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UN A PEDAGOGIA CAPITAL INTE COMPETÊNCIAS POR: VERO NIVERSIDADE CANDIDO MENDES ÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” IAVM EMPRESARIAL NO APERFEIÇO ELECTUAL PARA O DESENVOLV GERENCIAIS NAS EMPRESAS D SUPERIOR ONICA SANTIAGO DE ABREU BA Orientador: Marcelo Saldanha Niterói 2012 1 S OAMENTO DO VIMENTO DE DE EDUCAÇÃO ARCELOS

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PÓS

A PEDAGOGIA E

CAPITAL INTEL

COMPETÊNCIAS G

POR: VERON

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

IAVM

GIA EMPRESARIAL NO APERFEIÇOA

NTELECTUAL PARA O DESENVOLVIM

IAS GERENCIAIS NAS EMPRESAS DE

SUPERIOR

ERONICA SANTIAGO DE ABREU BAR

Orientador: Marcelo Saldanha

Niterói 2012

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BARCELOS

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

IAVM

A PEDAGOGIA EMPRESARIAL NO APERFEIÇOAMENTO DO

CAPITAL INTELECTUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NAS EMPRESAS DE EDUCAÇÃO

SUPERIOR

Apresentação de Monografia as Faculdade Integrada A Vez do Mestre - Universidade Candido Mendes – como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Pedagogia Empresarial.

POR: VERONICA SANTIAGO DE ABREU BARCELOS

Niterói 2012

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela vida e por

estar ao meu lado nos momentos

mais difíceis.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho acadêmico

aos meus pais que me ensinaram

a lutar por meus ideais e que

tanto me apoiam em minhas

decisões, possibilitando

encontrar o caminho.

RESUMO

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Por muito tempo as Instituições de ensino foram vistas, apenas, por seu trabalho acadêmico pedagógico. Hoje as mesmas instituições viraram empresas que visam lucros, sem deixarem de lado a qualidade do ensino. As instituições de ensino andam na contramão de algumas tendências. Elas não buscam o aperfeiçoamento e capacitação de seus colaboradores, como as empresas de outros seguimentos, ou seja, não possuem políticas para desenvolver seus próprios talentos. Nesta pesquisa, investigamos de que forma as empresas de Ensino superior podem utilizar a Pedagogia Empresarial para identificar no seu capital intelectual, competências gerenciais, tão importantes para o desenvolvimento e sustentabilidade da empresa. O tema proposto é voltado para as instituições particulares de ensino superior. Utilizamos como base metodológica a pesquisa bibliográfica, tendo como principais autores Jeanne C. Meister, Idalberto Chavenato, Ana Paula Freitas Mundim, José Abrantes, Amélia Escotto do Amaral Ribeiro e Sônia Simões Colombo. Através das pesquisas realizadas, concluímos que o através do treinamento e do investimento que a empresa faz nos seus colaboradores é possível desenvolver nestes profissionais competências profissionais e gerenciais, que faram da empresa uma empresa sustentável, organizada e confiável.

Palavras-chaves: Pedagogia Empresarial, Capital intelectual, Desenvolvimento

de Competências, Ensino Superior.

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METODOLOGIA

Este trabalho monográfico é baseado na pesquisa bibliográfica realizada

em diversos textos, artigos e livros que tratam da ampliação do campo da

pedagogia, da educação corporativa e da necessidade de desenvolver

competências e valorizar o capital humano e intelectual nas organizações de

ensino superior.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................ 8

CAPITULO I

A PEDAGOGIA E A PEDAGOGIA EMPRESARIAL...................................................... 10

CAPITULO II

O APERFEIÇOAMENTO DO CAPITAL INTELECTUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS COMPETENCIAS GERENCIAIS.......................... 18

CAPITULO III

A GESTÃO DO CAPITAL HUMANO NAS EMPRESAS DE ENSINO SUPERIOR GERANDO COMPETENCIAS GERENCIAIS............................................................... 31

CONCLUSÃO............................................................................................................... 39

REFERÊNCIA.BIBLIOGRAFICA.................................................................................. 40

INDICE.......................................................................................................................... 41

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INTRODUÇÃO

As características que valorizam um profissional estão relacionadas às

suas competências, comprometimento, inovação, qualidades e cooperação. As

empresas educacionais deveriam valorizar o seu capital intelectual, que são

bens ativo intangíveis e que pertencem ao individuo tais como o seu

conhecimento, experiências e expertise e ajudá-lo a desenvolver ou descobrir

novas habilidades para que possam encarar novos desafios, peculiar do

ambiente corporativo educacional.

A Pedagogia Empresarial é uma das ferramentas utilizadas pelos

Recursos Humanos das empresas para treinar seus colaboradores para que os

mesmos desenvolvam alguns talentos que são desconhecidas pela empresa.

A Empresa de Ensino, com algumas exceções, existem contrassenso,

pois as instituições de ensino tem em sua essência, a missão de formar e

desenvolver profissionais para a sociedade, mas esquecem de promover para o

seu próprio corpo profissional, o treinamento necessário ao bom funcionamento

da instituição. Produz capital intelectual para a sociedade, mas não zela, em

plenitude, por seus próprios talentos.

Para utilizar o seu potencial em totalidade, as empresas podem treinar

tanto os funcionários que estão entrando, quanto os que já pertencem ao quadro

funcional, visando o preparo para que os colaboradores ocupem outras posições

funcionais gerenciais, formando equipes motivadas e consequentemente,

resultados superiores ao esperado.

Buscar novas ações para o desenvolvimento do quadro funcional de

uma instituição de ensino precedida de identificação e análise de suas

necessidades operacionais e estratégicas resulta em qualidade do serviço

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oferecido, à produtividade de seus colaboradores e à satisfação de seus

clientes.

A presente pesquisa tem como objeto de estudo a forma de como a

Pedagogia Empresarial pode agir dentro das empresas educacionais para que

busquem em seu capital intelectual as competências gerenciais escondido em

seus colaboradores. O objetivo desta pesquisa é apontar as formas de avaliar o

capital intelectual das empresas de Educação Superior para desenvolver

possíveis competências gerenciais. Utilizando como procedimento metodológico

a pesquisa bibliográfica, com a qual delimitamos a pesquisa nas Instituições de

ensino superior do município de Niterói.

Para mostrar que a questão do desenvolvimento de competências

gerenciais nas instituições de ensino superior é possível, percorremos alguns

caminhos nesta pesquisa.

No capitulo 1 demos ênfase na história da pedagogia e no surgimento da

pedagogia empresarial que se manifesta na educação de adultos dentro do

ambiente corporativo, como mostra o autor José Abrantes

No capítulo 2 avaliamos as ferramentas que o pedagogo empresarial

utiliza para aperfeiçoar o capital intelectual e desenvolver competências

gerenciais nos colaboradores, através dos autores Adalberto Chiavenato, Ana

Paula Mundim e Augusta Boog.

No capítulo 3 abordamos sobre a gestão do capital humano nas

empresas de ensino superior, que geram competências gerenciais, sob o olhar

de Sonia Simões nos artigos de revistas e Jeanne C. Meister

A pesquisa que segue, busca a constatação de que através da

valorização do capital intelectual que os colaboradores trazem consigo, é que a

empresa torna-se competitiva e sustentável.

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CAPÍTULO I

A PEDAGOGIA E PEDAGOGIA EMPRESARIAL

A Pedagogia resumida como a ciência da educação e a arte de ensinar,

teve origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). Atividade

exercida pelos escravos que consistia em conduzir as crianças até a escola.

Atualmente este profissional possui uma graduação, com várias habilitações

uma delas a licenciatura para lecionar no ensino fundamental e médio,

relacionada, assim, a educação de crianças, jovens e adultos.

O Pedagogo muitas vezes é visto como o profissional que conduz as

pessoas para mudança de comportamento, pois através das informações

recebidas e após reflexão sobre o que recebeu que na maioria das vezes,

adquire-se conhecimento. Ou seja, o processo de aprendizagem está ligado às

ações pessoais, tanto de quem transmite a informação, quanto à de quem

transforma em conhecimento e é muito importante que o aprendizado seja vivido

na prática, para que seja efetivo. Segundo Libanêo (p.97-1986) Educar é

conduzir de um estado a outro, é modificar numa certa direção o que é

suscetível de educação.

Com o passar dos anos, a Pedagogia passou a ser aplicada em

ambientes não escolares e passou ganhar sobrenome, um deles a Pedagogia

Empresarial que é direcionada a aprendizagem dos funcionários nas empresas,

ou seja, ampliando e, às vezes, descobrindo o capital intelectual dos

funcionários.

A Pedagogia Empresarial surgiu entre as décadas de 70 e 80, quando

surgiram alguns enfoques nos cursos universitários. O Enfoque da Pedagogia

Empresarial foi, a princípio, o Treinamento e Desenvolvimento (T&D) de pessoas

nas organizações empresariais.

Segundo José Abrantes a nomenclatura de Pedagogia Empresarial, não

se aplica ao aprendizado na empresa, pois a Pedagogia vem da educação de

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crianças e jovem, e como crianças, jovens e adultos aprendem de maneira

diferente a nomenclatura deveria ser Andragogia Empresarial.

O termo Andragogia foi formulado originalmente por Alexandre Kapp,

professor alemão. Em 1833, caiu em desuso e reapareceu em 1921, no relatório

de Rosenstok, sinalizando que de a educação de adultos requer professores,

métodos e filosofia diferentes.

A Andragogia, enquanto teoria ou sistemas de idéias, de conceitos e de

aproximações com a aprendizagem de adultos, foi introduzida e muito difundida

nos Estados Unidos por Malcolm Knowlea, em 1970, através do livro The

modern practice of adult education que refere-se à Andragogia como a ciência

de orientar os adultos a aprender.

Segundo Abrantes, a Andragogia tem que privilegiar a prática, ir do concreto ao

abstrato. Para o autor, lembra-se mais aquilo que se faz.

1.1. Abordagens Pedagógicas

Ao longo dos anos, a Pedagogia tem passado por diferentes abordagens

educacionais, com o objetivo de estruturar e fornecer metodologias eficientes de

ensino e de aprendizagem. Segundo Abrantes, quatro correntes se destacam:

Comportamentalismo, Cognitivismo, Construtivismo e Humanismo.

1.1.1. – Comportamentalismo

O Comportamentalismo ou behaviorismo está relacionado aos nomes de

Ivan Pavlov (1849-1936), Burrhus F. Skinner (1904-1990) e Robert Gagn (1916 –

2002). É uma abordagem pedagógica em que o professor ensina descrevendo

de forma repetitiva os fatos, sem explicar suas causas e origens. Baseia-se no

sistema prêmio / castigo, pregando que todo comportamento é resultado de

estimulo e respostas.

1.1.2. – Cognitivismo

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O Cognitivismo está ligado aos nomes de Jean Piaget (1896 – 1980), Lev S.

Vygotsky (1896 – 1934), David P. Ausubel (1918), Jerome Bruner (1915) e

Howard Gardener (1943). É uma abordagem pedagógica em que o professor

ensina descrevendo os fatos, mas com a preocupação de explicar suas causas e

origens, porém dentro de uma aceitação passiva do aluno diante do professor.

1.1.3. Construtivismo

O Construtivismo tem uma abordagem diferenciada, pois nela o

professor tem uma função de tutor. Ele apenas induz o aluno a aprender, por

meio de busca orientada, do que o aluno necessita aprender. É um situação de

aproveitamento da criatividade do potencial do aluno, advinda das teorias de

Piaget. É uma abordagem que depende das fontes de informação, como a

internet, dentro de uma educação continuada.

1.1.4. Humanismo

O Humanismo está relacionado à Jonh Dewey (1859 – 1952) e a Carl

Rogers (1902 – 1987). É uma corrente que defende que o ser humano tem

capacidades que não são encontradas em outros animais. O cognitivismo

acredita que o comportamento independe de valores e intencionalidade, e que,

no processo de aprendizagem é necessário conhecer o aprendiz, sua história e

suas motivações e áreas de interesse.

As organizações são espaços de aprendizagens e estimulo ao

desenvolvimento profissional e pessoal. A atuação do Pedagogo Empresarial

está diretamente ligada às atividades de planejamento, gestão, controle e

avaliação da aprendizagem de modo a promover a melhoria da qualidade dos

processos organizacionais.

O Pedagogo Empresarial, também, deve estar atento ao comportamento

humano no contexto organizacional, pois a Pedagogia considera a pessoa como

em um todo, individual e socialmente. Para Holtz (p.6-2006) A Pedagogia e a

Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas tem o mesmo objetivo em

relação às pessoas, especialmente em tempos atuais. Para a autora, tanto a

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empresa como a pedagogia tem objetivos definidos e ideais que é de promover

a mudança de comportamento das pessoas através da aprendizagem.

O Pedagogo Empresarial é responsável pelo desenvolvimento do capital

intelectual da empresa, ou seja, do desenvolvimento dos funcionários, por

conhecer recursos auxiliares de ensino, entender do processo ensino

aprendizagem, saber avaliar seus programas, e ter didática que para alguns

autores é a arte de ensinar, além de saber elaborar projetos, que possibilitam o

aprendizado. O Pedagogo Empresarial, não mudará o comportamento das

pessoas, mas o trabalho que será feito, poderá fazer com que essas pessoas

reflitam, podendo se modificar, saindo da condição de pacífico para proativo. A

Empresa por sua vez, também não mudará, mas melhorará se as pessoas

contribuírem para isso, pois quem faz a empresa são os funcionários, através

dos bons relacionamentos, que faz do ambiente, um ambiente agradável e a

força de vontade, para que as coisas funcionem da melhor forma. Gerando

assim, sucesso para a empresa e consequentemente para seus funcionários.

Para Abrantes (P.141 – 2009), garra, coragem fibra e comprometimento são

ações fundamentais para quem deseja sucesso na carreira.

1.2 O Pedagogo Empresarial na Empresa

O Pedagogo Empresarial atua no setor de Recursos Humanos utilizando

seus conhecimentos para que os funcionários das organizações atinjam de

resultados coletivos e eficazes, implantando projetos educacionais preparando

cursos de aperfeiçoamento e capacitação. Responde pela empresa nas

negociações, comunicações, insere palestras, se utiliza de novos processos,

avalia o desempenho de funcionários.

O Pedagogo Empresarial tem a função de trabalhar o potencial humano,

seus conhecimentos e habilidades, desenvolvendo em seus funcionários a

autodisciplina, a autonomia e a responsabilidade. Segundo Abrantes (p.158 –

2009) A disciplina está ligada ao respeito e não ao medo. Trata-se de respeitar,

para ser respeitado. Respeitar as regras e as condutas, respeitar a natureza e

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respeitar o direito do próximo. Autodisciplina significa cada vez mais respeitar

tudo e todos.

O Pedagogo Empresarial possui varias responsabilidades dentro da

Empresa. Veremos algumas de acordo com Holtz (p.15 – 2006)

1. Conhecer e encontrar as soluções práticas para as questões que

envolvem a otimização da produtividade das pessoas humanas – o

objetivo de toda Empresa.

2. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares e sociais da

Empresa onde trabalha.

3. Conduzir com atividades práticas, as pessoas que trabalham na empresa

– dirigentes e funcionários – na direção dos objetivos humanos, bem

como os definidos pela Empresa.

4. Promover as condições e atividades práticas necessárias – treinamento,

eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc. – ao

desenvolvimento integral das pessoas influenciando-as positivamente

(processo educativo) com o objetivo de otimizar a produtividade pessoal.

5. Aconselhar, de preferencia por escrito, sobre as condutas mais eficazes

das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim

de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial.

6. Conduzir o relacionamento humano da empresa através de ações

pedagógicas, que garantam a manutenção do ambiente positivo e

agradável, estimulador da produtividade.

Para qualquer profissional e também para o Pedagogo ser bem sucedido

na empresa, é muito importante a sua atualização constante, lembrando-se

sempre que a finalidade última de qualquer tipo de educação que é a promoção

do ser humano.

Para Pascoal (p. 191 – 2007) o perfil do Pedagogo desejado pelas empresas

baseia-se nas seguintes habilidades: criatividade, espírito de inovação,

compromisso com os resultados, pensamento estratégico, trabalho em equipe,

capacidade de realização, direção de grupos de trabalho, condução de reuniões,

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enfrentamento e análise em conjunto com dificuldades cotidianas das empresas,

bem como problemas profissionais.

1.3 Fatores Fundamentais para o sucesso da Pedagogia

Empresarial

A Pedagogia Empresarial depende das ações das pessoas. E para que ela seja

bem aplicada e sucedida, segundo Abrantes (p. 169 – 2009) três ações são

fundamentais para a educação, o treinamento e a mudança de comportamento:

motivação, liderança e comunicação. Vejamos cada uma delas:

1.3.1. Motivação

Cada ser é diferente um do outro. Cada um reage e pensa de forma

diferente. A motivação vem de dentro de cada pessoa e nada poderá ser feito

para motivá-las, pois cada um sabe de seus objetivos e interesses. Mas para

tentar motivá-las podemos lembrá-las de vários motivos para realizar

determinada tarefa e estar constantemente trabalhando nessas questões.

Segundo Ribeiro (p. 70 – 2010) motivar implica processos e não atitudes ou

ações pontuais. É mais adequado, em termos de pedagogia empresarial

instaurar processos motivacionais que possam ser permanentemente

realimentados e não apenas eventos de motivação, sem nenhum tipo de

continuidade.

Muitas vezes é difícil motivar, mas desmotivar é fácil, pois uma palavra,

um gesto ou até mesmo um olhar podem ocasionar desmotivação. Normalmente

imagina-se que apenas o fator financeiro (salário) deixa um funcionário

desmotivado, mas a questão vai, além disso. O que facilita a motivação é um

ambiente de trabalho agradável, onde as pessoas se sintam uteis e respeitados,

melhorando a criatividade e com isso aumentado a produção.

Os fatores motivacionais segundo Abrantes (p. 173 – 2009) são aqueles

relacionados com o cargo ou a natureza das tarefas executadas estes fatores

estão sob o controle dos trabalhadores e compreendem a autorrealiazação, o

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crescimento e reconhecimento profissional, sendo responsáveis pela satisfação

ou pelo aumento da vontade de trabalhar.

1.3.2. Liderança

Entender os comportamentos humanos é de fundamental importância

para o Pedagogo Empresarial, no contexto organizacional, tendo em vista que

toda a sua atuação está focada na dimensão humana. As estratégias dos

Recursos Humanos por si só não auxiliam a mudança ou comprometimentos

tendo no elemento humano seu ponto-chave. Sendo o Pedagogo Empresarial o

articulador de interesses, torna-se ele um líder na dinâmica organizacional.

Assim, assumir o seu papel de líder implica em conhecer e reconhecer que as

relações interpessoais trabalham com diferentes tipos de personalidade e,

portanto diferentes tipos de liderança que desempenham seu papel dentro dos

grupos. Segundo Ribeiro (p. 21- 2010) Líderes são pessoas que por palavras

e/ou exemplo pessoal, influenciaram acentuadamente comportamentos,

pensamentos e/ou sentimentos de um número significativo de seres humanos.

1.3.3. Comunicação

A comunicação é de suma importância nas organizações. O bom

funcionamento dos processos dentro da empresa e os bons resultados

(objetivos) organizacionais resultam da comunicação, difusão e circulação das

informações. O Pedagogo Empresarial, precisa estar atento às formas de

processamentos de informações para garantir as relações interpessoais na

instituição. A comunicação utiliza várias formas de processamento e uma delas

são pessoas o que pode ocasionar má interpretação ou deturpação do que foi

passado, alterando a mensagem original. Para Chiavenato, a comunicação é um

processo de passar informações e compreensão de uma pessoa para a outra,

sendo uma permuta ou intercambio de informações que precisam ser

transmitidas e compreendidas dentro da empresa.

Para haver comunicação, deve haver pelo menos duas pessoas ou dois

grupos. A comunicação pode ser subdivida em dois conceitos: formal e informal.

As formais são as transmitidas na linha hierárquica e as informais as que

seguem de outras formas, como os boatos, por exemplo. As empresas utilizam

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várias formas de comunicação com os funcionários, como os circulares, as

comunicações internas, quadro de avisos, e-mails, intranet, dentre outros.

A Pedagogia Empresarial chegou às empresas com o papel de gestor do

conhecimento do capital intelectual e para a empresa este capital se tornou o

bem mais precioso.

O Pedagogo Empresarial deve propor ações de treinamento para

qualificar e desenvolver nos colaboradores potencialidades muitas vezes

desconhecidas. Através de planejamento, projetos e outras atividades já

apontadas neste capítulo, à educação e a empresa podem conviver

harmonicamente.

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CAPÍTULO II

O APERFEIÇOAMENTO DO CAPITAL INTELECTUAL

PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS

COMPETÊNCIAS GERÊNCIAIS

Desde o final do século XX, tem-se verificado uma gradativa transição

de uma sociedade industrial para uma sociedade voltada para o conhecimento.

Passamos a viver em uma economia onde o conhecimento passou a ser fonte

de vantagens competitivas e sustentáveis. Desta forma as empresas possuem

como principal fator de produção, o conhecimento.

As mudanças no mundo empresarial são muitas, principalmente com as

evoluções tecnológicas e a globalização. Desta forma as empresas se veem na

obrigação de manter-se competitivas e atuantes no mercado e para isso

precisam gerar recursos através de sua estrutura, seu ambiente de trabalho e

principalmente do seu capital intelectual, pois, as mudanças são culturais e

comportamentais transformando o papel das pessoas que delas participam.

2.1. Capital Intelectual

Alguns autores definem o capital intelectual como ativos com direitos de

propriedade intelectual, bases de dados, cadastros de clientes, contratos de

execução, acordos, licenças, franquias (fonte: IBASE www.ibase.org.br). Outros

definem como ativo intangível pertencente ao próprio individuo, isto é, seus

conhecimentos, experiências, habilidades, competências e expertises, e outros

bens intelectuais de cada empregado, constituindo, portanto, todo um cabedal

das mais diversas capacidades, manifestadas ou potenciais, das diferentes

pessoas que integram uma organização. (Mundim, p.4 – 2004). Baseados na

definição de Mundim, o capital intelectual forma grupos que acumulam um

conjunto de conhecimentos que pretendem servir de base para o

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desenvolvimento corporativo. O funcionário de uma empresa, hoje, é cobrado a

pensar, decidir, ter iniciativa e responsabilidade além de ter competência para a

produção e manutenção no processo produtivo.

Muitas vezes dentro das empresas possuem funcionários com

habilidades e competências, às vezes, desconhecidas pelos seus gestores,

habilidades que precisam sair do estado de implícitos e tornarem-se explícitos e

socializados que podem transforma a empresa, tornando-a competitiva. Desta

forma, segundo Mundim (p.5- 2004) o capital intelectual é uma ferramenta

valiosa no desenvolvimento de potencial inovador organizacional.

2.1.1. Os principais desafios das organizações na gestão do

capital intelectual

De acordo com os estudos de Mundim (p.6-2004), as organizações do século

XXI enfrentarão problemas gerenciais específicos, tais como:

• O desenho de uma estrutura organizacional que propicie a retenção e

criação do conhecimento, a criatividade, à aprendizagem e a inovação;

• O desenho de uma estrutura organizacional flexível e fluida que

rapidamente permita o ajuste e adaptação de seus produtos, serviços e

processos de forma a atender às novas exigências dos consumidores,

mercados, regulamentações em constantes mudanças.

• O desenvolvimento de modelos de motivação e do capital intelectual da

organização, o reconhecimento pela produção e a retenção de talentos

(reconhecimento e recompensa);

• O desenvolvimento de líderes/gestores capazes de administrar os

processos de mudança de gerir o conhecimento, impulsionar o processo

de criativo e desenvolver ferramentas que possam captar a experiência

institucional, difundir suas lições e convertê-las em ações eficazes, a par

de buscar novas soluções para um mercado em rápida e constante

transformação; e

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• O desenvolvimento de uma visão organizacional, traduzida por sua

missão, objetivos e metas estratégicas, capaz de alinhar seus

colaboradores em direção à aprendizagem organizacional e a inovação.

As empresas precisarão vencer o desafio de formar estratégias para

aperfeiçoar seu desempenho organizacional, por meio da sistematização e de

hierarquização do conhecimento de seus funcionários. Segundo Mundim (p.7-

2004) “no processo de gestão estratégica do capital intelectual é fundamental

que, antes de tudo, a organização defina quais são as suas competências

essenciais, desenvolva sistemas de avaliação do capital intelectual existente na

empresa e as torne parte do processo de mensuração do desempenho da

organização em geral”.

Para avaliar o capital intelectual da empresa é necessário que seja feito

uma análise e um mapeamento das competências organizacionais, bem como

um mapeamento das competências e habilidades de seus colaboradores, para

que se possa reter este capital intelectual e desenvolver nestas pessoas

capacidades gerenciais. Segundo Mundim (p.8-2004) “Torna-se crucial que as

empresas desenvolvam processos de gestão de seus recursos humanos,

visando à retenção do capital intelectual no âmbito da organização, por meio de

sistemas e práticas específicas, tais como remuneração por competências,

participação nos lucros, pagamentos de incentivos, reconhecimento pelo

trabalho realizado. Por fim é preciso também que a empresa invista em seu

capital intelectual”. O funcionário satisfeito e com perspectiva de crescimento

dentro da empresa tende a permanecer na mesma, por mais tempo.

2.2. O Aperfeiçoamento do Capital Intelectual

Como vimos anteriormente, é importante que a empresa defina suas

competências essências e desenvolva seu capital intelectual.

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O capital intelectual para ser desenvolvido é necessário que a empresa,

invista nas pessoas, nos seus colaboradores, pois estes são o capital humano

da empresa que conduzem o capital intelectual.

Uma das maneiras da empresa investir no seu capital humano e por

consequência aperfeiçoar o seu capital intelectual é através das capacitações e

treinamentos. “As pessoas de um modo geral possuem uma incrível capacidade

de aprender e se desenvolver e a educação está no centro desta capacidade. E

o desenvolvimento das pessoas está intimamente relacionado com educação”,

segundo Chiavenato (p. 362 – 2008). Em outros termos, segundo o autor,

educar significa a exteriorização dessas latências e do talento criador das

pessoas. Todo modelo de formação, capacitação, educação, treinamento e

desenvolvimento deve assegurar ao ser humano a oportunidade de ser aquilo

que pode ser a partir de suas próprias potencialidades, sejam elas inatas ou

adquiridas.

“Não se pretende mais treinar o empregado para operar um determinado equipamento. A empresa quer proporcionar a ele a oportunidade de desenvolvimento integrado que combinem o entendimento do por que operar o equipamento, como e para que”.Mindim et.al (p99 – 1994)).

É importante destacar que desenvolver pessoas não é apenas lhes passar

novos conhecimentos para que se tornem mais eficientes nas suas atividades,

mas é dar-lhes formação para que desenvolva novas potencialidades para se

tornarem mais eficazes nas suas atividades, modificando hábitos e

comportamentos.

“As organizações mais bem sucedidas investem em treinamentos para obterem um retorno garantido. Para elas, treinamento não é despesa, mas um precioso investimento seja na organização como nas pessoas que nela trabalham.” Chiavenato (p.366 – 2008)

O mercado trabalhista passou a ver o seu funcionário com o motor de

arranque de sua empresa, pois para serem bem sucedias, precisam de pessoas

ágeis, empreendedoras, em fim, pessoas que façam as coisas acontecer,

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prestando um serviço de qualidade. E para conseguir essas qualidades de um

funcionário é necessário que se treine e desenvolva nele essas potencialidades

e competências

2.3. O Treinamento

“Treinamento é a experiência aprendida que produz uma mudança

relativamente permanente em um indivíduo e que melhora sua capacidade de

desempenhar um cargo. O treinamento pode envolver uma mudança de

habilidade, conhecimento, atitudes ou comportamentos. Isso significa mudar

aquilo que os empregados conhecem, como eles trabalham, suas atitudes

perante o seu trabalho ou suas interações com os colegas e supervisores.”

(Chiavenato – p.367)

Um dos principais objetivos das pessoas hoje é ter a oportunidade de

crescer e se desenvolver em sua carreira profissional. Almejam o sucesso. E

para obter este sucesso é necessário que o funcionário se desenvolva junto com

a empresa e para isso é importante que a empresa desenvolva condições para

que os funcionários descubram suas competências de acordo com as atividades

desenvolvidas por ele. Para o desenvolvimento das competências e habilidade

dos funcionários a empresa tem optado pelo treinamento dos funcionários.

No passado o treinamento era considerado um meio para adequar cada

pessoa a seu cargo e desenvolver a força de trabalho da organização a partir do

preenchimento de cargos. Atualmente o treinamento é utilizado para desenvolver

nos colaboradores competências para que se tornem mais criativos, produtivos e

inovadores, pois o conhecimento por si só não é o suficiente para tornar um

profissional competente.

2.4. Desenvolvimento

Embora seus métodos sejam similares o desenvolvimento é diferente do

treinamento, pois enquanto o treinamento está voltado para o cargo atual, para o

momento presente dentro da empresa o desenvolvimento tem uma visão mais

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de futuro, pois tem como foco os cargos que podem ser ocupados pelos

empregados futuramente onde utilizarão as novas competências e habilidades

adquiridas. No entanto não podemos separar o treinamento do desenvolvimento,

pois o desenvolvimento acontece através do treinamento que possibilita a

pessoa a assimilar informações, aprender novas habilidades, desenvolver

atitudes e comportamentos diferentes.

2.5. Competência

No Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda encontramos a definição

de Competência como a “Capacidade de quem é capaz de apreciar e resolver

certo assunto, fazer determinada coisa”.

Cristina Balerini jornalista da Catho encontrou a seguinte definição para

Competência, no Dicionário de Termos de Recursos Humanos de Benedito

Milioni: “conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que, quando

integrados e utilizados estrategicamente, permite atingir com sucesso os

resultados que dela são esperados na organização”. Desta forma concluímos

que competência nada mais é que o resultado da combinação de

conhecimentos, habilidades e atitudes. (CHA), são recursos pertencentes a

pessoa.

Segundo Jonatas R. Silva, conhecimento é o saber teórico, a habilidade

é o saber fazer, que depende de prática, treino, erros e acertos e a atitude que

está ligada a ação. Ainda, segundo a mesmo autor, não adianta ter

conhecimento e habilidade e não ter atitude. Atitude é querer fazer.

O CHA surgiu nos últimos anos como o intuito de avaliar os funcionários

de uma empresa. O CHA, também, pode ser a ferramenta utilizada para a

implantação da gestão por competência na organização, pois o grande desafio

das instituições, hoje é transforma o conhecimento tácito, em conhecimento

explicito, para que este se torne patrimônio da empresa e assim passando a ser

conhecimento de todos.

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2.6. Novas Competências

Hoje o colaborador precisa ser completo. Precisa está comprometido

com a sua carreira e com a empresa, deve investir na sua carreira para se

desenvolver profissionalmente.

Meister (p.13-1999) define as sete novas competências exigidas pelos

empregadores nos ambientes de trabalho.

1. Aprendendo a aprender - saber como compreender e manipular

rapidamente e com confiança as novas informações recebidas. Mostras

comprometimento com o autodesenvolvimento melhorando

constantemente sua capacidade de aprender.

2. Comunicação e colaboração – saber ouvir e comunicar-se com os

colegas de trabalho e clientes e trabalhar em grupo e colaborar com os

membros da equipe solucionar conflitos.

3. Raciocínio criativo e resolução de problemas – saber reconhecer e definir

problemas, implementar soluções, gerar novas idéias, agir e controlar e

avaliar os resultados e ter soluções criativas para resoluções de

problemas.

4. Conhecimento tecnológico – ser capaz de usar tecnologias para conectar-

se com os membros da equipe.

5. Conhecimento de negócios globais – ter conhecimentos das técnicas

empresariais mais complexas, saber ler uma demonstração de resultados,

conhecer um índice de retorno interno e etc.

6. Desenvolvimento de liderança - ser capaz de dar autonomia aos colegas

de trabalho, “visualizar, energizar e capacitar” um grupo ou equipe.

7. Autogerenciamento de carreira – ter capacidade de gerenciar

proativamente o próprio desenvolvimento e a própria carreira, em lugar de

seguir passivamente um plano de treinamento elaborado pelo gerente.

2.7. Desenvolvimento de Competências.

Muitas mudanças aconteceram na capacitação dos colaboradores. O

modelo de gestão por competência começa a ser implantado e a ganhar espaço

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dentro das organizações. Através da gestão por competência, a empresa passa

a ter a possibilidade de visualizar o desenvolvimento e pode mensurar as

competências de seus funcionários. Identificar as competências existentes

dentro da empresa, não é tarefa fácil e acaba por provocar crises na área de

desenvolvimento. Para Mundim et.al (p. 46 – 2004) “A tônica da empresa deixa

de ser a qualificação e passa a ser a competência e a profissionalização, porém

ainda associadas aos requisitos do cargo ou da posição”. O ideal é que o

trabalhador seja flexível, que consiga lidar com as mudanças no processo

produtivo, enfrentando os problemas que por ventura surjam com criatividade,

como vimos anteriormente.

“É por meio dos conceitos e aplicação de competências com uma abordagem estratégica para a organização, correspondendo ao modelo integrado de competências, que surge a necessidade de renovar os tradicionais centros de treinamento e desenvolvimento para um sistema de aprendizagem que permita às organizações atingirem suas estratégias e agregarem valor ao resultado de seu negócio.” Boog (p.364 – 1994)

O modelo de treinamento que faz do colaborador uma pessoa apta a

executar determinada tarefa passa a não mais caber no espaço empresarial,

onde o funcionário precisa estar em constante aprendizado desenvolvendo

posturas de autodesenvolvimento e autoaprendizagem, e que vão além do

ensino técnico. Para Mundim. et.al (p. 49 – 2004) “ Se faz necessário um

sistema que permita desenvolver a pessoa para atuar com o inédito, com

facilidade de relacionamento, capaz de interagir, de transferir conhecimento, de

comunicar-se com diversos níveis”.

As empresas precisam investir mais em treinamento, para que possam

estimular o capital intelectual, pois o mesmo é considerado um bem intangível e

de grande valor. Através do treinamento, as pessoas se desenvolvem e por

consequência a empresa também.

2.8. Mapeamento e Treinamento por Competência

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O treinamento por competência tem como base um prévio mapeamento

das competências essenciais, necessárias para o sucesso da empresa,

baseando-se na gap existente entre as competências disponíveis e as existentes

dentro da empresa o profissional mapeia as competências que precisam ser

desenvolvidas nos colaboradores.

“Uma necessidade de treinamento é a área de informação ou de habilidades que um indivíduo ou grupo precisa desenvolver para melhorar ou aumentar a sua eficiência, eficácia e produtividade no trabalho”Chiavenato (p.373- 2008)

Quando o treinamento foca nas necessidades da empresa e na carência

de habilidades do funcionário ele passa a ser benéfico para o colaborador, para

a empresa e consequentemente para o cliente. Por outro lado, se o objetivo do

treinamento não for atingido, representará para a empresa e para o colaborador,

perda de tempo e desperdício de recursos. Para Chiavenato (p.436 – 2008) o

treinamento dever ser contínuo e ininterrupto buscando sempre a melhoria

contínua do funcionário para patamares cada vez mais elevados de

desempenho, catalisando sempre mudanças.

2.8.1 Processos do Treinamento

Para Chiavenato, o treinamento é um processo cíclico e continuo composto de

quatro etapas:

1ª Diagnostico: é o levantamento das necessidades ou carências de treinamento

a serem atendidas. Essas necessidades podem ser passadas, presentes e

futuras.

2ª Desenho: é a elaboração do projeto ou programa de treinamento para atender

as necessidades diagnosticadas.

3ª Implementação: é a execução e condução do programa de treinamento.

4ª Avaliação: é a verificação dos resultados obtidos com o treinamento.

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O objetivo dos treinamentos deve ser o de melhorar o desempenho da

organização e também o desenvolvimento contínuo do funcionário.

2.9. Desenvolvendo Competências Gerenciais

As competências gerenciais podem ser desenvolvidas através de

treinamentos. Nas empresas o treinamento pode ser de varias formas: no

trabalho, na classe, pelo telefone, pela internet, intranet e etc. Quando ao local,

para Chiavenato (p. 378-2008), pode ocorrer no cargo ou através de Técnicas de

classe.

Treinamento no cargo é na verdade uma técnica que ministra

informações, conhecimentos e experiências relacionadas ao cargo. E a técnica

de classe, utiliza a sala de aula e um instrutor para desenvolver habilidades,

conhecimentos e experiências relacionadas ao cargo. As habilidades possuem

variações como a habilidade técnica, onde o funcionário aprenderá a trabalhar

com determinado equipamento ou programa de computador ou a habilidade

interpessoal que é a mais indicada para desenvolver no funcionário a

competência gerencial, pois trata de liderança ou trabalho em grupo. Para Boog

(p.381 – 1994) Assuntos como liderança, motivação, delegação, gerenciamento

do tempo, entre outros, tornaram-se enfoques do Desenvolvimento de

competências gerenciais.

Desenvolver competências gerenciais nas organizações não é tarefa

fácil, pois hoje em dia, ser gerente é uma tarefa complexa, e está além da

capacidade técnica e do conhecimento adquirido, mas dentre outras atividades a

habilidade grupal. Boog,(p.394 – 1994) afirma que “é necessário desenvolver

não mais um orientador técnico da equipe, mas um capitão de time. Que

participe do jogo, que saiba os “truques” da bola, que corra, sofra e comemore o

gol ali no gramado, junto à equipe. E que além de tudo isso tenha a visão do

todo, saiba quais serão os próximos adversários, conheça os seus jargões e

conheça suas forças e fraquezas”.

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Uma das formas de desenvolvimento de competências gerenciais nas

empresas é através da Educação Corporativa desenvolvida por algumas

empresas.

2.10. Educação Corporativa

Muitas empresas criaram as Universidades Corporativas com o objetivo

de criar programas de capacitação e desenvolvimento de pessoas nas

empresas.

Maister (p.263 – 1999) define Universidade Corporativa como o “guarda-

chuva estratégico para o desenvolvimento e educação de funcionários, clientes e

fornecedores, com o objetivo de atender às estratégias empresariais de uma

organização”.

Os senários organizacionais vivem em constantes mudanças que

decorrem das transformações, dos ambientes internos e externos das

organizações. Com essas mudanças o prazo de validade do conhecimento

passa a ser menor. Desta forma a necessidade de atualização constante do

colaborador se faz necessário.

“Devido ao fato de que essa economia do conhecimento exige um aprendizado contínuo para desenvolver qualificações mais amplas, o setor privado está aumentando seu comprometimento com a aprendizagem e a educação” (Meister p.9 – 1999)

Muitas empresas passaram a investir na educação de seus funcionários, pois

segundo (Meister p9-1999) a validade de um diploma universitário é menor que

dois anos. Isso se dá pela velocidade em que as mudanças ocorrem e é preciso

acompanhá-las, pois causam impacto na administração e competitividade das

organizações, junto ao mercado.

As organizações estão cada vez mais envolvidas no aprendizado de

seus funcionários e a Educação Corporativa busca desenvolver os funcionários

como o intuito de gerar resultados lucrativos nos negócios. Para Chiavenato

(p.486 – 2008), a Educação Corporativa é um modelo diferente do treinamento

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tradicional que é utilizado para transmitir conhecimentos específicos do assunto

em que a pessoa apresente deficiência, pois traz uma visão ampla e em longo

prazo.

Através da educação corporativa a empresa incentiva o funcionário a

buscar uma aprendizagem contínua para desenvolver atitudes, a formar de

pensamento e hábitos, competências e uma visão de negócios.

Para Mundim et.al (p.99 – 2004) o conceito de educação corporativa,

vem substituindo gradativamente o a dupla T&D (treinamento e

desenvolvimento), pois inter-relaciona a outros conceitos emergentes como

gestão do conhecimento e gestão de pessoas por competência. Para a mesma

autora, a educação corporativa vem literalmente incorporar no meio empresarial

os conceitos básicos de educação que visam desenvolver o indivíduo

integralmente.

As antigas unidades de treinamento estão sendo vistas como fontes de

despesas, pois cada curso inclui gastos com locação, acomodação, alimentação

e transporte dos treinados.

A educação corporativa surge como um elemento facilitador do processo

de gestão do capital intelectual, caracterizando-se por realizar-se em um

ambiente não necessariamente físico que proporciona o desenvolvimento da

aprendizagem continuada e possibilita a obtenção de vantagens competitivas

para as organizações manterem-se vivas em seus respectivos mercados, bem

como, favorece a entrada em outros nichos de negócios, como veremos no

próximo capítulo como podemos utilizar todo o contexto abordado anteriormente

nas instituições de ensino superior.

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30

CAPÍTULO III

A GESTÃO DO CAPITAL HUMANO NAS

EMPRESAS DE ENSINO SUPERIOR GERANDO

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS

O capital humano é a força motriz de uma empresa. Como vimos

anteriormente, é o conjunto de habilidades, competências, experiências e

qualificações de uma pessoa. Este conjunto torna-se o capital intelectual da

pessoa e da empresa.

Por muito tempo as Instituições de ensino foram vistas, apenas, por seu

trabalho acadêmico pedagógico. Hoje as mesmas instituições viraram empresas

que visam lucros, sem deixar de lado a qualidade do ensino.

Segundo Simões “as empresas de renome mundial não veem seus

colaboradores como recursos organizacionais padronizados, ao contrário, tem a

visão de que capital humano é o seu grande diferencial, criando ambientes e

espaços para empreender, gerando condições de trabalho para que seus

talentos se desenvolvam e se realizem profissional e pessoalmente”. Agindo

desta forma, as empresas conseguem reverter para a instituição o

comprometimento, respeito e motivação dos seus funcionários.

Nas instituições de ensino superior, que são vistas como empresas que

vendem educação é raro encontrarmos uma politica interna para que seja

desenvolvida em seus colaboradores talentos e competências necessárias e

peculiares da empresa de educação. Essa atitude está contramão das

tendências de empresas pertencentes a outros segmentos da economia, que

buscam um constante aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus

colaboradores. Para Simões o que ocorre nas empresas educacionais é um

contrassenso, pois uma instituição de ensino tem como missão a formação e

desenvolvimento de profissionais para o mercado, mas não promove em sua

grande totalidade, a capacitação de seu próprio corpo de colaboradores, ou seja,

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produz capital humano e intelectual para a sociedade, mas não zela, por seus

talentos internos, que são os grandes responsáveis pelo sucesso da empresa.

Para que possam utilizar plenamente todo o potencial de contribuição da

força de trabalho, as instituições devem proporcionar programas de

desenvolvimento tanto para os profissionais que ingressam na instituição quanto

para os que já fazem parte da empresa, buscando sempre a melhoria em seu

desempenho e/ou preparando-os para ocupar outras posições funcionais, afirma

Simões. A necessidade de capacitação e aperfeiçoamento dos colaboradores

deveria estar sob a atenção dos seus gestores, pois estão diretamente com o

colaborador, conhecem a deficiência de cada um e as necessidades do setor.

Formando equipes com alto nível de desempenho, as consequências serão

resultados superiores ao esperado.

“As características mais valorizadas em um profissional estão relacionadas a competências, comprometimento, inovação, qualidade e cooperação” Simões (p.52 – 2011)

Desenvolvendo características essenciais a empresa, o colaborador

estará cada vez mais preparado para atender as demandas inerentes ao

ambiente corporativo, podendo atuar com mais eficácia na resolução de

problemas.

É importante que haja, por parte da instituição, a identificação e análise

das necessidades operacionais e estratégicas do desenvolvimento do quadro

funcional. Existem varias maneiras da instituição de ensino verificar as

necessidades de treinamento identificando as lacunas no desempenho. Simões

(p.53 – 2011) sinaliza algumas, como veremos abaixo.

• Levantamento, anual ou semestral, junto a cada gestor, para

identificar lacunas que estejam dificultando o desempenho

esperado dos componentes de sua equipe. Entrevistas com os

colaboradores também fortalecem dados não vislumbrado pelo

líder imediato.

• Pesquisa de clima organizacional, o que possibilita identificar

fatores de motivação o desmotivação.

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• Avaliação e performances dos colaboradores, analisando as

razões pelas quais determinados objetivos não foram alcançados,

ou desempenhos que estejam abaixo do esperado.

• Verificação de mudanças nos processos, exigindo novas

competências das pessoas que os executarão.

• Análise de erros e não conformidades cujas sejam provenientes

de falhas de desempenho dos profissionais.

• Avaliação de demandas advindas dos planos estratégicos,

apontando necessidades de novas habilidades ou novos

conhecimentos.

Após fazer o levantamento e desenhar os resultados seria interessante

que os Recursos Humanos, junto com um Pedagogo Empresarial, elaborassem

um plano de aperfeiçoamento profissional, para cada colaborador de acordo com

as necessidades do setor e da função desempenhada por ele. Sendo necessário

um acompanhamento para verificar se o colaborador está utilizando o que

aprendeu em seu dia a dia na empresa.

Para Simões (p.53 - 2011) cabe ao gestor incentivar os membros de sua

equipe, independentemente dos recursos oferecidos pela organização para que

ele invista em si próprio, projetando o seu crescimento na aquisição de novas

competências aprimorando seu desempenho individual.

O colaborador deve buscar o crescimento profissional dentro da

empresa, ou seja, ele deve planejar a sua carreira e para que isso aconteça ele

tem que estar preparado e para tal, o funcionário deve estar constantemente se

qualificando, pois poderá utilizar cada conhecimento adquirido em novas

oportunidades que vierem a surgir. O colaborador, também, deve se

conscientizar de que a empresa não é obrigada a dar a ele a qualificação

necessária ao cargo isto é um caminho de mão dupla e para Simões, está

conscientização dever fazer parte das orientações provenientes de um líder

comprometido e preocupado como os resultados da organização e de seus

colaboradores. Desenvolver as pessoas é a garantia da sustentabilidade da

empresa e cabe aos gestores a missão de liderar esse processos junto a cada

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colaborador, como veremos a seguir. Para Simões (p.53-2011) cada vez mais,

constata-se que o capital humano, juntamente com os processos

organizacionais, são os principais responsáveis na fidelização e na captação dos

clientes, assim o sucesso de uma instituição de ensino está ligada diretamente

as competências de seu capital humano, o que garante a longevidade e

competitividade.

Se a empresa possui colaboradores bem qualificados que fazem bem o

atendimento, sabem dar informações e sabem lidar com o público, acaba por

demostrar que a empresa é uma empresa organizada e confiável.

3.1. Sustentabilidade na Empresa de Educação

O gestor lida diretamente com o colaborador e desta forma o gestor é a

pessoa mais indicada para descobrir nos colaboradores as qualidades que cada

um possui, pois dentro dos setores existem indivíduos com qualidades que não

são percebidas ou que talvez não tenha a oportunidade de demostrar e cabe ao

gestor identificá-las e desenvolvê-las. Mas para que isso aconteça é necessário

que a pessoa queira, pois muitas pessoas tem a consciência da necessidade do

setor e de aprender e desejam fazê-lo e outras não, para Bichuetti (p.26-2011)

“tudo muda, podemos optar por aprender ou não aprender, mas não podemos

optar por não mudar”. Mudanças no mundo corporativo ocorrem a todo o

momento. Muda-se o sistema, as tecnologias e o funcionário precisa

acompanhar as mudanças, dai a necessidade de constante atualização.

É importante que a empresa ensine seus gestores a serem gerentes da empresa

e/ou do setor, mas também gerente de pessoas. Que aprendam a identificar a

necessidade da operação e a trabalhar em conjunto com os Recursos Humanos

na definição do perfil da equipe, na sua seleção e no seu desenvolvimento e que

sejam multiplicadores de conhecimento. Apresentaremos abaixo aspectos

relevantes para que o gestor atue na formação de seu pessoal, segundo

Bichuertti.

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34

1. Conscientizar-se de que ele é o verdadeiro responsável pela

gestão de seu pessoal

Um gestor só atinge seus objetivos por meio de pessoas. O gestor

precisa se conscientizar que ele é o responsável por sua equipe, começando por

sua participação em todo o processo de seleção.

2. Entender que o RH é o seu parceiro de negócios e seu melhor

apoio para a estruturação e desenvolvimento de equipe.

O RH tem de ser estratégico, sentar-se à mesa de decisões, ser parceiro

de negócios e prover as ferramentas e o apoio necessários para que o executivo

possa desempenhar da maneira mais eficaz possível seu papel perante seus

subordinados por um profissional com a experiência e a estatura necessárias

para ser respeitado por seus pares.

3. Conhecer muito bem as competências e habilidade de seu

pessoal

Um gestor somente forma uma equipe vencedora quando conhece as

competências e habilidades de cada subordinado direto e de forma geral de

suas equipes.

4. Formar sucessores

O melhor executivo é aquele que tem, sob sua liderança, profissionais que

são mais competentes do que ele em suas áreas de especialidade, e trabalha

para neles desenvolver novas competências e habilidades.

5. Atuar como coach de seus subordinados diretos e ser um líder

educador

Uma das principais responsabilidades do gestor é atuar como coach de

seus subordinados, cobrando e desafiando. Dando aos colaboradores caminhos

para que desenvolvam suas próprias capacidades, devendo ser feito de maneira

formal e disciplinada.

6. Ser modelo de profissional para seus subordinados.

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35

O gestor tem que gostar de gente e para ser olhado como modelo, ele

deve, também: ser exigente consigo mesmo e com sua equipe; manter um clima

de trabalho que seja demandante, desafiante e motivador; incentivar aqueles

vestem a camisa e afastar aqueles que remam contra a corrente.

Desenvolver pessoas não é apenas a condução de treinamentos, mas a

garantia de sustentabilidade da empresa, por meio da gestão do conhecimento e

da transferência de experiências, socializando o conhecimento tácito.

3.2. Os Líderes nas Instituições de Ensino Superior

Lideres com qualidade acadêmica e competência de gestão é uma

necessidade que se torna cada vez mais necessárias nas instituições que

querem se destacar na expansão do ensino superior

Conforme aponta Salete Silva na revista Ensino Superior, a expectativa

é que até 2020 cerca de 10 a 15 milhões de alunos estejam inscritos em cursos

de graduação superior e será necessário encontrar novos talentos para gerir e

administrar as instituições de ensino para atender as demandas e o crescimento

deste setor.

Para atender a nova realidade do ensino superior, exige que o perfil do

líder seja o de estimular o aprendizado, estabelecer bons relacionamentos com

os empregados e manter um intercambio com outras instituições de ensino, ou

seja, é preciso ser capaz de mobilizar múltiplos saberes a fim de alcançar

resultados efetivos.

Esta cada vez mais difícil contratar profissionais com perfil de liderança,

por isso muitas instituições passaram a investir em programas contínuos de

formação de liderança, com ações de médio e longo prazo, direcionado a todos

os níveis hierárquico do quadro de pessoal como afirma Salete Silva.

Segundo a mesma autora, “competências sociais e relacionais, como a

capacidade de comunicação e de relacionamento interpessoal, aparecem como

as mais exigidas para quem ocupa um cargo de líder”. Antes os moldes de

liderança era apenas o de mandar, hoje, o líder precisa falar a língua das outras

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hierarquias, pois a diversidade de gerações e de multiculturas no ambiente de

trabalho cresceu muito.

Para formar pessoas com a competência de liderança, as organizações

criaram cursos específicos para gestor como Pós-graduação Lato Sensu e MBA.

Segundo Salete Silva, as organizações têm procurado colaboradores que

possam exercitar a liderança no dia a dia, lidando com situações imprevisíveis e

gerindo resultados. E explica que a liderança tem que ser exercida em todos os

níveis de hierárquico.

Segundo Colombo, “o desenvolvimento de novos gestores exige das

instituições um olhar apurado para identificar as pessoas com aptidões para a

liderança”. Para isso será necessário valorizar e investir no capital humano, dar

ao líder autonomia para que invista no colaborador com aptidão para liderança.

É preciso que haja mudanças na forma de pensar por parte do comando

das instituições. Segundo Salete Silva, é isso que vai fazer com que o

desenvolvimento de lideranças no ensino superior caminhe num ritmo mais

acelerado. As instituições precisam com visão de futuro, capaz de transformar o

modelo de ensino para receber as pessoas que vem chegando.

É preciso, ainda que haja mudanças na forma de escolha dos reitores e

dos principais executivos das instituições de ensino, para Claus Haetinger, “as

competências acabam sendo relegadas ao segundo plano e isso tem dificultado

a formação de lideres no ensino superior, pois docentes com mais tempo de

trabalho nas universidades acabam assumindo cargos estratégicos, incluindo a

reitoria, muitas vezes, mais em virtude dos anos de carreira e confiança que

pelas competências necessárias para o cargo”.

Desta forma, passa a tomar decisões em função das experiências

adquiridas pelo tempo de trabalho na instituição, identificando incorretamente as

deficiências da instituição, tomando decisões que tenderão a agravar a situação,

pois como observa Ribeiro (p.121 – 2010) “a maneira como o individuo aprende

e interpreta a informação depende da sua experiência, dos seus valores, das

suas aptidões, das suas necessidades e das suas expectativas. Temos

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37

tendência para reter os dados que são compatíveis com as nossas convicções e

as nossas ideologias e que nos convém”.

Hoje vivemos a era do conhecimento, da liderança e da competência.

Com isso, os gestores precisam ter competência para administrar instituições e

competência significa: ter conhecimento, habilidades, experiências acumuladas,

exercer lideranças e suportes. Portanto a pessoa precisa ter o mínimo de

conhecimento para exercer determinada função. Para isso será necessário

profissionalizar a gestão das instituições. É necessário que haja treinamento e

formação de executivos. É necessário preparar sucessores, é necessário

demostrar interesse e vontade de aprender, pois competência é um estado

temporal, as coisas evoluem rapidamente é como dissemos anteriormente, o

conhecimento tem prazo de validade e por isso se faz necessário que o

profissional se atualize e busque o conhecimento para que possa se manter no

mercado de trabalho e competitivo.

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CONCLUSÃO

Através da pesquisa realizada, percebemos a importância da Pedagogia

Empresarial no ambiente corporativo, inclusive nas instituições de ensino

superior, pois o capital intelectual para ser desenvolvido é necessário que a

empresa, invista nas pessoas, nos seus colaboradores, pois estes são o capital

humano da empresa que conduzem o capital intelectual.

O Pedagogo Empresarial junto como o setor de Recursos Humanos

busca caminhos para a geração de competências que são formadas pelo

conhecimento, habilidade e atitudes (CHA) dos colaboradores através de

treinamentos e desenvolvimento. A atuação das pessoas na organização

sempre é suma importância e atualmente este valor é muito mais reconhecido,

pois o diferencial da empresa passou a ser os recursos humanos intelectual.

“As empresas precisam, ir além da criação de oportunidades de aprendizado em sala de aula ou até mesmo no computador. As organizações comprometidas com a aprendizagem tem de ajudar indivíduos e equipes de funcionários a desenvolver a capacidade de aprender.”(Jeanne C. Meister, Educação Corporativa, p49

Treinando e desenvolvendo os colaboradores, a empresa colabora para

que o seu capital humano torne-se mais crítico, pró-ativos, auto-geridos e mais

responsáveis pela sua própria qualificação.

Desta forma, concluímos que através de desafios os colaboradores

sentem-se motivados a realizar o seu trabalho com melhor desempenho.

Através Treinamentos desafiadores e avaliativos aos funcionários, a empresa

tem a oportunidade de observar e desenvolver nos mesmos, competências

gerenciais.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA . ABRANTES, José – Pedagogia nas Organizações que aprendem – Rio de Janeiro: Wak Ed, 2009. BOOG, Gustava G. – Manual de Treinamento e Desenvolvimento ABNT – São Paulo: Markrow Books, 1994. Chiavenato, Idalberto – Gestão de Pessoas: o novo papel do recursos humanos nas organizações – 3ª ed – Rio de Janeiro – Elsevier, 2008 COLOMBO, Sonia Simões [et.al] – Gestão Educacional: uma nova visão - Porto Alegre: Artmed Ed, 2004 HOLTZ, Maria Luiza M. – Lições de Pedagogia Empresarial – MH Assessoria Empresarial Ltda., Sorocaba, SP - Disponível em http://www.mh.etc.br/documentos/lições_de _pedagogia_empresarial.pdf Acessado em 17/10/2010. MEISTER, Jeanne C. Educação Coorporativa – A Gestão do Capital Intelectual, através das Universidades Coorporativas – São Paulo – Makron Books, 1999. MUNDIM, Ana Paula Freitas, RICARDO, Eleora Jorge - Educação Corporativa: Fundamentos e Práticas – Rio de Janeiro – Qualitymark, 2004. PACHECO, Luiza [et.al] Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas – Rio de Janeiro: Editora FGV,2005. Revista Ensino Superior, São Paulo, Editora Segmento, 2010, Liderança no Ensino: onde estão os Líderes, p. 24 Revista Linha Direta: Inovação, educação e gestão, Minas Gerais, 2011, A gestão do capital humano nas instituições de ensino, p.50 Revista Melhor Gestão de Pessoas: Especial Educação, São Paulo,Editora Segmento, 2011, Ensaio, No Papel Principal, p.26. RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral – Temas atuais em Pedagogia Empresarial: aprender para ser competitivo – 3ª edição - Rio de Janeiro – Wak Ed, 2010

Page 40: UNIV UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES DES PÓS …capital intelectual, competências gerenciais, tão importantes para o desenvolvimento e sustentabilidade da empresa. O tema proposto é

40

ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................8

CAPITULO I

A PEDAGOGIA E A PEDAGOGIA EMPRESARIAL......................................................10

1.1 – Abordagens Pedagógicas .....................................................................................11 1.1.1 – Comportamentalismo..............................................................................11 1.1.2 - Cognitivismo...........................................................................................12 1.1.3 - Construtivismo........................................................................................12 1.1.4 - Humanismo.............................................................................................12

1.2 – O Pedagogo Empresarial na Empresa .................................................................13 1.3 - Fatores Fundamentais para o Sucesso do Pedagogo Empresarial......................15

1.3.1 – Motivação.....................................................................................................15 1.3.2 - Liderança.....................................................................................................16 1.3.3 Comunicação..................................................................................................16

CAPITULO II

O APERFEIÇOAMENTO DO CAPITAL INTELECTUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS COMPETENCIAS GERENCIAIS.................................................................18

2.1 – O Capital Intelectual................................................................................................18 2.1.1 – Os Principais Desafios das Organizações na Gestão do Capital Intelectual 18 2.2 – O Aperfeiçoamento do Capital Intelectual..............................................................20 2.3 - O Treinamento........................................................................................................22 2.4 – Desenvolvimento....................................................................................................22 2.5 – Competências .......................................................................................................23 2.6 – Novas Competências ............................................................................................24 2.7 – Desenvolvimento de Competências ......................................................................25 2.8 – Mapeamento de Treinamento por Competências..................................................26 2.8.1 – Processos de Treinamento.............................................................................27 2.9 – Desenvolvendo Competências Gerenciais ...........................................................27 2.10 – Educação Corporativa ....................................................................................28

CAPITULO III

A GESTÃO DO CAPITAL HUMANO NAS EMPRESAS DE ENSINO SUPERIOR GERANDO COMPETENCIAS GERENCIAIS................................................................30

3.1. Sustentabilidade na Empresa de Educação............................................................33

3.2 – Os Líderes nas Instituições de Ensino Superior....................................................35

CONCLUSÃO..................................................................................................................38

REFERÊNCIA.BIBLIOGRAFICA.....................................................................................40

INDICE.............................................................................................................................42