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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus vannamei (Boone, 1931). 14 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS MAYRA VIEIRA PEREIRA ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS PROTÉICAS PARA JUVENIS DE CAMARÕES MARINHOS DA ESPÉCIE Litopenaeus vannamei (Boone, 1931) JOÃO PESSOA – PB 2007

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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus vannamei (Boone, 1931).

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

MAYRA VIEIRA PEREIRA

ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS PROTÉICAS PARA JUVENIS DE CAMARÕES MARINHOS DA ESPÉCIE Litopenaeus

vannamei (Boone, 1931)

JOÃO PESSOA – PB 2007

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MAYRA VIEIRA PEREIRA

ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS PROTÉICAS PARA JUVENIS DE CAMARÕES MARINHOS DA ESPÉCIE Litopenaeus

vannamei (Boone, 1931)

Orientador: Prof. Dr. José Marcelino Oliveira Caval heiro

JOÃO PESSOA – PB 2007

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento as exigências para obtenção do grau de mestre em Ciências e Tecnologia de Alimentos.

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MAYRA VIEIRA PEREIRA

ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS PROTÉICAS PARA JUVENIS DE CAMARÕES MARINHOS DA ESPÉCIE Litopenaeus

vannamei (Boone, 1931)

Aprovada em _____/___________de 2007.

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dr. José Marcelino Oliveira Cavalheiro Orientador

Prof. Dr. Vicente Queiroga Neto Examinador Externo

Prof. Dr. Pushkar Singh Bora Examinador Interno

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DEDICATÓRIA

À DEUS por seu grandioso amor e eterna compaixão.

Aos meus grandes amores AILTON e AYSSA LETÍCIA, por me fazer entender

o verdadeiro sentido da vida “o amor”.

“A essência da vida é aceitar e compreender o que a vida nos proporciona,

pois somos responsáveis pela colheita do que plantamos. Viva bem, viva a paz,

sejas ponderado com você mesmo, pois somente assim saberás colher o fruto da

sabedoria”.

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AGRADECIMENTOS

A meu esposo AILTON, por estar sempre ao meu lado, incentivando e

apoiando para que pudesse concluir o presente trabalho;

À Universidade Federal da Paraíba (UFPB) pela oportunidade de realizar este

mestrado;

A minha mãe por sua sabedoria, sempre com palavras estas nas horas mais

difíceis;

As minhas irmãs, em especial Socorro e Jozinete pelo apoio, incentivo em

tudo que venha a colaborar com a minha formação profissional;

Às minhas amigas, JEANE, KASSIANE e FÁBIA, pelos momentos

compartilhados, pela amizade e compreensão adquiridas durante o período de

convívio;

Ao meu orientador MARCELINO, pelo apoio e dedicação, sempre a ajudar;

Aos membros que fazem parte da coordenação do Programa de Pós-

Graduação em Ciências e Tecnologia de Alimentos;

Ao Sr. Humberto Bandeira pela colaboração prestada durante o decorrer do

mestrado;

Ao proprietário da Fazenda Água Preta (Jô), no município de São Miguel do

Taípu, por ceder as amostras para realização do experimento biológico;

Ao Diretor do NUPPA (Núcleo de Pesquisa e Processamento de Alimentos -

UFPB) JOSÉ GOMES, por permitir, execução do experimento;

À técnica do laboratório de nutrição Elieidy e aluna Mayara, pela ajuda e

apoio durante as análises;

Agradeço a todos que colaboraram na realização deste trabalho.

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LISTA DE FIGURAS

LISTA DE QUADROS

LISTA DE EQUAÇÕES

LISTA DE TABELAS

1INTRODUÇÃO...........................................................................................................

2 OBJETIVOS........................................ ......................................................................

2.1 GERAL....................................................................................................................

2.2 ESPECÍFICOS.........................................................................................................

3 REVISÃO DA LITERATURA............................ .......................................................

3.1 A CARCINICULTURA NO BRASIL.......................................................................

3.2 ASPECTOS BIOLÓGICOS E NUTRICIONAIS DOS CAMARÕES PENEÍDEOS.

3.3 QUALIDADE DA ÁGUA............................................................................................

3.4 A IMPORTÂNCIA DOS INSUMOS UTILIZADOS NA DIETA...................................

4. MATERIAL E MÉTODOS.............................. ..........................................................

4.1 MATÉRIAS PRIMAS................................................................................................

4.1.1 Obtenção das matérias primas................. .........................................................

4.1.1.1 Farinha de sabugo de milho............................................................................

4.1.1.2 Farinha de sangue...........................................................................................

4.2 ANÁLISE DOS INSUMOS........................................................................................

4.3 FORMULAÇÕES DAS RAÇÕES.............................................................................

4.3.1 Processamento das rações..................... ...........................................................

4.4 EXPERIMENTO BIOLÓGICO..................................................................................

4.4.1 Instalações experimentais.................... ............................................................

4.4.2 Povoamento e densidade de estocagem................ ...........................................

4.5 PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS DA ÁGUA DE CULTIVO............................

4.6 Biometria...............................................................................................................

4.7 Tratamento estatístico...........................................................................................

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................... .....................................................

5.1 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DOS INSUMOS UILIZADOS NAS RAÇÕES..........

5.2 BALANCEAMENTO DAS RAÇÕES.........................................................................

5.3 COMPOSIÇÃO GERAL DAS RAÇÕES...................................................................

5.4 ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DURANTE A

ALIMENTAÇÃO EXPERIMENTAL.............................................................................

SUMÁRIO

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5.4.1 Potencial hidrogeniônico (pH)................ ...........................................................

5.4.2 Temperatura.................................. .....................................................................

5.4.3 Salinidade................................... ........................................................................

5.4.4 Oxigênio dissolvido.......................... ..................................................................

5.4.5 Amônia............................................. .................................................................4

5.4.6 Nitrito e nitrato............................ ........................................................................

5.5 TAXA DE CRESCIMENTO, BIOMASSA E SOBREVIVÊNCIA................................

5.6 COMPORTAMENTO CO CRECIMENTO EM PESO E EM CRESCIMENTO.........

6 CONCLUSÕES........................................................................................................

7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................

APÊNDICES

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Fluxograma da confecção da farinha de sangue e sabugo de

milho..............................................................................................................................

Figura 2. Sistema de aquários retangulares utilizados durante o

experimento

Figura 3. Sinfonamento dos aquários........................................................................

Figura 4. Aferição do peso (g) e comprimento (cm) dos animais

durante o experimento................................................................................................

Figura 5. Perfil de crescimento (g) x tempo...............................................................

Figura 6. Perfil de comprimento (cm) x tempo..........................................................

experimento biológico..................................................................................................

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Requerimento protéico de diferentes espécies de peneídeos..................23

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LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1: Taxa de crescimento em peso (Pr) ..........................................................

Equação 2: Incremento em peso relativo diário da biomassa (Br) ..............................

Equação 3: Taxa de sobrevivência (TS) ......................................................................

38 38 38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Composição centesimal e energia (Kcal) dos insumos a serem utilizados

na elaboração das dietas.................................................................................................

Tabela 2. Balanceamento da ração elaborada R1..........................................................

Tabela 3. Balanceamento da ração elaborada R2..........................................................

Tabela 4. Balanceamento da ração elaborada R3..........................................................

Tabela 5. Balanceamento da ração elaborada R4..........................................................

Tabela 6. Balanceamento da ração elaborada R5..........................................................

Tabela 7. Composição geral das rações elaboradas e da controle (comercial)............

Tabela 8. Resultado das análises de água durante o experimento................................

Tabela 9. Médias da taxa de crescimento de peso e comprimento e incremento

relativo diário da biomassa de L. vannamei alimentados com diferentes

rações..............................................................................................................................

Tabela 10. Médias semanais de crescimento dos animais alimentados com

rações formuladas e controle.........................................................................................

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Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da

espécie Litopenaeus vannamei (Boone, 1931).

RESUMO

Entre os demais segmentos da aqüicultura, a carcinicultura marinha apresentou nos últimos anos uma velocidade de crescimento surpreendente em termos de produção de alimentos e como sendo uma alternativa de grande viabilidade sócio-econômica para a exploração de vastas áreas da Região Nordeste. O estudo consistiu de cinco tratamentos, onde foram avaliadas cinco variações de dietas com diferenças nos teores protéico, R1(39%), R2(42%), R3(45%), R4(48%), e R5(51%). Foram realizadas cinco repetições, perfazendo no final da pesquisa um total de 25 testes mais um tratamento controle, ofertando ração comercial. O experimento foi realizado no período de 42 dias. A biometria foi realizada com o objetivo de avaliar o ganho de peso e crescimento dos camarões. Durante o experimento foram realizadas manutenções dos parâmetros de qualidade da água, dentro de níveis pré-fixados, evitando que os mesmos interfiram no consumo alimentar e no processo de crescimento dos animais. Foram utilizados insumos protéicos regionais como farinha de peixe (53,75%), farinha de sangue (80,75%) para confecção das dietas com valores de calorias fixos em 3.640 Kcal/Kg, obtendo o equilíbrio de cada balanceamento. As taxas de sobrevivência foram maiores nas dietas R1, R2 e R5 (100%). Os parâmetros físico-químicos se apresentaram enquadrados dentro dos padrões exigidos pelo cultivo da espécie estudada. A espécie é tolerante a uma larga faixa de salinidade e também desenvolve sob condições de cultivo, principalmente em baixas densidades de estocagem, sob presença marcante de alimentos naturais de origem animal. A taxa de crescimento em peso foi maior na ração R2(290%). O incremento diário da biomassa foi menor nos tratamentos com altos teores protéicos (R4 e R5).

Palavras-chave: Exigência nutricional, Litopenaeus vannamei, proteína e rações

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I study of the demands protein for juvenile of shrimps sea of the species

Litopenaeus vannamei (Boone, 1931).

ABSTRACT

Among the other segments of the aquaculture, the sea shrimp culture

presented in the last years a speed of surprising growth in terms of production of victuals and as being an alternative of great socioeconomic viability for the exploration of vast areas of the Northeast Area. The study consisted of five treatments, where they were appraised five variations of diets with differences in the tenor protein, R1(39%), R2(42%), R3(45%), R4(48%), and R5(51%). Five repetitions were accomplished in the end of the research a total of 25 tests one more treatment controls, presenting commercial ration. The experiment was accomplished in the period of 42 days. The biometry was accomplished with the objective of evaluating the weight earnings and growth of the shrimps. It is important that it is made the maintenance of the parameters of quality of the water, inside of pré-fastened levels, avoiding that the same ones interfere in the alimentary consumption and in the process of growth of the animals. Inputs regional protein were used as fish flour (53,75%), flour of blood (80,75%) for making of the diets with values of calories fixed in 3.640 Kcal/Kg, obtaining the balance of each swinging. The physical-chemical parameters came framed inside of the patterns demanded by the cultivation of the studied species. The species is tolerant to a wide salinity strip and it also develops under cultivation conditions, mainly in low stocking densitys, under outstanding presence of natural victuals of animal origin. The growth rate in weight was larger in the ration R2(290%). THE daily increment of the biomass was smaller in the treatments with high tenors protein (R4 and R5). The survival rates were larger in the diets R1, R2 and R5 (100%).

Word-key: Demand nutritional, Litopenaeus vannamei, protein and rations

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente o camarão da espécie Litopenaeus vannamei, é o mais cultivado

no Brasil, respondendo por mais de 95% da produção nacional. Por se tratar de uma

espécie exótica, natural do Oceano Pacífico e distribuída naturalmente do litoral

Oeste do México ao Norte do Peru. A escolha desta espécie foi devido,

principalmente, a sua fácil adaptação às condições climáticas do Nordeste brasileiro,

tecnologia bem desenvolvida, boa produtividade, grande aceitação no mercado

internacional, como também maior adaptação em cativeiro (SIQUEIRA, CORREIA e

MOURA, 1999; BEZERRA, ALMEIDA, CÉZAR , 1999; ABCC, 2004; RODRIGUES,

2005).

Historicamente, este rápido avanço da carcinicultura deveu-se a introdução do

camarão branco Litopenaeus vannamei e a produção no país de uma ração

formulada de alta qualidade para camarões marinhos. Como também de uma

compreensão mais aprofundada sobre os requerimentos nutricionais dos camarões

cultivados e melhorias na tecnologia e de produções de rações balanceadas hoje

amplamente difundido em sistemas semi-intensivos e intensivos (NUNES, 2000;

ROCHA, 2000).

Nos últimos anos a espécie L. vannamei, representa um papel fundamental

no excelente desempenho da carcinicultura no Brasil, permitindo que o país se

destaque entre os principais exportadores produtores de crustáceos.

A introdução de espécies de camarões resistentes a enfermidades, com boas

taxas de crescimento e fácil maturação em cativeiro tem sido alvo em países das

regiões tropicais, inclusive o Brasil. O camarão L. vannamei apresenta

características favoráveis ao cultivo como rusticidade e tolerância aos fatores

ambientais, desenvolve rapidamente sob condições de cultivo, especialmente em

baixas densidades de estocagem, ou sob presença marcante de alimentos naturais

de origem animal. O L. vannamei tem se adaptado bem as dietas comerciais

disponíveis no Brasil, sobretudo que a variabilidade no comportamento e habito

alimentar dos camarões peneídeos em viveiros é ainda pouco compreendida. Nos

cultivos semi-intensivos, as rações formuladas são utilizadas para aumentar a

produção além dos níveis suportados pela produtividade natural do viveiro, que pode

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alcançar até 85% da dieta dos camarões (NUNES, GESTEIRA e GODDARD, 1997;

CARVALHO, 2004).

As práticas de manejo alimentar continuam impondo um enorme desafio na

carcinicultura marinha. Acredita-se que com o fracionamento alimentar, ou seja, a

distribuição da ração balanceada em múltiplas refeições ao dia, se consegue um

incremento nas taxas de crescimento do camarão cultivado (CARVALHO, 2004).

Contudo torna-se bastante relevante definir quando e quanto deste alimento deve

ser ofertado, para que os animais sejam supridos com quantidades adequadas de

alimento, para seu crescimento e manutenção, diminuindo a perdas econômicas e

os riscos de problemas de qualidade da água.

A administração de uma alimentação adequada é fundamental para a

larvicultura, e todos os outros momentos da produção, pois afetam diretamente a

sobrevivência e o tempo de desenvolvimento dos animais (CESTAROLLI,

PORTELLA e ROJAS, 1997; NEW, D’ABRAMO e VALENTI, 2000). É importante que

mais de um alimento da mesma natureza seja utilizado para que o nível de

aminoácidos, vitaminas e demais nutrientes requeridos sejam o mais completo

possível (VALENTI, 1991; BARROS e VALENTI, 2003). Portanto, uma dieta

alimentar é considerada adequada quando tem seus teores nutricionais de

proteínas, de lipídios, de carboidratos e demais nutrientes, estão balanceados.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O presente estudo teve como objetivo a formulação de dietas adequadas para

juvenis de camarões marinhos da espécie Litopenaeus vannamei, possibilitando o

seu crescimento em peso e comprimento.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Analisar todos os insumos utilizados nas formulações das rações através da

análise de composição centesimal (umidade, cinzas, proteínas, lipídios, fibra,

carboidrato) e energia;

2- Elaborar rações isocalóricas com 3.640Kcal utilizando diferentes níveis protéicos

(39, 42, 45, 48 e 51%) afim de identificar o melhor crescimento dos camarões;

3- Monitorar a qualidade da água pela análise de parâmetros físico-químicos (pH,

salinidade, temperatura, amônia, nitrato, nitrito e oxigênio dissolvido) durante o

experimento de alimentação;

4- Avaliar o desempenho zootécnico dos animais em aquários, medindo peso e

comprimento;

5- Correlacionar as diferentes velocidades de crescimento entre as rações

elaboradas em função do tempo.

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3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 A CARCINICULTURA NO BRASIL

Em meados dos anos 80, somente os produtores comprometidos com a

atividade permaneceram no setor, migraram para o cultivo de espécies nativas

como, F. subtilis e Penaeus schimitti. Estes animais eram capturados em mar aberto,

regiões costeiras e estuários para desova em laboratório e estocagem direta nos

viveiros de cultivo. Apesar dos camarões terem possibilitado uma continuidade da

atividade, o desempenho desta espécie era considerado insatisfatório, devido à

inexistência de alimentos balanceados e tecnologia apropriada para criação. Foi

durante este mesmo período 1987, iniciou-se o cultivo semi-intensivo do camarão

branco do Pacífico o L.vannamei. O cultivo semi-extensivo dos camarões nativos

deram lugar a métodos semi-intensivo com o camarão branco, o qual se adaptou

muito bem as rações elaboradas no Brasil (ROCHA, 2000).

No Brasil, predomina o cultivo semi-intensivo e intensivo do camarão branco

L. vannamei. Em 2002, a produção nacional em cativeiro com esta espécie

alcançou um volume de 60.128 toneladas, um incremento da ordem de 50% em

relação ao ano anterior. A produtividade média anual passou de 4.706 kg/ha/ciclo

para 5.458 kg kg/ha/ciclo no ano de 2003 (ROCHA e RODRIGUES, 2003). Estes

dados atestam o avançado crescimento da carcinicultura.

Entretanto, atualmente a aqüicultura de água salgada e salobra foi a que

apresentou o maior crescimento dos últimos anos e a espécie responsável por esse

crescimento foi o L. vannamei, colocando o Brasil como o sexto maior produtor no

mundo. Em 2003 o cultivo de camarão atingiu 90.190 toneladas tendo diminuído

cerca de 16% em 2004, quando a produção foi de 75.904 toneladas (IBAMA, 2005).

As causas dessa redução são diversas, mas sobressaem a ação anti-dumping

movida, nos Estados Unidos pela Southern Shrimp Alliance, problemas sanitários e

de enfermidades, em particular a infecção causada pelo vírus IMNV (Vírus da

Mionecrose Infecciosa) que apareceu no Brasil no último trimestre de 2003,

espalhando-se sobretudo no Nordeste. Essa infecção causou grande mortandade

nas fazendas contaminadas (JENSEN et al., 2004).

Em nosso país, a despeito da inexistência de ações governamentais, como

implemento do seu desenvolvimento no contexto mundial, a carcinicultura marinha,

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demonstrando anteriormente avanços isolados, mediante a adequação de alguns

processos tecnológicos ou pela aquisição de conhecimentos externos, vislumbra no

presente excelentes perspectivas de crescimento (MAIA e NUNES, 2003). Tal

processo de evolução tem-se fundamentado principalmente, nos resultados da

introdução e cultura semi-intensiva de L. vannamei, bem como no empenho de

antigos e novos fabricantes de rações na consecução de alimentos apropriados,

para as espécies nativas de modo que, o cultivo semi-intensivo de espécie como:

F.subtilis, P. schimitti e P. paulensis já é uma, inconteste.

As primeiras experiências com o cultivo de camarões marinhos foram

desenvolvidas durante a década de 1970. Inicialmente com espécies nativas e,

posteriormente com as exóticas (BARBIERI JÚNIOR e OSTRENSKY NETO, 2001).

Entretanto, apenas a partir da década de 1990 com a introdução do L. vannamei

(Boone, 1931), originário da Costa do Pacífico, é que se obtiveram bons resultados

em termos de índices zootécnicos, dada a sua rusticidade e adaptação às condições

brasileiras na atualidade é predominante na carcinicultura brasileira (ORMOND et al,

2004).

No Brasil, o litoral Nordestino é considerado ideal para o cultivo de camarões

marinhos devido a extensa área costeira com temperatura elevada, a que possibilita

a criação de camarão durante todo o ano. A carcinicultura marinha teve inicio no final

da década de 70 no Estado do Rio Grande do Norte, com a espécie nativa Penaeus

brasiliensis e o camarão exótico P. japonicus. Na década de 80, órgãos do Governo

Federal começaram a incentivar a exploração dos recursos marinhos (NUNES,

2001).

Os projetos pioneiros na Região Nordeste foram encorajados para incentivar

o uso alternativo para áreas costeiras abandonadas pela produção salineira. Foram

enfrentadas inúmeras dificuldades de ordem técnica e financeira, uma vez que

grande parte dos recursos governamentais não foram investidos de forma

apropriada, o que resultou no fracasso do cultivo; carentes de infra-estrutura básica

e suporte técnico especializado. Não existia uma oferta consistente de larvas de

camarões ou rações balanceadas apropriadas para engorda. A espécie P. Japonicus

não se adaptou aos altos teores de sal e temperaturas elevadas, em virtude de

escassez de tecnologias (RODRIGUES, 2001).

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Um outro fator importante na queda da renda das exportações foi a contínua

desvalorização do dólar que perdeu quase um quarto do seu valor frente à moeda

local nos últimos dois anos. Essa razão desses fatores, os carcinocultores cuja

atividade está entre as mais lucrativas da economia brasileira entraram em crise,

agravada pela redução recente das importações pela União Européia em razão do

uso excessivo de antibióticos (FAO, 2004).

Diante dessa breve exposição pode-se inferir que o crescimento da

carcinicultura brasileira estaria na dependência do estabelecimento de indústrias e

da formulação de rações que possam considerar tanto o aspecto qualitativo da

produtividade primária, como as exigências nutricionais de cada espécie cultivada. O

controle do ciclo reprodutivo e o domínio das técnicas de larviculturas do L.

vannamei foram rapidamente alcançados, tendo como base à larga experiência

adquirida com as espécies nativas, resultando na auto-suficiência e regularização da

oferta de pós-larvas, já a partir de 1998 (ROCHA, 1999). Desde então, o L. vannamei

passou a predominar e, a partir do ano 2000, tornou-se a única espécie cultivada

pelos produtores brasileiros. Paralelamente, a qualidade do alimento balanceado,

que no passado tinha sido um fator limitante, passou a apresentar uma sensível

melhora, com reflexos positivos para o aumento da produtividade.

A indústria de rações para a aqüicultura é relativamente recente, além do

conhecimento das exigências nutricionais da maior parte das espécies aquáticas ser

limitado, comparado às aves e a outros animais domésticos (WALDIGE, 2003) O

maior custo da cadeia produtiva da carcinicultura é dependente da alimentação,

dessa forma, a adequada formulação e o balanceamento das rações são

indispensáveis para o sucesso dessa atividade (SAMPAIO, KLEMANN e SÁ, 2004).

No ano 2003, a produção mundial do camarão cultivado em mais de 50

países emergentes chegou a 1.630.000 toneladas, ou seja, 35,2% do total de

camarão produzido em todo o mundo, cujo volume anual envolvendo captura e

cultivo foi 4.630.000 toneladas, o que indica que o camarão extraído dos mares

continua sendo o principal responsável pela oferta global do produto 64,8%

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADOES DE CAMARÃO, 2004).

A produção mundial de camarão cultivado foi de 2,36 milhões de toneladas

em 2005, comparada a uma produção de 2,07 milhões de toneladas em 2004. Por

outro lado, produção de camarão por captura evoluiu de 3,1 milhões de toneladas

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em 2000 para 3,6 milhões em 2006, um crescimento médio de 3,83% a.a.. Contudo,

entre 2003 e 2004, o crescimento foi de 2,0%, o que indica uma tendência à

saturação. Assim, a produção por captura ainda representa a maior parcela (63,56%

do volume bruto em 2004), mas se espera que a produção por cultivo supere a

produção por captura representando uma alternativa viável ao aumento da demanda

(RIECHE e MORAES, 2006).

A aqüicultura, definida como o “cultivo de organismos aquáticos, incluindo

peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e plantas aquáticas” (PRETO et al., 2005), é

atualmente a atividade de maior crescimento entre os setores de produção animal

(FAO, 2002). Dentre os produtos oriundos da aqüicultura, o camarão marinho

apresenta um alto valor econômico.

Os países asiáticos são os principais produtores mundiais deste crustáceo e o

Brasil, embora seja apenas o sexto colocado ao nível mundial, é atualmente o maior

produtor no hemisfério ocidental, com 90.000 toneladas produzidas em 2003

(ROCHA, RODRIGUES e AMORIM, 2004).

No Brasil, vários autores têm estudado diferentes formas de cultivo de

camarões em gaiolas. Apesar dos ótimos resultados obtidos com o camarão branco

L. vannamei (PAQUOTTE et al., 1998; OSTRENSKY e PILCHOWSKY, 2002), o

cultivo desta espécie, por ser exótica, enfrenta limitações legais (IBAMA, 1998) em

vista do impacto potencial ao ambiente no caso de escape. Por outro lado, o

camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis, além de também ter apresentado

resultados satisfatórios quando cultivado em gaiolas (BALLESTER, WASIELESKY e

CAVALLI, 2003; LOMBARDI, 2003; CAVALLI e WASIELESKY, 2004; JENSEN et al.,

2004), não apresenta as mesmas limitações legais, uma vez que é endêmica na

costa sudeste.

3.2 ASPECTOS BIOLÓGICOS E NUTRICIONAIS DOS CAMARÕES PENEÍDEOS

Aspectos biológicos

Os camarões peneídeos consomem praticamente tudo que está presente no

ambiente. Sua dieta natural abrange três grupos principais: as algas, os dendritos e

as presas. A quantidade relativa de cada item consumido depende de sua

disponibilidade no ambiente, além do estágio de crescimento e espécie cio camarão

cultivado (PRETO et al., 2005).

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Os peneídeos são classificados como onívoros durante seus estágios iniciais

de desenvolvimento, alimentando-se de fitoplâncton e mudando para zooplâncton ao

atingir o estágio pós-larvas. Os juvenis são descritos como onívoros e os adultos

como onívoros, dentritivos, oportunistas, carnívoros ou predadores, alimentando-se

continuamente ou freqüentemente durante períodos de atividade alimentar (NUNES,

2002).

Apesar de algumas espécies terem desenvolvidos tendências mais carnívoras

como Penaeus stylirostris, Farfantepenaeus subtilis, já outras possuem hábitos

alimentares mais herbívoros, tais como, Penaeus schimith, e Penaeus duorarum. Em

alguns peneídeos o comportamento alimentar herbívoro é mais pronunciado em

indivíduos jovens, como já foi observado no Penaeus monodon e Penaeus

esculentos (NUNES, 2000).

Em viveiros, poliquetas, anfípodos, copépodos e restos de outros decápodos

e de diferentes crustáceos, entre outros são consumidos em grandes quantidades

durante toda a fase de crescimento. As poliquetas podem contabilizar até 33% da

dieta de algumas espécies de peneídeos durante um ciclo de cultivo (NUNES,

GESTEIRA e GODDARD, 1997). O dentrito, composto de material orgânico em

decomposição, é uma importante fonte alimentar para os camarões, resulta da

associação de partículas orgânicas em decomposição com bactérias, o que

possibilita um aumento do seu valor nutricional. Juntamente com as sementes

macrofitas aquáticas e algas, estes alimentos podem compreender de 35% a 50%

do conteúdo estomacal dos camarões nos 30 dias iniciais da engorda. Os itens de

origem mineral, como areia e silte, constituem de 6% a 9% de todo alimento

consumido durante todo o ciclo de produção (CARVALHO, 2004).

O sistema alimentar destes animais engloba funções que vão da ingestão do

alimento, transporte, absorção e armazenamento de nutrientes até a digestão

mecânica, a hidrólise química e a excreção de dejetos. Anatomicamente o sistema

alimentar dos camarões é complexo. Localizados ventralmente encontra-se a boca e

os apêndices torácicos. Na boca estão várias estruturas como mandíbulas e maxilas,

as quais servem para dilacerar o alimento e permitir a ingestão. Próximo a boca,

existe três pares de maxilípedes. Os apêndices torácicos por cinco pares de

pereiópodos. Geralmente, somente o terceiro par de maxilípedes e os três primeiros

pares de pereiópodos participam da apreensão, manipulação e condução do

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alimento até a boca, os dois últimos pares permitem o equilíbrio do animal durante a

alimentação, funciona também na locomoção e detecção de alimentos enterrados

(NUNES, 2000).

Na parte interna os camarões peneídeos possuem um curto esôfago e um

pequeno estômago, também chamado de proventrículo, o qual é dividido em dois

compartimentos: o anterior denominado de estômago cardíaco ou saco alimentar, e

o posterior chamado de estômago pilórico. Pode-se observar no estômago um

espesso revestimento quitinoso com alimentos calcários, alguns dos quais formam

dentes constituindo o moinho gástrico. A glândula digestiva ativa a produção de

enzimas digestivas utilizadas na degradação química do alimento. Este é um dos

órgãos mais importantes, podendo representar de 2% a 6% do peso corporal de um

animal. Esta glândula funciona também na absorção e armazenamento de nutrientes

utilizados na construção de novos tecidos. No intestino o material fecal compactado

é transportado para o reto e ânus, onde ocorre a excreção (BARBIERI, 2001).

Aspectos Nutricionais

Seis classes importantes de nutrientes são encontradas em rações para

animais, incluindo aquelas para camarões. Estas incluem: proteínas, lipídeos,

carboidratos, vitaminas e minerais. Destas substâncias, algumas são utilizadas para

construção e manutenção de tecidos, enquanto outras, para o suprimento de

energia. Os carboidratos, lipídeos e proteínas podem ser oxidados para produzir

energia, enquanto os minerais e vitaminas solúveis na água funcionam como

componentes funcionais de coenzimas em sistemas bioquímicos (NUNES, 2000).

Nutrientes essenciais são aqueles que o camarão tem um requerimento

dietético absoluto e são incapazes de sintetizar de outros ingredientes. Os animais

cultivados em sistemas intensivos, alimentados com rações faltando ou contendo

níveis insuficientes de nutrientes essenciais, podem exibir um crescimento

deficiente, deformidades ou serem susceptíveis a doenças, esses nutrientes

essenciais incluem alguns aminoácidos e ácidos graxos, colesterol, fosfolipídeos,

vitaminas e alguns minerais. Em sistemas semi-intensivos, os camarões obtêm

muitos desses nutrientes essenciais, de organismos que ocorrem naturalmente em

viveiros (BOYD, 2001).

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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus vannamei (Boone, 1931).

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A suplementação nutricional é de fundamental importância para uma

performance satisfatória da dieta de qualquer organismo aquático cultivado. Quando

oferecido adequadamente, possibilita um aumento na densidade de estocagem com

menos riscos, resultando em animais com bom desenvolvimento (BARROS e

VALENTI, 2003).

Proteínas

As proteínas apresentam uma incrível diversidade de funções, embora todas

compartilhem a característica estrutural comum de serem polímeros lineares de

aminoácidos. A proteína de suma importância na dieta do camarão, constituem de

enzimas e hormônios, representado um componente associado ao crescimento do

animal (RODRIGUES, 2001).

Muitas espécies de camarões peneídeos possuem um hábito alimentar

tipicamente carnívoro e tem um alto requerimento dietético por proteínas. Os

requerimentos protéicos variam entre as espécies, situando-se entre 30% e 60%.

Entretanto, os níveis recomendados de proteínas para rações utilizadas em sistemas

semi-intensivos estão entre 30 e 60%, conforme adaptação realizada por Guillaume,

(1997) no Quadro 1.

Quadro 1. Requerimento protéico de diferentes espéc ies de peneídeos

ESPÉCIE Requerimento protéico (%)

P. brasiliensis 45 - 55

P. indicus 40 – 43

P. japonicus 40 – 60

P. monodon 40 – 46

L. vannamei ≥ 30

F. subtilis 40 – 45

FONTE: GUILLAUME, (1997)

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A maioria dos alimentos comercialmente formulados para camarões em

sistema de cultura intensivo contêm entre 35 e 50% proteína. Se o nível de proteína

no alimento for muito baixo, as taxas de crescimento serão reduzidas. Deficiências

de proteína severas podem provocar a perda de peso se as proteínas no tecido

muscular de camarões são utilizados para manter outras funções vitais. A proteína

em excesso na dieta também pode inibir crescimento.

O alimento é o insumo de custo mais elevado dentro do cultivo semi-intensivo

de camarões. Esse alto custo se deve a utilização de fonte protéica a qual é utilizada

na elaboração da ração do animal (LIM, BEAMES e EALES, 1997).

A exigência de proteína dietética para camarões peneídeos é uma

consideração nutricional importante, visto que a proteína é freqüentemente o

nutriente limitado ao crescimento. Muitos estudos tem levado em consideração as

exigências diárias de proteínas para camarões marinho. Segundo Valesco et al.

(2000) a proteína é tipicamente o macronutriente mais caro na alimentação de

camarões marinhos, assim a determinação de níveis adequados dos requerimentos

protéicos são imprescindíveis para a formulação de rações, visando com isso

minimizar os custos da alimentação.

Carboidratos

Os carboidratos servem como fonte de energia de baixo custo em dietas para

camarões. Gomas, açúcares e fibras são os principais carboidratos utilizados. Os

organismos marinhos utilizam os carboidratos como fonte de energia, os camarões

peneídeos com hábito alimentar carnívoro, cujas dietas contêm níveis altos de

proteína, tendem a usar proteína como fonte de energia e freqüentemente não

podem metabolizar os carboidratos efetivamente (CEREDA, 2002).

Na formulação de uma dieta nutricionalmente completa e de menor custo, o

objetivo principal é utilizar os carboidratos como principal fonte de energia,

direcionando as proteínas para a formação de novos tecidos do animal (DEVLIN,

1998).

Quando o percentual de carboidrato na ração for inferior a 20%

recomendados podem ocorrer problemas, visto que um alimento formulado com uma

relação proteína / energia muito baixa, pode reduzir as taxas de alimentação do

animal e os níveis de digestibilidade do alimento. Da mesma forma, rações com

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níveis elevados de proteína, mas com baixos teores energéticos, resulta em um

crescimento e conversão alimentar reduzida. Neste caso, grande parte da fonte

protéica contida na ração é direcionada para suprir as necessidades de energia.

Portanto, uma ração poderá conter concentrações elevadas de proteínas, mas ser

pouco aproveitada no crescimento do animal (LIM, BEAMES e EALES, 1997;

VALESCO et al., 2000).

Lipídios

O nível adequado de lipídios a ser utilizado em dietas, demonstra estar

influenciado por uma variedade de fatores: qualidade e quantidade da dieta protéica;

a quantidade e qualidade e a disponibilidade e a qualidade do óleo. Dietas com

elevados níveis de gordura estão relacionadas com a redução de crescimento e

limitação do metabolismo, devido ao acréscimo nos níveis lipídicos no

hepatopâncreas (D'ABRAMO, 1997; ROCHA, 1999).

Os lipídios são formados basicamente pelos ácidos graxos e glicerol. Os

ácidos graxos essenciais são aqueles que não podem ser sintetizados pelo

organismo animal a partir de outro ácido graxo ou qualquer outra substância

precussora (FITZSIMMOS, 2001; NUNES, 2002).

Os lipídios além de exercerem papel fundamental no processo de produção

de energia, são também importante fonte de ácidos graxos, participando no

transporte de proteínas e componentes estruturas estruturais de células

responsáveis pela plasticidade e permeabilidade das membranas celulares, atuando

ainda como precursores das prostaglandinas e componentes de hormônios (SOUZA,

2002).

Rações para camarões contém geralmente entre 5% e 9% de lipídios. Apesar

dos requerimentos dos ácidos graxos essenciais não terem sido ainda totalmente

definidos, aparentemente existe um requerimento por ácidos graxos como séries

linoléicas e linolênicas. O colesterol um precursor vital dos hormônios do sexo e do

processo de muda (formação de um novo exoesqueleto permitindo a expansão

corporal), é requerido em níveis dietéticos entre 0,5% e 1,25% da dieta total

(FITZSIMMOS, 2001). Os óleos dos invertebrados marinhos (lula, camarão ou

molusco), são fontes ricas em colesterol, os quais os peneídeos são incapazes de

sintetizar. Rações para camarões são suplementadas com fosfolipídios, uma vez

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que, tem demonstrado melhora tanto no crescimento como na sobrevivência de

camarões cultivados (NUNES, 2002).

Vitaminas e minerais

As vitaminas e minerais desempenham papel importante na formação de

tecidos, crescimento muscular e em diversos processos metabólicos e fisiológicos

essenciais para o crescimento, saúde e reprodução do animal (RODRIGUES, 2001).

A suplementação vitamínica é de fundamental importância para uma

performance satisfatória da dieta de qualquer organismo aquático cultivado. Quando

oferecida adequadamente possibilita um aumento na densidade de estocagem com

menos riscos, resultando animais com bom desenvolvimento. Sabe-se que o ácido

ascórbico desempenha diversas funções no organismo, como: suporte no

crescimento, auxilia na formação do exoesqueleto, acelera a regeneração de tecidos

e fortalece o sistema imunológico. Um fornecedor importante de vitamina C é o

resíduo da acerola, estudado por Nunes, Rocha e Figueiredo (1998), os quais

demonstraram resultado satisfatório, de acordo com a concentração utilizada. A

acerola possui grande quantidade de vitaminas A, B1 e B2, é uma excelente fonte de

vitamina C, cálcio, fósforo e ferro, proporcionando um bom aporte de nutrientes

disponíveis.

Dentre os micronutrientes, a vitamina E é o mais importante antioxidante

metabólico presente na membrana celular, protegendo-a da oxidação de ácidos

graxos e do colesterol, além de diminuir ou inibir a produção e a ação dos radicais

livres; enquanto o selênio é o componente da metaloenzima glutationa peroxidase

(GSH-Px), a qual, no citosol, catalisa as reações de conversão do peróxido de

hidrogênio à água, destruindo os peróxidos formados (FRANCO, 2002). Como o

efeito da vitamina E sobre a formação de peróxidos é limitado primariamente à

membrana, tanto o selênio quanto a vitamina E parecem ser necessários à

eliminação eficiente dos peróxidos. Esses dois nutrientes conjuntamente constituem

os principais agentes antioxidantes no organismo (DEVLIN, 1998).

O selênio não pode proteger os componentes teciduais ou celulares que

apresentem baixa concentração da enzima glutationa peroxidase. No entanto,

podem ser protegidos pela vitamina E, que atua como antioxidante por diferentes

mecanismos, o qual não necessita da glutationa peroxidase.

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Segundo Watanabe, Kion e Satoh (1997), o selênio também apresenta a

função de proteção contra a toxicidade de metais pesados, como o mercúrio e o

cádmio. A vitamina E é encontrada na dieta como uma mistura de vários compostos

estreitamente relacionados, chamados tocoferóis, sendo o α - tocoferol o mais

potente. O DL α - tocoferol acetato é a forma sintética de vitamina E mais

comumente utilizada na nutrição animal. Trabalho realizado por Sampaio, Klemann e

Sá, (2004), relacionado com a determinação dos melhores níveis dietários de

vitamina E de selênio em pós-larvas de camarões, observaram que 200mg de

vitamina E/kg e 0,50mg de selênio/Kg de ração, na alimentação de pós-larvas

apresentaram ganho de peso e uma maior taxa de sobrevivência.

A exigência de vitamina E para crustáceos é de aproximadamente 100mg/kg

de ração, valor significativamente menor que os 300mg de vitamina E/kg de ração

(LIM, BEAMES e EALES, 1997).

A aqüicultura em seu crescente desenvolvimento nos últimos anos vêm

utilizando diferentes espécies de animais aquáticos, na tentativa a uma demanda

global por alimentos, que a cada dia se acentua e os crustáceos, em especial aos

camarões peneídeos vem se destacando mundialmente. Dentre os demais

seguimentos da aqüicultura, a carcinicultura marinha apresentou nos últimos anos

uma velocidade de crescimento surpreendente em termos de produção de alimentos

e como sendo uma alternativa sócio-econômica para a exploração de vastas áreas

da Região Nordeste. Sendo assim, é de grande importância a realização de

pesquisas voltadas ao estudo de espécies de camarões, monitorando o manejo

alimentar e nutricional, conhecendo as exigências nutricionais da espécie, visando

elaborar rações de custos reduzidos, priorizando a utilização de insumos regionais

de grande disponibilidade, permitindo assim contribuir para uma melhor performance

do animal e sua possível inclusão na escala industrial.

3.3 QUALIDADE DA ÁGUA

O controle dos parâmetros de qualidade de água é fundamental no cultivo de

camarões, principalmente à medida em que é intensificado, devido ao dinamismo

dos processos físicos, químicos e biológicos que ocorre no ecossistema.

A avaliação dos níveis de qualidade da água, incluindo oxigênio dissolvido,

temperatura, pH, amônia, nitrito, dureza e alcalinidade total, e transparência são

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importantes para se prever como estão as condições ambientais para a vida dos

animais aquáticos (CANDIDO et al., 2005).

O oxigênio dissolvido é monitorado por ser o primeiro parâmetro de qualidade

da água que pode ser afetado através do aumento da alimentação e do metabolismo

dos animais. Assim como, a temperatura da água influencia fortemente no consumo

de oxigênio e também na capacidade de carregar oxigênio na água (GOLOMBIESKI

et al., 2003), pois a solubilidade do oxigênio depende do fator temperatura associado

a pressão, o nível ideal para temperatura superior a 25ºC é maior que 3,0mg/L

(ESTEVES, 1988).

O pH da água é um importante fator para assegurar uma boa produção de

camarões e peixes. A faixa de pH de 6,5 a 9,0 é usualmente sugerida para a criação

de camarões e peixes, mas a faixa ótima pode diferir para diferentes espécies.

Baixos níveis de pH reduzem o crescimento e a reprodução (LOPES, SILVA e

BALDISSEROTTO, 2001; MAIA e NUNES, 2003).

A amônia é o maior resíduo nitrogenado produzido através do catabolismo

dos aminoácidos, sendo, na água, reduzida a nitrito pela nitrificação bacteriana

antes de ser convertida a nitrato (COSTA et al., 2004). Ela é tóxica não apenas para

peixes, mas também para animais aquáticos, especialmente em tanques com baixas

concentrações de oxigênio dissolvido, e existe em ambas as formas: ionizada (NH4+)

e não-ionizada (NH3), sendo sua toxicidade atribuída principalmente à última forma

(FOSS, VOLLEN e OIESTAD, 2003). Níveis tóxicos de amônia não-ionizada para

curtas exposições usualmente são reportados e ficam entre 0,6 e 2mg L-1. Dois

principais fatores afetam a concentração de amônia: a taxa de excreção pelos

camarões e a difusão pelos sedimentos que representa uma parte da amônia

externa. Algas utilizam amônia para o crescimento e produção de oxigênio, e a

presença de maiores cargas nitrogenadas em tanques aumenta a produtividade

primária dos tanques, com mais alimentos disponíveis para peixes para seu máximo

crescimento (EL-SHAFAI et al., 2004).

Candido, et al., (2005) cita que os níveis de amônia provém dos animais e da

decomposição do material orgânico, causando toxidez e diminuição da taxa de

crescimento, essas partículas quando dissolvidas na água do cultivo dos camarões

podem afetar no seu crescimento.

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A tolerância dos organismos aquáticos a amônia varia com as espécies, os

níveis de estresse e fatores ambientais. A toxidez para animais aquáticos é

usualmente manifestada para a redução da taxa de crescimento em vez de

mortalidade (BOYD, 2001).

O nitrito é um produto intermediário da transformação da amônia em nitrato, e

pode ser tóxico para peixes (FRANCES, ALA e NOWARK, 1998). Como resultado da

ação da nitrificação bacteriana, a amônia é reduzida a nitrito, e em sistemas

fechados, bem como tanques de terra, ambos podem acumular para níveis tóxicos.

O aumento nas concentrações de nitrito na água induz a acumulação deste no

sangue e tecidos, e via reações complexas produzindo derivados tóxicos com ação

deletéria em processos fisiológicos dos animais aquáticos (COSTA et al., 2004).

A dureza total é a concentração de todos os cátions divalentes na água,

sendo o cálcio (Ca2+) e o magnésio (Mg2+) os cátions mais comuns em quase todos

os sistemas de água doce. O valor recomendado de dureza total para a cultura de

peixes em tanques é acima de 20mg L-1 CaCO3 (BOYD e EGNA, 1997).

Quanto à alcalinidade total da água, segundo Esteves (1988), ela representa

a capacidade que um sistema aquoso tem de neutralizar ácidos, e esta capacidade

depende de alguns compostos, principalmente carbonatos, bicarbonatos e

hidróxidos, seus níveis podem variar 100-140mg/L.

A alcalinidade aumenta o pH e como conseqüência a amônia torna-se mais

tóxica. Dureza e alcalinidade são relativamente estáveis, mas podem mudar com o

tempo, geralmente semanas ou meses, dependendo do pH e do conteúdo mineral

da água e do solo (WURTS e DURBOROW, 1992).

3.4 A IMPORTÂNCIA DOS INSUMOS UTILIZADOS NA DIETA

Devido ao crescente desenvolvimento da carcinicultura, serviu de estímulo

para os produtores de camarões a utilizar rações devidamente balanceadas. Para

elaboração de uma ração eficiente, é importante que os ingredientes sejam

utilizados em proporções adequadas que atendam aos requerimentos nutricionais de

cada espécie.

Alguns ingredientes merecem destaque na alimentação de camarões como a

farinha de peixe, fonte rica não só em proteínas como também em ácidos graxos

poliinsaturados, particularmente em ácido eicosapentaenóico (EPA), importantes na

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manutenção das funções metabólicas, e lipídios que podem aumentar a resistência

ao estresse. Além disso possui em sua composição vitaminas e minerais que

desempenham um importante papel na nutrição animal (LAWRENCE e LEE, 1997;

ROCHA, 2000).

Com o notável crescimento e a intensificação da aqüicultura mundial a

demanda por ingredientes de alta qualidade para formulação de rações tem

aumentado consideravelmente. A disponibilidade de farinha de peixe tem diminuído

e seu é custo elevado, tornando necessária a busca por fontes protéicas alternativas

(BOSCOLO, HAYASID e MEURER, 2002).

A farinha de peixe é um subproduto desidratado e moído, obtido pela cocção

do peixe integral, do corte de órgãos ou de ambos, após extração parcial do óleo.

Apresentam equilíbrio ideal em aminoácidos essenciais e é importante fonte de

fósforo e micro minerais como o zinco, manganês, cobre, selênio e ferro, além de ser

utilizada como palatibilizante (SUZAKI, 2006).

A farinha de sangue é muito rica em proteína bruta e é uma excelente fonte

de lisina, porém deficiente em isoleucina; este desbalanço necessita correção, se

qualquer quantidade substancial é utilizada na dieta. É essencialmente composta de

sólidos de sangue de indústrias de processamento e consiste principalmente de

hemoglobina, membrana celular, eletrólitos celulares e baixa quantidade de lipídio. O

balanço de aminoácidos pode ser incrementado pela combinação com outros

ingredientes (SAMPAIO, HISANOL e YAMAKI, 2001).

O farelo de soja é utilizado por possuir um excelente aporte protéico,

essencial para a formação de novos tecidos do animal, tem sido usado

mundialmente como padrão se comparada com outras fontes protéicas. O nível de

proteína pode variar, e isto pode ser reflexo da variação de sementes e/ou as

condições de processamento envolvidas na extração de gordura (SUZAKI, 2006).

O milho e a farinha de mandioca são utilizados pelo alto teor de carboidratos,

o que proporciona um equilíbrio com a proteína, mantendo as taxas de alimentação

e digestibilidade do alimento. A raiz da mandioca, que é um produto basicamente

energético e de baixo custo, tem sido utilizada como o principal ingrediente

energético do concentrado em lugar do milho, conforme o estudo de Caldas Neto,

Zeoula e Branco (2000).

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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus vannamei (Boone, 1931).

44

A mandioca é uma fonte rica em energia e seus resíduos (casca de

mandioca, farinha de varredura fécula) podem ser utilizados na alimentação animal,

já que é rica em amido. Um fator interessante do farelo de mandioca é o efeito

aglutinante que ele apresenta, sendo uma característica favorável às rações

aquícolas, reduzindo a dissolução da ração na água e conseqüente redução da

perda de nutrientes, propiciando melhor aproveitamento da ração pelo animal

(MARTINS, PRADO e ZEOULA, 2000; BOSCOLO, HAYASHI e MEURER, 2002;

LACERDA, HAYASID e SOARES, 2005).

Seixas, Rostagno e Queiroz (1997) observaram na fécula de mandioca

características aglutinantes; esses mesmos autores avaliaram esse efeito em dietas

para pós-larvas de camarão (Macrobrachium rosenbergii), constatando melhores

resultados de ganho de peso nos animais alimentados com rações contendo a

mandioca como aglutinante.

A suplementação vitamínica e mineral é de fundamental importância para

uma performance satisfatória da dieta de qualquer organismo aquático cultivado.

Quando oferecido adequadamente, possibilita um aumento na densidade de

estocagem com menos riscos, resultando em animais com boa saúde (SAMPAIO,

KLEEMANN e SÁ, 2004).

Recentemente, estudos vêm sendo realizados com algumas espécies de

camarões marinhos, no sentido de se definir as exigências nutricionais das larvas,

pós-larvas e dos juvenis (RIBEIRO, 2003). Segundo Pezzato et al. (2003), o nível de

energia digestível das rações dos crustáceos se apresentam entre 3.100 e 4.060

Kcal/Kg. O objetivo de se utilizar a ração com adequada relação Energia: Proteína

se deve ao fato de que o consumo de proteína em excesso limita o crescimento do

animal e piora a conversão alimentar, podendo sobrecarregar o metabolismo pelo

catabolismo protéico, para a obtenção de energia e /ou excreção de seu excesso no

seu ambiente. Por outro lado, o excesso de energia pode levar a resultados

zootécnicos ainda piores, uma vez que o animal pode saciar-se energeticamente

sem que sejam atendidas suas exigências dos demais nutrientes, fundamentais ao

desenvolvimento e a sua saúde (PEZZATO, 2002).

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4 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento biológico foi realizado no NUPPA (Núcleo de Pesquisa e

Processamento de Alimentos) / UFPB, situado no bairro de Mangabeira, João

Pessoa, PB.

4.1 MATÉRIAS PRIMAS

4.1.1 Obtenção das matérias primas

Para a formulação das rações experimentais, foram utilizados os seguintes

insumos: farinha de peixe, fécula de mandioca, farelo de soja, farinha de milho, óleo

de peixe e Premix (vitaminas e minerais), sendo estes adquiridos no comércio local;

farinha de sangue e sabugo de milho foram processados no Laboratório de

Desenvolvimento de Produtos Pesqueiros, Centro de Tecnologia, na Universidade

Federal da Paraíba.

4.1.1.1 Farinha de sabugo de milho

Para o processo de obtenção deste insumo seguiu-se o método descrito por

Souza (2002) e Gadelha (2005), onde foram coletados sabugos provenientes de

uma distribuidora de produtos de alimentos típicos, na cidade de João Pessoa, PB.

Dessa forma, os sabugos foram coletados ainda úmidos e partidos em tamanhos

correspondentes aproximadamente (± 3cm), facilitando o processo de secagem. A

matéria-prima foi submetida a 60hs em estufa a 65ºC (± 3ºC). Posteriormente foi

realizada a moagem em moinho tipo faca obtendo assim a farinha do sabugo de

milho, de acordo com o fluxograma apresentado na Figura 1.

4.1.1.2 – Farinha de sangue

A farinha foi obtida conforme o método descrito por Cavalheiro (2000), onde

foi coletado sangue de aves em abatedouros da cidade de João Pessoa - PB. O

sangue foi adquirido coagulado e posteriormente pré-cozido, submetendo-se à

secagem em estufa a temperatura de 65 (± 3ºC), durante 72 horas, foi realizada sua

moagem em moinho tipo faca, de acordo com o fluxograma apresentado na Figura1.

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FIGURA 1. Fluxograma da confecção da farinha de sangue e sabugo de milho.

Matéria – prima Sangue

Matéria – prima Sabugo de milho

Coleta Coleta

Secagem 65ºC – 60h

Trituração

Moagem

Secagem 65ºC – 72h

Cozimento

Moagem

Obtenção da Farinha de Sangue

Obtenção da Farinha do Sabugo de Milho

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47

4.2 ANÁLISE DOS INSUMOS

Foram realizadas as análises dos macronutrientes de todos os insumos,

(umidade, cinzas, proteínas, carboidrato, lipídio, energia, fósforo e cálcio), pelos

métodos descritos abaixo:

- Teor de Umidade - seguiu o método por aquecimento direto por secagem em

estufa (IAL, 2005);

- Determinação de Cinzas - o método foi realizado por incineração da amostra,

seguindo o principio gravimétrico (IAL, 2005);

- Teor de Fibra (método de Hennemberg) - baseado no principio que simula in vitro

o processo de digestão in vivo, constando de uma digestão em meio ácido, seguida

por uma digestão em meio alcalino. O resíduo destas digestões representa a "fibra

bruta", e o resíduo da incineração desse material a "fração fibra" do produto

analisado (IAL, 2005);

- Determinação de Proteína (método Micro Kjeldahl) - baseado no principio do

nitrogênio total da amostra, que através de cálculo é transformado em nitrogênio

protéico (IAL, 2005);

- Teor de Lipídeos - o método adotado foi o de Soxhlet (IAL, 2005);

- Carboidratos - Calculado por diferença.

Para determinação de micronutrientes utilizou-se os seguintes métodos:

- Dosagem de Fósforo - Determinado através do método colorimétrico, onde o

fósforo da solução mineral reagirá com o molibdato de amônio, produzindo o amônio

fosfomolibdato. A quantidade de fósforo é determinada, medindo a intensidade de

cor azul, que foi produzida pela formação de fosfomolibdato a um comprimento de

onda de 650nm (RANGANA, 1979);

- Determinação de Cálcio - foi realizado através da precipitação dos íons de cálcio

na forma de oxalato de cálcio, seguindo de titulação com permanganato de potássio

(RANGANA, 1979);

- Determinação da Energia Bruta – refere-se a quantidade de calor liberado

(Kcal/Kg ou Kcal/g) de determinada amostra, quando esta é oxidada em ambiente

rico de oxigênio (25 a 30 atm de oxigênio), utilizando a bomba calorimétrica

(calorímetro adiabático de Parr). Ocorrendo através da combustão de um circuito

elétrico, determinado pela queima de um fusível em contato com a amostra, sendo

feitas as correções para a energia liberada pela oxidação do fusível pela oxidação

de gases (MAYNARD et al., 1984).

33 34

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4.3 FORMULAÇÕES DAS RAÇÕES

O balanceamento das rações foi feito através de cálculo matemático, a partir

das informações da composição centesimal de cada insumo utilizado. Para isto,

variou-se os teores de proteínas das rações (39%, 42%, 45%, 48% e 51%),

entretanto manteve-se o nível de Energia (3.640 Kcal) em todas as cincos diferentes

rações elaboradas.

4.3.1 Processamento das rações

Esta etapa seguiu o método descrito por Cavalheiro (2000), em que todos os

ingredientes a serem utilizados na elaboração das dietas, exceto o premix mineral e

vitamínico, serão misturados em batedeira convencional (doméstica) e em seguida,

ainda em agitação, adiciona-se o premix diluído em água. Esta massa será

umedecida lentamente com água quente (80°C) para fa vorecer a aglutinação da

ração. O volume de água da massa final não ultrapassará 50 % (v/p) dos insumos

utilizados. A massa úmida foi introduzida num moedor de carne de fabricação

"Filizola," e obtidos os pelets com 1mm de diâmetro e secados em estufa com

circulação de ar forçada, a 64 ± 4°C durante 24 horas. Os pelets secos foram

armazenados em sacos de papel e mantidos em temperatura ambiente.

4.4 EXPERIMENTO BIOLÓGICO

4.4.1 Instalações experimentais

Foram utilizados na pesquisa juvenis de camarões marinho da espécie

Litopenaeus vannamei, provenientes da Fazenda Água Preta, em São Miguel de

Taipu, Paraíba.

O experimento consistiu de seis tratamentos, onde foram testadas cinco tipos

de rações elaboradas com diferentes teores protéicos (39%, 42%, 45%, 48% e 51%)

e uma ração controle (comercial) com 42% de proteína. Foram realizadas 05

repetições perfazendo no final da pesquisa um total de 30 testes. O tempo do

experimento foi realizado no período de 42 dias (seis semanas).

Para a realização deste experimento foi realizado um sistema de aquários

retangulares de polietileno, com dimensões de 37 x 55,5 x 15cm e capacidade para

31L, com renovação da água em torno de 30%, a cada dia (Figura 2).

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Figura 2. Sistema de aquários retangulares utilizados durante experimento biológico

A limpeza dos aquários eram feitas com auxilio de uma mangueira

(sinfonamento), com finalidade de retirar os restos dos alimentos não consumidos,

assim como material orgânico proveniente da digestão dos animais (Figura 3).

Figura 3. Sinfonamento dos aquários

4.4.2 Povoamento e densidade de estocagem

Os juvenis de L. vannamei foram adquiridos de uma fazenda de cultivo de

camarão de baixa salinidade 1,5 a 2,0%; sendo transportados para o NUPPA em

sacos plásticos com 1/3 de água do próprio local de coleta 2/3 de oxigênio. Os

camarões foram aclimatizados em água com a mesma salinidade de origem, sendo

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ajustada com auxilio de um salinômetro (refratômetro) com variação de 0 a 100%,

em uma caixa d’água de 400 litros, com diluição gradativa da salinidade. Após a

aclimatização, os indivíduos foram pesados individualmente em uma balança

eletrônica ± 0,1g e estocados nos seus respectivos tratamentos, utilizou-se portanto

uma densidade de 5 camarões por aquário, o que representou 25 indivíduos/m2 .

4.5 PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS DA ÁGUA DE CULTIVO

Os parâmetros físicos (temperatura e pH) foram monitorados 3 vezes por

semana, enquanto os químicos (salinidade, amônia, nitrato, nitrito e oxigênio

dissolvido) foram analisados semanalmente conforme metodologia descrita abaixo:

- Analise físico-química da água

• Temperatura - a temperatura da água foi aferida com termômetro de mercúrio com

precisão ± 10 C;

• pH - este parâmetro foi determinado com auxilio de um potenciômetro;

• Salinidade - a salinidade foi aferida com um refratômetro, com precisão ± 1, 0;

• Amônia - Método colorimétrico descrito por Mackereth, Heron e Talling (1978);

• Nitrito - Método descrito por Mackereth, Heron e Talling (1978);

• Nitrato - determinado de acordo com Rodier (1975);

• Oxigênio dissolvido – obtido por aparelho portátil (oxímetro), modelo Q-758p de

marca Quimis.

4.6 BIOMETRIA

A biometria foi realizada semanalmente com o objetivo de avaliar o ganho

de peso e crescimento dos animais, avaliando assim o desempenho nutricional

das rações durante esse período. Os camarões foram retirados de seus

aquários individualmente, em balança digital eletrônica com precisão de 0,01g

(Figura 4).

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Figura 4. Aferição do peso (g) e comprimento (cm) dos animais durante o experimento.

As taxas de crescimento em peso (Pr), incremento em peso relativo diário da

biomassa (Br) e a taxa de sobrevivência (TS%), foram obtidas pelas seguintes

formulas, de acordo com Diaz – Iglesi, Brito Perz e Baez-Hidalgo (1991).

Eq.1:

_ _ Pr = ( P fi - P in ) x 100 em que:

_ Pin _ _ Pin = peso médio final e Pin = peso médio inicial Eq.2:

_ _ Br = ( P fi x n ) - ( P in x n ) x 100 x 1 em que:

_ T ( Pin x n )

n= número de sobreviventes e T= tempo de experimento (dias). Para o cálculo da taxa de sobrevivência (TS%) dos animais foi utilizado a seguinte fórmula: Eq.3:

TS% = Nf x 100 em que:

Ni Nf = número final de pós larvas ou animais adultos e Ni = número inicial de larvas e

pós-larvas.

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4.7 TRATAMENTO ESTATÍSTICO

Os resultados referentes ao monitoramento das propriedades físico-químicas

e químicas das águas, para cultivo dos juvenis de camarões marinhos, tratadas com

06 (seis) diferentes rações em conjunto com as avaliações do desempenho

zootécnico representado pelos índices de crescimento em gramas e centímetros, em

triplicata, inicialmente foram avaliados pelo teste estatístico de Kolmogorov-Sminorv

(K-S) para aferir as prerrogativas paramétricas de normalidade da distribuição de

freqüência, as variáveis que não apresentaram normalidade tiveram transformações

matemáticas e em seguida realizou-se a Análise Estatística de Variância. Com o

objetivo de constatar se houve influência entre os tratamentos sobre o crescimento

dos camarões, fez-se a análise de variância pelo teste ANOVA (Analysis of variance)

segundo Montgomery (1984), considerando p < 5%, pois a análise da variância

responde se, diante da variância entre as médias da amostras e se existe diferença

entre as populações de onde estas amostras foram extraídas. A ANOVA foi aplicada

para verificar se havia diferenças entre todos os tratamentos, havendo esta diferença

optamos pelo teste de comparação de Duncan com (p < 5%) de acordo com Gomes

(1981), buscando comparar as médias duas a duas.

Considerou-se o nível de probabilidade de erro (p) menor que 0,05 ou 5%

para definir a significância em todos os testes, os quais foram realizados através do

programa SPSS for Windows – 11.0 (SPSS. INC, 2001). Para confecção dos

gráficos quanto a crescimento e comprimento foi utilizado o programa estatístico

GRAPHPAD INSTAT tm v2.01, 1990-1993.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DOS INSUMOS UTILIZADOS NAS RAÇÕES

Na aquacultura, pesquisas relacionadas com alimentação e nutrição, mostra

que o benefício do desempenho do alimento, é obtido através dos suprimentos das

exigências nutricionais de cada espécie. A ração deve apresentar integridade na

água, boa palatibilidade, atender as recomendações para cada fase de cultivo,

padronização do tamanho dos pellets (tamanho e cor), buscando com isso o melhor

desenvolvimento zootécnico (PONTES e ARRUDA, 2005).

A utilização de alimentos de alta digestibilidade, melhora a assimilação do

alimento, promovendo uma redução na quantidade de material excretado, resultando

em uma menor degradação na água (SMITH et al., 2002).

Os resultados referentes às análises da composição centesimal e energia

(Kcal) estão expostas na Tabela 1.

Tabela 1. Composição Centesimal dos insumos a serem utilizados na elaboração

das dietas.

Insumos

Umidade

%

Cinzas

%

Proteína

%

Lipidios

%

Carboidratos*

%

Energia

Mcal/Kg

Farinha de peixe

11,35

± 0,11

18,40

± 0,10

53,75

± 0,04

8,74

± 0,04

7,79

3,14

± 0,04

Farinha de soja

11,24

± 0,04 3,43

± 0,03 33,47

± 0,06 1,45

± 0,03 50,37

3,72

± 0,03

Farinha de

sangue

3,50

± 0,02 2,75

± 0,13 80,75

± 0,15 0,25

± 0,02 12,75

3,12

± 0,02

Fécula de

mandioca

11,50

± 0,12

--- 0,50

± 0,02 0,50

± 0,00 87,50

3,50

± 0,02

Sabugo de milho

12,00

± 0,03 2,00

± 0,15 4,00

± 0,00 2,00

± 0,09 80,00

4,00

± 0,01

Farinha de milho

9,50

± 0,03 2,50

± 0,02 8,50

± 0,02 10,5

± 0,26 69,00 3,50

± 0,02

Óleo de peixe

----

---

--- 10,0

± 0,02

---

9,75

± 0,30

Premix

35,00

± 0,13 65,00

± 0,10

---

---

---

---

Sal comum

20,00

± 0,15 80,00

± 0,10

---

---

---

--- *Valor obtido por diferença

40 40

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Foram introduzidos na ração a farinha de sangue, com teor de proteína de

80,75%. Haja vista, que a farinha de sangue é um subproduto de origem animal,

resultante da desidratação, cozimento e moagem de sangue fresco. Foi

estabelecido, pela legislação brasileira e indústrias de rações, um padrão mínimo de

80% de proteína bruta nesta farinha (SAMPAIO, HISANOL e YAMAKI, 2001;

BARROS, PEZZATO e HISANO, 2004), estando o resultado encontrado neste

trabalho de acordo com os referidos autores.

O resultado de proteínas obtido da farinha de peixe foi de 53,75%, portanto,

dentro de uma faixa recomendável para a utilização. Segundo Oetterer (2006) a

proteína bruta pode chegar a 70% nas farinhas de peixe, sendo a composição

variável em função do uso do pescado inteiro ou de partes descartadas residuais.

De forma simples e artesanal é possível se obter até 60% de proteína através da

secagem e moagem do pescado inteiro, ou dos resíduos da filetagem, na forma de

farinha, visando essencialmente a alimentação animal e participando como fonte

protéica, de 2% a 10% na formulação de rações

O teor de carboidratos na fécula de mandioca encontrado neste trabalho foi

87,5%, conferindo assim com os outros insumos um bom aporte calórico. A análise

química da fécula de mandioca apresentou resultados conforme a literatura e com a

Resolução – CNNPA n° 12, de 1978, cujo teor mínimo é de 80%.

De acordo com Jorge, Monteiro e Lasserre (2002), as raízes da mandioca

apresentam teores que variam entre 20 e 45% de amido e 5% de açúcares

redutores, enquanto que, Zeoula, Martins e Alcalde (1999), relataram que os teores

de amido na matéria seca da raiz da mandioca variam de 76,20% a 91,39%.

Segundo Martins (1999), a composição bromatológica da raiz de mandioca,

bem como a de seus resíduos não possui uma padronização. Cereda (2002)

apresentou um valor de carboidrato de 98,20%.

Guimarães, Miranda e Fraga (2004) trabalhando com fécula de mandioca

como ingrediente energético em rações para tilápia do Nilo, concluiu que esta pode

substituir o milho em 50% nas dietas para tilápia do Nilo sem afetar o ganho de

peso, a conversão alimentar e o rendimento de filé. Eusébio e Coloso (1998) ao

utilizarem inclusão de 13% de fécula de mandioca em dietas para camarão

(Penaeus indicus) não notaram prejuízo no desempenho dos animais.

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Muitos tipos de milho contêm 3% a 4% de óleo. A proteína no milho ocorre

principalmente como prolamina. O balanço de aminoácidos e sua disponibilidade

precisam ser seriamente considerados quando dietas hipoprotéicas são formuladas,

porque nessas condições a prolamina pode contribuir com mais de 50% a 60 % de

proteína da dieta (SUZAKI, 2006).

Furuyal, Hayashi e Furuya (2004), obtiveram como resultado de teor protéico

para o farelo de soja 46,12%, entretanto obteve-se neste trabalho um valor de

33,47%, o que pode indicar diferença no processamento da obtenção da respectiva

farinha.

5.2 BALANCEAMENTO DAS RAÇÕES

O balanceamento das rações é imprescindível para o desenvolvimento da

carcinicultura, no entanto inúmeros estudos têm sido realizados, com o objetivo de

adequar a utilização de insumos nas rações para camarões (JORGENSEN e

BEMVENUTI, 2001).

Os valores referentes ao balanceamento das rações elaboradas estão

apresentados nas Tabelas 2 a 6, respectivamente.

De acordo com Nunes (2002), muitos fatores podem afetar os resultados da

pesquisa em nutrição animal, o que incluem: a espécie, idade, estado fisiológico do

animal, condições experimentais, composição da dieta, a qualidade e

processamento. Acrescentando ainda que os animais aquáticos são mais sensíveis

a qualidade dos alimentos quando comparados aos animais terrestres.

A ração controle utilizada neste experimento apresentou valor protéico de

42%, valor semelhante a R2, que variaram em relação aos outros componentes.

Deve-se ressaltar que existem fatores que podem influenciar no crescimento do

animal, como: digestibilidade da ração, palatibiliade, granulometria e a integridade

da ração na água. Quantos aos insumos utilizados para confecção da ração controle

incluíram: proteína animal de origem marinha, cereais moídos, combinação de grãos

oleaginosos, subprodutos agrícolas e industriais, óleo de peixe, premix vitamínico e

mineral e atrativos químicos, os quais apresentavam no rótulo apenas a composição

centesimal geral dos nutrientes, não especificando o valor individual de cada

insumo.

Em contra partida as rações elaboradas neste ensaio apresentaram uma

grande variabilidade de insumos o que confere um balanceamento adequado, haja

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vista o conhecimento da composição individual de cada insumo.

No entanto, a produção de alimentos de boa qualidade, irá depender da

disponibilidade dos ingredientes da dieta, do processamento da composição

nutricional a qual se baseia a formulação. Segundo Nunes (2000), a relação

proteína/ energia equilibrada permite maiores taxas de consumo alimentar,

garantindo a transformação da fração protéica da ração em tecido animal.

Tabela 2. Balanceamento da ração elaborada R1

Insumos Quant.

(g)

Umid.

%

Cin.

%

Prot.

%

Lipid.

%

Carb.

%

Energia

Mcal/Kg

Farinha de peixe 43,44 4,92 8,00 23,35 3,80 3,38 1,36

Farinha de soja 24,20 2,72 0,83 8,10 0,35 12,19 0,90

Farinha de sangue 8,00 0,28 0,22 6,46 0,02 1,02 0,25

Fécula de

mandioca

7,30 0,85 0,01 0,03 0,03 6,38 0,24

Sabugo de milho 4,96 0,61 0,08 0,17 0,10 4,00 0,20

Farinha de milho 10,00 0,94 0,26 0,86 1,04 6,91 0,36

Óleo de peixe 0,03 --- --- --- 0,03 --- 0,33

Premix 1,00 0,35 0,65 --- --- --- ---

Sal comum 1,00 0,20 0,80 --- --- --- ---

Total 100g 10,80 10,85 39,00 5,37 33,88 3,64

43

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57

Tabela 3 . Balanceamento da ração elaborada R2

Insumos Quant.

(g)

Umid.

%

Cin.

%

Prot.

%

Lipid.

%

Carb.

%

Energia

Mcal/Kg

Farinha de peixe 49,5 5,60 9,10 26,61 4,33 3,86 1,55

Farinha de soja 24,20 2,72 0,83 8,10 0,35 12,19 0,90

Farinha de sangue 8,00 0,28 0,22 6,46 0,02 1,02 0,25

Fécula de

mandioca

5,51 0,64 0,01 0,02 0,02 4,82 0,18

Sabugo de milho 2,91 0,36 0,05 0,10 0,06 2,34 0,12

Farinha de milho 8,00 0,75 0,21 0,68 0,83 5,53 0,30

Óleo de peixe 0,04 --- --- --- 0,04 --- 0,34

Premix 1,00 0,35 0,65 --- --- --- ---

Sal comum 0,84 0,16 0,67 --- --- --- ---

Total 100g 10,80 11,74 42,00 5,65 29,76 3,64

Tabela 4 . Balanceamento da ração elaborada R3

Insumos Quant.

(g)

Umid.

%

Cin.

%

Prot.

%

Lipid.

%

Carb.

%

Energia

Mcal/Kg

Farinha de peixe 55,74 6,31 10,25 29,96 4,88 4,34 1,75

Farinha de soja 24,20 2,72 0,83 8,10 0,35 12,19 0,90

Farinha de sangue 8,00 0,28 0,22 6,46 0,02 1,02 0,25

Fécula de

mandioca

4,00 0,45 0,01 0,02 0,01 3,50 0,13

Sabugo de milho 2,00 0,25 0,03 0,07 0,04 1,61 0,07

Farinha de milho 4,00 0,37 0,10 0,34 0,42 2,76 0,14

Óleo de peixe 0,04 --- --- --- 0,04 --- 0,40

Premix 1,00 0,35 0,65 --- --- --- ---

Sal comum 1,00 0,20 0,80 --- --- --- ---

Total 100g 10,90 12,90 45,00 5,76 3,64

44

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Tabela 5 . Balanceamento da ração elaborada R4

Insumos Quant.

(g)

Umid.

%

Cin.

%

Prot.

%

Lipid.

%

Carb.

%

Energia

Mcal/Kg

Farinha de peixe 61,75 7,00 11,36 33,19 5,40 4,81 1,94

Farinha de soja 24,20 2,72 0,83 8,10 0,35 12,19 0,90

Farinha de sangue 8,00 0,28 0,22 6,46 0,02 1,02 0,25

Fécula de

mandioca

2,00 0,23 --- 0,01 0,01 1,75 0,07

Sabugo de milho 0,50 0,06 0,01 0,02 0,01 0,40 0,02

Farinha de milho 2,00 0,19 0,05 0,17 0,21 1,38 0,07

Óleo de peixe 0,04 --- --- --- 0,04 --- 0,39

Premix 1,00 0,35 0,65 --- --- --- ---

Sal comum 0,50 0,10 0,40 --- --- --- ---

Total 100g 10, 90 13,52 48,00 6,04 21,55 3,64

Tabela 6 . Balanceamento da ração elaborada R5

Insumos Quant.

(g)

Umid.

%

Cin.

%

Prot.

%

Lipid.

%

Carb.

%

Energia

Mcal/Kg

Farinha de peixe 67,80 7,67 12,47 36,44 5,93 5,28 2,08

Farinha de soja 22,70 2,55 0,77 8,00 0,33 11,40 0,85

Farinha de sangue 8,00 0,28 0,22 6,46 0,02 1,02 0,25

Fécula de

mandioca

--- --- --- --- --- --- ---

Sabugo de milho --- --- --- --- --- --- ---

Farinha de milho --- --- --- --- --- --- ---

Óleo de peixe 0,05 --- --- --- 0,05 --- 0,46

Premix 1,00 0,35 0,65 --- --- --- ---

Sal comum 0,50 0,10 0,40 --- --- --- ---

Total 100g 10,95 14,50 51,00 6,33 17,70 3,64

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5.3 COMPOSIÇÃO GERAL DAS RAÇÕES

Muitos estudos têm levado em consideração as exigências diárias de

proteínas para camarões marinhos. Os dados referentes a composição geral das

rações estão demonstradas na Tabela 7.

Tabelas 7. Composição geral das rações elaboradas e da controle (comercial).

Nutrientes R1 R2 R3 R4 R5 Ração

controle

Umidade % 10,80 10,80 10,90 10,90 10,95 10,80

Cinzas % 10,85 11,74 12,90 13,52 14,50 14,60

Fibras % 6,10 5,56 5,37 5,01 4,50 5,40

Proteínas % 39,00 42,00 45,00 48,00 51,00 42,00

Lipídios % 5,37 5,65 5,76 6,04 6,00 6,60

Carboidratos * 27,78 24,20 20,05 16,54 13,00 20,60

Fósforo mg/Kg 0,83 0,92 1,00 1,11 1,20 0,81

Cálcio mg/Kg 2,52 2,54 2,60 2,63 2,60 2,58

Energia Kcal/Kg 3.640 3.640 3.640 3.640 3.640 3.640

Total 100 100 100 100 100 100

* Calculado por diferença

Valesco et al., (2000) relata que a proteína é o macronutriente mais caro na

alimentação de camarões marinhos, sendo dessa forma é importante os níveis

protéicos adequados, visando minimizar os custos da alimentação, o que estimula a

presente pesquisa, uma ração de boa qualidade e baixo custo.

No presente estudo o teor de proteínas variaram para cada tipo de ração para

R1(39%), R2(42%), R3(45%), R4(48%) e R5(51%), visando monitorar as taxas de

crescimento em peso (g) e comprimento (cm). De acordo com Tian X et al., (2001), a

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60

relação proteína/energia muito baixa, pode reduzir as taxas de alimentação do

animal e os níveis de digestibilidade. Nunes (2000), Rodrigues (2001) e Candido

(2005) relataram que os requerimentos protéicos variam entre as espécies, situando-

se entre 30% - 60%.

O carboidrato é utilizado como principal fonte de energia, Maia e Nunes

(2003), acrescenta que deverá haver uma estreita relação com os outros

macronutrientes, garantido um balanceamento adequado, não permitindo que os

níveis ultrapassem 32%.

Com relação ao teor lipídico este deve estar entre 5 a 9% de acordo com

Fitzsimmons (2001), no policultivo de animais aquáticos, o mesmo acrescenta que

os lipídios aumentam a palatibilidade, resguardando a proteína e exerce um

importante papel na produção de energia. Nesta pesquisa os teores de lipídios

mantiveram-se entre 5,37 a 6,04%, o que proporciona um parâmetro adequado para

o cultivo destes animais.

Os níveis de energia nos cinco tratamentos foram de 3.640Kcal / Kg ração,

portanto, isocalóricas. A energia representa a quantidade de calorias que a ração

poderá ofertar para obter um bom desempenho. Rocha e Rodrigues (2003), relatam

que os níveis de energia apresentaram valores entre 3.400 a 3.840Kcal /Kg ração,

sendo estes favoráveis no desempenho do animal. Pezzato et al., (2003) relatam

que os níveis de energia bruta importante para o crescimento de camarões é de

3.600 Kcal/Kg.

As exigências da maioria dos minerais tornam-se ideais nas formulações de

dietas quando estas incluem alimentos de origem animal (NUNES, 2000). Os

minerais requeridos em concentrações maiores nas alimentações para camarão são

mais freqüentes; o cálcio e o fósforo, com exigência de 2,5% e 0,1-1%,

respectivamente (DAVIS, LAWRENCE e GATLIN III, 1993; NUNES, 2000;

GADELHA, 2005). Estes parâmetros estão de acordo com a elaboração da dieta

deste trabalho, os quais variam entre 2,52 a 2,60% para o cálcio e para o fósforo

variam entre 0,83 a 1,20%.

Os demais minerais como ferro, cobre, cobalto, manganês, zinco, selênio e

flúor entre outros poderão ser acrescentado às dietas em suplementação com

premix (DAVIS, LAWRENCE e GATLIN III, 1993).

Com relação ao teor de fibras nas dietas, estes não ultrapassaram os 8%

recomendados por Nunes, 2000. Segundo, Hayashi, Meurer e Boscolo (2000), a

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61

influência da fibra no desempenho de animais aquáticos, estar relacionada com a

sua composição percentual em celulose, hemicelulose, lignina e sílica, entre outros.

Um dos pontos onde a fibra tem importância é a influência que esta apresenta sobre

a motilidade do trato digestivo e, conseqüentemente, sobre a velocidade de trânsito

do alimento pelo mesmo.

A velocidade de esvaziamento do trato digestivo depende do volume e da

distensão gástrica, os quais constituem o estímulo primário para aumentar a

motilidade gástrica. No entanto se a fonte de fibra utilizada contiver muita

hemicelulose e/ou pectina pode ocorrer uma situação contrária, pois estes

componentes da fração fibra bruta aumentam a viscosidade do bolo alimentar, que

por sua vez leva a uma resistência às contrações propulsivas do trato digestivo

(FERREIRA, 1994).

5.4 ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DURANTE A ALIMENTAÇÃO

EXPERIMENTAL.

Os resultados referentes aos parâmetros a qualidade da água durante a

alimentação experimental estão apresentados na Tabela 8.

48

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62

Tabela 8. Resultados das análises de água durante o experimento.

Tratamento

Parâmetros

Ração 1 Ração 2 Ração 3 Ração 4 Ração 5 Ração 6 pH

a

7,40

± 0,20

ab

7,60 ± 0,20

ab

7,90 ± 0,30

b

8,00 ± 0,30

b

8,00 ± 0,20

ab

7,70 ± 0,36

Temperatura* 0C

a

26,40 ± 0,10

a

26,80 ± 0,46

a 27,00 ± 0,20

b 27,67 ± 0,58

b 27,80 ± 0,30

b 28,00 ± 0,30

Salinidade %o.

1,000 ± 0,000

1,000 ± 0,000

1,000 ± 0,000

1,000 ± 0,000

1,000 ± 0,000

1,000 ± 0,000

Oxigênio mg/L

6,600 ± 0,20

6,600 ± 0,20

6,600 ± 0,22

6,600 ± 0,21

6,600 ± 0,20

6,600 0,21

Amônia* mg/L

a 0,024

± 0,001

b 0,027

± 0,001

c 0,033

± 0,002

d 0,040

± 0,001

d 0,041

± 0,001

e 0,045

± 0,003 Nitrito* mg/L

a 0,021

± 0,002

c 0,038

± 0,001

d 0,047

± 0,002

b 0,035

± 0,001

e 0,073

± 0,001

f 0,087

± 0,000

Nitrato* mg/L

a 0,017

± 0,002

b 0,023

± 0,001

c 0,034

± 0,000

d 0,046

± 0,001

d 0,046

± 0,007

e 0,070

± 0,000

(*) Representam diferença significativas (p < 5%) pela análise da variância - ANOVA

Letras diferentes representam diferenças significativas (p < 5%) pelo teste de Duncan

É importante que seja feita a manutenção dos parâmetros de qualidade da

água, dentro de níveis pré-fixados, evitando que os mesmos interfiram no consumo

alimentar e no processo de crescimento dos animais. Por tanto, o manejo da troca

de água será realizado em dias alternados, mantendo a transparência da água e

impedindo o acúmulo de amônia (NUNES, 2000).

5.4.1 Potencial Hidrogeniônico (pH)

Nos ensaios com todas as rações valores médios de pH variaram de 7,4 a

8,0. Porém, só houve diferença significativa, pelos testes ANOVA e Duncan a nível

de 5% de probabilidade entre os tratamentos R1 e R4; R1 e R5, ressaltando que estes

resultados estão dentro da faixa ótima de pH, que de acordo com Lopes, Silva e

Baldisserotto (2001) variam de 6,5 a 9,0, assegurando uma boa produção.

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63

Os dados encontrados nesta pesquisa são concordantes com os de Gadelha,

(2005), que relatou variação no pH entre 7,0 a 8,4, quando cultivado o L. vannamei.

Santos, Rocha e Igarashi (2000) relatam valores de pH entre 7,9 a 8,7 na água de

cultivo de L. vannamei, expostos a baixa salinidade, em condições de laboratório.

Como o potencial hidrogeniônico é um importante parâmetro nos ambientes

aquáticos a sua relação com os animais do meio está diretamente ligada a efeitos

sobre o metabolismo e os processos fisiológicos (SANTOS, ROCHA e IGARASHI

2000; ROCHA e RODRIGUES, 2003). Verificamos que os resultados encontrados

não exerceram influência negativa sobre o crescimento dos camarões.

5.4.2 Temperatura

Como os camarões são animais pecilotérmicos, a temperatura da água

poderá influenciar diretamente na sua taxa metabólica, interferindo em processos

essenciais, como reprodução, crescimento e alimentação (IGARASHI, 1995;

NUNES, 2000).

De acordo com os resultados obtidos neste experimento, a temperatura

apresentou variação de 26,4ºC e 28,0ºC. Houveram variações significativas pelos

testes em R1, R2 e R3 com relação aos tratamentos R4, R5 e R6. Porém, estes

valores não interferiram no desenvolvimento dos camarões.

Ostrensky (1998), obteve em seus trabalhos uma variação de temperatura

entre 19,5 e 24,3ºC, cultivando P. paulensis e P.schimitti em diferentes salinidades,

não interferindo no desenvolvimento do animal.

Candido et al., (2005), observaram temperaturas entre 27,2ºC a 27,8ºC ao

cultivarem o L. vannamei em sistema de policultivo, estando de acordo com o

desempenho zootécnico dos camarões. Mostrando-se que os resultados obtidos

neste estudo estão de acordo com os valores obtidos pelos demais autores, portanto

não exercendo influência negativa sobre o crescimento dos camarões.

5.4.3 Salinidade

Durante todo o período experimental a salinidade da água dos aquários de

cultivo permaneceu constante, com valores de 1%o. O camarão L.vannamei

apresentou neste experimento boa tolerância á baixa salinidade da água, contudo,

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64

Candido et al., (2005), afirma que condições de baixa salinidade pode contribuir

diretamente no desempenho do crescimento de camarões desta espécie.

Ostrensky (1998), afirma que o camarão branco L.vannamei corresponde ás

espécies que apresentam melhores tolerâncias a baixas salinidades. E de acordo

com Hernandéz (2000), a salinidade está relacionada com o teor de sais dissolvidos

na água do mar, expressa como gramas de sais em partes por mil. Este ainda

acrescenta que os requerimentos de salinidade variam de acordo com a espécie de

camarão cultivada, sendo o L. vannamei uma das espécies com maior faixa de

tolerância.

5.4.4 Oxigênio dissolvido

Neste experimento os valores médios de oxigênio dissolvido mantiveram-se

fixos em 6,60 mg/L, o que não possibilitou a ocorrência de estresse pelos animais.

Pois, a aeração mecânica utilizada (soprador) é uma ferramenta de cultivo que

possibilita incrementar de forma eficiente as produtividades na engorda de camarões

marinhos.

Os aeradores geram turbulência e uma forte movimentação na água de

cultivo, causando sua oxigenação e mistura. Isto elimina as diferenças térmicas na

coluna d'água, diminui o acúmulo de compostos nitrogenados e aumenta as

concentrações de oxigênio dissolvido (BOYD, 2001; FOSS, VOLLEN e OIESTAD,

2003).

5.4.5 Amônia

É reconhecido que o aumento nos valores de pH estejam relacionados com

aumento nas concentrações de NH3, o que é tóxico para os animais mantidos sob

cultivo. Os níveis de amônia durante o período de cultivo variaram entre 0,024 a

0,045mg/L, estando os mesmos na faixa ideal de crescimento para o camarão

cultivado (0,1 – 1,0mg/l), descrito por Hernandéz (2000) e Assis (2003), ou seja,

encontram-se bastante abaixo do valor máximo permitido.

Estatisticamente houveram diferenças significativas entre todos os pares de

tratamentos das rações, com exceção da R4 com a R5, pois os valores encontrados

foram 0,040 e 0,041mg/L, respectivamente. Este parâmetro manteve controlado

devido a renovação da água e oxigenação dos aquários. O que não interferiu no

estresse ou mortalidade. Todavia, verificou-se que houve um discreto aumento dos

51

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65

níveis de amônia em função do aumento do nível protéico da ração ofertada. O que

esta em acordo com as afirmações de Cândido et al., (2005), que relataram que a

amônia é proveniente dos resíduos do metabolismo dos animais e também da

degradação da matéria orgânica, o que causa toxidade e redução da taxa de

crescimento do animal.

5.4.6 Nitrito e nitrato

Os resultados obtidos quanto aos percentuais de nitrito e nitrato variaram

entre 0,021 a 0,087 e 0,017 a 0,070mg/L, respectivamente. Estes resultados se

mantiveram controlados, onde o nível de nitrito deve ser menor que 1,0mg/L e o

nível de nitrato esta entre 0,4 a 0,8mg/L (CLIFFORD,1994; EL-SHAFAI et al., 2004).

Houve diferença significativa do percentual de nitrito e nitrato na água para

todos os pares de rações, com exceção dos tratamentos R4 e R5 referente ao nitrato

que foi de 0,046 para ambos os tratamentos. Entretanto, de forma semelhante ao

obtido, estes nutrientes apresentaram resultados crescentes conforme o aumento do

teor protéico das rações elaboradas.

Nunes (2000); Russo e Thurston (1991) relatam que o nitrito (NO2¯ ) e nitrato

(NO3¯ ) são formas de nitrogênio presentes nos ambientes de cultivo, resultando da

transformação da amônia na presença de oxigênio. Primeiro a amônia transforma-se

em nitrito, e este em nitrato, processo chamado de nitrificação. Na falta do oxigênio

ocorrerá á reação inversa, o nitrato pode se transformar em nitrito e este em amônia

(desnitrificação), com liberação de uma molécula de O2 na água. Pois com o sistema

de aeração utilizado, pode-se modificar que este mostrou-se eficiente não elevando

os níveis acima mencionados.

5.5 TAXA DE CRESCIMENTO, BIOMASSA E SOBREVIVÊNCIA

Levando-se em consideração as variáveis da taxa de crescimento em peso,

verificou-se que as médias gerais por tratamento se comportaram da seguinte forma:

durante o cultivo de 42 dias, para o tratamento R1, R2, R3, R4, R5 e Ração controle

foram observadas médias de 270%, 290%, 200%, 180%, 170% e 250%,

respectivamente (Tabela 9).

52

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66

Tabela 9. Médias da taxa de crescimento de peso, incremento relativo diário da

biomassa e sobrevivência do L. vannamei alimentados com diferentes rações.

TRATAMENTO /

RAÇÕES

Taxa de

crescimento em

peso(%)/ ganho

total (g)

Incremento

diário de

biomassa

Taxa de

sobrevivência

R1 270 %

(2,7 ± 0,06)

6,42 % 100%

R2 290 %

(2,9 ± 0,16)

6,90 % 100 %

R3 200 %

(2,0 ± 0,18)

4,76 % 92%

R4 180 %

(1,8 ± 0,16)

4,29 % 92%

R5 170 %

(1,7 ± 0,18)

4,04 % 100 %

Ração controle 250 %

(2,5 ± 0,1)

5,95 %

92 %

A análise dos dados demonstra que as rações R2, R1, Ração controle e R3,

quando administradas apresentaram as maiores taxas de crescimento dos

camarões, estes dados são devido aos teores de proteínas inseridos nestas rações

variando entre 39 - 45% de proteína bruta o que juntamente associado ao teor de

carboidrato acima de 20%, demonstrou melhor eficácia no desenvolvimento dos

camarões durante o tempo de cultivo.

É importante salientar que, as rações com teor protéico de 48 e 51%, o teor

de carboidratos foi inferior a 20%, dessa forma a relação proteína / energia ficaram

diminuídas, proporcionando um menor incremento de biomassa.

Siqueira, Correia e Moura (1999), Carneiro et al (1999), Santos, Rocha e

Igarashi (2002), trabalhando com camarões L. vannamei alimentados com diferentes

rações obtiveram resultados entre 100,58% a 168,84% para taxa de crescimento em

peso. Cezar et al (2000) ao alimentarem com diferentes rações o L. vannamei e o P.

subtilis, obtiveram um incremento em peso de 23,38% e 92,29%, respectivamente.

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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus vannamei (Boone,1931).

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Com relação a sobrevivência, obteve-se nesta pesquisa 100%, 100%, 92%,

92%, 100% e 92% para os tratamentos R1, R2 ,R3, R4, R5 e Ração controle. Santos,

Rocha e Igarashi (2002), ao cultivarem camarões marinhos L. vannamei alimentados

com dietas naturais obtiveram sobrevivência que variaram de 80% a 100%. Vinatea

et al (1998), ao cultivar Penaeus paulensis, relatam que a taxa de sobrevivência da

espécie cultivada foram de 60,5 a 90,0%. Cezar et al., (2000) relataram uma taxa de

sobrevivência na faixa de 30 a 80% em diferentes salinidades.

De acordo com a classificação de Nunes e Martins (2002), os resultados de

sobrevivência podem ser considerados excepcionais, em decorrência de terem sido

superiores a 90%. Segundo Mendes (1992), a sobrevivência de camarões em

cultivos é influenciada por vários fatores, entre eles a densidade de estocagem, os

parâmetros físicos e químicos da água, a deficiência alimentar, a ação dos

predadores. Almeida et al., (1999), encontraram taxa de sobrevivência final de 67,5,

82,5 e 70% para as densidades de 10, 20 e 30 indivíduos por metro quadrado de

Litopenaeus vannamei, respectivamente.

Portanto, os dados encontrados nesta pesquisa são bastante promissores,

onde a taxa de sobrevivência variou entre 92 -100%, superando os dados relatados

em literaturas.

5.6 COMPORTAMENTO DO CRESCIMENTO EM PESO E EM COMPRIMENTO

Os resultados referentes ao peso (g) e comprimento (cm) estão apresentados

na tabela 10.

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Tabela 10 . Médias semanais de crescimento dos animais alimentados com rações

formuladas e controle

Rações

Biometria

Sem.

Sem.

Sem.

Sem.

Sem.

Sem.

Ração controle

(g)

(cm)

1,70 ± 0,10

2,70

± 0,10

2,40 ± 0,10

2,90

± 0,10

2,80 ± 0,10

3,00

± 0,10

3,10 ± 0,06

3,00

± 0,00

3,40 ± 0,06

3,40

± 0,17

3,50 ± 0,06

3,70

± 0,10

R1

(g)

(cm)

1,70 ± 0,06

2,70

± 0,10

2,10 ± 0,06

2,80

± 0,10

2,40 ± 0,11

3,00

± 0,10

2,90 ± 0,06

3,40

± 0,10

3,30 ± 0,05

3,60

± 0,17

3,70 ± 0,05

4,20

± 0,36

R2

(g)

(cm)

1,70 ± 0,10

2,60

± 0,10

2,30 ± 0,10

2,80

± 0,10

2,70 ± 0,20

3,30

± 0,10

3,30 ± 0,40

3,60

± 0,10

3,50 ± 0,10

3,90

± 0,10

3,90 ± 0,06

4,50

± 0,26

R3

(g)

(cm)

1,30 ± 0,06

2,60

± 0,10

1,70 ± 0,10

2,70

± 0,10

2,10 ± 0,10

3,00

± 0,00

2,50 ± 0,20

3,30

± 0,10

2,80 ± 0,20

3,60

± 0,10

3,00 ± 0,20

4,00

± 0,10

R4

(g)

(cm)

1,60 ± 0,10

2,70

± 0,10

1,90 ± 0,20

2,70

± 0,00

2,20 ± 0,20

2,90

± 0,10

2,40 ± 0,20

3,20

± 0,17

2,60 ± 0,20

3,80

± 0,20

2,80 ± 0,40

4,10

± 0,26

R5

(g)

(cm)

1,20 ± 0,10

2,50

± 0,00

1,60 ± 0,10

2,60

± 0,10

2,20 ± 0,30

2,70

± 0,10

2,30 ± 0,30

2,80

± 0,10

2,50 ± 0,20

2,90

± 0,10

2,70 ± 0,10

3,30

± 0,26

Foi verificado o maior crescimento (g) para as rações R2 (2,90) e R1 (2,70),

quando comparado com a ração controle (2,50). Quanto ao crescimento (cm), foi

observado variação de tratamento R5 com relação a todas as outras rações. Dessa

forma a ração R5 apresentou o menor crescimento tanto em gramas quanto em

peso, com valores 1,70g e 0,80cm, respectivamente. As figuras 5 e 6, mostram o

comportamento das curvas relacionadas ao peso e comprimento dos animais

durante o experimento (42 dias).

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1 2 3 4 5 6

1 ,0

1 ,2

1 ,4

1 ,6

1 ,8

2 ,0

2 ,2

2 ,4

2 ,6

2 ,8

3 ,0

3 ,2

3 ,4

3 ,6

3 ,8

4 ,0

4 ,2

Pes

o / g

T e m p o / S e m

R C ( r = 0 ,9 6 7 6 ) R 1 ( r = 0 ,9 9 8 6 ) R 2 ( r = 0 ,9 9 1 1 ) R 3 ( r = 0 ,9 9 3 7 ) R 4 ( r = 0 ,9 9 4 5 ) R 5 ( r = 0 ,9 6 4 8 )

Figura 5. Perfil de peso (g) x tempo

1 2 3 4 5 6

2 ,4

2 ,6

2 ,8

3 ,0

3 ,2

3 ,4

3 ,6

3 ,8

4 ,0

4 ,2

4 ,4

4 ,6

4 ,8

5 ,0

Cre

sc. (

cm)

T e m p o / / S e m

R C ( r = 0 ,9 5 0 3 ) R 1 ( r = 0 ,9 7 0 7 ) R 2 ( r = 0 ,9 9 1 3 ) R 3 ( r = 0 ,9 9 2 6 ) R 4 ( r = 0 ,9 5 6 8 ) R 5 ( r = 0 ,9 4 4 9 )

Figura 6. Perfil de crescimento (cm) x tempo

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Pode-se verificar nas figuras 5 e 6 que quanto maior a inclinação da reta

maior a rapidez no ganho de peso e comprimento. Dessa forma a R2 apresentou o

melhor crescimento em peso e comprimento, pois a mesma obteve um ótimo

desempenho linear durante o decorrer do experimento, o que demonstrou o

coeficiente de correlação próximo a 1, em virtude de ganhos de pesos e

comprimentos.

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6. CONCLUSÃO

De acordo com os dados obtidos no presente trabalho, pode-se concluir que:

- Os parâmetros físico-químicos não elevaram acima dos valores permitidos o que

não interferiu no crescimento dos animais, ressaltando que os nutrientes amônia,

nitrito e nitrato, elevaram-se em função do aumento do teor de proteínas nas rações;

- A taxa de crescimento em peso foi maior na ração R2 (290%), podendo a mesma

ser utilizada para a engorda de camarões com exigências nutricionais protéicas de

42% como forma de reduzir o preço da mesma, que chega em alguns casos a

representar 60% dos custos de produção;

- O Incremento Diário da Biomassa seguiu a seguinte ordem de crescimento R2 > R1

> R6 > R3 > R4 > R5;

- As rações R2, R1 e R5 apresentaram as maiores taxas de sobrevivência (100%);

- Para o monitoramento do manejo alimentar e nutricional, faz necessário conhecer a

exigências nutricionais da espécie visando colaborar a minimizar os custos com a

alimentação formulada, contribuindo na performance de crescimento dos animais.

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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus vannamei (Boone,1931).

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APÊNDICES

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84

Apêndice A. Teste de Kolmogorv-Smirnov nas análises de água.

One-Sample Kolmogorov-Smirnov Test

18 18 18 18

7,76667 27,27778 ,03500 ,05022

,319926 ,669113 ,007963 ,023436

,100 ,138 ,192 ,204

,096 ,105 ,144 ,204

-,100 -,138 -,192 -,157

,426 ,584 ,816 ,867

,993 ,885 ,519 ,439

N

Mean

Std. Deviation

Normal Parameters a,b

Absolute

Positive

Negative

Most ExtremeDifferences

Kolmogorov-Smirnov Z

Asymp. Sig. (2-tailed)

pH Temperatura Amônia Nitrito

Test distribution is Normal.a.

Calculated from data.b.

Apêndice B. Resumo dos tratamentos processados.

Case Processing Summary

18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%

18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%

18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%

18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%

18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%

18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%

18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%

pH * Tratamento

Temperatura *Tratamento

Salinidade * Tratamento

Oxigênio * Tratamento

Amônia * Tratamento

Nitrito * Tratamento

Nitrato * Tratamento

N Percent N Percent N Percent

Included Excluded Total

Cases

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Apêndice C. Análise dos tratamentos das rações elaboradas e controle.

Report

7,40 7,60 7,90 8,00 8,00 7,70

,20 ,20 ,30 ,30 ,20 ,36

26,40 26,80 27,00 27,67 27,80 28,00

,10 ,46 ,20 ,58 ,30 ,30

1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000

6,600 6,600 6,600 6,600 6,600 6,600

,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000

,024 ,027 ,033 ,040 ,041 ,045

,001 ,001 ,002 ,001 ,001 ,003

,021 ,038 ,047 ,035 ,073 ,087

,002 ,001 ,002 ,001 ,001 ,000

,017 ,023 ,034 ,046 ,046 ,070

,002 ,001 ,000 ,001 ,007 ,000

Mean

Std. Deviation

Mean

Std. Deviation

Mean

Std. Deviation

Mean

Std. Deviation

Mean

Std. Deviation

Mean

Std. Deviation

Mean

Std. Deviation

pH

Temperatura

Salinidade

Oxigênio

Amônia

Nitrito

Nitrato

Trat. Ração 1 Trat. Ração 2 Trat. Ração 3 Trat. Ração 4 Trat. Ração 5 Trat. Ração 6

Tratamento

Apêndice D. Teste ANOVA.

ANOVA

,880 5 ,176 2,456 ,094

,860 12 ,072

1,740 17

6,064 5 1,213 9,410 ,001

1,547 12 ,129

7,611 17

,001 5 ,000 90,000 ,000

,000 12 ,000

,001 17

,009 5 ,002 1342,144 ,000

,000 12 ,000

,009 17

,005 5 ,001 123,849 ,000

,000 12 ,000

,006 17

Between Groups

Within Groups

Total

Between Groups

Within Groups

Total

Between Groups

Within Groups

Total

Between Groups

Within Groups

Total

Between Groups

Within Groups

Total

pH

Temperatura

Amônia

Nitrito

Nitrato

Sum ofSquares df Mean Square F Sig.

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Apêndice E. Comparação das médias de pH (Teste de Duncan).

pH

Duncana

3 7,40000

3 7,60000 7,60000

3 7,70000 7,70000

3 7,90000 7,90000

3 8,00000

3 8,00000

,055 ,120

TratamentoTrat. Ração 1

Trat. Ração 2

Trat. Ração 6

Trat. Ração 3

Trat. Ração 4

Trat. Ração 5

Sig.

N 1 2

Subset for alpha = .05

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.a.

Apêndice F. Comparação das médias de Temperatura (Teste de Duncan).

Temperatura

Duncana

3 26,40000

3 26,80000

3 27,00000

3 27,66667

3 27,80000

3 28,00000

,074 ,301

TratamentoTrat. Ração 1

Trat. Ração 2

Trat. Ração 3

Trat. Ração 4

Trat. Ração 5

Trat. Ração 6

Sig.

N 1 2

Subset for alpha = .05

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.a.

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Apêndice G. Comparação das médias de Amônia (Teste de Duncan).

Amônia

Duncana

3 ,02400

3 ,02700

3 ,03300

3 ,04000

3 ,04100

3 ,04500

1,000 1,000 1,000 ,438 1,000

TratamentoTrat. Ração 1

Trat. Ração 2

Trat. Ração 3

Trat. Ração 4

Trat. Ração 5

Trat. Ração 6

Sig.

N 1 2 3 4 5

Subset for alpha = .05

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.a.

Apêndice H. Comparação das médias de Nitrito (Teste de Duncan).

Nitrito

Duncana

3 ,02100

3 ,03533

3 ,03800

3 ,04700

3 ,07300

3 ,08700

1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

TratamentoTrat. Ração 1

Trat. Ração 4

Trat. Ração 2

Trat. Ração 3

Trat. Ração 5

Trat. Ração 6

Sig.

N 1 2 3 4 5 6

Subset for alpha = .05

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.a.

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Apêndice I. Comparação das médias de Nitrato (Teste de Duncan).

Nitrato

Duncana

3 ,01700

3 ,02300

3 ,03400

3 ,04600

3 ,04600

3 ,07000

1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

TratamentoTrat. Ração 1

Trat. Ração 2

Trat. Ração 3

Trat. Ração 4

Trat. Ração 5

Trat. Ração 6

Sig.

N 1 2 3 4 5

Subset for alpha = .05

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.a.

Apêndice J. Teste de Kolmogorv-Smirnov nas análises de crescimento em (g) e (cm).

One-Sample Kolmogorov-Smirnov Test

108 108 108

3,1806 2,5333 ,1065

,53660 ,69093 ,03144

,187 ,059 ,113

,187 ,059 ,092

-,102 -,052 -,113

1,947 ,611 1,177

,001 ,849 ,125

N

Mean

Std. Deviation

Normal Parameters a,b

Absolute

Positive

Negative

Most ExtremeDifferences

Kolmogorov-Smirnov Z

Asymp. Sig. (2-tailed)

Cres.centímetros Cres.Gramas

Inv.Equa.Quad.Cresc.Centímetro

Test distribution is Normal.a.

Calculated from data.b.

75

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89

Apêndice L. Resumo dos tratamentos processados quanto ao crescimento em centímetros

Case Processing Summary

108 100,0% 0 ,0% 108 100,0%Cres.centímetros *Tratamentos.Ração

N Percent N Percent N Percent

Included Excluded Total

Cases

Apêndice M. Análise dos tratamentos das rações elaboradas e controle quanto ao crescimento em centímetros.

Report

Cres.centímetros

3,12 3,45 3,20 3,25 2,80 3,27

,36 ,67 ,51 ,61 ,29 ,52

Mean

Std. Deviation

Ração 1 Ração 2 Ração 3 Ração 4 Ração 5 Ração 6

Tratamentos.Ração - Crescimento em Centímetros

Apêndice N. Resumo dos tratamentos processados de acordo com crescimento em gramas.

Case Processing Summary

108 100,0% 0 ,0% 108 100,0%Cres.Gramas *Tratamentos.Ração

N Percent N Percent N Percent

Included Excluded Total

Cases

Apêndice O. Tratamentos das rações/crescimento em gramas.

Report

Cres.Gramas

2,82 2,97 2,23 2,40 2,08 2,70

,52 ,82 ,60 ,46 ,56 ,73

Mean

Std. Deviation

Ração 1 Ração 2 Ração 3 Ração 4 Ração 5 Ração 6

Tratamentos.Ração - Crescimentor em Gramas

76

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90

Apêndice P. Comparação das médias de Nitrito (Teste de Duncan).

Nitrito

Duncana

3 ,02100

3 ,03533

3 ,03800

3 ,04700

3 ,07300

3 ,08700

1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

TratamentoTrat. Ração 1

Trat. Ração 4

Trat. Ração 2

Trat. Ração 3

Trat. Ração 5

Trat. Ração 6

Sig.

N 1 2 3 4 5 6

Subset for alpha = .05

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.a.

Apêndice Q. Teste ANOVA (crescimento em gramas e crescimento em centímetros).

ANOVA

10,910 5 2,182 5,541 ,000

40,170 102 ,394

51,080 107

,015 5 ,003 3,325 ,008

,091 102 ,001

,106 107

Between Groups

Within Groups

Total

Between Groups

Within Groups

Total

Cres.Gramas

Inv.Equa.Quad.Cresc.Centímetro

Sum ofSquares df Mean Square F Sig.

77

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Apêndice R. Comparação das médias do crescimento em gramas.

Cres.Gramas

Duncana

18 2,0833

18 2,2333

18 2,4000 2,4000

18 2,7000 2,7000

18 2,8167 2,8167

18 2,9667

,157 ,062 ,234

Tratamentos.RaçãoRação 5

Ração 3

Ração 4

Ração 6

Ração 1

Ração 2

Sig.

N 1 2 3

Subset for alpha = .05

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Uses Harmonic Mean Sample Size = 18,000.a.

Apêndice S. Comparação das médias do crescimento em centímetros.

Inv.Equa.Quad.Cresc.Centímetro

Duncan a

18 ,0935

18 ,1002

18 ,1032

18 ,1048

18 ,1066

18 ,1310

,251 1,000

Tratamentos.RaçãoRação 2

Ração 6

Ração 4

Ração 3

Ração 1

Ração 5

Sig.

N 1 2

Subset for alpha = .05

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Uses Harmonic Mean Sample Size = 18,000.a.

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