o acolhimento no caps

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Marianna Soares/ Setembro 2014

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Apresentação realizada para a equipe do CAPS II UFBA/Garcia sobre Acolhimento.

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  • Marianna Soares/ Setembro 2014

  • Atos produtivos (MERHY, 2002):

    T.M. = TRABALHO MORTO T.V. = TRABALHO VIVO

    Matria prima Ferramentas Organizao

    Saberes tecnolgicos

    Trabalho em si Produto

    T.M. T.V. T.M. T.M./T.V. T.M./T.V.

    Trabalho morto centrado

    Trabalho vivo centrado

  • SADE: Campo do trabalho vivo em ato (MERHY, 2002, p.49) No pode ser globalmente capturado pelo trabalho morto (equipamentos e saberes

    tecnolgicos estruturados) O seu objeto no plenamente estruturado Suas tecnologias de ao mais estratgicas so processos de interveno em ato

    (tecnologias de relao, de encontro de subjetividades) Amplo grau de liberdade na escolha do modo de fazer essa produo.

  • TECN

    OLOG

    IAS NA

    SAD

    E

    CONTEXTUALIZANDO...

    Tecnologias duras Tecnologias leve - duras Tecnologias leves Produo do vnculo

    Autonomizao Acolhimento

    Gesto

    Saberes bem estruturados Clnica(s) mdica,

    psicolgica... Epidemiologia

    Equipamentos tecnolgicos :

    Mquinas Normas

    Estruturas organizacionais

    certos saberes que so constitudos para a produo de produtos singulares, e mesmo para organizar as aes

    humanas nos processos produtivos, at mesmo em sua dimenso inter humana (MERHY, 2002, p. 45).

  • TRABALHO VIVO

    EM ATO

    USURIO FINAL

    Produ

    o de

    proce

    ssos

    inters

    eores

    Prticas de acolhimento, vnculo, etc..

    CONTEXTUALIZANDO...

  • :

    Dificuldades de acesso da populao aos servios; Desvalorizao dos trabalhadores de sade , Baixo investimento na educao permanente, Pouca participao na gesto dos servios, Frgil vnculo com os usurios, Despreparo dos profissionais para lidar com a dimenso subjetiva inerente prtica de sade, Modelos de gesto centralizados e verticais, desapropriando o trabalhador do seu prprio processo de

    trabalho.

    ACOLHIMENTO - Breve histrico

    1988 2003 Realidade SUS:

  • - Aumento do grau de co-responsabilidade na produo de sade e de sujeitos;

    - Mudana na cultura da ateno dos usurios e da gesto dos processos de trabalho

    Troca e construo de

    saberes

    Dilogo entre profissionais

    Trabalho em equipe

    Considerao s necessidades, desejos e interesses dos atores da

    sade

    BRASIL, 2013, p. 10.

  • - todo usurio do SUS saber quem so os profissionais que cuidam da sua sade

    - as unidades de sade garantiro os direitos dos usurios...e possibilitaro acompanhamento pelos usurios

    - reduo de filas por meio do acolhimento com avaliao de risco e agilidade

    - as unidades de sade garantiro gesto participativa aos seus trabalhadores e aos seus usurios.

  • Fluxo do Acolhimento

    RECEBE ESCUTA ANALISA DECIDE

    RESOLVE

    ENCAMINHA

    CONSTRI VNCULO

    INFORMA

    Merhy et al, ???

  • ACOLHIMENTO Acolher a todos: meta dos servios de sade

    Consiste na mudana do processo de trabalho para atender a todos que buscam a unidade de sade

    um dispositivo disparador de reflexes e mudanas na organizao dos servios de sade

    Altera as relaes entre trabalhadores/usurios, trabalhadores/trabalhadores

    Humaniza a ateno

    Estabelece vnculo/ responsabilizao das equipes com os usurios

    Aumenta a capacidade de escuta s demandas

    Resgata o conhecimento tcnico da equipe de sade , ampliando sua interveno

    Merhy et al, ???

  • ACOLHIMENTO

    POSTURA

    Atitude humanizada e receptiva

    Interesse mtuo, confiana e apoio

    No um ato de bondade: momento de construo de transferncia

    TCNICA

    Momento em que o trabalhador usa o seu saber, para responder s necessidades dos usurios

    Superar fragmentaes Articular diferentes

    saberes da equipe multiprofissional

    REORIENTAO

    DO SERVIO

    Centro da proposta organizacional

    Orientador do trabalho em equipe e da clnica ofertada

    Baseado em Silva Jr e Mascarenhas, 2004 apud SCHMIDT, M.B.; FIGUEIREDO, A.C, 2009..

  • Os objetivos dos dispositivos substitutivos, consideram:

    Reforma Psiquitrica e Clnica Psicossocial

    Dimenso Clnica (Resgate do sujeito)

    Dimenso Poltica (Conquista da cidadania)

  • Reforma Psiquitrica e Clnica Psicossocial Referncias da Reforma psiquitrica

    (TENRIO (2001), apud JUCA; LIMA; NUNES, 2008)

    A clnica institucional Reabilitao Desinstitucionalizao Rompe com o paradigma

    clnico tradicional: adoecimento/ patologia

    a existncia do sujeito

    Investimento no resgate do poder de

    contratualidade;

    Busca trabalhar o sujeito em sua singularidade

    Construir possibilidades para que ele possa fazer lao

    social

  • Servio aberto e comunitrio (SUS) Lugar de referncia e tratamento Regulao da porta de entrada da

    rede de assistncia em sade mental de sua rea Ambiente que acolhe pessoas em crise

    e muito desestruturadas, que no conseguem, naquele momento, organizar as atividades da unidade

    Quando a pessoa chega dever ser acolhida e escutada em seu sofrimento. Esse acolhimento poder ser de diversas formas, de acordo com a organizao do servio. O objetivo nesse primeiro contato compreender a situao, de forma mais abrangente possvel, da pessoa que procura o servio e iniciar um vnculo teraputico e de confiana com os profissionais que l trabalham. Estabelecer um diagnstico importante, mas no dever ser o nico nem o principal objetivo desse momento de encontro do usurio com o servio (BRASIL, 2004, p.15) .

  • Pesquisa realizada por Juc, Lima e Nunes, 2006/2007, observao, entrevistas e grupos focais.

    11 CAPS: 07 BA/04 SE

    RECEPO: todas as prticas envolvidas na insero do sujeito no CAPS (chegada ao servio por demanda espontnea ou referenciada, procedimentos de acolhimento, que podem ser individuais ou grupais, at a elaborao do projeto teraputico individual)

    RESULTADOS:

    - chegada do usurio ao servio/modo pelo qual ele ser, ou no, acolhido so de extrema importncia para o que acontece posteriormente

    (JUCA; LIMA; NUNES, 2008)

  • - Princpios da reforma psiquitrica - Estar ou no na recepo: ocupar um lugar de

    poder - Tomada de decises importantes

    - Quem detentor de um saber especfico, para assumir tamanha responsabilidade?

    Nomeao da prtica de recepo no servio

    (JUCA; LIMA; NUNES, 2008)

    Aspecto da seleo

    TRIAGEM

    Aproximao mais calorosa O sujeito no ser apenas mais um caso (que fica ou encaminhado)

    ACOLHIMENTO E RECEPO

    Modo de operacionalizao da recepo: 1) necessrio ter nvel superior ou no? 2) qual o nvel de conhecimento de

    psicopatologia necessrio?

  • Sobrecarga dos profissionais:

    - requer escuta

    - preenchimento de papeis

    - decifrao do que se trata

    - distino de se caso para o CAPS

    - eleio de atividades (quando o PTS preliminar feito momento)

    - marcao/ encaminhamento (quando o caso) (JUCA; LIMA; NUNES, 2008)

  • Lidar com a angstia do outro: - Desgastante, especialmente na

    crise - Falta de desejo de trabalhar com

    sade mental (oportunidade de emprego) e despreparo profissional: maximizam o impacto de estar na linha de frente

    Conviver com o sofrimento social: - Servio pblico: clientela a desfavorecida

    economicamente/ baixa ou nenhuma renda fixa

    - Sofrimento mental + Sofrimento social

    - Angstia pela visibilidade da misria e violncia

    (JUCA; LIMA; NUNES, 2008)

  • Como potencializar nossas prticas acolhedoras? Fluxograma analisador: Diagrama do nosso processo de trabalho (entradas,

    etapas percorridas, sadas e resultados alcanados, anlise do caso): ferramenta para reflexo da equipe sobre o trabalho no dia a dia

    Oficinas de discusso e planejamento de aes na equipe Elaborao de protocolos, com classificao de riscos Educao permanente: a reflexo do prprio fazer como prtica de

    aprendizagem.

  • Avaliao de risco em sade mental:

  • Podemos fazer um protocolo de

    acolhimento com avaliao e classificao

    de risco?

  • REFERNCIAS BRASIL. HumanizaSUS: Poltica Nacional de Humanizao. Documento para discusso. Braslia: 2003.

    ________HumanizaSUS: acolhimento com avaliao e classificao de risco: um paradigma tico-esttico no fazer em sade / Ministrio da Sade, Secretaria-Executiva, Ncleo Tcnico da Poltica Nacional de Humanizao. Braslia: Ministrio da Sade, 2004.

    __________ Sade mental no SUS: os centros de ateno psicossocial / Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade, Departamento de Aes Programticas Estratgicas. Braslia: Ministrio da Sade, 2004.

    JUCA, Vldia Jamile dos Santos; LIMA, Mnica; NUNES, Mnica de Oliveira. A (re) inveno de tecnologias no contexto dos centros de ateno psicossocial: recepo e atividades grupais. Mental, Barbacena , v. 6, n. 11, dez. 2008 . Disponvel em . acessos em 14 set. 2014..%252520Not%2525C3%2525ADcias%25252012.08.2012.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fbeneficiosaude.com%252Fnoticias%252Fsobrecarga-de-peso-sobre-coluna-eleva-numero-de-beneficios-no-inss%3B300%3B354

  • MERHY ET AL, 1... Mudando o processo de trabalho na rede pblica: alguns resultados da experincia de Belo Horizonte. ???

    MERHY, E.E. Sade: a cartografia do trabalho vivo. So Paulo: Editora Hucitec, 2002.

    SCHMIDT, M.B.; FIGUEIREDO, A.C. Acesso, acolhimento e acompanhamento: trs desafios para o cotidiano da clnica em sade mental. Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., So Paulo, v. 12, n. 1, p. 130-140, maro 2009. Disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/rlpf/v12n1/a09v12n1. Acesso em 05 set. 2014.

    Imagens:

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    REFERNCIAS