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UNI-ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOÍAS
AGRONOMIA
RELAÇÃO ENTRE O TAMANHO E A QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS
SEMENTES DE SOJA (Glycine max (L.) Merrill)
MARCIANE BARROS ROCHA
GOIÂNIA Outubro/2014
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MARCIANE BARROS ROCHA
RELAÇÃO ENTRE O TAMANHO E A QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS
SEMENTES DE SOJA (Glycine max (L.) Merrill)
Trabalho de Conclusão de
curso apresentado ao Centro
Universitário de Goiás, -
Uni-ANHANGUERA, sob
orientação da Prof(a). Bruna
Carla Crispim, como
requisito parcial para
obtenção do Bacharelado em
Agronomia.
GOIÂNIA outubro/2014
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço а Deus, pois ele é a peça
chave da vida.
Agradeço à minha mãe pelo seu carinho, cuidado
е dedicação. Agradeço ao meu pai, sua presença significou
segurança е certeza de que não estou sozinha nessa
caminhada.
Ao meu namorado, pois ele nunca me deixou
esmorecer, sempre esteve ao meu lado em todos os
momentos, foi quem me deu força e esperança para seguir.
Aos meus professores, colegas amigos que me
ajudaram na conclusão desse curso, em especial ao
Deivison Paiva e a Laiz Avelar são pessoas, que com toda
certeza, jamais serão esquecidas.
Ao Centro Universitário de Goiás, Uni-
ANHANGUERA, em especial à coordenação de
Agronomia e a todos os professores e colaboradores que
possibilitaram a realização do meu curso de Graduação em
Agronomia.
Agradeço também a Lívia e a Anaíres do
Laboratório de Analise de Sementes da Embrapa Arroz e
Feijão, pois foi de grande importância para realização
desse trabalho.
À professora Bruna Crispim e à professora
Luciana Domingues Bittencourt Ferreira por me orientar
no presente trabalho.
A todos os meus sinceros agradecimentos.
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RESUMO
Em vista da grande importância da cultura da soja (Glycine Max (L.) Merrill), no agronegócio mundial, ela tem sido alvo de inúmeras pesquisas no campo agronômico. As sementes assumem relevante papel na implantação e produtividade das lavouras, e a comparação da existência de alguma diferença em relação ao potencial fisiológico quanto ao tamanho das sementes é relevante. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os tamanhos de diferentes peneiras de sementes de soja com a qualidade fisiológica, em cultivares isoladas de soja. Os testes utilizados foram: germinação, tetrazólio e emergência das plântulas em campo. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Análise de Sementes da EMBRAPA Arroz e Feijão, em Santo Antonio de Goiás, no período de julho a agosto de 2014. Foram utilizados cinco cultivares de sementes de soja (Glycine Max (L.) Merrill), NK-7059-RR, AS-3730-IPRO, DESAFIO-RR-8473-RSF, ANTA-82 e BMX-RR-7869-RSF e três tamanhos de peneiras 5.5, 6.0 e 6.5 para cada lote, com germinação relatada entre 82 a 90%, provenientes do estado de Goiás safra 2013/2014 . O delineamento foi inteiramente casualizado ao acaso com quatro repetições de 50 sementes para cada teste avaliado. Como resultado observou-se que as sementes correspondentes a peneira 5.5 foi a que teve maior potencial fisiológico entre todas as outras analisadas. Não pode afirmar que o tamanho da semente influenciou sobre a germinação e vigor , pois estes fatores depende também da sanidade das sementes avaliadas e condições ambientais durante a fase de produção, colheita e beneficiamento entre outras.
PALAVRAS CHAVE: Vigor. Germinação. Tamanho de sementes.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
8
2 REFERENCIAL TEÓRICO 10
2.1 Potencial fisiológico 10
2.1.1 Efeito do tamanho da semente sobre a germinação e o vigor das plântulas 12
2.2 Vigor 15
2.2.1 Vantagens do uso de sementes vigorosas 17
2.3 Germinação
18
3 MATERIAL E MÉTODOS
21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃOS
25
5 CONCLUSÕES
29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A
30
36
8
1 INTRODUÇÃO
A soja [Glycine max (L.) Merrill] é uma das mais importantes oleaginosas em
produção sob cultivo extensivo. É originária da China, expandindo-se, primeiramente pelo
Oriente, chegando ao ocidente no final do século XV. Porém, somente no início do século XX
ela cresceu em importância no mundo Ocidental (BONETTI, 1981; GOMES, 1988).
A soja foi reconhecida como uma das plantas mais antigas cultivadas do planeta.
Seu primeiro registro no Brasil se deu 1882 na Bahia, passando a ter grande importância na
década de 1970 principalmente no Sul e Centro-Oeste do Brasil (EMBRAPA, 2004).
O cultivo de soja tem apresentando grande importância no agronegócio brasileiro.
Obtendo-se safra recorde em 2013/2014, com uma produção de grãos de 90,01 milhões de
toneladas. Apresentando crescimento de 10,4% na produção de grãos ou 8,51 milhões de
toneladas, e 6,9% em área plantada (CONAB, 2014).
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2014) projeta que a
safra de soja no Brasil superará a dos Estados Unidos e será a maior do mundo no ciclo
2013/2014, refletindo resultados da colheita precoce no Centro-Oeste.
Com o grande desenvolvimento da cultura de soja, cresce a percepção do valor da
semente, com isso o aprimoramento de técnicas e métodos de produção com a finalidade de
aumentar a produtividade e a qualidade tem sido preocupação direta de todos os segmentos
que compõem as cadeias produtivas da agricultura. Além disso, o nível de impacto sobre a
produtividade agrícola e o lucro obtido pelo uso de novas cultivares, está diretamente
relacionadas com a qualidade da semente colocada à disposição do agricultor (CARVALHO;
NAKAGAWA, 2000).
O sucesso da produção depende de vários fatores que limitam a obtenção de altos
rendimentos. Um destes fatores é a qualidade fisiológica das sementes, representada pela
viabilidade e o vigor, uma vez que a semente é responsável pela transferência para a planta de
todas as potencialidades produtivas, em que pode influenciar diretamente muitos aspectos do
desempenho (CAMOZZATO et al., 2009; PÁDUA et al., 2010).
De acordo com Popinigis (1985), as sementes maiores de uma mesma espécie,
normalmente, possuem embriões bem formados e com maiores quantidades de reservas,
sendo, em muitas espécies, indicativo de sua qualidade fisiológica.
9
Segundo Paiva et al. (2006), a qualidade das sementes tem sido atribuída a sua
pureza física, elevado potencial genético, alta germinação e vigor, ausência de danos
mecânicos, boa sanidade e uniformidade de tamanho. Este último é um fator importante no
aspecto visual para a comercialização e indispensável para regulagem das semeadoras, que
permitirão a emergência de estandes ajustados e, em muitos casos, economia de sementes por
unidade de área.
A qualidade das sementes de soja pode ser influenciada por diversos fatores, que
podem ocorrer no campo, antes e durante a colheita e também em todas as etapas de
produção, assim como seu tamanho poderá influenciar no seu desempenho (HOFS, 2003).
A classificação das sementes de soja por tamanho após o processo de limpeza tem
sido adotada por vários produtores atualmente. Apesar de não existir ainda uma comprovação
definitiva da pesquisa das vantagens desta prática, ela tem sido usada como propaganda pelos
produtores de sementes. Em várias espécies, a classificação de lotes de sementes por tamanho
pode afetar o vigor inicial das plantas e os componentes agronômicos de produção. Outro
aspecto relacionado à produtividade que sempre é afetado pela classificação das sementes é a
precisão da semeadura mecânica (MARCOS FILHO et al., 1986; KRYZANOWSKI et al.,
1991).
Desta forma o presente trabalho tem como o objetivo avaliar o comportamento de
sementes de soja de diferentes tamanhos quanto a sua qualidade fisiológica.
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2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 Potencial fisiológico
O potencial fisiológico de sementes reúne informações sobre a germinação
(viabilidade) e o seu vigor. Sua avaliação segura permite identificar lotes de sementes que
possuem maior probabilidade de apresentar o desempenho desejado durante o armazenamento
e em campo (MARCOS FILHO, 2013).
Para aumentar a produção em campo deve-se considerar, primordialmente, o
potencial fisiológico das sementes. Ele é de fundamental importância para o produtor rural,
pois a emergência a campo depende diretamente das condições do ambiente que não são
controláveis. A avaliação do potencial fisiológico das sementes deve ser efetuada com
eficiência onde possa identificar, de maneira consistente, os lotes que apresentem maior
probabilidade de se estabelecer adequadamente em campo e propiciar o retorno esperado
(MARCOS FILHO, 2005).
Somente após a emergência de plântulas no campo será possível verificar até que
ponto se manifestaram o potencial fisiológico identificado em laboratório e o grau de
eficiência dos procedimentos usados para sua avaliação. Essa situação pode ser ilustrada com
base no exemplo hipotético apresentado na Tabela 1, considerando o comportamento de lotes
com porcentagens de germinação elevadas, após a semeadura em campo (MARCOS FILHO,
2013).
Tabela 1. Exemplo hipotético da germinação e emergência de plântulas, sob diferentes
condições de ambiente.
Lote Germinação (%) Emergência de Plântulas (%) Área A Área B Área C
1 95 92 85 65 2 92 90 78 67 Fonte: MARCOS FILHO, (2013).
Nessa simulação, verifica-se a existência de diferenças no potencial fisiológico, com
vantagem para o lote 1, indicando que materiais com a mesma porcentagem de germinação
podem apresentar desempenhos diferentes, dependendo da intensidade do estresse e do nível
de vigor das sementes. Deve ser destacado que, quanto maior o desvio em relação às
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condições favoráveis de ambiente, menor a probabilidade de associação entre resultados dos
testes de vigor e os de emergência das plântulas em campo (MARCOS FILHO, 2013).
Por isso não devemos levar em consideração apenas resultados encontrados em
trabalhos com ambientes protegidos pois os resultados pode mudar a campo, com condições
as vezes não muito favoráveis para a cultura.
Há um grande desafio de esclarecer os mecanismos que regulam o desenvolvimento,
a germinação, a tolerância a dessecação, a conservação da viabilidade e, ao mesmo tempo,
determinar procedimentos que permitam aumentar a produção (MARCOS FILHO, 2005).
Um desses procedimentos e a viabilização dessas sementes para os agricultores, onde
os lotes devem apresentar qualidade definida dentro dos padrões legais de comercialização.
Para a cultura da soja, pureza física, grau de umidade e germinação constituem os padrões de
qualidade do lote de sementes (CAMOZZATO et al., 2009).
Para estabelecer o grau de umidade adequado deve fazer a dessecação, visto que a
secagem das sementes é fundamental no sistema de produção, além de reduzir o teor de água
permite a preservação de sua qualidade fisiológica (JÚNIOR.; CORRÊA 1999).
Durante o processo de armazenamento deve tomar muito cuidado com a temperatura
e o teor de água da semente. Segundo Berbert et al., (2008), o teor de água é o fator de maior
significância na prevenção da deterioração do grão durante a armazenagem. Mantendo-se
baixo o teor de água e a temperatura do grão, o ataque de microrganismos e a respiração terão
seus efeitos minimizados.
Sementes apresentam características especiais de tolerar a dessecação, mantendo a
habilidade de reativar o metabolismo, imediatamente após o inicio da reidratação. Alem disso,
sementes de várias espécies exibem aprimorada sensibilidade para responder a variações do
ambiente externo e, consequentemente, assegurar que o início do processo de germinação só
ocorra sob situação favorável (MARCOS FILHO, 2005).
A redução na qualidade ou do potencial fisiológico é, em geral, traduzida pelo
decréscimo na percentagem de germinação, aumento de plântulas anormais e redução no
vigor das plântulas (TOLEDO et al., 2009).
Várias pesquisas têm sido desenvolvidas visando manter a cultura da soja
economicamente viável e com maiores retornos ao produtor. No processo de produção de
sementes, todas as etapas são fundamentais para obter-se maior qualidade da semente
produzida. Espera-se que de áreas semeadas com sementes vigorosas, obtenha maiores
produtividades. (KOLCHISINKI et al., 2005).
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2.1.1 Efeito do tamanho da semente sobre a germinação e o vigor das plântulas
O tamanho das sementes é conceituado como uma característica varietal determinada
geneticamente, cuja expressão fenotípica é pouco influenciada pelo ambiente, não devendo,
portanto, ser considerado um fator limitante à propagação das sementes, exceto quando for
muito diferente da media da maioria das sementes do lote (GIOMO, 2003).
O tamanho da semente não deveria ter influência sobre a germinação, pois este é um
fenômeno que depende de outros fatores, como a viabilidade da semente, as condições
ambientais, etc, e não do tamanho. Com tudo, em uma população não beneficiada de
sementes, pode-se observar que uma determinada fração de sementes exibirão relação
mensurável entre sua capacidade de germinar e seu tamanho. (CARVALHO; NAKAGAWA,
2000).
Segundo Carvalho; Nakagawa (2000), sementes de maior tamanho ou que
apresentam maior densidade são aquelas que possuem, normalmente, embriões bem formados
e com maiores quantidades de reservas, sendo potencialmente as mais vigorosas.
A maior quantidade de reserva aumenta a probabilidade de sucesso no
estabelecimento da plântula (HAIG; WESTOBY, 1991), pois permite a sobrevivência por
maior tempo em condições ambientais desfavoráveis. No entanto, estudos relacionados com
sementes de milho e soja demonstraram que o peso e o tamanho das sementes não
influenciaram os resultados de testes conduzidos em laboratório e desempenho das plantas no
campo (MARTINS et al., 1997.; LIMA; CARMONA, 1999).
A variação no tamanho de sementes de soja pode ocorrer nos lotes de sementes de
uma mesma cultivar, o que está relacionado com o tamanho das células cotiledonares e não
com seu número (HIRSHFIELD et al., 1993). A variabilidade em tamanho não afeta a
composição química das sementes de soja (TINIUS et al., 1993) como no caso do amendoim,
em que sementes maiores apresentam maior conteúdo de aminoácidos e proteína, o que
confere maior vigor às mesmas (SIYASUBRAMANIAN; RAMAKRISHNAM, 1974).
Há uma crença entre os agricultores de que lavouras geradas por sementes maiores
apresentam melhor produtividade devido à maior quantidade de tecido de reserva, o que foi
comprovado por alguns trabalhos (SMITH; CAMPER, 1975.; KOLAK et al., 1992) também
concluiu que o tamanho de sementes de soja está positivamente correlacionado com fatores de
produção, como altura de plantas, número de vagens e número de sementes, mas não com a
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produtividade. Johnson; Luedders (1974) verificaram aumento no desenvolvimento inicial nas
plântulas resultantes de sementes grandes, apesar de não observarem diferenças nos fatores de
produção e produtividade entre os tamanhos.
Resultados obtidos por Gelmond (1972), sobre germinação e emergência de plântulas
com sementes de algodão, sob condição de laboratório e campo sugere que, sementes de
maior tamanho originam plântulas mais vigorosas que, em condições variáveis de campo,
podendo resultar em stands diferentes em favor das maiores (Tabela 2).
Onde na tabela 2 foi avaliadas peso de 100 sementes (g), germinação entre papel
(%), germinação na areia (%) e emergência em campo (%) onde as sementes grandes tiveram
melhor desempenho em todos os testes analisados (GELMOND, 1972).
Tabela 2 Germinação e emergência de plântulas de sementes grandes e pequenas de algodão
sob condições de laboratório e de campo. Adaptado.
Tamanho da semente Peso de 100
sementes (g)
Germinação
entre papel (%)
Germinação na
areia (%)
Emergência em
campo (%)
Pequena 93 94 90 50
Grande 141 95 94 60
Fonte: (GELMOND, 1972).
Edwards e Hartwig (1971),avaliou sementes de soja onde observaram que as
sementes pequenas emergem mais rapidamente e com sistema radicular mais desenvolvido,
provavelmente por necessitarem de menor quantidade de água para germinar.
Piccinin et al., (2011) também avaliou sementes de soja com dois tamanhos de
peneiras, e não obteve diferença significativa quanto a relação da qualidade fisiológica e o
tamanho de sementes em todas as cultivares resultados demonstrados na tabela 3.
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Tabela 3 Porcentagem média das plântulas normais após os testes de germinação, frio
modificado e envelhecimento acelerado das peneiras 5,5 e 6,5mm. Maringá-PR,
2011. Modificado
1 Contagem Germinação Cultivares Peneira 5,5 Peneira
6,5 Peneira 5,5 Peneira 6,5
BRS 184 78,5 Ba 78,0 Ba 83,0 Ba 83,5 Ba NK 7059 RR 83,5 Aa 87,0 Aa 87,0 Aa 91,0 Aa BMX PT RR 72,5 Ba 67,5 Ca 73,5 Ca 66,5 Ca NK 7054 RR 72,0 Ba 68,5 Ca 77,0 Ca 74,0 Ca BRS 245 RR 78,5 Ba 79,5 Ba 82,5 Ba 82,5 Ba BRS 255 RR 76,5 Ba 80,0 Aa 80,0 Ba 84,5 Aa CD 214 RR 86,0 Aa 89,5 Aa 88,5 Aa 90,0 Aa BRS 232 79,0 Ba 81,0 Ba 82,5 Ba 82,5 Ba CD 266 RR 89,0 Aa 91,0 Aa 90,0 Aa 91,5 Aa C.V (%) 6,02 6,02 4,78 4,78 Frio modificado – Plântulas normais (%) Peneira 5,5 Peneira 6,5 BRS 184 70,5 Ca 71,0 Ca NK 7059 RR 80,5 Ba 82,0 Ba BMX PT RR 71,5 Ca 79,0 Ba NK 7054 RR 77,5 Ba 76,0 Ba BRS 245 RR 80,0 Ba 83,5 Ba BRS 255 RR 77,0 Ba 80,5 Ba CD 214 RR 87,0 Aa 88,5 Aa BRS 232 85,5 Aa 83,5 Ba CD 266 RR 85,5 Aa 89,5 Aa C.V (%) 7,37 7,37 Envelhecimento acelerado Plântulas normais (%) Peneira 5,5 Peneira 6,5 BRS 184 70,0 Ba 68,0 NK 7059 RR 80,0 Aa 86,0 BMX PT RR 50,0 Ca 59,5 NK 7054 RR 53,0 Ca 51,0 BRS 245 RR 65,5 Ba 74,0 BRS 255 RR 68,5 Ba 74,5 CD 214 RR 72,0 Ba 70,0 BRS 232 74,5 Ba 82,5 CD 266 RR 86,0 Aa 82,5 C.V (%) 9,98 9,98
Medias seguida pela mesma letra maiúscula, na coluna, não diferem pelo de Scott-Knott (1975), e médias seguidas pela mesma letra, minúscula, na linha, não diferem pelo teste F (P>0,05). Fonte: PICCININ et al., (2011).
Por outro lado Gilioli (1982) encontrou diferença maior no crescimento inicial das
plântulas com sementes maiores, embora desapareça com o desenvolvimento das plantas,
beneficia a rápida cobertura do solo, influenciando o controle de plantas daninhas.
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No caso específico da soja, Burris et al., (1970) concluíram que sementes maiores
geram plantas com maior área foliar e altura, além de maior produtividade. Kolak et al.,
(1992) também concluíram que o tamanho de sementes de soja está positivamente
correlacionado com fatores de produção, como altura de plantas, número de vagens e número
de sementes, mas não com a produtividade.
A explicação comumente apresentada para a possível influência do tamanho das
sementes sobre o vigor das plântulas e, posterior comportamento da planta, tem sido a de que
as sementes grandes possuem maior quantidade de tecido de reserva, podendo, portanto
originar plântulas mais nutridas (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).
A classificação de sementes por tamanho uniforme melhora a precisão da semeadura
mecânica reduzindo custos de produção (KRZYZANOWSKI et al., 1991).
2.2 Vigor
Vigor de sementes é a propriedade que determina o potencial para uma rápida e
uniforme emergência da cultura no campo e desenvolvimento de plântulas normais, sob uma
faixa de condições ambientais. O vigor máximo é atingido quando, no processo de
desenvolvimento, as sementes alcançam a maior massa seca, o chamado ponto de maturidade
fisiológica (AOSA, 1983).
A relação entre germinação e vigor não está necessariamente associada à plantas
mais vigorosas, pois as alterações no vigor da semente ocorrem paralelamente à evolução da
transferência de matéria seca da planta para sementes (MARCOS FILHO, 2005).
As condições que as sementes encontram no solo para germinar raramente são
ótimas, pois tem vários fatores que podem afeta-las, apesar dos fatores físicos serem
favoráveis. Desta forma, lotes de sementes da mesma cultivar com capacidade de germinação
semelhante podem apresentar diferenças em emergência de plântulas em condições de campo
(CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).
A falta de relação entre germinação em laboratório e a emergência em campo foi
responsável pela criação do conceito de vigor. Dessa mesma forma este conceito ficou
importante para selecionar os lotes que tem germinação semelhante, para fins de
armazenagem (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).
Varias situações que podem diminuir o vigor das plantas como: profundidade
excessiva de semeadura, compactação superficial do solo ou assoreamento, semeadura em
solo de baixa temperatura, ataques de fungos de solo à semente e seca após semeadura. A
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semente de alto vigor sempre apresentam benefícios maiores em relação a sementes comuns e
é possível afirmar que o uso de sementes vigorosas assegura o estabelecimento de uma
população adequada, mesmo em condições estressantes (FRANÇA NETO et al., 2012).
A figura 1 mostra que sementes mais vigorosas obteve melhor produtividade em
relação a sementes menos vigorosas, sendo avaliadas com cinco gradientes de vigor de 0,
25,50,75 e 100 mostrando uma relação positiva entre vigor e produtividade (FRANÇA NETO
et al., 2012).
Figura 1 Produtividade (Kg/ha) de soja, produzidas com sementes com um gradiente de cinco níveis de vigor.
Adaptado de Kolchinski e outros (2005).
Fonte: (FRANÇA NETO et al., 2012).
Toda cultivar de soja requer uma população de plantas ideal para a obtenção de
máximas produtividades. É importante que essa população seja atingida após a semeadura. A
utilização de sementes de alto vigor facilita em muito para que isso seja alcançado. Porém,
deve-se enfatizar que é importante que essa população seja composta por plantas de alto
desempenho, que assegurarão maior produtividade (FRANÇA NETO et al., 2012).
Na figura 2 avaliou diferentes tipos de vigor em uma mesma cultivar compostas por
plantas de alto desempenho porque assim pode excluir o seu potencial genético, corobando
mais uma vez que, sementes de baixo vigor possuem uma menor produtividade (FRANÇA
NETO et al., 2012).
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Figura 2 Produtividade (Kg/Ha) de três cultivares de soja, produzidas com sementes de três níveis de vigor.
Adaptado de França Neto e outros. (1983)
Fonte: FRANÇA NETO et al, (2012).
2.2.1 Vantagens do uso de sementes vigorosas
Segundo Fraça Neto et al. (2012), na instalação da cultura da soja é de grande
importância utilizar sementes do mais alto vigor, visando obter um estande adequado com
plantas vigorosas.
Sementes de alto vigor têm maiores índices e velocidade de germinação e de
emergência, mesmo em condições de estresse, como por exemplo: quando a semeadura é
realizada com maiores profundidades , quando há compactação superficial ou assoreamento
na linha de semeadura, quando ocorrem ataques de fungos, ou com a ocorrência de baixas
temperaturas por ocasião da semeadura (FRANÇA NETO, 2012).
Plântulas que emergem mais cedo tem vantagens competitiva sobre as que emergem
mais tarde, pois tem melhor aproveitamento de água, luz e nutrientes e o processo
fotossintético das plantas é iniciado mais cedo e de maneira mais eficiente. Plantas vigorosas
apresentam uma taxa de crescimento maior, tendo maior acúmulo de matéria seca e
resultando em plantas com melhor estrutura de produção , ou seja, maior área foliar e melhor
sistema radicular (FRANÇA NETO, 2012).
A figura 3 mostra a produtividade da soja produzida com quatro níveis de vigor onde
são: baixo, médio,alto e muito alto onde a produtividade da soja foi maior no nível de vigor
muito alto com produtividade de 48,2 sc/ha com uma diferença de 4,7 sc/ha, do nível alto,
uma diferença relevante economicamente (FRANÇA NETO, 2012).
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Figura 3 Produtividade (Kg/ha) da soja obtidas com um gradiente de quatro níveis de Vigor. Adaptado de
Pinthus e outros (1979).
Fonte: FRANÇA NETO et al., (2012).
Alguns trabalhos têm indicado efeito direto da qualidade das sementes sobre
rendimento de grãos. Scheeren (2002) observou estreita relação entre o vigor de sementes e a
produtividade, constatando que o aumento na produtividade devido ao uso de sementes de
alto vigor atingiu valores de até 10% na cultura da soja. Kolchisinki (2003), avaliando plantas
individuais de soja, observou a redução em torno de 28% no rendimento de grãos em função
da variação no vigor das sementes.
O vigor é muito importante para que se tenha um estande homogêneo, onde Aranha
(1998), avaliou o comportamento de plântulas dentro de um estande com vigor baixo,
observou que mesmo que se faça compensação do número de sementes para que se iguale o
estande, pode ocorrer, ainda, queda da produtividade.
2.3 Germinação
A germinação é uma seqüência de eventos fisiológicos influenciada por fatores
externos (ambientais) e internos (dormência, inibidores e promotores da germinação) às
sementes. Cada fator pode atuar por si ou em interação com os demais. A semente é um
insumo de grande relevância no processo produtivo e sua qualidade é indispensável à
implantação de lavouras conduzidas tecnicamente (FARIAS et al., 2003).
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Para que uma semente germine, é necessária que o meio forneça água suficiente,
permitindo a ativação das reações químicas relacionadas ao metabolismo e, com isto, a
restituição do processo de desenvolvimento do embrião (SANTOS; VIEIRA, 2009)
Dentre os fatores que regulam o processo germinativo, a presença de hormônios e o
equilíbrio entre estes promotores e inibidores de crescimento possuem papel de grande
importância . Tanto os hormônios naturais, como as substâncias sintéticas que exercem efeitos
semelhantes aos hormônios, são denominadas conjuntamente de reguladores de crescimento
vegetal (RODRIGUES; LEITE, 2004).
O processo fisiológico da germinação inicia-se com a entrada da água na semente, a
embebição e termina com o início do alongamento do eixo embrionário, mais conhecido
como radícula. Para análise de sementes considera-se que a germinação inicia-se na
embebição e termina com a formação da plântula . A água é o fator imprescindível, pois é
com a absorção de água por embebição que se inicia o processo da germinação. Para que isso
aconteça, há a necessidade de que a sementes alcance um nível adequado de hidratação, a qual
permite a reativação dos processos metabólicos (RIBEIRO, 2000).
Sementes de soja são capazes de germinar dias após a antese em media 38 dias.
Evidentemente, essa consideração se refere à protrusão da raiz primária e não à formação de
plântulas normais, pois nessa fase não se completou a histodiferenciação, o acumulo de
reservas ainda é incipiente e, portanto, não há possibilidade de produção de plântulas
vigorosas (MARCOS FILHO, 2005).
Em relação à profundidade de semeadura, Barni et al., (1981) estudaram os efeitos
combinados da profundidade de semeadura, tamanho de semente de soja e densidade de
semeadura sobre estabelecimento da cultura. Concluíram que, em condições de déficit
hídrico, a melhor profundidade de semeadura foi de 7,5 cm, obtendo-se maiores velocidades
de emergência, ressaltando apenas a necessidade de acrescentar cerca de 20% na densidade de
semeadura para não ter perdas de produtividade.
A diferença no tamanho das sementes de uma mesma cultivar pode influenciar na
produtividade da soja quando ocorre estiagem na fase de enchimento de grãos da cultura. Essa
constatação foi obtida a partir de pesquisas conduzidas pela Embrapa Soja durante a safra
2004 / 05.
Para Kryzanowski et al. (1991), existe um efeito benéfico do tamanho da semente na
produtividade da soja. Em condições de estiagem na fase de enchimento de grãos, quanto
maior for a semente, melhor será sua produtividade, esse efeito ocorre porque as sementes
maiores produzem plantas maiores em área foliar e com sistema radicular mais profundo, o
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que faz com que elas sofram um pouco menos com a falta de água. Os resultados dos testes de
vigor (frio e emergência em campo) mostraram que não houve diferença significativa entre as
classes de sementes utilizadas. Desta forma, os resultados indicam que quando a semeadura é
efetuada numa condição de disponibilidade hídrica normal, as sementes têm desempenhos
semelhantes (PIANA, 1994.; CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).
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3 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes da EMBRAPA em
Santo Antonio de Goiás, no período de julho a agosto de 2014.
Foram utilizados cinco cultivares de sementes de soja (Glycine max (L.) Merrill),
NK-7059-RR, AS-3730-IPRO, DESAFIO-RR-8473-RSF, ANTA-82 e BMX-RR-7869-RSF e
três tamanhos de peneiras 5.5, 6.0 e 6.5 para cada lote, com germinação entre relatada 82 a
90%, provenientes do estado de Goiás safra 2013/2014.
As sementes foram analisadas por meio dos testes:
Teste de Germinação em rolo de papel: realizado com quatro repetições de 50
sementes por lote, em rolo de papel Germitest umedecido com quantidade de água
equivalente a 2,5 vezes o peso do substrato, em germinador a 25ºC (Figura 4). A contagem
realizada cinco dias após a semeadura, contabilizando as plântulas normais, anormais e
sementes duras e mortas, (Figura 5) segundo os critérios estabelecidos pelas Regras para
Análise de Sementes (BRASIL, 2009).
Figura 4 Preparo do teste de germinação com quatro repetições de 50 sementes por lote, em rolo de papel
Germitest, umedecido com quantidade de água equivalente a 2,5 vezes o peso do substrato.
22
Figura 5 Contagem realizada cinco dias após a semeadura, contabilizando as plântulas normais, anormais e
sementes duras e mortas.
Teste de Tetrazólio – para esse teste utilizou-se quatro repetições de 50 sementes de
cada lote, que foram pré-condicionadas em papel Germitest umedecido com água destilada na
proporção de 2,5 vezes o seu peso seco e a seguir acondicionas em germinador de sementes
durante 24 horas na temperatura de 25°C (Figura 6). Decorrido este período, as sementes
foram transferidas para copinhos plásticos descartáveis e imersas em solução a 0,1% de sal de
tetrazólio e mantidas durante três a quatro horas no interior de germinador de sementes a
42°C (Figura 7). Após o desenvolvimento da coloração, as sementes foram lavadas em água
corrente, cortadas longitudinalmente e avaliadas (Figura 8) segundo os critérios propostos, por
FRANÇA NETO et al., (1986).
23
Figura 6 Teste de Tetrázolio com 50 sementes de cada lote, que foram pré-condicionadas em papel Germitest
umedecido com água destilada na proporção de 2,5 vezes o seu peso seco, acondicionas em câmara de germinadora durante 24h na temperatura de 25°C.
Figura 7 Sementes sendo transferidas para copinhos plásticos descartáveis e imersas em solução a 0,1% de sal
de tetrazólio e mantidas durante três a quatro horas no interior de germinador de sementes a 42°C
Figura 8 Após o desenvolvimento da coloração, as sementes foram lavadas em água corrente, cortadas
longitudinalmente e avaliadas segundo os critérios propostos.
24
Teste de emergência em campo – a semeadura foi realizada em um canteiro suspenso
com 40% de terra e 60% de areia, utilizando quatro repetições de 50 sementes para cada
tratamento, sendo irrigadas duas vezes ao dia. Na semeadura foram abertos sulcos
longitudinais, com auxílio de sulcador de madeira, com 3 cm de profundidade e espaçamentos
de 4 cm entre si, utilizando-se 50 sementes por sulco inteiramente casualizado (Figura 9).
Foram efetuadas anotações diárias do número de plântulas emergidas até que esse número se
mantivesse constante até o fim do nono dia após a semeadura das sementes (Figura
10).Quando não foi mais observada emergência de novas plântulas, avaliou-se a porcentagem
de plântulas normais conforme a metodologia descrita nas Regras para Análises de Sementes
(BRASIL, 2009).
Figura 9 Canteiro suspenso onde foi realizado a semeadura com 40% de terra e 60% de areia, utilizando quatro
repetições de 50 sementes para cada tratamento, com 3 cm de profundidade e espaçamentos de 4 cm entre si, utilizando-se 50 sementes por sulco inteiramente casualizado.
Figura 10 Canteiro no nono dia de avaliação com todas as plântulas emergidas.
O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, em esquema
fatorial 3 x 5 (tamanho x lote) com quatro repetições, sendo as médias comparadas pelo teste
de Tukey a 5%.
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados apresentados mostram as medias estimativas do potencial fisiológico das
peneiras 5.5, 6.0, 6.5 das cultivar de soja NK-7059-RR, AS-3730-IPRO, DESAFIO-RR-8473-
RSF, ANTA-82 e BMX-RR-7869-RSF em que cada cultivar foi avaliada isoladamente
levando em relação apenas a peneira, avaliados por três testes; germinação, tetrazólio e
emergência das plântulas em campo.
O resultado da Tabela 4 mostra que a peneira 5.5 para a cultivar NK-7059-RR obteve
melhor potencial fisiológico nos testes analisados. As peneiras 6.0 e 6.5 demonstraram ser
vigorosas de acordo com o teste de tetrazólio, e não obtiveram diferenças significativas entre
as três peneiras analisadas. O resultado do teste de germinação e emergência de plântulas em
campo não se difere estatisticamente entre as peneiras 6.0 e 6.5.
Edwards; Hartwig, (1971) avaliou diferentes tamanho de sementes de soja, onde
observou que, sementes pequenas emergem mais rapidamente e com sistema radicular mais
desenvolvido, provavelmente por necessitarem de menor quantidade de água para germinar.
Por outro lado Gilioli (1982) encontrou diferença maior no crescimento inicial das plântulas
com sementes maiores.
Tabela 4 Médias estimadas do potencial fisiológico das sementes de soja NK-7059-RR com peneiras (PN) 5,5; 6,0; 6,5 obtidas pelos testes de Germinação (G), Tetrazólio avaliado o Vigor (V) e Emergência das plântulas em campo (EPC).
Tratamento (PN) G (%) Vigor (%) EPC (%)
5,5 mm 95,5 a 95 a 90,5 a
6,0 mm 83 ab 93,5 a 82,75 b
6,5 mm 80 b 93 a 79,75 b
CV (%) 9.27 4,54 4,62
Médias seguidas de mesma letra, em cada coluna, pertencem a um mesmo grupo de acordo com o critério de Tukey, a 5% de probabilidade.
Os resultados apresentados na Tabela 5 mostram que não ocorreu diferença
significativa quanto ao tamanho das sementes avaliadas em três peneirais para a cultivar AS-
3730-IPRO, tendo apenas uma diferença significativa no teste de germinação onde a peneira
6.5 demonstrou um potencial mais baixo na germinação comparado as outras peneiras.
Martins et al., (1997) verificaram que o tamanho da semente afetou, de forma
consistente, a qualidade fisiológica de sementes de soja, em que a maior peneira obteve os
melhores resultados. Pádua (2010) também avaliou tamanhos diferentes de peneira de soja
26
onde a peneira de maior tamanho (peneira de 7,0 mm) apresentou desempenho superior nos
testes de germinação e vigor.
Tabela 5 Médias estimadas do potencial fisiológico das sementes de soja AS-3730-IPRO com peneiras (PN) 5,5; 6,0; 6,5 obtidas pelos testes de Germinação (G), Tetrazólio avaliado o Vigor (V) e Emergência das plântulas em campo (EPC).
Tratamento (PN) G (%) Vigor (%) EPC (%)
5,5 mm 91,5a 98,5 a 91,5 a
6,0 mm 89,75 a 98 a 90,75 a
6,5 mm 83,25 b 96,5 a 85,25 a
CV (%) 2,58 3,01 4,97
Médias seguidas de mesma letra, em cada coluna, pertencem a um mesmo grupo de acordo com o critério de Tukey, a 5% de probabilidade.
Os dados apresentados na Tabela 6 mostram que a peneira 5,5 e 6,0 da cultivar
DESAFIO-RR-8473-RSF teve os melhores resultados em todos os testes avaliados. A peneira
6,5 obteve menor resultado em todos os testes, que pode ser justificado pelo teste de
Tetrazólio que teve um número significativo de sementes danificadas por dano mecânico e
insetos. Assim não podendo afirmar que foi o seu tamanho que influenciou na redução do seu
potencial fisiológico.
De acordo com dados obtidos por Piccinin et al., (2012), a qualidade sanitária das
sementes também pode influenciar nos resultados de germinação e vigor, avaliavam a
quantidade de patogenos, obtidos em cada sementes classificadas por tamanhos de peneiras,
as maiores apresentaram a maior tendência na porcentagem de patógenos, portanto, obtendo
menor qualidade sanitária.
Piccinin et al., (2012) também avaliavam o potencial fisiológico das sementes
avaliada com teste de germinação e tetrazólio e classificadas por peneiras, e obteve o seguinte
resultado, as peneiras 5,5 mm e 6,5 mm apresentam similaridade no potencial fisiológico das
sementes. Costa et al., (2004) avaliou vigor das sementes de soja com diferentes peneiras e
não encontrou diferença estatística significativa.
27
Tabela 6 Médias estimadas do potencial fisiológico das sementes de soja DESAFIO-RR-8473-RSF com peneiras (PN) 5,5; 6,0; 6,5 obtidas pelos testes de Germinação (G), Tetrazólio avaliado o Vigor (V) e Emergência das plântulas em campo (EPC).
Tratamento (PN) G (%) Vigor (%) EPC (%)
5,5 93,0a 99 a 91,5 a
6,0 85,5 a 98,5 a 87 a
6,5 83 b 87 b 81 b
CV (%) 5,18 2,02 2,96
Médias seguidas de mesma letra, em cada coluna, pertencem a um mesmo grupo de acordo com o critério de Tukey, a 5% de probabilidade.
A cultivar ANTA-82 apresentou resultados semelhantes à DESAFIO-RR-8473-RSF
observados na tabela 7, em que a peneira 5,5 e 6,0 teve os melhores resultados em todos os
testes avaliados. A peneira 6,5 obteve menor resultado em todos os testes, que pode ser
justificado pelo teste de Tetrazólio onde teve um numero significativo de sementes
danificadas por dano mecânico e insetos. Assim não podendo afirmar que foi o seu tamanho
que influenciou na redução do seu potencial fisiológico.
Edwards; Hartwig (1971) avaliavam o tempo de embebição de diferentes tamanhos
de sementes e as sementes de tamanhos menores apresentaram embebição mais rápida do que
as de maior tamanho. Também foi feito teste de germinação e as sementes menores se
sobressaíram.
Comazzoto (2009) analisava a relação do tamanho da semente de soja comparado a
quantidade de vagens por planta onde teve resultado positivos em relação tamanho menores
de peneiras de soja, as sementes pequenas mostrou se superior as outras duas cultivares.
Tabela 7 Médias estimadas do potencial fisiológico das sementes de soja ANTA-82 com
peneiras (PN) 5.5, 6.0, 6.5 obtidas pelos testes de Germinação (G), Tetrazólio
avaliado o Vigor (V) e Emergência das plântulas em campo (EPC).
Tratamento (PN) G (%) Vigor (%) EPC (%)
5.5 94.25 a 95 a 88,5 a
6.0 75.5 b 76 b 74,5 b
6.5 70.75b 73.0 b 71,5 b
CV (%) 6,61 5,19 5,14
Médias seguidas de mesma letra, em cada coluna, pertencem a um mesmo grupo de acordo com o critério de Tukey, a 5% de probabilidade.
Os resultados da Tabela 8 da cultivar BMX-RR-7869-RSF demonstraram que a
peneira 5,5 obteve melhor potencial fisiológico nos testes de germinação e vigor, já no teste
28
de emergência de plântulas em campo não obteve diferença estatística entre as peneiras
analisadas. As peneiras 6,0 e 6,5 demonstraram ser vigorosas de acordo com o teste de
tetrazólio, onde não obtiveram diferenças significativas entre si. O resultado do teste de
germinação não se difere estatisticamente entre as peneiras 6,0 e 6,5.
Foi encontrado resultados semelhantes em sementes de amendoim, onde foram feitos
testes de germinação e vigor em que as sementes menores se destacaram significativamente
das sementes maiores (QUEIROGA et al., 2011). Diferentes dos resultados encontrados em
sementes de cenoura onde Rodo et al., (2001) avaliaram qualidade fisiológica de sementes de
cenoura com diferentes tamanhos e não encontrou diferença significativa entre os tamanhos
das sementes.
Tabela 8 Médias estimadas do potencial fisiológico das sementes de soja BMX-RR-7869-
RSF com peneiras (PN) 5,5; 6,0; 6,5 obtidas pelos testes de Germinação (G),
Tetrazólio avaliado o Vigor (V) e Emergência das plântulas em campo (EPC).
Tratamento (PN) G (%) Vigor (%) EPC (%)
5,5 90,5 a 98,5 a 89 a
6,0 86,0 b 86,5 b 84,5 a
6,5 85,5b 87,5 b 84 a
CV (%) 5,38 2,25 4,24
Médias seguidas de mesma letra, em cada coluna, pertencem a um mesmo grupo de acordo com o critério de Tukey, a 5% de probabilidade.
De acordo com os resultados apresentados não é possível afirmar se o tamanho de
sementes influenciou a geminação e o vigor, pois estes fatores também dependem de outros
fatores extrínsecos, como sanidade das sementes e condições ambientais durante o ciclo da
cultura, colheita e beneficiamento.
Contudo pode-se perceber que a peneira 5,5 de todas cultivares analisadas, obteve
maior potencial fisiológico, e teve melhor resultado em todos testes. E a peneira 6,0 teve
resultado semelhantes em duas cultivares avaliadas AS-3730-IPRO e DESAFIO-RR.
29
5 CONCLUSÕES
A semente classificada na peneira 5,5 em todas as cultivares de soja avaliadas, teve o
melhor resultado em todos os testes analisados, obtendo o melhor potencial fisiológico, e a
peneira 6,0 obteve resultado semelhante apenas para as cultivares AS-3730-IPRO e
DESAFIO-RR.
30
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35
DECLARAÇÃO E AUTORIZAÇÃO
Eu, Marciane Barros Rocha, matricula 201110288, endereço eletrônico
[email protected], declaro, para os devidos fins e sob pena da lei, que o
Trabalho de Conclusão de Curso: Relação entre o tamanho e a qualidade fisiológica das
sementes de soja (glycine max (l.) merrill) é de minha exclusiva autoria.
Autorizo o Centro Universitário de Goiás, Uni - ANHANGUERA a disponibilização
do texto integral deste trabalho na biblioteca (consulta e divulgação pela Internet), estando
vedadas apenas a reprodução parcial ou total, sob pena de ressarcimento dos direitos autorais
e penas cominadas na lei.
________________________________________
Marciane Barros Rocha.
Goiânia (GO), 19 de novembro de 2014
36
RELAÇÃO ENTRE O TAMANHO E A QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS
SEMENTES DE SOJA (Glycine max (L.) Merrill)
ROCHA, Marciane Barros¹; CRISPIM, Bruna Carla²
¹Aluna do curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás – Uni- ANHANGUERA. ² Professora orientadora Bruna Carla Crispim do Curso de Agronomia do Centro Universitário
de Goiás – Uni-ANHANGUERA Em vista da grande importância da cultura da soja (Glycine Max (L.) Merrill), no agronegócio mundial, ela tem sido alvo de inúmeras pesquisas no campo agronômico. As sementes assumem relevante papel na implantação e produtividade das lavouras, e a comparação da existência de alguma diferença em relação ao potencial fisiológico quanto ao tamanho das sementes é relevante. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os tamanhos de diferentes peneiras de sementes de soja com a qualidade fisiológica, em cultivares isoladas de soja. Os testes utilizados foram: germinação, tetrazólio e emergência das plântulas em campo. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Análise de Sementes da EMBRAPA Arroz e Feijão, em Santo Antonio de Goiás, no período de julho a agosto de 2014. Foram utilizados cinco cultivares de sementes de soja (Glycine Max (L.) Merrill), NK-7059-RR, AS-3730-IPRO, DESAFIO-RR-8473-RSF, ANTA-82 e BMX-RR-7869-RSF e três tamanhos de peneiras 5.5, 6.0 e 6.5 para cada lote, com germinação relatada entre 82 a 90%, provenientes do estado de Goiás safra 2013/2014 . O delineamento foi inteiramente casualizado ao acaso com quatro repetições de 50 sementes para cada teste avaliado. Como resultado observou-se que as sementes correspondentes a peneira 5.5 foi a que teve maior potencial fisiológico entre todas as outras analisadas. Não pode afirmar que o tamanho da semente influenciou sobre a germinação e vigor , pois estes fatores depende também da sanidade das sementes avaliadas e condições ambientais durante a fase de produção, colheita e beneficiamento entre outras.
PALAVRAS CHAVE: Vigor. Germinação. Tamanho de sementes.