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Uma análise sobre a arquitetura de informação do site AulaD

An analysis about “AulaD” website information architecture

Mary Vonni Meurer de Lima1 Mestranda do Programa de PG em Design e Expressão Gráfica – UFSC / SC e Professora da

UNIVALI Marília Matos Gonçalves2

Professora do Programa de Pós Graduação em Design e Expressão Gráfica – UFSC / SC

Resumo A arquitetura de informação tem se tornado cada vez mais importante para o desenvolvimento de sites eficazes e eficientes para o usuário. Este artigo utiliza os conceitos relacionados a esta área para analisar o AulaD, site de apoio as disciplinas ministradas no curso de Design Gráfico da Universidade do Vale do Itajaí - Univali Palavras-chave: Arquitetura de informação, card sorting, wireframe

Abstract Nowadays, Information Architecture is more and more important for the user

usable web sites. This paper use the concepts related of this area to

analyze the “AulaD”, web site developed to support disciplines from the

UIVALI design course (Itajaí-SC/Brazil)

Key words: Information Architecture, Card Sorting, Wire frame

1. Introdução Cada vez mais popular e com recursos diversificados, a internet vem ganhando espaço no cotidiano das pessoas. Quer seja no trabalho, no lazer, nas relações interpessoais, na pesquisa ou no ensino, as condições oferecidas pelos ambientes hipermediáticos disponíveis para acesso na web têm atraído o interesse, o investimento e a dedicação dos mais variados públicos, dentre eles, os jovens. Parte desse interesse se deve ao fato de que, segundo Leão (2001, p.65), “os sistemas hipermidiáticos oferecem suporte maleável e multidimensional mais adequado para exprimir o pensamento em sua complexidade do que os meios que dispúnhamos anteriormente, a oralidade e a escrita”. Vislumbrando esse panorama, é possível perceber a viabilidade da internet como ambiente favorável ao ensino, visto que muitos jovens, principalmente os acadêmicos, estão em constante contato com ela e têm grande interesse pelas possibilidades que são oferecidas. Conteúdo para pesquisa, sites de relacionamento, novidades, acesso aos e-mails, vídeos sobre

1 marymeurer@univali.br 2 e-mail do autor 2

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os mais diversos assuntos, jogos on-line, ferramentas de bate-papo, estão entre os recursos de maior procura. A situação atual da inserção da internet e, conseqüentemente, dos crescentes esforços para a inclusão digital têm atraído a atenção de pesquisadores e educadores para o uso da internet como ferramenta de apoio ao ensino à distância e em ações complementares às atividades de sala de aula. O site que será analisado neste artigo (AulaD) surgiu justamente como uma destas ações. O AulaD tem como objetivo principal oferecer informações complementares às disciplinas de Projeto Editorial, História da Arte e do Design e Tipografia, disciplinas estas pertencentes à matriz curricular do curso de Design Gráfico da Universidade do Vale do Itajaí.. Utilizando os recursos da hipermídia é possível tornar as aulas mais dinâmicas, funcionais e atrativas para os alunos, que, por estarem habituados a tais recursos, muitas vezes sentem-se desmotivados ao se deparar com a antiga combinação de giz e quadro-negro. Por tratar-se de um site cujo foco principal é a informação, fica evidente a necessidade de planejar e organizar seu conteúdo de forma clara e objetiva, facilitando assim o acesso a essa informação. Essa característica reforça a importância de aplicar os conceitos da Arquitetura de Informação no desenvolvimento de um site. Assim sendo, o objeto de estudo deste artigo é a arquitetura/organização das informações do site AulaD.

2. Conceitos de Arquitetura de Informação (AI) Existe controvérsia sobre o ano, 1960 ou 1975, porém diversos autores são unânimes ao atribuir o termo “arquitetura de informação” ao arquiteto de edifícios Richard Saul Wurman. Segundo ele, a tarefa de organizar e apresentar as informações assemelha-se a arquitetura devido à função comum de satisfazer as necessidades do indivíduo. O profissional responsável por essa tarefa, ou seja, o arquiteto de informação, seria a pessoa responsável pela organização, definição de estrutura e mapas de informação que possibilitem a outras pessoas traçar seus próprios caminhos dentro do sistema informacional. (KIMEN, 2003 apud BATISTA et al, 2006) Mesmo tendo sido definida antes da década de 1980, a arquitetura de informação só ganhou visibilidade com a popularização da internet, a partir de 1997 e com a publicação do livro Information Architecture for the World Wide Web, de Lou Rosenfeld e Peter Morville, em 1998 (BARKER, 2005 apud BATISTA et al, 2006). A partir dos conceitos de Wurman, Morville e Rosenfeld definiram a arquitetura de informação para web como: (1) a combinação de organização, labelling esquemas de navegação dentro de um sistema de informação. (2) O projeto estrutural de uma soma de informação em uma área de interesse que facilita a conclusão da tarefa e o acesso intuitivo ao conteúdo. (3) A arte e a ciência de estruturar e classificar websites e intranets para ajudar as pessoas a encontrar e administrar informação. (4) Uma disciplina emergente e comunidade prática focada em trazer os princípios do design e da arquitetura para a paisagem digital.(ROSENFELD e MORVILLE, 2002, p. 4 apud BATISTA et al, 2006). Desde então, muitos autores têm se dedicado ao estudo desse novo campo, tais como Toub (2000), Kimen (2003), Barker (2005) e Amstel (2004). Embora apresentem definições diferenciadas, as idéias de organização, estruturação e representação (labelling) voltadas aos usuários do sistema de informação, estão sempre presentes.

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Rosenfeld e Morville representam o modelo da arquitetura de informação a partir de 3 círculos, conforme figura 1:

Figura 1 - Círculos da Arquitetura de Informação Fonte: Adaptado de Rosenfeld e Morville (2002)

Como Empresa/Contexto entende-se o objetivo da organização, suas estratégias e recursos disponíveis (humanos e tecnológicos). O Conteúdo diz respeito às informações, aplicativos e ferramentas que serão disponibilizadas no site e como será feita sua implementação. As necessidades do usuário, seu comportamento, experiência e perfil fazem parte do terceiro círculo. Por analogia fica claro que a arquitetura de informação representa a junção dos interesses comuns, atuando como uma forma de integração entre essas áreas distintas. Segundo Rosenfeld e Morville (2002) a AI divide-se em quatro categorias que englobam seus principais componentes. São elas:

- sistemas de organização: relacionados com a classificação da informação; - sistemas de labelling: tratam da representação das informações; - sistemas de navegação: guiam o usuário pela estrutura; - sistemas de busca: facilitam o acesso às informações.

Embora cada vez mais se reconheça a abrangência da arquitetura de informação e a sua importância no funcionamento satisfatório de um site ou outro sistema de informação, os investimentos nessa área ainda são restritos.

3. Sobre o AulaD Ao iniciar a atividade docente, em 2005, com as disciplinas do curso de Design Gráfico da Universidade do Vale do Itajaí, constatou-se a necessidade de disponibilizar informações complementares para os alunos fora do ambiente de aula, bem como utilizar melhor a estrutura disponível durante as aulas tutorias em laboratório de informática. Inicialmente foi desenvolvida uma homepage para cada uma das disciplinas, com orientações para realização de tarefas diárias e downloads de conteúdos apresentados nas aulas. O volume de conteúdo cresceu gradativamente, a medida em que as disciplinas foram se estruturando e os alunos solicitando mais informações e recursos disponíveis. Ao final do primeiro ano constatou-se a necessidade de organizar melhor o conteúdo, estabelecendo-se assim uma estrutura comum entre as páginas para facilitar a atualização e o acesso, uma vez que os mesmos alunos passariam por todas essas disciplinas. Foi criado então um site, com o mesmo layout e estrutura, para as disciplinas de História da Arte e do Design, Software para Tipografia, Software para Design Editorial e Projeto Web.

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No final do semestre (2006.2) foi realizada uma pesquisa através de questionário com os usuários primários do site, ou seja, alunos regularmente matriculados nas disciplinas. Questões sobre a usabilidade, design e arquitetura de informação foram apontadas após tabulação. Dentre estas, destacou-se o fato de que muitos alunos desconheciam o conteúdo de certas seções do site, outros ainda demonstraram descontentamento com o layout - que segundo relatos, deveria ser personalizado de acordo com o conteúdo da disciplina. Outra reclamação freqüente foi sobre o endereço de acesso, que na época era bastante extenso e de difícil fixação, pois o site estava hospedado abaixo de um domínio principal (www.webcomdesign.com.br). Apesar das críticas citadas a maioria dos alunos elogiou a iniciativa e concluiu que o site contribuía consideravelmente para o processo de aprendizagem. Analisando as questões apresentadas na pesquisa iniciou-se uma fase de reformulação do site, com as seguintes implementações: - registro de um domínio próprio, de fácil pronúncia e memorização (www.aulad.com.br). - nova interface gráfica, personalizada de acordo com a disciplina, mas mantendo o mesmo

wireframe (estrutura da página). - inclusão de novos conteúdos como apostilas de História da Arte em formato PDF

(Portable Document Format), mais leves e completas que as anteriores, que eram disponibilizadas em formato SWF (Shockwave Flash File) e links para vídeos relacionados à arte e design disponíveis gratuitamente no YouTube®, site que tem despertado grande interesse nos alunos.

- espaço para divulgação de eventos, lançamentos e novidades da área de design e afins. A nova versão não inclui a disciplina de Projeto para Web (por não ser mais ministrada pela mesma professora). A estrutura completa do site e o seu wireframe podem ser observados nas figuras 2 e 3 a seguir:

Figura 2 – Estrutura do site Fonte: Das autoras

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Figura 3 – Wireframe do site “AulaD” Fonte: Adaptado do wireframe sugerido por Memória, 2005

3.1 Seções do site Conforme apresentado na figura 2, o AulaD está dividido em 4 seções principais: Home: apresenta uma breve descrição das seções relativas às disciplinas, além de uma área de destaque denominada “Extra”, que traz informações complementares sobre eventos, concursos, entre outros assuntos de interesse de estudantes de design. Nesta página está disponível também o link para a seção “Sobre o AulaD”, que é comum a todas as seções e informa sobre os objetivos do site, equipe de desenvolvimento e dados para contato.

Editorial: seção voltada à disciplina de Design Editorial - Software, que tem como função principal conduzir as atividades dos alunos durante a aula de laboratório, organizando e exemplificando o conteúdo. Além disso, a seção traz em seu menu de navegação local o acesso aos arquivos das aulas, plano de aula com datas e informações sobre as avaliações, downloads de apostilas, tutorias e documentos usados em projetos editoriais, bibliografia básica e complementar. Como colocado anteriormente, esta seção possui o link “Sobre o AulaD”. História da Arte e do Design: esta seção disponibiliza o conteúdo complementar à disciplina teórica, oferecendo basicamente os mesmos recursos da seção Editorial, exceto pela seção “Downloads”, que neste caso traz apostilas separadas por assuntos específicos, complementando o que é visto em sala de aula. A subseção “Aulas” não faz parte dessa seção, pois, não há necessidade de estabelecer um roteiro para as atividades, visto que os alunos não têm acesso à internet durante a aula.

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Tipografia: o conteúdo dessa seção está organizado exatamente da mesma forma que a seção Editorial, uma vez que também se trata de uma disciplina ministrada em laboratório, portanto com necessidades muito semelhantes. Cabe apenas uma observação: a de que nesta disciplina são realizados mais exercícios de aplicação, ao contrário de Editorial, onde o aprendizado é quase todo direcionado para a realização de 3 grandes projetos. Como esses exercícios de aplicação não seriam apresentados formalmente, nas bancas de avaliações, opta-se muitas vezes pela divulgação dos resultados no próprio site, o que poderá levar a criação de uma nova subseção.

Devido à urgência de implementação do “AulaD” logo no início de 2007 não foi possível realizar estudos aprofundados para orientar o projeto do site. Este artigo dá início a uma nova fase do site - a de pesquisa, avaliação e reformulação para os próximos semestres, com a finalidade de adequar os objetivos à disponibilidade de tempo e recursos.

4. Análise da arquitetura de informação do AulaD Embora o projeto de um site seja composto por diversos elementos como o design da informação, design de interação, ergonomia e usabilidade, esta análise será limitada às questões que dizem respeito à arquitetura de informação. O estudo inicia-se por esta etapa, pois a mesma é considerada como base para formação das demais, já que determina a estrutura organizacional do ambiente. Para a obtenção de dados dos estudantes sobre a forma como o site estava organizado, escolheu-se como instrumento de coleta o questionário, pois ele possibilita ao pesquisador conhecer as experiências, opiniões e preferências do usuário sobre o sistema. Se comparado ao método de entrevista, por exemplo, o questionário tem a vantagem de facilitar a aferição e permitir acesso a um número maior de usuários. Segundo Dias (2007) tanto as entrevistas quanto os questionários podem ser usados em qualquer fase do desenvolvimento do sistema, dependendo do tipo de perguntas formuladas. Para este estudo optou-se pelo questionário3 considerando o propósito de consultar o público-alvo em sua totalidade, ou seja, os alunos matriculados nas disciplinas já citadas. Porém, alguns alunos não responderam o questionário. Desta forma, de um total de 91 alunos, 75 responderam o questionário (que lhes foi apresentado em formato impresso e foi aplicado durante as aulas). Tanto no enunciado do questionário quanto na apresentação verbal foi explicitado aos alunos que não era necessário identificar-se, justamente para que não houvesse qualquer intimidação. As questões fechadas buscavam identificar basicamente: - a freqüência de acesso; - possíveis dificuldades de acesso; - as informações mais procuradas; - a facilidade de busca das informações; - avaliação do design do site.

3 O questionário já havia sido validado através de aplicação no semestre anterior, conforme mencionado no item 3 deste artigo.

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4.1 Análise dos gráficos A seguir são apresentados os dados mais relevantes resultantes dos questionários. Em relação à questão 5 “Quais as informações mais procuradas?”, observa-se que nas 3 disciplinas os itens mais procurados são “conteúdo da aula”, “arquivo de aulas” e “plano de aula”, nessa ordem. O item “downloads” tem destaque significativo em História da Arte, pois na ocasião da pesquisa as apostilas eram disponibilizadas nessa seção (depois foi renomeada para “apostilas”). Nas outras 2 disciplinas é o item “links” que ocupa a 4ª posição. Bibliografia está entre os itens menos acessados nas 3 disciplinas. A figura 4 apresenta um gráfico comparativo sobre as informações mais procuradas.

Figura 4 – Gráfico comparativo gerado a partir da questão 5 Fonte: Das autoras

Analisando a questão 6: “Encontrou facilmente as informações?”, percebe-se que para a maioria dos alunos a resposta é “sim”, sendo ainda o “razoável” apontado por alguns estudantes, como pode ser observado na figura 5. É importante frisar que nenhum estudante respondeu “não” a esse questionamento. O mesmo acontece na questão 8, sobre a eficiência do site como recurso de apoio à disciplina.

Figura 5 – Gráfico comparativo gerado a partir da questão 6 Fonte: Das autoras.

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Também foram incluídas duas questões abertas para críticas e sugestões. Ao serem questionados sobre a atual organização do site, os estudantes apontaram que estava bem organizado, mas que poderia melhorar (inclusão de mais informações sobre conteúdo, exclusão/não inserção de animações em flash, manter trabalhos de semestres anteriores para referência, criar mecanismo de busca). A seguir são apresentadas algumas falas dos estudantes que legitimam o que foi dito. “O site está com uma ótima organização, porém podia melhorar na parte dos conteúdos de aula.” (estudante de História da Arte) “Continuar com o formato do site, sem animações em flash e coisas assim, a leveza do site é maravilhosa.” (estudante de História da Arte) “A iniciativa de ter um site para a matéria é ótima.” (estudante de Tipografia) “O site deveria ter mais informações sobre a aula como teoria para fornecer um embasamento teórico mais sólido.” (estudante de Tipografia) “Os trabalhos dos semestres anteriores deviam continuar sempre para pesquisa.” (estudante de Tipografia) “Talvez um campo de busca auxiliaria”. (estudante de Editorial) 4.2. Card Sorting Na busca de obter dados que servissem de base para a reestruturação do site, foi utilizado, além do questionário - que buscou a opinião dos usuários sobre o site, uma outra ferramenta de estruturação da informação. Esta ferramenta, muito utilizada no projeto de novos sites, é chamada card sorting. Frisoni e Steil (2005) apud Brandão (2006: p. 167) aponta que o card

sorting “é utilizado para se descobrir o modelo mental que os participantes têm de determinado espaço de informação, gerando, dessa forma, a arquitetura da informação de uma interface.” Uma vez que o “AulaD” já possuía suas informações organizadas, esta ferramenta foi utilizada para avaliar essa arquitetura e também para verificar se os termos utilizados em cada seção e link são os mais indicados, ou seja, verificar a taxonomia utilizada. BATISTA et al, 2006, p.7, baseados em estudos de AMSTEL (2004) afirmam que “a taxonomia é o conjunto das categorias em que será classificado cada conteúdo do website. [...] A taxonomia é o cerne da arquitetura de informação”. Uma taxonomia correta é fundamental para a eficiência de um site, pois o usuário terá mais facilidade em localizar a informação desejada através do menu ou de uma ferramenta de busca. Uma das ferramentas mais usadas pelos arquitetos da informação para a definição e validação da taxonomia é o card sorting. Conforme afirmação de Nielsen (2004) “a técnica de card sorting é o principal método para pesquisar o modelo mental dos usuários, isto é, para verificar como estes vêem a informação e onde cada item deve ser colocado”. Essa técnica consiste em oferecer cartões a um determinado grupo de pessoas, geralmente o público alvo ou os usuários do site, para que estes agrupem os conteúdos e rótulos conforme o seu modelo mental. Depois é feita uma comparação entre os resultados para definir a estrutura e a taxonomia do site. O teste pode seguir dois métodos:

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- Open Card Sorting, onde os próprios participantes do teste definem e agrupam os

rótulos dentro de categorias criadas por eles mesmos. O método é mais indicado na fase inicial de desenvolvimento de um novo site.

- Close Card Sorting, onde as categorias já estão pré-definidas e os usuários poderão

apenas reposicionar ou incluir novos rótulos. Este método aplica-se principalmente a sites já existentes, quando é preciso incluir novos itens ou mesmo em fase de protótipo, para validar a arquitetura da informação.

4.2.1 Aplicação Card Sorting

A taxonomia do “AulaD” foi definida tendo-se como base os termos usados no ambiente acadêmico (bibliografia e plano de aula por exemplo) e na web (link, download, entre outros). Em um primeiro momento não foi percebida a necessidade de realizar um card sorting para definir a posição ou agrupamento das informações, pois o site era tido como relativamente simples e com poucas seções. Foi considerado ainda o fato de que praticamente todos os usuários seriam acompanhados durante o acesso, ou instruídos previamente, e possíveis dúvidas seriam solucionadas rapidamente. Aprofundados os estudos na área de arquitetura da informação e a partir de dúvidas apresentadas pelos alunos durante as aulas, constatou-se a necessidade de uma avaliação da taxonomia e estrutura do site usando a técnica de close card sorting.

Para a definição da amostra para a pesquisa, partiu-se de um universo de 91 estudantes (os quais utilizam o site). Porém, como os estudantes de Tipografia e Editorial já estão em contato com o site há mais tempo e acessam-no com mais freqüência, uma vez por semana no mínimo, poderiam estar familiarizados com a nomenclatura, mesmo que esta não fosse a ideal. Optou-se então por utilizar como critério de inclusão o tempo de uso do site. Assim sendo aplicou-se a técnica entre os alunos de História da Arte do segundo semestre de 2007, que estão em contato com o site há pouco tempo (menos de um mês) e não têm uma freqüência de acesso definida. Ao invés de selecionar apenas alguns alunos, a turma foi dividida em 11 grupos. Escolha de 11 grupos aconteceu para que os grupos fossem menores (3 a 4 estudantes), onde todos pudessem participar efetivamente das atividades. Para a realização da atividade, cada grupo recebeu 7 cartões contendo em cada um a descrição de uma das seções do site. Com base nesta informação os estudantes deveriam sugerir títulos que melhor identificassem a seção. A tabela 1 apresenta as informações dos cartões

Tabela 1: Informações apresentadas nos cartões Conteúdo

A página traz todo o plano de aula do semestre em um arquivo PDF além de informações detalhadas sobre todas as avaliações. Arquivos PDF com o conteúdo resumido das aulas. Links para diversos sites e vídeos sobre Arte e Design. Relação de livros que serão usados na disciplina, com informações sobre sua localização na biblioteca da Univali ou sites de editoras Download de manuais, tutoriais e documentos sobre os projetos Informações gerais sobre o site, objetivos e autoria Avisos e novidades sobre arte e design.

Fonte: Das autoras

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4.2.2 Resultados obtidos

A seguir, nos quadros 1 a 7, são apresentados os resultados obtidos Seção Conteúdo Sugestões Nº

Plano de Aula 06 Plano de Aula e Avaliações 01 Plano de Aulas 01 Nome da Disciplina 01 Calendário Acadêmico 01

Plano de Aula

A página traz todo o plano de aula do semestre em um arquivo PDF além de informações detalhadas sobre todas as avaliações.

Não opinou 01 Quadro 1: resultados obtidos para a seção “Plano de Aula”.

Fonte: Das autoras

Seção Conteúdo Sugestões Nº

Apostilas 04 Resumos PDF 01 Resumo de Aulas 02 Resumos 02 Conteúdos 01

Apostilas

Arquivos PDF com o

conteúdo resumido das aulas.

Apostila 01 Quadro 2: resultados obtidos para a seção “Apostilas”.

Fonte: Das autoras

Seção Conteúdo Sugestões Nº

Links 05 Veja também 01 Referência sobre Arte e Design 01 Links Design 01 Links Externos 01 Curiosidades da Arte 01

Links Links para diversos sites e

vídeos sobre Arte e Design.

Sites e Vídeos 01 Quadro 3: resultados obtidos para a seção “Links”.

Fonte: Das autoras Seção Conteúdo Sugestões Nº

Livros 02 Referências 01 Bibliografia 04 Obras de História da Arte 01 Procura Design 01 Relação de Livros 01

Bibliografia

Relação de livros que serão usados na disciplina, com informações sobre sua localização na biblioteca da Univali ou sites de editoras.

Não opinou 01 Quadro 4: resultados obtidos para a seção “Bibliografia”.

Fonte: Das autoras

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Seção Conteúdo Sugestões Nº

Download 03 Downloads 04 Downloads de (Manuais | Tutorias | Documentação de Projetos)

01

Arquivo de manuais, tutoriais e documentos

01

Materiais de Apoio 01

Downloads

Download de manuais,

tutoriais e documentos sobre

os projetos.

Download sobre materiais utilizados nos projetos.

01

Quadro 5: resultados obtidos para a seção “Downloads”. Fonte: Das autoras

Seção Conteúdo Sugestões (uma equipe opinou duas

vezes) Nº

Informações 02 Informações Gerais 03 Sobre o Autor 02 Informações Site 02 Sobre o Site 01 Saiba Mais 01 O que é (colocar como 1º link) 01 Apresentação 01

Sobre o AulaD Informações gerais sobre o

site, objetivos e autoria.

About 01 Quadro 6: resultados obtidos para a seção Sobre o AulaD

Fonte: Das autoras

Seção Conteúdo Sugestões Nº

News 01 Novidades 02 Eventos 01 Avisos 01 Mural 02 Notícias 01 O que há de novo? 01 Novas do design 01

Extra Avisos e novidades sobre arte

e design.

Saiba mais sobre arte e design 01 Quadro 7: resultados obtidos para a seção Extra

Fonte: Das autoras

Analisando as indicações do card sorting conclui-se que a nomenclatura atual das seções é a mesma sugerida pela maioria dos alunos. Porém a taxonomia das seções “Sobre o AulaD” e “Extra” não tem boa aceitação uma vez que estes termos não foram sugeridos por nenhum dos alunos. 4.3 Wireframe Todas as páginas do “AulaD” seguem a mesma estrutura, conforme wireframe apresentado na figura 3. A definição dessa estrutura de página foi baseada no wireframe padrão (figura 6) apresentado por Memória (2005), a partir da combinação de informações levantadas por outros autores.

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Figura 6: Wireframe padrão Fonte: Adaptado de Memória (2005)

Comparando-se os dois wireframes constata-se a semelhança, com exceção para os itens “Busca”, “Navegação Local” e “Breadcrumbs” que não aparecem no “AulaD”. As mudanças no wireframe não podem ser identificadas ainda, mas é provável que uma vez implementados os novos recursos apontados pela arquitetura da informação seja necessário adaptá-lo. 5. Considerações Finais Após a conclusão da avaliação da Arquitetura da Informação do site “AulaD”, foi possível confirmar na prática o que é apontado na literatura sobre a importância de uma arquitetura de informação, bem como a vantagem obtida ao denominar as seções de um site de acordo com uma linguagem que venha de encontro ao modelo mental que os usuários têm da descrição de uma determinada seção. Isso foi claramente verificado nas seções “Extra” e “Sobre o AulaD”, pois nestas, as nomenclaturas foram alteradas para “Novidades” e “Informações Gerais” respectivamente. Assim sendo, depois de confirmadas as necessidades terá início a fase de reorganização do site para o próximo semestre, observando-se as limitações impostas pelo tempo e recursos disponíveis, uma vez que se trata de uma iniciativa pessoal, que não dispõe de verba ou apoio técnico de terceiros, salvo pela colaboração da designer Fernanda Parisi no desenvolvimento das linhas de código.

6. Referências Bibliográficas AMSTEL, Frederick van. Design Centrado no Usuário para o Website da Universidade

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