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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA NATALIA KOPP ANALISE DA APRENDIZAGEM MOTORA DO TOQUE MANCHETE E SAQUE POR BAIXO NO BABY VOLEIBOL. Curitiba 2007 SETORIAL SCHAFFER C6t~SULTA INTERNA

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANANATALIA KOPP

ANALISE DA APRENDIZAGEM MOTORA DO TOQUEMANCHETE E SAQUE POR BAIXO NO BABY VOLEIBOL.

Curitiba2007

SETORIALSCHAFFERC6t~SULTAINTERNA

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ANALISE DA APRENDIZAGEM MOTORA DO TOQUEMANCHETE E SAQUE POR BAIXO NO BABY VOLEIBOL.

Curitiba2007

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UNIVERSIDADETUIUTI DO PARANA

ANALISE DA APRENDIZAGEM MOTORA DO TOQUEMANCHETE E SAQUE NO BABY VOLEIBOL.

Trabalho de Conclusao de Curso deEducagao Fisica, Faculdade de CienciasBiologicas e da Saude, Universidade Tuiutido Parana, apresentado a disciplina deTrabalho de Conclusao de Curso comorequisito para aprovagao.Orientadora: Prof' Ms Alessandra Dal'Lin .

Curitiba2007

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TERMO DE APROVAf;AONatalia Kopp

ANALISE DA APRENDIZAGEM MOTORA DO TOQUEMANCHETE E SAQUE NO BABY VOLEIBOI

Esta monografia foi julgada e aprovada para obten98o do titulo de Licenciado emEduca980 Fisica no curso de Educa980 Fisica na Universidades Tuiuti do Parana.

Curitiba, 22 de Novembro de 2007.

Curso de Educa980 FisicaUniversidade Tuiuti do Parana

Orientador: Prof. Alessandra Dal' Lin

Prof. Adel Youself

Prof. Rodrigo Rezende

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SUMARIO

1 INTRODUCAO 12 FUNDAMENT ACAO TEORICA.................................................................. 62.1 CARACTERISITCAS DO JOGO DE VOLEIBOL 62.2 GESTOS TECNICOS............................................................................... 92.2.1 TOQUE POR CIMA 92.2.2 MANCHETE 92.2.3 SAQUE POR BAIXO............................................................................. 10

2.3 FATOR DESENVOLVIMENTO I APRENDIZAGEM MOTORA 102.4 ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM.......................................................... 142.4.1 ESTAGIO VERBAL COGNITIVO........................................................ 152.4.2 ESTAGIO MOTOR............................................................................... 162.4.3 ESTAGIO AUTONOMO....................................................................... 162.5 METODOLOGIA CENTRO REXONA ADES DE VOLEIBOL................. 172.5.1 0 QUE E 0 CENTRO REXONA ADES DE VOLEIBOL........................ 17

2.5.2 METODOLOGIA VENCEDORA........................................................... 172.5.3 DIMENSOES DA QUADRA, IDADE, ALTURA DE REDE E FORMAS 18DE JOGO POR CATEGORIA .2.5.4 ESTRUTURA<;Ao DAS TURMAS........................................................ 19

2.5.5 ESTRUTURA<;AO DA AULA............................................................... 19

2.6 BABY VOLEI......................................................................................... 21

2.6.1 FUNDAMENTO TECNICO CARACTERISTICAS E PONTOS 22

CHAVES .

3 METODOLOGIA........................................................................................ 23

3.1 TIPO DE PESQUISA............................................................................... 23

3.2 DESCRI<;Ao DO UNIVERSO................................................................. 23

3.3 ANALISE DOS DADOS...................................................................... 23

4 RESULTADOS E DISCUSSOES................................................................ 24

5 CONSIDERACOES FINAlS 28

REFERENCIAS.................................................................................. 30APENDICE 1....................................................................................... 32APENCIDE 2........................................................................................ 33

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RESUMO

o objetivo deste trabalho e verificar 0 estagio da aprendizagem motora dosaque por baixo, toque e manchete em crian9as de 9 e 10 anos de idadepraticantes de voleibol. Discute quest5es relacionadas aos tres estagios daaprendizagem motora que sao: Cognitiv~, Associativo e Autonomo e tambemquais os erros mais frequentes em cada gesto tecnico analisado durante seuprocesso de aprendizagem. A coleta de dados fai realizada entre crian9as comidade de 9 e 10 anos de idade, de ambos os sex~s, praticantes de voleibol noCentro Rexona Ades de Voleibol, no ntic/eo Tuiuti, avaliadas por meio de fichasde Aprendizagem motora dos gesto tecnicos analisados. Conforme a analisedos dados, constatou-se que as crian9as que fazem parte da amostra tem umamaior facilidade quanto ao gesto tecnico do toque e saque por baixo, ja que amaior parte encontra-se no estagio Autonomo, ou seja ja automatizaram 0movimento. Em rela9aO a manchete nota-se uma dificuldade um pouco maior,a maioria dos aprendizes ainda se encontram no estagio associativo.

Palavras-Chave: Aprendizagem Motora; Voleibol; Crian9as.

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1. INTRODUC;AO

1.1 JUSTIFICATIVA

Gallahue (1989), Gallahue e Ozmun (2001), mostram que, para se chegar

ao dominic de habilidades desportivas, e necessario um longo processo, onde

as experiencias com habilidades basicas (movimentos fundamentais) sao de

fundamental importancia. A fase escolar, abrange a fase dos movimentos

fundamentais, com 0 surgimento de multiplas formas (correr, saltar,

arremessar, lanyar, receber, quicar, chutar) e suas combinayoes. As mudanyas

observadas nos estagios serao estabelecidas em forma de um refinamento das

habilidades basicas e, melhor eficiencia em sua combinayao, 0 que ira marcar

a passagem para a fase seguinte, ados movimentos relacionados ao desporto,

ou especializados. Nesta fase, os movimentos fundamentais vao servir de base

para as combinayoes em habilidades desportivas, de modo que a aquisiyao

dos movimentos fundamentais reveste-se da maior importancia no modele

proposto por Gallahue.

Para que estas habilidades sejam desenvolvidas e necessario que se de acrianya oportunidades de desempenha-Ias. 0 movimentar-se e de grande

importancia biol6gica, psicol6gica, social e cultural, pois, e atraves da execuyao

dos movimentos que as pessoas interagem com 0 meio ambiente,

relacionando-se com os outros, apreendendo sobre si, seus limites,

capacidades e solucionando problemas.

o voleibol e um esporte caracterizado pelo confronto de duas equipes

dentro dos limites estabelecidos por regras (MAHELER e JUNIOR, 2001).

Assim como todos os demais jogos coletivos, alternam-se situayoes de ataque

e defesa, porem distingue-se dos demais, inicialmente, por contar com um

espayo de jogo bastante peculiar. Este nao e comum as duas equipes, po is

cada uma possui meia quadra (separada da outra por uma rede), onde pode

realizar suas ayoes do jogo.O saque e 0 primeiro ataque do jogo. Os mais

conhecidos tipos de saque sao: Saque por Baixo e Saque par Cima (tipo tenis).

o Saque por baixo e um saque simples e tambem facil de executar. De

frente para a quadra, pe esquerdo a frente, mao esquerda segurando a bola,

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voce deve fazer, com 0 brayo direito, urn movimento de tras para a frente,

golpeando a bola quase simultaneamente a sua liberayao pela mao esquerda afrente do corpo. A mao que bate na bola podera estar espalmada ou fechada.

Para os canhotos, valem os mesmos movimentos no sentido inverso.

o toque por cima e 0 movimento mais caracteristico do jogo de voleibol. Ele

e 0 responsavel, na maioria das vezes, pela preparayao do ataque, ou seja

pelo levantamento. Para realizar 0 gesto tecnico do toque, os brayos estarao

semi-f1exionados, de modo a posicionar os cotovelos, um pouco acima da

altura dos ombros, lateralmente em relayao ao tronco. As maos devem estar

com os dedos quase que totalmente estendidos, mas de uma forma

arredondada (como uma concha) para melhor acomodar a curvatura da bola.

Os dedos polegares e indicadores formarao a Figura aproximada de um

triangulo.

A manchete e 0 fundamento mais utilizado para a recepyao de saques e

para defesa de bolas cortadas, pois 0 contato com a bola se faz no antebrayo.

Para realizar 0 gesto tecnico da manchete, as pernas devem estar semi-

fiexionadas, afastadas lateralmente em um distanciamento semelhante a

largura dos ombros e um pe ligeiramente a frente do outro. Os brayos estarao

estendidos e unidos a frente do corpo.

1.2 PROBLEMA

Qual 0 estagio de aprendizagem motora do movimento do toque,

manchete e saque por baixo das crianyas de 9 e 10 anos de idade praticantes

de voleibol?

1.30BJETIVO

1.3.1 Objetivo Geral

Verificar 0 estagio da aprendizagem motora do saque por baixo, toque e

manchete em crianyas de 9 e 10 anos de idade praticantes de voleibol.

1.3.2 Objetivos Especificos

• Analisar qual 0 estagio de aprendizagem motora do toque que as

crianyas se encontram.

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Verificar quais os erros encontrados com maior freqOe!ncia na execu((ao

do gesto tecnico do toque.

• Analisar qual 0 estagio de aprendizagem motora da manchete que as

crian((as se encontram.

• Verificar quais os erros encontrados com maior freqOe!ncia na execu((ao

do gesto tecnico da manchete.

• Analisar qual 0 estagio de aprendizagem motora do saque por baixo que

as crianc;:as se encontram.

Verificar quais os erros encontrados com maior freqOe!ncia na execuc;:ao

do gesto tecnico do saque por baixo.

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2 FUNDAMENTACAO TEORICA

2.1 CARACTERisTICAS DO JOGO DE VOLEIBOL

o voleibol possui caracteristicas comuns a todos os Jogos Desportivos

Coletivos - cooperal(ao, atividade organizada, coordenal(ao e racionalizal(ao

das atividades individuais - mas nao deixa de conter em si especificidades que

o distinguem dos demais esportes. Estas particularidades residem

fundamentalmente na sua forma estrutural e nas suas caracteristicas resultante

do regulamento tecnico respectivamente mostrado a seguir:

• intervenl(ao espacial do jogadores - sem invasao da quadra adversaria

natureza das disputas de bola - luta indireta

• trajetorias predominantes da bola - troca do objeto no meio aereo

Uma outra caracteristica forte do voleibol e a presenl(a constante de

movimental(oes, onde as al(oes rapidas e as manifestal(oes ocorrem sem

permitir intervalos para a recuperal(ao (NASCIMENTO, 2003). Portanto, trata-

se de um esporte 0 qual necessita aperfei<;oar as varias capacidades fisicas de

forma satisfatoria.

Os jogos desportivos coletivos, devido a riqueza que proporcionam,

constituem um meio formativo por exceh§ncia. Atraves de sua pratica sao

desenvolvidas capacidades e habilidades motoras, ao mesmo tempo que a

necessidade de jogar em equipe fomenta as relal(oes grupais, base de

construl(ao do saber estar em sociedade (MESQUITA, 1992).

o objetivo final do jogo e enviar a bola por cima da rede para a meia

quadra oposta, de modo que a equipe adversaria seja incapaz de retorna-Ia,

onde a diniimica do jogo de voleibol caracteriza-se pelas constantes trocas de

posses de bola entre as equipes, nao existindo 0 contato fisico entre os atletas

das equipes oponentes durante a disputa. A (mica maneira de se perturbar a

ordem do sistema concorrente e, justamente, atraves da troca de posse de

bola.

o voleibol e um jogo desportivo coletivo que ocupa um lugar de

destaque na cultura desportiva mundial. E praticado em quase todos os paises

do mundo e, par isso mesmo, considerado juntamente com 0 futebol, um dos

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desportos mais aceitos e praticados na comunidade esportiva (FIVB, 1998,

citado par AFONSO, 2001).

o voleibol e um dos desportos mais diffceis de ser ensinado, bem como

ser praticado, por que "... suas exig€mcias motoras sao atribuidas a uma

sele~ao de estimulos em detrimento de outros (a~6es motoras complexas),

aciclicidade tecnica, au seja, complexidade e polivalencia nas habilidades

motoras para realiza~6es de a~6es indeterminadas e variadas" (MARCONDES,

1999. p. 17 citado por MERCANTE, 2004). Eo considerado um jogo complexo,

pois as seus gestos sao antinaturais, a defesa se faz horizontalmente, tem-se

que rebater a bola com as maos (nao necessariamente) e enfim, porque este e

um esporte onde as regras sao altamente punitivas.

o que mais dificulta a aprendizagem deste esporte e a fato de nao ser

permitido a efetua~ao de mais de tres toques por equipe e apenas um toque

pelo mesmo jogador. Segundo Mercan!e (2004), a relativa dificuldade de

execu~ao dos procedimentos tecnicos reside fundamentalmente nas grandes

exigencias colocadas no dominio e controle gestual, que coexistem tanto no

momenta que antecede 0 contato com a bola como no momenta de cantata,

propriamente dito.

Bento (1986) citado por Mesquita (1995, p 156), citado par Mercante

(2004), destaca algumas exig€mcias que mais dificultam a realiza~ao dos

procedimentos tecnicos, especificos do voleibol:

A adaptar;iio de uma atitude base ou posir;iio fundamental (pelve em anteversiio, pes

ligeiramente afastados, joelhos semi-fletidos, olhar dirigido para eima e para frente).

Esta atitude earaeteriza-se por ser din<limieo, 0 que iria permitir a realiza~iio de

desloeamentos em todas as dire~6es num eerto espa~o de tempo;

o controle das cinturas, pelvico (pelve em anteversiio antes da exeeu~iio dos

proeedimentos teenieos) e escapular (grande solicita~iio da articula~o do ombro),

inerente a realiza~ao de todos os procedimentos;

A regular;ao e independ{mcia segmentar ao nivel dos membros superiores, tanto na

realiza~ao dos deslocamentos, nos quais exercem a fun~o de equilibrio, como nos

batimentos, nos quais assumem a fun~o dominante. A esta exigencia acresce, ainda,

o fato de na execu~ao de alguns procedimentos tecnicos (servi~o e remate) ser distinta

a fun~o dos dois membros superiores, exercendo um deles a fun~o de equilibrador e

o outro a fun~o de membro dominante; A exeeur;ao dos procedimentos tecnicos

pressupoe grande amplitude nos batimentos (ausencia de brusquidao muscular,

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movimentos continuos e amplos com fixa~ao da atitude de extensao na parte final da

execu,:ao do procedimento tecnico);

a seqli{meia eie/ica das a/(oes de desloeamento e de eontato com a bola exige grande

sincroniza.;ao espa~o-temporal entre 0 momento de realiza~ao dos deslocamentos e a

fixa.;ao (travagem) dos apoios, durante 0 contato com a bola.

Segundo Mesquita (1998), de todos os elementos que caracterizam os

jogos desportivos coletivos, destacam-se alguns, que ao serem portadores de

algumas particularidades especificas, contribuem na forma decisiva para 0

enriquecimento multilateral da crian9a:

Aciclicidade tecnica: caracteriza-se por alcan~ar a meta numa s6 fase principal

contrapondo com os movimentos ciclicos, os quais se fonmam por ciclos isolados,

sen do concretizado 0 objetivo do movimento neste tipo de repeti,:ao (MEINEL &

SCHNABEL, 1984, in MESQUITA, 1998);

Carater complexo da tecnica: os procedimentos tecnicos sao realizados em condi~6es

que sofrem con stante muta~ao - sujeito a varia<;oes de ritmo, intensidade e amplitude

gestual. Sao realizados de forma encadeada, adquirindo contornos distintos de forma a

dar resposta a situa~ao imprevisivel surgida em jogo;

Aten.;ao distributiva: aten<;ao dirigida (sele<;ao de uns estimulos em detrimento de

outros);

Incidencia morfoI6gico-funcional: sao exigidas solicita,:6es motoras diversificadas que

produzem efeitos acumulativos - globais e nao seletivos.

Participa<;ao psiquica intensa: devido as caracteristicas peculiares da situa<;ao

competitiva, e exigido aos jog adores grande controle emotivo.

A evolu9ao fisica, tecnica, tatica e psicologica do voleibol acompanhou 0

ritmo e as necessidades da propria modalidade, com os jogadores se

concentrando mais e, sobretudo, evitando maior numero de erros em suas

a90es, seja no ataque ou na defesa. 0 sistema de bloqueio tambem ficou mais

atuante, 0 trabalho de bra90s na fase aerea melhorou e os saltos ficaram mais

altos e coordenados. Ocorreu tambem uma evolu9ao no ataque, com

combina90es de jogadas executadas com bastante eficiemcia, exigindo cada

vez mais dos sistemas defensivos. 0 saque, por sua vez, tornou-se mais

ofensivo e, talvez, 0 fundamento mais importante, sendo necessaria uma

melhora significativa no passe por parte dos adversarios. DUWE e NOVAES

(2004).

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2.2 GESTOS TECNICOS

2.2.1 Toque por cima:

o toque de bola por cima e 0 fundamento mais caracteristico do jogo de

voleibol. Ele e responsavel, na maioria das vezes, pela preparayao do ataque,

ou seja, pelo levantamento. 0 professor deve mostrar aos seus alunos a

importancia de aprender bem esse fundamento, pois apesar de ser uso tipico

dos levantadores, vez por outra, os atacantes sao obrigados a utiliza-Io.

Bojikian (1999, p.100), divide toque por cima do voleibol em tres partes:

A entrada na bola, execuyao e termino:

A entrada na bola: nesta fase inicial, as pernas e brac;:os devem estar semi-flexionados,

com a bola acima da cabec;:a, 0 tronco esta levemente inclinado para frente e as maos

devem estar com os dedos quase que totalmente estendidos, mas de uma forma

arredondada (como uma concha) para melhor acomodar a curvatura da bola.

Execuc;:ao: no instante do toque a bola, todo 0 corpo participa. a contato sera sutil, com a

parte interna dos dedos, com uma pequena flexao de punhos. as brac;:os e as pernas

deverao se estender.

Termino: 0 corpo terminara todo estendido.

2.2.2 Manchete

A manchete e 0 fundamento mais utilizado para a recepyao de saques e

para a defesa de bolas cortadas, pois 0 contado com a bola se faz no ante-

brayo, que suporte melhor os fortes impactos provocados por ela, nestas

situayoes, quando comparado com os dedos que sao utilizados pelo toque.

Para este movimento Bojikian (1999, p. 117) tambem segmenta-o em

tres partes: Entrada sob a bola, ataque a bola e termino do movimento:

Entrada sob a bola: As pernas devem estar como no toque, semi-flexionadas, afastadas

lateralmente em um distanciamento semelhante a largura dos ombros e um pe ligeiramente

na frente do outre. as brac;:os estarao estendidos e unidos a frente do corpo. as dedos

unidos de uma mao devem estar sobrepostos aos da outra, de forma que os polegares

estendidos possam se tocar paralelamente.

Ataque a bola: Nesta fase do movimento, as pernas se estenderao, 0 peso do corpo e

transferido para a perna da frente e os brac;:os permaneceram sem movimento, com a

musculatura enrijecida. a impacto da bola se da no ante-brac;:o.

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Termino do movimento: os bra~os devem permaneeer estendidos ate 0 impaeto com a bola

e as pernas estarao estendidas.

2.2.3 Saque por baixo

o jogo de voleibol inicia-se de urn saque, dando-se urn golpe na bola

solta no ar pelo jogador, que estara atras da linha de fundo, em qualquer lugar

dos 9 metros de comprimento que a quadra possui.

Sao tres tam bern as fases deste gesto tecnico segundo Bojikian (1999,

p.123): Fase preparatoria, Execw;;ao e tenmino do movimento:

Fase preparatoria: em pe, de frente para a quadra adversaria, 0 atleta devera se posicionar

com 0 tronco ligeiramente inelinado a frente, com as pernas em afastamento antero-

posterior a perna eontraria ao lado do bra90, que ira saear, devera estar a frente, num

distanciamento lateral igual a largura dos om bros. A bola devera ser segura com a mao

que nao ira sacar, de modo que esteja quase totalmente estendido. 0 bra90 que golpeara a

bola estara estendido para tras.

Exeeu9ao: a bola sera lan9ada para cima, a frente do eorpo, a uma altura de, no maximo

30 em, e sera golpeada com 0 brac;:oeontrario daquele que lan~ou, que realizara todo 0

movimento em direc;:ao a bola, estando estendido. A mao, ao golpear a bola, tomara um

posicion amen to arredondado, com os dedos unidos e quase estendidos.

Termino do movimento: Com 0 golpe na bola e a transferencia do peso do eorpo para a

perna da frente, ha uma tendeneia natural da perna de tras ser lanc;:ada para a frente, que

deve ser aproveitada para 0 passo que introduzira 0 saeador na quadra de jogo.

2.3 FATOR DESENVOLVIMENTO DAAPRENDIZAGEM MOTORASegundo Galiahue & Osmun (2001), 0 desenvolvimento motor e

caracterizado por mudan<;:as progressivas no comportamento motor durante 0

cicio da vida em conseqGencia das intera<;:oes entre os requerimentos da

tarefa, individualidade biologica e condi<;:oes no meio ambiente".

A aprendizagem motora e definida por Magill (1984, p.12) citado

Mercante (2004), "como uma mudan<;:a interna da pessoa, decorrente de uma

melhoria relativamente permanente em seu desempenho motor, como

resultado da pratica e das experiencias". No conceito de Grosser & Neumaier

(1986), in Afonso (2001), a aprendizagem motora e 0 processo de obten<;:ao,

aperfei<;:oamento e automatiza<;:ao das habilidades motoras, como resultado da

repeti<;:ao sistematica, ou seja, da pratica de uma seqGencia de movimentos de

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II

maneira consciente, procurando alcanyar uma melhora progressiva na

coordenayao entre 0 sistema nervoso central e 0 sistema muscular.

A faixa etaria de aproximadamente 2 (dois) a 6 (seis) anos tem sido

enfatizada por pesquisadores como sendo a fase mais importante do processo

de desenvolvimento motor (TANI et alii, 1998; THOMAS, LEE, THOMAS, 1988;

CAMPOS, 1998, FERREIRA NETO, 1995; GALLAHUE & OZMUN, 2000;

ECKERT, 1993, citado por CAMPOS, 2004). Neste periodo, segundo Ferreira

Neto (1995) citado por Campos (2004), "as crianyas tem em si uma grande

necessidade de se movimentar, e da qualidade de seu comportamento motor

vai depender todo seu processo de desenvolvimento". Quanto maior a

quantidade de movimentos que 0 individuo tiver armazenado em seu acervo

motor, maiores as chances de haver uma identificayao positiva para efeito de

aprendizagem de uma nova habilidade motora.

Na concepyao de Neto (1980) citado por Afonso (2001), 0 movimento e

o ponto chave para que os jovens praticantes encontrem as relayoes

necessarias com 0 seu desenvolvimento motor, permitindo, assim, que eles

aprendam a perceber e a relacionar-se com 0 ambiente, de modo a integrar as

suas vivencias praticas.

A aprendizagem motora tem como objetivo 0 rendimento do movimento

e 0 dominio da execuyao de um gesto motor na formayao tecnico-desportiva

(MEINEL, 1987 citado por AFONSO, 2001).

Ainda na concepyao de Meinel (1984) citado por Afonso (2001), para

que a aprendizagem motora se concretize sao necessarios requisitos

fundamentais que 0 treinador deve ter em considerayao na elaborayao do

processo de ensino aprendizagem. Estes requisitos sao:

o meio ambiente social - e a rela<;:ao e a integra<;:ao do individuo com 0 seu meioambiente, com a sociedade onde este recebe os estimulos, os impulsos, as tracas e asexperiencias de movimentos que s~o realizadas e que vai praporcionar e determinar 0seu grau de aprendizagem e a forma<;:aode habilidades motoras;A linguagem - e 0 momento do ganho e armazenamento do conhecimento que seefetiva por meio das tracas de experiencias do movimento. Importiincia da interven<;:aodo treinador e da capacidade de indagayao do praticante para que a linguagem setome consciente e passe a fazer parte do seu dominio;A atividade de aprendizagem e a motiva({ilo - a aprendizagem ocorre quando 0

praticante esta numa a<;:ao consciente, objetiva e preparado para compreender eaprapriar-se da propria a<;:ao,bem como imbuido de motivayao;A compreensilo da tarefa motora - para realizar e apropriar-se de um movimentosolicitado, 0 praticante necessita de compreender a tarefa motora e 0 porque da sua

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execu~ao. 0 treinador deve conhecer os seus jogadores, os niveis de experie!ncia, acategoria a que pertencem e os seus conhecimentos gerais da pratica. Isto porque,quanto mais compreendida a tarefa for, melhor sera a sua execu.;:ao e apreensao,como tambem mais facil sera de adquirir novas aprendizagens;Feedback - e um requisito fundamental no processo de ensino e aprendizagemmotora, devendo ser fornecido sempre que for necessario e a todo 0 momento pelotreinador, pois e uma forma de apoiar 0 praticante a manter ou a melhorar a sua ayao ea procurar prever as corre~6es e ajustes necessarios;o nivel motor inicial - e um momento em que 0 praticante ja possui um certo nivel derendimento motor, nivel este que determina 0 seu estagio no processo de ensino-aprendizagem e as suas necessidades e requisitos para a aprendizagem de novosmovimentos.

Weineck (1999) citado por Bojikian (2002) demonstra que a prontidao

das capacidades coordenativas ocorre entre os doze anos, porque 0 cortex e 0

cerebelo, orgaos responsaveis por elas, estao, neste momento, em suas fases

principais de desenvolvimento. Ele afirma ainda que, apos essa etapa da vida,

muito pouco se pode fazer para a melhoria das capacidades coordenativas.

Entre os doze, treze anos 0 sistema nervoso ja possui 90 a 95% de sua

fonnna"ao final, de modo que aspectos coordenativos nao conquistados ate

entao, provavelmente nao 0 serao mais tarde (FLECK, 1999 citado por

RAMOS, 2000, citado por BOJIKIAN 2002).

A crian"a difere do adulto sendo mais dependente, sensivel e,

sobretudo, bastante vulneravel a influencia dos outros. Quando ingressa na

inicia"ao ao treinamento, acha-se bruscamente confrontada com uma situac;;ao

nova a qual tera de se adaptar rapidamente. Seus habitos e suas atitudes

passam por transforma,,6es rigorosas quando submetidas as aprendizagens

que demandam 0 treinamento que muitas vezes nao levam em conta as

possibilidades reais, alem de sujeitarem-se as exigencia do desempenho

exacerbado .DUWE e NOVAES (2004).

Weineck (1999) ainda se refere ao fato que fica facil entender, que um

atleta adulto de voleibol tem seu repertorio de solu,,6es muito influenciado pela

vivencia motora propiciada na infancia, e pela intensidade com que as

capacidades coordenativas foram desenvolvidas, quer em quantidade, quer em

qualidade. Ao se lembrar que as tomadas de decisao sao realizadas, em uma

partida, em fra,,6es de segundos, passa-se a entender com mais clareza sua

rela"ao de dependencia com as capacidades coordenativas e as vivencias

motoras anteriores (BOJIKIAN, 2002).

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Segundo Eckert (1993), os incrementos em desempenho fisico sao

devidos agora (fase adulta), principalmente a pratica, treinamento, experiemcia

e interesse. As taxas diferenciais de maturidade do periodo adolescente nao

sao mais um aspecto dominante de desempenho fisico, mas as mudanyas em

estrutura fisica associada com taxas diferenciais de crescimento se tornam de

grande importancia. 0 fisico do individuo se torna um principal determinante do

sucesso em um determinado esporte.

Ainda segundo Eckert (1993), a estrutura fisica e 0 funcionamento

fisiol6gico sao fatores primarios que influenciam 0 potencial do individuo para a

realizayao da tarefa proposta. As tarefas psicomotoras geneticamente

mediadas tais como equilibrio, tempo de reayao de movimento, percepyao de

sinestesia e coordenayao motora tambem influenciam os niveis de

desempenho.

o crescimento durante 0 periodo de adolescencia e a vaga final de

dotayao genetica com respeito a meta de um individuo biologicamente maturo,

e quaisquer incrementos subseqOentes a interrupyao do crescimento estao

confinados aos limites estabelecidos ao termino do crescimento. Com algumas

pessoas, a amplitude de limites e muito maior do que com outras, mas isto,

igualmente, e um aspecto das numerosas diferenyas que fazem cada individuo

unico (Eckert, 1993, p.354).

A capacidade de desempenhar habilidades e uma caracteristica

exclusiva dos seres humanos. Sem capacidade para a performance habilidosa

as pessoas nao poderiam andar, correr, caminhar com uma perna artificial,

rebater uma bola, tocar piano, danyar, ou nao poderiam fazer uma digitayao de

documentos, nem, portanto Ie-las ou altera-Ias.

Todas as pessoas nascem com algumas habilidades e necessitam

somente de um pouco de maturayao e experiencia para produzi-Ias de uma

forma relativamente madura e constante.

A habilidade cognitiva se classifica como uma habilidade para a qual 0

determinante principal do sucesso e a qualidade da decisao do executante em

relayao ao que fazer.

Quanto ao nivel de previsibilidade ambiental, 0 voleibol e caracterizado

como uma habilidade motora aberta, ou seja, aquela executada em ambiente

imprevisivel ou que esta em constante mudanya e que requer que as pessoas \OADA"-~s [ )-\~ t;. \

ii; c·\:::J BIBI.IOHCA :::1S,"",I An1••~Oj;ih ••~~~:"r~5J

J'chal'.V

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adaptem seus movimentos em resposta as propriedades dinamicas dos

movimentos (SCHIMIDT, 2001 citado por MERCANTE, 2004). 0 executante

deve ter a capacidade de resposta as mudanc;:as provocada pelo meio

ambiente.

De acordo com a precisao do movimento, 0 voleibol e definido como

desporto de habilidade grossa. Habilidade grossa e aquela que envolve

grandes grupos musculares na sua execuc;:ao. Movimentos amp los.

E, finalmente, com 0 uso do feedback de controle do movimento, 0

voleibol usufrui a habilidade de circuito fechado - 0 feedback e fornecido

durante a execuc;:ao do movimento.

Greco e Chaga (1992, p.42) citado por Mercante (2004), apresentam

uma ideia resumida da execuc;:ao das habilidades motoras nos desportos

coletivos, onde esta se insere nas "capacidades senso-cognitivas, baseada em

processos psicofisiol6gicos de recepc;:ao, transmissao de informac;:6es, analise

da mesma, elaborac;:ao de uma resposta ate a execuc;:ao da ac;:ao motora

especifica", mostrada pelo atleta.

Greco, citado por Mercante (2004), passou a usar 0 termo processo

ensino-aprendizagem-treinamento, contextualizando assim as ac;:6es motoras

dos atletas que lidam com habilidades abertas em suas modalidades, onde 0

principal seria "a melhoria da capacidade de ac;:aomotora do individuo, atraves

da formulac;:ao de objetivos definidos, 0 que significa uma sistematica aquisic;:ao

de comportamentos motores adaptados a situac;:ao que se vivencia", sendo

assim, valorizar a situac;:ao na qual estas habilidades deverao ser executadas.

Quanto maior for a habilidade motora do executante, mais provavel sera 0

sucesso.

2.4ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM

Os individuos trazem consigo para as situac;:6es de aprendizagem

diferentes niveis de motivac;:ao, tipos de experiemcias e capacidades herdadas.

Tambem iniciam suas experiEmcias de aprendizagem em diferentes niveis ou

estagios de aprendizagem.

Varios autores tem discutido os conceitos de estagios de aprendizagem

por exemplo Adams (1971); Fitts e Posner (1967); Gentile (1972), e embora

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deem diferentes nomes para os estagios as caracteristicas que atribuem aos

aprendizes em cada um dos estagios sao bastante semelhantes.

Segundo Schmidt (2001), os tres estagios sao: 0 estagio verbal cognitivo,

o estagio motor e 0 estagio aut6nomo.

2.4.1 Estagio Verbal Cognitivo

No estagio verbal cognitivo os aprendizes sao confrontados com uma

tarefa inteiramente nao familiar. Gentile (1972) sugeriu, e obter uma ideia geral

do movimento.

Como sugere 0 nome, os aprendizes no estagio verbal-cognitivo passam

muito tempo falando para si mesmos sobre 0 que tentaram fazer e pensando

sobre as estrategias que poderiam funcionar.

Alguns aprendizes engajam-se em uma grande quantidade de conversa

consigo mesmo durante este estagio, guiando-se verbalmente por meio de

suas ayoes. Esta atividade demanda muita atenyao e impede que os individuos

processem outras informayoes tais como estrategias apropriadas e elementos

da forma. Enquanto a atividade cognitiva pode ser eficiente p[ara auxiliarem os

aprendizes a compreender a ideia geral da habilidade, deveria ser evitada a

medida que 0 individuo torna-se mais experiente com a tarefa. As capacidades

verbais e cognitivas dominam durante este estagio. Portanto os individuos que

sao bons em compreender 0 que fazer e como fazer tem vantagem

diferenciada.

Os ganhos de proficiencia no estagio verbal cognitivo tendem a ser

bastante amplos e ocorrem rapidamente, indicando que os individuos estao

rapidamente descobrindo e usando estrategias mais eficientes para a

performance.

As instruyoes, dernonstrayoes e outros tipos de informayao verbal e

visual, sao particularmente beneticas para os aprendizes neste estagio. Urna

meta das instruyoes e de auxiliar os individuos a ver como alguma coisa que

aprenderam ou vivenciaram no passado e de alguma forma semelhante a nova

habilidade que estao tentando aprender. Por outro lado, uma demonstrayao ou

rnodelo visual proporciona aos aprendizes um quadro do padrao de movimento

desejado, que eles podem entao tentar reproduzir com suas proprias ayoes.

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[6

2.4.2 Estagio Motor

Eventualmente, os aprendizes progridem para 0 estagio motor. Tendo

resolvido a maioria dos problemas das estrategia ou cognitivos, e tendo obtido

a ideia geral de como e 0 movimento, 0 foco do aprendiz agora troca 0

refinamento da habilidade pela organizal(ao mais eficiente dos pad roes do

movimento para produzir a al(ao. Fittis e Posner (1967) chamam este estagio

de "estagio associativo", e Gentile (1972) intitua-o de "estagio de fixal(ao

Idiversifical(ao", sugerindo que 0 foco do aprendiz e para" associar, fixar ou

diversificar" ou qualquer outra coisa que seja necessaria para 0 refinamento da

habilidade.

o refinamento da habilidade de um individuo e levemente diferente para

movimentos rapidos do que os movimentos lentos.. Se a habilidade requer

movimentos rapidos, 0 individuo comel(a a construir 0 programa motor para

atingir as exigencias de movimento. Se a habilidade envolve movimento mais

lentos, os aprendizes tornam-se mais habeis no processamento e no uso dos

feedback produzidos pelo movimento para controlar a al(ao. Da mesma forma 0

refinamento e diferente para habilidades fechadas e para habilidade abertas.

Se os movimentos sao realizados num ambiente previsivel, os aprendizes

pod em "fixar-se" na reprodul(ao das mesmas ac;:oes cada vez. Entretanto, se os

movimentos devem ser adaptados para satisfazer as demandas de um

ambiente que se modifica, os aprendizes devem comel(ar a "diversificar" suas

al(oes em reposta a uma variedade de condil(oes ambientais.

Durante 0 estagio motor, ha aspectos que se modificam, muitos dos

quais estao associados com a produl(ao mais eficiente dos pad roes de

movimento. Os aprendizes demonstram mais consistencia a medida que suas

estrategias para 0 refinamento de habilidade tornam-se mais sutis e seus

movimentos tornam-se mais "marcados" e "estaveis". Eles se tornam mais

eficientes na produl(ao de seus movimentos ; as vezes parece que eles estao

realizando quase sem esforl(o. 0 falar consigo mesmo torna-se menos

freqOente. Conforme os individuos, descobrem regularidade no ambiente.

2.4.3 Estagio Aut6nomo

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Ap6s uma pralica exlensiva, alguns aprendizes enlram no eslagio

autonomo, onde sao capazes de produzir suas ayoes quase automaticamente,

quase sem nenhuma atenyao. Esses individuos desenvolvem seus programas

molores a tal nivel que podem usa-los para controlar suas ayoes por um longo

periodo de tempo. Eles nao tem que pensar sobre lodos os componentes da

habilidade que estao executando.

Os individuos nesse estagio tambem demonstram a automaticidade

aumentada nas suas analises sensoriais de pad roes ambientais. Essa

habilidade libera os pralicanles habeis para encorajarem-se em atividades

cognitivas de alta ordem, como em frayao de segundo trocar estrategias ou

ajustamentos espontaneos na forma ou estilo de um movimento.

Durante 0 estagio autonomo, 0 aumento na autoconfianc;:a e na

capacidade de detectar erros nos movimentos, toma-se altamente

desenvolvido. Os individuos ocupam-se muito menos em falar consigo mesmo

enquanto produzem seus movimentos. Os praticantes mais habeis que falam

consigo mesmo geralmente sofrem quebra na sua perfonmance. 0 falar

consigo mesmo pode ser evidenciado em relac;:aoaos aspectos de alta ordem

da tarefa.

Melhoras na performance sao mais dificeis de serem detectadas durante

este estagio porque os individuos estao alcanc;:ando os limites da capacidade ..

Todavia os movimentos sao caracterizados por uma aumentada

automaticidade ou processamento automatico; reduzindo esforc;:o fisico e

mental, e estilo e forma melhorada.

2.5 METODOLOGIA CENTRO REXONA ADES DE VOLEIBOL

o Coordenador geral do Centro Rexona-AdeS de Voleibol e Bernardo

Rocha de Rezende, 0 Bernardinho, tecnico da selec;:aobrasileira masculina de

voleibol e tecnico da equipe feminina do Rexona-AdeS de voleibo!.

Criado em 2003 pelo tecnico medalha de ouro nas Olimpiadas de

Atenas, Bernardinho, 0 Instituto Compartilhar e uma organizac;:ao sem fins

economicos, com titulac;:ao de OSCIP, que tem como objetivo 0

desenvolvimento humane atraves do esporte. Em 2005, 0 Instituto Compartilhar

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passou a gerenciar as atividades do Centro Rexona-AdeS de Voleibol no

Parana.

2.5.1 0 que e Centro Rexona AdeS de Voleibol

Projeto pioneiro que utiliza 0 v61ei como ferramenta de desenvolvimento

humano. Teve seu inicio em 1997, no Parana, fruto da parceria entre 0 tecnico

Bernardinho, a empresa Unilever e 0 Governo do Parana. Essa iniciativa foi

expand ida, sendo que os 26 nucleos de forma«ao s6cioesportiva no Parana

sao gerenciados pelo Instituto Compartilhar e 11 nucleos, em Sao Paulo e Rio

de Janeiro, gerenciados pelo Instituto Esporte Educa«ao.

o objetivo do Centro de Rexona-AdeS de Voleibol e contribuir para

transformar a vida e a perspectiva de crian«as e jovens de comunidades

carentes atraves dos valores do esporte. Desde a sua funda«ao, foram

atendidas nos tres estados, 20 mil crian«as e jovens nos nucleos de forma«ao.

Outras 28,2 mil crian«as e 3.500 professores de Educa«ao Fisica, a maioria da

rede publica de ensino, participaram de festivais e clinicas de v61ei em varios

estados do Brasil.

o Centro Rexona-AdeS de Voleibol tern como missao 0

desenvolvirnento humane atraves dos valores do esporte voleibol.

2.5.2 Metodologia vencedora :

A metodologia que 0 professor Helio Griner acredita ser a melhor para 0

aprendizado do voleibol e bern sirnples e objetiva. Ela preconiza 0 aprendizado

de uma maneira ludica. Todas as categorias (Baby, Mini, V6lei, 4x4 e V6lei)

seguem a mesma metodologia de ensino, sendo assim cada aula e dividida em

tres momentos: desenvolvimento da tecnica individual, desenvolvimento da

tatica do jogo, e 0 jogo propriamente dito.

A tecnica individual consiste no desenvolvimento dos fundamentos

basicos do voleibol como toque, manchete, etc. Nesta fase da aula as crian«as

faraD exercicios com dinamismo buscando a evolu«ao tecnica com diversao, de

uma forma descontraida.

o desenvolvimento da tatica do jogo, conscientiza«ao dos alunos para

as diversas possibilidades taticas que 0 jogo apresenta. Isso possibilita urn

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maior conhecimento das crianyas sobre 0 jogo, 0 que facilita na hora da

pratica.

o jogo propriamente dito e 0 objetivo principal de todos os alunos. Para

que esse momento seja prazeroso para eles, os outros dois momentos da aula

deverao ser bern aproveitados.

Ap6s dez anos do Centro Rexona-AdeS do voleibol, observa-se e que a

metodologia escolhida no inicio do projeto e aprimorada com 0 decorrer dos

anos foi a melhor. Hoje em dia tem-se inumeras crianyas praticando 0 voleibol

em clubes do Parana, algumas inclusive participando de seleyoes estaduais.

Tambem encontram-se crianyas que comeyaram a jogar conosco e que

hoje estudam Educayao Fisica e trabalham com 0 voleibol; alem de outras

inumeras crianyas que se apaixonaram pelo v6lei, conseguiu-se durante oito

anos manter uma media de tres mil e quinhentas crianyas praticando voleibol

no Estado do Parana, mais urn fator que comprova 0 sucesso do Centro

Rexona Ades como urn todo.

2.5.3 Dimensoes da quadra, idade, altura da rede e formas de jogo porcategoria:

CATEGOR1A IDADE JOGO TAMANHO N°DE ALTURADE ALUNOS DAREDE

QUADRA (por *turma)

8aby- V61ei 8 a 10 2x2 3,5 x 3,5 m 24 1,80 a2,00m

Mini - V61ei 10 a 12 3x3 4,5 x6,0 m 24 2,00 a2,15m

4x4 12 a 13 4x4 7,0 x 7,0 m 20 2,10 a 2,20m

V61ei 13 a 14 6x6 9,0 x 9,0 m 20 2,20 a 2,30

*Altura da rede - A variayao de altura acontece de acordo com seus alunos e 0trabalho que esta sendo realizado.

2.5.4 Estruturayao das turmas

o numero de alunos por turma e determinado pelo tamanho da quadra e

pelo numero de quadras. Por exemplo, na categoria baby, supondo tres

quadras, 0 numero maximo de alunos por meia quadra, visando urn born

aproveitamento da aula, sera de dois alunos mais urn na reserva, total de 6

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alunos por quadra. Em tres quadras sao 18 alunos. Na categoria mini 3 x 3 sao

3 alunos mais um reserva, um total de 8 alunos por quadra, e 24 alunos por

turma. Ja 0 4 x 4 podemos realizar a aula em uma quadra ou duas quadras. 0

ideal seria em 2 quadras com 10 alunos em cada, totalizando 20 alunos.

o objetivo maior em se determinar 0 numero maximo de alunos por

turma e evitar muitas filas ou crian<;:as esperando para 0 jogo. A medida que a

crian<;:a vai evoluindo, em qualquer momento do ano, e transferida para uma

turma, mais forte da mesma categoria ou passa a fazer aula na proxima

categoria. Mesmo uma crian<;:a que nao conseguiu um bom desenvolvimento,

de acordo com a sua idade, e do tempo em que esta nesta categoria, ela e

remanejada para uma turma mais proxima, ou igual ao seu nivel de habilidade.

Tal procedimento e utilizado para se evitar uma desmotiva<;:ao da crian<;:a.

2.5.5 Estrutura<;:ao da aula

As aulas acontecem duas vezes por semana com uma hora de dura<;:ao. A

aula e dividida basicamente em tres partes:

• 1" parte. Parte Inieial.

2" parte . Constru~iio do jogo.

• 3" parte. Desenvolvimento do jogo.

o objetivo principal desta metodologia e fazer com que a crian<;:a jogue,

pois 0 jogo e 0 maior fator de motiva<;:ao para quem inicia. Alem disso,

buscamos com que a crian<;:a tenha 0 maior contato possivel com a bola

durante estes 50 minutos. Os conteudos sao desenvolvidos de forma dinamica,

com bastante movimenta<;:ao, fazendo com que a crian<;:a 0 tempo todo vivencie

situa<;:oes de jogo e aprenda a desenvolver 0 jogo.

Parte Inicial . (15 minutos)

o aquecimento e utilizado para 0 desenvolvimento de habilidades

motoras gerais e especificas, capacidades fisicas de forma mais

individualizada. Procurando a cad a aula utilizar atividades motivadoras

(atividades ludicas) para que seja alcan<;:ado este objetivo.

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Para possibilitar uma maior vivencia dos gestos tecnicos e fundamento

do voleibol, passa a ser interessante uma bola para cada crian~a durante os

trabalhos individualizados.

Obs: respeitando sempre a realidade de cada institui~ao.

Constru~ao do jogo . 30 minutos (e pausa para agua)

E 0 momento em que os fundamentos sao combinados e aplicados em

situa~ao de jogo. Desenvolvem os fundamentos junta mente com as

movimenta~6es sem bola. E a parte que mais se aproxima do jogo.

A crian~a realiza duas ou mais a~6es, combinando deslocamento e

fundamento, ou um fundamento com outro fundamento. A complexidade, 0

ritmo dos exercicios e 0 aumento do numero de coes acompanham 0 nivel e 0

desenvolvimento da turma.

Realizamos 3 a 4 exercicios no maximo para que haja assimila~ao dos

conteudos.

Os exercicios sao construidos a partir de uma situa~ao de jogo, e sao

incorporados outros elementos ou a~6es, em progressao.

A corre~ao do gesto tecnico e focada em um ou dois pontos criticos do

Fundamento, de acordo com objetivo de cada aula.

o dinamismo dos exercicios possibilita 0 desenvolvimento do raciocinio

rapido, concentra~ao e a coopera~ao dos alunos.

2.6 Baby v6lei

o jogo 1 x 1 em menor espa~o evita aglomera~ao e exige a

movimenta~ao do iniciante em rela~ao a bola. As a~6es motoras desta etapa

sao caracterizadas pelas habilidades agarrar, lan~ar e bater na bola

procurando cumprir os objetivos: enviar a bola por cima da rede, dosar a

energia transmitida a bola, dissociar a a~ao dos membros em rela~ao ao

tronco, adquirir no~6es elementares da rela~ao espa~o e tempo.

o jogo 2 x 2 e mais social, pois passa do individual para a rela~ao com 0

outro. E um jogo bem caracteristico da faixa de 8 a 10 ano, pois acentua a

coopera~ao e comportamento tatico de defesa e ataque juntamente com um

desenvolvimento da visao/observa~ao do companheiro e adversarios.

Regras basicas:

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Saque por baixo;

•• Bola de mini-v6lei 4.0 Tashikara

Proibido tocar na rede;

• Nao ha bloqueio;

• Proibido pisar na linha no momento do saque;

Nao tern invasao por baixo, somente por cima;

9 Estimular os tres contatos com a bola.

2.6.1 Fundamento Tecnico - Caracteristicas Pontos Chaves

TOQUE

- Gesto tecnico

- Passe

- Levantamento

- Entrada do corpo sob a bola;

- Posigao das maos;

- Extensao dos bragos no final do movimento.

SAQUE

- Gesto tecnico do saque por baixo;

- Dominio do saque.

- Passar a bola par cima da rede, dentro da quadra.

MANCHETE

- Gesto tecnico;

- Postura media e baixa.

- Bragos estendidos;

- entrada com 0 quadril atras da bola.

ATAQUE (LARGADA) - Saltar com os dois pes;

- Brago esticado.

- Empurrar a bola no ponto mais a/to.

HABILIDADES GERAIS - Lan9ar, bater, rebater. - Criar oportunidades para

aumentar 0 acervo motor.

22

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3METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

Esse trabalho se caracteriza como sendo pesquisa descritiva e

comparativa.

3.2 DESCRI~AO DO UNIVERSO

A popula<;ao deste estudo serao os alunos de 9 e 10 anos de idade

praticantes de volei do Ntic!eo Tuiuti do Centro Rexona Ades de Voleibol de

Curitiba. A amostra deste estudo sera composta de 20 crian<;:as, da turma do

Baby-voleibol.

3.3 MATERIAlS E INSTRUMENTOS

Os instrumentos desta pesquisa serao fichas de observa<;:ao da

aprendizagem motora do gesto tecnico do toque, manchete e saque por baixo

(Ap€mdice 2). A ficha foi previamente validada por um professor especialista na

area (Apendice 1). A coleta de dados foi feita em um dia pre- determinado no

horario normal de aula dos alunos.

3.4 ANALISE DOS DADOS

De forma interpretativa e estatistica simples.

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4 RESULTADOS E DISCUSSOES

GRAFICO 1 APRENDIZAGEM MOTORA DO TOQUE

Estagio da aprendizagemmotora

I

I::~:::ti~ll!IIIIAutonomo I'--- -- --- -I

__ - - 1

Aprendizagem Motora do Toque

Na analise da aprendizagem motora do toque pode-se observar que a

maioria das crian<;:as se encontram no estagio aut6nomo, 14 crian<;:as = 70%, no

qual embora mais sutil ainda observa-se pequenos erros tecnicos, ja no estagio

associativo encontram-se apenas 5 crian<;:as ou seja 25% e apenas uma no

estagio cognitivo_

o fato do toque ser, 0 primeiro gesto tecnico a ser trabalhado no baby-

volei, indica uma certa facilidade e tambem uma maior tempo de aprendizado

para as crian<;:as.

GRAFICO 2 ERROS MAIS FREQUENTES NO TOQUE

r - --,:mft&pernases~oafastadas, !

Erros mais frequentes no Toque I •um po esLl a trente II I~I)Acurvatura lombaresta em :r-~----._----------------! posiyaoneutra t

I -- 100. dedo, ••tao .eparados Ileo polegar \oOltado para II I bailD

.0 k mAos afastadas, com as II'

pa.lmas com c6nca'oO

__ 11No cantata com a bola, os I1 dedos tocaram: corretament~

!€ICo~~los e punhos, es lAo Ifte)1onados

50%

en 40%0

'" 30%.2.,•• 20%-0

,,0: 10%

0%

Erros mais frequentes

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Os erros mais freqOentes no gesto tecnico do toque no baby volei sao: 0

contato dos dedos na bola, no qual 40% das criangas apresentaram

dificuldade; Manter as pernas afastadas e um pe a frente do outro, 35% dos

alunos nao realizavam; 20% dos alunos nao flexiona os cotovelos e punhos

acompanhando a descida da bola em diregao a testa.

GRAFICO 3 - APRENDIZAGEM MOTORA DA MANCHETE-- -' -.-- --- --.---.--- ---lAprendizagem motora da manchete

I~ 75% ,----~-~ --------------------1

~50%i I I•• 25% 1 D I'~ 0% -l--r:::==:::L_,.-_ - ,.-- ---

.,:,,0''1;''''

q-,&''?-

,,~~' d d' I""""gIOS a apren Izagem I

._.. ._. ~~~: ...._..JNo processo de aprendizagem da manchete observa-se que 70% das

criangas observadas (14 alunos) encontram-se no estagio associativo da

aprendizagem motora, 25% (5 alunos) esta no estagio autonomo e apenas

aluno equivalente a 5% esta no estagio cognitivo.

A manchete e um gesto tecnico um pouco mais complexo que a

aprendizagem do toque no processo de aprendizagem, assim a automatizagao

do movimento pode ser um pouco mais lenta.

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GRAFICO 4 - ERROS MAIS FREQUENTES NA MANCHETE--------,

!Erros rna is frenquentes na rnancheteI

100% l

II) 80%0I: 60%::liiiQ) 40%'C

~ 20%

0%

m 0 tronco eslB inclinado pars Ifrente

III No rromenta de elTpurrar abola, houve transfer~nciada)perna de tres para frente 1

o 0 tranco perrreneceuincUnado c1 frente dUrante 0cantata com a bola

Erros mais frequentes

o Todo corpo esta de frente alocal onde deseja e"llurrar a

bola I-----~

Observa-se que os erros mais frequentes no processo de aprendizagem

da manchete sao: permanecer com 0 tronco inclinado durante 0 contato com a

bola (85% dos alunos comentem este errol; A transferemcia do peso da perna

de tras para a perna da frente no momento de empurrar a bola, no qual 80%

dos alunos cometem esta falha e 20% das crian<;:as nao iniciam 0 movimento

da manchete com 0 tronco inclinado a frente.

GRAFICO 5 - APRENDIZAGEM MOTORA DO SAQUE POR BAIXO

~ 1~~~ I n Iiii 50%••

"C 25%

;!. 0% "-----,-- .•--..--'--"--',

Aprendizagem Motora do Saque porBaixo

Estagio da aprendizagemmotora

Nota-se que 80% das crian<;:as (15 alunos) estao no estagio autonomo

da aprendizagem motora do gesto tecnico e 20% (5 alunos) ainda estao no

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estagio associativo. Este gesto tecnico nao apresenta maiores dificuldades na

sua execu<;:ao por isso e facilitada sua exeCU9aO.

GRAFICO 6 - ERROS MAIS FREQUENTES ENCONTRADO NO SAQUE POR

BAIXO

~~os ma~~;~~;~~·~~~:;~r~iXO ---------175%L ! 1m Os joelhos -;;-;tao --jl

~ I n II semi-ftexionados I:.2 50% :co " "110 tt"lQ) 25% ' I ronco es a i; 0

0

; I D. inclinado para frente :

o , 1°0 braC(ode ataque IIterminou estendido iii:

Erros mais frequentes l_ frente ct.0~orpo.. iL __

o erro mais cometido durante a aprendizagem do gesto tecnico do

saque por baixo esta em nao terminar 0 movimento do bra90 de ataque

estendido a frente do corpo no qual 70% das crian9as cometem esta falha,

assim como 25% dos alunos, nao flexiona os joelhos na hora de executar 0

saque e 5% dos alunos realiza 0 movimento sem inclinar 0 tronco a frente

durante a eXeCU9aOdo movimento.

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5 CONSIDERAC;6ES FINAlS

Conclui-se atraves dos resultados obtidos que, a maioria das crianc;;as,

durante a iniciac;;ao do voleibol apresentam uma dificuldade maior de

automatizac;;ao do gesto tecnico da manchete em relac;;aoao toque e saque por

baixo. Tal fato pode ocorrer devido a grande quantidade de detalhes durante

sua exeCUC;;ao,requerendo assim um pouco mais de atenc;;ao por parte dos

executantes.

Outro fator que deve ser levado em consideraC;;ao e 0 fato que as

crianc;;as iniciam 0 contato com 0 esporte aprendendo inicialmente apenas 0

toque por isso sua maior familiarizaC;;ao.

Observou-se tambem alguns pontos chaves na execuc;;ao do gesto

tecnico do toque, da manchete e do saque por baixo, no qual a maioria das

crianc;;assentem dificuldade em realizar.

Embora a maioria das crianc;;as ja se encontrarem no estagio Autonomo

da aprendizagem motora, muitos ainda apresentam deficiencia em pontos

especificos do gesto tecnico do toque, entre eles: as pernas nao estavam

afastadas, e um pe estava a frente do outro; a curvatura 10mbar nao

permanecia em uma posiC;;aoneutra; os dedos nao estavam separados e 0

polegar ligeiramente voltado para baixo formando quase um triiingulo entre os

polegares e indicadores; as maos nao permaneciam naturalmente afastadas,

com a palma da mao voltada para cima e em concavo; no contato com a bola,

os dedos nao tocaram corretamente (os dedos medios, indicadores e polegares

sao a base para tocar e os anulares e minimos servem de apoio; os cotovelos

e punhos, nao permaneceram flexionados acompanhando a descida da bola

em direc;;aoda testa.

Ja em relaC;;aoao gesto tecnico da manchete a maioria das crianc;;as se

encontra no estagio associativo, no qual os erros aparecem com uma

freqOencia pouco maior, tais como: 0 tronco nao esta inclinado para frente; no

momento de empurrar a bola, nao houve transferencia da perna de tras para

frente; 0 tronco nao permaneceu inclinado a frente durante 0 contato com a

bola; nao estavam com todo corpo de frente ao local onde desejavam

empurrar a bola.

Na analise do saque por baixo, concluiu-se que a maioria das crianc;;asja

tem automatizado 0 gesto tecnico, ou seja, se encontram no estagio Autonomo,

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porem pequenas falhas tambem sao encontradas: as joelhos nao estavam

semi-flexion ados; 0 tronco nao estava inclinado para frente, a bra<;o de ataque

nao terminava estendido a frente do corpo.

Os erros sao inevitaveis durante a processo de ensino aprendizagem e

na maioria das vezes, sao tao sutis que nao chegam a comprometer a

performance do aprendiz, porem deve-se tentar minimizar ao maximo tais

dificuldades.

Sugere-se que sejam realizadas analises dos fundamentos

periodicamente pelos professores, pais uma vez identificado as maiores

dificuJdades, pode-se direcionar as aulas e corrigir tais defeitos melhorando

assim a automatiza<;ao correta do movimento.

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-.APENDICE 1

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PARECER SOBRE INSTRUMENTO PARA A COLETA DE DADOS DETRABALHO DE CONCLUsAo DE CURSO

Caro (a) professor (a), _

Considerando suas areas de atuar;:ao academica e profissional, eu,

_~~--~~---~~--~-~------~-~' venho, pormeio desta, solicitar sua avaliayao sobre 0 instrumento por mim elaborado (emanexo), para a realizayao da coleta de dados do meu Trabalho de Conciusao deCurso intitulado _

_____________________ , cujo objetivo geral sera

Agrader;:o desde ja sua prestimosa contribuir;:ao,

Assinatura do (a) academico (a)

FavoravelFavo ravel com su estoesNao favoravel

Sugestoes:

Assinatura do (a) professor (a) avaliador (a)

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APENDICE 2

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Ficha de aprendizagem motora

Nome:~~~ __ ~~ __ ~~~~~Data: --.!__,__ Sexo: ( ) F ( ) M

Idade: _

• POSICAo INICIALPernas afastadas, um pe a frente, no prolongamento da linha dos ombros;quadril encaixado; cabe<;:a ligeiramente inclinada pra tras; bra<;:os semiflexionados, naturalmente separados acima e a frente do rosto e punhos semiflexionados; dedos separados, com 0 polegar ligeiramente voltado pra baixo,formando quase um triangulo entre os polegares e indicadores; maosnaturalmente afastadas, com a palma da mao levemente voltada para cima eem concavo.(BOJIKIAN, J. C. M. Ensinado Voleibol.p.100.Editora Phorte, 1999.)

1 - As pernas estao afastadas, e um peesta a frente?2 - A curvatura 10mbar esta em

( ) SIM ( ) NAO

( ) SIM ( ) NAoposiyao neutra?3 - A cabeya esta ligeiramente inclinada pra ( ) SIM ( ) NAOtras?4 - Os cotovelos estao semi flexionados, () SIM ( ) NAOnaturalmente separados acima e a frentedo rosto e punhos semi flexionados?5 - Os dedos estao separados, e 0 polegar ( ) SIM ( ) NAOligeiramente voltado pra baixo, formandoquase um triangulo entre os polegares eindicadores?6 - As maos estao naturalmente afastadas, ( ) SIM ( ) NAOcom as palmas levemente voltadas para cimae em concavo.7 - No contato com a bola, os dedos tocaram ( ) SIM ( ) NAOa bola corretamente (os dedos medios,indicadores e polegares sao a base para tocar,e os anulares e minimos servem de apoio)?8 - Os cotovelos e punhos, estao flexionados ( ) SIM ( ) NAOacompanhando a descida da bola em direyao a testa?9 - A forca maior foi executada por ombros. ( ) SIM ( ) NAO

COGNITIVO () ate 59%

ASSOCIATIVO ( ) de 60 a 80 %

AUTONOMO ( ) de 80 a 100%

( Fitts e Posner, 1967)

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Ficha de aprendizagem motora

Idade: _Nome: ---,------,-----::c-------,-:-=----,------,---::-:-Data: _1_1_ Sexo ( ) F ( ) M

Manchete

POSICAo INICIALPernas semi flexionadas e separadas um pouco mais que a abertura dosombros, tendo um pe a frente do outro; tronco inclinado a frente; quadrilencaixado; brac;:os estendidos e unidos a frente do corpo e acima dos joelhos;maos em 'empunhadura de manchete', com punhos flexion ados para baixo.08S: EMPUNHADURA DE MANCHETECom as palmas das maos voltadas para cima, colocar os dedos sobre dedos, unindo ospolegaressobre os outrosdedos, segura-losfirmes e apertados,tendo os punhos flexionados.(BOJIKIAN, J. C. M. Ensinado Voleibol.p. 117.Editora Phorte, 1999.)

) SIM ( ) NAo) SIM ( ) NAo

)SIM ( )NAo

)SIM ( )NAo

)SIM ( )NAO

)SIM ( )NAo

1- 0 tronco est:.'!inclinado a frente?2 - A curvatura 10mbar esta emposic;:aoneutra?3 - Os brac;:osestendidos e unidos afrente do corpo e acima dos joelhos?4 - As maos estao em 'empunhadurade manchete', com punhos flexionadospara baixo?5 - A bola tocou os antebrac;:os(acimados punhos)?6 - No momento em que a bola foi'empurrada' para frente, houve atransferencia da perna de tr<is a frente?7 - 0 tronco ficou inclinado? ( ) SIM ( ) NAo8 - No fim do movimento, todo 0 corpo ( ) SIM ( ) NAoesta de frente ao local que se desejaenviar a bola?

COGNITIVO () ate 59%

ASSOCIATIVO ( ) de 60 a 80 %

AUTONOMO ( ) de 80 a 100%

l FItts e Posner, 1967)

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Ficha de aprendizagem motora

Idade: _Nome:~~ -= ~~~~~Data: _1_1__ Sexo: ( ) F ( ) M

SAQUE POR BAIXO

• POSICAO INICIALPernas semi flexionadas, afastadas aproximadamente na abertura dos ombros,sendo uma a frente; tronco inclinado a frente; quadril encaixado; bravo semiflexionado a frente do corpo, apoiando a bola na palma da mao(correspondente a perna que esta a frente); 0 outro bravo ao lade e atras docorpo; mao aberta com os dedos estendidos e separados, mao espalmada(correspondente a perna que esta atras).(BOJIKIAN, J. C. M. Ensinado Voleibol.p.123.Editora Phorle, 1999.)

1 - Os joelhos estao semiflexionados?2 - 0 tronco esta inclinado a frentre?3 - A curvatura 10mbar esta em

) SIM ( ) NAo) SIM ( ) NAo) SIM ( ) NAo

posic;:aoneutra?4 - Um dos bra90s esta com 0 cotovelo () SIM ( ) NAosemiflexionado a frente do corpo, apoiando a bola?5 - 0 outro bra90 esta ao lade e atras do ( ) SIM ( ) NAocorpo com a mao aberta com os dedosestendidos e separados?6 - 0 bra90 que ataca a bola faz um ) SIM ( ) NAomovimento pendular?7 - 0 bra90 que atacou atingiu a bola ) SIM ( ) NAono meio ou embaixo?8 - 0 bra90 do ataque terminou estendido ) SIM ( ) NAoa frente do corpo?

COGNITIVO () ate 59%

ASSOCIATIVO ( ) de 60 a 80 %

AUTONOMO ( ) de 80 a 100%

Fitts e Posner. 1967)