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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
. UTO DE FíSICA E QUíMICA DE SÃO CARLOS
t..'t.. nn I ~MENTO DE FíSICA E CIÊNCIA DOS MA TERIAS
HDICROISMO ÓTICO INDUZIDO POR CAMPO
ELÉTRICO EM NaCI Pbf+"
RAFAEL HENRIQUE ROSALES
Dissertação de Mestrado apresentada aoDepartamento de Física e Ciência dos Materiais para obtenção do título de Mestreem Física.
SÃO CARLOS
1979
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INSTITUTO DE FíSICA E QUíMICA DE SÃO CARLOS.DEPARTAMENTO DE FíSICA E CIÊNCIA DOS MATE RIAS
HDICROISMO ÓTICO INDUZIDO POR CAMPO
ELÉTRICO EM NaCI Pb++"
RAFAEL HENRIQUE ROSALES
Dissertação de Mestrado apresentada aoDepartamento de Física e Ciência dos Materiais para obtenção do título de Mestreem Física.
\
~
SÃO CARLOS
1979
INDICE
CAPITULO I
INTRODUÇÃO
-Condutividade elétrica
-Estrutura do complexo I.V. em NaCl
-Absorção r5tica
-Objetivos do trabalho
01
01
02
03
-Efeito
CAPITULO 11
06
T~CNrCAS EXPERIMENTAISII
-Crescimento~dos Cristais.
-Tratamento térmico
-Absorção r5ti~a do NaCl:PbC12, ).
-Medida do efeito Elétro-r5tico
-Porta Amostra
CAPITULO rrr
08
09
10
12
13
-Aparelhagem usada para o efeito Elétro-r5tico 16
-I.T.C. condutividade termo-iônica 19. ~
-Esquema da experiência com I.T.C. 20
-I~.C. normal (do estado eletrônico fundamental) 20
-I.T.C. (do estado eletrônico excitado)
CAPITULO IV
-Fundamentos do método experimental
CAPITULO V.RESULTADOS, CONCLUSÕES E SUGESTÕES
22
25
- Dicroismo induzido pela ação do campo elétrico 30
-Probabilidade de ocupação de níveis
r,",. \..:.;-Comentarios sobre os resultados do I.T.C.
SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
CONCLUSÕES
BIBLIOGRAFIA
II
32
40
50
51
52
RESUMO
Usando-se a técnica de dicroismo ótico indu~~
do sobre a banda de absorção ótica em 272m.• +~
deVldo o lon Pi;)
em NaCl estabelecemos a simetria desse defeito. O mo~ento di-
opolar com a vacância na posição 110 foi de 3.65 e A.
Usando-se a mesma técnica além de I.T.C. con-
seguimos a r.orientação dípolar do dipolo I.V. na temperat~ra
de 77oK. Essa relaxaçio é atribuída ao fato do ion Pb++ est.r'
em estado eletrônico excitado.
ABSTRACT
Using the electric induced dichroisfu effect
on the optica~ absorption band at 272m b++ .due to the P lon
in NaCl, the simmetry of I.V. dipole was discussed. The elec
trie dipole moment for the vacaney in the (110) position waso
measured and found to be 3.6A e À.
Using the same technique and I.T.C. measure
ments we found reorientation in temperatures as low as 77oK.
This relaxation is attributed to tbe I.V. dipole with the
Pb++" 1 .. dlon lU ao e ectronlC exclte ~tate.
l:l:TROfJUÇÃ~~
1.] - CO~~UTIVIDADE ELtTRICA
Os cristais i;nic05 do tipo halag~neto &lC~~i
nos assim como NaCl, KC1. KBr, ate. apresentam, dependendo da '
temperatura, maior ou menor nGmero de vacincia$positivas e ne!!
tivas. Sua condutividade el~trica i devido principalment~ ;oS mi
araçao de íons positivos. Quando nestes tipos de cristais são'
.••• ++ ++ ++ ++lntroduzida. Impurezas dlvalentes do tipo Mg • Ca • Cd .Zn,
l' + b •. 1· "d t 1) '.:>l'b ) ete, estas entram su stltuclona mente na re e' .• cara
nlante\~ a neutralidade elétrica do cristal, surge simultaneall14:tn-
te a criação de igual número de vacâncias positivas poáencio-se '
com iS80 aumentar a condutividade elétrica do cristal.
Devido ao aumento considerável do numero de
vacincias, aconteee a formaçio de complexos Impureza-Vacância(I
-V). que resultam da atraçio eletrostâtica que existe entre o I
excesso de carga positiva do ion impureza e a carga virtual ne-
~ativa da vacância catiônica. Em NaCl os complexos Impureza-Va
cância estão ligados com energia que variam de 0,35 a ·0,50 ev(2~
onde a baixao
temperatura(200 C ou menos) a maior parte das va-
cincias estio em seu estado fundamental.
1.2 - ESTRUTURA DE COMPLEXO V-I EM NaCl
2
Nos halogenetos alcalinos(tomando _aCI como'
cristal matriz) os complexos podem ser assim:
a) Quando o ion divalente está na posição (0,0,0) a vacância 0-
cupa a posição próximo vizinho, do tipo(1/2, 1/2, O) ou a de se
gundo próximo vizinho (1, O, O), as distâncias da Impureza-Va-'
cância neste caso é (nn),Wa e (nnn), 2a onde
ção entre o ion de cloro e o ion de sódio.
"a" é a separa -
b) A temperatura relativamente baixa, a separação entre o ion e
a vacância é pouco provável devido a forte interação elétrica '
entre a vacância e a impureza, o que faz com que a energia po-'
tencial a~••nt. rapidamente com a distância.
1.3 - ABSORÇÃO 6TICA
Estes cristais de ha10genetos alcalinos quan-
do puros são transparentes na região visível do espectro, man-'
tendo-se esta transparência num intervalo grande de temperatura
até perto do ponto de fusão do cristal, antes que a decomposi-'
- ...çao qUlmlca aconteça.
Quando chumbo, tãl io, cadmio ou qualquer O" •
tro metal pesado é introduzido no sal do halogeneto alcalino, e
cristais são crescidos ã partir desta decomposição, novas ban-'
das de absorção aparecem devido a presença da impureza introdu
zida. ~ interessante observar que a posição do pico de absorção
ótica de algumas impurezas é bastante insensível ã matriz onde
se hospeda. Assim para o ion de Pb++ o seu pico de absorção va-
,
3
ria como:
NaCl
NaBr
Nal
KCL
KBr
KI
RbCl
ETC •••
Pb++
Pb++
Pb++
Pb++
Pb'+'+
Pb++
Pb++
274 nrn
304 nm
357 nm
273 nm
354 nm
354 nm
272 nm
Muitos trabalhos têm sido feito sobre o espe~
tro de absorção de halogenetos alcalinos tendo-se encontrado
que para baixas concentrações, a intensidade da absorção é dire
tamente proporcional ã concentração de impureza.
1.4 - OBJETIVOS DO TRABALHO
A determinação da orientação de equil[briod!
polar de impurezas em sólidos cristalinos ê um dos mais básicos
parâmetros que devem ser considerados para formulação de qual-'
quer modêlo sobre defeitos microscópicos. Outros dois parâme- t
tros igualmente básicos para a mesma formulação são: o tamanho'
do momento de dipolo e o comportamento de relax.ção dos mesmos.
As investigações experimentais dos últimos a
nos sobre o assunto, for.am feitos sobre as diferentes excita- '
ções localizadas destes defeitos (Ressonincia Parael~trica, Li-
4
braçâo, Ressonância Paramagnética, Vibração e ou Transições Ei!
trônieas, ete). Para o estudo destas propriedades, várias técni
eas tem sido utililadas, como eletrodicroidismo(3), eletrobirr!
f• ~ i (4) 1 ~. (5) A. 1-' (6)rlngenc a ,e asto otlca , ressonanela parae etrlca t e-
feitos eletrocAloricos(3), perdas dieLétricas(7), I.T.C. ~~),
ete. para e.tudar as propriedades paraeletricas e paraelastlcas
aSl1m como também, para o estudo do comportamento de relaxação'
dipolar e problemas de agregação ai dipOLOS. Dessas técnlcas ex
perlmentais, a medida de eletrodicroisMo felta SODre a banda d~
absorçao dos defeitos, proporclona resultados conslstentes, es-
pecialmenta na determinação da Ilmetria de orientação de equilI
brio dipoLar de defeitos introduzidos no cristal puro. A pr1nci
pal vantagem da técnica eletro otica é que no lntervalo de bai
xos campos ( E/KT« 1) o efeito e fortemente dependente do cam-
po e da direçao dos dipolos. Contrario ao que acontece com o
comportamento iaotrópico observado na polarizaçao dipolar e 00-
de sa dava levar até o ponto de saturação dos defeitos ( E/KT~
1) para que seja possível observar seu comportamento anisotró~i
co.
o objetivo deste trabalho é determinar a ori-
entação preferencial ãe equilíbrio da impureza de chumbo(Pb++ )
introdulida no NaCl, aproveitando-se para este fim a transpare~
eia quase completa do cristal matriz na região visível-ultra-vi
oleta, a da forte e definida ~anda de absorçao apresentada pela
impureza nesta regiao. Na figura (1) pode observar-se o efeito'
da impureza no espectro de absorção do cristal.
Ul350~ (nm)
temperatura ambiente
-4NaCI: 2xlO PbClz
espesuraImm to =7200 to:IO· (100)
300
- - - - banda de a bsorcão fundamental
do cristal puro.
.•.•.
250
' .•... " ' ....••••••• ' .•..
\ \,,,,, .,,,
°200
0.2
Q)-oo"'O(/)CQ)-o
ot)-+-'o
Em alguns slstemas paraelétrlcos, a técnica
do eletrodicroismo não é posslvel dê ser aplieada pois a ban0~'
de absorç~o do sistema parael~trico esti na regiio de ultra-Vl~
leta distante, intervalo no qual está a absorção fundamental do
cristal h~spede. Tal ~ o caso do ion CN substituido em haloge-
netos alcalinos o qual nao mostra transiç~es eletr~nicas no in-
tervalo transparente do cristal, com a eonsequente ausência da
banda de absorção nesta região, acontecendo o mesmo para o caso'
de substituiçio de pequenos halpgineos (F-) ou alcalis (Li·)
que entram substitucionalmente nos halogenetos alcalinos. Estes
dois últimos sistemas apresentam especial interesse pois podem'
. - ,ocupar poslçoes fora do centro. Mesmo que o espectro de absor-
ção seja encoberto pela regiâo de absorção fundamental do cris-
tal, outras técnicas podem ser empregadas para o estabelecimen-
to de seus parimetros. Entre as que tem sido aplicadas recente-
, b' f' - . (4,5) .mente encontram-se a e.etro lrre rlngencla , aproveltando -
se do comportamento anisotrópicb da banda de absorção de impur!
za sob aplicação de campo elétrico, na região de absorção fund!
mental da matriz. Através da relação de Kramers-Kroning pode-se
estabelecer a relação entre eletrodicroismo e eletrobirrefrin-'
gência (efeito Kerr e Poekels) esta técnica foi testada muito !
t D • (' '" T ( 9 ) krecenem en te por 1.a Z 7on gora e 1' ••• U t Y com ,J as t an t e sue e 5 ~ o
no estudo de moléculas de CN e defeitos fora do c~ntro como F
em cristais de halogenetos alcalinos.
1.5 - EFEITO ELETRO ~TICG
9
OS cristais usados tinham seu 01ano de cr,8ci.. ~.
mento na direção 0, O, O); podendo obter-se amostras com essas
orientaçiespor meio d. clivagam.
Para noder apli~ar camnos nas outras direç;es
cristalo~rãficas de maior simetria <' . n).l.l 1, \. e\
, 1 \., /
cristais com planos < 1,.,;,o) foram colocados numa base p,oni
omitrica que poderia ser inclinada para obeer.a orientaçio apr~
,riada. Uma vez orientados eram então cortados com uma serra
circular de alta rota~ão de aproximadamente O,3mm de espeasura.
Os cortes eram realizados lentamente com o propósito de não in
duzir ten,;.s • evitar aquecimento .do cristal, nio sendo neces
sário o u.o de lubrificante -para,esta operação. Quando 01 cor-
tes foram f.itol desta maneira, o cristal foi limpado com acato...
na p.ra di.olver a cola que f~i usada para sesurar o cri.tal na
bale goniomitrica.·
o acabamento ótico das amOstral nOI plano.
(110) • (111) realizou-.e, polind·o-os c'om lixa. fina.
#400, :# soa, -# 600, ulando-se luce ••ivamarite ate. mais fina
finalmente e.t.s amolt~a. foram submetidas. um tratamento, que
conai.cia em coloca-la. durante 30 leg. em água àe.tilada e 10
~ao em um recipiente que' co~tinha alcool etrllco; i.to foi feito
devido .0 .lto ar.u d. hiaro.copicid.de d••• mo.cr ••• ·A e.pe ••~
r. foi .edlã. em virio. ponto. ãa amo.tra COm Um ~ic,ometro.
2.3 - 1'IATAMINTO T!I~fICO (QUINCRINº-.}
~:
No trabalho de J. Pascual, ~.(12) ~
Cabrera e
1 O
mostrado o comportamento do espectro 5tico de NaCl : PbC12 para
distintas concentrações e tratamentos termicos, podendo obs~r-'
var-se três bandas de absorção na região de ultra-violeta; CQm
posições em 265 nm, 273 nm e 290 nm, para amostras nao trataQas
térmicamente; sendo que o pico a 290 nm é assumido que se devã'
ã agregados simples de dipolos e o pico a 265 nm a existência I
de pracipitados de PbC12, Para disolver estes precipitados e os
agrega~os dipolares, al;rn de diminuir as tensões introduzidas r
no processo de corte e clivagem, os cristais sofreram um trata-
mento t~rmico como segue: as amostras são esquentadas perto de
seu ponto de fusão (720°C) durante 8 ou 10 minutos e rapidamen-
te colocados numa placa de cobre a fim de que sejam resfriado~'
rapidamente. o tempo para diminuir a temperatura desde 720°C a
temperatura ambiente é 1 minuto. Logo após é medida a densi~~
de ótica da amostra e introduzida no criostatot resfriando-se!
te a temperatura de nitrogênio liquido num intervalo de 30 a 90
minutos para evitar a formaçio de agregados.
2.4 - ABSORÇÃO 6TICA DE NaCl
As bandas de absorçio dos halogenetos alcali-'
d . .J r • - 1 -. 2 - 1.nos cooten o l.mpl'lrezascom conf1.guraçao e etron1.ca S sao exp1.-
cadas por transiç~es eletrBnicas dentro do ion (Dryden-Harveyy;13)
I I
- ""' .. ~FIG.3 - Banda de absorçao tlplca de halogenetos a1callnos, do~
pados com impurezas diva1entes de atomos pesados.
A ban-da"C"
..•atribuida ãtransiçãopermitida15
~ lp -'e eao 1
banda. "A"
183outrastransições1s
)3pa > P1;as ~o oo
ls> 3p-
proibidosem consequência deionsao queo seeneono 2 - -
tra num potencial de simetria c~bica e as regras de seleção ~i~
ainda aplicaveis. No caso do NaCl : PbC12 o ion Pb++ com umav~
cincia como pr;ximo vizinho não se encontra mais num potenci~l~
de simetria cúbica e a banda "B" ê atribuida ã transição
18 7> 3 ..... I . ·do P2 que neste caso e parCla mente permltl a. Outro ~~
d~10 i proposto na literatura para explicar a banda de absorção
deste tipo ae materlais o que inalea transfer~neia ~e e1etrons!
i 2
ao 10n anlon ao lon metal impureza.
- •..• ++Crlstals contendo l x LU ae po toram medl
dos depois do tratamento térmlCO de restriamento rápldo a temp~
ratura ambiente, na regiio de ultra-Vloleta (360 - 20U nm) no
espectr6metro CARY - 17 ( i.SUUU nm - l~O nro) encontrando as
bandas "A" centrada em 273 nro, e a banda "8" que aparece come
um pequeno pico a 211 orn. Se a amostra i guardada i temperatura
ambiente algumas mudanças acontecem no espectro de absorção; r~
c.uperando sua forma após um novo tratamento térmico de resfria-
mento rápido.
L.5 - MEDIDA DO EFEITO Et~TRU OTICO
Quando medimos mUdanças no índice de absorçao.
geralmente isto é feito através das medidas de mudanças de in-'
tensidade da luz que atravessa a amostra. Para detectar peque -
nas mudanças de intensidade pode usar~se uma foto-multipLlcaao-
ra associada com um arnolificador sensivel ; fase e frequincia.
Hasicamente esta ticnica consiste em fazer a-
?arecer um sinal a uma frequencia "w", modulando o parametro
~ue queremos medir, eM nosso caso a intens1dade. A rnuaança peri
~Jica da intensidade i detectada Dor uma foto-mulci,licadora ~
~ransformada numa corrente alternada l(tj; esta corrente ~ env~
ada ao canal de sinal do locK-in, o qual sintonizamos i mesma
frequincia de modula;io da ~UZ. Se um sinal da mesma trequincia.
proveniente do sistema usado para modular é alimentado no cana:
.,
1 3
de referência de nosso amplificador, só a componente de Fourier
de I(t) será amplificada e correlacionada ao sinal ser.oldal que
provim da foto-multiplicadora. Desta maneira o ruido que lnter-
feriria com o sinal de in~eresse nao apareceria no sinal de refe
rência, sendo possivel em media diminuir drasticamente sinais a
lheios ã modulação. O sinal que aparece no lllock-in" é uma ten-
sao D. c •• Veff,é proporcional a I(t) e ao coseno do ãngu10 de
fase entre o sinal e referência. Fazendo esta diferença de fase
igual a zero, o Veff no 10ck-in é maximizado~ Em alguns casos
quando escolhida a frequência num ponto do espectro onde o rui
do é pequeno, é possível obter ganhos de ate 109 neste sistema.
No presente trabalho o campo elétrico foi a
plicado ao cristal de NaCl : PbC12 nas diferentes direç~es cri~
talogrãficas (100) ,( 110) , (111) • Devido a baixa concentra-'
çao de impurezas presentes no cristal, aos campos elétricos re
lativamente baixos aplicados(limitado pela tensão de roptura do
material) e o intervalo de temperatura em que fora~ realizadas'
as medições (770 - 3000K), a mudança de absorção resultou muito
pequena. Nesse caso a técnica de detecção sincrona foi aplica
da para a medição do fenômeno com sucesso.
2.6 - PORTA AMOSTRA
A amostra foi colocada num criostato que foi'
modificado para oerm~tir a aplicação de campo elétrico no cris
tal e a passagem anropriada da luz. Um ~ecanismo que facilita a
1 7
da dentada.
Para modular a absorçio do cristal era utili
zado um campo elétrico externo, constituido por uma parte D. C.
que tinha superposta uma componente A. C.
O campo externo era obtido por um amplifica-'
dor de tensão alimentado por um oscilador (Philips PA 5126, (10
- 106) az). O circuito eletrônico está arquivado na oficina ele
trônica deste departamento como fonte R. V. AC/DC - máximo,
l6KV(DC) e l4KV(AC) a 350 Rz, a tensão alternada produzida era
senoidal. Uma sarda dooscilador é amplificada pela fonte de al
ta tensão e a outra saída fornece o sinal de referência para o
lock-in na medida de M. A tensão de saída da fonte era monitora
da por um osciloscópio "Philips", através de uma ponta de prova
com atenuação de 1000 : loque facilita o controle da tensao.
O feixe luminoso era detectado por uma foto
multiplicadora EM! 9558-QB alimentada por um conjunto de bate
rias. O sinal a.c. fornecido pela foto-multiplicadora era leva
da ao canal de sinal "1ock-in" e esta corrente era por sua vez'
monitorada por um multímetro Philips PM-2436.
Um lock-in de alta sensibilidade P.A.R. 124 A
foi usado nesta experiência associado com um pré-amplificador '
diferencial P.A.R. 116. Este conjunto permitia sincronização au
tomática em poucos segungundos entre referência e sinal além de
dispor de recursos para limitar ruídos, tais como limitação da
faixa de frequência, e um sitema diferencial que permite a eli
minação de corrente de ligações a terra. A saída do lock-in era
);
REfERENClA rLll.Jl Ref (2)
REGlSTHADOR I I I GERADOR
.lo
L Al,s? DEDEUTERIO
C.ol,,..,Qdor ~ •.o •••.•..:t:e o
crlo,toto
ChOppê.
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Fig.5 DIAGRArAA ESCUE~,~ATICO DO ARRANJO USADO PARA MEDIDA 00 EFE!TO ELETR' ,,:ÓTICO.
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co
jJ
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1 9
ligada a um registrador E.C.B. RB-102.
A leitura foi feita com um termo par de cobre
f - ••••. 0 '..a • 1constantan com re erenCla em u C que era reglstra~a Slmu tanea-
mente com a variação de 61 no mesmo papel.
3.2 - t.I.e. eONDUTIVIDADE TERMO-IONICA
Mudanças de absorção foram observadas no in-'
ter"a\o •• t••peratura de (3000K a 77oK) para todas as orienta
ções ••i.~alo,rificas mencionadas e detectando-se diferenças pa. -ra lG. o~i~~~ ••• parálela (11) e p.rpendicular (~) ao campo. Re
sultado •• io .pr •••• tado. para .edidas feitas a temperatura de"
nitrogilllca_.'•• ldo (figura 21).
O te.po de relaxação do dipolo I.V. de NaCl :
PbC12 t s•• '.P'&re.a está no estado fundamental.para temperat~
o fi! ••ra de 77 ~ • ar.nde demais para qua ele possa responder a modu-
lação do ca.,o.
Por outro lado se a impur ••a e.tá no eltado '
excitado. o que acontece S8 o cristal é iluminado com a lu. a-'
propriada. 08 parimetros que determinam a reorientação do dipo
10 são mudados. Devido a uma mudança na configuração eletrônica
do ion mecal impureza é provocada uma mudança nos parâmetros de
relaxação do ion.
A energia de ativação para a reorientaçÃo
menor quando o dipolo l-V .atá no seu estado excitado que quan
do o ion de Pb++ se encontra em seu estado fundamentai. Com con
--------~~---------21
I T I T:A.
t.-o .. o::J ::;
...., ....,"~::J
ta •••.2c t~ Eo CD(,) •..
tempo
FIG. - 6 I.T.C. polarização a T onde o tempo de relaxaçãopé pequeno, o pico de polarização devido a orienta
ção do estado fundamental é observado •
I T 'T.A.I I
tempo
FIG. - 7 I.T.C. com Tpnenhum efeito
= temperatura de nitrogênio liquido,
é observado.
22
ção. a polarização previamente induzida ê mantida. A partir des
Ca temperatura (77oK) a amostra ê aquecida de maneira linear no
tempo. Desta maneira o tempo de relaxação passa a ser cada vez
menor e o dipolo ganha mobilidade. Um pico de corrente é entâo'
observado devido ã despolarização térmicamente índuzida. Uma ã-
rea abaixo do pico de r.T.C. dã a polarização total pO. e com o
conhecimento do valor do momento de dipolo podemos saber o nume
ro de impurezas introduzidas ?o cristal. se assumirmos que s; e
xistem simples dipolos I-V e que a concentraçâo é baixa, de tal
maneira que nenhuma interaçâo acontece entre eles.
3.3.2 - r.T.C. (DO ESTADO ELETRcrNICO EXCITADO)
Pode-se observar a mudança no tempo de relax~
ção dipolar devido ao fato do ion Pb++ passar ao estado excita-
do usando-se a tecnica de l.T.C. Procedemos da seguinte forma.
A temperatura é diminuida até 77°C onde o tem
po de relaxação do dipolo é grande demais para que qualquer di-
polo possa se reorientar. O campo elétrico E é ligado a esta
temperatura. Após retirarmos o campo nao se observa corrente de
I.T.C. desse cristal: tal como é mostrado na figura (7).
Se o mesmo processo anterior ê realizado. com
a única diferença de que a luz de comprimento de onda aproprla-
do incide sobre o cristal durante a aplicaçio do campo, a impu-
reza muda sua configuração eletrônica diminuindo consequênteme~
te o tempo de relaxação do dipolo. e a orientsçio dipolar ê in-
'I
23
,duzida.
,~:ndo a luz e logo após o campo eletrico sio
desligados e o ciclo termieb é completado um considerável pico
I.T.C. resulta, que está relacionado com a reorientaçio foto-es
timulada como i mostr.do na figura (8).
Temp.
tempo
t-- - ---I 'I,I:ri :Tp
,I•,;rp;T.~.
T.A.
FIG. 8 - I.T.C. para a reorientação foto-estimulada onde Tp.T.~
peratura de iluminação. Um apreciável pico de dipolarização e
detectado.
,I"
24
Um eletrodo de ouro foi evanorado numa das fa
ces do cristal. com o prop6sito de permitir um contato elitrico
adequado e com uma transparincia tal que pos~ibilite.a excita-'
ção ótica da impureza.
25
CAPfTULO IV
4.1 - FUNDAMENTOS DO M!TODO EXPERIMENTAL
Certos materiais em estado natural, como a tu~
malina, apresentam índices de absorção diferentes quando ilumi
nados com luz polarizada em determinadas direções. O valor da '
absorção depende da polarização da luz, em relação aos eixos da
célula unitária. Dicroismo é a palavra usada ryara desi~nar este
comportamento anisotrõ~ico natural.
Como foi mencionado nos halogenetos alcalinoa
dopados com impurezas, é possível mudar a isotropia ótica por'
meio da aplicação de uma perturbação externa. Em nosso caso,cam
po elétrico em distintas direções foi usado como perturbação.
A medida da mudança de absorção pode ser redu
zida a mudanças na intensidade da luz transmitida pelo cristal,
que ê detectado por uma foto-multiplicadora associada a um am-'
plificador sensível ã fase e frequência.
Fazendo uso da lei de Bourguer temos:
II-kx (1)- e
oonde
:I•intensidadedaluzincidenteo I
-intensidadedaluztransmitida
k
•coeficientedeabsorção
x
•espessura daamostra
Ao aplicar o campo elétrico,
na intensidade de luz transmitida ê detectada.
"E", urna
26
mudança
61 11: I - I (E) (2 )
I(E) •. intensidade da luz transmitida sob aplicação do campo "E"
~I (E) • I o e-(k +~k) x
(3)
~,- -6k • mudança do coeficiente de absorçao provocado pela açao do
campo.
de (1), (2) e (3) temos,
61 • 1o -kx _ Ie o
- (k + 6k) xe
__ ~;;;;,I_- (1 - e - ~x)I
(4)
. - ~ ' . -Levando em consideraçao que a mudança no indlce de absorçao pr~
voeado pelo campo ê muito pequeno ( ~kx« 1), podemos então ex-
. - &x ... -. ,pandlr e numa serie da qual nao se consldera os termos
quadráticos nem os subsequentes, obtem-se:
6I
I• &x (5 )
Por razões de normalização de todas as medi-'
das ê indispensável o conhecimento da relação ôk; para isso'-r
27
fazemos uso de :
Densidade ética • Log10
1o
Ide (1) temos,
LnI
o
I • kx , ln 10 Log10 (
Io
I ) - ky.
X" Ln 10k
Log (I
o
I) (6 )
substituindo em (5),
1
Ln 10 L0810 (
Io
I)
~I
I••
~k
k
1•. -----2 • 3 D.O.
ti!-I
(7)
Pelo fato da mudança de absorção ser muito p~
quena, cuidados especiais se devem ter para maximizar o valor '
; entre as que podem ser anotadas como relevantes, es-6k....•.
ktao as dimensões (associada com a densidade ótica) e a determi-
de
nação da direção em que se deve aplicar o campo elétrico.
Para conhecer qual ê o caminho ético que pr~
•• - - (10)duz a maior var18çao na absorçao, procedemos como Rosemberg •
Para um k particular e um determinado , das equações (5) e
(1) temos.
611Ókx' II-kx'
••e••eo
[,1
I-kx'~kx'
•• eo
d 61 O ( ~.,---- •• para o rnaXlmo ;dx'
28
+ kx'
De onde
x'k •• 1 :.k J
Esta entt"e d constante oe
çio e o camiho 6tico que produz a maior variaçio na intea5:0a~~
transmitida através do cristal ae 'lplicar um campo exce;:nr:.
10
KXFIG. 9
~I
FIG . 10KX'
'.d"·111' "..'
29
Como pode-se observar I depende da constante'
de absorção que por sua vez depende do número de centros e 61
depende da relação entre k e o caminho ótico x' t como está es-'
quematizado nas figuras 9 e 10. Devido a razão de compromisso '
entre k e x', e da geometria dos eletrodos para aplicação do
campo as dimensies da amostra foram de aproximadamente lmm. de'
espessura e o caminho ótico entre 5 e 7mm.
As dimensies da amostra facilitam a introdu-'
ção de desvios angulare, tanto na direção de propagação da luz,
como na direção de aplicação do campo, quando 08 cri.tais são'
cortado. e p.~i •••• Ma.aki(ll) .pre.enta uma anilise da depen-'
dência d••••• via' ,•••• l.r •• com a .áxima variação de ~k pa.. " k -
ra distiu,,~poiariaaçõe. da luz e plano de corte do cristal.
,IU"_I li I ~ 1111
30
CAPíTULO V
5.1 - RESULTADOSJ CONCLUSÕES E SUGESTÔES
DICROISMO INDUZIDO PELA AÇÃO DO CAMPO EL~TRICO
As mediç~es feitas nas distintas direçoes pr~
duzem como resultado mUdanças de absorção para as treis orLent!
ções cristaloarãficas escolhidas (100) (110) <111)
Observanclo-,. inclusive distinta absorção para luz polarizada '
paralela e perpendicular ã direção do campo, como mostrado nas
figuras (13.) a (l9 ) • Todas as medidas t oram feitas com o ve c to r
de propagaçi~ da luz perpendicular i direçio do campo el~tricol
aplicado ao cristal •
Nos cilculos efetuados por Diaz Gongora e ~.
Luty(9) são mostradas as funções paraelétricas de alinhamento '
para as diferentes combinações dipolo-campo-elêtrico de alta si
•••. ., .- - r
metrla, referentes a mudanças do lndlce de refraçac. que estao
relacionadas através das relações de Kramers-Kroning com a mu--'
dança de absorção. Essas funções fornecem informações sobre a
posslvel orientação de equilr~rio de defeitos em cristais. As-
sim p a r a di Po 10 s na d i r e ç ã o <1Qr') não existe diferença para a
mudança de absorção para luz paralela e perpendicular, quando G
cam po e ap 1i cado na d i reç ã (; (1 1) . A con tecendo (' r:' e sm 8 '1 or ~< 1. -
metria para dipolos /1 ' ,". 1 . d\ .1.'/ e c amp o a p 1ç a o n a
.,
31
F'lG. 11
12O CI-
O
Na+
~ Pb++j- - - j: O : vaconc;a!.ou _.!
IlJl.i,r) LI (IUió)
(~oo)
1290C)12
:3 (35,~()}
liSO)
Campo <"/)
eompo(IOO) 120°)
As doze posições de equilíbrio em que ficaria o dipolo V-I no
cristal de NaCl:PbC12 se só transições entre primeiros vizi-
nhos são consideradas.
Para Campo{llJ) dipol'o (l10)Grupo 1 = (o, -1/2,1/2) (1/2, -1l~ o) (1/2, 0,1/2)
Grupo 2 I: (1/2,0,-1/2) (0,-1/2,-1/2) (0,1/2,1/2) {-1/2,Õ,1/2)C",,:LoHo"z.·'.'t'
Grupo 3 = (O,1/2,-1/2) (-1/2,0,-1/2) (-1/2,1/2,0)
32
Se existem diferenças para luz paralela e per
pendicular, na mudança de absorção. para as treis or~entações
lSto indica que a orlentação dos defeltos paraelétricos é a di
reção (100) como uma possibilidade, levando em consideração a
natureza do potencial e a posição do defeito no cristal.
5.2 - PROBABILIDADE DE OCUPAÇÃU
A temperatura ambiente os dipolos I-V aprese~
tam preferencialmente dois tipos de movimento: rotaçio, com tro
ca de posição da vacância em torno da impureza, e translação,
quando a vacância troca de posição com o segundo próx~mo vizi-'
nho ou vizinho nnn.
Existe mais um mOVlmento que é possível que'
e a troca de posição simultânea entre(I-Vj mas é pouco provável.
Tudo isto como resultado da energia térmica dos 10ns ~ue Droduz
um movimento ao acaso.
Na figura (1) e (2) se observa como ( Jipnio'
muda de orientaç~o quando a vacância troca de pOSiÇ~0. ~ste mo
vimento ~ ao acaso na ausincia de campo elétrico, 0 que aa 2omo
resultado um comportamento 6tico isotr6pico: quando um ~ampc
aplicado, uma determinada direção ê favorecida, e um COffinorte
mento anisotr5pico i obtido nas oronriedades 6t~cas do Cf~~tal.
Na ausincia de campo elitrico os dioolos 1
/110) ?odem ocupar as doze orientaç~es mostraddS C~~ a mesma
'!"lrobahilidade
1,".1111,~',1'1H~11 :,~., 1;!Hj;.Uf Wt I: li
33
o cilculo da mudança de absorçio para aipolos
<110) com o campo aplicado na direção (111) ê dado como e
xemplo, o que servirâ de base para cálculos referentes aos ou-'
tros casos de aplicação de campo em outras dire.ções.
Pela aplicação do campo os ..!- estadoS dege12
nerados se separam em três estados: (a) 3 - dep,eneracio. th) ti -
degenerado, (c) 3 - degenerado; como i mostrado na figura l!l).~
A energia potencial de um dipolo permanente
de momento de dipolo num campo E é,
...•.
E • E cos e
e • ângulo que forma dipolo com direção do campo.
Da Mec. Estatistica sabe-se, que a probabili-
dade de encontrar um dipolo com energia potencial U na tempera-
1 - d d -U/kT . - ~. Itura T abso uta e a a por e . De acorao a estat~st~ca
de Boltzman temos que a população de cada estado degenerado com
o campo aplicado é,
1 + cosh xN (E ri: O/t ~1 00 ) _
1/2xe
N')C.c ri- O/t •• o:l) •".l-
I + cosh x
N3(E;' O/t _ 00). _1/2 e-x1 + cosh x
onde
x •
II • momento de dipolo
E • campo elétrico
II E
kT (1)
34
k' • constante de Boltzman
T • Temperatura absoluta
A populaçio para cada estado sem campo aplic~
do e:
N (E • O) •1N
4N (E • O) •2
N
2
N
4(2)
de (1) e (2) obtem-se
x6N • ( 1/2 e _ -!- ) N1
1 + cosh x 4
1 1&l2 • ( - - ) N (3)
1 + cosh x 2
-x~ _ ( 1/2 e __ 1_ ) N3
1 + cosh x 4
Se transições somente vizinos próximos são considerados Wl3-W31
• O então a dependência temporal do número de ocupação para ca
.- (17)da estado e
(4)
35
dN 3
dt
o numero de ocupação em função do tempo com o campo aplicado
responde ã relação
N.(E,t) ••N.(E. O) + /'AN.(1 _ e-ti''")1 1 1
onde W e o tempo de relaxação.
(5)
Fazendo uso das relaç~es anteriores ~btemos,
(6)
-2x x+ e - e
e para o tempo de relaxação
1-.1T
x -2x -xe - e - e + 1
x -x3e - e - 2
(7)
A dependincia temporal do n~mero de ocupaçio'
para campos variáveis com o tempo pode ser derivada da seguinte
maneira: se aplicarmos um campo elétrico constante durante um
pequeno intervalo de tempo u < t < U + du ã população no i-ési-
mo estado degenerado será afetado por:
N.(E(u), u + du) •• N.(E •• O) +1 1 (8)
e para intervalo de tempo t mais tarde onde t - u du
N.(E(u),t) •• N.(E" O) +1 1 ó.~i (1 - e - du / '1T ) e - t - u / Tf(9)
36
Fazendo uso do princípio de superposição para
campos dependentes no tempo obtemos:
ç
N.(t) • N.(O) +
N.(u)(l - e-du/'IT) e-t - u/'IT1 1
1CIO
tN. (u)-t -U/'rT• N.(Q) +
11
e du(10)
'ITCIO
De considerações de simetria pode-se observar
que 08 grupos 1 e 3 não podem ser diferenciados cticamente; e
que só a contribuição do grupo 2 é detectada.
Assim:
N
ao
( 11 + cos hx(u)
1 ) -t - ul'ffd- - e . u2
(11"a)
o desenvolvimento de
sulta em,
I1 + co~ hx(u)
t
até ter~os quadrãticos ~e-
N
2
+ N( __ 1_ x 2 (u » e - t - u /1T d u 0.:1b )
8
lembrando que x·6
3llE ...•.• f---- e que em nossa experlencla ~ramkT
usados um campo elitrico D. C. que tinha superposta uma comp~-'
• - - ~ .-. t
nente A. C. lSto e E· Enc + EAC sen wt onde w e a frequen~la
do campo alternado, resulta que
x2(t) • '/63
\.lE---KT
2 • 2
3
37
2 2 2 2E • Edc + 2EDC EAC sen wt + EAC sen wt
Experimentalmente o amplificador srncron~~foi
sintonizado na frequência fundamental w sendo que nenhum efeito
fora detectado em 2w·de onde pode-se concluir que o único termo
que influirá no comportamento do cristal ê 2EDCEAC sen wt. Se ê
escolhido um vector de polarização da luz e um comprimento de t
onda fixo podemos definir um parâmetro e • a2 - al que n08_~efi
ne a diferença de absorção para as distintas posições dipo-l4res;
então a mud.nça na medida de absorção ê,
k(t) • - N
'11'
e
t112
k (t) .-CIO
sen (wt - p)
onde p • are tag{w )
A mudança na constante de absorção para g~an
des valores de '11' ê assim deslocada em fase com relação ao campo
aplicado ao cristal o que foi verificado experimentalmente eomo
uma diminuição na amplitude do sinal detectado ao fazer medi- '
ç~es a baixa temperatura.
Sem campo aplicado, para uma determinada pol~
rização da luz e um comprimento de onda particular, a contribui
ção das posições di~olares são iguais para a constante de absor
38
ção, assim
logo temos que
N
2
àR--R
,2( ai - a2)
( a1 + a2 )
Se c.lculamos p.ra o máximo obtido na região'
de maior comprimento de onda onde a variação ~ ê mui to pe,-K
quena podem08 •••umir que as contribuições das posições na con~
tante d. abaorçio com e aem campo .plicado, são .proxim.da.ene_
igu.is, 1010
'.ej. aerq ou s.ej. qu•• r.o
ri.n't.çio--••..••ntro p.raelétrico acomp.nhe • mochali.ção40 caapo.
e para te.p.~.tura amb ien te isto é vál ido (11' -- 1) temos aitid-a-,
que'
11 + w2 11'2
~l
Assim podemo. calcular o movimento de dipolo em função dos p~râ
metros que medimos
-
Assia para 08 seguintes valores experimentais
I -6• 8 x 10 v
40
5.3 - COMENTÁRIOS SOBRE OS RESULTADOS DO I.T.C.
Os resultados (figura 21) sobre o efeito de, o
rientaçâo dipolar foto-estimulada, sob campo elétrico aplicadb,
feito$ com a técnica de l.T.C. mostram que a mudança de absor~'
çio detectada a baixa temperatura é poss[vel neste caso, postO'
que é possível orientar os dipolos com a impureza no estado ex-
citado e consequêntemente modular essa orientação e obter assim
mudanças constantes de absorção do material.
A dependência da variaçÃo da constante da a~sbr--ção, para T, À, orientação e frequência do campo elétrico a~ll
cado coultaate.ente e,
o que,'. verifica para as três direç~es, a temperatura ambien~e
é a T.N.L. AI figuras 12 e 13 mostram o comportamento linear ~e-
âK, com Enc x EAC o que ratifica o comportamento elétro-dicr~i
codo material a baixa temperatura usando ~ argumento de fot~~-
•
orientaçao dipolar.
o valor do momento de dipoio • 3.66 eA as s-u -
mindo só transições entre primeiros vizinhos, fornece como ori
entação preferencial de equilibr1.o as 12 posições (11~ Alé~ : '
disso, as medidas experimenta1.s mostram, figuras (14),(15) e(16)
que existe outra posiçio de equillbrio dipolar, a direção (io~
menos previlegiada mas possfvel, devido a que não existe dife-'
rençade absorção para o campo aplicado na direção (111) nas a!reções de propagação da luz (lI) e (J.,.) ao campo, como indicam '
.,
41
os cálculos teóricos(9). O tamanho da impureza proporclona uma:
ldéia da alteração do potencial na rêde. o que facilitaria a
. - . - < O~ . f (J.H).tranSlçao para a poslçao lOycomo ln orma Ureytus • Na fl-
gura l~ observamos as posições em que os álpolos ficariam sem I
perturbações externas.
__ (nno).- .... .
O + 0+ o:ffi~o+0+0+:0:+,••.•.•. I I
O'ffj}O ;-,0: +:Otnnl.4,o + 0+ 0'+~.."
0+0+0+0'* Impureza divoJente
[±] Voo&K;ia cation
+ no plano do íon ,. impureza
O fora do plano do íon ln1xnza
FIG. 12 -o dipolo I-V ficaria nas posiç;es indicadas (nn)
preferencialmente e (nnn) menos populada.
•'Ir
"'
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!l
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........... - ....
280
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...•....
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270
o•,\, \,,o ',,,•,
I,,,,,•,,,
IJ
IIII·
./,,"- -,'.
260
2
250
8
4
6
~x IÕ4 12K
FIG. 13 - NaCl:PbClZ <110>8K VDC 7KAC temperatura Nitrogênio liquido
,
14LI
\rIi
!2~i
~r
•
N CI' PbC' , .<4-a· 12 (:. J.. lU -
( 11 O) T. A. ( i! \. (f; lCO~)oo)
o
6
290
-.
280
•o '.\ '---
o~
o
270
•
o
/_o
260
_0-
250
/ ..~.--.o
2
4
FIG. 14 - Mudança de absorção de NaCl:S x 10-4 PbC12 no plano (i~l.l)
para temperat~ra ambiente e luz (11) 000 e (11 ...
<::T
<::T
M -4 12~K )(10 ~10
8
6
4I
2
°220
a----b
240
~/~!
~~!+",YI ~\, \, \, \, \, \. \. \, ..
I ~ \
,I ~'.o .. , ~'",
./ •.•." ",/C'" ••..••.:j L ..I _ ~~.~
260 280 X (nm) 300
P"
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••
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t
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i..
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temperatura àe 3000K e luz (11) ... e (1) ...
FIG. 15 - Hudança de absorção de N ("'. c;; , 0-4r av 1.. J X L"PbCIz no plano (111) para
II;..
..
L.{")
o:::r
6l\K xlÕ4
K 5
4
3
2, /0_______/0~o-o
250
o
\0/(11)
270 290 310 330
o_o
À ( nml
FIG. 16 - ~aC1:PbC12 <100> 7K VAC 6KAC temperatura ambiente
...
46
I40
X VAC ) X 103
1
20
NaCI: PbCI2tA.( 110)
o
5
10
FIG. 17 - Dependincia na mudança de absorçio para NaCl:PbCl~ ~
com VDC x VAC aplicado na direç~o <110> a temper!
tura teri ambiente, no miximo da banda de abosrç~o
luz (1).
NaCI: PbCI2
T N.L
(100)5
4
:3
7 14
1
21
L__28
(Voe )( VAO )X 1031 -1
35 42 49
FIG. 18 - Depend~ncia da mudança de absorç~o para ~aCl:PbC12
com VDC x VAC aplicado na direç~o <100> a tempera
tura de nitrog~ncio líquido, no máximo da banda de
absorç~o luz (1)
47
O·o
ft~o,j, "O •....•.....
JI;' ~" ~o •..•••••O •••••o , 0-.. ... o~' .
' o ..••' . - - - - - -.0_. __. oo ,•.' o___0--- ..--- 0--
2
230 250 270 290>. {nm) 310
- -4FIG. 19 - Mudança de abosrçao do NaCl: 5 x 10 no plano 111
ode temperatura 77 para luz ( ) ••• , e para luz poi!
rizada ( )...
48
~KK
-4xlO
"f
.,
\l•\o
\,
o
I
•
•
\ .• - J o '.
2~ • ...---.-- ) \ '--._-/ 0_0 O
I !~l~ I ~ I~""'~-:O 250 260 27'-0---- 280
4
•
FIG. 20 - Mudança de absorçio do NaCl:-1
2 x 10 ~ PbC12 no plano 110
para luz (11) ... e para luz (1) ... T.A.
2
7
8
temperatura
I.TG. normal
,'-.c I/ "., ',30'! ', "
, /., "~ 0-" . \:. , _.-" '. , ._0-'/. , --.-.-
""" ti' •..... __ ~ .•..•• --.-.-• I - •• --", . .", 15 ._._ . .:-.~:..:- - - - - - - - - - -.-:.. ..•....",.
<!5It)-'Q
)(4H
0'\o::r
o 28 24 20 16 12 8 4 o-4
FIG. 21 - Banda de I.T.C. do NaC1: 5 x 10 PbC12
J.T.C. normal --------- irradiado (225 nm) durante 30'
irr3di.:ldc (225 nm) -------...... durante 15'
51
"CONCLUS(}ES"
Neste trabalho investigamos pela primeira vez
o dicroismo ótico.do íon Pb++ lnduzldo pelo campo elétrico em
cristais de NaCl dopados com Pb++.
Os resultados principais foram os seguintes:
1 - Observou-se em temperaturas altas um alinhamento'
dipolar semelhante a aquele que as impurezas I-V apresentam em
perdas dielétricas. Podemos calcular o momento de dipolo desses
defeitos e assegurar que também a posição 200 e ocupada pela va
cância (ou posição nnn).
2 - Observamos tambem um reallnhamento a baixas temp~
raturas atribuida a reorientação do dipolo I-V porem com o ionl
++ d 1 - .. dde Pb num esta o e etronlCO' exclta o.