Um amor inesperado Prólogo capítulos 10, 11, 12 e 13

O quê aconteceu? Eles se beijaram?

Bom, é o que vamos ver

(Eu adoro fazer suspense com o

prólogo, hahaha).

Cáp. 10: Namorados? [Crissy]

Estava difícil processar os dados. Minha cabeça

simplesmente não entendia, ela estava á beira de

ter um curto circuito.

Vejamos o porquê.

1º: Stiles me achava linda.

2º: Ele me amava.

3º: Nós nos beijamos.

4º: Ele me pediu em namoro.

Eu pedi uns dias pra pensar... Eu queria ter

aceitado no mesmo minuto, ter lhe dado um beijo,

porém não pude.

Será que o quê eu temia estava prestes a

acontecer? Se eu era tão infinitamente

apaixonada por ele, eu voltaria á Verard?

De uma coisa eu tinha certeza... Eu dependia de

Stiles agora.

Não como dependia de respirar ou de batidas de

meu coração. Era mais que isso. Acho que estas

coisas eram apenas para me manter

funcionando, porque eu não conseguia sequer

explicar o quanto eu amava ele.

Ele me aquecia. Ele não só me fazia uma garota

100 vezes mais feliz ao seu lado. Ele me fazia

viver. Quando ele entrou em minha melancólica

vida, ele botou alegria nela.

Finalmente me deu motivos para sorrir, que antes

não existiam.

Como eu deixaria minha paixão, meu vício, minha

dependência ali em Tonk?

Garanto que se eu voltasse para Verard sem ele

minha vida perderia a graça. Com ele, minha

vidinha medíocre era colorida, feliz. Mas sem, era

cinza, preto, branca.

Poderia parecer tão pouco até aquela hora. Podia

parecer que nós mal nos conhecíamos, mas nós

nos amávamos, muito. Quer saber, desisto.

Jamais vou conseguir explicar meu amor por ele.

Eu não podia evitar um enorme sorriso toda vez

que o via. Eu o amava, mas do que podia,

esperava, devia... Ele seria meu namorado. E

apenas isso importava.

Eu estava com uma decisão difícil em mãos.

E eu tinha duas opções.

Primeira, ficar com Stiles em Tonk, visitando

Verard um pouquinho, e ser feliz exceto pelas

memórias que viriam à tona.

Segunda, voltar pra Verard e não ficar com

saudade de nada, mas viver triste, sem o garoto

que eu amava mais do que podia.

Difícil? Nem tanto... Eu já estava quase me

decidindo mesmo.

Depois de pensar e pensar, uma semana se

passou facilmente.

Nós estávamos extremamente felizes um com o

outro, satisfeitos por finalmente poder dizer “eu

te amo”. Mas um dia, após mais um beijo, ele me

surpreendeu.

-Crissy, você já decidiu?

-Não sei... Acho que não. Ou sim... Ah, talvez...

-Eu sei que deve ser difícil – ele me acomodou em

seu peito, abraçando-me enquanto eu encostava

a cabeça nele. – mas não importa o que você

decida, eu te amo. Se você quiser ir para Verard,

tem que seguir seu coração. Eu iria visitá-la.

Talvez me mudasse.

-O quê... Isso é sério?

-Claro que é. – ele me apertou em seu abraço. –

Por você eu faria tudo. Apenas para te fazer feliz,

eu sairia de Tonk, nem gosto daqui mesmo.

-Mentira, não é?

-Nunca – ele ficou sério por uns segundos, mas

tornou a sorrir. – Eu não nasci aqui, Cris. Nasci

naquela cidade que te levei.

-Blond?

-Isso, essa mesmo.

-Não sabia disso... – olhei para seu queixo, que se

acomodou em meus cabelos. – Mas você também

nunca me contou.

-Há, eu queria te levar lá antes. – ele fechou os

olhos, o queixo deslizando em minha cabeça

enquanto me abraçava. – Sabe, devia ser um

lugar especial.

-Mas só o momento foi especial.

-Eu sei, Cris. – ele beijou minha testa levemente.

-Então, acho que já decidi... – olhei para ele, e

sorri com o canto da boca.

-E qual é sua resposta? – ele disse, meio ansioso.

-Sim – respondi. – E eu quero ficar aqui. Não vou

voltar pro frio.

Ele riu.

-Tudo bem, se é o que você prefere... Mas se

quiser eu te levo pra Verard todo fim de semana.

-Perfeito! – sorri e o abracei.

Saí lentamente do seu abraço, ele era muito

confortável e bem quentinho.

Ele colocou seus lábios nos meus e nos beijamos

lentamente, contemplando a eternidade que

tínhamos.

Cáp. 11: Reações [Crissy]

Eu estava decidida a contar para Bill que não ia

voltar pra Verard.

Pedi para Stiles me levar até minha “casa”, e Bill

já estava com as malas arrumadas para partir no

dia seguinte.

-Ficar aqui...? – ele disse, surpreso, após a minha

explicação.

-Isso – respondi, abraçada á Stiles.

Bill estava meio sem palavras, as duas

sombrancelhas erguidas, boquiaberto.

-Mas por quê?

-Pai, eu amo Stiles... – baixei os olhos. – Ele me

deixa feliz, ao contrário da minha vida lá em

Verard... Desculpe, eu te amo, mas quero ficar.

-Quer? Então... Se isso a deixa realmente feliz e

melhor que poderia ser em Verard, eu deixo...

Mas vai me visitar toda semana?

-Claro.

Stiles pediu licença e voltou para o carro, para

colocar nossas blusas, que por acaso eu saí

carregando, mesmo sabendo que estava muito

calor.

-Hm, aproveitando esta saída... Não aprontem.

-Ah, pai, pelo amor de Deus.

-Não estou brincando. – ele não estava mentindo.

-Porque eu fazeria isso, hein?

-Não sei, talvez por estar totalmente sozinha com

seu namorado sem o pai por perto...

-Pai! – gritei suficientemente baixo para Stiles

não ouvir, a menos que ele estivesse com as

orelhas na porta.

-Só estou falando o que acho.

-Prometo que não vou fazer isso. – virei os olhos.

-Certeza?

-Pai, pára com isso.

-Tá bom, tá bom. Acredito em você.

Stiles entrou pela porta, silencioso.

-Que bom! – falei rapidamente. – Agora corta o

assunto, pai...

-Ok, ok.

-Bom... Amanhã eu venho aqui te dar tchau.

-Isso vai ser bem difícil, não é?

-Sei lá, vou te ver todo sábado. – Eu já havia até

combinado com Stiles de ir para Verard nestes

dias.

Abracei Bill.

-Pai, eu sei que você fez minha mala. Vou pegá-la,

ok? Não se preocupe.

Peguei a mala e sussurrei um tchau.

Eu e Stiles entramos no carro.

-Sobre o que vocês estavam conversando quando

eu entrei?

-Nada.

-Como nada? Com certeza era alguma coisa...

-Nada! – repeti.

-Eu sei que ele estava falando algo, Cris.

-Ai, que vergonha – corei, como sempre. – Ah,

aposto que agora você sabe!

-É, eu sei.

-Como que ele pode pensar isso...?

-É preocupação. Ele te ama, e por isso quer te

proteger.

-Mesmo que ele não se preocupasse, eu não faria

isso assim!

-Ele pensa isso porque estamos quase sozinhos,

né?

-É, sei. Mas ele não devia pensar assim.

-Vamos mudar de assunto.

-Ótima idéia!

Liguei o som. Mal tocaram 2 músicas e estávamos

na casa dele.

-Que rápido...

-Não foi tanto, não. Você que não viu o tempo

passar...

-É, deve ser isso.

Descemos do carro e eu peguei minha mala.

-Você está cansada, não é?

-Estou.

-Vá dormir. Eu estou sem sono, vou ler na sala

para não te acordar.

-Tudo bem, obrigada.

-Boa noite. – ele disse, me abraçando e colando

seus lábios nos meus novamente.

Cáp. 12: Acabam as férias [Stiles]

Todo esse tempo que ficamos de bobeira passou

rápido. As férias acabaram e tínhamos que ir pra

escola.

-Você está pronta? – perguntei, irônico, ao vê-la

toda bagunçada ao acabar de acordar.

-Pare de graça – respondeu ela, mal-humorada.

-Vou deixar você se arrumar em paz. Você tem 1

hora e meia.

-Nossa. Dá e sobra tempo.

-Que bom.

Fechei a porta e ouvi ela pular da cama, abrir a

mala e jogar alguma roupa no chão.

Eu estava pronto, então desci as escadas e

devorei uma fatia de pão.

Ouvi passos lentos e certamente sem pressa.

Virei-me e vi Crissy descendo a escada.

-Hm, você está linda.

O cabelo estava bem preso em um rabo de

cavalo, uma alça da mala no ombro. Blusa de

uniforme, calça jeans.

-Obrigada – ela corou.

-Você passou lápis de olho?

-Passei.

-Ficou linda também. De qualquer jeito.

Ela corou um pouco mais e sentou do meu lado.

-Quer? – ofereci.

-Não estou com fome.

Olhei meu relógio.

-Temos um tempo ainda.

-Quanto? – ela olhou no relógio rapidamente.

-40 minutos.

-Nossa. Acho que me distrai lá em cima.

-Eu reparei. Vamos assistir TV.

Sentamos no sofá e ela encostou a cabeça em

meu ombro.

Virei a cabeça e nossos lábios se tocaram.

Ela não recuou, apenas beijou-me.

Crissy desencostou a cabeça de meu ombro e se

concentrou apenas em nossos lábios.

A televisão foi esquecida, ligada.

Quando nos beijávamos, era uma forma de nos

unirmos, de nos amarmos mais ainda.

Eu a amava mais do que ela podia imaginar.

Desde que a vi, me senti estranho. Eu nunca era

assim com garota nenhuma. Jamais me senti tão

atraído por alguma garota como era por Crissy.

Então, na hora em que eu descobri que a amava,

eu pensei que tinha que conhecê-la logo. Se eu

estava mesmo gostando dela, era especial, não

podia ser abandonado, não é?

Interrompendo meu pensamento, ela deu o beijo

por acabado e olhou o relógio.

-Temos 15 minutos pra chegar até a escola.

-Vamos. – levantei rapidamente, pegando as duas

mochilas.

Entramos no carro e fomos conversando até a

escola. Estacionei o carro na minha vaga de

sempre, que era praticamente minha (e todos

sabiam disso).

Entramos na sala de Biologia, já entediados.

-Ai, esse professor é muito chato. – ela

sussurrou pra mim.

-Bom dia, classe. – O Sr. Bensen entrou na sala

com sua cara carrancuda. Teria quebrado a mesa

se jogasse seus livros e cadernos um pouco mais

forte.

A aula demorou pra acabar. Estavam todos

entediados, bocejando, e o professor estava

percebendo. Quando a aula finalmente acabou,

saímos apressados para a aula de Inglês. Duas

aulas.

-Repeat: The cake is in the table, and the table is

Brown, dark Brown. Willy eat the cake and Jorge

drink the soda. – a professora falava enquanto

todos copiavam a matéria, extremamente

cansados de tanta baboseira.

O sinal bateu e começamos a nos arrumar para

sair.

-Eu não estou com fome, ainda – Crissy falou,

enquanto colocava os cadernos na mala.

-Nem eu. – respondi, fechando minha mochila.

-Vamos?

-Vamos. – ela respondeu, entrelaçando sua mão

na minha.

Cáp. 12: Eu sou gata? [Crissy]

Como era a primeira vez que eu saía com Stiles

assim, de mãos dadas, acho que vi alguns

olhinhos curiosos nos espiando. Um amigo de

Stiles falou para ele, achando que eu não escutei:

-E aí cara, tá namorando? Gata, hein?

-É, estou, Felippe. Ela é linda, e gata é apenas o

feminino de gato.

-Então tá. – e Felippe saiu, mordendo o lábio.

-Eu sou gata? – perguntei enquanto voltava perto

dele.

-Não, isso nem sequer é elogio, é nome de animal,

não é? – ele riu.

-É – respondi, andando de novo de mãos dadas

com ele.

-Eu te chamaria de linda, perfeita, extremamente

bonita...

-Pára. Não sou nada disso. – ergui uma

sombrancelha.

-Claro que é. – o sinal tocou e nossa conversa se

deu por terminada.