trabalho individual, 2015
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GESTÃO INDUSTRIALtrabalho individual sobre a contabilidade e o mercado financeiro para a gestão industrialTRANSCRIPT
Janaúba2015
FABÍULA DE JESUS SANTOS
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS
GESTÃO INDUSTRIAL
Janaúba2015
GESTÃO INDUSTRIAL
Trabalho de Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Contabilidade de Custos e Industrial, Estrutura das Demonstrações, Gestão de Custos, Mercado Financeiro e de Capitais e Seminário Interdisciplinar V.
Orientadores: Prof. Alcides José da C. Filho, Prof.ª Alessandra P. de Oliveira,Prof. Fábio Rogério Proença,Prof. Marcelo Caldeira Viegas,Prof. Regis Garcia eProf. Valdeci da S. Araújo.
FABÍULA DE JESUS SANTOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 A CONTABILIDADE NA ATUALIDADE E A INDÚSTRIA.......................................4
2.1 SETOR INDUSTRIAL NA ATUALIDADE...............................................................4
2.1.1 A Contabilidade Como Ferramenta de Geração de Valor Para as Indústrias.....5
2.1.2 Demonstrativos Contábeis Obrigatórios..............................................................6
2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAIS.....................................................8
2.2.1 Principais Terminologias Utilizadas na Contabilidade de Custos e Industrial.....8
2.2.2 Preço de Venda.................................................................................................10
2.2.3 Formação do Preço de Venda com Base nos Custos.......................................10
2.2.4 Formação do Preço de Venda com Base no
Mercado......................................11
2.3 O MERCADO FINANCEIRO................................................................................12
2.3.1 Análise do Gestor Industrial Sobre a Atuação do Mercado Financeiro em seu
Negócio......................................................................................................................12
2.3.2 Aplicação dos Recursos Excedentes (Lucros) À Indústria................................13
2.3.3 Capital De Terceiros..........................................................................................14
2.4 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA INDÚSTRIA...........................14
2.4.1 Análise Da Margem De Contribuição E Ponto De Equilíbrio Na
Contabilidade..............................................................................................................14
2.4.2 A Gestão De Custos, Quando Bem Aplicada, Pode Interferir Nas Decisões De
Preço, Rentabilidade Do Produto E Gerenciamento De Seu
Custo...........................15
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................17
REFERÊNCIAS..........................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, manter uma empresa competitiva no mercado, está
cada vez mais acirrado, pois contem muitas variáveis que torna isso possível.
Planejamento, controle, disciplina, conhecimento e a gestão de custos estão
diretamente ligados com o desenvolvimento bem sucedido de uma empresa, uma
indústria, ao qual será o tema abordado neste presente trabalho.
A gestão de custos é uma ferramenta indispensável para gerenciar
uma indústria, onde os gastos incorridos tanto na produção quanto nas áreas
administrativa e financeira, são controlados para manter seus produtos com
qualidade e com menor custo.
Será abordada a importância da contabilidade e do mercado
financeiro para a Gestão Industrial, focando nos pontos principais de como a gestão
de custos auxiliará o gestor a administrar seus negócios, tomando decisões
importantes através dos dados fornecidos pela contabilidade de custos.
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2 A CONTABILIDADE NA ATUALIDADE E A INDÚSTRIA
A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da
humanidade. Com o desenvolvimento das civilizações e a ascensão industrial, a
contabilidade passou a ter maior importância, devido ao surgimento das grandes
empresas comerciais e industriais. Com o avanço da tecnologia e a globalização, a
contabilidade se faz presente em todos os segmentos de qualquer organização, seja
ela industrial, comercial, prestadora de serviços.
Hoje a contabilidade é a peça fundamental para se obter resultados
na organização financeira, geração de renda, elaboração de procedimentos para
melhoria do relacionamento interpessoal na empresa, etc. Esta evolução advém da
própria necessidade do mercado em receber informações cada vez mais detalhadas
e hábeis para a tomada de decisões.
2.1 SETOR INDUSTRIAL NA ATUALIDADE
Após a Revolução Industrial, percebe-se que a Contabilidade de
custos teve seu desenvolvimento voltado à aplicação nas empresas industriais, no
entanto, na atualidade, nota-se também a utilização da Contabilidade de Custos em
empresas prestadoras de serviços e comerciais, pelas informações valiosas que
fornecem ao processo decisório.
As Indústrias têm buscado meios satisfatórios para gerenciar os
custos de produção de bens e serviços a ser ofertados no mercado, controlando
toda movimentação necessária para a execução de suas produções. O setor
industrial dar ênfase a Contabilidade de Custos que tem como objetivo demonstrar
todos os gastos incorridos na produção de bens e produtos industriais. Além da
contabilidade gerencial e financeira.
Diante da evolução dos mercados, das inovações trazidas pela
globalização e do advento da tecnologia, o controle e a gestão de custos, com vistas
à redução dos mesmos, tornou-se essencial para a sobrevivência das empresas.
Nesse contexto, a Contabilidade de custos, como área do conhecimento contábil, foi
assumindo papel relevante, avançando em relação à sua função inicial que era de
simplesmente mensurar o valor dos estoques e apurar os resultados, para uma
ferramenta importante no campo gerencial.
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2.1.1 A Contabilidade Como Ferramenta de Geração de Valor Para as Indústrias
A contabilidade gerencial mede e relata informações financeiras e
não financeiras que auxiliam os administradores a alcançar seus objetivos na
tomada de decisões. Os gestores usam essas informações para escolher, comunicar
e implementar estratégias, além de coordenar o projeto do produto, a produção e as
decisões de comercialização. Mostrasse-se, portanto, que a contabilidade gerencial
se baseia em demonstrativos internos. (NOGUEIRA, 2009).
Ressalta-se que:
Contabilidade Gerencial – Informação que cria valor – Sistemas contábeis gerenciais efetivos podem criar valor consideravelmente pelo fornecimento de informações acuradas e oportunas sobre as atividades necessárias para o sucesso das organizações de hoje. (ATKINSON et al., 1997 apud PADOVEZE, 1999).
Cada vez mais, o foco das missões empresariais está direcionado
para criação de valor, onde a contabilidade gerencial participa de forma
imprescindível.
Grande desafio é a utilização da contabilidade de uma forma
estratégica por meio de complementos qualitativos aos indicadores de análises
financeiras e econômicas dos demonstrativos contábeis. O modelo de análise de
desempenho econômico com foco na Geração de Valor tem como objetivo orientar
projeções, expectativas e, acima de tudo, mostrar um cenário abrangente para a
tomada de decisão.
É um método para averiguar se está sendo feito o melhor uso do
capital investido.
A criação de valor ou geração de riqueza nas organizações é uma
função da ciência econômica. Nas atividades produtivas, é definida como o conjunto
de atividades relativas à produção, distribuição e consumo de bens.
A contabilidade gerencial tem a função de dar suporte à geração de
valor nas empresas, avaliando, antecipando-se, interpretando e respondendo às
necessidades de informações para o aporte de recursos dos fatores de produção no
econômico de renda, fornecendo as informações através dos demonstrativos
contábeis.
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2.1.2 Demonstrativos Contábeis Obrigatórios
As demonstrações contábeis são os meios pelos quais as empresas
e as demais entidades informam à sociedade as condições de seu patrimônio. As
demonstrações contábeis representam a posição patrimonial e financeira, o
resultado econômico e o fluxo de caixa da empresa em determinada data. Seu
objetivo é fornecer informações úteis para uma ampla variedade de usuários na
tomada de decisões.
Todos os demonstrativos contábeis são importantes para que a
entidade possa suprir as informações exigidas pelo mercado no qual atua. Quanto
mais objetivas, claras e transparentes forem às informações divulgadas, maior será
a credibilidade do mercado e da sociedade de maneira geral atribuída às operações
da empresa.
Nem todas as demonstrações são obrigatórias perante a lei, onde
algumas são somente a um determinado tipo societário, vejamos:
Quadro 1 - Resumo das normas e práticas contábeis
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBRILREGRA GERAL
S/A. CAP ABERTO
PME’s NBCTG1000
ME e EPP ITG1000
Balanço Patrimonial Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Demonstração do Resultado do Exercício
Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Demonstração do Resultado Abrangente
Obrigatório ObrigatórioSubstituída pela DLPA
Facultativa
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
Substituída pela DMPL
Substituída pela DMPL
Substituída pela DMPL
Facultativa
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Obrigatório ObrigatórioSubstituída pela DLPA
Facultativa
Demonstração do Fluxo de Caixa Obrigatório Obrigatório Obrigatório Facultativa
Demonstração do Valor Adicionado Facultativa Obrigatório Facultativa Facultativa
Notas Explicativas Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
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I. Balanço Patrimonial (BP): É a demonstração contábil destinada a evidenciar,
qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial
e financeira da Entidade.
II. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): É uma demonstração
contabilística dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado
líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e
resultados, apurados segundo o princípio contábil do regime de competência.
III. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA): Evidencia as
alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados, no
Patrimônio Líquido. (Obs.: A Lei n.º 6.404/76 estabelece que a Companhia ao
elaborar a DMPL, está dispensada da elaboração da DLPA, uma vez que a
DLPA está inclusa na DMPL).
IV. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): É uma
demonstração mais completa e abrangente, já que evidencia a movimentação
de todas as contas do patrimônio líquido durante o exercício social, inclusive
a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro. (Obs.: A DMPL
não tem sua publicação obrigatória pela Lei 6.404/76. No entanto, com a
publicação da Resolução n.º 1.185/09, do CFC, ela passou a fazer parte do
conjunto de demonstrações de divulgação obrigatória.
V. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): Evidencia quais foram as saídas e
entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. A
DFC passou a ser de apresentação obrigatória para todas as sociedades de
capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois
milhões de reais).
VI. Demonstração do Valor Adicionado (DVA): É um Demonstrativo Contábil que
visa evidenciar de forma clara e objetiva os dados e as informações sobre o
valor da riqueza gerada pela empresa e a distribuição da mesma em
determinado período de tempo. (É obrigatória somente para companhias de
capital aberto).
VII. Notas Explicativas (NE): As Notas Explicativas são complementos às
demonstrações contábeis, quadros analíticos ou outras demonstrações
contábeis necessárias à plena avaliação da situação e da evolução
patrimonial da empresa. Visam o esclarecimento da situação patrimonial, de
determinada conta, saldo ou transação, ou de valores relativos aos resultados
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do exercício, ou para menção de fatos que podem alterar futuramente tal
situação patrimonial.
2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAIS
A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina
a produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma entidade, como
auxílio às funções de determinação de desempenho, e de planejamento e controle
das operações e de tomada de decisões, bem como tornar possível a alocação mais
criteriosamente possível dos custos de produção aos produtos.
A contabilidade de custos é fundamental para a sobrevivência da
empresa no mercado, onde impacta diretamente em seus lucros.
Segundo Vanderbeck e Nagy (2003, apud NOGUEIRA, 2009), “a
contabilidade de custos fornece os dados detalhados sobre custos que a gestão
precisa para controlar as operações atuais e planejar para o futuro”.
Tais informações permitem à gerência alocar os recursos de
maneira mais eficiente, através do direcionamento destes para as atividades mais
rentáveis e eficientes da entidade.
Conhecer os custos e suas atividades é condição básica para
gerenciar qualquer empresa, seja ela comercial, industrial ou uma prestação de
serviços, independentemente de seu porte, principalmente nos dias atuais, em que o
ambiente se altera constantemente.
É importante conhecer os custos porque atendem algumas
necessidades gerencias:
Informações sobre a rentabilidade e desempenho das empresas.
Auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das operações.
Informações específicas para as tomadas de decisões.
Existem vários termos que compõem a terminologia de custos, onde
muitas vezes são confundidos, tornando assim importante o entendimento.
2.2.1 Principais Terminologias Utilizadas na Contabilidade de Custos e Industrial
Gasto: é todo sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção
de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse, representado por entrega
ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
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Exemplos: Gasto com honorários da diretoria; gasto com compra de
matéria-prima; gasto com compra de equipamentos etc.
Custos: É todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação de
um serviço. Seja em empresas industriais, comercias ou prestadora de
serviços. Exemplos:
Indústrias: consumo de matéria-prima pela produção, mão de obra
utilizada pelo processo produtivo etc.
Comerciais: a própria aquisição das mercadorias.
Prestadora de serviços: a mão de obra utilizada na prestação de
serviços.
Despesas: Gasto com bens ou serviços utilizados nas áreas administrativa,
comercial e financeira, buscando obter receitas.
Exemplos: comissão de vendedores, aluguel do escritório da
administração, folha de pagamento do setor financeiro, impressos e materiais
de escritório das diretorias etc.
Perda: Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária.
Exemplos: perdas de incêndio, enchente, obsoletismo de estoque,
quebra de matéria-prima frágil, entre outros.
Investimento: É todo gasto pela aquisição de produtos ou serviços que trará
futuros benefícios á empresa, seja por um longo ou um curto período.
Exemplos: aquisição de matéria-prima, aquisição de equipamentos,
compra de ações.
Desembolso: pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
Representa a saída de dinheiro da empresa através do pagamento.
Exemplos: pagamento de matéria-prima, pagamento de parcela do
financiamento de equipamentos, pagamento de honorários da diretoria etc.
Desperdícios: são gastos que podem ser eliminados ou reduzidos sem
prejuízo da qualidade e quantidade da produção de bens, serviços ou
receitas.
Exemplo: sobra de matéria-prima na produção de uma indústria.
A contabilidade de custos está diretamente ligada com o
desenvolvimento da empresa, sua atuação no mercado e por consequente seus
lucros. Determinar o preço de venda dos produtos é fundamental.
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2.2.2 Preço de Venda
Estabelecer o preço de venda é um dos mais importantes momentos
nas decisões a serem implantadas na empresa. Esse fator pode representar o
sucesso, a rentabilidade, a competitividade, e consequentemente, sua permanência
no mercado.
Segundo Santos (1995) “pode-se afirmar que a fixação de preços de
venda dos produtos e serviços é uma questão que afeta diariamente a vida de uma
empresa, independentemente de seu tamanho, da natureza de seus produtos ou do
setor econômico de sua atuação”.
Inúmeros são os fatores que influenciam a determinação do preço
de venda, tais como, mercado, custos, concorrência, entre outros.
De acordo com Santos (2005 apud LAFFIN; RAUPP, 2014) “um
modelo de decisão de Preço de venda deve ter por finalidade primordial auxiliar o
decisor a encontrar a melhor alternativa de preço, dada uma situação decisória,
tanto na determinação de um preço especifico, como no estabelecimento de
políticas e estratégias de preços”.
Será apresentado dois fatores de decisão de preço de venda: com
base nos custos e com base no mercado.
2.2.3 Formação do Preço de Venda com Base nos Custos
É necessário classificar os custos para identificar os custos, e
gerenciar os gastos, onde determinará os meios de formação do preço.
Quanto à forma de distribuição e apropriação aos produtos têm-se
os custos diretos e indiretos:
Custos diretos – São aqueles que podem ser identificados e
quantificados nos produtos prontos ou serviços. Na maioria das indústrias compõem-
se de materiais e mão de obra.
Custos indiretos – São aqueles que necessitam de medição para
definir o critério de rateio, ou seja, não são perfeitamente identificados nos produtos
ou serviços. Compreendem os gastos aplicados indiretamente no produto.
Quanto às variações nos volumes de produção têm-se os Custos
Fixos e Variáveis:
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Custos fixos – São aqueles que independentemente do volume de
produção do período, esses custos não se alteram. Como exemplo o aluguel.
Custos variáveis – São aqueles que variam em função da
quantidade produzida, como ocorre, por exemplo, com a matéria-prima.
A partir do conhecimento de venda adequado baseado nos custos, a
organização define suas metas visando retorno financeiro almejado pelos acionistas.
Utilizando os métodos de custeio, pode se identificar qual o produto ou serviço que
traz maior retorno e menor custo. Esses métodos servem como ferramentas
auxiliares no processo de tomada de decisão, tanto de investimento ou aumento de
produtividade buscando adequação e fortalecimento no mercado. A adoção de qual
método aplicar varia de acordo com a necessidade da organização.
Dentre os métodos estão, o custeio por absorção, custeio direto,
custeio variável, custeio baseado em atividades etc.
2.2.4 Formação do Preço de Venda com Base no Mercado
“A teoria econômica indica que quem faz o preço de venda dos
produtos é o mercado, basicamente através da oferta e procura,fazendo as devidas
considerações para situações de monopólio, oligopólio, mercados cativos e
situações similares”. (PADOVEZE, 2000 apud OLIVEIRA, 2011).
Quando a opção de definir os preços com base no mercado e feita, a
empresa fixa o seu preço com base nos preços do mercado (concorrentes),
deixando de lado a prioridade de seus custos e a procura dos seus produtos.
Estabelecendo preços menores, um modo de atrair compradores preocupados com
o preço, em particular quando a empresa tem custos mais baixos do que os
concorrentes; preços iguais, distinguindo dos concorrentes de outras maneiras; e
preços maiores que os praticados, oferecendo produtos com prestígio, qualidade e
confiabilidade para os clientes.
Os mercados podem ser divididos em quatro tipos bastante distintos:
concorrência perfeita, concorrência monopolista, concorrência oligopolista e
monopólios.
Com um mercado cada vez mais globalizado e mais competitivo,
para as empresas maximizarem seus lucros, precisam reduzir os seus custos,
melhorando ou até mesmo mantendo a qualidade do produto, para não diminuírem a
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participação no mercado em que atuam. Isso porque cada dia existe mais produtos
com qualidades semelhantes e a competitividade no mercado se dá pelo preço.
É fundamental ter conhecimento de mercado, para lidar com todas
as questões que vier a surgir.
2.3 O MERCADO FINANCEIRO
O mercado financeiro pode ser definido como mecanismo ou
ambiente através do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se
determinam seus preços.
“São mercados nos quais os recursos financeiros são transferidos
desde unidades superavitárias, isto é, que tem um excesso de fundos, até aquelas
deficitárias, ou seja, que tem necessidades de fundos”. (PINHEIRO, 2012 apud
MANGANOTTI; MALASSISE, 2014).
O mercado financeiro é dividido em: mercado de crédito; mercado de
câmbio; mercado monetário e mercado de capitais.
“O mercado financeiro orienta sobre as principais e mais adequadas
formas de investimento. Estudar esse setor é crucial para qualquer empresa que
almeja construir uma carreira sólida”. (PORTO, José Maria).
2.3.1 Análise do Gestor Industrial Sobre a Atuação do Mercado Financeiro em seu
Negócio
Atualmente, com a grande competitividade do mercado e com as
grandes mudanças no ambiente econômico, é essencial aos gestores conhecer e
dominar o mercado financeiro.
Para um profissional deste ramo é essencial que além de conhecer
sua empresa, este conheça o mercado em que atua, bem como a economia como
um todo, visto que a partir da globalização, cada vez mais, as organizações sejam
elas pequenas ou grandes sofrem influências diretas das mudanças econômicas
mundiais.
É necessário conhecer o mercado financeiro a fim de analisar e
avaliar entre diversas propostas, qual o melhor investimento a se fazer e quando
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fazê-lo. Ser capaz de captar novos recursos também é essencial, além de saber
analisar, planejar e prever os riscos envolvidos nas tomadas de decisão.
O Gestor tem que ter a capacidade de avaliar a rentabilidade das
empresas, tendo em vista, em função das condições atuais e futuras do mercado
financeiro, verificar se os capitais investidos são remunerados e reembolsados de
modo a que as receitas superem as despesas de investimento e de funcionamento.
Obtendo os lucros almejados.
2.3.2 Aplicação dos Recursos Excedentes (Lucros) À Indústria
O principal objetivo de qualquer empresa privada é a obtenção e
maximização de lucros, mediante a produção de bens e serviços para venda no
mercado.
A parte essencial da administração financeira é a formulação de uma
estratégia empresarial para se determinar a utilização mais eficiente dos recursos,
disponíveis a qualquer momento, bem como selecionar as fontes mais adequadas
de fundos adicionais, que eventualmente possam tornar-se necessários.
No que diz respeito á decisão de investir, é fundamental analisar o
mercado e optar pela decisão mais sensata, para que os recursos sejam alocados
eficientemente como mandam aos princípios econômicos, de acordo com as
condições vigentes.
Verifica-se que:
Analisa-se agora os determinantes da demanda de investimento industrial,
que consiste simplesmente na demanda, pelas empresas industriais, de
produção corrente para ser usada na produção de outros bens - recursos a
serem usados para adições específicas á riqueza. A demanda de
investimentos industriais pode ser dividida em duas categorias: (a) demanda
de estoques adicionais e (b) demanda de planta e equipamentos adicionais.
(JOHNSON, 1980 apud SOUZA, 2005).
A indústria poderá investir em sua expansão nos negócios, tais
como: Aquisição de maquinário; Qualificação da mão de obra e Aumento da
produção.
Como se sabe, a indústria, no seu processo dinâmico de
transformação industrial, envolve-se com uma capacidade ociosa provocada e
necessária pelas precauções próprias de um mercado imperfeito, procurando
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aumentar a sua capacidade de produção de acordo com as exigências do mercado,
traduzindo seus investimentos pelos lucros não distribuídos, ou retidos na empresa
com objetivo de acumulação, isto é, reinvestimento.
2.3.3 Capital De Terceiros
Capital de terceiros refere-se aos recursos externos à empresa, é o
dinheiro vindo de fora da sociedade empresarial, valor devido á fornecedores de
mercadorias por compras a prazo, ou a bancos por empréstimos contraídos, como
empréstimos ou financiamentos.
EMPRÉSTIMOS: É o meio pelo qual uma pessoa, seja física ou
jurídica, transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário (devedor), sob
determinada condição, correndo por conta do mutuário todos os riscos dela, desde a
tradição. As Instituições Financeiras emprestam dinheiro ao devedor, mediante
pagamento de juros.
FINANCIAMENTO: É uma operação financeira em que a parte
financiadora fornece recursos para outra parte que está sendo financiada, de modo
que esta possa executar algum investimento específico, previamente acordado.
2.4 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA INDÚSTRIA
A gestão dos custos em uma indústria se faz necessário pela sua
função de administrar os gastos incorridos. Os sistemas de custos proporcionam
exata mensuração do valor agregado ao longo de toda a cadeia produtiva, como
base para a tomada de decisões estratégicas e operacionais.
2.4.1 Análise Da Margem De Contribuição E Ponto De Equilíbrio Na Contabilidade
A Margem de Contribuição, “é o valor resultante da venda de uma
unidade, depois de deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto
comercializado”. (WERNKE, 2004 apud CERRI et al., 2012).
Entende-se, portanto como o valor utilizado para cobrir os custos
fixos, tal valor é obtido através da diferença entre o preço de venda e os custos
variáveis, onde está diretamente ligado na teoria do cálculo do ponto de equilíbrio de
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uma empresa.
A partir da divisão dos custos fixos pela margem de contribuição se
obtém o ponto de equilíbrio.
Ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa precisa
vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as
despesas fixas.
“Refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou
seja, onde os custos totais são iguais às receitas totais”. (CREPALDI, 2006 apud
CERRI et al., 2012).
O Ponto de Equilíbrio é de grande importância para o gestão, pois
trará informações relevantes sobre a situação da empresa, sendo possível saber o
quanto é necessário ser vendido, para não ter prejuízo e se obter o lucro desejado.
A empresa terá condições de esboçar planejamentos e projetar o
que ela visa: rentabilidade e lucratividade.
2.4.2 A Gestão De Custos, Quando Bem Aplicada, Pode Interferir Nas Decisões De
Preço, Rentabilidade Do Produto E Gerenciamento De Seu Custo.
A gestão de custos é essencial para o administrador gerenciar seus
negócios e manter sua empresa em competitividade no mercado, onde a gestão de
custos auxiliará o gestor a ter controle sobre suas atividades exercidas, e na tomada
de decisões. Saberá sobre quanto, quando e em que setor deverá ser investido ou
sobre quanto deve custar os produtos/serviços que a organização produz.
Auxilia no monitoramento dos setores da empresa, para saber o
quanto foi gasto na produção de seus produtos/serviços, analisando os gastos
desnecessários (que acabam encarecendo o produto/serviço), para que sejam
reduzidos ou eliminados.
O controle dos gastos é essencial para fornecer informações
necessárias sobre a rentabilidade e desempenho das atividades da empresa. Além
disso, a gestão auxilia o planejamento, controle e desenvolvimento das diversas
operações da entidade.
O preço final de um serviço prestado ou produto vendido depende
do quanto é investido para produzi-lo. Quando não há uma gestão de custos eficaz,
a empresa pode cobrar valores que não condizem com a realidade,
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podendo prejudicar as margens de lucro, volume de vendas e também intervir na
permanência da empresa no mercado.
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3 CONCLUSÃO
A contabilidade e o mercado financeiro são a peça chave para gerir
uma indústria, é fundamental ter conhecimento das ferramentas que auxiliam na
tomada de decisões. Com a competitividade do mercado, a concorrência leva os
gestores a buscarem informações mais precisas e em tempo hábil para tomar
decisões corretas dentro da organização.
A Contabilidade de Custos é um instrumento essencial, que detém
controles e análises de gastos, identificando se há gastos desnecessários para
cortá-los ou diminuí-los, propiciando a obtenção das informações relevantes.
Portanto, conclui-se que a utilização das ferramentas adequadas no
gerenciamento dos custos, é fundamental para as organizações na precificação dos
produtos. Deste modo, será possível praticar preços que atendam ao mercado
consumidor, proporcionando maior rentabilidade, além de contribuir para a solidez
da organização.
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REFERÊNCIAS
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