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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Diego dos Santos
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE RESISTENCIA E FORCADURANTE 4 SEMANAS EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE
Curitiba2006
Diego dos Santos
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE RESISTENCIA E FORC;ADURANTE 4 SEMANAS EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE
Trabalho de Conclus1\o de Curso de
Educac;:aoFisica. da Faculdade de Cii:lncias
Biol6gicas e de Saude da Universidade
Tuiuti do Parana.
Orientador: Prof. Eduardo Mendonc;:a
Scheeren
Curitiba2006
TERMO DE APROVAC;,AO
Diego dos Santos
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE RESISTENCIA E FORCADURANTE 4 SEMANAS EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE
Este Trabalho de Conclusao de Curso foijulgado e aprovado para a obten~o do
titulo de Licenciatura Plena do Curso de EducaGao Fisica da Universidade Tuiuti do
Curitiba, 07 Junho de 2006.
RESUMO ..
1 INTRODUCAo
1.1 J ustificativa
1.2 Problema
1.30bjetivos
1.3.1 Objetivo Geral
1.3.2 Objetivos Especificos
2 REVISAo DE L1TERATURA
2.1 Envelhecimento .
2.1.1 Alterayoes Psicologicas
2.1.2 Alterayoes Sensoriais .
2.1.2.1 Pele
2.1.2.2 Olhos .
2.1.2.30uvidos
2.1.2.4 Boca .
2.1.2.5 Nariz .
2.1.3 Compleiy8o Corporal
2.1.4 Sistema Musculo Esqueletico
2.1.5 Aparelho Respiratorio
2.1.6 Aparelho Digestivo .
2.1.7 Aparelho Circulatorio .
2.1.8 Sistema Nervoso .
2.2 Fisiologia do Envelhecimento .
SUMARIO
05
06
06
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............... 07
07
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............... 08
.... 08
08
08
..... 08
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.. 10
... 10
..10
.... 10
.. 11
.. 11
.. 11
2.2.1 Altera<;6es Celulares .
2.2.2 Altera<;6es Organicas
2.2.2.1 Composi<;ao Corp6rea
2.2.2.2 Estatura ..
2.2.2.3 Peso.
2.2.3 Altera<;6es Funcionais .
2.2.3.1 Fun<;aoCardiaca .
2.2.3.2 Fun<;aoPulmonar
2.2.3.3 Fun9ao Renal .
2.3 Doen9as .
2.3.1 Osteoartrose .
2.3.2 Artrite Reumat6ide
2.3.30steoporose
2.3.4 Hipertensao .
2.4 Exercicio Fisico e Velhice
2.4.1 Os efeitos do exercicio sobre a Saude .
2.4.1.1 Os efeitos do exercicio sobre a Doenya
2.4.2 Aspectos do Treinamento Fisico
2.4.2.1 Principio da Especificidade .
2.4.3 Principio da Sobrecarga .
2.4.4 Principio da Reversibilidade
2.4.5 Componentes de um Programa de Exercicio
2.5 Forya Muscular.
2.5.1 Resistencia Muscular
3 METODOLOGIA
... 11
..... 12
........ 12
....... 12
. 13
. 13
. 13
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. 14
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....... 15
. 15
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................. 16
...... 16
. 16
. 17
...... 17
........ 17
. 18
... 18
.................. 19
3.1 Tipo de Pesquisa . ..19
. 19
19
20
. 20
............ 21
...... 22
3.2 Popula<;ao e Amostra .
3.3 Instrumento .
3.4 Coleta de Dados .
3.5 Controle das Variaveis
3.6 Limita<;oes da Pesquisa
4 RESULTADOS E DISCUSSAO
5 CbNCLUSAO . ..... 26
6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .. . .27
. 287 APENDICE 1 .
RESUMO
PROGRAMA DE UM TREINAMENTO DE RESISTENCIA E FORC;A DURANTE 4SEMANAS EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE.
Autor: Diego dos SantosOrientador: Professor Mestre Eduardo Mendonr;a Scheeren
Curso: Educar;ao FlsicaUniversidade Tuiuti do Parana
Es1.eestudo teve como objetivo analisar em urn periodo de 4 semanas se
ha um aumento na resistencia muscular com abdominais. e forr;a muscular com 0
exercicio pu)(..ada por tras. as resultados foram coletados com um praticante da
Terceira Idade do sexo feminino de 64 anos moradora da cidade de Curfuba, e
que praticava atividade fisica regulannente, mas nunca fez muscu!ar;ao. E 0 treino
iniciou atraves de series de repetiy6es de abdominais para ver sa tern um
aumento na resistencia, no primeiro dia de treinamento foi pedido que a aluna
realizasse Quantas abdominais ela conseguia fazer sem interrupy6es, isso se
repetiu no ultimo dia de treino. No exercicio puxada por tras foi realizado series de
repetir;6es, no primeiro dia de treino a carga era de 10Kg, e no ultimo dia de treino
ela terminou com ISKg. A populari.zar;ao da atividade fisica e 0 facil acesso aprofissionais de Educar;ao Fisica poderiam tomar a pratica de atividade fisica um
tat~r de extrema importancia na vida das pessoas. Levando em conta 0 aumento
populacional da Terceira ldade torna-se necessario a atenr;ao especial a este
assunto, uma vez que, a pessoa da Terceira Idade tem na pratica de atividade
fisica a possibilidade de ampiiar sua qualidade e expectativa de vida.
Palavras Chave: Terceira Idade, Resistencia Muscular, Forr;a Muscular, Atividade
Fisica, Profissional de Educar;ao Fisica.
Enderer;o do Autor: Avenida Vicente Machado, 2661 - Seminario CEP: 80440-020
Curitiba - Pr
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1 INTRODUCAO
EFEITO OBESERVADO EM UM TREINAMENTO DE RESISTENCIA E
FORCA EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE DURANTE
QUATRO SEMANAS
1.1 JUSTIFICATIVA
A Terceira Idade e um tema que vem adquirindo no Brasil um destaque cada vez
maior. Assistimos, nos ultimos anos, a organizac;:ao de associac;:6es representativas dos
interesses dos idosos como, por exemplo, as associac;:6es de aposentados, contando
algumas delas, com poder politico. Esta importancia advem do rapido crescimento
desta parcela da populac;:ao, a partir da decada de 60 (FORLENZA e ALMEIDA, 1997).
o aumento da populac;:ao idosa, que se observa atualmente em todo 0 mundo,
traduz-se nao s6 em maior numero de problemas medicos cronicos e degenerativos,
mas fundamentalmente, em necessidades s6cio-economicas.
Os idosos, entao, por serem portadores frequentes de problemas medicos,
socia is, economicos, psicol6gicos e nutricionais, se beneficiam frequentemente do
atendimento interdisciplinar (CARVALHO FILHO, 1996).
Esse e 0 papel do profissional da Educac;:ao Fisica, oferecer a populac;:ao da
Terceira Idade um servic;:o de qualidade na pratica de atividade fisica que esteja de
acordo com as necessidades fisicas que 0 idoso necessita. 0 presente trabalho esta
relacionado a esse contexto, onde foi realizado um treinamento de resistEmcia e forc;:a
para um participante da Terceira Idade.
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1.2 PROBLEMA
Quais os efeitos observados em um treinamento de resistencia e forc;;a em um
praticante da terceira idade durante quatro semanas?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Observar os efeitos de um treinamento de resistencia e forc;;a em um praticante
da terceira idade durante quatro semanas.
1.3.2 Objetivos Especificos
Elaborar um treinamento de resistencia e forc;;ade quatro seman as;
- Aplicar 0 treinamento com uma pessoa da terceira idade;
Mensurar resistencia e forc;;apre e p6s-treinamento;
Verificar se houve alterac;:6es de resistencia e forc;:a ap6s quatro semanas de
treinamento.
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2 REVISAo DE LlTERATURA
2.1 ENVELHECIMENTO
o envelhecimento da populac;:ao e conseqCJencia do desenvolvimento economico
e social, sintoma de riqueza e cultura. Mas, quando acontece, chamamos-lhe problema
( 0 problema do envelhecimento ).
GERIATRIA.
2.1.1 Alterac;:6es Psicol6gicas
Bromley (1990), afirma que as alterac;:oes psiquicas e sociais que acompanham 0
processo do envelhecimento tem suas bases nas alterac;:oes que se operam no nivel
biofisico. Assim, parece que qualquer intervenyao que afeta a expectativa de vida, bem-
estar em todos os aspectos e capacidade funcional na vida adulta depende,
fundamentalmente, da melhora das bases fisicas do comportamento, evidenciando as
implicayoes que tem os aspectos biol6gicos sobre a saude mental das pessoas idosas.
2.1.2 Alterac;:6es sensoriais
2.1.2.1 Pele
Um dos sinais mais evidentes da passagem dos anos e a mudanya que se
produz no aspecto da face. Aparecem as rugas, caem as mac;:as do rosto, acentuam-se
as pregas. E tambem freqCJente 0 aparecimento de manchas ou pigmentac;:ao irregular.
As alterac;:oes mais marcantes afetam 0 cabelo, com 0 aparecimento dos cabelos
brancos e da calvicie.
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2.1.2.2 Olhos
Os olhos tendem a afundar-se por diminuicao da gordura orbitaria. Aparece 0
arco senil de coloracao acinzentada, ocasionada pela acumulacao de lipidios.
A diminuic;:ao do tamanho da pupila, que adquire forma irregular, e a diminuic;:ao na
velocidade de resposta a luz sao alterac;:iies que explicam a deficiente adaptac;:ao aos
locais escuros e as bruscas mudanc;:as de iluminac;:ao.
2.1.2.3 Ouvidos
o timpano torna-se mais espesso e acumula cerume, com formac;:ao de tampiies.
Com a idade, a ouvido interno e a nervo auditivo sofrem um processo de
degenerac;:ao, com perda da capacidade auditiva para altas frequencias.
2.1.2.4 Boca
A boca tende a secar em func;:ao da menos produc;:ao de saliva e de alterac;:iies
na sua qualidade. Tambem diminui a paladar, tomando-se mais lento () reflexo
nauseativo, com aumento das possibilidades de engasgamento.
As gengivas ficam mais finas, e os dentes tendem a separar-se, sendo frequente a sua
perda progressiva.
2.1.2.5 Nariz
Com frequencia, aumenta a tamanho do nariz, perde-se a capacidade olfativa, e
os pelos aumentam em numero e em grossura.
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2.1.3 Compleic;:ao Corporal
Reduz-se a massa muscular total, enquanto aumenta a gordura corporal, 0 que
provoca alterayoes no peso e no aspecto ate mesmo 50% do peso corporal. Isto explica
a grande facilidade com que os idosos se desidratam, tanto por perda de agua como
por diminuiyao da sede ou dificuldade de ingerir Hquidos.
2.1.4 Sistema Musculo Esqueletico
Produzem-se alterayoes nos musculos, nos ossos e nas articulayoes, que
repercutem tanto na forma como na mobilidade e nas atividades da vida diaria.
Origina-se uma perda geral de massa 6ssea (osteopenia), sobretudo na mulher a
partir da menopausa.
2.1.5 Aparelho Respiratorio
A reduyao da funyao pulmonar com 0 envelhecimento altera a capacidade de
defesa do pulmao, que se torna mais vulneravel.
Na cavidade toracica, a mobilidade vai diminuindo, com limitayao da expansao
inspirat6ria, devido a debilidade muscular, ao "encurvamento" progressivo, as
alterayoes articulares e a calcificayao das cartilagens costais.
o volume do fluxo respirat6rio diminui com idade, enquanto a frequi'lncia
respirat6ria aumente e 0 P02 decresce ligeiramente.
2.1.6 Aparelho Digestivo
Com 0 envelhecimento, produz-se uma serie de alterayoes anatomicas e
funcionais, tanto no trato gastrintestinal como no figado, nas vias biliares e no pancreas.
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As altera~6es funcionais podem afetar a fun~ao motora, secretora, de absor~ao,
ou todas simultaneamente.
2.1.7 Aparelho Circulatorio
Produzem-se numerosas altera~6es anatomicas nos tecidos e na fun~ao
cardiaca que, associadas ao envelhecimento, dao lugar, logicamente, a modifica~oes
importantes no funcionamento cardiaco.
2.1.8 Sistema Nervoso
Produzem-se mudan~as estruturais e neuroquimicas. A avaliar,;ao das
modifica~6es produzidas pela idade, neste sistema, e muito dificil. 0 fato de envelhecer
nao esta obrigatoriamente associado a deteriora~ao intelectual.
2.2 FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
2.2.1 Alterac;:6es Celulares
As celulas envelhecem com velocidades diferentes de acordo com 0 6rgao a que
pertencem. Assim, as celulas das vilosidades intestinais tem dura~ao de dias, as celulas
dos 6rgao sexuais secundarios s6 entram em atividade mit6tica na puberdade e os
neuronios do sistema nervoso central nao se dividem.
Segundo Cowdry, as celulas humanas podem ser classificadas em quatro grupos,
segundo 0 grau de diferencia~o:
a) celulas relativamente indiferenciadas, destinadas a produzir outras celulas,
como, por exemplo, as celulas basais da epiderme e as celulas primordiais do
sangue;
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b) celulas derivadas do grupo anterior, com diferenciayao funcional progressiva,
capazes de se dividir ate chegar a etapa final de diferenciayao;
c) celulas diferenciadas como as do ffgado, rim, tir6ide, que raramente se dividem,
mas tem potencial para tanto em caso de necessidade;
d) celulas que nao se dividem como os neuronios e as fibras miocardicas.
As alterayoes determinadas pelo envelhecimento sao passfveis de reparayao
nas celulas dos dois primeiros grupos, po rem nas celulas do terceiro e principalmente,
do quarto grupo elas sao definitivas e irreversfveis.
2.2.2 Alterac;:6es Organicas
2.2.2.1 Composic;:ao Corp6rea
A composiyao corp6rea altera-se com 0 desenvolvimento e 0 envelhecimento. A
agua, principal componente, corresponde a 70% do organismo na crianya, a 60% do
adulto jovem e a 52% no idoso. A reduyao verificada no idoso em relayao ao adulto
jovem refere-se, principal mente, ao conteudo intracelular.
Devido a reduyao do componente aquoso do organismo, 0 idoso pode ser
considerado um "desidratado cronico" e, frente as perdas moderadas de IIquido, ja
apresenta desidratayao evidente.
Quanto ao componente adiposo, tende a aumentar e a apresentas distribuiyao
sentrfpeta no envelhecimento, depositando-se a gordura principalmente no sUbcutaneo
do tronco, nos epfplons e ao redor de vfsceras como rins e corayao.
2.2.2.2 Estatura
A estatura mantem-se ate os 40 anos. A partir dessa idade reduz-se cerca de um
centfmetro par decada, acentuando-se essa reduyao ap6s as 70 anos. Esse fato e
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consequencia das altera<;oes da coluna, achatamento das vertebras, redu<;ao dos
discos (intervertebrais e sifose dorsal), do arqueamento dos membros inferiores e do
achatamento do areo plantar, sendo mais acentuado no sexo feminino. Em pacientes
idosos, uma das maneiras de verificar a altura aproximada quando jovens e atraves da
envergadura.
2.2.2.3 Peso
Devido as altera<;oes composi<;ao corpore a no idoso, ha tendencia a redu<;iio do
peso apos os 60 anos de idade. Quando, apos essa idade, 0 peso mantem-se
inalterado ou eleva-se, deve-se ao acumulo de gordura.
2.2.3 Alterag6es Funcionais
2.2.3.1 Fungao Cardiaca
o processo de envelhecimento determina diversas altera<;oes no sistema
cardiocirculatorio.
No pericardio e endocardio ha aumento do colageno. No miocardio ha
degenera<;ao de fibras musculares com atrofia, hipertofia das remanescentes, aumento
dos sistemas colageno e elastico, deposito de gordura e de sUbstancia amiloide,
acumulo de pigmento lipofuscinico.
2.2.3.2 Fungao Pulmonar
Todas as estruturas relacionadas a respira<;ao alteram-se no envelhecimento.
Devido as modifica<;oes dos mecanismos reguladores da respira<;ao sejam eles
quimiorreceptores, centros de controle do sistema nervoso central e musculos efetores,
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verifica-se diminui~ao da resposta ventilatoria as varia~6es das press6es parciais de
oxigenio (P02) e de gas carbonico (PC02) no sangue.
2.2.3.3 Func;:aoRenal
Os rins apresentam diversas altera~6es morfologicas durante 0 processo de
envelhecimento. Observam-se redu~ao do tamanho e do peso dos rins, diminui~ao do
numero de nefrons, espessamento da membrana basal, esclerose e hialiniza~ao
glomerulares, aumento do tecido conjuntivo intersticial e altera~6es tubulares.
2.3 DOEN<;AS
2.3.1 Osteoartrose
Ha osteoartrose, tambem conhecida como doen~a articular degenerativa, e uma
resposta complexa dos tecidos articulares a idade, fatores geneticos e ambientais,
caracterizada por degenera~ao da cartilagem, remodelamento e hipercrescimento
osseo. Quanto a sua etiologia, ela pode ser primaria (idiopatica) ou secunda ria, que sao
indistinguiveis do ponto de vista clinico.
2.3.2 Artrite Reumat6ide
E um processo infiamatorio cronico, sistemico, de causa desconhecida, afetando
as membranas sinoviais (tend6es, ligamentos, fascia, musculos e ossos).
E caracterizada por articula~6es dolorosas, quentes, eritematosas e edemaciadas,
demonstrando, com freqOencia, period os de remiss6es e exacerba~6es.
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2.3.30steoporose
o envelhecimento e associado com diminuic;:ao da massa ossea, que se faz de
forma lenta nas idades mais avanc;:adas, em ambos os sexos, e de maneira acelerada
nas mulheres apos a menopausa. A osteoporose resultante e uma afecc;:ao comum nos
idosos, geralmente assintomatica, cujas manifestac;:oes relacionam-se as fraturas de
ossos alta mente trabeculados com 0 quadril, 0 punho (fratura de Colles) as vertebras
toraxicas inferior e lombar superior (T11 a L1).
Nos idosos, uma em cada tres mulheres e um em cada seis homens sofrerao fraturas
de quadril, sendo responsaveis por 15% dos obitos.
2.3.4 Hipertensao
Hipertensao refere-se a situac;:5es em que a pressao sanguinea e demasiado
elevada. Esta condic;:ao relativamente comum pode ser subdividida em dois tipos:
*Hipertensao arterial, alta ten sao no sistema circulatorio*Hipertensao Pulmonar, alta
tensao no pulmao
2.4 EXERCiclO FisICO E VELHICE
2.4.1 Os Efeitos do Exercicio Sobre a Saude
Mais do que aumentar a perspectiva de durac;:ao da vida, 0 exercicio tem
comprovado a sua grande capacidade de melhorar a qualidade da vida: isto e, dar avida nao apenas mais comprimento, mas, mais importante do que isto, mais largura.
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o mais nolavel efeilo do exercicio fisico sabre a ser humano 13aumenlar-Ihe a
capacidade de respirayao. Entendendo-se par respirayao a processo atraves do qual 0
individuo 13capaz de levar a cada um de suas celulas a energia solar.
2.4.1.1 Os Efeitos do Exerdcio Sobre a Doenya
o maior merilo do exercicio 13aumenlar a qual idade da vida. Islo 13,melhorar a
saude de quem nao tem doenya alguma. No enlanlo, 0 exercicio tambem lem se
mostrado ulil na recuperayao da saude.
A mais consagrada das indicayoes do exercicio, neste sentido, diz respeito a
doenyas do aparelho cardiovascular: insuficiencia coronaria, hipertensao arterial,
insuficiencia arterial periferica.
Mais a exercicio encontra tambem indicayoes em face de outras doenyas:
doenyas pulmonares, doenyas musculo esqueleticas, obesidade, diabetes, tabagismo,
e doenya mental.
2.4.2 Aspectos do Treinamento Fisico
o Treinamento fisico baseia-se em tres principios: a principia da especificidade,
da sobrecarga e da reversibilidade.
2.4.2.1 Principio Da Especificidade
Um treinamento qualquer tem um efeito especifico pra desenvolver as partes do
corpo e 0 sistema energetico predominantemente utilizado no desempenho de
determinada alividade. Ha modificayoes morfolagicas e funcionais dos argaos, celulas e
estruluras inlracelulares envolvidas na realizayao desla atividade, desde que a
solicilayao seja acima de um certo limiar.
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2.4.3 Principio da Sobrecarga
Para ocorrer adaptayao, 0 organismo e seus sistemas devem ser estimulados a
niveis maiores do que aqueles naturalmente encontrados. Um treinamento efetivo e
segura e aquele em que as sobrecargas (resistencia oposta) sejam aplicadas
progressivamente e que se respeite um tempo para haver a adaptayao em cada nivel
de estimulo.
2.4.4 Principio da Reversibilidade
Os efeitos beneticos do treinamento fisico sao transitorios e reversivos, isto e, as
mudanyas conseguidas pelo mesmo revertem se 0 individuo deixar de se exercitar. Isto
significa que 0 corpo, assim como se adapta a sobrecarga, tambem pode se adaptar ainatividade.
2.4.5 Componentes de um Programa de Exercicios
Os componentes basicos de um pragrama de exercicios sao frequencia,
durayao, intensidade e tipo de exercicio.
o treinamento e 0 produto da frequencia, durayao e intensidade do exercicio, isto
e, da soma total de estimulos ou sobrecargas.
o tipo de exercicio esta relacionado com 0 principio da especificidade.
A chave para um treinamento esta na combinayao ideal destes quatro
componentes em dosagens adequadas, para produzir 0 efeito desejado.
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2.5 FORCA MUSCULAR
Dinamica: ocorre quando ha encurtamento das fibras musculares, provocando
uma aproximayao e afastamento dos segmentos (extremidades do mUsculo).Nesta
forma observa-se sempre um movimento.
A forya dina mica e realizada de duas maneiras:
1)Forya Concentrica: quando ela e maior do que a sobrecarga do movimento
2) Forya Excentrica : Quando ela e menor que a resistencia oferecida, entao em um
pequeno momenta ha um alongamento do musculo quando ele se contrai. Caracteriza-
se por quase todos os movimentos de volta a posiyao inicial, quando se faz resistindo.
Tanto a concentrica como excentrica sao capazes de exercer grande grau de
tensao em um movimento.
Estatica: Nao existe encurtamento das fibras musculares (contrayao isometrical
nao havendo, assim, movimento. Eo quando no meio do exercicio paramos e mantemos
a posiyao. A musculatura esta em trabalho estatico.
2.5.1 Resistemcia Muscular
Quando um movimento exigir, para a sua realizayao, a participayao de menos de
1/6 a 117 do total da musculatura esqueletica , ele e localizado, pois, depende
primeiramente do metabolismo local. Se 0 movimento for realizado varias vezes ou
durante um tempo prolongado, ele solicita a capacidade motora conhecida como
resistencia muscular localizada.
Esse tipo de resistencia pode se manifestar , utilizando ambas as fontes de
energia, aer6bica e anaer6bica e ainda pode ser dinamica e estatica para ambas.
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3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Esse trabalho se caracteriza como sendo de pesquisa descritiva do tipo estudo
de caso. Segundo Thomas e Nelson (2002), estudo de caso se refere a informayoes
detalhadas sobre um individuo ou instituiyao ou comunidade e determina caracteristicas
unicas sobre 0 sujeito ou condiyoes.
3.2 POPULA~Ao E AMOSTRA
Foi selecionada uma pessoa do sexo feminino com 64 anos de idade que pratica
atividade fisica regularmente, mas nao freqOentava musculayao. A participante nao
relatou restriyao para a pratica da musculayao. A amostra desse estudo foi selecionada
de maneira intencional na academia Judithe Passos de Curitiba onde a participante
praticava aula de ginastica para a terceira idade.
3.3 INSTRUMENTO
Para 0 treinamento de resistElncia foi utilizado um colchonete;
Para 0 treinamento de forya foi utilizado um aparelho de musculayao da marca
Vittalit com roldana alta conforme figura 1;
Os exercicios realizados foram:
para resistencia exercicio abdominal;
para forya puxada por tras.
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FIGURA 1 - FOTO DE UM EQUIPAMENTO DE MUSCULACAO DE PUXADA POR
TRAs
3.4 COLETA DE DADOS
Os dados foram todos coletados na academia Judithe Passos.
o exercicio abdominal foi realizado com a participante na posic;:ao decubito dorsal
com os joelhos flexionados e os brac;:os cruzados sobre 0 tronco. Foram dados
comandos para que a participante nao realizasse somente a flexao da regiao cervical e
sim a flexao de toda a coluna.
o exercicio puxada por tras foi realizada com a participante sentada com os brac;:os
elevados e as maos na empunhadura da barra em peg ada pronada. Foi pedido para a
participante realizar 0 movimento com a mesma forc;:anas duas maos para que a barra
se mantivesse na posic;:aohorizontal.
3.5 CONTROLE DAS VARIAvEIS
Foi solicitado para a participante nao realizar os exercicios fora do horario
estabelecido do treino.
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3.6 LlMITA<;:OES DA PESQUISA
As principais limitayoes na execuyao da pesquisa foram em primeiro lugar 0
numero reduzido da amostra, ou seja, um sujeito, e em segundo lugar a forma de
escolha da amostra, que foi de forma intencional, quando 0 ideal seria de forma
aleatoria. Em terceiro lugar 0 numero limitado de exercfcios realizados. Diante disto
pode-se concluir que os achados sao verdadeiros apenas para a amostra e exercfcios
analisados, nao podendo ser generalizado para toda a sala de musculayao e para a
populayao.
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4 RESULTADOS E DISCUssAo
Quando a participante chegava na academia eram realizados alguns
procedimentos padrao em todos os dias (ap€lndice 1) de treinamento.
Chegou, aqueceu, alongou, volta a calma. Ja vinha de uma caminhada previa de
15 minutos. Entao era convidada a iniciar mais um dia de treinamento.
o criterio para 0 incremento de carga foi baseado nas informa<;:6es da
participante sobre a dificuldade da realiza<;:ao do exercicio. No primeiro momento foi
colocado uma carga de 15 Kg para praticante, onde a mesma reclamou de estar
pesado, em seguida a carga colocada foi de 10 Kg e a praticante achou ideal para 0
come<;:odo treinamento.
Os resultados da resistencia e forya podem ser observados nas tabelas 1 e 2.
TABELA 1 - TABELA GERAL PARA 0 EXERC[CIO DE RESISTENCIA ABDOMINAL
REALIZADO DURANTE TODOS OS DIAS DO TREINAMENTO
Dias Series Repeti~oes Total
Pre-treino 20
1 5 5 25
2 5 10 50
3 5 15 75
4 5 15 75
5 5 20 100
6 5 25 125
7 5 25 125
8 5 30 150
9 (Pos-treino) 70
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A tabela 1 mostra que a praticante realizou varias series de repetic;:6es
abdominais, e com 0 passar dos dias as repetic;:6es aumentavam. Antes do inicio dos
treinamento foi realizado um pre-teste onde a praticante realizou 20 abdominais
seguidas, e no ultimo dia de treinamento foi realizado 0 pas-teste, chegando a 70
abdomina is seguidas, como mostra a figura 2.
TABELA 2 - TABELA GERAL PARA 0 EXERCICIO DE FOR~A - PUXADA POR TRAs
REALIZADO DURANTE TODOS OS DIAS DO TREINAMENTO
Total de IndiceDias Series Repetil(oes Carga (Kg)Repetil(oes
1 (Pre-treino) 3 10 10 30 300
2 3 10 10 30 300
3 3 10 10 30 300
4 3 I 10 10 30 300
5 3 I 10 15 30 450
6 3 10 15 30 450
7 3 12 15 36 540
8 3 12 15 36 540
9 (P6s-treino) 3 12 15 36 540
A tabela 2 mostra que 0 numero de repetic;:6es vezes a series tem 0 valor total do
numero de repetic;6es, e a carga vezes 0 numero de repetic;6es e vezes 0 numero de
series se obtem 0 indice.
Do primeiro ao quarto dia os indices foram os mesmos 300, no quinto e sexto
dia, com 0 aumento da carga tambem alterou 0 fndice 450, ja do setimo ao ultimo dia
houve aumento da carga e de repetic;6es, elevando 0 indice a 540.
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'".~ 70'E 60o:g 50'" 40Q)
~ 30~ 20g 10Q)g- 0ex: Pre-lreino P6s-lreino
FIGURA 2 - GRAFICO COM OS VALORES DO TESTE DE RESISTENCIA
ABDOMINAL PRE-TREINO E POS-TREINO PARA A PARTICIPANTE
DO ESTUDO.
FIGURA 3 - GRAFICO COM OS VALORES DE TODOS OS ABDOMINAIS
REALIZADOS NOS DIAS DE TREINAMENTO
2S
'"'l'! 550I-
Llll8. 450
'" 350
" 250'">< 150"a.., 50
" -508 ,,<> '" '; b< <, '0
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FIGURA 4 - GRAFICO COM OS VALORES OBTIDOS POR MEIO DA
MULTIPLlCA<;Ao DA CARGA, NUMERO DE REPETI<;6ES E
SERIES DO EXERC[CIO DE PUXADA POR TRAs DURANTE TODO
o PERfoDO DE TREINAMENTO.
Na figura 4 e observado que a adaptayao ocorreu em tres estagios. Um que
durou 4 sessoes, outro na sessao 5 e 6 e da sessao 7 ate 0 ultimo dia de treinamento
mais um aumento do indice.
26
5 CONCLUsAo
A partir dos objetivos especificos propostos no trabalho:
Elaborar um treinamento de resistencia e fon;:a de quatro semanas. Foi possivel
realizar a elabora<;ao levando em considera<;ao as valencias fisicas resistencia e
for<;a.
• Aplicar 0 treinamento com uma pessoa da terceira idade. 0 treinamento foi
aplicado com exito com a praticante da Terceira Idade.
• Mensurar resistencia e forva pre e p6s-treinamento. Foi possivel mensurar a
resistencia por meio do teste de repeti<;6es de abdominais. Ja a mensura<;ao da
for<;a se deu por meio da carga, numero de repeti<;6es e series do exercicio
puxada por tras.
• Verificar se houve altera<;6es de resistencia e for<;a ap6s quatro semanas de
treinamento. Houve aumento da resistencia de 350% durante 0 periodo de
treinamento. 0 aumento observado na for<;a foi de 55,5% levando em
considera<;ao 0 indice inicial e final do treinamento.
27
REFERENCIAS
Atividades Fisicas para a Terceira Idade: SESI, CNI,
Carvalho Filho. Gerontologia. A Velhice e 0 Envelhecimento em Visao Globalizada.
Papaleo Netto M , editores. Rio de Janeiro: Editora Atheneu 1996.
Tamai S. Epidemiologia do envelhecimento no Brasil. In: Forlenza OV, Almeida OP,
editores. Oepressao e dememcia no idoso: tratamento psicol6gico e farmacol6gico. Sao
Paulo: Lemos Editorial; 1997.
Temas de Geriatria e Gerontologia: Hutz, Arhon. Editora BYK 1986
Forya Muscular e Resistencia Muscular: www.cdof.com.br. 28-05-2006.
Hipertensao Arterial: www.google.com.br ,29-05-2006
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APENDICE 1
Dias em que foram realizados os treinamentos.
1 Segunda-feira 24/abril 14:30h as 15:10h
2 Quarta-feira 26/abril 14:30h as 15: 1Oh
3 Segunda-feira 01/maio 14:30h as 15:10h
4 Quarta-feira 03/maio 14:30h as 15: 1Oh
5 Segunda-feira 08/maio 14:30h as 15: 1Oh
6 Quarta-feira 10/maio 14:30h as 15:10h
7 Segunda-feira 15/maio 14:30h as 15:10h
8 Quarta-feira 22/maio 14:30h as 15:10h
9 Segunda-feira 24/maio 14:30h as 15:10h
o treinamento era realizado duas vezes por semana com uma praticante da
Terceira Idade, com durayao de 40 minutos.
o percurso que a aluna fazia de sua casa ate a academia tinha uma durac;ao de
aproximadamente 20 minutos, essa caminhada servia com aquecimento, ao chegar na
academia fazfamos umas series de alongamento, em seguida famos para abdominal,
onde eram estipulados series de repetic;6es, ao concluir, famos para 0 aparelho puxada
p6 tras, onde ela tambem realizava as series de repetic;6es.