unesp 2010 objetiva

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Prova de Conhecimentos Gerais Preencher com seu nome e número da carteira os espaços indicados na capa e na última folha deste caderno. Esta prova contém 90 questões objetivas e terá duração total de 4h30. Para cada questão, existe somente uma alternativa correta. Com caneta de tinta azul ou preta, assinale na folha de respostas a alternativa que julgar correta. O candidato somente poderá entregar a folha de respostas e sair do prédio depois de transcorridas 2h15, contadas a partir do início da prova. Ao terminar a prova o candidato entregará ao fiscal este caderno de questões e a folha de respostas preenchida. Nome do candidato Número da carteira 08.11.2009

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  • 1. Prova de Conhecimentos Gerais Preencher com seu nome e nmero da carteira os espaos indicados na capa e na ltima folha deste caderno. Esta prova contm 90 questes objetivas e ter durao total de 4h30. Para cada questo, existe somente uma alternativa correta. Com caneta de tinta azul ou preta, assinale na folha de respostas a alternativa que julgar correta. candidato somente poder entregar a folha de respostas e sair do prdio depois de transcorridas 2h15, contadas O a partir do incio da prova. terminar a prova o candidato entregar ao fiscal este caderno de questes e a folha de respostas preenchida. Ao Nome do candidato Nmero da carteira 08.11.2009
  • 2. Rascunho O O O ST RESPOSTA ST RESPOSTA ST RESPOSTA QUE QUE QUE 01 A B C D E 31 A B C D E 61 A B C D E 02 A B C D E 32 A B C D E 62 A B C D E 03 A B C D E 33 A B C D E 63 A B C D E 04 A B C D E 34 A B C D E 64 A B C D E 05 A B C D E 35 A B C D E 65 A B C D E 06 A B C D E 36 A B C D E 66 A B C D E 07 A B C D E 37 A B C D E 67 A B C D E 08 A B C D E 38 A B C D E 68 A B C D E 09 A B C D E 39 A B C D E 69 A B C D E 10 A B C D E 40 A B C D E 70 A B C D E 11 A B C D E 41 A B C D E 71 A B C D E 12 A B C D E 42 A B C D E 72 A B C D E 13 A B C D E 43 A B C D E 73 A B C D E 14 A B C D E 44 A B C D E 74 A B C D E 15 A B C D E 45 A B C D E 75 A B C D E 16 A B C D E 46 A B C D E 76 A B C D E 17 A B C D E 47 A B C D E 77 A B C D E 18 A B C D E 48 A B C D E 78 A B C D E 19 A B C D E 49 A B C D E 79 A B C D E 20 A B C D E 50 A B C D E 80 A B C D E 21 A B C D E 51 A B C D E 81 A B C D E 22 A B C D E 52 A B C D E 82 A B C D E 23 A B C D E 53 A B C D E 83 A B C D E 24 A B C D E 54 A B C D E 84 A B C D E 25 A B C D E 55 A B C D E 85 A B C D E 26 A B C D E 56 A B C D E 86 A B C D E 27 A B C D E 57 A B C D E 87 A B C D E 28 A B C D E 58 A B C D E 88 A B C D E 29 A B C D E 59 A B C D E 89 A B C D E 30 A B C D E 60 A B C D E 90 A B C D E UNESP/CG-ProvaObjetiva 2
  • 3. PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS Questo 01 Como caracterstico da crnica jornalstica, Joo Ubaldo Ri- Instruo: As questes de nmeros 01 a 05 tomam por base o se- beiro focaliza assuntos do cotidiano com muito bom humor, guinte fragmento de uma crnica de Joo Ubaldo Ribeiro (1941-): mesclando a seu discurso palavras e expresses coloquiais. Um exemplo asnticas, que aparece em assertivas to asnticas quanto, e outro, o substantivo fregus, empregado em o fre- MotIvos para pnIco gus entra em pnico. Caso o objetivo do autor nessas passa- gens deixasse de ser jocoso e se tornasse mais formal, as pa- Como sabemos, existem muitas frases comumente repetidas lavras adequadas para substituir, respectivamente, asnticas e a cujo uso nos acostumamos tanto que nem observamos nelas fregus seriam: patentes absurdos ou disparates. Das mais escutadas nos notici- (A) Estpidas, panaca. rios, nos ltimos dias, tm sido no h razo para pnico e no h motivo para pnico, ambas aludindo famosa gripe suna (B) Asininas, bestalho. de que tanto se fala. Todo mundo as ouve e creio que a maio- (C) Intrigantes, sujeito. ria concorda sem pensar e sem notar que se trata de assertivas to asnticas quanto, por exemplo, a antiga exigncia de que o (D) Estranhas, cara. postulante a certos benefcios pblicos estivesse vivo e sadio, (E) Disparatadas, indivduo. como se um defunto pudesse estar sadio. Ou a que apareceu num comercial da Petrobrs em homenagem aos seus trabalhadores, que no sei se ainda est sendo veiculado. Nele, os trabalhadores Questo 02 encaram de frente grandes desafios, como se algum pudesse encarar alguma coisa seno de frente mesmo, a no ser que o Embora o autor afirme, no fragmento citado, que os significados cruel destino lhe haja posto a cara no traseiro. de razo e motivo so diferentes nas frases mencionadas, h nu- Em rigor, as frases no se equivalem e necessrio examin- merosos contextos em que essas duas palavras podem ser indife- las separadamente, se se desejar enxergar as inanidades que for- rentemente utilizadas, sem alterao relevante do significado das mulam. No primeiro caso, pois o pnico uma reao irracional, frases. Baseado neste comentrio, assinale a nica alternativa em comete-se uma contradio em termos mais que bvia. Ningum que a palavra motivo no pode substituir a palavra razo, j que nesse caso haveria uma grande mudana do sentido. pode ter ou deixar de ter razo para pnico, porque no possvel haver razo em algo que por definio requer ausncia de razo. (A) Qual a razo de tamanha mudana? Ento, ao repetir solenemente que no h razo para pnico, os (B) Ele perdeu a razo ao sentir aquele amor to forte. noticirios e notas de esclarecimento (e ns tambm) esto di- zendo uma novidade semelhante a gua um lquido ou a (C) A razo de sua renncia foi a chegada de seu irmo. comida vai para o estmago. Se as palavras pudessem protes- (D) Ningum descobriu a razo de sua morte. tar, certamente Pnico escreveria para as redaes, perguntando ofendidssimo desde quando ele precisa de razo. Nunca h uma (E) Que razes alegou para o pedido de divrcio? razo para o pnico. A segunda frase nega uma verdade evidente. tambm mais do que claro que no existe pnico sem motivo, ou seja, o fre- Questo 03 gus entra em pnico porque algo o motivou, independentemen- O autor escreve, no penltimo perodo do segundo pargrafo, te de sua vontade, a entrar na desagradabilssima sensao de a palavra Pnico com inicial maiscula. O emprego da inicial pnico. Ningum, que eu saiba, olha assim para a mulher e diz maiscula, neste caso, se deve mulher, acho que vou entrar em pnico hoje tarde e, quando a mulher pergunta por que, diz que para quebrar a monotonia. (A) ao fato de, por sindoque, o cronista querer ressaltar a dife- rena entre a parte e o todo. (Joo Ubaldo Ribeiro. Motivos para pnico. O Estado de S.Paulo, 17.05.2009.) (B) necessidade de enfatizar que h diferenas entre diversos tipos de pnico. (C) ao emprego da palavra com base no recurso da personifica- o ou prosopopeia. (D) necessidade de diferenar os significados de razo e motivo. (E) para alertar sobre o grande perigo que representaria o pnico sem motivo. 3 UNESP/CG-ProvaObjetiva
  • 4. Questo 04 Instruo: As questes de nmeros 06 a 10 tomam por base a seguinte crnica do escritor e blogueiro Antonio Prata (1977-): Ento, ao repetir solenemente que no h razo para pnico, os noticirios e notas de esclarecimento (e ns tambm) esto pensar eM nada dizendo uma novidade semelhante a gua um lquido ou a comida vai para o estmago. A maravilha da corrida: basta colocar um p na frente do outro. Neste perodo, no tom bem humorado que o autor imprime crnica, a palavra novidade assume um sentido contrrio ao que Assim como numa famlia de atletas um garoto deve encon- apresenta normalmente. Essa alterao de sentido, em funo de trar certa resistncia ao comear a fumar, fui motivo de piada um contexto habilmente construdo pelo cronista, caracteriza o entre alguns parentes quase todos intelectuais quando soube- recurso estilstico denominado: ram que eu estava correndo. O esporte bom pra gente, disse minha av, num almoo de domingo. Fortalece o corpo e em- (A) Ironia. burrece a mente. Hoje, dez anos depois daquele almoo, tenho certeza de que (B) Reticncia. ela estava certa. O esporte emburrece a mente e o mais emburre- cedor de todos os esportes inventados pelo homem , sem som- (C) Eufemismo. bra de dvida, a corrida por isso que eu gosto tanto. (D) Anttese. Antes que o primeiro corredor indignado atire um tnis em minha direo (nmero 42, pisada pronada, por favor), explico- (E) Hiprbole. me. claro que o esporte fundamental em nossa formao. No entendo lhufas de pedagogia ou pediatria, mas imagino que jogos e exerccios ajudem a formar a coordenao motora, a per- cepo espacial, a lgica e os reflexos e ainda tragam mais ou- tras tantas benesses ao conjunto psico-moto-neuro-bl-bl-bl. Questo 05 Quando falo em emburrecer, refiro-me ao delicioso momento do exerccio, quela hora em que voc se esquece da infiltrao no Para o narrador, no notamos os verdadeiros absurdos em asser- teto do banheiro, do enrosco na planilha do Almeidinha, da ex- es como as que ele comenta, porque: trao do siso na prxima semana, do p na bunda que levou da (A) No temos hbito de leitura e interpretao de textos. Marilu, do frio que entra pela fresta da janela e do aquecimento global que pode acabar com tudo de uma vez. Voc comea a (B) No nos sentimos capazes de negar verdades evidentes. correr e, naqueles 30, 40, 90 ou 180 minutos, todo esse fantsti- co computador que o nosso crebro, capaz de levar o homem (C) Quase todas as frases assertivas do idioma so asnticas. Lua, compor msicas e dividir um tomo, volta-se para uma nica e simplssima funo: perna esquerda, perna direita, perna (D) Costumamos ouvi-las tantas vezes, que nem notamos tais esquerda, perna direita, inspira, expira, inspira, expira, um, dois, absurdos. um, dois. A conscincia , de certa forma, um tormento. Penso, logo (E) Essas frases aparecem em propagandas oficiais. existo. Existo, logo me incomodo. A gravidade nos pesa sobre os ombros. Os anos agarram-se nossa pele. A morte nos es- preita adiante e quando uma voz feminina e desconhecida surge em nosso celular, no costuma ser a ltima da capa da Playboy, perguntando se temos programa para sbado, mas a mocinha do carto de crdito avisando que a conta do carto encontra-se em aberto h 14 dias e querendo saber se h previso de pa- gamento. Quando estamos correndo, no h previso de pagamento. No h previso de nada porque passado e futuro foram anu- lados. Somos uma simples mquina presa ao presente. Somos reduzidos biologia. Uma vlvula bombando no meio do peito, uns msculos contraindo-se e expandindo-se nas pernas, um ou outro neurnio atento aos carros, buracos e cocs de cachorro. Poder, glria, dinheiro, mulheres, as tragdias gregas, t bom, podem ser coisas boas, mas naquele momento nada disso interessa: eis-nos ali, mamferos adultos, saudveis, movimen- tando-nos sobre a Terra, e s. (Antonio Prata. Pensar em nada. Runners World, n. 7, So Paulo: Editora Abril, maio/2009.) UNESP/CG-ProvaObjetiva 4
  • 5. Questo 06 (A) I e II. (B) II e III. Ao longo do texto apresentado, percebemos que o cronista nos conduz com sutileza e humor para um sentido de emburrecer (C) I, II e III. bem diferente do que parece estar sugerido na fala de sua av. Para ele, portanto, como se observa principalmente no emprego (D) I, III e IV. da palavra no terceiro pargrafo, emburrecer : (E) II, III e IV. (A) Fazer perder progressivamente a inteligncia por meio do esporte. (B) Imitar a capacidade de concentrao do animal para obter melhores resultados. Questo 09 (C) Tornar-se uma pessoa muito teimosa, focada exclusivamen- O esporte bom pra gente, fortalece o corpo e emburrece A te no esporte. MENTE. Antes que o primeiro corredor indignado atire UM TNIS em minha direo (...) Quando estamos correndo, no (D) Embotar as faculdades mentais pela prtica constante do es- h PREvISO dE PAgAMENTO. porte. Os termos grafados com letras maisculas nas passagens acima, (E) Esvaziar a mente de outras preocupaes durante a prtica extradas do texto apresentado, identificam-se pelo fato de exer- do esporte. cerem a mesma funo sinttica nas oraes de que fazem parte. Indique essa funo: (A) Sujeito. Questo 07 (B) Predicativo do sujeito. A srie de cinco perodos curtos com que se inicia o quarto par- grafo expressa, num crescendo, algumas preocupaes existen- (C) Predicativo do objeto. ciais do cronista. A partir do sexto perodo, porm, a expresso dessas grandes preocupaes se frustra com a ocorrncia trivial (D) Objeto direto. da ligao da moa do carto de crdito. Essa tcnica de enume- (E) Complemento nominal. rao ascendente que termina por uma sbita descendente cons- titui um recurso estilstico denominado: (A) Catacrese. (B) Anticlmax. Questo 10 (C) Anfora. Ao empregar lhufas em No entendo lhufas de pedagogia ou pediatria (...), o cronista poderia ter tambm empregado outros (D) Smile. vocbulos ou expresses que correspondem mesma acepo. Assinale a nica alternativa em que a substituio no perti- (E) Clmax. nente, pois alteraria o sentido da frase: (A) No entendo bulhufas de pedagogia ou pediatria. Questo 08 (B) No entendo patavina de pedagogia ou pediatria. No perodo Hoje, dez anos depois daquele almoo, tenho certe- (C) No entendo muita coisa de pedagogia ou pediatria. za de que ela estava certa, o cronista poderia ter evitado o efei- to redundante devido ao emprego prximo de palavras cogna- (D) No entendo coisa alguma de pedagogia ou pediatria. tas (certeza certa). Leia atentamente as quatro possibilidades abaixo e identifique as frases em que tal efeito de redundncia (E) No entendo nada de pedagogia ou pediatria. evitado, sem que sejam trados os sentidos do perodo original: I. Hoje, dez anos depois daquele almoo, estou certo de que ela acertou. II. Hoje, dez anos depois daquele almoo, estou convencido de que ela estava certa. III. Hoje, dez anos depois daquele almoo, tenho certeza de que ela tinha razo. IV. Hoje, dez anos depois daquele almoo, acredito que ela po- deria estar certa. 5 UNESP/CG-ProvaObjetiva
  • 6. Instruo: As questes de nmeros 11 a 15 tomam por base um Questo 12 poema do parnasiano brasileiro Julio Csar da Silva (1872-1936): O poema de Jlio Csar da Silva faz referncia ao mito grego de arte supreMa Pigmalio, um escultor da ilha de Chipre que obteve da deusa Tal como Pigmalio, a minha ideia Vnus a graa de transformar em uma mulher de verdade a bels- Visto na pedra: talho-a, domo-a, bato-a; sima esttua que havia esculpido. Esse aproveitamento do mito, E ante os meus olhos e a vaidade ftua todavia, tem um encaminhamento diferente no soneto. Aponte a alternativa que melhor descreve como o mito foi aproveitado no Surge, formosa e nua, Galateia. poema. Mais um retoque, uns golpes... e remato-a; (A) O poema se serve do mito para apresentar uma defesa da Digo-lhe: Fala!, ao ver em cada veia poesia como arte superior em capacidade de comunicao e Sangue rubro, que a cora e aformoseia... expresso escultura e s demais artes. E a esttua no falou, porque era esttua. (B) O eu-poemtico aproveita o mito para demonstrar que a es- Bem haja o verso, em cuja enorme escala cultura, como arte visual, apresenta possibilidades expressi- Falam todas as vozes do universo, vas que a poesia jamais poder atingir. E ao qual tambm arte nenhuma iguala: (C) O desenvolvimento do poema conduz a uma exaltao da correspondncia entre as artes, demonstrando que todas Quer mesquinho e sem cor, quer amplo e terso, apresentam grande fora expressiva. Em vo no que eu digo ao verso: Fala! E ele fala-me sempre, porque verso. (D) O mito de Pigmalio usado para realar o grande poder da (Jlio Csar da Silva. Arte de amar. So Paulo: arte da escultura, como tambm da poesia, que pode imitar Companhia Editora Nacional, 1961.) a escultura. (E) A lenda de Pigmalio e Galateia utilizada para dividir o poema em duas partes, com a primeira associando Pigma- lio escultura e a segunda associando Galateia poesia. Questo 11 O soneto Arte suprema apresenta as caractersticas comuns da Questo 13 poesia parnasiana. Assinale a alternativa em que as caractersti- cas descritas se referem ao parnasianismo. Aponte a alternativa que indica o nmero do verso em que apare- cem dois adjetivos ligados por um conectivo aditivo: (A) Busca da objetividade, preocupao acentuada com o apu- ro formal, com a rima, o ritmo, a escolha dos vocbulos, a (A) Verso 3. composio e a tcnica do poema. (B) Verso 4. (B) Tendncia para a humanizao do sobrenatural, com a opo- sio entre o homem voltado para Deus e o homem voltado (C) Verso 5. para a terra. (D) Verso 7. (C) Poesia caracterizada pelo escapismo, ou seja, pela fuga do (E) Verso 11. mundo real para um mundo ideal caracterizado pelo sonho, pela solido, pelas emoes pessoais. (D) Predomnio dos sentimentos sobre a razo, gosto pelas ru- Questo 14 nas e pela atmosfera de mistrio. O encerramento enftico do ltimo verso se refora estrutural- (E) Poesia impregnada de religiosidade e que faz uso recorrente mente no poema pelo fato de criar uma relao de paralelismo de sinestesias. sinttico e de oposio de sentido com outro verso do poema. Aponte esse verso: (A) Verso 2. (B) Verso 4. (C) Verso 6. (D) Verso 8. (E) Verso 11. UNESP/CG-ProvaObjetiva 6
  • 7. Questo 15 Questo 16 Identifique a alternativa que representa, por meio de letras, o es- Aponte a alternativa que contm, segundo a interpretao do quema de rimas do soneto de Jlio Csar da Silva. fragmento de texto, os outros trs meios de expresso artstica que o autor contrape ao teatro. (A) ABBA CDDC EFE FEF. I. O microfone. (B) ABBA ABBA CDC DCD. II. A cmera. III. O cinema. (C) ABBA BAAB CDE CDE. IV. O rdio. (D) ABBA BAAB CDC DCD. V. A televiso. (A) I, II e III. (E) ABBA CDDC EFG EFG. (B) I, II e IV. (C) II, III e IV. Instruo: As questes de nmeros 16 a 20 tomam por base o (D) II, III e V. seguinte fragmento de um livro do conhecido diretor dramtico e terico da dramaturgia Martin Esslin (1918-2002): (E) III, IV e V. Mas a diferena mais essencial entre o palco e os trs ve- Questo 17 culos de natureza mecnica reside em outro ponto: a cmera e o microfone so extenses do diretor, de seus olhos e ouvidos, Assinale a alternativa cujo enunciado no contraria a argumenta- o apresentada no fragmento de texto de Martin Esslin: permitindo-lhe escolher seu ponto de vista (ou seu ngulo de au- dio) e transportar para eles a plateia por meio de variaes de (A) O fato de a arte teatral ser apresentada no palco ante os es- planos, que podem englobar toda uma cena ou fechar-se sobre pectadores a torna inferior em termos de comunicao s um nico ponto, ou cortando, segundo sua vontade, de um local demais artes. para outro. Se um personagem est olhando para a mo de outro, (B) Os recursos tecnolgicos do cinema permitem-lhe ser uma o diretor pode forar o pblico a olh-la tambm, cortando para arte mais completa e perfeita que as demais. um close-up da mesma. Nos veculos mecnicos, o poder do di- (C) Tudo o que passa na televiso no constitui arte, pois se trata retor sobre o ponto de vista da plateia total. No palco, onde de um veculo de comunicao de massa. a moldura que encerra o quadro sempre a mesma, cada inte- grante individual da plateia tem a liberdade de olhar para aquela (D) Um diretor cinematogrfico tem maior poder e competncia mo, ou para qualquer outro lugar; na verdade, no teatro cada que um diretor teatral. membro da plateia escolhe seus prprios ngulos de cmera e, (E) As diferenas de recursos tcnicos especficos e de forma de desse modo, executa pessoalmente o trabalho que o diretor avoca apresentao podem implicar vantagens ou desvantagens ao para si no cinema e na televiso bem como, mutatis mutandis, no teatro em relao ao cinema. rdio. Essa diferena, ainda uma vez, oferece ao teatro vantagens e desvantagens. No palco, o diretor pode no conseguir focalizar a ateno da plateia na ao que deseja sublinhar; no cinema isso Questo 18 jamais pode acontecer. Por outro lado, a complexa e sutil orques- No texto de Esslin, empregada a expresso de origem latina trao de uma cena que envolve muitos personagens (uma carac- mutatis mutandis, traduzida habitualmente por mudando o que terstica de Tchekov no teatro) torna-se incomparavelmente mais deve ser mudado. Marque a alternativa que indica a frase ou as difcil no cinema e na televiso. A sensao de complexidade, de frases que tambm poderiam adequar-se ao fragmento de texto que h mais coisas acontecendo naquele momento do que pode em lugar de mutatis mutandis. ser apreendido com um nico olhar, a riqueza de um intrincado I. Respeitadas as diferenas. contraponto de contrastes humanos ser inevitavelmente reduzi- da em um veculo que nitidamente guia o olho do espectador, ao II. Resguardadas as particularidades. invs de permitir que ele caminhe livremente pela cena. III. Observadas as devidas diferenas. (Martin Esslin. Uma anatomia do drama. Traduo de Barbara Heliodora. (A) I, II e III. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.) (B) I e III. (C) II e III. (D) I. (E) II. 7 UNESP/CG-ProvaObjetiva
  • 8. Questo 19 Instruo: Para responder as questes de nmeros 21 a 25, leia o texto Introducing E-Jets, produzido para um folheto de No palco, o diretor pode no conseguir focalizar a ateno da propaganda dos avies da Embraer. plateia na ao que deseja sublinhar; no cinema isso jamais pode acontecer. Sempre levando em considerao todo o contexto, assinale a al- ternativa que encerra o mesmo argumento presente nas frases que constituem o perodo acima. (A) O diretor de teatro impe plateia o seu ponto de vista; no cinema isso jamais pode acontecer. (B) No teatro o espectador olha para onde quer; no cinema, tambm pode olhar para qualquer ponto do que est na tela. (C) No teatro, a ateno da plateia nem sempre vai para onde o diretor deseja; no cinema, o foco da ateno sempre pre- viamente escolhido pelo diretor. (D) O diretor de teatro pode perder a ateno da plateia para cer- tos pormenores, enquanto o diretor de cinema, por no estar presente, no faz ideia de como os espectadores reagiro. (E) No palco, o diretor pode no conseguir dirigir a ateno da plateia para a ao que deseja sublinhar; no cinema essa con- duo da ateno tambm jamais pode acontecer. Questo 20 A influncia da lngua inglesa sobre as demais, em todo o globo, se revela particularmente no vocabulrio. No texto apresentado, temos dois exemplos: cmera, cujo emprego alternativo a cma- ra ocorre por influncia da lngua inglesa; e close-up, expresso da linguagem cinematogrfica emprestada da lngua inglesa e (www.embraercommercialjets.com) para a qual o portugus no tem um substituto totalmente ade- quado. Questo 21 Com base nesta informao, aponte a alternativa que contm o Com base no texto, analise as seguintes afirmaes: melhor entendimento de close-up na passagem em que surge. I. Os avies da Embraer so mais adequados para voos re- (A) Tomada em que a cmera focaliza um grande nmero de gionais. assuntos ou objetos. II. Os avies da Embraer foram projetados a partir de projetos de avies de pequeno porte. (B) A cmera focaliza apenas uma parte do assunto ou objeto. III. Os avies da Embraer foram projetados a partir de projetos de avies de grande porte. (C) A cmera focaliza alguns aposentos de cima. IV. Os avies da Embraer so adequados para voos regionais e (D) A cmera procura mostrar do alto todas as pessoas que se para voos mais longos. movem na cena. V. Os avies da Embraer de nova gerao transportam entre 70 e 120 passageiros. (E) Tomada em que a cmera focaliza todo o cenrio. Est correto apenas o contido em (A) III. (B) IV e V. (C) I e IV. (D) I, II e V. (E) II, III e IV. UNESP/CG-ProvaObjetiva 8
  • 9. Questo 22 Instruo: Leia o artigo sobre o time norte-americano de futebol Jets e responda s questes de nmeros 26 a 30 com base no texto. A expresso stretched versions, utilizada no segundo pargrafo, (A) se ope expresso scaled down derivatives. Hey Jet Fans; dont count your cHIckens Just yet! (B) indica que o tamanho dos avies foi reduzido. This has been quite the off-season for us Jets fans. After a (C) indica que a capacidade dos avies foi expandida. heart breaking end to the 2008 season, we have seen our team (D) indica que a produo dos avies foi expandida. make for some seemingly huge strides. Eric Mangini has moved on to Cleveland...gas can and (E) enfatiza a expresso smaller aircraft platforms. matches in hand. Rex Son of Buddy Ryan has stepped into the head coaching role, bringing defensive stars Bart Scott and Jim Leonhard with him. Questo 23 These additions immediately put the Jets defense back on A expresso blurs the line, utilizada no final do segundo par- the radar. More importantly, he brought a bit of swagger and a grafo, indica que bit of a chip on his shoulder. Something this team has been sorely lacking for way too long. (A) h uma diferena clara entre regional jets e mainline aircraft. Sports are as much about ego and attitude as they are about physical skills and attributes. The mono tone stylings of Eric (B) se prope um novo conceito para a aviao regional. Mangini did nothing to impress or inspire players, media or fans. (C) se prope uma linha de produo de avies maiores. Things certainly seem to be looking up for this team and its fans. Or are they? (D) tornou-se difcil distinguir com clareza a diferena entre re- Despite all outward appearances, this is a team that is still gional jets e mainline aircraft. only one bad break away from disaster. Several key positions are (E) o conceito de aviao comercial deve ser renovado. still floating in limbo. The Jets are way too thin at way too many positions to truly be successful. Both the defensive and offensive lines, parts of Questo 24 the secondary and, of course, the tight ends are so thin that one injury could sink the entire boat. Os termos que designam os quatro princpios no terceiro par- grafo do texto provavelmente foram utilizados como uma estra- Despite all appearances, Im actually extremely optimistic tgia de gnero de propaganda, porque about the coming season. There are a lot of good things happening with this team too. Unfortunately, there are also a lot (A) se referem especificamente produo de avies. of questions. (www.ganggreennation.com/2009/5/16/877030 Adaptado.) (B) todos iniciam com a letra e. (C) se referem a condies especficas para os passageiros. (D) so palavras parecidas com os termos equivalentes em por- Questo 26 tugus. (E) resumem as informaes contidas no pargrafo anterior do O ttulo do texto contm parte de um provrbio em ingls, pro- texto. vrbio esse conhecido tambm no Brasil. Pelo contedo do tex- to, pode-se inferir que o provrbio foi utilizado no ttulo porque (A) no futebol, no se pode utilizar clculos matemticos para Questo 25 prever o resultado de uma partida. Assinale a alternativa cujas palavras podem ser utilizadas para (B) o novo goleiro do time certamente no vai engolir frangos. completar os espaos no ltimo pargrafo do texto: (C) a configurao de um time de futebol no garante que o time (A) looked ... will ... for vai ser vencedor. (B) flying ... can ... for (D) um time de futebol no pode contar com jogadores que se- jam fracos. (C) flown ... will ... at (D) flying ... can ... at (E) o nmero de gols que o time far depende da atitude positiva de seus jogadores. (E) looking ... will ... to 9 UNESP/CG-ProvaObjetiva
  • 10. Questo 27 Questo 31 A funo de Eric Mangini no time Jets era de A cidade-Estado clssica parece ter sido criada paralelamente pelos gregos e pelos etruscos e/ou romanos. No caso destes l- (A) jogador atacante. timos, a influncia grega foi inegvel, embora difcil de avaliar (B) jogador da defesa. e medir. (Ciro Flamarion S. Cardoso. A cidade-Estado antiga,1985.) (C) jogador da reserva. Aponte quais eram as caractersticas comuns s cidades-Estados (D) fisioterapeuta. clssicas. I. Possuam governo tripartido em assembleia, conselho e certo (E) tcnico. nmero de magistrados escolhidos entre os homens elegveis. II. Os cidados podiam participar de forma direta no processo poltico. Questo 28 III. Havia separao entre os rgos de governo e de justia. No contexto do artigo, a expresso sink the entire boat, no penl- timo pargrafo, utilizada para enfatizar as informaes apre- (A) As afirmativas I e II esto corretas. sentadas no pargrafo sobre a (B) Apenas a afirmativa III est correta. (A) impossibilidade de o time vencer. (C) As afirmativas I e III esto corretas. (B) pequena possibilidade de o time vencer. (D) Apenas a afirmativa II est correta. (C) fragilidade do time. (E) As afirmativas I, II e III esto corretas. (D) possibilidade de o time vencer. (E) aparncia fsica dos jogadores. Questo 32 Questo 29 Observe a figura. Assinale a alternativa correta. (A) O time de futebol americano Jets saiu-se bem na temporada de 2008. (B) Bart Scott e Jim Leonhard no so considerados bons joga- dores. (C) O autor do texto considera que o time certamente ser ven- cedor. (D) Ainda no se sabe quais jogadores assumiro posies im- portantes no time. (E) O time de futebol americano Jets rene todas as chances de vencer na prxima temporada. Questo 30 Utilizou-se a orao there are also a lot of questions no final do texto porque (A) h problemas no time Jets que precisam ser solucionados. (B) no se sabe se o time jogar na prxima temporada. Madona e Filho, Berlinghiero, sculo XII. (C) os jogadores do time Jets no esto em boas condies fsicas. (www.literaria.net/RP/L2/RPL2.htm) (D) os torcedores no veem o time com bons olhos. (E) os torcedores questionam a configurao atual do time. UNESP/CG-ProvaObjetiva 10
  • 11. O cone, pintura sobre madeira, foi uma das manifestaes ca- Questo 35 ractersticas da Civilizao Bizantina, que abrangeu amplas re- gies do continente europeu e asitico. A arte bizantina resultou Observe o mapa. o 80 (A) do fim da autocracia do Imprio Romano do Oriente. (B) da interdio do culto de imagens pelo cristianismo primitivo. M ar de lC (C) do Cisma do Oriente, que rompeu com a unidade do cris- ari be tianismo. Lnea Equinoccial Quito (D) da fuso das concepes crists com a cultura decorativa Cajamarca oriental. Pachacamac (E) do desenvolvimento comercial das cidades italianas. Cusco Trpico de Capricrnio Questo 33 o cfic Pa o A propsito da expanso martimo-comercial europeia dos scu- an o ln tic e t los XV e XVI pode-se afirmar que Oc n oA ea Oc (A) a igreja catlica foi contrria expanso e no participou da colonizao das novas terras. (B) os altos custos das navegaes empobreceram a burguesia mercantil dos pases ibricos. (Luis Guillermo Lumbreras, Historia de Amrica Andina, 1999, Adaptado.) (C) a centralizao poltica fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras. A regio que aparece no mapa corresponde ao territrio que os Incas dominaram por alguns sculos antes da chegada dos espa- (D) os europeus pretendiam absorver os princpios religiosos nhis ao continente americano. Esse povo ficou conhecido por dos povos americanos. saber aproveitar todos os recursos naturais, inclusive de reas (E) os descobrimentos intensificaram o comrcio de especiarias distantes ou de condies climticas no muito favorveis agri- no mar Mediterrneo. cultura. A forma como esse povo conseguiu lidar com a natureza, extraindo dela os recursos naturais necessrios ao seu abasteci- mento est relacionada com Questo 34 (A) o uso de avanados instrumentos de ferro na agricultura e de animais de trao para auxiliar nas atividades de plantio (...) como puder, direi algumas coisas das que vi, que, ainda que e colheita. mal ditas, bem sei que sero de tanta admirao que no se po- dero crer, porque os que c com nossos prprios olhos as ve- (B) o conhecimento dos mais variados pisos ecolgicos, onde mos no as podemos com o entendimento compreender. podiam caar, pescar e coletar pequenos frutos silvestres, (Hernn Corts. Cartas de Relacin de la Conquista de Mexico, visto que desconheciam a agricultura. escritas de 1519 a 1526.) (C) a sabedoria xamnica sobre astronomia, tcnicas hidrulicas O processo de conquista do Mxico por Corts estendeu-se de e fertilizao qumica de solos, que lhes permitia alcanar 1519 a 1521. A passagem acima manifesta a reao de Hernn grande produo agrcola. Corts diante das maravilhas de Tenochtitln, capital da Con- federao Mexica. A reao dos europeus face ao novo mundo (D) o domnio de irrigao, conhecimento dos solos e da hibri- teve, no entanto, muitos aspectos, compondo admirao com es- dizao de sementes e tcnica de construo de degraus para tranhamento e repdio. Tal fato decorre plantio nas encostas da Cordilheira dos Andes. (A) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas. (E) a perfeita relao do homem com a natureza, que permitia a produo abundante de alimentos sem grande participao (B) do desconhecimento pelos europeus das lnguas dos ndios. de mo de obra humana. (C) do encontro de padres culturais diferentes. (D) das semelhanas culturais existentes entre os povos do mundo. (E) do esprito guerreiro e aventureiro das naes europeias. 11 UNESP/CG-ProvaObjetiva
  • 12. Questo 36 Questo 37 Observe a figura. O imperialismo colonial europeu do final do sculo XIX e in- cio do sculo XX mudou a geopoltica do continente africano, fragmentando-o em fronteiras representadas pelo aparecimento de novos espaos lingusticos e novas dinmicas espaciais e econmicas. MARROCOS ESPANHOL TUNSIA MADEIRA (PORT.) CO S R RO Ilhas Canrias MA ro ARGLIA Ou LBIA o de Ri Pablo Picasso, guernica, 1937. EGITO (Carol Strickland. Arte comentada, 1999.) SENEGAL FRICA OCIDENTAL FRANCESA ERITRIA GMBIA DAOM SUDO SOMLIA GUIN EQ ANC (FR., BR., IT.) FR UA PORTUGUESA NIGRIA TO SA TOGO COSTA SERRA LEOA IMPRIO RI E A Europa j no a liberdade e a paz, mas a violncia e a guerra. DO AL LIBRIA OURO ETOPE MARFIM CAMARES durante a ocupao alem de Paris, a alguns crticos alemes COSTA DO FERNANDO P (ESP.) UGANDA FRICA que viro lhe falar de Guernica, Picasso responder com amargu- GUIN ESPANHOLA So Tom (Port.) GABO FRICA CONGO ORIENTAL INGLESA ra: No fui eu que a fiz, fizeram-na vocs. BELGA FRICA ZANZIBAR (Brit.) ORIENTAL (Giulio Carlo Argan. Arte moderna, 1992.) ALEM RODSIA Ilhas Comores Portugueses ANGOLA O comentrio de Pablo Picasso, em relao sua obra guernica, DO NORTE Ingleses MOAMBIQUE AR refere-se RODSIA SC Franceses SUDOESTE G DO SUL Belgas AFRICANO DA BECHUANALNDIA (A) separao entre manifestaes artsticas e realidade hist- MA Espanhis WALVIS BAY (BRIT.) rica. Italianos Alemes UNIO SUAZILNDIA SUL-AFRICANA BASUTOLNDIA (protetorados (B) ao bombardeio alemo da cidade basca em apoio ao general Independente britnicos) Franco. (Marc Ferro, Histria das Colonizaes, 1996. Adaptado.) (C) aos massacres cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Analisando o mapa, pode-se afirmar que (D) denncia da anexao do territrio espanhol pelas tropas (A) em 1895, Frana, Gr-Bretanha, Portugal, Espanha, Alema- nazistas. nha e Itlia fizeram um acordo de diviso da totalidade do continente africano. (E) aliana dos nazistas com os comunistas no incio da Se- gunda Guerra Mundial. (B) os imprios coloniais, a partir da Conferncia de Berlim, dominaram a frica para instalar indstrias, visto que era algo inexistente na Europa. (C) os pases envolvidos nesse processo necessitavam de mer- cados exteriores, matrias-primas agrcolas e minerais para compensar o declnio da industrializao na Europa. (D) a repartio da frica foi um projeto civilizador europeu, que, para ser estabelecido, exigiu a destruio social das oli- garquias locais. (E) o imperialismo apoiou-se tambm nas rivalidades nacionalis- tas britnica, francesa e alem, que originaram novos espa- os lingusticos na frica. UNESP/CG-ProvaObjetiva 12
  • 13. Questo 38 Questo 39 O petrleo no uma matria-prima renovvel e precisou de mi- A fbrica global instala-se alm de toda e qualquer fronteira, lhes de anos para sua criao. A maioria dos poos encontra-se articulando capital, tecnologia, fora de trabalho, diviso do no Oriente Mdio, na antiga Unio Sovitica e nos EUA. Sua trabalho social e outras foras produtivas. Acompanhada pela importncia aumentou desde meados do sculo XIX, quando era publicidade, a mdia impressa e eletrnica, a indstria cultu- usado na indstria e hoje um dos grandes fatores de conflitos ral, misturadas em jornais, revistas, livros, programas de rdio, no Oriente Mdio. Aponte as trs primeiras grandes crises do emisses de televiso, videoclipes, fax, redes de computadores e petrleo nos ltimos anos. outros meios de comunicao, informao e fabulao, dissolve fronteiras, agiliza os mercados, generaliza o consumismo. Pro- (A) A primeira foi em 1973, quando os EUA tentaram invadir voca a desterritorializao e reterritorializao das coisas, gen- Israel para dominar os poos petrolferos desse pas; a se- tes e ideias. Promove o redimensionamento de espaos e tempos. gunda foi em 1979, quando foi criado o Estado da Palestina (Octavio Ianni, Teorias da globalizao, 2002.) e eclodiu o conflito com a Arbia Saudita; a terceira foi em 1991, quando comeou a guerra do Iraque. Partindo da metfora de fbrica global de Octavio Ianni, pode-se identificar como caractersticas da globalizao (B) A primeira foi em 1973, quando houve uma crise de pro- duo no Oriente Mdio, levando ao aumento do preo dos (A) o amplo fluxo de riquezas, de imagens, de poder, bem como barris de petrleo no mundo todo; a segunda foi em 1979, as novas tecnologias de informao que esto integrando o quando o Kuwait se recusou a vender petrleo para os EUA; mundo em redes globais, em que o Estado tambm exerce a terceira foi em 1991, quando comeou a guerra dos EUA importante papel na relao entre tecnologia e sociedade. contra o Afeganisto. (B) a imposio de regras pelos pases da Europa e Amrica do (C) A primeira foi em 1973, devido ao conflito rabe-israelense; Sul nas relaes comerciais e globais que oprimem os mais a segunda em 1979, quando os rabes diminuram a pro- pobres do mundo e se preocupam muito mais com a expan- duo de barris; a terceira em 1991, que acabou gerando a so das relaes de mercado do que com a democracia. Guerra do Golfo, quando o Iraque invadiu o Kuwait. (C) a busca das identidades nacionais como nica fonte de sig- (D) A primeira foi em 1973, quando o Iraque invadiu a Pales- nificado em um perodo histrico caracterizado por uma tina; a segunda foi em 1979, perodo de baixa produo de ampla estruturao das organizaes sociais, legitimao petrleo no Oriente Mdio; a terceira foi em 1991, devido das instituies e aparecimento de movimentos polticos e Guerra do Golfo. expresses culturais. (E) A primeira foi em 1973, quando vrios pases do mundo (D) o multiculturalismo e a interdependncia que somente po- exigiram a fundao da OPEP para controlar os preos dos demos compreender e mudar a partir de uma perspectiva barris de petrleo; a segunda foi em 1979, quando se deu singular que articule o isolamento cultural com o individua- o conflito rabe-israelense; a terceira foi em 1991, quando lismo. teve incio a guerra da Palestina. (E) a existncia de redes que impedem a dependncia dos polos econmicos e culturais no novo mosaico global contempo- rneo. 13 UNESP/CG-ProvaObjetiva
  • 14. Questo 40 Questo 42 Segundo Jacques Diouf, diretor-geral da FAO Organizao das A expanso da economia do caf para o oeste paulista, na segun- Naes Unidas para Agricultura e Alimentao , a crise silen- da metade do sculo XIX, e a grande imigrao para a lavoura de ciosa da fome, que afeta um sexto de toda a humanidade, consti- caf trouxeram modificaes na histria do Brasil como tui um srio risco para a segurana e a paz mundial (...). Hoje, o aumento da fome um fenmeno global. Todas as regies foram (A) o fortalecimento da economia de subsistncia e a manuten- afetadas. o da escravido. (Folha de S.Paulo, 20.06.2009.) (B) a diversificao econmica e o avano do processo de urba- A notcia reflete preocupaes inerentes nova ordem mundial. nizao. De que modo pode-se explicar o fenmeno da fome nos dias de hoje? (C) a diviso dos latifndios no Vale do Paraba e a crise da economia paulista. (A) A fome hoje uma consequncia da falncia das economias da China, ndia e Indonsia, que esto entre as que melhor (D) o fim da repblica oligrquica e o crescimento do movimen- absorvem o impacto da crise. to campons. (B) O nmero de miserveis no mundo aumentou por causa da (E) a adoo do sufrgio universal nas eleies federais e a cen- bipolarizao econmica, que transferiu riquezas para os tralizao do poder. pases perifricos do hemisfrio sul. (C) A produo de alimentos no mundo diminuiu drastica- mente, devido falta de investimentos econmicos na zona rural. Questo 43 (D) A fome comeou a se espalhar pelo mundo depois do incio Na Primeira Repblica (1889-1930) houve a reproduo de da globalizao, quando milhes de pessoas abandonaram o muitos aspectos da estrutura econmica e social constituda campo, devido industrializao e urbanizao do meio rural. nos sculos anteriores. Noutros termos, no final do sculo XIX e incio do XX conviveram, simultaneamente, transformaes e (E) A crise econmica aumentou o desemprego e reduziu o po- permanncias histricas. der de compra da populao, alm de ter contribudo para o (Francisco de Oliveira. Herana econmica do Segundo Imprio, 1985.) aumento nos preos dos alimentos. O texto sustenta que a Primeira Repblica brasileira foi carac- terizada por permanncias e mudanas histricas. De maneira geral, o perodo republicano, iniciado em 1889 e que se estendeu at 1930, foi caracterizado Questo 41 (A) pela predominncia dos interesses dos industriais, com a ex- A Independncia do Brasil do domnio portugus significou o portao de bens durveis e de capital. rompimento com (B) por conflitos no campo, com o avano do movimento de (A) a economia europeia, sustentada pela explorao econmica reforma agrria liderado pelos antigos monarquistas. dos pases perifricos. (C) pelo poder poltico da oligarquia rural e pela economia de (B) o padro da economia colonial, baseado na exportao de exportao de produtos primrios. produtos primrios. (D) pela instituio de uma democracia socialista graas pres- (C) a explorao do trabalho escravo e compulsrio de ndios e so exercida pelos operrios anarquistas. povos africanos. (E) pelo planejamento econmico feito pelo Estado, que prote- (D) o liberalismo econmico e a adoo da poltica metalista ou gia os preos dos produtos manufaturados. mercantilista. (E) o sistema de exclusivo metropolitano, orientado pela polti- ca mercantilista. UNESP/CG-ProvaObjetiva 14
  • 15. Questo 44 Questo 46 Um editorial do jornal Folha de S.Paulo gerou polmica e pro- Observe os mapas. testos no incio de 2009. No entender do editorialista (...) as chamadas ditabrandas caso do Brasil entre 1964 e Mercator 1985 partiam de uma ruptura institucional e depois preser- vavam ou instituam formas controladas de disputa poltica e acesso Justia (...). (Folha de S.Paulo, 17.02.2009.) O termo ditabranda reporta-se ao (A) golpe poltico aplicado por Getlio Vargas; encerramento da chamada Repblica Velha; represso ao Partido Comunista; polticas econmicas de cunho nacionalista; suicdio de Var- gas e divulgao da carta-testamento. (B) perodo do coronelismo na poltica brasileira; ocorrncia de fraudes nas eleies, atravs do chamado voto de cabresto; polcia poltica constituda por capangas e jagunos. (C) perodo de Juscelino Kubitschek; imposio do crescimento peters econmico atravs da industrializao; slogan governamen- tal 50 anos em 5; tempo de democracia restrita, com voto censitrio. (D) golpe poltico-militar que instalou a ditadura; imposio de Atos Institucionais; extino dos partidos existentes; ins- tituio do bipartidarismo ARENA e MDB; represso oposio e censura imprensa. (E) perodo de redemocratizao; eleies diretas para o execu- tivo, legislativo e judicirio; urbanizao acelerada e enfra- quecimento do poder dos presidentes da repblica. (Regina Vasconcelos, Ailton P. Alves Filho. Novo Atlas geogrfico. So Paulo: FTD, 1999. Adaptado.) Questo 45 A respeito destas projees cartogrficas correto afirmar que No final dos anos 80 algumas naes comearam a se preocupar (A) na projeo de Mercator, os meridianos e os paralelos so com as questes ambientais, visto que a degradao ambiental linhas retas, que se cortam em ngulos retos, provocando representa um risco iminente para a estabilidade da nova ordem distores mais acentuadas nas reas continentais de baixas mundial. So solues plausveis latitudes. (A) as mudanas de estilo de vida, aes de saneamento e a re- ciclagem do lixo, visando diminuio dos resduos no (B) a de Peters frequentemente apontada como uma projeo orgnicos despejados no meio ambiente. que expressa o poderio do Norte sobre o Sul, visto que su- perdimensiona as terras do Norte. (B) a diminuio do despejo de produtos qumicos nos rios e mares e o aumento do uso de aparatos cientficos e tecnol- (C) a de Peters muito til na navegao, pois respeita as dis- gicos nas guerras. tncias e os ngulos, embora no faa o mesmo com o tama- (C) a propagao de informaes sobre educao ambiental, nho das superfcies. contribuindo para a ao predatria do homem sobre a natu- reza. (D) a projeo de Mercator , comumente, utilizada em cartas topogrficas e, no Brasil, adotada como base do sistema (D) o emprego de recursos naturais de forma racional para que cartogrfico nacional. a industrializao dos pases desenvolvidos possa gerar a dependncia econmica de naes e economias perifricas. (E) a projeo de Peters utiliza a tcnica de anamorfose, o que explica o alongamento dos continentes no sentido Norte (E) a promoo do desenvolvimento sustentvel, que atenda aos Sul, mantendo a fidelidade proporo de reas. interesses da preservao do meio scio-ambiental dos pa- ses ricos. 15 UNESP/CG-ProvaObjetiva
  • 16. Questo 47 Questo 49 Em 1997 foi aprovada a Lei n.o 9.433, que institui a Poltica Na- Espao, territrio e rede geogrfica so palavras-chaves na Geo- cional de Recursos Hdricos e no Estado de So Paulo foram grafia. A rede geogrfica tem o poder de ultrapassar as fronteiras criados os Comits de Bacias Hidrogrficas (CBHs) para geren- nacionais atravs da internet. ciar o uso das guas. Estes tm aes conjuntas e trabalham com Analise o mapa com os usurios da internet no mundo. rgos estaduais, municipais e com a sociedade civil organizada para a gesto dos recursos hdricos. coMIts de BacIas HIdrogrFIcas do estado de so paulo Oceano 19 Atlntico Oceano Pacfico 16 Oceano 13 Pacfico Oceano 6 ndico N 5 0 1 700 km Mximo Usurios da Internet Estados Unidos 160 457 em (milhares) (Unidades Hidrogrficas de Gerenciamento de Recursos Hdricos China 59 565 160 457 do Estado de So Paulo, 1994-1995. Adaptado.) Japo 57 234 60 000 Alemanha 33 940 10 000 A partir da localizao das bacias hidrogrficas do Estado de So Coria do Sul 26 160 Paulo assinale a que corresponde ao seu respectivo comit. (Secretaria da Educao, geografia, Ensino Mdio, So Paulo, 2008.) (A) 6 Comit da bacia do Jacar e Batalha. (B) 16 Comit das bacias dos rios Sorocaba e Mdio Tiet. (C) 5 Comit da bacia do Tiet e Grande. A partir dessa anlise, pode-se afirmar que (D) 13 Comit da bacia do Tiet e Paranapanema. (A) os EUA, o Reino Unido e a ndia lideram os ndices de (E) 19 Comit da bacia do Baixo Tiet. usurios da internet. (B) o Brasil e o Canad apresentam nmero semelhante de in- Questo 48 ternautas. Nunca na histria da humanidade houve to grande concentra- (C) a frica Subsaariana tem o nmero total de internautas su- o de poder nuns poucos lugares