trabalho sobre justificação
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JustificaçãoTRANSCRIPT
Antônio Marcelino Melo
Marconi Maciel Guimarães
Marielle Gonçalves
Pabline Matias
Rosângela Maria de Matos
SOTERIOLOGIA
JUSTIFICAÇÃO
ASSTEFMASSOCIAÇÃO TEOLÓGICA DE FORMAÇÃO MINISTERIAL
Sete Lagoas
21 de outubro de 2015
Sumário
1
1. Introdução..........................................................................................................3
2. Termos bíblicos para justificação e seus significados.......................................4
2.1. Os termos do antigo testamento........................................................................4
2.2. Os termos do novo testamento..........................................................................4
2.3. A ideia resultante de justificação.......................................................................5
3. Natureza e Características da justificação........................................................5
4. Elementos da justificação..................................................................................7
4.1. Elemento negativo.............................................................................................7
4.2. Elemento positivo..............................................................................................8
4.3. Os privilégios advindos na justificação..............................................................8
5. Esfera em que ocorre a justificação..................................................................9
5.1. Justificação ativa ou objetiva.............................................................................9
5.2. Justificação passiva ou subjetiva.......................................................................9
6. Ocasião em que se dá a justificação...............................................................10
6.1. Justificação pela fé...........................................................................................10
6.2. Contradição entre Paulo e Tiago.....................................................................11
7. Base da justificação.........................................................................................11
8. Conclusão........................................................................................................12
Referências bibliográficas..........................................................................................13
Slides..........................................................................................................................14
1. INTRODUÇÃO
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O proposito deste trabalho é fazer uma análise peculiar e salientar os benefícios
que envolvem a Justificação em Jesus Cristo. Porque precisa ser justificado, o que é
necessário para justificar e quem pode justificar o pecador?
O pecado original é um defeito da natureza humana causada pela Queda e
consiste na culpa e corrupção imputada a toda descendência de Adão. O pecado
infringiu a lei justa e santa de Deus que resultou na culpa, corrupção, condenação e
separação entre Deus e o Homem.
A justificação traz em perspectiva a absolvição da culpa, é um ato próprio do
juiz. Do ponto de vista do litigante, por conseguinte, “ser justificado” significa “obter o
veredito” (Is 43:9, 26). Nas Escrituras, Deus é “o Juiz de toda a terra (Gn 18:25), e
suas relações com os homens são constantemente descritas em termos forenses. A
retidão, ou seja, a conformidade com a sua lei, é aquilo que ele requer dos homens,
e Deus exibe sua própria retidão como juiz ao vingar-se daqueles que ficam aquém
da sua lei.
Deus requer justiça, e ele mesmo é quem a providencia. Para tanto, enviou ao
mundo o seu Filho Unigênito, o Verbo que se fez carne, e que recebeu o nome de
Jesus, o Cristo. Cristo paga a dívida, remove a culpa e imputa sua justiça ao
pecador, logo o salvo torna se justo diante de Deus por causa do sacrifício de Cristo
e mediante o dom da fé colocado no seu coração pelo Espirito Santo.
2. TERMOS BÍBLICOS PARA JUSTIFICAÇÃO E SEUS SIGNIFICADOS
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2.1. Os termos do Antigo Testamento
Hitsdik: termo em hebraico, que, na maioria dos casos, significa “declarar
judicialmente que o estado de uma pessoa está em harmonia com as exigências da
lei”. (Ex23. 7; Dt 25.1; Pv 17.5; Is 5.23).
PielTsiddek: tem o mesmo significado de Hitsdik, o sentido destas palavras é
de caráter forense ou legal. (Jr 3.11; Ez 16.50-51).
Segundo os católicos romanos, alguns representantes da teoria da influência
moral da expiação, e também os unitários e os teólogos liberais modernos negam o
significado legal do termo “justificar” e lhe atribuem o sentido moral de “tornar justo
ou reto”. Há, porém, duas passagens em que a palavra significa mais que “declarar
justo”, que são, (Is 53.11 e Dn 12.3). Mas o sentido não é “tornar bom ou santo”,
mas sim, “alterar a condição de modo que o homem possa ser considerado justo”.
2.2. Os termos do Novo Testamento
Verbo Dikaioo: este verbo significa em geral, declarar que uma pessoa é
justa. Refere-se que, o caráter pessoal da pessoa está em conformidade com a lei,
(Mt 12.37; Lc 7.29; Rm3. 4). Este verbo declara que mediante as exigências da lei,
como condição de vida, estão plenamente satisfeitas com relação a uma pessoa. (At
13.39; Rm 5.1-9; 8.30-33; 1Co 6.11; Gl 2.16; 3.11).
A palavra Dikaios: está palavra está ligada ao verbo que comentamos
anteriormente, é interessante, pois ela nunca expressa o que uma coisa é em si
mesma, mas sempre o que é em relação a alguma outra coisa, a algum padrão que
está fora dela, ao qual ela deveria corresponder. Na bíblia, um homem pode ser
chamado dikaios quando, no juízo de Deus, a sua relação com a palavra é o que
deve ser, ou quando a sua vida é tal como se requer que seja por sua relação
judicial com Deus
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O substantivo Dikaiosis – Justificação: esse substantivo é visto em apenas
dois lugares do Novo Testamento, (Rm 4.25 e 5.18). Está relacionado com o ato de
Deus pelo qual ele declara os homens livres da culpa e aceitáveis a ele.
2.3. A ideia resultante de justificação
A palavra justificação que no latim é justificare, que significa “tornar justo”.
Justificar, no sentido escriturístico da palavra, é efetuar uma relação objetiva, estado
de justiça, por uma sentença judicial. Há duas maneiras para isso:
(A) levar em conta a condição subjetiva real da pessoa (justificar o justo, o
reto) ou,
(B) imputar à pessoa a justiça ou retidão de outra, isto é, considerando-a
justa, apesar de ser interiormente injusta. Este último é o sentido usado para
justificação no Novo Testamento.
3. NATUREZA E CARACTERÍSTICAS DA JUSTIFICAÇÃO
A justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na
justiça de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei são satisfeitas com vistas
ao pecador. Ela é singular, na obra da redenção, em que é um ato judicial de Deus,
e não um ato ou processo de renovação, como é o caso da regeneração, da
conversão e da santificação. No que diz respeito ao pecador, este ato, não muda a
sua vida interior. Não afeta a sua condição, mas, sim, o seu estado ou posição, e
nesse aspecto difere de todas as outras principais partes da ordem da salvação. Ela
envolve o perdão dos pecados e a restauração do pecador ao favor divino.
Observemos os seguintes pontos de diferença entre a justificação e a
santificação.
A justificação remove a culpa do pecado e restaura o pecador a todos os direitos
filiais envolvidos em seu estado de filho de Deus, incluindo uma herança eterna.
A santificação remove a corrupção do pecado e renova o pecador constante e
crescentemente, em conformidade com a imagem de Deus
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A justificação dá-se fora do pecador, no tribunal de Deus, e não muda a sua vida
interior, embora a sentença lhe seja dada a conhecer na vida interna do homem
e gradativamente afete todo o seu ser.
A justificação acontece uma vez por todas. Não se repete, e não é um processo;
é imediatamente completa e para sempre. Não existe isso, de mais ou menos
justificação; ou o homem é plenamente justificado, ou absolutamente não é
justificado. A santificação é um processo contínuo, que jamais se completa nesta
existência.
Enquanto que a causa meritória de ambas está nos méritos de Cristo, há uma
diferença na causa eficiente. Falando em termos de economia, Deus o Pai
declara justo o pecador, e Deus o Espírito o santifica.
Com relação à natureza da justificação ainda podemos dizer:
É instantânea: É um ato e não um processo. Ocorre e está completa no momento
em que o indivíduo crê. Não admite graus ou fases. Em toda a Bíblia não há o
mais leve vislumbre de um processo contínuo na Justificação.
É eterna: Quando alguém se justifica, justificado está por toda a eternidade. A
justificação não pode jamais ser revogada ou revertida. É uma vez por todo o
tempo e eternidade.
É Graciosa e Livre: O pecador não merece nada às mãos de Deus, exceto
condenação. Logo, a justificação é inteiramente de graça. Está assim
estabelecido em toda à parte na Escritura, exceto por Tiago que empregou o
significado secundário do termo. No sentido primário do termo a justificação
nunca está representada como sendo através das obras ou obediências do
homem. Vide Rm. 3:20; 4:2-6; Tito 3:5.
É somente Judicial e Declarativa: A justificação, no sentido primário, é um termo
forense ou legal. É um ato do tribunal do céu. Não faz o crente internamente
justo ou santo. Fá-lo justo apenas quanto à sua posição. Muitos confundem sem
cessar justificação e santificação; mas não são a mesma coisa. Justificação é
apresentada como o oposto de condenação, ao passo que santificação como o
oposto de uma natureza pecaminosa. Vide Rm. 5:18.
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4. ELEMENTOS DA JUSTIFICAÇÃO
Na justificação envolve dois elementos: A remissão dos pecados, negativo e a
imputação da justiça de Cristo, positivo.
4.1. Elemento negativo
Na lei de Deus quando ocorria uma transgressão, a justiça de Deus exigia a
morte do pecador (“Aquele que pecar é que morrerá.” Ez 18.4). Para amenizar a
exigência da justiça da lei, no Antigo Testamento realizava sacrifício de animais que
morriam no lugar do transgressor da Lei. Porém esse sacrifício não removia o
pecado do transgressor. Varias passagens do AT apontavam ou aguardavam um
sacrifício perfeito Sl 32:1; Is 43:25; 44:22; Jr 31:34.
Em obediência Jesus se tornou substituto do pecador para cumprir a
exigência da lei que é a pena do pecado, pois sem a substituição não haveria a
justificação. O elemento negativo na justificação, é a remissão dos pecados com
base na obra expiatória de Jesus Cristo. Este elemento se baseia mais
particularmente, embora não exclusivamente, na obediência passiva do Salvador
(BERKHOF, pág. 511 em pdf). Desta forma Deus perdoa os nossos pecados,
passados, presentes, e futuros e nos considera justo diante dEle removendo toda
culpa e toda penalidade. A Justificação é um ato único e consumado. Isto decorre
de que a justificação não admite repetição Rm 8:1; Hb 10:14; Sl 103:12; Is 44:22
isso nos garante que ninguém pode imputar nada na conta do homem justificado,
que é isento da condenação, pois sua justificação é irrevogável.
Os crentes continuam a pecar depois de justificados, Tg 3:2; Jo 1:8. Apesar
da nova natureza que recebemos de Deus, a velha natureza ainda habita em nós.
Para isso Deus libera do Espírito Santo para purificar o homem, ter domínio sobre a
natureza que deseja pecar. O crente tem, no íntimo, consciência de seu pecado e
essa consciência o leva a confessá-lo e buscar em Deus a consoladora segurança
do perdão.
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4.2. Elemento positivo
Neste elemento na justificação se baseia na obediência ativa de Cristo. A
justificação abrange o perdão de pecados. Na justificação, Cristo não apenas tira de
nós a nossa iniquidade, mas também nos veste de branco, isto é, nos reveste com a
sua própria santidade. Estamos em débito com Deus! Mesmo sendo pecadores
nada do que fazemos pode creditar qualquer valor em nossa dívida com Deus. Essa
dívida é impagável na perspectiva humana. Jesus na cruz pagou a dívida
completamente, anulando-a. Sendo assim temos paz com Deus (Rm 5:1-4).
4.3. Os privilégios advindos na justificação
Tornamos filhos adotivos (Jo1: 12; Rm 8:15, 16; Gl 3:26, 27; 4:5, 6).
Assim como não tivemos influência alguma sobre o nosso nascimento a este
mundo, não podemos fazer nada que causaria o nosso nascimento à família de
Deus. É Deus quem nos deu o poder de acordo com a sua vontade graciosa. Os
crentes são, antes de tudo, filhos de Deus por adoção. Esta adoção é um ato
legal, pelo qual Deus coloca o pecador no estado de filho, mas não o transforma
inteiramente. Nem todos os seres humanos são filhos de Deus. Somente aqueles
que possuem um relacionamento filial com Deus, por meio de Cristo.
Direito à vida eterna
Tudo quanto pertence a Jesus passa a pertencer também aos filhos. As
infinitas riquezas espirituais se incorporam a vida pessoal do cristão que receber
a Cristo como Salvador (Rm 8:17; Gl 4:7). Isso significa, antes de tudo, que eles
se tornam herdeiros de todas as bênçãos da salvação nesta vida, sendo que a
mais fundamental dessas bênçãos é o dom do Espírito Santo. No entanto, a
herança que recebemos de Deus não se limita a bênçãos espirituais nesta vida,
mas também inclui as bênçãos eternas do porvir. Em Romanos 8:29-30, a
glorificação futura está claramente ligada à justificação. Sendo justificados pela fé
em Cristo, os crentes se tornam filhos de Deus e herdeiros da vida eterna.
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ESFERA EM QUE OCORRE A JUSTIFICAÇÃO
A questão quanto à esfera em que ocorre a justificação distingue-se entre
uma justificação ativa ou objetiva e uma justificação passiva ou subjetiva.
5.1. Justificação ativa ou objetiva.
Consiste numa declaração que Deus faz a respeito do pecador, no tribunal de
Deus. Não se trata simplesmente da absolvição do pecador por Deus, sem levar em
conta as reivindicações da justiça, mas, sim, de uma declaração divina de que, no
caso do pecador em foco, as exigências da lei são satisfeitas. O pecador é
declarado justo em vista do fato de que a justiça de Cristo lhe é imputada. Nesta
transação Deus comparece não como um Soberano absoluto que simplesmente põe
de lado a lei, mas como um Juiz justo, que reconhece os méritos infinitos de Cristo
como uma base suficiente para a justificação, e como um Pai misericordioso, que
perdoa e aceita graciosamente o pecador. Esta justificação ativa antecede
logicamente à fé e a justificação passiva.
5.2. Justificação passiva ou subjetiva
A justificação passiva ou subjetiva tem lugar no coração ou na consciência do
pecador. Não basta uma justificação objetiva, é necessário que o pecador saiba da
existência dessa justificação. A concessão de perdão a um prisioneiro não
significaria nada, se as alegres novas não lhe fossem comunicadas e as portas da
prisão não fossem abertas. Neste ponto, o pecador aprende a entender que a
salvação é inteiramente de graça. Quando a Bíblia fala de justificação, normalmente
se refere àquilo que é conhecido como justificação passiva. Deve-se ter em mente,
porém, que as duas são inseparáveis. Uma se baseia na outra. Logicamente, a
justificação passiva vem em seguida à fé; somos justificados pela fé.
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5. OCASIÃO EM QUE SE DÁ A JUSTIFICAÇÃO
6.1. Justificação pela fé
Enquanto a salvação de um cristão foi decretada na eternidade, a redenção
perfeita de Cristo tenha ocorrido no passado, a justificação ocorre no tempo:
somente quando uma pessoa crê e se arrepende. A Escritura diz que somos
justificados pela fé, Rm 3.25, 28, 30; Gl 2.16; Fp 3.9. Quando afirmamos que somos
justificados pela fé, não estamos dizendo que a fé é a base da justificação. A fé é
apenas a causa instrumental e pode ser considerada como instrumento de Deus
num sentido duplo. É um dom de Deus, sendo produzida no pecador para a
justificação. Produzindo a fé no pecador, Deus leva a declaração do perdão ao seu
coração ou à sua consciência. Mas a fé é também um instrumento do homem, pelo
qual ele se apropria da justiça de Cristo e de todos os Seus preciosos dons, A causa
meritória é o sacrifício de Cristo na cruz Rm 4.5; Gl 2.16. Os méritos de Cristo
constituem o dikaioma, a base legal sobre a qual a declaração formal de Deus na
justificação repousa.
Teologicamente podemos dizer que a fé é o “órgão de apropriação” da justifi-
cação. Pela fé o pecador se apropria da justiça do Mediador já imputada idealmente
a ele no “pactum salutis” (Aliança da Redenção) e, com base nisto, ele agora é
justificado formalmente perante Deus, este inclui a ideia instrumental e exclui a ideia
de que a fé é, nalgum sentido, a base da justificação.
Pode-se-lhe chamar de órgão de apropriação em dois sentidos:
(a) É o órgão pelo qual tomamos os méritos de Cristo, deles nos apropriamos,
e os aceitamos como a base meritória da nossa justificação. Como tal, ela precede
logicamente à justificação.
(b) É também, o órgão pelo qual percebemos conscientemente a nossa
justificação e passamos a ter posse da justificação subjetiva. A fé é o órgão pelo
qual nos apropriamos da justiça de Cristo como base da nossa justificação, e não o
órgão pelo qual nos apropriamos da justificação propriamente dita. A fé não é a
causa, é o meio. O mesmo Deus que dá o fim, a salvação, também dá o meio, a fé
salvadora. De tal forma que, a salvação é obra exclusiva de Deus de ponta a ponta,
sem qualquer mérito do homem. Na verdade, tudo provém de Deus, tudo é feito por
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Deus e tudo é consumado por Deus para que ele mesmo receba toda a glória, agora
e eternamente!
6.2. Contradição entre Paulo e Tiago
Muitas vezes se diz que os ensinamentos de Tiago conflitam com os de Paulo
sobre a justificação. As pessoas que argumentam dessa forma usam o texto de
Tiago 2.14-16 para afirmar que Tiago ensina a justificação pelas obras. A diferença
entre os escritos de um e de outro se deve, pelo menos em grande parte, aos
destinatários para as quais suas cartas foram escritas. Paulo escreveu para
combater o erro dos legalistas que procuravam basear sua justificação nas obras da
lei. Ele foi enfático ao dizer que a justificação é pela fé, não por obras. Tiago teve o
objetivo de corrigir os erros dos chamados antinomianos (anti = contrário; nomos =
lei), que alegavam ter fé, mas cuja fé era uma simples aceitação intelectual da
verdade, sem nenhum compromisso com a prática de boas obras ensinada na
Escritura. Tiago teve de lembrar a essas pessoas que a fé sem obras é morta e,
portanto, de modo nenhum está ligada à justificação. A fé que justifica é a fé viva,
genuína, frutífera, que se manifesta em obras. Quando diz que Abraão foi justificado
pelas obras ao oferecer Isaque sobre o altar (Tg 2.21), Tiago quer dizer que as
obras agiram justamente com a fé, sendo uma manifestação externa da fé, pois
Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado para justiça (Tg 2.22-23). Contudo, é
mais que evidente que, neste caso, o escritor não está falando da justificação do
pecador, pois o pecador Abraão fora justificado muito antes de oferecer Isaque em
sacrifício (cf. Gn 15).
6. BASE DA JUSTIFICAÇÃO
A Escritura nos ensina com muita clareza que o homem é justificado
gratuitamente pela graça de Deus, Rm 3.24, e que não tem nenhuma possibilidade
de ser justificado pelas obras da lei, Rm 3.28; Gl 2.16; 3.11. A base da justificação é
a justiça perfeita de Jesus Cristo, justiça imputada ao pecador a justificação. Isto é
ensinado claramente em diversas passagens da Escritura, tais como Rm 3.24; 5.9,
19; 1 Co 1.30; 6.11; 2 Co 5.21; Fp 3.9. Na obediência passiva de Cristo, que se fez
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maldição por nós (Gl 3.13), vemos a base para o perdão dos pecados; e em sua
obediência ativa, pela qual Ele mereceu todos os dons da graça, incluindo a vida
eterna, veremos a base para a adoção de filhos, pela qual os pecadores são
constituídos herdeiros da vida eterna. Portanto, quando Deus justifica pecadores à
base da obediência de Cristo está agindo com equidade, por seu método de
justificação de pecadores, Deus (em outro sentido) justificou a si mesmo, pois ao
apresentar a Cristo como propiciação pelos pecados, em quem o pecado humano foi
realmente julgado e punido conforme merecia, ele revelou a base justa sobre a qual
Ele era capaz de perdoar e aceitar pecadores crentes nos tempos do AT, (como de
fato ele fazia, Sl 130) não menos que na era cristã.
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7. CONCLUSÃO
Deus é o autor da justificação. O homem não tem participação na sua
justificação, salvo para recebê-la através da fé que é aplicada pelo Espírito Santo. A
Escritura declara: “É Deus que justifica” (Rm 8.33). E, outra vez lemos: “Sendo
justificados livremente pela Sua graça por meio da redenção que está em Cristo
Jesus” (Rm. 3.24).
A justificação é aquele ato de Deus instantâneo, eterno, gracioso, livre e judicial,
pelo qual, devido ao mérito do sangue e da justiça de Cristo, um pecador
arrependido é livre da penalidade da Lei, restaurado ao favor de Deus e considerado
como possuindo a justiça imputada de Jesus Cristo, em virtude disso recebe a
adoção como um filho de Deus.
É por causa do FATO de justificação que os crentes podem ter a garantia de
salvação. É o FATO de justificação que permite Deus começar o processo de
santificação, o processo pelo qual Deus torna realidade em nossas vidas a posição
que já ocupamos em Cristo, mais que vencedores (Rm. 8.37).
Porque tudo provém de Deus, tudo é feito por Deus e tudo é consumado por Deus
para que ele mesmo receba toda a glória, agora e eternamente, Amém!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=884
https://blogaultimatrombeta.wordpress.com/2015/04/01/o-que-e-perdao-justificacao-
santificacao-e-glorificacao/
http://www.opregadorfiel.com.br/2009/11/a-importancia-de-ser-filho-de-deus.html
http://hernandesdiaslopes.com.br/2011/10/justificacao-pela-fe-ato-exclusivo-de-
deus/#.Vhv7inpViko
http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/justificacao-o-ponto-de-
partida-da-reforma/
Teologia Sistemática de Louis Berkhof
Teologia Sistemática de Wayne Grudem
O Novo Dicionário da Bíblia – J. D. Douglas – Justificação – páginas 746-749
Bíblia Sagrada
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