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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA TIAGO DA SILVA FEIRA ITINERANTE NA REGIÃO CENTRAL DO PARANÁ: Uma proposta Voltada para Grupos de Agricultores Familiares VIÇOSA MINAS GERAIS 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

TIAGO DA SILVA

FEIRA ITINERANTE NA REGIÃO CENTRAL DO PARANÁ:

Uma proposta Voltada para Grupos de Agricultores Familiares

VIÇOSA – MINAS GERAIS

2017

TIAGO DA SILVA

FEIRA ITINERANTE NA REGIÃO CENTRAL DO PARANÁ:

Uma proposta Voltada para Grupos de Agricultores Familiares

Trabalho de conclusão de curso

apresentado à Universidade Federal de

Viçosa como parte das exigências para a

obtenção do título de Engenheiro

Agrônomo. Modalidade: Plano de Negócio

Orientador: Prof. Leonardo Duarte

Pimentel

Coorientador: Sebastian Giraldo Montoya

VIÇOSA – MINAS GERAIS

2017

TIAGO DA SILVA

FEIRA ITINERANTE NA REGIÃO CENTRAL DO PARANÁ:

Uma proposta Voltada para Grupos de Agricultores Familiares

Trabalho de conclusão de curso

apresentado à Universidade Federal de

Viçosa como parte das exigências para a

obtenção do título de Engenheiro

Agrônomo.

Modalidade: Projeto Técnico

APROVADO:

Prof. Leonardo Duarte Pimentel

(orientador)

(UFV)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço aos meus pais e toda a minha família que sempre me

ajudaram e me apoiaram.

Ao coordenador Paulo Pimentel e aos Co-orientadores pelo esclareciento de

dúvidas e sugestões claras e objetivas.

Agradeço aos professores e aos meus amigos que sempre me ajudaram.

Sumário

Resumo Executivo ........................................................................................................ 1

Objetivos ................................................................................................................... 1

Missão da empresa ................................................................................................... 1

1. Principais pontos do plano de negócio .................................................................. 2

1.1 Dados dos Empreendedores ........................................................................... 2

1.2 Experiencias Profissionais ............................................................................... 2

1.3 Atribuições ....................................................................................................... 3

1.4 Setores de atividade Econômica ...................................................................... 3

1.5 Forma jurídica; ................................................................................................. 3

1.6 A feira Itinerante como forma de trabalho ........................................................ 3

1.7 Registro da empresa nos seguintes órgãos: .................................................... 4

1.8 Enquadramento tributário; ................................................................................ 4

1.9 Área de Abrangência do projeto ....................................................................... 5

1.10 Aspetos Legais do Comércio Ambulante ....................................................... 5

1.11 Cândido de Abreu .......................................................................................... 5

1.12 Capital social ................................................................................................. 6

1.13 Fontes de recursos ........................................................................................ 6

2. Análise de mercado .................................................................................................. 7

2.1 História do Abastecimento no Brasil ................................................................ 7

2.2 Indicadores Econômicos ................................................................................ 10

2.3 Canais de Comercialização ........................................................................... 12

2.4 Mercado Livre do Produtor (MLP) .................................................................. 13

2.5 Sacolões ........................................................................................................ 13

3. Plano de Marketing ................................................................................................. 18

3.1 Lista de Produtos ........................................................................................... 18

3.2 O preço .......................................................................................................... 19

3.3 O Markup como Estratégia ............................................................................ 19

3.4 As Estratégias Promocionais ......................................................................... 20

3.5 Formas de Divulgação ................................................................................... 20

3.6 Diversificação/Agregação de Valor ................................................................ 20

3.7 Estrutura de comercialização ......................................................................... 20

4. Plano Operacional .................................................................................................. 22

4.1 Layout ou arranjo físico; .................................................................................... 22

4.2 Dimensionamento Arquitetônico .................................................................... 23

4.4 Capacidade produtiva, comercial e de prestação de serviços; ....................... 24

4.5 Processos operacionais ................................................................................. 24

4.6 Organização da Produção ............................................................................. 24

4.7 Contato com o GRUPO.................................................................................. 24

4.8 Assistência Técnica aos Agricultores ............................................................. 24

4.9 Coleta dos Produtos; ..................................................................................... 24

4.10 Comercialização; ......................................................................................... 25

4.10.1 Cronograma de Comercialização .............................................................. 25

4.11 Necessidades de pessoal ............................................................................ 26

4.12 Adoção de Software para gestão do Emprendimento .................................. 26

5. Plano Financeiro ..................................................................................................... 26

5.1 Investimentos fixos ........................................................................................ 26

5.2 Investimentos Pré-operacionais ..................................................................... 26

5.3 Capital de Giro .............................................................................................. 27

5.3.1 Caixa Mínimo .............................................................................................. 28

5.3.2 Estoque ................................................................................................. 29

5.4 Custo Operacional Total ................................................................................ 30

5.5 Investimento Total.......................................................................................... 30

5.6 Previsão de Arrecadação ............................................................................... 31

5.7 Demonstrativo de Resultados Mensal ............................................................ 32

5.8 Indicadores de viabilidade .............................................................................. 32

5.8.1 Lucratividade .............................................................................................. 32

5.8.2 Rentabilidade .............................................................................................. 32

5.9 Valor Presente Liquido Mensal(VPL) ............................................................. 32

5.10 Prazo de retorno do investimento (Pay Back) .............................................. 32

5.11 Analise SWOT ............................................................................................. 33

6. Avaliação do Plano de Negócios ............................................................................. 34

Bibliografia: ................................................................................................................. 34

1

Resumo Executivo

O estilo de vida da população urbana resulta na falts de tempo para realização

das tarefas domésticas, como, por exemplo, a escasses de tempo para ir à feiras e

sacolões. Diantes deste cenário, resurge a oportunidade de venda de produtos e

serviços com maior comodidade ao consumidor, como por exemplo, a venda e

distribuição de produtos diretamente no local de consumo, através do comércio

ambulante. Soma-se a isto a oportunidade de negócio de levar ao consumidor

alimentos com maior qualidade e rastreabilidade, agregando ainda o valor social e

ambiental destes produtos que podem vir da agricultura familiar. Neste contexto,

objetiva-se com este documento apresentar um Plano de Negócio para estruturar um

novo sistema de comercialização de hortifrútigranjeiro na microrregião de Cândido de

Abreu-PR, que será constituída por uma microempresa gestora da produção e

comercialização. O negócio será gerido por Engenheiro Agrônomo e Comitê

Organizador que irão organizar a produção agrícola própria e de parceiros, cuja

estratégia de comercialização será através de feiras e comércio ambulante, além da

articulação com redes solidárias já existentes. Além disso, a formalização do

Empreendimento como Microempresa, através Lei Geral da Micro e Pequena Empresa

(Lei Complementar nº 123/2006) permitirá acessar tributação simplificada no Sistema

(SIM) e mercados cativos como os Programas Federais: Programa de Aquisição de

Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Obervou-se

que há mercado promissor, que existe viabilidade técnica e econômica para

desenvolver o empreendimento na região. Para implementação do negócio será

necessário investimento na ordem de R$ 30,4 mil reais, cujo tempo de retorno será de

13 meses. Os indicadores financeiros calculados indicaram viabilidade econômcia do

investimento. A análise de risco, avaliado pela matriz SWOT, indica maiores

oportunidades do que riscos para o empreendimento. Conclui-se que o

empreendimento é viável do ponto de vista técnico e econômico.

Objetivos

Objetiva-se com este documento apresentar um Plano de Negócio para

estruturar um novo sistema de comercialização de Hortifrútigranjeiro na microrregião

de Cândido de Abreu-PR, que será constituída por uma microempresa gestora da

produção e comercialização.

Missão da empresa

Combater a exploração produtiva dos Agricultores Familiares, aumentar a

oferta de Alimentos saudáveis e Preço Socialmente Justo.

2

1. Principais pontos do plano de negócio

O plano de negócios consiste na organização de uma Feira Solidária Itinerante,

para o comércio de Alimentos Hortifrutigranjeiros oriundos na Agricultura Familiar, na

região central do Paraná, utilizando Metodologia Participativa, na organização dos

Grupos de Produção, no Assentamento 19 de Junho, na cidade de Cândido de Abreu-

PR. A comunidade tem 10 anos de ocupação vivendo e produzindo.

Nesse sentido que a Feira Itnerante é um projeto inovador, pois nesse sistema

de comércio, ao invés do consumidor ir até o Mercado, CEASA ou sacolão, a Feira

Itinerante, passa na frente das casas, através de um controle do Cronograma de

Comercialização. A Feira estabelece uma relação com o consumidor, através do

cadastramento e a pratica de politica de preços mínimos além de diversas promoções.

O consumidor faz o pedido no sistema, os pedidos são registrados e logo na próxima

entrega o consumidor recebe seu produto no local de comércio. O watsapp e o

facebook tem se mostrado ferramentas fundamentais no sistema de entregas e

compra pela internet.

A exposição e o comércio dos produtos no próprio carro em gôndolas

fabricadas para devido fim, além de ser mais fácil prático e eficiente, permite reduzir

custos operacionais tais como Aluguel, IPTU, conta de agua e luz. A inspiração do

modelo de comércio veio da observação da falta de um canal de comercialização para

o comércio dos produtos oriundos da Agricultura familiar local.

Além de competir com o sistema convencional de distribuição dos alimentos, a

feira vai aproximar agricultores e consumidores, ambos se beneficiaram, já que a

estrutura organizacional vai ser simples, clara e objetiva. Disponibilizando assistência

técnica para escalonar a produção, diminuir custos, aumentar a qualidade,

profissionalizar os Grupos de Produção e articular os diversos canais regionais de

comercio.

1.1 Dados dos Empreendedores

Tiago da Silva - Estudante de Agronomia, Graduação na universidade federal

de viçosa- MG. Filho de Agricultor, sempre trabalhando com a Agricultura. Pretendo

trabalhar na area de comercialização agrícola e a criação da Feira Itinerante é um

grande passo para estabelecer parcerias e adquirir experiencia na região.

1.2 Experiencias Profissionais

Estagios Supervionado no Departamento de Biologia Vegetal (DBV) - Fisiologia

Vegetal - UFV (2014-2015);

Fisiologia e Manejo Pós-colheita FIT 410 - UFV;

3

Curso Produção de Meliponários. SENAR, 2017;

1.3 Atribuições

Tiago da Silva – Organizar, Planejar, Executar, Administrar Estoques e Pedidos.

Rafael da Silva – Motorista do carro de comércio: atuar na execução das rotas de

comercialização, assim como auxiliar na venda.

Coordenação Geral (5 membros) - 3 Membros do Grupo de Produção

Conselho Operacional e Estratégico (5 membros) - 3 Membros do Grupo de Produção

1.4 Setores de atividade Econômica

Comércio Varejista

Figura 1- Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE)

A classificação nacional de Atividade Econômica é um sistema online do portal

do empreendedor para o cadastro de microempresas nas respectivas areas de

atividade econômica.

1.5 Forma jurídica;

CNAE 47-21-1/03 e CNAEs secundários.

Microempresa: A Partir de 01.01.2012

A partir de 01.01.2012, considera-se microempresa a pessoa jurídica que,

aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00

(trezentos e sessenta mil reais); Base: Lei Complementar 139/2011.

1.6 A feira Itinerante como forma de trabalho

As Feiras Permanentes ou Itinerantes são frequentes e regulares, podendo

ocorrer sempre no mesmo ponto ou em rodízio num circuito pré definido, se inserindo

no calendário local como o espaço onde a população pode encontrar produtos e

serviços de origem local, direto do produtor ou de suas organizações representativas

4

no campo da Economia Solidária. Essas feiras se instalam, assim, no quotidiano das

pequenas cidades, bairros e comunidades, configurando-se num espaço onde a

população rural e urbana se encontram na oferta e troca de bens e serviços, e como

local de convívio e produção cultural (MASCARENHAS e PISTELLI, 2011).

1.7 Registro da empresa nos seguintes órgãos:

1. Preenchimento de Formulário e registro no site do portal do empreendedor

para emissão do Cadastro Nacional de Pessoa Juridica (CNPJ);

2. Junta Comercial;

3. Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

4. Secretaria Estadual da Fazenda;

5. Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;

6. Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada a

recolher a Contribuição Sindical Patronal anualmente);

7. Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade

Social”;

8. INSS/FGTS;

9. Corpo de Bombeiros Militar;

10. Visita à prefeitura da cidade onde pretende montar sua empresa para fazer a

consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e Número Oficial.

Na maioria dos municípios brasileiros, as atividades econômicas são

regulamentadas em conformidade com o Plano Diretor Urbano (PDU). É o PDU que

determina o tipo de atividade que pode funcionar no imóvel escolhido, portanto, esse é

um passo fundamental.

1.8 Enquadramento tributário;

A proposta de enquadramento da empresa será como Sociedade Limitada

(LTDA). Nesse regime, o grupo poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,

por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do

Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f

azenda.gov.br/SimplesNacional/):

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);

• CSLL (contribuição social sobre o lucro);

• PIS (programa de integração social);

• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);

• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);

• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

5

1.9 Área de Abrangência do projeto

Estado: Paraná

Cidade: Cândido de Abreu

Entrepostos: Ivaiporã, Manoel Ribas e Pitanga;

No inicio do projeto, no primeiro ano de atuação, pretende-se atender aos

municípios num raio de no máximo 100 Km, pois transportar dependendo da situação

se torna muito caro, entretanto viagens curtas com mercado garantido se torna mais

atrativo.

Figura 2 - Detalhamento do Local. Fonte: IPARDES, 2015

1.9.1 Curto Prazo:

Cândido de Abreu, Pitanga, Manoel Ribas e Ivaiporã.

1.9.2 Médio Prazo (2 - 3 anos)

Guarapuava, Londrina, Maringá

1.10 Aspetos Legais do Comércio Ambulante

Regula o exercício do comércio ambulante, Decreto-Lei N. 2.041 – De 27 De

Fevereiro De 1940. Como o decreto é muito antigo, e a legislação ainda não evoluiu,

apesar de ter projetos em debate na câmara dos deputados a regulamentação fica a

cargo dos municípios. Os municípios adotam Legislação municipal complementar,

ficando a cargo do empreendedor visitar a prefeitura e buscar os registros nos órgãos

específicos.

1.11 Cândido de Abreu

O municipio possui Lei municipal nº 651, 18 de novembro de 2010 em seu

Artigo 4° estabelece regulamentação para o comércio ambulante no município.

6

“Tratando-se de venda, de forma ambulante, por produtores rurais

com propriedade e produção incluídos Hortifrutigranjeiros, gerados

no Município, e comprovando tal origem mediante Nota de Produtor

ou similar, ficarão isentos da taxa diária acima, sujeitos, contudo, a

inspeção da qualidade do produto ofertado, e ao credenciamento

na forma estabelecida no Artigo 3° da presente Lei”.

1.12 Capital social

Quantidade de pessoas envolvidas na empresa:

Tiago da Silva: Engenheiro Agrônomo;

Rafael da Silva: Sócio (Irmão);

Anor da Silva (Pai): Sócio Agricultor;

Comiter Gestor: Parceiros

1.13 Fontes de recursos

Recurso proprios:

Moto bros 150, Ano 2006;

Terreno para o Galpão;

Mão de obra da construção do galpão;

Recursos Externos:

Compra da Kombi;

Adaptação da Kombi;

Toldo Veicular;

Pintura e Adesivagem da Kombi;

Materiais Para Construção do Galpão;

Materiais Gerais;

Análise de Mercado;

7

2. Análise de mercado

O mercado é complexo, tendo varios segmentos que abastecem importantes

setores da economia, tanto Públio como o mercado privado.

Figura 3 – Cadeia Produtiva Hortifrutícola.

Fonte: EMATER, 2011.

A figura acima apresentada descreve a cadeia produtiva de Hortifrugranjeiros,

Frutas Legumes e Verduras (FLV) ou Cadeia Hortifrutícola. De forma geral em maior

ou menor grau essa cadeia produtiva esta associada a baixo nível de informação e

emprego de baixa tecnologia.

2.1 História do Abastecimento no Brasil

Os primeiros anos do século XX foram caracterizados por uma baixa presença

do Estado na questão do abastecimento alimentar, conforme ocorrera na segunda

metade do século anterior. A crise social e econômica que marcou o período foi

determinada, em parte, pela escassez de financiamento externo e, a partir de 1913,

pela queda dos preços dos produtos que lideravam as exportações brasileiras. O

governo, de início, enfrentou essa situação com emissão de moeda, o que gerou

inflação, principalmente dos alimentos. (BELIK, SILVA e TAKAGI, 2001).

Em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, a situação agravou-se pelo

aumento das exportações para os países que estavam em guerra, em especial de

arroz, feijão e carne, o que acarretou o aumento dos preços desses produtos e a

drástica redução de oferta para o mercado interno. As políticas de apoio ao setor

cafeeiro e a intensificação da emissão de moeda inflacionaram os preços dos

alimentos, gerando nova crise de abastecimento em 1917 (BELIK, SILVA e TAKAGI,

2001).

8

Nos anos 60, o Governo Federal, estudava propor uma forma inovadora de

apoio à produção e ao escoamento de frutas, legumes e verduras. Começavam a ser

inauguradas plataformas logísticas de comercialização, hoje denominados CEASAs.

Nos anos 70 o modelo Ceasa passou a ser construído em larga escala e, na década

de 80, já se espalhava pelo país. (CONAB,2015)

Durante a década de 90, época das privatizações e diminuição da presença do

Estado, essas Centrais de Abastecimento passaram, em sua maioria, para a

responsabilidade dos estados e municípios e assim permanecem até os dias de hoje,

com exceção da central de São Paulo (Ceagesp) e a de Minas Gerais (Ceasa Minas),

que continuam federalizadas (CONAB, 2015)

No decorrer da história foi sendo formada a estrutura privada dos meios de

comercialização dos produtos Hortifrutigranjeiros, como apontam BELIK, SILVA e

TAKAGI, 2001:

“O poder público foi ineficiente em controlar preços,

margens e em modernizar a comercialização. No sistema

de atacado, as CEASAs jamais funcionaram como

espaços de aproximação de produtores e consumidores.

Ao contrário: tão logo elas se estabeleceram, o sistema

passou a ser controlado por atacadistas privados que se

consolidaram como um novo elo na cadeia de

distribuição. Durante todo esse período, pouca coisa se

alterou também no sistema de escoamento da produção,

embalagens e mecanismos de formação de preços. Na

prática, os agentes e os mercados tradicionais passaram

a atuar nos novos espaços patrocinados pelo poder

público sem mudanças e maiores efeitos na oferta”.

Paralelo aos CEASAs, desenvolveu-se os sacolões, o sistema de vendas

consistia basicamente em negociar diversos produtos por um preço único. O cliente

colocava os produtos que desejava em uma sacola e pesava-os juntos. Essa é a

origem do termo “Sacolão”. Mas foi a partir da década de 80, que eles receberam um

impulso do poder público que fornecia todo tipo de assistência técnica possível e

estimularam sua expansão, obtendo uma excelente aprovação entre a população.

Devido a necessidade de alternativas para a comercialização a Rede Ecovida

de Agroecologia foi criada em 1998, como resultado de um processo de articulação de

organizações e movimentos sociais, visando construir uma alternativa ao modelo de

agricultura dominante no país. A rede é organizada em núcleos regionais espalhados

pela região Sul do Brasil. Segundo a organização, atualmente a Rede conta com 18

núcleos regionais, em distintos estágios de organização, que reúnem

9

aproximadamente 2000 famílias de agricultores organizados em 180 grupos,

associações e cooperativas, 23 ONGs, 10 cooperativas de consumidores, 10

comercializadoras, processadoras e diversos profissionais.

O reflexo deste trabalho alcança, aproximadamente 150 municípios nos 3 (três)

estados do Sul. Desde a sua origem, a Ecovida tem como pressuposto estabelecer

formas de comercialização que priorizem a venda direta ou que reduzam ao máximo

as intermediações (SANTOS; MAYER, 2007).

É sob essa ótica, aproximando produtores e consumidores, que foram

construídas as mais de 100 feiras e lojas de varejo. Porém, com o passar do tempo e

o aumento do número de produtores (abrangendo cerca de 2,5 mil famílias) e do

volume de produtos, as opções de mercados locais e regionais se tornaram restritivas.

Mesmo assim, a Ecovida mantém uma resistência à entrada em grandes mercados de

atacado e varejo, o que configurou um gargalo para a expansão e o escoamento da

produção dos agricultores ligados a ela (ROVER, 2011).

Esta condição revela um ambiente de grande potencial, pois a ideia de

formalização do comercio através de uma plataforma de comércio inovadora,

Integrada a essas redes já existentes, rompem com a estrutura tradiconal, além de

possibilitar o desenvolvimento economico social local.

10

2.2 Indicadores Econômicos

Figura 4 – Renda Média dos Municípios do Paraná

O Cartograma apresentado utiliza uma base cartográfica e correlaciona os

dados de renda média percapta do estado do Paraná, possibilitando identificar o perfil

do desempenho dos municípios no desenvolvimento econômico e social.

A renda média elevada per capta indica maior potencial de mercado, uma

informação importante. O aspecto de mosaico com pouco desenvolvimento na região

central com matriz produtiva, o agronegócio em grandes plantações de soja e milho,

exploração da agropecuária de bovinos de corte e leite, feijão e fortaliças na

agricultura familiar, assim como outras culturas de Interesse na Alimentação.

11

Figura 5 – Demanda Hidrica e Disponibilidade da Agua no Estado do Paraná

Esses dois mapas apresentados, do Initituro IPARDES, (2015), tratam de

contextualizar a região central do Paraná quanto ao potencial agrícola, demanda e

oferta de agua na região, assim como Topografia e altitude que mostra aspectos do

clima e solo.

12

Figura 6 – Topografia do Estado do Paraná

2.3 Canais de Comercialização

2.3.1 Centrais de Abastecimento (CEASA

Figura 7 - Mapa de Localização de Centrais de abastecimento:

Fonte: CEASA, 2016

13

A maior parte dos entrepostos estão concentrados na região Sul, Sudeste e

Nordeste.

2.4 Mercado Livre do Produtor (MLP)

Estrutura nos CEASAs, voltadas para agricultores familiares.

O acesso a este sistema de venda, dependendo do mercado é bem limitado, o

agricultor não possuir capital para levar seu produto até o MLP que fica localizado nos

grandes centros, distantes dos locais de produção.

2.5 Sacolões

Segundo SILVA 1987, os Sacolões foram criados com os seguintes objetivos

básicos:

a) “Propiciar um novo canal de distribuição de produtos hortigranjeiros

para as populações de menor poder aquisitivo e consequentemente, elevar a

disponibilidade nutricional diversificada àquelas populações, com base nos

teores de vitaminas e proteínas encontrados em larga escala nos produtos

hortícolas;

b) Propiciar a distribuição também de produtos hortigranjeiros com

classificação não comercial, aumentando a renda dos produtores com a nova

opção de escoamento desses produtos;

c) Reduzir os custos operacionais nessa nova modalidade de venda a

varejo, a preço único por quilograma, beneficiando sensivelmente o consumidor

final;

d) Modificar o hábito do consumidor, estimulando-o a adquirir outros

produtos hortigranjeiros, inclusive aqueles fora da classificação oficial;

e) Abast ecer com produtos hortigranjeiros as populações residentes nas

áreas periféricas dos grandes aglomerados urbanos;

f) E, finalmente, criar com os Sacolões, um novo referencial de preços em nível

de varejo”.

O Sacolão que conhecemos nos dias de hoje é um pouco diferente daquele

das décadas de 70 e 80. A maioria não tem ligação com o governo ou com as Centrais

de Abastecimento. Embora ainda exista a possibilidade de obter a concessão de um

Sacolão participando de licitação junto às Companhias de Abastecimento dos Estados,

na maioria das cidades eles funcionam como comércios exclusivamente de cunho

privado.

As frutas e hortaliças frescas são os principais itens de comercialização dos

Sacolões. As frutas, em sua maioria, são frutos maduros e de sabor doce. As

hortaliças podem ser agrupadas, de acordo com a parte da planta utilizada:

a) Hortaliças-folha: acelga, agrião, alface, almeirão, cebolinha, couve,

escarola, repolho, serralha, rúcula, salsinha.

b)Hortaliças- flor: alcachofra, couve-flor, brócolis.

14

c) Hortaliças-caule: aipo, alho-poró, aspargo, erva-doce, salsão.

d) Hortaliça-fruto: abóbora, moranga, tomate, pimentão colorido (maduras);

abobrinha, berinjela, chuchu, ervilha, jiló, maxixe, pepino, pimentão verde,

quiabo, vagem (imaturas).

e) Hortaliças subterrâneas: alho e cebola (bulbo); batata doce, beterraba,

cará, cenoura, mandioca, mandioquinha-salsa, nabo, rabanete (raiz);

gengibre, inhame chinês (rizoma); batata (tubérculo).

2.6 Conceito e objetivos das Feiras De Economia Solidária

Segundo MASCARENHAS e PISTELLI, 2011, as Feiras de Economia

Solidária constituem-se em processos organizativos do movimento de economia

solidária, realizadas de forma participativa, coletiva e autogestionária, desde a

elaboração do projeto inicial do evento até a avaliação propriamente dita. O exercício

do trabalho coletivo nessa construção é constante, onde os diferentes atores da

economia solidária têm que enfrentar os desafios, as divergências de opiniões, o

respeito às decisões coletivas, a necessidade de celebrar parcerias com diferentes

parceiros, enfim, a construção do evento coletivamente e com a participação de

diferentes atores, mostra o diferencial de uma feira de economia solidária.

As Feiras de Economia Solidária integram cinco dimensões estratégicas:

1. A dimensão econômica traduz-se em ser um espaço de comercialização,

tanto para consumidores diretos como entre empreendimentos e no fechamento de

acordos de negócios para além do evento. Com isso, contribuem, por um lado, para

ampliar os canais de comercialização e estimular a fidelidade do consumo dos

produtos da Economia Solidária, e, por outro, resgatar a relação personalizada entre

produtores/as e consumidores/as;

2. Na dimensão de fortalecimento da organização dos empreendimentos

da Economia Solidária, estes eventos contribuem na organização por ramos de

atividade, por redes de colaboração solidária, por cadeias e sistemas produtivos, e

entre estes, na perspectiva de fortalecer a organicidade política e econômica da

Economia Solidária em sua base territorial;

3. Já a dimensão da divulgação traduz-se na ampliação do conhecimento do

conceito de Economia Solidária (seus princípios, valores, plataforma, produtos, no

âmbito de realização dos eventos. Os eventos têm uma identidade visual nacional que

favorece a divulgação, bem como fortalecimento da Campanha: Economia Solidária:

outra economia acontece;

4. A dimensão de formação concretiza-se tanto na realização de oficinas,

plenárias, reuniões e seminários com as diversas temáticas técnicas e políticas,

15

quanto na própria preparação e execução das feiras, em rede, com forte protagonismo

dos atores envolvidos: empreendimentos solidários, entidades de assessoria e

gestores públicos;

5. A dimensão ambiental manifesta-se na preocupação com relação aos

impactos do evento durante a sua organização e realização, que perpassa o uso de

materiais não descartáveis, existência de sistemas de coleta e reciclagem, fechamento

de ciclos de uso de água, a minimização do uso de embalagens, produtos químicos

entre outros.

2.7 Parcerias

2.7.1 Rede Ecovida de Agroecologia

A Rede Ecovida de Agroecologia foi criada em 1998, como resultado de um

processo de articulação de organizações e movimentos sociais, visando construir uma

alternativa ao modelo de agricultura dominante no país. A rede é organizada em

núcleos regionais espalhados pela região Sul do Brasil. São agricultores (as), técnicos

(as), consumidores (as) e comerciantes unidos em associações, cooperativas, ONGs e

grupos informais que têm por objetivo organizar, fortalecer e consolidar a agricultura

familiar ecológica da região. (SANTOS; MAYER, 2007).

Segunda a organização, Atualmente, a Rede Ecovida conta com 18 núcleos

regionais, em distintos estágios de organização, que reúnem aproximadamente 2000

famílias de agricultores organizados em 180 grupos, associações e cooperativas; 23

ONGs; 10 cooperativas de consumidores; 10 comercializadoras; processadoras e

diversos profissionais. O reflexo deste trabalho alcança, aproximadamente 150

municípios nos três estados do Sul. Desde a sua origem, a Rede Ecovida tem como

pressuposto estabelecer formas de comercialização que priorizem a venda direta e/ou

que reduzam ao máximo as intermediações (SANTOS; MAYER, 2007).

É sob essa ótica, aproximando produtores e consumidores, que foram

construídas as mais de 100 feiras e lojas de varejo. Porém, com o passar do tempo e

o aumento de número de produtores (abrangendo cerca de 2,5 mil famílias) e do

volume de produtos, as opções de mercados locais e regionais se tornaram restritivas.

Mesmo assim, a Ecovida mantém uma resistência à entrada em grandes mercados de

atacado e varejo, o que configurou um gargalo para a expansão e o escoamento da

produção dos agricultores ligados a ela (ROVER, 2011).

16

Figura 8 – Mapa de Atuação da Rede Ecovida

2.7.2 COOPERCANDI

Cooperativa de Candido de Abreu, existem poucas informações na literatura,

apenas um relato de um Associado. Está espandindo os negócios e não consegue

atender as demandas crescentes, segundo depoimento informal do presidente da

COPERCANDI.

3. Cliente

Os clientes da feira vão ser as famílias dos bairros distantes das cidades da

região central do Paraná, Redes de Comércio já existentes, Instituições Públicas,

Restaurantes e Supermercados. A estratégia da busca pelo mercado será facilitar o

aceso aos produtos da Feira pelo carro de comércio, que passa na frente das casas

realizando as entregas cadastradas e as vendas.

3.1 Fornecedor

Os Fornecedores vão ser localizados na região. Os sitios de produção

artesanal da região, Assentamentos, Sitios Familiares Rurais e CEASAs regionais.

Os cadastramentos vão ser realizados no minimo 6 meses antes do inicio do

projeto. O cadastramento deve conter os dados de identificação do produdor

(endereço, telefone, Localidade, Tipo de produto que vai fornecer Quantidade que vai

fornecer Preço do Iten fornecido, CT total do fornecimento);

17

3.2 Concorrentes

A economia da região é baseada na agricultura, pecuária de leite e corte,

Olarias de produção de tijolos e materiais cerâmicos.

O comércio de Hortifrutigranjeiros é praticado por mercados, e Cooperativas,

com baixo grau de emprego de tecnologias e participação na cadeia produtiva.

A COOPERCANDI, é um dos empreendimentos que atua no setor do PAA e

PNAES, tem desenvolvido um importante trabalho na cidade, e nos ultimos anos vem

ampliando sua atuação.

18

3. Plano de Marketing

Plano de marketing irá constar a descrição dos principais produtos e serviços a

ser desenvolvido pelo futuro negócio.

3.1 Lista de Produtos

Tabela 1 – Lista de Produtos

Continua...

código Descrição Preço Unit. de

Compra (R$)

Quantidade

(KG)

Custo da

Compra (R$)

FRUTAS

Banana Nanica 1,50R$ 50 75,00R$

Banana Prata 2,50R$ 50 125,00R$

Melancia 1,00R$ 50 50,00R$

Abacate 2,75R$ 10 27,50R$

Tomate 1,80R$ 10 18,00R$

Maracujá Doce 4,00R$ 10 40,00R$

Maracujá Azedo 3,84R$ 10 38,40R$

Goiaba 5,00R$ 10 50,00R$

Mamão 1,30R$ 20 26,00R$

Abacaxi 3,00R$ 10 30,00R$

Kaki 3,00R$ 10 30,00R$

Morango 8,00R$ 15 120,00R$

Abóbra 1,50R$ 10 15,00R$

Manga 2,50R$ 10 25,00R$

Pinhão 2,00R$ 10 20,00R$

Grãos

Feijão Preto Orgânico 3,00R$ 30 90,00R$

Feijão Carioca Orgânico 4,00R$ 30 120,00R$

Milho Pipoca 3,50R$ 10 35,00R$

VERDURAS

Alface 1,00R$ -R$

Couve 1,00R$ -R$

Couve-Flor 2,00R$ -R$

Quiabo 4,60R$ -R$

Rúcula 1,00R$ -R$

Salsinha 2,00R$ -R$

Cebolinha 2,00R$ -R$

Pimentão 2,50R$ -R$

PRODUTOS COLONIAIS

Rapadura Colonial 2,50R$ 5 12,50R$

Melado Colonial 3,00R$ 5 15,00R$

Cachaça Colonial 8,00R$ 5 40,00R$

Doce Colonial 8,00R$ 5 40,00R$

Compotas Coloniais 8,00R$ 5 40,00R$

Conservas Coloniais 8,00R$ 5 40,00R$

Doce de Leite Colonial 8,00R$ 5 40,00R$

Café de qualidade 15,00R$ 5 75,00R$

Ovos Caipira 5,00R$ 5 25,00R$

ERVAS MEDICINAIS

Erva Mate Fina (Illex

Paraguaensis) 10,00R$ 15 150,00R$

Erva Mate Grossa (Illex

Paraguaensis) 7,00R$ 10 70,00R$

Mel

Mel Abelha sem Ferrão 40,00R$ 5 200,00R$

Mel Apis Melifera 12,00R$ 10 120,00R$

Produtos

19

Continuação...

3.2 O preço

O preço será definido pelo Custo Total médio (CTmédio) e o Markup (% ou

divisor).

𝑃𝑟𝑒ç𝑜 (𝑅$) = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑑𝑒 𝑈𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 + 𝑀𝑎𝑟𝑘𝑢𝑝

Tabela 2 – O Markup

3.3 O Markup como Estratégia

Markup ou Mark Up é um termo usado em economia para indicar quanto, do

preço, do produto está acima do seu custo de produção e distribuição. Significa

diferença entre o custo de um bem ou serviço e seu preço de venda. Pode ser

expresso como uma quantia fixada ou como percentual. O valor representa a quantia

efetivamente cobrada sobre o produto a fim de obter o preço de venda.

O preço de venda, em qualquer setor produtivo é um dos principais elementos

de diferenciação e de competitividade. O markup como método de

precificação permite o controle do preço de venda, por meio de um “indicador” ou

“índice” que, aplicado sobre o custo de um produto, determina o preço de venda e

comercialização. Um markup é adicionado ao custo total incorrido pelo produtor de um

bem ou serviço com propósito de gerar um lucro.

A contabilidade define o markup de maneira semelhante. Mas, para entendê-lo

corretamente, é preciso considerar alguns fatores que o influenciam. Como custos

fixos e variáveis, despesas fixas e variáveis. O markup terá percentuais diferentes, de

acordo com os custos e despesas. São três tipos de Markup:

Todos os custos de fabricação de um produto mais as despesas de vendas e

administrativas são incluídas no custo total. A composição do custo total é obtida

somando os custos e despesas fixas mais os custo e despesas variáveis.

RAÍZESMandioca Descascada e

Congelada 2,00R$ 10 20,00R$

Batata doce 2,00R$ 10 20,00R$

Batata salsa 2,00R$ 10 20,00R$ Total 470 1.862,40R$

Impostos

(R$)

Comissões

(R$)

Lucro desejado

(R$)

Custo Fixo Total

(R$)

Custo Total

da Venda

(CTV)

Preço de Venda

(PV)

Markup

Divisor

5,47% 4% 20% 25% 54% 100% 0,455

Markup Divisor

Custo Fixo Total

20

3.4 As Estratégias Promocionais

Promoção é toda ação que tem como objetivo apresentar, informar, convencer

ou lembrar os clientes de comprar os produtos ou serviços.

3.5 Formas de Divulgação

Website, Grupo no Watzap, Facebook, Rádio, Eventos, Feiras, Festas Tradicionais e

Palestras.

Utilizar caixas de sugestão para melhor atender as necessidades dos

consumidores.

Investir ao longo do tempo em cartões de fidelidade favorecendo o

melhor relacionamento com os consumidores.

3.6 Diversificação/Agregação de Valor

Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares,

diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta possuir algo

que os produtos e serviços concorrentes não ofereçam. É necessário que esse algo

mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu

nível de satisfação com o produto ou serviço prestado.

Para agregar valor ao produto, existem diversas opções, dentre elas pode-se

citar:

1. Oferta de maior variedade de frutas e hortaliças;

2. Venda de produtos orgânicos e especiais;

3. Oferta de serviços de entrega domiciliar;

4. oferecer degustação aos clientes;

3.7 Estrutura de comercialização

O produto será coletado preferencialmente no inicio da manhã nas primeira

horas o dia. O comércio será feito na carroceria Adaptada de uma Kombi.

Nesse modelo de comércio ao invés do Consumidor ir até o sacolão, o sacolão

vai até os bairros.

21

Figura 9 – Fluxograma de Funcionamento

(Fonte: MASCARENHAS e PISTELLI , 2011)

3.8 Localização do Empreendimento

A Localização do empreendimento vai ser na propriedade Familiar na Cidade

de Cândido de Abreu-Pr no Assentamento 19 de Junho.

O comércio ambulante será feita pelo carro adaptado Kombi nos locais

definidos pelo Cronograma de comercialização.

22

4. Plano Operacional

4.1 Layout ou arranjo físico;

Galpão de Armazenamento de Hortifrutigranjeiros: Execução,

Alvenaria, Projeto Elétrico e Projeto Hidraulico;

Finalidade:

Receber e armazenar os produtos oriundos das propriedades, para

armazenamento temporário, além de servir de centro administrativo para a Feira.

Localização: Assentamento 19 de Junho - Cândido de Abreu - PR.

Orientação: Leste - Oeste

Dimensões:

Comprimento: 6 metros;

Largura: 3,5 metros;

Beiral: 0,5 m;

Área de Armazenamento: 21 m²;

Ambiência:

Modificações primárias: Altura do pé direito (2,50m x 3,30m), Inclinação do

Telhado: 20%;

Descrição Da Construção:

Construção de alvenaria, apoiada sobre pilares de concreto, fechada na frente e

nas laterais, com paredes de alvenaria, revestida com emboço e calfino.

Telhado Pórtico, com engradamento de madeira de Eucalipto Citriodora seção

circular e madeira serrada e tratada, telha de Eternit 6mm (2,44mx1,10m).

A construção vai ter um Banheiro com torneira, chuveiro e vaso, pois vai servir de

sede administrativa da Feira. Vai ter lâmpadas e tomadas de energia elétrica de fácil

acesso 110 e 220 volts, para conectar aparelhos como Computadores, Balança digital,

Freezers e geladeiras Posteriormente.

23

4.2 Dimensionamento Arquitetônico

Figura 10 – Planta Baixa do Galpão de Armazenamento

Figura 11 – Corte Frontal

24

4.3 Adaptação da Kombi:

Pintura: Branco Com Verde;

Adesivagem: Logo da Empresa na Porta;

Toldo Veícular;

4.4 Capacidade produtiva, comercial e de prestação de serviços;

Capacidade da Sala de recebimento: armazenar diversos produtos que não

precisem de refrigeração;

Capacidade da Kombi: 1 tonelada de produto por viagem = 1000 kg

4.5 Processos operacionais

4.6 Organização da Produção

4.7 Contato com o GRUPO

Realizar cadastramento de agricultores que despertaram o interesse de

participar do projeto. Com essa lista de nomes e endereços organizar reuniões para

apresentar o contexto geral do projeto. Organizar os Agricultores cadastrados, verificar

oque cada produtor irá produzir, assim realizando o escalonamento adequado da

produção. Com o planejamento da produção, a Feira poderá fazer contratos com a

prefeitura, restaurantes, lanchonetes etc.

Buscar curso de capacitação no SENAR, para produção de Doces, compotas e

conservas tendo como base os produtos locais: Leite, Frutas, Mel etc...

Ministrar Curso de Produção Integrada, Produção Orgânica e Agroecológica.

4.8 Assistência Técnica aos Agricultores

A assistencia técnica será feita duas vezes por semana nas propriedades

agendadas previamente.

4.9 Coleta dos Produtos;

A coleta respeitará os acordos de produção, levando-se em consideração o

Clima, a Sazonalidade do mercado, a garantia da qualidade e procedência

(Embalagem e Identificação).

A marcação é de forma antecipada e confirmada alguns dias antes da entrega,

para evitar imprevistos no sistema de comercialização.

25

Será realizada pela Kombi de Comércio nos locais de fácil acesso e uma Moto

Honda BROS150 em locais de difícil acesso, sendo comercializado logo em seguida

ou armazenado provisoriamente em um galpão de Alvenaria de 21m² (3,5x6m).

A Feira Itinerante se responsabiliza a buscar o produto no dia marcado,

verificando o peso no ato da coleta e a qualidade do mesmo.

4.10 Comercialização;

Comércio Justo e Solidário (CJS) – é uma nova forma de comercializar, uma

“prática comercial diferenciada pautada nos valores de justiça social e solidariedade

realizada pelos empreendimentos econômicos solidários”. Esta definição consta no

Decreto nº 7.358 (17/11/2010), que institui o Sistema Nacional do Comércio Justo e

Solidário.

Segundo No CJS, as relações comerciais entre produtores, comerciantes e

consumidores são:

Mais justas – Buscam um preço justo ao produtor e ao consumidor;

Solidárias – Todos são corresponsáveis na construção dessas novas

relações;

Duradouras – Proporcionam estabilidade e desenvolvem a confiança

entre os envolvidos;

Transparentes – Todos compartilham as informações sobre os

produtos, os processos, a composição dos preços e suas organizações.

Slow Food – movimento que nasceu “em resposta aos efeitos padronizantes

do fast food, ao ritmo frenético da vida atual, ao desaparecimento das tradições

culinárias regionais e ao decrescente interesse das pessoas por sua alimentação”

(www.slowfoodbrasil.com/). Ele prega que o alimento deve ser bom, limpo e justo,

produzido de forma artesanal, respeitando o meio ambiente e os produtores e

incentivando que os consumidores estejam bem informados e se tornem parceiros dos

produtores (coprodutores).

4.10.1 Cronograma de Comercialização

O calendário e os locais da Feira Itinerante vão ser estabelecidos

antecipadamente primeiramente por uma aproximação das melhores rotas e

posteriormente por estudos do Núcleo Estratégico e Operacional da Feira.

O sistema de comércio vai ser o próprio veículo (Kombi), com o cronograma de visita.

Ao fim da coleta, inicia-se a preparação do veículo para a Feira. O grupo a ser

visitado pela Feira Etinerante será definido no planejamento semanal. Em outra

modalidade o carro vai ficar parado em algum bairro em algum terreno baldio com

26

autorização ou na via pública. O principal aspecto desse modelo de comércio é a

possibilidade buscar os mercados.

4.11 Necessidades de pessoal

1 Motorista;

1 Assistência Técnica;

4.12 Adoção de Software para gestão do Emprendimento

O software adotado vai ser o NEX, é um sistema de gestão comercial grátis.

Com ele consigo registrar as vendas, controlar o caixa, estoque, cadastrar clientes e

produtos.

5. Plano Financeiro

5.1 Investimentos fixos

Os Investimentos fixos engloba: O capital empregado na compra de,

equipamentos, móveis, utensílios, instalações e veículos.

Tabela 3 – Investimentos Fixos

Grafico 1- Investimentos Fixos

5.2 Investimentos Pré-operacionais

Os Investimentos pré-operacionais, os quais compreendem os gastos

realizados antes do início das atividades da empresa, isto é, antes que ela abra as

Tipo Descrição Quantidade Valor Unitário (R$) TotalVeíulos Compra da Kombi 1 10.000,00R$ 10.000,00R$ 20 450,00R$

Veíulos Moto Honda Bros 150 1 2.500,00R$ 2.500,00R$ 10 150,00R$

Móveis e Utensíios Carrinho Industrial Retrátil 2

Rodas - Dtools 1 300,00R$ 300,00R$ 3 100,00R$

Móveis e Utensíios Toldo para veículo 1 3.500,00R$ 3.500,00R$ 10 250,00R$

Móveis e Utensíios Balança eletrônica digital 2 300,00R$ 600,00R$ 5 60,00R$

Móveis e Utensíios Caixa de Transporte de Frutas e

Hortaliças 50 15,00R$ 750,00R$ 2 7,50R$

Móveis e Utensíios Gôndolas de Madeira 6 150,00R$ 900,00R$ 5 30,00R$

Total 18.550,00R$ 1.047,50R$

DEPRECIAÇÃO (Anual) Vida

ÚtilINVESTIMENTOS FIXOS

27

portas e comece a vender. São todos os gastos ou despesas realizadas com projetos,

pesquisa de mercado, registro da empresa, decoração, honorários profissionais e

outros.

Tabela 4 – Investimentos Pré-operacionais

Grafico 2- Investimentos Pré Operacionais

5.3 Capital de Giro

Tipo Descrição Quantidade Valor Unitário (R$) TotalReforma Projeto de Adaptaçao do Veículo 1 5.000,00R$ 5.000,00R$

Divulgação de Lançamento 1 200,00R$ 200,00R$

construções

Galpão de armazenamento 24

m² (3,5mx6m) 1 6.652,38R$ 6.652,38R$

Total 11.852,38R$

INVESTIMENTOS PRÉ OPERACIONAIS

Prazo Médio de Vendas % Numero de Dias Media Ponderada em dias

Á vista 50 0 0

Semanal 30 7 2,1

Quinzena 20 15 3

Prazo Médio Total 1,7

Prazo medio de Compras % Número de dias Média Ponderada

Á vista 50 0 0

Quinzena 25 15 3,75

Mensal 25 30 7,5

Prazo Médio Total 5,63

Necessidade Media de Estoques 20

Número de dias

1 Contas a Receber - Prazo Medio das Vendas 2

2 Estoques - Necessidade Média de Estoques 20

Sub total 1 (Item 1+ 2) 22

3- Fornecedores - Prazo Medio de compras 6

Sub Total 2 6

16

Recursos da Empresa fora do Caixa

Necessidade Liquida de Capital de Giro (Sub total1- Sub total2)

1º Passo- conta a Receber - Calculo do Prazo Médio das vendas

2ºPasso- Fornecedores - Calculo do Prazo médio de compras

3º Passo: Estoques - calculo da Necessidade média de Estoques

4º Passo- cálculo da Necessidade Liquida de capital de Giro em dias

Recursos de Terceiros no caixa

28

5.3.1 Caixa Mínimo

Tabela5 - Caixa Mínimo

Tabela 6- Capital de Giro

1. Custo Fixo Mensal 130,00R$

2. Custo Variável Mensal 418,50R$

3. Custo Total da Empresa (Item 1 + Item 2) 548,50R$

4. Custo Total Diário ( Item3/30 dias) 18,28R$

5. Necessidade Liquida de Capital de Giro em dias 16

Total Caixa Minimo - Item 4 x item5 293,90R$

Descrição Valor (R$)Estoque 1.862,40R$

Caixa Minimo 293,90R$

Total 2.156,30R$

29

5.3.2 Estoque

código Descrição Preço Unit. de

Compra (R$)

Quantidade

(KG)

Custo da

Compra (R$) FRUTAS

Banana Nanica 1,50R$ 50 75,00R$

Banana Prata 2,50R$ 50 125,00R$

Melancia 1,00R$ 50 50,00R$

Abacate 2,75R$ 10 27,50R$

Tomate 1,80R$ 10 18,00R$

Maracujá Doce 4,00R$ 10 40,00R$

Maracujá Azedo 3,84R$ 10 38,40R$

Goiaba 5,00R$ 10 50,00R$

Mamão 1,30R$ 20 26,00R$

Abacaxi 3,00R$ 10 30,00R$

Kaki 3,00R$ 10 30,00R$

Morango 8,00R$ 15 120,00R$

Abóbra 1,50R$ 10 15,00R$

Manga 2,50R$ 10 25,00R$

Pinhão 2,00R$ 10 20,00R$

Grãos

Feijão Preto Orgânico 3,00R$ 30 90,00R$

Feijão Carioca Orgânico 4,00R$ 30 120,00R$

Milho Pipoca 3,50R$ 10 35,00R$

VERDURAS

Alface 1,00R$ -R$

Couve 1,00R$ -R$

Couve-Flor 2,00R$ -R$

Quiabo 4,60R$ -R$

Rúcula 1,00R$ -R$

Salsinha 2,00R$ -R$

Cebolinha 2,00R$ -R$

Pimentão 2,50R$ -R$

PRODUTOS COLONIAIS

Rapadura Colonial 2,50R$ 5 12,50R$

Melado Colonial 3,00R$ 5 15,00R$

Cachaça Colonial 8,00R$ 5 40,00R$

Doce Colonial 8,00R$ 5 40,00R$

Compotas Coloniais 8,00R$ 5 40,00R$

Conservas Coloniais 8,00R$ 5 40,00R$

Doce de Leite Colonial 8,00R$ 5 40,00R$

Café de qualidade 15,00R$ 5 75,00R$

Ovos Caipira 5,00R$ 5 25,00R$

ERVAS MEDICINAIS

Erva Mate Fina (Illex

Paraguaensis) 10,00R$ 15 150,00R$

Erva Mate Grossa (Illex

Paraguaensis) 7,00R$ 10 70,00R$

Mel

Mel Abelha sem Ferrão 40,00R$ 5 200,00R$

Mel Apis Melifera 12,00R$ 10 120,00R$

RAÍZES

Mandioca Descascada e

Congelada 2,00R$ 10 20,00R$

Batata doce 2,00R$ 10 20,00R$

Batata salsa 2,00R$ 10 20,00R$

Total 470 1.862,40R$

Produtos

30

5.4 Custo Operacional Total

Tabela7- Custo Operacional Mensal

5.5 Investimento Total

Tabela 8- Investimento Total

Gráfico 3 – Investimento Total

Especificação Quantidade Valor (R$) Total (R$)

Internet 1 R$ 50,00 R$ 50,00

Celular 1 R$ 30,00 R$ 40,00

Total CF R$ 90,00

Gasolina 300 R$ 3,60 R$ 1.080,00

Energia Elétrica 1 R$ 50,00 R$ 50,00

R$ 1.130,00

Materia Prima 1 R$ 6.047,25 R$ 6.047,25

Motorista 1 1.200,00R$ 1.200,00R$

Férias 1 100,00R$ 100,00R$

Décimo Terceiro 1 100,00R$ 100,00R$

FGTS 1 96,00R$ 96,00R$

Assistência Técnica 1 1.200,00R$ 1.200,00R$

Total Mão De Obra 2.696,00R$

Custo Operacional Total 3.916,00R$

Custo Mão de Obra

Custo variável

Custo Fixo

Total CV

Especificação Valor

Investimentos Fixos 18.550,00R$

Investimentos Pré Operacionais 11.852,38R$

Capital de Giro (E + Caixa Mínimo) 2.156,30R$

Total 30.402,38R$

INVESTIMENTO TOTAL

31

5.6 Previsão de Arrecadação

Tabela 9 - Estimativa de Faturamento

código Descrição Preço Unit. de

Compra (R$)

Custo da

Compra (R$)

Quantidade

(KG)

Markup

Divisor

Preço de

Venda

(R$)

Total

FRUTAS

Banana Nanica 1,40R$ 140,00R$ 100 0,4553 3,07R$ 307,49R$

Banana Prata 2,40R$ 240,00R$ 100 0,4553 5,27R$ 527,12R$

Melancia 1,00R$ 100,00R$ 100 0,4553 2,20R$ 219,64R$

Abacate 2,75R$ 41,25R$ 15 0,4553 6,04R$ 90,60R$

Tomate 1,80R$ 180,00R$ 100 0,4553 3,95R$ 395,34R$

Maracujá Doce 3,50R$ 105,00R$ 30 0,4553 7,69R$ 230,62R$

Maracujá Azedo 3,00R$ 30,00R$ 10 0,4553 6,59R$ 65,89R$

Goiaba 3,00R$ 45,00R$ 15 0,4553 6,59R$ 98,84R$

Mamão 1,30R$ 26,00R$ 20 0,4553 2,86R$ 57,11R$

Abacaxi 3,00R$ 30,00R$ 10 0,4553 6,59R$ 65,89R$

Kaki 3,00R$ 30,00R$ 10 0,4553 6,59R$ 65,89R$

Morango 5,00R$ 75,00R$ 15 0,4553 10,98R$ 164,73R$

Abóbra 1,50R$ 15,00R$ 10 0,4553 3,29R$ 32,95R$

Manga 2,50R$ 25,00R$ 10 0,4553 5,49R$ 54,91R$

Pinhão 2,00R$ 20,00R$ 10 0,4553 4,39R$ 43,93R$

Grãos 0,4553Feijão Preto

Orgânico 3,00R$ 540,00R$ 180 0,4553 6,59R$ 1.186,03R$ Feijão Carioca

Orgânico 4,00R$ 720,00R$ 180 0,4553 8,79R$ 1.581,37R$

Milho Pipoca 3,50R$ 105,00R$ 30 0,4553 7,69R$ 230,62R$

VERDURAS 0,4553

Alface 1,00R$ 10,00R$ 10 0,4553 2,20R$ 21,96R$

Couve 1,00R$ 10,00R$ 10 0,4553 2,20R$ 21,96R$

Couve-Flor 2,00R$ 20,00R$ 10 0,4553 4,39R$ 43,93R$

Quiabo 4,60R$ 46,00R$ 10 0,4553 10,10R$ 101,03R$

Rúcula 1,00R$ 3,00R$ 3 0,4553 2,20R$ 6,59R$

Salsinha 2,00R$ 10,00R$ 5 0,4553 4,39R$ 21,96R$

Cebolinha 2,00R$ 20,00R$ 10 0,4553 4,39R$ 43,93R$

Pimentão 2,50R$ 25,00R$ 10 0,4553 5,49R$ 54,91R$

PRODUTOS

COLONIAIS 0,4553

Rapadura

Colonial 2,50R$ 50,00R$ 20 0,4553 5,49R$ 109,82R$

Melado Colonial 3,00R$ 60,00R$ 20 0,4553 6,59R$ 131,78R$

Cachaça Colonial 8,00R$ 120,00R$ 15 0,4553 17,57R$ 263,56R$

Doce Colonial 8,00R$ 120,00R$ 15 0,4553 17,57R$ 263,56R$

Compotas

Coloniais 6,00R$ 60,00R$ 10 0,4553 13,18R$ 131,78R$

Conservas

Coloniais 6,00R$ 120,00R$ 20 0,4553 13,18R$ 263,56R$

Doce de Leite

Colonial 7,00R$ 350,00R$ 50 0,4553 15,37R$ 768,72R$

Café de

qualidade 11,00R$ 330,00R$ 30 0,4553 24,16R$ 724,80R$

Ovos Caipira 5,00R$ 250,00R$ 50 0,4553 10,98R$ 549,09R$

ERVAS

MEDICINAIS 0,4553

Erva Mate Fina

(Illex 7,00R$ 350,00R$ 50 0,4553 15,37R$ 768,72R$

Erva Mate

Grossa (Illex

Paraguaensis) 6,00R$ 300,00R$ 50 0,4553 13,18R$ 658,91R$

Mel 0,4553

Mel Abelha sem

Ferrão 40,00R$ 600,00R$ 15 0,4553 87,85R$ 1.317,81R$

Mel Apis

Melifera 12,00R$ 600,00R$ 50 0,4553 26,36R$ 1.317,81R$

Tubérculos 0,4553

Mandioca

Descascada e

Congelada 1,30R$ 39,00R$ 30 0,4553 2,86R$ 85,66R$

Batata doce 1,30R$ 39,00R$ 30 0,4553 2,86R$ 85,66R$

Batata salsa 1,60R$ 48,00R$ 30 0,4553 3,51R$ 105,42R$

Total 6.047,25R$ 1498 13.281,90R$

RECEITA MENSAL PREVISTA (R$)

32

5.7 Demonstrativo de Resultados Mensal

5.8 Indicadores de viabilidade

5.8.1 Lucratividade

Lucratividade = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 ∗ 100 = 17,35%

5.8.2 Rentabilidade

𝑹𝒆𝒏𝒕𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙∗ 100= 2304,84/30402,38*100 = 7,58%

5.9 Valor Presente Liquido Mensal(VPL)

5.10 Prazo de retorno do investimento (Pay Back)

Prazo de Retorno: 13 meses;

Descrição Valor (R$) %

1. Receita Total com Vendas 13.281,90R$ 100

2. Custos Variáveis 1.130,00R$ 8,51

(-) Aquisição dos Produtos 6.047,25R$ 45,53

(-) Impostos Sobre vendas 726,52R$ 5,47

(-) Gastos Com Vendas 200,00R$ 1,51

Subtotal de 2 8.103,77R$ 61,01

3. Margem de Contribuição (1 - 2) 5.178,13R$ 38,99

(-) Custos Fixos 90,00R$ 0,68

(-)Mão De Obra 2.696,00R$ 20,30

4. Custo Fixo Total 2.786,00R$ 20,98

5. Resultado Operacional (Lucro/Prejuízo) (3 - 4) 2.392,13R$ 18,01

(-) Depreciação 87,29R$ 0,66

6. Resultado Operacional ( 5 - Depreciação ) 2.304,84R$ 17,35

Demonstrativo de Resultados

Ano Investimento

Total (R$)

Geração de

Caixa (R$)

Custo

Operacional

Total (R$)

Geração

Liquida (R$)

Fluxos

descontados

(R$)

Acumulado

(R$)

Taxa de

Juros aa (%)

0 R$ 30.402,38 -R$ 30.402,38 30.402,38- 30.402,38-

1 R$ 159.382,82 R$ 129.477,24 R$ 29.905,58 26.941,97 -3460,41

2 R$ 159.382,82 R$ 129.477,24 R$ 29.905,58 24.272,04 20811,63

3 R$ 159.382,82 R$ 129.477,24 R$ 29.905,58 21.866,71 42678,34

4 R$ 159.382,82 R$ 129.477,24 R$ 29.905,58 19.699,73 62378,07

5 R$ 159.382,82 R$ 129.477,24 R$ 29.905,58 17.747,51 80.125,58R$

VPL 80.125,58R$

11%

33

5.11 Analise SWOT

Tabela1- Analise Swot

Aspectos Oportunidades Ameaças

Demográficos - Raio de 100 Km cidades

desenvolvidas com

demanda potencial;

Econômicos

- Baixo investimento;

-Possibilidade de comprar

com prazo de pagamento

até 30 dias;

-Produtos de primeira

necessidade, cujo

consumo é pouco afetado

por crises fiannceiras

- Crise Econômica,

causando aperto

orçamentário das famílias;

Legais - Disponibilidade de

regime tributário

simplificado (SIM);

- Incentivos fiscais;

- Regulamentação da

categoria vendedor

ambulante fica a cargo dos

municípios muito

dependente da politica

local;

Tecnológicos - Pode ir aonde o cliente

está;

- Possibilidade de explorar

mercados diversificados;

- Há chance de realizar

vendas em situações

diferenciadas, como em

eventos, feiras, festas;

- Custos fixos reduzidos;

- Sazonalidade da

produção e do mercado

consumidor;

34

6. Avaliação do Plano de Negócios

A criação da Lei que regulamentou as micro e pequenas empresa foi um marco

muito importante para a economia Brasileira, pois tirou da informalidade classes de

trabalhadores que antes não tinham segurança alguma na atuação profissional e que

hoje tem garantidos seus direitos previdenciários, além de gerar receitas para o

estado. A Feira Itinerante surge nessse contexto, pois é um projeto que visa uma

abordagem alternativa de produção e distribuição de alimentos na cadeia produtiva de

hortifrutigranjeiros e usufrui do regime simplificado de tributação (SIM).

Os pontos positivos do projeto, são baixo custo de operação, pois não possui

custos com IPTU, Agua e taxas diversas. A localização estratégica, próxima aos

grandes centros consumidores, além de disponibilidade de Agua, solo, temperatura

adequados a produção de qualidade dos alimentos.

O assentamento 19 de junho ainda está em fase de desenvolvimento e a

implantação de um sistema de comércio que direcione os investimentos da reforma

agrária surge como um potencializador para o fortalecimento da comunidade.

Outro ponto de dificuldade será a construção da disciplina cooperativa e

trabalho em grupos. Para isso ofereceremos cursos de capacitação em Cooperativas,

Intercâmbios com outros grupos de produção já integrados ao mercado, além de

reuniões semanais para discutir questões do grupo de produção e comercialização.

Ao final de 13 meses de operação, a Feira já vai ter pagado os Investimentos

iniciais. Como indicado pela análise de VPL positiva no horizonte de planejamento de

5 anos o saldo acumulado de mais de 80 mil reais Acumulado, indica um cenário de

grande potêncial, com idéia de continuar a expandir, comprar outro carro, expandir o

Galpão, aumentar o número de fornecedores, diferenciar os produtos e atingir novos

mercados.

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Brasília, 1963.

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Orgânico na Kombi: Casal de Florianópolis aposta em feira itinerante.

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Projeção de Vendas: Disponível em: <https://blog.sagestart.com.br/projecao-de-

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Portal do Empreendedor: Disponível em:

<http://www.portaldoempreendedor.gov.br/perguntas-frequentes/duvidas-relacionadas-

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