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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS NA CIDADE DE GOVERNADOR CELSO RAMOS Biguaçu 2013

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA ABERTURA DE UMA

EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS NA CIDADE DE

GOVERNADOR CELSO RAMOS

Biguaçu

2013

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA ABERTURA DE UMA

EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS NA CIDADE DE

GOVERNADOR CELSO RAMOS

Biguaçu

2013

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JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA ABERTURA DE UMA

EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS NA CIDADE DE

GOVERNADOR CELSO RAMOS

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao

Curso de Administração do Centro de Educação da

UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do

Título de Bacharel em Administração.

Professor(a) Orientador(a): Maria Albertina Schmitz

Bonin

Biguaçu

2013

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JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO:

ABERTURA DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS

NA CIDADE DE GOVERNADOR CELSO RAMOS

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção

do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Plano de Negócio

Biguaçu, 28 de agosto de 2013.

Prof. Maria Albertina Schmitz Bonin

UNIVALI – CECIESA GESTÃO

Orientador

Prof. Claudia Catarina Pereira

UNIVALI - CE de Biguaçu

Prof.

UNIVALI – CE de Biguaçu

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Dedico este trabalho ao meu marido, Paulo José Cordeiro

Galveias, minha mãe Maria Regina Alves de Souza e a meu pai

Edesio Guiomar de Souza, que sempre estiveram presentes ao

meu lado, me confortando nos momentos difíceis e vibrando nos

momentos alegres.

Aos meus Irmãos pela força e o incentivo que sempre me deram

para a realização desse trabalho, que sempre me motivaram a

nunca a desistir.

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AGRADECIMENTOS

Chegada a hora de concluir este trabalho e esta é uma oportunidade que nos

faz pensar sobre o que temos feito de nossos conhecimentos. Através desta simples

folha quero agradecer quem de alguma forma contribuiu para que eu pudesse

desenvolver e concluir este trabalho. Assim sendo, sou imensamente grata:

A Deus, por ter me abençoado e ajudado em mais essa etapa da vida;

Ao meu marido, Paulo José Cordeiro Galveias, pelo carinho, amor e

compressão que foi me dado nestes anos.

Aos meus pais e irmãos, pelo apoio que me deram principalmente nos

momentos mais difíceis destes anos.

À minha orientadora e Prof. Maria Albertina Schmitz Bonin pela sua dedicação

e estímulo, pelas recomendações valiosas e por seu envolvimento em todas as

etapas do trabalho.

Aos professores Crisanto Soares e Simone Regina Dias por terem me

auxiliado na elaboração do estudo.

Às minhas amigas Bruna dos Santos e Charlene Cabral de Oliveira pela

amizade, paciência e dedicação demonstradas durante os anos que estudamos

juntas.

A todo o corpo docente do curso de Administração da UNIVALI, que

compartilharam seus conhecimentos e experiências.

E por fim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para o sucesso

deste trabalho.

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"A superação é uma competência que se conquista através de

vitórias consecutivas, sendo super ao não se deixar vencer

mesmo nos momentos mais difíceis, sendo ação na hora de

tomar decisões estratégicas para atingir o sucesso. Mesmo

algumas derrotas podem se converter em vitórias internas se

você aprendeu com os erros sendo super ao admiti-los e

tomando ações para não repeti-los."

Luis Alves

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RESUMO

GALVEIAS, July Alves de Souza. Elaboração de um plano de negócio para a implantação de uma empresa de produção e entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos. 2013. Trabalho de conclusão de Estágio (Bacharelado em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2013. Este trabalho teve como principal objetivo a consecução de um plano de negócio para a implantação de uma empresa fornecedora de marmitas no município de Governador Celso Ramos, que visa atender a população residente nesta cidade. O plano teve o propósito de fornecer informações, alcançadas por meio da pesquisa com os potencias clientes, fornecedores e concorrentes acerca da previsão de demanda e particularidades desse mercado, para medir a viabilidade mercadológica e financeira do futuro negócio. O planejamento estratégico foi elaborado com intuito de orientar a empreendedora a respeito dos objetivos, metas e estratégias, com base na análise dos ambientes externo e interno, identificação das oportunidades e ameaças, pontos fortes e fracos. No plano de marketing foi estudado o composto mercadológico para elaboração das estratégias de marketing. No plano operacional e de produção foi tratado o processo produtivo, a gestão de vendas e compras, bem como a localização e o layout. No plano de gestão de pessoas foram estruturados os procedimentos que norteiam o recrutamento, seleção, treinamento, planos de cargos e salários. Através do plano financeiro foi possível verificar quais os investimentos iniciais, os custos, projeção de vendas, o fluxo de caixa, o demonstrativo do resultado exercício, assim como taxa mínima de atratividade, o valor presente líquido, Taxa interna de retorno, Valor presente líquido, Taxa interna de retorno, Payback, margem de contribuição e o ponto de equilíbrio. Por último, foi verificado os aspectos jurídicos e legais, para formalização da empresa. Palavras-chave: plano de negócio, pesquisa de mercado, viabilidade mercadológica e financeira, marmitas.

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ABSTRACT

Galveias, July Alves de Souza. Preparation of a business plan for the deployment of a production company and delivery of lunch boxes in the city of Governador Celso Ramos. In 2013. Work completion of Internship (Bachelor in Business Administration) - University of Vale do Itajaí, Biguaçu, 2013. This work has as main objective the achievement of a business plan for the deployment of a supplier of tins at Governador Celso Ramos, which aims to meet the resident population in this city. The plan aimed to provide information, achieved through research with potential customers, suppliers and competitors on the demand forecast and particularities of this market, to measure the market and financial feasibility of future business. The strategic plan was developed with the aim of guiding the entrepreneur about the objectives, goals and strategies, based on the analysis of the external and internal environments, identification of opportunities and threats, strengths and weaknesses. In the marketing plan was studied marketing mix for preparation of marketing strategies. At the operational and production was handled the production process, the management of sales and purchases, as well as the location and layout. In terms of people management were structured procedures that govern the recruitment, selection, training, plans for jobs and wages. Through the financial plan was possible to verify which initial investments, costs, sales projection, cash flow, the financial statements of income, as well as hurdle rate, the net present value, internal rate of return, present value net, internal Rate of Return, Payback, contribution margin and breakeven. Finally, we verified the legal aspects and legal, to formalize the company. Keywords : business plan, market research, market and financial feasibility, tins.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Relação entre o setor e o mercado ............................................................ 46 Figura 2 - Representação do cálculo do VPL. ........................................................... 78 Figura 3 - Condição que a TIR deve ser capaz de satisfazer. ................................... 79 Figura 4: Representação gráfica do ponto de equilíbrio ............................................ 82 Figura 5: Em qual bairro você reside? ....................................................................... 91 Figura 6: Sexo ........................................................................................................... 92 Figura 7: Estado civil ................................................................................................. 93 Figura 8: Faixa etária ................................................................................................ 94 Figura 9: Renda familiar mensal ................................................................................ 95 Figura 10: Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta para casa)? ............................................................................................................... 96 Figura 11: Caso positivo, com que regularidade? ..................................................... 97 Figura 12: Qual (is) restaurante(s) você frequenta? .................................................. 98 Figura 13: Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você frequenta? ................................................................................................................. 99 Figura 14: Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta? ....................................... 100 Figura 15: Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos? ............................................................... 101 Figura 16: Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita? ................................................................................................................................ 102 Figura 17: Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de marmitas?................................................................................................................ 103 Figura 18: Layout do Marmitex Juju ........................................................................ 124

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Caracterização dos empreendedores de sucesso ................................... 19 Quadro 2: Estruturas de um plano de negócio .......................................................... 22 Quadro 3: Sumário Executivo .................................................................................... 25 Quadro 4: Processo de planejamento estratégico ..................................................... 27 Quadro 5: Macroambiente ......................................................................................... 37 Quadro 6: Microambiente .......................................................................................... 39 Quadro 7: Plano de Marketing ................................................................................... 44 Quadro 8 : Demonstrativo do resultado do exercício ................................................ 75 Quadro 9: Roteiro para o calculo do valor presente liquido ....................................... 78 Quadro 10: Roteiro para cálculo na HP – 12C da taxa interna de retorno ................ 80 Quadro 11: Balanço Patrimonial ................................................................................ 83 Quadro 12: Oportunidades e Ameaças do Marmitex Juju ....................................... 107 Quadro 13:Pontos fracos e pontos fortes do Marmitex Juju .................................... 109 Quadro 14: Cardápio do Marmitex Juju ................................................................... 112

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Quadro15: Layout do Marmitex Juju ....................................................................... 125

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Em qual bairro você reside? ...................................................................... 91 Tabela 2: Sexo .......................................................................................................... 92 Tabela 3: estado Civil ................................................................................................ 93 Tabela 4: Faixa etária ................................................................................................ 94 Tabela 5: Renda familiar mensal ............................................................................... 95 Tabela 6: Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta para casa)? ............................................................................................................... 96 Tabela 7: Caso positivo, com que regularidade? ...................................................... 96 Tabela 8: Qual (is) restaurante(s) você frequenta? ................................................... 97 Tabela 9: Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você frequenta? ................................................................................................................. 98 Tabela 10: Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta? ......................................... 99 Tabela 11: Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos? ............................................................... 100 Tabela 12: Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita? ................................................................................................................................ 101 Tabela 13: Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de marmitas?................................................................................................................ 102 Tabela 14: Análise da primeira semana do Marmitex Juju. ..................................... 114 Tabela15: Investimentos iniciais .............................................................................. 126 Tabela 16: Custos fixos com mão de obra .............................................................. 133 Tabela 17: Custos Fixos do negócio ....................................................................... 134 Tabela 18: Custos variáveis do Marmitex Juju ........................................................ 135 Tabela 19: projeção de venda semanal do Marmitex Juju ...................................... 136 Tabela 20: Projeção de Vendas mensais do Marmitex Juju .................................... 137 Tabela 21: Projeção de vendas em 5 anos do Marmitex Juju ................................. 137 Tabela 22: Flxo de caixa do Marmitex Juju ............................................................. 139 Tabela 23: Demonstrativo do resultado do exercício do Marmitex Juju .................. 140 Tabela 25: VPL do Marmitex Juju ........................................................................... 142 Tabela 26: Payback Descontado do Marmitex Juju ................................................ 143 Tabela 27: Calculo da margem de contribuição ...................................................... 143 Tabela 28: taxas do Simples Nacional para o Marmitex Juju .................................. 146

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DRE - Demonstração do Resultado do Exercício

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMS - Imposto sobe Circulação de Mercadorias e Serviços

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SELIC - Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custo

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

TIR - Taxa Interna de Retorno

TMA - Taxa Mínima de Atratividade

VPL - Valor Presente Líquido

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 16 1.1.1 Objetivo geral ................................................................................................... 16 1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................ 16 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 18

2.1 EMPREENDEDORISMO ..................................................................................... 18 2.2 PLANO DE NEGÓCIO ......................................................................................... 21 2.2.1 Sumário Executivo ........................................................................................... 24 2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................... 25 2.3.1 Visão ................................................................................................................ 28 2.3.2 Missão .............................................................................................................. 28 2.3.3 Objetivos .......................................................................................................... 29 2.3.4 Estratégias ....................................................................................................... 29 2.3.5 Metas................................................................................................................ 30 2.3.6 Produtos e serviços .......................................................................................... 30 2.3.7 Análise de indústria .......................................................................................... 32 2.4 ANÁLISE AMBIENTAL ........................................................................................ 36 2.4.1 Análise do Macro Ambiente .............................................................................. 36 2.4.2 Análise do Micro Ambiente ............................................................................... 39 2.4.3 Análise do ambiente interno ............................................................................. 41 2.5 MARKETING ....................................................................................................... 42 2.5.1 Plano de marketing .......................................................................................... 43 2.5.2 Estratégia de Marketing .................................................................................... 47 2.5.3 Pesquisa de Marketing ..................................................................................... 52 2.6 PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO .................................................................... 53 2.6.1 Plano Operacional ............................................................................................ 53 2.6.2 Estrutura física e funcional ............................................................................... 54 2.6.3 Localização ...................................................................................................... 57 2.6.4 Arranjo físico e o layout (leiaute) ...................................................................... 57 2.6.5 Equipamentos e máquinas necessárias ........................................................... 59 2.6.6 Funcionários e insumos necessários ............................................................... 60 2.6.7 Processo de Produção ..................................................................................... 61 2.6.8 Processo de compra ........................................................................................ 62 2.7 ESTRUTURA DA EMPRESA ............................................................................... 62 2.7.1 Estrutura organizacional ................................................................................... 63 2.7.3 Equipe de gestão ............................................................................................. 63 2.8 PLANO DE RECURSOS HUMANOS................................................................... 64 2.8.1 Recrutamento e seleção................................................................................... 65 2.8.2 Treinamento e desenvolvimentos ..................................................................... 67 2.8.3 Planos de cargos e salários ............................................................................. 68 2.8 PLANO FINANCEIRO.......................................................................................... 70 2.8.1 Investimento inicial ........................................................................................... 71 2.8.2 Custos fixos ...................................................................................................... 71 2.8.3 Custos variáveis ............................................................................................... 72

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2.8.4 Capital de Giro ................................................................................................. 72 2.8.5 Demonstrativo do resultado do exercício (DRE) .............................................. 73 2.8.6 Demonstrativo do Fluxo de caixa ..................................................................... 76 2.8.7 Taxa mínima de atratividade (TMA) ................................................................. 77 2.8.8 Valor presente liquido ....................................................................................... 77 2.8.9 Taxa interna de retorno (TIR) ........................................................................... 79 2.8.10 Payback .......................................................................................................... 80 2.8.11 Ponto de equilíbrio ......................................................................................... 81 2.8.12 Balanço patrimonial ........................................................................................ 83 2.9 PLANO JURÍDICO ............................................................................................... 84

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ................................................................... 86

4. TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS ............................................ 88

4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO ...................................................................................... 89 4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR ........................................................................ 89 4.3 EMPREENDEDOR .............................................................................................. 90 4.4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA COM OS POTENCIAS

CLIENTES ................................................................................................................. 90 4.5 FUNDAMENTOS ESTRATÉGICOS .................................................................. 103 4.4.1 Missão ............................................................................................................ 104 4.5.2 Visão .............................................................................................................. 104 4.5.3 Objetivos ........................................................................................................ 104 4.5.4 Metas.............................................................................................................. 104 4.5.5 Estratégias ..................................................................................................... 105 4.5.6 Análise do Ambiente Externo ......................................................................... 105 4.5.7 Análise do ambiente interno ........................................................................... 109 4.6 PLANO DE MARKETING ................................................................................... 110 4.6.2 Estratégia de marketing .................................................................................. 110 4.7 PLANO DE RECUSRSOS HUMANOS .............................................................. 118 4.7.1 Recrutamento e seleção................................................................................. 118 4.7.2 Plano de capacitação e desenvolvimento ...................................................... 120 4.7.3 Plano de cargos e salários ............................................................................. 122 4.8 PLANO OPERACIONAL .................................................................................... 122 4.8.1 Localização .................................................................................................... 122 4.8.2 Processo de produção .................................................................................... 123 4.8.3 Processo de compra ...................................................................................... 123 4.8.4 Layout ............................................................................................................. 124 4.9 PLANO FINANCEIRO........................................................................................ 125 4.9.1 Investimento Inicial ......................................................................................... 126 4.9.2 Custos fixos .................................................................................................... 133 4.9.3 Custos variáveis ............................................................................................. 135 4.9.4 Projeção de vendas ........................................................................................ 135 4.9.5 Fluxo de caixa ................................................................................................ 138 4.9.6 Demonstração do resultado do exercício ....................................................... 140 4.9.7 Taxa mínima de atratividade .......................................................................... 141 4.9.8 Valor presente líquido..................................................................................... 141 4.9.9 Taxa interna de retorno .................................................................................. 142 4.9.10 Payback ........................................................................................................ 142 4.9.11 margem de contribuição ............................................................................... 143

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4.9.12 Ponto de equilíbrio ....................................................................................... 144 4.10 ASPECTOS JURÍDICOS LEGAIS ................................................................... 145

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 147

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 149

APÊNDICE A .......................................................................................................... 152

ANEXO 1................................................................................................................. 154

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15

1 INTRODUÇÃO

Quando há intenção de se iniciar um negócio como um restaurante, o plano

de negócio é uma ferramenta indispensável para o empreendimento, pois ele projeta

estratégias operacionais e de inserção no mercado e prevê os resultados financeiros

para o empreendimento.

Dessa forma, Dornelas (2008, p. 82) ressalta a importância de um plano de

negócio para qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho de ter seu

próprio negócio em realidade, se este seguir o caminho lógico e racional de um bom

administrador.

Este trabalho tem a finalidade de apresentar um plano de negócio referente à

abertura de um restaurante para oferecer um serviço de alimentação em marmitas

na cidade de Governador Celso Ramos. O restaurante irá servir refeições que

atendam as necessidades e o gosto da população regional. Com a vida agitada que

as pessoas levam hoje em dia, muitos não possuem tempo para preparar ou obter

de forma rápida uma alimentação saudável, equilibrada e ao mesmo tempo

saborosa e nutritiva.

O presente estudo ajudará a estruturar as principais alternativas para avaliar a

viabilidade de um plano de negócio no segmento alimentício, proporcionando uma

avaliação econômica e financeira dos recursos disponíveis antes que se possa

colocar em prática o negócio proposto, evitando assim o desperdício de recursos e

tempo em um negócio inviável. É necessário saber quais são as oportunidades para

o novo empreendimento, tais como a escolha do local e o espaço físico, analisar os

concorrentes do segmento, verificando quais seus pontos fortes e fracos,

fornecedores, custo e preço do produto fornecido.

Quanto à problemática para a abertura do negócio em questão é o fato de se

desconhecer os concorrentes, seus preços repassados aos clientes, os fornecedores

de matéria prima, a escolha do espaço físico, que deverá ser acessível ao

consumidor e como divulgar e comercializar os produtos aos futuros clientes. Assim

como não se sabe se há viabilidade econômica para o referido negócio.

Deste modo, este trabalho pretende responder a seguinte questão:

Existe viabilidade para a abertura de uma empresa fornecedora de

Marmitex em Governador Celso Ramos?

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Elaborar um plano de negócio para fornecimento de marmitas, em

Governador Celso Ramos, no período de Março a Novembro de 2013.

.

1.1.2 Objetivos específicos

• Conhecer o mercado que envolve o novo negócio;

• Desenvolver o plano mercadológico;

• Elaborar um planejamento operacional;

• Elaborar um plano financeiro;

• Verificar a viabilidade do novo empreendimento;

• Avaliar o plano de negócio.

1.2 JUSTIFICATIVA

A elaboração deste plano de negócio é importante, pois através dele será

possível analisar a viabilidade econômica do negócio, identificar as oportunidades de

investimento que se apresentam assim como os riscos a serem assumidos em um

novo empreendimento.

Dornelas (2008, p.85) argumenta que a importância de elaborar um plano de

negócio é pelo fato de que a empresa deverá lucrar mais, na média, se esta dispuser

de um bom planejamento. Tal planejamento ajudará a empresa a entender e a

estabelecer diretrizes para o seu negócio, auxiliará a gerenciar a empresa de forma

adequada para que se possam tomar decisões acertadas, a monitorar o dia a dia da

empresa e se necessário tomar ações corretivas, a conseguir financiamentos e

recursos junto a bancos, governo, SEBRAE etc., a identificar as oportunidades no

mercado e transforma-las em diferencial competitivo para a empresa.

Nessa mesma linha, Chiavenato (2008, p. 132) diz que:

O plano de negócio descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos, geralmente para os próximos três ou cinco anos.

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17

Sua elaboração permite a análise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetória que o levará do entusiasmo à desilusão e ao fracasso.

A existência de um plano de negócio aumenta a possibilidade de uma

empresa aproveitar potencialidades e oportunidades atuais e futuras, ao mesmo

tempo em que permite reduzir a probabilidade de restrições e ameaças ao novo

negócio. As micro e pequenas empresas respondem pela maioria dos

empreendimentos criados no Brasil atualmente, na medida em que possibilitam a

criação de novos empregos e oportunidades para a sociedade.

O momento para a realização deste estudo foi oportuno, pois este estudo

possibilitou analisar o mercado no qual a acadêmica irá atuar para abrir sua

empresa.

Para a obtenção de informações sobre o setor estudado para o novo

empreendimento, foram necessários tempo e dedicação do acadêmico. O estudo é

viável em termos do conhecimento que foi adquirido pelo acadêmico no curso de

administração, e no que diz respeito aos custos incorridos para a elaboração do

projeto, são pequenos. O tempo de um ano foi o suficiente para a conclusão deste

estudo

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18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A partir da fundamentação teórica, o plano ganhará o suporte científico

necessário para a elaboração do trabalho. Antes de se iniciar um negócio, é preciso

estudar as teorias, apresentar os conceitos formulados pelos autores, pois é através

delas que as oportunidades de negócio e sua efetivação são apontadas. A

fundamentação teórica aborda os seguintes temas: empreendedorismo, plano de

negócio, planejamento estratégico, plano de marketing, plano operacional e plano

financeiro.

2.1 EMPREENDEDORISMO

Entende-se por empreendedorismo o envolvimento de pessoas e a execução

de processos que bem trabalhados em conjunto levam a transformação de ideias em

oportunidades, que quando implementadas e estudadas criteriosamente levam à

criação de negócios de sucesso. (DORNELAS, 2008, p. 22)

No Brasil, o termo empreendedorismo intensificou-se no final da década de

90, isso se deu devido à preocupação da criação de pequenas empresas que

durassem no mercado e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade

desses empreendimentos, visto que para Dornelas (2008, p.6), os empreendedores

estão eliminando barreiras comerciais e culturais, eles encurtaram as distâncias,

estão globalizando e renovando os conceitos econômicos, além de criar novas

relações de trabalho, criar novos empregos e gerar riquezas para a sociedade.

Existem algumas determinantes pessoais que levam ao empreendedorismo, a

necessidade é uma delas, pois leva alguns empreendedores a constituírem sua

própria empresa devido a necessidades financeiras derivadas do desemprego. Outra

determinante é a oportunidade devido à percepção de que há opções de negócios

que ainda podem ser exploradas no mercado, podendo ou não estar relacionadas

com o nível de desenvolvimento do país. (FERREIRA, SANTOS e SERRA, 2010,

p.12).

Nessa mesma perspectiva, Dolabela (2008, p.24) ressalta que

empreendedorismo é:

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Uma forma de ser, uma concepção de mundo, uma forma de se relacionar. O empreendedor é um insatisfeito que transforma seu inconformismo em descobertas e propostas positivas para si mesmo e para os outros.

Para trazer um conceito de empreendedor, Chiavenato (2008, p. 3)

argumenta que “o empreendedor não é somente um fundador de novas empresas

ou o fundador de novos negócios”. Ele é quem inicia ou opera um negócio ou um

projeto pessoal, ele assume riscos e responsabilidades, além de trazer constantes

inovações.

Um empreendedor, para ter sucesso, deve possuir características extras,

além de criativo e inovador ele também precisa ser um bom administrador, seus

atributos pessoais quando somados a características sociais e ambientais, permitem

o surgimento de uma nova empresa. (DORNELAS, 2008, p. 17).

Siegel et al. (1995, p. 17) ainda argumentam que empreendedores possuem

em sua natureza a capacidade de serem mais do que redatores de proposta, eles

preferem estar na ação do negócio, elaborando-o.

A seguir, é apresentado um quadro com características dos empreendedores

de sucesso, na concepção de Dornelas (2008, p.17-18).

Quadro 1: Caracterização dos empreendedores de sucesso

São visionários

Possuem uma visão de futuro para seu negócio e sua vida, e mais, possuem habilidade de implementar seu sonho.

Sabem tomar decisões

Não são pessoas inseguras, tem a capacidade de tomar a decisão certa na hora certa, além de implementarem suas ações rapidamente.

São indivíduos que fazem a diferença

Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.

Sabem explorar ao máximo as oportunidades

Para os empreendedores as ideias são geradas a partir daquilo que todos conseguem ver, mas não identificam a possibilidade de transforma-las em oportunidades de negócio por meio de dados e informações.

São determinados e dinâmicos

Implementam suas ações com total comprometimento. São dinâmicos no que fazem e nunca se deixam cair na rotina.

São dedicados

Dedicam-se 24h por dia, 7 dias por semana, ao seu negócio. Comprometem suas vidas pessoais. São trabalhadores exemplares, sempre motivados e incansáveis.

São otimistas e apaixonados pelo que

Amam o trabalho que fazem e isso os torna cada vez mais animados e autodeterminados, são muito otimistas e os melhores vendedores de seus produtos e serviços,

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fazem pois sabem como ninguém como fazê-lo. São independentes e constroem o próprio destino

Querem estar à frente das mudanças e serem donos do próprio destino.

Ficam ricos

Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios.

São líderes e formadores de equipe

Possuem senso de liderança incomum, são respeitados e adorados por seus funcionários, os valorizando e motivando constantemente, pois sabem que para obter êxito e sucesso dependem de uma equipe qualificada.

São bem relacionados (networking)

Os empreendedores sabem construir uma rede de contatos que os auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe.

São organizados

Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos necessários para seu negócio de forma racional.

Planejam, planejam, planejam

Os empreendedores de sucesso planejam cada passo de seu negócio, sempre tendo como base a forte visão de negócio que possuem.

Possuem conhecimento

São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior é sua chance de êxito.

Assumem riscos calculados

O verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerencia-los, avaliando as reais chances de sucesso.

Criam valor para a sociedade

Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, com a geração de empregos, utilizam sua criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas.

Fonte: Adaptado de Dornelas (2008)

Um empreendedor pode não possuir todos os critérios apontados por

Dornelas (2008) no quadro 1, mas a combinação de alguns itens e tributos pessoais

pode formar um empreendedor de sucesso. As características citadas junto com a

elaboração de um plano de negócio, feito de forma planejada, organizada e visando

criar valor para a sociedade, podem gerar resultados para um novo negócio.

O plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor, pois

um empreendedor precisa saber planejar suas ações e estratégias da empresa a ser

criada (DOLABELA, 2008, p. 80).

Dessa forma, conclui-se que o plano de negócio é uma ferramenta

indispensável ao administrador que queira montar sua empresa, e que algumas

etapas devem ser seguidas rigorosamente para que este sonho torne-se uma

realidade. Devido a essa importância, a seguir será apresentada a estrutura de um

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plano de negócio, os planejamentos e processos que serão utilizados para a

elaboração do mesmo.

Para Dolabela (2008, p. 84), “o plano de negócios é um documento utilizado

para descrever um empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a

empresa”. Permite ao empreendedor situar-se em seu ambiente de negócio, sua

elaboração envolve um longo processo de aprendizagem e de autoconhecimento.

É perceptível que o mundo dos negócios vem pertencendo cada vez mais aos

empreendedores, ou seja, aquelas pessoas que identificam as melhores

oportunidades e sabem como aproveita-las. Esses empreendedores são

despertados a pensar e planejar sobre os vários fatores que envolvem seu negócio e

assim realizar um planejamento bem detalhado antes de iniciar sua atividade

empreendedora. (SALIM et al., 2005, p. 3).

2.2 PLANO DE NEGÓCIO

Segundo Siegel et al. (1995, p. 18), o planejamento de negócio propriamente

dito teve inicio na década de 70 quando poderia ter havido mais dinamismo no

mundo do capital de risco de forma a existir sempre processos para resgate desse

capital. Grande parte desse processo foi identificado assim como plano de negócio.

Salim et al (2005, p. 3) descreve plano de negócio como - “um documento que

contem a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, sua

forma para conquistar uma fatia de mercado e a projeção de despesas, receitas e

outros resultados financeiros”.

Para outros autores como Cecconello e Ajzental (2008, p. 17) mencionam que

o plano de negócio, basicamente, busca verificar a viabilidade econômico-financeira

para trazer alternativas para um negócio, seja ele um novo empreendimento ou algo

já existente que precisa ser replanejado. Dornellas (2008, p.) menciona a

importância dessa ferramenta de gestão e afirma que esse plano pode e deve ser

utilizado por qualquer empreendedor que queira fazer de seus sonhos uma realidade

empresarial.

Bangs Jr. (2004, p. 20) afirma que:

O plano de negócios fornece a informação de que os outros necessitam para avaliarem seu empreendimento (...) um plano de

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negócio detalhado pode tornar-se rapidamente uma proposta completa de financiamento que atenderá as exigências da maioria dos financiadores.

Chiavenato (2008, p. 132) descreve o plano de negócio como “a ideia de um

novo empreendimento e projeta os aspectos mercadológicos e financeiros dos

negócios propostos, geralmente para os próximos três ou cinco anos”. O autor

defende a criação de um roteiro para o plano de negócio, comenta que o mesmo não

elimina os possíveis erros, mas ajuda a enfrenta-los e direciona melhor os esforços.

Além disso, quando elaborado um bom plano de negócio, o mesmo é utilizado como

um instrumento que ajuda a atrair investidores, fornecedores e parceiros.

A seguir será apresentada a estrutura de um plano de negócio na concepção

de três autores, Dolabella, Dornelas e Bangs Jr:

Quadro 2: Estruturas de um plano de negócio

Dolabella Dornellas Bangs Tarefa 1. Capa Capa 1. Sumário Executivo 1.1 Enunciado do Projeto 1.2 Competência dos responsáveis 1.3 Os produtos e a tecnologia 1.4 O mercado potencial 1.5 Elementos de diferenciação 1.6 Previsão de vendas 1.7 Rentabilidade e projeções financeiras 1.8 Necessidades de Financiamento

2. Sumário 3. Sumário executivo estendido 3.1 Declaração de visão 3.2 Declaração de missão 3.3 Propósitos gerais e específicos do negócio, objetivos e metas 3.4 estratégia de marketing 3.5 Processo de produção 3.6 Equipe Gerencial 3.7 Investimentos e retorno financeiro

Definição do propósito ou sumário executivo.

2. A empresa 2.1 A missão 2.2 Os objetivos da empresa, Situação planejada desejada, O foco 2.3 Estrutura

4. Produtos e serviços 4.1 Descrição dos produtos e serviços 4.2 Previsão de lançamento de novos produtos e serviços

Parte 1 - O Negócio A. Descrição do negócio B. Produto/Serviço C. Mercado D. Localização do negócio E. Concorrência

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organizacional e Legal, Descrição legal, Estrutura funcional, diretoria, gerência e staff 2.4 Síntese das responsabilidades da equipe dirigente – currículos, Comercial 2.5 Plano de Operações, Administração, Controle de qualidade, Terceirização, Sistemas de gestão 2.6 As parcerias

5. Análise de indústria 5.1 Análise do setor 5.2 Definição do nicho de mercado 5.3 Análise da concorrência 5.4 Diferenciais competitivos

F. Gerenciamento G. Pessoal H. Aplicação e resultados esperados do empréstimo (se necessário) I. Síntese

3. O Plano de marketing 3.1 Analise de mercado - O setor, O tamanho do Mercado, Oportunidades e ameaças, A clientela, Segmentação, A concorrência, Fornecedores 3.2 Estratégia de Marketing - O produto, A tecnologia, Ciclo de vida, Vantagens competitivas, Planos de Pesquisa & Desenvolvimento, Preço, Distribuição, Promoção e propaganda, Serviço ao cliente (venda e pós-venda), Relacionamento com os clientes

6. Plano de marketing 6.1 estratégia de marketing (4 Ps) 6.2 Canais de vendas e distribuição 6.3 Projeção de vendas

Parte 2 – Dados financeiros A. Fontes e aplicações de capital B. Lista dos bens de capital C. Balanço D. Análise do ponto de equilíbrio E. Projeções de receitas (demonstrativos de lucros e perdas) 1. Resumo trianual 2. Detalhamento mensal para o primeiro ano 3. Detalhamento trimestral para o segundo e terceiro anos 4. Observações explicativas

7. Plano operacional 7.1 Análise das instalações 7.2 Equipamentos e máquinas necessárias 7.3 Funcionários e insumos necessários 7.4 Processo de produção 7.5 Terceirização

8. Estrutura da empresa 8.1 Estrutura organizacional 8.2 Assessorias Externas (jurídica, contábil, etc.) 8.3 Equipe de gestão

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4. Plano Financeiro 4.1 Investimento inicial 4.2 Projeção dos resultados 4.3 Projeção do fluxo de caixa 4.4 Projeção do balanço 4.5 Ponto de equilíbrio 4.6 Analise de investimento - Tempo de retorno do investimento – Payback, Taxa interna de retorno, Valor atual Liquido

9. Plano financeiro 9.1 Balanço patrimonial 9.2 Demonstrativos de resultados 9.3 Fluxo de caixa

F. Projeção de fluxo de caixa 1. Detalhamento mensal para o primeiro ano 2. Detalhamento trimestral para o segundo e terceiro anos 3. Observações explicativas 4. Análise dos desvios G. Relatórios financeiros históricos para negócios em funcionamento 1. Balanço dos três últimos anos 2. Demonstrativos de receitas dos três últimos anos 3. Devoluções de impostos

10. Anexos

Parte 3 – Documentação de apoio

Fonte: Adaptado de Dornelas (2008), Dolabella (2008) e Bangs Jr. (2004)

Com a escolha de uma das estruturas abordadas para o plano de negócio o

empreendedor será capaz de identificar áreas de fraqueza e força, localizar

necessidades e reconhecer oportunidades que de outra forma passariam

despercebidas. Assim será possível a melhor execução em atingir suas metas

comerciais, detectar problemas antes que eles aumentem ou até mesmo antes que

eles aconteçam, identificando-os e resolvendo-os (BANGS JR, 2004, p. 19).

Complementando essa linha de raciocínio Abell (1995, p. 17) ressalta “que o

ponto de partida do planejamento de um negócio é a decisão de manter, cortar, ou

conquistar participação de mercado”. Uma vez tomadas essas decisões, seguem os

planos funcionais de marketing, produção, pesquisa e desenvolvimento.

A seguir serão apresentados os planejamentos e processos, considerados

fundamentais, que irão compor a elaboração do plano de negócio em questão.

2.2.1 Sumário Executivo

Dornelas (2008, p.87) argumenta que o “sumário executivo é a principal seção

do plano de negócios”, é através dele que o leitor irá decidir se continuará ou não a

ler a proposta do plano. O sumário executivo deve ser dirigido ao público alvo e

explicar qual o objetivo do mesmo em relação ao leitor, este deve ser a última etapa

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a ser produzida no plano de negócios e deve ser revisada diversas vezes e escrito

com muita atenção.

Dando continuidade a este pensamento, Biagio e Batocchio (2005, p. 16)

ponderam que são os objetivos do plano de negócio e seu público alvo que

determinam os elementos do sumário executivo. Tal como Dornelas (2008), os

autores defendem que o sumário executivo é a principal parte do plano de negócio,

pois é através dele que o leitor decidirá se continuará a leitura do plano de negócio.

Os autores também argumentam que esta etapa deve de ser a última a ser

elaborada e deve definir claramente o objetivo do plano de negócio.

A seguir será apresentado um quadro com os principais tópicos que devem

compor o sumário executivo, na visão de Bangs Jr (2004), Dornelas (2008) e

Dolabela (2008):

Quadro 3: Sumário Executivo

Dolabella Dornellas Bangs 1.Sumário Executivo 1.1 Enunciado do Projeto 1.2 Competência dos responsáveis 1.3 Os produtos e a tecnologia 1.4 O mercado potencial 1.5 Elementos de diferenciação 1.6 Previsão de vendas 1.7 Rentabilidade e projeções financeiras 1.8 Necessidades de Financiamento

2. Sumário 3. Sumário executivo estendido 3.1 Declaração de visão 3.2 Declaração de missão 3.3 Propósitos gerais e específicos do negócio, objetivos e metas 3.4 estratégia de marketing 3.5 Processo de produção 3.6 Equipe Gerencial 3.7 Investimentos e retorno financeiro

Definição do propósito ou sumário executivo.

Fonte: Adaptado de Dornelas (2008), Dolabella (2008) e Bangs Jr. (2004)

Entende-se então que o sumário executivo deve ser sucinto e bem explicado,

pois é através dele que as partes de interesse ao empreendedor decidirão se

continuarão a ler seu plano ou não.

2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O processo estratégico já é conhecido pelas organizações há muito tempo.

Elas o utilizaram durante décadas para poderem alcançar varias finalidades que

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foram sofrendo sofisticações ao passar do tempo (CHIAVENATO e SAPIRO, 2004,

p. 26).

Tal processo engloba diferentes dimensões para sua elaboração, seus

aspectos básicos são apresentados por Oliveira (1992, p. 62), como: o assunto que

será abordado para a execução do planejamento; quais elementos irão compô-lo, o

tempo preciso para sua elaboração, podendo este ser a curto, médio ou longo prazo;

as unidades organizacionais onde o julgamento é elaborado podendo ser julgamento

corporativo, de produtos, etc.; e a ultima dimensão refere-se ás características do

planejamento que podem ser representadas por complexidade ou simplicidade,

estratégico ou tático, etc.

Mais recentemente, Oliveira (2001, p. 62) defende que o planejamento “é um

processo gerencial que possibilita ao executivo o rumo a ser seguido pela empresa,

com vista a obter um nível de otimização na relação da empresa com seu ambiente”.

Para Dornelas (2008, p. 142-143), a análise estratégica da organização deve

incluir um misto de racionalidades e subjetividades, que podem ser de grande ajuda

para o empreendedor conseguir entender melhor a situação atual na qual seu

negócio se encontra e quais são as melhores alternativas para os objetivos e metas

a serem estipulados. Tal processo do planejamento pode servir de base para essa

análise. O processo do planejamento inicia-se pela missão e visão da empresa,

analisando os ambientes externos como ameaças e oportunidades e internos como

as principais forças e fraquezas da organização, além de definir os objetivos e as

metas para somente a partir dai chegar às estratégias que serão adotadas. A

declaração da visão define onde a empresa pretende chegar, indica a direção que

ela pretende seguir e o que ela quer ser. Já a declaração de missão deve refletir a

razão de ser da empresa, definindo o que ela é e o que ela faz.

É de extrema importância que todos os fatores que englobam o plano de

negócio sejam estudados passo a passo para que possam gerar lucros para a

organização. A seguir é apresentado um quadro para controle e avaliação do

processo de planejamento proposto por Oliveira (2001, p. 76).

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Quadro 4: Processo de planejamento estratégico

Fonte: Oliveira (2001)

O processo inicia-se a partir de: Algumas vezes irrealistas quanto ao destino da empresa e submetido a uma avaliação racional e criteriosa das Em termos de: Que prejudicarão a empresa e suas

• Mercados a explorar oportunidades • Recursos a aproveitar

Considerando a realidade da empresa com seus Tudo isso “dentro” dos horizontes estabelecidos pela E que deve conduzir a escolha de Respeitando a Que possibilita o estabelecimento de Que orientarão a formalização de Mais realistas que as expectativas e desejos, como base para a formação de Qualificados que permitirão o estabelecimento em nível de área funcional de Capazes de:

• Tirar proveito dos pontos fortes e oportunidades; • Evitar ou eliminar os pontos fracos e ameaças da empresa e que devem ser • • traduzidos em

Destinados a orientar a operacionalização do plano estratégico através do

Expectativas e desejos

OPORTUNIDADE AMEAÇAS

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS PONTOS NEUTROS

MISSÃO

PROPÓSITOS

POSTURA ESTRATÉGICA

MACROESTRATÉGIAS MACROPOLITICAS

OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS FUNCIONAIS

DESAFIOS e METAS

ESTRATÉGIAS e POLITICAS

PLANO DE AÇÃO e PROJETOS

ORÇAMENTO ECONOMICO-FINANCEIRO

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2.3.1 Visão

Blanchard (2007, p. 44) afirma que tudo começa com uma visão, sendo de

essencial importância que os líderes de uma empresa tenham a visão clara do

negócio, para que possam encaminhar as pessoas da organização a melhor servir

seus clientes, pois o papel da liderança é mover as barreiras que dificultam o

entendimento dos colaboradores quanto à visão do negócio.

Em perspectiva complementar, Chiavenato e Sapiro (2003, p.66) defendem

que “a visão de negócio deve ser sucinta, mas mantendo sua capacidade de fazer

sonhar e incentivar o compromisso de todos os interessados”. Defendem ainda que

a elaboração da visão de um negócio é um processo com muitas emoções, já que a

mesma procura reconhecer o propósito da organização.

Entende-se por visão a determinação, o ponto de partida para elaboração de

um negócio.

2.3.2 Missão

Para Johnson, Scholes e Whittington (2005, p. 245) a “declaração de missão

é uma declaração da direção e do propósito dominantes de uma organização”.

Elas precisam ser inesquecíveis e devem ser curtas para que possam cumprir

seus objetivos, porém não se permitir se curta de mais a ponto de parecer inútil ao

leitor. (MURRAY, 2011, p. 59).

Para Drucker (2002, p.4) a declaração de missão precisa:

Ser operacional. Caso contrário não passa de boas intenções. Uma declaração de missão deve focalizar aquilo que a instituição tenta realmente realizar, de forma que cada um na organização possa dizer: Esta é minha contribuição para meta.

Oliveira (2001, p.118) argumenta que a “razão de ser da empresa”. Portanto

entende-se que é através da declaração de missão que a empresa será capaz de

definir seu propósito para identificar seus produtos, serviços e clientes.

Portando missão pode ser definida como a relação entre o negócio da

empresa com a possibilidade de satisfazer alguma necessidade do meio ambiente

da mesma, sendo assim ela ajuda a concentrar o esforço das pessoas para uma

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direção comum, e atua como base do desenvolvimento dos objetivos

organizacionais.

2.3.3 Objetivos

Para Polizei (2005, p. 43), objetivo, na prática seria a quantidade de

consumidores que o empreendimento quer atingir com o montante presumido de

consumo em uma determinada área em um determinado período de tempo. Assim,

objetivos são os resultados mensuráveis relacionados à meta que já foi previamente

estabelecida.

Não muito distinto desse argumento Dolabela (2008, p. 172) fala que os

objetivos são as definições daquilo que deve ser realizado pela empresa em suas

principais áreas, em períodos específicos de tempo. Tais objetivos podem ser

planejados para curto ou longo prazo, dependendo do que a empresa quer alcançar,

se de longo prazo pode ser entre três e cinco anos, se de curto prazo pode ser de

um ano, porém devem ser coerentes com os já preestabelecidos de longo prazo.

Entende-se por objetivo o alvo ou estado futuro que a empresa pretende

atingir.

2.3.4 Estratégias

Para Mintzberg et al. (2003, p. 24) a humanidade há muito tempo vem

procurando dar definição a tudo o que conhecem. Estratégia pode ser definida como

um plano, ou seja, algum curso de ação previamente pretendida. Ou ainda pode ser

definida como um pretexto, padrão ou uma perspectiva.

Dornelas (2008, p. 142) argumenta que “o termo estratégia é muito utilizado

pelo empreendedor para definir como agir em uma negociação, fechar uma parceria,

entrar em um novo mercado, lançar um novo produto”.

Nessa mesma linha, Camarotto (2009, p.22) afirma que as estratégias

descrevem planos para que as empresas possuam pretensões no mercado em que

são atuantes, indiferente do porte da empresa, ela necessita de competitividade para

atuar no mercado e obter resultados satisfatórios. Algumas empresas conseguem

obter um desempenho superior ao que se é esperado devido às estratégias

adotadas pelas mesmas para conduzir seus negócios.

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Entende-se por estratégia o plano elaborado pela empresa para definir onde

ela esta atualmente e onde ela pretende chegar ao mercado no qual ela esta

inserida.

2.3.5 Metas

Polizei (2005, p. 43), argumenta que as metas devem compor o plano, pois

elas “correspondem ao itinerário básico para se chegar ao destino desejado (...)

seriam as intenções do conceito a se defendido capazes de fornecer a orientação

básica para se definir os objetivos”.

A meta que o empreendedor elabora deve estabelecer objetivos que sejam

um desafio para a empresa, porém que esses possam ser atingidos com esforço dos

envolvidos. (DOLABELA, 2008, p. 172)

Portanto entende-se que meta é um objetivo quantificado, com prazo de

realização.

2.3.6 Produtos e serviços

Dolabela (2008, p. 135) distinguiu serviço de produto pela sua característica

de intangibilidade. O produto é um objeto, um material, já o serviço não é palpável e

é consumido no ato que é oferecido. Devido a crescente exigência dos

consumidores, alguns produtos normalmente vêm acompanhados de serviço, este

acaba constituindo o diferencial do produto e gerando vantagem na comparativa dos

fornecedores.

Já Kotler (2004, p. 417) define produto como “algo que pode ser oferecido a

um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo”. Dessa forma o autor

argumenta que os produtos comercializados incluem bens físicos, serviços,

experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e

idéias. Argumenta ainda que os produtos são classificados tradicionalmente pelas

empresas de acordo com suas características, que podem ser:

• Bens não duráveis: são bens tangíveis, normalmente consumidos ou usados

uma ou poucas vezes, como cerveja e sabão.

• Bens duráveis: são bens tangíveis normalmente usados durante um período

de tempo, como geladeiras, ferramentas e vestuários.

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• Serviços: são produtos intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis, como

serviços de corte de cabelo e serviços de reparo.

Kotler (2000, p. 448) ainda define serviço como “qualquer ato ou

desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que

não resulta na propriedade de nada”.

Nessa mesma linha, Neto (2009, p.17) afirma que os produtos podem ser

classificados de maneira mais ampla em três tipos: produtos tangíveis que são

subdivididos em bens de consumo duráveis, não duráveis e bens de capital;

produtos intermediários que são a matéria-prima e os insumos para produzir outros

bens e serviços; produtos intangíveis que são os serviços privados e públicos.

Quanto ao lançamento de novos produtos ou serviços, Ballou (2006, p. 258)

argumenta que inúmeros métodos de abordagem têm sido utilizados durante esse

processo de previsão. Para iniciar o lançamento colocam-se as estimativas iniciais

para os profissionais de marketing, até que se desenvolva uma história de vendas,

pois tais profissionais possuem maior conhecimento no nível do esforço profissional

a reação inicial e ao nível de aceitação do novo produto pelo cliente. Logo após é

viável elaborar uma estimativa levando em conta as ofertas similares já existentes no

mercado, pois “padrões de demanda anteriormente testados podem proporcionar

discernimento e uma base para estimativa da demanda inicial de produtos novos”,

visto que a maioria das empresas não inova radicalmente seus produtos pelo menos

em um prazo de cinco anos, apenas alguns aspectos como tamanho e cores são

alterados.

Com uma linha de pensamento semelhante, Dolabela (2008, p. 173) explica

que há muitos riscos na introdução de um novo produto em um mercado e esses são

cada vez mais elevados, dessa forma muitas empresas testam seus produtos

criando protótipos para que os consumidores possam tocá-los, vê-los e até mesmo

experimentá-los, ou seja, para que eles possam avaliar o produto e apresentar

sugestões dos mesmos.

Após definir os conceitos de produtos e serviço se faz necessário uma análise

de indústria, que será definido no tópico a seguir.

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2.3.7 Análise de indústria

Dentro da análise de indústria destacam-se a análise do setor, a definição do

nicho de mercado, a análise da concorrência e os diferenciais competitivos.

Dornelas (2008, p. 131) explica que para a análise do setor ser elaborada faz-

-se necessário um breve histórico do mercado nos últimos anos e também uma

análise do setor visando os anos seguintes. Para tal, o autor sugere que algumas

perguntas sejam respondidas pelo empreendedor em relação ao novo

empreendimento. Tais perguntas abordam: quais são os principais fatores que veem

influenciando as projeções do mercado; responder por que o mercado se mostra

promissor; qual o tamanho desse mercado em valor de Reais, números de clientes e

competidores; como esse mercado se encontra estruturado e segmentado e por fim

quais são as oportunidades e ameaças desse mercado.

Para tal faz-se necessário a compreensão e definição de que um mercado

que anos atrás era definido como um espaço físico, um local onde vendedores e

compradores podiam trocar suas mercadorias, atualmente os economistas o definem

como sendo um conjunto de compradores e vendedores negociando seus produtos

ou classes de produtos (KOTLER, 2000, p. 30)

Kotler e Keller (2010, p. 9) defendem que o termo mercado é utilizado pelos

profissionais de marketing para abranger diversos agrupamentos de clientes, eles

veem os compradores como sendo o mercado e os vendedores como sendo o setor.

Os autores ainda argumentam que hoje é possível distinguir entre local de mercado

que é dado como o espaço físico, como uma loja na qual clientes vão fazer compras

e o espaço de mercado que é definido como sendo um mercado digital, como um

site na internet onde o cliente tem a possibilidade de realizar compras.

Dando continuidade a esse pensamento, Kotler (2000, p. 30) argumenta que

“uma empresa raramente consegue satisfazer a todos em um mercado”, sendo

necessário identificar e traçar os perfis de grupos distintos de compradores que

poderão preferir ou exigir determinados produtos sendo esse o composto de

marketing variável.

Desse modo, deve ser feito uma investigação ampla do mercado, pois é

nesse momento que o conceito deve ser avaliado em relação às oportunidades de

mercado. “Todos os dados relevantes ao mercado devem ser incluídos, a fim de dar

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33

um panorama do cenário competitivo através da abordagem das forças macro e

microambientais”. (POLIZEI, 2008, p.17)

Existem ainda empresas que adotam uma abordagem de concentração de

mercado mais intensa e focam seus esforços de marketing em segmento pequeno e

bem definido que possui um conjunto de necessidades exclusivas e específicas,

conhecida como marketing de nicho. (FERRELL et al., 2000, p. 93)

Para Kotler e Keller (2006, p. 238) “um nicho é um grupo definido mais

estritamente que procura por um mix de benefícios distintos”. Para que os

profissionais de marketing possam identificar nichos eles dividem os segmentos de

mercado em subsegmentos. Um nicho ainda possui as seguintes características: os

clientes possuem um conjunto de necessidades distintas, estes concordam em

pagar um preço mais elevado à empresa que melhor suprir essas necessidades. O

nicho não costuma atrair mais concorrentes, ele gera receita por meio da

especialização que oferece a seus clientes. O nicho possui potencial para crescer e

gerar lucros maiores, ele se difere dos segmentos no que diz respeito também aos

concorrentes, enquanto um segmento atrai muitos concorrentes um nicho atrai

apenas uma ou duas empresas.

No que diz respeito aos concorrentes, esses são uma parte importante do

ambiente para qualquer profissional de marketing. A concorrência afeta

profundamente aqueles que servem a compradores organizacionais por causa do

tamanho relativamente às compras e do número relativamente pequeno de

compradores. (CHURCHILL; PETER, 2005, p. 181)

Assim que a empresa identifica seus principais concorrentes, ela deve

descobrir suas estratégias, seus objetivos, suas forças e suas fraquezas para que

possa analisa-los. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 340)

Las Casas (2010, p.157-160) nos discursa que concorrentes surgem e

desaparecem a todo o tempo no mercado, esse fator exige constantes adaptações

das táticas de marketing. O autor ainda argumenta que a concorrência pode ser vista

de várias formas e que uma empresa normalmente encontra três tipos, como a

concorrência de marca que são os concorrentes que lidam com produtos similares,

sendo os concorrentes diretos de uma determinada empresa; a concorrência por

produtos substitutos que são todas as formas de produtos que competem entre si

para satisfazer a um desejo ou a uma necessidade; e por fim os de produtos gerais

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34

em principio todas as empresas concorrem entre si na disputa pelos consumidores e

seu poder limitado de compra.

Outro aspecto ditado por Las Casas (2010, p.157-160), que deve ser

considerado quanto à concorrência é qual o setor ou ramo de atuação de uma

empresa considerando que o mercado pode se encontrar em uma das seguintes

situações:

• Monopólio: quando determinado setor ou ramo possui apenas uma empresa

vendedora em determinada região, possuindo assim um forte controle sobre o

preço.

• Oligopólio: se da quando poucas empresas vendem e controlam o mercado.

Nesse tipo de mercado as limitações se dão por diversas causas podendo ser

uma delas a necessidade de altos investimentos de capital.

• Concorrência Pura: caracterizada por um número grande de concorrentes e

muitos consumidores no mercado.

• Concorrência Monopolista: nessa concorrência há muitos vendedores e os

produtos também apresentam similaridades. Cada concorrente possui pequena

parcela no mercado e sempre é possível uma diferenciação que não seja a

redução de preços.

Para Hooley, Saunders, Piercy (2005, p. 5) as empresas precisam estar no

mesmo grupo estratégico para que se possa fazer uma análise da concorrência no

médio prazo. Já no prazo mais longo o setor precisa ser investigado como um todo

para que os concorrentes indiretos possam ser detectados, pois esses podem ter os

recursos ou a necessidade de superar as barreiras de entrada para o grupo

estratégico da empresa em estudo.

De forma mais abrangente Dornelas (2008) nos fala da importância de fazer

uma análise criteriosa dos mesmos, pois é preciso conhecer a concorrência para

competir e vencer no mercado. A análise deve ser feita de forma comparativa, de

modo que seus atributos sejam analisados com referências de seus principais

concorrentes. É difícil identificar seus concorrentes, mas existem fontes de

informações a respeito dos mesmos como fornecedores, distribuidores e clientes

que frequentam a empresa.

Para se obter diferenciais competitivos é crucial compreender os clientes, pois

para o marketing as empresas ganham vantagem competitiva satisfazendo seus

clientes melhor que seus concorrentes. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 486)

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35

Quando as forças que afetam a concorrência em uma organização e suas

causas básicas são diagnosticadas, a empresa esta em posição de identificar seus

pontos fortes e fracos em relação à indústria. Uma estratégia competitiva assume

uma ação ofensiva ou defensiva de forma a criar uma posição defensável contra as

cinco forças competitiva. (PORTER, 2001, p. 45).

Para Cobra (2003, p. 501), a “análise do poder de competição de uma

empresa deve começar por um exercício de auto avaliação, pois, muitas vezes, o

maior inimigo de uma empresa é ela mesma”. Muitas empresas acabam definindo

erroneamente a natureza de seu negócio devido a definição de estratégias

inadequadas, de recursos mal alocados além da criação de uma missão equivocada,

devido a esses fatores muitas empresas acabam tendo um desempenho

insatisfatório.

Para Las Casas (2010, p. 160-161), na análise do comportamento

competitivo, é preciso identificar como as “empresas procuram se comportar em

relação as mudanças de preços da concorrência, se procuram estabelecer

compromissos formais para não competir no preciso e assim por diante”. Além disso,

quando uma empresa “conhece os concorrentes e seus comportamentos em relação

aos ataques e ações dos rivais é possível estabelecer uma forma de ação em tempo

hábil”. É por isso que é possível encontrar no mercado diferentes tipos de empresas

denominadas como agressivas, conservadoras e assim por diante. Porém, esse fato

não significa que os concorrentes sempre agirão desse modo, conforme as coisas

mudam em um ambiente competitivo, todos procuram melhorar seu desempenho, o

que se recomenda é sair na frente nunca deixar de acompanhar o crescimento dos

rivais.

Nessa mesma linha, Kotler (2000, p.113) argumenta que quando os

concorrentes são identificados e descritos em relação a porte, metas, participação

de mercado, qualidade de produto estratégia de marketing e outras características

necessárias para a compreensão de suas intensões e de seu comportamento é

possível analisar a situação competitiva.

Para Cobra (2003, p. 500-501), uma empresa só cresce quando ela consegue

encontrar oportunidades raras no mercado, porém esta só conseguirá se consolidar

quando estiver apta a enfrentar a concorrência. “Por analogia, é possível especular

que uma empresa só consegue progredir quando tem maturidade e recursos para

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36

enfrentar a concorrência e respeitar o meio ambiente e ainda obter vantagem

competitiva”.

2.4 ANÁLISE AMBIENTAL

Dornelas (2008) afirma que uma das mais importantes etapas do plano de

negócio, é conheça e entender o ambiente que envolve a empresa, seja ele interno

ou externo. Pois é através dela que seus executivos saberão quais os riscos e se a

empresa está preparada para adversidades futuras.

Para Kotler (2000, p. 98), na análise do ambiente externo, as forças

macroambientais precisam ser monitoradas assim também como significantes

agentes microambientais. “Um objetivo importante da avaliação ambiental é o

reconhecimento de novas oportunidades de marketing”.

Nessa mesma linha, Dornelas (2008, p. 144-145) nos explica que é

necessário identificar os cenários de ordem macroambiental como: demográficos,

econômicos, tecnológicos, político-legais e socioculturais, bem como os fatores de

ondem microambiental que se referem aos consumidores, concorrentes,

fornecedores e canais de distribuição que afetam diretamente a empresa. Após

selecionar quais desses fatores estão mais interligados ao negócio e quais são os

mais críticos para a empresa, o empreendedor deve aloca-los para a matriz SWOT,

fazendo uma analise do ambiente externo e interno da organização exigindo

honestidade do empreendedor para com a análise e seu negócio para que os

procedimentos e resultados possam ser válidos e ajudar a empresa.

2.4.1 Análise do Macro Ambiente

Kotler (2005, p. 98) afirma que uma unidade de negócios deve monitorar as

forças macroambientais e significativos agentes microambientais que possam afetar

sua capacidade de obter lucro.

Para Polizei (2008, p. 18) as forças macroambientais referem-se aos

influenciadores de mercado mais amplos, como exemplificado no quadro abaixo:

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37

Quadro 5: Macroambiente

FORÇAS MACROAMBIENTAIS

Forças politicas

Forças econômicas

Forças culturais

Forças ambientais

Forças legais

Forças tecnológicas

Fonte: Adaptado de Polizei (2008, p. 18)

Polizei (2008, p. 18) define as forças políticas como sendo “todos os fatores

de origem política, ou ainda os negócios internos e externos de qualquer governo

que possam ter impacto no plano de marketing” e as forças legais seriam os grupos

“formado por leis, órgãos governamentais e grupos de interesses comuns, que

definem, seja de maneira formal ou informal a maneira como as empresas devem

operar nos mercados de atuação”.

Kotler (2000, p. 173) une as duas forças e utiliza o termo poltico-legal e afirma

que as decisões de marketing são fortemente afetadas por mudanças neste

ambiente. Para o autor´, o ambiente politico-legal é formado pelas leis órgãos

governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam variáveis individuais

e organizacionais. A legislação é importante para os negócios da empresa, pois ela

protege as empresas da concorrência desleal, protege os consumidores de práticas

de negócios considerados desleais além de proteger os interesses da sociedade

diante do comportamento desenfreado das empresas.

Nas forças econômicas, Polizei (2008, p. 18) afirma que as mesmas

“possuem um peso de maior significado à situação atual de mercado. Elas

descrevem de forma real a maneira como ele estará ou se comportará no momento

do lançamento do conceito defendido no plano”.

Nessa mesma linha, Las Casas (2010, p. 110) afirma que “a economia exerce

influencia muito forte no desempenho de todas as empresas de um determinado

mercado”. As oscilações econômicas afetam os hábitos de consumo e também o

rendimento dos consumidores, mostrando reflexos imediatos para os diferentes

setores.

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Não muito distinto deste pensamento Kotler (2008, p. 167) afirma que para a

existência de um mercado se faz necessário a existência de pessoas e de poder de

compra, esta por sua vez em uma economia depende do preço, da renda, da

poupança do endividamento e da disponibilidade de crédito. Os profissionais de

marketing devem estar atentos a qualquer alteração que possa haver nesse

ambiente e as principais tendências na renda e nos padrões de consumo da

população.

Ao abordar as forças culturais, Polizei (2008, p. 19) as define como sendo “o

conjunto de valores, ideias, artefatos e símbolos que auxiliam as pessoas do meio a

se comunicarem, interpretar e avaliar como membros de uma sociedade. Em cada

mercado a ser definido, um conjunto completo dos fatores destacados assume um

papel específico e contundente nas escolhas a serem feitas, incluindo o

produto/serviço”.

Nesse ambiente Las Casas (2010, p. 113) afirma que a sociedade molda o

comportamento à medida que ela vai adquirindo e mudando as crenças e os valores

culturais, devido a isso alguns produtos que já foram muito consumidos em algum

determinado período deixam de ser devido as mudanças de valores. Devido a tais

fatos os estudos de marketing no ambiente cultural são fundamentais pois, erros

nessa abordagem podem causar rejeição a alguns produtos por determinados

grupos de pessoas.

No que diz respeito às forças ambientais apresentadas no quadro por Polizei

(2008, p. 18) são “todos os fatores ligados ao ambiente que podem influenciar nas

questões de ordem mercadológica. Aspectos geográficos e físicos também devem

fazer parte da análise ambiental”.

Nessa mesma linha Kotler (2000, p. 169) argumenta que o ambiente natural é

motivo de preocupação global. Por isso os profissionais de marketing precisam estar

conscientes das ameaças e oportunidades a escassez de matéria prima, ao custo

mais elevado de energia, aos níveis mais altos de poluição e a mudanças nos

papéis do governo.

Polizei (2008, p.20) define as forças físico-climáticas como sendo alguns

produtos que demonstram resultados sazonais de vendas justamente em condições

físico-climáticas. Caso o conceito defendido no plano sofra influências diretas dos

fatores físico-climáticas, uma análise mais aprofundada nesse quesito mostra-se

necessária.

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39

A definição das forças sociais “são todos os fatores ligados á demografia,

composição socioeconômica e etária da população, entre outros. Pelo fato de o

plano de marketing delimitar com clareza o objetivo do conceito e o público-alvo, é

natural que as forças sociais devam ser consideradas”. (POLIZEI, 2008, p. 21)

Uma das forças que mais afetam a vida das pessoas é a tecnologia, pois esta

gerou maravilhas como a penicilina e a cirurgia no coração, mas também gerou

horrores como a bomba de gás lacrimogênio e o gás asfixiante. Cada nova

tecnologia é uma força de destruição criativa visto que muitas empresas são

derrubadas devido a inovações e invenções que substituam seus produtos no

mercado. (KOTLER, 2000, p. 171)

Seguindo esse raciocínio Polizei (2008, p. 21) nos fala que conforme a

tecnologia avança é natural que os consumidores se ajustem a nova realidade e a

novas formas de agir, pensar e claro, consumir.

2.4.2 Análise do Micro Ambiente

No que diz respeito ao microambiente de marketing Honorato (2000, p.38)

conceitua como “o conjunto de agentes que afetam diretamente a empresa, e que

podem de alguma maneira, ser controlados pelas ações de marketing daquela”.

Nessa linha Polizei (2008, p. 22) refere-se ao microambiente como sendo os

“influenciadores mais próximos da empresa/conceito e dos impactos mais imediatos

no plano de marketing”, apresentados no quadro abaixo:

Quadro 6: Microambiente

FORÇAS MICROAMBIENTAIS

Fornecedores

Intermediários

Forças públicas

Concorrência

Clientes

Fonte: Adaptado de Polizei (2008, p. 22)

Para Chiavenato (2008, p. 32) “fornecedores são as empresas e os indivíduos

que fornecem recursos ou insumos para o negócio”. Podendo esses ser

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fornecedores financeiros, de recursos materiais, de recursos tecnológicos, de

recursos humanos, etc.

Dessa forma, Polizei (2008, p. 22), afirma que os fornecedores devem ser

destacados dentro de uma análise de marketing, pois assim será possível evitar

futuros problemas e aumentos consideráveis de custos por conta de divergências

com os mesmos.

Seguindo essa linha, Honorato (2004, p. 39) argumenta que a empresa

precisa estabelecer uma boa política de compra com seus fornecedores para que os

resultados finais dessa negociação seja favorável para ambas as partes. Para a

escolha de bons fornecedores, existem alguns elementos influenciadores no

processo como: tamanho e concentração em relação a outros participantes do setor,

diferenciação dos produtos, preço em consonância à criação de valor. Com isso, a

importância da relação entre a empresa e os fornecedores ganha um espaço mais

importante no cenário dos negócios, o que gera o segundo elemento competitivo e

corporativo em importância.

Dentro do microambiente, os intermediários de marketing são considerados

os canais de distribuição como: os agentes comerciais, atacado e varejo, os

intermediários de distribuição logística como: os armazéns, empresa de transporte e

os operadores logísticos, os agentes financeiros como: bancos, os prestadores de

serviço de marketing como: consultorias, instituto de pesquisa. (HONORATO, 2004,

p. 39).

Polizei (2008, p. 23), em perspectiva semelhante, argumenta que os

“intermediários abrangem todas as organizações que se encontram entre o

fabricante e o cliente final, também definido como canais de marketing”. A definição

exata do canal de marketing define a eficiência da empresa na compra visando o

consumidor final, isto em relação ao grau de disponibilidade do produto/serviço. A

análise dos intermediários ajudará a identificar quais estratégias seguir no

lançamento e acompanhamento de um novo produto/serviço no mercado.

Já as forças públicas no microambiente de marketing se referem “às

autoridades ou poderes de ordem não privada que possam causar impacto no

negócio a ser definido no plano”. Tais forças podem viabilizar ou não novos projetos,

com a criação de leis, taxas e regulamentações de prefeitura. (POLIZEI, 2008, p.

23).

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Ainda dentro do microambiente de marketing um dos mais importantes

influenciadores são os concorrentes, estes são definidos por Chiavenato (2008, p.

33) como sendo as empresas que disputam os mesmos clientes, ou fornecedores ou

concorrentes da empresa em questão. Eles concorrem com as entradas e saídas. À

medida que os produtos de uma empresa tornam-se mais heterogêneo se

distanciam mais de seus concorrentes e mais complexa será a competitividade.

Nessa linha Polizei, (2008, p. 23) afirma que a “análise da concorrência

permite ao planejador projetar o nível de dificuldade no momento do lançamento do

conceito no mercado”. Sendo assim esta análise deve levar em conta os

concorrentes diretos, indiretos e também os de potencial para o futuro.

Assim a concorrência inclui todas as ofertas e substitutos rivais que um

comprador possa considerar. (KOTLER, 2000, p. 36)

Por ultimo será abordado dentro do microambiente à importância da análise

com os clientes, sendo que para Polizei (2008, p.24), o principal objetivo do produto

ou serviço é satisfazer as necessidades ou desejos dos clientes. Assim à medida

que o consumidor evolui suas expectativas e exigências, mais difícil torna-se para a

empresa satisfazer suas necessidades e desejos. O conhecimento pleno do

consumidor ajuda ao planejador definir maneiras de atendê-lo melhor.

Assim, Honorato (2004, p. 39) conclui que “os clientes são os pontos de

esforços de chegada de uma empresa”. Ainda para o autor, os clientes não são

apenas o consumidor final, mas sim todos os outros agregados que podem

representar mercados-alvo para o produto da empresa.

Com tudo apresentado, é possível concluir que o plano de marketing é um

documento por escrito que envolve todas as atividades de marketing da empresa,

ele atende a vários propósitos, incluindo a implementação da estratégia de

marketing. Dessa forma, um plano bem elaborado informa a seus participantes quais

seus papéis e funções, ele é capaz de especificar como os recursos são alocados e

inclui tarefas de marketing específicas. (FERRELL et al. 2000, p. 20)

A seguir será apresentado a estratégia de um plano de marketing que para

Ferrell et al (2000, p. 20) depende de uma análise rigorosa e abrangente dos

ambientes externos e internos de uma organização.

2.4.3 Análise do ambiente interno

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Para Dornelas (2008, p. 144), o conhecimento do empreendedor em relação

ao seu plano de negócio deve ser amplo, para que este mostre sua empresa

“internamente e o que ele deve fazer para driblar os fatores externos sobre os quais

ele não conhece diretamente. Por isso que a analise SWOT é extremante útil para

traçar um panorama da situação atual e prevista para o negócio”.

Dando continuidade a análise SWOT, Ferrell et al (2000, p. 33) a definem

como sendo a análise dos fatores internos as forças e fraquezas que por sua vez

são definidas pelo autor como sendo os problemas internos e exclusivos para a

empresa conduzir a análise e dos fatores externos conhecidos como oportunidades

e ameaça sendo esses os problemas externos que podem afetar todas as

organizações, tais aspectos devem ser analisados de acordo com as necessidades e

a concorrência de mercado. Feita esta análise será possível identificar na empresa o

que ela está fazendo bem e quais são os pontos que precisam ser melhorados.

Dessa forma o resultado da analise SWOT pode ajudar a empresa a ajustar

as forças internas as oportunidades externas. Quando as empresas ajustam suas

forças as oportunidades, criam condição de gerar vantagem competitiva no que diz

respeito a atender as necessidades dos clientes. Outro importante resultado de uma

boa análise SWOT é encontrar formas de converter as fraquezas em forças e as

ameaças em oportunidades, podendo em alguns casos transforma-las em uma

importante ferramenta para gerar vantagem competitiva. (FERRELL et al., 2003, p.

34-35).

2.5 MARKETING

Em sua forma mais simples, o conceito de marketing em mercados cada vez

mais dinâmicos e competitivos, sugere as organizações que possuam maior

probabilidade de sucesso para serem capazes de perceber as expectativa, os

desejos e a necessidade que os clientes possuem e se prepararem em satisfazê-las

melhor que seus concorrentes. Assim, é reconhecido que não há motivos para que

os clientes procurem comprar produtos ou serviços de uma organização, a não ser

que “estes atendam melhor a seus desejos e necessidades que os oferecidos por

organizações concorrentes”. (HOOLEY, SAUNDERS, PIERCY, 2005, p. 5).

Complementando essa linha de raciocínio, Dolabela (2008, p. 136) argumenta

que “Marketing é o processo de planejamento de uma organização que busca

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realizar trocas com o cliente. Cada um tem interesses específicos: o cliente quer

satisfazer suas necessidades; uma empresa quer gerar receita”.

Já Kotler (2000, p. 30) define marketing de forma mais especifica como sendo

“um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de

que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de

produtos e serviços de valor com outros”.

Entende-se por marketing a etapa do plano de negócio que busca identificar

quais são as expectativas do mercado perante os lançamentos de produtos e quais

são suas necessidades de compras. A seguir, será apresentado o plano de

marketing.

2.5.1 Plano de marketing

O marketing possui como finalidades básicas detectar as oportunidades de

mercado ou a demanda que estão pouco satisfeitas pelas ofertas já existentes, seja

essa proveniente da própria empresa ou de seus concorrentes. Possui também

como finalidade preencher tais nichos com o mínimo de recursos e de custos

operacionais para ter em troca uma desejável receita. (DOLABELA, 2008, p. 137).

Como o próprio nome sugere, o planejamento de marketing tem como base

primária de organização e controle um documento formal conhecido como plano de

marketing. (POLIZEI, 2005, p. 1).

Tal plano, para Churchill e Peter (2005, p. 19), é constituído através de

documentos que foram criados pelas organizações para registrar os resultados e as

conclusões das análises ambientais.

Nessa mesma linha de raciocínio, Dolabela (2008, p. 138) argumenta que “o

plano de marketing é constituído pela análise de mercado voltada para o

conhecimento de clientes, concorrentes, fornecedores e ambiente que a empresa vai

realmente atuar”. Ressaltando ainda que o plano de marketing é um planejamento

do composto de marketing de uma organização que tem como principal papel

orientar o processo decisório de marketing. Ele deve identificar as oportunidades de

negócios para a empresa e esboçar como a empresa irá entrar em mercados já

identificados de modo, a saber, como conquistá-los e manter posição perante ele

(DOLABELA, 2008, p. 139).

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44

Dornelas (2008, p. 136) defende que o plano de marketing é um planejamento

do composto de mercadológico que para Kotler (2000, p. 37), é um conjunto de

ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de

marketing no mercado-alvo, argumentando que cada composto possui suas próprias

variáveis que possuem influencia sobre os canais comerciais para que consiga

alcançar o público alvo.

Dornelas (2008, p. 136) ainda argumenta que:

O plano de marketing deve identificar as oportunidades de negócio mais promissoras para a empresa e esboçar como penetrar em mercados identificados, como conquista-los e manter posições. É um instrumento de comunicação que combina todos os elementos do composto mercadológico em um plano de ação coordenada. No plano, são estabelecidos os objetivos da empresa e depois a escolha das estratégias mais viáveis para atingir os objetivos.

Tendo como base para a elaboração do plano de marketing o proposto por

Dolabela (2008) e Dornelas (2008) apresentados no quadro a seguir, o plano irá

trazer alguns conceitos dos itens propostos para melhor compreensão do assunto.

Quadro 7: Plano de Marketing

3. O Plano de marketing 6. Plano de marketing 3.1 Analise de mercado - O setor, O tamanho do Mercado, Oportunidades e ameaças, A clientela, Segmentação, A concorrência, Fornecedores 3.2 Estratégia de Marketing - O produto, A tecnologia, Ciclo de vida, Vantagens competitivas, Planos de Pesquisa & Desenvolvimento, Preço, Distribuição, Promoção e propaganda, Serviço ao cliente (venda e pós-venda), Relacionamento com os clientes.

6.1 estratégia de marketing (4 Ps) 6.2 Canais de vendas e distribuição 6.3 Projeção de vendas

Fonte: Adaptado de Dornelas (2008), Dolabella (2008).

No quadro acima foram abordados os possíveis assuntos a integrarem o

plano de marketing que será discorrido nos próximos parágrafos.

No que diz respeito à análise de mercado, Paixão (2008, p. 106) afirma que

nesse ponto é quando deve ser feito um estudo detalhado do mercado em que a

organização atua, para que possa identificar tendências desse mercado, tais como,

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45

saturação, crescimento, maturidade, vendas, preços e margens tanto no que diz

respeito à empresa ou a seus concorrentes.

Para complementar esse pensamento, o autor Aaker (2005, p. 88) afirma que

a mesma:

Baseia-se na analise do cliente e do concorrente para fazer alguns julgamentos estratégico sobre um mercado e suas dinâmicas. Um de seus objetivos primários é determinar a atividade de um mercado para os participantes atuais e potenciais. Um segundo objetivo da análise de mercado é entender as dinâmicas do mercado. A necessidade é identificar submercados emergentes, principais fatores de sucesso, tendências, ameaças, oportunidades e incerteza estratégica que possam guiar a coleta e análise de informações.

Cobra (2009, p. 13) afirma que a análise de mercado é o primeiro ponto na

estratégia de marketing. Sendo indispensável à pesquisa de mercado para saber o

que o cliente está buscando para assim desenvolver um produto ou um serviço.

“Pela análise também é possível acompanhar os passos da concorrência para

minimizar sua ação”.

Para isso os profissionais de marketing segmentam o mercado, ou seja,

dividem o “mercado total em grupos de consumidores com necessidades

relativamente comuns ou homogenias tentando desenvolver um composto de

marketing que atraia um ou mais desses grupos”. (FERRELL et al, 2000, p. 92)

Para tal se faz necessário a segmentação do mercado que podem ser

analisadas por suas diferenças demográficas, psicográficas e comportamentais

existentes entre compradores. (KOTLER, 2000, p.30)

Para completar esse raciocínio Churchill e Peter (2005, p. 209) definem a

segmentação demográfica como sendo a maneira mais comum para realizar a

segmentação, pois envolve dividir o mercado com base nas características da

população como a segmentação por sexo mais apropriada quando um produto pode

agregar valor mais a um sexo do que o outro, como segmentação por idade visto

que as necessidades e gostos dos consumidores mudam conforme eles

envelhecem, a segmentação por raça ou etnia que ajuda os profissionais os de

marketing a avaliar os gostos de uma determinada etnia, sendo que estes nem

sempre definem o mercado para um todo, a segmentação por renda, instrução,

ocupação que ajuda a determinar quais consumidores poderão responder a uma

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determinada combinação de preços e fechando a segmentação demográfica há a

por tipos de família que pode avaliar de acordo com o tamanho, composição ou

estagio no ciclo de vida dos mesmos.

No que diz respeito à segmentação psicográfica, Churchill e Peter (2005, p.

213) explicam que esta, envolve o estilo de vida dos consumidores, os autores ainda

trazem a segmentação geográfica, que diz respeito ao modo como os profissionais

de marketing dividem o mercado total em grupos de acordo com critérios geográficos

como densidade populacional, clima ou localização. Já em relação à segmentação

baseada no comportamento de compra do consumidor os profissionais de marketing

podem segmentar esse mercado com os diversos segmentos de compra como: por

frequência de uso, situação de lealdade e situação de usuário (se utilizaram o

produto no passado, se tem intenção de reutiliza-los).

Dessa forma é decidido pela empresa então qual segmento apresenta a maior

oportunidade, ou seja, aquele cujas necessidades a empresa pode atender de

maneira superior. “Para cada mercado alvo escolhido a empresa desenvolve uma

oferta de mercado, esta é posicionada na mente dos compradores-alvo como

possuidora de algum beneficio fundamental para que se efetue a compra”.

(KOTLER, 2000, p.30)

Figura 1: Relação entre o setor e o mercado

Fonte: Adaptado de Kotler (2000, p. 31)

Tal relação entre o setor e o mercado representa para Kotler (2000, p. 30) que

as empresas vendedoras representam os diferentes setores e que as empresas

compradoras representam o mercado e que ambas estão interligadas por quatro

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fluxos “As vendedoras fornecem bens, serviços e comunicação (anúncios, mala

direta) ao mercado, em troca recebem dinheiro e informações (atitudes, dados de

vendas). O fluxo interno mostra uma troca de dinheiro por bens e serviços, o fluxo

externo mostra uma troca de informações”.

Portanto o plano de marketing é a ferramenta utilizada pelos profissionais da

área de marketing para identificar as oportunidades de mercado que podem dar

certo para a organização.

2.5.2 Estratégia de Marketing

Para Dornelas, (2008, p. 88), a estratégia de marketing deve mostrar como a

empresa pretende conquistar seus clientes, como vender seu produto ou serviço e

ainda como aumentar a demanda de acordo com os interesses do cliente.

Nessa mesma linha, Camarotto (2009, p.12) argumenta que a estratégia de

marketing precisa alavancar as forças da organização, de forma a aproveitar as

oportunidades já existentes no mercado, podendo assim ajudar as empresas a

alcançar seus objetivos. Para o desenvolvimento de estratégia de marketing dentro

das organizações, faz-se necessário que o empresário conheça profundamente o

negócio em que a empresa esta inserida. Com isso,

Dornelas (2008, p. 138), explica que as estratégias de marketing são os

meios e métodos no qual a empresa utilizará para atingir seus objetivos. Tais

estratégias comumente se referem ao composto de marketing, ou os quatro pês:

produto, preço, praça, propaganda. O autor ainda argumenta que algumas

estratégias específicas podem ser adotadas pela empresa atuando sobre o

composto de marketing, com o objetivo de obter melhor resultado sobre seus

competidores. Assim a projeção de vendas da empresa esta diretamente ligada a

estratégia de marketing já estabelecida, pois “depende de como o produto será

posicionado no mercado, qual será sua política de preço, as promoções e os canais

de venda que serão utilizados, e ainda, como o produto chegará ao cliente”.

De forma mais abrangente, Ferrell et al. (2000, p. 36) definem a estratégia de

marketing como a forma pela qual a empresa gerenciará seus relacionamentos com

seus clientes, de maneira que possa obter vantagens sobre a concorrência.

Já Hooley, Saunders e Piercy (2005, p. 5) definem a estratégia no marketing

como a busca em “elaborar respostas eficazes aos ambientes de mercado em

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mudança ao definir segmentos de mercado e desenvolver e posicionar ofertas de

produto para esses mercados-alvo”.

Nessa mesma linha, Kotler (1999, p. 124) ressalta a importância da estrutura

dos quatro Ps (produto, preço, praça e promoção) para que os profissionais

consigam definir o preço do produto, descobrir como distribui-lo e selecionar

métodos para promovê-lo. Tal estrutura será apresentada a seguir de forma

separada para proporcionar melhor compreensão ao leitor.

2.5.2.1 Produto

A base para a existência de um negócio é um produto ou serviço uma

empresa tem por objetivo oferecer algo de maneira diferente e melhor para que o

mercado alvo venha preferi-lo e até esteja disposto a pagar a mais para possuí-lo

(KOTLER, 1999, p. 126).

“Um produto ou serviço é dito certo ao consumo quando atende as

necessidades ou desejos de seus consumidores” (COBRA, 1998, p. 28). Um produto

deve possuir alguns requisitos para ser considerado “certo” ao consumo, tais como,

a qualidade e padronização em termos de características desempenho e

acabamento; modelos e tamanhos que possam atender as expectativas e as

necessidades e configuração que nada mais é do que a apresentação física do

produto, sua embalagem, marca e serviço.

Nessa linha, Limeira (2003, p. 4) diz que um produto pode trazer benefícios

aos consumidores devido aos resultados que são obtidos através de seu uso ou

consumo, ele tem a capacidade de satisfazer os desejos do consumidor ou suas

necessidades, podendo esses ser por meios de natureza física, emocional,

psicológica ou social.

Para Kotler e Armstrong (2003, p. 204), a definição de um produto é:

Algo que pode ser oferecido ao mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma necessidade. Definidos amplamente incluem bens físicos, bens, serviços, eventos, lugares, organizações, idéias, ou um misto de todas essas entidades.

Dornelas (2008, p. 139) discorre sobre a importância de direcionar um produto

no mercado para que este possa atender as expectativas e necessidades do cliente-

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alvo definido no segmento de mercado. Para que assim a empresa possa

estabelecer uma imagem do produto junto aos seus clientes, tentando sempre se

diferenciar da concorrência.

Concluindo esse pensamento Gordon (2000, p. 35) afirma que o produto

consequentemente é o resultado de um processo de colaboração que cria os valores

que os clientes buscam para cada componente do produto e seus serviços

associados.

A seguir será abordado mais um item da estrutura dos 4 Ps, o preço.

2.5.2.2 Preço

Pode-se dizer que o preço difere dos três outros elementos do mix de

marketing, pois, é o único que gera receita enquanto os demais geram custos. Como

consequência as empresas buscam elevar constantemente seus preços visando seu

nível de diferenciação perante os outros fornecedores. (KOTLER, 1999, p. 129).

Cobra (1998, p. 29) diz que “o preço pode ser considerado: posto no cliente;

atacadista; varejista ou distribuidor; liquido com desconto ou bruto sem desconto;

desconto por quantidade, por condição de pagamentos, etc.”.

Churchill e Peter (2005, p.164), ao referir-se a preço argumentam que sua

estratégia influencia o comportamento de compra quando o consumidor está

avaliando alternativas para chegar a uma decisão.

Completando esse pensamento, Kotler (1999, p. 130) menciona a importância

do desconto nos dias atuais, ele diz que “o desconto é uma coisa tão comum hoje

em dia que dificilmente um comprador paga o preço normal do catálogo. O

comprador pode ser agraciado com um preço especial, um desconto, um serviço

sem custo adicional ou um presente que causam reduções no preço obtido”.

Para Dornelas (2008, p. 139), o preço pode ser considerado como a maneira

mais tangível de agir no mercado, pois é através da politica de preços que é possível

a empresa criar demanda para o produto, segmentar o mercado, definir sua

lucratividade, mudar a penetração do produto no mercado, porém sempre deve ser

levado em conta o valor que o cliente vê no produto e não o preço que a empresa

acha que ele deva ter.

Segue mais uma estrutura dos 4 Ps no próximo tópico, a praça.

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2.5.2.3 Praça

Os canais de distribuição envolvem diferentes maneiras que a empresa

possui para levar o produto até o consumidor, sendo esses em distribuições físicas

ou em serviços ao cliente. No que diz respeito as distribuições físicas dá-se o nome

de venda direta, pois nesse caso o consumidor fica cara a cara com o vendedor, já

nos serviços ao cliente a venda é caracterizada como indireta, assim a empresa

pode utilizar intermediárias no processo como telemarketing e internet onde o

consumidor não fica cara a cara com o vendedor. (DORNELAS, 2008, p. 140)

Para Cobra (1998, p. 29), um produto ou serviço só tem utilidade no mercado

se for posicionado junto ao seu mercado consumidor, a escolha do ponto para o

produto é de extrema importância e relaciona-se com o canal de distribuição,

podendo esse ser: Atacado, varejo ou distribuídos; ao transporte e a armazém.

Kotler (1999, p. 133) complementa a importância da escolha da praça, ele diz

que “cada fornecedor deve decidir como tornar suas mercadorias disponíveis ao

mercado alvo”. Ao analisarmos as palavras de Kotler, verificamos que Churchill e

Peter (2005, p. 368) possuem uma definição para tal importância, o canal de

distribuição que “é uma rede organizada de órgãos e instituições, que, em

combinação, executam todas as funções necessárias para ligar os produtores aos

usuários finais a fim de realizar a tarefa de marketing”.

Cabe relatar que o canal de distribuição é a interação com o consumidor para

que os produtos sejam colocados de forma correta nas mãos de cada tipo de cliente

no momento e da forma, que possam interagir com ele. Para isso cada canal de

distribuição precisa agir de acordo com as necessidades dos consumidores e com

os padrões ditados por eles (CERTO, 2003, p. 233).

Aborda-se a seguir a ultima estrutura dos 4 Ps, a promoção.

2.5.2.4 Promoção

Churchill e Peter (2005, p. 20) salientam que “promoção, ou comunicação

refere-se como os profissionais de marketing informam, convencem e lembram os

clientes sobre produtos e serviços”.

Kotler (1999, p. 136-137) completa esse pensamento e ressalta que “o quarto

P, promoção, cobre todas aquelas ferramentas de comunicação que fazem chegar

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uma mensagem ao público alvo”. Como a propaganda que é uma das ferramentas

mais poderosas na qual as empresas a utilizam para promover um produto, um

serviço ou uma ideia; a promoção de vendas que podem ser feitas através de

concursos, jogos, sorteios, prêmios, exposições demonstrações, cupons, etc. essa

promoção tem o poder de enfraquecer uma marca, o que afeta o valor da mesma. A

relações públicas que se referem aos seminários, relatórios anuais, doações

filantrópicas, eventos, etc. A força de vendas: referem-se a apresentações para

vendas, amostras e feiras de convenções, programas de incentivos, etc. “essa é

caracterizada como uma das mais dispendiosas da comunicação de marketing,

principalmente quando sai a campo para prospecção de clientes potenciais, e ainda

mantem os atuais satisfeitos”. Por ultimo a ferramenta de marketing direto que se

refere a catálogos, mala direta, telemarketing, compra pelo computador etc. “esses

meios são projetados de forma a atingir diferentes nichos de clientes, quando

falamos, por exemplo, das revistas que possuem seu material editorial com anúncios

para um grupo específico e clientes”.

Para Dornelas (2008, p. 141) três fatores de vem ser considerados em um

plano de propaganda da empresa: o pessoal envolvido, a propaganda e as

promoções. Se uma das opções for a venda direta o efetivo de vendas deverá ser

muito maior do que em qualquer outro caso. Já a propaganda tem como objetivo

fazer com que as mensagens das empresas/vendedores atinja uma audiência

selecionada tendo como intuito informar, convencer e principalmente reforçar o

conceito que o consumidor tem a cerca do produto.

Seguindo essa mesma linha, Limeira (2003,p.272) enfatiza que:

Promoção abrange o conjunto de ações integradas de comunicação e promoção, que têm como objetivos: fixar o produto na mente do consumidor; criar uma mensagem única, consistente, compreensível e crível sobre o produto; construir uma imagem de marca diferenciada e sustentável na mente do consumidor; oferecer informações e incentivos para o consumidor adquirir o produto ou serviço da empresa; e gerar atitude favorável dos diversos segmentos de públicos para as iniciativas da empresa.

Dessa forma é possível concluir que a promoção e propaganda no que diz

respeito ao marketing, é todo o esforço utilizado para fazer com que as pessoas

comprem determinados produtos ou serviços. (DOLABELA, 2008, p. 179)

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2.5.3 Pesquisa de Marketing

Kotler (2000, p.125) define pesquisa de marketing, como a parte

correspondente á elaboração, coleta, análise e a concretização de relatórios

sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação específica de

marketing enfrentada por uma empresa.

Para Churchill e Peter (2005, p.116) os profissionais de marketing precisam

saber sobre o ambiente em que a organização esta inserida, dando maior foco a

seus clientes e concorrentes. Esta etapa é fundamental para o profissional buscar

dados que comprovem a atuação de seus concorrentes no mercado, que possam

preparar a empresa para futuras mudanças no mercado, portanto esta pesquisa é

capaz de fornecer todas as áreas voltadas para o marketing. Os autores ainda

argumentam que esta pesquisa quando bem elaborada é capz de antecipar as

necessidades dos clientes atuais e potenciais.

Parente (2003, p.368) afirma que a “pesquisa de marketing pode ser definida

simplesmente como o processo sistemático de coleta e análise de informações

relativas às questões específicas ou problemas de marketing enfrentados pelas

empresas”.

Nesta mesma linha Limeira (2008, p.33) define que “a pesquisa de marketing

é o processo de coleta, processamento, análise e difusão de informações para a

tomada de decisões de marketing, realizada por meio de métodos imparciais e

sistemáticos”.

Dessa forma, Malhotra, (2006, p. 370) explica que faz-se necessário um

planejamento sistemático em todo o processo de elaboração de uma pesquisa, e

seus procedimentos devem ser todos bem estruturados e documentados, além de

planejados com certa antecedência. É de extrema importância que seja utilizado

nesta pesquisa o método científico, visto que a coleta de dados e analises são para

testar noções ou suposições prévias. Além disso, a pesquisa deve ser objetiva e

manter isenta a opinião de quem esta pesquisando.

Entende-se que a pesquisa de marketing é uma coleta de dados, que procura

fornecer informações importantes para as organizações, pois busca identificar o

perfil e o comportamento dos seus clientes.

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2.6 PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO

Neste tópico serão abordados a análise das instalações, os equipamentos e

maquinas necessárias, os funcionários, os insumos necessários no processo de

produção e a terceirização de serviços.

Dornelas (2008, p. 88) argumenta que nesta etapa devem ser apresentadas

as ações que a empresa planeja em seu sistema produtivo e o processo de

produção, de forma a indicar os impactos que essas ações terão em seus

parâmetros de avaliação da produção, abordadas a seguir nos próximos tópicos.

2.6.1 Plano Operacional

Silva (2005, p. 162), explica que o plano operacional corresponde aos

procedimentos para execução das tarefas envolvem prazos, valores e etapas a

serem cumpridas além de métodos, orçamentos, programas e tempo. No que diz

respeito ao tempo do plano este pode variar em uma duração anual ou de prazo um

pouco mais longo, neste último caso, o plano poderá sofrer reformulações a cada

ano, a fim de atender as possíveis mudanças no ambiente externo e/ou internos.

Para o autor a razão de se fazerem planos operacionais consiste na necessidade de

obter um rumo para as atividades na empresa, para proporcionar condições para o

perfeito acompanhamento de projetos específicos.

Não muito distinto desse pensamento Turban et al (2008, p, 199) argumenta

que o plano operacional “converte uma estratégia operacional e metas de uma

empresa em um conjunto de táticas e iniciativas bem definidas, exigências de

recursos e resultados esperados para um período de tempo futuro”.

Nessa mesma linha, Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 176) explicam

como o produto será produzido ou o serviço oferecido, ainda lida com itens como a

localização e instalações – de quanto espaço se faz necessário para o

empreendimento e de que equipamentos serão necessários para o mesmo. Nesse

caso “o plano operacional deve explicar a abordagem proposta para assegurar a

abordagem da qualidade da produção, o controle de estoque, o uso de terceirização

ou mostrar como serão solucionados outros problemas relacionados a matéria-

prima”.

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Cabe ainda evidenciar que Chiavenato (2007, p. 177-178) destaca que a

realização do plano operacional permite a organização visualizar e determinar ações

futuras dentro do nível operacional direcionados pelos objetivos da empresa. No

fundo o plano operacional da ênfase a administração pela rotina, pois essa assegura

que todos mantem suas tarefas e operações de acordo com os procedimentos já

estabelecidos pela empresa.

Nos tópicos a seguir serão apresentados os componentes da elaboração do

plano operacional iniciando sobre as analise de instalações.

2.6.2 Estrutura física e funcional

Para Ballou, (2006, p. 433), as instalações fixas são consideradas um

importante problema de decisão, pois é a partir dai que se da estrutura e contorno ao

conjunto completo cadeia, ela ainda tem o poder de definir as alternativas,

juntamente com os custos e os níveis de investimentos a elas associadas.

Após definida a instalação do empreendimento será visto a capacidade

produtiva do mesmo. Chama-se “capacidade á quantidade máxima de produtos e

serviços que podem ser produzidos em uma unidade produtiva, num dado intervalo

de tempo”. Há ainda muitos fatores dos quais depende a capacidade produtiva de

uma organização, alguns deles são de fácil resolução enquanto outros despendem

de tempo e de mudanças custosas a empresa. (MOREIRA, 1996, p. 149-150).

Já Chase, Aquilano e Jacobs (2004, p. 178) trazem a definição de capacidade

nos negócios que é a quantidade de saída que um sistema é capaz de atingir sobre

um determinado período de tempo. Em um ambiente de serviço esse conceito

significa o numero de clientes que o estabelecimento pode atender em um

determinado tempo, na manufatura seria o numero de produtos capazes de serem

produzidos em um único turno.

Complementando essa definição Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 344)

explicam que “o uso mais comum do termo capacidade é no sentido estático, físico

do volume fixo de um recipiente ou do espaço em um edifício”. Dessa forma o autor

define capacidade de uma operação como sendo o máximo nível de atividade de

valor adicionado em determinado período de tempo que o processo pode realizar

sob condições normais de operação.

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Davis, Chase, Aquilano (1999, p. 258) nos falam que a capacidade de

produção é o que define os limites competitivos da empresa. Se a capacidade é

inadequada à organização pode perder clientes por não conseguir atendê-los com o

nível de produção atual e assim permitir que surjam concorrentes na disputa dessa

fatia de mercado, já no contrario se a capacidade de uma empresa for excessiva

esta terá de diminuir os preços para estimular a demanda.

Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 195) completam dizendo que a

capacidade de uma organização dependerá de sua visão com relação a sua

demanda atual e futura. Tornando-se mais importante para o negócio quando sua

visão sobre a demanda atual for diferente da demanda futura. Já quando essa

demanda é variável, algumas decisões precisam ser tomadas, como escolher a

capacidade ótima para cada local.

Dentro dos estudos de capacidade ainda podemos ressaltar sua medição que

para Moreira (1996, p.153) pode ser quantificada de acordo com sua produção ou

através dos insumos. Na medida por produção destaca-se que esta deve ser feita de

acordo com o tipo de produto produzido, sendo impraticável misturar medidas como

por metros ou por toneladas. Para apenas um produto ou produtos semelhantes é

recomendado a medida por produção, como por exemplo em uma usina de álcool,

onde a medida da capacidade pode ser feita através de litros por mês, semanas,

dias e assim por diante. Já no caso da existência da fabricação de vários produtos

recomenda-se a medição através de insumos, muito utilizado nas empresas

prestadoras de serviços, pois torna-se difícil decidir a capacidade de produção

intelectual, ou até de serviços prestados a clientes por exemplo. Neste caso, mede-

se a capacidade produtiva de acordo com os insumos utilizados.

Nessa mesma linha Erdmann (2000, p. 67-84) defende que a quantificação do

que um sistema de produção pode ser capaz de produzir é definida em vários níveis.

No planejamento é estabelecida a quantidade que pode ser produzida pela

organização. Na programação, que se trata do dia a dia da produção, esta medição

define quanto de cada produto pode ser fabricado, caso seja necessário estabelecer

o prazo de uma forma mais precisa.

Desta forma, a capacidade de produção de uma empresa decorre sobre os

recursos disponíveis e a eficiência de sua utilização, sendo esta estabelecida de

diferentes maneiras, levando em consideração a estrutura física e funcional, como

será explicado a seguir:

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• Consulta a dados históricos de produção: considerando que a capacidade não

sofre grandes alterações, esta pratica utiliza dados passados como referência,

porém, esta não deve ser considera se houver possíveis deficiências ou

capacidade eventualmente mal aproveitadas; trabalha-se com dados reais e

concretos.

• Expressão da capacidade em número de hora: a capacidade é definida pelo

número de horas de recursos produtivos disponíveis, tais como máquinas

equipamentos, instalações e pessoas. A complementação da informação

acontecerá quando o mix for conhecido.

• Consideração da capacidade do recurso gargalo para um só produto: quando

há apenas um produto e consequentemente um só processo de fabricação,

bastará verificar a capacidade produtiva de cada um dos recursos envolvidos.

Aquele de menor capacidade (recurso gargalo) determinará o resultado possível

de ser alcançado.

• Consideração da capacidade do recurso gargalo para mais de um produto

quando esses forem similares: a similaridade permite estabelecer uma relação

entre os produtos quanto a demanda da capacidade. E a partir disto fixa-se o

parâmetro que se desejar e calcula-se as quantidades relativas a cada um.

• Acumulação da carga para os recursos disponíveis: a descrição dos

processos de fabricação dos produtos implica no conhecimento dos tempos

requeridos em cada recurso. Na medida em que as ordens de produção forem

alocadas os respectivos tempos são acumulados aos recurso disponíveis. Ao se

chegar ao limite de disponibilidade a capacidade terá sido esgotada e será,

então, conhecida.

• Determinação da capacidade por simulação: segue-se a ideia apresentada no

item anterior, apenas que usando um recurso de simulação que permita verificar,

em curto espaço de tempo, diversas combinações de tipos e quantidade de

produto. Um aperfeiçoamento desta técnica poderia apontar o grau de

aproveitamento (ociosidade) dos recursos de produção como forma de identificar

a eficiência da solução.

• Programação linear: parte da construção de retas cujos fatores representam

os recursos requeridos para cada unidade a ser produzida. As equações são

igualadas as quantidades desejadas e constituem as restrições do sistema. Uma

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57

outra equação denominada objetivo, é feita percorrer o espaço de soluções até

atingir o ponto ótimo (máximo ou mínimo), normalmente associado a custos ou

lucros.

2.6.3 Localização

Andrade; Brito e Jorge (2007 p. 38), reforçam que nunca é demais enfatizar

na localização do empreendimento, pois quando a localização é mal resolvida ela

pode resultar na inviabilização do mesmo. Faz-se necessário um estudo para a

localização do empreendimento visto que pode ser envolvido diferentes escalas no

território e cada uma chegara a uma resposta com precisão diferente.

Nessa mesma Linha Neto (200, p. 77-78), nos alerta para escolha da

localização, pois dessa dependerão tanto receitas como despesas e possivelmente

investimentos delas será diferente o método como se fará a escolha do local. Dessa

forma para o autor o estudo da localização tem por objetivo determinar o melhor

local para o empreendimento sendo de grande importância identificar uma

localização que traga maior beneficio ao empreendimento sendo esta aquela que

maximiza a diferença entre receitas e desembolsos operacional. “Como a

localização influencia os fluxos financeiros no relacionados a investimentos, receita,

despesas e custos deve-se determinar aquela localização que maximize os

resultados”. Considerando a comercialização dos produtos para o mercado alvo,

quanto mais distante estiver o produto do local de consumo maior será a conta

relacionada ao frete desses produtos, além desses serem acrescentados por outros

custos assessoriais, como taxas, seguros, pedágio e impostos.

Para Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 178) defende que a importância

de decidir a localização, é que, uma vez executada, torna-se difícil de desfazer, visto

que custos de mudança da organização de um local para outro podem ser

extremamente altos, assim como o risco de criar inconvenientes para seus clientes.

Entende-se por localização o local onde a empresa estará instalada,

considerando que uma vez feito fica difícil mudar a localização.

2.6.4 Arranjo físico e o layout (leiaute)

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Sendo caracterizado por Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 200) como o

posicionamento físico dos recursos de transformação o arranjo físico engloba a

definição de onde serão colocadas todas as instalações, maquinas equipamentos e

o pessoal da produção. Os autores ainda focam na importância da definição do

arranjo físico com relação a mudanças, pois esta, é considerada uma atividade difícil

e de longa duração, além de causar insatisfação do cliente ou perdas na produção

com a interrupção do funcionamento da organização. Se o arranjo físico for

projetado errado, pode levar a padrões de fluxo longos e confusos, estoque de

materiais, filas de cliente, operações inflexíveis e de alto custos.

Nessa mesma linha Moreira (1996, p. 259) nos fala que planejar o arranjo

físico de uma instalação é o mesmo que definir a forma como serão dispostos os

centros de trabalho, podendo este ser, um departamento, uma sala, pessoas,

maquinas, equipamentos, etc. Em todo o planejamento de arranjo físico procura-se

tornar mais fácil e suave o movimento do trabalho através do sistema, quer esse

seja o fluxo de pessoas ou o de materiais. Depois de definido o arranjo físico é

praticamente inviável sua mudança, visto quer esta pode implicar no dispêndio de

considerável soma de dinheiro, pode representar um elevado custos e ainda causar

interrupções indesejáveis no trabalho.

Para Ritzman e Krajewski (2005, p. 197-199) “as escolhas de arranjo físico

podem ajudar consideravelmente a comunicação dos planos de produto e das

prioridades competitivas de uma organização”. Existem ainda quatro tipos de

arranjo físico que podem ser de produto, de processo, híbrido e de posição. No que

diz respeito ao arranjo físico de processo, este, agrupa as estações de trabalho ou

departamento de acordo com a função. Com relação ao arranjo físico por produto

visando um processo em linha são os melhores para a produção repetitiva. Os

recursos neste caso são dispostos em torno do percurso do produto em vez de ser

partilhado em muitos produtos. Num arranjo físico híbrido, a estratégia adotada é

intermediária, onde algumas partes da unidade se encontram dispostas em um

arranjo físico de processo e outras em arranjo físico de produtos, este tipo de arranjo

é muito utilizado em operações de produção e montagem. Por último os autores

definem o arranjo físico de posição física, nele o produto permanece fixo em um

local, o que se movimenta são os funcionários, juntamente com suas ferramentas e

equipamentos para trabalharem nele.

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2.6.5 Equipamentos e máquinas necessárias

Como visto na análise das instalações, a capacidade leva a especificações

mais detalhadas de espaço, equipamentos e mão de obra. Neste tópico será

abordado a necessidade de maquinas e equipamentos para o funcionamento do

empreendimento.

Para que se possa fazer uma estimativa de equipamentos necessários para o

processo produtivo, é preciso avaliar todos os itens que a organização irá produzir e

quais serão as operações envolvidas. Dessa maneira também é necessário o

planejamento de equipamentos e mão de obra o espaço da organização deve ser

projetado para acomodar maquinas, permitir a movimentação dos equipamentos de

manuseio, o transporte dos materiais necessários e para acomodar os estoques.

(MOREIRA 1997, p. 158-159)

Dessa mesma forma Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 229) defendem

que os tipos de equipamentos e ferramentas exigidos para o empreendimento

depende da natureza dos negócios do mesmo. Em uma fabrica as máquinas podem

ser de finalidade geral ou especial; um equipamento de finalidade geral para o

trabalho com metais, por exemplo, incluem tornos, furadeiras e esmeiras, já para

uma fabrica de trabalho com madeira as maquinas de finalidade geral incluem

lixadeiras, serras e tornos. Os equipamentos de finalidade geral envolve um

investimento mínimo e é bem adaptado a um tipo especifico de operação, ele

também pode ser fundamental em empresas que exigem uma maior flexibilidade em

que o produto sofre frequentes mudanças de designem.

Já os equipamentos de finalidade especial permitem a redução do custo onde

a tecnologia é plenamente estabelecida e a capacidade operacional é assegurada

pelo alto volume de vendas, são exemplos de maquinas especiais as utilizadas para

engarrafar e equipamento de montagem de automóvel. Tais máquinas não são

recomendadas para empresas de pequeno porte pelo ponto de vista econômico, a

menos que essa produza um produto padronizado em escala razoavelmente grande.

O dimensionamento do investimento fixo de maquinas e equipamentos,

veículos, móveis e utensílios, é o resultado dos valores da somatória de faturas de

empresas que os fornecem. Cabe considerar que os equipamentos nacionais e

estrangeiros devem se distinguir, no primeiro caso tem-se de levar em conta os

impostos como a diferença de ICMS entre estados por exemplo, o transporte interno,

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60

a montagem destes, e os seguros. Nos equipamentos estrangeiros deve-se levar em

conta o valor FOB – free on board – na moeda de origem do fornecedor que

posteriormente deve ser convertida em moeda nacional, nestes devem-se agregar

despesas como transporte, taxas alfandegárias, portuárias e de importação, e ainda

impostos e demais despesas nacionais; assim é possível obter o valor CIF – Cost,

Insurense, Freight – em moeda nacional. A esse valor devem ser acrescidos

despesas como a montagem para se chegar ao seu custo histórico. (MACHADO,

2002, p. 100)

Visto a necessidade de maquinas e equipamentos que serão necessários ao

empreendimento, veremos no próximo tópico os funcionários e insumos necessários

para o mesmo.

2.6.6 Funcionários e insumos necessários

Geralmente apresenta-se o gerenciamento de produção com foco principal

para a tecnologia, sistemas, procedimentos e instalações, mas ao contrário do que

se pensa a forma pela qual se gerencia os recursos humanos possui grande impacto

sobre a eficácia de suas funções operacionais. (SLACK, CHAMBERS E

JOHNSTON, 2007, p. 276).

Sendo assim Cury (2005, p. 413) no fala da importância do quadro de

distribuição do trabalho que é um instrumento utilizado com o objetivo de analisar as

variadas atividades que são atribuídas a cada uma das unidades orgânicas de uma

empresa. Isso pode ser feito por meio da analise das tarefas executadas pelos

funcionários, visando aferir a carga de trabalho e a nacionalidade de sua

distribuição. Para que o processo seja executado cada empregado possui uma

função esta corresponde a uma agregação de atividades, interdependentes em um

único campo especializado de trabalho, devendo esta ter seu desenvolvimento

alocado a uma unidade organizacional especifica sob uma única direção.

No que diz respeito aos insumos necessários para a produção deve ser feito

uma previsão da demanda, sendo necessário saber quanto a empresa planeja

vender de seus produtos ou de seus serviços no futuro, visto que esta previsão é o

ponto de partida direto ou indireto para outras decisões dentro da organização. A

previsão da demanda é considerada um processo racional na busca de valores com

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61

relação a vendas futuras de um item ou um conjunto de itens. (MOREIRA, 1996, p.

317)

2.6.7 Processo de Produção

Para Ritzman e Krajewski (2005, p. 3) dentro da administração de operações

existem processos para a produção de bens e serviços utilizados diariamente pelas

pessoas. Um processo é uma atividade fundamental para que as organizações

consigam atingir suas metas. Uma definição de processo seria “qualquer atividade

ou conjunto de atividades que parte de um ou mais insumos, transforma-os e lhes

agrega valor, criando um ou mais produtos ou serviços para os clientes”. Os tipos

de processos existentes dentro de uma organização podem variar.

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2007), são utilizados termos

diferentes para identificar tipos de processos nos setores de manufatura e de

serviços. Porém tanto na manufatura quanto nos serviços cada tipo de processo

implica formas diferentes de organizar as atividades operacionais visando as

diferentes características de volume e variedade. Os tipos de processos decorrentes

da manufatura são:

• Processos de projeto;

• Processos de jobbing

• Processos em lotes ou bateladas;

• Processos de produção em massa;

• Processos contínuos.

Os tipos de processos decorrentes de serviços são:

• Serviços profissionais;

• Serviços de massa;

• Lojas de serviços.

Dornellas (2008) ainda aborda os aspectos do processo de produção que

podem ser um fator chave para a organização quando esta possui a capacidade de

medir seu desempenho. Tendo a possibilidade de informar a seus gerentes.

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Nessa mesma linha de pensamento, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 121)

Falam que a capacidade de as organizações medirem seu empenho torna-se um

fator chave, pois assim em uma base temporal contínua, essa informação fornece

aos gerentes dados que os permitirão verificar se as metas ou os padrões esperados

foram alcançados pela organização.

2.6.8 Processo de compra

Não menos importante do que conhecer o comportamento do consumidor,

conhecer o comportamento do comprador, torna-se cada vez mais importante, visto

que é entre compradores e vendedores que ocorre as maiores trocas financeira do

mercado. O processo de compra é composto pelo reconhecimento da necessidade,

pela busca de informações, a avaliação de alternativas, decisão de compras e

avaliação pós compra. (HONORATO, 2004, p. 144)

Para Mattar (2011, p.) o processo para o planejamento e orçamento de

compras são determinadas pelas unidades de controle, pela elaboração da previsão

de vendas, a determinação do nível de estoque, assim também como pelo previsão

das deduções e reduções dos produtos.

De uma forma mais simples, Grazziotin (2004) defende que o processo de

compra esta inserido na empresa como sendo algo básico. Tanto que muitas

empresas existem no mercado sem o uso de tecnologias avançadas para fazer

compras, por que indiferente das tecnologias elas sabem comprar bem, estas

possuem um sistema de compras muito efetivo, que de certo modo acaba por

substituir, organização, planejamento e até mesmo as estruturas tecnológicas.

Desta forma constata-se que o processo de compra é extremante importante

para as organizações, e que estas por sua vez devem possuir conhecimento de

determinadas unidades de controle para efetuá-lo.

2.7 ESTRUTURA DA EMPRESA

Esta é a seção do plano de negócio no qual a empresa deve ser descrita,

neste tópico será apresentado a organização, sua estrutura, o auxilio de assessorias

externas e a equipe de gestão do empreendimento.

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63

2.7.1 Estrutura organizacional

Neste tópico será apresentado a definição da estrutura de uma organização,

quais os tipos de estrutura mais utilizados, suas características. Sendo assim a

“estrutura de uma organização é o agrupamento das funções de acordo com um

certo padrão de autoridade”, ou seja, o planejamento e a programação de uma

empresa podem ser estruturadas em uma unidade organizacional geralmente pelo

gerente geral que repassa a gerencia responsável pela execução.

A estrutura organizacional é representada pelo gráfico universal que é

denominado organograma, sendo este a representação gráfica e abreviada da

estrutura da organização. Em principio o organograma possui em seu objetivo

representar os órgãos que compõem a empresa, as funções desenvolvidas pelos

órgãos, as relações de interdependência entre os órgãos, os níveis administrativos

que compõem a organização e a via hierárquica da mesma.

Um outro tipo de representação é o funcionograma que é um gráfico de uso

restrito dos órgãos adotantes, sua principal finalidade detalhar as atividades/tarefas

que compõem uma função na qual se originou um órgão no organograma.

Visto a estrutura organizacional o próximo tópico abordará a equipe de gestão

da organização.

2.7.3 Equipe de gestão

A qualidade de gestão de uma empresa geralmente é conhecida como vital

para os negócios. O fraco gerenciamento é uma grande contribuinte para o fracasso

dos negócios, já um forte gerenciamento pode aproveitar de qualquer idéia de

negócios e reconhecer os fornecer os recursos necessários para seu funcionamento.

Porém quando uma empresa não é bem projetada e não possui recursos

necessários, a competência e qualificação da gerencia pouco ou nada podem fazer

para seu bom funcionamento e torna-la competitiva no mercado. Uma equipe

gerencial possui indivíduos com capacidade de supervisão, e cada gerente precisa

saber especificamente sua área, pois nem todos os membros de uma equipe

gerencial precisam ter competência em todas as áreas. (LONGENECKER, MOORE,

PETTY, 1996, p. 215)

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Porem Oliveira (2009, p. 41) nos mostra que Fayol identificou 16

responsabilidades que um gerente deve ter plena capacidade e habilidade para

executar seja qual for sua área de atuação dentro da empresa. Sendo estas:

• Assegurar a cuidadosa preparação dos planos e sua rigorosa execução nas

organizações;

• Cuidar para que a estruturação de pessoas e de materiais seja coerente com

os objetivos, os recursos e os requisitos da organização;

• Estabelecer uma autoridade construtiva, competente, enérgica e única;

• Harmonizar atividades e coordenar esforços;

• Formular as decisões de forma simples, nítida e precisa;

• Estruturar um processo seletivo eficiente de pessoas;

• Definir claramente as obrigações dos trabalhadores da organização;

• Encorajar a iniciativa e o senso de responsabilidade;

• Recompensar justa e adequadamente os serviços realizados;

• Aplicar sanções contra faltas e erros;

• Manter a disciplina;

• Subordinar os interesses individuais ao interesse geral;

• Manter a unidade de comando na organização;

• Supervisionar a ordem dos materiais e das pessoas na organização;

• Ter tudo sob controle e;

• Combater o excesso de regulamentos, burocracia e papelada na organização.

Longenecker, Moore e Petty (1996, p. 215) ainda colaboram com o assunto

argumentando a importância também dos membros da equipe e a compatibilidade

pessoal também são necessários para que haja a colaboração efetiva. Definido o

conceito de uma equipe gerencial e como esta deve ser perante a organização, o

tópico seguinte fala sobre o plano financeiro.

2.8 PLANO DE RECURSOS HUMANOS

Milkovich e Boudreau (2000) afirmam que, os recursos humanos são

importantes para qualquer organização, visto que apesar das instalações físicas, dos

equipamentos e dos recursos financeiros, sem as pessoas seria simplesmente

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65

impossível para qualquer empresa a possibilidade de atingir seus objetivos. Os

mesmos autores (2000) ainda ressaltam, que são as pessoas que trazem os brilho

as organizações, com suas criatividades por meio de planejamento e produção de

produtos e serviços, além de estabelecerem estratégias e objetivos para a

organização, tornando-as indispensáveis para qualquer empresa.

Conforme Gil (1994, p. 13), “a administração de recursos humanos surge em

decorrência do crescimento das organizações e do aumento da complexidade das

tarefas de gestão de pessoal”. O mesmo autor (1994) ainda afirma que, o objetivo da

administração de recursos humanos é integrar o trabalhador no contexto da

organização e estimular sua produtividade.

Para Chiavenato (2004, p. 02) o termo Gestão de Pessoas surge com o

propósito de [...] “indicar as mais novas posturas e conceitos dos recursos

humanos”.

Desse modo, entende-se que é necessário a elaboração de um planejamento

de recursos humanos, com a finalidade de estabelecer políticas e práticas

necessárias para conduzir aspectos relacionados às pessoas. A seguir serão

apresentado o recrutamento e seleção, a capacitação e desenvolvimento, os planos

de cargos e salários e a qualidade de vida no trabalho.

2.8.1 Recrutamento e seleção

Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair

candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da

organização (CHIAVENATO, 2000, p. 197).

Na mesma linha, Milkovich e Boudreau (2000) conceituam recrutamento como

um processo de identificação e atração de um grupo de pessoas, entre as quais

serão escolhidas algumas para o emprego ofertado.

Palmera (1999, p. 363) destaca que, antes de qualquer ação no processo de

recrutamento, torna-se necessário seguir as seguintes etapas:

• Tomar conhecimento, junto ao responsável da área que detém o cargo a ser

ocupado, sobre quais pré-requisitos os candidatos potenciais devem ter para se

habilitar à contratação;

• Verificar se o mais conveniente é promover “a prata da casa” ou se é melhor

contratar pessoa de fora da organização, “trazer sangue novo”. Estas

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66

informações determinam quais os tipos de recrutamento mais adequados para o

chamamento, podendo ser interno, externo e misto, conforme explicado por

Palmeira (1999, p. 363-364);

• Recrutamento interno: pode ser feito por meio de transferência de pessoal,

promoção pessoal, transferência com promoção de pessoal, programas de

desenvolvimento de pessoal e plano de carreiras;

• Recrutamento externo: é feito por meio de técnicas que atraem candidatos

que, no momento, não atuam na organização, estejam eles disponíveis ou

trabalhando em outras empresas.

Chiavenato (2004, p. 116-120) contribui com o tema, expondo as principais

técnicas utilizadas para o recrutamento externo: anúncio em jornais e revistas;

agências de recrutamento; contatos em escolas, universidades e agremiações;

cartazes ou anúncios em locais visíveis; apresentação de candidatos por indicação

de funcionários; consulta aos arquivos de candidatos e; banco de dados de

candidatos.

Feito o recrutamento e escolhido os candidatos, faz-se necessário a seleção

dos mesmos. Sendo esta definida por Palmeira, (1999, p. 364) como uma atividade

restritiva, de comparação, de escolha e deve ser feita com base nos padrões

determinados pelo cargo que o futuro empregado venha a ocupar e pelas exigências

que o responsável da área tenha feito.

Em perspectiva similar, Chiavenato (2000) define seleção como a busca entre

candidatos recrutados, dos que apresentam um melhor perfil para ocupar os cargos

existentes na organização, objetivando manter ou elevar a eficácia da empresa,

como também à eficiência e o desempenho do pessoal.

Gil (1994, p. 49-60) apresenta alguns métodos utilizados para seleção,

apresentados a seguir:

• Análise de currículos: os currículos são instrumentos úteis para a obtenção de

informações. Porém, na maioria dos casos, são insuficientes para proporcionar

uma visão real do candidato;

• Testes escritos: é recomendado para o preenchimento de cargos para os

quais se requer conhecimentos específicos, bem como determinadas habilidades,

como, por exemplo, redação;

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• Testes práticos: são adequados para a avaliação das habilidades dos

candidatos. São muito importantes para os cargos de natureza operacional ou

relacionados à produção, onde se confere ênfase especial aos aspectos

psicomotores;

• Testes psicológicos: são instrumentos muito úteis para identificar as aptidões

dos candidatos. Podem ser utilizados para a avaliação do potencial intelectual,

habilidades específicas, bem como traços de personalidade;

• Entrevista: é reconhecida hoje como um dos mais úteis instrumentos de que

se dispõe para a seleção de pessoal. Possibilita contato direto com o candidato,

bem como a identificação de sua capacitação para exercer o cargo que se deseja

preencher;

• Dinâmica de grupo: um dos recursos incorporados mais recentemente à

seleção de pessoal, que consiste basicamente em colocar os candidatos

reunidos em grupo diante de situações em que terão de demonstrar sua forma de

reação.

Desta forma, é possível definir que o recrutamento de pessoas é proveniente

das necessidades presentes e futuras de recursos humanos e tem por objetivo

imediato atrair candidatos, dentre os quais serão escolhidos os futuros

colaboradores da empresa. E o processo de seleção pode ser realizado de

diferentes maneiras, todavia para se ter maior exatidão no processo de seleção,

torna-se necessário utilizar mais de um método para análise do candidato. A seguir,

será apresentado a capacitação de treinamento e desenvolvimento dos recursos

humanos.

2.8.2 Treinamento e desenvolvimentos

Para Chiavenato (2004, p. 339) Treinamento é definido como sendo o

processo educacional de curto prazo e aplicado de maneira sistemática e

organizada, por meio do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e

habilidades em função de objetivos definidos.

Na mesma linha, Milkovich e Boudreau (2000) conceituam que, o resultado de

melhoria da adequação entre as características dos colaboradores da empresa e as

exigências dos papéis funcionais, provém do treinamento, responsável pela

promoção na aquisição de habilidades, regras, conceitos ou atitudes.

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Para Gil (1994) o treinamento é visto como um sistema da administração de

recursos humanos, desenvolvido a partir dos subsistemas: diagnóstico, prescrição,

execução e avaliação.

Já o desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as

capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros

valiosos da organização (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000, p. 338).

Chiavenato (2004, p. 371-373) aponta os principais métodos desenvolvimento

de pessoas dentro das organizaçõs: rotação de cargos, posições de assessoria,

aprendizagem prática, atribuição de comissões, participação em cursos e seminários

externos, exercícios de simulação, treinamento (outdoor) fora da empresa, estudos

de casos, jogos de empresas, centros de desenvolvimento internos e coaching

(conjunto de todas as facetas).

Em perspectiva similar, Lucena (1999, p. 154) apresenta as alternativas a

serem consideradas para o desenvolvimento do profissional:

• Programas de treinamento (interno e externo);

• Estágios;

• Leitura orientada;

• Visitas a outros órgãos da organização ou outras empresas;

• Realização de trabalhos ou projetos específicos;

• Ocupar cargos em caráter provisório, que permitam a visão e a vivência em

determinadas unidades. Esta alternativa é muito utilizada nos planos de sucessão

gerencial;

• Participação em reuniões de trabalho;

• Participação em associações profissionais;

• Seminários, conferências, outros eventos.

Desse modo, é possível perceber que o processo de treinamento e

desenvolvimento é importante para a gestão de pessoas, visto que é através dos

mesmos que se obtêm crescimento contínuo e desenvolvimento das pessoas e,

consequentemente, a organização alcança os objetivos e metas pré-estabelecidas.

2.8.3 Planos de cargos e salários

Cargo é o somatório de funções, que ocupa uma posição definida na estrutura

hierárquica da empresa (CHIAVENATO, 1995, p. 239). Este autor (2004, p. 260)

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ainda afirma que “o salário é uma contraprestação pelo trabalho de uma pessoa na

organização”.

Na visão de Palmeira (1999) para se realizar a avaliação de cargos e salários

é necessário a descrição e análise dos cargos.

Sendo assim, seguindo esta linha, Gil (1994, p. 102) destaca que, a análise,

descrição e especificação do cargo [...] “fornecem o alicerce para a avaliação de

cargos, da qual resulta a fixação dos salários e a política salarial da empresa”. Estas

etapas são conceituadas da seguinte forma:

• Análise de cargo é o estudo que se faz para obter informações sobre as

tarefas ou atribuições de um cargo.

• Descrição de cargo é a exposição ordenada das tarefas ou atribuições de um

cargo. Ela procura descrever o que o ocupante do cargo faz, como faz e por que

faz.

• Especificação do cargo consiste na identificação dos requisitos necessários

para o desempenho das tarefas ou atribuições de um cargo. Ela abrange as

aptidões, os conhecimentos, as habilidades e as responsabilidades que o

ocupante do cargo deve possuir, bem como as condições de trabalho e riscos

que o envolvem.

Chiavenato (2004, p. 267-277) apresenta os métodos tradicionais de

avaliação de cargos, e explica que a avaliação e classificação dos cargos pode

assegurar o equilíbrio interno dos salários. Tais métodos serão detalhados a seguir:

• Método de escalonamento simples: consiste em dispor os cargos em um rol

(crescente ou decrescente) em relação a um critério escolhido que funciona como

padrão de comparação.

• Método de categorias predeterminadas: é uma variação do método de

escalonamento simples. Na verdade, poderia ser denominado método de

escalonamento simultâneo, pois requer a divisão e separação dos cargos em

categorias predeterminadas, como cargos mensalistas e cargos horistas, por

exemplo.

• Método de comparação por fatores: é uma técnica analítica pela qual os

cargos são avaliados e comparados através de fatores de avaliação de cargos.

• Método de avaliação por pontos: é o método de avaliação de cargo mais

utilizado no mundo. Também é uma técnica quantitativa, pois são atribuídos valores

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numéricos (pontos) para cada aspecto de cargo e um valor total é obtido para cada

cargo pelo soma dos valores numéricos obtidos.

No que diz respeito a salário Palmeira (1999) evidencia que, há sistemas

recentes onde a remuneração é baseada em cada pessoa, considerando seu cargo

e desempenho, enquanto há sistemas onde o foco são os grupos, que visa distribuir

as recompensas para todos os membros do grupo de forma igualitária,

independentemente do resultado individual, já que considera como parâmetro o

desempenho da equipe.

Diante dessas definições é possível afirmar a importância do plano de cargos

e salários para a gestão de pessoas, tendo em vista que, as pessoas necessitam de

recompensas, de reconhecimento e de novas oportunidades.

Definido o planejamento de recursos humanos, o próximo tópico, abordará o

plano financeiro.

2.8 PLANO FINANCEIRO

O planejamento financeiro integra a estruturação das ações e o

dimensionamento de recursos financeiros com vista à operacionalização de projetos

gerenciais, sendo essa condição essencial à conquista do sucesso empresarial.

(VASCONCELOS, 2008, p. 46)

Na analise financeira o empreendedor irá mostrar projeções das

demonstrações financeiras da empresa, já para os próximos cinco anos ou mais.

Tais previsões incluem balanços, demonstração de receita, demonstração do fluxo

de caixa, e a análise do ponto de equilíbrio. Sugere-se que essa análise seja

preparada mensalmente para o primeiro ano, trimestralmente para o segundo e

terceiro anos e anualmente para os anos seguintes. (LONGENECKER, MOORE e

PETTY, 1996, p. 177)

Em perspectiva similar, Dornelas (2008, p. 150) ressalta que a parte

financeira deve refletir em números tudo o que foi planejado até então, incluindo

investimentos, gastos com marketing, gastos com pessoal, despesas com vendas,

projeção de vendas, gastos fixos e variáveis, análise da rentabilidade do negócio,

entre outros. Deve-se fazer a adequação dos objetivos e das metas do negócio,

além da estratégia e da projeção de vendas para que se possam gerar as planilhas

financeiras do plano de negócio. Os principais demonstrativos a serem mostrados

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em um plano de negócio são: o Balanço Patrimonial, o Demonstrativo de Resultados

e o Demonstrativo do fluxo de caixa.

A partir dessas afirmações, é possível ter uma vasta noção da importância

que o plano financeiro é para o próprio plano de negócio, pois é através dele e de

suas ferramentas que se analisará se o negócio será ou não viável.

2.8.1 Investimento inicial

Bodie, Marcus e Kane (2000, p. 23) definem investimento como: “o

comprometimento atual de dinheiro ou de outros recursos na expectativa de colher

benefícios futuros”.

Para Dolabela (2009, p. 221) investimento inicial é definido como o valor que

o empresário precisa gastar para iniciar seu negócio, este acrescido do valor que o

mesmo deverá utilizar para o primeiro mês de funcionamento até que o dinheiro das

vendas comece a entrar em seu caixa.

Nessa linha Helfert (2000, p. 23) nos fala que investimento “é a força motriz

básica da atividade empresarial”. Ele o define como sendo a fonte de crescimento

das organizações e de suas estratégias explicitas da administração, sendo este um

recurso destinado já comprometido a ser recuperado com o as atividades

empresarias.

Entende-se que o investimento inicial diz respeito a quantia de dinheiro que a

empresa necessitará par iniciar seu negócio e o manter até a entrada de dinheiro no

caixa.

2.8.2 Custos fixos

Segundo Dolabela (2008, p. 215) São os valores monetários pagos pelos

recursos usados para manter o negócio em funcionamento. São os que não

possuem proporcionalidade direta com a quantidade produzida, podendo citar como

exemplos: Aluguel, condomínio, água, luz, telefone etc.

Já Hoji (2007, p. 350) explica o custo fixo dando como exemplo o aluguel de

um galpão industrial, visto que a empresa locatória paga mensalmente um valor fixo

pelo aluguel do mesmo, indiferente de sua quantidade produtiva.

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Dutra (1986, p.37) define custos fixos como “os custos de estrutura que

ocorrem período após período sem variação ou cujas variações não ocorrem como

consequência de variação de volume de atividades em períodos iguais”.

Visto essas definições é possível dizer que os custos fixos, são assim

denominados porque não variam com o nível da atividade empresarial, eles

independem da quantidade que a empresa produz.

2.8.3 Custos variáveis

Para Davis, Aquilano, Chase (2001, p. 94) Custos variáveis “são despesas

como mão de obra direta e material que flutuam diretamente com as mudanças no

volume de produção”.

Nessa mesma perspectiva Dutra (1986, p. 37) define custos variáveis como

sendo os que variam em decorrência da variação do volume das atividades

empresariais, ou seja, de acordo com a quantidade produzida no período.

Dornelas (2008, p. 215) define custos variáveis como:

Os valores monetários pagos para obter e utilizar recursos aplicados para produzir os produtos ou serviços. Eles mantêm proporcionalidade direta com a quantidade produzida. Se a produção aumenta os custos variáveis aumentam. Exemplos: matéria prima para a produção, embalagens, comissões sobre vendas, royalties, fretes e outros.

Entende-se por custos variáveis aqueles que estão diretamente ligados com a

quantidade produzida pela organização, variando de acordo com o volume da

produção.

2.8.4 Capital de Giro

O capital de giro corresponde aos recursos aplicados em ativos circulantes,

sofrendo transformação constante dentro do ciclo operacional, ou seja, o capital fica

girando dentro da empresa até completar este ciclo, devendo estar maior do que o

valor inicial aplicado (HOJI, 2000).

Sendo mais abrangente Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 553) enfatizam

que “o capital de giro consiste basicamente de três modalidades de ativos – dinheiro,

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73

contas a receber e estoques – e de duas modalidades de endividamento a curto

prazo – contas a pagar e despesas acumuladas”.

De forma mais simplificada, Brasil e Brasil (1997), afirmam que o capital de

giro serve para financiar, de modo total ou parcial, as operações da empresa.

Hoji (2000, p. 112), define as fontes de capital de giro como sendo:

• Os passivos circulantes representam as fontes de financiamento a curto prazo

da empresa;

• Algumas fontes são geradas pelas próprias operações, tais como duplicatas a

pagar aos fornecedores, impostos a recolher, salários e encargos sociais a pagar;

• Outras são provenientes de atividades financeiras, como os financiamentos e

empréstimos bancários.

Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 553) argumentam que, “as empresas

compram ou produzem estoques; vendem esses itens de estoque mediante

pagamento em dinheiro ou a crédito; recebem os itens de contas a receber

resultantes das vendas a crédito; e, a seguir, reiniciam esse processo”, de forma a

constituir o capital de giro.

Hoji (2000) comenta que, a administração financeira deve estudar com

cuidado o capital de giro, já que a empresa necessita recuperar todos os custos e

despesas investidos no processo operacional, de forma a obter o lucro pretendido

pela mesma.

Entende-se que o capital de giro é primordial para qualquer empresa, visto

que é por meio dele, que o ciclo operacional acontece. Desta forma, uma

administração eficiente do capital de giro é essencial para a empresa alcançar o

lucro desejado.

2.8.5 Demonstrativo do resultado do exercício (DRE)

Para Gitman (2002, p.71) a demonstração do resultado do exercício é definida

como um instrumento capaz de fornecer um resumo financeiro detalhado de todas

as operações da empresa durante um período específico. É comum que esta cubra

o período de um ano encerrada em uma data específica, em geral esta data é no dia

31 de dezembro no ano do calendário.

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74

Dornelas (2008, p. 153) seguindo esta mesma linha explica que a

demonstração de resultado “é uma classificação ordenada e resumida das receitas e

das despesas da empresa em determinado período”.

Para Hoji (2007, p. 266) a demonstração de resultados é “uma demonstração

contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou

redução do patrimônio liquido entre duas datas”. Ela inicia-se com a receita

operacional bruta, sendo deduzidos desta todos os custos e despesas para que se

possa apurar o lucro liquido.

Segundo o autor Hoji (2007, p. 270) a DRE é apresentada a seguir:

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75

Quadro 8: Demonstrativo do resultado do exercício

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS

Vendas de produtos

Prestação de serviço

SOMA

(-) DEDUÇÃO DA RECEITA BRUTA

Devolução e abatimentos

Impostos incidentes sobre vendas

Impostos incidentes sobre serviços

(=) RECEITA LÍQUIDA

(-) CUSTOS DOS PRODUTOS E SERVIÇOS

Custo dos produtos vendidos

Custo dos serviços prestados

(=) LUCRO BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas com vendas

Despesas operacionais e administrativas

Despesas financeiras líquidas

Outras receitas e despesas operacionais

(=) LUCRO OPERACIONAL

RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

(=) LUCRO ANTES DO IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(-) PROVISÃO PARA IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(=) LUCRO APÓS IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

Empregados

Administradores

(=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

LUCRO POR AÇÃO (em $)

Fonte: Adaptado de HOJI (2007, p. 270)

Entende-se por demonstração do resultado do exercício como uma

ferramenta que fornece o resumo financeiro dos resultados das operações da

empresa durante um período fixo.

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76

2.8.6 Demonstrativo do Fluxo de caixa

Hoji (2007, p. 76) define o “fluxo de caixa como um esquema que representa

as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo”.

Para Dornelas (2008, p. 154-155) o fluxo de caixa é uma importante

ferramenta para o planejamento financeiro do empreendedor. Em uma empresas

principais preocupações devem ser em honrar os compromissos com os

fornecedores, credores, salário dos colaboradores e definir as melhores formas de

venda do produto/serviço para não precisar recorrer a empréstimos bancários

continuamente. A estrutura do fluxo de caixa detalhada mensalmente segundo o

autor é composta por:

• Receitas: Valor das vendas recebidas.

• Vendas: volume monetário de faturamento.

• Custos e despesas variáveis: custos que variam na mesma proporção das

variações ocorridas no volume de produção ou em outra medida de atividade.

• Custos e despesas fixos: valores que se mantêm inalterados

independentemente das variações da atividade ou das vendas.

Dolabela (2008, p. 220) completa este raciocínio explicando que o fluxo de

caixa é uma ferramenta adequada para um bom controle financeiro de curto prazo,

ele consiste em acompanhar as entradas e saídas de recursos financeiros no caixa

da empresa. Ele é uma ferramenta simples capaz de mostrar se a empresa possui

dinheiro ou não para pagar suas contas.

A entrada chave para o processo de planejamento financeiro a curto prazo, é

denominado previsão de vendas. “Sendo esta a projeção de vendas da empresa por

um dado período de tempo baseado em dados externos ou internos que é usada

como a entrada chave para o processo de planejamento financeiro a curto prazo”.

(GITMAN, 2000)

Entende-se que esta ferramenta é capaz de auxiliar o administrados a gerir

suas compras e vendas e, a saber, quando a empresa possui dinheiro o suficiente

para honrar seus compromissos ou precisará fazer um empréstimo.

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77

2.8.7 Taxa mínima de atratividade (TMA)

Taxa mínima de atratividade é a taxa de juros mínima que uma proposta de

investimento deverá produzir para ser atrativa (ASSEF, 1999, p. 80).

Souza e Clemente (2004) acrescentam que, para a aplicação do capital,

deve-se verificar a melhor taxa, com baixo grau de risco conhecida como taxa

mínima de atratividade.

Em perspectiva similar, Bernardi (2007) afirma que o investidor é o

responsável por definir o quanto ele pretende ter de retorno com o seu projeto, ou

seja, o investidor determina a taxa mínima de atratividade, apesar de existir

parâmetros externos de comparabilidade.

Diferente de Bernardi, Assef (1999) explica que a escolha da taxa deve ser

ajustada a atividade econômica em que a empresa está inserida, não podendo ser

subjetiva, pois deve retratar as potencialidades de retorno médio sobre os

investimentos.

Já Souza e Clemente (2004, p. 74) defendem que “a base para estabelecer

uma estimativa de TMA é a taxa de juros praticada no mercado”. As taxas de juros

que mais impactam a TMA são:

• Taxa Básica Financeira (TBF);

• Taxa Referencial (TR);

• Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e;

• Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC).

2.8.8 Valor presente liquido

Segundo Gitman (2002, p. 329) o valor presente liquido (VPL) é adquirido,

subtraindo o investimento inicial do projeto, do valor de dinheiro das entradas de

caixa, deduzidas a uma taxa ao custo de capital da organização. Quando o VPL é

praticado, as entradas e saídas de caixa são traduzidas para os valores monetários

atuais.

Para Dolabela (2008, p. 225) o VPL é considerado o valor revertido até a data

de inicio das atividades da organização, com uma taxa que o empresário deseja

obter, diminuindo do valor de seu investimento inicial. Se caso este valor resulte

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positivo, indica que a empresa lhe proporcionou um retorno superando suas

expectativas; caso contrário seu investimento lhe rendeu menos do que o esperado.

Desse modo, Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 583), apresentam uma

representação do cálculo do valor presente líquido:

Figura 2 - Representação do cálculo do VPL.

Fonte: Adaptado de Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 583).

Dessa forma para que se possa analisar o VPL de um empreendimento, é

necessário ter o valor presente dos fluxos reais, produzidos pelo projeto, diminuindo-

se o investimento inicial. Assim são descontados os futuros fluxos de caixa após os

impostos, para o seu valor presente subtraído do investimento feito. Se o VPL for

positivo o investimento é favorável, visto que o valor presente dos futuros fluxos de

caixa é maior que o investimento inicial, ou seja, o VPL é maior que zero. Caso

contrário o investimento precisará ser descartado. (DORNELAS 2008, p. 160).

Para complementar este raciocínio Alberton e Dacol (1999, p. 84) nos

ensinam uma forma diferente de obter o valor do VPL, utilizando-se a calculadora

HP – 12C, como será demonstrado a seguir:

Quadro 9: Roteiro para o calculo do valor presente liquido

1. Pressione «f» «REG» para zerar os registradores;

2. Insira o valor da data zero e pressione «g» «CFO». Se a frequência for unitária não

é necessário digitar o Nj, pois a HP – 12C assume como “um” sua frequência. Caso

a frequência seja superior a um devemos digita-la e inseri-la digitando «g» «Nj»;

3. Insira os demais valores pressionando após cada um «g» «CFj». Se a frequência

não for unitária devemos digitá-la e inseri-la pressionando «g» «Nj»;

4. Insira a taxa e pressione «i»;

5. Pressione «f» «NPV» para obter o resultado do valor presente liquido do fluxo de

caixa inserido.

Fonte: Adaptado de Alberton e Dacol (1999, p. 84).

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Entende-se que o VPL deve ser propicio ao negócio, para que o empresário

possa prosseguir com seu projeto, caso isso não ocorra as analise dos custos de

investimentos devem ser reavaliadas.

2.8.9 Taxa interna de retorno (TIR)

Para Dornelas (2009, p. 160) para realizar o cálculo da taxa interna de retorno

(TIR) é preciso primeiro descobrir a taxa de desconto (K) que fornece um valor

presente liquido igual a zero. Quando isso acontece, o valor presente dos futuros

fluxos de caixa é exatamente igual ao investimento efetuado. Dessa forma obtém-se

a TIR da formula do VPL igualada a zero e procurando-se o valor para K que neste

caso específico será TIR do projeto.

Em concordância Gitman (2000, p. 301) Argumenta, que a TIR é a taxa de

desconto que iguala o VPL de uma oportunidade de investimento a R$0,00.

Diante desses conceitos, Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 584) afirmam

que a TIR deve ser capaz de satisfazer a seguinte condição;

Figura 3 - Condição que a TIR deve ser capaz de satisfazer.

Nessa mesma linha Gitman (2002, p. 330) define a

Fonte: Adaptado de Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 584).

Dessa forma a TIR é a taxa de desconto responsável por igualar o VPL a

zero, sempre apresentada em termos percentuais. É também a técnica mais

utilizada na tomada de decisões para a execução de projetos. O cálculo da TIR pode

ser feito por tentativas e erros ou com um computador ou com auxilio de uma

calculadora financeira sofisticada como sugerem as autoras Alberton e Dacol (1999,

p. 87), como explicado no quadro a seguir:

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Quadro 10: Roteiro para cálculo na HP – 12C da taxa interna de retorno

1. Pressione «f» «REG» para zerar os registradores;

2. Insira o valor da data zero e pressione «g» «CFO». Se a frequência for unitária não

é necessário digitar o Nj, pois a HP – 12C assume como “um” sua frequência. Caso

a frequência seja superior a um devemos digita-la e inseri-la digitando «g» «Nj»;

3. Insira os demais valores pressionando após cada um «g» «CFj». Se a frequência

não for unitária devemos digitá-la e inseri-la pressionando «g» «Nj»;

4. Pressione «f» «IRR» para obter a taxa interna de retorno.

Fonte: Adaptado de ALBERTON e DACOL (1999, p. 87).

Dessa forma entende-se que a TIR é aplicada para ajudar nas decisões de

um projeto, de forma a contribuir com o empreendedor para que o mesmo possa

fazer as melhores escolhas de acordo com as informações levantadas por ela,

também para efeito de análise.

2.8.10 Payback

Para Dolabela (2008, p. 224) o período de payback, também de chamado de

período de recuperação de investimento, é o tempo necessário que o futuro

empreendedor possui para recuperar o dinheiro que será aplicado no novo negócio.

Estes períodos são geralmente usados como critérios para avaliação de

investimentos propostos, pois ele indica o tempo necessário que a empresa irá levar

para recuperar seu investimento inicial.

Em complemento Dornelas (2008, p. 159) explica que o período de payback é

a técnica que utiliza o fluxo de caixa, proporcionando maior precisão. Um projeto de

investimentos é considerado atraente quanto menor for o tempo para que a empresa

recupere seu investimento inicial.

Já Gitman (2002, p. 327) esta ferramenta trata-se de um método precário de

análise, porém muito utilizado nos meios empresariais. Ela consiste na determinação

do número de períodos necessários para o investimento inicial ser recuperado pelo

empreendedor.

Em confronto a afirmação de Gitman (2002), Ross, Westerfiel e Jordan (1998,

p. 171) sustentam que, a regra de payback possui duas outras características

positivas, além de sua simplicidade, detalhadas a seguir:

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• Em primeiro lugar, como é a favor de projetos de prazo curto, e no sentido de

aumentar a liquidez. Em outras palavras, uma regra de payback tende a

favorecer investimentos que liberam caixa para outras aplicações mais

rapidamente;

• Em segundo lugar, os fluxos de caixa que devem ocorrer mais tarde na vida

de um projeto talvez sejam mais incertos. Pode-se argumentar que uma regra de

período de payback leva em conta o risco adicional de fluxos mais distantes,

embora o faça de maneira muito draconiana – ignorando-os completamente.

Desta forma entende-se que o período de payback é para o empreendedor

inicial um indicador relevante na tomada de decisão, pois mostra o tempo de

recuperação de seu investimento. Quanto maior o tempo mais arriscado será para a

empresa e quanto menor o tempo, maiores serão as chances de crescimento da

empresa.

2.8.11 Ponto de equilíbrio

Para Hoji (2002, p. 353) é no ponto de equilíbrio que a empresa esta

produzindo e também vendendo em quantidade suficiente capaz de cobrir os custos

e as despesas totais.

Complementando este raciocínio Dolabela (2008, p. 223) define o ponto de

equilíbrio como sendo:

Corresponde ao nível de faturamento para que a empresa possa cobrir, exatamente, seus custos, ou seja, atingir lucro operacional igual a zero. Acima do ponto de equilíbrio a empresa terá lucro e, abaixo dele, incorrerá em prejuízo.

Para Dornelas (2008, p. 155) no ponto de equilíbrio não existem lucros nem

prejuízos. Ele é ponto onde a receitas proveniente das vendas é equivalente a soma

dos custos fixos e variáveis. Possibilita ao empresário sabem em qual momento sua

empresa irá começar a obter lucro. Para obter o ponto de equilíbrio (PE) utiliza-se o

seguinte calculo:

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Custos fixos PE = ______________________________ 1 – (custo variável/receita total)

Desta forma PE = (Custos fixos totais / Margem de contribuição) x Receita.

Onde a margem de contribuição = Receita – Custos variáveis.

O gráfico apresentado pode ser obtido através da projeção de fluxo de caixa e

é considerado muito útil para avaliar a necessidade de capital total que o negócio

terá e quando a empresa será capaz de reverter a situação para iniciar a obtenção

de lucro, ou seja, quanto acontecerá o ponto de equilíbrio financeiro. (DORNELAS,

2009, p. 157).

Figura 4: Representação gráfica do ponto de equilíbrio

Fonte: Adaptado de HOJI (2010)

Entende-se que quando a empresa atingiu seu ponto de equilíbrio significa

que a mesma igualou suas vendas a seus custos fixos e variáveis. A partir deste

ponto a organização começará a obter lucro.

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2.8.12 Balanço patrimonial

O balanço patrimonial é preparado a partir de uma data específica. Ele

registra todos os ativos empregados pelo negócio, assim também como as

obrigações devidas aos financiadores e proprietários. Ele deve sempre igualar os

valores dos recursos totais investidos durante aquele determinado período com as

obrigações exigidas e com o patrimônio liquido. O balanço patrimonial é considerado

um instrumento estático uma vez que ele reflete as condições da empresa na data

de sua elaboração. (HELFERT, 2000, p. 30 – p.31).

Complementando este pensamento Dornelas (2008, p. 151) nos fala que o

balanço é constituído por duas colunas, a que diz respeito ao ativo, ou seja, todos os

bens e direitos de uma empresa, a que diz respeito ao passivo que são todas as

obrigações ou parcelas de financiamento obtidos de terceiros e o patrimônio liquido

que corresponde aos recursos aplicados pelos sócios a empresa.

Para Gitman (2002, p.72), o balanço patrimonial representa a demonstração

resumida da posição financeira da empresa em determinada data. Essa

demonstração confronta os ativos da empresa com suas fontes de financiamento,

que podem ser dividas ou patrimônio.

A seguir é apresentado no quadro (numero?) sinteticamente o balanço

patrimonial:

Quadro 11: Balanço Patrimonial

Ativo Passivo

Circulante: são contas que estão constantemente em giro, sendo que a conversão do dinheiro será, no máximo, no próprio exercício social. Realizável a longo prazo: bens e direitos que se transformarão em dinheiro no próximo exercício. Permanente: são bens e direitos que não se destinam a venda e tem vida útil; no caso dos bens, vida longa.

Circulante: são obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social. Exigível no longo prazo: obrigações liquidadas com prazo superior de um ano.

Patrimônio Líquido São os recursos dos proprietários aplicados na empresa

Fonte: Adaptado de Dornelas (2008, p. 152).

Entende-se que o balanço patrimonial é o conjunto de bens, obrigações e

direitos que expressam a situação da organização em um determinado período de

tempo.

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2.9 PLANO JURÍDICO

Para que a empresa exista é necessário sua contribuição formal. No entanto a

forma jurídica será definida, assim como o enquadramento tributário do

empreendimento. Segundo Rosa (2007, p. 19) a forma jurídica determina a maneira

pela qual ela será tratada pela lei, assim como seu relacionamento jurídico com

terceiros.

Longenecker, Moore e Petty (1997), argumentam na obrigatoriedade do

empresário registrar seu negócio na junta comercial da sua área jurisdicional, exceto

para sociedades civis ou de profissionais, onde o registro é realizado em cartório, já

que exclusivamente para a prestação de serviços. No que diz respeito as juntas

comerciais, essas possuem a atribuição de executar e administrar os serviços do

registro de empresas mercantis e atividades afins, conferido-lhes um Número de

Identificação do Registro de Empresa – NIRE.

Além dissode modo geral, há uma série de outros registros, inscrições e

alvarás necessários para abertura da empresa, conforme destacado abaixo:

• Consulta do nome junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial;

• Alvará de funcionamento junto à prefeitura;

• Registro no cartório e inscrições no Cadastro Geral de Contribuintes – CGC,

na delegacia da Receita Federal; no Imposto de Circulação de Mercadorias e

Serviços – ICMS, na Secretaria da Fazenda; no instituto Nacional de Seguridade

Social – INSS; e no Cadastro de Contribuintes do Município (Secretaria da

Receita ou órgão municipal equivalente);

• Registro no livro de “Registro de Empregados” na Delegacia do Trabalho;

• Pedido de vistoria do corpo de bombeiro, na Secretaria de Segurança Pública;

• Inscrição na entidade de classe da sua respectiva atividade;

• Registros dos livros mercantis exigidos junto aos diferentes órgãos

competentes.

Os autores Longenecker, Moore e Petty (1997) destacam que é necessário o

empresário inteirar-se das características relativas a cada tipo de sociedade, para

definir cada delas é mais compatível aos objetivos, interesses, necessidades e

possibilidades de seu empreendimento.

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Em perspectiva similar Dornelas (2008, p. 199-201) explica que para

constituição de uma empresa, é preciso conhecer a definição dos tipos de

sociedade, conforme a seguir:

• Sociedade simples: é a sociedade constituída por pessoas que

reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de

atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o

exercício de atividade própria de empresário (arts. 981 e 982);

• Sociedade empresária: tem por objeto o exercício de atividade própria de

empresário sujeito ao registro, inclusive a sociedade por ações,

independentemente de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do

respectivo Estado;

• Sociedade limitada: neste caso a responsabilidade dos sócios é restrita ao

valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integração do

capital social;

• Sociedade por ações: é mais utilizada por grandes empreendimentos, por

conferir maior segurança aos seus acionistas, por meio de regras mais rígidas;

• Sociedade estrangeira: considera-se Sociedade Estrangeira a empresa

constituída e organizada em conformidade com a legislação do país de origem,

onde também mantém sua sede administrativa;

• Sociedades cooperativas: é definida com um número mínimo necessário de

sócios a compor a administração da sociedade, sem limitação de número

máximo. Existe ainda a limitação do valor da soma de quotas do capital social

que cada sócio poderá tomar;

• Associações: é uma entidade de direito privado, dotada de personalidade

jurídica e caracteriza-se pelo agrupamento de pessoas para a realização e

consecução de objetivos e idéias comuns, sem finalidade econômica, isto é, sem

interesse de lucros;

• Fundações: deve servir a fins de utilidade pública, tais como, morais,

religiosos, culturais, de assistência etc. Há ainda a necessidade de patrimônio

para a constituição da fundação.

Assim é possível afirmar que a forma jurídica define o modo como a empresa

será tratada perante a lei.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Neste tópico foram descritas as etapas dos procedimentos metodológicos

utilizados para a realização do estudo para viabilidade de um serviço de produção e

entrega de marmitas.

Para Roesch (2012, p.151), “o conhecimento da metodologia da pesquisa é

relevante não só parta desenvolver seu próprio projeto, mas também para ser capaz

de avaliar a pesquisa desenvolvida por outros”.

A pesquisa de mercado foi realizada na cidade de Governador Celso Ramos,

que segundo o IBGE, possui uma população de 13.012 habitantes (IBGE, 2010). A

amostra calculada no software Sample ficou estimada em 93 respondentes, com

índice de confiabilidade de 95% e margem de erro de 10%. O estudo compreendeu

o período de março a novembro de 2013.

Na primeira etapa foi utilizada a pesquisa bibliográfica que para Gil (2002,

p.88), é definida por ser uma pesquisa mais ampla, ela procura identificar o

conhecimento disponível sobre o assunto. A pesquisa é quase exclusivamente feita

com material disponível em bibliotecas. Para tal pesquisa, foram utilizados

principalmente livros, disponíveis na biblioteca da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, bem como artigos que podem ser encontrados em sites e em revistas

científicas.

Na segunda etapa do trabalho, houve uma coleta de dados primários, onde

foram elaborados questionários para obter informações necessárias para a

viabilidade do negócio diante dos potenciais clientes, fornecedores e concorrentes.

Para dar seguimento ao trabalho, foi utilizada a pesquisa documental, que

para Gil (2002, p. 88), é uma pesquisa que possui um fim em si mesma, possui

objetivos específicos que envolvem na maioria das vezes testes de hipóteses, ela

pode exigir que haja consulta nos mais diversos tipos de arquivos públicos e

particulares.

Depois de realizada a pesquisa documental foram elaboradas análises dos

questionários. Para tal, houve a tabulação dos dados, a mensuração de indicadores

de tendência central (média e mediana), e de dispersão (variação e desvio padrão).

Na sequência foram estruturados gráficos, figuras.

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Na outra etapa, foram desenvolvidos os planos operacionais, mercadológicos

e financeiros que compõem a estrutura do plano de negócio, a partir de modelos

adaptados da literatura. Nessa etapa foram apresentados indicadores de técnica,

mercadológica, financeira, estatística, através de gráficos e tabelas baseadas nos

dados obtidos na mesma. O plano operacional e os aspectos mercadológicos

utilizaram os resultados apurados após a análise dos dados primários.

O modelo de plano de negócio teve por base o proposto por Dornelas (2008),

utilizando também alguns tópicos e influencia de Dolabella (2008).

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4. TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS

O presente capítulo tem como principal objetivo apresentar os resultados

encontrados no desenvolvimento deste estudo, onde serão apresentadas as

pesquisas elaborados junto aos futuros clientes.

O plano de negócio será composto por capa, resumo executivo,

empreendedor, planejamento estratégico, plano de marketing, planejamento de

recursos humanos, planejamento operacional e de produção, planejamento

financeiro e aspectos jurídicos e legais.

A seguir será apresentado o plano de negócio:

July Alves de Souza Galveias – Sócia Administradora

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4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO

Este plano de negócio tem como objetivo apresentar os estudos e análises de

viabilidade de criação de uma empresa de produção e entrega de marmitas. Que

terá seu foco na produção de marmitas diferenciadas, um produto inovador, já que

diferencia das marmitas tradicionais.

A estrutura da empresa será bem equipada, de acordo com os padrões

modernos de racionalização.

A clientela alvo do Marmitex Juju será a população residente em Governador

Celso Ramos. As marmitas serão entregues através de uma distribuição no raio de

15km do local onde o Marmitex esta instalado de forma gratuita.

O município de Governador Celso Ramos foi escolhido por estar situado

estrategicamente próximo às cidades de Biguaçu, Tijucas, São José, cidades com

amplo potencial de mercado e próxima a BR 101.

A empresa Marmitex Juju pretende oferecer aos habitantes e turistas que

frequentam praias de Governador Celso Ramos, a comodidade de não precisar

cozinhar e receber a refeição quente e bem elaborada, sem perda de tempo, pois a

empresa oferecerá o serviço de delivey.

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR

Atualmente o Brasil representa um país com um papel cada vez mais

relevante na situação econômica internacional. Visto que o País vem se

desenvolvendo diante do mercado internacional nos últimos dez anos, mantendo

solidez em momento de crise global, como a redução das taxas de desemprego,

inflação controlada, avanço das classes C, D e E. (KLOTZ, 2012)

O faturamento da empresa alimentícia que em 2001 gerava em torno de

R$118 bilhões teve grande crescimento em 2010, chegando a R$331 bilhões. Em

uma década, o setor de alimentos foi responsável por um dos maiores superávits da

indústria brasileira, colaborando para o aumento de renda e de empregos “Segundo

dados da ultima pesquisa de orçamentos de 2010, 31,2% dos gastos com

alimentação foram feitos fora de casa. Nos EUA e na Europa esse percentual supera

50%”. (FOLHA DE SÃO PAULO, 2012)

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Esses dados fazem crer que a empresa de alimentos continuará crescendo,

gerando mais empregos e renda familiar, fazendo com que mais pessoas

necessitem de serviços de qualidade no ramo alimentício, sem precisar preparar

suas refeições contando com os serviços de entrega de marmitas nas residências ou

nas empresas para que as pessoas possam ter mais tempo para se dedicarem ao

lazer ou trabalho.

Para o empreendimento de fornecimento de refeições em marmitas, sobre o

qual foi realizado o plano de negócio, esta inserido em uma área, sendo essa área

dividida em cozinha, o depósito, sanitários, vestiário para funcionários, área de

escritório. Para tal estrutura, o empreendimento irá contar com um gerente, um

responsável pelas atividades administrativas, financeiras, de controle de estoque,

questões legais e de supervisão das regras de higiene, um cozinheiro responsável

pelo gerenciamento dos processos de produção, elaboração da refeição de acordo

com o cardápio, motoboys para entregar os pedidos e um ajudante geral:

responsável pela limpeza e organização do ambiente de trabalho.

4.3 EMPREENDEDOR

O novo empreendimento contará dois sócios, July Alves de Souza Galveias,

graduanda na área de administração na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,

além de possuir 5 anos de experiência no departamento de A&B, exercendo funções

que variaram em atendente de mesa a segunda Metre do Restaurante, responsável

pelos cafés da manhã e almoço e Paulo José Cordeiro Galveias com 10 anos de

experiência no departamento de A&B, sendo quatro desses como gerente de

restaurante.

4.4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA COM OS POTENCIAS

CLIENTES

Neste capítulo serão apresentados os dados obtidos em pesquisas realizadas

pela acadêmica com os futuros clientes.

A pesquisa foi realizada no mês de setembro de 2013, no município de

Governador Celso Ramos com pessoas físicas. A pesquisa teve caráter intencional,

ou seja, objetivava pesquisar pessoas que residem na cidade e que poderiam

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91

fornecer informações sobre a abertura de um novo negócio. Desse modo foram

aplicados 93 questionários, todos com perguntas fechadas. Após a aplicação do

instrumento de coleta, foi elaborado a análise dos resultados, apresentados na

sequência.

Tabela 1: Em qual bairro você reside?

Alternativas Quantidade Percentual

Calheiros 16 17

Canto dos Ganchos 25 27

Ganchos de Fora 20 22

Ganchos do meio 22 24

Outro 6 6

Palmas 4 4

TOTAL 93 100

Fonte: Dados Primários (2013)

Figura 5: Em qual bairro você reside?

Fonte: Dados primários (2013).

Observa-se na figura 5 que a expressiva maioria dos entrevistados reside no

bairro de Canto dos Ganchos, bairro este que esta localizado a 5Km do local onde o

Marmitex objetiva ser instalado, facilitando assim a entrega e a divulgação do novo

empreendimento. Logo em seguida estão os bairro de Ganchos do meio, local onde

o Marmitex objetiva se instalar e os demais bairros, todos a menos de 10km do

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92

Marmitex, o que terá como diferencial a entrega gratuita das marmitas em suas

residências.

Tabela 2: Sexo

Alternativas Quantidade Percentual

Feminino 61 66

Masculino 32 34

TOTAL 93 100

Fonte: Dados primários (2013)

Figura 6: Sexo

Fonte: Dados primários (2013)

Analisando o gráfico da figura 6, é possível constatar que mais da metade dos

entrevistados são do sexo feminino, visto que a região é uma comunidade pesqueira

e que os pescadores (Homens) vão para alto mar pescar e deixam suas esposas e

filhos em casa, essas por sua vez estão se inserindo no mercado de trabalho,

constatando-se assim a necessidade de uma alimentação para elas e seus filhos de

forma rápida e pratica.

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Tabela 3: estado Civil

Alternativas Quantidade Percentual

Casado 51 55

União Estável 04 04

Solteiro 38 41

TOTAL 93 100

Fonte: Dados primários (2013)

Figura 7: Estado civil

Fonte: Dados primários (2013)

De acordo com os dados apresentados no gráfico da figura 7, é possível

constatar que a maioria dos futuros clientes do Marmitex Juju são casados, o que

isso significa que também representam vários outros clientes, já que podem comprar

para si, para seus maridos ou esposas e filhos, o mesmo se aplica para união

estável que somou minoria. Solteiros estão presentes com pouco menos da metade,

visando que a grande maioria quando pede alimentação em casa muitas vezes

estão acompanhados de amigos ou de parceiros, também somam um publico

favorável para o empreendimento.

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Tabela 4: Faixa etária

Alternativas Quantidade Percentual

Até 18 anos 16 17

19 a 37 anos 29 32

38 a 56 anos 23 25

Acima de 57 anos 24 26

TOTAL 92 100 Fonte: Dados primários (2013) Figura 8: Faixa etária

Fonte: Dados Primários (2013)

A partir da apresentação do gráfico da figura 8, percebe-se que a maioria dos

entrevistados caracterizam-se como um público adulto, em destaque está a faixa

etária de 19 a 37 anos, seguindo de percentuais semelhante entre as pessoas de 38

a 56 anos e acima de 57 anos, seguidos pela minoria representada por menores de

18 anos. Dessa forma, como visto nos gráfico 2 onde a grande maioria é do sexo

feminino e no gráfico 3 onde a grande maioria é casado, soma pontos positivos a

abertura do novo empreendimento, pois a maioria responde por seus atos, pode

comprar para si e para seus familiares e são mulheres, que em sua maioria

trabalham fora de casa e precisam de uma alimentação de qualidade para elas e

sua família.

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Tabela 5: Renda familiar mensal

Alternativas Quantidade Percentual

1 a 2 salários mínimos 33 35

3 a 5 salários mínimos 50 54

6 a 8 salários mínimos 5 5

Acima de 8 salários mínimos

5 5

TOTAL 93 100 Fonte: Dados primários (2013) Figura 9: Renda familiar mensal

Fonte: Dados primários (2013).

Pode-se analisar segundo a apresentação do gráfico da figura 9 que a

expressiva maioria dos entrevistados estão enquadrados nas classes B e C os que

somam de 1 a 5 salários mínimos, assim é possível concluir que a expressiva

maioria trabalha e não dispõem de tempo hábil para o preparo de sua alimentação.

Esse quesito pode garantir a necessidade de uma alimentação terceirizada, de

qualidade e entregue há horas, pois estas possuem renda para a compra de

marmitas e poderão solicitar o serviço.

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Tabela 6: Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta

para casa)?

Alternativas Quantidade Percentual

Sim 60 65

Não 33 35

TOTAL 93 100 Fonte: Dados Primários (2013) Figura 10: Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta

para casa)?

Fonte: Dados Primários (2013)

É posivel verificar por meio do gráfico da figura 10 que uma maioria

significativa costuma almoçar ou jantar em restaurante ou levar refeições para comer

em casa, dessa forma constata-se que os moradores de Governador Celso Ramos

possuem o hábito de consumir alimentos que são preparados por terceiros, neste

caso podem vir a consumir os alimentos produzidos pelo Marmitex.

Tabela 7: Caso positivo, com que regularidade?

Alternativas Quantidade Percentual

1 vez por semana 45 67

2 a 3 vezes por semana 14 21

4 ou mais vezes por semana

8 12

TOTAL 67 100 Fonte: Dados primários (2013)

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Figura 11: Caso positivo, com que regularidade?

Fonte: Dados primários (2013)

No gráfico da figura 11 é possível analizar com que frequências as pessoas

custumam almoçar em resaturantes ou levar refeições prontas para casa, sendo que

das 93 pessoas entrevistadas 67 possuem este hábito e a maioria costuma

frequentar esses estabelecimentos pelo menos 1 vez por semana. Assim é possível

constatar que temclientes assíduos desse segmento de mercado.

Tabela 8: Qual (is) restaurante(s) você frequenta?

Alternativas Quantidade Percentual

Claudir Restaurante e Lanchonete

13 14

Dona Zé Restaurante e Lanchonete

4 4

Marmita da Lena 7 7

Nenhum 17 18

Outro: 24 25

Restaurante Bombordo 2 2

Restaurante Edu 29 30

TOTAL 96 100 Fonte: Dados primários (2013)

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Figura 12: Qual (is) restaurante(s) você frequenta?

Fonte: Dados primários (2013)

No gráfico da figura 12 é monstrado em que restaurante as pessoas

costumam fazer suas refeições com maior ferquência. Foram pesquisadas as

empresas que fornecem alimento para a pessoa levar para casa. Em primeiro lugar

destacou-se o Restaurante Edu localizado no bairro de Ganchos de Fora logo após

vieram outros restaurantes sendo esses o Restaurante Arcoiris e o Restaurante

Raizes localizados respectivamente no bairro de Palmas. O Claudir Restaurante e

Lanchonete também atingiu um número considerável de clientes, portanto estes

restaurantes serão os mais considerados para a análise da concorrência direta da

empresa Marmitex Juju.

Tabela 9: Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você

frequenta?

Alternativas Quantidade Percentual

Atendimento 12 15

Forma de pagamento 1 1

Localização (proximidade) 21 26

Outro 3 4

Preço 9 11

Qualidade dos produtos 35 43

TOTAL 81 100 Fonte: Dados primários (2013)

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Figura 13: Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você

frequenta?

Fonte: Dados primários (2013)

Para a escolha dos estabelecimentos citados no gráfico na figura 13 pelos

intrevistados, o maior fator que determina a escolha dos mesmos em frequentá-los é

em primeiro lugar a qualidade dos produtos oferecidos seguidos pela localização do

estabelecimento e pelo atendimento. Sendo assim, é possivel através desta

pesquisa criar os diferencias para o Marmitex Juju, sendo que um dos fatores mais

imprtantes já definidos pela administradora é o quisito qualidade dos produtos. Com

relação a localização, as marmitas serão entregues no local solicitado pelo cliente.

Para o atendimento e produção das marmitas os funcionários receberão

treinamentos constantes para melhor satisfazer as necessidades dos clientes.

Tabela 10: Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta?

Alternativas Quantidade Percentual

Ave 20 16

Carne bovina 36 30

Carne suína 4 3

Frutos do mar 38 31

Massa 21 17

Saladas e legumes 3 2

TOTAL 122 100 Fonte: Dados primários (2013)

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Figura 14: Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta?

Fonte: Dados primários (2013)

No grafico na figura 14, aborda-se a questão dos alimentos preferênciais da

população para que através dos dados obtidos seja possível montar o cardápio.

Sendo assim, constatou-se através da pesquisa que a maioria dos entrevistados tem

preferência por frutos do mar, seguido de carne bovina, com destaque também para

massa e ave. Dessa forma o Marmitex Juju elaborou um cardápio bem variado

contenda a maioria dos intens citados na pesquisa para agradar os clientes, tendo

claro mais opções de carne e frutos do mar durante a semana.

Tabela 11: Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas

na cidade de Governador Celso Ramos?

Alternativas Quantidade Percentual

sim 58 61

não 37 39

TOTAL 95 100 Fonte: Dados primários (2013)

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Figura 15: Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas

na cidade de Governador Celso Ramos?

Fonte: Dados primários (2013)

Constatou-se no gráfico na figura 15, por meio da pesquisa de mercado, que

a maioria dos entrevistados possui interesse no serviço de entregas de marmitas,

sendo este um ponto positivo para a aberturo do negócio.

Tabela 12: Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita?

Alternativas Quantidade Percentual

Até R$ 12 31 52

De R$15 a R$ 20 27 45

De 20 a R$ 30 2 3

TOTAL 60 100 Fonte: Dados primários (2013)

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Figura 16: Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita?

Fonte: Dados primários (2013)

Por meio da análise do gráfico da figura 16, é possível definir que os

entrevistados que possuem interesse no serviço de marmitas estão dispostos a

pagar em sua maioria R$12,00 por marmita, porém também encontra-se um número

considerável de entrevistados dispostos a pagar de R$15,00 a R$20,00. Esta

pesquisa ajudará a definir o preço de marmitas de acordo com a percepção dos

clientes, levando em consideração também o levantamento dos custos.

Tabela 13: Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de

marmitas?

Alternativas Quantidade Percentual

Agilidade na entrega 15 14

Atendimento personalizado 4 4

Diversidade de alimentos 7 6

Organização dos alimentos na marmita

34 31

Outro 2 2

Qualidade dos produtos 48 44

TOTAL 110 100 Fonte: Dados primários (2013)

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Figura 17: Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de

marmitas?

Fonte: Dados primários (2013)

É possível analisar no gráfico na figura 17, qual o diferencial essencial para se

ter nas marmitas oferecidas pelo Marmitex Juju. Nele é possível constatar que o

grande diferencial para o cliente residente da cidade de Governador Celso ramos é

a qualidade dos produtos. Avaliou-se também que a importância da organização dos

alimentos na marmita também é importante. De posse destas informações o

Marmitex trabalhará com embalagens com divisórias para separar os alimentos.

Ocorreu um pequeno percentual referente a agilidade dos procedimentos,

atendimento personalizado, respectivamente. Outro aspecto, no caso específico foi

a higiene no preparo dos alimentos. A empresa então deve dar uma atenção

especial a esses fatores quando iniciar suas atividades.

4.5 FUNDAMENTOS ESTRATÉGICOS

Para Dornelas (2008, p. 142-143), a análise estratégica da organização deve

incluir um misto de racionalidades e subjetividades, que podem ser de grande ajuda

para o empreendedor conseguir entender melhor a situação atual na qual seu

negócio se encontra e quais são as melhores alternativas para os objetivos e metas

a serem estipulados.

Sendo assim, esta parte é essencial para o desenvolvimento do negócio, visto

que sua sobrevivência irá depender das estratégias estudadas e aplicadas pelo

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empreendedor. Portanto o planejamento estratégico tem como objetivo criar

vantagem competitiva.

Nesta etapa do trabalho será apresentado a missão, visão, os objetivos e

metas, para além de estratégias e análise do ambiente externo e interno, as

oportunidades e ameaças.

4.4.1 Missão

O Marmitex Juju tem como missão proporcionar uma alimentação a domicilio

com alto padrão de qualidade para pessoas que sabem apreciar uma boa

gastronomia.

4.5.2 Visão

Ser líder na venda de marmitas, oferecendo os melhores produtos do

mercado de forma a ampliar e consolidar o consumo contínuo na região.

4.5.3 Objetivos

O objetivo é o alvo ou estado futuro que a empresa pretende atingir. Portando

os objetivos da Marmitex Juju são:

• Destacar-se no mercado de alimentos.

• Sempre oferecer produtos e serviços de qualidade

• Conquistar e fidelizar clientes.

• Obter o retorno financeiro necessário para se manter competitiva e

sustentável no mercado.

4.5.4 Metas

As metas correspondem ao itinerário básico para a empresa chegar ao

destino desejado. Portanto as metas da empresa São:

• Buscar produtos de qualidade.

• Treinar e desenvolver os colaboradores por meio de cursos de capacitação.

• Manter o ambiente limpo e produtivo

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• Fornecer os equipamentos e maquinários necessários aos colaboradores.

• Conquistar um número de clientes que mantenham a empresa competitiva e

ativa no mercado de marmitas,

• Oferecer produtos e serviços que possam satisfazer as necessidades dos

clientes.

• Cumprir com os horário e prazos de entrega dos produtos aos clientes.

• Controlar os custos fixos, variáveis, fluxo de caixa, a projeção de receitas e

despesas, bem como analisar os investimentos a partir do VPL, TIR e Payback.

• Controlar o estoque e a compra de materiais.

• Vender marmitas suficientes para manter a empresa lucrativa e

financeiramente saudável no mercado.

4.5.5 Estratégias

Neste tópico serão definidas as estratégias que serão utilizadas na empresa

para alcançar seus objetivos e metas ditadas a seguir:

• Promover politica de qualidade para os produtos e serviços que serão

oferecidos.

• Medir o grau de satisfação de seus clientes.

• Elaborar um planejamento adequado às necessidades da empresa

• Gerenciar e controlas a administração de materiais.

4.5.6 Análise do Ambiente Externo

A análise do ambiente externo consiste no estudo da empresa e seu

ambiente, objetivando identificar as oportunidades e ameaças. Os fatores externos

quando bem explorados podem gerar vantagem competitiva e podem ser de base

para a construção da ambiente interno.

4.5.6.1 Análise dos fornecedores

Consiste em uma análise das empresas e indivíduos que fornecem recursos

ou insumos para o negócio, este por sua vez, precisa estabelecer uma política de

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compra eficiente com seus fornecedores para que os resultados finais dessa

negociação seja favorável para ambas as partes.

Nesta etapa é importante analisar todos os possíveis fornecedores do

negócio, tais como fornecedores de máquinas e equipamentos, móveis, utensílios,

insumos e matéria prima. Sendo essencial obter informações sobre forma de

pagamento, tempo e custo de entrega, distância física, qualidade dos produtos,

capacidade dos fornecimentos.

Umas das etapas para que o negócio possa ser bem sucedido é definir quem

serão seus fornecedores, considerando sempre que um fornecedor possua mais de

um item ou insumo para fornecer.

Os principais fornecedores do Marmitex Juju foram escolhidos pela

acadêmica, visando o tempo de atuação na área da mesma e seus conhecimentos

acerca dos produtos necessários para o bom funcionamento de um estabelecimento

fornecedor de alimentos.

Para a escolha dos fornecedores foi feito um longo estudo e orçamentos com

variadas empresas, até que fosse possível obter o melhor custo benefício.

4.5.6.2 Análise dos concorrentes

Segundo a pesquisa realizada com os clientes, o Marmitex Juju possui como

maior concorrente o Restaurante Edu Localizado no bairro de Ganchos de Fora e

outros restaurantes da região como, o Arco Iris e o Raízes localizados no bairro de

Palmas. O porte das empresas é relativo, tendo empresas com mais de 10 anos de

mercado e outras com menos de 2 anos.

Todos os restaurante pesquisados trabalham com o serviço a la carte e

servem marmitas a seus clientes, alguns levam até a residência, e outros, o cliente

precisa ir até o local para retirar sua marmita. O preço médio desse serviço varia

entre R$12,00 a R$20,00, o mesmo que deverá ser praticado pelo Marmitex Juju.

4.5.6.3 Oportunidades e ameaças

As oportunidades e ameaças que poderão surgir do ambiente externo e

afetar o Marmitex Juju são apresentadas através do quadro 12.

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Quadro 12: Oportunidades e Ameaças do Marmitex Juju

Variável macro

ambiental

Oportunidades

Ambiental Redução da poluição e preservação do meio ambiente que

acarreta em ações de combate a poluição e destruição do

meio ambiente, fazendo com que as pessoas exijam melhor

utilização dos recursos naturais, a separação e reciclagem do

lixo, que será feio pela empresa.

Cultural A busca constante pela informação, pelo conhecimento,

tornando a população mais bem informada e culta, exigindo

sempre qualificação dos funcionários, portanto o marmitex

manterá seus funcionários bem informados as tendências

gastronômicas, oferecendo-lhes cursos e treinamento, para

que possam obter crescimento pessoal e profissional através

do conhecimento.

Demográfica Aumento da população de Governador Celso Ramos, o que

incentiva o crescimento do setor de alimentação. Aumento do

poder aquisitivo de compras da população, proporcionando

oportunidades de novos negócios e a procura por produtos

alimentícios de qualidade.

Econômica Aumento do poder aquisitivo da população de Governador

Celso Ramos, assim como o aumento de consumo em

restaurantes e similares.

Legal Registro no super simples nacional, redução da burocracia e

da tributação, sendo estes únicos e específicos, acarretando

na facilidade de abertura de novos negócios.

Politico Incentivo do governo ao crédito, crescimento da demanda.

Aparecimento de novas residências, novos comércios e

novas indústrias.

Social Procura da sociedade por empresas responsavelmente

sociais, criação de projeto para beneficio da sociedade.

Empresas responsáveis nas questões sociais passam uma

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imagem positiva a sociedade

Tecnológica Avanço das maquinas e equipamentos, proporcionando mais

agilidade na produção, distribuição e gerenciamento do

negócio. Facilidade no acesso a informação.

Variável macro

ambiental

Ameaças

Ambiental Aumento da poluição, uso indevido dos recursos naturais,

efeito estufa, aumento de desastres e fenômenos

extratropicais, escassez de recursos naturais – matéria prima.

Demográfica Aumento descontrolado da população, aumento de

desemprego, falta de estrutura e condições dignas de vida,

profissionais mal qualificados e despreparados.

Econômica Crescimento da economia sem o devido controle, juros e

taxas altas, inflação em alta.

Legal Leis trabalhistas, aumento da tributação, mudança

constantes nas leis trabalhistas, redução no numero de

empresa, aumento dos impostos.

Tecnológica Evolução constante da tecnologia, inovações de produtos a

todo o momento, maior produtividade e agilidade nos

serviços, preço alto da tecnologia, não conseguir

acompanhar o desenvolvimento tecnológico.

Fonte: SEBRAE (2010)

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4.5.7 Análise do ambiente interno

A analise do ambiente interno consiste em verificar os pontos fortes e fracos

da empresa Polizei (2008, p. 22) ressalta que são os “influenciadores mais próximos

da empresa/conceito e dos impactos mais imediatos no plano de marketing”. Dessa

forma o empreendedor precisa ter a capacidade de identificar os pontos que cercam

seu investimento os pontos fracos e fortes do Marmitex Juju serão expostos através

do quadro 13 apresentado a seguir:

Quadro 13:Pontos fracos e pontos fortes do Marmitex Juju

Pontos Fortes Justificativa

Localização O Marmitex Juju será localizado em Governador Celso

Ramos, cidade litorânea que fica a 50Km da capital

Florianópolis e que recebe turistas durante todo o verão.

Entrega no local

solicitado

Para melhor atender o cliente, o Marmitex disponibilizará de 1

carro e uma moto para entregar as marmitas de forma

gratuita em um raio de 15km do estabelecimento, entrega

esta que não é feita pela maioria dos concorrentes.

Qualidade das marmitas As marmitas serão preparadas com matéria-prima de alta

qualidade e por profissionais qualificados, o que

consequentemente acarretará na qualidade do produto final.

Variedade dos

Cardápios

Os cardápios serão variados a cada dia, além de possuir o

serviço de entrega de lanches e porções na parte da noite,

com o objetivo de atender as faixas etárias e os gostos

variados pesquisados.

Personalização das

marmitas

As marmitas poderão ser personalizadas de acordo com o

gosto do cliente, visto que será preparado um mise en place

Pontos Fracos Justificativas

Tempo de atuação no

mercado

Os concorrentes diretos e indiretos já possuem uma carteira

de clientes no mercado

Negociação com É necessário ter tempo de mercado para conseguir boas

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110

fornecedores negociações com fornecedores e ser reconhecido no meio

Pouca visibilidade O reconhecimento de clientes e fornecedores é reconhecido

com o tempo de mercado, desta forma a visibilidade da

empresa é menor do que a de seus concorrentes que já são

atuantes a pelo menos 2 anos.

Alto investimento inicial Para a abertura do Marmitex o investimento inicial é alto, pois

exige a compra de veículos, máquinas, móveis,

equipamentos e insumos.

Iniciação de uma marca Há dificuldade na inserção de uma nova marca no mercado,

visto que a concorrência já o domina.

Conquistar e fidelizar

clientes

Conquistar e fidelizar clientes é difícil para uma empresa e

requer muito estudo, sendo esta mais difícil para o Marmitex

que está se inserindo no mercado. Desta forma a empresa

necessitará criar diferencias que a tornem conhecida.

Fonte: Dados primários (2013)

4.6 PLANO DE MARKETING

Dolabela (2008, p. 138) argumenta que “o plano de marketing é constituído

pela análise de mercado voltada para o conhecimento de clientes, concorrentes,

fornecedores e ambiente que a empresa vai realmente atuar”. No plano de marketing

da empresa Marmitex Juju serão fornecidas informações sobre a análise de mercado

e as estratégias de marketing com o intuito de orientar o processo decisório de

marketing identificando as oportunidades de negócios para a empresa.

Tais informações serão apresentadas na sequência.

4.6.2 Estratégia de marketing

A estratégia de marketing possibilitará ao Marmitex Juju buscar os meios para

a empresa atingir seus objetivos, pois acredita-se que esta é a maneira de avaliar

como posicionar o produto no mercado, impor a política de preço, quais promoções

serão utilizadas e ainda quais os canais de venda serão utilizados, como chegar no

cliente.

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111

4.6.2.1 Produto

O cardápio do Marmitex terá uma variedade consideravelmente satisfatória

para atender seu público. As marmitas irão possuir cardápios fixos diários com

opção ao cliente em personalizar seu pedido de acordo com seu gosto, podendo

escolher o preparo da sugestão do dia, optando por seu preparo grelhado, assado

ou frito.

Além disso, a micro empresária pretende manter uma rotatividade nos

cardápios da marmita, levando em consideração a sazonalidade, para obter sempre

produtos frescos de cada época do ano e também o aumento considerável que a

cidade recebe de turistas para frequentar suas belas praias. Segundo Cobra (1998,

p. 28). Um produto deve possuir alguns requisitos para ser considerado “certo” ao

consumo, tais como, a qualidade e padronização, ou seja, a apresentação física do

produto, sua embalagem, marca e serviço.

Desta forma as marmitas contarão com pelo menos 8 variedade de comidas a

escolha do cliente, além de possuir também no estabelecimento para venda

refrigerantes, água mineral, cervejas, vinhos e espumantes.

Os alimentos que serão servidos serão de alta qualidade dando sempre

preferência a produtos frescos e descongelados. Além disso, os fornecedores serão

escolhidos de forma criteriosa para que a micro empresa possa atingir sua meta de

qualidade.

Segue o cardápio proposto para o Marmitex Juju:

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112

Quadro 14: Cardápio do Marmitex Juju

Domingo Segunda

- Feira Terça - Feira

Quarta - Feira

Quinta - Feira

Sexta - Feira

Sábado

Saladas

Salada de folhas, nozes e molho de cebola assada caramelizada

Salda com figo pera e rúcula

Salada de camarão com melão

Salada de batatas e Aspargos

Salada de grão de bico com cenoura e salsinha

Salada portuguesa

Salada de brócolis com cenoura e rabanetes

Prato principal

Bife ao molho de mostarda

Frango assado com ervas

Guisado de carne com alecrim

Salmão grelhado

Carne acebolada

Bacalhau assado com batatas e tomate

Camarões grelhados ao alho e óleo

Acompanhamentos

Arroz Arroz Arroz Arroz Arroz Arroz Arroz

Feijão Feijão Feijão Feijão Feijão Feijão Feijão

Batata frita ou soute

Nhoque de ricota e espinafre

Purê cremoso de batatas

Arroz integral com manjericão

Espaguete ao molho pesto

Batatas ao murro

Risoto de camarão

Sobremesa

Pavê de brigadeiro

Melão com mel e hortelã

Mousse de chocolate

Parfait de manga com iogurte

abacaxi com raspas de limão

Pudim de leite

Torta de limão

Fonte: Dados primários (2013)

No que diz respeito ao serviço prestado pelo Marmitex Juju os funcionários

terão treinamento de como se portar diante do cliente quando o pedido for realizado

no balcão de atendimento e de como receber bem o cliente também ao telefone, de

forma educada e cortes.

4.6.2.2 Preço

O preço da venda dos produtos será de acordo com o praticado pelos

concorrentes que atualmente estão entre R$15,00 e R$28,00. Também vai depender

do valor dos insumos, visto que a micro empresa quer trabalhar com os melhores

produtos possíveis de encontrar com seus fornecedores, para que a qualidade

possa ser mantida aos seus clientes.

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Sendo assim o preço poderá ser aumentado de acordo com o aumento dos

produtos e com a personalização de cada marmita a seus clientes. Para melhor

definir o preço, foi elaborado uma planilha de análise dos menus, apresentada a

seguir:

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Tabela 14: Análise da primeira semana do Marmitex Juju.

Análise de Menu a Primeira Semana

# Venda Custo Preço

Preço Lucro

Custo Custo em R$

Venda em R$

Lucro

Venda Item Item em R$

Venda em R$

Venda em R$

Real em R$

Item Venda Total sem

impostos

do

ITEM DE MENU % Item Sem imposto

% Totais Impostos

Produto

ICMS ENTRADAS

Sld Domingo - Folhas, Nozes e Molho de Cebola

20 2,99% 2,84 6,38 5,46 2,62 52,00% 56,75 109,13 52,38

Sld 2ªf - Figo, Pêra e Rúcula

20 2,99% 2,37 5,34 4,56 2,19 52,00% 47,47 91,30 43,82

Sld 3ªf - Camarão com Melão

20 2,99% 2,66 5,98 5,11 2,45 52,00% 53,19 102,29 49,10

Sld 4ªf - Batatas e Aspargos

20 2,99% 1,92 4,32 3,69 1,77 52,00% 38,37 73,78 35,41

Sld 5ªf - Grão de Bico com Cenoura e Salsinha

20 2,99% 1,41 3,17 2,71 1,30 52,00% 28,14 54,12 25,98

Sld 6ªf - Portuguesa 20 2,99% 2,71 6,09 5,21 2,50 52,00% 54,16 104,16 50,00 Sld Sábado - Brocolis com

Cenoura e Rabanetes 20 2,99% 1,48 3,33 2,84 1,37 52,00% 29,58 56,89 27,31

Salada Mista Simples 40 5,97% 1,80 4,06 3,47 1,67 52,00% 72,16 138,77 66,61

PRATOS PRINCIPAIS

PP Domingo - Bife, Molho Mostarda

20 2,99% 4,95 11,13 9,94 4,99 49,78% 98,93 198,74 99,81

PP 2ªf - Frango Assado 20 2,99% 1,72 3,86 3,45 1,73 49,78% 34,30 68,91 34,61

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com Ervas PP 3ªf - Guisado de Carne

com Alecrim 20 2,99% 3,36 7,56 6,75 3,39 49,78% 67,18 134,96 67,78

PP 4ªf - Salmão Grelhado 20 2,99% 2,72 6,13 5,47 2,75 49,78% 54,46 109,40 54,94 PP 5ª - Carne Acebolada 20 2,99% 3,08 6,93 6,18 3,11 49,78% 61,57 123,69 62,12 PP 6ªf - Bacalhau Assado

com Batatas e Tomate 20 2,99% 5,13 11,55 10,31 5,18 49,78% 102,66 206,24 103,58

PP Sábado - Camarões Grelhados ao Alho e Óleo

20 2,99% 6,86 15,42 13,77 6,92 49,78% 137,11 275,44 138,33

Contra Filé Grelhado 10 1,49% 4,06 9,14 8,16 4,10 49,78% 40,63 81,61 40,99 Alcatra Grelhada 8 1,19% 3,50 7,88 7,03 3,53 49,78% 28,00 56,25 28,25 Peixe Branco Filé

Empanhado 6 0,90% 4,61 10,38 9,27 4,65 49,78% 27,68 55,60 27,92

Peixe Branco Filé Grelhado 6 0,90% 4,75 10,69 9,54 4,79 49,78% 28,50 57,25 28,75

ACOMPANHAMENTOS

Domingo - Batata Frita ou Sauté

20 2,99% 0,16 3,00 2,68 2,52 5,89% 3,16 53,57 50,41

2ªf - Nhoque Ricota e Espinafre

20 2,99% 2,60 5,86 5,23 2,63 49,78% 52,08 104,62 52,54

3ªf - Pure Cremoso de Batatas

20 2,99% 0,56 2,00 1,79 1,22 31,42% 11,22 35,71 24,49

4ªf - Arroz Integral com Mangericão

20 2,99% 0,37 1,50 1,34 0,97 27,75% 7,43 26,79 19,35

5ªf - Spaguetti ao Molho Pesto

20 2,99% 4,48 10,08 9,00 4,52 49,78% 89,63 180,05 90,43

6ªf - Batatas ao Murro 20 2,99% 0,31 3,00 2,68 2,37 11,63% 6,23 53,57 47,34 Sábado - Risotto de

Camarão 20 2,99% 3,18 7,16 6,40 3,21 49,78% 63,68 127,93 64,25

Tradicional Feijão Preto 20 2,99% 0,33 1,50 1,34 1,01 24,57% 6,58 26,79 20,21 Tradicional Arroz Branco 20 2,99% 0,17 1,50 1,34 1,17 12,47% 3,34 26,79 23,45

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SOBREMESAS

Domingo - Pavé de Brigadeiro

20 2,99% 1,32 2,97 2,65 1,33 49,78% 26,40 53,04 26,64

2ªf - Melão com Mel e Hortelã

20 2,99% 1,28 2,88 2,57 1,29 49,78% 25,56 51,34 25,78

3ªf - Mousse de Chocolate 20 2,99% 1,01 2,27 2,02 1,02 49,78% 20,16 40,50 20,34 4ªf - Parfait de Manga e

Yogurte 20 2,99% 0,59 1,32 1,18 0,59 49,78% 11,71 23,52 11,81

5ªf - Abacaxi com Raspas de Limão

20 2,99% 0,58 1,32 1,17 0,59 49,78% 11,69 23,49 11,80

6ªf - Pudim de Leite 20 2,99% 0,48 1,08 0,96 0,48 49,78% 9,60 19,29 9,69 Sábado - Torta de Limão 20 2,99% 0,44 0,98 0,88 0,44 49,78% 8,73 17,53 8,80

TOTAL DE ITENS

VENDIDOS 670 100% 1418,02 2963,05 1545,02

Fonte: Dados Primários 2013

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Através desta tabela será possível controlar o real custo e lucratividade dos

produtos, atendendo a impostos em vigor e atualizações pertinentes de preço.

Os dados apresentados neste quadro revelam as intenções de venda em um

espaço temporal de 7 dias, atendendo aos resultados da pesquisa de mercado.

O Custo de Matérias Primas para esta previsão inicial de vendas é de R$

3.498,66, sendo bom de salientar um aumento de 20% a este valor para cobrir

desperdícios gastronômicos (matéria prima não conforme e desperdícios de ficha

técnica).

Segundo o estudo de mercado é necessário apresentar um cardápio

diferente diariamente, no entanto sempre estará disponível uma opção de peixe

branco, frito ou grelhado e uma opção de contra filé e alcatra grelhado ou frito.

Marmitex tem plena consciência de que é através dos preços praticados

pela micro empresa que será criar demanda para o produto, segmentar o

mercado e definir sua lucratividade, sempre levando em conta porém o valor que

o cliente vê no produto e não o preço que a empresa acha que ele deva ter.

4.6.2.3 Praça

Os canais de distribuição envolvem diferentes maneiras que a empresa

possui para levar o produto até o consumidor, sendo esses em distribuições

físicas ou em serviços ao cliente. (DORNELAS, 2008, p. 140)

Desta forma o Marmitex irá contar com uma localização de boa visibilidade,

no centro da cidade de Governador Celso Ramos, para melhor acesso caso o

cliente prefira fazer seu pedido direto no balcão de atendimento e também contará

com 1 linhas telefônica para fazer o pedido direto com um de nossos atendentes

sem preocupar em se locomover até o local.

Além disso, o marmitex irá contar inicialmente com 1 motoboy equipado

com uma caixa de moto térmica para transportar o produto em forma de delivery,

sendo este gratuito em um raio de 10Km.

Cabe ainda relatar aqui a importância da interação do consumidor com os

produtos do marmitex, para que esses possam atender suas necessidades de

acordo com os padrões de exigência pré-definidos pelos mesmos.

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4.6.2.4 Promoção

O marmitex focará sua divulgação na distribuição de panfletos nos locais

mais movimentados da cidade, de forma a atrair futuros cliente potenciais. O

Marmitex também contará algumas promoções para divulgar ainda mais os

produtos, mencionadas a seguir:

• Cliente fiel: o cliente que solicitar pelo menos 4 marmitas por semana terá a

sua quinta marmita como cortesia.

• Cliente local: o cliente que vir pegar seu marmitex direto no ponto de venda

terá direito a 5% de desconto no pagamento a vista.

• Cliente máster: o cliente que solicitar mais vezes por mês o serviço de

marmitas terá direito no próximo mês a 2 marmitas no jantar para 2 pessoas

acompanhada de um espumante.

A divulgação destas promoções será dado no portal do GCR, site visto pela

maioria da população para obter informações sobre empresas locais, através de

emissoras de rádio e de carro de som. Lembrando aqui que o importante não é

apenas fazer com que o cliente conheça nossos produtos e sim mantê-los fiéis ao

Marmitex Juju.

4.7 PLANO DE RECUSRSOS HUMANOS

O plano de recursos humanos é formado por ações, politicas,

programas, atividades e sistemas que visam alcançar as estratégias

organizacionais e as necessidades das pessoas.

No plano de recursos humanos do Marmitex Juju, constam a maneira como

os colaboradores serão recrutados e selecionados, as normas da empresa e a

definição de cargos e salários.

4.7.1 Recrutamento e seleção

O processo de recrutamento e seleção do Marmitex Juju será feito em duas

etapas.

Etapa 1: serão anunciadas as vagas em locais como: o quadro de vagas de

emprego na prefeitura municipal de Governador Celso Ramos, em jornais locais,

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em mercados da região, sendo que será especificado o cargo e o tipo de

experiência necessária para as vagas em questão.

Etapa 2: O processo seletivo ocorrerá em uma semana pré-estabelecida,

no qual os entrevistados serão avaliados de acordo com o seu currículo, o teste

psicotécnico e pelo resultado da entrevista feita pela administradora, que possui

conhecimentos nestes processos, já que é graduanda em administração de

empresas, tendo cursado disciplinas de recursos humanos.

O quadro funcional do Marmitex Juju será composto por:

• Dois Administradores com experiência mínima de 4 anos em

estabelecimentos similares – Função/Tarefas: Responsável pela administração

do negócio; gerenciar serviços, processos de compras, gestão de pessoas,

gestão de vendas, gestão de marketing, gestão da produção e controle

financeiro, além de lidar com clientes.

• Um atendente com experiência mínima de 2 anos em estabeleciemtos

similares.

• Um 1º Cozinheiro com experiência mínima de 4 anos em estabelecimentos

similares – Funções/Tarefas: Executar receitas mediante ficha técnica; gestão

de estoques, com planejamento de necessidades de insumos mensais;

cumprimento de normas de higiene e segurança alimentar; assegurar o bom

funcionamento da cozinha, promovendo engajamento e união da equipe;

capacitar e desenvolver a equipe em quesitos técnicos.

• Dois ajudantes de cozinha com ou sem experiência – Funções/Tarefas:

Limpeza e organização do espaço físico da cozinha, assim como lavação de

loiças e utensílios; preparação de hortifrúti a ser utilizado na execução das

sugestões gastronômicas.

• Um entregador/transportador de mercadorias com Carteira Nacional de

Habilitação há no mínimo 6 anos e com registro limpo – Funções/Tarefas:

Utilização de veiculo da empresa para compra de insumos necessários ao

funcionamento da cozinha; Utilização de veiculo da empresa para entrega de

marmitas no município de Governador Celso Ramos.

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4.7.2 Plano de capacitação e desenvolvimento

Todos os colaboradores receberão aquando a assinatura de contrato, o

manual da empresa com as normas de funcionamento e objetivos, assim como

seu descritivo de funções. Apresentados a seguir:

Objetivo deste Manual:

Este manual tem como objetivo fornecer todas as informações básicas

necessárias para que cada um dos colaboradores possa:

1. Saber o que tem que fazer;

2. Saber o quão bem se está fazendo;

3. Ter autoridade para tomar decisões quando necessário;

Apresentação Pessoal Padrão

Todos os colaboradores do Marmitex Juju que trabalham em contato com o

público devem obedecer a certas normas condizentes com a atividade que

desenvolvem.

Uniformes: Os uniformes dos colaboradores devem ser adequados ao

clima da região, à idade e ao sexo do profissional, sempre em harmonia com a

decoração do ambiente. Precisam se apresentar constantemente higienizados e

sempre com o mesmo modelo.

Estes são de responsabilidade de cada funcionário que deveram ter 02

mudas de uniforme no inverno e 03 no verão. Todo novo funcionário receberá um

tênis da marca All Star que deverá ser utilizado todos os dias de trabalho, como

parte do uniforme, caso necessite a troca, o funcionário deve providenciá-la da

mesma cor e mesma marca.

Postura: Ao entrar em qualquer ambiente do Marmitex, o primeiro contato

travado pelo cliente é com o colaborador; por isso, faz-se necessário que seus

componentes se mantenham numa postura correta, eretos mas à vontade,

demonstrando hábitos e gestos adequados e evitando agrupamentos e conversas

em voz alta.

Hábitos e maneiras: O profissional precisa cultivar hábitos e maneiras

convenientes, tais como: não comer, beber ou fumar enquanto trabalha, estar

sempre alerta para bem atender os clientes, manter-se bem humorado e ter bom

equilíbrio emocional.

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Cabelo e rosto: O cabelo deve estar sempre curto, limpo e penteado. O

rosto sempre limpo e bem barbeado. As profissionais femininas devem manter o

cabelo preferencialmente curto, ou preso quando comprido. Além disso, convém

por norma que as profissionais usem rede de proteção de cabelos e/ou gel fixador

de cabelos proporcionando uma melhor apresentação ao colaborador.

Perfumes e jóias: Os profissionais que trabalham com alimentos devem

usar perfumes de fragrância discreta, uma vez que manipulam mercadorias

portadoras de aromas naturais característicos, o que não permite que outros

odores venham a se sobrepor a estes. Quanto às jóias convém evitá-las;

normalmente, o uso de uniformes já pressupõe a supressão do excesso de jóias e

adereços. São permitidos apenas aliança e relógio e, no caso de profissionais

femininas, brincos discretos.

Mãos e unhas: As mãos devem ser lavadas com a maior frequência

possível. As unhas precisam estar permanentemente aparadas e limpas.

Controle de jornada de trabalho (Cartão ponto): Obrigatoriamente deve ser

marcado quatro vezes por jornada de trabalhada: entrada para o turno de

trabalho, saída para intervalo de refeição e repouso; saída do horário de refeição

e repouso; saída do turno de trabalho.

A administração concede por jornada de trabalho completa uma tolerância

de 10 (dez) minutos na marcação de pontos. Para a realização de horas extras

extraordinárias obrigatoriamente será necessária a autorização prévia da

administração.

Quanto a vale transporte, os colaboradores devem utilizá-lo exclusivamente

para uso no trajeto de sua residência ao local de trabalho e vice-versa. O vale

transporte será entregue previamente ao colaborador de acordo com sua jornada

de trabalho, caso este falte ou apresente atestado o vale transporte será

descontado no mês seguinte. Para uso do vale transporte o colaborador arca com

a despesa de 6% do salário nominal, o restante será custeado pela empresa

Os treinamentos de capacitação profissional e higiene e segurança

alimentar serão de prioridade diária no decorrer das funções.

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4.7.3 Plano de cargos e salários

De acordo com o sindicato da grande Florianópolis pra bares, restaurantes,

hotéis e similares, o piso salarial não pode ser inferior a R$850,00 para estes

estabelecimentos, indiferente do cargo que ocupe. Portanto o plano de cargos e

salários foi definido da seguinte forma:

• 2(dois) Administradores – Pro-labore R$1000,00

• 1 (um) Atendente – Salário Base R$ 850,00.

• 1 (um) 1º Cozinheiro – Salário Base R$950,00.

• 2 (dois) Ajudantes de Cozinha – Salário Base R$850,00.

• 1 (um) Entregador/transportador – Salário Base R$850,00.

Todos os colaboradores terão alimentação fornecida na empresa durante

seu horário de trabalho.

4.8 PLANO OPERACIONAL

Nesta etapa do plano de negócio do Marmitex Juju, são apresentadas, a

localização, o processo de produção, o processo de compra e o layout da

empresa.

4.8.1 Localização

O Marmitex Juju será localizado na cidade de Governador Celso Ramos,

no centro da cidade em Ganchos do meio, na Avenida Ganchos, número 157.

Este local foi escolhido devido ao fato de ali estarem localizados os

principais pontos comerciais da cidade, fazendo com que pessoas passem por ali

o tempo todo. Além disso, o local é de fácil acesso para as pessoas que prefiram

comprar direto no estabelecimento e um bom ponto de partida para os municípios

vizinhos.

Será alugado um local amplo dividido em cozinha, o depósito, sanitários,

área de escritório e loja, além de estacionamento.

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4.8.2 Processo de produção

O processo de produção das marmitas será por meio de encomendas por

telefone ou diretamente no estabelecimento, ou seja, diariamente das 10h00 às

15h00 e das 19h00 às 21h00.

Todavia, o processo de produção inicia-se com base na média de marmitas

servidas na semana anterior, sendo sempre montado um mise em place, com o

cardápio do dia, com o objetivo de sempre proporcionar aos clientes comidas

frescas e com possibilidade de personalizar os mais variados gostos.

Portando o processo se dará com inicio da jornada de trabalho do

cozinheiro e seu auxiliar as 9h00 da manhã com o preparo do mise em place do

dia. Assim que os pedidos forem efetuados os mesmos irão preparar o cardápio

vigente, embalar e disponibilizar para a entrega seja esta no estabelecimento ou

levada pelo motoboy ao local desejado.

4.8.3 Processo de compra

O processo de compra será de responsabilidade do gerente de operações

a partir das necessidades de produtos, sendo este feito 2 vezes por semana,

sendo este tempo mais do que necessário para que os produtos se mantenham

sempre frescos.

O controle de estoque será realizado diariamente, com a conferência do

mesmo, que será armazenada no depósito da empresa em uma área de 20m²

dividida em câmara fria, freezer e prateleiras para os produtos que não

necessitam se refrigerados.

A escolha dos fornecedores será de acordo com a qualidade dos produtos

ofertados, assim também como preço, formas de pagamento, cumprimento do

prazo de entrega, disponibilidade e variedade dos produtos. Os fornecedores

poderão ser distribuidores de produtos alimentícios, hipermercados ou

supermercados, CEASA, pequenos agricultores, frigoríficos ou açougues, entre

outros.

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4.8.4 Layout

Após pesquisa se concluiu que o espaço comercial sito na Avenida

Ganchos Nº157, é o indicado para implantação deste negócio. Visto que é um

espaço, amplo para as atividades, envidraçado para poder mostrar aos

consumidores nossa cozinha, de modo a transmitir segurança e clareza acerca do

produto.

Figura 18: Layout do Marmitex Juju

Fonte: Dados Primários (2013)

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Quadro15: Layout do Marmitex Juju

N° Descrição

01 Estacionamento

02 Almoxarifado

2.1 Pallet

03 Cozinha

3.1 Balcão de apoio com duas cubas para área quente

3.2 Geladeira Vertical

3.3 Mesa de Apoio em Inox

3.4 Freezer Horizontal

3.5 Armário para Utensílios

3.6 Balcão de apoio com duas cubas para área fria

3.7 Mesa de Apoio em Inox

3.8 Mesa de Apoio em Inox

3.9 Passe para entrega

3.10 Fogão 6 bocas + chapa

3.11 Forno

3.12 Boiller

04 Escritório

4.1 Mesa para escritório em madeira

4.2 Cadeiras

4.3 Armário em madeira

5.0 Sala de espera e atendimento

5.1 Poltronas

5.2 Mesa para escritório em madeira

5.3 Cadeira

06 Banheiro sala de espera e atendimento

6.1 Lavabo 1

07 Banheiro Funcionários

7.1 Lavabo 2

08 Vestuário

8.1 Armário

09 Acesso ao almoxarifado e cozinha Fonte: Dados primários (2013)

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4.9 PLANO FINANCEIRO

Nesta etapa do estudo é abordado o planejamento financeiro, parte

essencial no estudo que possibilita analisar a viabilidade financeira do Marmitex

Juju. Nos próximos tópicos serão apresentados os investimentos iniciais, os custo

fixos e variáveis do empreendimento, a projeção de vendas, o fluxo de caixa, a

demonstração do resultado do exercício, a taxa mínima de atratividade, o valor

presente líquido, a taxa interna de retorno, o payback, a margem de contribuição

e o ponto de equilíbrio.

4.9.1 Investimento Inicial

Para a implantação do Marmitex Juju será necessário um investimento

inicial de R$60.543,94. Este valor foi levantado através de diversas pesquisas,

realizadas com fornecedores, concorrentes, prefeitura, contador, Junta Comercial

do estado de Santa Catarina, sites, entre outras fontes. A seguir serão detalhados

os investimentos iniciais:

Tabela15: Investimentos iniciais

Investimentos Iniciais

Veículo

Descrição Quant.

Valor unitário em

R$

Total em R$

Fiat fiorino 1.3 MPI furgão 8v flex 2P manual, 2008

1 21.800,00 21.800,00

Sub Total R$21.800,00

Obras Civis

Descrição Quant.

Valor unitário em

R$

Total em R$

Reforma - 3.000,00 3.000,00

Sub total 3.000,00 R$

Utensílios

Descrição Quant.

Valor unitário em

R$

Total em R$

Panela pressão profissional alumínio fech. Externo 20L

2 390,36 780,72

Paellera antiaderente 2 434,96 869,92

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127

Frigideira alumínio antiaderente Ø36Cm H5,5Cm

3 172,61 517,83

Caldeirão alumínio leve com tampa (46cm, 45L)

2 79,00 158,00

Caldeirão alumínio leve com tampa (26Cm, 12L)

3 34,90 104,70

Bowl reforçado inox (22Cm, 2,9L) 6 28,02 168,12

Bowl reforçado inox (28Cm, 5,8L) 6 48,27 289,62

Caçarola alumínio com tampa (45,Cm; 31,7L)

3 197,48 592,44

Frigideira aço carbono antiaderente (28Cm)

3 80,89 242,67

Concha inox monobloco (177 ml; 38Cm)

3 21,47 64,41

Colher maciça polietileno (45Cm) 4 12,32 49,28

Colher serviço inox (32Cm) 8 7,26 58,08

Colher massa silicone cabo inox 33cm

2 29,99 59,98

Espátula lisa inox (33x6Cm) 3 19,55 58,65

Escumadeira fritura grande aço galvanizado (20Cm)

2 11,95 23,90

Forma redonda reta fundo falso alumínio Mix (25x5Cm)

2 15,10 30,20

Pinça multiuso inox (25,4cm) 5 32,89 164,45

Kit cortadores lisos 8un (3 à 10cm)

1 226,95 226,95

Saco Confeitar náilon mix (26cm) 2 22,81 45,62

Kit confeitaria 12 bicos policarbonato Mix

1 216,60 216,60

Molde silicone 8 tarteletes (6,5x7cm - 39ml)

2 43,55 87,10

Cuba reforçada inox Mix (53x32,5x15cm - 18,7L)

4 81,36 325,44

Pedra afiar dupla face retangular 1 16,11 16,11

Bisnaga bico branco (200ml) 12 1,82 21,84

Rolo massa maciço mix (30cm) 1 34,08 34,08

Ralador inox (13x6cm) 1 9,60 9,60

Luva silicone preta (22cm) 3 33,68 101,04

Fritadeira elétrica dupla (2x41cm; h18, 5cm

1 149,79 149,79

Mandolin 5 lâminas profissional Mix (40x12cm; 5x24cm)

1 223,40 223,40

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Pallet Polipropileno vazado cinza (120x100cm; H15cm)

4 161,33 645,32

Caixa monobloco com tampa (53X32X18CM 25L

6 33,01 198,06

Caixa plástica empilhável (55X36CM H29CM)

5 26,55 132,75

Caixa armazen. Alta média com tampa (19,3X18X22CM 4,5L

8 8,54 68,32

Caixa armazen. Retang. Extra com tampa (30,4X16,9X11,1CM; 3,7L)

6 6,98 41,88

Faca legumes 3" 3 6,99 20,97

Faca do chefe 6" 3 24,99 74,97

Cutelo 6" 1 30,99 30,99

Lixeira tampa pedal 68L (50x41cm; H67, 3cm Bege

4 226,08 904,32

Calculadora Simples 3 23,00 69,00

Lixeira inox com cesto plástico tampa/pedal 20L (20,5x28,5cm

3 168,59 505,77

Sub Total 8.382,89 R$

Equipamentos

Descrição Quant.

Valor unitário em

R$

Total em R$

Geladeira comercial 6 portas 1 3500,00 3500,00

Forno turbo a gás FTG 240 1 2657,95 2657,95

Seladora para marmitas 2 130,00 260,00

Batedeira Planetária Profissional B-06 300W - Mondial

1 295,00 295,00

Notebook Samsung 300E4C c/ Intel Core i3 - 2GB 320GB LED 14

1 1140,00 1140,00

Impressora HP 4615 Jato de Tinta Colorida - Copiadora Scanner e Fax

1 289,00 289,00

Batedor inox mix (35cm) 2 82,86 165,72

Blender alta rotação (19x19cm; H58cm: 2L)

1 1538,60 1538,60

Fogão industrial 6 bocas c/ chapa c/ forno (3 simples-3 duplas)

1 1933,00 1933,00

Exaustor Industrial 2 560,00 1120,00

Char boiler 1 1663,00 1663,00

Freezer Vertical 1 1980,00 1980,00

Balança eletrônica digital 1 186,00 186,00

Impressora Fiscal Térmica FS 700 MACH1 Preta (Serrilha) - Daruma

1 1567,00 1567,00

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Sub Total 18.295,27 R$

Móveis

Descrição Quant.

Valor unitário em

R$

Total em R$

Porta paletts 1 240,00 240,00

Armário vestiário 1 1300,00 1300,00

Mesa inox - 1,00m compr. x 0,70m larg. x 0,85m alt - Com prateleira gradeada

3 430,00 1290,00

Balcão em madeira 1 300,00 300,00

Mesa de escritório 1 219,00 219,00

Cadeira de escritório 2 135,00 270,00

Sub Total 3.619,00

Compras ( estoque inicial)

Descrição Quant. Valor unitário em

R$

Total em R$

Achocolatado (Kg) 2 11,43 22,86

Açúcar refinado (Kg) 2 1,67 3,34

Álcool (L) 6 2,74 16,44

Amaciante de carne ((Kg)) 1 12,95 12,95

Arroz arbório (Kg) 4 8,38 33,52

Arroz branco (Kg) 12 1,67 20,04

Arroz integral (Kg) 6 3,40 20,40

Azeite de oliva (L) 2 8,40 16,80

Azeitona (Kg) 0,5 10,18 5,09

Barra de chocolate meio amargo (Kg)

2 18,44 36,88

Biscoito de amido de milho (pct 300gr)

2 5,65 11,30

Calabresa (Kg) 2 9,06 18,12

Caldo de carne (Kg) 0,24 7,17 1,72

Caldo de galinha (Kg) 0,24 7,17 1,72

Carne bovina acém (Kg) 6 18,00 108,00

Carne bovina coxão duro (Kg) 6 12,50 75,00

Carne moída (Kg) 5 8,30 41,50

Castanha - Noz (Kg) 0,5 38,21 19,11

Castanhas - lascas de amêndoa (Kg)

0,5 40,60 20,30

Coco ralado (Kg) 0,2 11,99 2,40

Conserva - Milho verde conserva (Kg)

1 5,35 5,35

Conserva - Ervilha (Kg) 1 5,60 5,60

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Conserva Picles (Kg) 1 8,17 8,17

Coração de frango (Kg) 4 4,46 17,84

Coxa e sobrecoxa de frango (kg)

6 4,55 27,30

Cream cheese (pt 200gm) 6 4,06 24,36

Creme de leite ((Kg)) 2 14,52 29,04

Farinha amido de milho (Kg) 2 12,00 24,00

Farinha preparo milanesa (Kg) 4 9,92 39,68

Farinha de trigo (Kg) 5 1,87 9,35

Farinha de mandioca (Kg) 7 3,84 26,88

Feijão preto (Kg) 9 3,29 29,61

Frios - Bacon (Kg) 1 8,34 8,3

Frios - Presunto (Kg) 1 12,69 12,69

Frutos do Mar - Camarão médio (Kg)

12 23,85 286,20

Frutos do Mar - Kani (kg) 1 16,00 16,00

Grão de bico (Kg) 3 9,95 29,85

Hortifrúti - Espinafre (Kg) 0,5 28,50 14,25

Hortifrúti - Acelga (Kg) 1 23,00 23,00

Hortifrúti - Abacaxi 4 3,50 14,00

Hortifrúti - Alface (Kg) 2,4 30,00 72,00

Hortifrúti - Alho (Kg) 1 38,90 38,90

Hortifrúti - Aspargos (Kg) 1 24,00 24,00

Hortifrúti - Batata (Kg) 8 1,35 10,80

Hortifrúti - Beterraba (Kg) 5 1,40 7,00

Hortifrúti - Brócolis (Kg) 3 6,25 18,75

Hortifrúti - Cebola (Kg) 5 1,80 9,00

Hortifrúti - Figo fresco (Kg) 1 11,00 11,00

Hortifrúti - Hortelã (Ramo) 2 1,60 3,20

Hortifrúti - Laranja (Kg) 6 1,25 7,50

Hortifrúti - Limão (Kg) 4 4,12 16,48

Hortifrúti - manga (Kg) 4 3,91 15,64

Hortifrúti - Melão (Kg) 4 3,33 13,32

Hortifrúti - Repolho (Kg) 1 1,80 1,80

Hortifrúti - Tomate (Kg) 8 2,20 17,60

Iogurte desnatado (pt 150ml) 8 1,30 10,40

Leite (L) 12 2,33 27,96

Leite condensado (Kg) 8 6,56 52,48

Luva procedimentos (100un) 3 13,00 39,00

Manteiga sem sal (Kg) 1 11,73 11,73

Massa - espaguete (Kg) 3 3,69 11,07

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Mel (Kg) 1 18,80 18,80

Molho - catchup (Kg) 1 6,67 6,67

Molho - Maionese (Kg) 1 16,47 16,47

Molho - Mostarda (Kg) 1 6,27 6,27

Óleo de soja (L) 6 2,29 13,74

Ovos (dúzia) 4 2,90 11,60

Palmito em conserva (Kg) 4 28,89 115,56

Pão para hambúrguer (Kg) 8 16,61 132,88

Peixe - Bacalhau (Kg) 4 26,54 106,16

Peixe - Salmão (250gm) 4 9,42 37,68

Queijo - Ricota (Km) 3 7,52 22,56

Queijo parmesão (Km) 4 46,30 185,20

Queijo Prato (Kg) 4 13,42 53,68

Sal fino (Kg) 2 0,76 1,52

Tempero - Manjericão (Ramo) 5 1,60 8,00

Tempero - Nós moscada (Kg) 0,3 38,40 11,52

Tempero - Pimenta do reino 1 25,24 25,24

Tempero - Salsinha (Ramo) 8 1,60 12,80

Tempero - Alecrim (Kg) 1 12,88 12,88

Tempero - coentro (Ramo) 3 1,60 4,80

vinagre (L) 1 0,75 0,75

Vassoura para chão (u 2 13,98 27,96

Rodo para chão 2 13,98 27,96

papel toalha suporte (pct) 8 2,26 18,08

Papel toalha rolo com 2 8 2,69 21,52

Sabão e barra (pct c/ 4un) 5 4,19 20,95

Sabão em pó (Kg) 5 3,96 19,80

Saco de Lixo 150 L (50un) 4 48,36 193,44

Pano de saco para chão (un.) 8 2,18 17,44

Pano multiuso (Rolo grande) (un.)

1 103,81 103,81

Caneta esfer. Preta (un.) 6 1,20 7,20

Clips (cx com 100) 2 8,11 16,22

Comanda de pedido (un.) 6 6,62 39,72

Copos descartavam (pct 100 un.)

4 2,20 8,80

Grampo para Grampeador (cx 100)

2 3,80 7,60

Fosforo (cx 100) 4 1,31 5,24

Papel A4 (resma) 6 12,91 77,46

Régua plástica (un.) 3 0,62 1,86

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Tesoura (un.) 3 5,50 16,50

Post it (un.) 12 1,75 21,00

Touca descartável (100un) 2 5,70 11,40

Papel higiênico (6 rolos) 6 2,62 15,72

Pasta Suspensa 4 5,15 20,60

Detergente neutro (un.) 8 1,09 8,72

Refri - Coca cola Lata 14 1,78 24,92

Refri - Coca zero Lata 14 1,76 24,64

Refri - Guaraná lata 14 1,63 22,82

Refri - Guaraná zero lata 14 1,77 24,78

refri - Sprit lata 14 1,71 23,94

Refri - Sprit zero lata (u 14 1,02 14,28

Água pet sem gás 500ml (Fardo)

18 6,30 113,40

Água pet com gás 500ml (Fardo)

12 7,08 84,96

Cerveja Bohemia (Gf) 12 2,09 25,08

Cerveja skol (Gf) 12 2,22 26,64

Cerveja stella artois (Gf) 12 2,31 27,72

Sub Total 3.485,58

Despesas pré-operacionais

Descrição Quant. Valor unitário em R$

Total em R$

Honorários do contador 1 200,00 200,00

Consulta prévia na Receita Federal

1 6,00 6,00

Consulta de viabilidade prefeitura

1 4,00 4,00

Registro da empresa 1 63,00 63,00

Obtenção do CNPJ 1 35,00 35,00

Obtenção da inscrição estadual 1 60,00 60,00

Cartório autenticação 1 10,00 10,00

Vistoria Bombeiro 1 22,00 22,00

Alvará de funcionamento junto a prefeitura

1 15,00 15,00

Vigilância sanitária 1 45,00 45,00

Marketing de divulgação 1 300,00 300,00

Uniformes 6 64,90 389,40

Instalação de internet 1 200,00 200,00

Sub Total 1.349,40

Capital de Giro

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Descrição Quant. Valor um. em R$

Total em R$

Capital de Giro 1 20.000,00 20.000,00 Sub Total 22.425,80

TOTAL DOS INVESTIMENTOS 60.557,9 Fonte: Dados primários (2013)

Na tabela 15 foram detalhados os investimentos iniciais necessários para

a abertura do Marmitex Juju. Como pode ser observado o valor para a aquisição

do veículo será o mais elevado. No entanto considerando que a empresa possuíra

em primeira instância apenas um veículo. Do mesmo modo se faz necessário ter

um capital de giro para manter a empresa saudável nos primeiros meses de vida,

além de um estoque inicial de insumos, a compra de equipamentos, móveis,

utensílios e máquinas.

4.9.2 Custos fixos

Os custos fixos são os valores monetários pagos pelos recursos usados

para manter o negócio em funcionamento. São os que não possuem

proporcionalidade direta com a quantidade produzida, sendo assim será

apresentada a tabela dos custos fixos do Marmitex Juju a seguir:

Tabela 16: Custos fixos com mão de obra

Descrição Quant. Valor Unit.

Valor Total em R$

Atendente 1 850,00 850,00

1º Cozinheiro 1 950,00 950,00

Ajudantes de Cozinha 1 850,00 850,00

Entregador/transportador 1 850,00 850,00

Sub total 3.500,00

Encargos

INSS 4 27,80% 973,00

FGTS 4 8,00% 280,00

Sub total 1.253,00

Provisões

Férias + 1/3 4 1,33 387,92

INSS sobre férias 4 27,80% 107,84

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FGTS sobre férias 4 8,00% 31,03

13º salário 4 8,33% 291,55

INSS sem 13º salário 4 27,80% 81,05

FGTS sem 13º salário 4 8,00% 23,32

Sub total 922,72

Pró-labore 2 1000,00 2.000,00

Sub total 2.000,00

Encargos

INSS 2 20,00% 400,00

Sub total 400,00

Total da mão de obra 8.075,72 Fonte: Dados primários (2013)

Levantado os custos fixos com mão de obra a seguir são apresentados os

custos fixos totais do negócio, visualizados na tabela 17:

Tabela 17: Custos Fixos do negócio

Custos fixos mensais ano 1

Valor mensal

Descrição Custos totais

Água 90,00

Aluguel e IPTU 2000,00

honorários do contador 350,00

Internet 50,00

Marketing 200,00

Material de escritório 100,00

Material de limpeza 150,00

Salários e encargos 8075,72

Telefone 130,00

Total 11.145,72 Fonte: Dados primários

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4.9.3 Custos variáveis

Dutra (1986, p. 37) define custos variáveis como sendo os que variam em

decorrência da variação do volume das atividades empresariais, ou seja, de

acordo com a quantidade produzida no período. Apresenta-se na tabela 18 os

custos variáveis que ocorrem para a operacionalização das marmitas.

Tabela 18: Custos variáveis do Marmitex Juju

Custos Variáveis mensais ano 1

Valor mensal

Descrição Custos totais

Energia Elétrica 144,27

Gás de Cozinha 144,27

Combustível 144,27

Estoque matéria - prima 6.097,49

Impostos 649,22

Total 7.179,52 Fonte: Dados primários 2013

Por meio do levantamento dos custos variáveis foi possível analisar os

valores monetários pagos para obter e utilizar recursos aplicados para produzir os

produtos do Marmitex. Eles mantêm proporcionalidade direta com a quantidade

produzida, ou seja, se a produção aumentar os custos variáveis aumentarão.

4.9.4 Projeção de vendas

Uma das primeiras preocupações do Marmitex Juju para o inicio de suas

atividades é o dimensionamento da quantidade das vendas, em termos unitários

ou em valor monetário, que deverá movimentar.

Para projetar o volume de produção vendas foi preciso analisar a

quantidade de marmitas que seriam vendidas por semana pelo preço a ser

aplicado pelo Marmitex Juju.

É importante considerar também que os produtos estão sujeitos a

oscilações sazonais. Isto é, há um aumento da demanda devido à mudança na

estação do ano, sendo considerado que Governador Celso Ramos é um dos

principais destinos de praia da grande Florianópolis e que há muitas casas e

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136

apartamentos que são locados na cidade nessa época. Portanto nos meses de

novembro a abril foi acrescido um percentual de 15% sobre as vendas de

marmitas.

No início das operações, foi considerado uma expectativa de vendas

moderada, pois a empresa necessita de tempo para adquirir experiência e tornar

seus produtos ou serviços conhecidos no mercado.

Tabela 19: projeção de venda semanal do Marmitex Juju

Quantidade

Preço em R$

Valor em R$

Semana 230 3.355,13 Domingo 20 23,48 469,67

Segunda-feira 20 17,93 358,68

Terça-feira 20 17,81 356,19

Quarta-feira 20 13,26 265,19

Quinta-feira 20 21,49 429,83

Sexta-feira 20 21,72 434,45

Sábado 20 26,90 537,97

Arroz e Feijão 20 3,00 60,00

Salada Mista 40 4,06 162,36

Contra Filé Grelhado 10 9,14 91,41

Alcatra Grelhada 8 7,88 63,00

Peixe Branco Filé Empanado 6 10,38 62,27

Peixe Branco Filé Grelhado 6 10,69 64,13 Fonte: Dados primários (2013/02)

Na projeção de vendas foi possível avaliar a quantidade de marmitas

vendidas por dia, definindo assim, o valor de R$3355,13 por semana,

R$13.420,53 nos meses de maio a setembro, R$ 15.433,61 nos meses de

novembro a abril e R$173.124,85 por ano considerando uma inflação de 4,5% nos

próximos quatros anos, como são apresentados nas tabelas a seguir.

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Tabela 20: Projeção de Vendas mensais do Marmitex Juju

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

Vendas 15.433,61 15.433,61 15.433,61 15.433,61 13.420,53 13.420,53

Total 15.433,61 15.433,61 15.433,61 15.433,61 13.420,53 13.420,53

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Vendas 13.420,53 13.420,53 13.420,53 13.420,53 15.433,61 15.433,61

Total 13.420,53 13.420,53 13.420,53 13.420,53 15.433,61 15.433,61 Fonte: Dados Primários 2013 Tabela 21: Projeção de vendas em 5 anos do Marmitex Juju

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Vendas 173.124,85 180.915,47 189.056,66 197.564,21 206.454,60

Total 173.124,85

180.915,47

189.056,66

197.564,21

206.454,60

Fonte: Dados Primários 2013

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4.9.5 Fluxo de caixa

Considerada uma das mais importantes ferramentas para o controle

financeiro da empresa, o fluxo de caixa do Marmitex Juju foi projetado como uma

ferramenta estratégica para a área financeira, pois ele possibilita a visualização e

compreensão das movimentações financeiras num período preestabelecido.

O fluxo de caixa do Marmitex Juju foi projetado anualmente em um período de

5 anos sendo este composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar,

contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicações, e de todos os

demais elementos que representem as movimentações de recursos financeiros da

empresa.

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Tabela 22: Flxo de caixa do Marmitex Juju

Fonte: Dados primários (2013)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 DESCRIÇÃO

TOTAL SALDO INICIAL 0 - 46.777,99 - 98.320,44 - 152.182,30 -208.467,95

RECEBIMENTOS Vendas 173.124,85 180.915,47 189.056,66 197.564,21 206.454,60

ENTRADAS DE CAIXA 173.124,85

180.915,47

189.056,66

197.564,21 206.454,60

PAGAMENTOS

CUSTO VARIÁVEL 86.154,25

92.690,65

96.861,72

101.220,50 105.775,43

Energia Elétrica 1.731,25 1.809,15 1.890,57 1.975,64 2.064,55

Gás de Cozinha 1.731,25 1.809,15

1.890,57

1.975,64 2.064,55

Combustível 1.731,25 1.809,15

1.890,57

1.975,64 2.064,55

Matéria-Prima 73.169,88

76.462,53

79.903,34

83.498,99 87.256,45

Impostos 7.790,62

10.800,65

11.286,68

11.794,58 12.325,34

CUSTO FIXO

133.748,59

139.767,28

146.056,80

152.629,36

159.497,68

Água 1.080,00 1.128,60

1.179,39

1.232,46 1.287,92

Aluguel e IPTU 24.000,00

25.080,00

26.208,60

27.387,99 28.620,45 honorários do

contador 4.200,00 4.389,00

4.586,51

4.792,90 5.008,58

Internet 600,00

627,00

655,22

684,70 715,51

Marketing 2.400,00 2.508,00

2.620,86

2.738,80 2.862,04 Material de escritório 1.200,00 1.254,00

1.310,43

1.369,40 1.431,02

Material de limpeza 1.800,00 1.881,00

1.965,65

2.054,10 2.146,53

Salários e encargos 96.908,59

101.269,48

105.826,60

110.588,80 115.565,29

Telefone 1.560,00 1.630,20

1.703,56

1.780,22 1.860,33 TOTAL DE

PAGAMENTOS 219.902,84 232.457,92 242.918,53 253.849,86 265.273,11

SALDO DE CAIXA

-46.777,99

- 98.320,44

- 152.182,30

- 208.467,95

-267.286,45

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Feito o fluxo de caixa foi possível analisar que o empreendimento não é

viável, visto que no primeiro ano o saldo de caixa resulta em R$46.777,99 negativo,

e nos anos seguintes estes números ainda crescem mais ainda de forma negativa.

4.9.6 Demonstração do resultado do exercício

Na Demonstração do resultado do exercício (DRE) é possível evidenciar a

formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto

das receitas, custos e resultados. Este oferece uma síntese financeira

dos resultados operacionais e não operacionais do Marmitex Juju no período de 5

anos que serão demonstrados na tabela 23 a seguir:

Tabela 23: Demonstrativo do resultado do exercício do Marmitex Juju

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Receita Bruta

173.124,85

180.915,47

189.056,66

197.564,21

206.454,60

Custo Variável

86.154,25

92.690,65

96.861,72

101.220,50

105.775,43

Energia Elétrica

1.731,25

1.809,15

1.890,57

1.975,64

2.064,55

Gás de Cozinha

1.731,25

1.809,15

1.890,57

1.975,64

2.064,55

Combustível 1.731,25 1.809,15 1.890,57 1.975,64 2.064,55

Estoque 73.169,88

76.462,53

79.903,34

83.498,99

87.256,45

Impostos 7.790,62 10.800,65

11.286,68

11.794,58

12.325,34

Margem de Contribuição

86.970,60 88.224,82

92.194,94

96.343,71

100.679,18

Custos Fixo 133.748,59 139.767,28

146.056,80

152.629,36

159.497,68

Água 1.080,00 1.128,60

1.179,39

1.232,46

1.287,92

Aluguel e IPTU

24.000,00 25.080,00

26.208,60

27.387,99

28.620,45

honorários do contador

4.200,00 4.389,00

4.586,51

4.792,90

5.008,58

Internet 600,00 627,00

655,22

684,70

715,51

Marketing 2.400,00 2.508,00

2.620,86

2.738,80

2.862,04

Material de escritório

1.200,00 1.254,00

1.310,43

1.369,40

1.431,02

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Material de limpeza

1.800,00 1.881,00

1.965,65

2.054,10

2.146,53

Salários e encargos

96.908,59

101.269,48

105.826,60

110.588,80

115.565,29

Telefone 1.560,00 1.630,20 1.703,56 1.780,22 1.860,33

Lucro Liquido Anual

-46.777,99

-51.542,45

-53.861,86

- 56.285,65

- 58.818,50

Fonte: Dados primários 2013

Como já esperado, devido aos resultados negativos já apresentados no fluxo

de caixa, a empresa se viesse a abrir teria um prejuízo líquido anual no valor de

R$46.777,99 acrescentados da taxa da inflação para os cálculos dos anos

seguintes.

4.9.7 Taxa mínima de atratividade

A Taxa Interna de Retorno (TIR) foi pesquisada com o intuito de descontar a

taxa SELIC de 9,5% do fluxo de caixa, para fazer com que os valores das despesas,

trazidos ao valor presente, seja igual aos valores dos retornos dos investimentos,

também trazidos ao valor presente. Sendo esta avaliada para igualar o valor do

investimento (valor presente) com os seus respectivos retornos futuros ou saldos de

caixa. Porém como o negócio não é viável torna-se inócuo calcular o retorno do

investimento, pois a empresa daria somente prejuízos.

A taxa mínima de atratividade foi avaliada em 9,5% do Selic acumulado dos

últimos 12 meses, sendo esta importante para analisar os investimentos que seriam

aplicados caso houvesse a abertura do Marmitex Juju, o que significaria a taxa de

retorno do projeto em questão.

4.9.8 Valor presente líquido

O valor presente líquido (VPL), do Marmitex Juju, foi calculado para a

demonstração da capacidade da fórmula matemática-financeira de determinar o

valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa 9,5%, menos o custo

do investimento inicial. Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos

somados a um custo inicial estariam valendo atualmente. A seguir será apresentada

a tabela 25 de calculo do VPL:

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Tabela 25: VPL do Marmitex Juju

Valor Presente Liquido

VPL

Investimento Inicial - 58.118,14 - 58.118,14

Ano 1 - 46.777,99 - 42.719,62

Ano 2 - 51.542,45 - 42.986,97

Ano 3 - 53.861,86 - 41.024,10

Ano 4 - 56.285,65 - 39.150,85

Ano 5 - 58.818,50 - 37.363,14

Total - 325.404,60 - 261.362,82 Fonte: Dados Primário 2013

Como observado na tabela 25, o investimento no negócio mostrou-se inviável

visto que um projeto é considerado viável se o valor presente de todas as entradas

de caixa menos o valor presente de todas as saídas de caixa resultou menor do que

zero, significando que o investimento não é economicamente atrativo, já que o valor

presente das entradas de caixa é menor do que o valor presente das saídas de

caixa. Neste caso, mais uma vez comprovando que o investimento nas condições

colocadas não é viável.

4.9.9 Taxa interna de retorno

Para Gitman (2000, p.301) quando a TIR é usada para tomada de decisão,

para que o projeto seja aceito ou rejeitado deve-se considerar que se o resultado da

TIR for maior dos que o custo do capital, deve-se aceitar o projeto, porém se a

mesma der menor, o projeto deve ser rejeitado.

No caso do Marmitex Juju o cálculo do VPL resultou negativo, portanto, o

projeto não é viável e isto impossibilita o calculo da TIR.

4.9.10 Payback

Calcula-se o payback no intuito de saber quanto tempo o empreendimento irá

levar para ter seu retorno do capital investido.

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Tabela 26: Payback Descontado do Marmitex Juju

Payback Descontado

Fluxo VPL Saldo

Investimento Inicial - 58.118,14 - 58.118,14 - 58.118,14

Ano 1 - 46.777,99 - 42.719,62 - 100.837,77

Ano 2 - 51.542,45 - 42.986,97 - 143.824,74

Ano 3 - 53.861,86 - 41.024,10 - 184.848,83

Ano 4 - 56.285,65 - 39.150,85 - 223.999,68

Ano 5 - 58.818,50 - 37.363,14 - 261.362,82

Total - 325.404,60 - 261.362,82 Fonte: Dados primários 2013

Como mostrado na tabela 26 o Marmitex Juju não obterá retorno de seus

investimentos em um prazo de 5 anos, sendo o projeto considerado inviável, para

um prazo mínimo tolerado de 5 anos.

4.9.11 margem de contribuição

A margem de contribuição é obtida com o intuito de saber o lucro da empresa

antes dos custos fixos, sendo importante para a tomada de decisão na hora de

aumentar ou diminuir os custos fixos. Sendo importante, pois representa a margem

de cada produto de cada produto que será vendido de forma que a empresa cubra

todos os seus custos e despesas fixas.

Tabela 27: Calculo da margem de contribuição

Fonte: Dados primários 2013

Como é possível analisar a margem de contribuição é insuficiente para cobrir

os custos fixos.

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Receita Total 173.124,85 180.915,47 189.056,66 197.564,21 206.454,60

(-) Custos Variáveis

86.154,25

92.690,65

96.861,72

101.220,50

105.775,43

(=) Margem de Contribuição

86.970,60

88.224,82

92.194,94

96.343,71

100.679,18

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4.9.12 Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é considerado o momento em que as despesas e lucros

se igualam. É, portanto, o momento em que um produto deixa de custar e passa a

dar lucro, então a ele adicionam-se os custos fixos.

No cálculo do ponto de equilíbrio do Marmitex Juju gerou em um valor de R$

266.241,74, ou seja, é considerado um valor insuficiente para cobrir todos os custos.

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4.10 ASPECTOS JURÍDICOS LEGAIS

A empresa Marmitex Juju, se fosse implantada seria classificada como

Sociedade Empresária Limitada. Desse modo, a empresa seria inscrita na Junta

Comercial de Santa Catarina, tendo por objetivo o exercício de atividade própria.

Ainda por ser limitada, caso a empresa não consiga honrar com seus compromissos,

os bens pessoais do proprietário não poderão ser utilizados para cobrir estas

obrigações, apesar do mesmo possuir inteira responsabilidade sobre seus atos,

conforme Código Civil.

A empresa optaria pelo Simples Nacional, considerando que o negócio não

mostrou-se viável, não haverá a abertura da mesma, desta forma não haverá

contribuições em alíquota, IRPJ, CSLL, Confins, PIS/Pasep, CPP, ICMS e IPI.

A seguir será mostrado uma tabela 27 das normas legais do Simples

nacional:

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Tabela 28: taxas do Simples Nacional para o Marmitex Juju

Receita Bruta em 12 meses (em R$)

Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS IPI

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%

De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%

De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%

De 900.000,01 a 1.080.000,00

8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00

8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00

8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00

9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00

9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00

10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00

10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%

Fonte: Receita federal (2013)l

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo foi realizado com o objetivo de implantar uma empresa

fornecedora de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos visando atender as

famílias que lá residem. Para tal, elaborou-se um plano de negócio para este

segmento. Logo, o mesmo foi utilizado como trabalho de conclusão de curso.

No início, o estudo foi alicerçado em pesquisas bibliográficas - em livros e

revistas, documentais - na prefeitura e órgãos competentes e em sites, o que

compôs a base teórica do plano. Na etapa seguinte, a acadêmica elaborou e aplicou

um questionário, na cidade de Governador Celso Ramos com as pessoas que

seriam consideradas os futuros potenciais clientes. Deste modo, foi possível realizar

uma pesquisa de mercado, que teve o intuito de conhecer o meio em que a empresa

seria estabelecida e com o intuito de planejar as futuras ações, através do

planejamento estratégico e de marketing.

Com o objetivo de analisar a viabilidade financeira para a abertura de um

serviço de marmitas foram analisados aspectos mercadológicos, operacionais, de

recursos humanos e financeiros, para a elaboração do plano de negócio, sendo este

considerado de suma importância para a abertura do negócio, pois contribuiu para

se chegar ao resultado da sua inviabilidade econômico-financeira

No planejamento dos recursos humanos foi tratado o processo de

recrutamento e seleção, de treinamento e desenvolvimento, além do plano de cargos

e salários. Ainda neste planejamento, foi elaborado o manual do colaborador.

No planejamento operacional e de produção foi apresentado o processo

produtivo, a gestão de compras e vendas, a localização do empreendimento, além

do layout, elaborado pelo acadêmico.

O Marmitex Juju poderia ser classificada como Sociedade Empresarial

Limitada de capital fechado Inicialmente, caso fosse implantada seria composta por

seis profissionais, sendo três responsáveis pela produção das marmitas e pelo

estoque de produção, um responsável pelo atendimento ao cliente, um responsável

pela distribuição e entrega das marmitas e compra de insumos e dois pela

administração do negócio, sendo estes, os proprietários.

Através deste estudo, a acadêmica teve a oportunidade de conhecer, analisar

e planejar de modo preciso, todos os aspectos que cercam um futuro negócio. Deste

modo, o projeto proporcionou a acadêmica um conhecimento mais apurado das

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teorias estudadas durante todo o curso de Administração de Empresas, além de

envolver o conhecimento prático.

O projeto, após a análise financeira concluída, mostrou-se inviável. No

entanto é possível reverter esta situação, se as condições iniciais forem alteradas,

como o preço de vendas das marmitas, ampliação da capacidade instalada a

redução da TMA, que encontra-se no patamar de 9,5%. Também observa-se que os

custos fixos resultaram em um valor muito expressivo e os componentes dos

insumos são de alto valor, como carnes e peixes nobres de nossa culinária. O

projeto pode ser revisto e ajustado para que o resultado aponte sua viabilidade.

Para a acadêmica constituiu um momento de aprendizagem abrangente, dado

que foi possível pesquisar e aprofundar seu conhecimento nas diversas áreas da

administração.

Ao final é possível afirmar que o objetivo de desenvolver um plano de

negócios para abertura de uma empresa de fornecimento de marmitas foi cumprido,

pois seguiu todas as etapas de sua elaboração.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO Questionário aplicado para pesquisa de mercado Prezado (a) senhor (a): Esta é uma pesquisa anônima de caráter acadêmico realizada por uma aluna do curso de administração da Universidade do Vali do Itajaí – UNIVALI. Os dados obtidos através da pesquisa serão utilizados para verificar a viabilidade de implantação de um serviço de entregas de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos.Desde já, agradeço sua compreensão. July Alves de Souza Galveias 1 – Em qual bairro você reside? ( ) Calheiros ( ) Ganchos do Meio ( ) Canto dos Ganchos ( ) Palmas ( ) Ganchos de Fora ( ) Outro: _____________ 2 – Sexo ( ) Feminino ( ) Masculino 3 – Estado civil ( ) Solteiro ( ) Divorciado ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) Outro 4 – Faixa etária ( ) Até 18 anos ( ) 19 a 37 anos ( ) 38 a 56 anos ( ) Acima de 57 anos 5 – Renda familiar mensal ( ) 1 a 2 salários mínimos ( ) 6 a 8 salários mínimos ( ) 3 a 5 salários mínimos ( ) Acima de 8 salários mínimos 6 – Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta para casa)? ( ) sim ( ) não 7- Caso positivo, com que regularidade? ( ) 1 vez por semana ( ) 4 ou mais vezes por semana ( ) 2 a 3 vezes por semana 8 – Qual (is) restaurante(s) você frequenta? ( ) Restaurante Edu ( )Claudir Restaurante e Lanchonete ( ) Restaurante Mar à Vista ( ) Dona Zé Restaurante e Lanchonete ( ) Marmita da Lena ( ) Nenhum ( ) Restaurante Bombordo ( ) Outro: _______________

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9 – Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você frequenta? ( )Preço ( )Atendimento ( )Localização (proximidade) ( )Forma de pagamento ( )Qualidade dos produtos ( ) Outro: __________________ 10 – Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta? ( ) Ave ( ) Carne bovina ( ) Massa ( ) Carne suína ( ) Saladas e legumes ( ) Frutos do mar 11– Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos? ( ) sim ( ) não 12 – Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita? ( ) até R$ 12 ( ) de R$15 a R$ 20 ( ) de 20 a R$ 30 13 – Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de marmitas? ( ) Agilidade na entrega ( ) Qualidade dos produtos ( )Organização dos alimentos na marmita ( ) Atendimento personalizado ( )Diversidade de alimentos ( ) Outro: ______________

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ANEXO 1

FICHA TÉCNICA DOS CUSTOS POR PRATO

Nome do prato Bife ao molho de mostarda Quant. Valor

Uni. Total

Domingo Salsinha 0,008 1,60 0,00

1 Amido de Milho

0,002 12,00 0,24

Noz-moscada

0,003 38,40 0,12

Óleo de soja

0,006 2,29 0,01

Acém 0,25 18,00 4,50 Mostarda 0,004 6,27 0,04 Amaciante de Carne

0,004 12,95 0,05

Subtotal 4,95

Nome do prato Salada de folhas, nozes e molho de cebola assada caramelizada. Quant. Valor

Uni. Total

Domingo Cebola 0,01 1,80 0,02 Azeite de Oliva

0,05 8,40 0,42

Açucar 0,002 1,67 0,003 Caldo de galinha

0,001 7,17 0,007

Vinagre 0,004 0,75 0,003 Alface 0,05 30,00 1,50 Nozes 0,02 38,21 0,76 Subtotal R$2,84

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Nome do prato Salda com figo pera e rúcula Quant. Valor

Uni. Total

Segunda Queijo prato

0,002 13,42 0,27

Manteiga 0,001 11,73 0,12 Farinha de trigo

0,001 1,87 0,02

Leite integral

0,01 2,33 0,02

Sal 0,001 0,76 0,00 Pimenta do Reino

0,001 25,24 0,03

Pera 0,05 2,50 0,13 Figo 0,05 11,00 0,55 Alface 0,03 30,00 0,90 Acelga 0,015 23,00 0,35 Sub total 2,37

Nome do prato Frango assado com ervas Quant. Valor

Uni. Total

Segunda Caldo de Legumes

0,003 7,17 0,02

Cebola 0,001 1,80 0,02 Coxa e Sobrecoxa

0,15 4,75 0,71

Sal 0,001 0,76 0,00 Pimenta do Reino

0,001 25,24 0,03

Alho 0,009 38,90 0,35 Bacon 0,06 15,00 0,90 Azeite de Oliva 0,005 8,40 0,42 Alecrim 0,008 18,88 0,15 Ervas frescas 0,01 1,60 0,02 Sub total 2,62

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Nome do prato Salada de camarão com melão Quant Valor

Uni. Total

Terça - Feira Azeite de Oliva

0,005 8,40 0,04

Mostarda 0,007 6,27 0,04 Melão 0,05 3,33 0,17 Cream Cheese

0,01 4,06 0,04

Camarão 0,03 23,85 0,72 Kani 0,08 16,00 1,28 Sal 0,001 0,76 0,00 Pimenta do Reino

0,001 25,24 0,03

Acelga 0,015 23,00 3,45 Sub total 2,66

Nome do prato Guisado de carne com alecrim Quant. Valor

Uni. Total

Terça - Feira Coxão duro

0,18 12,50 2,25

Alecrim 0,008 18,88 0,15 Ervas frescas

0,01 1,60 0,02

cebola 0,03 1,80 0,05 Tomate 0,05 2,20 0,11 Alho 0,002 38,90 0,78 Sub total 3,36

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Nome do prato

Salada de batatas e Aspargos

Quant. Valor Uni.

Total

Quarta - feira

Suco de laranja

0,03 1,25 0,04

Molho barbecue

0,03 0,00

Cream Cheese

0,03 4,60 0,14

Sal 0,001 0,76 0,00

Pimenta do Reino

0,001 25,24 0,03

Manteiga 0,01 11,73 0,12

Amendoas 0,02 40,60 0,81

Aspargos 0,03 24,00 0,72

Batata 0,05 1,35 0,07

Sub total 1,92

Nome do prato

Salmão grelhado

Quant.

Valor Uni.

Total

Quarta - feira

Salmão 0,24 9,42 2,26

Ervas frescas 0,01 1,60 0,02

Azeite de Oliva

0,05 8,40 0,42

Sal 0,001 0,76 0,00

Pimenta do Reino

0,001 25,24 0,03

Sub total 2,73

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Nome do prato

Carne acebolada

Quant. Valor Uni.

Total

Quinta - feira

Acém 0,15 18,00 2,70

Caldo de carne

0,003 7,17 0,02

Cebola 0,01 1,80 0,18

Alecrim 0,008 18,88 0,15

Sal 0,001 0,76 0,00

Pimenta do Reino

0,001 25,24 0,03

Sub total 3,08

Nome do prato

Salada de grão de bico com cenoura e salsinha Quant. Valor

Uni. Total

Quinta - feira

Salsinha 0,008 1,60 0,01

Rabanete 0,003 1,80 0,05

Cenoura 0,003 1,80 0,05

Coentro 0,008 1,60 0,01

Grão de bico 0,01 9,95 0,10

limão 0,05 4,12 0,21

Azeite de Oliva

0,03 8,40 0,25

Sal 0,001 0,76 0,00

Pimenta do Reino

0,001 25,24 0,03

Alface 0,03 23,00 0,69

Sub total 1,41

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Nome do prato

Bacalhau assado com batatas e tomate

Quant. Valor Uni.

Total

Sexta - Feira

Bacalhau 0,015 26,54 3,98

Alho 0,02 38,90 0,78

Cebola 0,03 1,80 0,05

Tomate 0,03 2,20 0,07

Batatas 0,03 1,80 0,05

Ervas frescas

0,02 1,60 0,03

Azeite de oliva

0,02 8,40 0,17

Sub total R$5,13

Nome do prato

Salada portuguesa

Quant. Valor Uni.

Total

Sexta - Feira

Batata 0,05 1,60 0,08

Vinagre 0,01 0,75 0,01

Bacalhau 0,05 26,54

1,33

Azeite de Oliva

0,004 8,40 0,03

Azeitona 0,04 10,18

0,41

Cebola 0,02 1,80 0,04

Salsinha 0,008 1,60 0,01

Alho 0,02 38,90

0,78

Sal 0,001 0,76 0,00

Pimenta do Reino

0,001 25,24

0,03

Sub total R$2,71

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Nome do prato

Camarões grelhados ao alho e óleo

Quant. Valor Uni.

Total

Sábado

Camarões médios

0,3 23,85 7,16

Alho 0,06 38,90 2,33

Óleo de soja

0,07 2,29 0,16

Sal 0,001 0,76 0,00

Pimenta do Reino

0,001 25,24 0,03

Sub total 0,43 R$9,68

Nome do prato

Salada de brócolis com cenoura e rabanetes Quant. Valor

Uni. Total

Sábado

Cenoura 0,03 1,60 0,05

Repolho 0,03 1,80 0,05

Acelga 0,05 23,00 1,15

Brócolis 0,03 6,25 0,19

Sal 0,001 0,76 0,00

Alho 0,001 38,90 0,04

Sub total 0,40 R$1,48