univercidade 102

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Este suplemento faz parte da edição de 26 de Fevereiro do Diário de Aveiro, não podendo ser vendida em separado. 26 de Fevereiro 2010 - nº 102 Ensino Superior: Gago rejeita culpa no atraso das bolsas [p.5] Beira-Mar: Leonardo Jardim quer o clube onde merece estar: na 1ª Liga [p.6] A LUA está a crescer: mais de 150 voluntários em formação! [p.10] UA: Ciências Biomédicas em debate [p.14] COMA e CODJs: Tira a tua banda da garagem! [p.15] Reinventar a UA: pensamento e experimentação MANUEL ASSUNÇÃO: Entrevista Entrevista: Hélder Castanheira fala sobre o que veio... e o que está para vir. [p. 8 & 9] [p. 11]

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Jornal UniverCidade nº 102 da AAUAv

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Page 1: UniverCidade 102

Este suplemento faz parte da edição de 26 de Fevereiro do Diário de Aveiro, não podendo ser vendida em separado.

26 de Fevereiro2010 - nº 102

Ensino Superior: Gago rejeita culpa no atraso das bolsas [p.5]

Beira-Mar: Leonardo Jardim quer o clube onde merece estar: na 1ª Liga [p.6]

A LUA está a crescer: mais de 150 voluntários em formação! [p.10]

UA: Ciências Biomédicas em debate [p.14]

COMA e CODJs: Tira a tua banda da garagem! [p.15]

Reinventar a UA:pensamento e experimentação

MANUEL ASSUNÇÃO:Entrevista

Entrevista: Hélder Castanheira fala sobre o que veio... e o que está para vir.[p. 8 & 9]

[p. 11]

Page 2: UniverCidade 102

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aveiro é nosso

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3Editorial

Editorial

Caros colegas,

No dia 22 deste mês de Fevereiro tomou posse o novo Reitor da Universidade de Aveiro, Professor Doutor Manuel Assunção. Começo, desde já, por dar os meus mais sinceros parabéns, em nome da Associação Académica da Universi-dade de Aveiro e de toda a comuni-dade académica, com votos de um mandato de trabalho próspero e de sucesso, esperançoso de que se estabeleçam e mantenham laços de colaboração vinculativos e benéficos para ambas as instituições.

É importante também prestar um agradecimento verdadeiro à Profes-sora Doutora Maria Helena Nazaré, que cessou as suas funções na mesma data, pela dedicação e trabalho que prestou a esta institui-ção, contribuindo para a qualidade de ensino de que usufruímos hoje, e pela afirmação do nome da Universi-dade de Aveiro no panorama nacio-nal e internacional. Agradecemos também pelo apoio que sempre prestou à Associação Académica,

contribuindo para as actividades realizadas, e estando presente em momentos marcantes para a mesma.

Nesta edição número 102 do Jornal UniverCidade, destacamos a entrevista ao Mestre Hélder Casta-nheira, Administrador dos Serviços de Acção Social da UA, onde foram esclarecidos assuntos relativos ao reforço de dotação para a Acção Social, ao novo Complexo de Residências do Crasto, entre outros assuntos relevantes.

Aconselhamos-te a uma leitura cuidadosa, para te manteres a par do que se passa na instituição e no Ensino Superior.

Este mês realizam-se também as eliminatórias do Concurso de Música de Aveiro (CoMA) e do Concurso de DJ’s (CoDJ’s). Não te esqueças de participar, entregando a tua maqueta até dia 2 de Março.

No dia 3 de Março a AAUAv realiza também um Arraial Académico, com o tradicional porco no espeto e as

Tiago AlvesPresidente da AssociaçãoAcadémica da Universidade de Aveiro

Tunas da Universidade de Aveiro. Aparece para viver o verdadeiro espírito tradicional académico!

Nesta edição do UniverCidade, verifica ainda as muitas iniciativas de cultura para o mês de Março, onde podes saber todas as actividades que a AAUAv preparou para ti. Não deixes de marcar presença na Casa do Estudante nas noites de concertos e outras actividades que temos para te oferecer.

Lembramos-te também que o Bar do Estudante está aberto durante o dia para te receber! Aparece para tomar um café, conviver, e usufrui deste espaço que é pensado para ti. A partir de Março, todas as quartas-feiras à tarde temos preparado para ti o “Chá das Cinco”, uma actividade que te proporciona um lanche diferente, ao som de um concerto dos alunos do curso de Música, actuações teatrais ou participando em tertúlias de variados temas. Contamos com a tua presença!

Saudações Académicas

ficha técnica

propriedadeAssociação Académica da Universidadede Aveiro (AAUAv)Campus Universitário de Santiago3810-193 Aveirotel: 234 372 320 / fax: 234 372 329www.aauav.pt

coordenaçãoSIM (Sector Informativo e Multimédia)

assessoria de imprensaSoraia Amaro

equipa editorialMário FernandesPedro MartinsSara MacedoPriscillia Rodrigues

colaboradoresDirecção da AAUAvServiços de relações externas da UA

design e paginaçãoPlural Design

tiragem10.000 exemplares

produção com o apoio do

1. A Direcção da Associação Académica da Universidade de Aveiro não é responsávelpelas ideias expressas em artigos assinados, sendo que os que não se encontram assinadossão da autoria da Equipa Editorial.2. A colaboração no Jornal UniverCidade está aberta a toda a Comunidade Académica.

5% de descontono traje quando

acompanhadopor 2 amigos*

traje académico e adereçosbilhetes e inscrições nas actividades da aauavfotografiasmerchandisinganéis de curso

traje completo feminino(traje, pasta e sapato):210 euros

traje completo masculino(traje, pasta e sapato):230 euros

*exclusivo para sóciosCatacumbas (Cantina de Santiago)

tlm. 961 277 [email protected]

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4 Notícias UA

A Universidade de Aveiro promove, entre 10 e 13 de Março, a INVTUR 2010 “Investigação em Turismo: O Estado da Arte e Perspectivas de Futuro”, um dos mais importantes eventos na área do conhecimento em turismo, investi-gação e inovação realizados em Portu-gal este ano.

Estudantes das ilhas podem ter passagem aérea anual paga

Os estudantes da Universidade de Aveiro provenientes das Regiões Autónomas da Ma-deira e dos Açores que reúnam as condições exigidas têm direito, mediante apresentação de requerimento ao Administrador para a Acção Social, ao pagamento anual de uma passagem aérea.

De acordo com o estabelecido no Despa-cho nº 1199/2005, “os estudantes economi-camente carenciados que frequentam cursos superiores em local diverso do que residem devem usufruir da possibilidade de, uma vez por ano, visitarem as suas famílias, com o be-nefício de atribuição de uma passagem aérea, de ida e volta, para o local de residência”.

Para usufruir deste benefício, devem apre-sentar requerimento ao Administrador para a Acção Social da Universidade de Aveiro, os alunos que reúnam as seguintes condições: ser economicamente carenciado, ter obtido aproveitamento escolar e o curso em que se encontre não ser congénere de curso existen-te à data em que nele ingressou na região ou ilha de residência.

A CAMBADA - equipa de futebol robótico da UA, vai marcar presença na 30ª edição do Fantasporto (Festival Internacional de Cine-ma do Porto) que, este ano, cruza o cinema fantástico com a robótica. A equipa aveiren-se vai efectuar várias demonstrações no de-correr do festival, que termina a 6 de Março, no Rivoli, no Porto.

A robótica e aos efeitos especiais têm espe-cial destaque nesta edução do Fantas, estan-do reservado a estes temas um conjunto de actividades paralelas ao próprio festival. En-tre outras coisas, vão ser revelados alguns dos truques que estão por detrás dos efeitos espe-ciais do cinema fantástico.

Este programa paralelo inclui demonstra-ções de sistemas robóticos realizadas pelas unidades de investigação das Universidades, Institutos Politécnicos e das empresas portu-guesas, entre elas a CAMBADA. Inclui ain-

Especialistas em Ciência Política reúnem-se na UA

Especialistas em Ciência Política reúnem na UA, de 4 a 6 de Março, no âmbito da quin-ta edição do Congresso da Associação Portu-guesa de Ciência Política (APCP). O con-gresso é composto por sete secções temáticas: em cima da mesa estarão temas como “Socie-dade e Política Portuguesa”, “Países de Lín-gua Portuguesa”, “Estudos Europeus”, “Go-vernação e Políticas Públicas”, “Relações Internacionais” ou “Ciência Política”.

No decorrer deste congresso será também entregue o prémio APCP. Este será atribuí-do às teses de doutoramento submetidas até ao dia 31 de Dezembro, nas temáticas de “Relações Internacionais” ou “Ciência Políti-ca”. Ao vencedor caberá um prémio pecuniá-rio no valor de 1500 euros.

No primeiro do congresso, que acolhe também a Assembleia-geral da APCP, serão ainda eleitos os novos corpos dirigentes desta associação. José Manuel Moreira, docente da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurí-dicas e Politicas, ocupa actualmente o cargo de tesoureiro.

O programa detalhado do V Congresso da APCP está disponível em www.apcp.pt.

Futebol robótico da UA vai ao “Fantasporto”

da duas palestras sobre o tema, proferida pelos especia-listas Peter Corke, da Universidade de Queensland, e Aníbal Ollero, da Universidade de Sevilha.

A equipa de futebol robótico CAMBADA nasceu em 2004 com o objectivo de promover a investigação na área da robótica e participar na competição mundial Robo-Cup. Alcançou o 3º lugar na liga de futebol robótico dos robôs médios do Campeonato Mundial RoboCup 2009, que se realizou em Graz (Áustria) de 29 de Junho a 5 de Julho de 2009, tendo sido campeã do mundo no RoboCup que se realizou em Suzhou, China, em Julho 2008. A equipa venceu ainda as edições de 2009, 2008 e 2007 do Festival Nacional de Robótica e ficou em 5º lugar na edi-ção de 2007 do RoboCup mundial que se realizou em Atlanta, nos Estados Unidos da América.

A CAMBADA é constituída por docentes, investiga-dores e estudantes ligados ao Departamento de Electró-nica, Telecomunicações e Informática da UA e à Activi-dade Transversal em Robótica Inteligente do Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro.

Invtur debate investigação em turismo

O Turismo Centro de Portugal asso-ciou-se à UA na promoção e dinamização da Invtur, cujo programa prevê a partici-pação dos mais prestigiados nomes da academia mundial do turismo. São mais de 350 autores oriundos de 25 países e um total de 170 apresentações, em 35 ses-sões paralelas. A UA confirma já a inscri-ção de 750 participantes.

O evento tem com destinatários não apenas a comunidade académica (profes-sores, estudantes e investigadores), mas também empresários, investidores, orga-nizações e entidades públicas e privadas que operam no sector, e técnicos da ad-ministração pública.

No mesmo período, no espaço exterior junto a Reitoria, realiza-se a BiT - Bolsa de inovação em Turismo –, um evento que servirá para apresentar empresas e organizações públicas e privadas que re-presentam casos de inovação e sucesso e que se destacam como exemplos de boas práticas desenvolvidas ao nível de projec-tos, modelos de negócio, gestão e planea-mento, aplicados ao sector do turismo.

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5Ensino Superior

Timor-Leste vai descentralizar a sua Universidade Nacional, re-correndo para isso à cooperação com as universidades de Portugal, entre elas a UA. De acordo com o ministro dos Negócios Estrangei-ros timorense, Zacarias da Costa, quo alargamento da cooperação com universidades portuguesas tem como principal objectivo es-tender a Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) a outras cidades além de Díli.

O novo projecto, explicou o ministro, pretende “aumentar a rede de ensino público universi-tário do país e dar mais oportu-nidades aos nossos jovens, no-meadamente aqueles que vivem longe da capital”.

Esta descentralização vai permi-tir uma maior participação portu-guesa em Timor-Leste, se houver

Três universidades do Norte de Portugal e três da Galiza assi-naram um acordo de cooperação académica, científica e cultural para promover a mobilidade uni-versitária. Este acordo, intitula-do "Programa de Mobilidade Euro Regional", visa o intercâm-bio de docentes e estudantes de pós-graduação.

A iniciativa é promovida pela Fundação do Centro de Estudos Euro Regionais (CEER), com sede em Braga, e que abarca as universidades do Minho,

O ministro da Ciência e do Ensino Superior acredita que o contrato de confiança assi-nado com as universidades permitirá que mais 100 mil pessoas obtenham, em quatro anos, qualif icações no ensino superior, a somar aos 380 mil estudantes actuais que fre-quentam o ensino superior público e privado.

Mariano Gago considera que "as necessidades de for-mação da população portu-guesa são cada vez mais agu-das, à medida que as qualif i-

Durante uma audição nas Comis-sões Parlamentares de Educação e Ciência e Orçamento e Finanças, no âmbito do Orçamento de Estado para 2010, no passado dia 23, Ma-riano Gago, assegurou que da parte do seu ministério “não houve, não há, nem haverá” quaisquer atrasos na transferência de verbas justifica-das pelas instituições para paga-mento de bolsas de estudo.

“O Estado apoia com bolsas de estudo mais de 21 por cento do total dos estudantes do Ensino Superior. O aumento da dotação orçamental para a Acção Social do Ensino Su-perior em 2010 concentra-se num esforço adicional de 16 milhões de euros na dotação disponível para bolsas de estudo”, disse Gago.

O ministro da Ciência, Tecnolo-gia e Ensino Superior lembrou que o Governo decidiu estipular prazos limitados de resposta aos pedidos

Bolsas em atraso?A culpa não é da tutela, diz Gago

O ministro do Ensino Superior

reconhece “atrasos excessivos e

inaceitáveis” na atribuição de bolsas

de estudo, mas rejeita qualquer

responsabilidade da tutela na

transferência de verbas para as

universidades e politécnicos.

de bolsa, renovação ou alteração, e criou uma plataforma que per-mite dispensar documentos aos serviços e aceder a informações relevantes noutros serviços pú-blicos.

As declarações de Mariano ga-go surgem depois do Bloco de Es-querda ter criticado o não alarga-mento dos critérios para atribuição de bolsas e exigido um maior in-vestimento nos serviços de Acção Social Escolar das instituições, exemplificando com um caso de quatro funcionários que todos os anos têm de analisar mais de nove mil processos.

Mariano Gago anunciou também a intenção de reforçar as condições de apoio hoje pre-vistas para estudantes bolseiros que tenham necessidade de se deslocar por força da frequência de estágios.

cações aumentam e a crise económica torna exigente a reconversão industrial e eco-nómica".

O ministro considera que esta necessidade de mais qua-lif icações "obriga ao regresso à escola de pessoas que pre-maturamente abandonaram os estudos”, e defende que as instituições de ensino supe-rior têm obrigação de respon-der às dif iculdades que estes sentem em “conciliar a vida pessoal e familiar com a vida de estudo".

Gago acredita em mais 100 mil no Ensino Superior

Gago af irma que as univer-sidades "têm capacidades, re-cursos e pessoas qualif icadas para responder a uma grande variedade de público, que vai desde os jovens que saem do ensino secundário a pessoas que dantes nunca atravessa-vam as portas da universida-de" e defende que novos cur-sos universitários, com "uma componente de ensino à dis-tância e uma parte presencial, com horários compatíveis pa-ra quem trabalha ao f im de semana ou à noite".

Norte e Galiza promovem mobilidade

Trás-os-Montes e Alto Douro e ainda o Porto, de Portugal, e de Vi-go, Corunha e Santiago de Com-postela, da Galiza, Espanha.

"Este protocolo surge na sequên-cia de iniciativas da Fundação, vi-sando aprofundar a relação entre as seis universidades. É um protocolo de cariz académico porque permite agilizar os processos de mobilida-de, quer de estudantes, quer de do-centes ao nível da pós-graduação, numa relação mais ágil do que o habitual", disse à agência Lusa o Reitor da Universidade do Minho, António Cunha.

O "Programa de Mobilidade Eu-ro Regional" pretende estreitar a cooperação entre as seis universida-des, assumindo "um carácter dina-mizador e inovador no âmbito do estudo académico ao nível da pós-graduação".

Portugal é parceiro na descentralização da Universidade Nacional de Timor

disponibilidade das universidades portuguesas, cuja cooperação aconte-ce há já alguns anos.

“As universidades portuguesas tiveram um importante papel na formação da Universidade Nacio-nal Timor Lorosae e continuam a participar, nomeadamente a Uni-versidade do Minho, a Universida-de do Porto, a Universidade de Aveiro e algumas universidades de Lisboa”, lembrou, adiantando ain-da que a maior parte dos licencia-dos que leccionam na Universidade Nacional fizeram os seus cursos de pós-graduação, mestrado e douto-ramento em Portugal e no Brasil.

Também vários professores uni-versitários portugueses têm dado aulas em Timor-Leste, em regime de rotação, participando assim di-rectamente no projecto da Univer-sidade Nacional.

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Para António Regala o apoio é fundamental. Todos os aveirenses devem cooperar para colocar

o Beira-Mar no local onde merece: na I Liga.

Cidade

Beira-Mar quer voltarao escalão principal

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O Sport Clube Beira-Mar, fundado a 1 Ja-neiro de 1922, é o clube mais representativo do distrito de Aveiro, tendo como principal destaque a sua equipa profissional de futebol.

Apesar de ter passado muitas épocas na 1ª divisão nacional, e a partir da década de 90, na Iª Liga, tendo mesmo conseguido con-quistar uma Taça de Portugal em 1999 (ven-ceu o Campomaiorense por 1-0), e participa-do em competições oficiais da UEFA (em 1999, defrontou o Vitesse, na antiga Taça UEFA), os dias actuais dos auri-negros an-dam bem longe desses tempos de glória e tranquilidade.

Podemos caracterizar o último ano do Bei-ra-Mar como um cenário de conjuntura des-portiva e económica frágil e desmoralizado-ra, tanto para os dirigentes e jogadores como para a massa associativa.

Em Outubro de 2009, a crise económica agravou-se de forma acentuada. Os jogadores já não recebiam os seus ordenados há mais de dois meses e o clube não possuía capital para pagar aos seus funcionários. A situação che-gou a ser tão grave que, já depois da Comis-são Administrativa ter-se demitido (no mes-mo mês), os responsáveis da (actual) Comissão Administrativa do Beira-mar vi-ram o fim da equipa profissional de futebol bem perto, até porque os actuais jogadores demonstraram o desejo de rescindir, de for-ma colectiva, pois não recebiam ordenados e, consequentemente, passavam grandes difi-culdades económicas.

Para salvar tal crise, a actual Comissão Administrativa, liderada por António Rega-la, inovou uma aposta já realizada pela direc-ção anterior: a criação do Título de Salvação. É desta forma que o clube tem conseguido manter os seus salários em dia. O clube tam-bém vende rifas para sortear um automóvel. A actual direcção criou ainda lugares cativos com preços mais acessíveis, e propôs a cada

O clube da nossa cidade lidera a Liga Vitalis e luta

pela subida à primeira

divisão

Se ficaste interessado no percurso do principal

clube de futebol da cidade onde estudas, ficam

aqui alguns links onde podes encontrar mais

informação sobre o Beira-Mar:

http://maisbeira-mar.blogspot.com/

www.beiramar.pt/

serbeira-mar.blogspot.com/

desportoaveiro.blogs.sapo.pt

http://bancadanorte.blogspot.com/

sócio pagar cinco euros de cotas mensais, em vez dos três euros habituais, a fim de sensibi-lizar, de alguma maneira, aqueles que que-rem ajudar o clube.

Estas iniciativas estão a ter um efeito mo-ralizador em todos os indivíduos que consti-tuem a atmosfera auri-negra. O clube já tem mais assistência nos jogos, ainda assim insu-ficiente para produzir receitas de manutenção do Estádio Municipal de Aveiro. Mas mora-lizaram principalmente os jogadores da equi-pa profissional de futebol. O Beira-Mar lide-ra actualmente a Liga Vitalis e é um dos candidatos à subida de divisão.

Leonardo Jardim leva o Beira-Mar ao cami-nho das vitórias

Neste último ano da vida do clube, não po-demos deixar de sublinhar também o traba-lho do técnico do Beira-Mar, Leonardo Jar-dim. O ex-treinador do Desportivo de Chaves tem ao seu dispor um plantel cujo or-çamento é um dos mais baixos da Liga Vita-lis e que tinha como principal objectivo, no inicio de época, a manutenção.

Além de já ter demonstrado as suas quali-dades técnicas como treinador, Leonardo Jardim também pode ser considerado um "psicólogo". Conseguiu manter a equipa con-fiante, através de uma excelente relação com os jogadores, valorizando as atitudes de exce-lentes profissionais que estes têm sido. Mes-mo com todo o ruído à volta do clube, deu "a volta por cima", colocando o Beira-Mar na rota da glória novamente.

Porém, ainda faltam muitos jogos para dis-putar, muitos pontos para conquistar. O Sport Clube Beira-Mar precisa do apoio de todos. Como estudantes da Universidade de Aveiro, já somos todos aveirenses, por isso vamos apoiar o Beira-Mar rumo à conquista da subida à I Liga.

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7 Cultura

Um piano às mãos de Sassetti não é um pia-no, é a própria música! E o músico está mais uma vez na região para apresentar o novo disco, “Motion”, e mostrar porque o seu tra-balho tem merecido aplausos pelo mundo fo-ra. Desta vez, Sassetti sobe ao palco do Cine-Teatro São Pedro, em Águeda, num concerto integrado no ciclo “Sextas Culturais”, no próximo dia 12 de Março, às 21.30h.

Com formação clássica, Bernardo envere-dou por uma carreira de pianista de jazz e só mais tarde, como sublime compositor, se des-cobriu na música para cinema. Se tanto na cena nacional e internacional a obra de Sas-setti tem merecido louvores de primeira li-nha, em Portugal os seus concertos vão sen-do quase raras oportunidades.

Em Águeda, Sassetti apresenta-se em trio, com Carlos Barreto no contrabaixo e Ale-xandre Frazão na bateria.

Os bilhetes custam cinco euros, em pré-venda, ou 10 euros no próprio dia, nas bilhe-teiras do Cine-Teatro São Pedro. Se quiseres comprar o teu bilhete antes da data procura, em Aveiro, na Oficina de Música de Aveiro, Loja de Música Wah Wah (Mercado Negro), Loja de Discos Disco Preto (CC Oita), ou em Águeda, na Galeria Municipal, Fórum da Juventude, Biblioteca Municipal, Piscinas Municipais, Espaço d’Orfeu, Posto de Turis-mo e Cine-Teatro São Pedro.

O Festilha constitui já um dos maiores e melhores festivais de Tunas do país organizado por uma Câmara Municipal. Estabelecido como um dos mais relevantes acontecimentos culturais do Município de Ílhavo e com o apoio da Tuna Universitária de Aveiro, o Festilha vai já na sua XII edição.

Como já é costume, as tunas prometem

Diabo na Cruz de volta a casa

Bernardo Sassettiem Águeda

O SÓ(R)RIR - Festival de Humor está a decorrer no Cine Teatro de Estarreja (CTE) até 7 de Março. Os próximos grandes espec-táculos acontecem a 5 e 6, e prometem muita diversão.

A noite de 5 de Março começa com “Papel Químico”, às 21.30h, um espectáculo prota-gonizado por Luís Franco-Bastos. Papel Químico é mais do que um simples espectá-culo de stand-up comedy – é um monólogo a dezenas de vozes, o que só é possível tendo em conta que Luís Franco-Bastos, presença habitual na Antena 3; Os contemporâneos; e mais recentemente na série também da RTP 1 - O Que Se Passou Foi Isto - sofre de imi-tação crónica!

Consigo vão subir ao palco do CTE mais de trinta personalidades nacionais, do futebol, das artes ou da política, e até algumas surpre-sas vindas do estrangeiro., neste One Man Show com uma multidão de personagens.

Logo a seguir, às 23h, é a vez de Jel e com-panhia apresentarem a sua mais recente lou-cura… Depois da euforia de Neto e Falâncio - os Homens da Luta – a dupla encarna ago-ra Dr.Bumbo e Prof. Mamado, os reis do

SÓ(R)RIR leva comédia a Estarreja

afrobiko acompanhados pelas provocantes bailarinas “Jeletes”…

No dia seguinte, o palco do CTE volta a receber José Pedro Gomes que, depois do es-pectáculo “Coçar Onde É Preciso”, continua a tentar perceber o que faz de nós um povo tão especial. O que nos leva a conseguir fazer coisas que mais ninguém faz? De uma forma que noutros países tem resultados totalmente diferentes. O que nos faz sermos melhores ou piores do que os outros? O que é que nos fa-ria ser muito melhores? Quais são as peque-nas arestas a limar para ficarmos perfeitos?

Em “Vai-se andando”, espectáculo com en-cenação de António Feio, José Pedro Gomes debruça-se sobre estes pormenores que nos distinguem dos outros povos, com a ajuda de vários portugueses que têm opiniões muito in-teressantes: Alberto Gonçalves, Eduardo Ma-deira, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva, Nuno Markl.

Os bilhetes têm preços variados. Consulta horários e preços em www.cineteatroestarre-ja.com/.

muita animação para o próximo dia 13 de Março, às 21.30h, no Centro Cultural de Ílhavo. Será uma noite célebre e digna de re-ferência. Em palco estará a irreverência, a alegria e a jovialidade a que os nossos estu-dantes já há muito nos habituaram.

A entrada é gratuita! Reserva o teu bilhete no CCI a partir de 9 de Março.

XII Festilha: Festival de Tunas de Ílhavo

O projecto “Diabo na Cruz” vai subir ao palco do Teatro Aveirense a 13 de Março, às 22 h. O aveirense Jorge Cruz, acompanhado de B Fachada, João Pi-nheiro, Bernardo Barata e João Gil, é o mentor desta banda que mistura o me-lhor do rock à tradição mais portuguesa.

O primeiro trabalho, editado em fi-nais de 2009 com o selo da FlorCaveira, chama-se “Virou” e é um disco viciante

e muito inteligente."A coisa mais fascinante que por cá já

se escutou desde o projecto Humanos. Um consolo para a alma. Que Deus abençoe este Diabo”, dia a Time Out. "Canções iluminadas por aquelas lâm-padas que se acendem em certas cabeças certas”, diz a Blitz. A noite promete! Os bilhetes estão à venda na bilheteira do TA, a 8 euros.

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8 Entrevista

Estamos na segunda fase de

recrutamento da LUA, e no primeiro dia que abrimos tivemos 75 alunos a inscreverem-se, portanto, esta linha de atendimento, que é única no país com estas caracterís-ticas, é uma das faces visíveis da Acção Social

Como encara o reforço de dota-ção anunciado para a Acção Social Escolar (ASE)? Em que se traduz, na prática, este aumento de ver-bas? Vai ser, efectivamente, possí-vel apoiar mais alunos?

O reforço para a Acção Social es-colar resulta de um esforço do go-verno para tentar dar cumprimento àquilo que são as políticas estaduais no âmbito do Ensino Superior. De qualquer modo, parece-me que esta dotação deve também ser integrada naquilo que são os reforços de fun-cionamento das instituições, e po-deria ser complementada com uma reflexão sobre aquilo que é o Regu-lamento de Atribuição de Bolsas de Estudo, e os impactos que essas verbas vão ter efectivamente nos montantes e no acréscimo de bol-sas, que é aquilo que o sistema de-seja e a medida incorpora. Ou seja, estas verbas vão contemplar neces-sariamente o reforço do fundo de garantia para empréstimos de estu-dantes à banca, uma vez que, como sabem, no ano transacto esse fundo de garantia foi esgotado, e portanto houve estudantes que recorreram à banca e não tiveram possibilidade de contrair empréstimos. Esta ver-ba vai contemplar, também, o re-forço dos descontos para a Caixa Geral de Aposentações no que con-cerne ao funcionamento das insti-tuições de Ensino Superior. Depois haverá uma verba remanescente que estará interligada com a actua-lização do valor nacional e, por consequência, com a bolsa de refe-rência e haverá um acréscimo, ain-da que ligeiro, do número de estu-dantes beneficiários de Acção Social e, cumulativamente, do va-lor das bolsas, sendo que, na minha opinião, e concluindo, as medidas de acção social, para serem efica-zes, devem ter uma reflexão prévia, uma reflexão rigorosa, preferen-cialmente com rigor científico, co-nhecimento cientificamente vali-dado, e que permita que o sistema evolua no sentido de promover a equidade e a justiça social e que não funcione de acordo com ciclos, ou de acordo com as circunstâncias do momento. Julgo que os sistemas de Acção Social, ou sistemas sociais que têm por base os apoios promo-cionais e compensatórios devem ter, sempre que possível (e isso deveria ser uma exigência), estudos profun-damente consolidados que permitis-sem que se eliminassem os ajusta-mentos e as medidas casuísticas, e se criassem modelos sustentados de funcionamento do sistema.

As limitações do actual modelo de atribuição de bolsas têm sido, por várias vezes, referidas. Que li-mitações aponta a esta modelo?

As limitações têm a ver, sobretu-do, com a forma como o Regula-mento está concebido que hoje, di-gamos, do ponto de vista conceptual, alguns desses conceitos já estarão noutro paradigma, sobre-tudo o conceito de família, o que obrigará a redefinir as regras do modelo, mas também porque é um modelo que assenta em intervalos que dão origem a escalões, e que são susceptíveis, e mais do que se-rem susceptíveis, geram mesmo si-tuações de injustiça com impactos negativos na atribuição de bolsas. Ou seja, temos o caso de estudantes que, por diferenças muito curtas no rendimento per capita que apresen-tam, têm diferenças de bolsa que podem situar-se nos cem, cento e trinta, cento e quarenta euros.

Outra das condicionantes do modelo também tem a ver com ma-téria estritamente regulamentar, do ponto de vista procedimental e ad-ministrativo, e portanto seria muito interessante que um Regulamento de bolsas contemplasse todas as matérias procedimentais e cami-nhasse no sentido da uniformiza-ção administrativa, permitindo que o estudante bolseiro, ou candidato a bolsa de estudo neste caso, tivesse o seu processo ajuizado de acordo com os mesmos procedimentos ad-ministrativos e procedimentais. Is-to são matérias relativamente às quais o actual governo se tem mos-trado sensível, e, digamos, são al-guns dos assuntos que neste mo-mento estão em cima da mesa e serão passíveis de alteração, por-tanto, esses são os principais cons-trangimentos.

Acredita que uma maior abran-gência por parte da ASE teria cor-respondência real com um aumento de estudantes no Ensino Superior?

Acredito, porque os sistemas de Acção Social têm exactamente essa função. Por um lado, um carácter promocional e compensatório, per-mitindo que todos possam ter aces-so; mas que acedam efectivamente ao Ensino Superior. E, por outro lado, os Sistemas de Acção Social permitem também corrigir algu-mas disfuncionalidades e algumas das distorções geradas pelo próprio sistema de funcionamento das so-ciedades, seja o sistema económico, seja o sistema social, seja o sistema financeiro. Se o SAS reforçar essa

intenção do Estado, se o SAS ga-rantir que os direitos sociais consti-tucionalmente consagrados são efectivamente direitos de execução sucessiva, isso permitirá que mais estudantes possam ver garantido o seu acesso ao ensino superior con-forme vem na Constituição, mas possam efectivamente aceder; pois apesar de o acesso estar garantido, nem todos acedem, e esses são os principais problemas da execução sucessiva de um direito social, neste caso um direito fundamental, que mereceu dignidade constitucional.

Para além do financiamento do Estado, a ASE dispõe de outras for-mas de financiamento?

A Acção Social Escolar dentro da UA desenvolveu também o seu próprio modelo social, recorrendo a verbas próprias, e recorrendo tam-bém a parcerias com entidades ex-ternas. Foram criados alguns ins-trumentos dentro de um grande programa que nós temos a funcio-nar, em alguns casos há cerca de dez anos, e que decidimos chamar “Consciência Social”. Nós não des-cobrimos a consciência social com a última crise; nós, há cerca de dez anos, na UA, criámos alguns instru-mentos que visam apoiar os alunos, não com um carácter supletivo, mas com um cariz inovador relativamente à natureza e à finalidade dos apoios que atribuímos a esses alunos.

Realço a Bolsa de Mérito Social, que se chamava, até 2004, “Bolsa

Entrevista com Hélder Castanheira

O Jornal UniverCidade

entrevistou Hélder Castanheira,

administrador dos Serviços de

Acção Social da Universidade de Aveiro, que lembra

que a consciência social que vem

implementando não é de agora.

Algumas das medidas remontam

há uma década. Outras são grandes

novidades para os próximos tempos

de Emprego”. Na Bolsa de Mérito Social, os alunos que perderam a sua elegibilidade académica, cola-borando com a Universidade em al-gumas das suas actividades inter-nas, adquirem um mérito social para continuarem a ser apoiados. Nós, nesse conjunto da Bolsa de Mérito Social, do apoio social acti-vo, em que abrangemos outras me-didas, aumentamos cerca de 10% a base de capitação de rendimento das famílias. No alojamento univer-sitário, através da redução do preço do alojamento universitário, não pe-nalizando os alunos que perderam a sua elegibilidade, apoiamos no ano transacto cerca de 746 estudantes para além daqueles que o Estado apoia no seu regime ordinário, atra-vés de um fundo a que chamamos o Fundo Social Activo, que foi criado em 2003, com a participação dos SAS, da Reitoria e de uma entidade privada, neste caso, o Banco San-tander. Aliás, chama-se Fundo So-cial Activo exactamente porque não se trata apenas da atribuição de um subsídio ou de um apoio, trata-se também de ter um retorno desse apoio que é concedido e esse retorno faz com que este apoio seja efectiva-mente activo: o aluno recebe o apoio mas tem, como contrapartida, que obter aproveitamento escolar. É, por isso, uma medida activa, que res-ponsabiliza o estudante que, se qui-ser continuar a usufruir dela, deve assegurar o aproveitamento escolar no ano lectivo.

Quantos alunos bolseiros exis-tem, actualmente na UA? Entre quantos candidatos a bolsa?

Existem cerca de cinco mil alu-nos candidatos a bolsa, e cerca de quatro mil alunos bolseiros.

E quantos alunos usufruem de alojamento nas residências da Uni-versidade de Aveiro? Quando en-trarão em funcionamento as novas residências do Crasto, e quantos alunos irá alojar?

Usufruem de alojamento cerca de 800 alunos. Estamos neste mo-mento, no nosso Programa de Consciência Social, na fase de con-clusão da primeira fase do Comple-xo Residencial do Crasto. No con-junto do complexo, estamos a falar de 634 camas. Neste momento está concluída uma componente, uma residência muito bonita, com por-menores arquitectónicos de grande qualidade e temos já aprovado o projecto, está em fase de candida-tura a financiamento, do Núcleo

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926 de Fevereiro de 2010

Sul e do Núcleo Norte, portanto, no conjunto isto configura 634 ca-mas. A curiosidade deste programa é que estas residências Norte e Sul têm tipologias totalmente inovado-ras. Uma tem a tipologia de resi-dência uni-familiar, que permite alojar estudantes que estão na Uni-versidade e têm a sua família: acon-tece com colegas que já vivem com a sua família porque são ambos es-tudantes na Universidade, e permi-te ampliar esse tipo de agregados; ou permite acolher grupos de estu-dantes que vivem também neste ambiente, chamemos-lhe de Repú-blica. A outra tipologia são Resi-dências Tutoriais, em que um gru-po de estudantes vai habitar, viver na Universidade com um aluno de Doutoramento, ou aluno de Mes-trado, alunos já com alguma pre-sença na Universidade e em que a intenção seja também um acompa-nhamento tutorial daqueles alunos no âmbito do estudo, no âmbito do acompanhamento sobre o processo formativo na Universidade.

Para além da atribuição de bol-sas, talvez a forma de actuação mais visível dos SASUA, de que ou-tras formas de apoio/desenvolvi-mento social dispõem?

Para nós, o Sistema de Acção So-cial é um sistema de ocasiões educa-tivas e, portanto, encaramos todas as oportunidades que se nos depa-ram, que ocorrem na Universidade, para as transformarmos em situa-ções de aprendizagem. Assumindo a Acção Social como uma institui-ção de cunho educativo, e também como currículo integrado no pró-prio currículo académico dos estu-dantes, criámos iniciativas de vo-luntariado nos SAS, e esta é uma das componentes. Exemplo disso é a Linha da Universidade de Aveiro – LUA, um programa que está a ter um êxito muito interessante. Esta-mos na segunda fase de recruta-mento da LUA, e no primeiro dia que abrimos tivemos 75 alunos a inscreverem-se, portanto, esta linha de atendimento, que é única no país com estas características, é uma das faces visíveis da Acção Social.

O Programa de Saúde e o Centro de Saúde que está neste momento em fase embrionária, e onde se in-tegra também a LUA, é uma das nossas imagens de marca. A forma como administramos os serviços, privilegiando a administração di-recta e o contacto com os alunos, permitindo a transmissão de uma identidade institucional da própria

Universidade; o facto de termos serviços de alimentação, por exem-plo, a funcionar neste regime, onde a Universidade oferece diariamente aos estudantes vinte e uma ementas diversificadas e onde servimos cer-ca de um milhão de refeições por ano; a forma como nos interligamos com a Associação Académica, com a Associação de Estudantes do IS-CAA, e os Núcleos Associativos, permitindo que eles sejam sujeitos no processo de criação e de desen-volvimento das políticas sociais, mas também sujeitos no processo de aprendizagem, faz com que as nossas actividades sejam muito res-ponsabilizantes e que as associa-ções académicas tenham um papel efectivo de produção e desenvolvi-mento de políticas e de iniciativas, e não sejam apenas destinatários dessas mesmas actividades, que se-rá o mesmo que dizer “objecto” dessas mesmas iniciativas.

Todo o nosso trabalho é feito num clima de grande proximidade e, eu diria até, de grande cumplici-dade com os estudantes, porque as instituições de Ensino Superior, as universidades, os serviços de Acção Social existem porque existem es-tudantes, essa é a razão primeira da justificação institucional das uni-versidades e dos serviços, isso cons-titui de facto uma marca identitária muito forte da universidade. E faz com que os alunos encarem os Ser-viços de Acção Social, no caso con-creto, como verdadeiros parceiros, como entidade cooperativa, com quem se pode contar, em quem se pode confiar, independentemente, digamos, das melhorias ou oportu-nidades que vão surgindo e que têm que ser incorporadas de forma mui-to racional e sistemática.

Ainda a propósito da LUA, que objectivos cumpre a sua revitaliza-ção?

A LUA é um projecto que teve o seu início aquando do desenvolvi-mento dos trabalhos de Doutora-mento da Professora Anabela Pe-reira e, depois, com a conclusão da sua investigação em Inglaterra, deixou de ter a sequência que vinha a ter até aí com a recolha de dados e sistematização de informação. A Professora Anabela Pereira é a co-ordenadora científica do projecto e neste momento, ao retomarmos es-te programa, tivemos a consciência de que os desafios e as questões pa-ra as quais procuravam resposta na altura em que ele foi constituído se mantêm hoje.

Os SASUA decidiram acolher este programa no seu projecto ins-titucional, criando condições para que a LUA possa funcionar num espaço físico com toda a dignidade e qualidade, tendo a possibilidade de ter uma coordenação científica que promova a formação dos estu-dantes voluntários que queiram participar neste programa, e ha-vendo cada vez mais a disponibili-dade dos alunos para participar em actividades de voluntariado, neste caso, de aconselhamento a estu-dantes que necessitam de recolher à linha por situações muito diversas, que vão desde situações emocio-nais, situações de stress académico, situações de luto, de adaptação à universidade,… XCom tudo isso, concluímos que estavam aqui reu-nidas circunstâncias únicas para que este processo pudesse avançar com uma nova dinâmica, numa ou-tra dimensão e garantindo aos alu-nos um serviço cujos pressupostos se mantinham e mesmo criar con-dições para que a linha funcione também na ilha “Second Life”

Outro facto inovador é que os alunos que nos contactam e que ne-cessitam de aconselhamento ou acompanhamento psicológico, este é feito por especialistas na área da psicologia clínica, e isso ocorre imediatamente no dia seguinte. Portanto, os alunos cuja situação se evidencia como mais complexa, têm, no dia seguinte, garantida uma consulta com um psicólogo clínico ou com um médico, depen-dendo do caso.

Em que consiste o Programa Próximus e para quando a sua en-trada em funcionamento?

O programa Próximus pretende integrar alunos com idades com-preendidas entre os 18 e os 28 anos na comunidade através da possibi-lidade de coabitação com famílias de idosos. Estas famílias são objec-to de uma selecção criteriosa, tal como os alunos, e, a troco de algu-mas tarefas que os alunos possam proporcionar, para além da compa-nhia, o apoio a algumas iniciativas, como deslocação ao supermercado, à farmácia, ao centro de saúde, à junta de freguesia, poderão habitar sem custos nestas residências, ou tendo alguma comparticipação a acordar com estas famílias. O pro-grama Próximus teve, já, alguns desenvolvimentos no ano transacto, depois devido ao período de elei-ções autárquicas e ao período elei-toral no qual incorreu a Associação

“Nós não descobrimos a consciência social com a última crise”

Sabias que a UA vai ter

uma Loja do Cidadão

Estudante? Hélder Casta-

nheira avançou ao Univer-

Cidade algumas das

novidades para os próxi-

mos tempos: farmácia, Loja

do Cidadão Estudante e

Loja do Cidadão

“Neste programa de

Consciência Social,

vamos ter, muito

brevemente, a funcio-

nar na Universidade,

para além de uma

farmácia, que vai abrir

junto à estação dos CTT,

a Loja do Cidadão

Estudante, onde vamos

concentrar toda a

informação relativa aos

processos dos alunos

de Acção Social e, num

momento posterior,

informação relativa ao

estudante que a

procure, em relação à

sua vida Universitária e

à sua vida quotidiana.

Num segundo momen-

to, vamos ter nesta Loja

do Cidadão também a

plataforma das Lojas do

Cidadão.

Portanto, vamos ter

cidadãos universitários

mais Cidadãos, e vamos

permitir e oferecer aos

estudantes a possibili-

dade de se tornarem

mais responsáveis do

ponto de vista da sua

participação, da sua

civilidade e da sua

preocupação, não só

com a sua vida acadé-

mica, mas também com

o funcionamento da

instituição a que

pertencem. Esta irá

abrir, contamos nós, du-

rante o próximo mês”.

Académica teve alguma interrup-ção que vamos agora retomar, no sentido de possibilitar que no pró-ximo ano lectivo, ou seja, em Se-tembro, possamos ter os primeiros alunos a ocupar as primeiras resi-dências que se tornem disponíveis, fazendo a experiência nas fregue-sias urbanas da cidade (Vera Cruz, Glória, Esgueira) e em Águeda e Oliveira de Azeméis. Portanto, es-tamos na fase de retoma de contac-tos e de envolvimento da nova Di-recção da Associação Académica neste processo.

Relacionado está também a cer-tificação de alojamento, porque fi-zemos a experiência o ano passado: certificamos 50 habitações na cida-de e, portanto, estamos neste mo-mento a preparar, juntamente com a Direcção, o processo de visita às residências que constam na nossa base de dados de forma a emitirmos o certificado de alojamento, e os es-tudantes quando concorrerem à universidade já terem essa informa-ção disponível.

Uma conclusão?Acrescentaria o seguinte: para

nós os estudantes são a razão de funcionamento disto. Aquilo que fazemos é sempre no intuito de corresponder às expectativas dos alunos. E dizer que o movimento associativo, designadamente a As-sociação Académica é, para nós, elemento fundamental neste pro-cesso. Não só porque se tratam de estruturas associativas próximas dos estudantes, e estruturas repre-sentativas de estudantes, mas tam-bém porque junto da Associação Académica se desenvolvem dinâmi-cas que são susceptíveis de desper-tar, de uma forma mais visível, mais próxima, situações que por vezes nos escapam, ou por inibição dos alunos em relação aos serviços, ou porque, digamos, os alunos interio-rizam que não são eles próprios que têm de dar notícia, são os serviços que têm que detectar ou despistar essas situações, mas sobretudo por-que através dessa via também sen-tem que a Associação Académica é uma instituição de confiança e, por-tanto, sentir-se-ão mais próximos, sentir-se-ão parte da Associação.

Portanto, estes vários processos só resultarão se nós conseguirmos ter em cooperação permanente connosco, em diálogo permanente connosco, em interacção connosco, a Associação Académica, os núcle-os associativos e as associações de estudantes.

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10 Voluntariado

Cada chamada é atendida com dedicação de quem investe tempo a ajudar os outros. Não se sabe quem nos atende, ou a quem atendemos a chamada, mas a LUA o dirá...

Este voluntariado anónimo, pro-movido pelos Serviços de Acção social da UA, tem ajudado não só estudantes, mas toda a gente que sabe da sua existência e o procura. De segunda a sexta, entre as 21h e as 01h, no 800 208 448, há sempre alguém disponível para ouvir e apoiar quem telefona.

“Temos muitas chamadas em que as pessoas atendem e desligam logo”, revelam os voluntários. Não é fácil para quem telefona expor os seus problemas, acabamos por concluir, mas cada chamada atendida é apoia-da por estudantes voluntários forma-dos com o intuito de minimizar os problemas que lhes são expostos.

Este acto de voluntariado torna-se um desafio quando atendem o telefone e não obtêm feedback do outro lado, ou mesmo quando quem liga fica reticente com o facto de haver uma linha gratuita dispo-nível todos os dias que vive da von-tade de ajudar os outros. Mas quan-do o telefonema ajuda alguém, a satisfação é total.

“O que vos chamou para aqui?”, perguntamos. “Queria ajudar os meus colegas”, é a resposta frequente. E ajudam de facto. A linha é total-mente confidencial, e os voluntários deparam-se, na maior parte das cha-madas, com problemas passionais, de ansiedade e stress com os exames, di-ficuldade em gerir expectativas, insu-cesso escolar e, claro, solidão.

Por vezes, os problemas de quem liga o 800 208 448 vão além da so-lidão ou do stress. Casos mais difí-ceis, que os voluntários identifi-quem como constituindo um risco para a própria pessoa – sejam apa-rentes depressões ou outras doenças do foro psicológico ou psiquiátrico, são encaminhados para consultas da especialidade no dia seguinte.

Esta é, aliás, um dos pontos que distingue a LUA de outras linhas de apoio gratuitas: casos apontados como mais graves são remetidos, sempre de forma confidencial, para um psicólo-go que, caso ache necessário, reenca-minhará depois para uma consulta de psiquiatria. Desde que entrou em fun-cionamento, a LUA reencaminhou seis alunos para estas consultas.

Um telefonema pode ajudar-te a resolver um problema, não hesites e fala com a LUA.

A LUA está a crescer...

A Linha da Universidade de

Aveiro foi reactivada e está a

funcionar em pleno desde

Janeiro. Todos os dias, um grupo de

voluntários atende chamadas de

alunos que procuram ajuda

MAIS DE 150 VOLUNTÁRIOS NA NOVA FASE DE

FORMAÇÃO

Mais de 150 voluntários inscreve-ram-se na nova fase de formação para voluntários da LUA. A forma-

ção, de 30 horas, é exigente, e precede uma formação contínua que se mantém e prepara estes

alunos fazerem o melhor atendi-mento possível.

Para além de uma equipa de espe-cialistas, esta nova fase de forma-

ção recorre também aos actuais voluntários, que vão apoiar a pre-

paração dos novos elementos. Todo o processo é muito prático,

com a frequente simulação de chamadas.

Serão tratadas, sobretudo técni-cas básicas de aconselhamento

sobre as problemáticas mais co-muns e o desenvolvimento pesso-

al dos que integram esta equipa. Cada voluntário deve, primeiro,

conhecer bem a sua personalida-de e as suas fragilidades para

melhor saber lidar com o serviço.

Os alunos que integram a lista de voluntários da LUA vêm das mais diferentes áreas: Psicologia, En-fermagem, Engenharias, Música, Matemática, Ciências, de vários

anos e de várias idades.

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Page 11: UniverCidade 102

11

Manuel Assunção sublinou a importnância da UA se manter “na vanguarda do pensamento e da experimentação”.

Para Leonardo Jardim o apoio é fundamental. Todos os aveirenses devem cooperar para colocar o Beira-Mar no local onde mere-ce: na I Liga.

diversidade da sua missão, respon-der às necessidades alargadas da so-ciedade e assumir as suas responsa-bilidades para com ela”, afirmou.

O novo Reitor sublinhou ainda que a importância de impulsionar a inovação e o desenvolvimento, com base na integração entre educação e investigação a todos os níveis. Para isso, disse, “devem as universidades ser fortes e autónomas, prestar con-tas e viver de acordo com princípios democráticos e de igualdade de oportunidades que facilitem a mo-bilidade, reforcem a atractividade e a competitividade, e promovam o emprego”.

Durante a cerimónia, foram também apresentados à comunida-de académica, e tomaram posse, os vice-Reitores Joaquim Costa Leite, José Alberto dos Santos Rafael, Eduardo Anselmo Ferreira da Sil-va, Carlos de Pascoal Neto e José Fernando Ferreira Mendes, e os pró-Reitores foram apresentados Artur da Rosa Pires José Claudino de Pinho Cardoso, Liliana Xavier Marques de Sousa, Osvaldo Ma-nuel da Rocha Pacheco e Gillian Grace Owen Moreira.

A nova equipa reitoral da Univer-sidade de Aveiro tomou posse no passado dia 22, numa cerimónia que juntou Reitores, Vice-Reitores e Doutorados de todo o país. A passagem das insígnias de Reitor de Maria Helena Nazaré para Ma-nuel Assunção foi o momento alto da cerimónia, onde tomaram tam-bém posse os pró e os vice-Reitores.

Manuel Assunção tomou então posse como Reitor, o primeiro al-guma vez eleito na Universidade de Aveiro por um Conselho Geral, ao abrigo dos novos estatutos.

Alexandre Soares dos Santos, presidente do Conselho Geral, abriu os discursos, falando sobre um novo tipo de política das Uni-versidades, dos seus novos deveres na preparação de futuros empreen-dedores da sociedade.

Também Manuel Assunção, na sua primeira intervenção como Rei-tor, fez referências às muitas mu-danças e desafios com a UA se depa-ra. “As expectativas que recaem sobre as instituições de Ensino Su-perior e as exigências que se lhes co-locam são enormes. Espera-se que as universidades possam, através da

UA deve “reinventar-se continuamente”Manuel Assunção está desde 22 de Fevereiro à frente da Reitoria da UA. Para o novo Reitor, a Universidade não pode deixar de manter-se na “vanguarda do pensamento e da experimentação”

À saída, todos os presentes passa-ram pelos novos elementos da Equi-pa Reitoral para saudar esta nova fa-se da Universidade de Aveiro.

Na entrada da Reitoria, a Tuna Universitária de Aveiro, a Magna Tuna Cartola e a Tuna Feminina da AAUAv honraram todos os pre-sentes, com especial apreço por Maria Helena Nazaré e pelo novo Reitor, Manuel Assunção.

“Essa é a condição-

essencial para ser Universidade: rein-ventar-se continua-

mente enquanto vanguarda do

pensamento e da experimentação”.

A LUA está a crescer...

UA em Mudança

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O Instituto Português da Juventude ofe-rece actualmente uma vasta panóplia de oportunidades únicas e enriquecedoras aos jovens portugueses, das quais a gran-de maioria de nós não tem conhecimento. Ao abrigo do programa “Mobilidade de Intercâmbio” do IPJ, os Campos de Tra-balho Internacionais (CIT) são uma des-sas oportunidades.

Apoiados na base de uma consciencia-lização perante o mosaico cultural actual, na base do respeito mútuo e da tolerância pelas diferenças do próximo, na base do reconhecimento das diferentes identida-des culturais, religiosas, étnicas, sexuais, etc., o CTI consiste num projecto de in-teracção com jovens de diversos países onde podes desenvolver actividades das mais diversas áreas (cidadania, artes, des-porto, arqueologia, sócio-comunitária, património histórico-cultural, ambiente, criatividade e inovação, etc.) durante aproximadamente 15 dias – entre Julho e Setembro – com um programa diário de quatro a seis horas.

Os Campos de Trabalho decorrem em vários países europeus, inclusivamente

em Portugal, pelo que és tu quem escolhe onde participar. Se tens entre 18 e 30 anos, basta preencheres o «Boletim de Inscrição» (disponível no sítio do IPJ na Internet), es-colheres o teu destino de acordo com os projectos aprovados e partires rumo ao lo-cal ou país pretendido. As despesas de des-locação ficam integralmente ao teu encargo mas, em contrapartida, durante o decorrer do projecto, tens pleno direito a alojamen-to, alimentação e a um seguro de acidentes pessoais.

Para além dos Campos de Trabalho exis-tem também programas de voluntariado (SVE: Serviço de Voluntariado Europeu) e de Intercâmbio. No entanto, estes impli-cam a tua envolvência com uma associação de envio ou entidade reconhecida para que possas participar, ao contrário dos CTI, onde te podes inscrever a título pessoal.

Baseado em testemunhos de quem já participou, o teu Jornal UniverCidade aconselha-te vivamente a não perderes a oportunidade. Participa já! Informa-te em http://juventude.gov.pt e torna possível uma aventura plena de novas culturas e uma experiência única.

12

Diariamente, somos confronta-dos, seja através de alguma experiência pessoal ou familiar seja através da comunicação social, com a morte de pessoas que nos dizem algo. Os laços de afecto que mantemos com as pessoas são o essencial da nossa vida emocional, mas o que acontece quando as ligações que firmámos com as pessoas se quebram?

Perante a perda de alguém, entramos num processo de luto. A APELO – Associação do Apoio

Vamos Limpar PortugalMovimento cívico conta já com mais de 30 mil voluntários por todo o país, prontos para, no próximo dia 20 de Março, limpar a floresta portuguesa. E tu, vais fazer a tua parte?

O Projecto Limpar Portugal (PLP) é um movimento cívico que pretende, através da participação voluntária de pessoas particula-res e de entidades privadas e públicas, pro-mover a educação ambiental e reflectir sobre a problemática do lixo, do desperdício, do ci-clo dos materiais e do crescimento sustentá-vel, por intermédio da iniciativa de limpar a floresta portuguesa no dia 20 de Março de 2010, removendo todo o lixo depositado in-devidamente nos nossos espaços verdes.

Para aderir à iniciativa como voluntário, basta aceder ao site www.limparportugal.org e efectuar o registo. As actividades da equipa de coordenação concelhia de Aveiro podem ser acompanhadas em http://limparportu-

gal.ning.com/group/avr. Notícias recentes dão conta de mais de 30 mil inscrições de vo-luntários para limpar detritos deixados na floresta! É um grande número, sinónimo de uma mobilização ímpar dos cidadãos portu-gueses. E tu, vais fazer a tua parte?

No que diz respeito à remoção de resíduos, o principal objectivo do PLP é remover lixos depositado ilegalmente em espaço florestal. No entanto, dependendo das necessidades de cada concelho, assim como o número de vo-luntários disponíveis, podem ser levadas a cabo outras acções de limpeza, tais como a limpeza de bermas de estradas em povoações em serviços de limpeza de vias públicas, lim-peza de praias, limpezas de espaços públicos de interesse da população.

Alunos da UA referenciam lixeiras Alunos de Engenharia Electrónica e Tele-

comunicações e de Novas Tecnologias da Comunicação Alunos da UA criaram uma plataforma de georreferenciação vocaciona-da para actividades ambientais., adoptada como plataforma oficial de georreferenciação de lixeiras do projecto Limpar Portugal.

Trata-se de um serviço pioneiro que está a servir de ajuda ao projecto, através da Inter-net. A plataforma, denominada “3rdBlock” é uma aplicação de Web 2.0 que permite a qualquer cidadão indicar a localização exac-ta de um evento relevante para o meio am-biente que o rodeia, através de um mapa in-teractivo. Neste caso, das lixeiras. A plataforma permite ainda a inclusão de ob-jectos multimédia, como fotos ou vídeos.

O objectivo, segundo os alunos envolvidos no projecto, é criar “um observatório am-biental on-line, feito pela comunidade e para a comunidade”.

Acções

à Pessoa em Luto – é uma insti-tuição baseada na colaboração solidária e voluntária de pessoas em luto, técnicos e profissionais de diferentes áreas e outras pessoas que desejam promover o auxílio ao luto.

As suas áreas de intervenção fundamentais vão do apoio directo às pessoas e famílias em luto, formação, ensino e pesqui-sa sobre o luto, divulgação do tema “Os afectos: construção, manutenção e perda.” e coope-ração interinstitucional.

Queres participar numa experiência única?

APELO presta apoio

emocional a pessoas

em luto

Em Aveiro, a APELO - Associa-ção do Apoio à Pessoa em Luto é representada pelo Centro de Apoio à Pessoa em Luto (CAPE-LO – AVEIRO) que podes contac-tar através do número 962768123 ou do e-mail [email protected]. O atendimento é efectuado às segundas-feiras, das 18 às 20h, na Junta de Freguesia da Vera Cruz. Para mais informações, podes consultar o site www.apelo.web.pt ou o blog: http://capelo-aveiro.blogspot.com.

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14 Cá em casa

VEM MEDITAR COM A AAUAV!

Após a época de

exames e para começar

da melhor maneira este

novo semestre, a AAUAv,

em parceria com a

Associação Cultural e

Recreativa Mensagens

Positivas, está a realizar

um novo curso gratuito

de Iniciação à Medita-

ção. Neste curso são

leccionadas técnicas de

relaxamento, concen-

tração, respiração, man-

tras sendo ainda

abordados e explicados

conceitos do Yoga,

tendo em conta as

tradições orientais

tradicionais.

Este está a decorrer até

ao dia 12 de Março, na

sala 23.3.4 do Complexo

Pedagógico, todas as

segundas, quartas e

sextas, das 19:30h às 22h.

Aparece e aprende a

meditar!

I Jornadas Nacionais de

Ciências Biomédicas

decorrem de 11 a 13 de Março,

organizadas por um grupo de alunos do primeiro e segundo

ciclos de Ciências Biomédicas.

Especialistas de diferentes sectores irão debater temas

ligados à Oncologia,

Infertilidade, Novas

Metodologias de Investigação,

Aplicações Biomédicas e

Neurologia

A Universidade de Aveiro rece-be, nos dias 11, 12 e 13 de Março, as I Jornadas Nacionais de Ciências Biomédicas, um encontro organi-zado por um grupo de alunos da área que juntará em Aveiro os mais relevantes nomes ligados às Ciên-cias Biomédicas, com o objectivo de estimular a partilha de conheci-mento sobre a investigação nacio-nal actual nestas áreas.

Investigadores portugueses de renome internacional, provenientes de várias regiões do país, irão deba-ter com alunos de Ciências Biomé-dicas das Universidades de Aveiro, Beira Interior, Algarve e Católica Portuguesa - Centro Regional das Beiras e os estudantes de Farmácia Biomédica da Universidade de Coimbra os temas escolhidos pela organização: Oncologia, Infertili-dade, Novas Metodologias de In-vestigação, Aplicações Biomédicas e Neurologia.

“Os temas são bastante relevantes e actuais”, adiantou João Lemos, aluno da Licenciatura em Ciências Biomédicas da UA, co-responsável pela organização do encontro.

O aluno lembra que se trata de um “evento sem paralelo no resto do país”, dedicado a esta “ciência ainda emergente em Portugal, que irá revolucionar a saúde”.

As inscrições nas I Jornadas Na-cionais de Ciências Biomédicas es-

tão a decorrer até ao dia 1 de Mar-ço. Os interessados devem enviar a Ficha de Inscrição preenchida para [email protected], com o assunto: Inscrição nas I Jor-nadas de Ciências Biomédicas. Através do mesmo e-mail, podem ainda solicitar mais informações dobre este encontro.

Os painéisNo dia 11, estarão em cima da

mesa temas relacionadas com a Oncologia e as Novas Metodolo-gias da Investigação. Para falar so-bre o primeiro tema, estas I Jorna-das trazem à UA Francisco Pimentel (Director do Hospital In-fante D. Pedro e docente da Secção Autónoma de Ciências da Saúde da UA - SACS), Lúcio Santos (Insti-tuto Português de Oncologia do Porto - IPO), Carla Oliveira e Joa-na Paredes (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Univer-sidade do Porto - IPATIMUP). As Novas metodologias da Investiga-ção vão ser abordadas por Luís Al-meida (SACS), Nuno Palma (BIAL), José Carlos Machado (IPATIMUP) e Rui Medeiros (IPO - Porto).

O segundo dia, 12 de Março, in-cidirá sobre as Aplicações de Dis-positivos Biomédicos e as Neuroci-ências. José Cavalheiro (Instituto de Engenharia Biomédica Univer-

I Jornadas Nacionais de Ciências Biomédi-cas na net: http://jornadasbiomedicas.pt.vu/

Especialistas debatem Ciências Biomédicas na UA

sidade do Porto - INEB), Paula Calvinho (Universi-dade de Coimbra) e Pedro Granja (INEB) debatem o primeiro tema, enquanto Tiago Outeiro (IMM.UL), Odete Cruz e Silva (SACS), Maria João Saraiva (Institu-to de Biologia Molecular e Celular do Porto) e Catarina Oliveira (Faculdade de Me-dicina da Universidade de Coimbra) falarão sobre o se-gundo.

O último dia do encontro é dedicado à Infertilidade, tema que será debatido por Alberto Barros (Centro de Genética da Reprodução), Edgar Cruz e Silva (Centro de Biologia Celular da UA) e João Ramalho Santos (Centro de Neurociências e Biologia Celular da Univer-sidade de Coimbra).

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15 Cá em casa

Tira a tua banda

da garagem

O CoMA - Concurso de Música de Aveiro – e o CoDJs – Concur-so de DJs de Aveiro - estão de volta. As inscrições estão aber-tas até dia 2 Março, com um custo de 10 euros. Terás também que enviar a tua maqueta, com o mínimo de três temas, a biogra-fia da banda e ainda os teus contactos. As eliminatórias de ambos os concursos vão decorrer nos dias 16, 17, 23 e 24 de Março, excepto o CoDjs que ainda terá uma eliminatória no dia 18 do mesmo mês, em Águeda.

O CoMA e o CoDjs estão de volta. Os dois grandes concursos de bandas e DJs voltam a es-colher novos nomes para a

Semana do Enterro. E não te esqueças:

Fernando Alvim

é júri na final do CoDJs

O projecto CoMA conseguiu já estabelecer raízes no panorama musical aveirense e ter repercus-são a nível nacional. O CoMA assenta em três fases. A primeira passa pela selecção das maquetas enviadas à organização do concur-so, que é exclusivo a bandas sem contrato discográfico. Após esta selecção, realizar-se-ão quatro eliminatórias que contarão com a presença de quatro bandas cada. E em cada eliminatória é escolhida uma vencedora, terminando assim a segunda fase do concurso. A

terceira fase consiste na integra-ção destas no cartaz da Semana do Enterro, onde poderão apre-sentar o seu trabalho no palco principal da Semana Académica Aveirense. O CoDjs tem como objectivo principal dar a conhecer aos estu-dantes a variedade de sons, ritmos e bandas existentes no mundo académico que nos rodeia. Este concurso desenrola-se quase do mesmo modo que o CoMA, tendo apenas como diferença, o facto de ser constitu-ído por quatro fases e por uma

delas ser realizada em Águeda. A quarta e última fase do CoDjs será a finalíssima, em que o Dj vencedor ganhará um prémio. Para animar esta grande final, Fernando Alvim, radialista e DJ, fará parte do júri.

Se estás interessado, não percas mais tempo! Para teres acesso a todas as informações e ao regu-lamento do concurso, acede ao site www.aauav.pt.

Page 16: UniverCidade 102

16 Cá em casa

CAFÉ@BE: À SEGUNDA É

MAIS BARATOO BE perdeu a cabeça: todas as segundas-feiras, entre as

12h e as 15h, o café custa 0,25€!

BLOCO CULTURAL: PÕE-TE A

MEXERNo próximo dia 10 de Março, a AAUAv desafia os residen-

tes das residências do campus (blocos) a participar

no Bloco Cultural: Peddy Papper Residências. O

percurso começa às 14.45h nas residências e acaba na

Casa do Estudante, passando por vários pontos da cidade.

No final do peddy papper, para além de um convívio no

Bar do Estudante, vai haver prémios para a equipa que

fizer mais pontos. Inscreve-te até sexta-feira, dia 5 de Março, através do

e-mail [email protected].

CHÁ DAS CINCO NO BE

Concertos, palestras e conversas informais, acom-

panhados de um chá e lanche no Bar do Estudante. O teu

BE está cada vez mais acolhedor, com um Chá das

Cinco marcado para as quartas-feiras, às 17h, onde

está garantido o diálogo e convívio entre a comunidade

estudantil.Os temas vão variar todas as

semanas, por isso haverá sempre novidades. Vem

debater assuntos actuais ou simplesmente desfrutar de

um bom momento. Todas as quartas, às 17h, no BE. A

partir de 10 de Março.

Na edição 101 do Jornal UniverCidade, na página 13, relativa à constituição da As-sociação Académica, está presente um erro no que concerne aos membros integrantes do órgão Conselho Fiscal. Por lapso, dois elementos eleitos, Alexander Marques e Ana Júlia, foram suprimidos da lista de constituintes desse órgão.

O Jornal UniverCidade pede desculpas aos visados e aproveita para publicar, desta vez na totalidade, a constituição do Conselho Fiscal.

A Associação Académica da Universidade de Aveiro dispõe de um Departamento Jurí-dico, a que poderás recorrer para esclarecer as dúvidas ou questões de teor jurídico que pos-sas eventualmente sentir.

O Departamento Jurídico está disponível todos os dias úteis, mediante marcação pré-via através dos números 234 372 320 ou 91 90 44 909. Esperamos contribuir para que te mantenha devidamente informado e esclare-cido. Se tiveres perguntas para nós, não dei-xes de telefonar.

Workshops de Massagens e

Técnicas de Relaxamento

Rapidinhasna AAUAv!

O UniverCidade errou.

AAUAv esclarece as tuas dúvidas

jurídicas

IIA AAUAv vai promover, durante os meses

de Março e Abril, mais um workshop de Massagens e Técnicas de Relaxamento.

A formação divide-se em dois níveis (I e II), devendo os interessados inscrever-se no nível que mais se adequa à sua situação (se ti-veram ou não formação anterior).

As sessões de nível I têm lugar a 10 e 24 de Março, e a 14 de Abril, e as de nível II a 17 de Março e a 7 e 21 de Abril. Inscreve-te no nú-

mero de workshops que pretendes frequentar.Os preços variam entre 7 e 15 euros, para

sócios, conforme se inscrevam em uma ou três sessões; 8 e 18 euros para estudantes da UA e 10 e 24 euros para externos.

Os workshops terão lugar entre as 15.30H e as 18.30H, na Sala de Drama do CIFOP. Inscreve-te ou pede mais informação, atravé s dos emails [email protected] ou [email protected]

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1726 de Fevereiro de 2010

A Faina Académica define, ao longo do ano de integração dos aluviões, um percurso que descreve o espírito do bom estudante Aveirense. Durante este período de aprendi-zagem foram criadas as praxes de cariz obri-gatório que identificam os pontos de viragem essenciais para que a uniformidade da Faina seja universal.

Assim sendo, durante o Grande Aluvião, apresenta-se o Aluvião à cidade e academia, começando o percurso desse dia no Campus Universitário de Santiago, percorrendo as ru-as da cidade com cânticos alegres e joviais e terminando esse dia apresentando todos os re-cém-chegados à cidade que os vai acolher du-rante os duros anos do curso naquele que ain-da é o centro histórico da cidade, o Rossio.

Roncada Académica

O baptismo de curso visa apresentar, in-troduzir e integrar o aluvião dentro da pe-quena família que é o curso em que entrou. Durante a Semana do Enterro, a última pra-xe de cariz obrigatório é o Desfile. Nesse evento, os aluviões, demonstram os ensina-mentos transmitidos pela sua Faina de curso, exibem à cidade de Aveiro e à Universidade o amor e o respeito que entretanto adquiriram por estas e, se considerados aptos pelos que já demonstraram vezes sem conta todo o orgu-lho que têm na nossa Academia, obtêm o di-reito de envergar o nosso tão amado Tertúlio com todas as insígnias que o empossam.

Ao analisar todos estes pontos, quis pare-cer aos nossos mui nobres e sábios criadores do Código de Faina que faltaria uma grande

praxe geral, que decorreria no segundo se-mestre do ano lectivo, e que devolvesse defi-nitivamente os que foram apresentados à ci-dade no Grande Aluvião, de volta à Academia que tanto os ama para que possam dedicar-se a fundo ao que os trouxe inicial-mente a Aveiro, o Curso. Chamaram a este grande dia de Roncada Académica.

Este nome deriva da palavra Ronca, isto porque esta era e ainda é utilizada pelos pes-cadores para se encaminharem para a costa em noites em que os nevoeiros típicos de Aveiro não permitem a visualização das lu-zes de faróis e de fogueiras. O processo é fei-to através de uma sucessão de postos para os quais os aluviões se devem dirigir, guiados pelo som de roncas, búzios, trompas ou qual-

quer outro instrumento que faça barulho. Em cada paragem, os aluviões são postos à prova acerca dos conhecimentos entretanto adquiridos. Principia-se esse dia, ao inverso do Grande Aluvião, no Rossio e termina-se em festa no Campus Universitário renovan-do-se o espírito académico preparando-se as-sim convenientemente os aluviões para a Cura Académica no fim da qual se irá obter o nosso tão amado Sal Académico.

Saudações Académicas,A Salgadíssima Trindade e o Conselho do

Salgado

Andas a ver porcos a voar? Anda mas é comer porco a sério!

Com a prometida tempestade, não quisemos arriscar molhar o porco! A tão aguardada porcada e arraial académico foram adiados para dia 3 de Março, e estamos a contar com sol a potes. E contigo também. Cerveja, sandes de porco no espeto, tunas a animar e fim

de noite no BE… Vê lá se não perdes isso!

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18 Núcleos

vou a que as sensações pessoais se tornassem numa sensação colectiva ao som de quem ia guiando a noite no nosso Bar do Estudante (Youtube: BE@YOGA PSY PARTY)!

Caros colegas académicos, o objectivo des-ta coordenação do núcleo de Yoga é mostrar que o associativismo que estamos a praticar está vivo e serve para oferecer cultura, diver-sidade e mostrar horizontes a todos os que se formam hoje nesta grande instituição que é a Universidade de Aveiro! Nós estamos cá, e prometemos mostrar mais sensações! Viva a nossa Academia, viva a nossa Associação!

Tenista da AAUAv é o número 66 do ranking FPT

Luís Pinho, atleta do núcleo de ténis da AAUAv e finalista do MIEET, é o novo número 66 do ranking nacional da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), subindo quase 100 lugares em relação ao ranking de 2009, onde era o número 147 nacional.

Aulas práticas ocm a monitora Cláudia Ferreira:Terças e quintas, às 20:30h. Leva uma roupa confortável, um agasalho e, por razões de higiene, uma toalha sobre a qual possas estar descalço.

No passado dia 18 de Fevereiro, a FPT di-vulgou o ranking definitivo para o ano de 2010, que pode ser consultado em www.tenis.pt, onde o nosso atleta, após disputar 20 tor-neios de singulares e seis torneios de pares du-rante o ano de 2009, em vários pontos do pa-ís, destacou-se nas cinco finais de pares, uma meia-final de singulares e uma vitória no cam-peonato nacional de inter-clubes da 3ª divisão representando a AAUAv, que ajudaram e muito para esta extraordinária classificação.

O ano de 2009 teve altos e baixos, após um início muito bom - incluindo os melhores re-sultados já referidos destes torneios - e tam-bém com o apuramento e disputa do Campe-onato Nacional Universitário organizado pela FADU, onde também participou outro atleta do núcleo, Rui Bastos, realizado nos campos de terra batida de Miramar. Nesta altura sur-giu uma lesão grave que impossibilitou Luís Pinho de competir durante vários meses, tendo perdido vários torneios importantes de Verão e limitando a participação nos últimos torneios do ano, onde os melhores resultados não se repetiram. Daí que o actual lugar no

Vem jogar Capoeira connosco!

O Núcleo de Capoeira deseja votos de um bom semestre para todos e, para tal, nada me-lhor do que deixar para trás a vida agitada dos exames com a prática de uma nova modalidade cheia de surpresas.

Arte de luta ímpar no mundo, a Capoeira re-corre ao balanço da música, ao toque do berim-bau e liberta-se… Solta o ataque e esquiva, co-mo numa conversa melodiosa entre dois sábios.

É essa a Capoeira que promovemos e preser-vamos, também como desporto, mas muito mais como arte ou forma de vida. Movimenta-ção física, música, história, convívio…. E a cer-teza de uma mente sã num corpo são.

Visita-nos no Pavilhão Haristides Hall: trei-nos às segundas e quartas-feiras, das 20.30h às 22h, ou envia um e-mail para [email protected]. O primeiro treino de experiência é gratuito!

Axé!!!

ORIGAMI tem novas metas para 2010

Com o intuito de dar continuidade ao tra-balho iniciado o ano passado na Comissão de Solidariedade Social da AAUAV, um con-junto de alunos, ex-alunos e funcionários da Universidade de Aveiro uniu esforços para dar cumprimento a este objectivo comum. Surge, por isso, um novo plano de acções pa-ra o ano de 2010, que se espera pleno de acti-vidades. O público-alvo das nossas acções continua a ser a comunidade académica e a comunidade aveirense em geral.

A designação de ORIGAMI para a co-missão prende-se com a premissa de que a construção de mil ORIGAMI’s possibilitará a concretização de um desejo. Ora, o grupo adaptou este saber com o objectivo de contri-buir para a realização de vários desejos, atra-vés de acções de solidariedade.

O ORIGAMI pretende responder a todos os apelos e continuar a dinamizar, inovar e alargar a actuação do mesmo sobre outras vertentes. Para tal, este ano planeámos de-senvolver várias actividades, como um En-contro de Voluntariado e Concerto Solidário, Ciclo de Tertúlias para a Tolerância, Sábado Desportivo… com um sorriso colorido (se-gunda edição), Marcha pelas Crianças da Pe-diatria do HIP (Hospital Infante D. Pedro), entre outras.

É importante reunir esforços e recursos que serão direccionados para múltiplos pro-blemas, não só a nível interno, para alunos, mas também para a sociedade em geral, com toda a abrangência que esta implica e incor-pora. Assim, contamos com a vossa partici-pação durante este ano.

Se gostarias de colaborar nas actividades do ORIGAMI, contacta-nos através do e-mail: [email protected].

ranking seja ainda mais surpreendente!De salientar também que Luís Pinho sur-

ge como o sétimo classificado da Associação de Ténis de Aveiro, acima de atletas de gran-de potencial e portanto vai ser cabeça de série no Campeonato Regional Absoluto 2010, adecorrer entre 21 e 28 de Fevereiro, no Clu-be Ténis de Ovar. A posição atingida neste ranking permitirá o acesso ao Campeonato Nacional Absoluto a realizar em Setembro, caso seja possível a deslocação.

No ano de 2010, entre muito estudo e traba-lho, os nossos atletas continuarão a competir a nível nacional e universitário para atingirem a melhor classificação possível e termos mais atletas com ranking nacional.

Os atletas do Núcleo de Ténis treinam e jogam, habitualmente, nas instalações do Clube Ténis de Aveiro, onde todos os sócios da AAUAv têm os mesmos direitos de qual-quer sócio e também podem competir em to-das as competições internas do clube. Aliás, grande parte dos vencedores destes torneios pertence ao Núcleo de Ténis. Não deixes de nos contactar: [email protected]!

Núcleo de Yoga comemora 14 anos

O núcleo de Yoga tem por princípio divul-gar uma filosofia de vida que existe há muito, com provas dadas a nível da formação do equi-líbrio do ser humano. Porque formar pessoas não é torná-las mecânicas, aptas a aprender um trabalho qualquer, é também fazê-las crescer interiormente, espiritualmente (sei que muita gente não gosta desta palavra, mas to-dos o sentimos).

O Yoga surge como uma “ciência” do ser humano em busca das necessidades reais des-te nosso corpo. Foram estudados os seus efei-tos no corpo e na mente durante anos. O equilíbrio que gera meditar, e a necessidade de cuidarmos do nosso corpo e olharmos pa-ra nós e pensar: “Que bom, estou sem tosse! É mesmo bom estar sem tosse!” em vez de pensar “Que tosse chata… Quem me dera es-tar sem tosse…”.

O nosso objectivo é despertar a consciência desta Academia para os caminhos que existem, que são muitos. O Yoga é um deles, que nos ajuda na auto-descoberta! Não são poucos os que experimentam fazer uma aula prática e di-zem que não era isto que esperavam! Porque o Yoga sente-se! Não se acredita, não se vê.

E foi com sentimentos que trouxemos uma semana que pudessem sentir! Desafiámos a desenhar uma sensação, desafiámos a virem sentir uma aula prática, mostrámos quem aqui estava há catorze anos, Cristina Viana, que trouxe explicações, experiências de vida e mostrou aquilo que sente! Fizemos sentir às pessoas uma noite de música “trance” que le-

Celebrar um aniversário de um núcleo é celebrar o associativismo, por isso o Núcleo de Yoga não pode deixar de assinalar o seu 14º aniversário. Esta celebração teve em vista marcar o trabalho feito por alunos, tal e qual como nós, há catorze anos atrás e neste presente, com cursos mais exigentes, que nos pedem mais dedicação, de modo a formar pessoas mais competitivas, temos que acompanhar os tempos com um associativismo mais exigente! Estes catorze anos são a prova que estamos vivos, estamos aqui a defender os gostos e direitos dos alunos.

Page 19: UniverCidade 102

19

GOSTAS DE CINEMA E

FOTOGRAFIA?O Núcleo de Cinema e Fotografia (NCF) está

novamente activo!

Este núcleo tem previstas diversas actividades, entre elas workshops, tertúlias, exposições e concursos,

relacionadas tanto com a área do cinema como

da fotografia.

Por isso, se gostas destas áreas, mantém-te atento pois em breve vai haver

mais novidades!

E se tiveres sugestões e/ou desejares informações sobre as actividades, podes entrar em contacto com a coorde-

nação do NCF através do email [email protected].

Cartola no Hotel Mélia RiaNo passado dia 28 de Janeiro, a convite do

Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade de Aveiro, a Cartola deslo-cou-se ao Hotel Mélia Ria para tocar para uma plateia de professores e outros entendi-dos da respectiva área.

Depois de reunidas as tropas e já postos em formação de ataque, a MTC apresen-tou-se perante uma plateia composta por personalidades dos quatro cantos do mun-do, e mostrou todos os seus dotes artísti-cos, para alegria dos presentes. Óbvio que aos nossos professores presentes demos um pouco de música para quando virem os nossos exames fazerem uma “pequena atenção” por sermos rapazes de muito estu-do. Após os instrumentos arrumados e apetrechados, chegou a vez do bem mere-cido pasto para acalmar as ânsias, e para a socialização da praxe. Entre músicas e pia-das foi, sem dúvida, um serão bem passado, e fica um agradecimento à Organização.

Treinador da AAUAv traz mais uma medalha para Aveiro

António Costa (à esquerda), treinador do núcleo de Judo da AAUAv, conquistou mais uma medalha a nível nacional

No primeiro combate, contra um atleta dos Açores, António Costa espalhou a sua superioridade técnica pelo tapete, ao con-quistar a vitória por ippon (pontuação má-xima) através de uma projecção. Era o início da caminhada até à final e do sofrimento com o agravar da lesão nas costas que o atormenta, há algumas semanas.

No segundo combate, contra Nuno Figuei-redo da SAD, um velho conhecido do atleta aveirense, António Costa viu-se forçado a combater durante oito minutos. Ao final dos cinco minutos regulamentares, com o comba-te empatado, foi necessário recorrer ao ponto de ouro, mais três minutos de combate. Eram notórias as dificuldades físicas do atleta de Aveiro, que se mostrava muito diminuído fisi-camente relativamente ao seu opositor. Com a experiencia adquirida e muito espírito de sa-crifício, aguentou até ao final do combate, on-de, na decisão dos juízes, arrecadou a vitória e consequente passagem à final do torneio.

A final foi contra Diogo Silva (OSJ), que derrotou o atleta aveirense ao alcançar dois wazaris (segunda pontuação mais alta no Ju-do). Numa final bem disputada, nunca foi possível ver o melhor Judo que os atletas po-diam praticar, quer por força do cansaço, quer muito pelas condições físicas do treina-dor da AAUAv.

“Para mim foi excelente esta medalha. Sinceramente, não esperava chegar tão lon-ge, porque estive duas semanas totalmente parado por causa das minhas costas. Vim fa-

zer a prova um pouco na desportiva, mas se calhar foi um erro. Voltei a ter dores no pri-meiro combate, e contra o Nuno Figueiredo (segundo combate), estive mesmo à beira de abandonar o tapete. As dores são muitas e impedem-me de fazer o meu Judo. Os meus treinadores e colegas é que acabaram por me dar força para continuar, mas na final já nada havia a fazer. As dores eram cada vez mais, e os meus treinadores sabiam que a qualquer momento eu podia abandonar o tapete. Eles tinham essa noção porque tínhamos falado antes e eles sabiam o que eu estava a passar. Não é fácil, mas é uma medalha de prata com sabor muito especial”, disse, no momento da vitória.

No final, apesar das dores nas costas, o treinador da AAUAv, António Costa, era um atleta satisfeito com o seu desempenho, e ciente que era impossível fazer melhor com as suas condições físicas.

Para o futuro, as metas estão traçadas: “Te-nho estágio da selecção até quarta, e vou ser reavaliado pelo médico e fazer tratamento. Depois é recuperar totalmente porque vem uma fase muito forte no calendário com pro-vas de equipas nacionais e internacionais. E claro está que os treinos na Universidade de Aveiro vão continuar, e eu e o Mestre César lá estaremos sempre para ajudar quem quiser treinar connosco. Segundas, quartas e sextas, é só aparecerem no CIFOP que podem trei-nar comigo e com muitos outros colegas, e divertirem-se a fazer Judo”, concluiu.

Realizou-se no passado dia 14 de Feverei-ro de 2010, no complexo desportivo de Coimbra, o Torneio Nacional FPJ, a segun-da prova mais importante a nível nacional. Como vem sendo habitual nos últimos anos,

António Costa, treinador da AAUAv, este-ve presente e arrecadou mais uma medalha.

Numa categoria com nove atletas (+90kg), António Costa só se viu superado na final pelo actual campeão nacional de +100 kg.

26 de Fevereiro de 2010

Magna Tuna Cartola celebra Carnaval

Mesmo não dando para andar de calções e havaianas e a beber uma caipirinha, e não es-tando 40 graus, à sombra a Magna Tuna Cartola decidiu envergar pelo seu lado mais carnavalesco e aceitou a proposta para tocar na Praça do Peixe, para comemorar o Carna-val para toda a Comunidade Académica.

Mas antes da dita actuação ainda houve es-paço para espalhar a magia pela cidade de Aveiro, cantando Serenatas à janela às don-zelas e afins, e tocar umas modinhas ao jan-tar de curso de Enfermagem, e assim alegrar um pouco a noite.

Chegando então à Praça do Peixe, e en-trando no palco improvisado, começou a ver-dadeira animação. À medida que a actuação foi decorrendo, e que os líquidos devidamen-te ingeridos previamente começaram a fazer efeito, o público ficou ao rubro, entoando e dançando todas as músicas por nós cantadas,

havendo também pedidos de “encore” que prontamente foram satisfeitos pela MTC.

Um muito obrigado pelo convite à Orga-nização, e para o ano nos encontraremos lá de novo para celebrar de o Carnaval, ficando também o apelo de para o ano providencia-rem bailarinas de samba para aumentar o re-alismo da festarola!

Cartola’s Review

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20 Diz-se por aí...

DIZ-SEPOR AÍ...Apenas Magia

A noite vai devassando o céu, espalhando a escuridão por entre as luzes de ruas e avenidas, perfumando o ar que me entra na alma enquanto eu contemplo a beleza da vida.

Beleza da vida é mergulhada em mares cheios de lixos psicológicos e seres de beleza natural extrema, transformando o conceito de vida numa estrutura genuína, onde a escultura mais brilhante de todas é aquela que revela a essência natural de cada um.

A minha essência já brilha um pouco, apesar de todo o lixo que encontra 'aos pontapés', a sua magia abafa todos os negativismo existentes.

A minha essência é apenas amar: no céu, à noite, na rua. Em qualquer lugar, com quaisquer condições.

Pedro Greelings

Corpúsculo

Pinta aquele rio para mim.Pinta-o de azul-turquesa, nesta noite d’OutonoE fala-me com sons do sorvedouro.Fala-me enquanto as árvores cedem as folhas e os fantasmas tripudiamEntre a escuridão e o mar brilhante.Os fantasmas deambulam nos caminhos, virgulados por sinos de prata, que evocam pelo teu nomeE o teu nome, coberto de pecado, assombra a galáxia mais longínquaCercando o corpúsculo numa dança que nunca se concluirá.

IMA

Page 21: UniverCidade 102

DO FUNDO DO BAÚ - 26 DE FEVEREIRO DE 1998

HÁ 12 ANOS, NO UNIVERCIDADE NÚMERO NOVE, A ALUNA CLÁUDIA LUZ FALAVA SOBRE A GERAÇÃO RASCA. RESOLVEMOS PUBLICAR NOVAMENTE ESTE TEXTO. DESACTUALIZADO, OU NEM POR ISSO?

Recortes 21

Rui Cunha

� Tiago Alves sucedeu ontem a

Negesse Pina como presidente da

Associação Académica da Uni-

versidade de Aveiro (AAUAv) e

anunciou o “início de um novo ci-

clo” na instituição.“Neste contexto de mudança

torna-se imperativo construir um

novo projecto e um novo rumo”,

assente em “lideranças fortes e

estratégicas”, disse.Os estudantes devem actuar

enquanto agentes de intervenção

para a cidadania “para responder

aos novos desafios e oportunida-

des”, acrescentou o líder associati-

vo, rebatendo a ideia de que a actu-

al geração revela “falta de sensibili-

dade na intervenção na sociedade”.

Uma das apostas da nova Di-

recção é assegurar o “envolvi-

mento mais vincado dos núcleos”,

comprometendo-se a efectuar um

“investimento na formação contí-

nua dos seus dirigentes”. Criar

novos núcleos é outra prioridade,

dado que são a “principal ponte na

aproximação à comunidade aca-

démica”.Tiago Alves defende uma “cola-

boração intensa” com a equipa do

futuro reitor, Manuel Assunção,

para contribuir para que a Uni-

versidade de Aveiro (UA) “se assu-

ma cada vez mais como a melhor

do país”.Estreitar os laços com o Serviço

de Acção Social de forma a garan-

tir um apoio “mais justo” aos estu-

dantes é outra das acções prioritá-

rias para o mandato. O dirigente

quer impedir o abandono escolar

por dificuldades financeiras e

proporcionar o ingresso de mais

estudantes no Ensino Superior.

Para o presidente da AAUAv –

que actualmente representa cerca

de 13 mil alunos – é “decisivo” um

“maior investimento” no Ensino

Superior. “Só promovendo me-

lhorias e qualificando mais pesso-

as se consegue ultrapassar este

momento de crise que o país atra-

vessa”, avalia.O contrato-programa celebra-

do entre o Governo e a UA “não

vem resolver todos os proble-

mas”, avisa.O aluno de Economia eleito em

15 de Dezembro sustenta, por

outro lado, que é “necessária e ur-

gente” uma “colaboração estreita”

com a Câmara de Aveiro.

“Acreditamos que deverá ser

repensado o enquadramento da

Associação Académica na política

do município, pois só com um

papel proactivo conseguiremos

alcançar a confiança da cidade

que nos acolhe”, declarou, reve-

lando que a instituição irá “apos-

tar fortemente” na cultura e nas

políticas sociais para atingir o

objectivo de aproximação à po-

pulação do concelho.

“Fomos além

da Ria de Aveiro”

Negesse Pina frisou o “legado” dei-

xado pela anterior Direcção, des-

tacando o “peso institucional re-

forçado” ou o “peso político incon-

tornável” da AAUAv.“Soubemos defender os nossos

ideais e obter compromissos cla-

ros por parte dos governos. Não

nos limitámos a ser uma associa-

ção de âmbito regional mas fomos

além da Ria de Aveiro, onde antes

não nos atrevíamos a passar”,

afirmou.O “reforço” de acção social esco-

lar foi uma das vitórias no man-

dato findo. Mas o líder cessante

apela a um fortalecimento das

medidas de apoio aos estudantes.

“É chegada a hora de o Governo

escutar os administradores dos

Serviços de Acção Social e os estu-

dantes, de maneira a pôr em prá-

tica uma política de acção social

mais justa e que responda às reais

necessidades”.Negesse Pina destacou ainda a

“revolução” operada na organi-

zação interna da associação. “É

nossa convicção que todo o tra-

balho realizado ao longo deste

projecto deve ter continuidade,

mantendo as iniciativas de su-

cesso e melhorando os pontos

menos conseguidos”, acrescen-

tou, apelando a uma “mudança

responsável”.O anterior presidente associati-

vo vincou, por outro lado, a “ne-

cessidade” de encontrar um recin-

to para a realização das festas

académicas. “São actividades de

uma crescente dimensão e pro-

jecção e necessitam de um espa-

ço para se concretizar plena-

mente. A cidade não pode virar

as costas aos milhares de estu-

dantes da academia”.l

327 DE JANEIRO DE 2010 QUARTA-FEIRA

WWW.DIARIOAVEIRO.PT

AVEIRO

Tiago Alves abre um “novo ciclo”na Associação AcadémicaNegesse Pina terminou o seu mandato na academia aveirense apelando a uma “mudança

responsável”. O novo líder diz que o seu projecto será assente em “lideranças fortes”

[email protected]

A melhor forma de nos contactar

@

Helena Nazaré e Hélder Castanheira sãosócios honorários

� A reitora da Universidade

de Aveiro, Helena Nazaré, e o

administrador do Serviço de

Acção Social do estabeleci-

mento de ensino, Hélder

Castanheira, foram ontem

condecorados com o grau de

sócio honorário daAssociação Académica. A dis-

tinção de Helena Nazaré foi

recebida pelo futuro reitor,

Manuel Assunção, que toma-

rá posse no próximo mês.

NEGESSE PINA cedeu ontem a liderança da AAUAv a Tiago Alves

ED

UA

RD

O P

INA

TERRA NOVA - 3 DE FEVEREIRO

DIÁRIO DE AVEIRO - 27 DE JANEIRO

Page 22: UniverCidade 102

22 Sugestões Culturais

A BELA E O PAPARAZZO{ António Pedro Vasconcelos }

Bela (Soraia Chaves) é uma actriz perto de um colapso nervoso. As fil-magens da sua novela não correm bem e toda a sua vida privada é constantemente exposta em revis-tas. Quem o faz é Gabriela Santos, nome artístico para João (Marco D’Almeida), o paparazzo que foi contratado para a seguir 24 horas.

A actriz, que desconhece quem é o responsável pelo seu aparecimento em todas as capas de revista, ocasio-nalmente conhece João e acabam por se apaixonar. Nessa relação amorosa, João faz de tudo para que Bela não descubra a sua identidade enquanto paparazzo, ao mesmo tempo que vê a sua vida exposta nas mesmas revistas para as quais trabalha.

“A Bela e o Paparazzo” é uma co-média romântica que satiriza o mun-do cor-de-rosa e que nos mostra uma realidade invertida em que o que apa-rece nas revistas é, de facto, a verdade.

UM HOMEM SINGULAR{ Tom Ford }

Com uma nomeação para Ós-car de Melhor Actor, “Um Homem Singular” é baseado no romance de Christopher Isherwood. Este filme decorre no ano de 1962, em Los An-geles, no pico da Crise dos Mísseis de Cuba. George Falconer (Colin Firth) retrata um professor universitário de 52 anos, a tentar encontrar um novo sentido para a vida, depois da morte do seu companheiro de sempre, Jim (Matthew Goode).

George mergulha no passado e não consegue imaginar o seu futu-ro. Assim, num único dia, passa-se uma série de encontros e aconteci-mentos que o levam a decidir se afi-nal haverá ou não sentido para a vi-da depois de Jim.

Neste enredo conta-se ainda com a presença de um jovem aluno de George, Kenny (Nicholas Hoult), que persegue George, vendo nele uma alma gémea.

O LIVRO DOS SNOBS{ William M. Thackeray }

O livro dos Snobs tem como base na sua estrutura textual um conjun-to de textos publicados na revista “Punch” em 1846, fazendo de forma pormenorizada cada género de snob existente na dada época, dando principal destaque ao jeito e estilo próprio de um sob. Nesta obra, Tha-ckerray através do humor e do tom familiar, este por vezes melancólico, elimina todo o tipo de preconceito a nível literário, cativando de forma eficaz e “automática” a atenção do leitor. Não se deve deixar de referir que as ilustrações são da autoria de Thackerray, tendo as produzido en-quanto escrevera para uma coluna denominada por “Mr.Snob”.

Traduzido pela primeira vez para a Língua de Camões, O livro dos Snobs é sem dúvida uma obra que foge a preconceitos próprios da so-ciedade actual, caracterizada pela sua intemporalidade.

ALICE{ Tim Burton }

«Alice no País das Maravilhas» tem sido material de trabalho em Hollywood nas últimas décadas. Onze anos depois do seu último re-make é a vez de Tim Burton reinven-tar a obra-prima de Lewis Carroll.

“Alice” (Mia Wasikowska) cai na toca do “Coelho Branco” (Michael Sheen) que a leva ao «País das Ma-ravilhas». Ao reencontrar o “Chape-leiro Louco” (Johnny Depp) toma conhecimento da sua missão: salvar o «País das Maravilhas» da subjuga-ção do império da “Rainha Verme-lha” (Helena Bonham Carter) e pa-ra isso conta com a ajuda da “Rainha Branca” (Anne Hathaway).

Filmado para projecção a 3 Di-mensões, com uma fusão de ima-gem real e animação foto-realista, «Alice no País das Maravilhas» é um dos filmes mais aguardados da época, e chegará aos ecrãs nacio-nais no início de Março de 2010.

A ILHA DEBAIXO DO MAR{ Isabel Allende }

Isabel Allende brinda-nos uma vez mais com a sua escrita descritiva, den-sa, mas fluida e apresenta-nos mais uma personagem sui generis: Zarité.

Nos finais do século XVIII, Zarité com apenas nove anos é vendida ao abastado fazendeiro Toulouse Valmo-rain, mas devido às suas convicções e valores nunca se viu na amargura da lida de campo, sempre fora uma escra-va doméstica. No entanto, num alto momento de viragem dos aconteci-mentos, as personagens circundantes vêem-se obrigadas a abandonar as su-as terras perante a cruel conflagração que as arrasa. E assim, Zarité inicia uma nova etapa, alcançando a sua maior aspiração: a liberdade.

Para lá da dor e do amor, da sub-missão e da independência, dos seus desejos e os que lhe tinham imposto ao longo da sua vida, Zarité podia contemplá-la com serenidade e con-cluir que tinha tido uma boa estrela.

During the transition ceremony, the new headmaster talked about the importance, as university, of being always ahead of the new lines of thought and investigation. He also mentioned the new expecta-tions universities face these days, and the huge demands. Manuel Assunção’s speech also focused on the need of working as an engine to innovation, development, which should be based in the integration of education and investigation un-der the same and unique umbrella.

In this edition, we also talk about social affairs. UniverCidade inter-viewed Hélder Castanheira, Head of Social Services at UA, who talked about the challenges this service fa-ces and the new answers he’s prepa-ring to the students needs.

According to Hélder Castanhei-ra, we’re a month away of having a pharmacist and a Student/Citizen Shop here at UA, which are very good news.

As you we’re probably aware, the big party called arraial was postpo-

ned because of the miserable wea-ther we were having. It’s happening on the 3rd of March now, so don’t miss it! There will be music, drinks, one big roasted pig and, hopefully, nice weather. It will be outside the Students’ House, and by night the party goes on in the bar.

Also, through March there will be some cool stuff going on here. BE is having some busy nights with cool DJ’s, and AAUAv prepared more ac-tivities for you: the five o’clock tea, for instance, happens every Wednes-

International SpotDear Colleague,In this edition of UniverCi-dade, your monthly newspaper with the most recent news about Aveiro, the University and the Students’ Union, we introduce you to the new team conducing UA: Manuel Assunção took over Maria Helena Nazaré’s position, and is now the headmaster of UA.

day, in the bar, and it’s a nice oppor-tunity for meeting people, debating some recent issues and, of course, ha-ve some tea with us.

And every Monday the coffee ate BE cost 0,25 € between 12h and 15h. Come over for an after-lunch coffee, which is such a Portuguese tradition!

As always, you can contact us at the Students House, or send an e-mail to aauav.aauav.pt. And don’t miss the cool stuff!

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2326 de Fevereiro de 2010

Neste portal podes facilmente transformar qualquer documento em suporte digital num documento Web e partilhá-lo com os milhões de visitantes dos quatro cantos do mundo. O que significa que podes igualmente consultar variadas obras disponíveis online, das mais distintas áreas. Os documentos pu-blicados neste sítio são acessíveis à comunidade Scribd de leitores, in-dexado por motores de busca, e fa-cilmente incorporado e comparti-lhado em milhares de outros sites, incluindo as novas redes sociais co-mo Facebook e Twitter.

REMIXED & REIMAGINED{ Nina Simone }

Nina Simone foi uma cantora americana, compositora, pianista e uma lutadora pelos direitos huma-nos. Apesar de não gostar de ser ca-tegorizada, Simone é, sem dúvida, mais associada às suas actuações de música Jazz. Inicialmente o seu de-sejo era ser uma pianista clássica, mas o seu trabalho abrange uma variedade de estilos de música que incluem música clássica, jazz, blues, soul, folk, R&B e música pop. O seu estilo vocal é caracterizado por uma paixão intensa, sempre pres-tou muita atenção à expressão mu-sical das emoções.

Ficam sugeridas algumas das músicas pelas quais ela é mais co-nhecida e que agora são “remixa-das” e “reimaginadas” neste álbum: “Funkier Than A Mosquito’s Twe-eter”, “Ain’t Got No, I Got Life” e “Here Comes The Sun”.

ANA MOURA{ 5 de Março - Auditório do Centro de Arte de Ovar }

No próximo dia 5, o Auditório do Centro de Arte de Ovar vai re-ceber a vencedora do Prémio Amá-lia de Melhor Intérprete em 2008: Ana Moura. “Leva-me aos Fados” é o novo e quarto álbum da fadista, o sucessor do multi-galardoado “Para Além da Saudade” (2007).

Com 55 mil unidades vendidas, “Para Além da Saudade” foi o disco de consagração de Ana Moura. Há 120 semanas no top de vendas na-cional, muito perto de atingir o Galardão de Tripla Platina, este era o disco que incluía os muito acla-mados “Os Búzios”, “Fado da Pro-cura” ou “E Viemos Nascidos do Mar”. É por tudo isto que a apre-sentação deste novo trabalho e des-ta nova tournée de Ana Moura é um dos concertos mais aguardados deste final de ano.

ADAM GREEN{ Lisboa e Santa Maria da Feira }

Adam Green apresentará, em Portugal, o seu o novo álbum, “Mi-nor Love”, no dia 4 de Março de 2010, no Santiago Alquimista. De-pois da actuação em Santa Maria da Feira, no Festival Para Gente Sentada, Adam Green regressa às terras Lusas. Ao invocarmos o no-me de Adam Green, automatica-mente nos surge a ideia de imprevi-sibialidade nos seus concertos, onde as set-lists não constam no seu dicionário. Opta pela via que todos nós gostaríamos de seguir: toca o que lhe apetece à medida em que o concerto avança, não se senti-do sensibilizado a aceder os pedi-dos da plateia. Se já o conheces, nem é preciso mais apresentações. Se ainda não o descobriste, vem em busca dum ambiente descontraído onde o “multi-estilo” musical irá corresponder as tuas expectativas, seguramente.

SONS DE VEZ!{ 5 a 27 Fevereiro - Arcos de Valdevez }

Completando oito anos sucessivos de realização, o “SONS DE VEZ!” retoma os elementos de forma a rea-lizar este projecto de divulgação das novas sonoridades nacionais. O mo-delo de oito dias repartirá pelo palco da Casa das Artes arcuense, com igual número de espíritos criativos, diferentes e aproximados, na objec-tivação da essência : arriscar, “de-mocratizar” e difundir. Este ano passam pelo palco OqueStrada, Ka-tharsis, Virgem Suta, Os Pontos Negros, The Legendary Tiger Man, d3ö, Os Golpes + Os Velhos, e Gai-teiros de Lisboa com Megafone 5. Como complemento às performan-ces sonoras, será exibida uma expo-sição fotográfica relativa à edição 2009, da autoria de Sérgio Neto e Jorge Silva, e que incluirá alguns dos seus momentos de palco mais sim-bólicos.

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26 de Fevereiro de 2010

Sim, a diminuição da segurança na cidade de Aveiro, tem mudado um pouco o meu quotidiano, na medida em que tenho algum receio quando saio à rua. No entanto, este é um fac-to recente, uma vez que há cerca de ano atrás não era uma preocupação constante. { Olga, 2ºano Novas Tec-nologias da Comunicação }

Não mudei muito os meus hábi-tos. Faço sempre sozinho o caminho da Praça para a Forca. A minha opi-nião é que as pessoas devem saber dar conta da situação, andar sempre acompanhado. A cidade é segura se a pessoa souber por onde pode an-dar. { João Coelho, 2ºano Enge-nharia Mecânica }

Desde que estou em Aveiro não te-nho sentido insegurança. Saio tarde do departamento de Biologia, trago carro, até agora nunca tive problemas. No entanto, há sítios onde evito esta-cionar o carro, como o parque junto ao hospital, devido à presença de ar-rumadores. { Eliana Alves, 2ºano Doutoramento de Biologia }

Os meus hábitos diários não muda-ram, no entanto, na minha opinião, deveria haver mais policiamento e iluminação, nas ruas. Os “Os Moran-gos com Açúcar” estão a criar uma geração com maus ensinamentos, que muitas vezes não sabe como lidar em determinadas circunstâncias. { Sofia Gomes (3ºano Ciências do Mar }

VOXPOPQuestões relacionadas com a segurança na cidade de Aveiro têm mudado, de alguma forma, os teus hábitos?

E não te esqueças: se quiseres organizar a tua festa de curso, dirige-te à Casa do Estudante ou envia um e-mail para [email protected].