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Programa de Aceleração de Startups do UPTEC Workshop: Oportunidades de Investimento e de Financiamento 8 de Janeiro 2015

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Programa de Aceleração de Startups do UPTEC

Workshop:

Oportunidades de Investimento e de Financiamento

8 de Janeiro 2015

Índice

1. Oportunidades de Investimento para o Empreendedorismo Tecnológico e Criativo

2. Da Ideia ao Plano de Negócios: Aspetos Relevantes

3. Oportunidades de Financiamento

1.Oportunidades de

Investimento para o

Empreendedorismo

Tecnológico e Criativo

Criatividade:

Processo de desenvolvimento de algo novo ou único; conhecimento simbólico

Empreendedor:

Criar e expandir atividades / negócios em contextos de incerteza

Tecnologia:

Criação e utilização do conhecimento para a resolução de problemas práticos

Inovação:

Fazer algo de novo, tendo em vista o sucesso comercial

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento 4

1.1.

Empreendedorismo

Tecnológico e

Criativo

“New Technology Based Firm”

Algumas definições iniciais: Cooper, 1971: “a firm that emphasizes research and

development or that places major emphasis on exploiting new technical knowledge”;

Butchart, 1987: “small and medium-sized firms operating in high technology

sectors”; Shearman and Burrell, 1988: “new independent firms which are developing

new industries”.

Mais recentemente e enquadrado no caso de economias que não estão na fronteira

tecnológica: Fontes e Coombs, 2001: “young independent firms involved in the

development and/or diffusion of new technologies”.

5

Figura 1.EMPREENDEDORISMO TECNOLÓGICO ‘VS’ EMPREENDEDORISMO CRIATIVO

Empreendedorismo

TecnologiaInovação

Empreendedorismo

CriatividadeInovação

Empreendedorismo Tecnológico New Technology Based Firms (NTBF)

Empreendedorismo Criativo Uma variante com possíveis cruzamentos

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Aspetos a reter:

Intensidade tecnológica:

Firmas que utilizam intensivamente conhecimento.

Novidade tecnológica:

Novos sectores ou atividades, criação de novas tecnologias, absorção,

transformação e difusão de novas tecnologias;

Novo empreendedorismo:

Firmas recém criadas, de pequena dimensão e independentes;

empreendedorismo baseado numa equipa de proprietários e colaboradores

com elevadas competências científicas e tecnológicas (caso típico: spin offs

universitários).

Explorar oportunidades de investimento numa ótica de empreendedorismo

tecnológico e criativo constitui um duplo desafio:

- Investimento inovador;

- Criar e expandir uma nova organização.

6Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Como identificar oportunidades de investimento em termos macro?

Indústrias/ sectores emergentes e de crescimento mais acelerado em regiões

desenvolvidas; produtos mais dinâmicos no comércio internacional;

Áreas/ indústrias mais densas em empresas tecnológicas de elevado

crescimento, em particular empresas gazela;

Tecnologias do futuro: as áreas do conhecimento que potencialmente vão gerar

mais oportunidades.

7

Figura 2.METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

1.2.

Oportunidades de

Investimento: a

Dimensão Global

Oportunidades

de

Investimento

Dinâmica de

crescimento

sectorial

Empresas

de elevado

crescimento

Tecnologias

do futuro

Políticas Públicas

As dinâmicas sectoriais da produção na UE e nos EUA em anos recentes

evidenciam uma expansão significativa nos serviços e uma retração acentuada

nas indústrias transformadoras (UE) e na construção (EUA);

Este quadro global esconde, naturalmente, realidades muito distintas quando se

analisa os dados de forma desagregada, existindo certamente nichos de

expansão muito importantes em qualquer dos grandes sectores analisados.

8

Gráfico 1.DINÂMICA SECTORIAL DA PRODUÇÃO NA UE E NOS EUA, 2000-2012

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Agricultura, floresta e pesca

Indústrias transformadoras

Utilities

Construção

Serviços comercializáveis

Serviços não comercializáveis

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

0 10 20 30 40 50 60

Variação n

a q

uota

2000

-2012

Quota % no total do PIB, 2012

União Europeia

Agricultura, floresta e pesca

Extrativas

Indústrias transformadoras

Construção

Serviços

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

0 20 40 60 80

TV

MA

2000

-2010

Quota % no total da produção, 2010

EUA

Dinâmicas

de crescimento

sectorial

A análise dos dados mais desagregados da dinâmica sectorial atesta o

panorama geral da expansão centrada nas atividades dos serviços;

Entre as atividades mais dinâmicas na criação de emprego na UE destacam-se

a “consultoria e programação informática”, as “atividades jurídicas e de

contabilidade”, as “atividades de apoio social” e o “alojamento e restauração”

(turismo);

Nas indústrias transformadoras, destaca-se a produção de “produtos

farmacêuticos”, mas numa posição já bastante recuada.

9

Gráfico 2.TOP 15 SECTORIAL NA CRIAÇÃO DE EMPREGO NA EU, 2000-2012

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Consultoria e programação informática

Actividades jurídicas e de contabilidade

Actividades de apoio social com alojamento

Alojamento e restauração

Atividades artísticas e do espetáculo

Publicidade e estudos de mercado

Atividade de saúde humana

Atividades imobiliárias

Atividades de I&D

Captação, tratamento e distribuição de água

Educação

Comércio a retalho

Transportes e armazenagem

Produtos farmacêuticos

Em matéria de crescimento do VAB, o TOP15 das atividades mais dinâmicas

continua a ser ocupado maioritariamente por serviços, mas existem mais

atividades industriais que se destacam;

Nos serviços, sobressaem as telecomunicações, as atividades domésticas, os

serviços de informação, os serviços sociais, os serviços de intermediação

financeira e os serviços às empresas;

Nos produtos industriais, sobressai a produção de computadores, eletrónica e

ótima, os produtos farmacêuticos e o equipamento de transporte.

10

Gráfico 3.TOP 15 SECTORIAL NO CRESCIMENTO DO VAB NA EU (TVMA), 2000-2012

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

0 1 2 3 4 5 6 7

Computadores, eletrónica e ótica

Telecomunicações

Produtos farmacêuticos

Atividades domésticas

Serviços de informação

Serviços sociais

Intermediários financeiros

Equipamento de transporte

Serviços às empresas

Serviços administrativos

Atividades de saúde

Máquinas e equipamentos, ne

Comércio grossista e retalhista

Artes e recreação

Atividades imobiliárias

No tocante ao comércio internacional de mercadorias, os produtos mais

dinâmicos são as máquinas e aparelhos de impressão, os aparelhos

telefónicos, os minérios de ferro, os minérios de cobre e o sangue.

O vestuário feminino de malha também aparece numa posição destacada.

11Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Gráfico 4.TOP 25 PRODUTOS COM IMPORTAÇÕES MAIS DINÂMICAS NO MUNDO, 2004-2013

8,5%

8,5%

8,7%

9,0%

9,1%

9,4%

9,4%

9,6%

10,1%

10,6%

10,7%

11,3%

12,0%

12,2%

12,8%

13,1%

13,5%

13,7%

15,0%

15,9%

16,2%

17,9%

20,0%

24,0%

25,1%

7,0%

0 200 400 600 800 1 000 1 200

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Preparações alimentícias, n.e.

Transformadores elétricos

Torneiras e válvulas

Pneumáticos novos, de borracha

Polímeros de etileno, em formas primárias

Polímeros de propileno, em formas primárias

Dispositivos semicondutores

Bagaços e outros resíd. sólidos, da soja

Hidrocarbonetos cíclicos

Milho

Dispositivos de cristais líq. n.e.

Óleos brutos de petróleo ou de min. betum.

Hulhas

Quadros, painéis (….), p/ comando elétrico

Óleo de palma, não químicam. modificados

Soja, mesmo triturada

Gás de petróleo e outros hidrocarb. gasosos

Dispositivos de armazenamento de dados

Óleos de petróleo ou de min. betum.

Vestuário feminino, de malha

Sangue

Minérios de cobre e seus concentrados

Minérios de ferro e seus concentrados

Aparelhos telefónicos

Máquinas e aparelhos de impressão

TODAS AS MERCADORIAS

mil milhões €TVMA 2004-13 Importações Mundiais (2013)

A Deloitte analisa anualmente as empresas tecnológicas de elevado

crescimento em 3 regiões mundiais: EMEA, América do Norte e Ásia/Pacífico.

Nos últimos rankings disponíveis, as atividade em destaque estão ligadas ao

software, à internet, às comunicações, à saúde e aos semicondutores.

12Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Gráfico 5.RANKINGS DELOITTE DAS 500 EMPRESAS DE MAIOR CRESCIMENTO 2008-2013

Deloitte Technology Fast 500 EMEA Deloitte Technology Fast 500 North America Deloitte Technology Fast 500 Asia Pacific

Empresas

tecnológicas de

elevado crescimento

As tecnologias do futuro vão estar muito viradas para a resposta aos

“megatrends” em curso;

Para um enquadramento geral sobre a temática, sugere-se a leitura dos

seguintes estudos:

• National Intelligence Council, Global Trends 2030: Alternative Worlds,

2012;

• Roland Berger, THOUGHTS Megatrends, 2012.

13

Figura 3.MEGATRENDS ‘VS’ NOVAS TECNOLOGIAS

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Tecnologias

do futuro

Megatrends

Empowerment individualEmergência de uma classe média mundial

afluente

Poder difusoMundo crescentemente multipolar, com a

ascensão económica da Ásia

Demografia desafianteCrescimento da população mundial,

envelhecimento e urbanização

Pressão sobre os recursosA procura para recursos essenciais (e.g. m.p.,

água, alimentos, energia) vai aumentar muito

Novas Tecnologias

Tecnologias da Informação e RedesAvanço da Era da “Big Data”, das redes, da

cloud, dos social media, etc

Novas tecnologias de produçãoAvanço das tecnologias aditivas, da robótica e

dos novos materiais

Novas resposta para recursos vitaisAlimentos geneticamente modificados,

agricultura de precisão, energias renováveis

Avanços na saúdeDesenvolvimento de novas tecnologias da

saúde e democratização da saúde no mundo

Análises mais aprofundadas sobre as tecnologias do futuro:

McKinsey Global Institute, Disruptive technologies: Advances that will transformlife, business, and the global economy, 2013.

14

Figura 4.TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS EM DESENVOLVIMENTO

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Análises mais aprofundadas sobre as tecnologias do futuro:

The IBM “5 in 5”: Innovations that will change our lives in the next five years.

15

Figura 5.THE IBM “5 IN 5”

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

IBM “5 IN 5”

2013

Oportunidades de Investimento

Nos próximos anos e para o domínio da ciência, tecnologia e inovação, a afetação

de recursos públicos e a utilização de instrumentos de apoio às empresas estarão

condicionadas por:

ENEI: Estratégia Nacional de Especialização Inteligente;

RIS3 Regionais: Estratégias Regionais de Especialização Inteligente.

Haverá que ter em conta as prioridades temáticas definidas e, sobretudo, o racional

subjacente

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento 16

1.3.

Oportunidades de

Investimento: a

Dimensão Nacional e

Regional

Figura 6.OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO COM MAIOR POTENCIAL DE APOIO

ENEI

RIS3 Norte

RIS3 Centro

RIS3 Alentejo

RIS3 Açores

RIS3 Lisboa

RIS3 Algarve

RIS3 Madeira

17Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Prioridades nacionais e

regionais (em curso)EixosTemáticos TemasPrioritários

1.Energia

2.Tecnologiasde

Informaçãoe

Comunicações

3.Materiaise

Matérias-Primas

4.TecnologiasdeProduçãoeIndústria

deProduto5.TecnologiasdeProduçãoeindústria

deProcesso

6.Automóvel,

AeronáuticaeEspaço

7.Transportes,

Mobilidadee

Logística

8.Agro-Alimentar

9.Floresta

10.EconomiadoMar

11.ÁguaeAmbiente

12.Saúde

13.Turismo

14.IndústriasCulturaiseCriativas

15.Habitat

IV.Recursos

NaturaiseAmbiente

V.Saúde,Bem-EstareTerritório

NíveldeDesenvolvimento

I.TecnologiasTransversaisesuas

Aplicações

II.Indústriae

TecnologiasdeProdução

III.Mobilidade,

EspaçoeLogística

Nacional

5

5

5

5

5

5

5

5

5

5

5

5

5

5

5

Norte

4

5

3

5

4

5

3

4

3

4

3

5

4

5

4

Centro

4

5

4

4

4

4

3

4

4

4

3

5

4

3

5

Lisboa

3

4

3

5

4

5

5

5

5

Alentejo

4

4

5

3

4

3

4

5

5

4

5

3

5

3

2

Algarve

3

4

4

3

5

3

4

5

4

R.A.

Madeira

5

5

3

4

4

5

5

3

5

4

R.A.Açores

2

3

2

2

4,5

5

3,5

2

4

2

18Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Figura 7.NORTE 2020 – ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE

Na região Norte, a RIS3 estabelece como domínios prioritários os “Recursos do Mar

e Economia”, o “Capital Humano e Serviços Especializados”, a “Cultura, Criação e

Moda”, as “Indústrias da Mobilidade e Ambiente”, os “Sistemas Agroambientais e

Alimentação”, as “Ciências da Vida e Saúde”, o “Capital Simbólico, Tecnologias e

Serviços do Turismo” e as “Tecnologias de Largo Espectro”.

19Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Figura 8.RACIONAL PARA O EMPREENDEDORISMO TECNOLÓGICO E CRIATIVO NA LÓGICA DAS RIS3

Proposta de racional para o empreendedorismo tecnológico e criativo na lógica das

RIS3 (A. Almeida e M. R. Silva, “Operationalizing Smart Specialization in a Follower

Region”, 19th APDR Congress, Junho 2013):

O projeto face às RIS3: As “smart questions”:

Prioridades Temáticas

O projeto insere-se nas prioridades temáticas definidas? Em quais?

Recursos e Ativos

A oportunidade tecnológica está claramente identificada e assenta crucialmente

nos recursos detidos?

Os recursos / ativos são dificilmente imitáveis?

Existe proximidade / parcerias com centros produtores de conhecimento?

Integração

É possível / fácil entrar no setor?

As competências existentes ou a mobilizar garantem o matching entre a

tecnologia e o mercado?

Existem parcerias estáveis que complementam o pool de competências?

Existe um ecossistema que propicia sinergias?

Procura

A procura global assegura um crescimento sustentado?

Existem vantagens competitivas na relação com utilizadores avançados?

Existem vantagens competitivas na relação com consumidores avançados?

20Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

2.Da Ideia ao

Plano de Negócios:

Aspetos Relevantes

O Plano de Negócios é uma ferramenta essencial que ajuda a dar corpo à “ideia”,

colocando em evidência a viabilidade e sustentabilidade do mesmo.

Para o efeito, deve ser estruturado de forma a provocar uma adequada reflexão,

realista mas ambiciosa, em torno da problemática em génese.

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento 22

2.1.

Aspetos a

evidenciar no Plano

de Negócios

Figura 9.ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGÓCIOS

O promotor

A

oportunidade

O projetoO mercado

A estratégia

A viabilidade

económica e

financeira

Para efeito da projeção de um negócio, são vários os equívocos que, comummente,

são cometidos e que devem ser conhecidos e evitados.

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento 23

2.2.

Equívocos

a evitar

Figura 10.EQUÍVOCOS A EVITAR

Sobrestimação da faturação

Subestimação dos gastos

Derrapagem nos investimentos

Derrapagem nos timings de implementação do projeto

Negligência das necessidades de fundo de maneio

Inadequado volume de financiamento contraído

Inadequada estrutura de financiamento do projeto

Aposta em negócios não “escaláveis” e s/ mercado relevante

3.Oportunidades de

Financiamento

25

Figura 11.ESTRUTURA OPERACIONAL DO PORTUGAL 2020

O período de programação estrutural 2014-2020 terá, à semelhança do anterior, um

foco deliberado no transacionável e nas exportações.

O domínio temático da Competitividade e Internacionalização inclui o objetivo

temático cuja dotação orçamental é, de longe, a mais significativa: OT 3 - Reforçar

a competitividade das PME e dos setores agrícola das pescas e da aquicultura

(com dotação superior a 6 mil milhões de euros).

O Portugal 2020 não difere de forma radical do QREN no modelo e nos

instrumentos de apoio direto às empresas.

3.1.

Enquadramento

geral

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

26

No Portugal 2020, os apoios diretos ao investimento das empresas centram-se em

dois instrumentos fundamentais:

Sistemas de incentivos de apoio ao investimento empresarial;

Instrumentos financeiros de dívida e de capitalização.

Estes apoios encontram-se enquadrados em vários Programas Operacionais, tendo

em conta as atividades de inserção dos projetos empresariais (primárias,

secundárias e/ou terciárias):

Os projetos de investimento empresarial que se inserem nas atividades

primárias são apoiados no âmbito do PDR2020 ou do MAR2020;

Os projetos que se inserem nas atividades secundárias ou terciárias são

apoiados no âmbito do Programa Operacional da Competitividade e

Internacionalização (POCI) ou dos Programas Operacionais Regionais (PORs).

Programas

Financiadores

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

27

Tabela 1.SECTORES INDUSTRIAIS ENQUADRADOS NO PDR 2020

O agroindustrial, materializando a transição entre atividades primárias e

secundárias, exige uma delimitação mais fina:

Os projetos agroindustriais que se inserem nas atividades identificadas no

Quadro 1 são apoiados pelo PDR2020;

Os restantes projetos agroindustriais são apoiados pelo POCI ou pelos POR.

Agroindustrial CAEs Enquadradas no PDR2020

Indústrias

Alimentares

10110 - Abate de gado (produção de carne); 10120 - Abate de aves; 10130 - Fabricação de produtos à base

de carne; 10310 - Preparação e conservação de batatas; 10320 - Fabricação de sumos de frutos e de

produtos hortícolas (apenas a 1.ª transformação ou ou transformações ulteriores quando integradas com a

1.ª transformação); 10391 - Congelação de frutos e produtos hortícolas; 10392 - Secagem e desidratação de

frutos e produtos hortícolas; 10393 - Fabricação de doces, compotas, geleias e marmelada; 10394 -

Descasque e transformação de frutos de casca rija comestíveis; 10395 - Preparação e conservação de frutos

e produtos hortícolas por outros processos; 10412 - Produção de azeite; 10510 Indústrias do leite e

derivados; 10612 - Descasque, branqueamento e outros tratamentos do arroz; 10810 - Indústria do açúcar;

10822 - Fabricação de produtos de confeitaria (apenas 1.ª transformação de frutos confitados); 10830 -

Indústria do café e do chá (só a torrefação da raiz da chicória); 10840 - Fabricação de condimentos e

temperos (apenas vinagres de origem vínica quando integradas com a 1.ª transformação); 10893 -

Fabricação de outros produtos alimentares diversos, N.E. (só o tratamento, liofilização e conservação de

ovos e ovoprodutos)

Indústria das

Bebidas

11021 - Produção de vinhos comuns e licorosos; 11022 - Produção de vinhos espumantes e espumosos;

11030 - Fabricação de cidra e de outras bebidas fermentadas de frutos; 11040 - Fabricação de vermutes e

de outras bebidas fermentadas não destiladas; 13105 - Preparação e fiação de linho e outras fibras têxteis

(só a preparação de linho até à fiação)

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

28

Tabela 2.SISTEMAS DE INCENTIVOS DO PORTUGAL 2020

Os investimentos empresariais dirigidos à indústria ou aos serviços elegíveis no

POCI ou nos PORs poderão enquadrar-se em três tipologia de investimento

alternativas: (i) Investigação e Desenvolvimento Tecnológico; (ii) Investimento em

Qualificação e Internacionalização das PME; (iii) Inovação Empresarial e

Empreendedorismo.

Por sua vez, os investimentos empresariais dirigidos à agricultura, produção animal

e floresta elegíveis no PDR2020 podem ser apoiados por três tipos de ações

alternativas: (i) Ação 3.1 - Jovens Agricultores; (ii) Ação 3.2 - Investimento na

exploração agrícola; (iii) Ação 3.3 - Investimento na transformação e

comercialização de produtos agrícolas.

3.2.

Sistemas de

Incentivos

Sectores de Incidência Tipologia de Regimes de Incentivo

Indústria e

Serviços

Inovação Empresarial e Empreendedorismo

Qualificação e Internacionalização das PME

Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Agricultura, Produção

Animal

e Floresta

Ação 3.1 - Jovens Agricultores

Ação 3.2 - Investimento na exploração agrícola

Ação 3.3 - Investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

29

Tabela 3.ATIVIDADES NÃO ELEGÍVEIS PARA APOIO NOS SI DO PORTUGAL 2020

São enquadráveis no Portugal 2020 os projetos inseridos na maioria das atividades

económicas, em particular os que visam a produção transacionável e

internacionalizável e que vão de encontro às estratégias de especialização

inteligente (RIS3) definidas no país.

Por princípio, as atividades não elegíveis são as que se apresentam na Tabela 3.

Elegibilidades

“sectoriais” dos projetos

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Sistema de

IncentivosDescrição das atividades não elegíveis e respetivas especificidades

Geral

Atividades Financeiras e de Seguros

Defesa

Lotarias e outros jogos de apostas

Inovação

Empresarial e

Empreendedorismo

(exceto vale

empreendedorismo)

Setor da pesca e da aquicultura

Setor da produção agrícola primária

Setor siderúrgico, do carvão, da construção naval, das fibras sintéticas, dos transportes e

das infraestruturas conexas e da produção, distribuição e infraestruturas energéticas

Setor da transformação e comercialização de produtos agrícolas e produtos florestais

quando se trate de projetos de investimento empresarial:

-Desenvolvidos em explorações agrícolas, ou

-Desenvolvidos por Organizações de Produtores, ou

-Com investimento igual ou inferior a 4 M€

Qualificação e

Internacionalização

de PME

(exceto vale

inovação e vale

internacionalização)

Setor da pesca e da aquicultura

Setor da produção agrícola primária, os auxílios à participação em feiras e os auxílios à

inovação em matéria de processos e organização.

30

Tabela 4.CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE DOS PROMOTORES E DOS PROJETOS

A par das condições de elegibilidade associadas ao âmbito setorial dos projetos,

existem também condições associadas ao seu promotor e a certos aspetos

particulares dos projetos propriamente ditos.

Outras condições de

elegibilidade dos

projetos

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Tipologia Condições

Promotor

Encontrar-se legalmente constituído Cumprir as condições legais necessárias ao exercício da respetiva atividade Possuir a situação regularizada face à administração fiscal, à segurança social e às entidades pagadoras dos incentivos Apresentar uma situação económico-financeira equilibrada (usualmente uma autonomia financeira pré-projeto de 15%

para PME e 20% para grandes empresas) Possuir os recursos humanos, físicos e financeiros necessários ao desenvolvimento do projeto Dispor de contabilidade organizada nos termos da legislação aplicável Não ser uma empresa em dificuldade (art.º 2 do Reg. (EU) nº 651/2014) Declarar que não se trata de uma empresa sujeita a uma injunção de recuperação, ainda pendente, da Comissão que

declara um auxílio ilegal e incompatível com o mercado interno Declarar que não tem salários em atraso. Cada regime de incentivos específico pode incorporar outras exigências complementares

Projeto

Inserir-se nos objetivos do regime de apoios A data da candidatura do projeto ser anterior à data de início dos trabalhos Apresentar viabilidade económico-financeira e, quando aplicável, ser financiado adequadamente por capitais próprios Manter afetos à respetiva atividade os ativos respeitantes ao investimento apoiado, bem como a localização geográfica

definida no projeto, durante o período de vigência do contrato de incentivos, no mínimo, durante cinco anos após o

encerramento do projeto, no caso de empresa não PME e, no mínimo, durante três anos, no caso de PME Cada regime de incentivos específico pode incorporar outras exigências complementares

31

As taxas de apoio são distintas entre sistemas de incentivos do Portugal 2020.

Estas intensidades têm que respeitar o estabelecido no Mapa dos Auxílios Estatais

com Finalidade Regional 2014-2020 para Portugal, aprovado pela CE em junho de

2014 (SA.38571), que define as intensidades máximas de apoio em Equivalente a

Subvenção Bruta (ESB) para cada região NUT2 (ver Tabela 5).

No caso dos apoios à I&D+I, tendo em conta o estabelecido no Enquadramento

dos Auxílios Estatais relevante (JOUE 2014/C 198/01), as intensidades

máximas de apoio são superiores, podendo atingir os 80% nas pequenas

empresas, 75% nas médias e 65% nas grandes empresas.

Tabela 5.TAXAS MÁXIMAS DE APOIO ÀS EMPRESAS NO PORTUGAL 2020

Pequenas Empresas Médias Empresas Grandes Empresas

Norte 45% 35% 25%

Centro 45% 35% 25%

Alentejo 45% 35% 25%

R.A. Açores 65% 55% 45%

R.A. Madeira 55% 45% 35%

Algarve 30% 20% 10%

Península de Setúbal 30% 20% 10%

Algumas Regiões de Lisboa 30% 20% 10%

Níveis máximos

de apoio nos

sistemas de incentivos

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

32

A tipologia de investimentos Inovação Empresarial e Empreendedorismo destina-se

a apoiar inovação produtiva promovida por empresas existentes ou em novas

empresas.

Esta tipologia apoia essencialmente três tipos de projetos:

Projetos de produção de novos bens e serviços ou de melhoria significativas

da produção atual através da transferência e aplicação de conhecimento;

Projetos de adoção de novos ou significativamente melhorados processos ou

métodos de fabrico, logística, distribuição, organizacionais ou de marketing;

Projetos de empreendedorismo qualificado, promovidos por PME (com menos

de 2 anos), em atividades com fortes dinâmicas de crescimento, intensivas em

tecnologia e conhecimento ou integradas em industrias criativas e culturais.

Os projetos de produção de novos bens e serviços e os projetos de adoção de

novos processos podem ser promovidos por PMEs ou por grandes empresas,

segundo o modelo tradicional (“projetos de inovação produtiva”).

Já os projetos de empreendedorismo qualificado e criativo podem ser apoiados

segundo o modelo idêntico aos projetos de produção de inovação produtiva

(“projetos de empreendedorismo”) ou segundo um modelo simplificado (“vale

empreendedorismo”), sendo que neste último caso as despesas elegíveis

restringem-se à aquisição de serviços de consultoria na área do

empreendedorismo, designadamente elaboração de planos de negócios.

Investimento

Empresarial Inovador e

Qualificado

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

33

Do ponto de vista das despesas elegíveis, esta tipologia de investimento possui

uma base muito ampla de apoio, que essencialmente deixa de fora a aquisição de

terrenos, as obras de construção (só elegíveis em projetos ligados ao turismo e, em

casos especiais, na indústria) e os veículos automóveis ou outro material de

transporte, além de todas as despesas de natureza corrente (ver Tabela 6).

Nos projetos simplificados (vales empreendedorismo), está prevista a elegibilidade

da aquisição de serviços de consultoria na área do empreendedorismo a entidades

acreditadas para o efeito (planos de negócios e serviços de consultoria

imprescindíveis ao arranque de empresas recém-criadas).

.Tabela 6.DESPESAS ELEGÍVEIS NOS PROJETOS DE INOVAÇÃO PRODUTIVA

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Tipo de

DespesasItens específicos de Investimento

Ativos Corpóreos Máquinas e equipamentos relacionados com o desenvolvimento do projeto (e custos de instalação)

Equipamento informático e software necessário ao seu funcionamento

Ativo Incorpóreos

Transferência de tecnologia através da aquisição de direitos de patentes

Licenças, “saber-fazer” ou conhecimentos técnicos não protegidos por patente

Software standard ou específico

Outras Despesas

de Investimento

(Limitadas a

20%/ 35%)

Serviços de engenharia relacionados com a implementação do projeto;

Estudos, diagnósticos, auditorias, planos de marketing e projetos de arquitetura e de engenharia, associados ao

projeto de investimento

Despesas com TOC ou ROC na validação de despesas dos pedidos de pagamento (limite de €5.000)

Cadastro Predial Execução de cadastro predial do prédio ou prédios em que incide o projeto, incluindo aluguer de equipamento.

Formação de

Recursos

Humanos

Custos do pessoal, relativos a formadores, para as horas em que estes participam na formação

Custos de funcionamento relativos a formadores e formandos diretamente relacionados com o projeto de

formação, como despesas de deslocação, material, amortização dos instrumentos e equipamentos

exclusivamente utilizados no projeto de formação em causa.

Custos do pessoal, relativos a formandos, e custos indiretos gerais, relativamente ao nº total de horas que os

formandos participam na formação

34

Tabela 7.TAXAS DE APOIO E LIMITES DE INCENTIVO

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Os apoios concedidos ao abrigo desta tipologia de investimento revestem a forma

de incentivo reembolsável, exceto para as despesas elegíveis em formação de RH

e para a tipologia dos projetos simplificados.

Os projetos de inovação produtiva, ficam sujeitos a um plano de reembolso que, em

geral, se estende por 8 anos, com 2 anos iniciais de carência e, depois, 12

prestações semestrais de igual montante nos 6 anos subsequentes (nos projetos

de criação de estabelecimentos hoteleiros, os prazos podem ser mais alargados).

Em função da avaliação dos resultados do projeto, no ano cruzeiro (2.º ano findo o

investimento), pode ser concedido um “prémio” sob a forma de isenção de

reembolso de uma parcela do apoio reembolsável, até ao limite de 50%.

Tipo de Projeto Limites dos incentivos

Projetos de

Inovação Produtiva

Taxa base de 35% sobre as despesas elegíveis Majorações cumulativas (até máx. 75%):

15 p.p. para médias empresas e para pequenas empresas que promovam projetos com despesa

elegível igual ou superior a 5 milhões de euros

25 p.p. para pequenas empresas em projetos com despesa elegível inferior a 5 milhões de euros

10 p.p. Em projetos localizados em territórios de baixa densidade

10 p.p. em projetos com um plano de demonstração e disseminação de soluções inovadoras, com

recurso a mecanismos de fertilização cruzada intersetorial

10 p.p. em projetos na tipologia de empreendedorismo qualificado e criativo

10 p.p. em projetos que resultem de empreendedorismo feminino ou jovem

10 p.p. em projetos que demonstrem atuações ou impactos em matéria de uso eficiente de recursos,

eficiência energética, mobilidade sustentável e redução de emissões de gases com efeitos de estufa Independentemente destes níveis de apoio, o incentivo final efetivamente concedido nunca poderá

exceder os limites de auxílios estabelecidos pelas regras europeias em ESB.Projetos Simplificados

(Vales Empreendedorismo)

Taxa máxima de 75% Limite de €15.000

35

A Tipologia de investimento Qualificação e Internacionalização das PME (SI Q&I

PME) tem como objetivo reforçar a capacitação empresarial das PME através da

inovação organizacional e da aposta em fatores imateriais específicos de

competitividade ou através do desenvolvimento dos seus processos de qualificação

para a internacionalização.

Esta tipologia apoia três tipos de projetos:

Projetos individuais, que contemplem apostas em fatores dinâmicos de

competitividade como a inovação organizacional e de gestão, a economia

digital e as TIC, a criação de marcas e design, o desenvolvimento e

engenharia de produtos, serviços e processos, a propriedade industrial

(patentes, modelos), a qualidade, a transferência de conhecimento, os

sistemas de informação associados à distribuição e logística, a eco-inovação

ou a formação profissional associada à inovação e à internacionalização;

Projetos conjuntos, promovidos por entidades de natureza associativa que

apresentem um programa estruturado de intervenção num conjunto restrito de

PME;

Projetos simplificados, de apoio à inovação (vale inovação) e à

internacionalização (vale internacionalização).

No tocante a condições de elegibilidade dos promotores, para além das condições

gerais exigidas, as entidades promotoras têm de cumprir os critérios de pequena ou

média empresa.

Qualificação e

Internacionalização

das PME

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

36

Do ponto de vista das despesas elegíveis, esta tipologia de investimento estabelece

uma base ampla de apoio que permite às empresas desenhar projetos globais que

contribuam decisivamente para a sua maior capacitação e qualificação nos fatores

dinâmicos de competitividade (ver Tabela 8).

Nos projetos simplificados, está prevista a elegibilidade da aquisição de serviços de

consultoria especializada nos domínios da gestão, assistência tecnológica,

economia digital, aquisição de direitos de propriedade industrial, acordos de

licenciamento, e consultoria relativa à utilização de normas e serviços de ensaios e

certificação (vale inovação), bem como da prospeção de mercados (vale

internacionalização), desde que adquiridos a entidades acreditadas para o efeito.

Tabela 8.DESPESAS ELEGÍVEIS NOS PROJETOS DE QUALIFICAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Tipo de Despesas Itens específicos de Investimento

Aquisições para

aplicação de novos

métodos organizacionais

Equipamentos e software relacionados com o desenvolvimento do projeto, i.e., ligados às áreas da gestão, comercialização, marketing, distribuição e

logística, design, qualidade, etc.

Custo c/ a contratação de 2 novos quadros técnicos (com salário base até ao limite máximo de €1.850 e manutenção destes postos de trabalho durante 3

anos após o encerramento do projeto)

Participação em feiras e

exposições no exterior

Custos com o arrendamento do espaço, incluindo serviços prestados pelas entidades organizadoras

Custos com a construção do stand, incluindo serviços de conceção, construção e montagem e aluguer de equipamento e mobiliário.

Custos de funcionamento do stand, incluindo serviços de deslocação e alojamento dos representantes da empresa

Serviços de consultoria

especializados,

prestados por

consultores externos

Prospeção e captação de novos clientes, incluindo missões de importadores

Ações de promoção realizadas em mercados externos, designadamente assessoria de imprensa, relações públicas, consultoria de mercado e assistência

técnica à preparação de eventos

Campanhas de marketing nos mercados externos (e.g. contratação de serviços nas áreas de mailing e telemarketing, publicidade, etc)

Assistência técnica, estudos, diagnósticos e auditorias associados ao projeto

Custos com a entidade certificadora e com a realização de testes e ensaios em laboratórios acreditados

Custos de conceção e registo associados à criação de novas marcas ou coleções

Custos iniciais associados à domiciliação de aplicações, adesão a plataformas eletrónicas, subscrição de aplicações em regimes de “software as a service”,

criação e publicação de novos conteúdos eletrónicos, bem como a inclusão ou catalogação em diretórios ou motores de busca

Despesas com TOC e ROC na validação de despesas dos pedidos de pagamento (limite de €5.000)

Patentes Obtenção, validação e defesa de patentes e outros custos de registo de propriedade industrial

Formação de recursos

humanos

Custos do pessoal, relativos a formadores, para as horas em que os formandos participem na formação

Custos de funcionamento relativos a formadores e formandos diretamente relacionados com o projeto

Custos de serviços de consultoria associados ao projeto de formação

Custos do pessoal, relativos a formandos, e custos indiretos gerais

Contratação de recursos

humanos

Custos salariais com a contratação de recursos humanos altamente qualificados nas empresas, incluindo o salário base, até ao limite máximo definido em

aviso de apresentação de candidatura ou em orientação técnica, e encargos sociais obrigatórios, mediante celebração de contrato de trabalho de duração

máxima de 36 meses.

37

Tabela 9.TAXAS DE APOIO E LIMITES DE INCENTIVO

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Os incentivos concedidos ao abrigo desta tipologia de investimento são do tipo não

reembolsável (fundo perdido), embora com limites máximos definidos para cada

tipo de projeto: €500.000 por projeto individual, valor médio máximo de €180.000

em projetos conjuntos e €15.000 por projeto simplificado.

As taxas de incentivo máximas neste sistema de incentivos são de 45% para os

projetos individuais, 50% para os projetos conjuntos e 75% para os projetos

simplificados (vales inovação e vales internacionalização).

No caso particular dos custos com a contratação de recursos humanos, a taxa de

incentivo aplicável é de 50%. Também nas despesas com formação profissional, a

taxa de incentivo aplicável é de 50%, existindo majorações possíveis.

Tipo de Projetos Taxas de apoio e limites dos incentivos

Projectos Individuais

Incentivo não reembolsável até ao limite de 500.000€

Taxa máxima de incentivo de 45%, excepto:

Taxa base de incentivo de 50% nos custos elegíveis com formação profissional, majorada

de 10 p.p. nos apoios a médias empresas e 20 p.p. nos apoios a micro e pequenas

empresas, e 10 p.p. se a formação for dada a trabalhadores com deficiência ou

desfavorecidos (até limite de 70%).

Taxa base de incentivo de 50% para a contratação de recursos humanos altamente

qualificados nas empresas

Projetos Conjuntos

Incentivo não reembolsável até ao limite de €180.000 por empresa participante

Taxa máxima de incentivo de 50% atribuída às PME e de 85% nos custos elegíveis

realizados pelo promotor

Projetos Simplificados Incentivo não reembolsável até ao limite de 15.000€

Taxa máxima de 75%

38

A tipologia de investimento Investigação e Desenvolvimento Tecnológico tem como

propósito aumentar o investimento em investigação e inovação (I&I), alinhado com

os domínios prioritários da RIS3, procurando reforçar a ligação entre as empresas e

as restantes entidades do Sistema de I&I, bem como promover o aumento de

atividades económicas intensivas em conhecimento e a criação de valor baseado

na inovação.

Esta tipologia de investimento apoia os seguintes tipos de projetos: Projetos I&DT Empresas, que compreendem atividades de investigação industrial e

desenvolvimento experimental nas empresas (com possível relação de parceria com

outras entidades do Sistema de I&I);

Projetos Demonstradores, orientados para a demonstração de tecnologias avançadas

e de linhas-piloto desenvolvidas em atividades de I&D;

Programas Mobilizadores, com elevado conteúdo tecnológico e de inovação e com

impactes significativos a nível multissectorial, regional, de clusters e cadeias de valor,

realizados entre empresas e entidades do sistema de I&I;

Núcleos de I&DT, destinados a criar competências internas de I&DT e de gestão da

inovação nas empresas;

Proteção de Direitos de Propriedade Intelectual (DPI), na sequência de projetos de

I&D apoiados no âmbito do QREN ou do Portugal 2020;

Internacionalização I&DT, para apoio à preparação de candidaturas a progra-mas

internacionais de I&D&I e participação em redes internacionais de I&D&I;

Vale I&DT (projetos simplificados), para aquisição de serviços de I&DT e de

transferência de tecnologia.

Os projetos de Proteção de DPI e Internacionalização I&DT são operacionalizáveis

apenas na forma de projeto individual. Os projetos mobilizadores, pela sua

natureza, são apenas operacionalizáveis em co-promoção entre empresas e outras

entidades do sistema de I&I. As restantes tipologias de projetos são passíveis de

revestirem a forma de projetos individuais ou em co-promoção.

Investigação e

Desenvolvimento

Tecnológico

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

39

Os projetos candidatados serão considerados elegíveis se, para além dos requisitos

gerais respeitarem outras exigências, (ver Tabela 10).

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Tabela 10.CONDIÇÕES DE ESPECÍFICAS DE ELEGIBILIDADE NO IDT

Tipologia de

ProjetoCondições de elegibilidade

Projetos I&DT

Empresas

Inserir-se nos domínios prioritários da RIS3 Identificar e justificar as incertezas de natureza técnica e científica do projeto Incorporar desenvolvimentos técnicos ou tecnológicos significativos Envolver recursos humanos qualificados cujos curricula garantam a sua adequada execução Ser sustentado por uma análise da estratégia de I&D&I a 3 anos da(s) empresa(s) participante(s) Demonstração em situação real da utilização ou aplicação do produto, processo ou sistema alvo do projeto e um plano de divulgação ampla

junto de empresas potencialmente interessadas na aplicação das soluções tecnológicas resultantes do projeto (só Projetos Demonstradores) Ter uma duração máxima de execução de 18 meses (projetos demonstradores), 24 meses (projetos individuais), 36 meses (projetos em co-

promoção e programas mobilizadores) Iniciar a execução do projeto no prazo máximo de 6 meses após comunicação da decisão Demonstrar que se encontram asseguradas as fontes de financiamento do projeto

Projetos

Demonstradores

Programas

Mobilizadores

Núcleos I&DT

Envolver recursos humanos qualificados cujos curricula garantam a sua adequada execução Estar integrado na estratégia de inovação da(s) empresa(s) e sustentado num plano de atividades de I&D para execução num horizonte de

dois anos Deter à data da conclusão do projeto um sistema de gestão da investigação, desenvolvimento e inovação certificado segundo a NP 4457:2007 Ter uma duração máxima de execução de 2 anos (projetos individuais) ou 3 anos (projetos em co-promoção) Identificar a empresa líder do projeto (projetos em co-promoção) Apresentar um contrato de consórcio nos termos legais explicitando o âmbito de cooperação entre as entidades envolvidas (projetos em co-

promoção)

Proteção de DPI Ser o complemento de projetos de I&DT financiados ao abrigo do QREN ou do Portugal 2020 Ter duração máxima de 36 meses

Internacionaliza-

ção I&DT

Apresentar um plano de participação em programas e redes internacionais de I&DT para um prazo mínimo de 2 anos Caso exista histórico de participação em programas europeus de apoio à I&I, demonstrar o efeito de adicionalidade do projeto. Ter duração máxima de 24 meses

Vales I&D

Inserir-se nos domínios prioritários da RIS3 Demonstrar que se encontram asseguradas as fontes de financiamento do projeto Duração máxima de 12 meses Não corresponder a projeto em curso na entidade acreditada Demonstrar a natureza incremental e não recorrente da atividade contratada Corresponder a aquisição de serviços a entidade acreditada e demonstrar que foi efetuada consulta a pelo menos duas das entidades

acreditadas no domínio de intervenção (quando as houver).

40

As despesas elegíveis dos projetos a apoiar na tipologia variam muito consoante a

tipologia onde o mesmo é enquadrado: ver Tabela 11. Sempre que exista a

possibilidade de imputação de custos indiretos, os mesmos serão calculados com

base em custos simplificados, que preveem a aplicação de uma taxa fixa de 25%

sobre os custos elegíveis diretos (excluindo subcontratações).

Tabela 11.DESPESAS ELEGÍVEIS NOS PROJETOS DE QUALIFICAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Tipo de Despesas Itens específicos de Investimento

Projetos I&DT Empresas

Despesas c/ pessoal técnico do promotor dedicado a atividades de I&DT

Aquisição de patentes

Matérias-primas, consumíveis e componentes para a construção de instalações-piloto e protótipos

Aquisição de serviços a terceiros, incluindo assistência técnica, científica e consultoria

Aquisição de instrumentos e equipamento científico e técnico necessários ao projeto e de software específico para o projeto

Despesas com a promoção e divulgação de resultados do projeto (incluindo promoção internacional)

Viagens e estadas no estrangeiro diretamente imputáveis ao projeto e necessárias à sua realização

Despesas com o processo de certificação de I&D&I

Despesas com intervenção de auditor-técnico, TOC ou ROC

Contribuições em espécie ( em condições ainda a definir)

Custos indiretos

Programas Mobilizadores

Projetos Demonstradores

Adaptação de edifícios e instalações

Transporte, seguros, montagens e desmontagens de equipamentos e instalações

Despesas inerentes à aplicação real no setor utilizador

Modelos computacionais dos protótipos com funções de simulação,

Núcleos de I&DT

Despesas c/ pessoal técnico dedicado à dinamização do Núcleo de I&DT (num máximo de 3 novos quadros técnicos com qualificação igual

ou superior à licenciatura nos projetos individuais)

Formação de recursos humanos

Aquisição de serviços a terceiros, incluindo assistência técnica, científica e consultoria

Aquisição de instrumentos e equipamento científico e técnico, incluindo software específico

Adaptação de edifícios e instalações

Despesas com o processo de certificação de I&D&I

Despesas com intervenção de auditor-técnico, TOC ou ROC

Contribuições em espécie ( em condições ainda a definir)

Custos indiretos

Proteção DPI Custos com a obtenção e validação dos pedidos, incluindo taxas e honorários

Internacionalização I&DT Aquisição de serviços de consultoria para a preparação de candidaturas

Viagens e estadas ao estrangeiro diretamente imputáveis ao projeto e comprovadamente necessárias

Vale de I&DT Aquisição de serviços de consultoria em atividades de I&DT e serviços de transferência de tecnologia

41

Tabela 12.TAXAS DE APOIO E LIMITES DE INCENTIVO

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Os incentivos concedidos são do tipo não reembolsável (fundo perdido), até certos

limites máximos definidos para cada tipo de projeto, passando depois a ser

reembolsáveis a 7 anos e 3 anos de carência.

Tipologia de projeto Limites dos incentivos

Projetos I&DT Empresas Para os beneficiários empresas o incentivo é não reembolsável até €1.000.000, passando a partir

deste valor a ser 25% reembolsável e 75% não reembolsável

Taxa base máxima de incentivo de 25% com as seguintes majorações*:

— 25 p.p. para as despesas elegíveis classificadas como “investigação industrial”

— 10 p.p. para médias empresas e 20 p.p. para pequenas empresas

— 15 p.p. nos projetos que envolverem cooperação entre empresas; cooperação com entidades

não empresariais do Sistema I&I ou divulgação ampla de resultados

As despesas relativas à participação em feitas e exposições são financiadas à taxa máxima de

50%

A taxa de incentivo das entidades não empresariais do Sistema I&I é a média ponderada das

taxas de incentivo dos promotores empresariais do projeto, ou 75% quando cumpridas certas

condições

Projetos Demonstradores

Programas Mobilizadores

Núcleos de I&DT

Taxa base máxima de 50% para PME, 15% para grandes empresas e a média ponderada das

taxas de incentivo dos promotores empresariais do projeto ou 75% (quando cumpridas certas

condições) para as entidades não empresariais do Sistema de I&I

Os custos elegíveis com formação têm uma taxa base de 50% e uma taxa máxima de 70%, com

as seguintes majorações: 10 p.p. se a formação for dada a trabalhadores com deficiência ou

desfavorecidos; 10 p.p. para médias empresas e 20 p.p. para micro e pequenas empresasProteção DPI Taxa base máxima de 50% sem qualquer majoração

Para as grandes empresas, despesas elegíveis integralmente apoiadas no regime de minimisInternacionalização I&DT

Projetos Simplificados Incentivo não reembolsável até ao limite de 15.000€

Taxa máxima de 75%

42

A Ação 3.2, orientada para a promoção do “Investimento na Exploração Agrícola”,

tem como objetivo fundamental reforçar a viabilidade e a competitividade das

explorações agrícolas, bem como preservar e melhorar o ambiente, assegurando a

compatibilidade dos investimentos com as normas ambientais e de higiene e

segurança no trabalho.

A elegibilidade das operações é garantida se o projeto respeitar um dos objetivos

acima apresentados (devidamente fundamentado), tiver um custo elegível superior

a €25.000 e revelar coerência técnica/económica/financeira e possuir viabilidade

económica e financeira.

Tabela 13.DESPESAS ELEGÍVEIS NA AÇÃO 3.2 DO PDR2020

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Investimento na

Exploração Agrícola

Tipo de Despesas Itens específicos de Investimento

Construção e

melhoramento de

bens Imóveis

Preparação de terrenos

Edifícios e outras construções diretamente ligados às atividades a desenvolver

Plantações plurianuais

Instalação de pastagens permanentes, nomeadamente operações de regularização e preparação do

solo, desmatação e consolidação do terreno

Sistemas de rega (captação, condução e distribuição de água desde que promovam o uso eficiente da

água e sistemas de monitorização)

Consolidação (durante o período de execução da operação)

Máquinas e

Equipamentos

Compra ou locação de máquinas e equipamentos novos

Equipamentos de transporte interno novos com vida útil superior a 1 ano

Equipamentos novos de valorização de subprodutos e resíduos da atividade

Outras Despesas(limite de 5% do valor das

restantes categorias)

Despesas relacionadas com a eficiência energética e energias renováveis

Software aplicacional

Despesas relacionadas com propriedade industrial

Estudos e auditorias

Projetos de arquitetura e engenharia

43

Tabela 14.NATUREZA E LIMITE DOS INCENTIVOS NA AÇÃO 3.2 DO PDR2020

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Os incentivos concedidos ao abrigo da medida de “Investimento na Exploração

Agrícola” são do tipo não reembolsável (fundo perdido), até ao montante de

€2.000.000, sendo a partir daí reembolsável até um máximo de €4.000.000.

Esta última componente prevê um plano de reembolso em 7 anos (2 anos de

período de carência e 5 anos para a fase de reembolso), que pode ser prorrogado

por mais 2 anos.

A taxa de incentivo de base nesta ação é de 30%, podendo depois beneficiar de

significativas majorações em função do cumprimento dos requisitos “preferenciais”

apresentados na Tabela 14.

Componentes Taxas de base, majorações e limites dos incentivos

Taxa base Taxa base de 30%

Majorações

(Componente I)

À taxa base estão associadas majorações de acordo com a localização do investimento, participação

associativa e existência de seguro de colheitas:

— 10 p.p. em projetos localizados em regiões menos desenvolvidas ou zonas com condicionantes naturais;

— 10 p.p. para beneficiários pertencentes a organizações ou agrupamentos de produtores;

— 5 p.p. em projetos com seguro de colheitas associado

As taxas máximas para esta fase de majoração são de 50% para regiões menos desenvolvidas e 40% para

as restantes

Majorações

(Componente II)

Após o cálculo da taxa de incentivo com a aplicação das majorações da Componente I, aplicam-se as

seguintes majorações adicionais:

10 p.p. quando o beneficiários forem jovens agricultores em primeira instalação

20 p.p. em projetos promovidos por organizações ou agrupamentos de produtores no âmbito de uma fusão

Elementos específicos A compra de tratores e outras máquinas motorizadas matriculadas tem uma taxa de incentivo máxima de 40%

nas regiões menos desenvolvidas e 30% nas restantes

44

A Ação 3.1, orientada para o apoio a “Jovens Agricultores”, foi criada para

responder ao problema do elevado grau de envelhecimento da população agrícola

e desertificação dos territórios rurais, procurando promover a renovação geracional

e atração de novos agricultores, com melhores qualificações técnicas e de gestão

para o sector agrícola. Assim, esta ação está inteiramente dedicada ao apoio aos

jovens que se pretendem instalar pela primeira vez na atividade agrícola.

Esta ação é complementar face à Ação 3.2 e reveste a forma de um prémio à

instalação de jovens agricultores (com idade entre 18 e 40 anos), com formação

nos domínios da agricultura, sob a forma de incentivo não reembolsável. A

elegibilidade dos projetos implica ainda a demonstração da titularidade da

exploração agrícola e a apresentação de um plano empresarial que inclua os

investimentos da candidatura à Ação 3.2 (Investimento na Exploração Agrícola), no

valor igual ou superior a €40.000.

Tabela 15.DESPESAS ELEGÍVEIS NA AÇÃO 3.1 DO PDR2020

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Jovens

Agricultores

Componentes Limites dos incentivos

Incentivo base O incentivo base da ajuda à primeira instalação é de €30.000

Majorações

Ao incentivo base podem acrescer €10.000 no caso do beneficiário ser membro de uma

organização de produtores, ou se for uma pessoa coletiva constituída por mais do que um

jovem agricultor com participações individuais iguais ou superiores a 25%

Até €20.000 para apoiar custos com compra de animais ou terra não apoiados na candidatura

à ação 3.2

Limites

A ajuda à primeira instalação não pode ser superior a 25% do investimento elegível da

candidatura à ação 3.2

A conjugação dos apoios das duas ações (3.1 + 3.2), excluindo as componentes de compra

de animais e terras), não pode representar mais de 85% do investimento total elegível

45

A Ação 3.3, dirigida ao apoio ao “Investimento na Transformação e Comercialização

de Produtos Agrícolas”, visa melhorar o desempenho competitivo das unidades

industriais através do aumento da produção, da criação de valor baseada no

conhecimento e em processos e produtos inovadores, na melhoria da qualidade

dos produtos, garantindo simultaneamente a sustentabilidade ambiental das

atividades bem como a higiene e segurança no trabalho.

A delimitação setorial desta ação é bastante específica, selecionando as atividades

cuja produção resulta em bens transacionáveis e internacionalizáveis como

os produtos de carne, frutos e hortícolas, sumos, doces e compotas, azeite, leite

e derivados, açúcar, chá e café, condimentos e temperos, vinhos e cidra

(ver Tabela 1).

Adicionalmente, o investimento tem que estar compreendido entre €200.000 e

€4.000.000 (este limite superior deixa de ter efeito no caso das matérias-primas

utilizadas na produção serem maioritariamente provenientes da própria exploração

agrícola ou se o projeto for promovido por agrupamentos ou organizações de

produtores reconhecidos ou pelos seus membros).

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Investimento na

Transformação e

Comercialização de

Produtos Agrícolas

46

As despesas elegíveis neste regime de apoio cobrem construção e melhoramentos

em bens imóveis, máquinas e equipamentos e outras despesas, com alguns limites

(ver Tabela 16).

Tabela 16.DESPESAS ELEGÍVEIS NA AÇÃO 3.3 DO PDR2020

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Tipo de Despesas Itens específicos de Investimento

Construção e

melhoramentos em

bens Imóveis

Vedação e preparação de terrenos

Edifícios e outras construções diretamente ligados às atividades a desenvolver

Adaptação de instalações existentes relacionada com a execução do investimento

Máquinas e

Equipamentos

Compra ou locação de máquinas e equipamentos novos, incluindo equipamento informático

Caixas isotérmicas, grupos de frio e cisternas de transporte

Equipamentos de transporte interno com vida útil superior a 1 ano

Meios de transporte externo, quando estes últimos sejam utilizados exclusivamente na recolha

e transporte de leite até às unidades de transformação

Equipamentos de valorização de subprodutos e resíduos da atividade

Outras Despesas(limite de 5% do valor

das restantes categorias)

Despesas relacionadas com a eficiência energética e energias renováveis

Software aplicacional

Despesas relacionadas com propriedade industrial

Estudos e auditorias

Projetos de arquitetura e engenharia

47

Tabela 17.NATUREZA E LIMITE DOS INCENTIVOS NA AÇÃO 3.3 DO PDR2020

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Os incentivos concedidos ao abrigo da Ação 3.3 são do tipo não reembolsável

(fundo perdido), até ao montante de €3.000.000, sendo a partir daí reembolsável.

Esta última componente prevê um plano de reembolso em 7 anos (2 anos de

período de carência e 5 anos para a fase de reembolso, prorrogável por 2 anos).

A taxa de incentivo de base na Ação 3.3 é de 35% para os projetos desenvolvidos

em regiões menos desenvolvidas e 25% nas restantes regiões, podendo depois

beneficiar de significativas majorações em função de vários critérios

(ver Tabela 17).

Para efeitos do PDR2020, as regiões menos desenvolvidas do país são o Norte, o

Centro e o Alentejo. A região do Algarve é considerada região em transição.

Limites dos incentivos

Taxa base Taxa base de 35% em projetos desenvolvidos em regiões menos desenvolvidas

Taxa de base de 25% nas restantes regiões

Majorações

À taxa base estão associadas as seguintes majorações:

— 10 p.p. em promovidos por organizações ou agrupamentos de produtores

— 20 p.p. em investimentos a realizar por organizações e agrupamentos de produtores no

âmbito de uma fusão

— 10 p.p. em projetos enquadrados no âmbito da Parceria Europeia de Inovação

48

O Portugal 2020 atribuirá uma grande relevância à mobilização de

instrumentos financeiros para apoio às necessidades de financiamento das

PMEs .

A mobilização de instrumentos financeiros para apoio direto às empresas

insere-se nas novas diretrizes da Política Regional Europeia que relevam o

potencial do apoio reembolsável e, em particular, dos instrumentos

financeiros, na maximização do efeito dos Fundos Europeus Estruturais e de

Investimento (FEEI), em virtude da “sua capacidade para combinar diferentes

formas de recursos públicos e privados em prol dos objetivos de política

pública, bem como à sua capacidade de assegurar um fluxo renovável de

meios financeiros para investimentos estratégicos, apoiando investimentos

sustentáveis de longo prazo e reforçando o potencial de crescimento da

União”.

A oferta de mecanismos de engenharia financeira apoiados pelos FEEI

poderá desenvolver-se sob a forma de:

Instrumentos financeiros de dívida (empréstimos e apoio à

titularização/securitização de créditos)

Instrumentos de capitalização (capital de risco, quase capital)

Estes instrumentos podem ser combinados, no seio da mesma operação, com

apoio técnico ou taxas de juro bonificadas, ou ainda de forma complementar

com os Sistemas de Incentivos.

3.3.

Instrumentos

Financeiros

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

49

Num programa iniciado em 2008, com o lançamento das duas primeiras Linhas de

Crédito, ambas cofinanciadas por fundos estruturais no âmbito do QREN, a PME

Investimentos gere presentemente um total de 12 Linhas de Crédito que envolvem

um valor global de crédito bancário disponibilizado de 16 mil milhões de euros:

Linha PME INVESTE I (2008): 750 M/€ (investimento novo e/ou fundo de

maneio);

Linha PME INVESTE II (2008): Linha “Geral” de 750 M/€ + Linha “Comércio”

de 200 M/€ + Linha “Restauração” de 60 M/€;

Linha PME INVESTE III (2009): 1.872 M/€ para Setores Exportadores, Setor

Automóvel, Setor Turismo e Micro e Pequenas Empresas;

Linha PME INVESTE IV (2009): 1.960 M/€, sendo 1.206 M/€ para sectores

exportadores e 754 M/€ para Micro e Pequenas Empresas;

Linha PME INVESTE V (2010): 750 M/€, sendo 500 M/€ para linha geral e 250

M/€ para Micro e Pequenas Empresas;

Linha PME INVESTE VI (2010): 1.500 M/€, sendo 1.000 M/€ para linha geral e

500 M/€ para Micro e Pequenas Empresas;

Linha QREN INVESTE (2010): 800 M/€ para complementos dos SI QREN;

Linha PME Crescimento 2012: 2.500 M/€ (500 M/€ para Micro e Pequenas

Empresas; 1.150 M/€ para linha geral e 850 M/€ para exportadores);

Linha PME Crescimento 2013: 2.000 M/€ (400 M/€ para Micro e Pequenas

Empresas; 700 M/€ para linha geral e 900 M/€ para exportadores);

Linha PME Crescimento 2014: 2.000 M/€ (500 M/€ para Micro e Pequenas

Empresas; 1.000 M/€ para linha geral e 500 M/€ para exportadores).

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Linhas

de crédito

50

Existem atualmente 22 Fundos de Capital de Risco apoiados pelo COMPETE

(http://www.pofc.qren.pt/areas-do-compete/financiamento-e-partilha-de-risco/fundos-de-capital-de-risco):

10 respeitam à categoria “Inovação e Internacionalização”, cujo objetivo

prevalecente é o de apoiar projetos para que as PME desenvolvam estratégias

de inovação, crescimento, modernização e internacionalização;

2 respeitam à categoria “Corporate Venture Capital”, com o objetivo principal

de financiar projetos de investimento de criação de novas unidades a partir de

empresas ou grupos, de base tecnológica, existentes;

4 respeitam à categoria “Early Stages”, com o intuito primordial de financiar

projetos de investimento com carácter inovador ou diferenciador, para PME

com atividade económica até 3 anos;

3 respeitam à categoria “Pré-Seed”, sendo essencialmente focados no

financiamento de projetos com elevado risco envolvido e conteúdo tecnológico

relevante, na fase de prova de conceito tecnológico;

3 respeitam à categoria “FCR de Base Regional”, predominantemente

orientados para a expansão de PME, designados de “Fundos Revitalizar”.

Em paralelo, existem mais de meia centena de Business Angels apoiados por

linhas de financiamento de médio-longo prazo apoiadas pelo COMPETE:

http://www.pofc.qren.pt/areas-do-compete/financiamento-e-partilha-de-risco/in2ba

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Capital de Risco

e Business Angels

51

Contratualização de resultados (contrato de desempenho com as AG e OI) –

princípio da confiança (reforçadas penalizações em caso de incumprimento das

obrigações assumidas ou falsidade das informações prestadas).

Simplificação do acesso dos beneficiários ao financiamento e redução dos

respetivos custos administrativos.

Maior privilégio na utilização de incentivos reembolsáveis (incluindo instrumentos

financeiros).

Desmaterialização dos processos (não haverá circulação de papel a não ser que

seja necessária).

Concurso como modalidade de acesso aos FEEI (com possibilidade de abertura de

concursos temáticos e com âmbito territorial específico);

Previsibilidade na abertura de concursos (calendarização publicada com

antecedência mínima de 12 meses).

Celeridade do processo de análise e seleção de candidaturas (máximo 60 dias

úteis, prazo que se suspende caso haja pedido de esclarecimentos, informações ou

documentos, o que só pode ocorrer por uma vez; ou quando sejam solicitados

pareceres a peritos externos).

Governação multinível articulada (central, regional e local).

Reforço da articulação funcional, através da dinamização de Redes (Rede de

Sistema de Incentivos; Rede do sistema de apoios à I&D&I, na vertente ciência, e à

estratégia de especialização inteligente; Rede das Dinâmicas Regionais).

3.4.

Princípios

estruturantes no

Portugal 2020

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

52

Algumas das medidas de redução dos encargos administrativos para os

beneficiários dos fundos do Portugal 2020 são os seguintes:

Criação (desde o arranque dos PO) do Balcão único de candidatura (BUC) ao

Portugal 2020: disponibilização, a todos os promotores, de um único ponto de

acesso;

Criação da Base única de promotores (BUP): armazenamento, numa base

única, de toda a informação disponível na administração pública sobre o

beneficiário, reduzindo significativamente – em complemento do exercício da

função de aconselhamento – a carga administrativa sobre os promotores;

Criação de um Quadro Regulamentar Nacional claro e objetivo, evitando a

multiplicidade de regulamentos específicos e de enquadramentos adotados

entre 2007 e 2013 e concentrando normas atualmente dispersas em diplomas

enquadradores;

Normalização de formulários de candidatura e de pedidos de pagamento:

contributo para a simplificação e redução de encargos administrativos,

promovendo condições de equidade no acesso aos financiamentos;

Introdução de mecanismos de validação da informação: promoção da

simplificação no processo de verificação das condições de elegibilidade, com

reforço da segurança das verificações da informação e redução da carga

administrativa para as Autoridades de Gestão e beneficiários;

Melhoria nos mecanismos de autenticação dos beneficiários: aumento dos

níveis de segurança na autenticação/acreditação dos beneficiários, garantindo

o acesso seguro à informação residente na base única de promotores e

aumentando a segurança sobre a informação apresentada pelo beneficiário.

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

53

Balcão 2020

https://www.portugal2020.pt/Balcao2020

Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Anexos

55Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Ciências da vida

e saúde

56Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Cultura, Criação e

Moda

57Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Recursos do Mar e

Economia

58Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Capital Humano e

Serviços Especializados

59Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Indústrias da

Mobilidade e Ambiente

60Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Tecnologias de Largo

Espectro

61Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Sistemas

Agroambientais e

Alimentação

62Workshop UPTEC: Oportunidades de Investimento e de Financiamento

Capital Simbólico,

Tecnologias e Serviços

do Turismo

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