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Uni-ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS
CURSO DE AGRONOMIA
CARACTERÍSTICAS FITOTÉCNICAS NA DEFINIÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA EM GOIÁS
THIAGO ALVES DA SILVA
GOIÂNIA
Novembro/2014
THIAGO ALVES DA SILVA
CARACTERÍSTICAS FITOTÉCNICAS NA DEFINIÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA EM GOIÁS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Prof.ª Dra Cristiane Regina Bueno Aguirre Ramos, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Agronomia.
GOIÂNIA
Novembro/2014
Dedico este trabalho a minha mãe
Marilda Auxiliadora da Silva, por
sempre estar comigo nos momentos
mais decisivos da minha vida e por
sempre me colocar no caminho certo nas
tomadas de decisões que envolvem
minha formação acadêmica e pessoal.
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pois
ele que me permitiu viver uma vida acadêmica no
Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA
pela minha saúde e lucidez, pelas pessoas que
conheci e que me agregaram conhecimento social e
profissional.
A minha família que sempre me motivou e
incentivou a querer o melhor, e me proporcionou a
adquirir um
curso com formação acadêmica, em modo
especial minha mãe, o meu maior exemplo como
pessoa.
Ao Centro Universitário de Goiás, Uni-
ANHANGUERA, em especial à coordenação do
curso de Agronomia e a todos os professores e
colaboradores que possibilitaram a realização do
meu curso de Graduação em Agronomia.
À professora Cristiane Regina Bueno
Aguirre Ramos e Leandra Regina Semensato por me
auxiliarem na elaboração desse trabalho.
À todos ,os meus sinceros agradecimentos.
"Você está onde se põe. É a lei da vida.
Se você se colocar em um lugar melhor,
sua vida mudará e coisas boas
começarão a acontecer. A escolha está
em suas mãos."
Zíbia Gasparetto
RESUMO
A produtividade de soja esta relacionada diretamente com técnicas de manejo, isto é, pelo fato de soja ter estrutura plástica e capacidade fisiológica de modificar sua arquitetura de acordo com população por hectare, é fundamental dimensionar a lavoura com populações que vão variar de 200 a 500 mil plantas/ha, saber épocas de plantio, hábito de crescimento das mais diversas culturas do mercado para não proporcionar o acamamento que reduz drasticamente a produtividade, espaçamento convencional que vai de 40 a 50 cm e espaçamento reduzido que vai de 20 a 30 cm, também é necessário saber sobre os grupos de maturação para se avaliar o período de dias que a cultivar vai se desenvolver e saber indicar cultivares para cada região, onde se tem grupos com as menores escalas no país é o sul e os de maiores são no norte, no Brasil essa escala varia de 4.0 a 9.5, outro fator estudado foi a competição com plantas daninhas, populações com numero de plantas mais baixas sofrem um pouco com plantas invasoras e também a perda de produtividade por este fator, e por ultimo a incidência de doença é mais acentuada nas populações mais elevadas, pois cria-se um micro clima favorável principalmente para o desenvolvimento de fungos. PALAVRAS-CHAVE: Acamamento. Daninhas. Fisiológica. Grupos de maturação. Produtividade.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
8
2 REFERENCIAL TEÓRICO 9
2.1 Importância da cultura 9
2.2 Importância em Goiás 10
2.3 Semeadura 11
2.4 Espaçamentos 12
2.5 Competições com plantas invasoras 14
2.6 Doenças 16
2.7 Grupos de maturação 18
2.8 Hábitos de crescimento 20
2.9 Acamamento de plantas
21
3 Cultivares e cenário atual em Goiás 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS
27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
28
DECLARAÇÃO E AUTORIZAÇÃO
8
1 INTRODUÇÃO
A soja é uma planta herbácea, incluída na classe Dicotyledoneae, ordem Rosales,
família Leguminosae, subfamília das Papilionoideae, gênero Glycine L. e espécie Glycine
max (L) Merrill, de origem asiática. É um produto de grande importância para a economia
brasileira e também de outros países, movimentando milhões de dólares (SIEBEN;
AUGUSTO, 2006, p.72).
Foi introduzida no Brasil no início do século XX, mas seu impulso maior
aconteceu em meados dos anos 70, em razão da grande quebra de safra da Rússia e a
incapacidade dos Estados Unidos suprirem a demanda mundial. (ROBERTO, 2006, p. 9).
Segundo Roberto (2006, p. 9), soja é muito utilizada para extração de óleo vegetal
e de seu subproduto, o farelo, porém povos orientais conhecem bem melhor o grão e sua
utilidade, com novas formas de utilização, como produção de leite, sobremesas de soja,
iogurte, sorvete e molho de soja.
A soja vem se destacando pela facilidade de comercialização e bom preço pago ao
produtor, apresentando crescimento na produção de 10,5% ou 8,53 milhões de toneladas na
safra 2013/14 (CONAB, 2014).
Segundo a Conab (2014, p. 7), a área plantada de soja teve um aumento de
1.716,5 ha em relação a safra de 2012/13 para a de 2013/14, este aumento prova que os
produtores estão sendo estimulados a cultura.
Para uma boa produtividade deve ser avaliada qual a melhor densidade de plantas
por hectare de acordo com a variedade utilizada, bem como considerar a melhor época de
semeadura, clima da região, características das cultivares e qualidade da semente
(EMBRAPA, 2014, p. 145).
Segundo Embrapa (2014), a altura da planta, o fechamento das entrelinhas e o
acamamento são influenciados pelos fatores que condicionam o crescimento das plantas,
ou seja, local (clima), ano, época de semeadura, cultivar e fertilizante do solo, definindo a
resposta da soja à variação na população.
O trabalho apresenta pontos de dimensionamento de população e manejo na
cultura de soja que são fundamentais no dimensionamento de populações, exemplificando,
semeadura, acamamento, competições com plantas invasoras, doença, grupos de
maturação, hábito de crescimento e espaçamento adequado para populações
9
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Importância da cultura
O Brasil ocupa lugar de destaque nas exportações mundiais de soja, os três
principais players mundiais são: Estados Unidos, Brasil e Argentina, respectivamente .Em
2013, ultrapassou os Estados Unidos em 6 milhões de toneladas. Neste ano, mesmo com a
retomada dos embarques norte-americanos, devem manter vantagem de pelo menos 1,5
milhão (t). Para isso, basta que o Brasil mantenha embarque de 3,5 milhões de toneladas ao
mês até dezembro, volume que corresponde a 43% do embarcado em abril, quando
deixaram o país recordes 8,2 milhões de toneladas (185 navios) (CONAB, 2014).
O país passou por um processo de incremento da produtividade pela utilização de
tecnologias mais avançadas, fazendo com que o setor alcançasse um maior crescimento e
dinamismo. A competitividade no mercado mundial e, consequentemente, os resultados
obtidos são desdobramentos do desenvolvimento de pesquisas e tecnologias inovadoras
que geram bons resultados, do ponto de vista financeiro, aos produtores (SANCHES;
MICHELLON; ROESSING, 2005).
A imagem mostra o principal resultado de uma trajetória crescente de aumento da
produtividade. A geração de tecnologias contribuiu de forma eficiente para que o Brasil
aumentasse sua produção de soja, passando a ser um dos líderes entre os maiores
produtores de soja do mundo (CONAB, 2010).
10
Figura 1. Crescimento da produção brasileira de soja entre 1976 a 2008.
Fonte: CONAB (2010).
2.2 Importância da cultura em Goiás
O potencial que o Brasil ainda tem para expandir-se é grande ,essa expansão da área cultivada poderá ocorrer sem a substituição de outras culturas e sem necessidade de realizar novos desmatamentos. O Brasil dispõe de dezenas de milhões de hectares de terras aptas e disponíveis para a produção de soja, apenas aproveitando as já desmatadas e, atualmente, sub utilizadas com pastagens degradadas, como é o caso o estado de Goiás que apresenta em sua maioria de áreas formadas, áreas de pastagens degradadas, (VIEIRA, 2002).
Segundo SANTOS (1998), A sojicultura goiana foi alicerçada em tecnologia brasileira gerada e adaptada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Goiás. Seu crescimento deu- se por meio de modernas técnicas agronômicas com preparo do solo, tecnologia de calagem, plantio e tratos culturais realizados mecanicamente. Aspectos edafo-climáticos favoráveis, topografia plana, chuvas regulares, altas temperaturas e profundidade dos solos. Estes fatores, associados a tecnologias regionais específicas, têm desencadeado um substancial aumento de produtividade em áreas não-tradicionais; isto é, fora da Região Sul.
A soja é, atualmente, cultivada em várias regiões do território goiano. Essa cultura desenvolveu-se inicialmente com a expansão da área cultivada e, posteriormente, com a elevação da produtividade. Atualmente, os municípios maiores produtores de soja em Goiás são: Rio Verde, Jataí, Chapadão do Céu e Montividiu, localizados na Região Sudoeste do estado; Quirinópolis e Bom Jesus, na Região do Rio dos Bois; Catalão e Ipameri, na Região Sudeste; Goiatuba, na Região do Meia Ponte e Cristalina, na Região do Entorno de Brasília, (VIEIRA, 2002).
11
2.3 Semeadura
Segundo Embrapa (2004), um ponto fundamental para uma boa produtividade é a
época ideal de semeadura, devendo haver adequada umidade e aeração do solo e a
semeadura deve propiciar o melhor contato possível entre solo e semente. Semeadura em
solo, com insuficiência hídrica, ou "no pó", prejudica o processo de germinação, podendo
torná-lo mais lento, expondo as sementes às pragas e aos microrganismos do solo,
reduzindo a chance de obtenção da população de plantas desejada. Em caso de semeadura
nessas condições, o tratamento de sementes com fungicidas pode prolongar a capacidade
de germinação das mesmas, pois este preserva melhor o embrião responsável pela
germinação, até que ocorra condição favorável de umidade no solo.
As condições de umidade do solo durante e depois do plantio são os fatores
principais para a plantabilidade e o estabelecimento do bom stand na lavoura. Se as
condições de umidade do solo estão adequadas, o plantio deve ser iniciado. Se o solo
estiver demasiadamente seco e compactado, deve-se evitar o início, pois nessas condições
a emergência não ocorre de forma adequada e o stand pode ficar muito baixo. Muitas vezes
isso gera a necessidade de fazer o replantio. Semeaduras tardias tendem a reduzir o
rendimento devido à diminuição do ciclo e do inadequado crescimento vegetativo em
função do florescimento precoce e da ineficiência na utilização dos recursos ambientais
disponíveis, como radiação e temperatura (BONATO et al., 1998).
A temperatura média do solo, adequada para semeadura da soja, vai de 20 graus a
30 graus , sendo 25 graus a ideal para uma emergência rápida e uniforme. Semeadura em
solo com temperatura média inferior a 18 graus pode resultar em drástica redução nos
índices de germinação e de emergência, além de tornar mais lento esse processo. Isso pode
ocorrer em semeaduras anteriores à época indicada em cada região. Temperaturas acima de
40 graus , também, podem ser prejudiciais para germinação (EMBRAPA, 2014).
Como essa é uma espécie termo e fotossensível, ela responde muito em
crescimento através da fotossíntese, está sujeita a alterações fisiológicas e morfológicas,
quando as suas exigências, nesse sentido, não são satisfeitas. Na maioria dos casos,
semeaduras de final de dezembro e de janeiro podem ocasionar reduções de rendimento de
até 50%, em relação a novembro. De janeiro em diante as perdas podem ser ainda maiores.
Para viabilizar a sucessão de culturas, recomenda-se a utilização de cultivares precoces
(EMBRAPA, 2004).
12
A planta responde muito a incidência de sol, altura das plantas está, também,
relacionada com a população de plantas, com a cultivar utilizada e com a fertilidade do
solo. Na região Centro-Oeste, de modo geral, o período preferencial para a semeadura de
soja vai de 20 de outubro e 10 de dezembro. Entretanto, é no mês de novembro que se
obtém as maiores produtividades e altura de planta adequada. Em áreas bem fertilizadas e
com alta tecnologia, pode-se conseguir boa produção em semeaduras realizadas até 20 de
dezembro. Nas áreas mais ao norte, as melhores produções são obtidas em semeaduras de
novembro e dezembro. Para semeaduras de dezembro, recomenda-se evitar o uso de
cultivares tardias o precoces, dando preferência a cultivares de ciclo médio ou semitardio
de porte alto (SUZUKI et al., 2005).
2.4 Espaçamentos
Estudos sobre população de soja são muito frequentes, pois essa é uma técnica de
manejo que sempre requer novos estudos, pois à medida que novas cultivares são lançadas
no mercado, essas necessidades de estudos para populações e espaçamento surgem, pois
existem cultivares que aumentam o rendimento com o aumento de população de plantas,
outras que mantém o rendimento estável e algumas que reduzem seu rendimento com o
aumento da população, o trabalho mostra resultados de rendimentos com dois
espaçamentos e três populações da cultivar BRS 137 (Tabela 1) (DUTRAS et al., 2007).
Tabela 1. Rendimento de grãos e características agronômicas de soja BRS 137 sobre
arranjos de plantas diferentes.
Fonte: DUTRAS et al., ( 2007).
13
Segundo Embrapa (2014), no Brasil há um número muito grande de cultivares no
mercado, isto proporciona grandes opções ao produtor, cultivares estas que podem ter
populações de 200 a 500 mil plantas/há. Até a década de 80 era comum cultivar soja com
400 mil plantas por hectares ou até mais, a maior quantidade de plantas visava garantir
maior competição entre plantas, para aumentar a altura e sombreamento no solo em menos
tempo, pois essa técnica visava o controle de plantas daninhas. Com o advento dos
herbicidas de pós-emergência, essa razão perdeu importância.
Uma classificação de cultivares pode ser em relação a sua plasticidade, sendo ela
pouco plástica, não plástica e plástica. Os genótipos que quando submetidos às diferentes
densidades de semeadura e espaçamento entre linhas não apresentam variações em relação
ao rendimento de grãos são cultivares plásticas, já cultivares que responde a um dos
fatores de espaçamento entre linhas ou entre plantas são consideradas pouco plásticas e a
que varia nos dois fatores não apresentam plasticidade (ZABOT, 2009).
Dutra et al., (2007), em levantamento de dados sobre população de plantas em
soja, observou que o efeito do genótipo influencia diretamente na resposta a diferentes
populações, genótipos estes determinam ciclo e hábito de crescimento. Espaçamento
adequado depende do grupo de maturação de cada cultivar, tendo em media para
populações de plantas superprecoces uma quantidade de planta variando de 350 a 500 mil
plantas/ha, isto é possível pois são plantas de porte menor, proporcionando um maior
adensamento, em cultivares precoces a população vai variar em torno de 350 a 420 mil
plantas/ha, em plantas de ciclo médio vai de 300 a 380 mil plantas/ha, em semitardio,de
240 a 280 mil plantas/há, e por último o grupo tardio de 220 a 280 mil plantas/ha.
Segundo Embrapa (2004), é fundamental saber o espaçamento entre as linhas de
plantio, este fator pode aumentar as plantas/ha ou diminuir envolvendo diversos fatores,
maior aeração, melhor espaçamento espacial da planta, melhor formação e arquitetura da
planta. Podemos classificar esses espaçamentos em dois, sendo convencional e reduzido. O
convencional contém medidas que vão de 40 a 50cm e o reduzido não muito usado vai de
20 a 30 cm, existindo algumas restrições para espaçamento reduzido, pois a maquina de
semeadura para essa técnica é muito difícil de ser encontrada, fato este que leva o
espaçamento convencional a ser o mais usual pelo produtor (figura 2 e 3).
14
Figura 2. Espaçamento com 50 cm nas entrelinhas (convencional).
Fonte: EMBRAPA (2004).
Figura 3. Espaçamento com 30 cm nas entrelinhas (reduzido).
Fonte: EMBRAPA (2004).
2.5 Competições com plantas invasoras
Segundo Embrapa (2004), as plantas daninhas, constituem grande problema para a
cultura da soja , com isto a necessidade de controlá-las. Conforme a espécie, a densidade e
a distribuição da invasora na lavoura, as perdas são significativas. A invasora prejudica a
cultura, porque com ela compete pela luz solar, pela água e pelos nutrientes, podendo, a
depender do nível de infestação e da espécie, dificultar a operação de colheita e
comprometer a qualidade do grão. Com isso são necessárias praticas de manejo que
envolvem dimensionamento de populações de acordo com a região, cultivar, ciclo , hábito
de crescimento, espaçamento linear e espaçamento entrelinhas, propiciando o
desenvolvimento da soja, em detrimento ao da planta daninha.
15
Em densidades maiores de plantas daninhas, o maior problema ocorre no período
de pós-emergência, no fechamento das entre linhas ocorre uma diminuição de plantas
invasoras em função do sombreamento, sendo assim acontece um controle cultural.
Entretanto, um grande problema que acontece no período de pós-emergência é a
competição intra-específica, pois muitas plantas invasoras se desenvolvem muito rápido
em relação a cultura de soja, ocorrendo um "sufocamento" suprimindo a germinação e
desenvolvimento (SILVA et al., 2008).
Uma população de soja que possui um nível de infestação alto de plantas
daninhas, possuí vários problemas pois também é grande o acumulo de matéria seca da
mesma, pode apresentar uma relação inversamente proporcional na cultura de soja,
interferindo em vários parâmetros como, crescimento da soja, incremento de altura de
planta, número de trifólios e acúmulo de massa seca ao longo do ciclo. Isso compromete a
produtividade em termos culturais e econômicos, nas figuradas do trabalho nota-se que
quanto maior a incidência de fedegoso e corda de viola menor será a produtividade (Figura
4 e 5) (MESCHEDE et al., 2004).
Figura 4: Cultivar EMBRAPA-62 em competição com fedegoso. Fonte: MESCHEDE et al.,(2004).
16
Figura 5. Cultivar EMBRAPA-62 em competição com Corda-de-viola Fonte: MESCHEDE et al., (2004).
2.6 Doenças
Entre os principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos em soja
estão as doenças. Aproximadamente 40 doenças causadas por fungos, bactérias,
nematoides e vírus já foram identificadas no Brasil. A importância econômica de cada
doença varia de ano para ano e para cada região, dependendo das variações de
espaçamento, cultivares, foco e condições climáticas de cada safra. As perdas anuais de
produção por doenças são estimadas em cerca de 15% a 20%, entretanto, algumas doenças
podem ocasionar perdas de até 100% (EMBRAPA, 2014).
O manejo de soja deve ser realizado através da adoção de medidas que visam à
redução da taxa de progresso de doenças, este é o ponto onde entra o manejo e o
planejamento de safra. Essas medidas podem abranger, na utilização de sementes de
qualidade e tratadas, rotação com culturas não hospedeiras das doenças frequentes da
região, escolha de cultivar com arquitetura de plantas que favoreça uma boa aeração entre
plantas, e, principalmente dimensionar populações de plantas com espaçamentos
17
adequadas que não proporcionem um microclima que favoreça o aparecimento e
desenvolvimento de doenças (MEYER et al., 2014).
Acredita-se que com a diminuição da densidade, ou espaçamento de plantas,
haverá maior cobertura foliar de defensivos na hora do controle químico, obtendo-se assim,
maior proteção da parte inferior do dossel, onde , o acesso de defensivos é difícil,
principalmente à medida que as plantas crescem, as incidências são mais numerosas na
base e nas nervuras dos folíolos nas folhas baixeiras, por serem áreas com maior umidade
relativa do ar e por haver microclima favorável à maioria das doenças de soja (PEREIRA
et al., 2005).
Do ponto de vista da eficácia de controle, há notável dificuldade de proteção
química em todo o dossel da planta, principalmente dos terços médio e inferior devido ao
adensamento de plantas. Com a penetração e cobertura de gotas prejudicadas, o ingrediente
ativo não consegue atingir o alvo em quantidade e qualidade adequadas, reduzindo o
residual de controle, obrigando a uma nova aplicação e, consequentemente, encurtando o
intervalo entre aplicações (NAVARINI, 2008).
O sombreamento precoce das folhas do terço médio e, principalmente, inferior da
planta, causado pelo estreitamento das entrelinhas, pode acelerar a senescência de folhas,
prejudicando o potencial produtivo da cultura. Esse sombreamento reduz a fixação de
flores e consequentemente legumes no perfil da planta (MADALOSSO ,2007).
De maneira geral, as doenças estão intimamente ligadas às condições climáticas e
manejo da cultura por espaçamento, ou seja, temperatura e umidade (molhamento foliar).
As doenças de final de ciclo se manifestam com maior intensidade quando a temperatura
varia ente 22 e 30ºC e quando as chuvas são frequentes e acima da normal. A não
ocorrência das condições climáticas requeridas pode desfavorecer o aparecimento das
doenças, assim o manejo pode ser fundamental para não causar o microclima favorável a
determinada doença (REIS et al., 2004).
2.7 Grupos de maturação
Segundo Gilioli (1995) existe uma boa diversidade de ciclo na cultura de soja,
sendo assim , as cultivares disponíveis no mercado brasileiro tem ciclos entre 90 e 160
dias, sendo diferenciada em dois períodos, estádio vegetativo e reprodutivo. São
classificadas por grupos de maturação como superprecoce, precoce, semiprecoce, médio,
18
semitardio e tardio, envolvendo uma grande diferença entre elas e suas técnicas de plantio
por região. Existe uma escala que vai de 0 a 10 que determina o grupo de maturação da
cultivar, esta escala altera fatores fisiológicos como a altura da planta depende da interação
da região e do meio, sendo o principal indicador a linha do Equador, que influencia
diretamente na quantidade de luz por dia de cada região, isto é, cada cultivar possui um
ciclo em determinada região, quando se retira essa planta de seu local para outro ela altera
o seu ciclo em função da quantidade de luz por dia (Figura 7).
Figura 7. Grupo de maturação por regiões. Fonte: AGROESTE (2014).
O plantio de diferentes cultivares é determinado por regiões distintas, além das
necessidades hídricas e térmicas, de sua exigência a luz solar diária (fotoperíodo), este
fator de fotoperíodo é característica variável de cada cultivar, ou seja, cada cultivar possui
seu fotoperíodo crítico, acima do qual o florescimento é atrasado, por isso, a soja é
considerada planta de dias curtos. Em função dessa característica, em regiões ou épocas de
fotoperíodo mais curto, durante a fase vegetativa da planta, ela tende a induzir o
florescimento precoce, e apresentar consecutiva queda de produção. A faixa de
adaptabilidade de cada cultivar pode variar quando se desloca em direção ao norte ou ao
19
sul. Cultivares que apresentam um período juvenil longo possuem adaptabilidade mais
ampla, pois este fator influencia a planta ao um maior ou menor estádio vegetativo
possibilitando sua exploração em mais latitudes e épocas de semeadura (GILIOLI 1995).
2.8 Hábitos de crescimento
Os genótipos apresentam comportamento diferenciado nos mais diversos
ambientes de cultivo, trazendo assim, a necessidade de estudos investigativos sobre
adaptação objetivando a maximização da produção. As cultivares de soja podem apresentar
três tipos de crescimento, determinado, indeterminado e semi - determinado, ao qual
influencia no dimensionamento de plantas pois está relacionado ao tamanho, produtividade
e dias de desenvolvimento no campo (DIAS et al., 2010).
Segundo Embrapa (2009), um importante fator a ser avaliado sobre os hábitos de
crescimento é a temperatura, como a planta de soja geralmente apresenta maiores numero
de cultivares de dias curtos é fundamental saber as características de cada região e do
crescimento da cultivar, pois dias que possuem maior ou menor incidência de luz podem
afetar no estádio vegetativo, atrasando ou acelerando o ciclo e modificando o seu tipo de
crescimento comprometendo a produtividade.
A grande maioria das cultivares brasileiras de soja apresenta tipo determinado,ou
seja: após o início do florescimento, a planta cresce pouco e não mais ramifica, o
florescimento ocorre praticamente ao mesmo tempo, em toda a extensão da planta,
desenvolve vagens e grãos no topo e na base da planta, praticamente ao mesmo tempo, as
folhas do topo da planta são praticamente iguais às demais em tamanho, e apresenta um
racemo longo e com muitas vagens no nó terminal (DIAS et al., 2010).
Algumas cultivares brasileiras apresentam tipo indeterminado. Nas cultivares tipo
indeterminado : até o início do florescimento, apenas cerca de metade da estatura final das
plantas é atingida, portanto, após esse estádio, a planta ainda apresenta grande crescimento
(produção de nós no caule principal), podendo dobrar sua estatura até a maturação. O
florescimento ocorre de baixo para cima na planta. Assim, pode-se ter vagens bem
desenvolvidas na base e, ao mesmo tempo, flores no topo da planta. As vagens e os grãos
da metade inferior das plantas são mais adiantados do que os de cima. As plantas crescem
e se ramificam, mesmo durante o florescimento, a formação das vagens e o enchimento dos
grãos. Existe, ainda, cultivares de soja de tipo de crescimento semi - determinado, isto é,
20
apresentam atributos tanto do tipo determinado como do indeterminado (DIAS et al.,
2010).
2.9 Acamamento de plantas
O crescimento, desenvolvimento e rendimento da soja resultam da interação entre
o potencial genético de determinado cultivar com o ambiente. Em condições de campo a
natureza proporciona a maior parte das influências ambientais sobre o desenvolvimento
como , relevo, umidade e incidência de luz, entretanto os produtores, buscam cultivares
que se ajuste melhor com as suas condições climáticas da região (SUZUKI et al., 2005).
Segundo Sediyama et al. (1999), as plantas altas ou com caule muito fino tendem
ao acamamento com maior facilidade. Portanto, os maiores níveis de acamamento ocorrem
nas cultivares que apresentam as maiores alturas, (Figura 8).
Figura 8. Altura final de plantas de soja em função da densidade de semeadura.
Fonte: SEDIYAMA et al., (1999).
21
Um fator muito importante é a competição intraespecífica das plantas de soja
pelos fatores do ambiente, especialmente luz, levando a maior ou menor número de
ramificações, ou seja, em maiores densidades de plantas, devido ao número excessivo de
plantas na linha, ocorre menor disponibilidade de fotoassimilados para o crescimento
vegetativo das plantas na forma de ramificações, isto faz com que a planta direcione a
maior parte desses fotoassimilados para o crescimento do ramo principal aumentando a
altura da planta causando um efeito de estiolamento, diminuindo a emissão de ramificações
laterais (MARTINS et al., 1999).
Segundo Balbinot (2011), temos o acamamento de plantas, que se constitui na
queda ou arqueamento das plantas em virtude da flexão da haste e/ou má ancoragem
propiciada pelas raízes pela competição de nutrientes entre as plantas no mesmo espaço,
isto é favorecido pela densidade de plantas por metro linear, pois densidades mais baixas
de soja proporcionam um maior engalhamento com maior numero de vagens e de
ramificações. Populações mais baixas também apresentam plantas com um porte menor até
a vagem de inserção, pois não necessitam crescer tanto em busca de luz, isto é populações
mais elevadas tendem a crescer mais o caule em busca de luz, com isso gasta a energia que
iria para ramificações e formações de vagens diminuindo a produtividade e
proporcionando o acamamento.
Existe uma escala para determinar o acamamento de plantas, obtido através de
observações visuais na fase próxima à maturação fisiológica, estádio R7.1, utilizando-se a
seguinte escala de notas: 0: sem acamamento; 1: até 5%; 2: 5 a 25%; 3: 25 a 50%; 4: 50 a
75%; 5: 75 a 100% de plantas acamadas, o trabalho realizado mostra a resposta de duas
cultivares sobre dois espaçamentos, sendo um 24 cm e 48 cm entre linhas (Figura 9) (ARF
et al., 2001).
22
Figura 9. Dimensionamento de duas cultivares sobre o fator de acamamento.
Fonte: ARF et al., (2001).
Segundo Embrapa (2014), além de tais fatores que foram mencionados é válido
lembrar também que a escolha da cultivar torna-se de extrema importância, visto que
algumas cultivares apresenta maior tendência ao acamamento quando comparadas a outras,
assim como o próprio hábito de crescimento da cultivar. Mesmo com a escolha da cultivar
com certa tolerância ao acamamento, a área também pode apresentar problemas , o
acamamento pode ocasionar perdas no rendimento devido ao aumento das perdas na
colheita ou ao uso ineficiente da luz pelas plantas, a soja é uma espécie que apresenta uma
grande plasticidade quanto à resposta de arranjo espacial de plantas, variando o numero de
ramificações e de vagens por planta e o diâmetro do caule, de forma inversamente
proporcional à variação na população de plantas (Figura 10).
23
Figura 10. Cultivar BRS 6959RR¹ com populações de 200, 400, 600 e 800 mil plantas
por hectare.
2.10 Cultivares e cenário atual em Goiás
O estado de Goiás apresenta condições de clima e relevo muito propicio a agricultura, fator que fez com que muitas empresas sementeiras investissem na região, desenvolvendo cultivares com inúmeros benefícios (VIEIRA, 2002). A partir daí os pacotes tecnológicos só aumentaram, foram lançados produtos transgênicos com resistência a herbicidas e lagartas, estes fatores tendem a agregar tecnologia e benefícios aos produtores. Outro fator de grande importância são os grupos de maturação, os quais para um maior desempenho produtivo para o estado de Goiás devem ficar entre 6.0 a 8.0.
A Monsanto e Aventis iniciaram suas atividades na região do sudoeste de Goiás no final da década de 90, e a Monsanto é dona das principais tecnologias em sementes de soja do mundo (SANTOS,1998). Hoje as principais sementeiras no estado são Nideira, Pioneer, Agroeste (Monsanto), Monsoy e EMBRAPA, possuem em destaque as variedades referentes a figura 11.
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FIGURA 11 : Características de cultivares cultivadas em Goiás
Com todas essas tecnologias para o cerrado, Goiás ultrapassou Rio Grande do Sul e ficou na terceira colocação do ranking nacional da soja, perdendo para Paraná e Mato Grosso que colheu 33,2% da produção. A maior área plantada com a oleaginosa 13.909,4 mil hectares, ocorreu na Região Centro-Oeste, apresentando nesta temporada, um incremento de 8,9% sobre o exercício anterior, gerando uma produção de 41.800,5 mil toneladas. A continuidade desse incremento regional no entanto, apresenta um certo nível de incerteza. Apesar dos preços internos terem apresentado elevação nos últimos anos, compensando a maior parte dos aumentos nos custos, o comportamento desses preços a partir do segundo semestre deste ano, já provoca o receio de que essa tendência não se reproduza (Figura 12) (CONAB 2014).
Figura 12: Produção de soja por região Fonte: CONAB (2014)
O sistema de safrinha vem crescendo no Centro-oeste brasileiro, tanto que é usado
em 30% da área disponível para cultivo agrícola, em Goiás. As cultivares super precoces e
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precoces podem ser, portanto, uma importante ferramenta para viabilizar o manejo da
segunda safra. As cultivares super precoces e precoces se forem semeada em outubro,
logo no mês de janeiro a área já estará desocupada, o que possibilita a semeadura da
segunda safra mais cedo, essas cultivares conseguem minimizar as perdas com o veranico
. Este ciclo curto, inclusive, abre uma nova oportunidade para a região de Goiás que vem
se desenvolvendo tecnicamente e aumentando as taxas de produtividade graças as
tecnologias existentes para a região (EMBRAPA 2014).
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho apresentou pontos fundamentais para uma boa produção de soja, pois o
país apresenta elevação no preço de insumos e diminuição no preço da saca no mercado,
tudo isso em função de uma crise mundial que vai além do setor agrícola, isto faz com que
o produtor tenha que manter um alto nível tecnológico em sua lavoura.
Com isso podemos afirmar que na semeadura o produtor tem que avaliar a
plantabilidade do solo e temperatura de 20 a 30 graus sendo 25 graus o ideal, no
espaçamento sempre observar o recomendado por hectares e o espaçamento entre linhas,
na competição com plantas invasoras sempre que possível fazer controle cultura por
sombreamento, doenças, são o principal fator limitante, deve-se buscar plantas resistentes e
não proporcionar microclima favorável, no grupo de maturação é sempre necessário saber a
cultivar produtiva da região para obter altos índices de produtividade, o hábito de
crescimento é fundamental para dimensionamento em função da arquitetura da planta e o
acamamento deve ser evitado pois diminui a eficiência da planta e da colheitadeira.
Assim, cada vez mais, a produção agrícola necessitará de um insumo, sem o qual a permanência no setor produtivo estará fadada ao fracasso. Esse insumo, sob o ponto de vista mais global, chama-se “informação” e sob o ponto de vista mais específico, dentro do setor produtivo, “tecnologia”.
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DECLARAÇÃO E AUTORIZAÇÃO
Eu, Thiago Alves da Silva, portador da Carteira de Identidade nº 0003.099.496 emitida pelo Departamento Geral da Polícia Civil, inscrito no CPF sob nº 033.798.911-77, residente e domiciliada na (Rua Benedito Costa e Silva,QD 18 LT.21 Jardim Balneario, Goiânia-GO), telefone (6282697153), endereço eletrônico [email protected], declaro, para os devidos fins e sob pena da lei, que o Trabalho de Conclusão de Curso: (CARACTERÍSTICAS FITOTÉCNICAS NA DEFINIÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA EM GOIÁS) é de minha exclusiva autoria.
Autorizo o Centro Universitário de Goiás, Uni - ANHANGUERA a
disponibilização do texto integral deste trabalho na biblioteca (consulta e divulgação pela
Internet), estando vedadas apenas a reprodução parcial ou total, sob pena de ressarcimento
dos direitos autorais e penas cominadas na lei.
Goiânia (GO), 24 de Novembro de 2014
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CARACTERÍSTICAS FITOTÉCNICAS NA DEFINIÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA EM GOIÁS
SILVA, Thiago Alves da¹; RAMOS, Cristiane Regina Bueno Aguirre ²
¹Aluno do curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás – Uni- ANHANGUERA.
² Professora orientadora Dra. Cristiane Regina Bueno Aguirre Ramos do Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHANGUERA.
A produtividade de soja esta relacionada diretamente com técnicas de manejo, isto é, pelo fato de soja ter estrutura plástica e capacidade fisiológica de modificar sua arquitetura de acordo com população por hectare, é fundamental dimensionar a lavoura com populações que vão variar de 200 a 500 mil plantas/ha, saber épocas de plantio, hábito de crescimento das mais diversas culturas do mercado para não proporcionar o acamamento que reduz drasticamente a produtividade, espaçamento convencional que vai de 40 a 50 cm e espaçamento reduzido que vai de 20 a 30 cm, também é necessário saber sobre os grupos de maturação para se avaliar o período de dias que a cultivar vai se desenvolver e saber indicar cultivares para cada região, onde se tem grupos com as menores escalas no país é o sul e os de maiores são no norte, no Brasil essa escala varia de 4.0 a 9.5, outro fator estudado foi a competição com plantas daninhas, populações com numero de plantas mais baixas sofrem um pouco com plantas invasoras e também a perda de produtividade por este fator, e por ultimo a incidência de doença é mais acentuada nas populações mais elevadas, pois cria-se um micro clima favorável principalmente para o desenvolvimento de fungos. PALAVRAS CHAVE: Acamamento. Daninhas. Fisiológica. Grupos de maturação. Produtividade.
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