mesmo do que seja cultura.” b) “Dentro de uma simbólica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoções coletivas, não são mero passatempo.” c) “Sua prática realimenta os indivíduos por meio da vivência de símbolos da psique coletiva.” d) “Esse pensamento dicotômico e elitista é incapaz de perceber os símbolos, pois separa o trabalho da arte, o sério do não-sério, o dever do prazer, e se esquece de que, muito antes de o homem ter começado a escrever, já era capaz de expressar por mitos e rituais as suas vivências mais profundas e significativas.” e) “Por tudo isso, ele é o nosso maior exercício coletivo simbólico de desenvolvimento.”.

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JACKY07/02/08

RECURSOS MORFOLÓGICOS VARIÁVEIS USADOS EM TEXTOS.

Frente: 01 Aula: 02

PROFº: ILDEMAR A Certeza de Vencer

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Texto I: Comunidade chinesa celebra o Ano Novo na Praça da Sé

Grupo apresentou danças típicas e os símbolos das Olimpíadas 2008. Eles celebram o ano do rato, um dos

12 signos no horóscopo chinês.

Comunidade chinesa organizou evento de comemoração do Ano Novo chinês na Praça da Sé, região central de São Paulo. Para celebrar o rato, que também simboliza fartura e riqueza, os chineses apresentaram danças típicas e os mascotes das Olimpíadas de Pequim. O rato representa o início de um novo ciclo, já que é o primeiro dos 12 signos do horóscopo chinês. (Foto:Caio Guatelli/Folha Imagem)

As palavras podem ser, de acordo com a sua disposição na oraçao, de dois tipos: variáveis ou invariáveis.

1. Palavra variável é aquela que pode alterar a sua forma. 2. Palavra invariável é aquela que tem forma fixa. Dentre as formas variáveis e invariáveis, existem dez classes gramaticais, a saber: • Classes principais: são a base do idioma e formam o núcleo das orações, a saber: • Substantivos - Classe de palavras variáveis com que se designam e nomeiam os seres em geral. • Verbos - Classe de palavras de forma variável que exprimem o que se passa, isto é, um acontecimento representado no tempo. Indicam acção, facto, estado ou fenómeno. Toda palavra que se pode conjugar. • Satélites: servem para exprimir atributos das classes principais, a saber: • Artigos - Classe de palavras que acompanham os substantivos, determinando-os. • Adjetivos - Classe de palavras que indicam as qualidades, origem e estado do ser. O adjetivo é essencialmente um modificador do substantivo.

• Numerais - Classe de palavras quantitativas. Indica-nos uma quantidade exacta de pessoas ou coisas, ou o lugar que elas ocupam numa série. • Pronomes - Classe de palavras com função de substituir o nome, ou ser; como também de substituir a sua referência. Servem para representar um substantivo e para o acompanhar determinando-lhe a extensão do significado. • Advérbios - Classe de palavras invariáveis indicadoras de circunstâncias diversas; é fundamentalmente um modificador do verbo, podendo também modificar um adjetivo, outro advérbio ou uma oração inteira. • Conectivos: Servem para estruturar a sintaxe de uma oração, a saber: • Preposições - Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas subordinando a segunda à primeira palavra. • Conjunções - Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas palavras ou duas orações. • Interjeições - Classe de palavras invariáveis usadas para substituir frases de significado emotivo. Obtido em

"http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_classes_de_palavras" Texto II: A Campanha da Fraternidade de 2008, cujo tema é "Fraternidade e Defesa da Vida", traz à tona neste ano temas polêmicos, como o aborto, a eutanásia e pesquisas com embriões humanos, práticas condenadas pela Igreja Católica. Com o lema, "Escolhe, pois, a vida", a 45ª edição da campanha foi lançada em São Paulo pelo arcebispo Dom Odilo Scherer, que celebrou na tarde desta quarta-feira (6) uma missa na Catedral da Sé, Centro.

Com essa campanha, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) quer levar à reflexão a problemática relativa à violência, à suspensão da vida humana, como assassinatos, abortos e vícios de drogas e de álcool que remetem à morte, e levar à discussão dos argumentos que levam a defender a vida", afirmou o cardeal.

Dom Odilo Scherer diz esperar que tanto a população quanto o Estado reflitam sobre a importância de preservação da vida. Sobre as críticas de que a Igreja defende o tema com argumentos religiosos, o arcebispo reagiu, afirmando que a defesa da vida não é apenas uma questão de religião, mas de direitos humanos. "Isso é uma falácia. (A defesa da vida) é um argumento cidadão antes de ser um argumento

religioso."

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O cardeal negou que a discussão do aborto e de pesquisas com embriões, proposta pela campanha deste ano, esteja relacionada a uma condenação da modernidade pela Igreja. Entretanto, citou a existência de projetos que tramitam no Congresso de legalização do aborto. "Tudo isso são fatos que mostram uma desvalorização da vida humana."

O religioso também refutou que haja contradição no fato de a Igreja condenar o uso científico de embriões humanos que, ao mesmo tempo, poderiam salvar vidas. "O embrião já é um ser humano. Posso tirar a vida de um menino de 10 anos para dar a outro? A vida humana não pode ser trocada por outra vida."

Dom Odilo afirma esperar que a defesa da vida, por meio da educação, contribua futuramente para a redução da violência e para o respeito da vida desde o seu nascimento até seu fim natural.

Frase, oração e período Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Frase é todo enunciado linguístico capaz de

transmitir uma idéia. A frase é uma palavra ou conjunto de palavras que constitue um enunciado de sentido completo. A frase não virá necessariamente acompanhada por um sujeito, verbo e predicado, como segue o exemplo: «Cuidado!» é uma frase, pois transmite uma idéia, a idéia de ter cuidado, ou ficar atento, e não há um único verbo, ou sujeito, muito menos predicado. A frase se define pelo propósito de comunicação, e não pela sua extensão. O conceito de frase portanto, abrange desde estruturas linguisticas muito simples até enunciados bastante complexos Já a oração é todo enunciado lingüístico que se estrutura ao redor de um verbo, apresentando, desta maneira e na maioria das vezes, "termos essenciais da oração, sujeito e predicado". Ex: «O menino sujou sua camiseta.» O que caracteriza a oração é o verbo, não importando se sem ele, a oração tenha sentido ou não. O período é uma frase que possui uma ou mais orações, podendo ser: • Simples: Quando constituído de uma só oração. Ex.: O João ofereceu um livro à Joana. • Composto: Quando é constituído de duas ou mais orações. Ex.: O povo anseia que haja uma eleição justa, pois a última obviamente não o foi. Os períodos compostos são formados por coordenação, por subordinação ou por ambas as formas(coordenação-subordinação). Tipos básicos de frases • Frases declarativas: após a constatação de um fato, o emissor faz uma declaração; • Frases exclamativas: as que possuem exclamação; • Frases imperativas: as que expressam ordens; proibições; conselhos. • Frases interrogativas: as que transmitem perguntas; E ainda há mais dois grupos secundários: • Frases optativas: o emissor expressa um desejo (Ex.: Quero comer picolé.);

• Frases imprecativas: o emissor expressa uma súplica através de maldição. (Ex.: Que um raio caia sobre minha cabeça.). • Frase feita: É a que, a fim de expressar determinada idéia, é dita sempre de forma invariável. Exemplo: Ele foi pego com a boca na botija. Note-se que às vezes uma frase feita é, ao mesmo tempo, uma expressão idiomática. Por exemplo, a frase feita acima citada é dita em inglês como He was caught red-handed.), ou, literalmente: ele foi pego com as mãos vermelhas. • Frase formal (não-coloquial, não-popular) : É a dita segundo as normas da linguagem padrão ou formal. Esta é usada formalmente por escrito, e em circunstâncias formais também oralmente, em textos não raro mais longos (em relação a textos sinônimos coloquiais), às vezes com palavras difíceis (que não são do conhecimento da população em geral). • Frase coloquial (coloquialismo) : É a dita de forma coloquial, ou seja, usando-se uma linguagem simples, em geral oralmente, com textos resumidos e informais. Uma frase coloquial pode conter erros gramaticais (uma ou mais palavras não estão na linguagem padrão), mas costuma ser falada por qualquer pessoa, não importa o seu nível social. Exemplos: Formal: Está certo (concordo). Coloquial: Tá certo. Formal: Sou totalmente indiferente quanto a isto. Coloquial: Tô nem aí. Formal: Sua afirmação foi encarada com ceticismo. Coloquial: Não acreditaram no que ele disse. Formal: Paradoxalmente; Coloquial: Ao contrário do que todo mundo pensa. Formal: Ele foi flagrado. Coloquial: Ele foi pego com a boca na botija COMENTÁRIOS: