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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOCTENIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS USO DA FITASE NA ALIMENTAÇÃO DE SUINOS E SUA INFLUÊNCIA NA REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL Luiz Alberto Garcia de Oliveira Orientador: Prof. Dr. Romão da Cunha Nunes GOIÂNIA 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOCTENIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS

USO DA FITASE NA ALIMENTAÇÃO DE SUINOS E SUA INFLUÊNCIA NA

REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

Luiz Alberto Garcia de Oliveira

Orientador: Prof. Dr. Romão da Cunha Nunes

GOIÂNIA

2011

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LUIZ ALBERTO GARCIA DE OLIVEIRA

USO DA FITASE NA ALIMENTAÇÃO DE SUINOS E SUA

INFLUÊNCIA NA REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

Seminário apresentado junto à

Disciplina Seminários Aplicados do

Programa de Pós-graduação em

Ciência Animal da Escola Veterinária

da Universidade Federal de Goiás.

Nível: Doutorado

Área de Concentração:

Produção Animal

Linha de Pesquisa:

Metabolismo nutricional. alimentação e

forragicultura na produção animal

Orientador:

Prof. Dr. Romão da Cunha Nunes – UFG

Comitê de Orientação:

Prof. Dr. Miguel Joaquim Dias – UFG

Profa.Dra. Alessandra Gimenez Mascarenhas - UFG

GOIÂNIA

2011

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 3

2.1. Enzimas ............................................................................................................ 3

2.2. Fitase ................................................................................................................ 5

2.3. Fatores que afetam a atividade da fitase .......................................................... 8

2.4. Utilização de enzimas fitase em ração para suínos ........................................ 10

2.5. Níveis de fitase X excreção de nitrogênio, cálcio e fósforo ............................. 13

2.6. Meio ambiente ................................................................................................ 25

2.7. Poluição ambiental ......................................................................................... 26

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 28

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Liberação de fósforo do ácido fítico pela ação da fitase 6

Figura 2 Efeito dos níveis de fitase sobre o teor de nitrogênio excretado nas fezes 13

Figura 3 Efeito dos níveis de fitase sobre o teor de cálcio excretado nas fezes 14

Figura 4 Efeito dos níveis de fitase sobre o teor de fósforo excretado nas fezes 14

Figura 5 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre o GP(g/d) 18

Figura 6 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre o CA(g/g) 18

Figura 7 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre DMS (%) 19

Figura 8 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre DN (%) 20

Figura 9 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre RN (%) 20

Figura 10 Efeito dos níveis da fitase nas dietas sobre a DP (%) 21

Figura 11 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre a RP (%) 22

Figura 12 Efeito dos níveis da fitase nas dietas sobre a DCa (%) 22

Figura 13 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre a RCa(%) 23

Figura 14 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre a ED(Kcal/kg) 24

Figura 15 Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre a EM(Kcal/kg) 24

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Efeito da fitase no aproveitamento do fósforo da dieta de suínos 15

Tabela 2 Médias ajustadas e erro padrão das médias do consumo da dieta (CD -

g/kg0,75x d), ganho de peso (GP - g/d) e conversão alimentar (CA - g/g)

dos animais1 17

Tabela 3 Médias ajustadas e erro padrão da média da digestibilidade da

matéria seca (DMS -%), digestibilidade do nitrogênio (DN - %), e

retenção do nitrogênio (RN - %). 19

Tabela 4 Médias ajustadas e erro-padrão da digestibilidade do fósforo (DP - %),

retenção do fósforo (RP - %), digestibilidade do cálcio (DCa - %) e

retenção do cálcio dos animais (RCa - %) 21

Tabela 5 Médias ajustadas e erro-padrão da média da energia digestível (ED –

Kca/kg) e energia metabolizável (EM – kca/kg) dos animais1 23

Tabela 6 Proporção de Nitrogênio (N) e fósforo (P), consumidos e excretados nas

fezes 23

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1. INTRODUÇÃO

A nutrição constitui-se em um dos pilares que sustenta a produção de

suínos, tendo reflexos relevantes na boa qualidade do produto final pela

racionalização no uso dos nutrientes, considerando as necessidades dos animais e

o conhecimento da composição nutricional dos alimentos. Nesse contexto, o uso

adequado dos nutrientes pode também contribuir na redução dos custos de

produção e no controle da poluição ambiental pela redução nos dejetos de

compostos nitrogenados e fosforado.

De acordo com LEHNINGER et al. (1993), a maioria do fósforo nos grãos

de cereais está na forma do complexo orgânico fitato. Devido ao grupo ortofosfato

do fitato ser altamente ionizado, este complexa com uma variedade de cátions (Ca,

Fe, Zn, Mn, etc) e o grupo amina de alguns aminoácidos básicos. Para O'DELL &

DEBOLLAND (1976), o fitato forma um complexo com outros nutrientes, sendo

caracterizado como fator anti-nutricional por diminuir a disponibilidade de minerais e

de proteínas.

O fósforo fítico, por ser de baixa disponibilidade para os não-ruminantes,

juntamente com o excesso de fosfato inorgânico adicionado às rações é eliminado

nas fezes dos animais. Isso é motivo de um alto índice de poluição ambiental em

áreas de alta concentração de suínos, devido à grande quantidade não apenas de

fósforo, mas também de nitrogênio excretados pelos animais (PINNOT, 1990).

Segundo COFFEY (1992), o potencial do fósforo para contaminar a terra

e a água é menor que do nitrogênio, em função do fósforo aderir às partículas do

solo, tornando-se assim, um contaminante parcial de rios e lagos, pela sua

translocação limitada. No entanto, em contato com a superfície das águas, o fosfato

estimula o crescimento das algas pelo processo de eutrofização, resultando em

decréscimo na qualidade desta água pela diminuição da quantidade de oxigênio,

conseqüência da morte e deterioração destas algas, criando um meio inadequado

para os peixes e outros animais aquáticos (CROMWELL et al., 1995).

O nitrogênio possui maior translocação quando comparado com o fósforo,

ao entrar em contato com o solo, sendo transformado em nitrato, nitrito e amônia

(nitrificação), que representam as principais substâncias poluentes das águas e

também do ar. Segundo STILBORN (1998), existem diferentes estratégias para a

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redução na excreção do fósforo e nitrogênio pelos não-ruminantes. Uma delas é

suplementar as dietas com a enzima fitase.

Com o avanço da tecnologia, há necessidade de valorizar as matérias-

alternativas, pois aparecem, cada vez mais, restrições no mercado em questão de

preços/nutrientes e nesse cenário a utilização de enzimas (fitase) está avançando,

se tornando parte do dia-a-dia nos sistemas de produção de suínos. Nos

ruminantes, existe uma fitase natural sintetizada pelos próprios microorganismos;

mas em monogástricos, é necessário adicioná-la às rações para que haja

aproveitamento do ácido fítico e do fósforo para que ele seja absorvido pelos

animais.

Além de aumentar o valor nutricional das rações, existem outros fatores

de interesse na implementação da enzima e, dentre eles, o fator econômico, uma

vez que o fósforo torna-se cada dia mais caro para o custo das rações, além da

preocupação por parte dos ecologistas, nutricionistas e até mesmo da comunidade

de haver menor contaminação do solo. No momento em que se disponibiliza o

fósforo na ração, adicionando a fitase, melhora-se a retenção desse fósforo por

parte do animal, reduzindo sua eliminação e, conseqüentemente, a contaminação do

solo.

Objetivou-se, com este seminário, estudar o papel da enzima fitase, tendo

como perspectiva melhorar o aproveitamento de nutrientes da alimentação de

suínos, bem como a redução da quantidade de macro-minerais excretados, de forma

a minimizar os impactos ambientais.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

Atualmente, sabe-se que os maiores avanços tecnológicos na nutrição

animal são obtidos pelas opções de uso de novos ingredientes ajustados às

exigências nutricionais. A utilização de enzimas na alimentação de suínos e aves

aumentou significativamente nos últimos anos, principalmente pela elevação dos

custos das matérias primas tradicionais e a busca por ingredientes alternativos como

a cevada, aveia, arroz, trigo e seus subprodutos, entre outros.

Nos grãos de cereais, o fósforo encontra-se em média 66% ou mais na

forma de fitato, e os animais monogástricos não dispõem de fitase endógena para

liberar o fósforo e outros compostos dessa molécula. Segundo ZANELLA (2001),

enzimas são proteínas que catalisam as reações químicas nos sistemas biológicos,

podendo conter outras substâncias tais como vitaminas e minerais, estando

envolvidas em todo o processo metabólico do organismo animal. Nesse sentido,

CHAMPE & HARVEY (1989) ressaltam, ainda, que enzimas são proteínas

globulares, de estrutura terciária ou quaternária que agem como catalisadores

biológicos, aumentando a velocidade das reações químicas no organismo, sem

serem, elas próprias, alteradas neste processo.

As enzimas, normalmente, comercializadas são produzidas a partir de

bactérias do gênero Baccilus sp. ou fungos do gênero Aspergillus sp. No trato

digestivo, a enzima adicionada à ração é ativada quando se mistura aos fluidos

digestivos e sob a temperatura do organismo (ROTTER, 1990).

2.1. Enzimas

Partindo da abordagem conceitual de ROTTER (1990), torna-se

compreensível a noção de que as enzimas digestivas promovem a hidrólise dos

componentes dos alimentos, tornando os nutrientes mais disponíveis para a

absorção. Vale ressaltar que as enzimas para atuarem dependem de pH, substrato

específico e temperatura. São altamente especificas para os substratos e dirigem

todos os eventos metabólicos.

FERNANDES & MALAGUIDO (2004) destacaram que idade, saúde,

fisiologia da espécie animal. dentre outros, são alguns aspectos relevantes que

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podem interferir no processo de produção de enzimas pelo animal. Proporção de

Nitrogênio (N) e fósforo (P), consumidos e excretados nas fezes Assim, a utilização de

enzimas exógenas nas rações pode se constituir em ferramenta eficiente para

melhorar a eficiência de utilização dos alimentos pelos animais.

Tem sido pesquisada a utilização de enzimas exógenas na alimentação

de suínos e aves com o objetivo de não somente aumentar o aproveitamento dos

alimentos, favorecendo assim a hidrólise de fatores antinutricionais e

polissacarídeos não amiláceos, mas também reduzir a viscosidade da digesta

(CHESSON, 1987; FURLAN et al., 1997; GRAHAM, 1996).

De acordo com o decreto vigente nº 76.986/1976, aditivo alimentar é toda

substância que acrescentada ao alimento pode conservar, modificar ou intensificar

suas propriedades sem prejuízo nutricional. No caso das enzimas, não ocorre uma

função nutricional direta, e sim, um auxílio ao processo digestivo (MAPA, 2009). As

dietas de milho e soja, inicialmente, foram consideradas como não ideais para

suplementação enzimática, mas no decorrer dos últimos anos verificou-se que,

especialmente, para a soja há interesse na suplementação enzimática.

Segundo ZANELA (2001), a suplementação de amilase e protease na

dieta a base de milho e soja, reduz a síntese do processo enzimático endógeno. No

caso da soja in natura, o consumo fica limitado pela presença de fatores

antinutricionais em sua composição. Esses fatores são representados pelos

inibidores de proteases que diminuem a digestibilidade, as hemoglutininas e

antígenos que provocam reações alérgicas e destroem células da mucosa intestinal

em leitões, as lipoxigenases que são responsáveis pela rancificação do óleo e os

polissacarídeos não amídicos solúveis e insolúveis que diminuem a energia

metabolizável para frangos de corte.

Mesmo que estes fatores antinutricionais não sejam tóxicos para os

animais, sua presença no alimento resulta em crescimento reduzido, conversão

alimentar piorada, alterações hormonais e esporádicas lesões nos órgãos. Todos

esses fatores são destruídos ou minimizados pela ação do processamento pelo

calor. Em frangos, a presença de polissacarídeos não amídicos reduz a utilização da

energia dietética e a melhoria parcial da digestão pode ocorrer com a

suplementação exógena de enzimas específicas (DALE, 2000; VIEIRA 2003;

FERNANDES & MALAGUIDO, 2004).

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A utilização de determinadas enzimas adicionadas à suplementação de

fitase pode melhorar a utilização do fósforo fítico. De acordo com sua finalidade, as

enzimas adicionadas em rações de suínos e aves podem se dividir em dois tipos:

enzimas destinadas a complementar quantitativamente as próprias enzimas

digestórias endógenas dos animais (proteases, amilases, fitases) e enzimas que

esses animais não podem sintetizar (β-glucanases, pentosanas e α-galatosidases)

(DALE, 2000; VIEIRA, 2003; FERNANDES; MALAGUIDO, 2004).

Para GUENTER (2002), introduzir suplemento enzimático nas dietas de

aves e suínos implica esperar pelos seguintes resultados: eliminar aspectos

antinutricionais dos grãos; aumentar o potencial digestivo da ração; enriquecer as

enzimas endógenas e reduzir a poluição ambiental causada pelos nutrientes

eliminados pelas fezes dos animais. Quanto às enzimas endógenas utilizadas nas

dietas de suínos, estes apresentam certas deficiências na produção de enzimas nas

primeiras semanas de vida.

Após o desmame, o sistema enzimático do suíno, ainda, não se encontra

plenamente desenvolvido, necessitando assim de determinado tempo para constituí-

las naturalmente pelo próprio organismo. Desta forma, as enzimas amilase, maltase

e sacarose podem ser introduzidas com eficácia na alimentação de leitões. A adição

de enzimas permitirá, simultaneamente, o desenvolvimento do animal. evitando o

desgaste do organismo animal ao tentar produzir as enzimas ausentes, que são

necessárias (GUENTER, 2002).

FERKET (2004), verificou que o uso de enzimas altera a população da

microflora intestinal e do ceco e de acordo com ROSEN (2004), o uso das enzimas

reduz a mortalidade. Esses benefícios tornam-se possíveis devido à melhora no

processo de digestão do amido, da proteína e da gordura No intestino delgado, que

acontece mais rápido e melhor, limitando assim o substrato para a flora patogênica,

eventualmente existente.

2.2. Fitase

A enzima fitase (mio-inositol hexafosfato fosfohidrolase) é uma fosfatase

que catalisa a hidrólise do ácido fítico a fosfato de inositol, myo-inositol e fósforo

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inorgânico (JONGBLOED et al., 1994; VATS & BANERJEE, 2004), conforme pode

se visto na Figura 1.

Figura 1 - Liberação de fósforo do ácido fítico pela ação da fitase Fonte: (PETERSEN, 2001)

Baseado na comprovação de que a fitase tem sido largamente estudada

em dietas de suínos e aves, vale frisar que nos vegetais cerca de dois terços do P

encontram-se ligados aos fitatos e em geral. essa quantidade seria suficiente para

atender as funções essenciais dos suínos, não fosse sua baixa disponibilidade,

variando de 15 a 50%, dependendo do vegetal. Para LUDKE et al. (2000a), isso

ocorre devido ao fósforo estar presente na forma de fitato, o qual é praticamente

indigestível, sendo eliminado nas fezes. Entretanto, “discutir um cenário de eficiência

e produtividade na produção animal. exige a discussão e a inclusão deste

macromineral. fundamental e estratégico, na alimentação de ruminantes e não

ruminantes.

Assim, há necessidade de suplementar fósforo através de fontes

inorgânicas para atender as exigências visando o máximo desempenho dos animais.

Obviamente, se os suínos são alimentados com quantidades de fósforo acima das

necessidades, o excesso é eliminado através dos dejetos, agravando-se o problema

de contaminação ambiental. Em relação ao meio ambiente, deve ser considerado,

nesse caso, o meio natural formado pelos seus elementos específicos como fauna,

flora, água, solo, ar; a fim de promover a melhoria da qualidade da saúde humana e

o bem-estar da população.

A fitase usada na quantidade de 466 FTU/kg de dieta proporcionou

redução nas excreções de N, P e Ca em dietas de suínos (LUDKE et al., 2000a). O

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efeito da fitase na melhoria da digestibilidade da matéria seca, proteína e energia foi

estudado por LUDKE et al. (2000b) e FIALHO et al. (2000). Confirmando nestes

trabalhos que a adição de fitases exógenas às dietas serve para disponibilizar o P

orgânico presente nos vegetais.

Fitases são enzimas que possuem a propriedade de romper a ligação do

fósforo orgânico ligado aos sais de ácido fítico, tornando-o disponível biologicamente

nas formas de inositol e ortofosfato. Mede-se a atividade das fitases (FTU) pela

quantidade de micromoles de P inorgânico liberado pelo fitato de sódio 0,0015 mol.L-1,

em um minuto, na temperatura de 37ºC e em pH de 5,5 (1 FTU = 1 µmol P

inorgânico) (LUDKE, 2000a).

Além disso, a fitase é uma enzima que tem uma boa relação com o meio

natural, além de ser comumente encontrada em grande quantidade nas sementes

de plantas, nos fungos, nas bactérias, nas leveduras e nos microorganismos do

rúmen. A fitase quando incubada com fitato de sódio (substrato sintético), hidrolisa o

fósforo do fitato presente nos grãos de cereais, liberando fósforo inorgânico. A mio-

inositol hexafosfato fosfohidrolase (EC3.1.3.8) é o nome sistemático da enzima fitase

cuja função específica é hidrolisar o fitato do inositol removendo o ortofosfato

inorgânico (SILVA, 2003).

A presença e a atividade da fitase variam dentro de uma mesma ordem

botânica e espécie, podendo esta perder atividade em pH ácido ou pelo

processamento (BORGES, 1997). A atividade da fitase pode variar em diferentes

grãos de cereais; por exemplo, aveia, cevada trigo e centeio possuem maior

atividade quando comparadas ao milho e sorgo (NELSON et al., 1968).

VIEIRA (1999) afirma que o fitato pode ser degradado pela ação de

fitases presentes nos ingredientes, sintetizadas nas microvilosidades intestinais ou

originadas de uma bactéria resistente. No entanto, existem controvérsias quanto à

possibilidade da presença de atividade de fitase na secreção intestinal e/ou de

bactérias intestinais. Para SELLE (1997), alimentos como trigo, cevada, farelo de

trigo e arroz são ricos em atividade de fitase. Entretanto, o milho e o farelo de soja,

ingredientes mais utilizados na fabricação de rações, contêm pouca ou nenhuma

atividade.

A fitase é produzida por muitos fungos, bactérias e leveduras e catalisa a

clivagem hidrolítica dos ésteres de ácido fosfórico do inositol, liberando fósforo, que

pode então ser absorvido. Assim, outros minerais e aminoácidos que estão ligados

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também podem tornar-se disponíveis para absorção. Em escala comercial. a fitase é

produzida por microorganismos, principalmente fungos do gênero Aspergillus

(Aspergillus niger e Aspergillus ficuum), por intermédio de técnicas de recombinação

de DNA (BORGES, 1997).

Os passos para o desenvolvimento de uma enzima consistem em

selecionar a enzima, o organismo produtor e o melhoramento das cepas,

assegurando a estabilidade apropriada no processo de fabricação e compatibilidade

com outras enzimas e substâncias químicas presentes no alimento e/ou animal

(BORGES, 1997).

A fitase presente no trato digestivo dos animais pode ser originada de

diferentes fontes, como fitase das secreções do intestino, fitase produzida por

microorganismos residentes no trato digestivo, fitase endógena presente no alimento

e fitase exógena produzida por micro-organismos. Nos animais, há controvérsia

quanto à capacidade de produção da fitase endógena. Em contrapartida, outras

pesquisas não a confirmam. Os dados disponíveis sugerem que a presença de fitase

endógena nas secreções intestinais de não ruminantes não é conclusiva e é

extremamente baixa, principalmente em aves jovens (SEBASTIAN et al. 1998).

Para CAMPBELL & BEDFORD (1992), em pesquisas com rações

suplementadas com fitase mostraram que esta é uma alternativa ao uso de fontes

de fósforo inorgânico em regiões com densas populações e intensiva produção de

animais domésticos.

O fósforo inorgânico é um macromineral e, por isso, de grande

importância para as funções vitais como digestão, respiração, locomoção e

circulação. O fósforo inorgânico evita carências minerais que quando presentes

interferem negativamente no desenvolvimento, no crescimento e no ganho de peso

do animal. além da presença de doenças e prejuízos à fertilidade (SILVA, 2003).

2.3. Fatores que afetam a atividade da fitase

A capacidade de hidrolisar o fitato no trato digestivo dos animais

monogástricos pode ser influenciada por vários fatores, entre os quais se destacam

a variação do pH, da umidade, da temperatura, a presença de certos minerais como

o cálcio e de outras enzimas, além do tempo de passagem na digestão.

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KORNEGAY & YI (1966) observaram que a acidificação da ração com ácido

orgânico, bem como a capacidade tamponante dos ingredientes diminuem a

atividade da fitase. A presença de certos minerais como flúor, cobre, mercúrio e ferro

também inibe a atividade da fitase (LEESON, 1999); entretanto, o cálcio parece ser

o fator chave que influencia a atividade da fitase no trato gastrintestinal de

monogástricos (WISE, 1983).

A habilidade da fitase em melhorar a disponibilidade do fósforo fítico é

reduzida em rações que apresentam níveis normais de cálcio, comparadas às dietas

com baixo teor de cálcio. LEI et al. (1994), comprovaram esta afirmativa ao fornecer,

para leitões desmamados, rações à base de milho e farelo de soja com níveis baixos

(0,4) e normal (0,8%) de Ca e suplementadas com fitase (750 e 1200 FTU/kg)

derivada do Aspergillus ficuum. Os autores observaram efeito depressivo no

desempenho dos animais que consumiram rações com níveis normais de cálcio

suplementadas com fitase, comparadas às com baixo nível de cálcio. Adicionando

1000 FTU/kg (Aspergillus niger) em rações de suínos em crescimento, efeitos

semelhantes também foram encontrados por LUDKE (2000b), que observaram

redução na absorção aparente do fósforo quando os níveis de cálcio aumentaram de

5 para 8 g/kg.

Segundo MCKNIGHT (1997), níveis de cálcio acima de 0,70% em pH 6,0

permitem a reação do cálcio e ácido fítico, formando o fitato de cálcio, que é um

complexo inacessível à fitase, pela competição do cálcio pelos sítios ativos da

enzima (WISE, 1983). Assim, para o desarranjo máximo do fitato, é necessário que

os níveis de cálcio mantenham uma relação de Ca : P total entre 1,7:1 e 3:1 (BEERS

& JONGBLOED 1992), embora KORNEGAY & YI (1966) mencionem que não é

conhecido se o fósforo disponível influencia a atividade da fitase.

A capacidade da fitase de hidrolisar o fitato nos animais monogástricos

diminui com o aumento da velocidade de passagem da digesta, enquanto seu uso

combinado com outra enzima pode apresentar efeito sinérgico ou negativo. WENK

(1993) verificou que a atividade da fitase na mesma dieta com carboidrase foi menor

do que quando esta foi usada separadamente. O tipo do alimento (quantidade e

origem do fitato) a dose de fitase empregada e a idade do animal também

influenciam a atuação da fitase (JONGBLOED et al., 1997).

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2.4. Utilização de enzimas fitase em ração para suínos

A utilização de fitase em rações de suínos aumenta a liberação do fósforo

presente no ácido fítico e reduz a ação antinutricional do fitato, possibilitando reduzir

o uso de fontes inorgânicas de fósforo ou ainda de produtos de origem animal. como

farinha de carne e ossos, para alcançar o nível exigido por cada fase de produção.

Essa utilização apresenta duas vantagens: a questão econômica, que propicia a

produção de uma ração com um custo inferior à ração sem adição de fitase

mantendo o mesmo desempenho zootécnico e a questão ambiental. pois o aumento

da disponibilidade de fósforo traz redução na excreção deste elemento para o meio

ambiente.

A suinocultura é, simultaneamente, uma atividade bastante rentável

economicamente e uma grande fonte poluidora. Vale destacar que a eficiência da

agropecuária depende essencialmente do grau de tecnologia utilizado, da infra-

estrutura, do mercado, da qualidade dos recursos aplicados, humanos ou materiais,

das políticas públicas voltadas ao setor e, fundamentalmente do meio ambiente

onde se realiza essa atividade. No meio ambiente, a fertilidade do solo é certamente,

uma das variáveis de maior impacto sobre a produtividade. Inclusive, a preocupação

com o meio ambiente tem sido um fator ameaçador à sobrevivência e expansão da

atividade suinícola em alguns dos grandes centros produtores. Trata-se da biomassa

de suíno, um grave poluente ambiental.

Vários trabalhos de pesquisa relatam que a fitase melhora a

digestibilidade e a disponibilidade de minerais dos vegetais, diminuindo a excreção

de minerais nas fezes (NELSON et al., 1971; SIMONS & VERSTEEGH, 1990;

LESKE & COON, 1999).

MROZ et al. (1994), trabalhando com suínos fistulados submetidos a

rações suplementadas com diferentes níveis de fitase proveniente do Aspergillus

niger (0, 300, 600, FTU/kg de ração), verificaram que os níveis crescentes de

suplementação melhoraram a digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica e

disponibilidade de minerais, principalmente cálcio e fósforo total.

Concentrações menores de fósforo total no íleo e nas fezes de suínos,

também foram verificadas por JONGBLOED et al. (1992), ao suplementarem rações

com 1500 FTU/kg, proveniente do Aspergillus niger. A disponibilidade de fósforo no

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íleo com e sem fitase foi de 18,5 e 29,7%, respectivamente, enquanto, em todo o

trato digestivo, foi de 27 e 29%, respectivamente, para as rações sem e com fitase.

Da mesma forma, BRUCE & SUNDSFL (1995), ao suplementarem rações

com 487 FTU/kg em suínos canulados, verificaram que a absorção do fósforo na

digesta ileal aumentou de 19,4 para 26,8% em virtude da suplementação, o mesmo

ocorrendo para a absorção nas fezes que foi de 18,3 para 23,6 respectivamente.

A adição de fitase em ração de suínos possibilita reduzir a adição de

fontes de fósforo na ração, uma vez que libera o fósforo ligado à molécula de fitato

(CROMWELL et al. 1991), tornando-a disponível para ser utilizada pelo animal

(CROMWELL, 1993; CROMWELL et al., 1995; LEI et al., 1993; JENDZA et al.,

2004). Além de disponibilizar fósforo, a adição de fitase em ração de suínos interfere

no fluxo biológico deste ingrediente do trato gastrintestinal para os ossos e dos

ossos e tecidos moles para o trato intestinal de suínos e pode interferir na absorção

de outros minerais como o zinco (AO et al., 2007).

A intensidade de ação desta enzima, entretanto, depende também de

outros fatores, dentre os quais a relação entre cálcio e fósforo da ração, quanto

maior a relação, ou seja, maior a quantidade de fósforo, menor a quantidade de

fósforo liberada (BEAULIEU et al. 2005; ADEOLA, et al., 2006). A adição de fitase e

a redução de cálcio e fósforo aumentam a digestibilidade ileal aparente de

aminoácidos, nitrogênio, amido, matéria seca, cálcio, fósforo e energia bruta, sendo

estas respostas sustentadas pelo aumento da glicemia e insulina plasmática após o

consumo da ração em relação aos animais consumindo ração sem adição de fitase.

Com a maior disponibilidade de cálcio e fósforo para a absorção pelo

animal. a quantidade destes nutrientes é reduzida no trato intestinal. o que pode

ainda modular o crescimento bacteriano. METZELEER et al. (2008), observaram que

a adição de fitase em dietas de baixo fósforo reduz a incorporação de fósforo pelas

bactérias e parece reduzir a atividade das mesmas no trato intestinal.

Outra questão importante quando da utilização de fitase em ração para

suínos é a redução da excreção de fósforo para o meio ambiente pelas fezes e o

impacto ambiental que esse mineral pode causar. As fezes dos animais, se não

corretamente tratadas seguem para os cursos d'água onde a poluição por fósforo é

um perigo para a qualidade da água (SELLE & RAVIDRAN, 2007).

Concentrações altas de fósforo são causas comuns de eutrofização de

rios, lagos e reservas (CORRELL, 1999). A lixiviação de solos com alta

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concentração de fósforo acelera a eutrofização, podendo causar crescimento de

algas tóxicas e mortalidade de peixes (SHARPLEY, 1999). LORA et al. (2007),

citaram que a redução do teor de fósforo da dieta e a adição de fitase possibilitou a

manutenção do resultado zootécnico dos animais, com redução da excreção de

fósforo nas fezes. No entanto, segundo SELLE & RAVIDRAN (2007), a preocupação

não deveria ser apenas quanto ao fósforo total nas excretas, mas sim a quantidade

de fósforo solúvel presente, por ser este o principal causador da eutrofização.

Segundo MILES et al. (2003), houve aumento na quantidade de fósforo

solúvel na excreta de frangos alimentados com fitase em relação às aves controle,

enquanto APPLEGATE et al. (2003), observaram redução deste teor. A principal

diferença entre ambos experimentos é que no experimento de APPLEGATE et al.

(2003), a concentração de fósforo era mais baixa, o que pode ter influenciado no

resultado final. Segundo BEAULIEU et al (2005), em suínos em fase inicial. a

excreção de fósforo solúvel depende não apenas do teor de fósforo, mas da relação

cálcio-fósforo da dieta, sendo que a adição de fitase reduz a excreção de fósforo

total e solúvel em rações iniciais à base de milho e soja, mas esse efeito se reduz

quando a relação entre cálcio e fósforo é superior a 1,7.

LEI et al. (1993a), trabalhando com leitões desmamados submetidos a

rações suplementadas com 627 e 750 FTU/kg de ração, concluíram que os níveis de

fitase elevaram a digestibilidade aparente e a porcentagem de retenção de fósforo

em 24%. Estes mesmos autores também observaram que a excreção nas fezes foi

reduzida em 24%. Em outro experimento, LEI et al. (1993b) constataram redução de

42% na quantidade de fósforo excretado nas fezes dos animais ao consumirem

dietas suplementadas com fitase nos níveis de 0, 250, 500 e 750 FTU/kg de ração

proveniente do Aspergillus ficuum. Os autores observaram, também, resposta no

ganho de peso e conversão alimentar.

Dois experimentos para determinar os efeitos da suplementação de fitase

(Aspergillus ficuum) de 1350 FTU/kg de ração, na utilização de zinco para suínos em

crescimento, foram conduzidos por LEI et al. (1993c). Em ambos os experimentos,

os autores observaram que a suplementação com fitase proporcionou aumento na

disponibilidade do zinco, além de melhor desempenho e retenção de fósforo e

cálcio.

MURRAY et al. (1997) observaram aumento no ganho de peso dos leitões

que consumiram rações suplementadas com 700 e 1000 FTU/kg (Aspergillus niger)

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e com baixo nível de fósforo disponível. Aumento linear sobre o ganho de peso

diário e eficiência alimentar de suínos em crescimento foi constatado por LIU et al.

(1997) ao suplementarem rações com fitase nos níveis de 0, 250 e 500 FTU/kg,

proveniente do Aspergillus niger.

2.5. Níveis de fitase e a excreção de nitrogênio, cálcio e fósforo

SILVA (2003), trabalhando com fitase em ração para suínos em

crescimento, evidenciou efeito positivo quanto a melhor absorção de

macromoléculas em dietas, com níveis crescentes de fitase. Estes resultados podem

ser observados nas Figuras 2, 3, e 4, as quais relacionam níveis de fitase às

macromoléculas excretadas nas fezes: nitrogênio, cálcio e fósforo, respectivamente,

em função da ação da fitase, sendo os níveis de 800 à 880 FTU/kg de fitase os que

proporcionaram os menores teores destes nutrientes nas fezes.

Figura 2 – Efeito dos níveis de fitase sobre o teor de nitrogênio excretado nas fezes. Fonte: SILVA (2003)

X = 1200

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Figura 3 – Efeito dos níveis de fitase sobre o teor de cálcio excretado nas fezes. Fonte: SILVA (2003).

Figura 4 – Efeito dos níveis de fitase sobre o teor de fósforo excretado nas fezes e urina. Fonte: SILVA (2003).

X = 1250

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Alguns resultados semelhantes aos descritos por SILVA (2003), também

foram verificados por BRUCE & SUNDST (1995), que observaram menor excreção

de nitrogênio em dietas suplementadas com 375 e 750 FTU/kg de fitase com a

mesma relação Ca : P. MURRAY et al. (1997), encontraram redução na quantidade

de nitrogênio excretado e também tendências em aumentar a retenção de nitrogênio

ao adicionarem 700 e 1000 FTU/kg de fitase em rações de suínos em crescimento.

FIALHO et al. (2000), também, encontraram resultados semelhantes e constataram

redução na excreção de nitrogênio ao adicionarem fitase (400 e 800 FTU/kg) para

suínos em crescimento. GRANDHI (2001), ao verificar o efeito da fitase (500

FTU/kg) sobre a excreção N em suínos na fase de terminação submetidos a rações

à base de cevada e farelo de trigo, constatou que a suplementação com fitase

diminuiu em 44% a excreção de N nas fezes.

Trabalhando com suínos, CROMWELL et al. (1995) citados por PENZ

JÚNIOR et al. (1999), avaliaram a eficiência da adição de fitase (1250 UFA/Kg) em

dois experimentos de digestibilidade, com níveis de fósforo total das dietas

subestimadas. Conforme dados apresentados na Tabela 1, a redução do fósforo

total com a inclusão de fitase reduziu a excreção fecal. urinária e total de fósforo,

sem interferência na retenção do mineral. Os autores observaram redução total de

fósforo excretado nas duas fases estudadas e um aumento da eficiência de retenção

de fósforo. Na fase de crescimento a enzima promoveu um aumento na eficiência de

retenção de 50% e na fase de terminação de 72%.

Tabela 1 - Efeito da fitase no aproveitamento do fósforo da dieta de suínos.

Parâmetros

Experimento 1 Experimento 2

34 kg peso corporal 115 kg peso corporal

0,6% P 0,4% P + Fitase 0,5% P 0,4% P + Fitase

Consumo de P g/d 9,5 6,7 15,3 9,1

P nas fezes g/d 4,5 2,7 8,3 4,2

P na urina g/d 1,6 0,4 2,7 0,5

P excretado g/d 6,1 3,1 11,0 4,7

Retenção de P g/d 3,4 3,6 4,3 4,4

Retenção de P % 35,8 53,7 28,1 48,4

Adaptado de CROMWELL et al. (1995)

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Avaliando níveis de fitase, CROMWELL et al. (1995) observaram que a

absorção diária de fósforo aumentou linearmente com o aumento dos níveis de

fitase (250, 500, 1000 FTU/kg) para suínos em crescimento. A excreção fecal de

fósforo com relação ao fósforo consumido diminuiu linearmente com o aumento de

fitase e com a diminuição de fósforo na ração, reduzindo em 31% em comparação

com a ração com nível adequado de fósforo. Semelhantemente aos tratamentos

utilizados nesse experimento, os autores também utilizaram rações com níveis de

fósforo disponível abaixo dos níveis de exigência.

MROZ et al. (1994), trabalhando com suínos submetidos a rações

suplementadas com diferentes níveis de fitase proveniente do Aspergillus niger (

300, 600, FTU/kg de ração), verificaram que os níveis crescentes de suplementação

melhoraram a disponibilidade de minerais, principalmente o cálcio e o fósforo total.

Estes autores também observaram que adição de fitase melhorou a retenção (g/dia)

de cálcio e fósforo, diminuindo sua excreção para 2,2 e 1,9 g/dia, respectivamente.

JONGBLOED et al. (1992) obtiveram concentrações menores de fósforo total nas

fezes de suínos em crescimento ao suplementarem rações com 1500 FTU/kg

proveniente do Aspergillus niger.

Em outro trabalho, SELLE et al. (1997) verificaram maior retenção de

nitrogênio ao utilizarem 625 FTU/kg de fitase em rações de suínos em crescimento.

LUDKE et al. (2000b) estudaram suínos em crescimento, alimentados

com rações compostas por milho, farelo de soja e dois níveis de proteína bruta (16%

e 18%), suplementadas com diferentes níveis de fitase (0, 300, 600 e 900 UF/kg da

dieta). Foram avaliados os parâmetros de desempenho dos animais (Tabela 2,

Figuras 5 e 6), a digestibilidade da matéria seca (DMS), do nitrogênio (DN), a

retenção de nitrogênio (RN) (Tabela 3, Figuras 7, 8 e 9) , a digestibilidade do fósforo

(DP), a retenção do fósforo (RP), a digestibilidade do cálcio (DCa), a retenção do

cálcio (RCa) (Tabela 4, Figuras 10,11,12 e 13) , a energia digestível (ED) e a energia

metabolizável (EM) (Tabela 5, Figuras 14 e 15). Foi observado aumento na

biodisponibilidade dos nutrientes, ao ser adicionada fitase a 220 e 508 UF/kg da

dieta, exceto no desempenho dos animais, que aumentou linearmente. A eficiência

da enzima foi melhor quando adicionada em dietas contendo nível de proteína

marginal (16% PB) comparado às dietas com 18% de proteína bruta, ao avaliar a

energia.

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Foi observado efeito quadrático (P=0,003) dos níveis de fitase (X) para

DMS (Y), (Tabela 3) em que 533 UF/kg foi o nível de maior DMS (Figura 7). A DMS

aumentou em 1,1% no nível de 600 UF/kg da dieta. O melhor aproveitamento do

nitrogênio foi avaliado por meio da digestibilidade (DN) e retenção do nitrogênio

(RN), em que encontrou-se efeito da fitase linear platô e quadrático (P=0,035),

respectivamente (Tabela 3).

Tabela 2 - Médias ajustadas e erro padrão das médias do consumo da dieta (CD - g/kg0,75x d), ganho de peso (GP - g/d) e conversão alimentar (CA - g/g) dos animais1

PB Fitase Parâmetros avaliados

CD(EP)2

GP(EP)3 CA(EP)3

Efeito da Proteína (P=0,247) (P=0,021) (P=0,013)

16 99,6±0,8a 482±0,8b 2,3±0,03a

18 - 98,2±0,8a 513±0,8a 2,15±0,03b

Efeito da Fitase - (P=0527) (P=0,10) (P=0,117)

- 0 100,2±1,2 480±12 2,34±0,05

- 300 98,6±1,3 495±13 2,19±0,06

- 600 97,7±1,2 494±12 2,20±0,05

- 900 99,2±1,0 522±10 2,18±0,04

Regressão linear (P=0,527) (P=0,029) (P=0,047)

Regressão quadrática (P=0,224) (P=0,596) (P=0,176)

Regressão cúbica (P=0,735) (P=0,455) (P=0,434)

EP - Erro-padrão da média. 1 Não houve interação proteína x fitase (P>0,10), de acordo com o teste F. 2 Não houve efeito de proteína (P>0,10) e fitase (P>0,10), de acordo com o teste F. 3 Houve efeito de proteína (P=0,021) e fitase (P<0,12).

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Figura 5 – Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre o GP(g/d).

Figura 6 – Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre o CA(g/g).

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Tabela 3 - Médias ajustadas e erro padrão da média da digestibilidade da matéria seca

(DMS -%), digestibilidade do nitrogênio (DN - %), e retenção do nitrogênio (RN - %).

Figura 7 – Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre DMS (%).

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Figura 8 – Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre DN (%).

Figura 9 – Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre RN (%).

Os mesmos autores ao avaliarem os macrominerais, verificaram efeito da

fitase (P<0,01), independente do nível de proteína da dieta, sobre a digestibilidade

do fósforo (DP), retenção do fósforo (RP), digestibilidade do cálcio (DCa) e retenção

do cálcio (RCa) (Tabela 5).

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Tabela 4 - Médias ajustadas e erro-padrão da digestiblidade do fósforo (DP - %),

retenção do fósforo (RP - %), digestibilidade do cálcio (DCa - %) e retenção do

cálcio dos animais (RCa - %)

Figura 10 - Efeito dos níveis da fitase nas dietas sobre a DP (%).

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Figura 11 - Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre a RP (%).

Figura 12 - Efeito dos níveis da fitase nas dietas sobre a DCa (%).

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Figura 13 - Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre a RCa(%).

Tabela 5 – Médias ajustadas e erro-padrão da média da energia digestível (ED –

Kca/kg) e energia metabolizável (EM – kca/kg) dos animais1

PB Fitase

Parâmetros avaliados

ED (EP) EM (EP)

Proteína x Fitase (P=0,001) (P=0,003)

16 0 3884±23 3793±26

16 300 4030±23 3937±26

16 600 3999±18 3916±21

16 900 4056±18 3963±21

Regressão linear (P<0,001) (P<0,001)

Regressão quadrática (P=0,059) (P=0,069)

Regressão cúbica (P=0,019) (P=0,054)

18 0 3775±18 3659±21

18 300 4065±23 3968±26

18 600 4047±23 3948±26

18 900 3894±18 3809±21

Regressão linear (P=0,003) (P=0,001)

Regressão quadrática (P<0,001) (P<0,001)

Regressão cúbica (P=0,125) (P=0,102)

EP – Erro-padrão da média 1 Houve interação proteína x fitase na ED (P≤0,001) e na EM (P≤0,003), de acordo com o teste F

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Figura 14 - Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre a ED(Kcal/kg).

Figura 15 - Efeito dos níveis de fitase nas dietas sobre a EM(Kcal/kg).

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2.6. Meio ambiente

Antes de se estabelecer uma relação entre o uso de enzimas e o meio

ambiente, é interessante fazer a abordagem sobre determinadas questões

ambientais, sobretudo, às políticas públicas por meio da legislação Federal e

Estadual ligadas à problemática ambiental. Nesse sentido, primeiramente, há o

licenciamento ambiental. meio pelo qual o Estado examina e avalia a atividade

sujeita a ser causadora de degradação ambiental antes mesmo de seu começo. Isso

está previsto na lei 6.938 de 31 de agosto de 1981.

Art.10 – a construção, instalação, ampliação e funcionamento de atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma de causar degradação ambiental. dependerão de prévio licenciamento do órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – Ibama, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.

Importante destacar que existe relação legal entre o uso de enzimas em

termos ambientais que visa a liberação do licenciamento para funcionamento do

empreendimento. E, também existe disponível uma relação dos benefícios do uso de

enzimas, pois em qualquer processo, os resíduos em excesso tornam-se poluentes,

mesmo que sejam eles provenientes de um nutriente não aproveitado plenamente

no processo de digestão pelos animais. Assim, com a utilização das enzimas ocorre

melhor aproveitamento dos nutrientes contidos nos ingredientes, e redução na

excreção dos nutrientes nos dejetos pelos animais, reduzindo o potencial poluente,

aspecto importante para o meio ambiente (CORRELL, 1999; SELLE & RAVIRAN,

2007).

A preocupação atual em relação ao meio ambiente tem levado todas as

pessoas envolvidas com os setores produtivos a buscar alternativas que possibilitem

um menor impacto ambiental proveniente dos dejetos de animais. O modo

inadequado do destino dos dejetos líquidos de suínos tem se caracterizado como a

causa de sérios prejuízos ao meio ambiente. Estima-se que somente 45 a 60% do

nitrogênio protéico consumido pelos suínos sejam aproveitados, evidenciando,

assim, uma ineficiência no processo de transformação da proteína fornecida em

proteína metabolizada (perdas endógenas) ou da qualidade da proteína fornecida,

as perdas exógenas (BEAULIEU et al. 2005). Além disso, tem sido citado que outros

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nutrientes ingeridos pelos suínos tais como potássio, sódio, magnésio, cobre, zinco,

manganês e ferro que são considerados de alto potencial poluidor ambiental. são

excretados em percentuais variáveis entre 50-95% do ingerido.

Em vários países, a legislação ambiental tem forçado as indústrias de

rações buscarem alternativas que tornem o fósforo fítico mais disponível aos

animais, levando-as ao uso da enzima fitase, o que pode reduzir a suplementação

com fósforo inorgânico, reduzindo custo e melhorando a utilização do fósforo e

outros nutrientes presentes nos alimentos. Tem sido relatado que a fitase pode

melhorar a disponibilidade de minerais, contribuindo para a redução da excreção de

nutrientes nas fezes (ADEOLA, 1995; ASHIDA et al. 1999).

2.7. Poluição ambiental

Cada vez mais, o uso de determinados recursos naturais deixa de ser

visto de modo secundário e passa a ser encarado como uma vantagem econômica

e/ ou competitiva. Nesse sentido, há que se preocupar com os impactos negativos

ao meio ambiente causados pelos dejetos dos animais, em que a fitase tem

demonstrado importante alternativa para minimizar esses efeitos.

Suínos e aves excretam mais da metade do fósforo e do nitrogênio

consumido pelas suas dietas, conforme demonstrado na Tabela 6. Os problemas

encontrados no manejo dos dejetos constituem um dos mais graves problemas

ambientais ocorridos em função das transformações tecnológicas (SCHWARZ &

BOYD, 1994).

Tabela 6 – Proporção de Nitrogênio (N) e fósforo (P), consumidos e excretados nas fezes

Espécie Animal Taxa de Excreta (% do consumo)

N P

Frangos de corte 57 57

Poedeiras 67 85

Suínos em crescimento e terminação 71 67

Porcas em lactação (excluindo os leitões) 81 84

Leitões (até 25 kg de peso vivo) 55 58

Fonte: SCHWARZ & BOYD (1994)

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Ao se considerar a questão da poluição ambiental causada pelo manejo

inadequado dos dejetos suínos verifica-se que existem várias etapas ou pontos

críticos de controle no processo, envolvendo a geração, o armazenamento, o

processamento e tratamento, o condicionamento para uso adequado com diferentes

objetivos.

O principal destino do dejeto ainda é a sua utilização como fonte de

nutrientes para o solo e, desta forma, o manejo adequado da adubação torna-se a

etapa final do processo de produção dos suínos e uma das fases iniciais da

produção de grãos em que a concentração nutricional do dejeto determina a

quantidade que pode ser aplicada ao solo de forma sustentável. Nesse aspecto, a

concentração de fósforo no dejeto, ao invés do nitrogênio, assume maior importância

(LUDKE et al. 2000b).

Um melhor aproveitamento do fósforo e do nitrogênio contidos na dieta

representa menor excreção destes nutrientes pelas fezes e urina. O resultado disso

é uma redução dos índices de poluição ambiental devido à contribuição do fósforo e

do nitrogênio como dois nutrientes que exercem influência direta no crescimento das

algas, evidenciando a poluição da água quando estes nutrientes alcançam os

mananciais hídricos, provocando, dessa forma, o aceleramento da eutrofização

(BEAULIEU et al. 2005; AO et al., 2007). Este fato é especialmente importante para

regiões com grandes concentrações de criatórios de suínos e aves.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso da fitase não é somente uma forte tendência empírica, mas uma

realidade para a suinocultura, em função dos benefícios econômicos, nutricionais e

ambientais esperados.

As enzimas promovem melhor aproveitamento dos nutrientes contidos

nos ingredientes, tendo como conseqüência, redução na excreção de fósforo e

nitrogênio nos dejetos de suínos e contribui para melhorar a atividade das enzimas

proteolíticas, tripsina e pepsina.

A fitase é um exemplo de enzima que pode contribuir favorecendo o

aproveitamento desses elementos, reduzindo a descarga para o meio ambiente.

Por meio desse estudo, foi possível conhecer alternativas eficazes para

reduzir os problemas decorrentes da criação de suínos, que podem favorecer

economicamente os produtores, atenderem às exigências da legislação ambiental e

contribuir para a melhoria da qualidade de vida do homem.

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REFERÊNCIAS

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