v. s. m o t t a pinto e s t e n a t a l

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p re ço 1 SOO Quarta feira, 25 de Dezembro de 1957 Ano III i^ 0 '>45 N O A Ç M O A Proprietário, Adm inistrador t (ditor V. S. M O T T A P I N T O E S T E O Natal de 1957, come- morativo— como cs anterio- res— do nascimento de Cristo, evoca-nos a festa dos lares e a hora que o Mundo atravessa. Nâo é possível separar na evocação os dois factos, dado que eles estão intrinsecamente ligados no Pensamento pelo divagar das conjectura?. A festa dos lares tem as- pectos sublimes, dum signi- ficado altívolo, onde pairam eflúvios que emocionam e gestos que nobilitam. 3 Juntam-se as famílias nas comemorações e, cristã e fraternalmente, passam-se noites em consoadas encan- tadoras que acalentam as almas e as elevam às regiões do Perdão e do Amor. No crisol da essência di- vina purificam-se os senti - mentos e afastam-se as nu- vens que, por vezes, toldam os lares em festa. Perpassam nos agregados familiares influxos incógni- tos, vindos da Tradição, e tudo quanto é mau se apaga para dar lugar ao sol bri- lhante da ilusória esperança. Se fosse possível escutar em todo o Mundo, nestas horas de Beleza Espiritual, o que se faz e o que se diz nas alias e baixas casas, durante a festa universal e única, tirar-se-iam conclusões conciliatórias, convincentes de que a Paz nas consciên- cias era um facto certo e generalizado-. Passa, porém, a noite igual em todas as almas e em todas as arribarias; e no dia seguinte, extintos os ecos dessa festa universal e única, a Humanida de volta às * apreensões anteriores, vis- lumbrando as tenebrosas perspectivas que se acumu- lam nos horizontes e que [transformam a ilusória espe- rança em tristes possibilida- jdes. A hora que o Mundo atra- vessa, irrequieta, confusa, fepassada de enigmas e de 'ncertezas, traz continua- mente à Humanidade maiores preocupações e enche de amargura os corações que ainda na véspera palpitavam de intensa felicidade. Andam fronteiras ameaça- Uas, guerras nas sombras, povos martirizados, interro- gações malditas, dúvidas torturantes, e, por cima dos quadros de péssimas hipó- eses, a Ciência escava, fer- r lllla, procura descobrir no- °s engenhos e novos Processos destruidores. Neste Natal de 1957 é REDACÇÃO E Al;MINISTRAÇÀO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026467 --------------------------- -------- --------- M O N T I J O ------------- OOMPOSICAO a lMfvi&SSAO — TIPOGRAFIA «GRAFEX» — TELEF. 026 236 — MONTUO N A T A L lícito, pois, fazer um voto excelso, pleno de ansiedade e de justo desejo : — Que a Sensatez regresse ao cérebro humano e o con- duza, por caminhos claros, sinceros, repletos de Bon- dade, à resolução pacífica dos problemas pendentes e a surgir, de sorte que reine no Universo a Fraternidade eterna e os homens vivam, finalmente, Nos atais futuros e as horas da vida naquela paz que origina paraísos re- lativos. Eis o que, neste Natal em comemoração, «A Provín- cia»,— este pequeno sema- nário de aldeia — , expende e sintetiza, proclamando o voto expresso como mani- festação de humanismo altis- sonante.

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Page 1: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

preço 1 SOO Quarta feira, 25 de Dezem bro de 1957 A no III i^ 0 '>45

N O A ÇM OA

Proprietário, Administrador t (ditor

V . S . M O T T A P I N T O

E S T EO Natal de 1957, come­

morativo— como cs anterio­r e s — do n a s c im e n to de Cristo, evoca-nos a festa dos lares e a hora que o Mundo atravessa. Nâo é possível separar na evocação os dois factos, dado que eles estão intrinsecamente ligados no Pensamento pelo divagar das conjectura?.

A festa dos lares tem as­pectos sublimes, dum signi­ficado altívolo, onde pairam eflúvios que emocionam e gestos que nobilitam.3 Juntam-se as famílias nas comemorações e, cristã e fraternalmente, p assam -se noites em consoadas encan­tadoras que acalentam as almas e as elevam às regiões do Perdão e do Amor.

No crisol da essência di­vina purificam-se os senti­mentos e afastam-se as nu­vens que, por vezes, toldam os lares em festa.

Perpassam nos agregados familiares influxos incógni­tos, vindos da Tradição, e tudo quanto é mau se apaga para dar lugar ao sol bri­lhante da ilusória esperança.

Se fosse possível escutar em todo o Mundo, nestas horas de Beleza Espiritual, o que se faz e o que se diz nas alias e baixas casas, durante a festa universal e única, tirar-se-iam conclusões conciliatórias, convincentes de que a Paz nas consciên­cias era um facto certo e generalizado-.

Pas sa , porém, a noite igual em todas as almas e em todas as arribarias; e no dia seguinte, extintos os ecos dessa festa universal e única, a Humanida de volta às

* apreensões anteriores, v is ­lumbrando as tenebrosas perspectivas que se acumu­lam nos horizontes e que

[transformam a ilusória espe­rança em tristes possibilida-

jdes.A hora que o Mundo atra­

vessa, irrequieta, confusa, fepassada de enigmas e de 'ncer tezas , traz continua­mente à Humanidade maiores preocupações e enche de amargura os corações que ainda na véspera palpitavam de intensa felicidade.

Andam fronteiras ameaça- Uas, guerras nas sombras, povos martirizados, interro­gações m a ld i t a s , dúvidas torturantes, e, por cima dos quadros de péssimas hipó- eses, a C iência escava, fer-

r lllla, procura descobrir no- °s e n g e n h o s e novos

Processos destruidores.Neste Natal de 1957 é

REDACÇÃO E Al;MINISTRAÇÀO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026467----------------------------------- --------- M O N T I J O -------------

OOMPOSICAO a lMfvi&SSAO — TIPOGRAFIA «GRAFEX» — TELEF. 026 236 — MONTUO

N A T A Llícito, pois, fazer um voto excelso, pleno de ansiedade e de justo desejo :

— Que a Sensatez regresse ao cérebro humano e o con­duza, por caminhos claros, sinceros, repletos de Bon­dade, à resolução pacífica dos problemas pendentes e a surgir, de sorte que reine no Universo a Fraternidade eterna e os homens vivam,

finalmente, Nos atais futuros e as horas da vida naquela paz que origina paraísos re­lativos.

E is o que, neste Natal em comemoração, «A Provín ­c ia » ,— este pequeno sema­nário de aldeia — , expende e sintetiza, proclamando o voto expresso como mani­festação de humanismo altis­sonante.

Page 2: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

l rP i ô o i n d a 2 5 - 1 2 - 9 5 7

V I D A

PROffSSIOHAL

M é d i c o s

D r. A v e l in o Ro cha B a rb o s aDas 15 às 20 h.

R. Alm irante Reis, 68, 1.° Telef. 026245- M O N T I JO

Consultas em Sarilhos Grandes, às 9 horas, todos os dias, excepto às sextas feiras.

D r . fa u s to N e iv aLargo da Igreja, 11

Das io às 13 e das 15 às 18 h. Telef. 026256 - M O N T IJO

D r .1 I sa b e l G o m es P i re sEx-Estagiária do Instituto Português de Oncologia.

Doenças das Senhoras Consultas às 3.as e 6.as feiras

li. Almirante Reis, 68-1.° - Montijo Todos os dias

Rua Morais Soares, 116-1.°l.ISROA Telef. 48649

Médicos VeterináriosDr. C r i s t ia n o da Silva M endo nçaAv. Luís de Camões - MONT IJ O Telef.s 026502 - 026 465 - 026012

P a r t e i r a s

Augusta M a r q . C h a r n e i r a M o re iraParteira-Enfermeira

Diplomada pela Faculdade de Medicina de Coimbra

R. José Joaquim Marques — N.° 231 M O N T I J O

A rm a n d a La g o sParteira-EnfermeiraPARTO SEM DOR

Fx-estagiária das Maternidades de Paris e de Strasbourg.

De dia - R. Almirante Reis, 72 Telef. 026038

De noite - R. Machado Santos, 28 MONTIJO

Telefones de u r g ê n c i aHospital, 026 046

Serviços Médico Sociais, 026 198 Rombeiros, 026048

Taxis, 026025 e 026479 Ponte dos Vapores, 026425

Polícia, 026144

Obras de Álvaro Valente— «Eu», livro de sonetos,

esgotado; «Daqui. . . fala Ri­batejo», contos monográficos, 30 escudos; «Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto, 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravi­lhas», reportagem, 20 escudos.

Pedidos à Redacção de «A Província».

^ z ô t ô f i l m eTrabalhos pora amadores Fotografias d'flrte Aparelhos fotográficos

Reportagem FotográficaPua Bulbõo Pato, 11 - MOHIliO

M O N T J

O N a t a l d e «A P r o v ín c ia »O [ieliscões

Vam os hoje proceder à d istribuição de g é n e r o s , roupas, agasalhos, calçaao, irutas, doces e brinquedos, a fam ílias e crianças pobres da nossa terra.

A d istribuição far-se á pelas io horas e no Salão da Tertú lia , na Praça da República.

Antes de mais, queremos novamente agradecer, inuito reconhecidos, a quantos nos coadjuvaram nesta in ic ia ­tiva, nos deram seus dona­tivos e enviaram suas ofer­tas.

Em nome dessas fam ílias e dessas crianças, em nome de «A Província>, muito obrigados a todos.

Convidamos ' t o d o s os subscritores, todos os nos­sos amigos a assistirem à nossa A rvo re do N ata l e àquela distribuição, o que também muito agradecemos.

Continuam os a publica­ção do que recebemos, com destino à nossa pequena Festa.

Quanto a donativos;Transporte — i.o7Ó$2o.Banco P o r t u g u ê s do

A tlântico , ioo$oo; Anónim o 20$0u ; R. V ., 2o$oo ; D. M a ­ria Lu c ília Tobias, io $ oo ; sr. António Joaquim Dias, io$oo ; Banco Esp írito San- to, ioo$on; D. M aria Jú l ia G iraldes, 3o$oo; sr. José Be lch io r Mendonça, io$oo ; sr. João Euclides Rosa C a r ­neiro, io$oo; D. M aria E u ­génia Bisca, 20$00 ; sr. Is i­doro Sam paio de O live ira , ioo$oo; D. M aria Helena Sanches, io $ o o ; D. Leon- tina Resina, io$oo; D. M aria Leonor G . Rosa, s$oo; D. Ju d ite R o s a d o , 5$oo; sr. Joaquim dos A . G rilo , 2^50 ; Montijóia, 5$oo ; J .L . , xo$oo; D. M aria H e lena Ramalho, 5$oo; sr. António da A m a ­dora, io$oo; sr. Manuel da Luz Afonso, 50^00 ; sr. A le ­xandrino Carva lho Nunes, 5$oo ; sr. Am ândio Saave- dra, 2o$oo ; sr. M. J. V ie ira , A lbufe ira , 2o$oo; sr. M a ­nuel Antón io Louro Grade; so$oo ; D. M aria José Repas Relógio, s$oo e anónimo, io$oo.

A transportar : i . 728$70 .Quanto a ofertas :D. M aria Cecília Tobias,

2 sabonetes ; sr. Am andino Ferre ira de Melo, 1 caixa com bolos sortidos; sr, Lu ís

de Sousa, 4 copos ; D. E m í­lia Dias, 3 pacotes de m ar­garina ; Casa Bam bino, 1 camisola de malha ; Café Veim ar, uma porção de r e ­buçados; Anónim a, 2 peças de roupa ; sr. Catlos Calve- velos, 1 pacote de «Tide» e outro de «Omo»; sr. Eu sé ­bio Mendes Peixinho, 1,5 metro de ch ita ; sr. A r ­mando Pereira, 1 par de sandálias para criança ; sr. Carlos Ramos Cardeira, 6 pares de peúgas; sr.' de Motta Pinto, um vestido para cr iança ; D. M aria Lu ísa Salgado Ribeiro, 10 peças de roupa para crianças; D. C larinda Morgado, 2 b rin ­quedos; C a f é Central, 2 brinquedos e 10 chocolates; sr. Augusto Ramos Cardeira1 embalagem L a v a la r ; T a ­bacaria Moderna, 7 b rin ­quedos; sr. José Francisco Repas, 3 camisolas ; Casa Nova de Francisco de A l ­meida, 10 liv ros com estam­pas ; sr. Augusto Gervásio,9 brinquedos; D. J ú l i a Brandão, 2 metros de gor- gorina; Papelaria Carvalho,3 brinquedos; F a r m á c i a Diogo, 4 sabonetes; sr. F. V icente Lucas, 5 pares de peúgas; D. Custódia D ou ­rado, 1 quilo de arroz; sr.

Francisco la v a re s dos San ­tos, 1 brinquedo; sr. F ran ­cisco V ie ira , 1 sabonete; sr. L e v y Ramos Dias, 3 pa­res de peúgas; Paste laria M i m o s a , 15 chocolates; Anónim a, 2 brinquedos ; sr. José A lva rez A lvarez , 2 cam isas; Pastelaria R ibate ­jana, 1 pacote de bombons,6 pacotes de bolachas e 2 dúzias de broas;, sr. J. C. Figueiredo D in is, 6 pares de peúgas; sr. Joaquim Con­tramestre, 2 fios de prata; sr. António Ramos Dias,1 pacote com rebuçados; D. M aria L u c ília Marques,2 peças de roupa ; D. Em ília Henrique, 4 peças de roupa; Casa G abrie l do Carme, t camisa; sr. A . Fernandes da S ilv a , 1 pacote com arroz ; Casa das Vergas, de Fran cisco P. Cambolas. 60 b rin ­quedos; D. Em ,lia Baeta,3 brinquedos; anónimo, 6 retalhos de tecidos e panos ; sr. M arcelino Benito, uma garrafa de V inho Generoso ; sr. An tón io A lbuquerque e Cunha, 1 lata de b o los ; Fábrica Joneca, 2 sacos com rebuçados; sr. S aú l Jesus D ias, uma porção de dropes e Pereira & Mafra, 1 par de botas para criança.

(Coníinua)

N e s t e d i a d e N a t a l

N ã o p o d e h a v e r «b e l i s c õ e s ,

E u m d i a i m o r t a l ,

D a s m a i o r e s e m o ç õ e s .

E u m d i a d e A m o r ,

D e E u f o r i a , d e B o n d a d e ,

D e i n f i n i t a C a r i d a d e .

N a s c e u o R e d e n t o r !

T e n h o , p o i s , d e m e c a l a r

E n a d i n h a b e l i s c a r . . .

P o d e 0 Menino a c o r d a r

E v i r à T e r r a p a s s e a r .

H a v i a d e s e t b o n i t o

S e e l e u m d i a c á v o l t a s s e !

C o m t a n t o m a r o t o a f l i t o

Q u e n a T e r r a 0 a t r a i ç o a s s e , , , \

D a - o u t r a v e z , f u l m i n a n t e ,

P r a t i c a n d o u m b e l o e x e m p l o , \

F u s t i g o u c o m um t a g a n . e

O s t a i s v e n d i l h õ e s d o t e m p l o ,

P o i s a g o r a , — l i n d a s c e n a s ! —

T i n h a q u e t r a z e r dezenas..,S u s ! S i l ê n c i o ! M i l p e r d õ e s ! I H o j e n ã o h á « b e l i s c õ e s * .

H a j a b r o a s e f a r t u r a

N a s v o s s a s c a s a s m o d e s t a s , | E a t o d o s v ó s , c o m t e r n u r a ' .

— B o a s F e s t a s ! B o a s F e s t a s ! | H o m im ao m ar

Valério da fonsecafabricante de apoios de borracha para todas as marcas de automóveis.

Rua França Borges, 52

L A V R A D I O

Recordações de um aldeano ao redor de 1900N A T A L

Estávamos na vespera do Natal. Epoca das gran les matanças, mas em todas as casas «de chacina» os trabalhos estavam terminados, em­bora se trabalhasse até altas horas da noite, para que, chegado esse dia, tudo estivesse em descanso.

O velho e cansado «liio Tejo» atracava à ponte, depois de fazer a sua habitual travessia de Lisboa, devassando, quotidianamente, as águas do Tejo, movido pelas suas rudimentares rodas. Julgo que foi um dos primeiros barcos de vapor que começaram fazendo esta tra­vessia, e que tantas vezes punha à prova a perícia do seu mestre, o qual o fazia singrar quase num fio de água, que a cala, também quase sempre assoreada, levava na maré baixa, fazendo-o atracar à ponte, para alívio dos que dele ti­nham que desembarcar. (E de justiça recordar, neste momento, um dos mestres que, durante lar­gos anos, fez essa travessia, o nosso patricio Manuel Marques, que bastas vezes deu provas dessa perícia de que vos falo.)

Na ponte, uma chusma de íjan i- lhos gritavam para os passageiros para se encarregarem de lhes le­var os volumes, porque nesse dia

2 - 1 - 1 9 1 4 2-1-1958

A D I R E C Ç Ã O D A

B a n d a D e m o c r á t i c a 2 d e J a n e i r o

FUNDADA EM 2 De JANEIRO D B 1914S e d e ; B. A lm ira n te Reis , 4 4 - 1 . ° - M O N I D O

N o p e r í o d o F e s t i v o das c a n e m i r u f õ e s do 4 4 . ° a n i v e r s á r i o

d e e x i s t ê n c i a , c u m p r i m e n t a as seus e s t i m a d o s c o n s ó c i a s e A m i g o s ,

b e m c o m o suas f a m í l i a s , e a u s p i c i a - l h e s F e l i z e s F e s i a s d e N a l a l e u n N o * o A n o

r e p l e t a de p r o s p e r i d a d e s .

havia maior movimento de carga e pas-ageiros,

O ti’ Luís «mouco» também lá estava com a sua carroça. Era nesse tempo uma d;'s figuras po­pulares da terra. A todas as horas da chegada do vapoi lá se encon­trava, e. depois de grossa luta com os seus eventuais concorrentes, conseguia encher a carroça que, à força dos seus rijos músculos. ía depois despejando por toda a vila. Tudo o que se lhe entregasse, era sagrado. Era uma criatura extre­mamente pacífica e trabalhadora, mas, todo o seu pacifismo ía por água abaixo, ao gritarem de longe (porque ao pé era perigoso) o se­guinte :

— Oh Luís! vai buscar o Livro dos Benditos... (Era a história conhecida, entre ele e um antigo patrão.)

Então, vociferara os mais varia­dos impropérios, quando não en­travam em acção as cordas de que andava sempre munido, contra aqueles que lhe lembravam essa história. ..

Ao fazer esta referência à mo­desta figura deste honrado tra­balhador. move-me também uns certos remorsos, porque, quandoo via ir pelo corredor onde ele ti­nha o seu tugúrio, e que dava para a quinta das «Princesas», eu gritava-lhe eá da porta: -- Oh Luís 1 vai buscar o Livro dos Ben­ditos... E eu, pernas para que te quero !

No vapor chegava também ou­tra figura imprescindível nesta quadra festiva. Era o velho gai­teiro que, com a sua faita de foles, acompanharia no dia seguinte o cortejo do Menino Jesus. Depois da sua chegada, e ao estralejar de fogueies, ia cumprimentar os fes­teiros, provando as águas-pés e os vinhos novos, de mistura com a mesma toada musical, extraída

da sua velha gaita, e que eu, pasl sados tantos anos, ainda t*nho| nos ouvidos.

As salchicharias, algumas 1111-I provisadas por essa ocasião, apal reciam ornamentadas com grandes! ramos de loiro, ostentando ali melhores peças de carne a dou\ vinténs o quilo.

Nessa noite corria mais enil abundância a água-pé vendida I dez réis a púcara, em quitandas del pequenos fazendeiros que a l'at>ri [ cavam.

Depois, a Missa do Galo, ondil alguns crentes já enfi ascados nelJ e na aguardente, para amortecer J frio, davam que falar de si: mai(l tarde, o sr. Prior acabava comi essa cerimónia. No dia seguintel os rapazes da minha idade acor l davam mais ce lo, porque nessíj dia havia quase sempre a estreúl dum fato novo ou dumas botas para os rnais felizes, o presente i l Menino Jesus.

Em todas as ca-as tudo estava>| postos para o receber.

Uma grande parte dessas casal era de pavimentos térreos e, p|l,| i«so, eram areadas com areia aiusf reli, que o T i’ Izequiel vernftl pelas ruas da vila em cargas trans i portadas petos seus velhos buvl ros; e assim estas eram cuidada*! e enfeitadas com o que havia melhor.

Depois das festas religiosas Igreja Matriz, saía a procissão. 4 Menino Jesus, deitado no s(>l berço, vinha à frente, seguido 1 Irmandade da Senhora da Purií'1 cação, padroeira dos trabalhadorfl do campo, os quais eram alcunhai dos, em sentido deprimente, 1 «Latambas», e por conta de quei*| corria a festa. Depois o sacerdo!1'! e atrás o gaiteiro soprando ini"|(Continua na págin isequin^l

Luis Maria Nogueira

Page 3: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

2 5 - 1 2 - 9 5 7 < Á ( J ) ie a U ie ia

A GEADA E L E G A M E

M O N T J OA n i v e r s á r i o s

d e ze m b r o

— No dia 25, o s r . António Maria Silva de Almeida, no88o dedicado assinante.

— No dia 2li,o sr. Uvel Su- pias de Castro, e sua esposa, nosso» prezados assinantes.

— No dia 26, a menina Maria Lucinda Mónica Marques, filha do nosso estimado assinante, sr. Anselmo Joaquim Marque».

— No dia 27, a sr.» D. Rra uca Ferreira Cosme, esposa do nosso estimado assinante e mni^o, sr. Jaime Gonçalves Cosme, residente em Lisboa.

_ N o dia 29, a sr.a D. Lucília Gervásio Tobias, filha do nos- so dedicado assinante, sr. Emídio Augusto Tobias.

— No dia 31, o sr. António José Fuste de Sousa, sobrinho do nosso estimado assinante sr. Joaquim da Fonseca.

— No dia 31, o menino Fer­nando Manuel Fernandes Pe- lírú, filho do nosso prezado assinante sr. Francisco José Pelirú, residente na Atalaia.

— No dia 31, a sr.* D. Mai ia Germana Sacoto, esposa do nosso estimado assinante sr. Carlos do» Santos.

AgradecimentoA o E x . " 10 S r . D r . A v e l i n o

d a R o c h a B a r b o s a

Venho por este meio tornar público o meu profundo re­conhecimento para com o Ex.“° Sr. Dr. Avelino da Rocha Barbosa pela forma carinhosa e proficiente, pela dedicação e inexcedíveis cuidados com que me tratou da grave enfer­midade de que, felizmente, me encontro completamente res­tabelecido.

Sei que, com este público testemunho, vou ferir a conhe­cida modéstia de táo ilustre clinico; mas ficaria de mal com a miaha consciência se nào lhe demonstrasse a minha gratidão por tudo quanto fez para me salvar.Ao enfermeiro, sr. José Maria

de Oliveira, agradeço também a solicitude e atenções que me dispensou, 110 exercício da sua profissfio, d u r a n t e aquela doença.

Aceitem, pois, este agrade­cimento como sincera mani­festação do meu muito grato sentir.Montijo, 20de Dezembro de 1957

(■'<) Ernesto Borges Sacoto

Vendem-se— Duas novas MORADIAS na Bela ' ista.

Intorma Laura dos Santos — Rua António Rodrigues Pimentel, N.°2í- montijo.

r-AREIA ROA para obras.I ratar com Sérgio Aguadeiro,

telefone - 026024 - Montijo.

Banda Democrática 2 de ]aneiroCompletou na semana finda o

8.* aniversário da existência nesta vila, da Agência deste Banco, o qual aqui proflcuamente tem de­senvolvido a sua actividade, a bem dos interesses materiais desta re­gião.

Não desejaríamos, nem podería­mos, deixar de assinalar este facto neste número da quadra festiva em que nos encontramos, pelo que tem de reflexo na vida económica financeira e progressiva da nossa terra.

Por essa circunstincia, o Conse­lho de Administração do Banco Português do Atlântico é credor dos nossos cumprimentos, bem como o sr. Virgílio Alves Ferreira, digno gerente dessa Agência, e todos os funcionários ali em ser­viço, a quem desejamos neste mo mento a maior soma de prosperi­dades e votos de Boas Festas, com um Novo Ano de engrandecimento para esse importante estabeleci­mento de crédito.

Recordações de um flldeano

ao redor de 1900

N A T A L(Continuação da pág. anterior)terruptainente na gaita de foles. Os foguetes estralejavam durante todo o percurso, e todas as portas se abriam de par em par à sua aproximação.

O irmão que levava o Menino entrava em casa a correr, dando-o a beijar a toda a família, reunida para esse fim, ao mesmo tempo que ia declamando una versos alu­sivos ao acto, e o outro que o acompanhava recolhia a respectiva esmola. Daí a algum tempo o Me­nino era passado a outras mãos, visto que o primeiro, já extenuado e escorrendo em suor, não podia mais; mas havia a prosápia, (entre os irmãos), de ver aquele que mais tempo o transportava. Pode-se assim calcular o trabalho exte­nuante que estes homens tinham parj manter esta antiga tradição, uma vez que a vila ia crescendo de ano para ano, acabando esia cerimónia cada vez mais tarde! Entretanto, enquanto a procissão percorria as ruas da vila, outros irmãos, envergando as suas opas azuis e brancas, barbeados e pen­teados a primor, iam procurando as melhores ofertas para as suas fogaças, e que constavam das mais variadas coisas, desde os chouri­ços às laranjas, garrafas de v i n h o , etc., — tudo isto acondicionado em cestos garridamente enfeitados.

Ao oferecer a sua fogaça, o ofer- tante recitava também umas qua­dras feitas pelos mais variados e improvisados poetas;

E assim terminava mais um Natal, com um jantar melhorado em família.

Depois, com o mesmo cerimo­nial, realizava-se a festa do Ano Novo. Então, o Menino já vinha sentado na sua cadeirinha, percor­rendo as mesmas ruas, as mesmas casas, ao som da mesma g uta de foles, e i noite havia a soirée dançante na l.° de Dezembro, ou no «Clube dos Ricaços» na Rua Direita.

liikoi, D e i e a b r o de 1 9 5 7Luís Maria Nogueira

/ I Telefone 026372

Á S o c i e d a d e F i l a r m ó n i c a

1 . ° d e D e z e m b r oFundada em I de Dezembro de 1854

S t D E : Av. D. João I V — M O N T IJ O

Confessando-se extremamente reconhecida a todas as pessoas que dalgum modo contribuíram para o brilhantismo das festas do 103.° aniversário de sua existência, cumprimenta os seus estimados consócios e famílias, augurando-lhes Felizes Festas do Natal e um Novo Ano de inúmeras venturas. , _ .A D irecçã o

F e s t a d e B e n e f i c ê n c i a

Integrada no interessante pro­grama comemorativo do 44.° ani­versário da fundação desta presti­mosa colectividade da nossa vila, efectuou-se no passado domingo, dia 22, no seu salão de festas, uma interessante «matinée»a que deram a sua cativante colaboração um distinto grupo de artistas da capi­tal e amadores montijenses.

Actuou ali igualmente o novel agrupamento musical «Os Prínci­pes», da nossa vila, o qual foi igualmente valioso colaborador nesta iniciativa.

Todos os números foram larga­mente apliudidos, pela numerosa assistência que assistiu a este es­pectáculo, destinado a beneficiar utn grupo de crianças pobres de famílias dos seus associados.

Nestas resumidas linha», ao en­cerrar o nosso número de Natal, compete-nos felicitar a direcção da Randa Democrática 2 de Ja­neiro e o diligente organizador do programa desta festa de benefi­cência, sr. José II. Reis Rorgcs, louvando-o pelo seu profícuo e dignificante esforço.

C o n certo d e 1 de Ja n e i ro de 1 9 5 8 , à< 15 h o ra s , no Co reto M u n ic ip a l , sob a r e g ê n c ia do seu m aestro - s r , H o m ero R ibe iro Apol n á r i o :

1 — «On the Qarter Deck», mar­cha, de K. J.Alford; II - «Rienzi», Abertura, de R. Vagner; III - «Fantasia de Rombardino», de J. F. Domingues; IV — «Les Brin- nyes». suite, de J. Massenet, Di- vertissement: n.° 1—-Danse Gr.?c- que, n.° 2 — La Troyenne e n.° 3— Saturnales ; V — «Cantar, Rir y Bailar», (Fantasia sobre temas po­pulares espanhóis), de Mariano S. Miguel, e VI — «Amadeu dos San­tos», marcha, de Rogério de M. Sousa.

2(Comemoração do 44.° ani­versário da sua fundação)

A’s 7 horas — Alvorada por um grupo de executantes da Banda ;

A’s 20 horas — Saída da Banda, em cumprimentos às digníssimas autoridades.

A’s 21 horas — «MONTIJO DE HONRA», em homenagem ao re­gente, filarmónicos e convidados.

A's 21,30 horas — Gran d ios a «soirée» dançante, abrilhantada

S o c i e d a d e F i l a r m ó n i c a

1 . ° d e D e z e m b r o

Efectuam-se nesta prestigiosa colectividade desta vila, na pró­xima quarta-feira, 25, (dia de Na­tal), e na quarta feira seguinte, dia I da Janeiro, (Ano Novo), dois brilhantes bailes, em «soirées», a que dará a sua honrosa colabora­ção a exímia Orquestra «Eldo- iado», sob a proficiente direcção do apreciado pianista e nosso amigo Humberto de Sousa.

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Clientes e Amigos cumprimen­tos de Boas Festas e votos de Novo Ano muito feliz.

pela famosa Orquestra Eldorado e pelo apreciado Conjunto Musical «Os Rei3 da Alegria».

Realizam-se nesta conceituada colectividade montijense, na pró­xima quarta-feira, 25, (dia de Na­tal), dois bailes, em «matinée» e «soirée», abrilhantadas ptlo conhe­cido Conjunto Musical «Os Reis da Alegria», sob a direcção de Firmino Alves Reis.

No domingo, dia 29, efeetuar- -se-á uma atraente «soirée» dan­çante, com a distinta Orquestra «Eldorado».

— Apresentamos-lhe os nossos melhores votos de larga concor­rência e grande animação a essas diversões.

LUTUOSAFaleceu no passado domingo,

dia 22, a sr.a I) Maria Júlia Ro­drigues, de 96 ano11, solteira, pro­prietária, natural de Montijo.

Era irmã do sr. José Luí< Ro­drigues, e tia de várias sobrinhas, entre as quais as sr.as D. Eugénia Rodrigues de Sousa, esposa do nosso dedicado assinante, sr. Luís de Sousa, e D. Gina Rodrigues Futre, casada com o sr. Manuel Rodrigues Cipriano Futre, tam­bém nosso estimado assinante.

O funeral realizou-se no dia seguinte, pelas 14 horas, para o cemitério da sua terra natal.

«A Província» apresenta a toda a família enlutada as suas condo­lências e, em especial, aos seus estimados assinantes acima "no­meados.

AGE A DA UTILITÁRIA

farm ácias de Serviço

5.‘ -feira, 26 — Mo n t e p i o6." - feira, 27 — M o d e r n a Sábado, 28 — H i g i e n e Domingo, 29 — D i o g . o2.“-feira, 30 — G i r a l d e s3." - feira, 31 — M o n t e p i o4.* - feira, I — M o d e r n a

No passado sábado, dia 21, fale­ceu também a sr.a 1). Carolina de .lesus Cardoso, de 88 anos, viuva, proprietária, natural da Hortinha, Sarinhos Grandes. Era mãe dos srs. João José Cardoso e .Laquim Marinheiro, e das sr.as D. Maria Carolina Cardoso, D. Lucília Car­doso, D. Carolina Cardoso, e avó da sr.a D. Carolina Maria Cambo­las, esposa do nosso prezado assi­nante sr. Francisco Pereira Cam­bolas.

O funeral realizou-se no dia se­guinte para o cemitério de Sari­lhos Grandes.

«A Província» apresenta a toda a família de luto os seus sentidos pêsames, e nomeadamente àquele seu assinante.

L u v a s R o u b a d a sde dentro dum automóvel no pas­sado dia 17. Agradece-se a entrega nesta redacção, visto serem de estiiração.

Vende-se- UM CAVALO.Ver e tratar, ás 2.as, 4.as e 6.*s

na Quinta da Espinhosa - Sarilhos Grandes - telef. 026926.

Perderam-se- 3 CARTÕES de IDENTI­

DADE, em Montijo, pertencentes a Joaquim Soares.

Pede-se o favor à pessoa que os encontrou, de entregar no Posto da Polícia de Segunvnça Pública. Montijo.

Preeisa-se— Meio oficial de Barbeiro, ou

aprendiz. Rua Bulhão Pato, 92 Montijo.

Este número de «Á Pro­víncia» foi visado peia

C E N S U R A

Boletim Religioso Culto Católico

MISSAS3.a feira — (Véspera de Natal):

às 24 h. — MISSA DA MEIA NOITE.

4.a feira, — (Dia de Natal): na Cadeia, às 9 h.; na Igreja Paro­quial, às 10 e 11,30 h.; no Afon­soeiro, às 9 h., e na Atalaia, às11,30 h.

6.a feira, — às 9 h.Sábado, — às 9 h.Domigo, — Festa de Natal dedi­

cada às crianças : na Igreja Paro­quial, às 8, 10, 11,30 e 18 li.; no Afonsoeiro, às 9 h., e na Atataia, às 11,30 h.

E s p e c t á c u l o sCINEMA TEATRO

JOAQUIM DE ALMEIDAQuinta-feira, 26; (para 17 anos)

Um filme que tal como o livro donde foi extraído é uma grande obra, «Crime e Castigo», com Je*n Gabin e Marina Vlady.

Sàb ido, 28; (para 17 ano ) O recente sucesso que ganhou diver­sos prémios internacionais,«Cárce­re tem Grades»,

Domingo, 29: Matinée às 17,15 e Soirée às 21,15 horas, o grande filme de René Clair recentemente estreado em Lisboa, «A Porta dos Lilases».

Terça-feira, 31 de Dezembro de 1957 ; (para maiores de 17 anos). Grande noite de S. Silvestre, tendo o seu início às 21,15 horas com a mais bela, divertida e graciosa das comédias musicais, «Paulo e Caro­lina", com o desempenho de Pedro Infante, o ídolo das plateias, que as dilicia pelas suas canções em música mexicana e Irasema Dilian, a bela e graciosa actriz italiana.

A’s 23,30 até de madrugada,(para maiores de 15 anos, se a lotação o permitir), início do grande RE- VEILLON, actuando o magnífico conjunto «Orquestra Eldorado» dirigida pelo i ns i g n e pianista Humberto de Sousa e composta por Ribeiro Vintém, António Ono­fre, Mário Gouveia, António San­tos e José Gouveia.

Quarta-feira, 1 de Janeiro de 1958; Matinée às 15,30 e soirée às21,15 horas, o grande filme mu­sical da Metro com Marlon Brando e Frank Sinatra, «Eles e Elas».

C o n j u n t o M u s i c a l

« O s U n id o s d o J a z z »Este popular e simpático Con­

junto Musical do nosso concelho, que atinge agora o seu 5.° ano de existência, inicia na próxima ter­ça-feira, dia 24, — véspera de Na­tal—, as suas festas comemorati­vas.

Por esse facto, realiza nessa noite, no Alto Estanqueiro, um atraente baile, no qual será eleita a «Miss Natal».

No dia de Natal, — quarta-feira realizar-se-á ali uma competição ciclista para principiantes, em quatro voltas «relâmpago», com o seguinte percurso: — Alto Estan­queiro - Apeadeiro - Montijo - Ata­laia - Alto Estanqueiro.

Felicitamos este Conjunto pela passagem do seu aniversário, au­gurando-lhe a continuidade dos seus triunfos.

Page 4: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

c d ^ P i e a n e i a 2 5 - 1 2 - 9 5 7

E D I T A L

Recenseamento EleitoralFaz sab er, nos term os e para os efeitos do art.0 10.° da Lei n.°

2015, de 28 de Maio de 1946, que as operações do recenseam ento dos e le ito res do PRESIDENTE DA REPUBLICA e da ASSEMBLEIA NA­CIONAL para o ano de 1958, terão in íc io em 2 de Jan e iro e te rm i­narão em 15 de M arço do mesmo ano.

Ho abrigo Jo disposto nos flrt.° í ° e 2,° da citada Lei

São eleitores e, como tal, r e c e n s e á v e i s :

1.° — Os cidadãos portugueses do sexo masculino, maiores ou emancipados, que saibam ler e escrever português.

2.° — Os cidadãos portugueses do sexo masculino, maiores ou emancipados, que, embora não saibam ler e escrever, paguem ao Estado e corpos administrativos quantia não inferior a 100$00, por algum ou alguns dos seguintes impostos : contribuição predial, contribuição industrial, imposto profissional e imposto sobre aplicação de capitais.

3 .° — Os cidadãos portugueses do sexo feminino, maiores ou emancipados, com as seguintes habilitações mínimas :

a ) — Curso geral dos liceus;b ) — Cunso do magistério primário;c ) — Curso das escolas de belas attes;d ) — Curso do Conservatório Nacional

ou do Conservatório de Música do Porto ;e ) — Curso dos institutos industriais e

comerciais.4 .° — Os cidadãos portugueses do sexo

feminino, maiores ou emancipados, que, sendo chetes de família, estejam nas demais condições fixadas nos n.os 1 .° ou 2 .°.

Para os efeitos do disposto neste número, consideram-se chefes de família as mulheres viuvas, divorciadas, judicialmente separadas de pessoas e bens, de solteiras que vivam inteiramente entre si.

5.*— Os cidadãos portugueses do sexo feminino que, sendo casados, saibam ler e escrever português e paguem de contribuição predial, por bens próprios ou comuns, quan­tia não inferior a 2Ó0$00.

A p r o v a d e s a b e r l e r e e s c r e v e r f a z - s e :

a ) — Pela exibição de diplomas de exame público, feita perante a comissão que funcio­nará na sede da respectiva Junta de Freguesia.

b ) — Por requerimento escrito e assi­nado pelo próprio, com reconhecimento no­tarial da letra e assinatura ;

c ) — Por requerimtnto escrito, lido e assinado pelo próprio perante a comissão referida na alínea a ) , desde que no mesmo requerimento assim seja atestado, com a autenticação por meio de selo branco ou a tinta de óleo da Junta de Freguesia ;

d ) — Pela respectiva declaração nos mapas enviados pelas repartições ou serviços a que se refere o art.° 13.° da citada Lei.

A p r o v a d o p a g a m e n t o r e f e r i d o n o s 2 . ' 4 ° e 5 . ° f a z - s e :

a ) — Pela exibição perante a comissão de freguesia, dos conhecimentos respectivos, cujos números ficarão anotados no verbete ou processo individual do eleitor;

b ) — Pela inclusão no mapa enviado pelo chefe da secção de finanças.

Ao marido se levarão em conta os im­postos correspondentes aos bens da mulher, pois que entre eles não haja comunhão de bens, e aos pais os impostos correspon­dentes aos bens dos filhos menores a seu cargo.

A p r o v a d a s h a b i l i t a ç õ e s r e f e r i d a s n o n . ° 3 f a z - s e :

Pela exibição do diploma do curso, da certidão ou a pública forma respectiva, pe­rante a comissão a que se refere a alínea c i )

ou pela declaração respectiva nos mapas enviados pelas repartições ou serviços men­cionados no art.° 13.°, da citada Lei.

N ã o p o d e m s e r e l e i t o r e s :

1.° — Os que não estejam no gozo dos seus direitos civis e políticos;

2 . ° — Os interditos por sentença com trânsito em julgado e os notoriamente re­conhecidos como dementes, embora náo es­tejam interditos por'sentença.

3.° — Os falidos ou insolventes, en­quanto não forem reabilitados;

4 .° — Os pronunciados definitivamente e os que tiverem sido condenados criminal-, mente por sentença com trânsito em julgado, enquanto não houver sido expiada a respec­tiva pena e ainda que gozem de liberdade condicional;

5 .8 — Os indigentes e, especialmente, os que estejam internados em asilos de be­neficência ;

6 .° — Os que tenham adquirido a nacio­nalidade portuguesa, por naturalização ou casamento, há menos de 5 anos ;

7.° — Os que professem ideias contrárias à existência de Portugal como Estado inde­pendente e à disciplina soc ia l ;

8. ° — Os que notoriamente careçam de idoneidade moral.

Todos os cidadãos com direilo a vofo, podarão requerer a sua inscrição no Recen­seamento, ao Presidente da Comissão Re- censeadora, por intermédio das Comissões de Freguesia, e deverão mencionar, além do nome, o dia do nascimento, filiação, profissão, hôbilitações literárias e morada.

Para canitar, se publica o presente e outros de igual teor, que vfto ser afixados nos lugares do estilo e publicados em jornais deste Concelho.

P a ç o s d o C o n c e l h o , 1 5 d e D e z e m b r o d e 1 9 5 7

{u ) ^ o ié J / l a t i a cM e n d e > ‘Q o à ta

NATAL ¥p o r S e i s d e d o s B r a n c o

Esta palavra «Natal» re­presenta entre nós, portu­gueses, tão alto significado, de intuição tão profunda e elevada que difícil se torna fazer dela uma descrição completa, por isso conten­tar-me-ei apenas em descre­ver, e ainda de relance pelo lado mais acessível, esta tão vèlhinha quadra familiar.

Como é bom nesta data falarmos do passado,— desse que nos mostra que o mar­tírio antecede sempre a gló­ria !

Não há uma única inteli­gência, dotada de certa ele­vação, entre a Humanidade que não recebesse mais ou menos intensamente o in­fluxo da eloquência pene­trante do Divino Mestre, com a luz do passado que alumia tão profundamente o Universo.

Esta palavra — Natal — é ainda depois de tantos sé­culos a palavra diante da qual vem quebrar se o ar­rojo de todos os potentados que podem roubar-nos a vida do corpo; mas que nâo são capazes de alterar uma v ír ­gula da sua sublime doutrina e beleza.

Tudo na terra passa e muda sem cessar; só o alto significado deste dia e a fé não podem mudar, nem mor­rer porque são obra de Deus.

Com o Natal de Jesus veio-nos a salvação da hu­manidade e a reconstrução da sociedade. E ’ este um facto supremo, que todos estamos vendo, mas que nem todos compreendem, que alguns querem negar, (não que exista o que depo­ria só contra a sua inteli­gência, mas que depõe con­tra o seu coração), e que outros tentam explicar, não sabemos por quantas formas, mas t o d a s contraditórias, porque ela é sòmente um privilégio da verdade, e con­tra ela não há explicação possível.

Há quase vinte séculos que o nascimento de Jesus foi anunciado por estas pa­lavras :

— Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa von tade!

A Redenção da Humani­dade tinha duas bases trans­

cendentes:— a existência dt Deus e a paz entre os ho. mens — .

Com o decorrer dos tempos e a ascensão progressivíi estes esqueceram a nobrt divisa e perturbaram a p;i; das consciências e do Mim do. . .

Hoje, ante o Presépio, a sua humildade e alta signi­ficação, sob a luz que o di viniza, todos os cristãos de vem escutar o clamor qm rodeou este tão s u b 1 i nie quadro de amor e elevaçàt e repeti-lo, mostrando à Hu manidade que só há um ca minho p a r a a felicidadi porque a paz só pode exi: tir no Mundo, forte e defini tiva, quando os coraçõei forem sinceros e ardentes sob a luz divina que anuii ciou o nascimento do Salv dor.

Esta quadra, na humildadl e ternura do Presépio, éf tema evocativo que nos re! vela a sensibilidade e ternuiJ da maternidade e do amorf F a m ília ...

E ’ noite de N a ta l!...M eia no ite !...Hora sublime em que desl

cem do Céu à Terra soía harmoniosos que irradiai pela extensão infinda.

Já nasceu o Deus Me| nino ! . . .

Todo o Mundo está eij festa. Sobre ele choveij bênçãos divinas.

v A Terra está cheia de IOs hinos celestes ecoai

por todos os pontos cardiaiiO Mundo recebe este Mi

nino, cheio de esperanç porque ali vê a fonte nosa que o irá encamlnhanJ| para a salvação.

Ele será a base inconciisí do Cristianismo, mananci; obscuro que ilumina aque' gruta de Belém, — gota água imperceptível brotai das rochas da Nazaré, um raio de Sol teria secai logo e que depois com Oceano dos espíritos irroi peu pelas obstinações n ímpias.

Curvemo-nos d i a n t e tantos prodígios. E em M l lia, nesta hora santa, adofj mos aquele Menino, o L" de Deus, a Virtude Infinitíj— O Mestre e Redentor.

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Page 5: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

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Page 7: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

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E A S U A G E N T EA freguesia de Canha, outrora

sede de concelho, é desde longa data uma das freguesias do conce­lho de Montijo, a mais rica e a maior, territorialmente.

No nosso Portugal Continental poucas há e até concelhos tão vas­tos e ricos, no aspecto agrícola, embora o seu soio seja na sua maior parte de constituição are­nosa.

A vila de Canha viveu largos anos quase esquecida e abando­nada, sem um melhoramento digno de registo e, por isso, o seu desen­volvimento urbanístico tem sido pequeníssimo.

Para maior atraso, a sua gente viu com desgosto, há uns 16 anos, fazer-se o desvio do trânsito que se fazia pela estrada nacional que a atravessa, com a construção da estrada Vila Franca - Alpendura- das, (juando tudo fazia prever que passaria por lá, e outra de Monti j ■ a Vendas Novas.

Apesar di«so, a freguesia desen­volveu-se extraordinariamente e a sua população aumentou, com a venda de parcelas dc terrenos das herdades de: Pontal (Judia), Tai- padas, Alpenduradas e Carrapatal, a alentejanos, algarvios e a outros provincianos.

Deu-se caso idêntico, mas mais recente, com a divisão da herdade de Pegões-Velhos, doada pelo seu falecido proprietário, José Rovisco Pais, aos Hospitais Civis de Lisboa e entregue à Junta de Colonização Interna, que a dividiu em parcelas e as entregou a colonos.

Isto contribuiu para o aumento demográfico da freguesia e um desenvolvimento agro-pecuário ainda maior.

A vila de Canha, embora vivesse como que adormecida largos anos, parece, agora, ressurgir desse es­tado com alguns melhoramentos inaugurados relativamente recente, como por exemplo: a instalação da luz eléctrica, água canalizada em quase todas as moradias, al­guns lontenários, um matadouro, algumas ruas calcetadas e a lim­peza das mesmas, diáriamente.

Esses melhoramentos só foram possíveis, graças à boa compreen­são dos Ex."10s Governador Civil do Distrito de Setúbal e aos Pre­sidente e Vice-Presidente do nosso concelho.

A vila de Canha bem metece que as entidades superiores olhem pata ele com mais carinho e a do­tem de outros melhoramentos de higiene e conforto da sua popula­ção e embelezamento da vila, como seja: o saneamento; um mercado; o arranjo de certas ruas e largos; uma avenida, partindo da igreja matriz, ligando com a estrada na­cional ao Moinho do Paço e um largo apropriado à feira anual, que se realiza em Agosto, para se aca­bar duma vez para sempre com a ins!a'ação de certas barracas de diversões dentro da vila, onde se praticam, sem o menor respeito, acções indecorosas na presença de crianças e de senhoras.

Conforme notícia publicada há tempos no jornal «O Século», fo­ram adjudicadas as pontes sobre as ribeiras de «Canha» e de «La­vro que hão-de servir a estrada, já há muitos anos em aterro, enti e as vizinhas vilas de Canha e de Coruche.

Uma vez essas pontes e estradas concluídas, (é impressão minha), muito irá beneficiar essas locali­dades com um maior movimento de trânsito de veículos, carreiras colectivas de passageiros e, impli­citamente, o seu comércio e sua agricultura.

De todos os melhoramentos até hoje levados a efeito na minha terra, conta-se a Casa do Povo. considerada uma das mais antigas e das melhore», quer pela sua mo­delar organização, quer pelos altos benefícios prestados aos seus asso­ciados.

E para confit mar, basia dizer

que ainda há pouco tempo inau­gurou um infantário, destinado aos filhos dos seus associados ru­rais, onde as mães os vão deixar entregues aos cuidados de senho­ras, que os tratam com desvelos e carinhos, enquanto elas ajudam os maridos na faina do campo.

r

£nç|.0 finiónio P. M. Oliveira Soares, Dign.mo P r e s i d e n t e d a A t i e m b l e i a G e r o l , d a C a t a

d o P o v o d e C e a h a

Já foi possível a essa Casa do Povo atingir Ião elevada ‘•itnação, graças ao trabalho inteligente, boa orientação e grande dedicação das suas Direcções.

Por imposição do meu espírito de justiça, tenho de me referir e elogiar aqui um dos seus compo­nentes, que é o sr. Artur de Jesus Oliveira.

Desde a criação da Casa do Povo de Canha, sempre o vi integrado nas suas Direcçõest trabalhando de alma e coração para o engran­decimento e bom nome da mesma, não se poupando a sacrifícíos e a criticas de que algumas vezes tem sido alvo.

Nunca o encontrei fora da nossa terra que não fosse a pedir aos que podem, às entidades superiores para a Casa do Povo, o mesmo é dizer para os seus associados.

A meu ver, ele bem merece a estima e a admiração de todos os conterrâneos, e é digno de que um dia, não muito distante, lhe pro­movam uma festa de homenagem pelos relevantes serviços prestados à sua terra, e se dê'o seu nome a uma das ruas da vila de Canha.

E’ este o maior preito de grati- tíão que se lhe pode prestar.

balho na região, não é homem que fique de braços cruzados espera de melhores dias. Ele vai de sua casa na incerteza de arranjar tra­balho, mas vai, e não é difícil, nessas crises, encontrá-lo bastante longe da sua terra e do seu lar, a trabalhar nos mais variados servi­ços.

Finalmente, não é só na vida campestre que o homem de Canha possui qualidaddes, possui-as tam­bém na música, no teatro popular e no desporto.

Em tempos idos possuiu uma filarmónica — Sociedade Instrução Musical Canhense — que sem atín- fíir fama teve períodos de muito boa; um grupo cénico amador que periodicamente dava espectáculos que se viam com muito agrado, onde se destacaram alguns ele­mentos; e um grupo de futebol, donde sobressaíram alguns ele­mentos cheios de habilidade, que se têm ingressado num dos clubes chamados grandes, teriam ido ionge.

Já que falei na extinta filarmó­nica, porque se não a restaura

Talvez a Casa do Povo possa chamar a si essa iniciativa e po­nha de pé esse agrupamento tão útil, sobre todos os aspectos, se­guindo o exemplo da Casa do Povo de Ovar, que restaurou a filarmónica daquela localidade.

No nosso pais, infelizmente, no­ta-se cada vez mais o desapareci­mento das filarmónicas, para dar lugar ao Jazz; e outros agrupa­mentos musicais. O pior mal da falência daquelas, é a rapaziada desviar as suas atenções para de- lerminados divertimentos e pelo comodismo, e não se dedicar á música.

Ainda outro mal que as tem vi- l mado é o aparecimento dc músi­cas exóticas, sem ritmo ordenado, sem beleza, sem harmonia, música de*controlada e maluca que se in­troduziu no espírito de certa gente.

Se Beethoven. Chopin, Mozart e outras sumidades da música vol­tassem a este mundo e ouvissem tais musiquetas fugiriam, de certo, espavoridos para junto da paz do Senhor.

Paia terminar este meu já tão longo arrazoado sobre Canha e a sua gente, direi que em todos os tempos teve boa gente, que se des­tacou na vida intelectual e social, como por exemplo : os falecidos Dr. Ferreira de Mira, Padre Pedro

Um grupo de crianças à porta do Infantário

A gente de Canha é boa, hospi­taleira e ordeira e o seu rural, que vive exclusivamente da vida r de do campo, onde dc sol a sol, mui­tas vezes com e suor escorrendo- -lhe do rosto, moureja o pão de cada dia é exemplar.

Sendo, no geral, de mediana es- latura, é forte, vigoroso e ágil (verdadeiro tipo ribatejano), agar­rado a qualquer instrumento agrí­cola impõe-se como um dos me­lhores e não deixa que outros vindo de outras regiões o suplante.

Quando surgem crises de tra-

Felício I obias, Mário Salgueiro e outros.

Presentemente, possui outros valores que podem muito bem, querendo, fazer alguma coisa pela nossa terra, entre eles: o Dr. Fernando Piteira Barros, António Boleto Ferro Martins, futuro en­genheiro electrotécnico. Jacinto Mendes Ferreira, agente técnico de engenharia, e os lavradores e proprietários João Tomás Piteira e José Nunes Piteira.

Não devo esquecer neste capí­tulo, os srs. Dr. Manuel Maurício,

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aos seus estimados clientes e amigos Natal Feliz c Ano Novo cheio de venturas.

distinto médico em Canha, José Cardeira Alves, engenheiro Oli­veira Soares, António Feliciano Branco Teixeira e Dr. José Dias da Cruz, que, apesar de não serem filhos de Canha, muito têm feito pela gente rural da minha terra e contribuído para alguns melho ramentos.

Horácio Pereira Magro

Page 8: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

C O N T O D O N A T A L

Zlns... e outrosAquela hora o cão da Quinta ladrou

alto.A sineta do portão retinira pelos ares

e o «Dragão» cumprira o seu dever.— Quem seria que se afoitava na

noite procelosa?A trovoada roncava ao longe, nos

recôncavos da montanha, a chuva fus­tigava a azinhaga em bátegas contínuas, e o chiasco gelava a pele e as carnes !

E a sineta retinia novamente, com maior insistência, e o «Dragão» voltara a ladrar com fúria.

No silêncio expectante ouviu-se uma v o z :

— Quem está aí ? Quem está aí ?E logo outra voz em resposta :— Abra, por amor de Deus. Um po­

bre de longada...— Isto aqui não é estalagem. Siga o

seu caminho.— Não há caminhos. É tudo um mar

de chuva e lama. Estou repassado até os ossos e vou cair de fome e f r io . ..

— Pois siga por onde puder... O portão não se abre a desconhecidos e a esta hora da noite.

Ouviu-se o bater da vidraça e após o silêncio anterior.

O pobre de longada ficara espècado, tartareando, e escorrendo da pala do velho chapéu como beirais.

O vento cantava e rugia pelas sarças e esquinas. Cortava como gume afiado, tresvolteava e zunia com apitos sinis­tros.

Nas encostas longínquas, os relâm­pagos iluminavam os cimos e os vales, prateavam os quadros fugidios, rasga­vam abertas de luz que se tornavam rapidamente em escuridões absolutas.

Parecia que a Natureza se desfazia no temporal imenso, despeitorando-se em roncos, em dilúvios, em rangidos tormentosos, em rajadas fríg idas!

O pobre olhou o portão e o cordão da sineta. Depois, encolheu os ombros.

Lá em cima, no palacete iluminado, a telefonia resmungava e ouviam-se gargalhadas felizes. A janela fechou-se e o «Dragão» deixou de ladrar.

E le afastara-se pela azinhaga, ao acaso, tropeçando nos calhaus e escor­regando na lama espapaçada.

A ’ luz estonteante dum relâmpago mais demorado, avistou um casebre

distante, de porta e janela, e para ali se dirigiu.

Teve que saltar, que meter-se í'is silvas e às piteiras, rasgar-se, atolar-se, mas lá chegou e bateu.

De dentro, alguém gritou :— Quem é ? Quem bate ?E ele, em resposta :— Abra, por amor de Deus. Um po­

bre de longada.. .E logo a porta se abriu e uma cha­

pada de luz riscou por ali fora, tra­çando um paralelogramo claro nas tre­vas.

— Entre, irmão, — disse a mesma voz. Esta casa não se fecha a quem lhe bate à porta nesta noite, seja quem for.

E o pobre entrou, e de súbito se viu rodeado por gente que lhe tirou o bor­dão e a sacola, lhe fez despir o velho gibão esfiampado, o empurrou para a braseira que crepitava, o sentou num cadeirão carunchoso, e lhe trouxe a malga de café bem quente.

Ao fim, ainda a mesma v o z :— Como veio aqui parar, irmão ?— Perdi-me na serra por esses anda-

nhos, não sei onde estou. . .— Está em casa de gente pobre mas

honrada, na noite de Natal, e tem lume, comer, na consoada do costum e... Esteja à vontade, não tenha acanha­mento. E , se for preciso, ainda se arranja uma cama para descanso e uma manta para se cobrir ..

— Bem hajam, seja tudo pela vossa fe lic idade!

E ao pé da fogueira de cerne, a se­carem o casacão, a chegarem-lhe as rabanadas e a caneca de vinho verde, as crianças a enxugarem, a mulher a limpar-lhe as roupas esburacadas, e todos alegres, e todos satisfeitos, e todos empenhados em lhe dispensarem cuidados e atenções !

— Bem hajam ! Bem hajam !Almas secas, almas lavad as !Almas pequenas, almas grandes !O N a d a . .. e o Tudo !A chuva continuava, a trovoada de-

minuia agora, e o vento — esse maldito que enregela e corta— , entrava pelas frinchas, corria a casa e lançava bên­çãos aos quatro cantos . ..

Á lv a ro V a len te

Q u a d r a Na t a l i n aDentro dos curtos meses que perfa­

zem um ano, não há quadra alguma que suplante em sentimentos e huma­nismo, a quadra do Natal. Nela, senti­mo-nos mais alegres e fundamental­mente mais expressivos para com o semelhante e o lar. Há em nós, parece, um cântico profundo ao esforço da colectividade, do espírito e do mutua­lismo. Uma intuição e uma solidarie­dade atraentes para com o nosso des­tino, nos arrebata. Proclama-se, no nosso seio, uma análise de perspecti­vas verdadeiramente constituintes da orgânica do amor ao próximo, e da conquista da nossa ventura. Há a sim­patia, a sugestão, e sobretudo a atrac­ção comunicativa das coisas e das pessoas para o aconchego e o bem- -estar.

Obviamente, são a base para uma trave mestra na vida, as atitudes cheias de fraternidade, as quais se integram e sabem interpretar formalmente a arte de saber sorrir, a arte de saber com­preender, a a rte de s a b e r amar que, traduzidas na doçura, no carinho, no enlevo e na ternura que há no di­

reito divino de qualquer anímico, enri­quecem a existência, dando-lhe um sentido exaltado e de fortes raízes nas virtudes inatas do homem. Pronto, é Natal. É a recordação lírica e afectiva do M essias, vindo ao Mundo, entre palhas e animais, para nos salvar com a lição da humildade, do amor e do sacrifício. É a epopeia da entrega do humano pelo humano. É a confiança transparente e crescente que se paten­teia nos tempos de falsos individualis- mos em que vivemos. É o elo simbó­lico duma comunhão que freme e palpita pelo verdadeiro amor e humana solidariedade.

Por isso, não desmereçamos a sub­jectiva quadra com os nossos despro­pósitos de falsos humanismos, antes, façamos e procedamos pelo ano adiante como se estivéssemos sempre dentro dela. Que maior prazer e incentivo pode haver para uma vida ? O saber que ela não é inútil e que uma cente­lha divina nos acompanha, é caminho firme para a nossa redenção e imorta­lidade.

Joaquim Acácio de Figueiredo

d t( N o v a v e r s ã o) L

i egiH á m i l e t a n t o s a n o s J e s u s , u m díí|*ue R e c e b e u d a s m ã o s d e r i c o s m e r c a d t t W j f à

U m m a n t o d e < b r o c a d o s » q u e s ífw W M P a r a c o b r i r u m R e i , n u m t r o n o d e i '

t vaJ e s u s , a o i e c e b e r o r i q u í s s i m o p r e s t I

T e v e u m s o r r i s o e s t r a n h o , d o c e , c o m b<Que i

E E l e , q u e e r a R e i - d e - t o d o s - o s - R e i s m

A l m a p o r D e u s e l e i t a p r a s e t u m

( S e p u r e z a s ó s u a b o n d a d e e n c e r r a ) ^ ?

O q u e f e z , e n t ã o ? , . . D e c e r t o n ã o

E n t r a n d o n u m a c a s a d e h u m i l d e s ® ‘a E v e n d o s o b m a n t a s w/ffP0

T r ê s l i n d a s c r i a n c i n h a s ! . . . t r è s **le ’ P i o f r i o e n r e g e l a d a s ,

A c e r c o u - s e d e l a s , t e r n o , c a r i n h o s o , A n t e o o l h a r d o s p a i s , t ã o c h e i o d e t i I E t a p o u - a s n u m a b ê n ç ã o c o m o m a i i t 11

— I s t o f e z J e s u s C r i s t o h á m i l e t i m

Q u a n d o e n s a n g u e n t a v a o s p i s n a s 4I

E o u v i a , e n l e v a d o , o c â n t i c o d o s 1

M atai de 19S7

[ g o r g e a r d o s ]

Manuel Giraltles\(Mont-.

Page 9: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

• 2 5 - 1 2 - 9 5 7

D E I 9 5 7

t Manhã de ÀTAL. . .

^ g a , meu filho em teus brinquedos... Vê u m lindos eles s ã o ! E ’ tudo t eu . ..

i e r c a d o i m P r n w mandados pelo Pai do Céu, s*n>i*°dos pra ti, prá tua cham iné...

I vai brincar, e ri, ó filho m eu !I lindo o teu Natal, diz-me, não é ? : l'oin este Natal que Deus te deu !

Bue bom p’ra mim sentir-te assim ao pé! oS'Rei?mu m filho! Brinca e ri... Vai, vai brincar,

• n c t r r a j w {f nem tu sabes como hás-de lembrar i n ã o s# 'lls tarde, muita vez, na tua vida,

t i i l d e s V a alegria em que te vejo, agora... i t a s <,s/4p°lsv . tanta ilusão se vai embora,. t r ê s ^ le vais chorar muita ilusão perdida. . 1 r d a s ,

i o p r t s t | o c e , c o t

' n / i o s o , e i o d e 1

o

m i l t

é s n a s sj

OUTONO...! q u e c a i e m , r e v o l t e a n d o a o v e n t o . . .

( a r d o s W ' U s (l u e s e n t e m o d o b r e d a a b a l a d a ,

P s t n t » s e a m a r g a d o p e n s a m e n t o

n l r t d a , a f i n a l , s e r e s u m e . . .

[ e m n a d a !

Pelo Prof, losé Manuel Landeiro

N a t a l ! . . . A festa mais bela, mais encantadora do mundo C ris tão !

Natal — escreveu alguém há um ano — é o maior, mais luminoso, aliciante e sentimental cartaz da Cristandade. E ’ um cartaz impresso há 1957 anos, conservando ainda as cores vivas, na­turais e sobrenaturais do Menino Jesus, o Menino que se fez Deus, depois de ter sido Menino e Homem.

Este Menino nascido em Belém, há 1957 anos, marca a aliança entre Deus e os homens, e o seu nascimento é um divisório entre o velho e o novo Mundo.

Podemos afirmar ser o Natal a festa mais comemorada em todo o Mundo.

Hoje, nesta noite sacrossanta, convi­damos o leitor a acompanhar-nos atra­vés do nosso Portugal, país que foi sempre cristão e que, sob a bandeira de Cristo e da Pátria, chegou aos mais longínquos confins do Mundo, onde, em algumas partes, ainda hoje se fes­teja o natal português.

O povo português não tem rival nas comemorações do Natal. O nosso povo soube compreender e sentir, no seu verdadeiro sentido e alto significado, a festa do Natal. Percorramos Portugal de lés a lés. Vejamos os presépios ingénuos que o nosso povo ergue num sentimento de fé.

O Presépio constitui uma lição con­creta do catecismo. Assistamos à con­soada nas casas rústicas das nossas províncias. Veremos mesas com alvas toalhas de linho criado na terra portu­

guesa. Sobre a mesa, toda enfeitada de flores, veremos fumegar «batatas, bacalhau e couves», tudo adubado com o azeite fino das nossas oliveiras ; veremos arroz doce, filhos, rabanadas, coscorões, belheses, pão de ló, etc., e tudo isto regado com vinho das nos­sas cepas seja ele o «acidulado e fresco», o verde de Entre Douro e Minlho, o Vinho do Porto, o «maduro» do Dão, da Beira Baixa, da Bairrada, de Torres, do Cartaxo, de Almeirim e do Algarve. Aproveitaremos esta ocasião para v is i­tar parentes, amigos e conhecidos que se encontram espalhados pelos cinco continentes, para os quais o seu Natal — (Natal bem português !) — é unrgido duma saudade v iva , — uma saudade genuinamente portuguesa. Vamos à Africa, ao Brasil, ás Américas, a todos os continentes, e lá encontraremos em cada lar de português, um Natal Por­tuguês. É que em cada lar português, encontre-se lá onde quer que seja, há sempre o Natal Português, pois este também lá é o maior, mais luminoso, aliciante e sentimental «cartaz» da Família Portuguesa. O Natal Português é um autêntico laço bem apertado que, como um nó, une, no mesmo senti­mento de fé, todos os portugueses, encontrem-se eles onde quer que seja. M a i s : Une com o pensamento e com a saudade, não só os da vida presente, mas até estes com aqueles que já, há muito, sâo do além túmulo. Por isso o Natal para os portugueses é bem uma santa Festa da Família.

A n t e v é s p e r a s d e N a t a l

r » l M

(Mont* Manuel Qjraldt* d* S H yh ítéVi*

A c e n d e m - s e l u z e s p e l a c i d a d e . E m c a d a

o l h a r h u m a n o h à u m e n c a n t o . C o m o u m

d e s e n r o l a r d e r e c o r d a ç õ e s g u a r d a d a s n o

r e l i c á r i o d o p e n s a m e n t o , s u c e d e m - s e o s

s o n h o s . A * c r i a n ç a s s o n h a m c o m a q u a d r a

m a i s f e s t i v a , o s e u N a t a l ; n o s h o m e n s e

n a s m u l h e r e s c r e s c e m t a m b é m o s s o n h o s

d e f a r t u r a , d e p a z e r e c o n c i l i a ç ã o .

A o f u n d o d a v i e l a e s t r e i t a e e s c u r a , d a

c a l ç a d a o u d a t r a v e s s a t o r t u o s a , h á u m

l a m p i ã o a r e a c e n d e r m a i s b r i l h o n a s n o i ­

t e s q u e v ã o s e g u i r - s e á a p r o x i m a ç ã o d a ­

q u e l e d i a .T u o u v e s c e r t a m e n t e e m c a d a m a n h ã

o d r a m a d o t e u v i z i n h o q u e q u e r o b r l -

g a r - s e a o e s q u e c i m e n t o d u m a n o i t e m a l

p a s s a d a , o n d e o f r i o e a c h u v a b a t e r a m

c o n t i n u a m e n t e á p o r t a d o c a s e b r e ; e e l e ,

v e r g a d o p e l o c a n s a ç o d o d i a a n t e r i o r ,

d u r o d e t r a b a l h o e i n c o m p r e e n s õ e s , d e u

a l m a a o c o r p o , e s t i r a ç a d o n a b a f i e n t a

e n x e r g a , o n d e o s s e u s c a s o s e r a m n e m

m a i s n e m m e n o s q u e u m f e i x e d e v i m e s

r e s s e q u i d o s e s e m r e s i s t ê n c i a .

D e n o v o p e l a m a n h ã s e g u i n t e , c i n z e n t a

d e n u v e n s c o m s o b r e c a r g a s e l é c t r i c a s ,

e l e s e g u e p e n s a t i v o , a e e r c a n d o - a e d o c a i s

o n d e a á r d u a t a r e f a d a d e s c a r g a e s p e r a a

f o r t a l e z a d o s e u c o r p o p a r a e x p e r i m e n ­

t a r o p e s o d a s t a l e i g a s , q u e m i n u t o a

m i n u t o o f a z e m t r a n s p i r a r e j u n t a r s e u

o l h a r d o r i d o à s f r i a s p e d r a s d o c h ã o ,

s u a s c o m p a n h e i r a s d a s h o r a s e m q u e o S o l

s o r r i n o a l t o , a c o n v i d á - l o q u e s o r r i u

t a m b é m . P o r é m , a t e r r a e o c h ã o v ê e m n o

d e c o s t a s v e r g a d a s d e t a l m o d o j á c a n ­

s a d o q u e n ã o p o d e o l h a r o c é u ! E , u m

d i a , e s q u e c e u - s e a t é q u e o c é u e x i s t i a l à

n o a l t o . I n d i f e r e n t e a t o d o a q u e l e s e u s o ­

f r i m e n t o .

O u v e s t a m b é m o c o r o d a s c r i a n ç a s q u e ,

d e s p r e o c u p a d a s e c o n f i a n t e s , v ã o e m b u s ­

c a d o a l i m e n t o d o s s e u s e s p í r i t o s , a c a m i ­

n h o d a e s c o l a , s e g u i n d o a l e g r e s e t r a n ­

q u i l a s .

N ã o d r a m a t i z a m a v i d a , s ã o e l a s a s q u e

v i v e m a m e l h o r p a r c e l a d e F e l i c i d a d e ,

n e s t a v i a g e m s e m p r i n c i p i o o u f i m , d a d a

a c a d a a l m a v i v e n t e .

N o o l h a r d a s c r i a n ç a s h à u m c e n á r i o

d e e n c a n t o s , d e g l ó r i a s , d e g r a n d e s f e i ­

t o s , e s p e r a n ç a s d u m a m a n h ã r e p l e t o d e

ê x i t o s , d e a b n e g a ç ã o e d e ç o r a g e m .

E l a s s ã o a s m e l h o r e s m e n s a g e i r a s , p o r t a

v o z e s d e c a r i n h o e t e r n u r a d e q u e o s e r

h u m a n o c a r e c e .

S c o b s e r v a r m o s n u m d i a d e s o l r a d i o s o

u m j a r d i m o n d e s e e n c o n t r e m a b r i n c a r

a l g u m a s d e z e n a s d e c r i a n ç a s , v e m o s o

e l c ^ g r a n d i o s o d e s e g u r a n ç a e c o m u n h ã o

a u n i - l a s . S ã o I d ê n t i c a s a s s u a s p r e o c u p a ­

ç õ e s , o s s e u s a n s e i o s . R e f l e c t e m n o e s p e ­

l h o m á g i c o d o r o s t o a a l e g r i a d e v i v e r , a

d a r c ô r a t u d o q u e a s r o d e l a .

H o m e m ! t u q u e s e n t e s o f a r d o p e s a d o

d a s t u a s r e s p o n s a b i l i d a d e s , o l i m i t a r d a s

t u a s s o n h a d o r a s d i v a g a ç õ e s , o r u i r d e

t a n t a s i l u s õ e s , n ã o d e i x e s e n d u r e c e r a

t u a s e n s i b i l i d a d e I

P o n d e r a . . . N o s i l ê n c i o d a s n o i t e s I n -

v e r n o s a s , q u a n d o o u v i r e s o s i b i l a r d o

v e n t o e l á f o r a o c a i r d a s f o l h a s v è l h i n h a s ,

e s c u t a - o s n o r e c ô n d i t o d o t e u h u m i l d e

c a s e b r e o u n o p a l á c i o r i c o , e v e r á s c o m

q u e b e n e v o l ê n c i a o c o r a ç ã o v a i d i z e r - t e :

d u r a o u s u a v e , s o m b r i a o u c h e i a d e l u z a

e s t r a d a q u e t e r á s a p e r c o r i e r , m a r c a o t e u

d e s t i n o e t e n s s e m p r e u m a r é s t e a d e l u z

p a r a d a r à q u e l e q u e s o f r e d e i g u a l f o r m a ,

m a t e r i a l o u m o r a l m e n t e .

— N ã o t e m l i m i t e o s o f r e r c o m o t a m b é m

s e n ã o v ê o v a l o r e a d u r a ç ã o p e r f e i t a

d u m a s e n t i d a a l e g r i a ; p o r é m , t u s a b e s —

o h o m e m é b o m o u m a u , e g o í s t a o u b o n ­

d o s o , t a n t a s q u a n t a s a s v e z e s a s q u e d e i ­

x a r d e l e r o l i v r o d a s u a p r ó p r i a a l m a .

— A a l m a é o l i v r o a b e r t o q u e s e l ê n a

i n t i m i d a d e d a s c o i s a s , n o i n c o n f e s s á v e l

s e n t i r .

Mintfa Piros

Page 10: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

< L 'P u t a í / i e i a 2 5 - 1 2 - 9 5 7

Proprietário e comércio g e t a l

Rua do Castelo = Telefone 7 = CANHA

Cumprimenta e deseja a todos os seus estimados Cliente* e Amigos Boas Festas de Natal e prosperidades no Novo Avo.

J o s é J o a q u i m l i u n e s S o l d a d o

Agricultor e Vinicultor

R . d e S . ' ° A n l ó n i o , 1 7 - C a m p o d o O l i v a i - C A N H A

Cumprimenta os seus estimados Clientes e Amigos e deseja- -Ihes Boas testas e Ano Novo muito próspero.

A l b e r t o d a C o s t a C o e l h o

C O M E R C IA N T E E IN D U S T R IA L

i da Esiilip 6 l i l l lCumprimenta os seus estimados Clientes, Amigos e suas

Familias, desejando-lhes floas Festas e Feliz Ano A ovo.

Roberto dos Santos CarvalheiraMercearia, Fazendas, Miudezas, Louças, Vidros e artigos diverst s

Casa Fundada em 1 de Fevereiro de 1920Rua da Misericórdia, 16 C A N H A D O R IB A T E JO

TELEFONE\7Cumprimenta e deseja a toda a sua Ex.mu Clientela e

Amigos Boas Festas e faz votos de prosperidades para o Novò Ano.

A n t ó n i o E r n e s t o

M a r t i n h oM e r c e a r ia e f a n q u e i r oCOM

Praça da República, 4 C A N H A

Deseja à sua Ex.ma Clientela e Amigos Feliz Natal e Novo Ano Próspero.

Prudêncio FranciscoEstafeta entre Canha

Pegões - LisboaEncarrega-se de tsdos es serviços

Agências: R. do Comércio, 27 (Maleiro) LISBOA

Rua Castelo — CANIIACumprimenta e deseja a todos os

seus estimados clientes e amigos Festas Felizes e Novo Ano próspero

losé da Conceição Almeida c“ ‘ T"aFerreiro e soldadura a

autogénioR. do Forno — CANHADeseja muito Boas Festas

aos seus Ex.mos Amigos e Clientes e um Novo Ano muito próspero e feliz.

F o t o P a l m i n h a

DE “ António Rosa PaiminhaExecuta todos os trabalhos refe­

rentes à sua arte. Sub-agente da -C1DLA*

Rua diária Salgueiro, 24 - CANIIACumprimenta os seus Ex.nlos Clientes e Amigos, desejando- -1 lies Boas Festas e Novo Ano

muito feliz.

Ilídio Cunha DionísioE S T A F E T Ã

Caiba -- Ptjõej — fflontijoEncarrega-se de todos os ser­viços respeitantes à sua pro­fissão. — Em Montijo, recebe encomendas na estação de ser­viço de .loão Belo — Cobrador de «A Província» em Canha

e PegõesCumprimenta e deseja a

todos os seus Exracs Clientes e Amigos Boas Festas e um Novo Ano repleto de prospe­ridades.

Sede dos Caçadores------- DE -------

José Joaquim CarinhasVinhos, tabacos e refrigerantes

Rua Mário SalgueiroC A N H A

Cumprimenta todos os seus clientes e amigos e deseja-lhes Feliz Natal e Ano Novo prós­pero.

Grupo Desportivo de futebol

d a C a s a d o P o v o

Inaugurado em Maio de 1956, apenas com 156 sócios, é já notável a sua actuação.

São seus dirigentes: sr. Fernando Cardeira Te ixeira A lves , presidente; sr. João Custódio Isabel, tesoureiro; e sr. Eg íd io L im a Baptista, secretário.

E ’ seu treinador actual o sr. Cardoso Pere ira .

«A P r o v í n c i a » cum pri­menta afectuosamente e de­seja as maiores prosperi­dades.

C õ í l h â - 0 seu v a o ra c uaDevemos destacar, para

aquela justiça que a v ila de Canha merece, a sua Casa do Povo com suas insta la ­ções e seu Infantário.

Quem uma vez a li foi de v is ita e observou essa em i­nente o b r a social, com­preenderá quanto va le a vontade ao serviço duma Causa Nobre.

Os benefícios espalhados por essa institu ição andam na boca de todos os bene­ficiados e na consciência de toda a população.

E les constam de assistên­cia médica, medicamentos, vestuário e calçado a filhos de s ó c i o s , alim entos às crianças, agasalhos, roupas a velhos e a v iuvas, subsí­dios por doença, morte, in ­validez, por transporte de doentes, por nascimentos, casamentos, etc..

O Infantário prodigaliza às crianças cuidados, ins­trução, educação, refeições e quanto é possível d is tr i­buir-lhes para mais conforto e bem estar.

Os actuais Corpos G eren ­tes têm a seguinte consti­tuição :

A s s e m b l e i a G e r a l — P re ­sidente, sr. Engenheiro A n ­tónio P in to Magalhães O li ­veira So a re s ; x.° vogal, sr. Manuel Santos C a rv a lh e ira ; 2 0 vogal, sr. João da S ilv a .

D i r e c ç ã o — Presidente, sr. João Custódio Isab e l; T e ­soureiro, sr. Possidónio M a ­ria S a ltâ o ; secretário, sr. Francisco L o u r e n ço C le ­mente.

Qneintú _ / K e í u U i

( J i e i i e ú aA este ilustre filho de

Canha, dos Serviços de En ­genharia da Câmara M uni­cipal de Montijo, ficou 0 Infantário da Sagrada Famí­

lia a dever inestimáveis ser- \iços em prol de tào huma­nitária quão útil instituição.

A ele se deve a planta do respectivo edifício, em belas linhas de arquitectura, e bem assim a direcção e vigilância de todos os trabalhos até final.

É-lhe devida, por nossa vez, esta homenagem justa e merecida.

m m w u m m m m mSão estes os homens a Canha prestigia-se com

quem a v ila de Canha muito deve do seu valor, tão c la ­ramente demonstrado nas realizações a que nos refe­rimos.

elas.E las prestigiam a v ila de

Canha, pela sua im portân­cia e pelo significado destas obras de tão grande alcance.

Ju n ta de fre g u e s iar i r r o i íO T r o i r r r ím r o T r T í ir 'w w w ro iiT r rB iiin m íT iT

Compõe-se a c t u a lm e n t e dos srs. : — José Nunes So l­dado, presidente; Jo sé C ar­deira A lves, tesoureiro; e José Nunes Piteira, secretá­rio.

Entrou ela em actividade no ano de 1945, exactamente numa altura em que bastante se fazia notar a necessidade de melhoramentos e de ime­diato progresso.

E assim, a actua! Junta viu realizadas algumas das mais importantes aspirações:

sobejamente a atenção que lhe merecem as freguesias do seu Concelho, espera tornar em realidades mais essas justificadas aspirações.

Aqui lhe significamos toda a nossa simpatia e aplauso.

BCIO SI

Sr. Josè Nunes Soldado, dedi­cado Presidente da Junta de

Freguesia de Canha.

água canalizada e luz eléc­trica.

Em seguida, dedicou as suas atenções ao calceta­mento de grande parte das ruas da vila.

E a cumular a sua obra interessante, construiu 0 edi­fício para sua sede, Registo C iv il, etc., que começará a f u n c io n a r no próximo dia 1 de Janeiro de 1958.

Tem a Junta, como é na­tural, ainda outras aspira­ções : calcetamento das res­tantes artérias da vila e a construção dum Mercado.

E , confiada, como sempre, na boa vontade e dedicação do sr. José da S ilva Leite, digno Presidente do M unicí­pio, que tem demonstrado

MajiaisssEstrada de Canha às faiasProsseguirá a construção

desta estrada rural que ser­virá grande número de pro­priedades e, agora, benefi­ciará grandemente a nova freguesia de Santo Isidro, de P e g õ e s , recentemente criada.

Dotação aproximada para esta obra, Esc. 80.000100

tsiroda des CraveirosFoi também enviado às

entidades competentes, e até com e valioso patrocínio do Ex .mo Governador C iv il, 0 pro jec to de c o n s t r u ç ã o duma estrada que servirá a ubérrima região das C rave i­ras, na freguesia de Canha, a qual beneficiará esta im­portante região que, certa­mente, será bastante valo­rizada.

Bases o rç a m e n ta i sE ’ igualmente considerado

0 prosseguimento de mais uma fase da e s t r a d a de Canha às Faias.

A Junta de Freguesia con­cluirá a obra de construção da sua sede e promoverá outros pequenos melhora­mentos.

(Do «Plano de Actividades», de 1958, da Câmara Municipal de Montijo).

Uni aspecto do interioi d ’a tY.s< d 1 Povo de Canha

Page 11: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

2 5 - 1 2 - 9 5 7 ■ 1 ' / ) t f í l l i n f i < :

J6C. d ’, ffifonso, £ d a .F a b r i c a n t e s e E x p o r t a d o r e s d e C o r t i ç a s

T e l e f o n e 0 2 6 0 1 6

M O N T I J O

T e l e g r a m a s M Á F O N S O

P O R T U G A L

cB u m p i im e n ta o zeu* 8 x , m0i (& lie n te > e c 4 m ig o > , e d e * e /a - lh e t m u ito■é

u jo a s 3 e s ta s e u m c 4 n o J J o v c zepie to de p z o s p e z id a d e s .

F. Braz da (ru z, L daCORTIÇAS

Telefone 026067

M O N T I J O

Com os melhores voios de Boas Festas e de prosperida­des 110 Novo Ano a Iodos os

s'‘us Ex.míS Clientes e Amigos.

Q ú â A Q a m e t ô é j o n m l e zCortiças - Quadros e Rolhas

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Page 12: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

d l ^ P t o o í n t i a 2 5 - 1 2 - 9 5 7 \

C R Ó N I C A D A

Q U A D R A . . .

D O L I V R O

O caso passou-se há dias. O Porto antecipa sempre os seus testejos na quadra do Natal, — a festa da família. Ainda Dezembro mal des­pontou, que a gente norte­nha, particulares e até comer­ciantes, sentem a consagra­ção de J e s u s e n t r e os homens, o Seu nascimento e a caminhada dos Reis M a ­gos para a visita ao Salvador.

As ruas da cidade invicta começam logo a ser engala­nadas, mormente a rua de Santo António (outrora 31 de Janeiro) ostenta brilhantes festões com lâmpadas e es­trelas enormes, todas doira­das, a que miríades de lâm­padas eléctricas emprestam, quando acesas, um aspecto de verdadeira f é e r i e . Visto cá do alto dos Clérigos, quando a noite cai sobre as coisas e sobre os homens, o espectáculo é deslumbrante, tem algo de conto das mil e uma noites.

Igualmente, a rua de Santa Catarina faz pulsar no espí­rito do transeunte um não sei quê de invulgar, um ar a festa, com as suas m o n t r a s

enfeitadas a propósito. É nesse labirinto que me perco, percorrendo-a a admirar as m o n t r a s mais v a r i a d a s , desde os artigos úteis até às dos brinquedos. E se atentarmos bem, também os brinquedos são úteis, pois essas insignificâncias, a que muitos não podem chegar, constituem o encanto da pe- tizada, criando-lhes uma me­lhor disposição de espírito, e talvez uma melhor saúde e até se reflicta no futuro, quando essas crianças forem homens, r e c o rd a n d o com saudade, e até enlevo, os presentes que lhes ofertaram seus pais ou amigos, — tal como os Reis Magos há perto de dois mil anos ao Menino Jesus no estábulo de Belém.

No labirinto da cidade em festa, forasteiro que sou, entretenho-me a observar os que passam, tudo o que me rodeia. Há automóveis lu­xuosos que param à porta desses bazares. Deles saem pessoas que aparentam bem e a quem o dinheiro não faz falta, para levarem alguns «bonitos» para as suas crian­ças, filhos ou afilhados, ami­dos ou até conhecidos.

Encandeado pelas luzes que transformam uma vulga- ríssima cidade num é d e n , os meus passos andam ao acaso, parando aqui e acolá. Sub i­tamente, surge uma mulher- zita mal vestida e cujo rosto denota mau passadio, talvez. Traz pela mão um garotito dos seus quatro anos, ainda titubeante na sua fala. Num relancear, imagino que de­vem vir dos lados da Ribeira, ou, quem sabe, de qualquer outro bairro mais pobreainda. Nisto, o garoto faz a mãe parar diante duma m o n t r a

onde há imensos e formidá­

veis brinquedos. No rosto da mulher estampa-se a con­trariedade por ter de atar- dar-se exactamente diante dum espectáculo que, em­bora a seduza pelo aspecto, não lhe é grato por não po­der, quem sabe, dar ao seu

Por

A n í b a l A n j o s

filhito querido senão todos, alguns daqueles brinquedos, ao menos.

— Olha, mãe — diz o pe- tiz — aquele palhaço tão bo­nito ! Compra-me um.

A mãe mostra-se de novo contrariada e nào sabe como sair daquele beco sem saída para ela, pobre de Cristo, que talvez mal tenha uma sopa para comer. A princí­pio diz-lhe : — Não, deixa lá. Para a outra vez.

M as o encanto que todo aquele pequeno mundo des­perta no espírito de foras­

teiro tão pequeno, vindo ao centro da cidade, fá-lo tei­mar.

— Compra-me ! . . . Olha, ou então aquele urso tão bonito. Compra a corneta !

Então, a mãe, certamente com o coração dilacerado por ter tido que passar por onde não queria, prevendo já o que ia acontecer, num ímpeto de coragem, puxa o garoto pela mão e diz, en­quanto o leva daquele lugar simultâneamente tão belo e tão hediondo para os des­protegidos da sorte: — Deixa lá que eu vou escrever ainda hoje ao Menino Jesus e Ele, que é bom, vai mandar-te tudo aquilo. Vais ver se logo não encontras todos os brin­quedos que queres lá em casa.

E no tumulto daquela ci­dade em festa, mãe e filho perdem-se por entre a mul­tidão, onde há muitos que podem comprar os mais lin­dos brinquedos para seus f i lhos. . .

SOBRE O NATALP O R A L E X A N D R E D O S S A N T O S V A Z

É Natal !Os correios prepa­ram-se para recebera primei­ra soma de postais, cartões, telegramas, mensagens que se cruzam doidejardes à bus­ca do ente querido, do amigo dilecto, da uoiva radiante, do filho longínquo. M ensa­gens que deviam ser espon­tâneas, simples, próprias, ex­pressando o pensamento de cada um. M as n ã o ; vai re­petir-se o cartão anacrónico, a frase modelo de tantos de­sejos, desejos tão diversos.

Eu sei que os tempos que passam rodam sobre esferas mecânicas, e tudo se maqui- niza.

Mas, sede com preensivos! Os nossos sentimentos são humanos. Se vos estenderem aquele posta! a que só será necessário apor a assinatura, dizei, em sinal de repulsa, am àvelm ente: Mas alguém, haverá alguém que possa expressar a minha idéia ? !

Usemos de frases ade­quadas à pessoa, à sua vida, ao seu ideai, ao seu coração, frases nossas, muito nossas. Deixai-me a p o n t a r , para exemplo uma que já usei: «Que Deus abençoe o teu lar, nesta hora feliz em que E le sobrevoa a Terra». A um amigo desanimado, desa­lentado, enviamos-lhe uma mensagem calorosa que o anime: «Que na tua casa haja paz, fé e esperança no porvir, agora que Deus está

mais junto a nós». Ao amigo a transbordar de alegria mas vacilante de fé : «Alegria! A legria, não te posso desejar, porque já existe ; mas fé viva em Deus que te ampara a toda a hora». Palavras que sensibilizem, que substituam «os votos de Natal Feliz e Ano Novo próspero», este desenrodilhar de panos velhos que nós, apesar de sujos, teimamos em oferecer.

E as pessoas lembradas sorrirão de alegria ao rece ­berem as nossas mensagens sinceras e verdadeiras.

Elas rolarão pela mesa nesse doce momento de bei­jos e abraços, de novidades, de histórias, de acidentes de viagem. Elas assistirão ao tilintar dos copos e ta­lheres, ao fumegar das cou­ves na terrina, ao g l o p g l o p

do vinho a escorrer das c a ­necas, e lembrar-nos-ão que mais alguérn, muito longe, está connosco nesta ceia universal que o Menino J e ­sus envolve num beijo quente e aconchegado.

« A P r o v í n c i a »

ASSINATURASPagam ento ad ian tado

10 números — 9S90 20 numerou 20SOO ;>2 números — 50800 (um ano) Províncias Ultramarinas e Kstran- geiro acresce o porte de correio.

« F L O R S E C A »DE V A S C O B R A N C O

N a t a l I í n r í í u ê s

— Porque, rapazes, uma noite como a de hoje —- e i sagrada ! Nasceu o Menino-Detis e por isso devemos mais j do que nunca seguir a sua doutrina.

Devemos confraternizar... devemos ser generosos,! devemos ser humildes, devemos ser caridosos, devemos até sacrificar-nos uns pelos outros e . .. e . . . — faltou-lhe o termo adequado, pigarreou e acabou com um simples gesto [

largo.

(í e n e r o s i d a cl e

— Ora, seis em pregados.. . Um bolo rei por cabeça,! soma seis bolos, a sessenta mil r é i s . . . são trezentos é| sessenta mil réis. Uma garrafa de champanhe a cada bico, prefaz seis garrafas, e seis garrafas a quarenta mil réis dá, precisamente, duzentos e quarenta mil réis. Ora trezentos el sessenta, com duzentos e quarenta s ã o . . . seiscentos inil réis. Credo! A coisa assim fica puxada ! . . . Vejam os: uni quilo de nozes por cabeça e vá l á . .. — um quilo de ameixas | tam béin ... Que diabo, se não as vendo até ao Ano Novo, começam para aí a estragar-se, a criar bicho. . . Ná, assimI está muito bem. Bom, champanhe não ligará com as nozes e com as ameixas. O melhor será levarem uma garrafa do | v e r d e » . .

— Bem, rapazes! Pesem um quilo de ameixas e um| quilo de nozes e levem uma garrafa do v e r d e de Sangalhos, Como as garrafas não lhes farão arranjo — e sempre sâo | três mil e quinhentos — logo que estejam vaz ias . . .

H u 111 i 1 d a d e

— Entrem rapazes, entrem. Aqui está-se melhor. — | Eina, patrão! Que rica mobília ! O senhor Antero exultou. Aproximou-se, compassadamente, bamboleando o seu ven­tre avantajado, onde rebrilhava a corrente de cinquenta gra-| mas de ouro de lei.

— Isto, rapazes, custou-me os olhos da cara! É tudoI em mogno africano e trabalho em estilo renascença italiano. Bom, há também a renascença portuguesa, assim um pouco mais s>aliente; mas enfim, italiana sempre é italiana, sempre) é estrangeira. Já viram este jarrão?

— É cutn raio ! Que pote tão grande ! . . .— Qual pote, homem ? Isto é chinês autêntico ; até tem I

a marca em letras que parecem ig rejinhas.. . um d inheirão!... |Pôs as mãos nas cavas do colete de malha. Puxou uma

fumaça com os olhos semi-cerrados e apontou o novo apa­relho.

— E agora vão ouvir música da boa.Pousou o álbum, assoou-se ruidosamente, procurou os I

óculos, humedeceu o polegar, folheou e leu em voz alta; f Tristão e Isolda, Prelúdio, Acto 3, de V agner; Polonaise n."6 , de Chopin, tocada por Alexandre U n in sky ; Hino triunfal da Aida, de V e rd i; Tocata e Fuga de Sebastião Bach; Espanha, de C hab rie r; Abertura de Fidélia, de Beethoven, pela orquestra Filarmónica de Viena ; Capricho Italiano, de Tscha ikow sk i; Guilherme Tell, de Rossini ; Intermédio das Goyescas, de Granados . Bom, quem me escolheu os discos para o aparelho foi o técnico da firma. Eu disse-lhe| que queria só música da boa ! . . .

M a s . . . onde demónio teria ele posto «A Mula da | Cooperativa ? ! »

( C o n t i n u a n a p á g i n a s e g u i n t e )

PARA SI...-N a t a l , N a t a l , a m i g o ! A c o n s o a d a

E m c a s a v o s e s p e r a , a l e g r e m e n t e ' .

— J u n t o d a c h a m i n é , a p e t i z a d a

V a i d e p o r o s a p á i o , i m p a c i e n t e . . .

E m e s m o q u e n ã o t e n h a p e t i z a d a ,

O s g r a n d e s t a m b é m g o s t a m d u m p t c s e n t e :

— U m a s i m p l e s l e m b r a n ç a , u m q u a s e n a d a ,

T e m , à s v e z e s , v a l o r s u r p r e e n d e n t e !

C o m e s s e p e n s a m e n t o , q u e a c o n f o r t a ,

( A P r o v i n c i a » b a t e u à v o s s a p o r t a

E e n t r e g a a s u a o f e r t a c o m a m o r . . .

L e v a - l h e v e r s o s , — p r e n d a s b e m m o d e s t a s — , Q u e r i s o n h o s l h e d i z e m : — Boas F e s t a s !

— N a s c e u h o j e e m B e l é m o R e d e n t o r !

M A R I A A L B E R T I N A B A E T A

Page 13: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

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« F L O R S E C A »DE V A S C O B R A N C O

( C o n t i n u a ç ã o d a p á g i n a a n t e r i o r ) C a r i d a d e

— Se querem fumar um cigarro vão até aí à saleta. Mas cuidado com a «carpette» hein 1 Olhem que às vezes o morrão. . . Eu vou dar um recadito à patroa e volto já.

O Senhor, Antero surgiu na cozinha, de rosto prazen­teiro, deu duas palmadas sonoras nas nádegas fartas da sua ^ara metade & gabou as iguarias à Matilde.

— Então, Em ília, já mandaste a travessita ali ao Gom es? Coitados! Com mna ranchada d aq u e la s !... Está debaixo desse pano. Espero apenas que a Maria levante a mesa para a mandar.

— Mas, ó Em ília! Tu náo lhes mandas um pedaço de perú! Rabanadas, milharocas, sonhos, arroz doce, um bocado de bolo — re i . . . mas o perú, Em ília?

O perú fica para o nosso almoço de amanhã. — O mulher! Manda-lhe o perú.

— Não mando. Já te disse que náo mando.— Mas, ó mulher! Que raio! Ao menos um pedacito para

provarem, coitados! Então e . . . olha lá: como queres que o pintalegrete do Bernardes saiba que tivemos perú se a mu­lher do Gomes não lhe d isser?

— Bom, acho que tens razão. Ó Matilde! Corta aí um pedacito de perú, não muito, e põe-no na tra ve ssa .. . C o i­tados! São bem dignos de compaixão ! . . .

S a c r i f í c i oDescalçou a segunda bota enquanto suspirava com sa­

tisfação. Circunvagou os olhos pelo quarto tépido, confor­tável e bem recheado. Recostou-se na almofada fofa e olhou os arabescos do tecto. — Estás a dormir, Em ília ? — Hum ? . . . Ainda n ã o . .. ainda n ã o . .. Sabes que isto de a gente mos­trar o que tem aos empregados não é aconselhável . . V ê lá tu que o Artur pediu-me que lhe aumentasse o ordenado! Que em sua casa já são quatro, que seiscentos mil réis não dão para nada, que no mês em que precisa de mandar pôr meias solas é o ra io . . .

— E tu que lhe disseste, homem? — Bom, eu deixei-o falar à vontade. A liás, ele até entaramelava a língua de vez em quando. Nào está acostumado a licores.

Entrou um bocadito no tinto, depois misturou as bebi­das e até fumou um cigarro . ..

Coitado ! animou-se.. . — E depois, e depois ? — Depoiso quê, mulher?

-Aum entaste-lhe.'’ Tás doida, mulher! ? Bem vês, a vida está duma carestia danada . . Que tenha paciência, que se aguente. É preciso a gente acostumar-se a fazer sa­crifícios. . .

O sino soa festivamente. As estrelas parecem ter um brilho mais branco agora e o vento gelado transporta can­ções nostálgicas de louvor. Por detrás das janelas ilumina­das, adivinha-se a alegria sàdia da intimidade. Uma voz longínqua entoa uma melopeia doce. Um cão ladra à passa­gem dum automóvel retardatário, e o sr. Antero, conceituado comerciante da cidade, adormece com um sorriso de justo a desenhar-lhe uma nesga feliz nos lábios grossos.

Page 14: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

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tividade receativf, do vizinho bairro do Afonseiro, a desenvolver a sua actividade no sentido de elevar o seu prestígio naquele rin­cão do nosso concelho.

Nesse sentido e nesta quadra festiva, efectuará 11a próxima quarta-feira, dia de Natal, uma nova «soirée» dançante, abrilhan­tada pelo Conjunto Musical «Os Cubanos» (antigos «Cariocas»); e para 0 dia i de Janeiro, (dia de Ano Novo), está contratado o apre­ciado Conjunto Musical «Os Uni­dos, do Jazz», do Alto Estanqueiro.

E de esperar larga assistência a estes dois bailes, pela cattgoria dos dois agrupamentos que ali vão tomar parte nas duas reuniões fa­miliares.

F A L T A D E E S P A Ç OPela vastidão dos assuntos des­

tinados à elaboração deste úmero festivo, não pudemos incluir hoje todos os originais em nosso poder.

Assim reservamos para o pró­ximo número de Ano Nov , — entre outros-, a publicação do resultado do 13.° cupão publicado em 12 do corrente, para os jogos efectuados em 22 do mês actual; e o novo cupão daqueles a efectuar 110 domingo 5 de Janeiro.

Por esse involuntário coutra-

A t a l a i e n s iInauguração da sua nova sede em 29 de Dezembro

PBOGBAMAA’s 8 horas — Alvorada e içaf

da Bandeira, subindo ao ar 1'ogue tes e morteiros.

A’s 10,30 horas — Chegada do* convidados, seguindo-se o corte di fita simbólica pelo Presidente di Câmara Municipal de MontijOi Ex.™0 Sr. José da Silva 1 eite. procedendo-se em seguida à ceri- mónia inaugural.

A’s 20 horas — Um grandioso B;>ile, abrilhantado por 2 orques­tras: Orquestra Típica «Os Ven­cedores», com o seu vocalis*1 J aquim Pechincha, e «Os Caná- rios», famosa orquestra da Ala- Di ia, com o seu vocalista Júlio Lourenço.

Colabora nesta festa a dist nt* e jovem acordeonista montijens* menina Maria Teresa dos Sanli» Carvalho.

Haverá na Sede, neste dia, ui» prémio-surpresa, que será entri'- gue a quem oferecer a dádiva di mais valor.

Cumprimentamos e felicitam0-1 agradecendo o convite que no1 dirigira m.

tempo, somos a pedir desculp** aos respectivos concorrentes e 1 todos nossos leitores.

Page 15: V. S. M O T T A PINTO E S T E N A T A L

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