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Transcrito por: Victória Vecchi Gusmão: Atenção, atenção! Boa noite aí para todos, boa noite! Todos respondem: Boa noite! Gusmão: Valeu, obrigado aí pela presença de todo mundo, obrigada aí pela presença também da empresa, do INEA, da secretaria do ambiente. Então esclarecer pra vocês que nós aqui representamos a secretaria do estado do ambiente. Meu nome é Antonio Carlos Gusmão, prazer em conhecê-los, obrigado pela presença aí da sociedade local, da comunidade. ______ pública que nós vamos realizar hoje é para apresentar pra vocês, que moram nessa região, um pedido que foi feito na secretaria do ambiente, no INEA. O INEA é a antiga FEEMA, que agora chama INEA. Um pedido pra licenciamento ambiental de uma atividade que seria a construção de um cais de atracação com dragagem aqui no Rio, Irajá. E na audiência pública é que a sociedade local conhece, é apresentada ao projeto. O processo de licenciamento ambiental é um processo que tem varias etapas no licenciamento, esse processo está começando com a chamada licença prévia, que é a primeira etapa do licenciamento, e nessa etapa do licenciamento é que é realizado esse nosso encontro de hoje, que é a audiência pública, na qual o projeto é apresentado pra vocês, e vocês podem perguntar, podem se manifestar, pra saber o quê que está sendo planejado e o que poderá ou não acontecer perto da região que vocês moram, que vocês habitam. Daí a importância desse encontro de hoje. Então nós aqui representamos o Estado, a estrutura administrativa do Estado ambiental. Meu colega Dirton, que é do INEA, meu colega Ian que é da CECA, que é a Comissão Estadual de Controle Ambiental. E nós estamos aqui junto com vocês para escutar o quê que a empresa tem, e quais são as idéias, o quê que tem o estudo que eles apresentaram no INEA para implantação desse cais de atracação ali no Irajá, está certo? Então esse procedimento consiste inicialmente á a gente ouvir a empresa que quer se implantar aqui, eles vão dizer qual é o projeto, qual a área que eles vão ocupar, o quê que vai acontecer... E em seguida, a empresa que fez o estudo ambiental de como esse empreendimento pode ser implantado impactando menos possível o meio-ambiente vai apresentar o estudo aqui. Em alguns momentos são informações técnicas, mas é importante a gente estar atento a isso. Em seguida, o INEA vai dizer como é que esse processo está se encaminhando lá no serviço, no sentido de quando é que deu entrada, quanto tempo está sendo analisado, quer dizer, é um pedido da licença prévia, que é a primeira fase do licenciamento. E empreendimentos como esse, um cais de atracação, que tem que fazer uma obra de dragagem ali no Rio, é obrigado por lei que tenha esse

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Page 1: Transcrito por: Victória Vecchi Gusmão: Atenção, atenção ...arquivos.proderj.rj.gov.br/inea_imagens/downloads/audiencias...Gusmão: Valeu, obrigado aí pela presença de todo

Transcrito por: Victória Vecchi

Gusmão: Atenção, atenção! Boa noite aí para todos, boa noite!

Todos respondem: Boa noite!

Gusmão: Valeu, obrigado aí pela presença de todo mundo, obrigada aí pela presença também da empresa, do INEA, da secretaria do ambiente.

Então esclarecer pra vocês que nós aqui representamos a secretaria do estado do ambiente. Meu nome é Antonio Carlos Gusmão, prazer em conhecê-los, obrigado pela presença aí da sociedade local, da comunidade. ______ pública que nós vamos realizar hoje é para apresentar pra vocês, que moram nessa região, um pedido que foi feito na secretaria do ambiente, no INEA. O INEA é a antiga FEEMA, que agora chama INEA. Um pedido pra licenciamento ambiental de uma atividade que seria a construção de um cais de atracação com dragagem aqui no Rio, Irajá. E na audiência pública é que a sociedade local conhece, é apresentada ao projeto. O processo de licenciamento ambiental é um processo que tem varias etapas no licenciamento, esse processo está começando com a chamada licença prévia, que é a primeira etapa do licenciamento, e nessa etapa do licenciamento é que é realizado esse nosso encontro de hoje, que é a audiência pública, na qual o projeto é apresentado pra vocês, e vocês podem perguntar, podem se manifestar, pra saber o quê que está sendo planejado e o que poderá ou não acontecer perto da região que vocês moram, que vocês habitam. Daí a importância desse encontro de hoje.

Então nós aqui representamos o Estado, a estrutura administrativa do Estado ambiental. Meu colega Dirton, que é do INEA, meu colega Ian que é da CECA, que é a Comissão Estadual de Controle Ambiental. E nós estamos aqui junto com vocês para escutar o quê que a empresa tem, e quais são as idéias, o quê que tem o estudo que eles apresentaram no INEA para implantação desse cais de atracação ali no Irajá, está certo? Então esse procedimento consiste inicialmente á a gente ouvir a empresa que quer se implantar aqui, eles vão dizer qual é o projeto, qual a área que eles vão ocupar, o quê que vai acontecer... E em seguida, a empresa que fez o estudo ambiental de como esse empreendimento pode ser implantado impactando menos possível o meio-ambiente vai apresentar o estudo aqui. Em alguns momentos são informações técnicas, mas é importante a gente estar atento a isso. Em seguida, o INEA vai dizer como é que esse processo está se encaminhando lá no serviço, no sentido de quando é que deu entrada, quanto tempo está sendo analisado, quer dizer, é um pedido da licença prévia, que é a primeira fase do licenciamento. E empreendimentos como esse, um cais de atracação, que tem que fazer uma obra de dragagem ali no Rio, é obrigado por lei que tenha esse

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estudo mais detalhado, mais apurado e uma audiência pública. Outros empreendimentos não têm que ter esse procedimento, esse rito que nós vamos fazer hoje aqui, está legal? Então depois dessas apresentações, vocês sabendo do projeto, aí vocês vão fazer as perguntas de vocês. A gente agradece aqui a presença de todos, uma turma muito simpática, muito delicada, muito educada, e vamos ver aqui o quê que a gente pode trazer de boas informações. E a audiência pública inicialmente nós fazemos a execução do Hino Nacional, não é? (Está pronto aí o Hino Nacional?) - Então vamos iniciar com a execução do Hino Nacional.

Execução do Hino Nacional.

Gusmão: Bom, obrigado. Então vamos passar a palavra pra empresa que é a Rio Minas, não é isso? E quem é o responsável aí?

- Rafael.

Gusmão: Quem vai explicar é o Rafael. Tem alguém do ministério público presente aqui? Algum representante pra vir aqui pra mesa? Então o Rafael vai apresentar aí o empreendimento e vocês vão escutando pra daqui a pouco começarem aí as perguntas. Vamos lá, obrigado aí pela presença de vocês.

Rafael: Boa noite, pessoal!

Todos respondem: Boa noite!

Rafael: Meu nome é Rafael, eu trabalho na Rio Minas, e primeiro eu quero agradecer a presença de todos vocês aqui, nós somos vizinhos no nosso empreendimento que a gente está construindo aqui, logo do outro lado da Linha Vermelha, há três (03) anos e essa é uma boa oportunidade de a gente se conhecer.

Hoje a gente está querendo aumentar o nosso empreendimento criando um cais de atracação, o quê que é um cais de atracação? Cais de atracação é o lugar onde se atracarão barcos, se atracarão barcos para que? Pra a gente, além de usar a rodovia, a Avenida Brasil e Washington Luiz, a gente vai utilizar também o cais. Então vão atracar barcos que são iguais aos caminhões, que carregam cargas de diversos tipos, e vão levar essa carga pra onde? Pro porto, vão levar essa carga pra dentro da baía, pra Niterói, pra outros lugares, um pouco aliviando a nossa estrutura rodoviária, que é a Avenida Brasil, Washington Luiz e vias do centro da cidade. A gente vai fazer uma apresentação aqui da empresa, depois o Gabriel vai fazer uma representação técnica do quê que é o trais, do quê que é... O quê que é a dragagem, o quê que a gente vai fazer, e depois a consultoria ambiental que a gente contratou pra analisar todos os impactos de implantação desse cais, vai também falar e explicar pra vocês. Depois disso vai abrir pra perguntas onde a gente vai tirar todas as duvidas de vocês. Só frisando, esse projeto é do outro lado da linha

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vermelha, não tem impacto direto de retirada de casa, porque já teve gente perguntando – ‘Po vai retirar a casa?’ – Não tem retirada de casa nenhuma, não tem... Não tem interferência do lado de cá com a comunidade, nenhuma direta de tirar casa, de remover vocês, não tem nada disso. O projeto é totalmente do outro lado da linha vermelha e só trás benefício, emprego, investimento, novas empresas, oportunidades, e um vizinho que vocês vão ter que vão apoiar vocês o tempo inteiro. A gente já está em contato com a associação, a gente já vai fazer algumas coisas pra comunidade, a Petrobrás está se instalando aqui do lado também, que vai gerar um, vamos falar, um... Um interesse maior no social desse lado aqui, pra que? Pra fomentar trabalhadores pro lado de lá, hoje a gente já tem muitos funcionários da comunidade, e são excelentes funcionários, muitos deles estão aqui hoje com a gente, então eu só tenho a agradecer, a convivência que a gente teve até hoje foi maravilhosa, apesar de a gente não se conhecer. Vou começar a apresentação aqui, explicando um pouquinho o que é a Rio Minas.

Apresentação:

Rafael: A Rio Minas é uma empresa... Por que do nome Rio Minas? Rio Minas porque metade da empresa é uma empresa que já é instalada aqui no Rio, já tem cinqüenta (50) anos que trabalha aqui no Rio, e a outra arte da empresa é uma empresa que veio de Juiz de Fora, Minas Gerais, então formou a Rio Minas, uma empresa que hoje é instalada, o endereço dela é no Rio, ela é cem por cento (100%) do Rio de Janeiro, só que ela tem essa criação que foi parte Minas parte Rio, por isso do nome Rio Minas. Só uma explicação, como que gerou a Rio Minas? É a Pangeia e a GB. A Pangeia é a empresa de Minas, ela começou suas atividades em noventa e sete (97), é uma empresa recente, com incorporação imobiliária, então ela fazia prédios de apartamentos, fazia loteamentos, fazia todos os tipos de empreendimentos imobiliários. Em noventa e oito (98) essa empresa decidiu começar a construir armazéns, o quê que é armazém? Galpão pra armazenar carga e alugar ou vender pra transportadoras. Em noventa e oito (98) a gente começa o nosso primeiro empreendimento em Minas Gerais, em Juiz de Fora, Minas Gerais, que é o Parque Sul, depois vocês vão ver fotos deles aqui. Em dois mil e oito (2008) a gente vem pro Rio de Janeiro, forma a Rio Minas junto com a GB e começa a desenvolver o mercado carioca para a gente da Pangeia. A GB é uma empresa que está desde mil novecentos e quarenta e sete (1947), então ela tem aí 64 anos de existência, sempre construindo armazém. Na década de cinqüenta (50) ela fazia armazém pra armazenar café no Sul do Brasil, na década de sessenta (60) ela começou a expansão ao longo do estado do Paraná. Em mil novecentos e setenta (1970) ela se consolida na condição de armazém no Sul do Brasil, e vem pro Rio de Janeiro. Em mil novecentos e noventa e sete (1997) ela criou o conceito de condomínios logístico, o quê que é condomínio logístico? É você colocar dentro de um mesmo galpão enorme, várias

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empresas menores pra trabalhar compartilhando os custos de limpeza, de vestiário, fomentando a parte de recursos humanos, facilitando a contratação, então qual que é a idéia? É juntar várias empresas no mesmo lugar que tenha o mesmo foco, que fazem a mesma coisa, e essas empresas conseguirem tirar proveito disso, diminuir custo pra trabalhar. Então em noventa e sete (97) ela começou. Eu vou mostrar aqui alguns empreendimentos da GB e alguns empreendimentos da Pangeia, alguns empreendimentos da GB provavelmente muitos de vocês conhecem, por exemplo, este empreendimento é aqui na Washington Luiz, praticamente na frente do Shopping Caxias, são uns galpões coloridos. Esse daqui é mais ou menos na frente da Reduque, um empreendimento de galpões também. Esse empreendimento é na Via Dutra, que é outro pólo de armazenagem, outro pólo aonde tem muito desse nosso produto é a Via Dutra, na região da Pavuna. Esse empreendimento todos vocês conhecem, que é esse daqui da frente, esse amarelo aqui na frente, que tem a bandeira do Brasil. Alguns empreendimentos da Pangeia, esse daí é um shopping que a Pangeia fez em Juiz de Fora. Esse daqui é um shopping, é um shopping de carros, então o quê que é? É um, é um lugar onde tem várias revendas de veículos usados, a mesma idéia do condomínio dos galpões de botar todo mundo junto e reduzir custo, aqui e idéia é no condomínio de carro, juntar varias revendas de carros, e essas revendas conseguirem, por exemplo, anunciar no rádio, na televisão, coisa que ela sozinha não conseguiria, mas como elas estão juntas elas conseguem. Esse é o empreendimento da Pangeia de logística, é um empreendimento onde os galpões são um pouco separados, é um pouco diferente do que a gente está fazendo aqui. A Pangeia, ela tem uma reserva, ela tem uma preocupação muito grande ambiental, ela tem um reserva em Ibitipoca, Minas Gerais, algum de vocês já deve conhecer, que são três mil hectares (3.000 hm²), são três mil hectares (3000 hm²) de mata, isso daí como é que se fez esses três mil hectares (3000 hm²)? Comprou mais de cem (100) propriedades de várias pessoas e começou a implantar um projeto ecológico ali, o quê que é esse projeto ecológico? Reflorestamento e tentar criar uma comunidade sustentável. Nessa reserva, depois de comprar várias áreas descobriu que existia uma comunidade de dez (10) muriquis, muriquis é um macaquinho que, na verdade macacão, porque ele é o maior macaco das Américas, que está inclusive tendo a possibilidade de ser o mascote das Olimpíadas, então nessa reserva da Pangeia tem a comunidade de dez (10) muriquis, que ela tenta de todas as formas equilibrar o meio-ambiente de forma que eles consigam se reproduzir, é uma tarefa muito difícil porque é uma comunidade que tem algumas particularidades ______. É... (Volta um aqui – ele fala com alguém ao fundo) ___________ redução de espécies, então espécies que já estiveram na região e não existem mais a gente tenta reintroduzir ela, e a reintrodução de uma espécie é muito complicada porque você tem que reintroduzir toda a cadeia alimentar, não adianta você querer introduzir um gavião se você não tem a comida pro gavião, você não tem cobra, então você tem que vir desde o começo tentando essa difícil missão, e

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lá a gente tenta isso. A gente, toda a mão-de-obra dessa área dessa reserva é local, a gente não leva ninguém de outro lugar, então, por exemplo, pra construir todas as casas, tudo que foi construído lá foi usado mão-de-obra local, então mesmo que, por exemplo, -‘ah, agora a gente está implantando um centro de informática, e po, não tem professor, não tem professor de informática. ’-, então a gente já está a um ano com treinamento com as pessoas em outras cidades, essa pessoa está aprendendo, está ficando um expert em informática pra voltar pra lá e dar aula pra comunidade. Então é um projeto muito interessante porque ele é cem por cento (100%) sustentável, ele não leva ninguém de fora pra fazer as coisas, então é um... A localização do empreendimento aqui, aqui o verde é a Avenida Brasil, o Amarelo é a Washington Luiz, o vermelho é a Linha Vermelha e o azul clarinho aqui é a Linha de trem da super-via, e o roxo aqui é a Via Dutra. Todo o projeto desse cais é isso aqui ó, é isso aqui, hoje aonde é que a gente está? A gente está aqui, então toda intervenção é do outro lado da linha vermelha, não tem interferência nenhuma direta com a comunidade, não tem, a interferência que tem direta é só benéfica, é só emprego e a gente quer dar capacitação, quanto mais funcionário a gente tiver daqui a gente prefere, a gente po... É economia pra a gente de vale-transporte, é economia pra a gente, então a gente quer isso daí. O empreendimento de galpões que vocês vêem construído ali e que tem inclusive uma parte do outro lado daqui da Linha Vermelha, que vai ter a condição do viaduto, também não vamos entrar pó dentro da comunidade, a comunidade não vai ter trânsito, não vai ter, por causa desse outro projeto, é um viaduto por cima da Linha Vermelha que não vai trazer transtorno nenhum pra vocês. Esse empreendimento se encontra totalmente licenciado, e isso que a gente está aqui hoje, nessa audiência pública é pra esse acréscimo, pra esse cais de atracação e dragagem. Lembrando que toda a carga que é estocada, tanto nos galpões hoje da Rio Minas quanto nesse cais de atracação, são cargas não inflamáveis e não poluidoras, a gente não tem ali nenhuma carga que corre risco de explodir, então é tudo carga não inflamável e não perigosas. Aqui uma imagem em Março de dois mil de oito (03/2008), o terreno foi quando a Rio Minas adquiriu o terreno, o terreno não tinha nada. Isso daqui é um Janeiro de dois mil e onze (01/2011), a gente já estava aí com dois (02) galpões em funcionamento e um terceiro em construção. Aqui em Maio de dois mil e onze (05/2011), a gente já estava com três (03) galpões em operação e um (01) em andamento. Isso daqui já é em Outubro de dois mil e onze (10/2011), a gente já está com os quatro (04) galpões em operação e terminando uma área da Petrobras, a Petrobras o quê que vai fazer aqui? A Petrobras vai fazer aqui toda a logística do pré-sal, toda logística, tudo o que vocês ouvem falar de pré-sal, tudo o que vocês ouvem falar dessa nova área de prospecção de petróleo do pré-sal, de alto-mar, um negócio super tecnológico, vai sair daqui. Então vai sair dali desde a vassoura que vai pra varrer a plataforma, até a peça mais tecnológica que usa no fundo do mar pra... Pra perfurar, pra achar o petróleo... Então tudo o que vocês ouvem falar de pré-

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sal vai sair daqui, e isso é uma oportunidade pra todos nós do Rio de Janeiro que assim, não tem tamanho. Quem acompanhou Macaé, o que aconteceu com Macaé, Macaé é uma cidadezinha pequenininha, e po começou a Petrobras lá, e hoje é um monstro de uma cidade, é certo que teve vários problemas, vários problemas de infraestrutura que o Rio é mais difícil de passar, por quê? O Rio de Janeiro já tem uma... Já tem infraestrutura, ele já tem, Macaé era uma cidadezinha que tinha as ruazinhas muito estreitas e de repente começou a passar aquele tanto de carreta, tanto de coisa, ainda tem a particularidade de ter o porto do outro lado da cidade, então assim, tudo tem que cruzar a cidade, toda carreta que sai do pátio vai para... Aqui não, aqui você vai pegar a Avenida Brasil, que hoje é um caos, mas que com a solução do cais de atracação, que é o que a gente vislumbra, a gente consegue aliviar muito a Avenida Brasil. O Gabriel e o Cassaroli vão apresentar os dados disso daí, por exemplo, uma balsa tira sessenta (60) caminhões da Avenida Brasil, então você imagina o benefício que a gente tem no transito na Avenida Brasil e um benefício, e outra um não prejuízo, que é o que? São, por exemplo, a Petrobras está se instalando aqui, ela não gerar mais tráfego na Avenida Brasil, ela vai tirar o tráfego totalmente, ela está criando uma solução onde ela tira cem por cento (100%) dos problemas dela. Essa daqui é uma perspectiva de como é que vai ficar o projeto depois de aprovado, o que a gente está pleiteando junto ao INEA, junto á prefeitura, e que é o tema dessa audiência pública. São os galpões, que já estão aprovados e, aqui essa área, um cais, onde vai atracar os barcos, e a condição de dois galpões aqui também pra armazenagem de cargas. (Mostrar o que? – ele fala com alguém ao fundo) Ah! Inclusive eles estão me lembrando aqui de mostrar o outro lado, o outro lado lá também vai ser pátio, e ali se vocês visualizarem, vocês tem um viaduto cruzando a Avenida Bra... A Linha Vermelha, então todo o trafego vai ser interno, não tem trafico interno, não tem ligação aqui direto pra trazer prejuízo de transito pra vocês, de buraco nas ruas, isso não existe. Inclusive aí, todos podem ver, a comunidade está do lado de cá, a gente está aqui na escola aqui, estamos aqui deste lado. Isso daqui é um projeto né, a condição do galpão, o cais, como é que é, a gente crava umas estacas, faz isso daqui de concreto, então os barcos vão atracar aqui, e ali vai estar o galpão, como aqui vocês podem ver em planta, o deque, os barcos ali, o cais e os dois galpões. Isso daqui são alguns clientes que já estão instalados ali do outro lado é... Lojas Marisa, Petrobras, Votorantin, Leader, L’Oreal e mais trinta e um (31) clientes que fazem a logística de quase tudo que a gente compra, por exemplo, se a gente compra um negócio no super-mercado, esse produto saiu da fábrica, passou dentro de um galpão, e foi pro super mercado, então é um negócio que sempre passa na cadeia, passa esse, passe nos galpões. O investimento total que está sendo investido ali junto com o cais é de cem milhões (R$100.000.000,00), isso gera muito tributo e muito emprego. A mão-de-obra, só pra construção do cais, a gente pretende contratar mais de trezentos (300) funcionários diretos e indiretos, e a gente vai fazer implantação de sistema

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adequado pra abastecimento de água, tratamento de esgoto, disposição final de resíduos, isso tudo a gente já tem pros galpões, e vamos fazer pro cais. A qualificação estimada dos profissionais, é oitenta e cinco por cento (85%) são operários, soldador, carpinteiro, pedreiro, servente, parte de engenheiros e outros profissionais quinze por cento (15%). Então, você botar qualificação primeiro e segundo grau incompleto ou completo, oitenta e cinco por cento (85%), segundo grau e formação profissional, onze por cento (11%) e nível universitário quatro por cento (4%). Aqui a gente vai apresentar um vídeo pra esclarecer um pouco mais do que eu expliquei aqui. (Oi? – Ele fala com alguém ao fundo.)

Vídeo: (Música de Fundo) O projeto gás de atracação será a segunda etapa de construção do Cargo Park. O Cargo Park é um empreendimento logístico na cidade do Rio de Janeiro localizado entre as avenidas Washington Luiz, Brasil e Linha Vermelha. O cais de atracação será uma alternativa importante para o armazenamento e distribuição de cargas, desafogando os terminais alfandegários do Rio de Janeiro. O projeto já foi aprovado e licenciado, após análises e estudos foi constatado que a acessibilidade aquaviária entre o Porto do Rio e o cais Cargo Park é viável e ecologicamente segura, especialmente pela não absorção de cargas com periculosidade. Muitas são as vantagens de um terminal hidroviário, entre ela podemos destacar a capacidade de carga, a eficiência energética, o consumo de combustível e baixa emissão de poluentes. Algumas intervenções serão feitas, como a dragagem que, além de aprofundar a hidrovia recuperará a foz do Rio Irajá, que um dia já foi navegável. Outra parte integrante da revitalização será a construção do atracadouro para pequenas embarcações, dessa forma temos a plena certeza que as obras do empreendimento não comprometem a qualidade ambiental da região pois os impactos são, em maioria, de pequena significância, e dentro das características físicas, bióticas e antrópicas do local, e não alterarão significativamente a qualidade ambiental do local. Com isso, a Rio Minas prova que o cais de atracação é um projeto viável, e o melhor, o empreendimento favorecerá o desenvolvimento local, não agredirá o meio-ambiente e trará renda para a população. Os benefícios serão para todos. Rio Minas, grandes obras, grandes realizações.

(FIM DO VÍDEO)

Rafael: O gente, agora eu vou passar a palavra pro Cassaroli, Cassaroli é no INPH, é um órgão do governo federal, responsável por dragagem e que tem uma grande experiência em transporte marítimo, então ele vai explicar um pouquinho mais as vantagens desse cais pra vocês, e dessa área de apoio pro porto, pra outros empreendimentos na Baía de Guanabara.

Cassaroli: Brigado Rafael. Bom, o INPH é totalmente favorável ao desenvolvimento de vias navegáveis em todo interior do Brasil, inclusive na

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Baía de Guanabara, certo? Esse projeto nós desenvolvemos os estudos para o cálculo de volume de dragagem e o projeto básico para a construção do cais. (Por favor, vamos começar – ele fala para alguém ao fundo) Bom, nesse slide aí a gente pode ver o comparativo dos processos nos Estados Unidos e no Brasil sobre, sobre o congestionamento, área de estocagem... (Tosse) Área de acesso, os percentuais né... (Gabriel, não consigo – ele fala co alguém ao fundo)

Gabriel: Ele está _____. Boa noite, meu nome é Gabriel. Aqui nós estamos demonstrando uns problemas de acesso rodoviário aos terminais _______ do Brasil, e esses problemas todos os senhores conhecem e não precisa ir muito longe, aqui no Porto do Rio de Janeiro a gente sempre verifica congestionamentos, pavimentação quebrada, longas filas, áreas de estacionamento, não existem áreas de estacionamento para caminhões, e esses são problemas que um terminal como esse pode ajudar a resolver. (Por favor – ele fala com alguém ao fundo) O Porto do Rio de Janeiro, ele tem problemas de acesso, o acesso ferroviário ao Porto do Rio de Janeiro, hoje ele sofreu muitas invasões, então com isso a ferrovia, o comboio ferroviário tem que passar com velocidades controladas, menores do que vinte quilômetros por hora (20 km /h). A acessibilidade rodoviária, o acesso ao Porto do Rio é muito dificultoso também, através da Avenida Brasil e a área de armazenagem do Porto do Rio se esgotou uma vez que a cidade invadiu o Porto, então o porto do Rio de Janeiro hoje tem muito cais, mas não tem área para armazenagem. O que vai acontecer, principalmente agora com a exploração do pré-sal é que, não só o Porto do Rio de Janeiro, mas outros terminais que estão surgindo na Baía de Guanabara, vão precisar de áreas de pulmão, que nós sabemos, nós chamamos de área de pulmão para armazenagem, e aqui nesse Cargo Park você tem um área disponível de mais de um milhão de metros quadrados (1.000.000 m²) pra ser esse pulmão e desafogar o Porto do Rio e outros portos como Briclog, e os portos de Niterói também. (Próximo – ele fala com alguém ao fundo) O nosso entusiasmo com o modal hidroviário é por conta, é... Só de um demonstrativo, você tem uma hidrovia onde o governo realmente investiu no país, foi a hidrovia do Tietê em São Paulo, e pra a gente comparar um comboio com quatro (04) chatas carregando no Tietê, ele equivale a oitenta e seis (86) vagões ferroviários, e ele tira cento e setenta e duas carretas (172) carretas das rodovias. Então o que acontece nesse caso é que a gente entende que se nós pudermos trazer um transbordo do Porto do Rio, hidroviário, até aqui a Rio Cargo, a gente vai estar tirando muita carga da rua usando um meio mais barato e eficiente que é o meio hidroviário, com menor consumo de combustíveis, com menor emissão de poluentes. No caso aqui, a idéia é se fazer só uma estação de transbordo de carga, essa carga vai ser recebida num terminar especializado, pode ser por um supply-boat etc. e tal e através de uma chata de pequeno calado, a carga viria até aqui. (Próximo – ele fala com alguém ao fundo) É bom lembrar que a Baía de Guanabara sofreu

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muito nos últimos anos, essa própria área aqui que nós estamos é uma área que foi de aterro, não é? Nós tivemos aterros em torno de toda a Baía de Guanabara, principalmente aqui na região do Canal do Galeão, e aqui atrás da Ilha do Governador também, isso dificultou a circulação hidrodinâmica, a gente entende, no INPH, que deve haver um processo de desobstrução de todos os rios e canais que afluem a Baía de Guanabara, isso vai evitar enchestes, como a gente vê sempre ocorrendo aqui na Baixada Fluminense, e isso deve continuar. A área de dragagem que nós estamos falando é uma área pequena, o volume é irrisório, é um volume de oitenta mil metros cúbicos (80.000 m³), começa ali na área da Ilha do Galeão... Só pra lembrar, você tem dragagens da ordem de quatro milhões (4.000.000 m³) hoje de metros cúbicos no Porto do Rio, você tem dragagem de um milhão (1.000.000 m³) lá na COMPERJ, e você tem volumes de dragagem da ordem sempre de milhão, aqui nós estamos falando mais de um volume de dragagem da ordem de oitenta mil (80.000 m³) menor do que cem mil (100.000 m³) metros cúbicos. Em relação, aquilo ali seria o projeto de dragagem propriamente dito, não é? É uma dragagem que é ambiental, e a idéia seria nós fazermos um cais, entendeu? Que não invadiria em absoluto o rio né, a margem do rio, um cais sobre estacas com um mole, entendeu? Contendo. Nós entendemos finalmente que as conseqüências dessa intervenção serão a despoluição do leito marinho, a gente acha que nós vamos restabelecer a circulação da água, diminuição de riscos de enchentes, vai ocorrer também, vamos contribuir com a logística do porto e da cidade, vamos alavancar o transporte hidroviário, o alívio da via rodoviária, e a gente entende principalmente que vão surgir, no em torno desse projeto novos empreendimentos, colônias pesqueiras que já nos procuraram na área do Galeão, e isso tudo vai acontecer quando um projeto estruturante como esse aparece finalmente com a geração de empregos. (Agora ele vai falar? – ele fala com alguém ao fundo) Agora vai falar o pessoal da empresa que fez o estudo de meio-ambiente...

Vinícius: Bom, boa noite a todos! Meu nome é Vinícius, eu represento a empresa PHMar, que foi a empresa que executou o estudo de impacto ambiental. Esse estudo de impacto ambiental, ele tem por objetivo apresentar os aspectos positivos e negativos do empreendimento, além de estabelecer também as melhores tecnologias pra implantação desse empreendimento. Como que é feito esse estudo de impacto ambiental? É feito uma revisão de trabalhos técnicos e científicos de toda a área descrevendo a região, no caso o município do Rio de Janeiro, e com base nesses documentos a gente faz um reusmo de todo esse conhecimento, e da tecnologia que existe hoje em dia pra estabelecer como que tem que ser executado a implantação desse empreendimento, e o INEA avalia se essa avaliação é viável ou não. A primeira etapa desse estudo de impacto ambiental é a determinação da área de influência direta e da área de influência indireta... O quê que é a área de influência direta? É a área mais exposta aos impactos gerados pelo

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empreendimento, tanto na fase de implantação como na fase de operação, é o local que está sujeito ás alterações da qualidade ambiental. Enquanto que a área de influência indireta é a área sujeita ao reflexo da implantação ou operação do empreendimento e já é um local onde já é reduzido esse impacto sobre o ecossistema, tanto o meio físico quanto o meio biótico e o socioeconômico. (Pode ir – ele fala com alguém ao fundo) Falando aqui da área de influência direta, nesse estudo se verificou que a área de influência direta é o próprio terreno da Rio Minas, ás margens do Rio Irajá, e como nesse projeto ele necessita de uma dragagem da foz do rio, quando se draga, o material que se retira daquele local tem que se depositar em outro. Então a área de deposição desse material é considerada área de influência direta, que vai receber. E nesse estudo foram propostas três áreas, que eu vou falar mais adiante, vou especificar elas que seriam a deposição desse material em cavas submarinas dentro da própria Baía de Guanabara, em tubos geotêxteis, que são aqueles tubos que foram utilizados ali no Fundão, aqueles tubos pretos, quando passavam ali viam que foi jogado o material ali pra dentro, e a outra área de deposição que é em alto mar na área de... (Pode passar – ele fala com alguém ao fundo) Bom, e a área de influencia direta da sócio economia é o próprio terreno e as áreas vizinhas, os galpões que já existem na área, pelas características do local, por ele ser quase como uma ilha ali, estar situado entre dois rios e a rodovia, ele tem um reduzido impacto, que ele já fica naquela área ali, existe a rodovia que já faz um fronteira com as vizinhanças, enquanto que a área de direta é todo o município do Rio de Janeiro, onde foi feito o levantamento de dados censitários da população... Quem vive no Rio de Janeiro, qual é a renda da população... Foi feito um levantamento geomorfológico da área, o tipo de solo, quais são as áreas de preservação que se encontram dentro do município, pra criar um cenário atual de como que está o município e jogar dentro desse cenário, simular, como que seria caso viesse a se implantar o empreendimento da Rio Minas. Bom, tendo em vista que esse empreendimento necessita de dragagem, foi feito um estudo um pouco mais aprofundado dessa área do Rio Irajá aí, do Canal no Galeão, então nesse estudo mais aprofundado foi coletado sedimento do rio e foi feito uma caracterização desse sedimento, a legislação Conama três quatro quatro (344) de dois mil e nove (2009) ela determina que essa caracterização uma análise química desse material, onde são analisadas mais de trinta e três (33) substâncias, e aí conforme a concentração dessas substancias ela estabelece dois (02) níveis, o nível um (01) que é o nível no qual não há probabilidade de efeito adverso á biota, e o nível dois (02) quando pode existir probabilidade de efeito adverso á biota. Então com base nessa caracterização desse sedimento dessas trinta e três (33) a gente viu que só quinze por cento (15%) delas ultrapassavam esse nível dois (02). (Pode ir – ele fala com alguém ao fundo) E como ele é esse material ultrapassou esse nível dois (02) nós procuramos as melhores alternativas pra depositar esse material dragado. Quais foram as alternativas que nós encontramos? Esse material que está acima do nível dois

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(02) seria disposição em tubos geotêxteis ou em cavas submarinas dentro da Baía de Guanabara, como foi feito lá na Baía de Sepetiba, e o material que é bom, que está com as concentrações dessa substancias dentro desses limites da legislação, seria lançado na área de bota-fora oceânico lá fora da Baía de Guanabara. Lembrando que essa decisão de qual o local e qual tecnologia vai ser adotada pra disposição desse material fica a cargo do órgão ambiental, ele que elege qual vai ser a tecnologia utilizada. E aqui eu vou apresentar o que nós chamamos de matriz de impactos, vocês podem ver que tem aí no folder de vocês, que é um resumo, uma tabelinha mostrando um resumo dos aspectos positivos e negativos da implantação desse empreendimento do cais da Rio Minas. Na primeira coluna aqui tem as fases do empreendimento, a fase de implantação, quando está sendo construído o cais, e a fase de operação, depois de construído quando esse cais começar a operar. O quê que vai acontecer? Aqui os fatores de sensibilidade que, no caso, de divide em três pontos, que é o meio físico, o meio biótico e o socioeconômico, na terceira coluna temos os fatores de impacto, qual alteração que vai ocorrer durante a implantação ou operação do empreendimento, na quarta coluna a qualificação desse impacto, se ele é positivo ou negativo, na penúltima coluna a magnitude, se ele é um impacto positivo de baixa, media ou alta magnitude, ou se ele é negativo, e por ultimo, as medidas e ações que devem ser tomadas pra que esses impactos sejam minimizados, caso eles sejam negativos, ou maximizados, caso eles sejam positivos. Bom, durante a implantação do cais no meio físico, um fator de impacto vai ser a alteração na hidrodinâmica local do Rio Irajá, que hoje em dia se encontra assoreado e bastante degradado, vai ser retirado aquele sedimento da beira do Rio lá e isso vai ser um impacto positivo porque esse aprofundamento vai permitir uma melhor circulação das águas no rio e vai melhorar a qualidade dessa água. Outra Alteração... (Volta – ele fala com alguém ao fundo) Outra alteração é o aumento do material particulado em suspensão na água, que durante a dragagem, aquela lama que está no fundo re-suspende e deixa a água turva, isso é um aspecto negativo de média magnitude, entretanto é um fator que, que quando termina a dragagem ele volta ao normal né. No meio biótico, a retirada do sedimento na foz do rio é um aspecto positivo, que vai melhorar a qualidade daquele local, é de média magnitude, e o aumento de material particulado durante esse processo de dragagem também é um aspecto negativo, assim como no meio físico, porque aumentando essa turgidez vai reduzir a taxa de oxigênio no Rio Irajá e é um impacto de média magnitude, se bem que hoje em dia as concentrações de oxigênio no rio já são bem baixas, hoje em dia não tem praticamente nada vivo ali, não tem peixe, não tem caranguejo, o rio está bastante degradado. É... E relação ao meio socioeconômico, vai haver um aumento na oferta de emprego, que é um aspecto positivo desse empreendimento, porém de baixa magnitude porque vão ser gerados trezentos empregos (300), e em relação ao município do Rio de Janeiro trezentos (300) empregos se levar em conta toda a população é pouco, por isso que é de baixa magnitude. Vai haver uma

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sobrecarga nas vias de transito durante a implantação, é um aspecto negativo porque quando estiver construindo o cais vai ter que chegar caminhão trazendo cimento, ferro, material pra construção do cais, isso vai gerar um pouco de transtorno nas vias, porém é de baixa magnitude. E em relação á socioeconomia durante a implantação e operação vai haver um aumento no transito marítimo fluvial, que é um aspecto negativo de baixa magnitude, apesar de uma chata ser responsável por tirar cerca de sessenta (60) caminhões das ruas, levando em conta o transito de embarcações na Baía de Guanabara colocar uma embarcação é um aspecto negativo. Vai haver uma pressão na infraestrutura de serviços locais, que é um aspecto positivo, esses trezentos (300) funcionários a mais lá eles vão ter que se alimentar, então vão procurar os locais aqui próximos pra comprar alimentos, vão no final do dia vão tomar a cervejinha deles, vão procurar o bar que estiver mais próximo do serviço, isso é um aspecto positivo. E, além disso, também vai haver uma geração de tributos, que é um aspecto positivo também pro município do Rio de Janeiro, que vai gerar mais impostos, o governo municipal e estadual vão arrecadar mais, e com isso vão ter mais venda pra investir em serviços públicos. Durante a operação, a cada cinco (05), seis (06) anos ou mais, dependendo da taxa de assoreamento do Rio Irajá, vai ter que haver a dragagem de manutenção para que o empreendimento possa continuar funcionando, possa ter transito de embarcações ali, toda vez que houve isso vai ter que fazer a dragagem, e vai gerar os mesmo problemas que foram citados lá no início da tabela, que é o aumento do material particulado em suspensão, que é um aspecto negativo. Lembrando que toda vez que for ser feita essa dragagem, o empreendedor, no caso a Rio Minas, vai ter que pedir o licenciamento ao órgão ambiental, vai ter que entrar de novo com um processo lá pedindo todo o estudo novamente da área pra fazer essa dragagem. E na última coluna aqui, lembrando além das medidas são colocados os programas ambientais que devem ser seguidos durante a borá para que não haja impactos, ou os impactos que ocorram sejam minimizados. Aqui eu vou listar os programas ambientais, esses programas depois dessa etapa do empreendimento, ele sendo licenciado, o empreendedor vai ter que executar um documento também, um estudo dizendo como que vai ser feito cada um desses programas aqui detalhando. Então é previsto um programa ambiental pra construção, que estabelece os princípios que deverão ser seguidos pelas empreiteiras que vão construir o cais e os galpões, e a empresa que vai executar a dragagem, um programa de gestão de risco, um programa de comunicação e responsabilidade social, que deve manter informada a população á respeito das vagas, das oportunidades de emprego, e do andamento da obra, como que está andando... (Pode passar – ele fala com alguém ao fundo.) Um programa de educação ambiental, um programa de monitoramento da qualidade do sedimento e um programa de monitoramento da qualidade da água, pra assegurar que a tecnologia que está sendo empregada durante o processo de dragagem está mantendo uma boa

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qualidade ambiental no Rio Irajá. E como conclusão desse estudo, nós vimos que ele não compromete a qualidade ambiental futura da região, pois os impactos avaliados são em maioria de pequena significância e dentro das características físicas e bióticas e antrópicas do local, eles não vão alterar significativamente a qualidade ambiental desse compartimento, que hoje em dia o Rio Irajá já é bastante degradado. Com isso a gente conclui que o empreendimento ele é viável, do ponto de vista técnico, econômico e ambiental. E que o empreendimento vai favorecer o desenvolvimento locar atuando como um indutor no setor logístico. Aqui tem uma lista da equipe de pessoas que participaram desse estudo, esse estudo é feito por uma equipe multidisciplinar, são varias pessoas envolvidas pra fazer esse trabalho. Muito obrigado a todos e era isso.

Gusmão: Então muito obrigado pela apresentação da empresa, da consultora...

Manifestação geral: Aplausos

Gusmão: _______________. E agora pra encerrar essa primeira fase, o nosso amigo Dirton, que é do INEA, vai rapidamente explicar pra vocês como é que esse processo administrativo do pedido da licença está correndo, está tramitando lá no INEA, ta certo? E vocês já escutaram, depois vocês vão fazer as perguntas aí pra satisfazer a ansiedade e a curiosidade de vocês. Obrigado aí pelos colegas que apresentaram, muito bem explicado, e o Dirton agora vai mostrar aqui. Por favor.

Dirton: Bom, boa noite a todos, eu me chamo Dirton, eu trabalho no INEA e estou aqui representando o grupo de trabalho responsavel pela análise desse estudo apresentado. Vou dar uma explicação rápida pra vocês, bem rápida, como é que é o processo do licenciamento. A empresa requer licenca pra executar uma obra, identificada que aquela atividade é objeto da apresentação de estudo de impacto ambiental, é montado um grupo de trabalho que emite uma instrução técnica, e a empresa é obrigada a seguir todo aquele rito e os questionamentos apresentados nessa instrução técnica. A equipe analisa o estudo apresentado e identifica se é viável ou não a execução desse projeto, sob o ponto de vista ambiental. Especificamente desse projeto, é o processo de licença prévia cinco, zero, três, sete, cinco, um (503751) de dois mil e dez (2010). (Próximo – ele fala com alguém ao fundo) Isso aí é a explicação, são três fases de dar licença, licença prévia, licença de instalação e licença de operação, nós estamos exatamente na parte de licença prévia, então nós estamos analisando, e audiência pública é um rito necessário para avaliação pelo grupo de trabalho, os questionamentos, propostas, sugestões, do público, da sociedade em relação ao projeto apresentado. Então, na realidade, a licença prévia é fase preliminar que avalia quanto a sua localização, concepção, e viabilidade ambiental. (Próximo – ele fala com alguém ao fundo)

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Como foi já explicado, a gente está atendendo á Lei mil trezentos e cinqüenta e seis (1356), que é uma exigência do EIA-RIMA, e a análise desse EIA-RIMA o grupo entende, num determinado momento, ele faz o parecer sendo favorável ou não á continuidade do processo e é emitida a licença. (Próximo – Ele fala com alguém ao fundo) Esse é o histórico desse processo, esse processo deu entrada mês cinco (05) de dois mil de dez (2010), no mês seis (06) de dois mil e dez (2010) foi criado um grupo de trabalho, que foi alterado em sete (07) de dois mil de dez (2010), funcionários entram e saem então, um saiu nós tivemos que fazer um novo grupo de trabalho, em sete (07) de dois mil de dez (2010) foi emitida a notificação do órgão ambiental com a entrega da instrução técnica, em dois (02) de dois mil e doze (2012)... É dois mil e onze (2011) o empreendimento apresentou o estudo de impacto ambiental e a equipe deu o aceite para análise, isso não quer dizer que a gente está concordando ou discordando do estudo, a gente está aceitando pra análise. (Próximo – Ele fala com alguém ao fundo). A deliberação CECA, representada aqui pelo amigo Gusmão, publicou em seis (06) de dois mil e onze (2011), autorizando a realização de audiência pública, e nós estamos hoje no dia dezessete (17) nessa audiência pública. (Próximo – Ele fala com alguém a fundo) Análise o EIA-RIMA do presente predimento está em andamento, ou seja, não tem nenhum parecer pronto, definido, a gente depende da sociedade também pra saber o quê que ela espera disso, para a elaboração do parecer final do INEA ainda são aceitos durante dez (10) dias após essa audiência qualquer manifestação, pode ser de entidade de classe, pessoa física, pessoa jurídica, associação, o que for. (Próximo – Ele fala com alguém ao fundo) Essa aí é a equipe de trabalho hoje, eu sou o Dirton, temos a Juliana, Anselmo, Maurício e Airton, que fazem a parte da análise desse empreendimento. (Próximo - Ele fala com alguém ao fundo) Esse aí é o endereço pra quem vocês podem mandar, o INEA tem a cede na Avenida Venezuela cento e dez (110), quinto andar (5° andar), que é onde fica a CECA e na Fonse ca Teles, cento e vinte (120), oitavo andar (8° andar), São Cristóvão é ond e fica a turma do licenciamento, que somos nós. (Próximo – Ele fala com alguém ao fundo) Encerrou então essa etapa e esperamos a contribuição de vocês pro dia de hoje, obrigado.

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Gente boa... Então a primeira fase está encerrada, nós vamos agora começar aí as perguntas, mas antes disso, que nós já estamos aqui com uma hora de audiência (1h), eu peço pra colega também ajudar, nós agora vamos servir, nós não, a turma que está de fora vai servir um lanche, vai ter um intervalo de dez minutos (10 min.). Vocês querem o lanche ou não?

(Manifestação geral)

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Gusmão: Então vai ter um lanche que já está organizando ali, tem uma kombi distribuindo, a gente faz ali uma organização e voltamos aí com quinze minutos (15 min.), está bom? Então já preparem aí pras perguntas, e vamos agora fazer aqui um lanche, que é pra dar uma sustentação pra segunda parte. Obrigado, obrigado pela forma educada que vocês estão ouvindo aqui, e nós retornamos em quinze minutos (15 min.). É, as perguntas a gente vai fazendo aí nesse papelzinho que vocês receberam, e quem quiser fazer a pergunta oral, eu vou liberar pra fazer, ta certo? Então obrigado, e voltamos daqui a pouquinho.

Rafael: O gente, antes disso aqui, eu só queria agradecer mais um vez a presença de vocês e o Heleno aqui, que é o chefe da associação, ele é o presidente da associação, ele queria só explicar um pouco da localização do empreendimento que algumas pessoas ainda estão com alguma dúvida.

Heleno: Boa noite, boa noite á mesa, quero agradecer o grupo do Rio Minas, quero agradecer o pessoal do INEA do meio ambiente, quero agradecer também a comunidade que compareceram, pra tirar suas dúvidas, tiara seus pensamentos ruins e colocar os melhores, porque hoje Missões vai melhorar com esse trabalho, o Rio Minas, Petrobrás, o INEA, hoje nós temos um grupo na comunidade como nós nunca tivemos. Gente, eu quero só passar pra vocês, quando conheci Missões a metade era mato, era lixo, hoje ela está com o meio ambiente de frente, ela está com a empresa Rio Minas, ela vai ficar com a Petrobras, ela vai gerar emprego pra nossa comunidade, eu vou pedir com carência á vocês da Rio Ninho, vocês do INEA, que abrace a nossa comunidade com emprego, comunidade carente. De gente humilde, mas de confiança. Eu como representante da comunidade eu confio em vocês, que vai gerar grandes empregos pra nossa comunidade humilde, entendeu? Gente vamos abraçar as empresas, com educação, com carinho, que eu sei que vocês tem no coração o carinho, vocês tem a pura educação, e vamos cuidar e fazer um trabalho legal junto com os projetos. Essas empresas tem projetos pra jogar nas nossas mãos, então vamos zelar por elas gente. Eu quero agradecer também ao nosso grupo, eu já posso falar o nosso grupo, do nosso amigo Castilho, o subsecretário do governo, o qual sempre nos ajudou, está de parabéns, a Rio Minas agradece á vocês, o pessoal do INEA agradece á vocês. Quero mandar o maior abraço pro Castilho, meu grande amigo, entendeu gente? Então vamos dar compreensão, vamos trabalhar co carinho, que eu tenho certeza que essas empresas vão nos ajudar, entendeu, vai botar Missões, a nossa comunidade em dia, em educação, em saúde... E isso tudo é gerando emprego! Que vão gerar emprego se deus quiser. Só o que eu queria... E queria agradecer a presença de vocês todos, gente, que é assim que se faz um trabalho! Eu queria que toda reunião que fizéssemos na comunidade, que viesse _______________________ falei ‘Heleno, eu acho que vai ter umas trezentas (300) pessoas’, mas eu certeza que veio umas quinhentas (500) pessoas. Muita gente voltou porque não estava ouvindo nada,

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não ouvia nada, mas eu estou muito bem satisfeito, entendeu, com a nossa comunidade, com o nosso povo, e vamos abraçar e vamos melhorar pra termos trabalho melhor na comunidade. Só que eu vou ser muito pidão, vou pedir muito á Rio Minas, vou pedir muito ao grupo do INEA, depois a gente vai sentar numa mesinha e vamos conversar sobre a nossa comunidade gente. Só tenho a agradecer a vocês! Tchau!

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Então obrigado Heleno aí pela sua participação, queria também comunicar a todos aqui a presença dos nossos amigos da PEDEMA, Miguel, Marco, Magno, a turma da PEDEMA que é associação permanente de defesa do meio-ambiente, que está prestigiando também aqui o evento, trazendo também boas colaborações, já leram o estudo de impacto, vão fazer sugestões, são representantes da sociedade que participam aqui com a gente. Então nós vamos agora aí fazer o lanche e voltamos em dez minutos (10min.), já está servindo o lanche, né Ian? Então muito obrigado.

(Corte de áudio – tempo do lanche)

Gusmão: Atenção gente boa! Vamos recomeçar aqui a nossa audiência, que é a fase das perguntas, gostaria que as pessoas aqui da empresa se posicionassem pra que pudessem responder aqui as perguntas que vão ser feitas. Essa audiência, ela está sendo gravada, todas as perguntas ficam registradas, todas as participações, depois é feito uma ATA, uma ATA resumida da audiência, e depois tem uma transcrição da audiência, tudo o que foi dito fica registrado dentro do processo, ta certo? Então agradecer as pessoas, boa noite, a senhora quem é?

Dona Maria da Guia: Eu sou a Maria da Guia.

Gusmão: Dona Maria da Guia. Então Dona Maria da Guia está interessada em alguma pergunta aqui, é ou não é? Vocês têm que entender também, bacanas, (Interrupção) você é a?

Rosangela: Rosangela!

Gusmão: A Rosangela também, está todo mundo inscrito. Agora as perguntas, olha só, as perguntas deviam ser feitas aqui no papel, que as pessoas estão entregando, mas como vocês estão aí participando, a gente também vai aos pouquinhos passando a palavra pra vocês, ta certo? É, aí o microfone vai chegando aí em vocês. Então vocês vão fazer as perguntas, dentro das dúvidas que vocês têm, não é isso?

Aqui ó, a Senhora, a Senhora Débora, cadê a Dona Débora que mandou aqui? Oi, boa noite Débora, brigado, ela pergunta... (interrupção) Está todo mundo preparado aí pras respostas? Então, olha só turma, a Dona Débora, a Dona

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Débora pergunta: ‘- Como ficará o nosso abastecimento de água, porque atualmente já é insuficiente? Com relação ao asfalto das ruas, como ficarão após as obras, já que hoje já temos ruas afundando e bueiros também? -’ Não é isso Dona Débora? Então ela quer saber a questão da água, que é insuficiente e em relação ao asfalto das ruas e os bueiros.

Rafael: Boa noite de novo gente. Sobre a questão da água, a água... O nosso abastecimento todo é através da Washington Luiz, então a gente pega água lá na Washington Luiz, vai transportar pelo viaduto, já tem a previsão de vir a canalização pra cá, então a gente não vai usar água nenhuma da comunidade, água nenhuma da comunidade, água nenhuma que abastece a comunidade vai estender lá pra abastecer o empreendimento, então água a gente não tem interferência nenhuma. Sobre o asfalto, o quê que a gente vai usar pra passar por dentro da comunidade? A gente só vai passar as empresas até a gente conseguir fazer o pilar do viaduto, a partir do momento que a gente conseguiu fazer um pilar do viaduto, o outro lado a gente já vai estar fazendo também, a gente lança todos os tabuleiros do viaduto e começa a entrar pelo outro lado. Então, o trafego, o que a gente passar de caminhão aqui, vai ser muito pouco, e o que a gente estragar a gente vai arrumar, isso aí é um compromisso nosso com vocês. Então água não tem problema, e trêfego aqui dentro é o mínimo até fazer o viaduto, que é uma coisa simples, não é um negócio... Porque o viaduto é todo pré-moldado, ele vem meio que pronto, a partir do momento que está um pilar de um lado e um pilar do outro, ele lança um tabuleiro e a gente já começa a passar lá por cima, e jogar terra pra fazer uma descida provisória e depois terminar, então o tráfego aqui dentro vai ser muito pequeno.

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Dona Débora, a senhora está satisfeita com a resposta dele? Espera aí, tem que ter um microfone pra senhora Débora lá. Isso, se puder alguém ficar lá dando um suporte... (tosse)

Dona Débora: Boa noite. Se for acontecer realmente desta forma eu ficarei muito satisfeita, porque nós já temos esse problema hoje, nossos asfaltos estão afundando, nossos bueiros também e a gente não tem assim, uma secretaria certa, um departamento correto pra correr atrás disso, então por isso foi a minha preocupação. Obrigada.

Gusmão: Obrigado Dona Débora.

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: A senhora Fabiana da Silva, cadê a senhora Fabiana? Obrigado, boa noite. A pergunta da Dona Fabiana, que é moradora aqui do local, ela começa a pergunta: ‘- Boa noite -‘ (interrupção)

Gusmão: Boa noite!!

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Manifestação geral: Boa noite!

Gusmão: ‘Vocês alegam que vamos ter geração de empregos, gostaria de saber a cota exata dessa suposta geração de empregos. ’ Eu escutei que durante as obras, eu m lembro que alguém falou aí que seriam trezentos (300) empregos, mas eu não tenho certeza, então a senhora Fabiana da Silva, não é isso? Está justamente querendo saber isso, em relação aos empregos e a cota exata dessa mão-de-obra para das obras.

Rafael: O Fabiana, é...Essa questão do emprego hoje, a gente já tem ali na Rio Minas entre funcionários diretos da Rio Minas e funcionários de empresas terceirizadas, a gente já tem mais de quinhentas (500) pessoas trabalhando ali todos os dias. Além disso, pra construção do cais vão abrir novas vagas, que a gente estima em chegar em trezentas (300) ou mais, ou mais. Esse empregos eles são gerados ao longo da obra, a partir do início da obra, só que como a gente já está construindo os galpões ali, os empregos já existem, os empregos... Não é um negócio pro futuro, hoje a gente tem carência de mão-de-obra, hoje a gente precisa de mão-de-obra, a gente precisa... Carpinteiro é um negócio que não existe, pedreiro é um negócio que não existe, a gente tem dificuldade de bons serventes, então bons profissionais gente, tem emprego garantido, tem emprego garantido e a gente tem vaga pra eles. No panfleto que vocês receberam tem um e-mail chamado ‘sugestã[email protected]’, vocês podem mandar o currículo pra cá, e como eu tive muita pergunta sobre empregos, muitas perguntas sobre emprego, eu vou organizar com o nosso RH um cadastramento dessas... De todas as pessoas que pretendem ter emprego. Hoje a gente tem emprego ali, tanto na obra de construção quanto na parte de operação, hoje já são setenta e quatro (74) empresas ali instaladas, instaladas, empresas que estão trabalhando, são transportadoras, empresas de... Lojas Marisa, __________ que são carentes de mão-de-obra, estão precisando de gente boa, estão precisando de profissional. E outra, vocês têm a vantagem, vocês estão do lado, vocês estão do lado, aqui não tem problema po, com atraso, com transito, com um milhão de coisas que você tem em outros lugares. Então com certeza qualquer empresa prefere contratar um funcionário daqui do que o funcionário que mora em outro lugar. Ás vezes, como eu falei no início da minha apresentação, foi uma boa oportunidade pra a gente se conhecer, e eu vou arrumar, e vou mandar pra associação também pra a gente marcar um dia para ir todo mundo lá, todo mundo que quiser emprego, cadastrar o currículo, fazer todo esse cadastramento. E outra, se a gente não tiver vaga ali, a gente tem o maior prazer de indicar pras outras empresas que a gente conhece e pra todo mundo.

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Dona Fabiana, está satisfeita com a resposta dele? Quer mais algum esclarecimento?

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Rafael: E outra coisa, eu acredito que o maior benefício que a Rio Minas pode dar pra comunidade é emprego e geração de renda, por quê? Ah, a gente pode po arrumar a casa de um, arrumar a casa de outro... Isso a gente consegue fazer muito pelo pontual, a gente não consegue resolver o problema de todo mundo, só que a gente dando emprego é uma troca, onde a gente ganha e vocês ganham também. Então isso é o que a gente quer gerar aqui, é emprego, é capacitação, a gente já está junto com o Heleno pensando num centro, que a gente vai começar no começo do ano que vem, um centro de especialização, pra que? Pra ensinar uma profissão pras pessoas que não tem profissão, e, com isso, conseguir botar essas pessoas no mercado de trabalho, e assim melhorar a comunidade.

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Dona Fabiana, a senhora está satisfeita? Quer mais algum esclarecimento em relação á sua pergunta? Está tudo certo? Obrigado aí pela sua presença, pela pergunta. Tudo o que está sendo dito aqui está sendo gravado, depois é feito uma transcrição do que a gente falou, o quê que é isso? Passa tudo pro papel, faz parte do processo, as pergunta que vocês fizeram por escrito vai fazer parte do processo, por isso que quando alguém quer falar alguma coisinha, falar uma inter... Fazer uma intervenção, tem que ser no microfone pra ficar gravado. Sandra! É Sandra de Souza? Dona Sandra, muito obrigado pela sua presença. A Dona Sandra ela está com uma ansiedade, né Dona Sandra? A Dona Sandra de Souza quer saber, ela gostaria de saber sobre as casas que vão sair, se vão sair casa ou não aqui da região das Missões, né Dona Sandra? A senhora é moradora da onde? Das Missões mesmo. Então se identificou, colocou o telefone, tudo certinho aqui. Então essa é a ansiedade, a inquietude da Dona Sandra, imaginem vocês como ela deve estar aí preocupada, não é isso? Quer saber se as casas vão sair ou não, quem é que pode responder aí, por favor.

Rafael: Dona Sandra e todos os outros que me perguntaram, no intervalo aqui muita gente me perguntou, muita gente queria saber: ‘Pô, e as casa aqui do lado do Rio Meriti, como é que vão ficar se vocês dragarem, isso vai puxar as casas pra dentro do rio, vai descalçar minha casa...’. Aí eu falei: ‘O gente, a intervenção é toda no Rio Irajá, é do outro lado da Linha Vermelha, a gente não vai fazer nenhuma dragagem no Rio Meriti, nenhuma, nenhuma, a gente não vai entrar com nenhuma máquina dentro desse rio aqui pra fazer nenhuma obra, nenhuma intervenção. Toda intervenção vai ser no Rio Irajá.’. Toda intervenção, aqui nessa imagem vocês podem ver, aqui é o Rio Meriti, que é onde está a casa de todos vocês, que estão preocupados com muita razão...

Manifestação ao fundo: (O áudio não é claro)

Rafael: Exatamente, todos os barracos. Mas a gente não vai mexer nada aqui nesse rio, esse rio a gente não vai dragar nada, a dragagem é toda nesse rio

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aqui, entre o terreno e o Mercado São Sebastião, não tem nenhuma influencia com o Rio Meriti.

Manifestação ao fundo: (O áudio não é claro)

Rafael: No Rio não vai ter melhoramento nenhum, não vai mudar nada no rio. E o melhoramento que a gente vai dar pra comunidade é capacitação pra conseguir botar as pessoas no mercado de trabalho, e essas pessoas terem emprego, renda, pra melhorar suas casas.

Gusmão: Senhora Sandra? Está satisfeita com a...

Manifestação ao fundo: Não!

Dona Sandra: Eu estou satisfeita sim, porque eu moro aqui há dezoito (18) anos né, então seria muito triste sair, já vim de um lugar pra cá... Sair agora daqui pra outro lugar, entendeu? E deixar pessoas que eu gosto né, e que são amigos da gente aqui, e eu vou sair daqui bem satisfeita.

Gusmão: Então está ótimo.

Dona Sandra: Obrigada.

Gusmão: Muito obrigado pela sua presença, brigado. Você é o... Rafael. Agora tem umas pessoas que já fizeram algumas perguntas, que já fizeram alguns é... Tiraram dúvidas aqui durante o intervalo, na hora que estavam no lanche, é ou não é? O lanche estava bom, é? Fez uma fila que estava... Parabéns pela organização da fila, estava muito boa. Então essas pessoas fizeram algumas perguntas, mas agora nós vamos o que? Nós vamos tornar essas perguntas públicas pra que vocês possam saber. Você é a... A Claudia, a Claudia nossa nega vai fazer uma pergunta aqui ahm... Oral.

Claudia: Boa noite. Meu nome é Claudia, eu queria fazer uma pergunta. Caxias é o segundo em ICMS em arrecadação. Vocês vindo pra cá pra nossa comunidade, será que vai ficar o ICMS pra Caxias ou pro Rio de Janeiro? Por quê? Porque a nossa comunidade é carente de tudo, políticas públicas não existem, saúde só tem um postinho pra mais de vinte mil (20.000) moradores, então eu estou com essa dúvida e quero um esclarecimento a respeito dessa questão.

Rafael: Isso, o empreendimento ele é... Aqui a gente está na divisa né, do Rio com Caxias, a divisa de Caxias com o Rio é aqui no Valão. Então o empreendimento ele está cem por cento (100%) localizado na cidade do Rio de Janeiro, então toda a arrecadação, infelizmente, vai pro Rio de Janeiro. A única coisa que, a vantagem é que a comunidade diretamente fica com emprego, fica com emprego, e fica com a política social, por exemplo, a gente tem a

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Petrobras, a Petrobras estima que em dois mil de dezesseis (2016) o pré-sal vai ser maior do que hoje eles exploram na Bacia de Campos, com isso eles estimam de ter aqui dentro desse empreendimento, mil e quinhentos (1.500) empregos. Então isso vai gerar muito emprego e, nesse caso, o maior beneficiário é a comunidade aqui, por estar do lado. E como a Petrobras tem vários programas sociais, junto com a Rio Minas também, que tem interesse em fomentar, em melhorar a comunidade, a gente vai fazer políticas aqui dentro, pra que? Pra dar capacitação pras pessoas, pras pessoas poderem trabalhar aqui do lado, ou em outro lugar qualquer.

Claudia: É, porque a nossa carência aqui é com a educação, só temos uma creche, que a demanda é muito grande, é muita criança pra uma creche, que você tem que ficar aguardando vaga, porque é demais, você ter mais de vinte mil (20.000) moradores com uma creche sequer. Eu acho que, se no caso, vocês estão vindo com projetos sociais que vai implementar, eu acho que vocês poderiam entrar também revendo essas questões junto ao governo do município.

Rafael: É, principalmente o governo do estado.

Manifestação geral: Gritos e palmas.

Rafael: Eu acho que isso tem que ser uma intervenção conjunta, a gente não tem, infelizmente, a gente não tem condição de resolver o problema do mundo, mas a gente pode ajudar, a gente pode ajudar dando emprego, dando oportunidade, capacitando as pessoas, e outra, ajudando a associação dos moradores junto com as diversas esferas públicas, seja estadual, seja federal, seja municipal, em todos os lugares. Isso a gente pode, como uma realização social da nossa empresa.

Claudia: Ok, eu estou no aguardo.

Rafael: Vamos trabalhar junto! Isso aí a gente tem que trabalhar junto. Infelizmente isso... isso não é um...

Manifestação ao público: (O áudio não é claro)

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Dona Claudia e todos vocês que estão aqui, agora vocês estão entendendo? Eu acho que vocês nunca, ou poucos de vocês já participaram de uma audiência pública com esse objetivo do licenciamento ambiental. Talvez pra vocês seja uma novidade isso, mas aqui a nossa mesa aqui é da parte das autoridades ambientais do estado. O Dirton, que é o chefe do grupo de trabalho, que comanda esse trabalhos de licenciamento, quando fazem essas audiências, o Dirton está anotando aqui as coisas que vocês estão falando. A nossa... A função de vocês hoje aqui é ouvir, pedir esclarecimento, perguntar,

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tirar dúvidas, e sair daqui sabendo que poderá um dia ter um empreendimento aqui. A função deles é pedir pra se implantar, e a nossa é dar a licença ou não, só que vocês já entenderam que essa licença é divida em licenças, a primeira licença é a licença prévia, não há nada fechado ainda, nós estamos ouvindo. E essa intervenção da Senhora Claudia o Dirton já anotou ali, que existe na questão social, no licenciamento ambiental existe também a questão social, a questão humana, a questão da relação da empresa com a sociedade, com a comunidade, então isso tudo está sendo elemento que nós estamos aqui captando pra fazer parte aí do parecer final que o INEA vai dar, está certo? Então não tem licença dada nenhuma, nesse momento é escutar, e ver... Como é que uma licença sai? Tem aspectos positivos e negativos, se os positivos foram maiores, os positivos puderem ser controlados, minimizados, reduzidos, é um empreendimento bom, se for o contrário, só tiver coisa ruim e não tiver coisa boa a licença não sai. O Marcos também fez uma intervenção aqui, e seria interessante ele passar pra vocês aí o que ele já foi esclarecido, não é Marcos? Obrigado aí pela presença, e pode falar.

Marcos: Boa noite pra mesa, boa noite pra todos, boa noite pros meus amigos da comunidade, meu vizinhos. E a pergunta que eu vou fazer está vinculada ao que o Rafael disse no começo, assim que a gente estava chegando, e acredito que não é só uma pergunta minha, mas é uma pergunta também da comunidade. Mas parece que pelo que foi dito por ti, já esclareceu algumas coisas, mas mesmo assim eu ainda vou bater firme nessa pergunta. No começo foi dito que a comunidade não sofrerá alterações no sentido de sair casas né, mas aí é a minha pergunta pra você né, pra vocês que são responsáveis, é se, de alguma forma, vocês, já que não vai ter alterações de sair, e eu sei que isso aqui não é uma comissão política, é uma coisa de estrutura, de empreendimento, a gente não tem que confundir as coisas, mas a gente tem um aspecto muito feio de barracos lá atrás, e vocês vão estar fazendo empreendimento logo encostado ali àqueles barracos... Uma vez que não vai ter alterações de sair às casas, ou os barracos, eu não moro nos barracos, eu moro na dezessete (17), mas é uma questão humana, um aspecto de humanidade né, de fraternidade, de amor ao próximo. Então a minha pergunta é essa, se não vai haver nenhum tipo de alteração, de mobilização e de mudanças de casas, vai ter, pelo menos da parte de vocês, uma ajuda na performance, no aspecto físico, assim da aparência, daquela localidade ali. E com essa pergunta, eu também tenho outra pra fazer logo em seguida que é a questão de depois que começou-se a mexer lá atrás, aumento o volume de mosquito nas casas né, não sei se... Quem mora mais perto ali deve estar... Animais né, o surgimento de lagartos e até de cobras, começou a aparecer, então essa pergunta, Rafael, vinculado ao que você disse, uma vez que nós ouvimos que não vai sofrer alteração de sair casa, mas essa mudança de ‘performancidade’, de aparência acontece ou...

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Rafael: O negócio é o seguinte, a gente como empresa privada, a gente nem pode mexer nessas casas sem autorização do poder público, então isso não cabe nem a nossa... A nossa alçada isso. O que a gente, o que a gente se propõe a fazer, e o que a gente vai fazer é gerar emprego, gerar renda, gerar capacitação e isso é um compromisso nosso, é capacitação, pra que? Pras pessoas terem emprego, terem renda, e aí sim poder melhorar as suas casas, pintar, emboçar, fazer condição de alvenaria. Isso, infelizmente, a gente não pode assumir, isso é um negócio que a gente não pode assumir. Sobre a questão dos animais que estão aparecendo, eu sei que é um transtorno provisório, mas eu queria que o pessoal da PHMar falasse alguma coisa também.

Representante da PHMar (nome não identificado): Com a limpeza do terreno da obra da Rio Minas, vai haver no futuro uma diminuição de insetos e ratos e outras coisas que deve ser o que está aparecendo agora com a limpeza de terreno, que antes era um terreno muito sujo, onde tinha muito lixo e, na verdade, de biota natural não tinha nada né, era só animais domésticos, ratos e baratas e coisas assim.

Marcos: É, assim, só pra perguntar, vocês entenderam a minha pergunta gente? Então...

Manifestação ao fundo: (O áudio não é claro)

Marcos: É, não, mas eles sabem, já foi... Eu especifiquei bem, os barracos, então não é uma questão deles diretamente, entendeu? Mas a minha pergunta, sabendo que não é uma questão deles tirarem, mas se haveria uma ajuda, pelo menos na mudança, na melhoria. Então já foi dado a resposta, a gente tem que, né, esperar pela promessa de emprego, de preparação né, preparação profissional.

Rafael: E outra coisa que a gente pode também, é trabalhar junto, junto com órgãos públicos, pedindo para que? Para que os órgãos públicos ajudem a gente a, por exemplo, essa faixa, essa faixa aonde é que tem todos os barracos daqui, é uma faixa de proteção do rio, pô que as vezes, por exemplo, eles podem começar a construir casas lá por trás pelo campo de futebol e ir trocando todo mundo.

Manifestação ao fundo: (O áudio não é claro)

Rafael: E isso é negócio que a gente como empresa não pode fazer, mas a gente pode ajudar junto, junto, vocês, junto com o ministério, junto com os órgãos públicos a tentar conseguir isso.

Marcos: Então Rafael...

Rafael: É um negócio difícil? É um negócio difícil, mas quem sabe.

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Marcos: Então, eu estou fazendo essa pergunta porque eu sei que é a expectativa e que se gerou uma perspectiva também no coração de muita gente aqui, então... Se vocês podem ajudar quanto a isso, então nós pedimos a vocês encarecidamente que façam isso, com suporte, com o poder que vocês têm de estrutura...

Rafael: Mas esse é um trabalho conjunto. Nosso com a associação.

Marcos: Certo...

Rafael: É um negócio que a gente não consegue fazer sozinho.

Marcos: Não, tudo bem. Mas está respondida a minha pergunta.

Rafael: Eu, assim, eu acho que a gente tem que fazer junto, não...

Gusmão: É... Agradecer aqui a pergunta do Marcos, e a resposta Rafael, né? Quer dizer, o Rafael foi extremamente honesto, vocês já entenderam que aqui não é um ambiente político, ninguém está promovendo nada, está se explicando um empreendimento. Mas a resposta do Rafael foi interessante no sentido de ir pra uma empresa forte na região, bem entrosada com vocês, e com a associação também, fica muito mais fácil pleitear algum melhoramento. E ele não pode chegar aqui porque ele não é estado, nós não podemos chegar aqui também ‘Vai ter... ’, entendeu Marcos? Então isso passa a ser todos terem mais força, e vocês também entenderam na fala deles, que eu interpretei também, que o interesse da empresa de ter as pessoas trabalhando aqui é no sentido de facilitar, facilitar a boa relação com a sociedade, um empregado, um funcionário que mora próximo, que fica um funcionário mais apegado...

Rafael: Imagina toda... Não ter desemprego? Todas as pessoas aqui que tem idade de trabalhar estarem trabalhando, recebendo o seu dinheiro, como que essa comunidade não melhora? Melhora muito rápido gente, isso é muito rápido.

Gusmão: É.

Rafael: Isso a gente viu, desde quando, pô... Vamos falar, que o Lula assumiu, o quanto que mudou, por quê? Porque teve emprego, a taxa de desemprego caiu drasticamente, hoje a gente tem cinco por cento (5%) de desemprego na população. E isso que está... Tudo o que a nossa vida melhorou nos últimos anos, a causa é isso, é emprego, é gente, é gente trabalhando.

Gusmão: O (Mikesh?) tem aqui uma, uma contribuição também, ele pediu a palavra, obrigado aí pela presença.

Mikesh: Bom, boa noite a vocês aqui, boa noite pra vocês, e pro pessoal também. É... Olha só, dentro dessa mesma pergunta que o rapaz fez, eu queria dar procedimento. Duas perguntas, primeira é sobre a obra que vocês vão

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fazer lá atrás né, tudo bem vai gerar emprego para os moradores, primeira pergunta, tudo bem, vai gerar emprego durante a obra, e depois que terminar a obra? Como é que ficam os moradores?

Rafael: Vai gerar mais emprego ainda, só a Petrobras, aquilo que eu estava falando aqui, a Petrobras em dois mil e dezesseis (2016) pretende ter mais de mil e quinhentos (1.500) funcionários aí, hoje a gente deve ter mil (1.000), mil e duzentos (1.200). Só a Petrobras, uma (01) empresa, vai ter mil e quinhentos (1.500), fora todas as outras noventa (90) empresas...

Mikesh: Mas ela vai garantir isso para os moradores?

Rafael: É sempre melhor contratar da comunidade do que de outra empresa, e outra, a gente vai estar sempre na administração desse condomínio, e isso a gente tem... Isso é lógico, contratar uma pessoa do outro lugar, ou contratar daqui é melhor contratar daqui, se tiver a mesma pessoa com a mesma capacidade é melhor ter a pessoa daqui, não tenho dúvida, isso pra qualquer empresa, pra qualquer... Por que? É menos, é menos transporte, é menos risco da pessoa, pô a pessoa mora em São João do Meriti, pô ela pega um transito danado, ela tem que sair cinco horas da manha (5hs) de casa, e corre o risco de não chegar no horário. Aqui não, aqui pô, você está do lado, então vai andando, você não tem risco de atrasar, então pra empresa isso é melhor, então sem dúvida ela vai preferir daqui.

Mikesh: ok, mais uma pergunta, e é a última. Essa obra é do governo federal né, não é isso?

Rafael: Não, essa obra é cem por cento (100%) privada.

Mikesh: Oi?

Rafael: E ssa obra é cem por cento (100%) privada. Não tem nada, a única coisa que o governo federal está aqui é... Governo estadual e é dando a licença pra a gente. A gente está pleiteando, a gente empresa, está pleiteando a licença ao órgão ambiental, que é do governo do estado, essa licença. A obra é cem por cento (100%) privada.

Mikesh: Ah... Porque eu ia fazer uma pergunta sobre isso aí, eu achava que essa obra seria do governo federal, ou do governo estadual, até porque, porque vai vir Olimpíada, vai vir a Copa do Mundo... Isso pra beneficiar o Rio de Janeiro. Tudo bem, já que não vai ser, eu achava assim, o quê que acontece? Dentro dessa pergunta que o rapaz fez também sobre os barracos, eu falo isso sem nenhuma vergonha, com orgulho, já morei num barraco, na beirada do Valão, entendeu, o quê que acontece? Eu sei o quê que é a pessoa sofrer com o saneamento de barraco, é cobra dentro de casa, lacraia dentro de casa, enchente, a verdade é essa, o mau cheiro do rio... Eu achava assim,

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poxa se vai fazer uma grande obra dessa aí, pra beneficiar... Que vai beneficiar o estado do Rio de Janeiro, a verdade é essa.

Rafael: Vai...

Mikesh: Com certeza. Porque que então o governo do estado junto com o governo do município se ajuntaria... Pra beneficiar os moradores do barraco? Dar uma casa digna pros moradores, porque na hora de vir pegar, de vir pedir voto a população ele não aparecem? Tanto o governo do estado como do município, poxa, eu acho que era uma oportunidade também de juntar o governo do município e do estado pra fazer uma obra digna para os moradores. Principalmente aquela parte ali ó, lá atrás daquela parte vaga lá das casas lá, lá pros fundos, por quê que não faria uma coisa pros moradores ali e acabaria com esses barracos aqui? Não vai adiantar nada, sinceramente, na minha opinião, o quê que acontece? Vai embelezar entre aspas o bairro, porque vai fazer obra lá atrás, e vai continuar essas barracadas aqui, o pessoal sofrendo, essa é a minha pergunta.

Manifestação geral: Gritos e Palmas.

Gusmão: é a resposta, nós que trabalhamos no órgão ambiental, vai ficar bem mais simples por estado investir em obras de saneamento na região. Eles não podem responder. Quer dizer, claro que é uma ansiedade, uma vontade de vocês, mas a empresa não tem o poder de fazer obra de saneamento. Quem tem que fazer isso, é o governo do estado. E dentro desses projetos, dentro desses projetos que tem asses estudos em que existem audiências públicas que ele falou o custo ali do empreendimento. Existe uma, um ganho por estados que são as chamadas medidas compensatórias. E as medidas compensatórias elas vão em um percentual em cima do custo do investimento. E essas compensações é que são aplicadas na região. Entendeu? Então, as compensações ambientais desse empreendimento, elas são aplicadas em melhorias aqui. E nessa audiência que nós podemos direcionar no sentido de que tipo de beneficio? Que cada lugar, cada local, precisa de alguma coisa. Saneamento, diversidade no sentido da recuperação de florestas, outros na implantação de esgotos, outros em coleta de lixo... Tudo isso ligado ao saneamento. Então, com certeza nessa licença, essa compensação vai ser gravado pra necessidade maior da região. Só que eles não tem poder de dizer isso. quem tem poder de definir pra onde vai essa compensação, é a secretaria do ambiente dentro da sua câmara de compensação. Então com certeza haverá melhorias de saneamento aqui. Entendeu?

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Aquela questão que a dona Cláudia perguntou: ‘E o (ICMS?)?’ Isso, se ela ta localizada no Rio de Janeiro, mesmo sendo numa área fronteiriça, ai vai pro município do Rio. Mas as compensações ambientais não. Essas são

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colocadas diretamente na região de vocês. E agente ta aqui pra escutar o que vocês tão dizendo, pra quando chegar la na hora do processo em que vão ser dadas as compensações, agente vai cravar: oh, a compensação vai ser, em saneamento, vai ser em água, vai ser em ...’

Manifestação ao fundo: (O áudio não está claro)

Gusmão: Não. As compensações ambientais, elas não são, elas são para melhorias ambientais. Entenderam? Claro, que a melhoria ambiental, trás a reboque a melhoria na questão da saúde também. Então esse recurso é um recurso além do imposto, do ICMS, e outras coisas que são benefícios tributários, mas isso é um beneficio ambiental. Então, é importante vocês terem isso na cabeça.

Rafael: Inclusive o Nival tava me lembrando aqui o ICMS é estadual. Então, não importa se ele ta ali no Rio de Janeiro, ele pode ser aplicado aqui, é do governo estadual. Então a gente pode sim. Aumentou a arrecadação ali,pô é naquela região ali, pô vamos ajudar a gente aqui. Não importa se, o tributo é estadual né? Não importa se é Rio ou se é Duque de Caxias.

Gusmão: É, isso também. Bem, eu tenho uma pergunta aqui muito interessante. Cadê o Cleiton? Cleiton Serafin? Cleiton é estudante aluno técnico em segurança do trabalho. Qual é, onde é que você estuda?

Cleiton: Esfera formação profissional.

Gusmão: Você já está, aluno de segurança do trabalho?

Cleiton: Sim

Gusmão: Ta em que período lá?

Cleiton: No ultimo período.

Gusmão: Teve matéria ambiental lá?

Cleiton: Sim, higienização, conscientização e valorização ambiental. Até mesmo na multinacional onde eu trabalhei há 2 anos atrás na MultiRio Operações portuárias localizadas no cais do porto. Eu fiz Valorização e conscientização ambiental.

Gusmão: Ta certo, eu vou ler sua pergunta, que a sua empresária trouxe. Você é empresária dele? (Risos) Eu vou ler a pergunta do Cleiton, se o Cleiton quiser fazer mais alguma intervenção ele pode. Em relação as pessoas que já estão na fase final de qualificação profissional e técnica, como serão distribuídas as vagas na comunidade? Como as mesmas ficaram asseguradas? Em que grau de segurança, de estabilidade, que as pessoas que

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tem essa ansiedade... Parabéns ao nosso amigo Cleiton, pergunta, caligrafia nota 10, concordância perfeita... Palmas pro Cleiton, professor Cleiton.

Manifestação geral: Palmas

Gusmão: Vamos lá, responder aqui ao Cleiton, porque há outros colegas que fazem, onde é a faculdade Cleiton?

Cleiton: É de Duque de Caxias mesmo.

Gusmão: ah é no centro de Duque de Caxias. Brigada.

Rafael: Cleiton, eu tenho um enorme prazer de responder a sua pergunta. Acho que assim, é fantástico ver pessoas como você, estudando, se qualificando, e procurando oportunidades. Você vê na maneira que você fala, na maneira que você escreve. Isso pra gente é muito legal. E eu procuro, pô, valorizar as pessoas que trabalham com agente, isso pra mim é, isso pra mim não é obrigação não, isso pra mim é um imenso prazer. Assim, você pegar gente boa e fazer pô, a pessoa que estudo você que fez um curso técnico de segurança do trabalho, é que... Pô, que estudo, te levar até um curso de, superior, fazer um a universidade, pra mim isso é um prazer. Se você se destacar, se você estiver junto comigo, pô pra mim isso é, pra mim isso é a maior gratidão que eu tenho de trabalhar. E eu faço questão que você me procure direto. Você vai me procurar direto. No final da reunião eu vou ti dar meu cartão que agente vai marcar uma reunião lá com você.

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Hou, tu não esquece de convidar a turma do INEA pra formatura, num é não?

Cleiton: Com certeza, estarão todos lá e a comunidade também.

Gusmão: Agora, uma categoria tem que ser respeitada. Heleno, parabéns ai pela turma, pelas perguntas, a turma ta interessada, sua fala foi importante como líder também.

Manifestação geral: Palmas

Heleno: Gente, estou gostando. To ficando mais feliz, que to vendo um instrutor que se Deus quiser vai sim na comunidade pra dar umas aulazinhas e alguns cursos que a comunidade precisa. Se Deus quiser.

Gusmão: Isso é importante. A gente quando faz audiência pública pela, nós fazemos audiência publica no estado todo. Só empreendimentos. Agora quando eles, eu não, quer dizer, tive, nós passamos a conhecer as pessoas da empresa no processo de licenciamento. Então quando agente faz audiências públicas, por exemplo, vamos fazer uma audiência pública de um

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empreendimento lá em Angra dos Reis ou em Campos, Macaé... Né Dida? Que agente fica fazendo nos municípios. A fala do Rafael, eu acho que foi o Rafael no início. Ele mostrou outros empreendimentos em outros municípios brasileiros, Juiz de Fora... E você sempre enfatizou que a preferência, pra turma do local. Não é isso? E que tem muito sentido. O importante também é que oitenta e cinco (85) por cento das vagas, você pode qualificar o próprio trabalhador na empresa não é isso? Que é a maioria das vagas. E o resto depois vai sendo, quer dizer, esses outros quinze (15) por cento, uma qualificação melhor.

Rafael: Óh, hoje na empresa, na Rio Minas existem dois (2) funcionários, dois (2) funcionários que, que são de Minas. Que é a Ingrid, que é nossa diretora que cuida de tudo, que é, que é, vamos falar, é minha chefe aquela ali. E o André que da um apoio geral, que ta lá trás. Da um apoio geral com todas, com todas as questões que agente tem que resolver é o André e a Ingrid, as duas pessoas que estão ali pra ajudar agente. Fora isso, todo mundo vem do Rio e ai, todas as pessoas, pô, a Lívia, a Andressa, a Fernanda, a Aline que ta aqui. Todas as pessoas vieram do Rio. E outra, agente vai peneirando, vai achando as pessoas e daqui a pouco o que é que agente quer? Agente quer que uma pessoa, que agente achou aqui no Rio, agente vai pegar ela pra levar pra Pernambuco, pra que? Pra ela formar a equipe de lá, contratando gente do local e formando gente. Então, de todos os funcionários da Rio Minas, agente tem dois (2) de Minas. O resto, tudo é do Rio. Todos foram contratados aqui.

Gusmão: Ta certo então. Agora, a pergunta que eu tenho aqui é de uma categoria, a categoria mais importante desse movimento todo Heleno. Duvido que vocês tenham alguma categoria, respeitando o Cleiton, respeitando todos. Mas a pergunta da dona Maria Sebastiana, cadê a dona Maria Sebastiana? É demais. Ela pergunta assim, olha que categoria forte, que responsabilidade pra vocês. Gostaria de saber, primeiramente boa noite né? Que a dona Maria Sebastiana, boa noite gostaria de saber se as vagas dadas também serão para as mulheres.

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Agora, como é que sai agora dessa Rafa? Eu acho que ela podia responder.

Rafael: Óh essa pergunta eu vou responder, com uma simplicidade, assim, pra mim é a coisa mais fácil. Você pega aqui ó, uma (1) mulher, duas (2) mulheres, três (3) mulheres, quatro (4) mulheres, cinco (5) mulheres. Então agente tem cinco (5) mulheres e um (1) homem. Ah sim, agente tem o Felipe aqui, então são dois (2) homens e cinco (5) mulheres. Então, as nossas oportunidades são para mulheres e a Ingrid sabe, eu prefiro contratar mulheres. É sempre, a minha prioridade é sempre mulher.

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Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Então a pergunta da dona Sebastiana, a senhora ta satisfeita? E agora eu passo a palavra pra nossa colega aqui, a Madalena que tem uma pergunta pra fazer.

Rafael: O gente eu to esquecendo da Juliana aqui. Pelo amor de Deus, não posso esquecer dela não. Desculpa Juliana, é porque você é tão quietinha, só fica fazendo suas coisas que eu até esqueci, desculpa.

Heleno: Gente, gostei do assunto, ta de parabéns a pergunta dela. Nós homens masculinos hoje, nós tem que ficar no trono. Quem ta comandando é as mulheres.

Manifestação geral: Palmas.

Heleno: Então, nós tem que baixar a cabeça hoje pras mulheres. Entendeu? Com muito respeito, eu gostei da pergunta, gostei da participação, ta de parabéns as mulheres. Eu vou abaixar a cabaça. Brigado.

Gusmão: Heleno, eu vou te dizer uma coisa, quando a minha mulher fala comigo, e olha que eu sou casado a muito tempo, a minha mulher quando fala comigo fala de joelhos. E ela fala assim: “sai de baixo da cama”.

Manifestação geral: Risos.

Gusmão: Dona Madalena, por favor.

Dona Madalena: Boa noite, meu nome é Madalena. Eu estou presidente do ____________, um centro social que trabalha aqui na comunidade, que funciona na comunidade, mais precisamente na rua dezessete (17). E eu quero dar boa noite a todos os presentes e parabenizar também a comunidade pela participação porque não é sempre que agente tem a oportunidade de ter uma audiência pública, e a comunidade veio em massa e respeitando o ambiente e participando, isso também é fazer história. Eu tinha duas (2) colocações e uma (1) já foi sanada. Que, eu quero persistir com uma e depois fazer uma pergunta. A principio fala-se de trezentas (300) vagas, mas eu acho que isso é insuficiente. Essas trezentas (300) vagas serão insuficiente e eu gostaria que vocês pensassem na posição de colocar um percentual. Porque você colocando um percentual você vai superar as trezentas (300) vagas e a medida que for crescendo o empreendimento, mais vai crescendo o numero de vagas de pessoas da comunidade. E a que foi respondida e que eu ia pedir também é a questão da qualificação do pessoal da comunidade, porque nós temos aqui muitas pessoas que precisam trabalhar, mas estão qualificados. Então, que pudesse qualificar essas pessoas pra conquistar essa vaga, ta? E a pergunta é, com relação ao impacto ambiental. Inclusive, teve um morador aqui que falou que ele já morou lá nos barracos e que lá era invadido por insetos. Mas

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hoje, as casas aqui, depois que vocês começaram a movimentação das terras do outro lado, as casas fora dos barracos já estão sendo invadidas por insetos e por aves. E agente queria saber qual o posicionamento que vocês podem estar começando a atuar agora já, pra diminuir esse impacto. Porque vem cobras, vem pássaros também. Vêm lagartos enormes e é impacto que a comunidade já está sofrendo de imediato. Então agente queria saber um posicionamento de vocês com relação a esse impacto atual.

Rafael: Sobre a questão do emprego, agente criar uma porcentagem pra comunidade é muito difícil. Porque agente também não pode parar a obra, porque agente não tem o profissional aqui na comunidade. O que eu acho que agente pode fazer, e que eu acho que é um compromisso que agente pode assumir, é todas as vagas que agente tiver, a gente anunciar aqui na comunidade junto com a associação. E nisso as pessoas vão lá e procuram agente e falam que é da comunidade. É importante frisar que é da comunidade. Porque as vezes a pessoa vai lá e não fala, não fala que é da comunidade, não fala nada. Então, o compromisso nosso é o seguinte, agente tem total interesse em ter um funcionário daqui da comunidade. Pra gente é, pra gente, vamos falar, é o melhor dos mundos. Agente ter funcionário aqui.

Dona Madalena: Ué, mas pelo tamanho do empreendimento, trezentas (300) vagas é insuficiente.

Rafael: Não, trezentas (300) vagas é só a construção do cais. É porque agente ta confundindo um pouco a parte dos galpões. A parte dos galpões, agente não ta falando aqui. Aqui agente ta falando das construções do cais. Desses dois galpões aqui, e desse cais. É só isso.

Dona Madalena: A partir da construção do cais, vai começar a entrada e saída de mercadorias. Então vai precisar aumentar o número de pessoas trabalhando.

Rafael: Exatamente.

Dona Madalena: Então, mas ai, vocês precisarão de mais de trezentas vagas.

Rafael: Ali hoje, já tem mil e duzentas (1200) pessoas trabalhando.

Dona Madalena: Então, mas vocês tão colocando trezentas (300) vagas de pessoas da comunidade.

Rafael: Não, agente não ta botando, agente, trezentas (300) vagas agente vai abrir no geral pra construção desse cais. Desse cais e desses portões. Hoje agente já tem mil e duzentos (1200) funcionários ali. Hoje agente já tem mil e duzentos (1200), a Petrobrás pretende em dois mil e dezesseis (2016) estar com mil e quinhentos (1500) funcionários só dela. Então eu acredito que em dois mil e dezesseis (2016) agente vai ter três mil (3000) pessoas trabalhando

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ali. E dessas três mil (3000) pessoas, uma grande porcentagem vai ser da comunidade. Principalmente agente trabalhando em parceria. Quanto mais agente trabalhar em parceria, quanto mais agente trabalhar unido, tanto com a nossa empresa que ta construindo quanto com a empresa que ta operando, com as empresas que tão operando, maior vai ser a porcentagem. Sobre a questão dos insetos o Vinícius vai...

Vinícius: Quanto à questão dos animais que estão aparecendo próximos aos barracos, é que naquela área de trás dos terrenos ainda tem muito lixo. E agora com o processo de limpeza, quando começa a remoção desse material, esses animais fogem. Né? Vão procurar outras áreas. O que for animal silvestre, se prevê um programa de captura desses animais e re-colocação em uma reserva ambiental. No caso o lagarto e tal.

Dona Madalena: Mas isso está acontecendo agora. E vocês estão trabalhando lá e vocês não estão tendo noção disso. Mas isso já ta acontecendo agora. Como que um morador sem instrução, vai pegar esse animal e vai levar pra onde? Nem pegar eles não podem pegar porque não tem, não tem um... não foram preparados pra isso. Cobra, inclusive cobra ta entrando nas residências aqui, agora.

Vinícius: É no caso, teria que chamar a patrulha ambiental pra recolher esses animais silvestres né? Que estão aparecendo dentro da área de vocês ali. E a questão de recolhimento dos animais é só se vir a ser aprovado pelo INEA, a implantação desse cais, é que vai ter esse programa de recolhimento desses animais .

Dona Madalena: Mas até implantar o cais os animais já morreram. Porque ta acontecendo agora, hoje, hoje. Entendeu? A gente não pode ficar com um animal ali dentro de casa, porque nós não estamos preparados, nós não fomos preparados pra conviver com animal. E a nossa casa não tem espaço pra isso também. Ai é um impacto ambiental que vocês já estão provocando e ai o morador fica perdido.

Vinícius: É porque ai essa questão dos animais que estão aparecendo é do terreno, dos galpões que já estão licenciados ai eles tem projetos de monitoramento e coleta desses animais.

Dona Madalena: Não, não. Os animais são de onde vocês estão fazendo obra agora. Onde ta removendo as terras. Lá do Areal, lá atrás.

Rafael: Vamos falar, esse problema tem que ser resolvido. Agente tem que dar uma solução. Só que esse problema não, não, vamos falar, não cabe a exatamente esse licenciamento, essa audiência pública. Mas agente pode pensar em uma maneira, inclusive o Felipe indicou. Às vezes a gente faz um telefone, um zero oitocentos (0800) onde a pessoaliza e agente captura esse

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animal, pra re- inserir isso daí. Isso daí a gente pode, a gente pode estudar. Ta anotada a sua reclamação, vamos falar, não cabe a esse licenciamento que a gente ta licenciando aqui, porque esse empreendimento não começou ainda, esse empreendimento não ta, não ta em atividade, ta pleiteado uma licença. Mas como é um impacto que ta gerando do outro empreendimento, que não foi previsto, a gente pode sem problemas, e vamos fazer uma, uma medida pra gente diminuir isso daí.

Dona Madalena: Ta ok. Obrigada.

Rafael: Ta ok?

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Quer dizer, e essa contribuição aqui da dona Madalena pode ser acompanhada ai com a associação também, com a empresa, ela ta absolutamente certa na pretensão dela. Não é isso? Que fica difícil né dona Madalena? Desconectar os empreendimentos né? Mas ta registrada. Senhora, seu nome. Bárbara. Ela vai fazer uma pergunta. Muito obrigada pela presença.

Bárbara: Boa noite gente, eu peço, obrigado pela compreensão de vocês, de estar escutando agente. Porque a gente não tem muita oportunidade de ta expressando isso e as pessoas tão pedindo um pouquinho de atenção aqui também. Mas a minha pergunta é sobra a proposta que vocês fizeram sobre a educação ambiental. Queria saber, porque a gente aqui é carente de muita coisa, principalmente de educação ambiental. Como que seria?

Rafael: Isso a gente ta com um projeto junto com o Heleno, que a gente deve estar começando agora no começo do ano, né Heleno? A gente já está com o orçamento inclusive pra gente construir algumas salas de capacitação aqui dentro da comunidade. E isso nada impede da, por exemplo, da, a partir do momento que a gente tem estrutura física, fica tudo mais fácil pra gente conseguir alguém pra vim dar uma palestra de educação ambiental pra todas as pessoas que tiverem interesse. Isso, isso é um prazer a gente pode fazer isso.

Bárbara: Obrigada. E é verdade mesmo. Os bichos são grandes, a lacraia é gigante, muita cobra. Tem, e as crianças pegam, ficam brincando com esses animais. A preocupação maior é essa, esses bichos nas mãos das crianças, porque eles pegam sem medo.

Heleno: Gente, vamos começar a brincar com bichos, mas se Deus quiser nós temos um grande presente também já se Deus quiser, pela educação ambiental, como ele falou. Aquela quadra que agente tem aqui na comunidade, vai começar por ali os trabalhos nossos. Depois daquela quadra construída que vai ser, se Deus quiser, há pouco tempo ela vai ser pra cursos ambientais, ela vai ser pra informática, ela vai ser pra qualquer tipo de cursos que nós não

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tivermos na comunidade. Essas empresas como a Petrobrás, vai gerar cursos pra gente da comunidade que precisa. Tenho certeza que o grupo das meninas vai bater na tecla junto com o governo do estado pra benefício, elas vão nos ajudar, o pessoal do INEA, também que é junto com o governo do estado também vai brigar também. Por essas reclamações de vocês e nós vamos se juntando com eles e começando a pedir ao governo do estado também. Então nós temos mais uma força pra pedir. Não só eu da associação agora, que vai pedir não. Vão ser nós todos. Estou achando bonito cada um pedir alguma coisa, perguntar sobre um barraco, isso é bonito, que eu também já morei num barraco, já passei, já curti muito mosquito, mas se deus quiser, primeiramente deus, o governo do estado, a equipe da Rio Minas, a Petrobras chegando aqui, vai melhorar, que já esteve pior. A nossa comunidade já esteve muito mais pior, ainda hoje em situação de saúde, a doença de um morador aqui é um sufoco pra socorrer, eu tenho testemunha com vários moradores aí, até a noite eu não durmo não, mas eu faço isso satisfeito de coração, gente, pode me acordar em casa a noite, está sofrendo a gente leva no hospital, mas eu vou contar, se deus quiser, junto com essa equipe vai melhorar mais um pouco. Porque eles vão ajudar a pedir, eles são bons de pedir, eu vi que eles são melhor do que eu, e junto com vocês reforça, vai ser um reforço, eu vou contar com vocês também pra nos ajudar a pedir. É bonito gente, obrigado.

Bárbara: Ó, mas é porque assim, enquanto vocês estão dragando lá o rio, a comunidade está jogando lixo no rio, está entendendo?

Manifestação de fundo: (Voz não identificada) É educação...

Bárbara: É isso que eu estou falando, isso começa junto com vocês, ou isso começa depois...

Rafael: Sem dúvida.

Bárbara: Porque é importante.

Rafael: Eu acho que isso é fundamental, e a gente vai fazer, a gente vai fazer esse curso de educação, isso daí provavelmente o INEA já vai botar como nossa condicionante, antes de dragar fazer um curso de conscientização na comunidade.

Gusmão: Dona Bárbara, Bárbara, né? Vocês escutaram que eles têm alguns programas ambientais, não é isso? Isso o Dirton, que é o nosso chefe aqui do licenciamento dessas atividades, esses projetos, como entre eles está o de educação ambiental, são projetos que vão ser implantados, isso é exigência do INEA do licenciamento. É claro que aí cada localidade, cada empresa tem a usa característica do quê que vai ser explorado, do quê que vai ser desenvolvido, mas projetos de educação ambiental são inerentes, fazem parte do processo de licenciamento. Tanto que a gente não sabe ainda qual é o

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projeto porque não tem licença, não tem nada ainda, é ou não é? Mas na prosperidade, na evolução do licenciamento isso fica definido, ta certo? O nome da senhora? Dona Rosilene tem uma pergunta também pra fazer.

Dona Rosilene: Boa noite aqui a todos presentes, meu nome é Rosilene, mas conhecida como Rose, eu gostaria de fazer uma pergunta direta para o Rafael, Rafael você está dizendo aqui para todos nós presentes que você está com trezentas (300) vagas de emprego, mas eu quero perguntar pra ti se essas trezentas (300) vem pedindo uma escolaridade do primeiro ao segundo grau, porque se for o caso vai ser um oportunidade pra mim voltar a estudar nesse empreendimento de vocês, futuramente, para que eu não venha mais tarde dizer assim ‘poxa...’, como eu acabei de entregar pra Aline... Não entreguei um pra Aline e um outro pra uma outra amiga de trabalho, colega de trabalho de vocês, meu grau de escolaridade, quarta série. Aí vocês chegam: ‘Qual a sua escolaridade?’, ‘Quarta série.’, ‘Poxa precisamos de uma pessoa sim qualificada, primeiro grau’, aí eu vou fazer assim ó, aí eu lhe pergunto, essa é a minha resposta, ou melhor, eu peço a sua resposta.

Rafael: Rose, estudar nunca... Nunca...

Dona Rosilene: Nunca é tarde...

Rafael: Nunca é tarde pra começar, e nunca faz falta, você tem que estudar cada vez mais, quanto mais você estudar, melhor, mais fácil vai ser você se colocar. Quando a gente fala que a gente pretende, junto com a associação, colocar custo de capacitação é pra que? Pra simplificar as pessoas acharem as oportunidades. A gente na Rio Minas, é lógico que não tem como eu contratar um carpinteiro que sabe carpintaria, não tem como eu contratar um pedreiro... Mas tem como eu contratar uma pessoa com muita vontade de trabalhar, eu costumo falar...

Dona Rosilene: Essa é minha parte ta, Aline?

Rafael: ... Que vontade de trabalhar é muito mais importante do que qualquer outra coisa, se você quer agarrar você aprende, você aprende até fazendo, então a vontade de trabalhar é o principal, é lógico que tem vaga que a gente tem que ter a capacitação, mas quando não tem, a gente olha muito mais a vontade de trabalhar do que qualquer outra coisa. Eu costumo falar que, que a primeira coisa que a gente tem que ver é brilho no olho e vontade de fazer, de fazer acontecer, você construir, você tirar um negócio da terra, de um terreno que a gente vê aqui, de um terreno que está no mato e pô você vê daqui a... pô um ano e meio, aquilo ali ta lotado de gente trabalhando, de máquina, pô isso é muito gratificante. Então você tem que ter essa vonta... Você tem que ver na pessoa que a pessoa tem vontade de fazer, vontade de trabalhar, isso é fundamental, e é lógico que o estudo, eu costumo sempre falar, o estudo abre porta, quanto mais você estudar mais porta você vai ter aberta pra você

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escolher, mas o que te mantém lá e o que te faz crescer é vontade de trabalhar.

Dona Rosilene: Brigada.

Rafael: E isso, o quê que a gente quer? Quer capacitar pra pessoa ter mais porta pra escolher, mas o que vai te manter, não adianta a gente ficar falando ‘ah, a gente tem trezentas (300) vagas, a gente tem num sei o que, a gente vai contratar... ’, a gente pode até te colocar lá, colocar qualquer pessoa lá, só que o que vai manter essa pessoa lá trabalhando pra sempre é o que? É a vontade dela de fazer, é a energia que ela tem de trabalhar, não adianta, não adianta, a gente tem as vagas, a pessoa entrou ‘ah não, agora eu entrei estou tranqüilo. ’, não vai durar.

Gusmão: Dona Rose, satisfeita? Vamos, mas tem que dar um crédito de confiança. Dona Rosane só um instantinho. Gente boa, eu tenho, nós fazemos muitas audiências, temos esse tipo de relação com a sociedade, agora cada empreendimento tem uma característica, só que a união da empresa com os moradores, com a comunidade, é confiança mút.... A confiança mutua, a associação e o estado, isso tem tudo para trazer boas melhorias para o local, claro que dentro de todas as regras e leis ambientais, é ou não é? O compromisso, por exemplo, do Rafael foi não estocar produto explosivo, inflamável, radioativo, essas coisas, então esse risco nós não teremos aqui, caso a licença saia, ta certo?

Manifestação ao fundo: (O áudio não é claro)

Gusmão: Qual o nome da senhora?

Manifestação ao fundo: (O áudio não é claro)

Dona Maria Anilda: ...E ouvir os problemas e o que a comunidade precisa.

Gusmão: Então Dona Maria Anilda fez uma colocação importante no sentido de que a, a... A região aqui está desassistida, não é isso? Tem uma preocupação que os políticos vêm numa época de eleição e depois não dão continuidade, mas ela está dando na sua fala um crédito de confiança né, agradecendo a presença das pessoas aqui, dando um crédito de confiança á empresa e reforçando o que o Heleno, que o Rafael e que eu, eu vim aqui não tinha essa idéia, mas passei a ter igual a vocês, claro que se houver, Dona Maria Anilda, tudo dentro da legalidade, a gente, quando há licença ambiental a gente tem um monte de regras que tem que obedecer, é ou não é? A empresa sabe disso, existe um trabalho absolutamente honesto e correto, agora esse entrosamento que pode ter aqui de melhorias do estado né, na área de saneamento, de emprego né, de todos prosperarem juntos, eu acho que pode ser a grande característica né... Como o Rafael falou, um local hoje que não tem nada né Rafael, tem alguma área degradada né, se transformar em um

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ano, um ano e meio em um pólo de desenvolvimento, de prosperidade, de oportunidades, de emprego. E é claro que vai melhorar pra todo mundo, desde que as regras, né Dirton, as regras ambientais sejam cumpridas. Não pode também é não cumprir as regras ambientais que estão aí todo o dia nos jornais, é ou não é? A Dona Rosane queria fazer uma colocação, Dona Maria Anilda obrigada aí pela sua...

Rosane: O meu nome é Rosangela, eu quero falar, que essa menina falou que não tem oportunidade ainda de aprender, e eu estou com quarenta e cinco (45) anos, fiz um cursinho aqui com, na associação como pedreira, então eu fui aprendendo, aprendendo, aprendendo, consegui até levantar o muro da associação, então eu quero avisar a todos vocês que aqui tem muito pedreiro bom, muitas pessoas que querem aprender, então tem que dar oportunidade pra a gente, que eu sou uma delas, que aprendi, e hoje eu tenho orgulho de fazer traços, levantar muro e tijolo.

Manifestação geral: Palmas.

Rafael: Isso, isso é muito, isso é muito legal. Você vê casos de sucesso, de gente que teve vontade, o Heleno aqui me falando ‘pô, ela é uma ótima pedreira... ’ (risos), isso é muito legal. Parabéns, parabéns pela iniciativa.

Gusmão: Gente boa, mais alguém quer perguntar? Seu nome? Michele? Prazer Michele.

Michele: Boa noite a todos, eu também sou estudante de segurança do trabalho e pelo que eu pude ver, pelos meus estudos, o técnico de segurança ele visa muito pela integridade física do trabalhador, e olhando por esse lado, pela integridade física da comunidade, eu não sabia desse ataques já de animais peçonhentos, que são riscos de acidentes, mas com a vinda aqui da construção do cais, podem surgir riscos físicos também, que são ruídos e riscos de poeira que vão contra a integridade física dos moradores. É um benefício a geração de empregos, mas tem uma outra vertente aí, se os moradores não estiverem com a sua integridade de saúde boa, não tem como eles ocuparem esses cargos, então vai, vão gerar outros problemas. Vocês já têm projetos com isso? Porque pelo que eu ouvi, houve um mapeamento aí ambiental, mas não foram vistos esses, o ataque desses animais á população, e a população pelo que eu ouvi já está sofrendo, vão chegar outros riscos, quais são os projetos que vocês têm pra amenizar o sofrimento da população? Brigada.

Manifestação geral: Palmas.

Rafael: Do ponto de vista ambiental, durante a execução da obra, vão ser realizados esse programas básicos ambientais e neles vai estar previsto lá como foi colocado no EIA-RIMA, por exemplo, pra poeira, tem que passar um

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caminhão pipa na área lá e despejar água pra manter úmido o solo e não levantar poeira, a questão do ruído também foi feito o estudo e não vai, vai ter um pequeno aumento durante a obra, mas assim que cessar a obra já reduz o ruído, já volta ao normal, a operação não vai ultrapassar os limites da legislação.

Gusmão: Quer dizer, tem padrões pra isso tudo, e o Dirton está anotando aqui, Michele parabéns pela pergunta aí, boa, bem fundamentada. É o que nós falamos, o licenciamento é concedido quando esses aspectos negativos né, que a Michele mencionou, eles são controlados, por isso que existem as exigências do órgão ambiental dentro do licenciamento. Mais alguém quer fazer alguma pergunta? Mais alguma colocação? Pois não Cleiton.

Cleiton: Só pra dar uma ênfase nas questões de empregabilidade pela comunidade, qual seria a faixa ‘etariedade’ estabeleci da pra cada função?

Gusmão: O Cleiton gostaria de saber a faixa etária, Cleiton?

Rafael: A faixa etária, acima de dezoito anos (18) né, que é a maioridade quando a gente pode trabalhar aqui no Brasil, infelizmente né, eu acho que a gente podia ter, a gente poderia trabalhar desde mais novo, eu acho que é benéfico, mas é a lei, o que a gente procura é a lei, e quanto a vaga, a gente vai analisar qualificação, a gente não nenhum preconceito com uma pessoa que acabou de formar com cinqüenta (50) anos de idade, não tem problema nenhuma pra a gente, pra a gente essa pessoa é um profissional como qualquer outro. O que a gente vai ver é a vontade dela de trabalhar.

Gusmão: Cleiton então... Acima de dezo...

Cleiton: Foi sanada a minha dúvida, essa dúvida veio em questão devido a eu ter um exemplo dentro da minha casa, minha mãe é pedreira, ladrilheira, soldadora, envernizadora, azulejista, serralheira também...

Gusmão: A sua pergunta era em relação a limite? A faixa acima?

Cleiton: Isso, a faixa ‘etariedade’ porque hoje ela se encontra com cinqüenta e três (53) e há muita dificuldade de empregabilidade de mão-de-obra hoje no mercado.

Gusmão: É verdade, eu acho que está esclarecido então, não é isso? Eu acho que essa região aqui é rica em pedreiras da melhor idade, é ou não é? (risos) Dona Rosangela é uma pedreira de mão cheia, não é isso?

Manifestação ao fundo: (O áudio não é claro)

Gusmão: Está certo. Então gente boa, olha, eu, nós fazemos audiencias públicas o estado, Dona Madalena quer fazer mais alguma pergunta?

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Dona Madalena: Sim, com relação a empregabilidade vocês tem alguma proposta pra o primeiro emprego?

Rafael: Na verdade a gente tem o, a gente tem os empregos, a gente não tem nenhum programa formal sobre o primeiro emprego, o que a gente quer implementar aqui é capacitação que pode ser pra, que com certeza vai afetar a pessoa, vai fazer a pessoa conseguir o primeiro emprego.

Dona Madalena: Ta, porque nós temos muitos adolescentes, quinze (15, dezesseis (16) anos, que com certeza gostariam de pleitear por essas vagas.

Rafael: Sem dúvida, e uma coisa importante é a vontade, se a pessoa estiver disposta a trabalhar, a fazer, com certeza ela, a gente vai ter programa pra ela, pra ela já comecar a se profissionalizar, e pô, com dezoito anos (18) ela já ter o emprego dela garantido.

Dona Madalena: Ta ok, muito obrigada.

Manifestação ao fundo: (O áudio não é claro)

Não identificado: (Parte longe do microfone) também porque eu tenho um pequeno comércio. Gostaria de saber se vocês, vai ter alguma coisa assim pra ajudar a gente, que a gente precisa que aqui a gente tem o comércio, mas a comunidade é carente né, e aqui pra eu pagar aluguel, ter um comércio pequenininho, tava com uma pensãozinha mas não deu, larguei, mas estou com um barzinho, mas pretendo voltar com a minha pensão. Gostaria de saber se essa empresa vindo pra cá, se ajudava alguma coisa a respeito do comércio.

Rafael: O quê que acontece? Por exemplo, uma pensão, a gente tem muitos funcionários que vem pra cá trabalhar aqui, operadores de máquina, e que vem morar aqui na comunidade, e que vem, pô então isso beneficia direto uma pensão. Outra, você gerando emprego, você gerando, você tirando a pessoa do emprego, a partir do momento que ela tem um emprego, ela tem dinheiro, ela pode gastar no seu barzinho, então é um benefício direto.

Gusmão: Um pequeno exemplo disso foi o lanche hoje aqui, é ou não é? Eu acredito que vocês devem ter comprado o lanche aqui na região né? Hein?

Rafael: É, por exemplo, hoje a gente teve que, na hora que a gente chegou aqui, viu que não tinha, as lâmpadas, tinham algumas lâmpadas queimadas, pô, compramos as lâmpadas, botamos lâmpadas novas em tudo isso aqui, e isso é um benefício direto, isso é um benefício que não...

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: É esse é um benefício...

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Rafael: Fica pra vocês...

Gusmão: Então na próxima, se tiver uma outra audiência pública nós vamos fazer um lanche lá na pensão da Dona Maria... Nilza. Nilza né?

Manifestação ao fundo: (O áudio não está claro)

Gusmão: Eu sei o nome de todo mundo aqui! Está vendo Dona Rosangela? Então gente boa, olha, eu agradeço muito a participação de vocês, agradeço as pessoas que vieram conversar comigo e a presença da sociedade aqui representada pelo Heleno.

Manifestação geral: Palmas.

Gusmão: Uma boa noite pra todos, que todos retornem pra casa e que o Flamengo faça um gol nesse jogo logo que estou doente!!

Manifestação geral: Palmas e gritos.

Gusmão: Tchau, boa noite, obrigado!