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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DANIELA KUCZAR FERREIRA AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO MUNICIPIO DE IRATI CURITIBA 2017

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

DANIELA KUCZAR FERREIRA

AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO MUNICIPIO DE IRATI

CURITIBA

2017

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DANIELA KUCZAR FERREIRA

AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO MUNICIPIO DE IRATI

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

curso de Medicina Veterinária da Faculdade de

Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade

Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para

obtenção do Título de Médica Veterinária.

Orientador Acadêmico: Professora Drª. Anderlise

Borsoi.

Orientador Profissional: Osni Luis Garszareck.

CURITIBA

2017

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Reitor

Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos

Pró Reitor administrativo

Srª Camille Rangel

Pró-Reitora Promoção Humana

Prof. Ana Margarida de Leão Taborda

Pró-Reitor de Planejamento

Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos

Diretor de Graduação

Prof. João Henrique Faryniuk

Secretário Geral

Sr. Bruno Carneiro da Cunha Diniz

Coordenador do Curso de Medicina Veterinária

Prof. Welington Hartmann

Supervisor de Estágio Curricular

Jesséa de Fátima França

CAMPUS PROF. SIDNEY LIMA SANTOS (BARIGÜI)

Rua Sidney A Rangel dos Santos 238

Bairro: Santo Inácio

CEP 82.010-330

Curitiba – Paraná

Telefone:(41)3331-7700

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TERMO DE APROVAÇÃO

DANIELA KUCZAR FERREIRA

AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO MUNICIPIO DE IRATI

Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado como requisito

parcial para a obtenção do titulo de Medico (a) Veterinário (a) pela banca

examinadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, ____ de __________ de 2017.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Profa. Drª. Anderlise Borsoi

Presidente

__________________________________________

Prof.MSc. Jesséa de Fátima França

__________________________________________

Prof. Dr. Celso Grigoletti

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DEDICATÓRIA

Dedico a minha mãe (in memoriam) por tudo que me ensinou e fez por mim, e

que não teve a oportunidade de presenciar a concretização deste sonho, porem,

tenho a certeza que me ajudou, me dando a força necessária para chegar até aqui.

...”não é sobre chegar no topo e saber que venceu, é ver que VOCÊ me

ajudou a trilhar cada caminho meu”.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a meu pai, por toda assistência e força necessária para que eu

seguisse e realizasse este sonho.

A minha orientadora acadêmica, Dra. Anderlise Borsoi, pela dedicação e

generosidade, demonstrando seu amplo conhecimento, e sendo essencial para

conclusão do mesmo, me ajudando e dando atenção em todos os momentos que

necessitei.

Não poderia deixar de agradecer a meu orientador profissional Osni

Garszareck, e toda a equipe da vigilância sanitária, por toda ajuda e conhecimento

transmitidos, por ter mostrado o caminho correto a seguir, de forma única e

exemplar.

A minha família, e a todos os meus amigos, com um agradecimento em

especial para Francieli Zanlorenzi, Kamila Charello Simão, Luciano Francisco

Vicente, Nicole Pockrandt e a Marriê Cavalli, que foram e são essências para que eu

chegasse até aqui.

A todos, muito obrigada.

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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da

Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de

Medico (a) Veterinária (a), é composto pelo Relatório de Estágio, onde são descritas

as atividades realizadas durante o período de 06 de fevereiro a 12 maio de 2017, na

Prefeitura Municipal de Irati – PR, no departamento da Vigilância Sanitária, local de

cumprimento do Estágio Curricular e apresenta revisão bibliográfica sobre as ações

da vigilância sanitária.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12

2 DADOS SOBRE ESTÁGIO .................................................................................... 14

2.1 ORIENTADOR ACADÊMICO .............................................................................. 14

2.2 ORIENTADOR PROFISSIONAL ......................................................................... 14

2.3 HORAS DE ESTÁGIO ......................................................................................... 14

2.4 DADOS SOBRE O LOCAL DE ESTÁGIO ........................................................... 14

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO DE ESTÁGIO CURRICULAR

OBRIGATÓRIO ......................................................................................................... 16

4 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 17

4.1 HISTÓRICO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO BRASIL...................................... 17

4.2 VIGILÂNCIA SANITÁRIA .................................................................................... 19

4.3 A IMPORTÂNCIA DO MÉDICO VETERINÁRIO NA SAÚDE PÚBLICA .............. 20

4.4 PROTEÇÃO A SAÚDE........................................................................................ 21

4.5 PROCESSO ADMINISTRATIVO SANITÁRIO .................................................... 22

4.6 OS NÍVEIS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO BRASIL ....................................... 23

4.7 CAMPO DE ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ........................................ 24

4.7.1 Produtos e serviços relacionados à saúde ....................................................... 24

4.7.2 No meio ambiente............................................................................................. 25

4.8 AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ................................................................. 25

4.8.1 Cadastramento ................................................................................................. 25

4.8.2 Inspeção Sanitária ............................................................................................ 26

4.8.3 Investigação Sanitária de Eventos ................................................................... 26

4.8.4 Monitoramento de produtos e outras situações de riscos ................................ 26

4.9 DETALHAMENTO DAS AÇÕES DA VISA .......................................................... 26

4.9.1 Estabelecimento que manipula e serve alimentos ............................................ 26

5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO DE ESTÁGIO

CURRICULAR OBRIGATÓRIO ................................................................................ 28

5.1 VISTORIAS EM RESTAURANTES/ LANCHONETES/ PANIFICADORAS/

PIZZARIAS/ ESCOLAS/ HOTEL. .............................................................................. 28

5.2 VISTORIAS MERCADOS E AÇUGUES.............................................................. 29

5.3 MONITORAMENTO DO VÍRUS DA RAIVA ........................................................ 31

5.4 DENÚNCIAS ....................................................................................................... 32

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5.4.1 Criação de galinhas .......................................................................................... 32

5.4.2 Reclamação de criação de animais .................................................................. 33

5.4.3 Carne de caça .................................................................................................. 33

5.4.4 Maus tratos a animais ...................................................................................... 34

5.4.5 Flagrante de transporte irregular de carnes e embutidos ................................. 36

5.4.6 Idosa em situação de risco iminente ................................................................ 36

5.5 INFORMES VISA MERCADOS ........................................................................... 38

5.6 APLICAÇÃO RESOLUÇÃO SESA nº 469 ........................................................... 39

5.7 ASSISTÊNCIA VETERINÁRIA AO CANIL DA GUARDA MUNICIPAL................ 39

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 41

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS ......................................................................... 42

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LISTA DE ABREVIATURAS

AFE .................. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DE

EMPRESA

ANVISA .................. AGÊNCIA NACIONAL DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

BPF .................. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

POA .................. PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

POP .................. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

RDC .................. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA

SESA .................. SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO

PARANÁ

VISA .................. VIGILÂNCIA SANITÁRIA

LACEN .................. LABORATÓRIO CENTRAL DO PARANÁ

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 CARNES EM MAU ESTADO DE

CONSERVAÇÃO

........................ 30

FIGURA 2 PEÇAS ENCONTRADAS APREENDIDAS

E LACRADAS

........................ 30

FIGURA 3 INUTILIZAÇÃO NO ATERRO SANITÁRIO

MUNICIPAL

........................ 31

FIGURA 4 INUTILIZAÇÃO DA CARCAÇA COM

TINTA

........................ 34

FIGURA 5 ANIMAL EM DECUBITO ........................ 35

FIGURA 6 LESÃO EM MEMBRO PÉLVICO

POSTERIOR

........................ 35

FIGURA 7 ACUMULO DE MATERIAL NO QUINTAL

DA CASA

........................ 37

FIGURA 8 QUINTAL COM ACUMULO DE

MATERIAIS

........................ 37

FIGURA 9 ÁRVORES EM FRENTE E DENTRO DO

QUINTAL DA CASA VISTORIADA

........................ 38

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RESUMO

O estágio curricular foi realizado no município de Irati – PR, na Prefeitura Municipal, departamento de vigilância sanitária. As atividades realizadas abordaram o acompanhamento em vistorias de restaurantes, lanchonetes, panificadoras, pizzarias, colégios, açougues, mercados, hotéis, denuncias da população e informes aos supermercados. As principais não conformidades das visitas realizadas pelos profissionais da vigilância sanitária foram a falta de aplicação de boas práticas de manipulação de alimentos, armazenamento incorreto de produtos de origem animal, atendimento a reclamações de maus tratos a animais e criações de animais em locais não permitidos. As ações corretivas sempre foram tomadas com base na legislação pertinente para cada caso. As ações da vigilância sanitária no município de Irati sempre foram desenvolvidas no sentido de proteger a saúde pública. Palavras-Chave: médico veterinário; vigilância sanitária; vistorias.

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1 INTRODUÇÃO

A vigilância sanitária (VISA) é um conjunto de ações, que visam à melhoria da

saúde pública. Onde devem promover e proteger a saúde da população, com ações

capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde, e intervir nos problemas

sanitários decorrentes do meio ambiente, da população, da circulação de bens e da

prestação de serviços de interesse da saúde (SESA, 2016).

A VISA regula, vigia, orienta, adverte, e só em última instância, pune, permitindo

que o fiscal transmita seus conhecimentos em legislação, microbiologia,

epidemiologia e boas práticas de fabricação aos empresários e funcionários dos

estabelecimentos, com palestras para a comunidade e no meio acadêmico, com

cursos para ambulantes e com orientações através dos meios de comunicação

(PACHECO, 2016).

Sua ação mais visível é a fiscalizadora (ROZENFELD, 2000). Estabelecimentos

como hospitais, consultórios médicos e odontológicos, panificadoras, restaurantes,

escolas, sorveterias, salões de cabeleireiro, agropecuárias, academias, cemitérios,

lojas, farmácias, lanchonetes, hotéis, motéis, supermercados, lojas de conveniência,

mercadinhos, mercearias, peixarias, distribuidores, fornecedores de marmitas,

empresas de controle de pragas e muitos outros, são sujeitos à inspeção sanitária, e

necessitam de licenciamento, que é o Alvará Sanitário (PACHECO, 2016).

A rotina do medico veterinário na saúde pública é diversificada e minuciosa,

abrangendo além da fiscalização de alimentos, trabalhando em estados ou

municípios e zelando pela segurança alimentar em indústrias ou pontos de venda e

educação, coletas para análise e as investigações de surtos, entre outros

(PACHECO, 2016).

A formação conferida aos profissionais de medicina veterinária permite que estes

também desempenhem atividades mais abrangentes, como a administração, o

planejamento e a coordenação de programas de saúde pública em nível nacional,

estadual ou municipal (COSTA, 2011).

As ações de vigilância sanitária portam certas especificidades: são ações de

saúde dirigidas fundamentalmente, ao controle de riscos reais e potenciais, ou seja,

têm natureza essencialmente preventiva, não só de danos, mas dos próprios riscos

(COSTA, 2009).

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O objetivo do presente relatório foi descrever as atividades realizadas na área

de vigilância sanitária no município de Irati.

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2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO

As atividades realizadas durante o estágio curricular na Prefeitura Municipal

de Irati – PR, no departamento da Vigilância Sanitária, abrangeram vistorias para

liberação de licença sanitária (em lojas, restaurantes, lanchonetes, escolas,

mercados, etc), denuncias da população, coleta de morcegos e cães mortos para

monitoramento do vírus da raiva, apreensão e recolhimento de produtos.

2.1 ORIENTADOR ACADÊMICO

A orientação acadêmica foi conduzida pela Professora Doutora Anderlise

Borsoi, Médica Veterinária, responsável pelas disciplinas de Inspeção de Carnes e

Derivados e Inspeção de Leite e Derivados do curso de Medicina Veterinária da

Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

2.2 ORIENTADOR PROFISSIONAL

A orientação profissional foi realizada pelo Médico Veterinário Osni Luis

Garszareck, concursado pela prefeitura há quatro anos.

Formado em medicina veterinária na faculdade Cescage, 2011, com a

especialização em vigilância sanitária.

2.3 HORAS DE ESTÁGIO

O período de estágio foi de 06 de fevereiro à 12 de maio de 2017, com carga

horária de 35 horas semanais, totalizando 420 horas de estagio supervisionado pela

Vigilância Sanitária de Irati – PR.

2.4 DADOS SOBRE O LOCAL DE ESTÁGIO

O estágio foi realizado na Vigilância Sanitária de Irati, localizada na Rua

Zeferino Bitencourt, n° 1252. A equipe da vigilância sanitária municipal de Irati era

composta da seguinte forma: um médico veterinário, uma enfermeira e uma

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farmacêutica, todos caracterizando nível superior. Um técnico em segurança no

trabalho, e mais três pessoas que tinham o cargo de fiscais sanitários de nível

médio. Todos os citados eram concursados e contratados pela Prefeitura Municipal

de Irati – PR.

Todos os fiscais eram dotados do poder de polícia sanitária.

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3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO DE ESTÁGIO CURRICULAR

OBRIGATÓRIO

Foram desenvolvidas diversas atividades englobando as áreas de vistorias

para liberação de licença sanitária, denúncias, monitoramento do vírus da raiva em

morcegos, cães mortos e monitoramento de mordeduras a humanos, atividades

realizadas junto à vigilância sanitária do município de Irati, conforme tabela 1.

TABELA 1. Atividades desenvolvidas durante o estágio curricular obrigatório na Prefeitura do Município de Irati – Departamento de Vigilância Sanitária.

Atividade Desenvolvida Execuções

Vistorias restaurantes Vistorias lanchonetes Vistorias panificadoras Vistorias pizzarias Vistorias escolas Vistoria hoteis Vistorias mercados e açougues Denuncias Monitoramento do vírus da raiva em cães Monitoramento do vírus da raiva em gatos Monitoramento do vírus da raiva morcegos Monitoramento do vírus da raiva mordeduras Informes mercados Aplicação resolução SESA n° 469 Assistência veterinária ao canil da guarda municipal

2 visitas 2 visitas 2 visitas 2 visitas 7 visitas 2 visita 4 visitas 6 denúncias 3 cadáveres 1 cadáver 2 morcegos 6 pessoas 3 avisos 10 estabelecimentos 1 visita

TOTAL: 53 visitas

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4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 HISTÓRICO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO BRASIL

Desde o nascimento das cidades, na idade antiga, tem-se registros das

preocupações com a vigilância sanitária. A humanidade não conhecia os processos

de contaminação que espalhavam enfermidades, mesmo não conhecendo todo o

processo de transmissão de doenças, era conhecido que a água poderia ser uma via

de contaminação e que os alimentos de igual maneira poderiam ser meios de

propagação de doenças. Com as populações aglomerando-se em cidades, estes

problemas foram crescendo e se tornando mais complexos (COSTA et al, 2002).

As atividades ligadas a VISA no Brasil originaram-se dos séculos XVIII e XIX

com o surgimento da noção de “polícia sanitária”. A propagação de doenças

transmissíveis aumentava significativamente diante da falta de condições sanitárias

básicas da população, por exemplo, as epidemias de febre amarela, assim, a noção

de “polícia sanitária” baseava-se em observar o exercício de algumas atividades

profissionais, e fiscalizar embarcações, cemitérios e áreas de comércio de alimentos

(COSTA e KOBAYASHI, 2002).

No período que compreende o descobrimento, até a chegada da família real e

instalação do império no Brasil, a colônia não dispunha de nenhum modelo de

atenção a saúde da população, não havia interesse, por parte de Portugal, em

estruturar um modelo de saúde da colônia (UCHIMURA, 2013).

A atenção à saúde nestas terras limitava-se aos recursos naturais, como plantas

e ervas, e àqueles que, por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam

habilidades de cura (UCHIMURA, 2013).

A atenção à saúde no Brasil colônia destacava-se pela: atuação dos boticários,

influência da Teoria dos Miasmas e assistência aos pobres efetuada como ação

filantrópica nas Santas Casas de Misericórdia (UCHIMURA, 2013).

Segundo Uchimura (2013) a vinda da família real e da corte portuguesa ao

Brasil, em 1808, criou a necessidade da organização de uma estrutura sanitária

mínima, a fim de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro.

Então, começou um processo de criação de instituições voltadas para saúde,

com objetivo de efetuar o controle sanitário dos produtos e serem comercializados,

os estabelecimentos comerciais, combater a propagação de doenças, resolver

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questões de saneamento e fiscalizar o exercício profissional na área de saúde

(MORAES, 2017).

Até 1850, as atividades públicas se limitavam a delegar as atribuições sanitárias

às juntas municipais e controlar os navios e a saúde pública (UCHIMURA, 2013).

Rodrigo Alves, o então presidente da república, nomeou Oswaldo Cruz como

diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, comprometendo-se a erradicar a

epidemia de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro. Foi estruturado um exercito

de pessoas, que passaram a exercer atividades de desinfecção no combate ao

mosquito vetor da febre amarela (UCHIMURA, 2013).

As medidas de saúde, focadas no combate às endemias, no saneamento dos

portos e dos núcleos urbanos, visavam criar condições sanitárias mínimas para

assegurar o comércio exterior e atrair a força de trabalho necessária à formação do

mercado de trabalho capitalista (UCHIMURA, 2013).

Esse modelo assistencial ficou conhecido como sanitarista campanhista,

concebido a partir de uma visão militar em que os fins justificavam os meios.

Permitiu-se, assim, o uso da força e da autoridade para a viabilização das propostas

de intervenção (UCHIMURA, 2013).

O uso da força e o abuso do autoritarismo, fez com que a população se revoltar

contra as propostas de Oswaldo Cruz, como a queima dos colchões e das roupas

dos doentes, a desocupação dos cortiços no centro da cidade do Rio de Janeiro e a

quarentena imposta aos doentes (UCHIMURA, 2013).

Apesar da polemica que envolveu seus métodos autoritários, o modelo

campanhista obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, o que

contribuiu para o fortalecimento do modelo proposto (UCHIMURA, 2013).

As características do modelo sanitarista campanhista são: preventivista,

autoritárismo, Estado à frente das ações (público sem participação popular) e

antidemocrático (UCHIMURA, 2013).

A partir da segunda metade da década de 1950, com o maior desenvolvimento

industrial e consequente aceleração da urbanização, que ocorre maior pressão pela

assistência médica, assim se viabilizou o crescimento de um complexo medico

hospitalar para prestar atendimento aos previdenciários (UCHIMURA, 2013).

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4.2 VIGILÂNCIA SANITÁRIA

O governo tem a obrigação de promover e proteger a saúde da população. Para

isto ele dita quais são as regras e as normas que devem ser consideradas e

respeitadas na produção, uso e circulação de produtos que apresentam algum tipo

de risco para a saúde das pessoas (COSTA e KOBAYASHI, 2002).

A definição de vigilância sanitária está contida no artigo 6º parágrafo 1º da Lei

Federal 8.080 /90 (BRASIL, 1990) que dispõe sobre as condições para promoção,

proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços

correspondentes (LARENTIS, 2010).

As Boa Práticas de Fabricação (BPF) são os procedimentos necessários para

garantir a qualidade dos alimentos e são obrigatórias para todas as indústrias de

alimentos (BRASIL, 1997).

O Ministério da Saúde estabeleceu o "Regulamento Técnico sobre as Condições

Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos

Produtores de Alimentos" (LARENTIS, 2010), que tem por objetivo estabelecer

requisitos gerais e essenciais de higiene e BPF para alimentos produzidos ou

fabricados para consumo humano (BRASIL, 1997).

O presente Regulamento se aplica, quando for o caso, a toda pessoa física ou

jurídica que possua pelo menos um estabelecimento no qual sejam realizadas

algumas das atividades seguintes: produção/industrialização,

fracionamento, armazenamento e transportes de alimentos industrializados

(BRASIL, 1997).

Considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de

controle sanitário e a necessidade de elaboração de requisitos higiênico-sanitários

gerais para serviços de alimentação aplicáveis em todo território nacional visando à

proteção à saúde da população adotou-se a Resolução de Diretoria Colegiada

(RDC) n°216 de 15 de setembro de 2004 que dispõe sobre Regulamento Técnico de

Boas Práticas para Serviços de Alimentação ANVISA, 2004).

Onde a mesma poder ser complementada pelos órgãos de vigilância sanitária

estaduais, distrital e municipais visando abranger requisitos inerentes às realidades

locais e promover a melhoria das condições higiênico-sanitárias dos serviços de

alimentação e se aplica aos serviços de alimentação que realizam algumas das

seguintes atividades: manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento,

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distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados ao

consumo, tais como cantinas, bufês, comissarias, confeitarias, cozinhas industriais,

cozinhas institucionais, delicatéssens, lanchonetes, padarias, pastelarias,

restaurantes, rotisserias e congêneres (ANVISA, 2004).

O controle de alimentos deve agir desde a fonte de produção, até o consumo

(PAIM e QUEIROZ, 1964).

Os riscos devem ser controlados pela vigilância sanitária e podem ser

classificados como:

Riscos ocupacionais: processo de produção, ritmo e ambiente de

trabalho;

Riscos ambientais: água, esgoto, lixo (doméstico, industrial, hospitalar),

vetores e transmissores de doenças (mosquitos, barbeiro, animais), etc;

Riscos sociais: alimentos, substâncias psicoativas, grupos vulneráveis,

necessidades básicas insatisfeitas;

Riscos iatrogênicos: (decorrente de tratamento médico e uso de serviços

de saúde) medicamentos, infecção hospitalar, sangue e hemoderivados,

radiações ionizantes, tecnologias médico-sanitárias, procedimentos e

serviços de saúde;

Riscos institucionais: creches, escolas, clubes, hotéis, motéis, portos,

aeroportos, fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, salão de

beleza, saunas, etc (COSTA et al, 2002).

4.3 A IMPORTÂNCIA DO MÉDICO VETERINÁRIO NA SAÚDE PÚBLICA

A saúde animal e a saúde humana estão intimamente ligadas em diferentes

formas (COSTA, 2011).

Com o aumento do contato ocorrido nos últimos anos, resultou na disseminação

de agentes infecciosos e parasitários para novos hospedeiros e ambientes,

implicando em emergências de interesse nacional ou internacional (MS, 2010).

A medicina veterinária surge, em primeira instância, como uma promotora da

saúde dos animais, no entanto, com o passar do tempo e com o surgimento da

medicina veterinária preventiva, começaram a ser utilizados também para a

promoção da saúde humana (FRIAS et al, 2009).

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Existe uma grande preocupação a respeito do desenvolvimento de estratégias

que permitam o seu controle e, consequentemente, proporcionem a colocação de

produtos sem risco para o consumo humano no mercado. O sistema intensivo de

criação de animais, entre outros fatores existentes, em vários países em

desenvolvimento, tem contribuído para o aumento exponencial destas doenças e

dificultando o trabalho por parte das autoridades de saúde pública (MENEZES,

2017).

Segundo Franco (2003), citado por Menezes, é inquestionável e

imprescindível a presença do Médico Veterinário atuando em todos os setores

referentes à obtenção de alimentos próprios para o consumo humano,

independentemente de sua origem ser animal ou vegetal.

As equipes de fiscalização têm a finalidade primordial de avaliar as condições

higiênico sanitárias dos estabelecimentos e produtos alimentícios por eles

comercializados (LARENTIS, 2010).

A importância do médico veterinário como vigilante sanitário foi reconhecida

com a promulgação da lei nº. 1.283/50 (BRASIL, 1950) que estabelece a

obrigatoriedade da fiscalização sob o ponto de vista industrial e sanitário, de todos

os produtos de origem animal, comestíveis, preparados, transformados,

manipulados, recebidos, acondicionados, depositados e em trânsito no Brasil

(MENEZES, 2017).

O médico veterinário está preparado para assumir funções nos organismos de

saúde coordenando, planejando e executando os programas que permitirão a

promoção e a preservação da saúde humana (BRITES NETO, 2017).

Segundo Costa (2009), a inspeção sanitária de produtos de origem animal é

uma prática da vigilância sanitária que se inclui nas atividades privativas do médico

veterinário e não pode ser delegada a outro profissional.

4.4 PROTEÇÃO A SAÚDE

Para o exercício de atividades de interesse da saúde o agente solicita permissão

ou Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE): a VISA avalia se a atividade é

permitida e de interesse da sociedade, se a empresa é legalizada e se tem

capacidade técnica, se o local de instalação é conveniente (LIMA e COSTA, 2009).

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Seja ou não exigida a AFE, o estabelecimento requer a licença sanitária: por

meio da inspeção sanitária a VISA avalia as condições das instalações, a

capacitação técnica e operacional da empresa, a responsabilidade profissional etc. e

conjunto de requisitos (LIMA e COSTA, 2009).

O conceito jurídico de licença, que é um instrumento vinculado e lida com

direitos, não faculta à autoridade sanitária negar a solicitação, isto é, preenchidos os

requisitos a VISA não pode negar a licença, cujo ato se expressa no Alvará Sanitário

(LIMA e COSTA, 2009).

Quando ocorrem ameaças à saúde, em situações de risco iminente ou dano, por

nocividade de produtos (suspeita ou comprovada), riscos aumentados (relação risco

x benefício desfavorável), situações de surtos, por questões sanitárias precárias ou

outros fatores, a vigilância sanitária:

Faz apreensão cautelar de produtos ou interdição de atividades ou

estabelecimentos de saúde ou outros;

Suspende ou cancela o registro de produtos;

Impõe normas mais restritivas para melhor controle dos riscos;

Impõe penalidades ou encaminha o caso ao Poder Judiciário, quando há

crimes contra a saúde pública e outros ilícitos (LIMA e COSTA, 2009).

4.5 PROCESSO ADMINISTRATIVO

O processo administrativo conjuga, por meio do exercício do poder de polícia, os

interesses públicos e privados, pune seus servidores e terceiros, etc (LIMA e

COSTA, 2009).

O processo administrativo sanitário é o instrumento usado pela Administração

Pública com a finalidade de apurar as irregularidades sanitárias detectadas e as

responsabilidades do infrator, assegurando a este a oportunidade de promover a

ampla defesa e o contraditório ao que lhe é atribuído, de modo a respaldar, com

juridicidade, a aplicação da penalidade correspondente que lhe for imputada (LIMA e

COSTA, 2009).

O poder de polícia sanitária tem como objetivo a manutenção da ordem publica

geral, com a função de impedir que o comportamento do indivíduo cause prejuízos

para a coletividade. Assim, o poder de policia sanitária protege valores como de

higiene e saúde (RINALDINI et al, 2014).

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4.6 OS NÍVEIS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO BRASIL

A Lei n° 9782/99 cria a ANVISA (BRASIL, 1999). A agência nacional de

vigilância sanitária, como órgão maior, regula as ações de vigilância sanitária e

produz as resoluções que norteiam os trabalhos (PACHECO, 2017).

A finalidade institucional da ANVISA é promover a proteção da saúde da

população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização

de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária (ACRAL et al, 2015).

A ANVISA tem função regulatória, ou seja, ela mesma regulamenta as

suas próprias atividades por intermédio de normas e fiscalização. Porém a referida

função reguladora não se confunde com o ato de legislar (ACRAL et al, 2015).

A Lei 9.782/99, que criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, dá a

ela competência para estabelecer normas e padrões sobre ‘limites de

contaminantes, resíduos tóxicos, desinfetantes, metais pesados e outros que

envolvam risco à saúde’, dentro de seus conhecimentos técnicos, vai poder,

licitamente, sem inovar na ordem jurídica, baixar ato normativo definindo e

estabelecendo padrões e limites (ACRAL et al, 2015).

A ANVISA não tem função de legislar, mas regulamentar os assuntos de sua

natureza técnica (CASARIN, 2014).

A gestão da ANVISA é responsabilidade de uma diretoria colegiada e, na

estrutura da Administração Pública Federal, está vinculada ao Ministério da Saúde

(CASARIN, 2014).

A vigilância sanitária no Brasil está estratificada em três níveis principais:

Vigilância Sanitária da União: exercida pela ANVISA. Coordenar o

Sistema Nacional da Vigilância Sanitária, prestar cooperação técnica e

financeira aos Estados e Municípios e executar ações de sua exclusiva

competência (VIANA, 2009).

Vigilância Sanitária do Estado: coordenar, executar ações e implementar

serviços de vigilância sanitária em caráter complementar às atividades

municipais e prestar apoio técnico e financeiro aos municípios. Na

execução de atividades de sua competência, o Estado poderá contar com

a cooperação dos municípios (VIANA, 2009).

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Vigilância Sanitária dos Municípios: segura todo o território do seu

município e onde, fiscalizam estabelecimentos que trabalham na

manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição,

transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados ao

consumo como também, quando é de maior porte e tem atuação plena,

estabelecimentos de interesse em saúde em todos os segmentos

(PACHECO, 2017).

4.7 CAMPO DE ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

4.7.1 Produtos e serviços relacionados à saúde

Alimentos: a forma como são manipulados ou industrializados, armazenados,

transportados e oferecidos ao consumidor (LIMA, 2007).

Beleza, limpeza e higiene: a forma de produção, armazenamento, transporte

e uso pelo consumidor de cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal,

limpeza domiciliar e salões de beleza (LIMA, 2007).

Produtos para saúde: são os destinados ao paciente, ao diagnostico, ao uso

terapêutico e na prevenção ou apoio educacional, como: medicamentos, soro,

vacinas, equipamentos médicos hospitalares e objetos envolvidos na atenção à

saúde como um todo (LIMA, 2007).

Serviços de saúde: hospitais, clínicas, laboratórios, casas de repouso, etc

(LIMA, 2007).

Produção industrial e agrícola: envolve produtos agrícolas, como agrotóxicos;

químicos como cloro, inseticidas ou raticidas, drogas veterinárias e outros utilizados

pelo homem, além dos processos de produção (LIMA, 2007).

Lazer: entendido como processos e espaços em que se exercem atividades

que interferem na saúde das pessoas como centros esportivos, espaços culturais,

clubes e hotéis (LIMA, 2007).

Educação e convivência: processos e espaços de escolas, creches, asilos,

orfanatos, presídios; locais em que as condições das aglomerações humanas

podem interferir na saúde (LIMA, 2007).

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4.7.2 No meio ambiente

Natural: são de interesse ao controle sanitário as tecnologias utilizadas na

construção de sistemas de abastecimento de água potável para consumo humano,

na proteção de mananciais, no controle da poluição do ar, na proteção do solo, no

controle dos sistemas de esgoto sanitário e dos resíduos sólidos, entre outros. Neste

caso, a VISA age para proteger os recursos naturais e garantir o equilíbrio ecológico

e a saúde humana (LIMA, 2007).

Não natural: para prevenir acidentes, danos individuais e coletivos e proteger

o meio ambiente, o controle sanitário atua sobre as edificações, as formas de uso e

parcelamento do solo no campo ou na cidade, os meios de locomoção, a infra-

estrutura urbana e de serviços, os resíduos urbanos e outros fatores (LIMA, 2007).

Do trabalho: verificando as condições dos locais de trabalho quanto ao risco

à saúde física e psicológica e à vida do cidadão e da comunidade (LIMA, 2007).

4.8 AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

4.8.1 Cadastramento

Ação envolvendo a coleta e organização dos dados de todos os

estabelecimentos de saúde, de interesse da saúde e dos locais passíveis à atuação

da vigilância sanitária, bem como, dos serviços públicos ou privados, conforme Lei

nº 8.080/90 (BRASIL, 1990).

Estabelecimentos e atividades a serem cadastradas: estabelecimentos de

saúde e de interesse da saúde; estabelecimentos que produzam, distribuem e

comercializam produtos de interesse da saúde; estações de tratamento de esgoto

sanitário; estações de tratamento de água (sistema de abastecimento); soluções

alternativas de abastecimento de água; empresas responsáveis pelo recolhimento e

destinação final de resíduos sólidos urbanos, de serviços de saúde e industrial;

empresas de interesse da área de saúde do trabalhador; áreas com populações

expostas ou sob risco e exposição a solo contaminado (disposição final de resíduos

industriais, áreas industriais, depósitos de agrotóxicos, áreas de mineração, áreas

de passivo ambiental e áreas de contaminação natural que possam ocasionar a

contaminação do solo e exposição humana) (ANVISA, 2007).

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4.8.2 Inspeção Sanitária

Esta atividade é desenvolvida por profissionais com capacidade comprovada e

com credenciamento legal, com objetivo de avaliar os estabelecimentos, serviços de

saúde, produtos, condições ambientais e de trabalho, implicando em expressar

julgamento de valor sobre a situação observada, se dentro dos padrões técnicos

minimamente estabelecidos na Legislação Sanitária, e quando for o caso, a

consequente aplicação de medidas de orientação ou punição, previstas na

Legislação (ANVISA, 2007).

4.8.3 Investigação Sanitária de Eventos

Como exemplos de situações a serem investigadas pode-se citar surtos de

doenças transmitidas por alimentos, intoxicações, reações adversas e queixas

técnicas, doenças/acidentes de trabalho; infecções hospitalares; ataques de

animais, animais/ insetos peçonhentos (aranha marrom, escorpiões, cobras, etc)

(ANVISA, 2007).

4.8.4 Monitoramento de produtos e outras situações de riscos

Ação programática desenvolvida de forma sistemática, com o objetivo de

proceder ao acompanhamento, avaliação e controle da qualidade, bem como,

dimensionar riscos e resultados, em relação a produtos e quaisquer situações de

risco, de interesse da vigilância sanitária (ANVISA, 2007).

4.9 DETALHAMENTO DAS AÇÕES DA VISA

4.9.1 Estabelecimento que manipula e serve alimentos

Verifica a adoção das BPF para serviços de alimentação implantados pelos

estabelecimentos de: cantinas, bufês, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas

institucionais, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e

congênere (ANVISA, 2007).

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Consiste em vistoriar edificações e instalações, telas de proteção, proteção das

lâmpadas, fluxo de produção; equipamentos, móveis e utensílios o estado geral de

conservação, material utilizado, condições de higiene; vestuário, hábitos higiênicos,

controle de saúde dos manipuladores, programa de capacitação dos manipuladores

e supervisão, matérias-primas ingredientes e embalagens, preparo do alimento

(fracionamento, tratamento térmico, descongelamento, armazenamento a quente,

resfriamento, conservação a frio) higienização dos alimentos, controle e garantia de

qualidade, exposição ao consumo do alimento preparado (área e equipamentos de

exposição, utensílios, recebimento de dinheiro), documentação e registro (manual de

boas práticas, POP’s) (ANVISA, 2007).

A equipe deve ser composta por profissional de nível médio ou superior, com

capacitação em Ações Básicas de VISA, cursos e/ou treinamentos e/ou

capacitações específicas na área, fornecidas por entidades com reconhecimento

público (ANVISA, 2007).

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5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO DE ESTÁGIO

CURRICULAR OBRIGATÓRIO

Foram desenvolvidas diversas atividades englobando as áreas de vistorias

para liberação de licença sanitárias, denuncias, coleta de morcegos, cães mortos e

mordeduras para monitoramento do vírus da raiva, apreensão e recolhimento de

produtos e informes a supermercados.

5.1 VISTORIAS EM RESTAURANTES/ LANCHONETES/ PANIFICADORAS/

PIZZARIAS/ ESCOLAS/ HOTEIS

Os objetivos das visitas aos estabelecimentos que produziam e

comercializavam alimentos, era realizar a inspeção para renovação da licença

sanitária.

As principais não conformidades encontradas nos estabelecimentos foram:

presença de panos para enxugar as mãos de manipuladores de alimentos, presença

de moscas, devido à falta de telas de proteção em janelas e portas que dão acesso

a cozinha ou ao local de manipulação de alimentos, produtos de origem animal

(POA) sem procedência, sujidades no ambiente dos equipamentos, alimentos e

matérias primas estocadas em contato direto com o chão, presença de objetos

pessoais em local destinado a manipulação de alimentos, alimentos fracionados ou

retirados da embalagem original sem identificação e data de validade, utilização de

utensílios de madeira, lixeiras sem tampa e sem acionamento por pedal, sobras de

alimentos para posterior consumo armazenado em local sem refrigeração e sem

identificação de validade.

Os estabelecimentos não apresentaram manual de BPF e nem capacitação

de funcionários.

Todas estas não conformidades foram classificadas como de prazo imediato.

As ações corretivas aplicadas para as não adequações das não

conformidades foram: orientação para que alimentos que foram fracionados ou

retirados da embalagem original deveriam conter identificação e data de validade

indicada; não se deveriam usar utensílios de madeira. Todas as lixeiras deveriam

conter pedal e tampa para permanecerem fechadas. Alimentos que seriam

consumidos posteriormente deveriam ser mantidos em refrigeração, em embalagens

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tampadas e identificadas com a data do preparo. Devem ser utilizadas toalhas de

papel descartável, para secagem de mãos e não panos, que apresentam alto risco

de contaminação cruzada.

Foram feitas orientações quanto à utilização de anteparo de proteção nos

buffets, conforme disposto da lei estadual n° 17.350/12 (PARANÁ, 2012), e os

alimentos nele dispostos devem estar dentro da área protegida. Limpeza da caixa

d’água deveria ser feita no mínimo a cada seis meses e conter comprovante.

Alimentos e matérias primas deveriam estar estocados sobre palets ou em

prateleiras, evitando o contato direto com o chão.

A não adequação das não conformidades dentro do prazo estabelecido

poderia incorrer em abertura de processo administrativo sanitário, com aplicação das

sansões previstas na Lei Federal nº 6.437/77 (BRASIL, 1977) e Lei Estadual nº

13.331/01 (PARANÁ, 2001).

5.2 VISTORIAS MERCADOS E AÇOUGUES

Estas ações tiveram como objetivo realizar vistoria para renovação da licença

sanitária.

O mercado vistoriado apresentou as seguintes não conformidades: más

condições de higiene do espaço físico e dos equipamentos da panificadora e

açougue, presença em estoque, e manipulação (corte) para posterior venda de

carnes em mau estado de conservação (focos com coloração esverdeada, presença

de limo e textura pegajosa) (Figura 1), presença de alimentos (queijo e presunto)

fracionados e ralados sem indicação de abertura/processamento e validade, na

panificadora para uso interno, presença de pontos com acúmulo de água parada,

podendo servir como focos de proliferação de vetores (Aedes aegypti).

As peças encontradas foram apreendidas, lacradas (Figura 2), e

armazenadas no próprio estabelecimento para posterior descarte.

Foi realizado auto/ termo de infração, o mesmo apresentou defesa dentro do

prazo de quinze dias. O estabelecimento ficou qualificado intimado a apresentar os

produtos apreendidos no termo de apreensão cautelar para inutilização das

carcaças no aterro sanitário municipal de Irati (figura 3), totalizando em média 240

kg de carne. O procedimento de inutilização foi acompanhado pessoalmente por um

funcionário da empresa autuada, bem como de fiscais sanitários da VISA municipal.

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Foi aberto processo administrativo sanitário, o qual seria julgado futuramente.

Figura 1: Carnes em mau estado de conservação

Figura 2: Peças encontradas apreendidas e lacradas

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Figura 3: Inutilização no aterro sanitário municipal

Os açougues vistoriados estavam dentro dos parâmetros exigidos.

5.3 MONITORAMENTO DO VÍRUS DA RAIVA

Durante o estágio foram realizados recolhimentos de morcegos em

residência. Não houve contato com humanos, os mesmos foram encaminhados para

o Laboratório Central do Estado (LACEN), onde foi realizado a imunoflorescência

direta e prova biológica como teste confirmatório, que consiste na maceração da

amostra encaminhada, e injetada via intra-cerebral, após é realizado análise dos

camundongos que são usados para este teste. Ambos os exames foram negativos.

Ainda foi realizado recolhimento de cadáveres de cães e gatos que estavam

sob responsabilidade da ONG SOS AMIGO BICHO. Estes animais, geralmente

atropelados, eram atendidos por uma clínica veterinária, que em caso de óbito de

animal comunicava a vigilância sanitária para realizar a coleta do cadáver e envio da

cabeça como material de amostra.

Os animais colhidos não tiveram contato ou agressão a humanos. As cabeças

dos animais mortos foram e encaminhadas para o LACEN, para pesquisa do vírus

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da raiva. Os cadáveres foram descartados enterrados no aterro municipal de Irati-

PR. Todos os resultados foram negativos.

Durante o período de estágio ocorreram seis casos de mordeduras,

provenientes de cães, onde os mesmos foram observados durante 11 dias,

orientação seguida conforme orientação do Ministério da Saúde.

Nenhum animal apresentou sinais.

5.4 DENÚNCIAS

Foram atendidas cinco denuncias, principalmente sobre a criação de animais

em zona urbana, dentre elas:

5.4.1 Criação de galinhas

Denunciante reclamava de mau cheiro ocasionado por criação de galinhas em

lotes de duas residências. Foi constatado presença das mesmas, e, aberto termo de

intimação de acordo com Lei estadual 13.331/01 (PARANÁ, 2001) e Decreto

5.711/02 (PARANÁ, 2002).

As proprietárias ficaram intimadas para no prazo de 30 dias realizarem a

retirada das galinhas do local identificado.

A legislação vigente, cita que é vedado criar ou conservar porcos ou

quaisquer outros animais que, por sua espécie ou quantidade, possam ser causa de

insalubridade ou incômodo nos núcleos de população. Toda e qualquer instalação

destinada à criação, manutenção e reprodução de animais e aves, nela incluída o

sistema de armazenagem, tratamento e disposição final do resíduo sólido ou líquido,

deveria ser construída, mantida e operada em condições sanitárias adequadas, de

modo a não causar incômodo à população, devendo ainda observar: estarem

localizados no mínimo, a uma distância de 50 (cinquenta) metros das divisas de

terrenos vizinhos, podendo esta distância ser inferior quando da anuência legal dos

vizinhos confrontantes.

A VISA voltou até o local, constatando a retirada das mesmas.

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5.4.2 Reclamação de criação de animais

Denunciante reclamava de mau cheiro da casa vizinha, ocasionado pelos

seus muitos cães e cavalos. A equipe da vigilância sanitária esteve no local,

constatando a presença dos mesmos. Foi pedido que a denunciada ao menos

mantivesse o ambiente limpo. Não foi possível tomar outra atitude no momento, pois

o município não tem estrutura para resgate de animais.

5.4.3 Carne de caça

A Polícia Militar do município recebeu uma denuncia, onde o denunciado

praticava caça de animais silvestres.

Conforme prevista em lei, os animais de quaisquer espécies, em qualquer

fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro,

constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais

são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição,

destruição, caça ou apanha (BRASIL, 1967).

A Polícia Militar esteve no local, e constatou a veracidade da denuncia,

apreendendo a carcaça de um tatu-bola (Tolypeutes tricinctus).

A VISA foi comunicada do acontecido e esteve na delegacia do município,

onde realizou a inutilização da carcaça com tinta (figura 4), e posteriormente fazendo

descarte da mesma, pois não era possível atestar a qualidade higiênico-sanitária da

carne.

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FIGURA 4: INUTILIZAÇÃO DA CARCAÇA COM TINTA

5.4.4 Maus tratos a animais

A Guarda Municipal recebeu uma denuncia de maus tratos a um equino,

abandonado na rua. A VISA se deslocou até o local, constatando o caso. O animal

apresentava-se em decúbito esternal (figura 5), com sinais de caquexia, lesão

dérmica com presença de miíase em membro pélvico posterior (figura 6) e escara no

peito.

O proprietário do animal chegou ao local, e prontificou-se a dar os devidos

cuidados ao animal. Diante dos fatos a guarda municipal realizou boletim de

ocorrência e o mesmo assinou termo de responsabilidade.

Em caso de reincidência o proprietário será autuado por maus tratos, inclusive

com abertura de processo criminal.

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FIGURA 5: ANIMAL EM DECÚBITO ESTERNAL

FIGURA 6: LESÃO COM PRESENÇA DE MIÍASE EM MEMBRO

PÉLVICO POSTERIOR

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5.4.5 Flagrante de transporte irregular de carnes e embutidos

Durante deslocamento da equipe de fiscalização, foi encontrado carro

suspeito no município, o qual foi autuado devido à presença de embutidos

transportados em más condições de armazenamento.

Foi lavrado auto de infração: transportar carnes e embutidos, em veículo

inapropriado sem refrigeração contrariando a Lei n° 13.331 art 63, XIII (PARANÁ,

2001).

Foi aberto processo administrativo sanitário e o responsável recebeu a

penalidade advertência, perdendo assim a condição atenuante de infrator primário.

5.4.6 Idosa em situação de risco iminente

Mulher de aproximadamente 98 anos, residia em uma casa em péssimas

condições de habitabilidade. A casa apresentava diversas goteiras, fragilidade

estrutural, péssima condições de higiene, presença de animais (cães) e fezes dos

mesmos (figura 7).

A senhora possuía 10 cães, alguns muito bravos. Segundo relato dos

vizinhos, os animais costumavam atacar transeuntes e até mesmo a própria

senhora.

O quintal era completo de lixo, com diversos pontos de acúmulo de água

(figura 8). O local era tomado por matos e árvores, as quais algumas apresentavam

risco de cair (figura 9).

A VISA, junto à equipe de serviços da Secretaria Municipal do Meio Ambiente

de Irati esteve no local, e iniciou os trabalhos de limpeza no entorno e poda das

árvores. No entanto, não foi possível concluir o serviço, por a mesma se opor à

execução.

Devido à idade avançada e condições de saúde e financeiras, a aplicação de

sansões administrativa à mesma, por dificultar a ação do serviço público, foi ineficaz

A VISA constatou situação de risco iminente à saúde tanto da moradora do

local, quanto da população.

O caso foi encaminhado ao Ministério Público.

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FIGURA 7: ACÚMULO DE MATERIAL NO QUINTAL DA CASA

FONTE: VISA IRATI, 2014

FIGURA 8: QUINTAL COM ACÚMULO DE MATERIAS

FONTE: VISA IRATI, 2014

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FIGURA 9: ÁRVORES EM FRENTE E DENTRO DO QUINTAL DA CASA

VISTORIADA

FONTE: VISA IRATI, 2014

5.5 INFORMES VISA MERCADOS

A ANVISA realiza análises de determinado alimento e constatando sinal de

fraude ou alteração, notifica o estado, que tem a responsabilidade de notificar o

município.

Esta ação teve como finalidade, através de e-mails, informar aos

supermercados sobre a interdição cautelar dos seguintes produtos: extrato de

tomate, a medida considerou o resultado insatisfatório ao detectar matéria estranha

indicativa de risco à saúde humana, pêlo de roedor, acima do limite máximo de

tolerância pela legislação vigente; interdição cautelar e inutilização do produto Mel

de abelhas que encontrava-se no comércio sem registro no órgão da agricultura, e

por fim a interdição cautelar do produto “páprica” por apresentar teor de ocratoxina A

acima do valor estabelecido na legislação vigente. Onde, a ocratoxina A, é uma

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micotoxina, por algumas espécies de fungos, sendo esta micotoxina, uma

substãncia cancerígena.

5.6 APLICAÇÃO RESOLUÇÃO SESA nº 469

Durante o período de estágio, foi acompanhado uma vídeo conferência

realizada na 4º Regional de Saúde, na qual foi tratada a nova Resolução SESA n°

469/16 e teve como objetivo regulamentar as atividades de fracionamento dos

produtos derivados de origem animal, na ausência do consumidor, denominada

como atividade de autosserviço (SESA, 2016).

Define-se como autosserviço, as atividades de comercialização no próprio

estabelecimento, sem distribuição, de produtos derivados de origem animal

fracionados, manipulados e embalados na ausência do consumidor e que ficavam

expostos a disposição dos consumidores nos estabelecimentos de ramo de

atividades.

Este regulamento se aplicava exclusivamente aos estabelecimentos varejistas

denominados de açougues ou similares, padarias, casas de frios, peixarias, inclusive

os localizados em supermercados e mercados, que realizam o fracionamento,

armazenamento, embalagem, reembalagem e comercialização de derivados

cárneos, de pescados industrializados, e derivados lácteos (queijos diversos) na

atividade de autosserviço, onde é exigida a presença de responsável técnico, para

fiscalização dos mesmos, seguindo a legislação vigente quanto às praticas

higiênico-sanitárias pertinentes.

Exigia-se, exclusivamente que o responsável técnico tivesse formação em

medicina veterinária, conforme Lei Municipal nº 1381/96 (IRATI, 1996),

complementada pela Lei Federal 5517/68 (BRASIL, 1968).

Eram excluídos desde regulamento, os estabelecimentos que realizavam na

presença do consumidor, o fracionamento dos produtos de origem animal e a

moagem de carnes (SESA, 2016).

A VISA esteve em dez estabelecimentos varejistas, orientando quanto à nova

resolução e realizando intimação, com prazo para as devidas adequações.

5.7 ASSISTÊNCIA VETERINÁRIA AO CANIL DA GUARDA MUNICIPAL

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A VISA esteve no canil da guarda municipal, para prestação de assistência

veterinária a um dos cães, que apresentou lesão na língua proveniente de um corte

na grade de proteção do canil.

Foi orientado quanto ao seguinte tratamento: Cefalexina 500mg, um

comprimido BID, e Cetoprofeno 100 mg SID.

O mesmo apresentou melhora no quadro.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades relacionadas às vistorias de inspeção, em estabelecimentos que

produziam e comercializavam alimentos no município, foram de suma importância,

para alertar aos manipuladores de alimentos, a importância do manual de BPF,

ressaltando a necessidade de um profissional capacitado para tal tarefa.

As inspeções contribuíram para a melhoria da qualidade sanitária de

produtos, serviços e alimentos oferecidos a população. Os principais pontos a serem

melhorados estavam relacionados à falta de cursos ou treinamentos para utilização

das BPF’s, higiene pessoal e do ambiente de manipulação.

A execução de outras ações como o controle sanitário da qualidade da água

ofertada a população, verificação de ligações de esgotos, atendimento a denuncias,

formam um conjunto de ações da VISA que asseguram a melhoria da saúde publica.

O profissional capacitado possui um leque de áreas de atuação, onde o

grande desafio da saúde pública é a falta de profissional e local adequado para

execução da mesma, sendo esta, uma área pouco explorada, mas que contribui

para o desenvolvimento da sociedade, agindo através de atividades preventiva,

visando a diminuição de riscos ofertados a saúde pública.

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