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UFCD 6563 PREVENÇÃO E CONTROLO DA INFECÇÃO NA HIGIENIZAÇÃO DE ROUPAS, ESPAÇOS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

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Manual de formação da UFCD 6563 - Prevenção e Controlo Da Infecção Na Higienização de Roupas Espaços Materiais e Equipamentos

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INTERVENO EM ESPAOS CULTURAIS

Preveno e controlo da infeco na higienizao de roupas, espaos, materiais e equipamentos

ndice1.Conceitos associados lavagem, desinfeco e esterilizao.51.1.A lavagem..51.1.1.Lavagem manual e mecnica.51.1.2.Tipologia de produtos utilizados na lavagem manual51.1.3.Mtodos de lavagem71.2.A desinfeco..81.2.1.Desinfeco..81.2.2.Tipologia de produtos utilizados na desinfeco..81.2.3.Mtodos de desinfeco.91.3.A esterilizao.91.3.1.Esterilizao e tipo de aplicao91.3.2.Mtodos de esterilizao: baixa temperatura e alta temperatura...102.Tipologia de produtos, aplicao e recomendaes associadas...112.1.Produtos de lavagem...112.2.Produtos desinfectantes..123.Roupas...143.1.O tratamento de roupas tendo em conta os nveis de risco...143.1.1.O equipamento de proteco individual.143.1.2.As tcnicas de manuseamento de roupa suja e lavada.163.1.3.A recolha, o transporte, a triagem e o acondicionamento de roupa...................................................................................................173.1.3.1.A recolha de roupa suja: procedimentos e normas associadas173.1.3.2.A triagem da roupa: tipo de roupa, tipo de procedimentos associados, identificao, selagem e rotulagem.183.1.4.Os circuitos de transporte da roupa.203.2.O acondicionamento de roupa suja e lavada.213.3.A substituio de roupa e de produtos de higiene e conforto..213.3.1.Tcnicas de substituio de roupas em camas, beros e macas desocupadas.213.4.Normas e procedimentos de higiene, segurana e sade no trabalho....234.Limpeza e higienizao de instalaes/ superfcies.254.1.A limpeza e higienizao de instalaes/ superfcies da unidade do utente e/ou servios tendo em conta os nveis e zonas de risco...254.1.1.O Equipamento de Proteco Individual...254.1.2.Os Produtos de lavagem.264.1.2.1.Tipo de produtos.264.1.2.2.Preparao de produtos: mistura, diluio e dosagem adequada.284.1.2.3.As precaues a ter em conta.294.1.2.4.Aplicao e utilizao...314.2.Os mtodos e tcnicas de lavagem associadas higienizao dos espaos..324.3.Normas e procedimentos de Higiene, Segurana e Sade no trabalho.384.4.A limpeza e higienizao de instalaes/ superfcies no post-mortem..394.5.A limpeza e higienizao de instalaes/ superfcies em unidades/ servios especficos..405.Materiais....445.1.A lavagem e desinfeco dos materiais..445.1.1.O equipamento de proteco Individual.445.1.2.A tipologia de materiais445.1.3.Os circuitos de entrega e recolha de material hoteleiro, material clnico e material de apoio clnico..465.1.4.A lavagem e desinfeco de materiais: material hoteleiro, material clnico e material de apoio clnico.465.1.4.1.Lavagem manual.465.1.4.2.Lavagem mecnica e desinfeco trmica...465.1.4.3.Desinfeco qumica de material de apoio clnico e de material clnico.485.2.Os Produtos de lavagem.495.2.1.Tipo de produtos.495.2.2.Aplicao e utilizao505.2.3.Preparao de produtos: mistura, diluio e dosagem adequada515.2.4.As precaues a ter em conta.515.3.Armazenamento e conservao de materiais..515.4.Registos526.Equipamentos..536.1.A lavagem e desinfeco qumica dos equipamentos.536.1.1.O equipamento de proteco Individual...546.1.2.A tipologia de equipamentos...546.1.3.Os produtos de lavagem.556.1.3.1.Tipo de produtos.556.1.3.2.Aplicao e utilizao...556.1.3.3.Preparao de produtos: mistura, diluio e dosagem adequada.566.1.3.4.As precaues a ter em conta.576.1.4.A lavagem e desinfeco de equipamentos.576.1.5.Os mtodos e tcnicas de lavagem e desinfeco..586.1.6.Manuais e normas de instrues do fabricante.626.1.7.Manuteno preventiva..636.1.8.Normas e procedimentos de higiene, segurana e sade no trabalho.637.Materiais e equipamentos..647.1.A lavagem e desinfeco dos materiais e equipamentos de lavagem e higienizao...647.1.1.O equipamento de proteco Individual.647.1.2.A tipologia de materiais e equipamentos de lavagem/higienizao.657.2.Os Produtos de lavagem.687.3.O tratamento, a lavagem e a desinfeco de materiais de lavagem..697.4.O acondicionamento de produtos, materiais e equipamentos de lavagem e higienizao...707.5.Registos...718.O tratamento de resduos718.1.A recepo, a triagem o transporte e o acondicionamento de resduos: normas e procedimentos associados a cada tipo de tratamento...718.1.1.Grupo I- resduo que no apresentam exigncias especiais no seu tratamento..718.1.2.Grupo II- resduos hospitalares no perigosos728.1.3.Grupo III- resduos hospitalares de risco biolgico..738.1.4.Grupos IV- resduos hospitalares especficos..758.2.O armazenamento de resduos: normas e procedimentos associados a cada tipo de tratamento.769.Tarefas que em relao a esta temtica se encontram no mbito de interveno do/a Tcnico/a Auxiliar de Sade..789.1.Tarefas que, sob orientao de um profissional de sade, tem de executar sob sua superviso directa....789.2.Tarefas que, sob orientao e superviso de um profissional de sade, pode executar sozinho/a79Bibliografia..811.Conceitos associados lavagem, desinfeco e esterilizao

1.1.A lavagem

1.1.1.Lavagem manual e mecnica

A limpeza consiste no processo de remoo da sujidade por meios qumicos, mecnicos ou trmicos, efectuada s instalaes (incluindo pavimento, janelas, tecto, varandas, mobilirio, equipamentos e outras estruturas similares) num determinado perodo de tempo.

Neste mbito, os meios de limpeza podem ser caracterizados da seguinte forma:

Meio qumico - proveniente da aco de produtos com propriedades de dissoluo, disperso e suspenso da sujidade. Meio mecnico - proveniente da aco obtida pelo acto de esfregar manualmente ou pela presso de uma mquina de lavar, no sentido de permitir remover a sujidade. Meio trmico - proveniente da aco do calor, o qual reduz a viscosidade da gordura, tornando-a mais fcil de remover. Sempre que a temperatura for alta e aplicada em tempo suficiente, ela tambm poder ter, por si s, uma aco desinfectante ou esterilizante.

1.1.2.Tipologia de produtos utilizados na lavagem manualSabes e detergentes

O sabo um produto para lavagem e limpeza domstica, formulado base de sais alcalinos de cidos gordos associados ou no a outros tensoactivos.

o produto da reao natural por saponificao de um lcali (hidrxido de sdio ou potssio) e uma gordura vegetal ou animal.

O detergente um produto destinado limpeza de superfcies e tecidos atravs da diminuio da tenso superficial.

Os detergentes possuem efetivo poder de limpeza, principalmente pela presena do surfactante na sua composio. O surfactante modifica as propriedades da gua, diminuindo a tenso superficial facilitando a sua penetrao nas superfcies, dispersando e emulsificando a sujidade.

A utilizao desses mesmos produtos varia de acordo com a aplicao das propriedades e concentrao de cada um deles, conforme quadro seguinte:

A escolha dos produtos depende de:

Tipo de procedimento que pretendemos realizar (se vamos lavar, ou se necessrio lavar e posteriormente desinfectar).

Tipo de superfcie que vamos higienizar (equipamento, material clnico, pavimento).

Caractersticas do material (se metlico ou no metlico, inox ou outro tipo de material).

1.1.3.Mtodos de lavagemA limpeza tem vrias funes, que se podem sintetizar em duas vertentes distintas:

Vertente microbiolgica - consiste na remoo de grande parte dos microrganismos e da matria orgnica que favorece a sobrevivncia e proliferao desses microrganismos, o que contribui para uma maior segurana, ou seja, prevenir as IACS para doentes e profissionais; Vertente no microbiolgica - consiste em manter a aparncia cuidada, restabelecer a funo e evitar a deteriorao das superfcies.

De acordo com a abrangncia e objectivos a atingir, podem estabelecer-se diferentes frequncias de limpeza:

Limpeza corrente: aquela que se realiza diariamente, e que inclui a limpeza e a arrumao simplificadas. Limpeza de conservao ou semanal: a limpeza que embora no necessite de ser realizada todos os dias, pela sua importncia na conservao de um bom ambiente, no deve ser descurada, devendo por isso ser realizada pelo menos uma vez por semana. Limpeza imediata: aquela que realizada quando ocorrem salpicos e/ou derrames (ex: sangue ou outra matria orgnica) em qualquer perodo do dia, podendo ser solicitada pelos profissionais de sade ou sempre que constatada pelo funcionrio do servio de limpeza. Limpeza global: trata-se de uma limpeza mais completa e de fundo, que contempla estruturas por vezes de difcil acesso e/ou limpeza.

1.2.A desinfeco

1.2.1.DesinfecoA desinfeco consiste num processo de destruio ou inactivao de microrganismos na forma vegetativa (geralmente no actua nos esporos bacterianos) em superfcies inertes, mediante a aplicao de agentes qumicos ou fsicos. utilizada aps a limpeza de uma superfcie que teve contacto com matria orgnica. Definem-se como matria orgnica todas as substncias que contenham sangue ou fluidos corporais. So exemplos: fezes, urina, vmito, entre outros.1.2.2.Tipologia de produtos utilizados na desinfeco

Os desinfectantes, como antimicrobianos, exigem que os utilizemos de forma criteriosa, pelo que no se aconselha a sua utilizao, por rotina, na desinfeco de superfcies (ex: pavimento), uma vez que o seu uso frequente promove a sua rpida recontaminao.1.2.3.Mtodos de desinfecoO tratamento de superfcies com matria orgnica difere de acordo com o local e o volume do derramamento, sendo dividida em duas tcnicas de desinfeco: com pequena quantidade e com grande quantidade de matria orgnica.

Sempre que houver presena de matria orgnica em superfcies, essa dever ser removida. A seguir, realizar a limpeza e, posteriormente, a desinfeco. imprescindvel que o local seja rigorosamente limpo antes da desinfeco.

Os fatores que influenciam a escolha do procedimento de desinfeco das superfcies do ambiente so:

Natureza do item a ser desinfectado.

Nmero de microrganismos presentes

Resistncia inata de microrganismos aos efeitos do germicida.

Quantidade de matria orgnica presente.

Tipo e a concentrao do germicida usado.

Durao e a temperatura do contato com o germicida.

Especificaes e indicaes de uso do produto pelo fabricante.

1.3.A esterilizao

1.3.1.Esterilizao e tipo de aplicaoEsterilizao: consiste na completa destruio e eliminao de todos os microorganismos na forma vegetativa e esporulada. Esta destruio pode ser efectuada atravs de mtodos fsicos e/ou qumicos.A actividade dos agentes esterilizantes depende de inmeros fatores, alguns inerentes s qualidades intrnsecas do organismo e outros dependentes das qualidades fsico-qumicas do agente ou fatores externos do ambiente: Nmero e localizao de microrganismos. Resistncia inata dos microrganismos. Concentrao e potncia do agente germicida. Factores fsicos e qumicos. Presena de matria orgnica. Durao da exposio. Formao de biofilmes.1.3.2.Mtodos de esterilizao: baixa temperatura e alta temperatura

Esterilizao trmica

Esterilizao por calor hmido: exposio a vapor saturado com gua a 121C durante 15 minutos ou 134C durante 3 minutos em autoclave; (134C durante 18 minutos para pries). Esterilizao por calor seco: exposio a 160C durante 120 minutos ou 170C durante 60 minutos; este processo frequentemente considerado menos fivel do que o processo a vapor, especialmente para dispositivos mdicos com lmen.

Esterilizao qumica

O xido de etileno utilizado para esterilizao est a ser retirado em vrios pases, por razes de segurana e por questes de emisso de gases e efeito de estufa. O cido peractico largamente utilizado nos Estados Unidos e noutros pases, em sistemas automticos.

2.Tipologia de produtos, aplicao e recomendaes associadas2.1.Produtos de lavagem

Considera-se que os detergentes so substncias tensoactivas, solveis em gua e dotadas de capacidade de emulsionar gorduras e manter os resduos em suspenso, facilitando desta forma a remoo da matria orgnica das superfcies. So geralmente utilizados para a limpeza de pavimentos, equipamentos, utenslios e superfcies de trabalho.Os detergentes a utilizar devem cumprir os requisitos: Estar devidamente rotulado e identificado na embalagem de origem; Trazer indicaes precisas de diluio; Ser diludo somente no momento em que vai ser utilizado; Ser utilizado na dose correcta (com a utilizao de doseadores) e de acordo com as instrues do fabricante; Ser biodegradvel; Ser adequado (s) superfcie (s) em que vai ser utilizado; Ser preferencialmente no inico (pois produz menos espuma); Ter pH neutro ou ligeiramente alcalino; Manter-se fechado at ao incio da sua utilizao e sempre que no esteja a ser utilizado.

ainda de realar, que os detergentes no devem:

Conter desinfectantes, nomeadamente do grupo dos fenis por serem considerados poluentes para o meio ambiente; Ser adquiridos em embalagens muito grandes, sendo considerado razovel as embalagens que tm at 5 litros; Ser irritantes para as vias respiratrias ou outros alrgenos; Ser corrosivos; Estar associados a um desinfectante, com excepo das situaes que assim o exijam, como o caso das instalaes sanitrias, em que est recomendado o uso da utilizao de detergente que contenha desinfectante. Existem actualmente no mercado produtos que tm incorporado detergente e desinfectante, evitando assim as situaes graves de incompatibilidade.

2.2.Produtos desinfectantes

No se recomenda o uso de desinfectantes por rotina. Assim, para o cho e outras superfcies com grande utilizao por parte de utentes e profissionais, est apenas aconselhada a sua lavagem com gua quente e detergente.Por este motivo, os desinfectantes devem ser utilizados exclusivamente nas situaes de derrame/salpico de sangue ou de outra matria orgnica. Nestas situaes, o desinfectante que dever ser utilizado o hipoclorito de sdio (lixvia) a 1% de cloro livre ou o dicloroisocianurato de sdio (grnulos ou pastilhas).As superfcies que servem de apoio preparao de medicamentos e de tcnicas que requerem assepsia, no incio da actividade e entre procedimentos, devero ser desinfectadas com lcool a 70%.

No que diz respeito utilizao de desinfectantes, devem ser tomadas em considerao as regras de segurana:

Conhecer a composio do produto empregue; Respeitar as recomendaes de emprego, doses, diluies e incompatibilidades; Utilizar sempre o equipamento de proteco individual preconizado para o manuseamento destes produtos; Lavar imediatamente e abundantemente com gua se a pele ou mucosas forem atingidas por projeces do produto; Limpar sempre o recipiente em que se diluiu ou utilizou o desinfectante; Respeitar o tempo de conservao da diluio utilizada; Manter as embalagens das solues desinfectantes fechadas quando no esto a ser utilizadas; Nunca utilizar produtos que no sejam autorizados pela Comisso de Controlo de Infeco (CCI).

3.Roupas

3.1.O tratamento de roupas tendo em conta os nveis de risco

3.1.1.O equipamento de proteco individual

Os equipamentos de proteo individual devero ser usados sempre que existir risco de contato ou asperso de fluidos corpreos no profissional durante os procedimentos. A utilizao de equipamentos de proteo individual diminui os riscos de acidentes e de doena ocupacionais.

Os equipamentos de proteo individual utilizados na unidade de processamento de roupas de servios de sade so:

Luvas:

O uso de luvas na unidade de processamento de roupas constitui uma barreira de proteo para as mos do trabalhador ao tocar artigos, roupas ou superfcies contendo sangue e outros fluidos corporais.

No caso da coleta ou do recolhimento dos sacos e do transporte de roupa suja, recomenda-se o uso de luvas em ambas as mos e remoo de uma das luvas ao tocar no boto do elevador, maanetas ou outras superfcies.

As luvas recomendadas para uso na unidade de processamento de roupas so as de borracha reutilizveis e de cano longo. No recomendado o uso de luvas de ltex (cirrgicas e de procedimento) devido sua fragilidade.

Mscara cirrgica e proteo ocular:

O uso de mscara e proteo ocular indicado sempre que houver possibilidades de contaminao de mucosas (nariz, boca ou olhos) com sangue ou fluidos corporais. Na rea suja, avaliar a necessidade de uso de mscara de carvo ativado, a depender do nvel de contaminao e forma de manipulao dos produtos qumicos.Touca ou gorro: H poucas evidncias de que o uso do gorro ou da touca actua na preveno de infeces, porm, protege os cabelos dos profissionais nas situaes de risco envolvendo sangue ou fluidos corporais.

Avental: Utilizado para proteo individual nas situaes em que houver risco de contaminao com sangue, fluidos corporais ou outros lquidos. Na rea suja da unidade de processamento deve-se utilizar avental de mangas longas, principalmente na seleo e classificao da roupa suja.

O avental e o capote, se no forem descartveis, e a roupa privativa devem ser lavados diariamente.

Botas: O uso de botas obrigatrio na rea suja. So de uso individual, devendo ser lavadas no final de cada turno.

O trabalhador da unidade de processamento de roupas deve comunicar sua chefia qualquer alterao que torne imprprio o uso dos equipamentos de proteo individual e de outras barreiras de proteo.

Deve-se proceder a higienizao das mos aps a retirada dos equipamentos de proteo individual.

Barreiras de proteco utilizadas nas etapas de processamento da roupa:

3.1.2.As tcnicas de manuseamento de roupa suja e lavada

O processamento da roupa inicia-se com a retirada da roupa suja das reas onde foram utilizadas, tambm chamadas de unidades geradoras.

Na retirada da roupa suja da unidade geradora, deve haver o mnimo de agitao e manuseio, observando-se as precaues-padro, independente da sua origem ou do paciente que a usou. Isso ajuda a prevenir acidentes e disperso de microorganismos para o ambiente, trabalhadores e pacientes. Neste sentido est indicada apenas a pesagem e nunca a contagem de roupas sujas.

A roupa suja deve ser imediatamente colocada em saco, onde permanecer at a sua chegada ao servio de processamento. Recomenda-se transport-la dobrada ou enrolada a partir da rea de maior sujidade para a de menor sujidade e colocar no centro do saco aquelas que estiverem molhadas ou mais sujas, evitando o vazamento de lquidos e a contaminao do ambiente, dos funcionrios ou de outros pacientes. As grandes quantidades de sujidade slida, como fezes e cogulos, presentes na roupa devem ser removidos, com as mos enluvadas e jogadas na sanita, dando-se descarga com a tampa fechada.3.1.3.A recolha, o transporte, a triagem e o acondicionamento de roupa

3.1.3.1.A recolha de roupa suja: procedimentos e normas associadas

Para o acondicionamento da roupa suja, recomenda-se saco de plstico ou de tecido, que tenha qualidade suficiente para resistir ao peso da roupa, de modo a no romper durante a sua manipulao e transporte. Os sacos de tecido so adequados para a maioria das roupas e devem ser submetidos ao mesmo processo de lavagem da roupa antes de serem reutilizados. J os sacos plsticos so de uso nico e sugere-se que possuam cor diferente dos sacos de resduos de servios de sade, evitando-se com isso confuso, troca dos sacos e o seu destino errado.

Outros cuidados com o acondicionamento da roupa devem incluir: fechar os sacos adequadamente de forma a impedir a sua abertura durante o transporte, no exceder da sua capacidade e armazen-los em local destinado para esse fim.

O local destinado para o armazenamento da roupa suja na unidade geradora deve ser arejado e higienizado, conforme rotina pr-estabelecida, a fim de se evitar o aparecimento de insectos e roedores. A coleta deve ser realizada em horrio pr-determinada, visando sempre a reduo da circulao da roupa suja pelo servio de sade, e a mesma deve permanecer o menor tempo possvel na unidade geradora antes de ser transportada para a unidade de processamento.

3.1.3.2.A triagem da roupa: tipo de roupa, tipo de procedimentos associados, identificao, selagem e rotulagemNa sala de recebimento da roupa suja (rea suja) da unidade de processamento, a roupa deve ser classificada e pesada antes de se iniciar o processo de lavagem. Nessas etapas, mantm-se as recomendaes de realizar o mnimo de agitao e manuseio das roupas.A pesagem da roupa pode ser realizada em duas etapas distintas: no momento do recebimento na unidade de processamento, para fornecer dados para o controlo de custos, e aps a separao e classificao, para dimensionar a carga do processo de lavagem de acordo com a capacidade da lavadora, e de acordo com o programa de frmulas de lavagem.

A qualidade da lavagem comea na separao da roupa suja, quando esta classificada de acordo com o grau de sujidade, tipo de tecido e cor. a fase do processamento que oferece maior risco aos trabalhadores sob o ponto de vista de infeco e sade ocupacional. Apesar de infrequentes, infeces associadas a essa fase tm sido atribudas inadequao na higienizao e uso de equipamento de proteo individual.A separao da roupa suja tem como objetivos:

Agrupar as roupas que podem ser lavadas em conjunto, de acordo com o grau de sujidade e com suas caractersticas; Localizar e retirar objetos estranhos que possam estar junto com a roupa.

Na separao, as peas de roupa devem ser cuidadosamente abertas, puxando-as pelas pontas sem apertar, para a verificao e retirada de objetos estranhos, como instrumentais, artigos perfurocortantes, de uso pessoal, tecidos humanos, entre outros, provenientes da unidade geradora e que foram encaminhados misturados com a roupa suja. Alm disso, devem ser manuseadas com o mnimo de agitao.

Parmetros para classificao da roupa suja:

a) Grau de sujidade

Sujidade pesada roupa com sangue, fezes, vmitos e outras sujidades proteicas.

Sujidade leve roupa sem presena de fluidos corpreos, sangue e/ou produtos qumicos.

b) Colorao da roupa

A classificao por cor tem o objetivo de evitar manchas. Sugere-se a seguinte diviso:

Roupa branca e cores claras;

Roupa de cores firmes;

Roupa de cores desbotveis.

c) Tipo de Fibra Txtil

O processo de lavagem no o mesmo para todos os tipos de tecido, variando conforme sua origem e composio. Portanto, deve-se considerar o tipo de tecido ao classificar a roupa.

d) Tecido, Formato, Tamanho e/ou Tipo de Pea

Esse tipo de classificao, alm de determinar o processo de lavagem a ser escolhido, facilita o trabalho na rea limpa e no setor de acabamento.

As roupas podem ser classificadas como:

Lisas: lenis, fronhas, colchas, etc.; Tecidos felpudos: toalhas, roupes, etc.; Roupas cirrgicas: campos operatrios, aventais, etc.; Uniformes e paramentos: camisas, camisolas, calas, pijamas, etc.; Roupas especiais: cobertores, etc.; Absorventes: compressas cirrgicas, fraldas, etc.

3.1.4.Os circuitos de transporte da roupa

Ao transportar a roupa para a unidade de processamento externa ao servio de sade, fundamental considerar que:

A separao entre roupa limpa e suja deve ser rigorosa, envolvendo, preferencialmente, veculos distintos ou, pelo menos, com reas separadas; O veculo pode ser dividido fisicamente em dois ambientes com acessos independentes, para separar a roupa limpa da roupa suja; Se a unidade de processamento possuir apenas um veculo para o transporte de roupa limpa e suja, deve primeiramente distribuir toda a roupa limpa, e posteriormente realizar a coleta da roupa suja; No caso citado anteriormente, o veculo deve passar pelo processo de limpeza e desinfeco aps a coleta de roupa suja.

O sistema de distribuio e suprimento de roupas nos sectores do servio de sade depende do seu volume e do tempo de formao de stocks na rouparia central. A maior parte da troca de roupa nas unidades de internao ocorre nas primeiras horas da manh. Por essa razo, o recebimento pontual da roupa facilita o trabalho da enfermagem e o conforto do cliente.

A distribuio de roupa limpa para as unidades do servio de sade feita pelo pessoal da unidade de processamento de roupas ou da hotelaria e pode ser realizada em carros de transporte fechados ou, no caso da roupa embalada em sacos de plsticos ou tecido, em carros abertos e, preferencialmente, exclusivos para esse fim. No caso da roupa limpa no ser distribuda de forma embalada (em sacos plsticos ou de tecido) o carro transporte deve ser exclusivo. imprescindvel que sejam verificadas rigorosamente, as condies de higiene do carro de transporte de roupa limpa para evitar a contaminao desta.

A distribuio da roupa para os pacientes realizada pela equipa de sade. A roupa limpa no deve ser transportada manualmente, pois poder ser contaminada com microorganismos presente nas mos ou roupas dos profissionais.

3.2.O acondicionamento de roupa suja e lavada

Aps as etapas de calandragem, prensagem ou passagem, a roupa limpa dobrada, podendo ser armazenada embalada ou no. Sacos plsticos ou de tecido podem ser utilizados para embalar roupas separadamente ou em forma de kits. Quando h alta rotatividade, o simples empilhamento em um local adequado suficiente.

Ao embalar a roupa em saco, este deve estar limpo e ser mantido fechado. Se a opo for embalar em material plstico, este deve ser transparente, descartvel e as peas devem estar totalmente secas e temperatura ambiente, para evitar umidade e possvel recontaminao. A roupa separada em kits favorece o servio de enfermagem das unidades de atendimento ao paciente, uma vez que otimiza o trabalho de distribuio dela.

Recomenda-se embalar a roupa limpa proveniente de unidade de processamento terceirizada para evitar a sua contaminao durante transporte. A roupa embalada tem as seguintes vantagens:

Maior segurana ao servio, que est recebendo roupa realmente limpa;

Reduo de risco de contaminao;

Maior facilidade de controlo da roupa.

3.3.A substituio de roupa e de produtos de higiene e conforto

3.3.1.Tcnicas de substituio de roupas em camas, beros e macas desocupadas

Procedimento: Providenciar os recursos para junto do indivduo.

Aprontar uma cadeira aos ps da cama com as costas voltadas para quem executa

Lavar as mos

Trocar as roupas de cama segundo a tcnica abaixo descrita:

Posicionar-se de um dos lados da cama

Remover a roupa debaixo do colcho de toda a cama, comeando pela cabeceira at aos ps ( esquerda) e continuar a desentalar dos ps para a cabeceira ( direita), ou vice-versa;

Executar trs dobras na colcha comeando de cima para baixo, depois dobrar outra vez ao meio, no sentido da largura e colocar nas costas da cadeira;

Executar de igual modo para o cobertor;

Manter a dobra em cima do lenol que cobre o indivduo, fazer outra em baixo, seguida de duas dobras laterais, comeando pelo lado oposto;

Assistir o indivduo a voltar-se para o lado oposto da cama, ajustando a almofada;

Remover o resguardo, enrolando-o ou dobrando-o em leque at ao meio da cama, encostando-o bem ao indivduo. Executar do mesmo modo ao lenol de baixo.

Posicionar o lenol de baixo limpo a meio da cama, da cabeceira para os ps, abri-lo e enrolar ou dobrar em leque a metade oposta para dentro at meio da cama. Entalar a metade da cabeceira e fazer o canto, depois a metade dos ps e respectivo canto e por fim a parte lateral.

Posicionar o resguardo a meio da cama e enrolar a metade oposta para dentro at junto do indivduo, enrolando-o desse lado.

Virar o indivduo, ajustando a almofada

Posicionar-se do lado oposto

Remover o resguardo e o lenol de baixo descartando-os no saco da roupa suja

Tapar o colcho desenrolando e entalando o lenol de baixo, fazendo os cantos na extremidade superior e inferior. Entalar o resguardo desse lado.

Posicionar ou assistir o indivduo a posicionar-se no meio da cama

Aprontar o lenol que cobre o indivduo, desfazendo as dobras laterais

Posicionar-se de novo no lado oposto onde iniciou a cama

Cobrir o peito do indivduo com o lenol de cima limpo e dobrado, pedindo-lhe para o segurar. Se no for possvel, entalar sob os ombros.

Reunir a extremidade inferior do lenol limpo e a extremidade superior do que se vai retirar. Remover o lenol sujo, cobrindo simultaneamente o indivduo com o limpo. Executar o canto desse lado.

Aplicar um cobertor ou edredo sobre o lenol de cima

Executar o canto do cobertor ou edredo e do lenol em simultneo, fazendo uma dobra junto aos ps, depois de entalar a roupa na extremidade inferior da cama

Aplicar a colcha sobre o cobertor ou edredo e fazer o respectivo canto

Executar uma dobra para dentro na extremidade superior da colcha, de forma a envolver o cobertor ou edredo e executar a dobra do lenol sobre ambos

Posicionar ou assistir o indivduo a posicionar-se

Assegurar a recolha do material

Lavar as mos.

3.4.Normas e procedimentos de higiene, segurana e sade no trabalho

Seguem abaixo algumas orientaes que visam eliminar ou reduzir os riscos presentes na unidade de processamento de roupas:

As reas de circulao e os espaos em torno de mquinas e equipamentos devem ser dimensionados de forma que os trabalhadores e os carros de transporte de roupa possam movimentar-se com segurana; Antes da utilizao de qualquer equipamento, o operador deve ser capacitado quanto ao modo de operao e seus riscos; Os postos de trabalho devem ser organizados de forma a evitar deslocamentos e esforos adicionais; Nos postos de trabalho deve haver dispositivo seguro e com estabilidade, que permita aos trabalhadores alcanar locais altos sem esforo adicional; Nos procedimentos de movimentao e transporte de roupas deve ser privilegiado o uso de dispositivos que minimizem o esforo realizado pelos trabalhadores; O trabalhador do servio de reprocessamento de roupa deve ser capacitado a adoptar uma mecnica corporal correta de forma a preservar a sua sade e integridade fsica; O ambiente onde so realizados procedimentos que provoquem odores ftidos deve ser provido de sistema de exausto ou outro dispositivo que os minimize; O posto de trabalho deve ser planeado ou adaptado para a posio sentada, sempre que o trabalho puder ser executado nessa posio.

4.Limpeza e higienizao de instalaes/ superfcies

4.1.A limpeza e higienizao de instalaes/ superfcies da unidade do utente e/ou servios tendo em conta os nveis e zonas de risco

4.1.1.O Equipamento de Proteco IndividualOs profissionais que so responsveis pela limpeza e desinfeco das instalaes, devem estar protegidos durante a execuo das suas actividades pelos equipamentos de proteco individual que constam no Quadro seguinte:

Salienta-se, que as luvas constituem uma barreira de defesa eficaz no contacto com os produtos de limpeza, em especial nos contactos prolongados com os desinfectantes, detergentes com aco corrosiva, decapantes, cera ou outro produto qumico que possa potencialmente causar dano ao seu utilizador, pelo que fundamental respeitar a sua utilizao.Assim, indispensvel a utilizao de luvas adequadas sempre que se realizem trabalhos de risco, nomeadamente:

No manuseamento de produtos contaminados ou suspeitos de contaminao incluindo materiais/equipamentos de limpeza; Na limpeza de reas sujas e contaminadas; Na limpeza de pavimentos, materiais e equipamentos de mdio e alto risco; No manuseamento de materiais corto-perfurantes; Durante a manipulao/aplicao de produtos agressivos para a pele (detergentes, desinfectantes e outros).

de referir, que todo o equipamento de proteco individual deve ser fornecido aos seus trabalhadores, o qual dever ser substitudo assim que apresente sinais de deteriorao.4.1.2.Os Produtos de lavagem:

4.1.2.1.Tipo de produtos

Desinfectantes Qumicos

Os desinfectantes qumicos so utilizados, frequentemente, para matar bactrias.

Contudo, na maioria dos casos, os desinfectantes qumicos no so necessrios. Se a superfcie tiver sido limpa convenientemente, a maior parte das bactrias tero sido removidas com a sujidade.

Para que este tipo de produto actue correctamente necessrio cumprir as seguintes regras:

A gua deve ser acrescentada de acordo com as indicaes do produto.

Os desinfectantes no devem ser misturados. A mistura provocar reaco qumica ou libertao de gazes txicos e os produtos perdero a sua eficcia.

Nenhum desinfectante eficaz para todo o tipo de bactrias, pelo que este deve ser escolhido mediante o tipo de bactria a matar.

As solues desinfectantes s devem ser preparadas quando necessrias, pois perdem a eficcia se forem guardadas algum tempo.

Primeiro, as superfcies devem ser limpas.

Alguns desinfectantes podem perder eficcia em certos tipos de plsticos, cortia ou outro tipo de material. Siga as instrues.

Detergentes sintticos

Os detergentes sintticos so feitos pela combinao de diferentes qumicos, geralmente derivados do petrleo.

Estes detergentes no formam espuma quando adicionados gua e podem ser de 3 tipos:

1- Detergentes neutros por vezes designados como para todos os usos, so os mais comuns. So frequentemente de cor verde ou amarelo-acastanhado e so usados para a lavagem de pratos, limpeza de p.

2- Detergentes alcalinos so tambm conhecidos como detergentes para superfcies difceis, ou desengordurantes, e so utilizados em tarefas mais especializadas e difceis. No devem ser usados em objectos em superfcies delicadas.

3- Detergentes cidos so usados geralmente para a limpeza de casas de banho, para a remoo de estuque e cimento de superfcies novas e para remoo de ndoas causadas por depsito de cal nas torneiras que pingam. Estes podero ser fracos ou fortes, dependendo do tipo de cido usado. Requerem cuidados de utilizao.

Outros agentes de limpeza

Agentes compostos por solventes

Em termos de limpeza, um solvente um lquido que dissolve depsitos de gorduras e leos, que a gua no consegue.

Assim, um agente de limpeza composto por solventes uma soluo de um lquido e outros aditivos e utilizado para a remoo de cera, alm de limpeza a seco e remoo de ndoas.

Agentes abrasivos

So tambm conhecidos por agentes erosivos ou para esfregar, sendo muito usados na limpeza de acessrios sanitrios, em loias ou superfcies esmaltadas.

Podem apresentar forma de p, pasta, creme ou lquido, e consistem basicamente em minerais muito modos (como areias, cinzas em p, dolomite, pomos e giz) que esfregam toda a sujidade.

Os abrasivos so classificados numa escala de 1 a 10, em que 1 o talco e 10 o diamante. Em termos de limpeza, os mais usuais so escalonados por volta de 6.

Estes agentes so os mais prejudiciais para as superfcies, sendo que os abrasivos de textura mais fina so usados na remoo de embaciamento e arranhes em superfcies metlicas, contudo, o seu uso frequente pode remover a cor metlica da superfcie.

Este tipo de agentes no aconselhado para superfcies que se risquem com facilidade, como o caso do plstico. 4.1.2.2.Preparao de produtos: mistura, diluio e dosagem adequada

importante seguir as instrues das embalagens, prestando especial ateno diluio e avisos em relao segurana.

Diferentes agentes de limpeza requerem diferentes tipos de diluio, portanto devem ser tomados cuidados ao adicionar a quantidade certa de gua, ou outro lquido, medida do agente de limpeza.

A adio de demasiadas quantidades ou a diluio errada poder danificar a superfcie ou tornar necessria uma segunda enxaguadela. Em quantidades a menos o agente poder revelar-se ineficaz.

4.1.2.3.As precaues a ter em contaRotulagem

O Rotulo o Bilhete de Identidade do Produto/Detergente. Deve conter:

A denominao de venda

Lista de ingredientes ou compostos

Quantidade

Data de validade

Condies especiais de conservao

Identificao do lote

Fichas tcnicas devem conter:

Identificao da Empresa

Identificao dos Perigos

Composio/Informao sobre os Componentes

Primeiros Socorros

Medidas de combate a Incndios, fugas acidentais

Manuseamento e armazenagem

Controlo da Exposio/Proteco do Pessoal

Estabilidade e reactividade

Informao Toxicolgica, ecolgica, transporte, regulamentao e outras

Consideraes relativas eliminao

Simbologia de segurana:

FACILMENTE INFLAMVEL

Substncia inflamvel que arde facilmente

proibido aproximar chamas ou fontes de ignio; No ingerir; No expor a temperaturas elevadas; No fumar.

EX: lcool etlico; acetona; gasolina

COMBURENTE

Substncia que alimenta a combusto. Em contacto com outras substncias d origem a reaces que libertam muita energia

No aproximar de chamas e no ingerir.

EX: Acendalha liquida.

TXICO

Substncia venenosa prejudicial ao Homem, mesmo em pequenas quantidades, podendo levar morte

Usar luvas no seu manuseamento; Lavar as mos em caso de utilizao; No ingerir; No inalar;

EX: insecticidas e outros produtos designados a matarem espcies animais cuja aco seja prejudicial ao Homem

NOCIVO OU IRRITANTE

Substncia nociva, cujos vapores no devem ser inalados;

No ingerir; Usar mscara protectora no nariz e na boca.

EX: Correctores lquidos; Ceras, Amonaco.

CORROSIVO

Substncia Corrosiva que ataca a matria viva

No entrar em contacto com a pele; Usar luvas; No ingerir;

EX: cidos usados em laboratrios para limpeza

RADIOACTIVO

Radiaes emitidas por substncias radioactivas; em doses elevadas podem ser fatais.

EX: laboratrios de Raios X.

4.1.2.4.Aplicao e utilizao

Para a desinfeco so sempre preferveis mtodos fsicos como o calor. As temperaturas do processo variam de 65C a 100C mas, regra geral, quanto mais elevada for a temperatura menor ser o tempo de exposio necessrio. O calor no selectivo e no afectado pela presena de matria orgnica, assegurando os melhores resultados.

Deve promover-se a utilizao racional de desinfectantes, de acordo com a poltica instituda pela Comisso de Controlo da Infeco, de modo a uniformizar o consumo dos produtos e a utiliz-los de modo eficaz e sem riscos para doentes e profissionais. Esta utilizao racional baseia-se nos seguintes pressupostos:

O cho e as superfcies que no contactam directamente com o doente no necessitam de aplicao de desinfectantes sendo suficiente a sua lavagem com gua quente e detergente.

Contudo, quando se verte sangue ou matria orgnica, para a proteco do pessoal, deve-se utilizar desinfectante para a sua remoo. Esta operao deve ser executada com luvas de mnage e avental impermevel (evitando colocar os joelhos no cho para impedir que contactem com o derrame).

Se o derrame for grande, deve ser removido primeiro com toalhas de papel (que vo para o lixo contaminado) e a superfcie desinfectada a seguir. Caso contrrio, remove-se o derrame com o desinfectante. Lava-se a superfcie no final. De um modo geral utiliza-se produtos base de cloro e que tm apresentaes diversas: soluo, grnulos, pastilhas) devendo ser utilizados de acordo com as indicaes do fabricante. No devem ser aplicados na remoo de urina porque podem libertar vapores txicos.

Pode-se portanto concluir que s em situaes muito especficas est indicado o uso de desinfectantes qumicos: endoscpios flexveis e remoo de matria orgnica vertida ou situaes de surto de infeco. Na maior parte das situaes deve-se recorre s mquinas de lavagem/desinfeco que descontaminam e desinfectam e apresentam o material j seco, pronto a ser empacotado sem necessitar o manuseamento pelos profissionais reduzindo assim o risco de contaminao acidental dos profissionais e do ambiente.

4.2.Os mtodos e tcnicas de lavagem associadas higienizao dos espaosO risco de infeco das diferentes reas das Unidades de Sade est relacionado com a especificidade da actividade dos cuidados de sade prestados e com a susceptibilidade dos utentes.

Cada rea das Unidades de Sade dever ser identificada, rea critica, semicrtica ou no- critica, de acordo com o quadro seguinte:

A frequncia da limpeza, como se pode constatar no Quadro seguinte, estipulada de acordo com a classificao das reas. No entanto, as tcnicas de limpeza e os produtos empregues, para cada tipo de material, so sempre iguais em qualquer rea da Unidade de Sade, quer seja considerada ou no rea crtica.

A principal distino entre a limpeza corrente da rea crtica geral e da rea semicrtica geral reside na limpeza que realizada a meio do dia, uma vez que neste perodo, e somente neste, poder existir um menor nmero de zonas a limpar.

Exemplo de uma limpeza corrente a meio do dia:

rea crtica geral - A limpeza da sala de tratamentos inclui cho, marquesa, superfcies de trabalho, mobilirio, equipamentos, utenslios, lavatrio e sua(s) torneira(s) e manpulo(s) de porta(s), assim como o despejo de resduos e a limpeza dos contentores/recipientes. rea semi-crtica geral - A limpeza corrente da sala de injectveis inclui somente a marquesa, superfcies de trabalho e o despejo de resduos e a limpeza dos contentores/recipientes.

No sentido de facilitar o entendimento relativo s reas que devero ser englobadas nos vrios tipos de limpeza, apresenta-se uma sntese no Quadro seguinte:

Limpeza de superfcies

A limpeza com gua quente e detergente adequada para as superfcies existentes nas Unidades de Sade, pois remove a maior parte dos microrganismos. Contudo igualmente importante, para que no haja recontaminao e multiplicao de microrganismos, que todas as superfcies limpas fiquem bem secas.Durante a limpeza das superfcies, devem respeitar-se as seguintes orientaes:

Realizar a limpeza a hmido com gua quente e detergente adequado, reforando este procedimento em zonas com manchas; Aps a limpeza, as superfcies devem ficar o mais secas possvel e nunca encharcadas; Depois do perodo de secagem, as superfcies que servem de apoio preparao de medicamentos e de tcnicas que requerem assepsia, devero ser desinfectadas com lcool a 70%; Dentro de cada rea (ex: sala de tratamentos) o pano deve ser exclusivo para cada tipo de equipamento.Limpeza do pavimento

A diversidade de pavimentos leva a que existam diferentes mtodos de limpeza tanto manuais (hmido e seco) como mecnicos (mquinas automticas de lavar e/ou enxugar e de jactos de vapor de gua saturada sob presso).Nesta sequncia, apresenta-se resumidamente o procedimento de cada um dos mtodos anteriormente referidos.

Na lavagem do pavimento deve ainda ter-se em conta que:

A esfregona deve ser agitada dentro de cada balde e bem espremida; Devem adoptar-se movimentos ondulantes e manter as franjas da esfregona abertas; A gua deve ser quente e mudada frequentemente. Nas reas crticas e semicrticas, por exemplo, a gua tem de ser mudada sempre entre salas e, dentro de cada sala, sempre que a gua se encontre visivelmente suja, para evitar a redistribuio de microrganismos; Nos corredores e/ou reas a limpar devem colocar-se fitas ou outra sinalizao (ex: cones de sinalizao) para aviso de piso escorregadio, nos dois extremos dessas reas; Os corredores e escadas devem ser lavados no sentido longitudinal, ou seja lava-se primeiro uma metade e s depois a restante parte, de modo a permitir a circulao segura das pessoas durante a limpeza. As zonas de difcil acesso s mquinas de disco devem ser limpas manualmente.

Sempre que o pavimento possua ralos para escoamento de guas residuais, no se recomenda a utilizao do mtodo de duplo balde. Nestas situaes, o procedimento adequado consiste em espalhar uma soluo de detergente no pavimento e esfregar, empurrando de seguida as guas residuais para o ralo. O pavimento dever ser alvo de vrios enxaguamentos, com gua limpa, at que a totalidade das guas residuais tenham sido conduzidas para o ralo.

Pelo menos uma vez por semana, os pavimentos devem ser lavados primeiro pelo mtodo de duplo balde e, de seguida, deve efectuar-se uma limpeza com gua simples para remover a pelcula de detergente que se vai acumulando (quadro seguinte):

Mtodo manual seco

A utilizao de vassoura s permitida em reas no-crticas exteriores como trios, ptios, estacionamentos, entre outros, consistindo este mtodo simplesmente em retirar a sujidade atravs da utilizao de uma vassoura. Nas restantes reas, e somente se for imprescindvel, a limpeza a seco deve ser feita pela utilizao de um aspirador, embora este no seja considerado mtodo manual.

Mtodo mecnico atravs de mquinas automticas de lavar e/ou enxugar

Na generalidade estas mquinas possuem depsito para solues de detergente, o qual doseado directamente para a escova atravs de um dispositivo de auto-aplicao. Estas realizam um processo de lavagem atravs de escovas ou discos de rotao, podendo aspirar simultaneamente a gua da superfcie do pavimento.

Neste mtodo, deve evitar-se o risco da soluo de detergente secar na superfcie antes da operao de aspirao.

De referir, que estas mquinas tm a vantagem de ter uma alta eficincia de trabalho com menor esforo e risco para o trabalhador.Mtodo mecnico atravs de jactos de vapor de gua saturada sob presso

Este mtodo usualmente utilizado nas limpezas globais e pode ser aplicado praticamente em qualquer superfcie fixa, conseguindo-se obter uma boa limpeza pela sua aplicao directa na superfcie, sem necessidade de utilizar produtos qumicos, enxaguamento ou secagem.4.3.Normas e procedimentos de Higiene, Segurana e Sade no trabalho

To importante o procedimento, como o modo como este se realiza. Para realizar a higienizao da unidade, o profissional dever: Usar equipamento de proteco individual adequada; Usar material adequado ao procedimento e rea a higienizar (baldes, panos, rodo, sacos e outros); Remover da unidade todo o material clnico, resduos e roupas contaminados e/ou desnecessrios continuidade do tratamento; Preparar diluio correcta para a lavagem e substituir guas entre salas; Iniciar a lavagem pelas superfcies altas (de cima para baixo) e posteriormente os pavimentos (da zona mais limpa para a mais suja), do fundo da sala para a porta. Superfcies altas e pavimentos devero ser desinfectados em situaes de: Derrame de fluidos; Derrame de medicamentos; Desinfeco peridica/programada.

Lavar e desinfectar todo o material utilizado, deixando-o a secar invertido.

Recomendaes: Lavar antes de desinfectar. Nunca juntar detergente e desinfectante. Nunca juntar gua quente ao desinfectante pastilhas. Nunca juntar gua ao Hipoclorito de Sdio a 1%. Depois de desinfectar com Hipoclorito de Sdio a 1%, de preferncia deve passar a superfcie com gua limpa.4.4.A limpeza e higienizao de instalaes/ superfcies no post-mortemHIGIENIZAR DEPSITO DE CADVERS Recipiente de cadveres

Lavar com gua e detergente; desinfectar com hipoclorito a 2,5%.Pavimento

Lavar com gua e detergente; desinfectar com hipoclorito a 2,5%.4.5.A limpeza e higienizao de instalaes/ superfcies em unidades/ servios especficosHIGIENIZAR SALAS DE TRATAMENTO Utenslios

Verificar existncia de material sujo e encaminha-lo devidamente acondicionado para a central de esterilizao. Remover o lixo dos recipientes e substituir sacos (circuito de resduos). Verificar / repor toalhetes de papel e doseadores de sabo lquido. Mobilirio e equipamentos

Lavar com gua e detergente e desinfectar adequadamente com o produto em uso na instituio. Limpar e desinfectar os teclados dos computadores com lcool a 70.

Pavimentos

Aspirar a seco; lavar com gua e detergente contendo bactericida. Em caso de derramamento de sangue ou secrees (excepto urina), descontaminar com hipoclorito a 2,5% em toalhetes de papel, deixando actuar durante 3 a 5 minutos. Remover para lixo grupo III (risco biolgico).

HIGIENIZAR GABINETES MDICOS E SALAS DE ENFERMAGEM Utenslios

Remover lixo dos recipientes e substituir sacos. Substituir contentores de resduos perigosos (corto-perfurantes) se a da sua capacidade. Verificar / repor toalhetes de papel e doseadores de sabo lquido.

Mobilirio

Limpar com pano hmido (gua + detergente). Limpar e desinfectar os teclados dos computadores com lcool a 70.

Equipamento

Limpar com gua e detergente e desinfectar adequadamente com o produto em uso na instituio.

Pavimentos

Aspirar a seco; lavar com gua e detergente contendo bactericida

HIGIENIZAR INSTALAES SANITRIAS Utenslios

Remover lixo dos recipientes e substituir sacos (respeitar circuito de resduos). Verificar / repor toalhetes de papel, papel higinico e doseadores de sabo lquido.

Lavatrios e Sanitas

Lavar com gua e detergente; desinfectar com Hipoclorito a 2,5%.

Pavimentos e paredes de azulejo

Lavar com gua e detergente.

HIGIENIZAR REAS COMUNS (Salas de espera, corredores e atendimento administrativo) Utenslios

Remover lixo dos recipientes e substituir sacos. Mobilirio (cadeiras salas de espera)

Lavar com gua e detergente; desinfectar com lcool a 70. Mobilirio (atendimento administrativo)

Lavar com gua e detergente. Pavimentos

Aspirar a seco; lavar com gua e detergente.

HIGIENIZAR SALAS DE ESTERILIZAO, LAVANDARIA E ROUPARIA Equipamentos (bancas inox)

Lavar com gua e detergente e desinfectar com lcool a 70.

Pavimentos

Lavar com gua e detergente.HIGIENIZAR COMPARTIMENTO DE RESDUOS HOSPITALARES

Lavatrio

Lavar com gua e detergente; desinfectar com hipoclorito a 2,5%.

Balana

Limpar com pano hmido, desinfectar com lcool a 70.Pavimento

Lavar com gua e detergente; desinfectar com hipoclorito a 2,5%.

HIGIENIZAR ARMAZNS E FARMCIA

Remover lixo dos recipientes e substituir sacos.

Mobilirio (estantes; armrios)

Lavar com gua e detergente.

Pavimentos

Lavar com gua e detergente.

HIGIENIZAR SALA DE Rx Equipamento

Limpar com pano hmido; desinfectar com lcool a 70.

Pavimento

Lavar com gua e detergente. 5.Materiais

5.1.A lavagem e desinfeco dos materiais5.1.1.O equipamento de proteco IndividualEspecificaes quanto ao Equipamento de proteco individual:

5.1.2.A tipologia de materiais

Os materiais podem ser veculos da transmisso de microrganismos se a sua descontaminao for inadequada.

Por este motivo os mtodos de descontaminao devem estar bem definidos e o seu cumprimento da responsabilidade dos profissionais. O pessoal destacado para a descontaminao dos materiais deve ter formao nessa rea e deve ser-lhe facultado o equipamento de proteco necessrio, de acordo com o tipo de procedimento.Na descontaminao do material deve ter-se em conta o nvel de risco que ele representa de acordo com utilizao que vai ter. Em 1968 Spaulding, props uma classificao dos materiais em 3 nveis de risco e o necessrio tipo de descontaminao, que se mantm actual:

Toda a avaliao do tipo de descontaminao deve ser feita tendo em conta, alm da situao em que o material ir ser utilizado, o tipo de doente, o tipo de contaminao e os mtodos de descontaminao possveis de acordo com a compatibilidade do material.5.1.3.Os circuitos de entrega e recolha de material hoteleiro, material clnico e material de apoio clnico da responsabilidade do tcnico de sade o envio do material esterilizao. Deve ser enviado no turno da manh entre as 11 e as 12 horas e se necessrio no turno da tarde at s 20 horas.

Deve ser procedimento comum a todos os utilizadores de material esterilizado, a observao e cumprimento das normas de manuteno do mesmo, tendo sempre presente o cuidado de utilizar o material cuja data de esterilizao seja mais antiga.

Semanalmente, um tcnico dever efectuar o controlo do material esterilizado, a fim de detectar eventuais faltas.

5.1.4.A lavagem e desinfeco de materiais: material hoteleiro, material clnico e material de apoio clnico5.1.4.1.Lavagem manualSempre que o material seja processado manualmente deve ter-se em ateno a proteco do operador com os equipamentos de proteco adequados (luvas grossas, mscara e proteco ocular e bata ou avental). Quando for necessrio escovar o material, este deve estar mergulhado a fim de evitar salpicos e formao de aerossis.

5.1.4.2.Lavagem mecnica e desinfeco trmicaDeve dar-se preferncia lavagem mecnica sempre que possvel, porque alm de ser um mtodo que permite a monitorizao e validao, coloca menos riscos para o pessoal. Alm disso a maioria das mquinas tem a capacidade de associar lavagem, a desinfeco trmica ou qumica.As tinas ultra-snicas devem ser utilizadas para lavar materiais complexos e de difcil lavagem (ex.: alguns ferros cirrgicos de ortopedia, neurocirurgia, estomatologia). A tina deve estar sempre tapada durante o processo.

A desinfeco do material pode ser de 2 tipos:

Qumica Desinfectantes (mtodos manuais ou mecnicos)

Fsica Aumento de temperatura (geralmente atravs de mquinas de lavar/desinfectar).

A eficcia da desinfeco depende do desinfectante utilizado, da sua concentrao e do tempo de contacto com o material.Existem 3 nveis de desinfeco de acordo com o nvel de risco do material e com a contaminao presente:

Alto nvel Destri todas as bactrias vegetativas, todos os vrus, mas no necessariamente todos os esporos. Nvel intermdio Destri todas as bactrias vegetativas, incluindo Mycobacterium tuberculosis, mas no necessariamente todos os vrus ou esporos. Baixo nvel Destri a maior parte das bactrias patognicas (no necessariamente Mycobacterium tuberculosis) e alguns vrus.

A desinfeco trmica de alto nvel pode ser atingida atravs da utilizao de mquinas de lavar/desinfectar, com temperaturas de 75 durante 30 minutos ou 90 durante 10 minutos.

A desinfeco trmica de nvel intermdio pode ser atingida atravs da utilizao de mquinas de lavar/desinfectar, com temperaturas que variam entre 90 durante 1 segundo ou 65 durante 10 minutos.

5.1.4.3.Desinfeco qumica de material de apoio clnico e de material clnicoA desinfeco qumica de alto nvel pode ser conseguida atravs de mquinas (p.ex. endoscpios) ou manualmente com a utilizao de desinfectantes de alto nvel. Os desinfectantes de alto nvel que esto disponveis para utilizao, so:

Orto-ftalaldedo (Cidex OPA ) Pode ser tambm usado em mquinas (ver Recomendao para a descontaminao de endoscpios da CCI). A desinfeco de alto nvel atingida aos 5 minutos de contacto. Aps a desinfeco, o material deve ser abundantemente enxaguado com gua estril ou filtrada, ou com gua comum desde que possa ser submetido a uma passagem com lcool a 70 no final da secagem. Aps a secagem o material deve ficar protegido do contacto com o meio ambiente at prxima utilizao.

Existem mquinas para endoscpios que podem utilizar outro tipo de desinfectantes de alto nvel como o Glutaraldedo e, eventualmente, o cido Paractico. Devido toxicidade para o pessoal o uso manual de Glutaraldedo deve ser evitado. Os desinfectantes base de cloro p.ex: Na DCC (Presept ) em concentraes de 1000 ppm (partes por milho) e 10000 ppm, durante 20 e 5 minutos respectivamente, atingem um alto nvel de desinfeco, mas a maioria dos materiais no compatvel com este tipo de desinfectante nestas concentraes.

A desinfeco qumica de nvel intermdio pode ser conseguida atravs de mquinas (mquinas de lavar/desinfectar), em que muitas vezes associada desinfeco trmica, e manualmente com a utilizao de desinfectantes.

Os desinfectantes de nvel intermdio que esto disponveis para utilizao, so:

lcool etlico a 70 (imerso do material seco durante 10 minutos. Na DCC na concentrao de 1000 ppm (imerso do material durante 10 minutos).A desinfeco de baixo nvel pode ser conseguida atravs da utilizao de desinfectantes qumicos:

lcool etlico ou isoproplico (70 a 90) (aplicao na superfcie limpa e seca com toalhete embebido, deixando secar naturalmente). Na DCC 100 a 150ppm (aplicao na superfcie limpa e seca com toalhete ou pano embebido na soluo e deixar secar. Em superfcies delicadas, no final da secagem enxaguar com gua limpa). Amnio Quaternrio em toalhetes ou em pulverizador (Anios ) um desinfectante com aco detergente associada, pelo que a superfcie no tem que ser previamente lavada Limpar/desinfectar a superfcie com o toalhete impregnado e deixar secar sem forar a secagem, ou pulverizar a superfcie com o desinfectante, espalhar com um toalhete e deixar secar (seguir as indicaes do fabricante). No caso de haver grande contaminao ou contaminao com fluidos orgnicos, deve proceder-se sua remoo com o mesmo produto e depois fazer uma segunda aplicao do modo j descrito.5.2.Os Produtos de lavagem

5.2.1.Tipo de produtos

Os produtos que esto destinados lavagem de doentes ou das mos dos profissionais, no so adequados para lavar material.

Os produtos a utilizar devem ser sempre os indicados para o tipo de lavagem (manual ou mecnica), o tipo de material a lavar, o grau e tipo de contaminao presente.

Pode utilizar-se:

Detergente Desincrustante (ex.TFD4 ) Ferros cirrgicos, tubos de aspirao. Detergente Enzimtico (ex. Aniozyme DLT) Materiais de fibra ptica, ferros cirrgicos com canais ou muito complexos, materiais sensveis. Detergente Desengordurante - Lavagem manual de loia. Detergente de Uso Comum - Lavagem de superfcies (cho, paredes, bancadas, mobilirio etc.) Detergente/desinfectante (ex. Anios ) Para superfcies em que se queira associar a desinfeco limpeza.

5.2.2.Aplicao e utilizaoFactores que interferem na ao do desinfectante qumico: Natureza do item a ser selecionado: quanto mais lisa, no porosa e simples for a superfcie do artigo, mais favorvel ser ao processo de desinfeco. Resistncia intrnseca dos microrganismos: os microrganismos apresentam diferentes nveis de suscetibilidade aos germicidas qumicos, em funo das suas caractersticas prprias. Esta diferena determina a classificao dos germicidas em nveis, quanto ao seu espectro de ao. Quantidade de matria orgnica presente: sangue, fezes, muco, dentre outros materiais orgnicos presentes no artigo podem ocasionar a ineficcia do germicida Tipo e concentrao do germicida: a escolha do germicida deve basear-se no nvel de desinfeco necessrio para uso seguro do artigo, considerando-se o espectro de ao do desinfectante, na concentrao recomendada pelo fabricante. Tempo e temperatura de exposio: para cada germicida existe uma relao determinada entre os parmetros de tempo de contato e temperatura para atingir um ptimo desempenho, no que se refere ao espectro de ao. Em relao temperatura, necessrio ressaltar que os limites determinados pelo fabricante devem ser observados, pois, acima de certa temperatura, alguns germicidas passam a degradar-se, perdendo a ao desinfectante.

Outros fatores: pH da soluo, dureza da gua usada para diluio e a presena de outros produtos qumicos (exemplo: resduos de detergente) podem afetar negativamente a ao do desinfetante.

Nmero de microrganismos presentes no artigo.

5.2.3.Preparao de produtos: mistura, diluio e dosagem adequada

Um engano comum no manuseio de produtos qumicos para limpeza achar que misturar produtos aumenta a sua eficcia, o que no verdade. Essa mistura pode produzir gases txicos, nveis de calor perigosos, danos sade e ao meio ambiente, sem contar que a mistura pode neutralizar os produtos, invalidando a aplicao.

Nunca misturar produtos, nomeadamente desinfectantes e detergentes, sob pena de provocar reaces qumicas txicas e/ou de anular o efeito do desinfectante.

5.2.4.As precaues a ter em conta

Ter em ateno as recomendaes dos fabricantes quanto s incompatibilidades dos materiais:

O Cloro corrosivo para a maioria dos metais e plsticos e para as borrachas, dependendo da concentrao e tempo de contacto.

O lcool causa secagem de alguns plsticos e borrachas e tambm de materiais de silicone, poliuretano etc.

5.3.Armazenamento e conservao de materiaisO objecto deve ser empacotado para a esterilizao. S objectos empacotados podem ser descritos como estreis.Os materiais de empacotamento incluem:

Papel: previne a contaminao desde que esteja intacto, mantm a esterilidade por um perodo longo, pode ser utilizado como campo estril e pode tambm ser utilizado para envolver dispositivos sujos depois do procedimento. Certos plsticos: s o polietileno e o polipropileno so adequados para a esterilizao com xido de etileno. Txteis no-tecidos descartveis. Contentores: podem ser utilizados se contiverem, apenas, material para utilizao num nico procedimento. Devem possuir um filtro e uma vlvula que devem ser monitorizadas regularmente. Os sistemas de empacotamento para objectos estreis devem cumprir a legislao e/ou regulamentos locais. As condies de acondicionamento adequadas so essenciais para manter a integridade dos objectos esterilizados. O utilizador deve controlar a integridade da embalagem antes da utilizao.

5.4.Registos

O envio do material obriga ao preenchimento de uma requisio de material esterilizado. Esse dossier, tem para alm das folhas de requisio, um conjunto de orientaes sobre que tipo de material vai ou no esterilizao.

O envio do material para esterilizar deve ser obrigatoriamente conferido pelo tcnico da Esterilizao.

Quando o material chega unidade, deve ser obrigatoriamente conferido pelo tcnico de sade e arrumado nos armrios da sala de tratamentos.Sempre que exista alguma discrepncia entre o que foi requisitado e o que foi fornecido e que no possa ser esclarecida na altura, dever ser deixada informao ao tcnico do turno da noite, para que no turno da manh seguinte se possa esclarecer a situao.

6.Equipamentos

6.1.A lavagem e desinfeco qumica dos equipamentos6.1.1.O equipamento de proteco IndividualMscaras

Mscaras de pano, gaze ou papel so ineficazes. Mscaras de papel com material sinttico como filtro constituem uma barreira eficaz contra os microrganismos. As mscaras so utilizadas em diferentes situaes; os requisitos para a utilizao de mscara diferem para diferentes objectivos:

Proteco dos doentes: os profissionais devem usar mscara para trabalhar na sala operatria, para cuidar de doentes imunocomprometidos, para puno em cavidades do corpo: suficiente uma mscara cirrgica. Proteco dos profissionais: os profissionais devem usar mscara quando cuidam de doentes com infeces transmitidas pelo ar ou quando executam broncoscopias ou exames semelhantes. Recomenda-se uma mscara de alta eficincia.

Luvas

As luvas so utilizadas para:

Proteco dos doentes: os profissionais devem usar luvas estreis nas cirurgias, nos cuidados a doentes imunocomprometidos, em procedimentos invasivos. Proteco dos profissionais: os profissionais devem usar luvas no-estreis nos cuidados a doentes com infeco transmitida por contacto, para executar broncoscopias ou exames semelhantes.

Devem-se lavar as mos quando se retiram ou mudam as luvas. As luvas descartveis no devem ser reutilizadas.

Os materiais mais frequentemente utilizados para luvas so o ltex e o cloreto de polivinil. A qualidade, isto , ausncia de porosidades ou buracos e durao de uso, variam consideravelmente, segundo o tipo de luva. Pode ocorrer hipersensibilidade ao ltex e o programa de Sade Ocupacional deve ter polticas para avaliar e gerir este problema.

6.1.2.A tipologia de equipamentos

A limpeza e desinfeco de equipamentos fundamental para a sua boa manuteno do estado de higiene bem como permite manter de forma mais eficaz a sua operacionalidade e longevidade.

O equipamento que genericamente se encontra abrangido neste ponto, o seguinte:

Cama e unidade do doente com todos os seus componentes Utenslios e materiais diversos como jarros, baldes, pentes, escovas, tala para colocao de cateter arterial, mangas de presso, etc.

Material que no vai esterilizao mas que carece de desinfeco aps a sua limpeza com gua corrente e detergente, para retirar restos de matria orgnica, secrees, etc.:

Pina de Maguill Lmina de laringoscpio Nebulizador do ventilador Mscara de ventilao no invasiva Transdutor de presses do ventilador Mesas de trabalho Carros de higiene e de penso

Cadeiras e cadeires de napa Bancada central e telefone.Todos os funcionrios devero ter uma ateno redobrada para o facto de existir um perigo associado ao acto de se desligarem qualquer tipo de equipamentos elctricos da corrente elctrica. Devero ser tomados todos os cuidado para que tais situaes no ocorram, tanto intencional como acidentalmente, pois podero colocar em risco a vida dos doentes.

6.1.3.Os produtos de lavagem

6.1.3.1.Tipo de produtos

A lista de detergentes e desinfectantes a utilizar pelas empresas contratualizadas deve ser submetida aprovao da Comisso de Controlo de Infeco.

Em termos gerais, considera-se inaceitvel a utilizao de:

Detergentes em p; Produtos cerosos derrapantes; Detergentes e desinfectantes pr-diludos ou que estejam fora das suas embalagens de origem; Produtos de limpeza ou de desinfeco que estejam sem ficha de segurana.

6.1.3.2.Aplicao e utilizaoEspectro de actividade dos principais desinfectantes:

6.1.3.3.Preparao de produtos: mistura, diluio e dosagem adequada

Em qualquer diluio de produtos concentrados, os usurios devem seguir as orientaes do fabricante para obter o resultado esperado. As diluies devem ser feitas com muito cuidado, evitando respingos de produtos concentrados, tanto no auxiliar de limpeza como no ambiente onde se faz a manipulao. Alguns produtos, principalmente os concentrados, podem causar irritao na pele, olhos, mucosas e at queimaduras nos operadores. Deve-se estar atento s dosagens recomendadas, uma vez que nas dosagens manuais podem ocorrer erros na diluio, o que inclusive compromete a eficcia do produto. O recipiente onde o produto diludo deve estar limpo e ser lavado entre a diluio de um produto e outro. As diluies devem ser feitas sempre acrescentado ao produto gua e no ao contrrio, obrigatrio utilizar sempre um doseador para proceder diluio.6.1.3.4.As precaues a ter em contaOs detergentes a utilizar devem cumprir alguns requisitos:

Trazer indicaes precisas de diluio;

Devem ser fornecidos aos servios em embalagens pequenas, mximo 5 Litros e estarem devidamente rotulados e identificados em embalagens de origem;

No devem conter desinfectantes, nomeadamente do grupo dos fenis por serem considerados poluentes do meio ambiente;

No devem conter cheiro irritante para as vias respiratrias ou outros alrgenos;

No devem ser corrosivos;

As diluies s devem ser preparadas nos servios, por altura da utilizao;

As embalagens devem manter-se fechadas.

6.1.4.A lavagem e desinfeco de equipamentos

A desinfeco destri microrganismos (embora no alcance esterilizao completa) prevenindo a transmisso entre doentes. Os procedimentos de desinfeco devem:

Cumprir critrios para destruio de microrganismos; Ter um efeito detergente; Actuar independentemente do nmero de bactrias presentes, do grau de dureza da gua ou da presena de sabo e protenas (que inibem alguns desinfectantes).

Para que sejam aceitveis em ambiente hospitalar, devem ser:

Fceis de usar; No-volteis; No nocivos para equipamento, profissionais e doentes; Sem cheiro desagradvel; Eficazes em curto espao de tempo.

Nvel de desinfeco do equipamento utilizado em doentes em relao ao tipo de cuidado:

6.1.5.Os mtodos e tcnicas de lavagem e desinfeco

Mapa de Orientao para Descontaminao de Materiais e Equipamentos

6.1.6.Manuais e normas de instrues do fabricante

As Ficha tcnicas so documentos integrantes do manual de instrues de cada equipamento. Estes documentos indicam as caractersticas tcnicas da mquina, bem como os consumos.O manual de instrues possui ainda todas as recomendaes de funcionamento, utilizao, manuteno, limpeza e segurana, os quais devem ser seguidos.

Em caso de avaria, deve ser contactado o servio de assistncia tcnica disponibilizado pela marca.6.1.7.Manuteno preventivaEmbora a manuteno preventiva seja necessria para ampliar a vida til do equipamento com a consequente reduo dos custos e aumento da sua segurana e desempenho, a limitao de recursos materiais, humanos e financeiros tem restringido o desenvolvimento de programas de manuteno preventiva de Equipamentos Hospitalares.Para a implementao da metodologia de priorizao de equipamentos para o programa de manuteno preventiva, as informaes necessrias so:

Identificao do equipamento: nome do equipamento, marca, modelo e idade (se possvel); Local ou sector a que o equipamento pertence; Estado do equipamento: se est em uso ou se est desativado; Grau de utilizao do equipamento: a sua importncia para o hospital Obsolescncia tecnolgica: se o equipamento satisfaz as actuais necessidades dos usurios.

6.1.8.Normas e procedimentos de higiene, segurana e sade no trabalho

A manuteno da higiene pessoal dos trabalhadores do servio de limpeza de extrema importncia, a qual inclui nomeadamente:

Banho aps o trabalho;

Manuteno das unhas (curtas, limpas e sem verniz ou unhas de gel);

Cabelo curto ou atado;

Barba e bigode aparado e limpo;

Proteco das feridas;

Lavagem frequente das mos.

de salientar, que a lavagem das mos deve ser realizada ao entrar e sair do trabalho, antes e aps qualquer procedimento, aps retirar luvas, antes e aps utilizar as instalaes sanitrias e assoar o nariz, antes das refeies e ainda em outras situaes que se considere necessrio. Os profissionais da limpeza tambm devem estar continuamente informados sobre os cuidados de preveno, disseminao e contaminao, principalmente relacionados com o uso de luvas: estas s devem ser usadas durante os procedimentos de limpeza e retiradas com tcnica correcta, a fim de evitar que os profissionais se contaminem.

Acrescenta-se ainda que, mesmo durante o trabalho, deve evitar tocar-se, com as luvas contaminadas, em locais de uso comum (ex: maanetas de portas, botes de elevadores, entre outros).

7.Materiais e equipamentos

7.1.A lavagem e desinfeco dos materiais e equipamentos de lavagem e higienizao

7.1.1.O equipamento de proteco Individual

Roupa de trabalho

Os profissionais devem normalmente usar uma farda pessoal ou roupa de rua coberta por uma bata branca. Nalgumas reas especiais, tais como unidades de cuidados intensivos ou de queimados, tanto os homens como as mulheres devem vestir calas da farda e blusa de manga curta. Noutras unidades as mulheres podem usar um vestido de manga curta.

As fardas de trabalho devem ser feitos de material de fcil lavagem e descontaminao. Se for possvel, deve-se mudar de farda todos os dias e sempre aps contaminao com sangue ou outros fludos.

Calado

Em unidades asspticas e nos blocos operatrios, os profissionais devem usar calado de utilizao exclusiva nessas reas e que sejam fceis de limpar.

Toucas

Em unidades asspticas, blocos operatrios ou enquanto se executam procedimentos invasivos seleccionados, os profissionais devem usar toucas ou barretes que cubram completamente o cabelo.

7.1.2.A tipologia de materiais e equipamentos de lavagem/higienizao

De forma a evitar a redistribuio cruzada de microrganismos nas superfcies de uma rea para outra, por exemplo, panos, esfregonas, rodos e baldes usados nas instalaes sanitrias, no podem utilizar-se nas salas de tratamento, nem em copas e refeitrios, se no estiverem adequadamente lavados e secos.

Por sua vez, quando existe mais do que uma sala de tratamentos, o equipamento e o material (panos de limpeza, franjas da esfregona e rodos) devem ser exclusivos de cada sala. igualmente fundamental, que o balde seja limpo e a gua renovada de sala para sala.

Estes materiais e equipamentos devem ser calculados em funo das necessidades dos servios e dos mtodos de limpeza adoptados. Por ltimo, de salientar que os panos de limpeza, as franjas da esfregona e os rodos devem, aps a sua utilizao, ser lavados em mquina de lavar, secos e armazenados em local prprio.

Assim, os equipamentos e os materiais de limpeza devem ser em nmero suficiente, exclusivos de cada rea e obedecer aos requisitos que constam no Quadro seguinte:

7.2.Os Produtos de lavagem

A lista de detergentes e desinfectantes a utilizar deve ser submetida aprovao da Comisso de Controlo de Infeco de cada unidade de Sade e, em caso de dvida, esta dever ser remetida Comisso de Controle de Infeco da Regio de Sade.

Em termos gerais, considera-se inaceitvel a utilizao de:

Detergentes em p; Produtos cerosos derrapantes; Detergentes e desinfectantes pr-diludos ou que estejam fora das suas embalagens de origem; Produtos de limpeza ou de desinfeco que estejam sem ficha de segurana.

Quando a unidade de sade considerar que a qualidade dos produtos utilizados no aceitvel, reserva-se o direito de mandar proceder anlise do produto.

7.3.O tratamento, a lavagem e a desinfeco de materiais de lavagem

Deve existir em todos os servios um local referenciado e adequado para o tratamento e armazenamento do material usado na limpeza.

Os materiais devem ser cuidadosamente lavados aps a utilizao e armazenados secos em local prprio.

Os panos de limpeza e as cabeas das esfregonas ou franjinhas devem ser lavasos diariamente em mquina com ciclo de desinfeco pelo calor e de preferncia com ciclo de secagem, j que no existem condies de secagem dos panos nos servios.

No aconselhvel o armazenamento prolongado de panos ou outros equipamentos, em solues desinfectantes a desinfeco pelo calor, em mquina desde que o material seja termo-resistente.

As escovas das mquinas tambm devem ser lavadas diariamente.

Os baldes devem ser lavados com gua quente e detergente aps o uso e guardados secos ou invertidos.

As luvas de mnage devem ser lavadas no final do trabalho, da seguinte forma: antes de as retirar, lavar primeiro como se estivesse a lavar as mos, depois retir-las e lav-las do avesso e pendura-las para escorrer e secar.

Os filtros os aspiradores devem ser mudados de acordo com o protocolo institudo pelo fabricante, devendo cada profissional estar informado do mesmo.

7.4.O acondicionamento de produtos, materiais e equipamentos de lavagem e higienizao

O material e equipamento usado na limpeza e desinfeco deve estar limpo e ser armazenado em compartimento prprio e exclusivo, o qual deve ter os seguintes requisitos:

Porta de entrada com identificao; Cho, paredes e tecto revestido em material liso, lavvel, resistente e imputrescvel; Ventilao adequada; Lavatrio com torneira de comando no manual, dotado de sistema individual de secagem de mos e doseador de sabo lquido; Pia para despejos; Bancada com cuba de lavagem e superfcie que permita a colocao de baldes invertidos; Suporte que permita a secagem das franjas das esfregonas em posio invertida; Recipiente para resduos accionado por comando no manual; Local prprio para guardar detergentes e desinfectantes devidamente sinalizado; Local de armazenamento de material limpo e seco (ex: panos de limpeza, franjas das esfregonas, entre outros); Local para guardar panos e franjas sujos; Local prprio para guardar o equipamento (ex: aspirador, cabos de esfregonas, baldes, entre outros); rea suficiente para guardar o(s) carro(s) de limpeza.

Nos compartimentos de armazenamento de materiais e equipamentos de limpeza os produtos de limpeza devem estar nos recipientes de origem, bem rolhados (ou hermeticamente fechados), rotulados e com as respectivas fichas tcnicas, para que estes sejam utilizados correctamente e para que, em caso de acidente, se possa actuar adequada e rapidamente.

7.5.Registos

Modelo de mapa de registo de efectivao da actividade:

8.O tratamento de resduos

8.1.A recepo, a triagem o transporte e o acondicionamento de resduos: normas e procedimentos associados a cada tipo de tratamento

8.1.1.Grupo I- resduo que no apresentam exigncias especiais no seu tratamento

Triagem: Resduos de gabinetes, salas de reunies e de convvio, instalaes sanitrias, vestirios, resduos de servios de apoio (bares, cozinhas/refeitrios, ocinas e armazns);

Papis de todos os tipos, incluindo toalhetes de limpeza de mos;

Embalagens vazias e invlucros comuns;

Restos de alimentos, embalagens de aerossis/sprays;

Garrafas de gua, ores, jornais, revistas, latas e embalagens de sumos/refrigerantes.

Acondicionamento e transporte

8.1.2.Grupo II- resduos hospitalares no perigosos

Triagem:

Fraldas e resguardos de uso nico, no contaminados (no contenham sangue);

Material de proteco individual (batas, luvas, mscaras) que no contenha sangue;

Embalagens vazias de medicamentos ou de outros produtos de uso clnico comum, ampolas e frascos de injectveis vazios, frascos de vacinas vazios. Para evitar acidentes com risco fsico (corte), estes materiais podem ser colocados em saco de plstico preto resistente, previamente introduzido em recipiente rgido de uso mltiplo;

Frascos de soro no contaminados com sangue ou com produtos do Grupo IV;

Material ortopdico (talas, gessos, etc.), no contaminado com sangue.

Acondicionamento e transporte:

8.1.3.Grupo III- resduos hospitalares de risco biolgico

Material de pensos (pensos, ligaduras, compressas, algodo, pus) e material ortopdico (talas, gessos, etc.) que contenham sangue ou outra matria orgnica;

Material de proteco individual (luvas, batas, aventais e mscaras) que contenha sangue ou outra matria orgnica;

Sacos de plstico de transporte das roupas contaminadas;

Esptulas aps utilizao, DIU, luvas (utilizadas no planeamento familiar, nas salas de tratamento ou vacinao), material contaminado (contenha sangue);

Seringas;

Restos de alimentos de doentes infectados ou suspeitos;

Material exteriorizado aos doentes: alglias, sondas, catteres, drenos;

Exsudados, vmitos, tecido humano, uidos;

Sistemas de administrao de soro e/ou outros medicamentos, com excepo dos do Grupo IV;

Peas anatmicas de pequenas dimenses (no identicveis), material de bipsia; Amlgamas (no contendo mercrio) e extraces dentrias; Todos os resduos que contenham sangue; Sacos/sistemas colectores de uidos orgnicos.Acondicionamento e transporte

8.1.4.Grupos IV- resduos hospitalares especficos

Triagem:

Seringas quando acopladas a agulhas;

Objectos corto-perfurantes (agulhas e lminas de bisturi);

Frascos e/ou ampolas contendo pelo menos uma dose;

Limas de endodontia;

Brocas.Acondicionamento e transporte

8.2.O armazenamento de resduos: normas e procedimentos associados a cada tipo de tratamentoCONDIES GERAIS Cada local de produo deve estar equipado com recipientes destinados aos diversos tipos de resduos hospitalares a produzidos; Cada recipiente deve corresponder s caractersticas do tipo de resduo a receber, deve estar devidamente identificado e com a referncia da sala a que pertence. Os contentores/suportes de resduos hospitalares reutilizveis, devem ser lavados, desinfectados e secos antes da sua colocao no servio, procedimentos que devem ser realizados em local prprio para o efeito; Quando se realiza a recolha de sacos, estes devem ser previamente fechados, com recurso a braadeiras ou outro processo que impea a proliferao de cheiros desagradveis e que promova o seu correcto acondicionamento; Os resduos hospitalares devem ser recolhidos pelo menos uma vez por dia, no final de cada turno ou sempre que seja necessrio; Os sacos e os contentores devem ter uma reposio imediata; Os resduos devem seguir um circuito prprio pr-estabelecido para sujos, depositados nos locais estipulados de acordo com os grupos de resduos hospitalares e horrios definidos. Quando no houver um circuito independente para sujos, quer ao nvel de corredores quer ao nvel de elevadores, devem ter-se em ateno os horrios de recolha dos resduos hospitalares, para que no coincidam com outras actividades do centro de sade, nomeadamente com a circulao de doentes () e os perodos de maior fluxo de pessoas.

CONDIES ESTRUTURAIS DO LOCAL DE ARMAZENAGEM DOS RESDUOS DO GRUPO III E IV:

LOCALIZAO

O compartimento destinado a armazenamento de resduos hospitalares deve ficar isolado, numa zona de fcil acesso ao exterior, de forma a permitir uma adequada remoo final.

Por outro lado, a localizao ficar pendente do circuito interno de resduos hospitalares (circuito dos sujos), de modo a impedir contaminaes cruzadas.

CAPACIDADE

O compartimento deve ter, como capacidade mnima, a correspondente a tantos contentores quantos os produzidos diariamente, vezes os dias de intervalos entre recolhas, acrescido do espao para o armazenamento dos contentores vazios; este ltimo deve estar espacialmente afastado da zona dos contentores cheios, ou vir mesmo a ser implantado noutra zona fisicamente separada.Esta disposio ser obrigatria quando os contentores de transporte so tambm utilizados como contentor de colocao de resduos no prprio local de produo.VENTILAO

O compartimento deve dispor de ventilao natural ou forada, isto entrada de ar fresco (do exterior do edifcio) na parte inferior do compartimento e sada de ar viciado (para o exterior do edifico) na parte superior do compartimento.ILUMINAO

O compartimento deve dispor de iluminao natural ou artificial.ENERGIA

O compartimento deve dispor de energia elctrica para a instalao de possveis sistemas de pesagem electrnica e refrigerao.GUAS E GUAS RESIDUAIS

O compartimento deve dispor de ponto de gua e de ralo no pavimento com ligao rede de drenagem de guas residuais, com o objectivo de assegurar a higienizao dos contentores e do prprio espao.

9.Tarefas que em relao a esta temtica se encontram no mbito de interveno do/a Tcnico/a Auxiliar de Sade

9.1.Tarefas que, sob orientao de um profissional de sade, tem de executar sob sua superviso directa

O papel da Enfermagem consiste na implementao de prticas para o controlo das infeces, nos cuidados ao doente.

O enfermeiro responsvel por:

Identificar infeces nosocomiais;

Investigar o tipo de infeco e o microrganismo causal;

Participar na formao dos profissionais;

Fazer a VE das infeces hospitalares;

Participar na investigao de surtos;

Desenvolver polticas de controlo de infeco e rever, e aprovar, polticas para os cuidados dos doentes, que sejam relevantes para o controlo de infeco;

Assegurar o cumprimento dos regulamentos locais e nacionais;

Fazer a ligao com a sade pblica ou outras instituies, quando apropriado;

Fornecer consultadoria especializada a profissionais de sade, ou a outros programas do hospital, em assuntos relacionados com a transmisso de infeces.

Sob a orientao do enfermeiro, cabe ao tcnico auxiliar de sade:

Classificar as diferentes reas do hospital segundo as necessidades de limpeza;

Desenvolver polticas para a utilizao das tcnicas de limpeza adequadas: Procedimento, frequncia, produtos a utilizar, etc., para cada tipo de sala, desde a mais contaminada mais limpa, e assegurar o cumprimento das polticas;

Desenvolver polticas para a recolha, transporte e eliminao dos diferentes tipos de resduos (p. ex., contentores, frequncia);

Assegurar que os distribuidores de sabo lquido e de toalhetes de papel so enchidos regularmente;

Informar o Servio de Instalao e Equipamentos sobre qualquer necessidade de reparao: fendas, defeitos no equipamento sanitrio ou elctrico, etc.;

Cuidar das flores ou plantas das reas pblicas;

Controlar as infestaes (insectos, roedores);

Fornecer formao apropriada a todos os novos funcionrios e, periodicamente, a outros profissionais, e formao especfica sempre que uma nova tcnica introduzida;

Estabelecer mtodos para a limpeza e desinfeco das camas (incluindo colches, almofadas);

Determinar a frequncia, para a lavagem de cortinas das janelas, da cortina entre camas, etc.;

Comunicar aos Responsveis de Servio, sempre que identificam a necessidade de renovao, ou de aquisio, de mobilirio novo, incluindo camas especiais para os doentes, para determinar a facilidade de limpeza.

9.2.Tarefas que, sob orientao e superviso de um profissional de sade, pode executar sozinho/a

De acordo com o respectivo perfil profissional, cabem ao Tcnico/a auxiliar de sade as seguintes tarefas especficas, dentro desta temtica:

Prevenoecontrolodainfeco:princpios,medidaserecomendaes

Aplicarastcnicasdehigienizaodasmos,deacordocomnormaseprocedimentosdefinidos.

Aplicarastcnicasdelavagem(manualemecnica)edesinfecoaos

equipamentos doservio.

Aplicarastcnicasdelavagem(manualemecnica)edesinfecoamaterial

hoteleiro,materialdeapoioclnicoematerialclnico.

Aplicarastcnicasdelavagemhigienizaodasinstalaesemobiliriodaunidadedoutente/servio.

Aplicarastcnicasdetratamentoderesduos:recepo,identificao,

manipulao,triagem,transporteeacondicionamento.

Aplicarastcnicasdetratamentoderoupa:recolha,triagem,transportee

acondicionamento.

Aplicarastcnicasdetratamento,lavagem(manualemecnica)edesinfecoaosequipamentosemateriaisutilizadosnalavagemehigienizaodas

instalaes/superfciesdaunidade/servio.

Bibliografia

AA VV., Higienizao do ambiente nas unidades de sade princpios bsicos, ED. Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo Jorge, s/d

AA VV., Manual de procedimentos de higienizao e limpeza em controlo de infeco, Ed. Grupo da gesto do Risco e interveno em sade do ACES Pinhal Norte 1, 2010

AA VV., Preveno de infeces adquiridas no hospital: um guia prtico, ED. Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo Jorge, 2002

AA VV:, Processamento de roupas em servios de sade: preveno e controlo de riscos, Ed. ANVISA, Brasil, 2009

AA VV:, Recomendaes para a descontaminao de materiais, Ed. Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE, s/dAA VV., Recomendaes para controlo do ambiente princpios bsicos, ED. Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo Jorge, s/d

Aleixo, Fernando, Manual do Assistente Operacional, Ed. Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio., EPE, 2008

Sites Consultados

Ministrio da sadehttp://www.min-saude.pt

UFCD

6563PREVENO E CONTROLO DA INFECO NA HIGIENIZAO DE ROUPAS, ESPAOS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

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