universidade tuiuti doparana natalia rovere...

35
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA NATALIA ROVERE MANCHINI FAMiLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA NECESsARIA Curitiba 2004

Upload: tranminh

Post on 11-Feb-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANANATALIA ROVERE MANCHINI

FAMiLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA NECESsARIA

Curitiba2004

NATALIA ROVERE MANCHINI

FAMiLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA PERFEITA

Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia da

Faculdade de Ciencias Hurnanas da Universidade Tuiuti

do Parana, como requisito parcial para a obten~ao do

grau de Pedagoga, sob a Orientadora: Dr"' Vilma

Fernandes Neves.

Curitiba2004

Dedico esse trabalho para aminha familia e para 0 meunoivo.

AGRADECIMENTOS

Agradeyo especialmente a Deus, meu Criador, pais Ele tern sido fiel

em todos os dias da minha vida.

Agradeyo tambem a minha familia e ao meu grande aruor, os quais

me incentivaram sempre.

Agradeyo tambem algumas co\egas de trabalho, as quais me

ajudaram com materiais para a realizayao desse trabalho

E e claro que eu naD poderia deixar de agradecer a minha orientadora

Dr Vilma Fernandes Neves, a qual sempre me incentivou

A voces a minha elerna gratidao!

IF Universidade Tuiuti do Parana

FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS. LETRAS E ARTES

Cursa de Pedagagia

TERMO DE APROVAC;:AO

NOME DO ALUNO: NATALIA ROVERE MANCHINI

TiTULO: Familia e escola: uma parceria perreira.

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTENC;:AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA. DO CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS. LETRAS E ARTES. DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA:

'~-'"'----:/PROF(a). VILMA FERNANDES NEVES

ORIENTAD~R fI--PROF(a). clK~'t'vis/ROCHA

/

ZBRO DA BANCA

sC'N,,,,Ic,. C.C ,,",II,F(a) ROSANGELA tkiSTINA GUIDELLI

MEMBRO DA BANCA

DATA: 15/12/2004MEDIA: -Jr2.-------

CURITIBA - PARANA

2004

SUMARIO

INTRODU(:AO p.07

I. A FAMiLlA- ALGUMAS REFLEXOES p. 10

1.1 Familia Brasileira p.13

2. FAMiLIA E SOCIEDADE p.14

3. FAMiLIA E ESCOLA: A IMPORTANCIA DA FAMiLIA NA

EDUCA(:AO DOS FILHOS p.17

4. APRESENTA(:AO DAS OBSERVA(:OES DO COTIDIANO DASALA DE AULA p.21

ALGUMAS CONSIDERA(:OES p.25

REFERENCIAS .: p.27

ANEXOS ::: p.29

RESUMO

o objetivo desse trabalho e compreender a importancia da Familia na educac;ao escolar dosfilhos. Sabe-se que estamos vivendo em uma sociedade em que as familias esUiodesestruturadas. A familia tern uma func;ao educativa que deveria corneC;ar desde 0nascimento do filho. Porem isso nao esta tao presente hoje, por diferentes motivos, queacabam afastando a familia da sua func;ao educativa. Por meio desta pesquisa, esperocompreender alguns motivos que estao distanciando a familia da sua func;ao educativaescolar. 0 preseote trabalho apresenta quesloes relacionadas a familia e sociedade. familia eeducacao e 0 conceilo de familia segundo alguns autores, valendo de dados coletados juntoa algumas crianc;as que estudam de Jardim I, Jardim III e 4:\ sene, de uma escoJalocalizada em Curitiba. Como fontes, utiliza a pesquisa bibliogrittica e a pesquisa decampo. E dc suma importancia 0 estudo em que se busca valorizar a familia na sociedade,pois cia poden! contribuir satisfatoriamente para 0 desenvolvimento da crian~a e para a suaeduca~ao

Palavras-chave: Familia; educa\=ao~ sociedade.

INTRODU<;:AO

o tema escolhido para 0 meu projeto de pesquisa e: A importancia da participayao

da familia na educa~ao escolar dos filhos.

A familia tern urna func;ao educativa que devena comec;ar desde 0 nascimento do

filho. Parem isso naD esta tao prescnte hoje, por diferentes motivQs, que acaham afastando

a familia da sua fim«ao educativa. Por meio desta pesquisa, procurei compreender alguns

motivos que esHi.o distanciando a familia da sua func;ao escolar.

o problema que foi investigado e: Qual a importancia da participac;ao da familia oa

vida escolar das crianyas?

As familias passam por dificuldades em seu relacionamento com as crianyas. Sendo

assim e preciso redescobrir 0 prazer que ex.iste no ato da participayao na educac;ao escolar

dos filhos.

o Objetivo Geral desta Pesquisa foi: Verificar qual a contribui~ao da familia na

qualidade de aprendizagem da crian~a.

Os objetivos especificos sao:

• Pesquisar referencial teorico sobre a importancia da participa~ao da familia na

educa9ao escolar dos filhos.

• Identificar qual a importancia da participa~ao da familia no aprendizado dos fithos.

A pesquisa foi realizada em uma Institui~ao particular com alguns alunos de lardim

Jardim III e 4~ serie. Tern por base a metodologia da Pesquisa Qualitativa, que considera

haver uma rela~ao dinamica entre 0 mundo real e 0 sujeito, isto e, urn vinculo indissociavel

entre 0 mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que nao pode ser traduzido em

numeros. A interpreta~ao dos fenomenos e a atribui~o de significados sao basicos no

processo de pesquisa qualitativa. Nao requer os usos de metodos e tecnicas estatisticas. 0

ambiente natural e a fonte direta para coleta de dados e 0 pesquisador e 0 instrumento

chave. E descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivarnente. 0

processo e seu significadosao os focos principais de abordagem.

Utilizei uma amostragem, onde serao escolhidos casos em que os alunos

demonstrem dificuldadede aprendizagem.

As observayoes foram realizadas em classes de lardirn [, lardim III e 4:1 serie, na

Escola Supimpa, no periodo da manha e da tarde observei os alunos que demonstram ter

dificuldadena sua pnitica escolar.

Segundo LUDKE e ANDRE (1986), a observay8.o e privilegiada nas novas

abordagens educacionais. Usada como 0 principal metoda de investiga~ao, a observayao

possibilitaurn contato pessoal e estreito do pesquisador com a fenomeno pesquisado, sendo

o principal instrumento de investigayao 0 observador pode recorrer aos conhecimentos e

experiencias pessoais como auxiliares no processo de compreensao e interpretayao de

fen6meno estudado. Porem para que a observayao se tome urn instrurnento valido e

fidedigno de investigayao cientifica, a observayao precisa ser antes de tudo controlada e

sistematica.

Os registros das minhas observayoes, foram feitas com anotat;oes escritas, onde foi

indicado: 0 dia, a h~ra, e local da observayao eo periodo de durayao.

Minhas observayoes foram diretas e os professores terao conhecimento da pesquisa

que realizarei.

o conteudo das observa1(oes,compreende registros detalhados como:

1- Descri~aodo sujeitos. Foi uma descriyao do grupo 0 qual foi observado.

2- Reconstruyao de di.iJogos. As palavras, os gestos, tudo fez parte da observayao, as

citayoes sao extremamente uteis para analisar, interpretar e apresentar dados.

3- Os comportamentos do observador.

Utilizei, lambem, a entrevista, que segundo LUDKE e ANDRE (1986), representa

urn dos instrumentos basicos para a coleta de dados, seodo ela uma das principais tecnicas

de trabalho em quasc todos os tipos de pesquisa utilizados nas ciencias sociais. Na

entrevista a reiayao que se cria e de interayao, havendo uma atmosfera de influencia

reciproca entre quem pergunta e quem responde.

A cntrevista tern como grande vantagem a permissao da captayao imediata e

corrente de informayao desejada, praticamente com qualquer tipo de informante e sobre os

mais variados t6picos.

Registrei as informayoes obtidas nas entrevistas, atraves de anotayoes, oode as

anotayoes me deram base para 0 trabalho inicial de seleyao e interpretayao das informayoes

emitidas. Tomei nota do que for suficientemente importante.

Fiz entrevistas com as professoras das crianyas que apresentavam dificuldades de

aprendizagem.

A analise documental pode se constituir numa tecnica valiosa de abordagem de

dados qualitativos, cornplementando as informayoes obtidas por outras tecnicas. Analisei 0

Projeto Anuai da Escola, 0 que segundo Caulley (1981), pode me auxiiiar na busca de

informayoes factuais a partir de questoes ou hip6teses de interesse.

Assim, espero compreender melhor 0 lema por mim estudado.

10

I. A FAMiLIA- ALGUMAS REFLEXOES

Para efeitos de estudos desta monografia e uma melhor compreensao da familia, foram

selecionados modelos de familias que predominaram na Idade Media, pais desde dessa

epoca dava-se a importancia da familia na vida dais filhos.

Em sua obra ARIES (1981) afirma que durante a Idade Media a familia apresentava

falta de atenyao com reiayao as suas criany3S, no sentido que lhes e dada atualmentc. As

mesmas cram conservadas em casa ate a idade de sete ou nove aoos e, apcs este periodo,

cram levadas para casas de pessoas estranhas para aprenderem fazendo as tarefas

domesticas, uma vez que nao havia ainda a escola formal como a conheccmos hoje.

Estas criancas pennaneciam nestas casas ate a idade de 14 a 18 aoos e cram

chamadas de aprendizes. As familias pensavam que em outras casas seus filhos

aprenderiam melhor: eram preparadas para saber servir bern it mesa, arrumar as camas,

limpar a casa, acompanhar seu rnestre. Este serviyo domestico se confundia com a

aprendizagem e era visto como uma forma comum de edUCayao. Era at raves do servivo

domestico que 0 mestre transmitia a uma crianya, nao ao seu filho, mas ao filho de outro

homem, a bagagem de conhecimentos, a experiencia pratica e 0 valor humane que pudesse

possuir.

Assim, toda a educavao se fazia atraves dessa aprendizagem, para que as crianyas

tivessem uma melhor nOyaO do que e1a iria viver mais tarde.

Essa falta de vivencia entre pais e fi[hos nao queria dizer que esses nao se amavarn.

A familia era realidade moral e social, mais do que sentimental.

A partir do sCculo XV a realidade e os sentimentos da familia se transformaram.

Desta epoca em diante, a educayao passou a seT cada vez mais embasada na escola. A

II

escola deixou de seT reservada aos clerigos para se tamar uma passagem do estado da

infancia ao do adulto.

Essa mudanya acabou contribuindo para uma melhor aproximayao entre pais e

filhos. A familia acabou concentrando-se em tomo da crianya. No entanto, as crianyas nao

ficaram morando junto com seus pais, estudavam em escoJas distantes, moravam em

pensionatos au na casa do mestre.

No seculo XVII as pais lutaram para que houvesse mais escolas, 0 que, no entanto,

nao atingiu tada a popuiayao, pais nesta epoca a escola era apenas para a nobreza.

No final do seculo XVTI a escola venceu e houve urn aumento do numero de

unidades escalaTes.

No seculo XIX a escola como a conhecemos hoje surgiu como urn sistema nacional,

obrigatoria, universal e gratuita.

Em seus estudos sobre familia, Rodrigues (1976), considera que a identificayao da

crianya e mais forte com sua mae, 0 que determina a qualidade e 0 ritmo de

desenvolvimento fisico, intelectual e afetivo da crianya.

Segundo Lane (1993), a influencia da familia, e basica tanto para 0

desenvolvimento global da inteligencia, como tambem para a evoluyao especificas dos

tipos de pensamento, isto e quase nulo no caso da deficiencia cultural e, quando ela se

processa, pode apresentar-se com aspectos negativos.

Em estudos tamMm realizados por Lane (1993), a crianya depende, para sua

convivencia, de outras pessoas e e atraves desta relayao que vai aprendendo 0 mundo que a

cerca "criayao de dependencia que existe entre ela e aqueles que a cuidam faz que estes

sejam 0 desenvolvimento da crianya" ( Lane, 1993, pag. 43).

12

Baseado nos estudos realizados por Lane, conclui-se que a crian~a tende a assinalar

tudo 0 que passa ao seu redor. A educar;.ao e a participavao da familia, bern como a de todes

as pessoas que com ela convivem com a criantya interferem no comportamento infanti!.

Para Dorothy Law Nolte e Rachel Harris (2003), a familia proporciona a crian~a sua

primeira experiencia de viver e trabalhar com as autTas pessoas em uma comunidade.

Mesmo dentro da familia. existem inumeras diferenyas individuais.

o nivel de paciencia necessaria para seT urn born pai ou uma boa mae e

extraordinario. E natural que haja conflitos entre uma familia, e estes sobrecarregados com

outras responsabilidades, precisam fazer urn grande esfor~o para nao reagirem maL Os

autores deixaram claro em sua obra que eduear filho e 0 trabalho mais dificil que existe.

Mas e tambem urn dos mais gratificantes.

Segundo Danda Prado a palavra Familia no sentido popular enos diciomirios,

signifiea pessoas aparentadas que vivem em geral na mesma easa, particularrnente 0 pai, a

mae e os filhos. Ou ainda, pessoas do mesmo sangue. aseendeneia, estirpe ou admitidos par

ado¥ao.

Os tipos de familia variam muito, sendo a mais usualmente eonhecida a composta

de pai, mae e filhos, podendo apresentar outras rormas. As familias, apesar de todos os seus

momentos de crise e evoluyao, manifestam ate hoje uma grande capacidade de

sobrevivencia e tambem, porque nao dize-Io. de adapta¥ao, uma vez que ela subsiste sob

multiplas forrnas.

A natureza das rela¥oes dentro de uma familia vai se modificando atraves do tempo.

A familia conta tambem com a interven¥3o da escola, dos meios de comunica¥ao,

do poder dominante de cada sociedade. Os fatores culturais e que detenninam 0 predominio

de urn tipo de familia.

13

1.1- FAMiLIA BRASILEIRA

o padrao familiar antes tradicional, de pai - provedor , mae - dona-dc-casa e filhos

e hoje uma forma minoritaria em grande parte da popula~ao senda esta uma sociedade

baslante capitalista. uma sociedade onde e muito valorizado 0 valor material que cada

pessoa tern, e nao suas atitudes.

As familias brasileiras passam por muitas mudanyas, estas familias que fazem parte

de urn processo de modernidade. A tendencia e de uma diminuiyao no tamanho e uma

maior diversidade nos arranjos domesticos familiares. Os arranjos de maior crescimento

nos ultimos anos foram os de adultos vivendo s6s. A cornplexidade da vida familiar

aumentou devido ao incremento no numcro de familias reconstnlidas, provenientes de

separayoes, divorcios e rc-casamentos

A vida familiar se modificou nos ultimos 20 anos. As transformayoes no tradicional

arranjo familiar, casaJ com filhos, convivem com mudanva,s no relacionamento entre seus

membros.

Esposas participam mais intensamente no mercado de trabalho e passam a dividir

com os maridos 0 sustento do lar, isso acabou trazendo para a nossa sociedade mudanyas na

estruturayao familiar.

Os papeis familiares de homens e mulheres estao mudando. embora isso seja mais

marcante nas mulheres, pois a maiona dos homens continua a defender as posi<;:oes mais

tradicionais sobre os papeis de sexos e particularmente sobre 0 trabalho domestico. As

mulheres dao cada vez mais valor a urna carreira e it independencia financeira e nao se

prendem exclusivamente aDs servi<;:os domesticos.

14

2. FAMiLIA E SOCIEDADE

Estudos apresentados na pesquisa realizada par Alves (1994) mostram que nas

carnadas abastados da sociedade; 0 fato das crian.;:as permanecerem quatro haras na escola

formal, nao esta atendendo a necessidade dos pais. Pais aiem do periodo de aula as crianyas

freqOentam cursos extracurriculares e atividades desportivas, abrigando-os a varios

deslocamentos e perda de tempo 0 que esta levando as pais a procurem escolas no periorlo

integral que desenvolva estas atividades. Essa procura da-se ao fata dos pais trabalharem e

nao tcrem urn local para deixarem as crianY3s.

Para Alves (1994), 0 periodo integral realmente atende as necessidades da vida

modema, familia que tern urn dia carrido de tTabalha, e pode ser encarado como urn

recurso viavel para as familias que oao tern onde deixar os filhos. E onde os pais correm 0

risco de transferirem inteiramente para a escola a tarefa de educar as crian~as.

Para Dorothy Law Nolte e Rachel Harris (2003) e complicado a situa~ao da familia

hoje, onde em nossa sociedade de consumo. as crianyas sao 0 tempo todo bombardeadas

com a mensagem de que 0 merito e valor pr6prios sao determinados pela qualidade e tipo

de bens materiais que se possui.

Segundo Davis (1964) a sociedade somente podcra sobreviver se seus membros,

pelas suas atividades. exercerem determinadas fun¢es sociais. Essas fun~oes nao poderao

ser exercidas sem que as atividades estejam convenientemente organizadas. A familia

podeni. ser uma institui~ao adaptada a satisfa~ao da exigencia.

Em sua obra, Ivete Ribeiro e Ana Clara Torres Ribeiro apontam que a diminui~ao

da rela~ao familiar e acarretada pelo desenvolvimento urbano, 0 que acaba deixando a

familia com uma carga de trabalho grande.

15

Segundo Eunice M. L. Soriano Alencar (1982, 0 comportamento da crianya e

influenciado pelas normas e valores culturais da sociedade code a crianya vive. Estas

nonnas e valores variam entre diferentes camadas da popula9ao, e sao transmitidos it

crianya especialmente pelos agentes socializadores, representados nos primeiros anos de

vida pelos pais e professores e, em menor escala, pelos irmaos ou parentes proximos com

quem a criany3 interage.

Hoje, talvez 0 principal valor perdido na re\ayao pais e filhos e a existencia do

diillogo, da conversa, da troca de experiencias que tanto contribui para a fonnayao das

criam;as.

Nos dias atuais, tada a familia divide uma maratona diaria em que tern de trabalhar

muito para conseguir 0 minima de recursos necessarios para responder as suas

rcsponsabilidades economicas. As crescentes transformayoes tecnol6gicas, desemprego,

miseria, fantasmas que assombram a realidade, que acaba menos tempo ainda para 0

dialogo dos pais com os filhos. Assim, tomam-se os pais de hoje muito mais "responsaveis

pela dinheiro", devida a terem que trabalhar par mais haras para que passam ter uma renda

favonivel aas filhas, esses pais tomam-se menos "edueadares" de seus filhos, poueo

participando efetivamente da vida destes.

Cansayo, preoeupayoes, problemas, a correria da vida de hoje acabam por provocar

impaciencia, irritayao, inseguranya, medo, angustia, depressao e aeabarn desmotivam ainda

mais a existeneia de urn born relacionamenta entre a familia.

Pensarn e imaginam os pais que crianda os filhos, amanda-as e dando-thes 0 melhor

passivel, tudo tern de dar eerto. Ninguem pode por em duvida 0 amor que os pais tern por

seus fithos, porem as vezes eles esquecem de demanstni-lo ou apenas deixam as filhos

muita a vantade para deeidirem 0 que querem e a que nao querem fazer. Os pais muitas

16

vezes esquecem que uma das melhores maneiras de demonstrar todo 0 seu afeta e participar

ativamente da vida de quem amam.

Os pais devem estar preparados, muito bern preparados, bern dispostos, bern

informados e atualizados em relar;ao a tudo que acontece no mundo e, em particular, com a

vida de sellS filhos. Participar ativamente da vida dos filhos muito contribui para uma boa

formar;ao deles e urn born desenvolvimento de seu caniter. concedendo-Ihes boas

perspectivas para prosseguirem por seu proprio caminho.

E importante lembrar que 0 dinheiro, jogos eletr6nicos, faupa de griffe, carras,

brinquedos, nada disso garante a felicidade dos filhos, nem 0 amor, nem 0 earinho que tern

com as pais. Buscar 0 sustento da familia, posir;.ao e prestigio social e trabalhar muito

tambem nao podem servir de desculpas para os pais nao buscarem 0 relacionamento e a

conversa com seus filhos. Presentes nao preenchem de maneira nenhuma 0 extremo vazio

deixado pela falta de convivencia familiar.

Respeito mutuo. diillogo, amor, carinho, compreensao e orienta~ao sao necessidades

bilsicas para que os filhos, que devem tambem aprender a ouvir seus pais, possam adquirir

qualidades morais importantes para seu melhor desenvolvimento e relacionamento social.

Todos esses valores devem assim ser estendidos a convivencia com toda a sociedade.

17

3. FAMiLIA E ESCOLA: A IMPORTANCIA DA FAMiLIA NA

EDUCAC;AODOS FILHOS

A crian~a nccessita imperiosamente de carinho, de protcyao e de aten~ao. Existem

pais que se recusam a dar qualquer urn destes alimentos psico16gicos indispensaveis ao

cTescimento hannonioso dos tithos.

Antigamente, a instruvao dos filhos era dever exclusivamente da familia. Mas a vida

foi se complicando e 0 conjunto dos conhecimentos a serem adquiridos por uma pessoa

tambem se estendeu indefinitivamentc. 0 resultado disto e que a escola tomau, aDs poueos,

o encargo de instruir os (as) alunos (as). A muitas ate sao atribuidas a missao de fonnar-

Ihes 0 carMer.

E fundamental que a crianr;3 perceba atraves de sua familia a importiincia da escola,

por isso, convem aos pais cercar de todo carinho. arnOT e dedic3vao a crian~a e tambem ter

um born relacionamento com a equipe da escola.

Segundo Pierre Weil (1960) no inicio do seculo XX a escola da epoca a qual tinha

unicamente a fun~ao de "ensinar", quer dizer transmitir conhecimento. Hoje a escola

pretende tambem "educar", quer dizer, formar a personalidade total de cada crian~a. A

explica~ao deste fenomeno e encontrada na vida movirnentada 11 qual os pais esHio

submetidos na cidade modema.

Ha urn conhecimento comum e universal do que familia, e do que seja a escola.

A familia e a escola sao as duas institui~5es fundarnentais da sociedade para a

educayao das novas gera~5es e para formar a individualidade e identidade pessoal. A escola

descnvolve-Ihe 0 espirito de sociedade e coopera~3.o. A escola podera aprimorar na crian~a

o espirito, afei~oa-o 11 sociedade e prepara para a vida, dando-Ihc uma melhor condiy3.o

18

para estar inserida na sociedade. A tarefa de erlucar, todavia, nao e apenas da familia ou da

escola: uma nao deve ignorar a Dutra. A familia naD pode suprir a escola, nem tao poueo,

esta substituir aquela no pape! especial que a cada uma deve executar. A obra educativa

apenas da familia ou unicamente da escola seria uma obra incompleta e ambas devem

comportar-se como institui~ao na tarefa comum da formayao da crianya.

Nao tern sentido nenhurn a escola divorciar-se da familia. 0 que a escola faz e

ajudar a familia, na edUC3yaO dos filhos.

Mas como a familia continua a ser a primeira escola da crianc;.a e e grande,

principal mente em nosse meio, a influencia que a familia ainda exerce em materia de

educa<;ao, as duas instituic;.oes sociais, a escola e a familia devem tornar-se parceiras,

porem, e preciso que ambas adotem a mesma abordagem.

Cabe a escola, enquanto auxiliadora igualmente na educac;ao, de imprimir

competencias e clareza no desempenho de suas fun~5es pedag6gicas. Sendo assim, cabe a

escola informar e participar dos confiitos, capacidades, habilidades e dificuldades

detectadas nos seus educandos.

Segundo Samuel Ramos Lagos (200 I), embora dividida a tarefa de educar com

outros nucleos sociais, como a familia, as comunidades e os meios de comunicayao, a

escola ainda e 0 principal foco de organizayao, sistematizayao e transmissao do

conhecimento, e 0 educador e 0 educando, os principais agentes nesse processo. A escola

nao tern razao de ser em si rnesma. Ela e fruto do meio, assim como 0 meio e consequencia

dela.

Uma familia comprometida com urna solidiuia educac;:ao de seus fiihos, deve-se

munir do maior numero de escJarecimentos para em parceria com a escola, colaborar na

efetiva, plena e total formac;:ao de seus filhos.

19

A escola necessita contar com urn engajado gropo de docentes, especiaiistas e

deruais profissionais da educar;:ao de modo a sempre promover no educando a possibilidade

de valorizar suas potencialidades, incentiva-Ias com firmeza no cumprimento de suas

tarefas escalaTes orais, escritas, manuais, investigativas, individuais e coletivas. Atividades

estas que devem representar desafio te6rico-pratico que passam contribuir para a efetiva

superar;:ao do senso comum, na construvao do conhecimento cientifico universal.

Em sua obra Flavio Gikovate (200 I) abarda que as pais e a instituivao escolar

devem estabelecer urn dialogo rnais vivo e intenso; as pais precisam valtar a participar rnais

ativamente da formacao dos seus filhos e a agir de modo coerente e compativel com as

normas propostas pela escola a qual confiaram a educav80 de seus tilhos.

Ele aborda tambem, que as crianyas deveriam ser expostas a urn unico conjunto de

valores. Familias e escolas deveriam partilhar dos mesmos pontos de vista, para nao gerar

confus80 na mente dos alunos.

Talvez isso nao seja muito bom, pois, assim as crianvas ficariam alienadas, nao

teriam chance de formar seus valores proprios, pois, tudo ja estaria pronto.

Segundo Piaget, e na inter-relay80 com a realidade que a crianya se desenvolve,

construindo e reconstruindo suas hip6teses sobre 0 mundo que a cerca.

Para Samuel Ramos Lagos (200 I) Piaget tambem afinna que e atraves da

experiencia que nascera 0 conhecimento. Dai a importancia da familia e da escola

trabalharem juntos em uma mesma abordagem.

"0 ideal da educacao nao e ensinar 0 maximo, maximizar os resultados, mas acima

de tudo aprender a aprender, aprender a se desenvolver, e aprender a continuar a ser a

mesmo ap6s deixar a escola". (piaget, 1976 p.30).

20

Familia e escola nao podem se posicionar em lados opestos e assumir acirrada

competicao, a resolw;:ao ou autoridade sebre as dificuldades de aprendizagem.

Para Egidio Francisco Schimitz (1983), a escola nao deve ser mais urn lugar code os

pais enviam os seus filhos, para receberem uma educacao para a qual des mesmos se

sentem despreparados. E e muito menos urn lugar oode deixar os filhos, para se verem

livres deles por algum tempo. A escola deve seT urn ambiente. oode pais e professores,

conjuntamente, promovem a educ3cao, iniciada na familia e continuada nesta e na escola.

E de suma importancia valorizar as coisas que os filhos dizem. Nao e porque sao

criam;as que naD tern direito de dar opiniao e participar das conversas. Os pais precisam

aprender a ouvir seus filhos. conversar com eles, a pedir opiniao sabre os fatos do dia-a-dia,

escutar suas tristezas e frustrayoes. Muitas vezes, a primeira, pade parecer que 0 que eles

dizem sao soluyoes simplistas au sentimentos bobos, mas se forem analisados com atenyaa,

padeni haver muita sabedaria naquelas palavras.

E extrema mente importante que a familia va10rize os atos, as palavras e 0

comportamento da crianya. 0 elogio e a apreciayao. dados na hora certa, fazem aumentar 0

autoconceito. Apoiar os filhos e importantissimo.

Ao contrario do que muitos pensam, a disciplina e a correyao trazem beneficios a

crianya. Os pais que sabem orientar seus filhos, fazem com que as crianyas cres9am

sentindo-se orientadas e aprendam os limites de comportamento.

Apresento, a seb'Uir, alguns resultados obtidos na pesquisa desenvolvida na escola

observada:

21

4. Apresenta~iio das Observa~iies do Cotidiano da Sala de Aula

As observac;oes seguintes, foram realizadas em uma Escola particular de Curitiba,

oode atraves da entrevista com as professoras e com a psic610ga da Escola,onde as mesmas

me passaram quais as crianyas que estavam com dificuldade de aprendizagem, atraves

dessas infonnayoes observei crianyas, as quais apresentavam dificuldade de aprendizagem.

Tambem analisei 0 Projeto Anual da Escola: Familia e Escola: Uniao que faz a

[orya, onde a Escola tentou trazer para dentro dela a participayao da familia, segue em

anexo como foi desenvolvido 0 projeto.

Segue tambem 0 roteiro de observac;ao, 0 qual utilizei para realizar minhas

observayoes.

ROTEIRO DE OBSERVA<;:Ao

1- Nome da Crianya:~~~~~~~~~~~~~~~~~~_

2- Idade e serie da crianya:~~~~~~~~~~~~~~~~~_

3- Data de observac;:ao:~~~~~~~~~~~~~~~~~~_

4- Local: ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~_

5- Horario e tempo de durac;:ao da observac;:ao:~~~~~~~~~~_

6- Que atividade a crianc;:a realizada durante a observac;:ao:~~~~~~_

7- Descrever op que a crianc;:a fazia, como se comportou, 0 que fatou, como interagiu

com os demais da sala:colegas e professora.

22

Crianva AJardim IIIIdade: 5 anosData de observayao: 01 de outubro de 2004Local. Escola SupimpaHonirio e tempo de duravao da observayao: 14:00h -1 hora

Atividade que a crianya realizava: Aula de Educayao Fisica, a crianya realiza uma

hrincadeira, que trahalhava 0 equilibria.

Descrlyao do comportamento do aluno durante as atividades de aula: 0 aluno demonstrou-

se bastante timido, tcve bastante dificuldade em se reiacionar com os Qutros coJegas, em

nenhum momento da observayao escutei a sua vaz, pelo contnirio em todos as momentos 0

aluno tentava nao ter ncnhurn contata corn as colegas.

Crianya BJardim IIIIdade: 5 anosData de observayao: lOde setembro de 2004Local Escola SupimpaHorario e tempo de durayao da observay30: 13 :30h- 1 hora de observayao

Descriyao do comportamento do aluno durante as atividades de aula: As crianyas estavam

tendo aula de matematica, a qual as crianyas brincavam com urn jogo de domino. 0 aluno

demonstrou-se bastante agitado durante a atividade, fazia varias coisas para chamar a

atenyao da professora ou da auxiliar.

Segundo a professora da turma, 0 aluno e assim devido a sua mae nao dar incentivo

para suas atividades, pelo contrario sempre as criticou na sua presenya.

Em algumas reuni6es bimestrais da escola, a mae dessa crianya criticou 0 trabalho

que a crianya havia feito no envelope das atividades, apes a critica a crianya ficou muito

23

tliste e saiu da sala e roi para 0 banheiro cherar. A professora regente roi ao banheiro para

animar a crianc;a.

Crianc;a C43 serieIdade: 10 aoosData de observac;a.o: Algumas semanas de outubro.Local Escola SupimpaHanifio e tempo de duraya.o da observac;ao: I hora por observac;ao.

Atividade que a crianva realizava: Os alunos realizavam uma atividade de Ensino

Religioso. A aluna revela-se uma menina muito agitada. estuda na escola desde 1 ano, por

isso a conhecemos bern assim como sua familia.

Houve urn periodo em que a aluna se encontrava bastante revoltada, pais seus pais

haviam se separado. Felizmente seus pais depois de algum tempo voltaram a conviver.

Parern, a aluna e bastante independente, parece nao ler limite nenhum, seus pais

muito ocupados com 0 trabalho parecem querer ganhar 0 seu carinho com presentes caras.

Mas a crian~a chega sempre na escola mal humorada, xinga., reclama, grila, etc. Porem, ao

conseguir carinho de algum profissional da escola muda seu comportamento totalmente. A

aluna parcee-me, na verdade, muito earente e eonsidera que com esse seu jeito explosivo

acaba chamando a atenvao das outras pessoas, para em traea ganhar earinhos 0 que

pravavelmente nao encontra diariamente em sua familia.

Oepois de eu ler feito a observavao desta criantya, percebi que ela precisa e de muito

carinho, isso com certeza mudan! 0 eomportamento dela.

Crianva 0lardimlIdade: 4 anosData de observaty3.o: J4 de outubroLocal: EscoJa SupimpaHorario e tempo de duratyao da observaty3.o: I hora.

24

Atividade que a crianc;:a realizava: Atividade de pintura e brincadeira com jogos de encaixe:

Descric;:ao do comportamento do aluno: 0 alune iniciou sell trabalho perguntando se

poderia seT colorido.

Ao terminar referiu que precisava melhorar, que estava "feia". 0 alune procurou

pintar 0 desenho deixando-o mais bonito (como 0 alune Queria).

Antes do lennino da pintura ficou bravo com 0 comentario do colega, quando este

disse que ja havia terminado e ele ainda estava pintando.

Queixou-se para a professora sabre a atitude do colega, e depois brigou com 0

mesmo.

Durante as atividades com as jogos ele e dais colegas discutiam por causa de uma

pcya. Este tomou-se agressivo e comec;:ou a chorar e referiu-se que era" burro" e " feio" e

que ninguem gostava dele.

o professora conversau com ele e os demais colegas sobre 0 ocorrido e este refenu-

se que todo mundo era bobo.

Pennaneceu quieta e sozinho todo 0 restante da tarde.

Percebo por meio dessas observayoes e atraves da minha pesquisa que a escola e a

familia precisam saber realmente 0 sentido de caminharem juntas, para que formem alunos

e filhos mais felizes.

25

ALGUMAS CONSIDERACOES

A presente pesquisa permitiu-me conduir que os pais sao os primeiros educadores

da crian<;:ae os primeiros companheiros de sua aprendizagem social; que e de suma

imponancia a participac;:ao dos pais na educac;:a.o escolar dos filhos. Portanto, 0 desempenho

do individuo na vida social depende fortemente da sua rclavao familiar.

Pude conduir com este trabalha que a estrutura da familia vem passando por

profundas transformac;oes, senda dificil preyer qual sera 0 seu futuro.

Dentre essas considerac;:oes a familia tern uma fun<;:ao educativa, a primeira e

mais importante escola de todo 0 ser humane; portanto, e a instituic;ao social que tern maior

influencia na formac;:ao de val ores, cren<;:as, atitudes, normas, etc.

Por ser urn nueleo formador da sociedade, a familia pode suscitar mudan.-;as

sociais, fonnando assim ° carater de cada individuo.

E inegavel que os valores da comunidade familiar influenciam 0 ser humane por

toda a sua vida; por isso, considero imprescindivel favorecer a reflexao sobre a necessidade

de conlribuir para tomar a familia urn espa.-;o na~ apenas de forma.-;ao de carater, mas

tambem de semeadura dos valores eticos que se deseja para a nossa sociedade, urn espa.-;o

propicio para se estabelecer 0 sentido de fortalecer as habilidades que se precisa para

assumir responsabilidades sociais.

As fun.-;oes sociais da familia sao tambem descmpenhadas por outras institui.-;5es

Que a completam. As institui~5es educacionais tambem sao muito imponante na educa.-;ao

dos ftlhos, pois a escola guarda uma intensa rela~ao com 0 desenvolvimento da sociedade e

vice-versa.

26

Acredito que na~ basta pessoas bern intencionadas unirem-se para fonnar urna

familia; e necessaria que ten ham urn sincero desejo de ser urn espayO de amor, capaz de

desenvolver urn relacionamento baseado em profunda respeito urn pela Dutro. Uma

comunidade que valorize a vida como direito fundamental do individuo.

Espero que este trabalho possa servir de reflexao para tadas as familias, cnde as

mesmas reflitam sabre as mudanyas que estao ocorrenda no mundo e na estrutura familiar,

para que a mesma esteja consciente da propria e verdadeira responsabilidade diante do

futuro do mundo.

27

REFERENCIAS

ALENCAR, Eunice M. L. A criam;a na/amilio e no sociedade. Petr6polis: Vozes, 1982.

ALVES, Janu<iria Cristina Escola todD dia, 0 diu lodo. Claudia, v. 205 nO 391, p. 25- 27,

abril. 1994.

ARIES, Philipes. Historia social do criolU;a e do familia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1981.

COOPER, C. L. Eagora, Irahalhooufamilia? Sao Paulo: Editora Tamisa, 2000.

DE LA TALLLE, Yves. Limite .••: Ires dimenstJes educacionals. Sao Paulo: Editora Atica,

2000.

GIKOV ATE, Flavio. A arle de educar. Curitiba: Nova didatica, 2001.

LAR CRlSTAo. 0 incr/vel poder de 11111 mode/a. Sao Paulo: Mensagens, v. 62 n. 15,julho,

2002.

LANE, SILVIA a que e pSicologia social. Sao Paulo: Brasiliense, 1993.

LUDKE. Menga. ANDRE. Marli. Pesquisa em educG(,:iio: abordagens qualitativas. Sao

Paulo: EPU, 1986.

NOLTE, Dorothy .Law. A.\" criam;as aprelldem 0 que viwllciam. Sao Paulo: Sextante,

2003.

RIBEIRO, A. C. T & RIBEIRO, L Familia e Dasafios na Sociedade brasileira: Valores com

urn angula de amilise.

RODRIGUES, Marlene. Psic%gia educacional: uma crollieo do desellvolvil11e11lO

humano. Sao Paulo: Mcgraw- Hill do Brasil, 1976.

SCHMITZ, Egidio Francisco. DidiJlica Modema: fimdamellios. LTC- Livros Tecnicos e

Cientificos. Rio de Janeiro: Editora S.A, 1983.

WILL, Pierre. A criol1fo, 0 lar e a escoto. Rio de 0 Janeiro: Civilizat;5es Brasileiras, 1960.

28

WlLL, Pierre. Relaqiies humal1Gs 110 familia e no tmba/ho. Rio de 0 Janeiro: Civiliza~6es

Brasileiras, 1961.

29

ANEXOS

I!ilIiiIIi"iI!il~"';;~••••"",•••••u,.,..-~ •...•~ .•.~~~~""""",~_)..f!: c',•,••••••It••••••~•8"8"It"~It,,.••,.~•••

if.,FAMiLIA E ESCOLA

UNIAo QUE FAZ A FOR<;:A

Objetivo Geml

Promover a participa¥ao da familia na Escola.

Objclivos Especificos

• Ajudar os alunos a cntender que existem muitas familias na escoia, cad a uma de urnjeito.

• Refletir sabre a importancia da vida em familia.

.Justificativu

Cada familia tern urn jeito de ser. I-Ia aquelas em que 0 estudo e a palavra de ordemI-Ia outras em que 0 import ante e trabalhar, e assim par diantc. Mais do que tudo iSSQ, afamilia e um agrupamento de pessoas, unidas par la¥os de parentesco, no qual se observamlodos as diferentes tipos de condula humana: amar, odio, temura, honestidade, manipuiaGaodo poder e de emo~6es e hierarquia de fun<;6es.

Todos temos uma familia que pode ser fonte de estimulo para a independencia, aude repressao e submissao, de acordo com as padroes de domina¥ao au de "democracia" queforem excrcidos nela. Como taL a familia c uma cxperiencia unica que nao se pode trocar,embora possa ser multipla (pois uma pessoa pode crescer dentro dos limites de mais de umafamilia.

Estamos vivenda urn tempo em que a familia tradicional sofreu muitasIransforma¥oes, a agita¥ao da vida moderna caUSOli grandcs modificm;oes. e em vista disso.o tempo para desenvolver atividades relacionadas aos mhos, tomOll-se escasso

Nessa perspectiva, objetivou-se estruturar urn projcto abordando 0 lema ''familia'',com a intelwao de trazer a familia do nosso aluno para denlro da escola, possibilitando amesma, a partic!par;ao e a integrar;ao dentro da escola, fazendo sempre a triade ALUNO-ESCOLA-r AMILIA

Problemaliz:u;fio

Levando em conta as mudam,:as ocorridas na familia modema, como a Escola podepromover a participayao da familia dentro da Escola?

Publico Alvo

• Educa¥ao InfantilEnsino Fundamental

• Familia em Ac;aa

,,•,,j

Areas do Conhecimento

Portugues. Matematica, Geografia, Hist6ria, Cicncias, Musica, Ed. Fisica, Ed. Artistica.

Encaminhamento Metodologico

I) 0 projelO ESCOLA E FAMILIA, UNI.~O QUE FAZ A FOR(:A", iniciani com aapresentayao do II Festival de Teatro Supimpa, 0 qual envolveni a Educac;ao lofantilC 0 Ensino Fundamental.As apresenta.;oes teatrais leraO as seguintes tematicas:

sa Serie: Familia da Pre-Hist6ria.• P Serie: Familia Biblica.• 43 Serie: Familia dos alios JO.• 3a Sene: Familia dos anos 70.• Z:J Serie: Familia do campo• 6:1 Serie: Familia medema.

As apresenta~oes retratarao as mudanc;as ocorridas dentro da familia, econseql1cmcmentc, as estruturas famiiiares.

2) Visando integrar a Familia em Avilo ao projeto, sera indicado teda scmana urn livre,filme, atividade, musica, texto informativo, rcvista etc. 0 qual sera divulgado como"Die:1 para 0 final de Semana Supimpa"

3) Proporcionar momentos de encontros familiares, como palestras abordando os seguintestemas: "Fat;a a coislI certa: pequenas atitudes, grandes resultados", "Rebeldia emFamili:I", etc.

4) Os alunos de la it 3a series poderao fazer urn desenho da familia (comaeompanhamento/interprcta~ao da psicologa). Os alunos de 44 a 6a series poderao fazeruma I'edat;ao sabre 11 familia.,,

!I

"

5) Para deixar lodos bem juntinhos, sera feito 0 Acaml}adenlro d:I Familia 1111 sal a deaula. Todos devcrao \razer colchonetes, travesseiros, cobert ores, etc.

6) Uma vez por mes (ou por quinzena) 0 aluno, juntamentc com a sua familia troearamensagens. telcfonemas, convitcs, etc. Podcra ser fcito at raves de soncio na sala deaula.

7) Fazer 0 sortcio da Familia Secreta, haveni troca de presentcs

8) Sera proposto tambem para a Familia em A~ao 0 dia do passeio, sera urn cnconrro noparquc ou cinema, Icatro, etc. Familia Supimpa sai para passear.

DATAS COMEMORA T/vAS

"'olivos lie orm,;ao:I" selliana - ()I"al" pilI" mais :lllHll" L: ak'gria ll() lal2~ sem~lna - (kll' pilI" IXI;I.t' hmganimid:ltk Il(l 1;11"3" SCln;lna - ()I:lr pllr hCllignid:llk-. I)()il\hdc l'

i"ilkli,bdo..: 11' I I:Ir

4" sClnana - (11":11"p,.r 1Il:ln:-,d:1(1l' tI, ullin\(, pro 'pril)111)1:11

Tcxto: {;I 'i.\(1-22Tem": ··.1/el/ I.a/", 1/11/ (11IL'I)r(/-c{/lwr(/.~··

t)hjctivo: ,\ 111:lil)ri:1(1:ls 1":llI1i1ia:-I\.'111Pl"<lllll'Ill:IS(,.111 rl"i:Ic.·;II) :H) dOllll11\(' pn·'pli". :1 111:111",,1:11'.:1Il:lll('·I1C1:I. :1 j"id\.·lid:ltk-. I) (Ill\.' 1()1"1]:!:1 vitI:< 11') lal11111\(.:rd:llit:iro qUI..'I)f;I-l·:iI)(.'cL 0 ollicli"" dcst\.,...-....llIdo 0 Il'\:II' :1:-f:t1l1itias a LI111\'iVl'1"cada \l"l. l11ai....U!lK'Cl"nctlll' COllI a 1':t!mT:l e Illai:- frutikro 1,.'111IllLlllSIJ:o.:1....pt.Tlo......:-l'lldu () hUIO do [spirito m:l1llk'st:ldtl11:1\'ida IlL: GIlI:I il1tegranlc do bl".

Rcuniao tic CIH.:crramcllto: (C()I/oid(/r Indus us

jrl/l/i!ill/"('S/)(II"tl ('sl('('SII/(/o)

:\ dirigt.."lllv pl"{"f):Ir:lr:i :1Igu 11.""cir("ulos t nl' ll1lnil1l1)l'il. ":1111111\'Ctlcl •..........\.'sl;lr:III t:....nil:ts;ls (lu:llitl:llk-s

dt) Fruin do Espiritu. l', no.....dL'1ll:lis. algumas t..b:-()Ilra .....d:\ carnl'.

Dcscnvolvimcnto: Fill Ulll<l n:ulli:'l() \.·:o.pn:i:!I.c.,\plicar" 1t..·llIapropo .....lo. 11..'1'n tcX\() ;lcilil;1 " pedir

qut.." cad:! \lm:l reflil;1 e orl' dUI":H11L' ') lI11\S.pl·lg\lntalldl)- .....e: "Me\! I:tr 0 LillI [:n :lIlI(lI()S(). :ilq4rl'.!ultk :-t..'IllanifL':o.ta ;1 hI.lIld:ltll', :1 Iliansi •..i:ll'. IlIltle

,tudll:- sao rids:1 l)C:lIS~"A sq~uil. diSlrihuir:1 Llda.....('Il·i:, :1 .....ill1uel:1 lit: lIm:l GIS:I I..' :IS qU:lIfo pn·a.s dllqUl·hr:I-Glht..·cl (modeln :Ihai.'\o). S,') 11:10d\.T!...·Sl-rdi .....lril)ukb a p:Ir1t: 1..."1.:.'1111':11(:1cruz). <jIll' ~er:i ('IIIH:gUt."

na reunE'to dl' l'lln:rCII1Il'11l0 dll I1Il.'S

4~

",.e88e~~~~~~~....f'lee~ee.,.e."•ofI _

••

ExpJ:uJ:I(,.·;;O - "i() \eXlO lido, \) :1[1(')S\(II<)i':nllo

onkna :I(JSn""IHl'S qUl' :mdUlI 1101·~••.pirit(J 1...'\,·;..:plil...:1a grande lula t;'XiS\Clllt: elll!"t.· :1 carllt.." L' () Fspiril()1\luil:IS \·l.'ze III )ss.) bl" L' Ir:lIlsfor1l1:1 nUIII qU<.:hr:l-cd )l·CI. Pi 'f CIU.....:I til' d\.'It:flllin:Hlos pl'Glt!1 ).sn11l1')..~ :1 dirigcl1tl' :Iple ••.•..·llta lIS cil"cul(ls COlli :ilgUlll:l. ....•..bs 01>1';1"'; dOl l·arnt.' - F.s.....a....coisas t!..-slrlll."lll II

Silhueta da casa(pode-se ampliar)

Circuios parao estudo

2!! TRIMESTRE DE 2001

--•..

fl.110\11-,\()

,,,

[:: 1: :1 _

Pe-ras para completar acasa 80 lado (amplie

tambem)

25

«::::;:211«o~uz,«I-IT:o0..:2«N

~o 0a. w CL::J 0a: ~<.J '(3

::2UJ

Ew

mog0.