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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PÓS-GRADUAÇÃO (LATO-SENSU) EM GERENCIAMENTO DE
SEGURANÇA PÚBLICA
RENATO MENDES DA SILVA
PADRONIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE QUARTÉIS NO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
Goiânia (GO)
2013
RENATO MENDES DA SILVA
PADRONIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE QUARTÉIS NO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
Artigo apresentado em cumprimento às
exigências para a obtenção do título de
Especialista em Gerenciamento em Segurança
Pública no Curso de Pós-Graduação Lato
Sensu em Gerenciamento em Segurança
Pública sob orientação do Professor Mestre
Luiz Antônio da Silva.
Goiânia (GO)
2013
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
RENATO MENDES DA SILVA
PADRONIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE QUARTÉIS NO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
Artigo apresentado em cumprimento às
exigências para a obtenção do título de
Especialista em Gerenciamento em Segurança
Pública no Curso de Pós-Graduação Lato
Sensu em Gerenciamento em Segurança
Pública sob orientação do Professor Mestre
Luiz Antônio da Silva.
Avaliado em _____ / _____ / _____
Nota Final: ( ) _____________
_____________________________________________________
Professor – Orientador Luiz Antônio da Silva – Mestre
Goiânia (GO)
2013
RESUMO
O Estado de Goiás possui 246 (duzentos e quarenta e seis) munícipios e destes o
Corpo de Bombeiros Militar encontra-se presente em 37 (trinta e sete). Para continuar
crescendo e avançando nas cidades goianas, teremos que construir mais quartéis para abrigar
o efetivo, viaturas e proporcionar a missão fim do Corpo de Bombeiros que é “vidas alheias,
riquezas salvar”.
Desenvolver a adoção de um padrão para uniformizar a construção de quartéis do
Corpo de Bombeiros, traz maior economia aos cofres públicos, maior rapidez na
especificação, levantamento de materiais, licitação e execução das novas unidades em um
maior número de munícipios.
Esta pesquisa poderá servir de subsídio para otimizar a construção de quartéis pelo
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás e praticar a eficiência, eficácia e efetividade
de sua administração.
Palavras-chave: Padronização, Construção, Quartéis.
ABSTRACT
The State of Goiás has 246 (two hundred forty-six) of these municipalities and the Fire
Brigade is present in 37 (thirty-seven). To continue growing and advancing in Goiás cities, we
have to build more barracks to house the effective, vehicles and provide the mission order
from the Fire Department that is "alien lives, save riches."
Develop the adoption of a uniform standard for the construction of barracks of the Fire
Department, brings greater savings to the public coffers, faster in the specification, lifting
materials, procurement and execution of new units on a larger number of municipalities.
This research may provide support to optimize the construction of barracks for the Fire
Brigade of the State of Goiás and practice efficiency, efficacy and effectiveness of its
management.
Keywords: Standardization, Construction, Quarters.
1
INTRODUÇÃO
A princípio, os maiores desafios a serem enfrentados pelos envolvidos na
padronização da construção de quartéis do CBMGO devem estar relacionados com a escolha
de um projeto arquitetônico que consiga alinhar custo razoável com as acomodações
necessárias para o bom funcionamento de uma OBM (Organização Bombeiro Militar), tais
como, alojamento masculino, alojamento feminino, refeitório, almoxarifado operacional,
garagem operacional, administração, sala de aula, gabinete do Comandante e do
Subcomandante.
Também, deve existir a possibilidade estrutural e arquitetônica de acréscimo na área
total construída deste quartel padrão, que de início abrigará um Destacamento Bombeiro
Militar (DBM), ou um Pelotão Bombeiro Militar (PBM), mas que posteriormente podem ser
elevados a uma Companhia Independente Bombeiro Militar (CIBM) ou a um Batalhão
Bombeiro Militar (BBM), com seus respectivos aumentos de efetivo e a necessidade de uma
edificação com a área total construída compatível com este aumento.
Nesse sentido, o presente estudo foi dedicado a encontrar respostas para o seguinte
problema: Qual é o projeto arquitetônico a ser utilizado na padronização da construção de um
quartel que se adequa às necessidades de uma Unidade Bombeiro Militar do CBMGO e qual é
o custo final da construção deste quartel padrão?
O CBMGO no ano de 2013 obteve recursos valiosos com a implantação do
FUNEBOM - Fundo Especial de Reaparelhamento e Modernização do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás, criado pela Lei Nº 17.480, de 08 de dezembro de 2011 e
regulamentado pelo Decreto Nº 7.622, de 21 de maio de 2012, revertidos na compra de
equipamentos, viaturas e também foram empenhados recursos para construção de novos
quartéis do Corpo de Bombeiros Militar em diversos Municípios do Estado de Goiás.
Assim, o objetivo geral da pesquisa consiste em subsidiar a padronização da
construção de quartéis do Corpo de Bombeiros Militar onde houver a demanda nos
municípios do Estado de Goiás. Para tanto, foram estabelecidos os seguintes objetivos
específicos:
Identificar o tipo arquitetônico que melhor se enquadra para suprir às necessidades
das Unidades de Corpo de Bombeiros Militar a serem construídas nos diversos
Munícipios Goianos;
Verificar a estimativa de custo final do quartel padrão do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás.
2
O estudo foi desenvolvido por intermédio de pesquisas bibliográficas. Foram
consultadas Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), autores
da área de Engenharia Civil, Tabelas de Composição de Preços de Materiais de Construção e
de mão-de-obra da AGETOP (Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas). A pesquisa
foi enriquecida ainda com consulta à legislação aplicável, bem como pelo trabalho realizado
através do DECON (Departamento de Engenharia e Construções do Comando de Apoio
Logístico do CBMGO).
REVISÃO DA LITERATURA
De acordo com Oliveira (1989) o planejamento estratégico é um processo gerencial
que visa à formulação de estratégias a partir da determinação de objetivos e metas para que a
organização atinja um determinado patamar definido como a visão estratégica da empresa.
Para tanto considera algumas premissas básicas como as variáveis internas e externas, tais
como os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades relacionadas à entidade. O
planejamento estratégico visa antecipar o futuro da empresa através da utilização destas
variáveis, pensando o seu futuro a longo prazo, de forma geral, consiste em saber o que deve
ser executado e de que maneira deve ser executado.
Segundo Oliveira (1989) o objetivo é orientar o estabelecimento a respeito das
estratégias e políticas necessárias para a organização a partir do momento em que se decidiu
por determinada missão e visão. Primeiramente se define de maneira geral na empresa “aonde
se quer chegar” e pensa-se em como a empresa está para se chegar à situação desejada. Dessa
forma o presente estudo está inserido justamente na efetividade da boa administração e do
planejamento tendo a padronização da construção dos quartéis sedes das futuras OBMs nos
diversos munícipios Goianos, com mais de 20.000 habitantes, o emprego de um projeto
econômico aliado à sustentabilidade, mesmo com o crescimento das Unidades Bombeiro
Militares do CBMGO, em termos de efetivo, viaturas e atendimento ao público.
Tal padronização deve atender também ao conforto ocupacional, tendo estes quartéis
os pressupostos de um projeto arquitetônico que proporcione iluminação natural, ventilação
natural e saídas de emergência, tudo de acordo com as Legislações e Normas Técnicas
vigentes. O projeto deve ser funcional sem perder a estética e o arquitetônico deve
3
proporcionar o nascimento dos projetos complementares: estrutural, elétrico/ telefônico e
hidro sanitário, viáveis e atendendo ao dia a dia de um quartel operacional CBMGO.
O trabalho está presente na vida do homem desde a civilização. Como relatam Vargas
e Menezes (1996), inicialmente o trabalho era a forma de sobrevivência. Ao iniciar esta luta, o
homem além da alimentação, buscava também proteção, tanto assim que desenvolveu
utensílios e aprendeu devagar a transformar elementos da natureza para seu benefício próprio.
Ao passar do tempo o ser humano passou a perceber a necessidade de proteção, que
estava muitas vezes condicionada a obtenção de abrigo que podia ser construído com uso dos
meios e elementos da natureza existentes a sua volta. Foi assim que surgiram as primeiras
obras de engenharia, mesmo que ainda rudimentares feitas através da experimentação, e da
evolução do conhecimento leigo, que o homem desenvolveu, transformando os recursos da
natureza a seu favor de variadas formas para diversos fins. Durante muitos anos de
experiência e a conquista do conhecimento científico da matemática, física e química, o ser
humano passou a conhecer as características dos materiais, as possibilidades do seu uso, as
leis físicas e as equações necessárias da matemática. Com a aplicação dessas ciências surgiu a
engenharia civil com o propósito de estudar e desenvolver técnicas e conhecimentos no
sentido de atender as necessidades de habitação, saneamento, transportes, etc. No entanto para
atender estas necessidades foram criadas empresas voltadas para execução de “obras de
engenharia”. Estas empresas deram origem ao setor da Construção Civil.
O Projeto - Quando se pretende construir o processo inicia com a definição do
produto. Para tanto é feita uma pesquisa e elaborado um projeto arquitetônico. O projeto
arquitetônico constitui-se na “espinha dorsal” do projeto da edificação. Após a aprovação do
produto, outros projetos complementares deverão ser desenvolvidos, bem como a descrição de
todos os elementos constituintes da edificação através do memorial descritivo. Os projetos
complementares geralmente contratados com profissionais diferentes, sendo desenvolvidos de
forma individual, sem troca de informações. Tal fato gera, muitas vezes, incompatibilidades
no momento da execução que força soluções alternativas decididas no canteiro de obras. Esta
situação retrata uma condição comum nas obras de engenharia atualmente.
Assim, um projeto mal concebido implicará em efeitos danosos sobre a totalidade da
edificação, na execução, nos custos, na manutenção do edifício e, consequentemente, na sua
vida útil. Gestão - Segundo Howell (1999), a forma corrente de gerenciar a execução das
obras de construção procura-se otimizar o projeto, atividade por atividade. Cada etapa do
processo é tratada em separado. Após definir-se uma solução para cada parte, reúnem-se tudo
4
em uma seqüência lógica definido-se prazos e ordens. Estabelece-se quase sempre um
“caminho crítico”, e o empreendimento passa a ser monitorado através do controle de muitos
contratos individuais. O foco está nas atividades. Nesta forma de produção as pessoas estão
habituadas a pensar que otimizando ações individuais se consegue a melhoria do todo. Tal
formato lógico de gerenciar as obras tem origem no sistema tradicional de orçamento que
divide o empreendimento em seus elementos constituintes e atribui os custos para cada um. A
partir daí, eles são administrados individualmente, tendo um input determinado no orçamento
e dessa forma acredita-se que o somatório das partes individuais integra o todo, ou seja,
gerenciando cada parte individualmente gerencia-se o todo. Assim sendo, ocorre muito
desperdício na produção sob esta ótica por este acontecer fora do foco de ação.
Execução - Os responsáveis pela execução, atuam como espécie de bombeiros,
sempre apagando incêndios. Essa é uma expressão comum usada para designar que os
mesmos nunca estão envolvidos com planejamento, reprogramações, ou seja, gerenciando
efetivamente, mas estão quase sempre resolvendo imprevistos. Passam a agir como tocadores
de obra, solucionando questões que têm sua origem, muitas vezes, na má qualidade dos
projetos e planejamento. A introdução da informática e suas ferramentas nas obras ofereceram
uma possibilidade de melhoria, no sentido de agilizar o fluxo de informações. A divulgação
de sistemas de qualidade, introduzindo a lógica de padronizações, também apareceu como
elemento que oportunizou melhorias no processo de execução das obras. A grande questão é
que, em geral, tais instrumentos, ferramentas, conceitos e métodos não são aproveitados de
fato pelos profissionais envolvidos na construção. Ressalta-se aqui a importância de mudança
de crenças, valores e postura das pessoas-chave nos processos produtivos.
Desperdício - Santos et al (2000, P. 8) observa que “qualquer ineficiência que se
reflita no uso de equipamentos, materiais, mão-de-obra e equipamentos em quantidade
superiores àquelas necessárias à produção da edificação” são perdas. De uma forma ampla
podemos averiguar a procedência das perdas a partir dos projetos. Não se tem aqui a intenção
de apresentar números representativos das perdas, mas apenas de discutir o fato em si, sua
ocorrência e ter idéia da ordem de grandeza, concebida de forma ampla e tida como dado
presente na realidade do setor.
A atividade produtiva da construção de empreendimentos possui uma série de
peculiaridades que, combinadas ao paradigma de produção tradicionalmente utilizado pelas
empresas do subsetor, apresentam uma série de ineficiências. Como resultado dessas
ineficiências, a construção de empreendimentos ficou muito conhecida devido aos altos
5
índices de desperdícios, resultando em altos custos, baixa qualidade dos produtos e baixa
capacidade de inovação. Na tentativa de reverter à situação, a partir dos anos 80 começaram
a ser introduzidas na construção uma série de técnicas e ferramentas de gestão. O objetivo
principal a ser alcançado com essas técnicas e ferramentas de gestão visava à eliminação dos
desperdícios encontrados no processo produtivo, que eram vistos como a principal fonte de
ineficiência da construção. Como os desperdícios eram entendidos como sinônimo de
entulhos ou restos de materiais que sobravam ao final da obra, a sua visão se restringia às
perdas visíveis e facilmente mensuráveis, sendo que uma obra sem entulhos era vista como
uma obra sem desperdícios e, portanto eficiente. De acordo com Isatto (2000), devido a essa
visão restrita dos desperdícios – de acordo com o paradigma de transformação ou conversão –
as tentativas de reduzi-los não tiveram o êxito esperado.
Neste sentido, a partir dos anos 90, pesquisadores começaram a introduzir na
construção uma nova concepção de desperdícios, que passa a ser compreendido como toda
atividade realizada pela empresa que absorve recursos, mas não agrega valor, ou seja, não é
percebida pelo cliente, utilizada pela Produção Enxuta.
A organização da produção predominante na construção civil é muito heterogênea.
Ela apresenta características manufatureiras, tais como o predomínio da atividade manual no
processo de trabalho, com a preservação de certa habilidade por parte dos trabalhadores;
possui também aspectos do paradigma taylorista – fordista como a separação entre a
concepção e execução e a divisão do trabalho. No entanto, a construção civil tem buscado
novas formas de organização da produção e do trabalho de modo a obter ganhos de
produtividade e qualidade, tão necessárias ao setor. Dentro desse espírito, a partir dos
trabalhos de Lauri Koskela, foi criado o Grupo Internacional pela Lean Construction,
engajado na adaptação do modelo da produção enxuta no setor da construção civil em
diversos países. A necessidade de um empreendimento bem planejado e bem controlado
levou a criação de uma nova gestão de processos “lean construction”, que também pode ser
chamado de “Construção Enxuta”. É importante salientar também que, com o aumento do
nível de exigência dos clientes internos e externos, viu-se a necessidade de atualizar e
melhorar o sistema de controle levando em consideração atividades que antes não eram
consideradas como prioritárias na construção. (Akkari, 2003).
A principal mudança do modelo gerencial tradicional para a nova filosofia de
produção consiste na maneira de se entender os processos. No modelo tradicional, a
construção é percebida como um conjunto de atividades objetivando certo produto final, ou
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seja, o processo é visto como um processo em conversão, de transformação. Já a filosofia da
construção enxuta percebe que um processo consiste em um fluxo de materiais e mão de obra
que leva em consideração todos os acontecimentos durante o processo, desde a escolha da
matéria prima até o produto final. Ela é subdividida em atividades de transporte, espera,
processamento e inspeção. As atividades de transporte, espera e inspeção não agregam valor
ao produto final, sendo, portanto denominadas de atividades de fluxo. Já a atividade de
processamento pode ser definida como atividade de conversão, atividade esta que agrega
valor ao produto final.
Os princípios para a gestão do novo processo de construção enxuta são (Koskela,
1992):
- reduzir a parcela de atividades que não agregam valor: a redução da parcela de
atividades que não agregam valor é necessária para a diminuição das perdas, que é um dos
maiores problemas na indústria da construção civil, diminuindo os custos e otimizando o
processo tornando-a mais eficiente e mais simples para o conjunto final.
- aumentar o valor do produto através da consideração das necessidades dos clientes:
esse é um dos mais importantes princípios da construção enxuta, pois o cliente vem em
primeiro lugar. É fundamental que as exigências do cliente sejam atendidas para que o
produto final agregue valor. Isso ajuda também a evitar retrabalhos no empreendimento.
- reduzir a variabilidade: existem consideráveis variações na construção civil, entre
elas, as diferentes dimensões entre materiais do mesmo tipo, sugestões diferentes entre os
clientes e a variação de tempo para a realização de uma mesma atividade em uma obra.
- reduzir o templo de ciclo: a redução de tempo de ciclo é vital para uma obra, ela é
definida como a soma de todos os tempos no fluxo dos materiais. A redução do tempo de
ciclo está relacionada com a filosofia do Just in Time, que significa “no momento certo”. Isso
significa que cada processo deverá ser abastecido no seu momento certo evitando a geração
de estoques na obra ou no canteiro. Ele tem as vantagens de: entrega mais rápida ao cliente,
maior rapidez na gestão de processos, o efeito da aprendizagem tende a aumentar, a
estimativa de futuras demandas são mais precisas e o sistema de produção torna-se menos
vulnerável.
- simplificar através da redução do número de passos ou partes: quanto mais
complexa a obra maior será a tendência do número de atividades que não agregam valor,
7
dificultando mais o andamento da mesma. É elementar que quanto mais simples e reduzido
forem os passos de um processo, mais otimizada e eficaz irá tornar-se o empreendimento.
- aumentar a flexibilidade de saída: está ligada à viabilidade de alterar o produto final
entregue ao cliente sem aumentar os custos de forma considerada a ponto de lesar a empresa
contratada a efetuar o serviço.
- aumentar a transparência do processo: esse procedimento ajuda a melhorar e facilitar
o trabalho. Tornando mais fácil a visualização de um erro no processo, diagnosticando-o com
mais facilidade.
- focar o controle no processo global: é manter o controle do processo, deixando bem
claro quem são os responsáveis pelo serviço e pelo seu controle.
- introduzir melhoria contínua no processo: é sempre querer melhorar o controle e o
planejamento buscando cada vez mais reduzir o desperdício na indústria e aumentar o valor
na gestão de processos. Filosofia que integra o Just in Time e o Controle de Qualidade Total.
Também pode ser descrito como diminuir os custos aumentando a qualidade e o valor do
produto, sempre de forma contínua.
- manter um equilíbrio entre as melhorias nos fluxos e nas conversões: consiste em
manter o equilíbrio entre ambas as partes, fazendo alternâncias entre a melhoria incremental,
participativa, focada nas atividades de fluxo e de novas tecnologias.
- fazer benchmarking: benchmarking é aprender e utilizar métodos adotados por
outras empresas do setor que deram certo no contexto geral. Essa prática é a mais simples de
todas, já que a empresa não deverá fazer nenhum investimento interno para obtê-la. Isso reduz
a competitividade, já que faz com que as empresas obtenham o mesmo padrão de processos e
métodos.
EXEMPLOS DE QUARTÉIS DO CBMGO
As atuais OBMs do CBMGO possuem variadas formas de arquitetura, não há uma
padronização das edificações que constituem as Unidades Operacionais nos diversos
Municípios do Estado de Goiás, até mesmo porque algumas destas construções possuíam
outro tipo de ocupação anteriormente, tendo sido, em alguns casos, doadas pelos respectivos
Municípios ao Estado e ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Seguem abaixo
alguns exemplos de arquitetura de quartéis do CBMGO:
8
Figura 1 – Foto do quartel sede do 6º BBM em Itumbiara – GO
Fonte: Quinta Seção do Estado Maior – CBMGO (2013)
Figura 2 – Foto do quartel sede da 8ª CIBM em Goiás Velho - GO
Fonte: Quinta Seção do Estado Maior – CBMGO (2013)
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Figura 3 – Foto do quartel sede da 9ª CIBM em Inhumas - GO
Fonte: Quinta Seção do Estado Maior – CBMGO (2013)
Figura 4 – Foto do quartel sede da 10ª CIBM em Planaltina – GO
Fonte: Quinta Seção do Estado Maior – CBMGO (2013)
10
Figura 5 – Foto do quartel sede do 3º PBM em Posse – GO
Fonte: Quinta Seção do Estado Maior – CBMGO (2013)
SUGESTÃO DE UM PROJETO PADRÃO PARA NOVOS QUARTÉIS
DO CBMGO
O projeto arquitetônico sugerido possui como característica principal a possibilidade
de acréscimo na área total construída, sem causar grandes transtornos para os usuários da
edificação, sendo ideal para acompanhar o crescimento da Unidade Operacional.
Para isso na versão com 01 (um) bloco a edificação já é construída com a cobertura
definitiva para abrigar 02 (dois) blocos. O projeto padrão prevê também, além da construção
de um bloco administrativo/operacional, a execução de um posto de assepsia de viaturas e
equipamentos de resgate, que é de fundamental importância ser construído para que o
funcionamento do quartel padrão seja de acordo com as normas técnicas ambientais e de
vigilância sanitária vigentes.
Portanto, na versão de 01 (um) bloco teríamos os DBM (Destacamento Bombeiro
Militar) e PBM (Pelotão Bombeiro Militar) e na versão com 02 (dois) blocos teríamos as
CIBM (Companhia Bombeiro Militar) e os BBM (Batalhão Bombeiro Militar).
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Figura 6 – Quartel Padrão com 02 (dois) Blocos
Fonte: 1º PBM - CBMGO (2013)
Figura 7 – Maquete em 3D do Quartel Padrão finalizado
Fonte: 1º PBM – CBMGO (2013)
12
ESTIMATIVA DE CUSTO PARA CONSTRUÇÃO DO QUARTEL
PADRÃO CBMGO
Para o Quartel Padrão CBMGO com 01 (um) bloco, temos uma área construída de
331,16 m2, englobando-se térreo e pavimento superior, porém a área total coberta é de 548,66
m2, tendo em vista que o telhado ficaria pronto já para abrigar o 2º bloco posteriormente. A
estimativa de custo para o Quartel Padrão de 01 (um) bloco com garagem operacional foi
calculada conforme planilha abaixo:
Tabela 1 – Planilha de custo para Quartel Padrão de 01 (um) bloco com garagem operacional
Discriminação Custo
SERVIÇO PRELIMINAR 17.049,92
SERVIÇO EM TERRA 803,57
TRANSPORTE 1.058,56
FUNDAÇÕES E SONDAGENS 18.409,14
ESTRUTURAS 60.327,68
IMPERMEABILIZAÇÃO 2.080,56
ESTRUTURAS METÁLICAS 71.872,79
COBERTURAS 14.213,89
INST. ELÉT./TELEFÔNICA/CABEAMENTO
ESTRUTURADO
16.126,07
INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 9.160,28
ALVENARIAS E DIVISÓRIAS 17.066,65
ESQUADRIAS DE MADEIRA 4.047,44
ESQUADRIAS METÁLICAS 2.862,93
VIDROS 6.800,00
REVESTIMENTO DE PAREDES 22.638,42
FORROS 4.559,79
REVESTIMENTO DE PISO 39.965,78
FERRAGENS 1.661,07
ADMINISTRAÇÃO 49.552,15
PINTURA 13.653,79
DIVERSOS 10.760,06
Total s/ BDI 384.670,54
Custo Final: 384.670,54
BDI (24,09%) 92.667,13
Valor do Orçamento: 477.337,67
Fonte: Elaborada pelo autor, MENDES (2013), conforme cálculos feitos a partir da Tabela de
Composição da AGETOP
13
Para a execução do 2º bloco, com área total construída de 331,16 m2, teríamos um
custo estimado conforme planilha abaixo:
Tabela 2- Planilha de custo para execução do 2º bloco
Discriminação Custo
SERVIÇOS PRELIMINARES 9.839,08
TRANSPORTES 1.058,56
ESTRUTURAS 60.327,68
INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 9.160,28
INST. ELÉT./TELEFÔNICA/CABEAMENTO
ESTRUTURADO
16.126,07
ALVENARIAS E DIVISÓRIAS 17.066,65
ESQUADRIAS DE MADEIRA 4.047,44
ESQUADRIAS METÁLICAS 2.862,93
VIDROS 6.800,00
REVESTIMENTO DE PAREDES 22.638,42
FORROS 4.559,79
REVESTIMENTO DE PISO 29.965,78
FERRAGENS 1.661,07
PINTURA 13.653,79
ADMINISTRAÇÃO 29.552,15
DIVERSOS 6.767,95
Total s/ BDI 229.319,69
Custo Final: 229.319,69
BDI (24,09%) 55.243,11
Valor do Orçamento: 284.562,80
Fonte: Elaborada pelo autor, MENDES (2013), conforme cálculos feitos a partir da Tabela de
Composição da AGETOP
Portanto, o custo final estimado para construção do Quartel Padrão de 01 (um) bloco
com garagem operacional é de R$ 477.337,67. Com uma área construída de 331,16 m2 e
uma área coberta de 548,66 m2, dividida em pavimento térreo, pavimento superior e garagem
operacional. Para construção do segundo bloco é de R$ 284.562,80 com uma área total
construída de 331,16 m2 divididos em pavimento térreo e pavimento superior.
Em se tratando da construção do Quartel Padrão completo contendo os dois blocos,
cada um com pavimento térreo e pavimento superior, e mais a garagem operacional, o custo
final total é a somatória do custo final da tabela 1 mais o custo final da tabela 2, o que
equivale a R$ 761.900,47 com uma área total construída de 879,85m2.
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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O Projeto do Quartel Padrão do CBMGO atende aos princípios da construção
inteligente e da “construção enxuta” citada na revisão da literatura, tendo em vista que na
execução do Quartel de 01 (um) Bloco com garagem operacional, tem-se uma preparação
para construir o segundo bloco posteriormente com economia, rapidez e efetividade, trazendo
o mínimo de transtorno para os ocupantes da edificação, por não ser necessário interromper
ou desalojar nenhuma seção do Quartel para se executar o segundo bloco.
Padronizar traz inúmeras vantagens tais como: utilização de um único projeto
arquitetônico em todas as obras de Unidades Operacionais, inclusive nas obras de ampliação;
conhecimento dos gastos em cada etapa de construção, quantitativo de concreto necessário, de
ferragem, de fiação elétrica, de tinta, de portas, de materiais hidro sanitários, de estrutura
metálica, de telhas, de alvenaria, dentre outros, trazendo assim o princípio da produção em
escala; elaboração de lista de materiais, quantitativo de mão-de-obra, orçamento e projeto
básico padronizado, o que torna o processo licitatório muito mais rápido e dinâmico, inclusive
para licitar a construção de vários quartéis ao mesmo tempo.
Em consequência, alcança-se o planejamento e a padronização necessária para
construção de quartéis do CBMGO, atendendo tanto a Destacamentos e Pelotões Bombeiro
Militar, no caso do quartel com 01 (um) bloco, contendo pavimento térreo e pavimento
superior e cobertura para garagem operacional e o futuro bloco a ser construído, quanto para
Companhias Independentes e Batalhões Bombeiro Militar, com o acréscimo do segundo
bloco, contendo pavimento térreo e pavimento superior.
O Posto de Assepsia de Viaturas e Equipamentos de Resgate não foi incluso nas
planilhas de estimativa de custo (Tabelas 1 e 2), mas conforme pesquisa feita junto ao
DECON - Departamento de Engenharia e Construções do Comando de Apoio Logístico do
CBMGO, o custo estimado para sua execução gira em torno de R$ 100.000,00.
A missão do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás é proteger a vida, o
patrimônio e o meio ambiente para o bem estar da sociedade. Para que a missão seja
alcançada com excelência e dentro de uma visão holística, planejar e elaborar o projeto de um
Quartel Padrão do CBMGO, resulta em economia de recursos para a construção das novas
Unidades Operacionais desta gloriosa Corporação Militar e em melhor atendimento a
sociedade como um todo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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técnico, nas diversas áreas da engenharia.
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de bombeiro militar de médio porte e instituição de grupo de trabalho para apresentação de
proposta de estrutura operacional do grupamento de bombeiro militar de médio porte. Boletim
do Comando Operacional, número 48, Brasília, Distrito Federal, 12 de março de 2010.
CBMGO. Planejamento Estratégico Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás: 2012-
2022.
CBMGO – Código Estadual de Proteção contra Incêndio, Pânico, Explosão e Desastres. Lei
Nº 15.802 de 11 de setembro de 2006.
NFPA - National Fire Protection Association 1500 - Fire Department Occupational Safety and
Health Program. Standards Council, 17 de agosto de 2006, EUA.
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