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ÁFRICA: DESENVOLVIMENTO REGIONAL UNIDADE 9 8º ano

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Page 1: Unidade 9   8º ano

ÁFRICA: DESENVOLVIMENTO

REGIONAL

UNIDADE 9

8º ano

Page 2: Unidade 9   8º ano

Regionalização do continente africano

Uma das maneiras maiscomuns de regionalizar a Áfricaé a divisão do continente entreNorte da África e ÁfricaSubsaariana, considerandocritérios naturais, culturais esocioeconômicos.

A regionalização mais utilizadapara agrupar os territóriosafricanos é a que estabelece adivisão entre Norte da África eÁfrica Subsaariana.

Essa regionalização consideranão apenas aspectos naturaispara agrupar os países, mastambém os aspectos históricose culturais

Tema 1

Page 3: Unidade 9   8º ano

Norte da África

• Muitos nomes são utilizados para se referir à regiãonorte do continente africano: África Branca, ÁfricaSetentrional, África do norte e Norte d’África.

• É formada por países de maioria árabe e islâmica:Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Tunísia eSaara Ocidental (território anexado pelo Marrocos).

• Possui melhores indicadores sociais e econômicosque a África Subsaariana.

• Tem forte concentração populacional no litoral doMar Mediterrâneo onde as condições naturaispermitem desenvolver a agropecuária, além depossuir jazidas de petróleo e outros minerais.

• A colonização regional foi predominantementefrancesa, embora o Egito, país mais industrializadoda região, tenha estado sob influência britânica.

Tema 1

Page 4: Unidade 9   8º ano

• As exportações de recursosnaturais são a principal fontede riquezas da região, comdestaque para o petróleo, ogás natural, o ferro e o fosfato.

• Exploração colonial maisantiga.

• A agricultura na África Islâmica- de forma tradicional, comrecursos técnicos básicos e debaixa produtividade.

• A maioria dos camponesesdessa região se dedica àatividades pecuárias (deovinos e caprinos)

Produção de alimentos na Tunísia

As cabras escaladoras do Marrocos

Tema 1

Page 5: Unidade 9   8º ano

Mesmo com a presença do maior deserto domundo, o Saara com cerca de 10.000.000km² etambém de muitas áreas de clima semiárido, naÁfrica Islâmica são desenvolvidos importantescultivos agrícolas, principalmente nas regiõeslitorâneas da Argélia, Tunísia e Líbia, e nas áreasde solos férteis na margem do Rio Nilo, no Egito.

Rio Nilo - Egito

Tema 1

Page 6: Unidade 9   8º ano

Os oásis são utilizados

para irrigar as áreas em

sua volta permitindo a

produção de frutas,

cereais, hortaliças e

pequenas criações de

animais.

Na África Islâmica, existem

vários oásis importantes

para a população que vive

em meio do Saara. Oásis no Saara - Argélia

Tema 1

Page 7: Unidade 9   8º ano

• composta de territórios localizadosao sul do Deserto do Saara, povoadaprincipalmente por povos negros.

• passado colonial de exploração maisrecente.

• marcada por grandes diferençasnaturais, culturais e políticas.

• grande diversidade de paisagens• Grande parte da população é

assolada pela pobreza e pela fome.• Localizam-se os países com os piores

índices de desenvolvimento humanodo mundo e com altos índices defome crônica.

• grandes lavouras monocultorascultivadas em terras com maiorfertilidade.

África SubsaarianaTema 1

Page 8: Unidade 9   8º ano

E a monocultura, qual a sua relação com a fome?

A produção monocultora produz reflexos sociais negativos, isso acontece porque ocultivo de alimentos (inhame, mandioca, sorgo), que fazem parte da dieta local, nãoé produzido para dar lugar a produtos de exportação. Por não serem autossuficientesna produção de alimentos, esses países são obrigados a importar, o que agrava aindamais os problemas ligados à fome.

A prioridade dada a esse sistema agrícola desprezou a produção de alimentos para oconsumo local e expulsou os camponeses nativos para áreas menos produtivas.

As melhores terras nas áreas tropicais estão voltadas para os produtos voltados àexportação, herança do período colonial.

Grandes áreas do continenteafricano estão a braços com umaseca recorde. Cerca de 45 milhõesde pessoas estão ou estarãobrevemente dependentes deajuda alimentar

Tema 1

Page 9: Unidade 9   8º ano

• A presença de uma agricultura de subsistência caracterizada pelodesmatamento e pelo uso inadequado dos solos, que leva ao seuesgotamento, agrava esse quadro.

• As condições climáticas limitam o desenvolvimento das atividadesagropecuárias em diversas regiões do continente africano.

• Na África Subsaariana são cultivadas: café, cana-de-açúcar, amendoimalgodão, chá, banana, abacaxi e cacau. Assim essa região destaca-se comogrande produtora e exportadora mundial desses produtos.

• Uma exceção à pobreza generalizada na África Subsaariana está na África doSul, que se industrializou e se modernizou devido à grande quantidade deouro, de ferro e de pedras preciosas que há em seu território e aosinvestimentos industriais de britânicos no país.

DESMATAMENTO REDUZ PELA METADE AS CHUVAS NA ÁFRICA

Tema 1

Page 10: Unidade 9   8º ano

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Florestas-em-perigo-na-Africa/

Tema 1

Page 11: Unidade 9   8º ano

Magreb

• O Magreb é uma sub-região do Norte da África, caracterizada pela presença dacadeia do Atlas, que altera o clima regional, predominantemente árido esemiárido, com características mediterrâneas na porção litorânea. Essa regiãofoi ocupada no século VIII durante a expansão islâmica, quando a culturamuçulmana cunhou a denominação Magreb - termo, portanto, muito anterioraos estudos dos pesquisadores europeus que deram continuidade a essadenominação geográfica. O termo é de origem árabe, significa “lugar onde oSol se põe”. Essa região foi povoada por grupos berberes, cujo idioma sefragmentou em diversos dialetos.

Tema 1

Page 12: Unidade 9   8º ano

Sahel• O Sahel é uma sub-região da África situada

imediatamente ao sul do Saara, estendendo-se nosentido leste-oeste do continente. É uma área detransição climática entre as regiões mais úmidas e odeserto, que atravessa nações africanas distintas.

• O manejo inadequado dos solos e o desmatamento na área do Sahel está levando a sub-região à desertificação e consequentemente a fome.

Desertificação

Tema 1

Page 13: Unidade 9   8º ano

Tema 1

Page 14: Unidade 9   8º ano

Regionalização da África segundo a ONU

As muitas diferenças internas do continente africano levaram a Organização das Nações Unidas (ONU) a criar cinco regiões, de acordo com sua localização, cultura e economia.

Tema 1

Page 15: Unidade 9   8º ano

África Meridional

• As reservas minerais são a força daeconomia da região, na África doSul se destaca a mineração de ouro,diamantes, crômio e manganês,na Zâmbia o cobre e o cobalto.

• A agricultura representada umsetor importante da economia compor produtos como uvas, oliveiras efrutas, cana-de-açúcar, café, fumo ealgodão, além da criação extensivade gado bovino.

• O destaque é a África do Sul, quepossui a economia maisdiversificada do continente. Osdemais países desta região sãomarcados pela fome, pobreza,miséria, doenças, etc.

Tema 1

Page 16: Unidade 9   8º ano

Tema 1

Page 17: Unidade 9   8º ano

África OrientalNas últimas

décadas, guerras civis, surtos de

fome e conflitos étnicos e religiosos vitimaram milhões

de pessoas em Uganda, Ruanda,

Burundi, Somália e Etiópia.

Tema 1

Page 18: Unidade 9   8º ano

http://www.dw.com/pt-br/o-maior-atentado-da-hist%C3%B3ria-da-som%C3%A1lia/a-40967015

Uma enorme explosãocausada por um caminhão-bomba ocorrido emMogadíscio, capital daSomália, que deixou aomenos 320 mortos ecentenas de feridos no dia14 de outubro.O país se encontra em umaguerra civil há mais de 20anos, desde a queda doditador Mohammed SiadBarre, em 1991, e está emsituação de caos políticocom o conflito entre o grupoterrorista Al Shabaad e ogoverno transitório.

Page 19: Unidade 9   8º ano

África Central

Como o próprio nome já diz, é aárea central da África, onde oclima varia em equatorial,quente e úmido. Três paísesdesta região pertencem aosPALOP - Países Africanos deLíngua Oficial Portuguesa(Angola, Guiné Equatorial e SãoTomé e Príncipe).

Os países desta região da Áfricasão grandes exportadores decobre, diamantes, petróleo emadeira.

A população se concentra nolitoral do Oceano Atlântico.

Tema 1

Page 20: Unidade 9   8º ano

África Ocidental

É a parte oeste do continenteafricano, alguns dos seus países são:Nigéria, Libéria, Serra Leoa e Costado Marfim.

Os países são grandes produtoresagrícolas e minerais, principalmenteo petróleo.

São pouco industrializados enecessitam importar produtosmanufaturados.

Quanto à vegetação, a parteocidental africana abarca uma faixade estepes, ao sul do Saara,conhecida como Sahel, as savanas(campos de poucas plantas rasteiras)e, em direção ao interior docontinente, as florestas.

Page 21: Unidade 9   8º ano

Norte da ÁfricaÉ uma região altamenteurbanizada, com cidadesconcentradas no litoral doMar Mediterrâneo, ondeo clima mais ameno e orelevo favorecem aocupação e a agricultura.

Tema 1

Túnis, capital da Tunísia (1 milhão de habitantes)

Criação de ovelhas na Líbia

Page 22: Unidade 9   8º ano

Agropecuária

Grande parte dos países africanos depende de atividades do setorprimário, com destaque para a agropecuária. No entanto, há problemascomo:

• precariedade das técnicas usadas

• concentração de terras.

Aproximadamente 60% da população do continente trabalha ematividades agropecuárias.

A contribuição do setor primário no PIB da maioria dos países da ÁfricaSubsaariana é maior que 25% e, em alguns países.

Devido à ocorrência dos climas árido e semiárido em algumas regiões,grandes extensões de terra não são adequadas para as práticas agrícolas.

Tema 2

Page 23: Unidade 9   8º ano

Na maior parte dos países africanos, adistribuição desigual de terras é umgrave problema:

• os terrenos mais férteis seconcentram nas mãos de umaelite minoritária que produz parao mercado externo em grandespropriedades;

• o mercado interno de alimentosé precariamente abastecido porpequenos agricultores, queficam com as terras menosférteis e utilizam técnicastradicionais que são poucoprodutivas e aceleram osprocessos de erosão e dedesgaste do solo.

A população mais pobre praticaa agricultura de subsistência. Épraticada a policultura,cultivando-se banana, feijão,inhame, sorgo e pimenta.As técnicas utilizadas são antigase causam danos ao meioambiente, por causa daderrubada da vegetação e dasqueimadas feitas para limpar osterrenos. Essas técnicas causamdesertificação, baixa fertilidade eerosão do solo.Veja imagem acima.

Tema 2

Page 24: Unidade 9   8º ano

Nas áreas de climamais seco, onde as

vegetaçõesdominantes são as estepes rasteiras e

a desértica, desenvolve-se a

criação de animais.

Pecuária

Criador de

ovelhas na

região do

Sahel -

Mauritânia

Tema 2

Page 25: Unidade 9   8º ano

A agricultura comercial

No final do século XIX, asmetrópoles europeias instalaramem suas colônias africanas oplantation. A principal demandado mercado externo era porespécies vegetais oleaginosas

Assim, nas áreas em que nãohavia recursos minerais, lançou-se mão da atividade agrícolaestabelecida em latifúndiosmonocultores.

A agricultura comercial érealizada na forma de plantation,que pratica a monoculturaprincipalmente para exportação(mercado externo). Lavoura de algodão

voltada para exportação

Page 26: Unidade 9   8º ano

A agricultura comercial não contribui para diminuir o problema da fome que atinge diversos paísesafricanos.

A agricultura comercial utiliza as melhores terras no continente a africano, e utiliza técnicas maismodernas, como adubação, irrigação, drenagem e mecanização, porém, a população empregada na mãode obra não é bem paga e não pode, na maioria das vezes, adquirir o produto. Por causa disso, grandeparte da população vive em extrema pobreza e fome.

A falta de investimento no modo de produzir familiar e de subsistência agrava o problema.

As terras voltadas para o mercado interno são dotadas de infraestrutura precária, solos deficientes e,consequentemente, baixa produtividade.

O problema da fome na África

Tema 2

Page 27: Unidade 9   8º ano

• crescimento intenso da população;

• diversos conflitos de ordem étnica e religiosa.

Outros fatores que agravam a fome no continente

Conflitos civis, guerras que impedema chegada de alimentos nas regiões.Há também invasões, destruição decolheitas, distribuição ineficientesdos alimentos e outras causashumanas

Tema 2

Page 28: Unidade 9   8º ano

Os países do mapa acima pertencem a África Oriental. (Lembrar regionalização da ONU – Tema 1)

Os lugares representados emvermelho são aqueles onde ospercentuais de subnutrição sãomais altos. Nesse caso, a Áfricaaparece como o principal foco desubnutrição no mundo, com amaior concentração de áreas emvermelho, ou seja, índices acimados 35% de população.

Tema 2

Page 29: Unidade 9   8º ano

Fome no SahelVários países do Sahel

ameaçados por uma iminente crise humanitária ante uma

seca maior, más colheitas e a alta dos preços dos alimentos

na região.

O clima semiárido que predomina na região e a

vegetação de estepes somadas à pobreza e à falta de investimento, agravam a

fome na sub-região.

Tema 2

Page 30: Unidade 9   8º ano

Desertificação no SahelNa região do Sahel ocorre desertificação provocada pela ação humana. Vejas as causas na imagem acima. O deserto avança por áreas antes férteis, e a população se vê obrigada a migrar para onde ascondições de subsistência são melhores — o que contribui para intensificar o quadro de grandeinsegurança alimentar já existente. Na última imagem a área foi abandonada. Perceba.

Tema 2

Page 31: Unidade 9   8º ano

Importância dos rios para a agricultura

Por causa da alta incidência de desertos no continente há poucas bacias hidrográficas consideradas grandes.

Os rios africanos são importantes:

• Para utilização como via de circulação

• Como recurso energético;

• Na agricultura, já que são fonte de sistemas de irrigação deplantações, como é o caso do Rio Níger (na África Ocidental) edo Rio Congo (na África Central).

Rio Níger (na África Ocidental

Tema 2

Page 32: Unidade 9   8º ano

O rio NiloO Egito conta com uma área de

mais de 1 milhão de km2 (dos quais em grande parte há a ocorrência de deserto), mas a fertilidade do seu

solo deve-se principalmente ao Rio Nilo.

No vale e no delta desse rio suas águas abastecem a produção

agrícola voltada ao mercado interno e as plantações de algodão para a indústria têxtil nacional e para a produção voltada ao mercado

externo.

Este rio é muito importante para a segurança alimentar e para a

economia do país.

Tema 2

Page 33: Unidade 9   8º ano

Antes de chegar ao Egito ele cruzaoutros países africanos, o queexige o estabelecimento deacordos sobre a gestão da águaentre os Estados que possuempartes de seus territórios nessabacia hidrográfica (figura 9).

Eventualmente, esses acordosgeram tensões diplomáticas devidoaos múltiplos usos do rio,mostrando que, além de grandeimportância econômica, a gestãodos recursos hídricos do Nilopodem criar disputas políticas.

Tema 2

Page 34: Unidade 9   8º ano

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,etiopia-desvia-fluxo-do-nilo-azul-para-construir-represa,1036557

Tema 2

Page 35: Unidade 9   8º ano

Extrativismo mineral

A extração de recursos naturais, comopetróleo, ferro, fosfato, ouro e diamantes,ocorre, em alguns casos, em espaços rurais eé responsável pela geração de riqueza emmuitos países.

O petróleo e o gás natural são riquezasfundamentais para a Tunísia, a Líbia e aNigéria — grandes produtores eexportadores.

Em países como Angola, Nigéria, Mauritânia,Líbia, República Democrática do Congo eZâmbia, os produtos minerais chegam arepresentar mais da metade das exportações.Apesar disso, sua exploração ocupa umaparcela pequena da PopulaçãoEconomicamente Ativa (PEA).

Tema 2

Page 36: Unidade 9   8º ano

Tema 2

Page 37: Unidade 9   8º ano

As disputas pelaexploração dos recursosnaturais do continentecontribuíram para aocorrência de diversosconflitos na África. Nofinal do século XX, asáreas rurais de paísescomo Serra Leoa,República Democrática doCongo e Angolatransformaram-se emcampos de batalha.

Veja o próximo slide sobreeste tema.

Page 38: Unidade 9   8º ano

Tema 2

Page 39: Unidade 9   8º ano

Explosão urbanaO continente africano vem passando por intensa urbanização,principalmente em cidades litorâneas. Hoje pouco mais de 40% da populaçãoafricana vive em cidades, mas tudo indica que esse número subirá para 60%entre 2030 e 2050, o que fará da África um continente urbano.

Apesar da predominância do setor agrário, os países africanos apresentam asmaiores taxas de urbanização no mundo subdesenvolvido.

Alguns países deste continente já possuem população urbana maior querural. Veja mapa abaixo:

Tema 3

Page 40: Unidade 9   8º ano

Contribui para isso o crescenteêxodo rural no continenteprovocado

• Pela pouca oferta de empregonas zonas rurais;

• Pela falta de medidas quefixem a população no campoe, em algumas regiões;

• Pelas condições naturaisadversas, como a ocorrênciade secas prolongadas,empobrecimento dos solos;

• Pela apropriação de áreasagrícolas e pastoris coletivaspor propriedadesmonocultoras.

Tema 3

Page 41: Unidade 9   8º ano

O crescimento acelerado das cidadesnão significa desenvolvimentoeconômico.

Como as áreas urbanas não têmcapacidade para acolher a populaçãoque veio do campo, há um aumento dodesemprego que obriga grande parte dapopulação a se fixar em locais onde ascondições de vida são precárias.

O Norte da África é a região maisurbanizada do continente, mas na ÁfricaSubsaariana ocorre o maior crescimentourbano.

Os dois países africanos mais populosossão o Egito e a Nigéria, que tinham asduas cidades mais populosas docontinente em 2013: Cairo, com 11,4milhões de habitantes, e Lagos, com11,7 milhões.

Foto de Kibera (comunidade no Quênia). É considerara a maior favela da África, com cerca de 2,5 milhões de habitantes. Este

assentamento informal é o lar de um quarto da população da capital Nairóbi.

Tema 3

Page 42: Unidade 9   8º ano

Urbanização no Norte da ÁfricaEm 2010, mais da metade da população do Norteda África vivia em cidades à beira do MarMediterrâneo e no delta do Rio Nilo. A tendência éque a população urbana cresça.

A Líbia é o mais urbanizado desta região, com umataxa superior a 80%. O Sudão, por sua vez, é o paísmais pobre e menos urbanizado da região.

Tripoli – Capital da Líbia

Tema 3

Page 43: Unidade 9   8º ano

Cidades norte-africanas

Cairo, no Egito, é a maior cidade do Norte da África.Localizada no delta do Rio Nilo, forma com Alexandria amaior concentração populacional da região.

Tema 3

Page 44: Unidade 9   8º ano

Cartum, capital do Sudão,é a cidade com maiorcrescimento no Norte daÁfrica, e deve passar dos4,6 milhões de habitantesem 2013 para 7 milhõesem 2025.

Tema 3

Page 45: Unidade 9   8º ano

Desigualdade e pobreza

Grande parte da população dos países doNorte da África não tem acesso asaneamento básico, escolas, hospitais,transportes e áreas de lazer.

Os empregos formais são escassos e, empaíses como Egito e Sudão, a maior parteda população urbana vive com rendainferior a dois dólares por dia.

Metade da área do Cairo é ocupada porfavelas e o reassentamento de famílias sedeu em regiões periféricas distantes deonde as pessoas trabalham, fazendo comque muitos voltassem a morar em áreascentrais da capital egípcia.

Manshiet – 1.5 Milhão de habitante – Egito. 5ª maior favela do mundo.

Comparação: A Favela da Rocinha – 69 mil habitantes – Rio de Janeiro-9ª maior do Mundo.

Tema 3

Page 46: Unidade 9   8º ano

Urbanização na África Subsaariana

Historicamente, as cidades nessaregião desempenharam tanto opapel de agregar trocaseconômicas quanto o de centrospolíticos de alguns impérios.

Houve o desenvolvimento dealgumas cidades litorâneas naépoca da colonização e estastinham funções portuárias eadministrativas e garantiam asexportações de produtosoriginados das áreas rurais docontinente.

Tema 3

Page 47: Unidade 9   8º ano

Os portos e as estradas contam com modernas infraestruturaspara garantir a entrada de mercadorias industrializadas e asexportações de produtos agrícolas e minerais. Isso pode serobservado atualmente nas principais cidades da região,localizadas nas zonas costeiras: Lagos (Nigéria), Acra (Gana), Dacar(Senegal), Cidade do Cabo e Johanesburgo. (África do Sul), Dar-es-Salaam (Tanzânia).

Air France inaugurou nova rota entre Paris e Acra (Gana)

Tema 3

Page 48: Unidade 9   8º ano

O setor de serviços, típico das zonas urbanas, aumenta na África Subsaariana. Nas áreas centrais das maiores

cidades da região subsaariana há modernas

infraestruturas de transporte,

telecomunicações, prédios governamentais, escritórios

de multinacionais estadunidenses, europeias e

asiáticas atuantes em territórios africanos, além

de equipamentos culturais, como museus e teatros.

Cape Town (ou Cidade do Cabo)

Tema 3

Page 49: Unidade 9   8º ano

Os países da África Subsaariana sãocarentes de mão de obraqualificada devido ao baixo nível deestudo e falta de escolas euniversidades e poucoinvestimentos tendo a base daindústria no setor de alimentos,bebidas e têxteis.

Alguns países devido ao interesseinternacional há empresastransnacionais no ramopetroquímico, siderúrgica,metalúrgica e de eletrônicos Asindústrias localizam-se tambémpróximas às zonas portuárias,beneficiando-se das infraestruturasexistentes.

Tema 3

Page 50: Unidade 9   8º ano

Periferias dos países subsaarianos

• Nas cidades dos paísessubsaarianos há uma grandeprecariedade no acesso ahabitação, emprego, saneamentobásico, infraestruturas e serviçospúblicos, principalmente nasáreas mais distantes dos centros.

• Menos de 40% da populaçãourbana subsaariana é servida porrede de esgoto.

• As pessoas que migram do campopara a cidade encontramdificuldades e escassez deinfraestrutura e acabam seinstalando em favelas.

Periferia da cidade de Luanda - Angola

Tema 3

Page 51: Unidade 9   8º ano

http://expresso.sapo.pt/internacional/2017-06-24-Luanda-e-a-cidade-mais-cara-do-mundo

Tema 3

Page 52: Unidade 9   8º ano

Tema 3

Page 53: Unidade 9   8º ano

A África Subsaarianaé menos urbanizadaque o Norte daÁfrica.

Nessa região estãoos IDHs mais baixosdo mundo e as maisaltas taxas deindivíduos abaixo dalinha de pobreza.

Tema 3

Page 54: Unidade 9   8º ano

Isso pouco influi paramelhorar as condições devida da maioria que vivenas cidades

As economias dos países começaram a crescer mais rápidorecentemente, impulsionadas, principalmente, por investimentoschineses feitos em diversos países subsaarianos, sobretudo nosdetentores de petróleo, gás, ouro e outros minerais, como Nigéria,Gana, Costa do Marfim e Serra Leoa.

Page 55: Unidade 9   8º ano

Lagos e o contexto nigerianoLagos ocupa um lugar de destaque entreas cidades da Nigéria, embora tenhaperdido, em 1991, a condição de capitaldo país para a cidade de Abuja.

Lagos é a maior cidade do país eatualmente seu principal centro industriale comercial.

A ilha de Lagos, onde surgiu a cidade,abriga os prédios do governo, bem comolojas, centros comerciais, bancos ehospitais.

Grande parte da população que mora nasperiferias se desloca grandes distânciaspara trabalhar nas áreas centrais, o quecausa trânsito intenso na áreametropolitana, cuja população é de 15milhões de habitantes.

Estima-se que apenas 42% da populaçãoda cidade de Lagos tenha acesso à águatratada e grande parte da população viveem favelas.

Periferia de Lagos

Centro de Lagos

Tema 3

Page 56: Unidade 9   8º ano

Lagos, na Nigéria, onde otrânsito engarrafado tornou-seuma grande oportunidade paracomércio

O trânsito em Oshodi na área deLagos, Nigéria, abranda,deixando centenas de carrosparados. Na Nigéria, osengarrafamentos são apelidadospelos habitantes de “anda-devagar”, e podem ocorrer aqualquer altura do dia

Tema 3

Page 57: Unidade 9   8º ano

A economia nigerianaLagos se localiza próxima a reservas de petróleo e indústrias petroquímicas.

A economia nigeriana é pouco diversificada e dependente da exportação depetróleo, a principal matéria-prima do país. O petróleo e seus derivados,encontrados nas zonas litorâneas, na foz do Rio Níger e no Golfo da Guiné,consistem em 95% da pauta de exportações do país.

O processo de extração e refino do petróleo é predominantemente realizadopor empresas estrangeiras - concentração de renda e a chamada “fuga decapitais”. Veja notícia abaixo.

As riquezas geradas pelo petróleo concentram-se no sul do país (onde estáLagos), contrastando com as regiões do norte, mais pobres e sem reservas depetróleo.

https://extra.globo.com/noticias/mundo/manifestantes-invadem-unidade-de-fluxo-de-petroleo-da-shell-na-nigeria-21694013.html

Tema 3

Page 58: Unidade 9   8º ano

O setor primário ocupa 70%da mão de obra na Nigéria eproduz cacau, amendoim,algodão, óleo de dendê,milho, arroz, sorgo emandioca.

Já a indústria, localizadaprincipalmente nosarredores de Lagos,emprega 10% dostrabalhadores do país,sobretudo em atividadesassociadas aoprocessamento dopetróleo. Os 20% restantesestão empregados emserviços e comércio nascidades.

Agricultor prepara terra antes do plantio em Kukarata, nordeste da Nigéria.

Tema 3

Page 59: Unidade 9   8º ano

Conflitos étnico-religiosos na Nigéria

A população do nortedo país é composta deetnias que cultuam oislamismo, enquanto apopulação do sul éconstituída de etniasque praticam religiõestradicionais africanas eo cristianismo.

Tema 3

Page 60: Unidade 9   8º ano

Atualmente, há um grupoterrorista atuando no país, oBoko Haram, que realiza,com frequência, atentadosnas mais diversas regiões.Este grupo luta contra ogoverno nigeriano e tem aintenção de criar um Estadoislâmico. Já cometerem umasérie de crimes, comoatentados a bomba esequestros.

https://exame.abril.com.br/mundo/nigeria-negocia-libertacao-de-meninas-de-chibok-ainda-refens/

Tema 3

Page 61: Unidade 9   8º ano

Johanesburgo e o contexto da África do Sul

A África do Sul é o país mais industrializado da África evem recebendo grandes investimentos externos,principalmente da China.

Vive um processo acelerado de urbanização e contaatualmente com 62% da população nas cidades.

Johanesburgo é o principal centro econômico da Áfricado Sul onde estão presentes tanto as multinacionaisque atuam no território quanto um diversificadoparque industrial que atende o mercado interno etambém o restante do continente em setores comometalurgia, siderurgia, automobilístico, químico, têxtil ealimentício.

Johanesburgo, a maior cidade do país, no século XIX,chamada de capital de ouro do mundo, ainda éconhecida na África do Sul como a Cidade do Ouro. Foioficialmente fundada no final do século XIX e viveuintenso crescimento populacional devido à descobertadeste mineral.

Tema 3

Page 62: Unidade 9   8º ano

O apartheidEm 1948, a elite branca da África do Sul instituiu umapolítica de segregação racial, o apartheid.

Além de ter estabelecido os lugares públicos em queos negros poderiam circular (ver imagens ao lado), oapartheid criou bairros separados que concentraram apopulação negra sob péssimas condições de acesso ainfraestruturas e serviços públicos.

Seu término por meio de um plebiscito, no qual apopulação branca da África do Sul decidiu abolir oregime e permitir que a população sul-africana nãobranca também participasse da vida política de seupaís. Essa ação foi motivada por fortes pressõesinternacionais que ameaçavam a estabilidade daeconomia sul-africana.

Com o fim do regime houve o estabelecimento deuma nova constituição e a libertação e posterioreleição de Nelson Mandela para presidente.

Mandela ingressou na vida política ainda jovem eficou preso por 27 anos por ter questionado o sistemade segregação racial do país, tornando-se a principalreferência da luta antiapartheid.

Mandela na prisãoTema 3

Page 63: Unidade 9   8º ano

Durante o apartheid, adesigualdade econômica entrebrancos e negros se acentuou, umavez que a população branca, quetinha representação política, sebeneficiava de suas condições paraobter os melhores empregos, emdetrimento da população negra,que sofria diversas restrições.

O fim desse regime, no entanto,não resolveu os problemas sociaisdo país. A África do Sul ainda temuma das piores concentrações derenda do mundo, altos níveis dedesemprego e de criminalidade(em especial, de homicídios), alémde cerca de seis milhões depessoas infectadas pelo vírus HIV, oque reduz a expectativa de vida dapopulação sul-africana,principalmente nas áreas urbanasmais pobres. Veja notícia ao lado.

Tema 3

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Herança colonial

O processo de descolonização da Áfricacomeçou a ganhar força após a SegundaGuerra Mundial.

As antigas colônias se transformaram empaíses autônomos, no entanto, a partilhado território foi realizada pelas naçõeseuropeias, que não consideraram asdivergências étnicas existentes antes dacolonização.

Assim havia um grande desafio para osnovos países: concentrar em um mesmoterritório populações pertencentes aetnias distintas que, muitas vezes, eraminimigas, além de superar o quadro depobreza e exploração resultante dacolonização.

As línguas europeias se tornam oficiais nosnovos países e as fronteiras forammantidas a fim de evitar que disputaspolíticas e conflitos internos seintensificassem. Muitas línguas nativasdesapareceram.

Os novos governantes normalmente erammembros da elite do continente quehaviam se destacado na luta pelaindependência.

Tema 4

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Muitas elites que tomaram o poder erambastante autoritárias e corruptas – tiravamproveito de suas vantagens administrativaspara enriquecimento próprio e estabelecerampolíticas que geraram a marginalização degrupos étnicos e religiosos eventualmenterivais.

Havia muitos conflitos entre o governo e aoposição, que eram intensificados ainda pordiferenças religiosas ou econômicas. Issolevou a ocorrência de dezenas de guerras civise golpes de Estado.

Os recursos naturais foram alvo de disputaentre grupos rivais pois a venda dessesrecursos permitiu a compra de armamentos emunições.

Os principais conflitos ocorridos no continentedesde os anos 1990 geraram elevado númerode vítimas fatais, milhões de refugiados eafetados pela fome em países como Somália,República Democrática do Congo, Guiné,Costa do Marfim, Ruanda e Sudão.

Tema 4

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Genocídio em RuandaA ação imperialista na África foi responsável por várias situações de conflito entre as populações nativas. Um dos mais lamentáveis frutos desse tipo de intervenção se desenvolveu quando os belgas, no início do século XX, se instalaram na região de Ruanda. Ali temos a presença dos tutsis (minoria) e hutus (maioria), duas etnias que há muito ocupavam a mesma região

As grandes tensões entre as etnias hutus e tutsis ocasionou uma guerra civil em 1994.

Os imperialistas criaram uma situação de ódio e exclusão socioeconômica entre os habitantes de Ruanda. A política distintiva dos belgas chegou ao ponto de registrar nas carteiras de identidade quem era tutsi e hutu.

Os hutus, então no poder, promoveram um genocídio que deixou mais de 1 milhão de tutsis mortos em apenas três meses e 2 milhões de refugiados, além de ter espalhado a rivalidade entre essas etnias para o Burundi e a República Democrática do Congo.

Tema 4

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Assista ao filme Hotel Ruanda e entenda o Genocídio neste país.

Tema 4

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Conflitos entre Sudão e Sudão do

Sul

Assim como no restante da África, asfronteiras do Sudão foram estabelecidassem levar em conta realidades étnicas eculturais da região. Enquanto o Sudão doSul era constituído por população negra epraticante de religiões tradicionais africanase do cristianismo, e com um a paisagemrepleta de selvas e pântanos, o norte é maisdesértico em formado por populaçãomajoritariamente muçulmana.

A separação foi o resultado de décadas deinsatisfações da população que vivia naporção sul do território sudanês, que,apesar de possuir extensas reservas depetróleo, via as riquezas originadas daexportação concentradas nas mãos dapopulação do norte.

Tema 4

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Novas tensõesAs negociações sobre a demarcação das fronteiras entre o Sudão e o Sudão doSul geram tensões entre esses países. Cerca de 75% das reservas de petróleoestão no Sudão do Sul, mas a exportação do produto depende do oleoduto quecorta o Sudão (veja imagem abaixo

Em 2014, segundo a ONU, os conflitos no Sudão do Sul fizeram com que 860 milsudaneses se refugiassem em países vizinhos e 1 milhão se deslocasseinternamente.

O petróleo corresponde a 98% da receita pública do Sudão do Sul. Mas toda a infraestrutura para sua comercialização está no Sudão - oleodutos, refinarias e portos do Mar Vermelho.

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Transformações no continente

Entre 2000 e 2010, a África passoupor transformações demográficas,econômicas, tecnológicas,ambientais, urbanas esociopolíticas.

O crescimento da população é umadas mais importantes mudançasocorridas na África, o que implica,para as próximas décadas, grandesdesafios para todo o continente. Talcrescimento ocorre em ritmoelevado, e estima-se que apopulação chegue a 4,2 bilhões dehabitantes em 2100. Veja gráfico aolado.

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Planejar o crescimento urbano é um desafio para as maiorescidades do continente que crescem em ritmo acelerado.

Apesar do crescimento econômico verificado na últimadécada, mais de 50% dos africanos ainda vivem com menosde 1,25 dólar por dia.

Os países do Norte da África são os que têm mais habitantespertencentes à classe média.

http://www.asemana.publ.cv/?Banco-Mundial-Melhorar-as-condicoes-das-pessoas-e-dos-negocios-nas-cidades-de

Tema 4

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Democratização do continente

O continente africano temdado exemplos de que ademocracia e a liberdade sãodemandas da população.

Há um longo caminho a serpercorrido rumo àdemocracia plena, já queainda há o predomínio deregimes autoritários, regimeshíbridos e democraciasimperfeitas. Essa classificaçãose baseia na legitimidade eno pluralismo das eleições,no respeito às liberdadescivis, no funcionamento doregime político e noenvolvimento político dapopulação.

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A democracia é uma condição para que muitospaíses obtenham empréstimos de organizaçõesmultilaterais, como o FMI e o Banco Mundial, queinvestem no desenvolvimento de infraestruturas dospaíses, como construção de portos, rodovias,ferrovias e aeroportos, e também financiam aprodução agrícola e a extração de recursos naturais.

FMI fornece empréstimos apaíses em dificuldadesfinanceiras, impondo-lhes umasérie de condições para repassaro dinheiro. Já o Banco Mundialusa critérios próprios paraconceder recursos destinados aobras e empreendimentosconsiderados necessários aodesenvolvimento dos paísespobres e emergentes.

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A "Primavera Árabe" é um fenômeno político e social no OrienteMédio e no Norte da África, que teve início em 18 de dezembro de2010 na Tunísia e que desencadeou ondas revolucionárias comprotestos, guerras civis e passeatas.

A atuação dos jovens por meio das mídias sociais foi fundamentalpara a derrocada de governos tradicionais e autoritários,sobretudo pela rápida difusão das informações proporcionadaspelos meios de comunicação, blogs e outros.

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