univercidade 113

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Este suplemento faz parte da edição de 8 de Junho do Diário de Aveiro, não podendo ser vendida em separado. 8 de Junho 2011 - nº 113 O ENTERRO DO ANO EM REVISTA [págs. 11 a 15] Escola de Condução Aveirense Rua Dr. Mário Sacramento, Loja F 3800 Aveiro tel./fax.: 234 429 838 Escola de Condução IP5 Rua Magistério Primário, 20 3800 - 212 Aveiro tel.: 234 422 436 fax.: 234 421 323 Escola de Condução Evoluir Rua da Liberdade, nº4 tel.: 234 371 732 CNJ apresenta 30 propostas para Portugal [p. 4] Semana da CPLP divulga cultura das comunidades [p. 5] ENDA: Ensino Superior em debate [p. 6] II Semana do Emprego aproxima estudantes do mercado de trabalho [p.6]

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Jornal UniverCidade nº 113 da AAUAv

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Page 1: UniverCidade 113

Este suplemento faz parte da edição de 8 de Junho do Diário de Aveiro, não podendo ser vendida em separado.

8 de Junho2011 - nº 113

O ENTERRODO ANOEM REVISTA

[págs. 11 a 15]

Escola de Condução AveirenseRua Dr. Mário Sacramento, Loja F3800 Aveirotel./fax.: 234 429 838

Escola de Condução IP5Rua Magistério Primário, 203800 - 212 Aveirotel.: 234 422 436 fax.: 234 421 323

Escola de Condução EvoluirRua da Liberdade, nº4tel.: 234 371 732

CNJ apresenta 30 propostas para Portugal [p. 4]

Semana da CPLP divulga cultura das comunidades [p. 5]

ENDA: Ensino Superior em debate [p. 6]

II Semana do Emprego aproxima estudantes do mercado de trabalho [p.6]

Page 2: UniverCidade 113

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Page 3: UniverCidade 113

3Editorial

EditorialTiago AlvesPresidente da AssociaçãoAcadémica da Universidade de Aveiro

ficha técnica

propriedadeAssociação Académica da Universidadede Aveiro (AAUAv)Campus Universitário de Santiago3810-193 Aveirotel: 234 372 320 / fax: 234 372 329www.aauav.pt

coordenaçãoSIM (Sector Informativo e Multimédia)

assessoria de imprensaSoraia Amaro colaboraçãoDirecção da AAUAvServiços de Relações Externas da UANúcleo de Cinema e Fotografia

Priscillia RodriguesMarisa Duarte de AlmeidaJoão MugeMário FernandesHassan Rahim

design e paginaçãoPlural Design

tiragem10.000 exemplares

produção com o apoio do

1. A Direcção da Associação Académica da Universidade de Aveiro não é responsávelpelas ideias expressas em artigos assinados, sendo que os que não se encontram assinadossão da autoria da Equipa Editorial.2. A colaboração no Jornal UniverCidade está aberta a toda a Comunidade Académica.

mais globalizado e competitivo, este foi apenas um dos primeiros patamares, não só na escalada da formação, como também neste percurso complexo e exigente que o futuro nos espera.

Todos nós estamos cientes de tais dificuldades. Porém, numa sociedade que não vislumbra referências, cabe-nos a nós, universitários, prestar o nosso contributo, trabalhar em prol de um objectivo, ser parte activa na construção do futuro. Saibamos estar à altura do desafio.

Vamos usar a irreverência carac-terística da juventude!

Vamos usar a cultura que a UA nos transmitiu!

Vamos contribuir para o desen-volvimento do nosso país!

Pois, neste tempo de incerteza sobressai o papel do universitário, legado de esperança num futuro melhor.

Avizinha-se o fim de mais um ano lectivo, onde a segunda fase de exames marca o desfecho de mais uma etapa do ciclo de estu-dos. Neste contexto, este é um momento de reflexão sobre todo este ano e agradecimento a todos

aqueles que contribuíram, até ao momento, para o crescimento da instituição que nos representa.

Agora é também altura de nos concentrarmos e de estudarmos para este último mês que poderá certamente definir o sucesso de todo um semestre de árduo trabalho. Para todos, uma palavra de contentamento e moralização para uma época que se afigura difícil mas que certa-mente trará excelentes resulta-dos para toda a comunidade estudantil.

Mas relembrando o Enterro’11, será importante realçar alguns aspectos muito positivos desta actividade que contou com grandes concerto e muitas actividades que dinamizaram a Cidade de Aveiro.

Este, pelo seu segundo ano consecutivo, foi um verdadeiro sucesso. A enorme participação da comunidade académica e o crescimento evidente da partici-pação por parte de toda a comunidade aveirense foram factores essenciais para o sucesso desta semana que cada

Caros Colegas,

No passado dia 4 de Junho foi celebrado o dia da UA. Este é sempre um dia de especial signifi-cado, pois reúne toda a comuni-dade para reconhecer os últimos graduados pela nossa universida-de. Este ano, foram 2.790 estu-dantes que concluíram mais um ciclo na sua formação, entre eles, 122 doutores, 1.018 mestres e 1.650 licenciados.

Sem dúvida que concluir com sucesso uma das etapas mais importantes do nosso percurso é um forte motivo de orgulho. Contudo, num mundo cada vez

vez mais nome adquire no pano-rama nacional.

Por fim, não poderia terminar sem vos endereçar um convite para aquele que será o 33º Aniversário de uma instituição que, ano após ano, trabalhou, defendeu e representou todos aqueles que por esta família que é a academia aveirense passaram.

Neste dia, é momento de reunir toda a estrutura e serem condeco-rados todos aqueles que, ao longo deste último ano, se destacaram. Aparece e festeja connosco.

Resta-me desejar muita boa sorte para os exames que se aproximam e recordar a existên-cia de uma grande actividade da tua associação que se realizará mais uma vez no início das tuas férias lectivas, a Descida do Vouga. Uma actividade a não perder!

Saudações Académicas

Aproveita as campanhas que estamos a fazer para ti! Consulta o site www.aauav.pt!

Page 4: UniverCidade 113

4 Notícias Ensino Superior

Prazos de candidatura a Bolsas de Estudo definidos pela Direc-ção Geral do Ensino Superior

De acordo com o novo Regulamento de Atribui-ção de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior, a definição de prazos de candidatura é da competência da Direcção Geral do Ensino Superior, pelo que os Serviços de Acção Social da Universi-dade de Aveiro aguardam a indicação desse prazo que será publicitado, oportunamente, na página dos SASUA.

Segundo o artigo 12º do Capítulo II deste mesmo regulamento, o requeri-mento é apresentado “em simultâneo com a candida-tura ao concurso nacional de acesso, no caso dos estudantes candidatos ao ensino superior através do regime geral de acesso” e “em prazo a definir pelo director -geral do Ensino Superior, no caso dos demais candidatos ao ensino superior e no dos estudantes inscritos”.

No passado dia 1 de Junho foi publicado um novo decreto de lei do Ministério da Solidariedade Social que estabelece as regras a que deve obedecer a realização de estágios profissionais extracurri-culares no uso da autorização le-gislativa concedida pelo artigo 146º da lei nº55 de 2010.

Todos os programas de estágios e de outras formações qualif ican-tes promovem, por um lado, “a

O Conselho Nacional de Juventude (CNJ) lançou a campanha “Qual é o teu Estado”, que irá promover a parti-cipação cívica e política dos jovens, através do uso das novas tecnologias.

Compete ao CNJ, representar de forma transversal a juventude Por-tuguesa, promovendo a participação cívica e política, apelando ao voto, e apresentando algumas propostas que permitam aos jovens encarar o futuro com mais optimismo.

Assim, o CNJ desenvolveu um programa de acção que envolveu os jovens nas passadas eleições legisla-tivas, a qual passou, invariavelmen-te, pelo apelo à participação utili-zando as tecnologias da informação.

Nesse sentido, o CNJ irá apresen-tar, tal como nas últimas eleições le-gislativas, 30 propostas jovens para Portugal. Estas propostas resultam da auscultação dos jovens, no âmbi-to das suas necessidades e preocupa-ções, através das várias actividades realizadas pelo CNJ.

Os jovens foram chamados a co-mentar e a votar através da plata-forma Eu Participo propostas nas áreas da educação, juventude, go-vernação, inovação, acção social, saúde, entre outras.

CNJ apresenta ao governo30 propostas jovens para Portugal

Abaixo apresentam-se algumas propostas por ordem das que mais votos favoráveis obtiveram.

EducaçãoRepresentatividade dos estu-

dantes no ensino:Devolver uma efectiva represen-

tatividade dos estudantes nos órgãos de gestão das instituições de ensino.

JuventudeTransversalidade das Políticas

de Juventude:Adopção de uma abordagem

trans-sectorial assegurando a transversalidade das políticas de e para a juventude.

GovernaçãoConselheiros em todos os mi-

nistérios:Propomos que sejam designados

(à semelhança dos conselheiros para a igualdade), Conselheiros para a Juventude em todos os mi-nistérios.

GovernaçãoConselhos Municipais de Ju-

ventude:Assegurar a efectivação dos

Conselhos Municipais de Juven-tude em todos os municípios e a criação dos Conselhos Regionais de Juventude

GovernaçãoFomentar a democracia partici-

pativa:Incentivar a participação dos jo-

vens, fomentando ferramentas de democracia participativa – orça-mentos participativos

EducaçãoCombate ao insucesso e ao aban-

dono escolar:Na área da educação, o combate

ao insucesso e ao abandono escolar deve ser uma prioridade.

Acção socialAposta na acção social escolar:Aposta na acção social escolar

em época de crise.InovaçãoPlataforma de participação cívica

na internet:Promover o desenvolvimento de

uma plataforma de participação Cívica na Internet

Acção socialMais oportunidades de volunta-

riado:Ano Europeu do Voluntariado:

uma oportunidade para o reconhe-cimento do seu valor

Acção socialApoiar e estimular o empreende-

dorismo social:

Apoiar e estimular o empreende-dorismo social e o cooperativismo por parte dos jovens.

SaúdeAcesso aos cuidados de saúde:Atendimento especializado aos

jovens, no âmbito dos cuidados de saúde primários.

As propostas finais serão apre-sentadas ao Governo eleito no pas-sado dia 5.

A campanha “Qual é o teu Esta-do” complementou ainda o convite a todos os partidos políticos com assento na Assembleia da Repúbli-ca (AR), para a realização de cinco debates, realizados na sede do CNJ, que foram transmitidos em strea-ming na plataforma colaborativa.

Esta foi uma oportunidade única para que os candidatos poderem, em tempo real, apresentar e discu-tir com os jovens e seus represen-tantes as suas propostas para a ju-ventude.

O futuro do país passa por nós

Publicadas novas regras para estágios profissionaisvalorização profissional das pes-soas a quem se destinam e, por outro, potenciam o desenvolvi-mento de actividades profissio-nais inovadoras, de novas for-mações e de novas competências profissionais”.

Excluídos do Decreto-lei nº66/2011 f icaram os estágios curriculares, extracurriculares que sejam objecto de comparti-cipação pública os estágios pro-

f issionais regulados pelos Decre-tos-Leis nº18/2010 e 65/2010, os estágios cuja realização seja obri-gatória para o ingresso ou acesso a determinada carreira ou cate-goria e os estágios que corres-pondam a trabalho independen-te.

Um dos artigos mais impor-tantes é o 8º referente aos Subsí-dios de estágio. “Durante o de-curso do período de estágio, a

entidade promotora paga ao esta-giário um subsídio mensal de es-tágio”. O artigo 9º é igualmente relevante pois decreta que ao es-tagiário é devido o pagamento de um subsídio de refeição por cada dia de estágio. Quanto à segu-rança Social, ao contrato de está-gio aplicam-se as disposições re-lativas às contribuições para a segurança social em vigor como disposto no artigo 10º.

Com este decreto pretende-se regular e estabelecer o enquadra-mento, os termos e as condições da realização de estágios profis-sionais assim como uniformizar o tratamento jurídico desta ma-téria, alargando os princípios e as regras que norteiam a realiza-ção dos estágios.

Page 5: UniverCidade 113

5Notícias UA

Semana CPLP

Uma formade interacçãoe integração

Conferências, debates, exposições, actua-ções musicais, experiências gastronómicas e um torneio de futsal foram algumas das ac-tividades realizadas na Semana da Comuni-dade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), na Universidade de Aveiro.

A iniciativa resultou do trabalho conjunto do Gabinete de Cooperação para o Desen-volvimento, Serviços de Acção Social e De-partamento de Línguas e Culturas da Uni-versidade de Aveiro, em conjunto com outros parceiros como a AAUAv e as associações de estudantes oriundos da CPLP, e tem como principal objectivo promover um maior co-nhecimento da cultura dos países lusófonos e fortalecer as relações entre os seus povos.

O calendário da UA foi marcado por de-bates e conferências subordinados a temáti-cas relacionadas com a realidade dos dife-rentes países que integram a CPLP, suas diferenças e pontos comuns. A gastronomia

José Miguel Bronze, Maria Branco e Margarida Basto venceram, a 28 de Maio, a 1ª Edição do Prémio de Design do Grupo Sardinha & Leite (Grupo SL). Com a proposta “Edges”, os alunos do curso de Design da UA arrecadaram o primeiro prémio, no valor de 1.500 euros, e que inclui ainda uma visita ao líder mundial de ferragens BLUM, na Áustria, com duração prevista de três dias, com as despesas de viagem incluídas.

A equipa destacou-se entre 83 inscritos, 22 trabalhos recebidos e, de acordo com a organização, propostas de grande qualidade na área do design de mobiliário, num desafio que tinha como propósito inspirar a concepção de novos produtos susceptíveis de virem a ser testados no mercado.

O concurso lançado pelo Grupo SL procurava encontrar respostas criativas tanto na componente de originalidade como adequação funcional a realidades específicas. Complementarmente, incorporava múltiplas variáveis de constrangimento tanto de natureza produtiva como da tipologia de materiais

Formula Student é a versão britânica da competição automóvel Formula SAE entre universidades mundiais, organizada pelo Institution of Mechanical Engineers, Rei-no Unido, com parceria da organização mundial Society of Automotive Engineers.

Trata-se da concepção, desenho e fabrico de um veículo do tipo Fórmula 1. O projec-to é inteiramente gerido e realizado por alu-nos. No final de cada ano, o produto final participará no evento Formula Student que se desenrola em países como Alemanha, Itália ou Inglaterra.

Na Universidade de Aveiro um grupo de alunos do departamento de Mecânica está envolvido no projecto de um carro tipo Formula com vista na participação na com-petição Formula Student. A equipa é com-posta por:

Faculty Advisor - professor João OliveiraTeam Leader - Joel PereiraLogistic - Ricardo Carranca e Daniela

SantosChassis - Carlos Carneiro, Rodrigo

Mourão, Andreia CaçoiloEngine - Joel Pereira, Bruno Vicente,

Pedro PestanaElectronics - Tiago FerreiraBreaks - Dmitri TchepelSteering - José Viana

A equipa de futebol robótico FC Portu-gal, projecto conjunto da UA e da Faculda-de de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), arrecadou dois segundos lugares durante a participação no RoboCup Ger-man Open 2011, que se realizou em Mag-deburgo, na Alemanha, no início de Abril. A equipa FC Portugal competiu nas Ligas de Simulação de Futebol Robótico 2D, on-de marcou 111 golos e sofreu 7, e 3D, tendo marcado 43 e sofrido 4 golos. Em ambas as ligas foi Vice-Campeã Europeia.

A equipa FC Portugal é um projecto con-junto da UA e da FEUP, que usa as compe-tições de futebol robótico do RoboCup para desenvolver investigação em Coordenação de Equipas de Robôs. O projecto iniciou-se em 2000 e a equipa já ganhou dois campeo-natos mundiais, cinco campeonatos euro-peus e conquistou mais de 15 outros troféus internacionais. O torneio deste ano contou com nove e quatro equipas no 3D e 2D, res-pectivamente, provenientes de sete países: Alemanha, EUA, França, Irão, Portugal, Reino Unido e Turquia.

A equipa FC Portugal 2D disputou 10 jo-gos, tendo marcado 111 golos e sofrido 7. A equipa FC Portugal 3D, por sua vez, dispu-tou 12 jogos tendo marcado um total 43 go-los e sofrido 4. Na competição 3D partici-param equipas com excelentes resultados a

de cada país esteve em destaque nas cantinas de Santiago e do Crasto onde foram bem rece-bidas pelos alunos. As cozinheiras receberam bem a ideia e o facto de haver uma cozinheira de São Tomé na cozinha foi de grande ajuda.

Destaca-se a realização de um Sarau Cultu-ral no Auditório da Reitoria, organizado pela Associação Mon na Mon e que contou com ac-tuações de grupos das várias comunidades in-ternos e externos à UA.

Para além de dar a conhecer a culturas destes países e um pouco dos seus costumes e tradições junto da comunidade universitária esta iniciati-va, que já se repete a alguns anos, pretende aju-dar a uma melhor integração destes estudantes na UA. “Queremos a cima de tudo envolver os estudantes destas comunidades na organização das iniciativas da Semana” afirma Miguel Oli-veira. A participação destes alunos foi muito im-portante tendo sido eles responsáveis por algu-mas exposições, conferências e o Sarau Cultura. 

EquipaFC Portugalganha dois troféusno RoboCup German Open 2011

nível mundial e europeu, tendo, a equipa FC Portugal obtido uma melhor posição do que a das equipas que ficaram em 1º e 2º no RoboCup German Open 2010.

A equipa FC Portugal destaca-se muito pela boa qualidade do seu modelo táctico, que pode muito facilmente ser adaptado a diferentes estilos de jogo, a um diferente número de jogadores e contém um mecanis-mo flexível de especificação e execução de jogadas estudadas. A equipa destaca-se também pela qualidade de alguns dos seus comportamentos humanóides, tais como a velocidade do andar para a frente e o alcan-ce e precisão do chuto na bola.

As competições robóticas pretendem pro-mover a investigação na área emergente da robótica bem como a divulgação da robótica e da ciência e tecnologia em geral. A nível internacional, a principal referência é o Ro-boCup, campeonato mundial de robótica realizado anualmente desde 1997. O Robo-Cup, cuja ênfase é ter robôs a funcionar em equipa, inclui várias modalidades de com-petição, nomeadamente futebol robótico, busca e salvamento em situações de catás-trofe e robótica doméstica.

A equipa FC Portugal prepara-se, agora, para participar na próxima edição do Robo-Cup Mundial que se realizará em Istambul, Turquia de 5 a 11 de Julho.

Suspension - Ricardo AfonsoCooling - Vítor Sílva, HugoTransmission - André SílvaMiscelaneous - Mário OliveiraDesign - Mário Menitra, João Torrão

O projecto que estão a desenvolver é o Lynx 2011. O conceito do carro deste ano, assim como no ano passado, provém de uma espécie animal, o Lince Ibérico. “A ideia do lince ibérico surgiu pelo facto de este ser um animal em vias de extinção ex-clusivo da península ibérica e dada a nossa localização geográfica fazia todo o sentido a inclusão deste como tema central do de-sign do carro” avança Joel um dos elemen-tos da equipa.

Os três pontos fulcrais que fazem parte deste conceito animal-carro são a agressi-vidade, a agilidade e a velocidade.

Esta é já a quarta participação desta equipa que contou com uma vitória na clas-se 2 da competição em 2008, após uma ida em 2007 em que atingiram o 9º lugar. Após dois anos sem conseguir participar regressam a Silvestone em 2010 onde con-seguem o 7ºlugar. Este ano o objectivo des-tes alunos é voltar à Formula Student em Silverstone, UK, que se irá realizar de 13 a 17 de Julho de 2011 e lutar pelo 1º lugar.

Formula Student: alunosda UA querem ir a Silverstone

a utilizar, uma circunstância que se traduziu num estímulo acrescido à capacidade criativa dos candidatos.

O júri, constituído por António Cândido Leite - presidente do Conselho de Administração do Grupo SL -, Pedro Balonas - Balonas Projectos -, e Francisco Providência - Providência Design -, atribuiu um segundo prémio também a alunos da UA - Sandra Saraiva / Mi Balkestahl / Teresa Moscoso -, bem como duas menções honrosas a alunos da Faculdade de Arquitectura da Universida-de Técnica de Lisboa e da UA.

Com sede em Vila Nova de Gaia, o Grupo Sardinha & Leite iniciou a sua actividade em 1944 na Indústria de Tanoaria, em estreita ligação com o comércio do Vinho do Porto, tendo evoluído rapidamente para o sector de pavimentos de madeira onde conquistou, na década de 80, uma posição de liderança. Actualmente, é uma referência no Sector de Madeiras e Derivados e afirma-se, igualmente, no Negócio Imobiliário. Está presente em países como Angola, Espa-nha, Brasil e China, pretendendo expan-dir-se para outros mercados internacionais.

Alunos da UA vencem 1º Prémiode Design do Grupo SL

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6

ENDA 2011 debateproblemáticasdo Ensino Superior

A Associação Académica da

Universidade de Aveiro recebeu, nos dias 20, 21

e 22 de Maio, o Encontro Nacional de

Direcções Associativas (ENDA). Cerca de 60

associações académicas de universidades e

institutos politécnicos marcaram presença no

encontro.

Promovida pela Associação Académica da Universidade de Aveiro, decorreu nas últimas semanas de Maio, a II Semana do Emprego. Esta ofereceu um conjunto de workshops e encontros informais que pretendiam aproximar os estudantes da UA do seu futuro mercado de trabalho.

Ao longo desta semana, tiveram também lugar alguns workshops de desenvolvimento pessoal. Nem todos os workshops foram realizados por falta de participação, no entanto os que se realizaram tiveram uma participação para além do esperado.

A Direcção da Associação Académica da Universi-dade de Aveiro comemora, a 28 de Junho de 2011, o 33º aniversário desta instituição. Para tal, será organizada uma cerimónia solene com a condeco-ração de personalidades e instituições que contri-buíram para o enriquecimento da Associação Académica. Por forma a reunir os dirigentes, órgãos sociais e funcionários, realizar-se-á o tradicional jantar, aproveitando para apresentar à comunidade aca-démica o serviço prestado pela AAUAv.

Cá em casa

As temáticas discutidas foram as que mais preocupam as direcções académicas nacionais. A abrir os trabalhos, esteve a Qualidade e Avaliação, interna e externa, das instituições de Ensino Superior. Em debate esteve também a temática do Ensino-Aprendizagem, uma área em que os principais assuntos foram o abandono e insucesso escolar e ainda, e visto a sua implementação ter sido já há cinco anos, “Bolonha, perspectivas de futuro”.

A Acção Social foi um dos temas de maior relevo e também um dos que mais preocupa as AAEE (As-sociações Académicas e de Estu-dantes). A temática foi abordada em duas vertentes distintas, a Ac-ção Social directa e os modelos de Acção Social. Debateu-se o que fa-zer a curto prazo para tornar o sis-tema mais justo e inclusivo e o que fazer a longo prazo na tentativa de iniciar uma reflexão sobre o mode-lo de acção social escolar do país, respectivamente.

Deste encontro sai a sugestão de algumas medidas relativamen-te à promoção do sucesso escolar: a obrigatoriedade de um número alargado de ECTS opcionais dentro da área de formação; pro-cura de uma maior proximidade e ligação entre o ensino secundário e o ensino superior; o processo de avaliação, que deverá ser conse-quente, deverá ainda compreen-der a inclusão de estudantes no processo de análise aos inquéritos pedagógicos; o movimento asso-ciativo propõe formação pedagó-gica obrigatória para ingresso na carreira docente universitário e politécnico.

Na área da Qualidade e Avalia-ção é importante que as Institui-ções de Ensino Superior devam integrar os estudantes nos grupos responsáveis pela condução da au-to-avaliação bem como na redac-ção do respectivo relatório. Tam-bém no que toca à auto-avaliação, as IES devem incluir os estudan-

tes dos conselhos pedagógicos dos conselhos de representantes e das associações de estudantes, ou ou-tros, cujo contributo seja conside-rado pertinente.

Relativamente à temática de Bo-lonha foi detectado que nem todas as instituições estão conscientes e informadas de todas as implicações e mudanças estruturais que deve-riam acompanhar a implementação do Processo de Bolonha. Uma das soluções apresentadas traduz-se numa aposta na formação pedagó-gica obrigatória dos docentes para o formato de ensino baseado no pro-cesso de Bolonha e a respectiva avaliação dos mesmos.

Do ENDA 2011 saiu ainda uma proposta de regulamento referente à atribuição de bolsas. Uma das alte-rações propostas é o aumento de 10% quanto ao aproveitamento es-colar passando então para 60% de mínimo exigido ao aluno para se poder candidatar à bolsa de estudos.

Dirigentes do FAIRe tomam posse

Antes do arranque do ENDA, a 20 de Maio, tomaram posse os no-vos órgãos sociais do FAIRe – Fó-rum Académico para a Informação e Representação Externa. A AAU-Av conta com quatro elementos da direcção nos órgãos desta federa-ção: Pedro Lages como secretário do Conselho Fiscal e delegado do Conselho Geral, juntamente com Tiago Alves, Luís Lemos e André Andrade.

O FAIRe é uma federação fun-dada a 21 de Março de 2001, da qual a AAUAv é elemento funda-dor. Actualmente, conta com cerca de 30 estruturas estudantis como membros da sua estrutura, repre-sentando assim perto de 200 mil estudantes do Ensino Superior português.

Entre as actividades organi-zadas constam conversas informais que juntam antigos alunos e professores, pensadas com o intuito de dar aos actuais alunos uma ideia do caminho que podem seguir depois de acabarem as suas licenciaturas.

Nestas conversas participaram antigos alunos e docentes das áreas de Design, Administração Pública, Contabilidade, Finanças, Marketing, Biologia, Engenharia de Computadores e Telemática, Psicologia, Quími-ca, Gestão, Planeamento e Gestão em Turismo, Engenharia de Gestão Industrial, Engenha-

ria Química, Economia e Novas Tecnologias da Comunicação. Estas conversas foram das activida-des mais participadas.

A segunda edição da Semana do Emprego contou com a ajuda dos núcleos que fazem parte da estrutura da AAUAv. Com tantos departamentos, o contribu-to dos núcleos foi muito importante para chegar a todos.

II Semana do Emprego aproxima alunos do mercado de trabalho

33º Aniversárioda AAUAv

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Nos passados dias 20, 21 e 22 de Maio o Núcleo de Yoga proporcionou, no Ge-rês, momentos aprazíveis e de descontrac-ção a quem participou da actividade, des-ta vez mais perto da Natureza! O programa de um fim-de-semana de Yoga no Gerês incluiu, para além das práticas de Yoga, passeios pela Serra, Geocaching, alimentação macrobiótica, entre outros.

Para Marisa Almeida, coordenadora do Núcleo de Yoga, um fim-de-semana co-mo este, entre a Natureza, traz sempre uma garantia de aprendizagem. “Este ti-po de actividade faz-nos crescer sempre um pou-co mais, quanto mais não seja em termos de reflexão. Estamos mais sensíveis à descoberta do nosso interior e isso desperta-nos sensações que muitas vezes, no nosso quotidiano, pas-sam despercebidas, mas na verdade podem pro-porcionar mais que a função vital que exer-cem no nosso organis-mo, como o simples acto de respirar”.

A responsável lembra que “este tipo de activi-dade sugere sempre ao praticante novas descobertas que se revelam em aprendiza-gens a todo o nível, pois para superarmos e estarmos à altura dos desafios que a vida nos propõe, deveremos, em primeiro lu-gar, conhecer a harmonia interior, pois só assim conseguimos seguir por um cami-nho que nos oferece a melhor forma de vi-da ao sermos capazes de encontrar a feli-cidade em tudo o que quisermos”.

Marisa Almeida garante que esta é uma experiência para repetir. “Enquanto fizer-mos parte do Núcleo, continuaremos a dinamizar actividades do género e não só. Esperamos que os futuros membros (ou seja, qualquer estudante da Academia que tenha interesse em se envolver neste órgão de associativismo) tenham o mesmo pro-pósito seguindo o legado: oferecendo às pessoas a oportunidade de conhecer e continuar a usufruir dos benefícios que

Yoga no Gerês “é para repetir”

esta prática pode trazer a cada um, e pro-porcionando momentos de convívio e as-sociativismo”.

Os monitores das aulas de Yoga no Pa-vilhão Aristides Hall (3ª e 5ª das 20.30h às 22h), Sat Sangeet Kaur e Bachitar Sin-gh, e também orientadores das práticas durante o fim-de-semana no Gerês, falam sobre a prática do Yoga:

O yoga é alguma religião?Não, o yoga é espiritual mas não é reli-

gioso. Muitas vezes há a confusão entre

os dois termos, a religião e a espirituali-dade, mas a espiritualidade não tem que ver com religião. Na medida em que, quando nos desenvolvemos espiritual-mente estamos a trabalhar o nosso espíri-to, e a religião tem mais que ver com cren-ças. Nós, na espiritualidade, trabalhamos nem tanto as crenças, mas mais o nosso próprio desenvolvimento e em acreditar em nós próprios. (Sat Sangeet Kaur)

Está mais relacionado com a nossa liga-ção ao ser interior do que com uma força exterior. (Bachitar Singh)

Em que sentido é favorável ao Homem a prática do Yoga?

O yoga é natural ao ser humano desde que o ser humano existe, apenas foi com-pilado. Foram criadas metodologias ao longo dos tempos. Digamos que o Yoga é, na essência, o ser humano. Actualmente

as pessoas sentem necessidade de fazer Yoga porque se afastaram da sua nature-za e da sua forma natural de viver. (Ba-chitar Singh)

É possível uma maior abertura da consciência humana no que respeita, por exemplo, à sensibilidade para com a na-tureza e seus coabitantes, dentro desta filosofia e prática do Yoga?

A abertura da consciência humana dá-se todos os dias, portanto não é necessá-rio ser praticante de Yoga para se alertar

a essas questões. Obviamente que no Yoga nós apelamos a essa sensibili-dade, porque são as questões mais naturais e que estão mais de acordo com as nossas origens. Embora não consideremos uma obrigatoriedade, defendemos, por exemplo, uma ali-mentação vegetariana e as práticas ao ar livre, claro. (Sat Sangeet Kaur)

Devemos lembrar que a procura pela consciência está ligada ao aspec-to espiritual, e, muitas vezes as pes-soas ao prenderem-se em determina-das fases da sua vida, como por exemplo, no que toca ao desenvolvi-mento intelectual, esquecem por ve-zes o espiritual, ficando ligadas a tu-do o que é racional não querendo ir mais além. (Bachitar Singh)

Porquê o Gerês?Nós privilegiamos o contacto com a

natureza e o facto de termos escolhido o Gerês, pelos sítios fantásticos que nós conseguimos encontrar, também foi uma forma de inspirar as pessoas: sair da roti-na do dia-a-dia, levá-las para um sítio onde tivessem apenas contacto com prá-ticas que fossem ao encontro da sua for-ça interior, da natureza. O tema do fim-de-semana era a ligação ao ser interior, e teve que ver com o fortalecimento do in-terior através da força e ligação aos ele-mentos, daí a Natureza, que é funda-mental. Muitas vezes, Yoga é praticado numa sala e quando levamos esta prática a um meio que está impregnado de ener-gia e força vital, a experiência é muito mais intensa. (Sat Sangeet Kaur e Bachi-tar Singh).

Rosária Lopes Francisco, uma das

participantes, dá-nos o testemunho de quem

veio à pura descoberta do que é o Yoga:

O que a atraiu para participar na

actividade?

Nunca tinha praticado Yoga e, a princípio,

foi pela minha busca interna, porque tinha

interesse em encontrar algo que me

completasse internamente, mas também a

publicidade que vi a respeito do passeio.

Conseguiu encontrar algo de novo nessa

experiência?

Sim, encontrei. Encontrei o meu lado

interior mais desperto, a minha consciência

mais voltada para mim mesma. A

interacção com os jovens trouxe-me

riqueza de convívio, e muita riqueza

espiritual, conforto físico (que nós nem

imaginamos o nosso conteúdo físico!), o

quanto podemos ter de elasticidade, de

percepção do nosso corpo, saber que ele

existe, que é presente, que muitas vezes a

mente e o corpo estão distantes e com

este trabalho eu experienciei isso de perto,

que faz parte de um único ser: o corpo, o

físico e a mente.

Considera que melhorou a sua harmonia

individual e conjunta?

Melhorou muito, sim! Deu para perceber

claramente essa integração.

Numa conversa futura com alguém

inexperiente na prática, que mensagem lhe

transmitirá acerca desta sua mais recente

descoberta?

Dir-lhe-ei que é incrível! Com o meu ar de

felicidade quando se fala de Kundalini e do

Yoga, apesar de sentir que ainda quero

descobrir mais acerca das linhas de Yoga e

do seu trabalho, direi às pessoas que sobre

esta temática comigo conversarem, para

despertarem a vontade de virem à sua

busca porque vale a pena!

Um fim-de-semana de autoconhecimento e prática de Yoga foi a proposta deste Núcleo da AAUAv, que conquistou, para além de praticantes habituais, novos adeptos. A iniciativa é para repetir, garante o Núcleo de Yoga

“O yoga é espiritualmas não é religioso”

7Núcleos

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Núcleos8

Estudantina de Braga eleita Melhor Tuna no Festunag 2011

O parque da Alta Vila acolheu a Serenata, num cenário mágico de beleza natural, com uma mistura de luzes e som encantador. A Estu-dantina de Braga levou para o Mi-nho o prémio de Melhor Tuna. Os “Sons da Eira” abriram o espec-táculo, com uma sonoridade inova-dora e muito bem trabalhada de músicas tradicionais portuguesas. A Estudantina de Braga foi a pri-meira tuna a ocupar o palco com o original “Olhar-te” e “Cartas de amor”. Seguiu-se a TAIPAM com “Menina estás á janela”, “Mente ao meu coração”. A Afonsina brindou-nos com “Nocturna”, “Valsa do olhar”, terminando com o seu ani-mado hino “Afonsina”. A Tusófona encantou o público com “Olhos Negros”, “Serenata ao luar”, “Ilu-são” e “Lisboa Cidade amante”. No sábado, após um animado acor-dar ao som da Gaita-de-foles, os

intervenientes do festival foram al-moçar continuando de seguida para o passa-calles muito animado, pe-las ruas de Águeda. O espectáculo começou por volta das 21.30h na sala do Cine-Teatro São Pedro, em pleno centro da cidade. As honras da casa foram feitas por um trio de piano, contrabaixo e concertina - João Gentil TRIUM. Foi sem dúvi-da um dos momentos mais bonitos deste festival, tendo em conta a qualidade e a beleza da execução dos vários temas.

O concurso de Tunas iniciou-se com a Estudantina de Braga, que executou o original “Lenda do mar”, o belo fado “Nem às paredes confes-so”, um tema instrumental - “Israeli-ta”, “Quase” numa magnífica inter-pretação do seu solista, e um Medley à capella de António Variações.

Seguiu-se a TAIPAM com o fa-do “Canoas do Tejo”, a animada

“Moliendo café”, “Águas do Dão”, “Assim mesmo é q é”, a serenata “Mente ao meu coração” e a lendá-ria “Senhor de Matosinhos”.

A Afonsina foi a terceira tuna a subir a palco com o original “Lenda da Fonte”, “Há dias em que mais va-le” dos Ala dos Namorados, recor-daram Sérgio Godinho em “É tão bom” e, por fim, “Siga a Marinha”.

A Tusófona saudou o público com animação e a “Saudades de Portugal”, continuando com “Vul-tos Negros”, a bela serenata “En-contro às 10”, “Histórias e memó-rias” e “Mea Culpa”.

Para terminar, subiram a palco, extra-concurso, As Meninas e Se-nhoras da Beira - Tuna Feminina de Viseu. Interpretaram à capella “Meu Alentejo”, seguindo com o animado instrumental “Robin dos Bosques”, os originais “Triste Fa-do” e “Viseu paixão”.

Prémios atribuídos: Melhor pandeireta: Estudantina de Braga Melhor estandarte: Afonsina Melhor Solista: Estudantina de Braga Melhor instrumental: Estudantina de Braga Melhor Serenata: Tusófona Tuna Mais Tuna: Afonsina Melhor passa-calles: TAIPAM Melhor Tuna: Estudantina de Braga

Como nem só de serenatas e festivais vive uma tuna, a Cartola pegou nas baquetas e nas guitarras eléctricas, limpou as traças dos fatos de Rock e preparou-se para mais um Cartola’s Band na Semana do Enterro. Foi ao som de vários clássicos que se construiu uma noite

A Magna Tuna

Cartola está eléctrica

inesquecível na maior tenda da Europa, sendo entoados por todos os estudantes aveirenses músicas como o Macho Funky, o Chiquinho Blues ou até os Piratas. Obrigado Aveiro por uma noite inesquecível!Noutro registo, o de tuna, foi no fim-de-semana de 20, 21 e

22 de Maio que a Magna Tuna Cartola se deslocou a Bragan-ça para o XIII FITAB. Numa ter-ra onde nos acolheram com a hospitalidade inerente às gentes de Trás-os-Montes e num teatro com perto de casa cheia, a Cartola arrecadou o prémio de melhor instrumen-tal, melhor estandarte e de

melhor tuna, representado assim a cidade de Aveiro e a academia.Deixamos por aqui votos de agradecimento à tuna organi-zadora pelo acolhimento e que continuem a receber e a organizar um tão nobre espectáculo como aquele que ocorreu.

Assinalando o mês do pulmão, que se come-morou em Abril, o Núcleo Associativo de Estudantes de Águeda realizou, a 7 desse mês, um rastreio pulmonar nas suas instalações, que obteve grande participação da comuni-dade estudantil. O objectivo deste rastreio foi estimular o

diagnóstico precoce como forma de comba-ter uma das patologias com maior prevalência em Portugal, junto dos estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda.O rastreio foi realizado por profissionais de saúde da Fundação Portuguesa do Pulmão. O NAE considera muito

importante a realização deste tipo de iniciativas junto dos jovens, visto serem levadas a cabo para, além da prevenção da sua saúde, sensibili-zar para os perigos a que estão sujeitos com o consumo de tabaco, uma vez que cada vez mais os jovens são consumidores.

NAE organiza Rastreio Pulmonar

Teve lugar na bela cidade de

Águeda a edição de mais um

Festunag, nos dias 1 e 2 de

Abril.

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98 de Junho de 2011

O FITUA começa então na sexta-feira, na praça do peixe com a chegada das várias tunas, de instrumentos já preparados para começar a festa, uns por ali ficaram e os outros foram até ao Teatro Aveirense para preparar a primeira noite, todos com receio que a chuva fosse estragar o momento. A noite começa e entram os Jogralhos, com aquele jeito irreverente para prender a atenção do público, a cortina abre-se e a Tuna Feminina da AAUAv é a primeira a subir ao palco, a sala começa a fervilhar. A seguir desfrutamos da TAUP – Tuna Académica da Universida-de Portucalense. Com grande pena nossa, a Tuna del Valle de México não pôde estar presente mas foram recordados. A seguir ao intervalo, que foi regado de Favaitos e de magníficos Ovos-Moles de Aveiro, a sala voltou a encher para a actuação da Copituna d’Oppidana – Tuna Académica da Guarda e da Tuna Universitária do Minho, a magia sentia-se e a fechar este dia com chave de ouro a TUA premiou-

nos com a sua actuação. No entanto, a festa também se fez ouvir à porta do teatro onde as outras tunas e as que foram saindo de palco se faziam ouvir dando a conhecer o FITUA aos Estudantes e aos Aveirenses que por ai passavam. A cortina fecha e a noite termina num convívio até ao nascer do sol na Praça do Peixe.

O sábado começa então, como já é costume, em volta dos porcos a assar no espeto e do peixe na brasa. As tunas foram-se juntando e os instrumentos foram ressoan-do com os respectivos estandartes e pandeiretas. A chuva recomeçou e, abrigados onde podiam, as tunas continuaram a festa. Notamos a presença da Tuna León que, mesmo não estando a concurso, apareceu e fez-se ouvir, porque o FITUA não é só um palco. Daí, alguns foram para o tradicional Porto de Honra na Câmara Municipal.

O sol põe-se e já estão todos a postos. Os Jogralhos anunciam o Grupo de Fados de Aveiro e a noite ganha novo brilho, segue-se

a actuação da Hinoportuna e da TAL – Tuna Académica de Lisboa. Depois do intervalo – que a sala aproveitou para provar mais uns Ovos-Moles, para não dizer Favaitos… – a anTUNia entrou em palco seguida da TUIST, o público vibrava, e já ansiava pela TUA que nos trouxe algumas novidades, a actuação que abrilhanta os palcos pelo país fora, com a sua formação actual, tendo também em palco uma mescla de gerações.

No final, e entregues os prémios, a TUA

despediu-se com a tradicional “Amor

à Beira-mar” com o público em palco.

A festa foi magnífica e não podia ter terminado de melhor forma. Como sempre, seguiram para a

Praça do Peixe, o contágio era geral e só a madrugada o acalmou.

O domingo acordou calmo e só os mais resistentes se dirigiram ao Golfinho para a despedida: os ânimos estavam como a cidade à chuva. Porque no final restam as memórias dos momentos que por lá se passaram e o desejo do próximo FITUA. Quem não entende isso ainda vai a tempo: para o ano teremos o XXII. Até lá, “Nunca Mais é FITUA”!

Prémios atribuídos:Melhor Tuna XXI FITUA:

anTUNiA 2ª Melhor Tuna: Hinoportuna 3ª Melhor Tuna: TUIST Melhor Porta-estandarte: Tuna Académica de Lisboa Melhor Pandeireta: anTUNiA Melhor Solista: anTUNiA Melhor Instrumental: Copituna d’Oppidana Tuna Mais Tuna: Tuna Universitá-ria do Minho

Assim aconteceu o XXI FITUA...

Nos passados dias 26 e 27 de Abril, o Núcleo de Estudantes de Química da AAUAv organizou o “Torneio 24 horas - Enterra-te, cava a tua cova”, à imagem das du-as anteriores edições desta activi-dade. O torneio contou com a par-ticipação de 12 equipas com total disponibilidade para abraçar o conceito de convívio e de uma sau-

No âmbito do Ano Internacional da Química, o Núcleo de Estudan-tes de Química da Associação Aca-démica de Aveiro, com o apoio da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, organiza o ciclo de Cafés da Ciência, convidando docentes do Departamento de Química da UA e desafiando-os a abordar informal-mente os mais diversos assuntos.

Tinha ficado a saudade do XX

FITUA e a ânsia do XXI crescia em todos

aqueles para quem este é o melhor ou um

dos melhores acontecimentos do

ano. Por mais actividades culturais

que sejam organizadas dentro

desta Universidade e desta Cidade,

nenhuma delas se compara à magia que

existe no FITUA. que continua a ser um

dos melhores Festivais de Tunas do

País.

Este ciclo tem como principais objectivos promover o contacto docente-alunos, aumentar a sensi-bilidade para a aprendizagem da Química e oferecer a toda a comu-nidade científica um momento de aprendizagem e descontracção, fa-lando de ciência.

Já tendo conversado com o Pro-fessor Paulo Claro que simplificou

Núcleo de Química organiza os Cafés

da Ciência

dável prática de desporto, fazendo desta actividade um sucesso.

Assim, a competição decorreu de forma tranquila, com os parti-cipantes a elevarem o nível de qua-lidade da competição, consagran-do-se campeões André Saraiva, Carlos Bastos, Diogo Figueira, João Marques, Nuno Santos, Ra-quel Saborano e Vítor Catambas.

12 equipascompetem no

“Enterra-te, cavaa tua cova”

a “Química do Amor”, com o Pro-fessor Jorge Saraiva que colocou a “Química sob pressão”, e com o Professor Manuel A. Coimbra so-bre o seu percurso de vida até à do-cência na Universidade de Aveiro e a sua permanência nesta institui-ção, fiquem atentos. Não percam os próximos cafés!

O Núcleo de Estudantes de Química agradece a participação, o espírito competitivo e a camara-dagem de todos os participantes, esperando reavê-los no ano 2012, com mais uma edição do “Torneio 24 horas”.

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10 Desporto

AAUAv marca presença nos CNU

destaque tendo ganho a medalha de ouro em todos os pódios.

De Aveiro foram os atletas An-dré Francisco, Sérgio Cunha e Flá-vio Almeida, não tendo nenhum deles conseguido alcançar os oita-vos-de-final da competição. Os dois últimos fizeram ainda par mas não conseguiram passar a primeira eliminatória.

AtletismoO CNU de Pista Ar Livre é to-

dos os anos uma das provas mais do calendário do Desporto universitá-rio tendo contado este ano com

mais de 250 atletas e somou 4 novas provas. Estiveram presentes em Lisboa os atletas da AAUAv: Ana Raquel Abreu (Comprimento), Ca-tarina Silva (100m, Comprimento), Maria João Brito (Marcha), Maria-na Pandeirada (Dardo, Vara), Ná-dia Santos (Dardo, Peso), Nuno Valente (Marcha, Peso) e Tiago Gamelas (Peso). Na marcha de 10.000m a atleta Maria João brito conseguiu o 1º lugar com 1:12.00 n aprova feminina e na masculina o Nuno Valente com 49.36 garanitu o 3º lugar. Destaque ainda para três atletas que conseguiram ficar no 4º

lugar: Tiago Gamelas no lança-mento do peso (800gr) 45,75, Ca-tarina silva no salto em compri-mento com 5,01 e Mariana Pandeirada no salto com vara com 2,80. Ao nível colectivo o destaque vai uma vez mais para a Universi-dade do Porto e o Instituto Politéc-nico de Leiria, primeiro e segundo lugar respectivamente, a AAUAv por sua vez ficou em 8º lugar.

Xadrez:A preencher o fim-de-semana de

competições, o Campeonato Na-cional Universitário de Xadrez Se-mi-rápidas de 14 a 15 de Maio con-

15, 16 e 17 de julho

+info www.aauav.ptdúvidas para [email protected]

De 12 a 15 de Maio decorreram em Lisboa os Campeonatos Nacionais Universitários de 6 modalidades, entre as quais Esgrima, Badminton, Ténis de Mesa, Atletismo Pista Ar Livre, Xadrez Semi-rápidas e Karaté, nas quais a AAUAv esteve representada.Estes campeonatos foram realizados no Instituto Superior Técnico e no Estádio Universitário de Lisboa num esforço conjunto das Associações de Estudantes de Lisboa.

Ténis de MesaNa modalidade de Ténis de Mesa,

o domínio foi da Universidade do Porto, excepto nos pares masculi-nos, onde a Académica de Coimbra conseguiu o 1º lugar e na vertente feminina com a AAUMa a conse-guir o título. O atleta Carlos Sobri-nho representou a AAUAv e conse-guiu uma vitória tendo ficado em 3º lugar do grupo o que não foi sufi-ciente para passar à fase seguinte.

BadmintonNas provas de Badminton, onde

estiveram presentes mais de 40 atletas, a AAC esteve em grande

tou com 7 atletas de Aveiro num total de 27 atletas de todo o país. Nesta modalidade, o campeão foi uma vez mais Ruben Pereira da Universidade de Lisboa. A AAUAv esteve muito bem representada des-tacando-se Rui ferreira que ficou em 5º lugar e Ana Ferreira, atleta que no ano passado defendeu as co-res de Portugal no Campeonato Mundial Universitário de Xadrez, que ficou na 8ª posição. Competi-ram ainda: Ana Maria Salgueiro (25º lugar), Susana Ferreira (12º lu-gar), Alexander Cardoso (10º lu-gar), Gilberto Selares (23º lugar) e Luís Carta (17º lugar).

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11Enterro do Ano

A Semana do Enterro reuniu toda a comunidade académica. Durante sete noites, foram muitos os que se deslocaram até ao recinto para ver as muitas bandas que por lá passaram, para estar com os amigos e para fazer tudo aquilo que não podem fazer durante o tempo normal de aulas.

A Serenata à Ria decorreu na noite de domingo, dia 8 de Maio, num palco erguido sobre Molicei-ros, na beira do Canal Central. A noite começou agradável e calma: iam chegando estudantes, muitos aveirenses e alguns curiosos nesta noite de Enterro que sai do recinto e que, para alguns, marca o verda-deiro início do Enterro do Ano e das suas tradições.

Ainda se vêem alguns instru-mentos a serem afinados quando sobe a palco a Tuna Feminina da

Enterro em revistaOs artistas e todos os que animaram as noites de Enterro deixaram memória nos estudantes. O feedback foi positivo e essa é a motivação necessária para todos os que trabalharam para que Enterro acontecesse continuem a fazê-lo. Agora que já recuperaste do Enterro, porque não relembrar?

Associação Académica da Univer-sidade de Aveiro para estrear a noi-te. A magia começa.

De seguida, entra a Tuna Uni-versitária de Aveiro, que encanta o público com as suas mais belas se-renatas e, para terminar, entra a Magna Tuna Cartola que dá um toque mais festivo à Serenata.

A Serenata à Ria também é, ha-bitualmente, a noite de imposição de insígnias para a nova Salgadíssi-ma Trindade e para o novo Conse-lho do Salgado, no entanto este ano

não aconteceu. As eleições não fo-ram possíveis e a tomada de posse desses órgãos teve de ser adiada.

Mas mesmo, assim a noite foi magnífica e muitos seguiram dali para o recinto do Enterro do Ano, para terminar a noite em grande. É bom ver que as tradições não se perdem ao longo dos anos e que, para muitos, a Serenata continua a ser uma das paragens obrigatórias dessa semana de festa e emoção.

Serenata à Ria preserva a tradição

Resultados do Concurso da Melhor Barraca - Enterro’11

1º - NEECT (Engenharia de Computadores e Telemática) - 14,4

2º - NEBEC (Engenharia Civil) - 13,33º - AEGIA (Engenharia e Gestão Industrial) - 13,14º - NEEMec (Engenharia Mecânica) - 12,95º - MTC (Magna Tuna Cartola) - 10,1

Parabéns ao Núcleo de Estudantes de Engenharia de Computadores e Telemática e aos restantes finalistas!

É importante ainda referir que as cinco barracas fina-listas não participaram na votação

Os resultados do sorteio das rifas já são conhecidos: 1º prémio nº 36801 – Gil Dias  2º prémio nº 22856 – Carlos Silva  3º prémio nº 25726 – Sérgio Pinho  4º prémio nº 26566 – Emanuel Capote  5º prémio nº 40287 – Sérgio Correia Prémio para os melhores vendedores: 1º prémio – Bruna R.  2º prémio – Miguel Sá

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David FonsecaPara quando o novo CD?Não sei. Não faço a mais pequena ideia,

muito menos a esta hora. Isso ainda está muito longe de acontecer. Há-de aconte-cer um dia, mas para já ainda não.

Qual é a diferença entre tocar num Co-liseu e tocar numa Semana Académica?

É uma diferença muito grande. Quando toco num coliseu seja em Lis-boa ou no Porto as pessoas vão lá para ver aquele espetáculo mais nada, não está inserido em mais nenhum tipo de festividade e acho que as pessoas vêm ao Enterro por mais, ultrapassa muito os concertos, vêm ver o concerto, vêm estar com os amigos, são várias coisas que os levam a estar aqui. E depois o espírito é um bocadinho diferente por-que a maior parte das pessoas que aqui estão fazem parte de uma comunidade universitária enquanto que no coliseu não, é um publico mais misturado. E depois a coisa óbvia é que num coliseu começamos a tocar às 9.30h da noite e aqui começamos às 2h.

Como vê estes novos projectos da mú-sica portuguesa, como os Deolinda, entre outros?

Acho muito bem. Acho que faz falta em Portugal pessoas novas que venham com novas propostas e que não sejam sempre as mesmas pessoas a fazer as mesmas coisas dentro dos seus univer-sos. Os artistas que já fazem coisas há muito tempo e os músicos que têm aqueles universos mais ou menos esta-belecidos têm já o seu espaço e eu acho que temos todos muita dificuldade em introduzir novos artistas. Vejo com muitos bons olhos que artistas desco-

12

NatirutsPara primeira vez em semanas académi-

cas, quais são as expectativas que têm em relação a este público?

As melhores possíveis. A gente faz o que a gente gosta… temos a felicidade de poder fa-zer isso. A gente já vem para cá desde 2006 e sempre fomos bem recebidos e tem este por-menor da língua. Vocês entendem o que a gente fala e vice-versa então isso é maravi-lhoso para nós, que somos brasileiros, ver uma parte da origem da cultura brasileira… quando vamos a Africa também, a gente sen-te o mesmo. É sempre interessante.

Vocês então passando um período de difi-culdades económicas, mas a gente no Brasil já estamos um pouco acostumados, por isso a gente sabe que o mais importante no país é a cultura e a cultura de vocês é muito legal, desde a gastronomia até à arquitectura. É sempre legal vir para cá.

Que tipo de mensagem é que pretende passar a este público jovem?

Geralmente as pessoas esperam dos artis-tas de Reggae é paz e amor. Também, com certeza, mas de uma forma mais directa para a juventude na semana do Enterro. (No bra-sil é a semana do saco cheio, “você está de sa-co cheio” é uma expressão no brasil que sig-nifica que você não tem mais paciência.) A mensagem que eu tenho para o pessoal é pa-ra usarem camisinha e não deitar lixo na rua. Mensagens directas, cuidar desse nosso mundo aí porque ainda acredito que as pes-soas boas são a maioria.

Em relação ao público português e ao pú-blico brasileiro, quais são as grandes dife-renças?

Uma das diferenças é que o público aqui é quase todo branco e no Brasil não, no Brasil você tem de tudo. Interessante essa pergunta,

porque quando comecei a tocar junto com os meus amigos e começámos a viajar, a gente achava que ia ter uma diferença de Barcelona para São Paulo ou para Nova York e, na ver-dade, a gente viajando aprende que o ser hu-mano, todos nós, somos iguais, a emoção que se sente quando se ouve uma música, um concerto e a expressão das pessoas ao senti-rem essa emoção é a mesma em qualquer lu-gar do mundo. Então em relação a isso não há diferença.

Que artistas portugueses é que os Natiruts ouvem?

Conheço Souls of Fire e os artistas que chegaram até ao Brasil. O que mais chegou foi o Roberto Leal, que já é bem antigo (ri-sos), mas foi um sucesso no Brasil. Tem um programa inglês que tem várias bandas num auditório e eu vi uma vez uma mulher de ca-belo curto bem louro, é Marisa o nome dela. Era muito legal, ela estava estilizando uns instrumentos medievais, umas guitarras di-ferentes, cantando o fado e eu achei bem in-teressante.

Como é que o novo acordo ortográfico es-tá a afectar o brasil?

É necessário. Deve haver vários momentos que um brasileiro não percebe o que um por-tuguês diz e vice-versa. Acho que o acordo ortográfico na verdade alterou o português de vocês. Para nós ficou melhor porque não vamos precisar reaprender o português. Para os portugueses ficou mais difícil. O normal seria mudar no Brasil, porque o português original é daqui.

O que acharam da cidade?Achamos óptima. Andamos um pouco a

pé à procura de restaurante para comer e on-tem fomos no centro, numa praça onde todos estão bebendo e se encontram ali e é muito bacana, muito legal.

nhecidos consigam ultrapassar a barreira e fazerem-se conhecer junto do público.

Quando é que vais começar uma carreira internacional?

Sabes que para já ninguém te pode dizer isso de carreira internacional, ninguém vai fazer uma carreira internacional, o que se passa é que há coisas pontuais a acontecer e vão sempre nesse sentido. Eu já fiz muitas coisas e continuo a fazer e já cheguei a muitos sítios que nem sequer pensei. Ao longo dos anos temos ido a muitos mercados diferentes como a Espanha ou a Grécia ou Itália. Ago-ra vamo-nos virar para o Brasil, vamos lá to-car no Rock in Rio este ano, vai ser uma aposta muito grande e até pode ser que faça-mos uma digressão por lá. Acho que não existe uma carreira internacional, o que exis-te é a tentativa de fazer coisas fora do nosso país e umas têm mais sucesso e outras menos. Mas também não me posso queixar porque as coisas têm acontecido de uma forma incrí-vel e tenho feito imensas coisas lá fora e se tu-do correr bem farei ainda mais.

Mensagem aos alunos... Que acabem os cursos e que pensem que as

coisas não são como às vezes se pensa. Na vi-da nunca se consegue exatamente aquilo que se quer, nunca. Mas se as pessoas trabalha-rem muito, coisas boas podem acontecer.

procurar um bocado mais… Lembro-me de aparecer cá o breakdance, que era uma influ-ência lá de fora, e como veio isso veio o Rock, o Rock europeu. Se calhar, o som que faço hoje é um bocado o que extraí do que ouvi nesse tempo.

Enquanto compositor, confirmas que par-te da tua experiência de vida está nas tuas letras?

É um bocado, sim. Também tenho letras que se calhar vi outras pessoas viverem próxi-mo de mim. Eu acabo por escrever um boca-do sobre experiências de vida, não é que se-jam todas minhas, mas algumas são. Todas me afectaram de alguma maneira.

Como é que explicas o teu sucesso? Eu não explico. Há uma coisa que é muito

boa para toda gente que escreve que é acabar o concerto e ter pessoas a cantarem comigo alguns temas, isso como uma recompensa que temos como escritores e compositores.

Enterro do Ano

BezegolQuem é Bezegol?Bezegol sou eu. É um apelido que tenho

desde há muitos anos. A verdade é que hoje continua-se a chamar Bezegol porque foi um projecto que comecei mais ou menos no tem-po que ainda se faziam as coisas com DJ e microfone e começou um bocado tudo aí. Basicamente, é uma mistura da música que se faz cá com sons que gosto de ouvir de reggae, de rap e rock à mistura. Tudo isto acaba por ser o som do Bezegol.

Como caracterizas então o teu estilo? Eu não tenho grande definição no sentido que é sempre injusto para um estilo dizer que faço um ou outro. A verdade é que eu nasci em 73, numa época em que se começou a comprar discos, não havia Internet, não ha-via uma série de facilidades que há hoje para se ter acesso às coisas. Isso obrigava-nos a

Por haver internet e por haver este facilitismo de chegar às coisas, se calhar até devo agra-decer à internet e à pirataria em si e ao pesso-al que pega nas minhas músicas e as põe de qualquer maneira no youtube. Eu nunca fui contra isso mas também não sou defensor de nenhum movimento para o fazer. Acho que qualquer pessoa que se dá ao trabalho de co-locar o teu trabalho na internet para que ou-tras pessoas o vejam é porque gostam e isso é bom. Talvez é graças a isso que tens pessoas no concerto a cantar contigo as tuas músicas.

Mensagem para os estudantes... Respeitem-se uns aos outros. Não se dei-

xem adormecer pela conversa porque nós já estamos desde o 25 de Abril a papar ovos. Vamos fazer as coisas com pés e cabeça, não é só ir para a rua fazer manifestações à toa que não levam a lado nenhum. Acor-dem para a vida, que ela não está fácil e ainda vai ficar pior.

Page 13: UniverCidade 113

DeolindaComo correu?Muito bem, sem palavras.

Porque é que acham que estas reinven-ções da música portuguesa estão a ter tanto sucesso? As pessoas gostam. Falam da mesma manei-ra que as pessoas falam no seu dia-a-dia, fa-lam do dia-a-dia das pessoas, são imediata-mente compreendidas e compreensíveis pelas pessoas também porque, culturalmente, é uma coisa imediata, é nosso e com certeza o público tinha alguma vontade de ouvir este tipo de trabalho sobre a música portuguesa porque nos apoiou a nós e a outras bandas si-milares de uma forma calorosa.

Como é que conseguem agradar a um pú-blico tão diferente? Dos 8 aos 80?

Nos Deolinda, todas as canções têm uma história, há uma narrativa, as pessoas têm sempre uma proposta de seguir uma canção e depois há várias camadas de interpretação que tanto podem chegar a uma criança de quatro anos que faz uma leitura, o adolescen-te faz a sua leitura e um adulto ou idoso faz outra, e acho que é isso e o facto de ser canta-do em português o que torna mais fácil a ta-refa de chegar a toda a gente.

Diabo na CruzPorquê Diabo na Cruz?Porque não? Pareceu-nos um bom

nome, um nome fixe.

Como é que defines o estilo de música que tocam?

É bom, é um bom estilo (risos). Também se pode dizer que é uma música com estilo. É difícil explicar. Se calhar devias perguntar isso a outras pessoas. Nós não fazemos música para fazer propriamente um estilo. Fazemos a música em que acreditamos.

Já estiveste em diferentes projec-tos ao longo dos anos, como é feita a transição entre eles?

A mudança de projectos é natural, são percursos. Vamos fazendo aquilo em que acreditamos. Neste momento estamos dirigidos para esta música, a música que estamos a fazer agora, para este grupo de pessoas.

Como é que é tocar em casa?É interessante, não acontece com

muita frequência e quando acontece tem sempre um simbolismo forte. Fiz três, quatro concertos no Enterro. Cheguei ainda a tocar no pavilhão das feiras quando era no centro…

Mensagem para os estudantes....A Universidade de Aveiro é muito

interessante, de certeza que os estudantes não precisam de nenhuma mensagem minha para seguirem as suas vidas e fazerem coisas boas. É uma universidade com um potencial muito grande, muitos cursos que vão dar de certeza pessoas que podem contribuir para a nossa sociedade e fazer algo único.

Tim, Xutos & PontapésComo correu o concerto?Acho que correu muito bem, estava à espe-

ra que fosse mais difícil, por causa da falta do Zé Pedro, mas o público ajudou.

Como é que vêem o facto de virem cá tan-tas vezes e terem sempre tanto público?

Eu gosto das pessoas e gosto das músicas que trazemos e acho que isso faz a diferença toda.

Têm fãs de várias gerações, desde os mais pequenos aos mais velhos. Como é que con-seguem agradar a todos?

Fazendo aquilo que gostamos. Nós gosta-mos de que fazemos, fazemos o melhor que podemos e acho que isso é um incentivo para os mais novos, para os mais velhos, para to-dos. Para fazerem alguma coisa na vida e a vida ter um sentido.

138 de Junho de 2011

Com a música “Parva que sou” vocês de-ram, de certa forma, voz à ‘geração à rasca’. Foi propositado?

Não foi propositado. A canção foi escrita a focar um problema evidente, mas sobretudo era uma música que tinha por objectivo, um pouco na linha de todas as canções dos Deo-linda, contar uma história. Claro que o pro-blema que a própria canção foca é um proble-ma a que nós também somos sensíveis e, como músicos conscientes, achamos por bem focá-lo e depois porque a canção foi feita a partir da frase ‘que parva que sou’, que é uma frase que o Luís usa quando se engana a tocar guitarra - “sou tão parvo!.

Como é que viram a participação dos Ho-mens da Luta no Festival da Canção e na Eu-rovisão?

É uma sugestão como outra que nasce de uma proposta de humor. E também tem uma mensagem e propõe uma acção crítica e acti-va sobre a sociedade.

Como é chamarem-se Deolinda? (pergun-ta aos rapazes do grupo)

É o nome de uma personagem que trata um universo com o qual também nos identi-ficamos e Deolinda é mais o universo dessa personagem do que um nome feminino ou masculino. Encaramos com naturalidade.

Mas a raiz do nome Deolinda é português. Tínhamos uma série de canções que o Pedro nos trouxe, que falavam sobre histórias pos-sivelmente portuguesas e passadas em Portu-gal e essas histórias precisavam de uma per-sonagem para as contar, que precisava de um nome. Achamos por bem escolher Deolinda. Mas achamos que existe uma Deolinda em cada um de nós. E vamos descobrindo, não só cá como no estrangeiro, que há uma Deo-linda em cada um de nós.

Como é que conseguem recriar o ambien-te intimista num espaço destes?

Não conseguimos. Criamos outros am-bientes, participativos, dinâmicos mais ro-ckeiros. A Deolinda também é rockeira. Fo-mos descobrindo a pouco e pouco que estes palcos grandes também serviam aos Deolin-da e que as pessoas também conseguiam usu-fruir do espectáculo, se calhar um bocadinho mais enérgico se calhar menos introspectivo, mas também faz sentido.

Menagem aos estudantes...Estudem. Há quem diga que nós não que-

remos que as pessoas estudem mas é mentira, nós também estudámos muito por isso estu-dem. Peguem a vida pelos cornos.

Não se fartam das pessoas pedirem sem-pre as mesmas músicas?

Não. Não nos fartamos, são as músicas que as pessoas gostam, são as músicas que nós gostamos, foram feitas por nós e nós temos muito orgulho e muita satisfação em que as pessoas gostem delas.

Passados tantos anos, ainda não se farta-ram uns dos outros?

Fartamos sim, de muita maneira e bastan-te. Mas depois há um dia qualquer em que as pessoas querem ouvir as músicas dos Xutos e só nós é que sabemos tocar as músicas dos Xutos…

Uma mensagem aos estudantes...Tentem aprender tudo que podem e façam

uso das coisas.

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14

Foge Foge BandidoComo correu o concerto e qual foi a reac-

ção do público?É muita gente mas o pelo pessoal que estava

à frente deu para perceber que conheciam as músicas e parecia que estavam todos animados.

Já te conhecemos dos Ornatos Violeta, Pluto, como foi a transição para Foge Foge Bandido? E o facto de teres tido tanto êxito nos Ornatos, achas que te ajudou a ter su-cesso com Foge Foge Bandido?

De alguma maneira é uma referência. É al-go que pode ajudar a quem gostava de Orna-tos a ouvir Foge Foge, todos acabamos por

Legendary TigermanComo é voltar a Aveiro com o

nome em grande no cartaz?É mais ou menos igual às outras

vezes, vou tentar fazer um bom concerto.

Como surgiu o conceito do Femina e como foi feita a escolha das parcerias?

Foi mais ou menos um engano, como muitas coisas na minha vida. Estava na altura a escrever o argu-mento de um filme com o mesmo nome e tinha feito uma música para o Femina. Depois acabei por não avançar com o filme e o argumento era sobre um momento na vida de várias mulheres que se cruzavam e depois seguiam, cada uma com as suas vidas, e de certa forma o Femina começou a ser para mim, na realidade, o que esse argumento era na ficção. Não houve nenhuma lista para as parcerias, as músicas iam pedindo pessoas e eu fui falando com as pessoas que as canções foram pedindo, basicamente foi isso.

Para quando um novo álbum?Não sei, a própria vida é uma

surpresa. Para mim o Femina volta a ser sempre novo porque tenho feito muita coisa entre cada concerto.

Mensagem...Be careful out there.

AureaComo correu o concerto?Muito bom! Foi a minha primeira queima!

O que me dizes do teu estilo? Começas por uma complicada... Eu não

gosto de definir a minha música. Eu gosto de dizer que isto é um misto, tem influências de muitas coisas. Eu digo que este disco é um disco para quem gosta de música. E depois gosto que as pessoas foçam o próprio julga-mento daquilo que estão a ouvir.

Quais são as tuas maiores influências?Eu desde pequena que fui habituada a ouvir

fado e por isso adoro fado e até costumo can-tarolar em casa com o meu pai e o meu irmão. Não canto de forma profissional mas na brin-cadeira gosto de partilhar isso com os meus familiares. Depois gosto de ouvir de tudo um pouco e da Joss Stone, como já muita gente sa-be, eu adoro-a mesmo. James Morisson, John Mayer, James Brown, Aretha Franklin, Muse, Coldplay... Gosto de muitos, não gosto de me cingir a um estilo, grupo ou cantor, gosto de ouvir de tudo um pouco.

Como é que tens lidado com esta ascen-são súbita?

Não foi bem súbito. Eu tenho uma equipa muito boa por trás de mim, são excelentes seres humanos, os músicos, os produtores, os compositores... Para além de serem cole-gas de trabalho, são meus amigos, por isso eu tenho esse privilégio. Eles deram-me tanta força e ajudaram-me tanto no decorrer das coisas que parece que foram acontecen-do naturalmente e passinho a passinho as

coisas foram-se construindo e esperamos que continue. Está a ser muito bom.

Para quando uma carreira internacional?Ainda não! Eu estou mesmo focada em dar

a conhecer a minha música aos portugueses, aos nossos portugueses. Se a internacionali-zação vier mais tarde, tudo bem, a gente re-cebe como um novo desafio e lutaremos para que tudo dê certo. Por agora só em Portugal.

Porquê cantar descalça?É para me sentir confortável, só. Não há

mistério, é só para estar confortável.

Mensagem para os estudantes...Não desistam do vosso curso, porque eu de-

sisti do meu no último ano, estava a fazer ca-deiras e desisti, não façam isso, é um erro. Não penso terminá-lo agora mas penso fazê-lo um dia mais tarde. Como isto não está nada fácil lutem muito, acreditem em vocês e façam por valer a pena. Façam as coisas acontecer.

Enterro do Ano

lucrar um bocadinho com isso. De resto, não foi uma transição difícil, foi natural até por-que muitas coisas do Foge Foge Bandido já estavam a ser feitas a par dos Ornatos. É uma coisa que já estava a ser feita há muito tempo e aos bocadinhos, nos tempos livres, e acom-panhou um período longo, por isso foi uma transição muito normal.

Em relação a este álbum, qual foi a ideia de juntar instrumentos de criança às músicas?

O disco foi muito uma bricolage de cenas gravadas em casa e em casa há muita coisa, há tachos, há panelas, brinquedos, instrumentos

normais, está tudo misturado e a ideia de os utilizar foi surgindo com o pessoal que ia lá a casa, que iam utilizando o que estava à mão.

Tens neste álbum faixas de 30 segundos, mais ou menos, porquê?

Eu tinha coisas já gravadas em cassetes, coisas que foram surgindo de momentos que fui guardando. Tentei fazer músicas de algu-mas coisas, outras deixei assim porque me so-avam bem. E na narrativa do disco gosto de ter essas dinâmicas, coisas mais compostas e coisas mais cruas. A ideia foi compilar tudo que me soava bem.

Porquê dois micros? A ideia é ter um micro mais limpo e outro

mais distorcido, para poder ter um espectro mais alargado de sons. No disco são muitos microfones de diferentes sítios onde gravei e aqui é impossível ir buscar isso tudo e assim pelo menos com dois tenho uma margem de manobra maior.

Mensagem aos estudantes...Eu já deixei de estudar há muito tempo, já

não sei como pensa um estudante. Deixo a mensagem que dou a toda a gente, curtir ao máximo a vida.

Page 15: UniverCidade 113

RosinhaQual é a tua inspiração para as letras?As letras são todas inspiradas em coi-

sas normais do dia-a-dia. Por exemplo, “Quem põe a minhoca sou eu”, do meu último disco, foi inspirada num dia normal de relaxamento à beira-rio, de cana na mão. O meu suposto marido vê-se atrapalhado com a minhoca e, co-mo por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher, sou eu que lhe pego na minhoca para desenrascar. Só coisas normais. A “Eu levo no paco-te” também é uma coisa normal, eu ao contrário do que possa parecer sou uma mulher ecológica, sou contra os sacos de plástico, então comecei a usar só o pacote. Então onde chego, “pimba”, le-vo logo no pacote.

Como explica o sucesso que a Rosi-nha alcançou nestes últimos meses?

Porque vocês são uns grandes malu-cos, caso contrário, estava sossegada em casa como as mulheres. Se vocês não gostassem e não fossem piores do que eu...porque eu digo uma coisa e vocês ouvem outra, e vocês gostam é do que ouvem, não é propriamente do que eu digo.

Estava à espera de tanto sucesso com a música “Eu levo no pacote”?

Cabaret Fortuna

“A vida é um bar aberto”

Como define este projecto? Os Cabaret são uma fusão entre a música popular portuguesa e um bocado a música electrónica. É uma fusão entre ambos os estilos.

Como surgiu a ideia do Cabaret? A ideia do cabaret surgiu sensivel-mente há cerca de cinco anos atrás, mais ou menos. A ideia começou quando eu ainda morava em Londres.

Este é um concerto de apresen-tação do álbum. Como é que o público tem reagido?Tem sido um pouco como dizia Pessoa: primeiro estranha-se e depois entranha-se. A reacção das pessoas tem sido muito positiva, temos tido um feedback muito grande por parte delas, uma boa adesão ao nosso espectáculo e a participar e a fazer a festa. Tem sido interessante ver isso nas pessoas. Aveiro não fugiu à regra e mais uma vez se provou que as pessoas se querem divertir.

Que espectativas é que tinham para este tipo de público e para este tipo de ambiente?Este é o nosso segundo espetáculo em queimas, começamos há uma semana em Leiria. Estava previsto ser aqui que iriamos perder a virgindade, mas isso não aconte-ceu, peço desculpa (risos)! Mas tem sido muito bom tocar para estudantes, ainda por cima quando se trás “Bar Aberto”, que é uma espécie de cocktail explosi-vo. É interessante ver que as pessoas se querem divertir e é para isso que aqui estamos. Para ajudar à festa e também para trazer uma mensagem de alegria às pessoas no meio deste cinzentismo todo. Dar um bocadinho de cor sabe bem e é saudável.

Falando em “Bar Aberto”, quando é que é bar aberto?O bar aberto é todos os dias. No fundo a música, ao contrário do que possa parecer, não tem nenhum teor alcoólico. A música fala um bocado do que é a vida e depende de nós. A vida é um bar aberto, está tudo à nossa disposi-ção e nós é que nos temos de predispor às coisas e saber viver e deixar viver também, para que isso aconteça. A vida é que é um bar aberto e temos de estar atentos e saber tirar partido do que melhor a vida tem para nos dar.

Mensagem para os estudantes... “Viver é um regalo, faça ferida, faça calo”. O mais importante é isso, viver.

Agora falando um bocadinho a sério, isto começou por convite do meu produtor. Ele tinha várias ideias de bandas e convidou-me por ser mulher e tocar acordeão. Eu fui sem-

pre dizendo que não, preferia fazer as coisas sozinha, até que ele me chamou para um projecto a solo para cantar umas músicas malandras e eu aceitei. Gravei então o meu primeiro disco “Com a boca no pipo e o dedo no bura-co” que foi disco de platina e então gra-vei o segundo disco “O meu amor só quer é fruto” que correu muito bem e foi disco de ouro. Gravei o terceiro, voltou a ser disco de ouro, o quarto “Eu chu-po” também foi disco de ouro e saiu agora, nesta última semana, o quinto, “Quem põe a minhoca sou eu”.

Qual o piropo mais engraçado que já ouviu?

Uma vez, estava eu em Toronto, nu-ma comunidade portuguesa, e achei muita graça a um senhor já com uma certa idade que me diz: “A menina é a Rosinha? Então e a gaita? Se não con-seguiu trazer a sua eu empresto-lhe a minha!” Ao qual eu tive de responder, como devem imaginar: “Oh meu ami-go, dessas assim também eu lá tenho em casa e dou-as aos cães!”. O senhor nunca mais me falou nessa noite, e eu não sei porquê, se não queria ouvir não as tinha dito.

Mensagens para os alunos...Estudem muito, aprendam ainda mais,

dêem com força na caneta para ver se a coisa não vai a baixo.

158 de Junho de 2011

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16 Cidade

Mafalda Veiga 17 de Junho pelas 22h Centro Cultural de Ílhavo Mafalda Veiga quis olhar de novo para as suas canções, desfocar para voltar a focar. O resultado foi um zoom a canções de antes e de agora. E a vontade de as reinventar. Neste espectáculo, a orgânica de sempre da música da Mafalda é com-plementada pela tecnologia dos dias de hoje. Porque a música cresce, acompanha as mudanças, sem nunca esquecer de onde veio.

“Metamorphosis” - Yolanda Soares17 de Junho pelas 21h Centro Cultural e de Congressos de Aveiro Multifacetada e extremamente ágil, Yolan-da Soares é uma artista global. Deambula entre a música clássica e o fado e a electrónica e o rock, com vocalizações em inglês, alemão, italiano e português, ora

AgendA CulturAl dA CIdAdepuro ora misturado com latim. Metamorphosis, o seu segundo trabalho, comprova toda esta polivalência e multi-culturalidade.

Uma coisa em forma de assim – Companhia Nacio-nal de Bailado18 de Junho pelas 21.45h Teatro Aveirense Para assinalar o Dia Mundial da Dança, a Companhia Nacional de Bailado estreia uma obra co-criada por alguns dos mais importantes coreógrafos portugueses: Clara Andermatt, Francisco Camacho, Benvindo Fonseca, Rui Lopes Graça, Rui Horta, Paulo Ribeiro, Olga Roriz, Madalena Victorino e Vasco Wellenkamp.

Química por Tabela 2.026 de Junho pelas 16h Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro

«Química por Tabela 2.0» é um novo espectáculo para comunicação de ciência que procura fazer a ligação constante com a química que nos rodeia no quotidiano. Mostra que «por tabela» é possível aprender química fora da sala de aula.

A ilustração Científica e a Alfabetização VisualAté 7 de Julho Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro «A Ilustração Científica e a Alfabetização Visual», reúne 26 obras da autoria do biólogo e ilustrador científico Fernando Correia. A ilustração científica é um domínio gráfico que trabalha num campo de intervenção bastante vasto, diversificado e motivador, conciliando a Ciência e a Arte num único modelo de comunicação.

Decorre de 30 de Agosto a 9 de Setembro,

em Aveiro, o XVII Estágio de Dança. A ini-

ciativa acontece no Teatro Aveirense e tem

como objectivo proporcionar aos partici-

pantes o contacto com reconhecidos pro-

fessores e também a aprendizagem de ou-

tras técnicas e disciplinas. As inscrições

estão a decorrer até ao final de Julho.

Este ano os participantes podem contar

com a participação especial de professo-

res da Escola Lugar Presente / Companhia

Paulo Ribeiro. A Companhia Paulo Ribeiro

XVII Estágiode Dança de Aveirotem inscrições abertas

é, desde 1998, residente no Teatro Viriato,

em Viseu, onde para além da sua activida-

de de criação, produção e itinerância ar-

tísticas, desenvolve ainda um importante

projecto pedagógico junto da comunidade

local, que inclui aulas regulares de dança

e teatro, e também projectos específicos

para o público escolar, no espaço Lugar

Presente.

Pela primeira vez, este ano o programa de

formação e sensibilização conta com

Aulas de Movimento para técnicos que

trabalham com pessoas com necessida-

des especiais, assim como formação para

pessoas com necessidades especiais. O

programa conta ainda com as disciplinas

de dança clássica, contemporânea e re-

pertório, e ainda com as propostas de

Danças Tradicionais, Danças Afro-Latinas

e Hip Hop.  

Os valores de participação variam confor-

me a modalidade e a data de inscrição, e

podem ser consultados em www.teatroa-

veirense.pt.

Page 17: UniverCidade 113

17País

«Em linha com sugestões antigas, o MoU, que rege a condicionalidade da ajuda a Portu-gal, estabelece como objectivo para 2012 uma re-calibração do sistema fiscal, tendo em vista a diminuição dos custos salariais e o aumento da competitividade da economia. Concreta-mente, o que se perspectiva é uma redução das contribuições patronais para a segurança so-cial (TSU), compensada por um aumento da tributação em sede de IVA. Uma parte das re-ceitas do IVA passaria, assim, a estar consig-nada ao financiamento da segurança social.

Já muito se escreveu sobre esta medida, mas nem todas as intervenções terão sido esclare-cedoras. Daí que valha a pena voltar ao tema, para fazer um ponto de situação.

No essencial, a descida da TSU compensada pelo aumento das taxas do IVA equivale a uma transferência de rendimento dos consumidores para as empresas. Independentemente da forma como, depois, as empresas vão redistribuir a folga financeira assim gerada (mais lucros, salá-rios mais elevados, mais investimento, descida de preços), o que é certo é que a medida con-templa custos adicionais para aqueles que gas-tam e uma redução de custos para aqueles que produzem e é nessa dimensão que, em primeira análise, a medida deve ser equacionada.

A primeira questão que se coloca é, pois, a de saber se faz sentido onerar mais a despesa, para aliviar a carga fiscal sobre as empresas. A meu ver sim. Embora todos gostássemos de consu-mir mais, o que é certo é que a Economia Por-tuguesa enfrenta um défice nas contas externas, ou seja um excesso de despesa sobre a produção. Neste contexto, uma medida que penalize a despesa e incentive a produção alinha, clara-mente, com o ajustamento macroeconómico.

A outra característica fundamental é ser dis-criminatória: a medida beneficia mais as em-presas que empregam mais trabalhadores. Uma alternativa não discriminatória seria, por exemplo, a redução da taxa de IRC. No entan-to, a descida do IRC poderia gerar movimen-tos de arbitragem indesejados, entre a colecta em sede de IRS e a colecta em sede de IRC. Além disso – e sobretudo – na conjuntura par-ticular em que nos encontramos, a discrimina-ção faz todo o sentido: as empresas, nas suas decisões de produção, podem optar por con-tratar trabalhadores, por subcontratar serviços ou por adquirir equipamentos poupadores de mão-de-obra. Se o custo da primeira opção baixar, as empresas serão induzidas a privile-giar a criação ou a manutenção de postos de trabalho, em detrimento das outras opções. No actual contexto de desemprego elevado, essa é a opção socialmente mais desejável.

Em terceiro lugar, a medida concorre para o aumento da competitividade das empresas por-tuguesas junto do exterior: ao implicar uma re-dução dos custos salariais em Portugal mas não no exterior, na margem, a medida tornará mais atractiva a produção com origem nacional, fo-mentando as exportações e a localização das empresas em território nacional.

Repare-se que a medida pode favorecer as ex-portações, mesmo que as empresas entendam não baixar preços. Por exemplo, se uma empre-sa estiver a trabalhar com prejuízo mas não ti-ver margem de manobra para aumentar preços nos mercados internacionais, pode encontrar na descida da TSU a folga financeira necessária para se manter em actividade, segurando o em-prego e as exportações. Se, em última análise, a medida resultar em lucros interessantes, tal será

um incentivo ao investimento e ao aparecimen-to de novas empresas no sector. É importante notar que, na maior parte dos mercados que ca-racterizam as exportações portuguesas, existe concorrência e livre entrada, pelo que cada em-presa será o melhor juiz da forma como a folga financeira deve ser aproveitada.

Como tem sido apontado, uma limitação da medida é o facto de não descriminar entre em-presas que produzem bens transaccionáveis e empresas que produzem bens não transaccio-náveis. Ao proporcionar uma folga também junto das empresas que abastecem exclusiva-mente o mercado doméstico, a medida pode atrasar o processo de ajustamento macroeco-nómico. É preciso ter em conta, no entanto, que as empresas que produzem para o mercado nacional são aquelas que mais estão a sofrer com a quebra da procura interna. Sendo assim, uma medida que alivie os seus custos de pro-dução, nomeadamente na relação directa dos postos de trabalho existentes, poderá ter um papel importante na atenuação dos custos de ajustamento. Relativamente aos casos em que se evidenciem abusos de poder de mercado, caberá aos reguladores acompanhar.

O que não se deve é procurar, através da ma-nipulação das taxas de IVA, penalizar mais os sectores não transaccionáveis. Tal seria o caso, por exemplo, se fosse decidido passar o sector da restauração para o regime de taxa máxima, em lugar de o manter na taxa intermédia. Re-corde-se que uma desvalorização cambial – o mecanismo que esta medida pretende emular – provoca uma descida do preço relativo dos bens não transaccionáveis junto do consumi-dor. Esse efeito é essencial para induzir os consumidores a desviar a sua procura em favor

destes bens, contribuindo assim para a melho-ria das contas externas e para minorar o efeito da queda da procura interna no emprego. Ten-do tal em conta, se porventura fosse pensado um aumento não uniforme das taxas do IVA, tal deveria incidir sobretudo nos bens transac-cionáveis, de cujo consumo nos pretendemos afastar (repare-se que, para os consumidores estrangeiros, as taxas de IVA em Portugal são irrelevantes). No entanto, o mais ajuizado será não decidir os regimes de IVA com base em critérios de conjuntura.

Em suma, a redução da TSU financiada pe-lo aumento do IVA, não sendo uma panaceia, é uma boa medida: favorece a produção em de-trimento da despesa, o emprego em detrimen-to da subcontratação e a produção nacional em detrimento da produção estrangeira. A medida não discrimina entre sectores transaccionáveis e não transaccionáveis, mas nessa condição po-derá contribuir para aligeirar os custos de ajus-tamento. Naturalmente, a medida terá mais interesse se for aplicada de forma drástica e pontual. No entanto, um choque significativo nessa frente tem o inconveniente de aumentar a incerteza do lado da receita fiscal, algo que não estamos em condições de enfrentar. Por is-so, por muito interesse que a redução da TSU tenha, a sua implementação terá sempre que estar subordinada ao objectivo de preservar a neutralidade orçamental.»

Miguel Lebre de Freitas, Doutor em Econo-mia, Professor Auxiliar do Departamento de Economia da Universidade de Aveiro

NOTA: Este artigo é reprodução de um artigo publicado no Jornal de Negócios em 31/5/2011.

TSU: medida de que tanto se fala

Entre meios, fins, e meios para alcançar fins, são muitas as medidas que têm sido discutidas como forma de restaurar a saúde às finanças portuguesas. Uma das medidas que mais tem sido debatida é a descida da Taxa Social Única, a contribuição das empresas para a segurança social. O Professor Miguel Lebre de Freitas, docente do Departamento de Economia da UA, analisa esta medida dando resposta a algumas questões fundamentais

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18 Provedor do Estudante

A força da juventude sempre se revelou como uma fonte de imen-sa energia voluntária. Se formos percorrer a história e as idades das motivações transformadoras, observamos que as juventudes voluntariamente abriram novos caminhos e puseram mãos aos desafios antecipando um futuro de mais igualdade, dignidade, conhecimento e prosperidade.

É certo que todas as idades são chamadas a dar de si ao serviço do bem comum, mas não se pode descurar que as idades da forma-ção pessoal e profissional deverão ser um terreno ainda mais fértil para que os grandes valores uni-versais despertem em todos uma vontade voluntária, solidária, hu-manitária, pois que a finalidade de todo o conhecimento – mais que servir-se a si mesmo – haverá de ser servir a comunidade e a humanidade.

Como lembrança que faz in-tensificar o importante desafio, recordamos de há alguns breves anos em que um estudo europeu demonstrava que os estudantes universitários portugueses eram dos que menos participavam na cultura e no meio social envol-

Coluna do Provedor do EstudanteAlexandre Cruz, provedor do estudante da Universidade de Aveiro [email protected]

Ser estudanteé ser voluntário.

vente, verificando-se pouca inte-racção proactiva (informal e ins-titucionalizada) também nos domínios de voluntariado. Alian-do a isto, sabe-se comparativa-mente que em universidades de referência de outros países a par-ticipação em dinâmicas de volun-tariado é vista como fazendo par-te do dia-a-dia estudantil, não se lendo a vida de estudante sem es-sa participação cívica, cultural e social… pois há vida para além do canudo!

Os exigentes tempos actuais desafiam-nos a reler a realidade e a intervenção que operamos nela. 2011 – Ano Europeu das Activi-dades de Voluntariado que pro-movam uma cidadania activa – apura em nós uma (cons)ciência cívica da oportunidade que re-presenta. A noção da universida-de de futuro necessariamente se abre a esta expressão integrada de ciência e conhecimento solidá-rios, em que o tempo e espaço que o estudante voluntário per-corre na sua formação obtém o seu reconhecimento em termos pessoais e mesmo formais.

É relevante observar-se que na Universidade de Aveiro desde há

meses que uma comissão de tra-balho representativa de todos os organismos que interagem com os estudantes, onde também está o mundo associativo, têm levado a efeito um trabalho estruturante para que este Ano Europeu seja uma oportunidade ganha em or-dem a fazer escola positiva, para ficar e promover uma cultural habitual de interacção e partici-pação de estudantes em progra-mas de voluntariado. Boas novi-dades advirão, participar será ajudar…e ganhar!

Façamos promoção do volun-tariado e digamos que quem par-ticipa em acções de voluntariado redescobre-se melhor como pes-soa, como cidadão e como estu-dante; amplia o seu leque de co-nhecimentos, valores e resistências pessoais e futura-mente profissionais; abre-se de modo inovador a novas dimen-sões de uma ciência (sempre so-cial) aplicada ao serviço da digni-dade humana e do bem comum. Vale a pena ouvir e aprender de estudantes voluntários… Ainda um repto à participação no con-curso «Cidadania e Empreende-dorismo Social, UA – 2011». O futuro pode começar aqui!

PROGRAMAÇÃO UA

CONFERÊNCIAS

Conferência «Desafios e oportunidades da indústria química»9 de Junho, 09h00Auditório 23.1.5. do Complexo Pedagógico, Científico e Tecnoló-gico da Universidade de Aveiro

Conferência de Verão «Heme Biosynthesis and Iron Homeostasis»14 de Junho, 14h00Anf. do Dept. de Química da Universidade de Aveiro

Centro de Competência TIC da UA promove encontro «Supe-rar Barreiras com TIC: Políticas, Ideias e Práticas»17 e 18 de JunhoAuditório da Reitoria da Universidade de Aveiro

Workshop «Empreendedorismo social: teoria e práticas»30 de Junho, 09h30Sala de Actos Académicos da Reitoria da Universidade de Aveiro

CURSOS & ACÇÕES DE FORMAÇÃO

Nova edição do Magellan MBA com candidaturas abertasCandidaturas abertas até 30 de Junho (3a fase)Porto

Curso teórico-prático de exercícios de voz10 e 11 de Junho (Inscrições abertas)Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro

GRIDS Summer School 2011 «Fracture and Damage Mecha-nics in Engineering Applications - GSS2011»29 de Agosto a 2 de Setembro (Inscrições abertas)Universidade de Aveiro

2º Curso Avançado de Dois Híbrido em Levedura13 a 16 de Setembro (Inscrições abertas)Universidade de Aveiro

EXPOSIÇÕES

Mar e Energia na 1a Mostra de Filatelia da Universidade de Aveiro3 a 14 de JunhoReitoria da Universidade de Aveiro

Exposição de peças de vidro pertencente à colecção de vidros Madeira Luís (ML) da UniversidadeVisitas às quartas-feiras, 15h00 às 17h00Sala da Reserva Museológica da Universidade de Aveiro

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Astronomia para crianças: «Pai, vou ao espaço e já volto!»26 de Junho, 11h00Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro

Espectáculo de ciência «Química por Tabela 2.0»26 de Junho, 16h00Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro

Academia de Verão com inscrições abertas10 a 22 de JulhoUniversidade de Aveiro

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19Saúde

Mitos:Ver televisão ajuda a adormecerA televisão pode atrasar o sono devido aos es-tímulos e à excitação que se possa sentir com alguns programas. Adormecer com a televisão ligada proporciona uma má qualidade de sono pois a luminosidade e as mudanças de som po-dem provocar pequenos despertares.

Um banho quente ajuda a ter sonoA chegada do sono coincide com a descida da temperatura do corpo logo um banho quente

Sono: Mitos & Verdades

Aproxima-se a época de exames e o que não pode acontecer é ficares na cama a dormir. Esta é a altura do ano que provoca mais ansiedade aos estudantes universitários. Por vezes na noite anterior a um exame o sono não é o mais tranquilo. Mas o que é que sabemos nós sobre o sono?

Verdades:Quem come demais à noite tem dificuldades em dormir.Ao dormir o sistema digestivo praticamente para. Por isso gorduras e proteínas por exem-plo da carne dão trabalho ao organismo o que dificulta o processo e vinda do sono.

Uma boa noite de sono significa sonharSonhamos sempre que estamos na fase de REM (rapid eye moviment, a fase em que normalmente sonhamos)

A noite de domingo é a pior noite de sono da semanaAs preocupações com o trabalho é uma razão para uma noite sem sono.

pode retardar esse processo. No entanto, um banho morno pode ser considerado relaxante. Programar o despertador para tocar várias vezes pela manhã para que despertando aos poucos consiga prolongar o repouso.O sono particionado torna-se superficial, lo-go, não prolonga o repouso.

Fazer exercício à noite cansa o corpo e des-cansa a mente o que faz dormir melhor.

O exercício físico deve ser praticado três horas antes de dormir para não perturbar o sono, menos que isso pode deixar o organismo exci-tado demais para dormir.

Independentemente da idade, todos devem dormir pelo menos oito horas por dia.Cada fase da vida requer uma quantidade de sono. Os recém-nascidos dormem de 10 a 18 horas, as crianças até aos cinco anos, de 10 a 12. Os adolescentes precisam de dormir em

média 10 horas e os adultas entre 7 e 9 horas. Os idosos dormem menos tempo mas mais vezes ao longo de todo o dia acabando por dormir o mesmo que um adulto.

O cansaço é o que faz as pessoas dormiremUma pesquisa realizada nos Estados Unidos prova que uma pessoa dorme o mesmo quan-do não está cansado e quando está. Dormi-mos sim por falta de luz solar, uma vez que o cérebro tem estruturas que fazem o ajuste do claro/escuro.

Ler na cama é bom para ter sono.Para muitos funciona como indutor do sono.

Dormir ajuda as mulheres a manter o pesoMulheres que dormem em média cinco horas ou menos por noite têm tendência a engordar e têm maiores probabilidades de se tornarem obesas.

Dividir a cama afecta o cérebro dos homensDividir a cama com outra pessoa reduz o po-der mental dos homens. Os homens que dor-mem acompanhados têm um sono perturba-do o que prejudica a sua habilidade mental no dia seguinte.

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20 Sugestões culturais

Se quiseres participar, envia as tuas sugestões de livro,

cd e filme para [email protected]

SETE {Quinta do Bill }

Passados 23 anos os Quinta do Bill enriquecem o espólio da música portuguesa com um álbum re-pleto de experiência e riqueza musical. Cinco anos depois de terem lançado “A hora das Colmeias” a banda de Carlos Moisés já tem pronto novo registo de estúdio. O álbum intitulado “Sete” e também o sétimo disco da carreira do grupo e conta com a participação de sete autores.

Este álbum é um novo fôlego à banda.

A RESSACA - PARTE II

Para todos aqueles que sentem o significado das noites que nunca se lembrarão com os amigos que nunca esquecerão. Foi uma comédia que tomou conta do verão de 2009. Desta vez o grupo de amigos está na Tailândia para o casamento de Stu. Ressaca 2 a estrear nos cinemas brevemente.

COMO FALAR FACILMENTE { Dale Carnegie }

A todos aqueles que de algum modo precisam ou pretendem expor as suas ideias em público, este li-vro indica uma linha de actuação de como organizar e preparar um tema que será debatido em públi-co ou em qualquer outra situação. Adequado a iniciantes na carreira e até para aqueles estudantes mais nervosos quando sujeitos a orar perante uma plateia.

a secção cultural tem voz - e pode ser a tua!

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21Do fundo do baú

Do fundo do baú...

InternationalSPOT

Dear colleague,

For lots of you, the jour-ney in one of the most beautiful Portuguese cities is ending now. Every year we’re more than happy to receive students in our University that come from such varied countries.

Being in touch with other cultures is a great bonus for all students. All mo-ments lived together are truly important too. Howe-ver, this isn’t a goodbye because there is still a harsh task before you leave: the exams. Those which make us study long hours while the sun shines outside; those with which we become nervous and anxious; those that fill us with questions; those that make us doubt of our . At this stage it is necessary to have lots of determination, to study and be able to ignore everything that can distract us.

For those who don’t have the so called problem – the exams – but still have time to spend in our country, here are some sugges-tions. If you have visited every single bit of the city, you might want to try out our beaches and enjoy a very pleasant day at the sea. You can also get to know the rest of the coun-try better, by visiting Porto or Lisbon by train or go on an adventure to discover all the great diversity present throughout Portu-gal.

We hope you have en-joyed your stay and that you come back soon.

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22 Diz-se por aí...

estas duas semanas tenho-me dedicado à bela e trabalhosa “arte de não fazer nada”.

“não fazer nada”, mas de uma forma “não” bem feita, dá trabalho e exige bastante dedi-cação, determinados cenários e, como agora um certo comentador desportivo teima em dizer, algum “software”.

o cenário é fácil:uma janela –  uma janela que dê para a rua

permite-nos seguir um carro, uma pessoa, uma abelha, um pássaro, um gato. ainda está por inventar melhor passatempo natural que adivinhar o trajecto que uma gota de chuva fará ao deslizar ao longo do vidro;

uma cadeira quase confortável – quando se quer conforto vai-se para o sofá (e não me ga-bem sofás ortopédicos; sofá que é sofá faz mal à coluna, enterra o corpo e exige o dobro do esforço quando nos queremos levantar; sofás ortopédicos são paradoxos); uma cadei-ra que permita apenas um ligeiro conforto cria o resquício de impaciência suficiente pa-ra não nos deixar adormecer;

oreos – ainda estou para perceber como é que os americanos conseguiram inventar es-tas bolachas. não há melhor companhia para uma tarefa destas que uma caixa de oreos, daquelas que acomodam as bolachas em pa-

cotes “4×4” – a dose suficiente para nos ani-mar sem criar grandes complexos de culpa;

boa música –  indispensável. quem quer si-lêncio vai a uma igreja. estar em casa sem música é como tomar banho sem gel de ba-nho: fica-se lavado, mas não é a mesma coisa;

amigos/colegas online – para ir dizendo olá, ver quem diz olá, pensar se se diz olá, bloquear, desbloquear… um pouco como es-perar pelo carteiro: nunca chega nada, mas está-se sempre à espera.

a estratégia (o tal “software”) dá mais tra-balho.

primeiro, há que construir uma to-do list. não muito comprida, para não criar remorsos, mas com itens suficientes (e distantes em ter-

a arte de não fazer nada

mos de deadlines) para que se dê verdadeiro valor a estes momentos de dolce fare niente.

temos, ainda, de ter alguns horários. tal como no Sonic da Megradrive havia umas bandeirinhas que determinavam o fim/prin-cípio de cada fase, também não se deve dor-mir até às onze ou almoçar às 4 da tarde: há que respeitar os horários de sono, de banho, de refeições. uma espécie de mini-metas, de marcos. organização, senhores, organização.

um cesto com roupa para passar também ajuda. só quem passa a ferro é que sabe o pra-zer que dá ver um monte de roupa crescer até se tornar numa imensa torre inclinada que só se segura à custa de… mais roupa. e, depois, ir retirar só aquela peça que se precisa para

aquele dia… ah, delícias domésticas.“não fazer nada” é, por isso, uma arte. exi-

ge dedicação, empenho. “não fazer nada” não é dormir, nem ficar na sornice um dia inteiro. é decidir o que não fazer, de forma conscien-te, e gerir essas decisões de forma a que cada dia seja diferente do outro, sempre com “não” coisas novas.

e com esta me vou. porque são seis horas, hora do segundo lanche.

e porque ainda tenho de decidir o que não vou fazer amanhã.

Mónica Aresta

Diz-sepor aí ...

Vê-se por aí ...

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voxpopConsideras que o novo site da tua Associação Académia veio melhorar a comunicação?

Sim(88%)

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O NEQAAUAV organiza os Cafés da Ciência

No âmbito do Ano Internacional da Química, o Núcleo de Estudantes de Química da Associação Académica de Aveiro (NEQAAU-Av), com o apoio da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, organiza o ciclo de cafés da ciência, convidando docentes do Departa-mento de Química da Universidade de Aveiro e desafiando-os a abordar informalmente os mais diversos assuntos. Este ciclo tem como principais objectivos promover o contacto docente-alunos, aumentar a sensibilidade para a aprendizagem da Química e oferecer a toda a comunidade científica um momento de aprendizagem e descontracção falando de ciência. Já tendo conversado com o Professor Paulo Claro que simplificou a “Química do Amor” e com o Professor Jorge Saraiva que colocou a “Química sob pres-são”, no dia 24 de Maio, a conversa será com o Professor Manuel A. Coimbra sobre o seu percurso de vida até à docência na Universi-dade de Aveiro e a sua permanência nesta instituição. Não percam os próximos cafés!

Torneio de Ténis de Mesa do NAE leva vencedor à borla ao Enterro’11

O Núcleo Associativo de Estudantes de Águeda organizou no passado dia 4 de Maio, nas suas instalações, um Torneio de Ténis de Mesa, tendo tido uma grande adesão da comunidade académica.

Este torneio premiou André Machado (1º lugar) com um bilhete geral para a Semana do Enterro, Pedro Barreto (2ºlugar) com um bilhete diário e Jorge Silva (3ºlugar) com uma raquete e uma bola.

Equipa de investigação da UA descobre nova espécie para a flora de Timor

 A bióloga Ana Rita Simões, no âmbito do seu mestrado orientado pelo Prof. Paulo Silveira e pela Prof. Helena Silva, publica a descober-ta de mais uma nova espécie para a ciência na prestigiada revista científica «Blumea». Os estudos desenvolvidos pela bióloga surgem na continuação do projecto intitulado «Contribuição para a gestão dos recursos florísticos de Timor-Leste», que decorreu entre 2004 e 2006, no Departamento de Biologia da UA em colaboração com a Universidade de Coimbra, o Nationaal Herbarium Nederland, Leiden University branch, a Universidade Nacional de Timor Leste e com o apoio da FCT e Fundação Oriente.

Rapidinhas

VoxPop

{ Carina Carvalho , Engenharia Mate-riais, 4º ano }

Eu acho que em termos de interface esta muito melhor... Só isso...

Sinceramente não senti grandes diferenças uma vez que sou uma pessoa relativamente interessada e procuro informação com uma certa frequência, mas penso que de uma for-ma geral melhorou qualquer coisita... tenho a elogiar principalmente a parte estética. o site anterior era muito mau... para melhorar: ten-tar fazer chegar o site aos alunos.. talvez principalmente aos novos alunos e trabalha-rem na sua promoção.

{ Cátia Carvalho , Engenharia de Com-putadores e Telemática, 3ºAno }

Eu ainda não vi o site, se ja tivesse visto o site dizia mais alguma coisa...

{ Sanaz Shahbazzadegan, Tecnologias e Sistemas de Informação, 3º Ano }

Não vejo o site, o facebook chega para me manter actualizada...

{ Daniel Oliveira , Engenharia Química 4ºAno }

{ Ana Anes , Enfermagem 3ºAno }Eu penso que sim porque a disposição da

informaçao está mais bem estrutura e encon-tram-se abordados os assuntos que são essen-cias, para alem disso o design é bem mais apelativo o que torna maior o interessa pela leitura do conteúdo.