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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE ESTOQUES NA CADEIA DE SUPRIMENTOS Por: Luciano Viana Nóbrega Orientador Prof.ª Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DE ESTOQUES NA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Por: Luciano Viana Nóbrega

Orientador

Prof.ª Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Logística Empresarial

Por: Luciano Viana Nóbrega

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AGRADECIMENTOS

.... A Deus, a todos que passaram pela

minha vida e ao meu amigo Anderson

Carneiro (sem ele isso não seria

possível).

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DEDICATÓRIA

...Dedico cada vitória conquistada à

pessoa mais importante da minha vida.

Meu eterno amor, minha mãe!

“Posso não concordar com as palavras

que diz, mas defendo até a morte o direito

de dizê-las”. Voltaire.

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RESUMO

A economia mundial nos últimos tempos e a economia brasileira em especial

tem passado por mudanças significativas. Possibilitando uma revisão dos

padrões de operação do sistema logístico, podendo ser eliminados os

elementos que comprometem a estrutura e focando a melhoria da qualidade

das operações. A busca da competitividade esta relacionada à necessidade de

se estabelecer o melhor fluxo dos materiais. A administração logística ganha

nova dimensão, para a coordenação de atividades como: suprimentos,

produção, embalagens, transporte, comercial e finanças que são capaz de

apoiar cada fase do processo com um máximo de eficiência e um mínimo de

capital investido.

Este trabalho apresenta uma proposta de gestão do estoque e sua importância

dentro da cadeia de suprimentos, procurando apresentar algumas técnicas

existentes para o custeio da cadeia de suprimentos. Além da apresentação,

realizam-se comparações a respeito da aplicação de cada uma.

A proposta de metodologia de gestão do estoque é baseada no sistema ABC e

utiliza, de forma integrada, técnicas de custos apresentadas no trabalho.

Através do método, podem ser extraídas ferramentas para a avaliação do nível

de desempenho das atividades logísticas envolvidas em uma cadeia de

suprimentos.

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METODOLOGIA

A metodologia aplicada nessa obra foi oriunda de pesquisas bibliográficas,

análise de conteúdos via web e constantes conversas com profissionais da

área de estoque e armazenagem a fim de associar a pratica às questões

teóricas do assunto abordado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - GERENCIAMENTO DO ESTOQUE 10

CAPÍTULO II–G.E E COMPRAS NO VAREJO 38 CAPÍTULO III–GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 55

CAPÍTULO IV–DECISÕES DE POLÍTICA DE ESTOQUE 61

CONCLUSÃO 69 BIBLIOGRAFIA 70 INDICE 71 FOLHA DE AVALIAÇÃO 73

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INTRODUÇÃO

Esta obra é um resumo dedicado à análise da gestão de estoques, focada

exclusivamente na “cadeia de suprimentos”.

É crescente a importância atribuída à gestão de estoques como elemento

fundamental para a redução e o controle dos custos e melhoria do nível de

serviço prestado pela empresa. O estoque aparece na cadeia sob diversos

formatos (matérias-primas, produtos em processamento e produtos acabados)

que podem ser caracterizados por diferenças no peso, no volume, nas vendas,

no custo e nas exigências com relação à disponibilidade e ao tempo de

entrega. Cada um destes formatos exige procedimentos distintos de

planejamento e controle, influenciando significativamente a gestão de estoque.

A gestão de estoques no Brasil foi, durante muito tempo, desprezada a um

segundo plano nas preocupações dos gestores das empresas varejistas. Antes

da época inflacionária, em virtude da quase inexistência de grandes redes

varejistas e, portanto, pouquíssima competição, a maioria das lojas era

gerenciada por seus proprietários e estes executavam a gestão de seus

negócios utilizando sua experiência prática. Faziam reposição de mercadorias

ou compra dos itens "da moda" quando visitados por representantes dos

fornecedores, definindo quantidades a comprar baseado apenas na

experiência, e não no estudo.

Durante os 35 anos em que a inflação moldou a prática de gestão do varejo,

apesar de começarem a aparecer grandes lojas individuais e algumas redes, a

questão dos estoques não era uma preocupação muito Grande pelo fato que

ter estoque era garantia de valorização do dinheiro investido.

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9Nesta última década três fatos começam a influenciar os administradores das

empresas varejistas para que eles passem a dedicar maior atenção aos

estoques e compras:

A redução das taxas de inflação, havendo anos em que esta taxa

atualizada não passou de um dígito, levou os executivos varejistas a perceber

que investir em estoques não era mais uma atividade lucrativa já que estes não

mais se valorizavam com a subida dos preços das tabelas dos fornecedores,

como na época inflacionária.

O surgimento de sistemas computadorizados de gestão empresarial, já

mais adaptados ao ambiente de varejo, que possuem parâmetros e algoritmos

de cálculo das quantidades a comprar das mercadorias comercializadas. Tais

sistemas obrigaram a que os profissionais de compras e, mais recentemente,

de logística, começassem a se interessar em aprender as técnicas de

planejamento de estoques e passassem a estabelecer políticas de gestão das

mercadorias de maneira mais científica.

O aumento da competição em boa parte promovido pela entrada dos

primeiros grande grupos de varejo internacional no mercado brasileiro. Estas

empresas passaram a ocupar fatias de mercado das empresas brasileiras

forçando a rápida melhoria dos métodos de gestão destas, principalmente na

área de estoques.

Além disso, o aumento do número de lançamento de produtos por parte das

indústrias tornando cada vez mais incerto as compras, o início do novo formato

de negócio através das vendas pela internet, e a necessidade de competir pela

preferência de um consumidor cada dia mais exigente, tornaram o assunto de

gestão dos estoques e das compras cruciais para a sobrevivência do ramo do

varejo.

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CAPÍTULO I - GERENCIAMENTO DE ESTOQUE

A finalidade principal do estoque é alimentar o fluxo produção-venda, de forma

contínua e uniforme, evitando as interrupções.

A gestão de produção determina que a firma trabalhe com um modelo de

estoque mínimo e estoque máximo, por outro lado, se a gestão financeira da

empresa informa que a firma não dispõe de capital suficiente para manter

aqueles níveis de estoque determinado, esta terá que se adaptar aos recursos

financeiros disponíveis, correndo risco maior de perturbações neste fluxo.

Pode também acontecer ao contrário, que a empresa disponha de capital

suficiente e deseje investi-la em estoque, seja para uso próprio ou revenda.

O processo de produção industrial pode ser interpretado, sob o ponto de vista

da gestão de estoques, como um fluxo de materiais entre quatro reservatórios,

que são os quatro tipos de estoques abaixo mencionados, a saber, matéria-

prima, produtos em fabricação, produtos acabados e materiais indiretos.

As matérias-primas ou materiais diretos (assim chamados por oposição aos

indiretos) são aqueles cujo processamento leva ao produto acabado e,

portanto, estão diretamente incorporados neste. Seu consumo é proporcional

ao volume da produção.

Os produtos em fabricação (ou semi-acabados, ou ainda produtos em curso)

são materiais que estão em estágio intermediário de Elaboração. Encontra-se,

pois, em diferentes fases do processo de transformação da matéria-prima no

produto acabado.

O produto acabado, como o próprio nome revela, indica a fase final do

processo de transformação da matéria-prima. Sua venda ao consumidor

representa o objeto do negócio da empresa.

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11Os materiais indiretos não figuram no produto acabado, mas concorrem

indiretamente no processo de produção industrial. Seu consumo, de um modo

geral, não é proporcional ao volume da produção.

Uma análise dos materiais indiretos poderia classificá-los, simplesmente, em

dois grupos: os indiretos de consumo fixo, isto é, independente do volume da

produção, e os indiretos variáveis, que variam mais ou menos

proporcionalmente ao volume da produção. Na prática, eles seriam realmente

classificados dentro de uma gama de variabilidade, indo desde os realmente

fixos até os que variam em ritmo mais do que proporcional, passando pelos

semifixos ou semivariáveis.

1 - 1 NÍVEIS DE ESTOQUE

A determinação dos níveis de estoque, na fase do planejamento consiste na

fixação do estoque mínimo, do lote de suprimento e do estoque máximo.

Estoque mínimo: Visa manter ininterrupto o fluxo do consumo quando ocorrem

situações anormais de suprimentos e/ou consumo, que podem ser por atraso

do prazo de entrega do fornecedor e no aumento do ritmo de consumo.

A formula simplificada para calculo do estoque mínimo é:

Estoque mínimo = consumo x atraso no prazo de entrega + prazo de entrega x

aumento do consumo + atraso na entrega x aumento do consumo.

Exemplo de calculo:

Consumo = 100 unidades por dia

Prazo de entrega = 30 dias

Aumento de consumo = 10 unidades por dia

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12Atraso no prazo de entrega = 5 dias

Levando estes valores na fórmula, vem:

Estoque mínimo = 100 x 5 + 30 x 10 + 5 x 10 = 850 unidades

O ponto de pedido é o nível do estoque do qual se deve proceder a um pedido

de material, a fim de o estoque não cair a baixo do estoque mínimo. É também

chamado ponto de reencomenda.

Os valores que figuram na formula são valores médios, para não aumentar

muito o investimento no estoque. Isto se significa que o estoque pode descer a

zero nas situações extremas.

Todas as grandezas que figuram na fórmula são valores fixos na prática mais

podem variar. É preciso então trabalhar com valores médios e sempre haverá

certo risco de se chegar ao estoque zero.

Ao se trabalhar com valores máximos o risco de se ficar sem estoque é

praticamente nulo. Mais o estoque mínimo será, neste caso, um “mínimo-

máximo” que exigirá maior investimento de capital em estoque. Se o custo da

falta de estoque é mais importante do que o custo de investir de mais no

estoque, este poderá, estão ter o valor mínimo-máximo.

O risco de se ficar sem estoque é o maior possível mais o investimento no

estoque é o menor possível, dentro dos pressupostos adotados.

Não se deve esquecer que esta fórmula foi idealizada de maneira simples, a

fim de que pudesse ser facilmente utilizada.

Considerando-se que a maioria das empresas brasileiras não trabalha com

estoques mínimos, e que a maioria que adota estoques mínimos costuma

calculá-los com bases apenas na experiência e não no estudo, pode-se afirmar

que uma fórmula simples como esta apresentada já representa um progresso.

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13èLote econômico de suprimento:

Por suprimento significa o abastecimento do estoque, seja pela compra ou pela

fabricação. O lote econômico de compra é aquele que torna mínimos os custos

de se obter e de se manter o estoque. Os custos para manter o estoque são

todos aqueles em que a empresa incorre pelo fato de ter material

armazenado. O lote econômico de fabricação está direcionado para o

planejamento e controle da produção, em poucas palavras, é a função

administrativa que tem por objetivo fazer os planos que orientarão a produção

e servirão de guia para o seu controle, que é, também, feito pelo Planejamento

e Controle da Produção. Em termos simples, determina o que vai ser

produzido, quanto vai ser produzido, como vai ser produzido, onde vai ser

produzido, quem vai produzir e quando vai ser produzido.

èEstoque máximo:

O estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo.

Fórmula: Estoque máximo = estoque mínimo + lote de suprimento.

O lote de suprimento poderá ser econômico ou não.

Em condições normais de equilíbrio entre o suprimento e o consumo, o

estoque oscilará entre os valores máximo e mínimo. Vale ressaltar que esses

níveis de estoque são válidos sob o ponto de vista da gestão da produção, e

na sua determinação não entram considerações de ordem financeira nem

mercadológica, como inflação, especulação ou investimento.

O estoque máximo sofre limitações também de ordem física, como espaço

para armazenamento, por exemplo, as quais deverão também ser levadas em

consideração na sua determinação.

Pode ocorrer ainda que a empresa não possa investir naquele nível de

estoque, por não dispor dos recursos financeiros necessários. Neste caso resta

duas alternativas:

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14Diminuir o tamanho do lote de suprimento, comprando mais vezes por ano.

Diminuir o tamanho do estoque mínimo, o que trará um risco maior de o

estoque chegar a zero.

Diminuir tanto o tamanho do lote como o de estoque mínimo, quando a falta

de capital tornar-se maior.

É sempre preferível, porém, diminuir o tamanho do lote a diminuir o estoque

mínimo, a fim de evitar a paralisação da produção por falta de estoque.

O giro de estoque ou ralação de estoque é a relação que existe entre o

consumo e o estoque médio.

O consumo é expresso em unidades por unidades de tempo, (dia, mês ou

ano). O estoque médio deve ser expresso nas mesmas unidades.

O giro vem expresso em inverso de unidades de tempo, ou em “vezes”, como

se diz na prática, isto é, “vezes” por dia, ou por mês ou por ano etc. Diz-se que

o giro do estoque é de tantas vezes ao ano, por exemplo.

Para ilustrar, suponhamos que o consumo seja de 1.000 unidades por mês e

que o estoque médio mensal seja de 1.000 unidades.

Diz-se então que o giro do estoque é de 10 vezes ao mês, ou ainda, que o

estoque “girou” 10 vezes ao mês.

Pode-se também obter o giro através de valores monetários de custo ou de

venda.

Utilizando-se valores de venda, o giro vem definido da seguinte maneira:

Utilizando-se valores de custo, a definição de giro toma a forma Seguinte:

vendasestoque médio ao preço de venda

Giro =

valor de custo das vendasestoque médio ao valor de custo

Giro =

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15Qualquer que seja a definição adotada para o cálculo do giro, tanto o

numerador como os denominadores devem vir expressos nas mesmas

unidades de quantidade ou de valor, se não sua ralação não tem sentido e não

mede o giro.

Já o conceito de antigiro, ou inverso do giro, é mais significativo. O antigiro

vem expresso em unidades de tempo, dias, por exemplo. Representa o tempo

que seria necessário para, com aquele consumo, esgotar o estoque médio.

Um estoque médio de 2.000 unidades seria consumido, à razão de 20

unidades por dia, em 100 dias.

O antigiro é este tempo de 100 dias.

1 - 2 POSIÇÃO DA G.E NA ORGANIZAÇÃO DE EMPRESA

A posição mais indicada para a Gestão de Estoque na organização da

empresa é a subordinação ao Planejamento e Controle da produção, o qual,

por sua vez, está subordinado ao Departamento de produção (Departamento

Industrial).

Outras alternativas seriam subordiná-lo diretamente ao Departamento de

produção ou colocá-lo diretamente sob a Gerência Geral da empresa, ao lado

do Departamento de Produção. São alternativas que dão à Gestão de Estoque,

níveis hierárquicos maiores do que aquele recomendado.

Pode-se, porém, afirmar com base na observação de um bom número de

experiências práticas, que a Gestão de Estoque, com os objetivos e funções

aqui descritos, pode se desenvolver perfeitamente no nível hierárquico de

subordinação ao planejamento e Controle da Produção.

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16A Gestão de Estoque serve principalmente à Gestão da Produção e menos

aos demais departamentos da empresa. Trabalha em contacto mais estreito

com o Planejamento e Controle da Produção, que lhe fornece as informações

com que atua.

É através do Planejamento e Controle da Produção que os materiais entram e

saem do estoque, pois é dele que partem as solicitações de compra para a

produção e as requisições de matérias para a fábrica.

A maioria dos materiais nas empresas industriais, em quantidade e valor,

destina-se à produção, o que justifica a posição recomendada para a Gestão

de Estoque.

Os materiais que se destinam aos demais departamentos da empresa

representam a minoria em quantidade e em valor e, portanto, não poderiam

justificar a colocação da Gestão de Estoques sob a direção desses órgãos.

Por exemplo, o Departamento Contábil financeiro precisa conhecer as

quantidades que entram, saem e restam nos almoxarifados a fim de atribuir-

lhes os valores contábeis, os quais figurarão nos relatórios e demonstrações

da gestão financeira. Isto, entretanto não é razão, de qualquer ordem para que

a Gestão de Estoque seja subordinada à Administração Contábil Financeira.

Este departamento poderá obter da Gestão de Estoque os dados de que

precise a fim de obter os que desejam em última análise, ou então poderá

solicitar à Gestão de Estoque que, além das quantidades, lhe forneça também

os valores contábeis dos estoques, segundo as normas de avaliação que a

Gestão Financeira fornecerá à Gestão de Estoque.

Não se justifica tão pouco a subordinação da Gestão de Estoque à Sessão de

Compras, pois o trabalho rotineiro desta sessão começa com a solicitação de

compra que é um dos produtos do trabalho da Gestão de Estoque feito através

do trabalho do Planejamento e Controle da Produção. Pode-se quase dizer

que a Gestão de Estoque começa onde a Sessão de Compras termina. A

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17muita interação entre estas duas sessões o que, porém não justifica a

subordinação de uma à outra.

1 - 3 – MONITORAMENTO DE DESEMPENHO NA G.E

O processo de gestão de estoques pode ser decomposto em quatro aspectos

básicos: as políticas e modelos quantitativos utilizados, as questões

organizacionais envolvidas, o tipo de tecnologia utilizada e, finalmente o

monitoramento do desempenho do processo.

O objetivo é o de abordar o aspecto referente ao monitoramento de

desempenho do processo, discutindo as práticas comumente adotadas bem

como as características consideradas como as mais adequadas. Um sistema

de monitoramento pode ser utilizado para duas finalidades, medir e

acompanhar o desempenho do processo como um todo e fornecer subsídios

para programas de reconhecimento e recompensa de funcionários.

A estruturação de sistemas de monitoramento de desempenho de processo

possui vários aspectos tais como a escolha tipo de tecnologia a ser utilizada e

a definição de responsabilidades sobre o desempenho a ser monitorado.

Entretanto, uma questão chave é a determinação de quais indicadores de

desempenho serão utilizados, de forma que o sistema de monitoramento

atenda todas as necessidades e esteja alinhado à estratégia da empresa.

Os indicadores de desempenho utilizados na gestão de estoque podem ser

segmentados em três grupos: custo, serviço e conformidade do processo. Os

dois primeiros grupos de indicadores estão relacionados aos resultados do

processo que compõem o balanceamento do nível de estoque com o nível de

serviço com o objetivo de obter-se o menor custo total. O terceiro grupo de

indicadores por sua vez está associado às razões pelo qual o desempenho é

alcançado.

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18Estes três grupos de indicadores estão detalhados a seguir.

è Indicadores de Custo;

Normalmente os indicadores de custo são os mais utilizados no monitoramento

do estoque das empresas, sendo muitas vezes os únicos; atualmente todos se

preocupam com o tamanho, valor, do estoque. Esta grande importância dada

aos indicadores de custo é muitas vezes decorrente da falta de uma visão

global do processo de gestão de estoques, que não abrange os impactos que

reduções no nível de estoque podem gerar no grau de disponibilidade de

produto e, conseqüentemente, no nível de serviço da empresa.

A gestão de estoque incorre em dois tipos básicos de custo: custos de

manutenção de estoque e custos associados à falta do mesmo. Este segundo

tipo de custo é relacionado ao nível de serviço da empresa, sendo muitas

vezes negligenciado.

Um sistema de indicadores que monitore apenas os custos de manutenção

consegue responder a pergunta de quanto custa para a empresa manter seu

nível atual de estoque, mas não consegue informar quanto pode custar

reduções de estoque sem embasamento técnico.

èCusto de Manutenção de Estoque: Com relação a este tipo de indicador

três questões devem ser abordadas: a diferença entre valor e custo de

estoque, as deficiências do monitoramento de valores contábeis e a

necessidade da utilização de mais de um indicador para se ter uma informação

de qualidade.

O primeiro ponto é referente à diferença entre valor de estoque e custo de

estoque. O valor do estoque informa o quanto “vale” o estoque, ou seja, o

somatório total do valor dos produtos acabados e dos insumos de posse da

empresa, mas não o quanto isto “custa” para a mesma. Isto deve ser

mensurado em função do custo de oportunidade deste estoque, ou seja, qual

seria o retorno para a empresa caso o valor investido em estoque fosse

aplicado de alguma outra forma, ou por outro lado, quanto se deixa de ganhar

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19pelo fato daquele valor estar imobilizado. Este custo é alcançado multiplicando-

se o valor do estoque pelo taxa mínima de atratividade da empresa em

questão, ou seja, qual o retorno mínimo que um projeto ou investimento

necessita para que a empresa decida por investir no mesmo. Como muitas

vezes este valor não é conhecido, é comum o uso de taxas do mercado

financeiro, CDI e SELIC, para se obter este custo.

O segundo ponto é referente à utilização de indicadores contábeis para o

monitoramento do estoque. Como estes indicadores são construídos baseados

em normas e princípios contábeis, muitas vezes não são umas representações

fiéis do fluxo físico de materiais na empresa. Isto é particularmente verdadeiro

com relação à prática de reduções bruscas no valor contábil do estoque às

vésperas de fechamento de balanços trimestrais. Estas reduções podem ser

alcançadas, entre outros artifícios, pela postergação do pagamento de insumos

para após o fechamento do balanço, mas com o produto já recebido.

Outra inadequação dos indicadores contábeis diz respeito a estes tratarem a

informação de forma agregada, não fazendo distinções entre produtos com

características diferentes.

Finalmente, o terceiro ponto é com relação à necessidade de mais de um

indicador para um monitoramento completo do custo de manutenção do

estoque. Por monitoramento completo consideramos que é necessário não

apenas a informação do quanto custa o estoque, aspecto coberto pelo

indicador apresentado anteriormente, mas também se este custo está

adequado às características da empresa.

A resposta a esta segunda pergunta pode ser obtida através do indicador de

cobertura de estoque, ou seja, o tempo em que o estoque existente é

suficiente para atender a demanda, sem necessidade de reposição.

Peguemos um exemplo para demonstrar a importância da conjugação destes

dois tipos de indicadores. Uma empresa com um valor de estoque de R$ 4

milhões e com custo de oportunidade de 20% ao ano possui um custo de

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20estoque de R$ 800 mil/ano. Entretanto este valor pode possuir relevância

diferente de uma empresa para outra. Por exemplo, para uma empresa com

faturamento anual de R$ 48 milhões, este valor indica que o estoque é

suficiente apenas para um mês, por outro lado, para uma empresa com

faturamento anual de R$ 8 milhões este estoque é suficiente para seis meses!

Desta forma um mesmo valor de estoque pode representar um nível bastante

baixo, caso do primeiro exemplo mencionado, como também pode ser um sinal

de alerta, caso do segundo exemplo.

è Indicadores de Nível de Serviço:Os indicadores de nível de serviço estão

associados aos resultados da gestão de estoque no que tange a

disponibilidade de produtos. Apesar de menos utilizado, este tipo de indicador

é de grande importância, pois a meta de serviço a ser alcançada irá influenciar

fortemente o nível de estoque .

Estes indicadores podem ser divididos em dois grupos de acordo com seus

objetivos: o custo da falta e indicadores de monitoramento de disponibilidade.

O custo da falta apresenta características que permitem que seja classificado

tanto como indicador de custo como de nível de serviço, já tendo sido discutido

na parte deste artigo referente a indicadores de custo. Desta forma, será

discutido a partir deste ponto o outro tipo de indicador de nível de serviço.

Os indicadores relacionados à disponibilidade de produto podem estar

associados a duas visões: a do cliente ou a do produto. Na visão do cliente, o

nível de serviço pode ser medido, por exemplo, em função do percentual de

pedidos com disponibilidade total (pedidos completos), ou do percentual de

linhas de pedido com disponibilidade de produto (um pedido pode ser

composto por vários tipos de produto, onde cada produto representa uma linha

do pedido). Ou seja, esta visão representa exatamente o serviço prestado pela

empresa ao cliente, são estes indicadores que deverão servir de guia para que

a gestão de estoque atenda as necessidades definidas pela estratégia da

empresa.

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21Do ponto de vista do produto, os indicadores estão associados à

disponibilidade de cada produto ou seja: percentual da demanda pelo produto

em um determinado período de tempo atendido de imediato, freqüência com

que o produto apresenta falta de estoque, entre outros. Por passarem uma

informação mais segmentada, estes indicadores permitem que sejam

identificados produtos específicos que estejam apresentando problemas, e

também o monitoramento de grupos de produtos com estratégias de estoque

diferenciadas, como por exemplo, níveis de serviço desejados maiores para

produtos de maior rentabilidade.

è Indicadores de Conformidade

Os indicadores de custo e de nível de serviço permitem monitorar o resultado

final do processo de gestão de estoque, entretanto eles não são capazes de

explicar o porquê do desempenho obtido. Este tipo de informação é obtido

através dos indicadores de conformidade do processo.

Estes indicadores são fundamentais para o dimensionamento mais adequado

do nível de estoque. A principal função do estoque é garantir disponibilidade de

produto em função das características operacionais da empresa e absorver as

incertezas presentes. Dentro deste contexto, a função dos indicadores de

conformidade é a de monitorar todos os aspectos e incertezas impactantes

para o nível de estoque.

Quanto mais complexo, incerto e restritivo for o fluxo de materiais, maior será o

nível de estoque necessário para se atingir um determinado nível de serviço.

Desta forma, o entendimento do fluxo de materiais é necessário para se

garantir que o nível de estoque definido, baseado em políticas e processo

formalizados, seja o mais adequado para as características da empresa.

O fluxo de materiais é composto por diversas atividades distintas, cada uma

podendo impactar ou não os níveis de estoque. O grande objetivo do

entendimento deste fluxo é o de identificar quais são as atividades relevantes

para a gestão de estoque e que, conseqüentemente, devem ser monitoradas.

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22A fim de exemplificar esta identificação de atividades relevantes vamos

acompanhar o fluxo de materiais de uma empresa industrial tradicional. O fluxo

se inicia com a previsão de demanda, que irá servir como planejamento de

produção. A partir deste planejamento define-se a necessidade de compra de

matéria-prima.

Estas atividades estão todas relacionadas ao início do fluxo de materiais que

irá resultar no estoque de matéria-prima. Desta forma este estoque é

influenciado pelo ressuprimento e pela confiabilidade do fornecedor. Outra

atividade impactante pode ser o próprio planejamento da produção, em alguns

casos este sofre alterações freqüentes, e em um horizonte de tempo inferior ao

tempo de reposição. Quando isto ocorre, o nível de estoque também deve

estar preparado para absorver esta incerteza.

Uma vez definida as atividades relevantes para o estoque de matéria-prima

parte-se para o estoque de produto acabado. Também para este as atividades

impactantes estão relacionadas à demanda, no caso a precisão da previsão de

vendas, e às incertezas em sua reposição. Com relação à reposição, esta é

associada à confiabilidade da produção, rendimento e controle de qualidade e

à sua flexibilidade de reposta ou tempo de fabricação.

Identificadas às atividades que devem ser monitoradas, parte-se então para a

identificação do impacto de cada uma no nível de estoque. Esta etapa

necessita que as políticas de estoque utilizadas pela empresa estejam

definidas e estruturadas, no que diz respeito aos modelos matemáticos

utilizados na definição dos estoques de segurança e de ciclo .

O estoque de segurança pode e deve ser parametrizado em função das

incertezas existentes no processo. Assim grande parte das incertezas

consideradas como relevantes anteriormente já estarão sendo consideradas

em algum grau para o cálculo do estoque de segurança, na forma de alguma

medida estatística. Esta medida estatística é que deverá ser utilizada como

indicador. Exemplos deste tipo de medida é a precisão da previsão de vendas,

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23a confiabilidade da produção e a variabilidade do prazo de entrega do

fornecedor.

A figura acima apresenta um exemplo de indicadores de conformidade de

processo para uma empresa industrial, a qual possui um fornecimento

importado, de grande perca de tempo e baixa confiabilidade dos fornecedores.

A necessidade da programação do fornecimento com antecedência faz com

que a previsão de vendas seja extremamente relevante, sendo sua precisão

uma das principais incertezas contempladas pelo estoque de segurança. Por

ser uma indústria química, algumas vezes a produção planejada não é atingida

em sua totalidade, sendo também monitorada sua confiabilidade.

Esta utilização como parâmetros de modelos é que permite que estes

indicadores informem as causas para o nível de estoque resultante do

processo de gestão. Como os modelos de estoque estão preparados para que

alterações em algum dos parâmetros utilizados indiquem a necessidade de

alterações no nível de estoque, o contrário também pode ser realizado. Ou

seja, o gestor pode buscar a causa de alguma mudança no estoque através do

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24acompanhamento dos indicadores de conformidade do processo. Por exemplo,

um aumento no fornecimento automaticamente gera um aumento no estoque

necessário.

A relação descrita acima permite que o sistema de indicadores possa ser

estruturado a partir de uma lógica de causa e efeito, na qual os indicadores de

conformidade do processo e os de custo e nível de serviço estão relacionados

através dos modelos de estoque utilizados. A figura abaixo mostra um

diagrama de causa e efeito baseado em indicadores de gestão de estoque,

para a empresa industrial já citada na figura 2, na qual o nível de estoque e o

nível de serviço são resultantes da combinação da precisão da previsão de

vendas, da confiabilidade e do tempo do fornecimento e da confiabilidade da

produção.

Esta relação de causa e efeito permite não só que se identifique às causas de

movimentos no nível de estoque, mas também que se definam estratégias

para reduções de estoque sem comprometimento do nível de serviço. Estando

a política parametrizada, ações com o objetivo de melhorar algum indicador

resultarão automaticamente em reduções de estoque.

èCaracterísticas:Os estoques assumem diferentes significados conforme o

tipo de empresa onde sejam considerados, mas sempre trazem a conotação

de algo à disposição, seja de vendas (como as mercadorias nas empresas

comerciais ou os produtos acabados nas empresas industriais), seja de

transformação (como as matérias-primas ou materiais em processo), seja de

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25consumo (o estoque de material de consumo pode acontecer tanto em

empresa comercial, industrial, como na de serviço).

èImportância dos Estoques:

O grupo de contas Estoques assume grande importância no contexto do

Balanço Patrimonial e seus efeitos são imediatamente sentidos no Patrimônio

Líquido. Daí a necessidade de demonstrar sua movimentação na

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), principalmente nos Balanços

Patrimoniais das empresas comerciais onde o estoque tende a ser o item de

maior valor e de intensa movimentação (isso não quer dizer que não seja

importante também nas empresas industriais ou mesmo em outras empresas).

Este estoque está direcionado principalmente às empresas comerciais, porém

os conceitos são perfeitamente válidos em quaisquer entidades que

movimentem materiais, matérias-primas, produtos, enfim, quaisquer tipos de

mercadorias, seja par uso próprio, transformação ou revenda.

è Inventários:

Inventário no sentido contábil amplo da palavra é o processo de verificação de

existências na empresa. As existências podem ser: Mercadorias, Materiais,

Produtos (estes são os mais comuns de serem inventariados) ou outros bens,

como do Imobilizado, e até mesmo Contas a Receber ou a Pagar, bem como

outros que se julguem necessários ou convenientes.

Inventário, no sentido restrito, refere-se ao processo de verificação das

existências dos estoques; portanto, faz parte do Controle de Estoque. Dessa

forma, a verificação, a contagem física do bem, caracterizam o inventário.

èInventário Permanente:

Desde que o Controle de Estoque forneça permanentemente o valor dos

estoques com certeza da existência das quantidades correspondentes, diz-se

que o regime de Controle de Estoque é Permanente, e o Inventário é

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26permanentemente conhecido por meio do controle. Dessa forma, em qualquer

momento eu conheço meu estoque; basta observar a “Ficha de Estoque”.

èInventário Periódico:

É o inventário levantado no fim de cada período contábil, geralmente adotado

quando o Permanente é inviável. Por isso, é comum observar em empresas

comerciais uma placa ou faixa, colocada na fachada da loja, em fim de ano:

“Fechada para Inventário”.

Características do Periódico:

A necessidade de um Inventário Físico das mercadorias em cada fim de

período.

A valorização do Inventário Físico por um preço de custo aceitável para cada

item inventariado, multiplicado pela quantidade encontrada. A somatória dos

valores para obter o Valor Total do Inventário.

O Custo das Mercadorias à Disposição de Vendas (MDV) é obtido pela soma

só Estoque Inicial (EI) mais as Compras (C); portanto: MDV= EI + C.

O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é obtido indiretamente pela

subtração do Estoque Final (EF) do MDV; portanto, CMV = MDV – EF.

As empresas operam com mercadorias de elevado valor unitário, tais como

automóveis, televisores e outras máquinas e aparelhos valiosos, utilizam o

Controle de Estoque Permanente ou Inventário Permanente dos Estoques,

mesmo porque o número de operações é reduzido, tanto de compra como de

vendas. Isso permite examinar as Notas Fiscais, elaborar o registro nas fichas,

calcular o custo da venda (CMV) de cada unidade. O CMV é facilmente

acumulado após o calculo direto. Esse processo baseia-se em um conjunto de

fichas sob controle que evidencia o custo de artigo que permanece no estoque.

Daí a denominação de Inventário Permanente. Toda movimentação de entrada

e saída é registrada diariamente, o que justifica também o nome de Controle

Permanente. Esse sistema está definitivamente consagrado para as empresas

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27que operam com alto valor unitário. No entanto, é impraticável para

supermercados, farmácias varejistas, confeitarias, padarias e outras casas de

comércio varejistas que lidam com miudezas, onde o número de operações é

elevado e exige o uso de caixas registradoras ou Notas Fiscais Simplificadas,

sem descrição da mercadoria (para agilizar a operação). Nesses casos,

portanto, não se faz o registro de cada operação, pois se utiliza do controle

periódico de estoque.

Existe empresas que adotam políticas de aquisição de alguns materiais de uso

e consumo raro (não repetitivo), que não compensa codificar, chamados de

Apropriação Direta, isto é, são comprados na quantidade exata para o

consumo e imediatamente consumida para não permanecerem em estoque.

Portanto, são apropriados diretamente em custo ou despesas. Por exemplo,

uma padaria que adquire cimento para reformar o prédio.

èDuplo Controle de Estoque:

Em algumas empresas que usam o Controle Permanente, nota-se a existência

do duplo controle de estoque: um quantitativo junto à existência física do

estoque no almoxarifado ou armazém e outro por quantidade e valores no

escritório. Para manter um elo entre dois, utiliza-se a indicação pelo estoquista

do armazém nos comprovantes do “Último Saldo” (ou seja, o estoque que foi

apurado na ficha após o lançamento), essa indicação é conferida no escritório.

èInventário Rotativo:

Outro procedimento recomendável para manter o controle sempre coincidente

com a existência física e também para examinar as diferenças que ocorrem

com devido cuidado é o procedimento do Inventário Rotativo que, se for

praticado eficientemente, eliminará a necessidade do Inventário Físico anual.

O Inventário Rotativo é registrado em formulário próprio e deve ser planejada

uma quantidade diária de contagens que proporcione de duas a quatro

contagens em cada item de estoque no ano. Esse cálculo é efetuado levando

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28em conta a quantidade de itens em estoque, multiplicada pelo número médio

de contagens que se pretenda.

èExemplo de cálculo de Contagem Rotativa de Estoques:

Considerando a empresa Delivery S.A., desejando-se um número médio de

contagens igual a três, durante um ano, e dispondo-se de tempo a partir de

maio, sendo o encerramento do exercício em dezembro, e considerando que o

encarregado irá trabalhar nesse serviço em um dia por semana, ou seja, toda

segunda-feira (por ser o dia de menor movimento), contando-se no calendário

obtiveram-se 40 dias úteis. Com esses dados o cálculo terá a seguinte

indicação:

Itens x contagens = 900 x 3 = 67,5 itens por dia.

dias úteis 40

O número obtido é um indicador para ser comparado com as futuras contagens

e avaliar se o desempenho almejado vai ser obtido.

Exemplo de Formulário de Inventário Rotativo

A razão conhecida das diferenças poderá ser registrada no verso do

formulário.

èControle Periódico de Estoques e de Inventários:

+ - + -

___ / ___ / ___ Data

Inventário Rotativo nº _ _ _ _ __ _Delivery S.A.

Quantidade ValorContador GerenteFeito por Conferido por

Lançado por

Acerto da FichaPreço

Acerto Valor

25 linhas 3 formulários

cada vez

Código MercadoriaContagem

FísicaFicha de Estoque

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29São muitas as empresas que adotam o “Controle Periódico de Estoques ou

Inventários” no todo ou em parte. Muitas vezes, por se inviável o permanente

e, outras vezes, por ser dispensável, quando por exemplo o próprio sócio

proprietário fecha a loja e está tão familiarizado com as mercadorias que

percebe imediatamente qualquer falta não correspondida por uma venda ou

saída autorizada.

èImportância do Inventário Físico no Regime Periódico:

Nesse regime, são muito importantes o Inventário Físico e sua valorização

para determinar o CMV, mesmo porque não existe possibilidade de nenhum

controle cruzado.Por isso, vamos detalhar mais o processo para obtenção do

Inventário Físico e sua valorização.

èLimitações do Regime Periódico para a Gestão Empresarial:

Quando adotamos o regime periódico, não dispomos do Custo das

Mercadorias Vendidas (CMV), nem diariamente e muito menos a cada

operação. Também não podemos contar que a Contabilidade forneça o

estoque de mercadorias não vendidas, nem diariamente e muito menos a cada

operação. Se essas informações são indispensáveis para a gestão da

empresa, não poderemos adotar o Periódico, pois essas informações

referentes ao CMV e Estoques somente são obtidos mediante Inventário Físico

do total do Estoque, o CMV obtido é do total das mercadorias não

encontradas, e é impossível determinar o CMV de cada item.

èPreparação do Inventário Físico:

Para realização do Inventário Físico, é costume uma preparação prévia do

corte de compras e de vendas. A proibição de qualquer entrada e saída de

mercadoria, a escolha de uma data com tempo necessário para efetivar a

contagem sem o atendimento de clientes (nem de qualquer outro elemento

estranho ao Inventário) são requisitos indispensáveis. A data escolhida

geralmente deve recair em domingos, se possível, senão em período noturno

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30(o que não é muito recomendável). A data deve coincidir com o último dia do

período contábil.

èO corte para o Inventário Físico:

O corte de compras e vendas consiste na escolha criteriosa de qual é a última

nota fiscal de compra e qual é a última nota fiscal de venda a ser considerada

nos Registros Fiscais e Contábeis, cuidando-se para que a mercadoria

correspondente à compra seja considerada e as correspondentes às vendas

sejam retiradas antes do início da contagem.

èArrumação Física:

Além do corte, efetua-se uma minuciosa arrumação física corrigindo-se erros

comuns na movimentação de mercadorias, como, por exemplo, o mesmo tipo

de mercadorias em mais de um lugar por falta de espaço adequado e outros.

èRegistro de Preço:

Após a contagem de ser registrado o preço para cada item, de acordo com um

dos critérios de atribuição de preços de modo consistente.

èLimitações do Regime Periódico para Controle de Estoques:

Neste processo, é muito difícil e realmente não é de se esperar que

detectemos eventuais faltas de estoque, por roubo ou descuido na conferência

de entradas de mercadorias a menor ou saídas a maior indevidamente.

Quando adotamos esse critério, é porque esperamos que eventuais faltas ou

desvios sejam difíceis de ocorrer devido ao esquema de segurança. Se

ocorrerem, serão de pouca importância, o que não justifica o custo de

manutenção de um controle mais perfeito como o Permanente.

èCritérios de Atribuição de Preço ao Estoque:

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31Atualmente, prevalece o critério principal estabelecido em lei, ou seja: “Custo

ou Mercado, dos dois o Menor”. Portanto é necessário estabelecer os dois

para escolher o menor.

è O Custo e os Impostos (IPI, ICMS, PIS, COFINS):

Este estudo sobre Gestão de Estoques está focado principalmente nas

empresas comerciais, darei um destaque especial na área de Suprimentos, se

bem que os princípios básicos são aplicáveis nas empresas industriais cuja

estruturação de custos é mais complexa, e não teria sentido pretender analisá-

la nesta obra.

Uma primeira consideração necessária é com relação ao custo de aquisição e

às implicações fiscais e hábitos operacionais com embalagens, vasilhames,

descontos, despesas de seguro e transporte.

A legislação fiscal determina os tributos a serem cobrados nas operações de

comercialização. Os tributos mais evidentes são o IPI, o ICMS e o Imposto

Sobre Serviço (ISS). A incidência dos tributos é diferenciada de empresa

industrial para empresa comercial e diferenciada também para empresa

prestadora de serviço. Portanto existe uma diferenciação de uma empresa

adquirente para outra, mas essa diferenciação ocorre também de uma

empresa fornecedora para outra, exigindo muita atenção no estudo da

legislação pertinente às operações da empresa especificada, bem como no

estudo da legislação pertinente aos fornecedores.

No caso da hipotética Delivery S.A., que vende para consumidor e compra de

fabricantes, o IPI deve ser incluído no custo da mercadoria (apesar de

separado na nota fiscal) e o ICMS deve ser excluído, apesar de fazer parte do

preço.

Para uma indústria que adquire matéria-prima pagando IPI e ICMS, nenhum

desses impostos representará custo, uma vez que, ao vender o produto final a

empresa cobrará (recuperará) do cliente os impostos sobre vendas.

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32Esses impostos, que não significam custos para a empresa (haverá sua

recuperação), seja ela comercial ou industrial, deverão ser destacados na

ocasião da escrituração da mercadoria ou matéria-prima adquirida. Dessa

forma, teremos o estoque que contabilizado por seu custo real, depurado do

ICMS e do IPI (este último, no caso de indústria).

Assim, numa aquisição de material por $ 1.200.000 sendo o preço da

mercadoria $ 1.000.000 (estando aqui inclusos 15,5% de ICMS) e $ 200.000,

de IPI, teríamos os seguintes valores contabilizados como Estoques:

OBS.: No caso de empresa comercial, ela sempre recupera o ICMS na

revenda da mercadoria. Todavia, o IPI será custo, uma vez que esse imposto

não será cobrado (recuperado) por ocasião da revenda da mercadoria pela

empresa comercial.

PIS Não-Cumulativo:

1. Inclusão na base de cálculo do crédito do PIS da depreciação de edificações

e benfeitorias em imóveis próprios;

2. Inclusão na base de cálculo do crédito do PIS da depreciação sobre

máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado

adquiridos para utilização na prestação de serviços;

Para uma Indústria que irá recuperar o IPI e ICMS $845.000 excluem do Custo o IPI e o ICMS

Para o Comércio que irá recuperar o ICMS $1.045.000 exclui do Custo o ICMS

Para uma Prestadora de Serviço que não terá recuperação do IPI nem do ICMS $1.200.000 tanto o IPI como os ICMS tornam-se Custos

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333. Tratamento diferenciado (crédito presumido) para as empresas imobiliárias,

que praticam loteamento de terrenos, incorporação, construção de prédios

destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos;

4. Alteração das normas para o ressarcimento do crédito do PIS para

empresas exportadoras;

5. Alteração nas normas para o aproveitamento do crédito para as empresas

que constroem por empreitada ou fornecem a preço predeterminado bens ou

serviços, contratados por pessoa jurídica de direito público, empresa pública,

sociedade de economia mista ou suas subsidiárias;

6. Alteração nas normas para aproveitamento do crédito das devoluções de

vendas efetuadas até novembro/02, passando a ser admitido em 12 vezes

(similar ao crédito presumido dos estoques).

Com exceção do item 3, acima, que entra em vigor a partir de 01.01.2004, os

demais itens mencionados entrarão em vigor a partir de 01.02.2004.

èCOFINS Não-Cumulativo:

A MP institui, a partir de 01.02.2004, a COFINS, pelo modelo de incidência

não-cumulativa, mediante aproveitamento de créditos relativos à aquisições de

bens e serviços. A alíquota aplicável, conforme o disposto na MP, será de

7,6%. As normas de apuração coincidem com as normas do PIS Não-

Cumulativo.

èO Custo e as Embalagens, Despesas de Seguro e Transportes

As embalagens cobradas à parte pelos fornecedores e não restituíveis nem

vendáveis também devem ser incluídas no custo, juntamente com as despesas

de seguro e transporte que forem por conta do adquirente.

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341 - 4 – POLÍTICA DE ESTOQUE

Numa economia inflacionária, é recomendável sobrecarregar os estoques ?

A princípio, parece o melhor caminho, para a empresa, abarrotar seus

estoques, antecipando compra, já que há aumento de preços sucessivos. Essa

linha de pensamento é reforçada principalmente quando há deficiência de

suprimentos, ou seja, escassez de matéria-prima.

Na prática, não predomina tal filosofia. Basicamente, o motivo é de ordem

financeira:

A imobilização de dinheiro em estoques vem reduzir as disponibilidades de a

empresa parar de pagar suas obrigações. Dessa forma, ela deverá recorrer ao

mercado financeiro para captar reforço de capital de giro. Porém, o elevado

custo do empréstimo (em época de inflação crescente, o dinheiro encarece

consideravelmente) e a dificuldade de obter financiamento (muitas vezes

limitado) desestimulam esse tipo de operação.

Existem situações em que empresas com considerável nível de estoque são

obrigadas a desfazer-se dele para evitar o estrangulamento financeiro.

Há grande preocupação por parte do empresário brasileiro, que estava

acostumado a trabalhar com estoques exagerados, em aperfeiçoar o controle

dos estoques por meio de políticas tais como: estoques mínimos, lote

econômico, estoques-base etc.

É fundamental aperfeiçoar o controle de estoque também sob o aspecto

contábil. Quase sempre o controle mediante as imposições fiscais não é

eficiente para fins gerenciais (tomada de decisão). Um controle paralelo,

sugerido (para fins internos), é trabalhar com estoque de valores de reposição,

ou corrigi-los com base na inflação. Dessa forma, podemos evidenciar mais

eficientemente pontos falhos da administração.

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35Os Critérios de Atribuição de Preços ao Estoques são os seguintes:

Critérios Características Estoque I. Renda Lucro Para fins

gerenciais

Preço

Específico

Controle por Unidade Valorização a Custo

Específico

Aceita Lucro Histórico É pouquíssimo

usado na prática

Peps ou Fifo Primeiro que entra,

primeiro que sai

Valorização pelas

últimas entradas

remanescentes

Aceita Normalmente, dá

maior Lucro

Inadequado

Ueps ou Lifo O último que entra, o

primeiro que sai

Valorização pelas

primeiras entradas

remanescentes

Não Aceita Normalmente o

Lucro é menor que o

Peps e p PM

Satisfatório

Preço Médio A media ponderada de

diversas compras

Valorização pelo preço

médio de mercado

Aceita Normalmente o

Lucro é entre o Ueps

e o Peps

Inadequado

Reposição Preço corrente de

mercado para repor

Estoque

Valorizado pelo preço

corrente de Mercado

Não Aceita Normalmente dá

Menor Lucro

O mais adequado

A regra “Custo ou Mercado, O Mais Baixo” ( o preço de mercado é pouco

aplicado em nosso país, uma vez que os preços estão sempre em alta), tem

como base o conservadorismo: nunca antecipar lucros, mas sempre antecipar

possíveis prejuízos.

Nem sempre em uma economia inflacionária é recomendável sobrecarregar os

estoques, uma vez que esta política sacrifica o Capital de Giro da empresa,

que recorrerá a capitais de terceiros, cujo custo, normalmente, é elevado.

1 - 5 – OUTROS TIPOS DE ESTOQUE:

Para distinguir os diversos tipos de estoque que podem ser susceptíveis de

análise, deve-se tomar como exemplo um sistema elementar entre fábrica e

armazém.

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36A fábrica manufatura um certo número de produtos, mas devemos considerar

só um deles. Para esse produto particular, existe uma demanda média de 200

unidades por semana feita ao armazém. O procedimento normal do armazém

é preparar um pedido à fábrica para entrega de novas unidades, quando seu

estoque cai para um nível crítico denominado de estoque mínimo. É preciso

uma semana para preparar o pedido, telo aprovado e expedido e finalmente

entregue à fábrica. Uma vez recebido o pedido, a fábrica leva duas semanas

para prepara-lo, colocar as unidades no caminhão, expedi-las e descarrega-las

no armazém.

èEstoques de trânsito:

O armazém deve manter, no mínimo, um estoque capaz de atender à

demanda durante o trânsito entre o pedido à fábrica e sua entrega. O estoque

médio de trânsito é o produto do tempo de entrega pelo ritmo da demanda, ou

seja, no caso considerado, 2 x 200 = 400 unidades. A qualquer tempo,

portanto, 400 unidades devem estar-se deslocando da fábrica para o armazém

ou, num mesmo sentido, o armazém deve manter um estoque que leve em

consideração tal fato. O retardo devido ao tempo de encomenda de uma

semana tem o efeito de um tempo de transporte, uma vez que o armazém

deve também manter estoque para cobrir tal retardo. Esse ponto é de caráter

geral. Cada retardo existente no sistema gera a necessidade de um estoque

de trânsito. Dentro de um sistema de produção, ele é denominado estoque em

processamento, mas na maioria dos casos, é chamado simplesmente estoque.

èTamanho do lote ou “ciclo” de estocagem:

Como o caminhão deve efetuar sua viagem entre a fábrica e o armazém, uma

questão lógica é saber que quantidade se deve transportar de cada vez. Muitos

dos custos de transporte acorrerão de qualquer modo, e isto é verdadeiro para

os custos de preparo da requisição e outros custos burocráticos que o

problema implica.

èEstoque de reserva:

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37A taxa de demanda, o tempo de transporte e o período deexpedição ao

recebimento da encomenda não são geralmente constantes, de modo que é

normalmente necessário manter um estoque de reserva que proteja contra

variações imprevisíveis de demanda e do tempo de suprimento.

èEstoques de desacoplamento:

Os estoques tornam as operações necessárias suficientemente independentes

umas das outras para permitir que se possam executar operações de baixo

custo.

èEstoques de estação:

Muitos produtos apresentam um quadro sazonário bastante previsível durante

o correr do ano. Quando isso acontece, a administração tem a sua escolha ou

a alteração dos ritmos da produção durante o ano para se adaptar às

flutuações de demanda ou absorver parte ou todo o efeito dessas flutuações

pela manutenção de estoques. Se observarmos a demanda ao longo das

estações, alterando os ritmos de produção, o investimento total do sistema

deve atender à capacidade máxima e devemos absorver os custos de

emprego, treinamento e seleção de mão-de-obra. Freqüentemente, o uso de

estoques pode conduzir a um melhor equilíbrio desses custos.

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38

CAPÍTULO II – G.E E COMPRAS NO VAREJO

O indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta

entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a

mercadoria imediatamente após a escolha.

Como é impossível no ambiente de varejo de pronta entrega saber se o cliente

gostaria de comprar uma mercadoria que não existe em estoque, o indicador

de nível de serviço somente pode medir o número de ocorrências de faltas de

estoque de uma mercadoria, conforme demonstrado pela fórmula abaixo:

Um indicador de nível de serviço ao cliente de 100% significa que o sortimento

de uma loja esteve totalmente presente nas prateleiras, ou, em outras

palavras, que durante o período analisado, qualquer cliente que tivesse

entrado na loja não teria deixado de comprar alguma mercadoria por falta da

mesma. Considera-se que todos os skus que estavam sendo comercializados,

permaneceram devidamente expostos na área de vendas.

Um sistema informatizado que permita calcular o nível de serviço ao cliente

também deve permitir que se calcule o valor das vendas perdidas através da

multiplicação do preço dos produtos que estiveram em falta pelo número de

dias em que esta falta ocorreu e ainda multiplicando pela média de demanda

diária de tais itens.

èO impacto da falta de mercadoria na prateleira

número de itens em estoque x número de dias úteis do período x 100 número total de itens em venda x número de dias úteis do período

ível de serviço ao cliente

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39Sr. Axioma, muito conhecido no varejo diz que "aquilo que não se expõe não

se vende". Não se vende aquilo que não tem estoque e também não se vende

aquilo que não tem lugar na loja para ser exposto.

èMétodos de Classificação de Mercadorias:

Para efetuar estudos sobre estoques, resultados das vendas, fornecedores,

desempenho de compradores, etc., é necessário que o sistema informatizado

usado para a gestão dos estoques e compras tenham, ao menos, os seguintes

classificadores:

èQuanto ao Perfil de Demanda:

As mercadorias são classificadas em quatro tipos de demanda, conforme o

quadro abaixo:

Novidade Moda Básica Sazonal

Vendas durante

muitas estações Não Sim Sim Sim

Vendas de um

estilo

específico durante

muitas estações

Não Não Sim Sim

Vendas variam

muito

Entre estações

Não Sim Não Sim

Comentando as características dos perfis de demanda exemplificados no

quadro anterior, pode-se dizer:

Novidade: É a mercadoria que aparece no mercado, atinge bons picos de

venda, porém tem um ciclo de vida muito pequeno.

Moda: É a mercadoria que normalmente se vende durante várias estações

porém suas vendas podem variar dramaticamente de uma estação para outra

face às mudanças de design.

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40Básica: Também chamada de mercadoria de reposição normal, são aquelas

mercadorias que tem uma demanda contínua durante muito tempo, não sendo

muito afetadas pela mudança de design.

Sazonal: São aquelas mercadorias que tem sua demanda afetada de forma

dramática pelas estações do ano.

Um outro tipo de mercadoria que possui demanda bem específica é aquela

vendida somente em datas definidas e chamada de mercadoria de evento. São

mercadorias vendidas em datas como carnaval, páscoa, natal, etc. que, se não

vendidas naquelas datas, somente voltarão a ser vendidas no ano seguinte.

Apesar de serem chamadas de demandas sazonais por alguns autores, o

conceito de season não se aplica aos itens específicos para evento que tem

demanda somente em períodos extremamente curtos.

A utilidade de usar a classificação por perfil de demanda está na identificação

das respectivas fórmulas de projeção de vendas, no uso de técnicas

diferenciadas para planejamento de estoques e na possibilidade de serem

colocadas datas de validade nos sistemas de gestão, a partir das quais as

compras devem ser iniciadas e terminadas, de acordo com o evento ou a

estação em perspectiva.

Para estudos orçamentários, de planograma de loja, de lucratividade, de

vendas, etc., é necessário dividir os itens em classes hierarquizadas indicando

em que lugar da loja estes produtos serão preferencialmente expostos.

Departamento:

Ex: Calçados

Seção:

Ex: Calçados femininos

Categoria:

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41

(ver item 4.1) Ex: Chinelos femininos

Produto:

Chinelo de tiras modelo XYZ

SKU: O nível mais detalhado de identificação de

um item. Ex: Chinelo de tiras modelo XYZ tam. 37

Ao desenvolver o sortimento de uma loja, isto é, quais skus serão vendidos na

mesma, é preciso registrar quais destes skus pertencem a cada uma das

faixas de preços de mercadorias que serão vendidas na loja. Uma classificação

que pode ser utilizada é a que representa a divisão de renda em extratos como

classe A, classe B, classe C, etc., estabelecendo-se, os preços de venda

máximos de cada categoria e a quantidade de skus que se quer manter em

venda em cada uma delas.

Muitos estudos relativos a orçamentos, lucratividade, ocupação de capacidade,

etc são baseados na identificação das fontes de fornecimento das

mercadorias. Assim, o sistema informatizado deverá proporcionar maneiras de

classificar pesquisas e relatórios por fontes de fornecimento:

Comprado no mercado nacional

Comprado no mercado nacional, de fabricação estrangeira

Importado diretamente pela empresa

Fabricação própria

É necessário ainda que em cada sku haja a identificação do fornecedor em

que a mercadoria é comprada:

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42Código do fornecedor

Código do estabelecimento do fornecedor (um fornecedor pode ter vários

locais de onde fatura as mercadorias)

èèèèQuanto aos compradores:

Para avaliar desempenho dos compradores é necessário que os skus tenham

relacionamento com as duas entidades seguintes:

Grupamento de compras

Assim, relatórios e estatísticas de desempenho de compradores são emitidas

permitindo analisar, por exemplo, o lucro bruto proporcionado por cada

comprador, o giro de estoque dos itens que ele compra, etc..

èDefinindo o Sortimento de Cada Loja da Rede:

Varejistas necessitam decidir sobre quais itens devem ser vendidos em cada

uma das lojas de suas redes. Isto implica em conhecer, entre outras coisas, o

tráfego de consumidores onde sua loja está instalada, o tamanho e

equipamentos da loja, os fornecedores e os produtos das categorias que o

varejista quer trabalhar etc., relacionando estes dados com os objetivos

financeiros de cada loja.

Dá-se o nome de planograma ao diagrama que ilustra a disposição das

mercadorias em uma loja e os softwares existentes no mercado para ajudar na

confecção de planogramas de lojas permitem que, além de se ver a disposição

física de cada uma das mercadorias em quaisquer equipamentos de exposição

de uma loja, se possa também orientar os cálculos de quantos, quais itens e

onde devem estes ficarem expostos face aos históricos de venda e de

rentabilidade dos mesmos.

O que é uma categoria?

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43Uma categoria é um conjunto de itens que o cliente entende como substituíveis

entre si.

Desta forma, poderíamos, por exemplo, classificar os produtos chamados de

achocolatados, com suas diversas marcas, tipos e tamanhos, como uma

categoria. Da mesma forma, os diversos tipos de calças masculinas poderiam

ser considerados como uma categoria.

Este conceito é importante para ajudar na tomada de uma decisão crucial.

Com quantos produtos diferentes deveremos trabalhar em uma loja, face às

limitações de espaço e de dinheiro para investir em estoques.

2.1 – VARIEDADES E SORTIMETOS

Variedade: é o conjunto de categorias com o qual se deseja trabalhar em um

departamento de uma loja. Assim, uma loja tem muita variedade quando

oferece muitas categorias de produto aos seus clientes. A variedade é a mais

importante decisão de um varejista pois, a sua empresa será conhecida por ser

uma especialista em vendas de determinada categoria ou uma generalista

vendendo diversas categorias como uma loja de departamentos ou um

hipermercado.

Sortimento: é o número de skus que serão vendidos dentro de uma categoria.

Muitos produtos possuem variação de cor, tamanho, composição, estilo, etc.,

sendo então chamados de produtos com grade. Cada interseção da grade,

estilo, composição, cor, tamanho, é um sku individual. Sortimento é também

conhecido como profundidade e está também ligado ao conceito que se quer

ter de uma loja. Se o conceito for de especialista, a tendência é ter um

sortimento elevado da categoria trabalhada. Se for uma loja de departamentos

pode-se admitir um menor sortimento de cada categoria.

èFatores que influenciam a variedade e o sortimento:

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44Diversos são os fatores que influenciam na decisão que o varejista deve tomar

quando está planejando a variedade e o sortimento de suas lojas:

A vocação do negócio em termos de qual ou quais público-alvos se deseja

atender. Em uma rede de lojas, haverá variações demográficas em termos de

renda, sexo, idade, etc. dos consumidores que estarão fazendo suas compras

em cada loja. A variedade e o sortimento, então, podem ser diferentes para

cada uma das lojas de uma rede, seja em termos de com quais categorias

trabalhar, que faixas de preço de produtos devem ser vendidos ou mesmo o

tamanho da loja conjugado com a disponibilidade de equipamentos de

exposição existentes ou possíveis de serem colocados na mesma. Não se

pode comprar para uma loja um número de itens maior do que a capacidade

de exposição da mesma. Deve-se levar em conta que, dependendo da

sazonalidade ou do calendário de eventos, haverá alteração no sortimento,

saindo alguns itens de exposição e entrando outros pertinentes aos eventos ou

às estações.

Na definição da variedade e do sortimento devem ser levados em

consideração os objetivos de venda de cada loja, normalmente calculados por

metro quadrado dentro de cada departamento ou seção.

èQual o estoque que devo ter de cada item em cada loja ?

Estabelecer a quantidade que devemos manter de cada item em uma loja

consiste em equilibrar os benefícios de uma alta rotação com os riscos das

faltas de estoque.

Os avanços obtidos através do gerenciamento da cadeia de suprimentos,

utilizando os conceitos de planejamento colaborativo nas atividades de

previsão de vendas e programação das reposições, assim como os avanços

nas diversas atividades de transporte, armazenagem e expedição, estão

permitindo a redução dos estoques nas lojas. É fato, ainda, que estas estão

tendo seus custos por metro quadrado cada dia maiores, o que obriga a ter

menores estoques nas mesmas, passando a utilizar, quando se trata de redes

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45de lojas, a estratégia de estocagem em CDs, de maneira a obter rapidez na

reposição e melhor uso dos estoques de segurança.

Um outro facilitador para obter menores estoques nas lojas é a utilização de

métodos de previsão de vendas mais avançados, reduzindo os riscos de

sobras e faltas.

2.2- ORÇAMENTO DE COMPRAS

Na primeira etapa de estabelecimento dos orçamentos, efetuam-se os cálculos

que permitem estabelecer os valores financeiros máximos que poderão ser

gastos pelos compradores para manter as categorias de mercadorias pelas

quais são responsáveis, dentro das políticas de atendimento previstas e dentro

das restrições e objetivos financeiros do planejamento estratégico da empresa.

Na segunda etapa, os valores mensais orçados são desdobrados em dois

orçamentos, e que podem ser melhor visualizados abaixo:

Orçamento para compras de mercadorias básicas, isto é, mercadorias que

terão sua reposição calculada por métodos. A execução deste orçamento terá

pouca influência do comprador, pois as mercadorias básicas têm

comportamento de demanda com pouca variabilidade dentro de um mesmo

período de tempo.

Orçamento para compras de mercadorias de moda e de eventos, isto é, que

serão compradas para atender as vendas em períodos determinados e

vendidas até o fim do estoque adquirido, não entrando no conceito de

reposição continuada. A execução deste orçamento é grandemente

influenciada pelo comprador, pois as mercadorias são compradas para

atendimento a períodos pequenos de demanda, e vão sendo substituídas por

novas ¨coleções¨ à medida que as estações ou eventos ocorrem.

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46è Esquema de Elaboração dos Orçamentos de Compras:

Os valores mensais constantes dos orçamentos de compras de itens básicos e

de mercadorias de moda representam os valores das entregas dos

fornecedores naqueles períodos. O momento da compra pode ser diferente

desse período pois existe um tempo de entrega do fornecedor. O momento do

pagamento da compra depende da data de entrega e das condições de

pagamento.

Tais orçamentos servem de entrada de dados nos sistemas de previsão de

fluxo de caixa, efetuando-se a defasagem dos valores a pagar com base nos

prazos médios de pagamento negociados com os fornecedores da empresa.

èOs planos de compras:

Os planos de compras são baseados nos orçamentos de compra e, como

esses são também de dois tipos:

èPlano de compras de mercadorias básicas:

O plano de compras de mercadorias básicas é a própria dinâmica de

programação da reposição dos itens básicos mantidos em venda. Tal dinâmica

é suportada por sistemas computadorizados de gestão de estoques, que

utilizam diversos algoritmos de cálculo para comandar a reposição das lojas e

dos centros de distribuição.

Os valores mensais definidos no orçamento de compras devem sempre estar

sendo confrontados com os planos de compra gerados pelo sistema para que

seja possível tomar medidas de revisão orçamentária ou revisão nos

parâmetros de planejamento de estoques visando adaptá-los á dinâmica de

suprimento x demanda.

èPlano de compras de mercadorias de moda ou de eventos:

Produtos de moda e muitas mercadorias vendidas em eventos, não podem ser

planejadas utilizando os algoritmos tradicionais de planejamento. Tendências

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47da moda e comportamento do consumidor variam, impossibilitando, em nível

de sku e até de categorias, que utilizemos técnicas estatísticas para projetar

vendas e compras de tais tipos de itens.

É a perspicácia, conhecimento do mercado e alguma sorte que permite ao

comprador tomar boas decisões sobre mercadorias de moda ou de eventos

que ele deve comprar.

2.3 – LIQUIDAÇÕES

As mercadorias que encalham por erro de compra, as que sofrem desgaste

pelo tempo de exposição e aquelas que sobram ao final de uma estação são

candidatas a serem liquidadas através de processos de redução de preços.

Os processos de liquidação dos estoques indesejáveis podem ser realizados

de algumas maneiras como;

1-Por acordo com fornecedores, que recebem as mercadorias encalhadas

como devolução e, as substituem por mercadorias mais vendáveis ou da nova

estação.

2-Por transferência da mercadoria para lojas especiais da rede. Estas lojas são

montadas especificamente para trabalhar com preços baixos e mercadorias

depreciadas como pontas de estoque, mercadorias fora de estação e até

mercadorias com pequenos defeitos.

3-Por revenda das mercadorias encalhadas para varejistas especializados em

vendas de saldos. Em tais casos as mercadorias são sempre vendidas a

preços inferiores ao custo.

4-Por processos contínuos de depreciação em que se determinam faixas de

desconto à medida que vai passando o tempo e a mercadoria não é vendida.

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48Por exemplo, ao passar 60 dias que a mercadoria entrou na loja, a mesma tem

seu preço rebaixado em um percentual previamente fixado. Ao atingir 90 dias,

é dado mais um desconto, e assim por diante até eliminar o estoque.

5-Por liquidações de fim de estação em que se aproveita a época em que as

demais lojas de um shopping ou de uma região da cidade veiculam grande

volume de propaganda chamando a atenção dos consumidores para as

grandes liquidações de fim de estação.

èO orçamento como instrumento de avaliação dos compradores:

As projeções orçamentárias além de servirem como balizamento das

atividades dos compradores, permitem que se avalie continuadamente a

gestão dos mesmos sobre as categorias sob sua responsabilidade,

principalmente em termos de margem bruta e geração de estoques obsoletos

ou de baixa movimentação.

èModelos de Planejamento de Estoques para o Varejo:

O propósito nesse resumo é mostrar quais os modelos mais adequados ao

planejamento de estoques de mercadoria do varejo, procurando comentar, de

cada método, sua melhor aplicabilidade neste segmento.

èOs métodos de ponto de reposição baseados na demanda do passado:

Os métodos de planejamento de estoques baseados na demanda passada são

válidos somente para aquelas mercadorias com demanda bastante estável ou

quando é possível retirar dos históricos de demanda, aquelas que foram

causadas por promoções, ficando então um modelo de demanda estável.

Logicamente que a estabilidade aqui mencionada não significa uma ausência

de variação e sim uma variação pequena da demanda em torno da média.

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49Os principais tipos de sistemas de reposição baseados na demanda passada

são o método de ponto de reposição de revisão permanente e o de ponto de

reposição por revisão periódica. Abaixo se comentam estas duas técnicas:

èPonto de reposição de revisão permanente:

O método de ponto de reposição de revisão permanente utiliza a fórmula:

PR = DM x TR + ES

Onde PR = quantidade em estoque quando se deve iniciar providências para

uma encomenda ao fornecedor

DM = quantidade de demanda média diária

TR = tempo em dias que se leva para colocar e receber a nova encomenda

ES = quantidade que se deve manter em estoque para proteger o atendimento

ao cliente se houver atrasos na entrega do fornecedor ou se a demanda tiver

variação sensível acima da média, durante o tempo de reposição.

O sistema de planejamento deve permanentemente comparar o estoque

existente, acrescido das ordens de reposição já colocadas, com o ponto de

reposição. Caso tenha atingido ou ultrapassado o ponto de reposição, o

sistema recomenda a colocação de uma nova encomenda em uma quantidade

(LE) que é calculada pelo sistema obedecendo às políticas de estoque médio

que se adote para a mercadoria, dentro das restrições de lotes mínimos e lotes

múltiplos que o fornecedor estabelecer e, ainda, considerando as encomendas

já colocadas no fornecedor. A política de estoque médio - EM é dada pela

fórmula:

EM = LE/2 + ES

Se os parâmetros de lote de encomenda (LE) e estoque de segurança (ES)

forem transformados em dias de demanda, teremos que o estoque médio

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50cobrirá o número de dias do estoque de segurança mais a metade do número

de dias cobertos pelo lote de encomenda.

Algum sistema de reposição tem seus algoritmos de cálculo do lote de

encomenda de maneira a permitir que o comprador, no momento da

encomenda, coloque uma quantidade de dias que deseja que o estoque esteja

coberto pela nova ordem. O sistema então recalcula a ordem com base na

nova informação dada pelo comprador.

Os cálculos de lote de encomenda sempre foram muito influenciados pelos

conceitos de lote econômico e de classificação ABC. Com os modernos

procedimentos de compra através da internet, negociações de longo prazo,

programação e comunicação da reposição feita automaticamente por

computador, transmissão eletrônica das notas fiscais dos fornecedores, etc., o

conceito de lote econômico perde relevância face aos custos fixos de uma

compra serem a cada dia menores. Quanto à classificação ABC, este é um

conceito ultrapassado em termos de gestão de estoques, pois não se pode

definir um nível de estoque com base em valores financeiros. O quanto

comprar e o estoque de segurança devem ser definidos pela variação de

demanda do item e pela dificuldade em se repor o mesmo, sempre pela lógica

do maior giro possível.

èPonto de reposição por revisão periódica

O método de planejamento de estoques por reposição periódica utiliza o

conceito de que a reposição de um item ou de um conjunto deles, seja feita em

intervalos de tempo regulares ou mesmo em datas previamente definidas.

Nestas datas, o sistema computadorizado determina a quantidade que deve

ser reposta, levando em consideração o intervalo de reposição, o estoque de

segurança, o tempo de reposição e o estoque na data, descontando eventuais

ordens colocadas nos fornecedores e ainda não recebidas. A fórmula do ponto

de reposição para itens de reposição periódica é a seguinte:

PR = DM (TR + IR/2) + ES

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51Onde PR = quantidade em estoque quando se deve iniciar providências para

uma encomenda ao fornecedor

DM = quantidade de demanda média diária

TR = tempo em dias que se leva para colocar e receber a nova encomenda

IR = intervalo de tempo em dias, até se fazer nova reposição.

ES = quantidade que se deve manter em estoque para proteger o atendimento

ao cliente se houver atrasos na entrega do fornecedor ou se a demanda tiver

variação sensível acima da média, durante o tempo de reposição.

èReposição baseada nos parâmetros de máximos e mínimos ou método das

quantidades fixas

Este método, muito utilizado pelo varejo por causa de sua simplicidade

operacional deve ser utilizado apenas para aqueles itens em que as médias

estatísticas de demanda são muito pouco representativas, o que normalmente

acontece naqueles itens de pequenos quantitativos de venda. Não se

recomenda a utilização deste método para as demais mercadorias já que ele

facilita o aumento dos estoques.

No método, considera-se que o nível máximo do estoque corresponde à

quantidade que deve servir como estoque objetivo no momento em que se

coloca uma encomenda. O nível mínimo é o que se chama de ponto de

reposição. Assim, a quantidade a repor é calculada diminuindo-se do estoque

máximo a quantidade de estoque existente no momento.

A fórmula do método de máximos e mínimos é dada pela expressão:

PR = estoque < ou = nível mínimo

Ao se determinar o estoque mínimo devem ser feitos os cálculos similares ao

método de ponto de reposição por revisão permanente, em relação ao estoque

de segurança.

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52èPonto de reposição baseado nas demandas de períodos de tempo futuro

Este é o método de gestão dos estoques dos itens de demanda independente,

onde as necessidades brutas se originam da previsão de venda e/ou de

encomendas de clientes. A vantagem deste método é que o comprador estará

sempre visualizando um horizonte de tempo que julgue necessário, inclusive

com a possibilidade de indicar ao fornecedor do item em análise não somente

as encomendas firmes como as previsões de encomendas futuras.

2.4 – INFLUENCIA DO CD NO PLANEJAMENTO DO ESTOQUE

No passado, grande parte das lojas tinha em anexo seus depósitos onde

guardavam as mercadorias que seriam expostas na área de vendas. Com o

processo de redução do tamanho das lojas, a instalação de lojas em shopping

centers, e as restrições de tráfego de caminhões de entrega nos grandes

centros urbanos, tornou-se quase impossível manter tais depósitos junto às

lojas. Imaginem um shopping center com 200 lojas tendo que ter espaço e

equipamentos para receber e descarregar veículos de entrega de todos os

fornecedores das lojas ali instaladas.

À medida que as redes de varejo se dispersam geograficamente em busca de

clientes, os problemas logísticos se avolumam. Os custos de transporte para

manter as lojas abastecidas tendem a crescer, o estoque em trânsito entre o

depósito central e as lojas começa a ser significativo, as lojas mais distantes

tendem a aumentar sua estocagem para fazer face ao tempo de reposição das

mercadorias, etc.

Quando esta rede de lojas tem vendas para entrega na casa do cliente como

tipicamente as lojas que vendem eletrodomésticos ou quando também

possuem vendas pela internet, os problemas de atendimento ao cliente se

evoluem e os custos de atendimento passam a ser parte significativa do custo

logístico total.

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53Para este cenário, um dos caminhos de solução é a instalação de centrais de

distribuição – CD. A implantação de CDs, únicos ou múltiplos, tem significativa

influência nos estoques e no nível de atendimento às lojas e aos clientes.

Em termos de estoques, a tendência é de que se reduzam os estoques

mantidos nas lojas desde que se implantem roteiros de entregas às lojas em

pequenos intervalos de tempo. Como cada loja anteriormente deveria fazer

seus próprios estoques de segurança, ao concentrarmos os estoques em um

CD, o estoque de segurança consolidado será matematicamente menor para

um mesmo nível de atendimento.

A conveniência de ter um ou mais centros de distribuição para atendimento ao

suprimento de uma rede de lojas é um estudo logístico complexo, exigindo

simulações de custos de transporte, de operação, de instalações e de

manutenção de estoques, para subsidiar a decisão de quantos CDs devem ser

instalados e qual a melhor localização para os mesmos.

São inegáveis, entretanto, os benefícios que a instalação de CDs proporciona

em termos de maior velocidade na reposição das lojas e na entrega aos

clientes, com menores custos logísticos totais.

Um sistema de planejamento das necessidades de distribuição proporciona

visibilidade ao longo de toda uma rede de distribuição. Esse planejamento

permite a um órgão central identificar as necessidades reais dos produtos nos

centros de distribuição assim como, nas lojas abastecidas por estes CDs. As

demandas destas lojas podem ser estabelecidas por técnicas de previsão de

venda com base em históricos de vendas aos consumidores, devidamente

ajustados para os períodos futuros.

Os sistemas utilizam um único código identificador para cada item e, através

do conceito de se formatar uma estrutura das fontes de suprimento, é possível

identificar qual fonte de fornecimento - um centro de distribuição, uma fábrica

ou um fornecedor - abastece cada um dos elementos da rede, sejam centros

de distribuição ou lojas.

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54Este relacionamento hierárquico permite ainda que se estabeleçam quais itens

de uma loja são abastecidos por cada CD. Isto é importante, pois uma mesma

loja poderá ter seus itens abastecidos por CDs diferentes, como no caso de

uma rede que tenha CDs especializados para mercadorias frigorificadas, por

exemplo. Desta forma, o sistema permite que se definam todos os "caminhos

de suprimento", para cada item, individualmente, de uma rede de lojas. No

diagrama abaixo é mostrado este relacionamento hierárquico entre os

elementos de uma rede de distribuição.

Baseado no conceito de explosão de necessidades ao longo desta rede, o

sistema, calcula as necessidades líquidas de mercadorias, levando em

consideração os estoques disponíveis, estoques de segurança e estoques em

trânsito (já despachados por uma fonte de fornecimento e ainda não recebido

no local onde as necessidades estão sendo calculadas). Ordens planejadas

são criadas para cobrir as necessidades brutas ao longo do horizonte de

planejamento usando as regras de cálculo de tamanho de lote, parametrizadas

no sistema.

Os maiores benefícios logísticos obtidos com um bom e estratégico

planejamento são:

*Redução dos custos de fretes pela melhor coordenação dos embarques.

*Redução dos níveis de inventário já que o sistema pode determinar com

precisão qual item é necessário, onde, quando e quanto.

*Diminuição do espaço de armazenagem face à redução dos estoques totais.

*Melhoria da visibilidade dos estoques e conseqüente melhor coordenação

entre as fontes fornecedoras e as lojas ou centros de distribuição.

*Aumento da capacidade de elaborar orçamentos através da possibilidade de

serem feitas simulações dos estoques em cada elemento da rede e o

conseqüente cálculo das necessidades de transportes, utilizando simulações

de múltiplos cenários.

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55

CAPÍTULO III – GERENCIAMENTO DA CADEIA DE

SUPRIMENTOS

Chama-se Resposta Rápida – "o conjunto de ações tomadas em uma cadeia

de suprimentos que conduz a uma redução do tempo de reposição".

Gestores de uma cadeia de suprimentos tornam-se capazes de aumentar a

precisão de suas previsões de demanda à medida que o tempo de reposição

diminui, o que permite equilibrar demanda e suprimento de maneira mais

eficiente e aumentar a lucratividade da cadeia de suprimentos.

O tempo de reposição deve ser constantemente discutido entre os elementos

da cadeia no sentido de eliminar fatores causadores de demoras como:

Tempo de comunicação das quantidades a serem ordenadas

Programação de produção dos fabricantes feita em ciclos de longa duração

Tempo de preparação de máquinas dos fabricantes obrigando produção em

grandes lotes

Transportes ineficientes geradores de demoras

Processos demorados de recebimento, conferência e inspeção de

mercadorias, etc.

A necessidade de manter estoques de segurança é uma função da

combinação das incertezas do suprimento e da demanda. Sob esta

perspectiva, quanto menor e mais confiável for o tempo de reposição mais

capacidade de reação se pode ter em relação às variações de demanda e,

menores poderão ser os estoques de segurança.

èO planejamento colaborativo da demanda e da reposição e o gerenciamento

dos estoques pelo fornecedor

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56Colaboração, em negócios, é o trabalho conjunto de múltiplas empresas de

maneira a obter mútuos benefícios. Em termos de cadeia de suprimentos é

compartilhar informações, conhecimento, riscos e lucros para reduzir custos,

tempos de atendimento e estoques e obter maior produtibilidade,

compartilhando tais benefícios também com os consumidores finais.

Idealmente, os consumidores gostariam de ter disponíveis uma grande

variedade de produtos de alta qualidade, a preços baixos, atendendo as suas

necessidades em termos de quantidade, tempo e lugar". Para atender este

conjunto de desejos dos consumidores é preciso que além da ótica de

colaboração em negócios, se procure a sincronização entre todos os

elementos de uma cadeia de suprimentos, desde os fornecedores das

matérias primas básicas, passando pelas indústrias de transformação e

atacadistas, até os varejistas que atenderão os consumidores.

Aspecto fundamental desta colaboração e sincronização é a atividade de

planejamento colaborativo da demanda e da reposição que utilizando maneira

intensiva os softwares de gestão e comunicação além de um processo

negocial avançado, compartilham as informações de demanda, planos

promocionais, lançamentos de produtos, políticas de estoque, etc., visando

obter o sincronismo mencionado.

Quanto ao gerenciamento dos estoques pelo fornecedor, este monitora a

informação de vendas e estoque do cliente obtida através dos terminais em

pontos de venda ou ponto de consumo (PDV ou PDC), a qual é transmitida

eletronicamente, através do EDI/Internet, para fins de liberação de pedidos

para reabastecimento segundo parâmetros de estoque-alvo estabelecidos

quando da negociação do contrato de fornecimento.

3.1 – PROBLEMAS DE ESTOQUE

Um estoque consiste de recursos passíveis de serem usados mas que

encontram, momentaneamente, sem aplicação. Os recursos podem ser de

diversos tipos: homens, materiais, máquinas ou dinheiro. O termo “estoque” é

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57mais usado quando o recurso em questão é composto de materiais ou

produtos em qualquer estágio de acabamento.

Existe problema de estoque quando a quantidade dos recursos pode ser

controlada e quando existe pelo menos um custo que diminui à medida que o

estoque aumenta.

Quase sempre o objetivo é minimizar o custo (efetivo ou esperado) total. Se,

por outro lado, o estoque afetar a procura (a quantidade que os consumidores

desejam), o objetivo poderá ser maximiza o lucro (efetivo ou esperado).

As variáveis que podem ser controladas, isoladamente ou em conjunto, são as

seguintes:

è A quantidade adquirida (mediante compra, produção ou algum outro meio);

isto é, quanto. Este valor pode ser estabelecido para cada tipo de recursos

isoladamente ou para todos os itens em conjunto; por exemplo, o volume de

compra ou de produção, ou ambos. Decisões sobre o número de locais de

armazenagem também afetam a quantidade de estoque.

A freqüência ou época da aquisição; isto é, quantas vezes ou quando. O

responsável pela decisão poderá ter controle sobre ambos os tipos de

variáveis ou sobre apenas um deles. Na maioria dos processos químicos, por

outro lado, a produção é sempre feita em lotes. Numa oficina mecânica típica,

os supervisores geralmente podem controlar tanto a quantidade quanto à

freqüência da produção.

O grau de acabamento dos itens estocados. Quanto maior for o grau de

acabamento dos produtos mantidos em estoque, tanto menor será o atraso

nos fornecimentos aos clientes, porém tanto menor será o custo de manter o

item em estoque. Quanto menos acabado estiver o item (matéria-prima, para

tomar o caso limite), tanto mais tempo será necessário para preencher

pedidos, porém tanto menor será o custo de estocagem. Além disso, os erros

de previsão relativos aos itens em estoque tendem a aumentar quando o grau

de acabamento dos itens é maior, conseqüentemente, necessitam-se de

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58estoques de segurança maiores. Finalmente, o número de itens diferentes que

precisam ser estocados aumenta rapidamente quando cresce o grau de

acabamento dos itens estocados.

As variáveis não controladas que aparecem nos problemas de estoque são

classificadas em variáveis de custo e outras variáveis. As variáveis principais

de cada tipo são:

•Procura: É o número de itens que irão ser solicitados em cada período. Isso

não é necessariamente igual à quantidade vendida, de vez que parte da

procura pode não ter sido satisfeita devido a faltas ou atrasos. Corresponde,

realmente, à quantidade que seria vendida se tudo o que foi procurado

estivesse disponível.

Pode-se conhecer (ou pretender conhecer) exatamente a procura. Quando

isto ocorre, uma decisão sobre a reposição do estoque não afeta os custos que

se verificam após as decisões subseqüentes. Por outro lado, podemos ter

situações em que a procura só é conhecida aleatoriamente, ou seja, obedece a

uma distribuição de probabilidades. Neste caso, uma decisão pode afetar as

que se seguem.

•Tempo de espera: É o intervalo decorrido entre a colocação de um pedido e a

sua chegada e atendimento ao estoque. Se o tempo de espera for conhecido e

diferente de zero, tudo o que se tem a fazer é antecipar o pedido de um

intervalo igual a ele. Se, entretanto, tratar-se de uma variável que só é

conhecida aleatoriamente, o problema se torna mais difícil. Quando a procura

e o tempo de espera são conhecidos apenas como probabilidades, o volume e

a data do reabastecimento do estoque são encontrados considerando-se os

custos esperados de posse e de ruptura, durante o período dos tempos de

espera.

•O Contexto dos Problemas de Estoque: Após alguma reflexão torna-se

aparente que os problemas de estoque penetram em muitos campos e surgem

em muitos contextos. Por exemplo, as companhias fornecedoras de energia

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59elétrica precisam determinar quando acrescentar geradores turbo elétricos ao

sistema, e qual o tamanho desses geradores. Apesar do problema envolver

apenas uma peça de equipamento (que custa vários milhões de dólares), sua

capacidade (quantidade) pode variar. Conseqüentemente, este problema

refere-se também a “quando” e a “quanto”. Se o gerador comprado for muito

grande ou se for adquirido antes do tempo, o resultado será capacidade

ociosa, a qual envolve um custo (depreciação e manutenção). Se a capacidade

não for suficiente ou se a compra for feita muito tarde, então perderão vendas

e a reação dos consumidores e das autoridades públicas será desfavorável.

Estas reações envolvem custos de ruptura.

A pergunta “Qual o capital de giro que uma empresa deve manter?” também

constitui um problema de estoque. Se o capital disponível for excessivo, a

empresa perderá os rendimentos que seriam obtidos pelo investimento do

excesso, um custo de posse; se o capital disponível for muito pouco, quantias

adicionais terão que ser obtidas a taxas de juros muito altas, um custo de

ruptura. A obtenção de empréstimos também envolve custos de preparação.

Apesar dos problemas de estoque surgirem nos mais variados contextos, os

mais comuns é a compra e a produção de bens.

3.2 – ADOÇÃO DA “TI” PARA TROCA DE DADOS

A adoção de novas TIs como códigos de barra, EDI, automação de PDVs etc

trouxe vários benefícios inerentes à captura e disponibilização de informações

com maior grau de precisão e pontualidade. Deve-se ter uma atenção em

particular para a eliminação dos erros e do retrabalho no processamento de

pedidos, fato que reduz substancialmente os custos associados a esta

atividade, e para a redução da incerteza com relação à demanda futura, ao

serem compartilhados as séries de vendas para o cliente final por todas as

empresas na cadeia.

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60É norma geral a representação gráfica do movimento de um estoque pela

curva chamada “dente de serra”, na qual se registram as entradas e saídas do

material.

Quando o consumo mensal faz com que o estoque chegue ao nível zero e,

ainda, continue a demanda do material, diz-se que houve ruptura de estoque.

Isto significa na prática, que o consumidor foi ao almoxarifado, solicitou a peça,

e não pode ser atendido por encontrar-se e estoque já em nível zero.

O que se objetiva no controle do material é justamente evitar que essa situação

acorra. Por outro lado, há de observar-se, com vigilância, que o estoque não

seja elevado demais, o que acarretaria uma desnecessária e onerosa

imobilização de capital.

Para impedir a ruptura de estoque, deve-se programar o abastecimento do

almoxarifado de modo que haja uma reserva. Essa reserva, aparentemente

excesso de material, previamente calculada ou estimada, irá formar um lastro

de emergência, que será utilizado após o nível do estoque ter atingido seu

mínimo. Essa reserva dá-se o nome de estoque mínimo ou estoque de

proteção.

É chamado de estoque operacional ou estoque médio a média dessas

flutuações. Se tivermos, por exemplo, um estoque de 1.200 peças, cujo

consumo em 12 meses é de 100 por mês, o estoque médio anual será de 600

unidades:

O estoque médio é de grande importância na gestão econômica dos estoques,

pois representa o investimento real de capital que a empresa realiza. Sua

manipulação criteriosa e racional poderá determinar a economia de elevadas

somas no fim de algum tempo.

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61

CAPÍTULO IV – DECISÕES DE POLÍTICA DE ESTOQUE

Se a demanda para produtos de uma empresa fosse conhecida com certeza e

se os produtos pudessem ser fornecidos imediatamente para satisfaze-la,

teoricamente a estocagem não seria necessária uma vez que nenhum estoque

seria mantido. Entretanto, não é prático e nem econômico administrar uma

empresa desta maneira uma vez que, em geral, a demanda não pode ser

prevista com exatidão. Para conseguir a coordenação perfeita entre o

fornecimento e a demanda, a produção teria que responder instantaneamente

e o transporte teria que ser perfeitamente confiável com o tempo de entrega

zero. Isto não está disponível para uma empresa a custos variáveis.

Conseqüentemente, as empresa usam os estoques para melhorar a

coordenação da oferta e procura e para reduzir os custos totais. Então a

manutenção de estoques produzem a necessidade de armazenagem e,

conseqüentemente, do manuseio de materiais. A estocagem transforma-se em

uma conveniência econômica mais do que uma necessidade.

Os custos de armazenagem e de manuseio de materiais são justificados

porque podem ser compensados com os custos de transportes e de produção

e compra. Isto é armazenando algum estoque, uma empresa pode, com

freqüência, reduzir os custos de produção através da produção de lotes

econômicos em tamanho e em seqüência. Por este meio, a empresa evita as

grande flutuações nos níveis de produção devido as incertezas e variações nos

padrões da demanda. Além disso, a armazenagem de estoque pode conduzir

a custos de transportes mais baixos através de embarques de quantidades

maiores a mais econômicas. A questão é usar apenas armazenagem suficiente

da forma que um bom equilíbrio econômico entre com custos de

armazenagem, produção e transporte possa ser alcançado.

èRazões para Estocagem

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62Uma empresa usa o espaço de estocagem por quatro razões básicas:

1–Para reduzir custos de transportes e de produção: A armazenagem e o

estoque associado são despesas adicionadas mas podem ser compensadas

por custos mais baixos obtidos pela eficiência melhorada do transporte e na

produção.

2–Coordenação da oferta e da demanda: As empresas com produção

altamente sazonal e com demanda razoavelmente constante têm um problema

de coordenação da oferta com a demanda. Por exemplo, as companhias de

alimentos que produzem legumes e frutas enlatados são forçadas a cumular a

produção com a finalidade de suprir o mercado durante o período da

entressafra. Inversamente, aquelas empresas que devem fornecer um produto

ou um serviço para uma demanda incerta e sazonal tipicamente produzem em

um nível constante durante todo o ano a fim de minimizar os custos de

produção e acumular estoques necessários para satisfazer a demanda durante

um período de vendas relativamente curto. Os aparelhos condicionadores de

ar e os brinquedos de Natal são exemplos. Sempre que se torna

demasiadamente caro coordenar com precisão a oferta e a demanda, a

armazenagem é necessária.

As considerações do preço das mercadorias também podem gerar a

necessidade de armazenagem. Os materiais e produtos que apresentam

grande oscilações preço de tempos em tempos (cobre, aço e petróleo) podem

incentivar uma empresa a compra-los antecipadamente à sua necessidade, a

fim de obtê-los a um preço mais baixo. A armazenagem geralmente é

necessária, mas o seu custo pode ser contrabalançado pelo melhor preço

obtido pelas mercadorias.

3–Necessidades de produção: Armazenar pode ser parte do processo de

produção. A manufatura de determinados produtos, como queijos, vinhos e

licores, requer um período de envelhecimento. A estocagem serve não

somente para manter o produto durante essa faze de manufatura mais, nos

locais em que os produtos são tributados, podem ser usada para segurar ou

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63“reter” o produto até a época da venda. Desta maneira, as companhias podem

prorrogar o pagamento de impostos sobre o produto até que seja vendido.

4–Considerações do marketing: O marketing está freqüentemente preocupado

com o que está disponível no mercado. A armazenagem costuma agregar valor

ao produto. Isto é, armazenando um produto próximo aos clientes, o tempo de

entrega em geral pode ser reduzido ou o suprimento poder ser prontamente

disponibilizado. Este serviço ao cliente melhorado com uma entrega mais

rápida pode aumentar as vendas.

4.1 – FUNÇÕES DO SISTEMA DE ESTOCAGEM

O sistema de estocagem pode ser separado em duas funções importantes:

manutenção de estoque (estocagem) e manuseio de materiais. Estas funções

podem ser vistas pelo rastreamento do fluxo de produção através de armazém

de distribuição de alimentos, como mostrado na figura abaixo. O manuseio de

materiais refere-se àquelas atividades de carregamento e descarregamento,

movimentação do produto para vários lugares dentro do armazém e separação

do pedido. A estocagem é simplesmente o acúmulo de estoque por um período

de tempo. Várias localizações de um armazém e diferentes períodos de tempo

são escolhidos, dependendo da finalidade da estocagem. Dentro do armazém,

as atividades de movimentar e estocar são repetitivas e análogas às atividades

de movimentar e estocar que ocorrem entre os vários níveis dos canais de

distribuições. Assim, de muitas maneiras, o sistema de estocagem é um micro-

nível do sistema de distribuição. A identificação específica das atividades

principais do sistema como um todo e ajuda a fornecer uma base para gerar

alternativas do projeto.

è Funções de Estocagem

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64As instalações de estocagem são projetadas em torno de quatro funções

primárias:

1–Manutenção: O uso mais evidente das instalações de estocagem é para

fornecer a proteção e a manutenção organizada dos estoques. O tempo

provável que os bens serão mantidos nas instalações e as exigências sob as

quais se encontra a estocagem ditam a natureza exata da configuração e da

disposição da instalação. As instalações variam de estocagem especializada

de longo prazo (envelhecimento de licores, por exemplo) de mercadorias em

geral (manutenção sazonal de mercadorias), até a manutenção temporária dos

bens (como em um terminal rodoviário). No último caso, os bens são mantidos

somente o tempo necessário para obter quantidades suficientes para

completar uma carga. Os produtos armazenados nestas várias modalidades

incluem produtos acabados para o mercado, semi-manufaturados aguardando

montagem ou processamento adicional e matérias-primas.

2–Consolidações: As estruturas da taxa do transporte, especialmente quebras

de taxa, influenciam o uso de instalações de estocagem. Se os bens vierem de

várias fontes, pode ser econômico estabelecer pontos de coleta (um armazém

ou um terminal de frete) para consolidar os embarques pequenos em

embarques maiores e para reduzir os totais de transporte. Assume-se que o

comprador não compre o suficiente para assegurar volumes de embarques de

cada fonte. O diferencial do frete pode mais do que compensar as despesas

de armazenagem.

O termo Armazém de Distribuição (ou armazém de campo ou Centro de

Distribuição) é usado aqui principalmente para fazer um contraste com o

armazém de manutenção. A diferença é uma diferença de quanta ênfase é

dada as atividades de estocagem e ao tempo em que os produtos ficaram

estocados. Um armazém de manutenção implica que a maior parte do seu

espaço é destinada a estocagem semi-permanente ou de longo prazo. Em

contraste, o armazém de distribuição tem a maioria do seu espaço alocados a

estocagem temporária, e são priorizadas a velocidade e facilidade do fluxo de

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65produtos. Evidentemente, muitos armazéns operam com ambas capacidades e

a diferença é uma questão de grau.

3–Fracionamento de volume:O uso das instalações de estocagem para

fracionamento de volume (baldeação de mercadorias de um veículo para o

outro) é o oposto daquele para consolidar embarques. Embarques de volumes

com taxas de transporte baixas são movimentados para o armazém e então,

reembarcados em quantidades menores como requeridas pelos clientes. O

fracionamento de volume é comum em armazéns de distribuição ou terminais,

especialmente quando as taxas de transporte de entrada por unidade excedem

as taxas de saída, os pedidos dos clientes são em quantidade de carga

incompleta e a distância entre o fabricante e os clientes é grande. Enquanto os

diferenciais das taxas de transporte tendem a favorecer a localização do

armazém de distribuição próxima aos clientes para operações de

fracionamento de volume, oposto é verdadeiro para a consolidação do frete.

4–Combinação:As empresas que compram de vários fabricantes para

preencher uma parte de sua linha de produtos em cada planta podem achar

que estabelecer um armazém como um ponto de combinação de produto

ofereça economias no transporte. Sem um ponto de combinação, os pedidos

do cliente devem ser atendidos diretamente dos pontos de produção a altas

taxas de transporte sobre embarques de pequenos volumes. Um ponto de

combinação permite embarques de volumes das parcelas da linha de produtos

que devem ser recebidas em um único ponto e, então, os pedidos são

montados e embarcados aos clientes.

4.2 – EQUIPAMENTOS ADOTADOS

A estocagem e o manuseio de materiais devem ser considerados como em

um concerto. De um modo, a estocagem é simplesmente uma parada

temporária no fluxo de materiais através de um armazém. Os dispositivos da

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66estocagem promovem a utilização plena do espaço e melhoram a eficiência

do manuseio de materiais.

Provavelmente, o dispositivo mais importante de estocagem seja o rack. Os

raks são prateleiras, geralmente de metal ou madeira, sobre os quais as

mercadorias são colocadas. Quando uma variedade ampla de itens em

pequenas quantidades devem ser estocadas, empilhar as cargas uma em cima

da outra é eficiente. As prateleiras proporcionam empilhamento do piso ao teto,

e os itens sobre a prateleira inferior estão tão acessíveis quanto aqueles do

alto, embora os itens com giro elevado devam ser colocados perto do piso para

reduzir o tempo de serviço total. As prateleiras também apóiam a rotação de

estoque, como em um sistema de controle de estoque PEPS(Primeiro a Entrar,

Primeiro a Sair).

Outro dispositivo de estocagem disponível inclui prateleiras fechadas,

estofamento horizontal e vertical, escaninhos e estruturas em perfil U. Todos

esses equipamentos ajudam a ordenação da estocagem e o manuseio de

produtos de formas irregulares.

Uma enorme variedade de equipamento mecânico para o carregamento e

descarregamento, a separação de pedido e a movimentação de mercadorias

no armazém esta disponível. O equipamento de movimentação é diferenciado

pelo seu grau de uso especializado e pela extensão em que a energia manual

é requerida para opera-lo. Três grandes categorias podem ser distinguidas:

Geralmente, é utilizado uma combinação dessas categorias dentro de um

sistema de manuseio de materiais em vez de somente uma.

èèèèEquipamento manual: O equipamento de manuseio de materiais operados

manualmente, tal como carrinhos de mão de duas rodas e carrinhos lataformas

de quatro rodas, fornecem alguma vantagem mecânica na movimentação dos

produtos e requer somente um investimento modesto. Esses equipamentos

podem ser usados para um grande número de produtos e sob uma ampla

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67variedade de circunstanciais. Alguns deles, entretanto, são projetados para uso

especial; por exemplo, para movimentação de carpetes, de moveis e de tubos.

Em geral, sua flexibilidade e seu baixo custo fazem do equipamento manual

uma boa escolha quando a combinação do produto em um armazém é

dinâmico, o volume que flui não é elevado e o investimento em equipamento

mais mecanizado não é desejado. Entretanto, seu uso está limitado a

capacidade do operador de elevar e empurrar.

èèèèEquipamento mecanizado:O manuseio de materiais pode ser mais veloz e

o resultado o homem-hora pode ser aumentado com o uso de equipamento de

manuseio de materiais mecanizados. Tais equipamentos incluem, guindastes,

caminhões industriais, elevadores e guinchos e também empilhadeiras e suas

variações.

A empilhadeira é apenas uma parte do sistema de manuseio de materiais. É

combinado com o carregamento paletizado e as vezes com as prateleiras. O

equipamento mecanizado permite o empilhamento elevado de cargas “acima

de 12 pés” e o movimento de cargas substancial. A empilhadeira mais comum

tem uma capacidade de elevação de 3.000 libras.

O sistema de manuseio de materiais de empilhadeira para paletes tem alta

flexibilidade. O palete permite que uma variedade de bens seja movimentada

com equipamento de manuseio padrão.

èèèèEquipamento automático: Com equipamento de manuseio controlado por

computador, código de barra e tecnologia de leitura ótica alguns sistemas de

manuseio de materiais que foram desenvolvidos chegam perto da

automatização completa. Tais sistemas são chamados de sistemas

automatizados de armazenamento e recuperação, ou AS/RS. Representam a

aplicação mais extensiva da tecnologia de todas as alternativas do manuseio

de materiais.

Um AS/RS não é uma boa alternativa para a maioria das operações do

armazém. A menos que um volume constante e substancial flua através de um

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68armazém, é difícil justificar o alto investimento requerido por tal sistema e tem

os seguintes inconvenientes: inflexibilidade em termos de combinação futura

de produtos e volumes e de localização de armazéns, e falhas mecânicas que

podem bloquear o sistema inteiro. Entretanto, dadas as circunstâncias

favoráveis para o seu desenvolvimento, o armazém com equipamento

automático oferece mais potencial para a redução de custo operacionais e

para uma operação de pedidos mais rápida do que qualquer outro tipo de

sistema de manuseio de matérias.

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69 CONCLUSÃO

Num processo de gestão de estoque bem estruturado, formalizado e com

políticas bem definidas, adequadas a características da empresa, e se ainda

este processo estiver atrelado a um sistema de monitoramento de

desempenho e se todas essas necessidades forem rigorosamente cumpridas,

a empresa só terá a lucrar, pois o gestor terá uma maior confiabilidade no

controle de estoque e poderá tomar as decisões conhecendo todas as

implicações sem comprometer o nível de serviço e com certeza promovendo

melhorias nas atividades mais impactantes para o estoque.

O comprador na empresa é um dos elementos principais para que esta

obtenha bons resultados em suas operações. Com o aumento da competição,

da dificuldade das empresas se livrarem da alta incidência da carga tributária e

tendo que satisfazerem consumidores cada vez mais exigentes e atentos, o

profissional de compras necessita estar capacitado plenamente nas técnicas

de gestão de estoque e compras para o varejo ou matéria prima para as

indústrias. Para tanto, além de suas naturais habilidades de negociador,

necessita de elevado nível de treinamento em aspectos financeiros da gestão

de estoque e vendas, completo domínio das diversas técnicas de gestão dos

estoques de acordo com os perfis de demanda dos itens que negocia e estar

disposto a adotar a filosofia de colaboração que hoje é fundamental no

processo de criação e manutenção de cadeias de suprimento lucrativa.

Entretanto não é mais possível para uma grande loja, indústria ou Central de

Distribuição gerir estoques e compras com base unicamente na experiência.

Esta pesquisa não termina aqui, outros estudos podem surgir a partir da

elaboração deste trabalho.

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BIBLIOGRAFIA

CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada-suplly

chain. São Paulo, Atlas 2001.

SILVA, Renaud B. da administração de material – teoria e prática. ABAM -

associação brasileira de administração de material, 1986.

VIANA, João José administração de materiais – um enfoque prático, editora

Atlas, 2000.

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de

materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas. 1993

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos-planejamento,

organização e logística empresarial, Editora Bookman, Porto Alegre, 2001.

IMAN, Instituto: Gerenciamento da Logística e cadeia de abastecimento, São

Paulo, impresso no Brasil, 2000.

Sites Consultados:

www.cel.coppead.ufrj.br/artigos

www.guiasdelogística.com.br/artigos135.htm

www.proage.com.br

www.abipet.com.br

www.cempre.org.br

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INDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - GERENCIAMENTO DO ESTOQUE 10

1.1 – Níveis de estoque 11

1.2 – Posição do G.E na organização da empresa 15

1.3 – Monitoramento de desempenho no G.E 17

1.4 – Política de estoque 34

1.5 - Outros tipos de estoque 35

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CAPÍTULO II – G.E E COMPRAS NO VAREJO 38

2.1 – Variedade e sortimento 43

2.2 – Orçamento de compras 45

2.3 – Liquidações 47

2.4 – Influencia do Cd no planejamento de estoque 52

CAPÍTULO III – GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 55

3.1 – Problemas de estoque 56

3.2 – Adoção da TI para troca de dados 59

CAPÍTULO IV – DECISÕES DE POLÍTICA DE ESTOQUE 61

4.1 – Funções do sistema de estocagem 63

4.2 – Equipamentos adotados 65

CONCLUSÃO 69

BIBLIOGRAFIA 70

ÍNDICE 71

FOLHA DE AVALIAÇÃO 73

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito:

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