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  DIREITO PROCESSUAL CIVIL III REGENTE: Senhor Professor Doutor Rui Pinto ASSISTENTES: Drs Ana Alves Leal, Cláudia Trindade e Diogo Castanheira Pereira  RESOLUÇÃO CASO PRÁTICO FINAL Dezembro de 2011 Ana Catarina Ribeiro ± Nº 17965 Marta Jesus Santos ± Nº 17449 Rita Lacerda Neto ± Nº 18379 Susana Lóres Marum ± Nº 18426 Vanessa Gonçalves Valente ± Nº 1 8443 Ano lectivo 2011/2012

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III

REGENTE: Senhor Professor Doutor Rui Pinto

ASSISTENTES: Drs Ana Alves Leal, Cláudia Trindade e Diogo Castanheira Pereira 

RESOLUÇÃO

CASO PRÁTICO FINAL

Dezembro de 2011

Ana Catarina Ribeiro ± Nº 17965

Marta Jesus Santos ± Nº 17449

Rita Lacerda Neto ± Nº 18379

Susana Lóres Marum ± Nº 18426

Vanessa Gonçalves Valente ± Nº 18443

Ano lectivo 

2011/2012

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1

y  Fase Introdutória.

  Antes de responder directamente às questões propostas, começámos por analisar,

brevemente a admissibilidade dos títulos invocados na Execução 1 e na Execução 2.

Quanto à execução 1, o contrato em causa é um contrato de fornecimento de bens

móveis (alimentares, neste caso) ± que se caracteriza, no essencial, pelo facto de uma das

partes, o vendedor (Cristiana Ferreira), se obrigar a entregar à contraparte, o comprador 

(Alberto Silva e Bárbara Silva) certas quantidades de uma coisa móvel contra retribuição,

sendo as obrigações que dele decorrem de carácter duradouro, e as prestações em que estas

se traduzem reiteradas, periódicas, ou com trato sucessivo. É de qualificar como de compra e

venda comercial - face ao disposto nos artigos 463º e 469º do C .Comercial. Na celebração de

tal contrato vigora, o princípio da consensualidade ou da liberdade de forma contemplado no

artigo 219º do C.Civil.

No caso em apreço, o título invocado pela credora foi um contrato de fornecimento

autenticado pelo notário (a 2 de Janeiro de 2010). Assim sendo, de acordo com o artigo 46º nº1

b) do CPC, este documento tem força executiva (exequibilidade extrínseca). Quanto à

intrínseca, tendo por base o artigo 802º CPC, são exigidos três requisitos:

- Certeza: obrigação pecuniária em moeda com curso legal (100.000¼) ± pagamento de

quantia certa;

- Exigibilidade: como estamos perante um contrato atípico com prestações periódicas, a

obrigação de pagamento do preço torna-se exigível aquando do cumprimento dacontraprestação respectiva. Assim, em relação ao período compreendido entre Abril de 2010 e

Janeiro de 2011 Cristiana já tinha efectuado a entrega da carne pedida, pelo que já poderia

exigir o pagamento da obrigação devida, os 100.000¼. No entanto, cabia-lhe sempre provar 

documentalmente a entrega da carne pedida (artigo 804º/1 CPC), pelo que, a falta de prova

implica a inexigibilidade da obrigação.

- Liquidez: A entrega da carne com preço fixo levou à liquidez da obrigação no valor de

100.000¼ referente ao período compreendido entre Abril 2010 e Janeiro 2011.

Posto isto, temos título executivo válido em relação à execução 1.

No concerne à execução 2, Cristiana invoca um cheque como título executivo. A sua

admissibilidade como título executivo tem vindo a ser discutida na doutrina, sendo que a

doutrina maioritária afirma claramente a sua admissão, isto é, o cheque é sempre um

reconhecimento implícito de uma dívida de acordo com o artigo 46º/1 c) do CPC. Posição

minoritária, defendida, nomeadamente, pelo Prof. Dr. Rui Pinto, vai no sentido da não

admissibilidade do cheque como título executivo considerando que este não passa de uma

mera ordem de pagamento ao banco, não cabendo na previsão do artigo 46º/1 c) do CPC. Esta

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última parece-nos ser a posição mais correcta não só pelo argumento literal atrás exposto mas

também pela ratio do preceito em questão: não parece ter sido a intenção do legislador abranger o cheque como título executivo. Não obstante esta posição, tomaremos em linha de

conta a posição maioritária, que considera o cheque como título executivo. Cabe-nos, então,

analisar os pressupostos da exequibilidade intrínseca previstos no artigo 802º do CPC:

- Certeza: obrigação pecuniária em moeda com curso legal (10.000¼) ± pagamento de

quantia certa;

- Exigibilidade: o cheque foi passado a 11 de Junho de 2010, sendo que Cristiana podia levá-

lo a pagamento no prazo de 8 dias (Artigo 29º Lei Uniforme Cheque). Findo este prazo o

cheque não prescreve, sendo que a única consequência que daí advém é a possibilidade de

revogação por parte de Alberto. Passados seis meses a contar dos oito dias, aí sim, o cheque

prescreve. No caso em apreço, Cristiana só levou o cheque a pagamento a 2 de Fevereiro de

2011, querendo isto dizer que passaram 6 meses e 24 dias, ou seja, o cheque prescreveu.

Coloca-se, então, a questão de saber se este pode ou não continuar a valer como título

executivo: a doutrina maioritária defende que o cheque prescrito continua a valer como título,

mas já não como título cambiário e sim como reconhecimento particular da dívida (ainda ao

abrigo do artigo 46º/1 c) do CPC). Para que isto aconteça devem ser respeitados os seguintes

pressupostos:

- Formal: Cheque pode valer como título executivo desde que satisfaça os requisitos

previstos no artigo 46º/1 c) do CPC;

- Material objectivo: título de crédito tem que mencionar a causa jurídica subjacente à

obrigação de pagamento;

- Obrigação/negócio em causa não pode ser solene;

- Reconhecimento de dívida só vale nas relações imediatas entre sacador e

beneficiário, ou seja, entre Alberto Silva e Cristiana Ferreira, respectivamente.

- Liquidez: a obrigação encontra-se líquida, em face do título executivo, no valor de 10.000¼.

Deste modo, temos título executivo em relação à execução 2.

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y  Questão 1.

Cristiana Ferreira instaura uma acção executiva com dois pedidos cumulados para

pagamento de quantia certa. Estamos então perante uma cumulação inicial de execuções

permitida à luz do artigo 53º do CPC. Para que possa ser admitida tal cumulação é necessário

que esteja verificado o disposto no artigo 53º/1 do CPC, o que no caso se verifica, uma vez que

a credora, Cristiana, cumula duas execuções contra três credores litisconsortes (sendo que

  Alberto e Bárbara encontram-se em litisconsórcio, contando apenas como uma parte no

processo; esta mesma parte encontra-se em litisconsórcio voluntário com David Silva). Quanto

aos restantes requisitos expressos nas alíneas do artigo 53º do CPC não há qualquer 

impedimento, e, uma vez estando perante duas execuções que se baseiam em títuloextrajudicial, remete o artigo 53º/4 do CPC para o disposto no artigo 87º/2 e 3 do CPC para

avaliar a competência territorial. Tendo em conta que estes dois pedidos não se encontram em

relação de dependência ou subsidiariedade, é de afastar a aplicação do artigo 87º/3 do CPC ao

caso em apreço. Assim, vale a regra do artigo 87º/2 1ª parte do CPC que nos diz que ³se o

autor cumular pedidos para cuja apreciação sejam territorialmente competentes diversos

tribunais, pode escolher qualquer deles para a propositura da acção´.

Cabe-nos então analisar qual o tribunal competente para a apreciação de cada pedido

isoladamente. Relativamente à acção 1 vale a regra geral prevista no artigo 94º/1 1ª parte do

CPC (uma vez que não se aplica a excepção da 2ª parte) o tribunal para a propositura da

acção é o do domicílio do executado. Neste caso temos vários executados com domicílios

diferentes: Alberto e Bárbara residentes em Maia e David residente em Leiria ± pluralidade de

réus. Assim, vale a regra geral do artigo 87º/1 2ª parte do CPC ± Cristiana pode escolher 

propor a acção em Maia ou em Leiria. O mesmo procedimento se passa na acção 2, podendo

também esta escolher entre propor a acção em Maia ou em Leiria.

Posto isto, e voltando então ao artigo 87º/2 do CPC, sendo competentes diversos

tribunais (Maia e Leiria) para a apreciação dos pedidos poderia Cristiana escolher qual destes

locais queria propor a acção. Assim sendo, esta não poderia propor a acção no tribunal judicial

da comarca de Vila Nova de Gaia.

. Caso os cônjuges (Alberto e Bárbara), contem como duas partes distintas, o tribunalcompetente é apenas o da Maia, não havendo qualquer discricionariedade de escolha por 

parte do exequente (Cristiana).

Sendo o tribunal de Vila Nova de Gaia incompetente em razão do território estamos

perante uma incompetência relativa de conhecimento oficioso (artigos 108º e 110º/1 a) última

parte do CPC) e o processo deveria ser remetido para o tribunal competente (artigo 111º/3 1ª

parte do CPC).

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y  Questão 2.

 Aquando da entrega do requerimento executivo a exequente, Cristiana Ferreira, terá de

pagar a taxa de justiça. Sendo que esta deve anexar o comprovativo do pagamento (artigo

810º/6 d) do CPC), pelo que na sua ausência deve o agente de execução recusar o

requerimento ± artigo 811º/1 b) do CPC. No caso em apreço não temos dados suficientes para

saber se Cristiana procedeu ou não ao pagamento, pelo que se presume que este aconteceu.

 Assim, não havendo nenhum outro motivo de recusa do requerimento pelo agente de

execução (artigo 811º do CPC), e tendo este sido designado pela exequente no requerimento

executivo, passará à análise do processo. Na hipótese de não ter sido nomeado, esta

designação é realizada pela secretaria tendo em conta a lista fornecida pela Câmara dosSolicitadores ± artigo 811ºA do CPC.

  A regra geral é de que não há despacho liminar (artigo 234º/1 do CPC), ou seja, o

processo não é remetido para o juiz. Apenas nos casos previstos no artigo 812ºD do CPC há

lugar a despacho liminar, cabendo-nos então analisar se o nosso caso cabe numa destas

alíneas: como fui dito supra(1), o tribunal de Vila de Gaia era incompetente para a apreciação

desta execução, assim, nos termos do artigo 812ºD f) do CPC, que remete para o artigo

812ºE/1 b) do CPC, neste caso, este poderia o processo para despacho liminar ± já que,

apesar de a incompetência relativa ser uma excepção suprível, fugindo assim à literalidade do

preceito, o professor Rui Pinto entende que se pode incluir, por analogia, e até mesmo por 

maioria de razão, os casos de excepções supríveis de conhecimento oficioso. Assim, caso seja

remetido para o juiz, este analisará o processo e proferirá despacho liminar (que pode ser de

deferimento, indeferimento, total ou parcial, ou de aperfeiçoamento) ± artigos 809º/1 a) e 812ºE

do CPC. Na hipótese de existir despacho de aperfeiçoamento o processo é remetido para o

exequente, o qual deve suprir as irregularidades ± artigo 812ºE/3 do CPC; havendo despacho

liminar haverá sempre citação prévia feita pelo agente de execução, sem necessidade de

despacho do juiz nos casos previstos nas alíneas do artigo 812ºF/2 do CPC. Pelo que o nosso

caso não se enquadra em nenhuma destas circunstâncias, sendo que haverá citação prévia

por despacho do juiz (pressupondo, naturalmente, que não houve indeferimento total da

execução). Pelo contrário, se o agente de execução não remeteu o processo para despacholiminar, uma vez que não estamos perante nenhuma das execuções previstas no artigo 812ºC

do CPC ± caso em que haveria dispensa de citação prévia ± vale a regra geral (artigo 812º F/1

do CPC) de que há citação prévia feita pelo agente de execução. Posto isto, e não tendo

conhecimento do procedimento adoptado pelo agente de execução pressupomos que não

houve remessa para o juiz, pelo que haverá citação prévia.

(1) Pagina 3 Questão 1

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y  Questão 3.

Documento em Anexo I 

y  Questão 4.

Documento em Anexo II

y  Questão 5.

 A oposição à execução é o modo pelo qual o executado, David Silva, exerce o seu

direito de defesa ou de contradição perante o pedido da exequente, Cristiana Ferreira (artigos

813º e seguintes do CPC). É ainda de salientar, que o direito de defesa corporiza-se numa

petição inicial do executado. Esta defesa não integra o procedimento de execução, sendo

autónoma. Corre como acção declarativa, seguindo o processo sumário, previsto nos artigos

783º e seguintes do CPC. Esta afirmação é confirmada pelo artigo 817º/2 do CPC.

Para exercer este direito, David Silva dispõe de 20 dias, a contar da data da citação, segundo o

artigo 813º/1 do CPC. Caso este prazo seja violado, e a oposição à execução seja deduzidafora de tempo, isso tem como consequência o indeferimento liminar da mesma (artigo 817º/1 a)

do CPC). No caso em análise, não temos dados suficientes para saber se David respeitou o

prazo exigido por lei, sendo que se presume que o mesmo foi respeitado.

Sendo título executivo extrajudicial é de aplicar o artigo 816º do CPC que nos remete

para os fundamentos de oposição à execução previstos no artigo 814º/1 do CPC e quaisquer 

outros que possam ser invocados no processo declarativo (já que o executado não teve

ocasião de, em acção declarativa, deduzir oposição).

Quanto ao primeiro fundamento: David alega falta de legitimidade singular na execução

1. Assim, apelando-se à literalidade do título executivo, neste caso o contrato de fornecimento

anual, o executado não figura como devedor. Posto isto, de acordo com o artigo 55º/1 do CPC

(regra geral), Cristiana Ferreira não podia ter intentado a acção contra David Silva. O caso

também não se enquadra nos desvios à regra geral, presentes no artigo 56º do CPC, visto que,

não estamos perante um caso de sucessão no direito ou na obrigação, nem num caso de

execução por dívida provida de garantia real.

Desta forma a fundamento invocado por David Silva é procedente, pelo que a

execução se extingue relativamente a este ± artigo 817º/4 CPC.

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Quanto ao segundo fundamento: David tornou-se fiador da dívida de Alberto resultante

dos danos causados na viatura pelo acidente. De acordo com o artigo 627º/1 C.Civil o fiador éum devedor, já que fica pessoalmente obrigado perante o credor. Assim, este é parte legítima

na acção 2 ± vale a regra geral do artigo 55º/1 do CPC. Mas o ³devedor fiador´ tem direito ao

benefício da excussão prévia (artigo 638º/1 do C.Civil), isto é, é-lhe lícito opor-se à penhora dos

seus bens enquanto não forem esgotados todos os bens do património do devedor (artigo

828º/1 1ª parte do CPC). Sendo que também relativamente a este fundamento a oposição de

David é procedente, tendo como consequência a extinção da execução relativamente a este

(artigo 817º/4 do CPC).

Não obstante, David poderia sempre alegar a sua ilegitimidade nesta execução, uma

vez que, como fui dito supra(2), o cheque já tinha prescrito e este só valerá como

reconhecimento particular da dívida no âmbito da relação mediata entre o Alberto e Cristiana.

Tanto a ilegitimidade deste na acção 1 e na acção 2 são de conhecimento oficioso,

mesmo que o processo não tenha sido remetido para despacho liminar, a todo o tempo, pelo

 juiz de execução nos termos do disposto no artigo 820º/1 do CPC, visto que estamos perante

uma excepção dilatória ± artigo 812ºE nº1 b) do CPC.

y  Questão 6.

Quanto à penhorabilidade dos bens do devedor, a regra geral é que podem responder 

pela dívida exequenda todos os seus bens (artigo 821º/1 do CPC). Mas sempre tendo em

conta o estritamente necessário para o pagamento da dívida em causa e das despesas

previsíveis da execução ± princípio da proporcionalidade (artigo 821º/3 do CPC). Neste caso,

não estamos perante nenhuns bens absoluta ou relativamente impenhoráveis (artigos 822º e

823º do CPC, respectivamente) ± sendo que todos são objectos passíveis de penhora.

Relativamente à penhora do recheio da casa do casal, há que salvaguardar a

impenhorabilidade dos bens imprescindíveis a qualquer economia doméstica (artigo 822º f) do

CPC) que, no entanto, tem sido interpretada de forma bastante restritiva pela jurisprudência

nacional, considerando esta, no limite, quase todos os bens possíveis de penhora.

O agente de execução tem, à partida, discricionariedade para penhorar os bensnecessários à satisfação da dívida, salvo quanto àqueles enunciados nas categorias referidas

nas alíneas a) a d) do artigo 834º/1 do CPC as quais devem ser penhoradas em primeiro lugar 

e respeitando a ordem enunciada. Assim, tendo em conta a alínea b) do artigo 834º/1 do CPC

(já que não temos dados sobre bens integrantes na categoria da alínea a)), deveria ser 

penhorado em primeiro lugar o vencimento de David Silva.

(2) Pagina 1 e 2

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Tendo em conta que este participava na execução na qualidade de fiador, é-lhe lícito

opor-se à penhora dos seus bens enquanto não forem esgotados todos os bens do patrimóniodo devedor (artigo 828º/1 1ª parte do CPC). Assim, em derrogação do artigo 834º/1 b) do CPC,

o seu vencimento deveria ser penhorado em último lugar.

Não obstante, há que ter em conta o que foi dito supra (3), assim, uma vez que David

não é parte legítima em nenhuma das acções, o seu vencimento nunca poderia ser penhorado.

Continuando então a ordem prevista no artigo 834º do CPC, o próximo bem objecto de

penhora seria o recheio da casa do casal ± alínea e). No entanto estamos perante uma dívida

de 110.000¼ pelo que, em princípio, o recheio da casa do casal não será suficiente para

satisfação do crédito. Assim, permite-nos o nº2 que sejam penhorados bens imóveis ou

estabelecimento comercial. No caso em apreço, parece-nos mais adequado penhorar em

primeiro lugar a quota de Alberto relativa ao terreno em Óbidos, e, caso esta não satisfaça o

crédito na integralidade, o estabelecimento comercial (que inclui o direito ao arrendamento ±

artigo 862ºA nº1 do CPC ± sendo que a penhora do estabelecimento não obsta ao seu normal

funcionamento nº2 do artigo 862ºA do CPC), e por último a casa de morada da família, já que

esta, pela natureza e importância que detém na vida familiar, deve ser preservada.

No que toca ao terreno sito em Óbitos, não obstante nos ser dito que este é de Alberto,

resta salientar que o mesmo está casado no regime da comunhão geral de bens, sendo que o

bem é comum a ambos (Alberto e Bárbara) ± artigo 1732º C.Civil ± uma vez que não se

encontra excepcionado pela regra do artigo 1733º C.Civil.

y  Questão 7.

Uma vez que estamos perante um bem imóvel (um terreno sito em Óbitos), a penhora

segue a tramitação prevista nos artigos 838º a 847º do CPC. Assim, o artigo 838º/1 do CPC

consagra um sistema de dois em um: a penhora de imóveis efectiva-se por ³comunicação

electrónica do agente de execução ao serviço de registo competente, a qual vale como pedido

de registo, ou com a apresentação naquele serviço de declaração por ele subscrita´. O registo

predial é constitutivo da penhora, pois a inscrição registral é elemento integrante da previsãoda norma da qual a efectivação da penhora é a estatuição. Posteriormente o agente de

execução procede ao disposto no nº3 do artigo 838º do CPC, sendo que, se o registo da

penhora tiver que ser provisório observa-se o disposto no nº4 do respectivo artigo (sendo que

neste caso há que ter em linha de conta o artigo 119º do Código Registo Predial).

(3) Pagina 5 e 6 Questão 5

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O agente de execução deverá designar um depositário judicial dos bens imóveis, seguindo-se

o regime do artigo 839º do CPC, sendo que o depositário tem o dever de administrar os benscom a diligência e zelo de um bom pai de família (artigo 843º do CPC). Por  último, deve o

depositário tomar posse efectiva do imóvel nos termos do artigo 840º do CPC.

Quanto à pretensão de Efigénia Rocha (comproprietária do terreno sito em Óbitos) a

venda executiva só poderia incidir sobre a sua quota preenchidos os pressupostos previstos no

artigo 862º do CPC, sendo que o nº4 permite expressamente a venda da totalidade do bem, do

terreno. Para que tal ocorresse Efigénia teria de ser notificada (artigo 862º/2 do CPC) e o bem

em causa não poderia estar sujeito a registo (artigo 862º/1 do CPC). Assim, faltando pelo

menos este último pressuposto (pois não temos dados suficientes para saber se houve ou não

notificação), uma vez que o direito de propriedade está sujeito a registo, Efigénia não poderia

intervir nesta venda executiva com a finalidade de alienar também a sua parte. Esta solução vai

de encontro com aquilo que é o modo de funcionamento do processo executivo (ou mesmo

declarativo) ± salvo situações excepcionais (artigo 56º do CPC) só podem intervir no processo

a pessoa que constar do título executivo ± artigo 55º/1 do CPC.

y  Questão 8.

De acordo com o artigo 824º/1 a) do CPC a contrario o salário, ainda que penhorável,

é-o apenas parcialmente já que só pode ser penhorado 1/3 do mesmo. Assim, no caso em

apreço, dos 4000¼ líquidos mensais auferidos por David, apenas poderiam ser penhoradosaproximadamente 1333¼. Contudo, segundo a regra do nº2 do respectivo artigo 824º do CPC

os 2/3 impenhoráveis estão sujeitos a um limite máximo de 1455¼ (equivalentes a três salários

mínimos nacionais) e a um limite mínimo de 485¼. No nosso caso os 2/3 impenhoráveis

equivalem a um valor de 2667¼ (aproximadamente), o que viola o limite máximo imperativo de

1455¼. Posto isto, para além dos 1333¼, ainda poderiam ser penhorados mais 1212¼ (2667¼ -

1455¼) ± perfazendo um total de 2545¼ penhoráveis. Assim, quanto à questão de saber se

podem ser penhorados 2/3 do salário de David responde-se negativamente, uma vez que o

valor penhorável não chega a dois terços do seu salário (2667¼), sendo que a penhora pode

ser substituída pelo valor legalmente permitido. Verificando-se tal substituição, a penhora

salário segue a tramitação prevista no artigo 861º do CPC: notificação ao empregador para que

desconte o crédito penhorado (nº1); Sendo que as quantias depositadas ficam à ordem do

agente de execução até ao trânsito em julgado da decisão (nº2), e, por  último, procede-se à

entrega efectiva das quantias depositadas ao exequente (nº3).

Não obstante todo este processo relembra-se a falta de legitimidade (4) passiva por 

parte de David em ambas as execuções, pelo este salário nunca poderia ser penhorado.

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y  Questão 9.

No que toca a esta questão, é desde já de demonstrar que a Faculdade de Direito da

Universidade do Porto pretende defender a sua propriedade em relação aos dois livros que

foram penhorados. Tal defesa pode ser exercida, uma vez que só podem ser sujeitos à

penhora bens do executado e como sabemos a Faculdade não se enquadra nesta realidade.

Pelo contrário, estamos a penhorar bens de terceiro relativamente à execução, o que não é de

todo permitido.

Perante tal conjuntura, a Faculdade pode então deduzir embargos de terceiro, estando

tal meio de defesa previsto nos artigos 351º e seguintes do CPC. Todavia, a embargante terá

de alegar e provar que é titular do direito em análise, pois se não o fizer perderá a acção,

apesar de ter conservado ab initio legitimidade processual activa. Para além disso, terá ainda

de evidenciar que a penhora na sua realização abrangeu igualmente o seu direito. Com o

seguimento da mesma, o que ocorre é uma incompatibilidade entre o exercício de propriedade

da Faculdade e os próprios efeitos da penhora: não é possível que esta entidade mantenha a

plena afectação dos bens jurídicos nos termos do seu direito e ao mesmo tempo se prossiga

com a respectiva apreensão executiva. A incompatibilidade aqui em análise traduz-se para o

Professor Doutor Rui Pinto, como uma qualidade do próprio direito ofendido. Partindo da lei,

trata-se de um direito que seja ilícito opor à execução ou procedimento de apreensão (artigo

831º, nº1 do CPC, in fine) por razões de direito substantivo.

Para que este meio de defesa possa cumprir devidamente a sua função, a Faculdadetem um prazo de trinta dias para colocar a acção, deduzindo então a sua pretensão numa

petição inicial (artigo 353º, nº2 do CPC). Recebida esta peça processual, os embargos serão

processados por apenso à causa em que haja sido ordenado o acto ofensivo do direito do

embargante. Após o despacho de recebimento dos embargos, o processo de execução ficará

suspenso quanto aos dois livros a que os embargos dizem respeito, de acordo com o artigo

356º do CPC. Simultaneamente o juiz ordenará a restituição provisória da posse ao

embargante, se este a tiver requerido. No caso, tal requisição fará todo o sentido, pois os livros

são considerados um importante suporte de instrução e de métodos para o ensino, servindo

como orientação para as actividades de produção e reprodução de conhecimento. A Faculdade

pretende assim que os embargos sejam julgados procedentes. Se tal intuito for realizado,

mesmo que a penhora já tenha sido efectuada, a verdade é que se procede ao seu

levantamento.

Para concluir, a própria Faculdade em alternativa a este meio específico de reacção

contra a penhora por parte de terceiros, baseando-se na impenhorabilidade subjectiva dos

bens destes, pode ainda propor uma acção de reivindicação, visto que se trata de um meio

totalmente autónomo relativamente ao processo executivo. Segundo o artigo 909º, nº1, alínea

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d) do CPC, esta acção pode levar a todo o tempo à anulação da venda dos livros, se tal vier a

suceder.

(A peça processual do embargo de terceiros segue em Anexo III)

y  Questão 10.

Créditos reclamados:

- Por Geraldo Góis, empregado do talho, 3.000¼ de salários em atraso com privilégio creditório

- Por Heitor Henriques, credor de Alberto Silva e Bárbara Silva, 80.000¼ de hipoteca sobre oimóvel

- Por Cristiana Ferreira, credora de Alberto Silva e Bárbara Silva, no montante de 100.000,00¼

de contrato de fornecimento de carne

  A satisfação do crédito do exequente pode ser feita pela entrega de dinheiro, pela

adjudicação de bens penhorados, pela consignação dos seus rendimentos ou pelo produto da

respectiva venda, segundo o artigo 872º/1 do CPC. Admite-se ainda o pagamento em

prestações da divida exequenda nos termos do nº 2 do mesmo artigo. Os créditos reclamados

podem ser satisfeitos pela entrega de dinheiro, já a consignação de rendimentos e o

pagamento em prestações dispensam a venda executiva dos bens penhorados, ou seja, são

obtidos sem a alienação desses bens.

 A graduação dos créditos é determinada por três factores: a oponibilidade à penhora,

segundo o artigo 819º do C.Civil; a relação de prevalência com a penhora segundo a regra do

artigo 822º do C.Civil e as normas substantivas que ditam as relações de prevalência entre as

garantias reais nos termos do artigo 686º do C.Civil.

  A primeira regra dita que quaisquer garantias reais posteriores à penhora são

ineficazes, não devendo ser reconhecidas as garantias voluntariamente constituídas antes da

penhora. No entanto, deverão ser reconhecidas e graduadas as garantias constituídas após a

penhora ex lege ou judicialmente.

 A segunda regra dita que a penhora não prevalece sobre uma garantia real anterior.

Esta apenas pode prevalecer sobre garantias reais posteriores.

Relativamente ao caso concreto, verifica-se a existência de uma hipoteca sobre o

imóvel de Alberto Silva e Bárbara Silva, a favor de Heitor Henriques, constituída a 22 de Março

de 2008 em garantia de um crédito de 80.000¼ ainda não vencido. Tendo em conta que a

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penhora em causa foi executada a 12 de Julho de 2011, conclui-se pela prevalência da

garantia.Prevê-se ainda a existência de privilégios creditórios. Estes concedem a certos

credores, independentemente do registo, o direito de serem pagos com preferência a outros

nos termos do artigo 733º do C.Civil. O privilégio creditório abrange o crédito respectivo e os

 juros relativos aos últimos dois anos, se forem devidos ± 734º do C.Civil.

Os privilégios creditórios são consoante o tipo de objecto respectivo, mobiliários e

imobiliários e consoante a extensão concreta, gerais, se abrangerem o valor de todos os bens

móveis existentes no património do devedor à data da penhora ou de acto equivalente e

especiais, quando compreendem só o valor de determinados bens móveis ou imóveis.

Tendo em conta que Geraldo Góis detinha um privilégio creditório sobre o talho de

 Alberto Silva e Bárbara Silva em função do não cumprimento de 3.000¼ relativos a salários em

atraso, constata-se que o mesmo se trata de um privilégio imobiliário especial, enquanto crédito

emergente do contrato de trabalho e da sua violação, pertencente ao trabalhador, sobre o bem

imóvel do empregador no qual o trabalhador presta a sua actividade.

 A hipoteca confere ao credor o direito de ser pago pelo valor de certas coisas imóveis

com preferência sobre os demais credores que não gozem de privilégio especial ou de

prioridade de registo nos termos do artigo 686.º do C.Civil.

Tendo em conta o que foi exposto, conclui-se que a garantia real detida por Heitor 

Henriques apenas prevalecerá sobre o direito de crédito de Cristiana Ferreira ao pagamento da

quantia em falta, enquanto que relativamente ao privilégio creditório de Geraldo Góis o mesmo

não acontecerá, uma vez que o crédito deste deverá ser o primeiro a ser satisfeito.

Por fim é essencial referir a prioridade do pagamento das taxas de justiça, dos

honorários do agente de execução e das despesas inerentes a todo o processo em curso que

na graduação de créditos devem ocupar um lugar de primazia face a todos os restantes.

Do disposto resulta o seguinte quanto à graduação das garantias que incidem

sobre bens imóveis:

-Taxa de justiça

- Honorários do agente de execução e despesas inerentes ao processo- Privilégio creditório imobiliário especial

- Hipoteca

- Crédito do contrato de fornecimento

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y  Questão 11.

Para calcular o valor que o agente de execução tem direito a receber a título de

honorários há que recorrer ao definido na Portaria nº331 B / 2009 de 30 de Março.

Estipula o artigo 11º/1 da respectiva portaria que o agente de execução tem direito a

receber honorários pelos serviços prestados e a ser reembolsado das despesas que realize,

podendo livremente fixar as tarifas e as percentagens que praticar, mas estará sempre sujeito

ao cumprimento das percentagens máximas estabelecidas no anexo I e II da Portaria (artigo

11º/2). É-lhe devida uma remuneração adicional que varia em função do valor recuperado ou

garantido ou da fase processual ou em que o montante foi recuperado ou garantido (artigo 20º).

 Assim, para o cálculo da remuneração do agente de execução, cabe-nos recorrer ao

anexo II, que estabelece os valores em unidades de conta (UC ± sendo que cada UC equivale

a 102 ¼, aproximadamente). Neste caso, o valor de 75.000 ¼, resultante da venda do imóvel,

equivale a 735 UC¶s:

1 UC 102 ¼

X 75.000 ¼

X = 75.000 x 1 / 102 = 735 UC¶s (aproximadamente)

 Aplicando a tabela prevista no anexo II (nº1), de acordo com o disposto no nº2, este

valor terá de ser divido em duas partes:

- Até 520 UC¶s aplica-se a taxa média (B) de 0,942 que dá um resultado de 4,8984 UC¶s;

- No valor excedente, 215, (735 ± 520) aplica-se a taxa normal (A) de 0,50, que dá um

resultado de 1,075 UC¶s.

Sendo que a soma destes valores dá um total de 5,9734 UC¶s

Tendo em conta o estabelecido no nº3 b) (Anexo II) aplica-se a taxa de 25% (como não temos

dados entende-se que houve recuperação ou garantia do valor recuperado antes da

adjudicação dos bens penhorados, da consignação judicial de rendimentos ou da publicidade

da venda de bens):

- 5,9734 UC¶s x 0,25 = 1,49335 UC¶s

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Posto isto, o agente de execução teria a receber um valor equivalente a 7,46675 UC¶s (5,9734

+ 1,49335). Em euros este valor dá um resultado de 760,60 ¼ (aproximadamente):

1 UC 102 ¼

7,46675 UC¶s X

X = 7,46675 UC¶s x 102 / 1 UC¶s = 760.60 ¼ (aproximadamente)