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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL A IMPORTANCIA DO ORÇAMENTO NA GESTÃO FINANCEIRA

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Page 1: Trabalho Quarto Semestre Individual Oficial

Ijuí RS2013

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUALA IMPORTANCIA DO ORÇAMENTO NA GESTÃO FINANCEIRA

Page 2: Trabalho Quarto Semestre Individual Oficial

Ijuí2013

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUALA IMPORTANCIA DO ORÇAMENTO NA GESTÃO FINANCEIRA

Trabalho apresentado a disciplina de Dependência do quarto semestre apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Produção Textual Interdisciplinar Individual do quarto semestre.

Orientador: Equipe de professores do quarto semestre.

RAQUEL FRANÇA RODRIGUES

Page 3: Trabalho Quarto Semestre Individual Oficial

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4

3 CONCLUSÃO..........................................................................................................18

4 REFERÊNCIAS......................................................................................................19

Page 4: Trabalho Quarto Semestre Individual Oficial

INTRODUÇÃO:

No cenário do mundo atual, observa-se cada vez mais que para sobreviver na arena

dos negócios empresarias o mercado busca profissionais qualificados e com visão

difusa para gerir os processos. O orçamento vem agregar informações rápidas e

eficientes. Mesmo que sua implantação seja complexa ele pode trazer benefícios

que contribuirão para reduzir a margem de erro, a redundância de informações e a

maximização de lucros da empresa.

O Orçamento surgiu da necessidade do mercado, levando as empresas em busca

da perfeição e da concorrência. Devido à globalização, constantes mudanças vêm

ocorrendo no ambiente dos negócios, fazendo com que as empresas aprimorem

seus processos de planejamento, avaliação, e controle, tanto do seu fluxo de caixa,

quanto das operações de receitas, despesas e investimentos.

“[...] à medida que o tempo passava e a crescente complexidade dos

negócios reclamava métodos administrativos mais apurados, as

técnicas de planejamento tiveram expandidas as suas aplicações,

modificados os seus conceitos básicos e extremamente sofisticados os

seus métodos de elaboração.” (PASSARELLI; BOMFIM, 2004, p. 11).

Atualmente, o planejamento nas empresas é uma ferramenta de gestão, que além

de necessária para tomada de decisão, evita o mau uso dos recursos, resultando na

observação da relevância do orçamento empresarial na otimização dos resultados.

O orçamento é um instrumento fundamental para a empresa, independente de seu

porte e ramo de atividade, pois é um plano estratégico que estabelece metas para

um determinado período, conduzindo a empresa aos seus objetivos. Quando uma

empresa opta por elaborar um orçamento, além do levantamento dos dados e

agrupamento dos mesmos, é necessário um acompanhamento mensal das

variações dos orçamentos.

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Page 5: Trabalho Quarto Semestre Individual Oficial

DESENVOLVIMENTO

O orçamento, em sua definição mais simples, pode ser entendido como a aprovação

prévia das previsões das despesas de uma entidade. Entretanto, esta definição

simplista não traduz o que realmente caracteriza o orçamento de uma entidade. O

orçamento, nos dias atuais, não pode ser visto apenas como duas colunas contábeis

contendo a previsão da receita e a fixação da despesa. No orçamento está inserido

todo um programa de projetos e atividades, evidenciando com clareza o que se

pretende executar em um determinado período de tempo. É de fundamental

importância que a previsão orçamentária seja elaborada com critérios, baseados em

dados concretos, onde as previsões se aproximem ao máximo da realidade. Em

países de altos índices inflacionários não é fácil a elaboração da proposta

orçamentária, pois não existem dados disponíveis para uma previsão de trinta a

sessenta dias. O que dizer para uma previsão de doze meses ou mais, dependendo

da época em que o orçamento é elaborado? Em países sem inflação ou com uma

taxa de inflação baixa, torna-se mais fácil a elaboração de uma programação para

longo prazo, pois os dados são mais reais e confiáveis.

O orçamento de uma empresa deveria ser equilibrado, ou seja, não pode fixar

despesas em valores superiores às receitas previstas. Essa limitação obriga o

administrador a definir prioridades na aplicação dos recursos estimados. As metas

para a elaboração da proposta orçamentária devem ser definidas pelo Plano

Estratégico da Empresa e priorizadas pelas Políticas Gerenciais. A finalidade do

Plano Estratégico, em termos orçamentários, é a de estabelecer objetivos e metas

que comprometam as áreas a dar continuidade aos programas na distribuição dos

recursos, por isso a necessidade de que o orçamento seja condensado por todas as

áreas. Tão importante quanto à elaboração, o monitoramento do orçamento chega a

ser crucial para uma gestão orçamentária eficaz. Um bom gestor deve ter controle

suficiente sobre as contas para que as despesas não ultrapassem as metas

estabelecidas, interferindo nos resultados da empresa.

Planejar é estabelecer com antecedência ações a serem executadas, estimar

recursos que serão necessários e alocados, assim como atribuir as

responsabilidades em relação a um período futuro pré-determinado. Desta forma, é

possível identificar a existência de oportunidade e restrições tanto no âmbito interno

quanto externo da organização (SANVICENTE, 2000, p. 16).

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Page 6: Trabalho Quarto Semestre Individual Oficial

VANTAGENS DO ORÇAMENTO:

A utilização de um sistema orçamentário pode ser entendida como um plano, que

engloba as operações anuais de uma empresa, onde é formalizado o desempenho

das ações e funções administrativas, pois oferece vantagens pela efetiva

formalização.

Através da sistematização do processo de planejamento e controle, graças ao uso

de orçamentos, introduz-se o hábito do exame prévio e cuidadoso de todos os

fatores antes da tomada de decisões importantes, além de obrigar a administração

da empresa a dedicar atenção adequada e oportuna aos efeitos eventualmente

causados pelo surgimento de novas condições externas (SANVICENTE, 2000, p.

23).

Outro aspecto importante na adoção de um orçamento global é o fato de que

naturalmente é aplicado em partes, para a operação de toda a empresa, e isto força

a todos os membros da administração interagir, fazendo com que reduza o

envolvimento dos altos administradores com as operações diárias através da

delegação de poderes.

Assim, um programa orçamentário sempre será útil para qualquer organização,

independentemente se deu tamanho e de suas incertezas. Eis os principais

benefícios:

a) O orçamento, formalizando suas responsabilidades pelo planejamento,

obriga os administradores a pensar à frente;

b) O orçamento estabelece expectativas definidas que é a melhor base de

avaliação do desempenho posterior;

c) O orçamento ajuda os administradores a coordenar seus esforços, de

forma que os objetivos possam se atingidos.

OS PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTOS:

O preparo de um orçamento tanto pode ser entendido como um processo contábil,

como um processo de administração. Do ponto de vista contábil as cifras do

orçamento são estimativas do que acontecerá no futuro, ao contrário dos dados

históricos que representam o que aconteceu no passado. Já do ponto de vista

administrativo, o processo de orçamento está intimamente associado à operação da

empresa.

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A preparação do orçamento exige uma série de subdivisões (além dos sub-

orçamentos departamentais), quase considerados orçamentos em si mesmo. Assim,

podem-se ter vários orçamentos por atividades, por áreas e/ou funções:

• Orçamento de vendas.

• Orçamento de produção e serviço.

• Orçamento de matéria-prima.

• Orçamento de mão-de-obra direta e indireta.

• Orçamento de custos diretos e indiretos.

• Orçamento de despesas comerciais e administrativas.

• Orçamento de investimentos.

• Orçamento de caixa.

• Orçamento do resultado.

• Orçamento/Balanço projetado.

Quando da preparação do orçamento geral a empresa, se elabora um cronograma,

onde são especificadas as datas e a ordem em que os orçamentos setoriais devem

ser concluídos e a época em que cada um deverá ser ajustado com novos

elementos. Em geral, a cronologia dos passos do processo de orçamento é fixada

por diretrizes que prevêem a coordenação dos orçamentos departamentais, sua

revisão geral e aprovação. A “Comissão de Orçamento” pode, a partir dai, revisar os

diversos orçamentos (como por exemplo, um plano de investimentos), fazer uma

analise estratégica e prever eventuais mudanças. A área financeira deve

acompanhar o andamento das atividades orçamentais e controlar o cumprimento

dos cronogramas.

As decisões para a elaboração orçamentária devem ser tomadas pelos diretores

executivos, estabelecendo parâmetros, aprovando novos projetos e investimentos,

fazendo o corte de verbas e revisando os planos anuais das diversas áreas.

Aprovado o projeto, que se transforma em uma meta da empresa, a “Comissão de

Orçamento” iniciará o processo orçamentário do ano corrente.

O objetivo do controle orçamentário é coordenar, controlar e avaliar as operações da

empresa, para sua realização elementos básicos como previsão, orçamento e

controle são fundamentais, sendo que o orçamento é o pilar dessa estrutura.

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Os principais tipos de orçamento são: orçamentos globais e parciais, orçamentos

a curto e a longo prazo, orçamentos periódicos e contínuos, orçamentos

flexíveis ou variáveis.

Todos possuem características diferentes, mas visam o mesmo objetivo que é atingir

os resultados esperados.

Orçamentos globais e parciais:

O orçamento parcial aborda pontos específicos como: orçamento de vendas,

orçamentos de despesas administrativas ou o orçamento de caixa. O orçamento

global permite a composição antecipada de um Balanço e um Demonstrativo de

Lucros e Perdas referente ao próximo exercício. Isso é possível através da relação

quantitativa de todos os itens operacionais e financeiros da empresa. Os orçamentos

globais são formados por dois grandes grupos de orçamentos parciais:

O primeiro grupo constitui o orçamento operacional que pode variar de empresa

para empresa, abrangendo além das previsões de despesas e receitas das

operações normais, as não vinculadas diretamente à atividade principal da empresa.

Em geral, é composto dos seguintes orçamentos parciais: orçamento de vendas;

orçamento de produção; orçamento de despesas de distribuição; orçamento de

despesas administrativas e orçamento de outras receitas e despesas. O

demonstrativo de lucros e perdas antecipado é composto pelas informações

adquiridas no desenvolvimento dos orçamentos parciais.

O segundo grupo constitui o orçamento financeiro, composto pelo orçamento de

caixa, orçamento de acréscimo de capital e projeção das depreciações. Esses

orçamentos dependem de valores definidos no orçamento de operações e, por meio

dessas informações, elabora-se o balanço antecipado.

Orçamentos a curto e em longo prazo:

É qualificado de curto prazo períodos de um ano ou menos, e longo prazo quando

cobrem períodos maiores de um ano. Dependendo da natureza das operações da

empresa, na qual existe a necessidade da antecipação de vários anos em termos de

estudo de mercado, competição e investimentos, planos de dez anos são bastante

comuns.

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Orçamentos periódicos e contínuos:

De acordo com as características do ramo de atividade da empresa, se existir certa

segurança nas previsões referentes a períodos próximos há um ano, costuma-se

adotar orçamentos do tipo periódico que podem ser anuais, semestrais, ou

raramente trimestrais e não podem ser alterados até o final de sua vigência.

No caso das empresas, cujo ramo de atividade não prevê situações futuras, adota-

se o orçamento contínuo onde a previsão é para três ou seis meses, ocorrendo uma

atualização mensal e permitindo modificações no orçamento não previsíveis até o

momento.

Orçamentos flexíveis ou variáveis

Existem grandes variações entre o orçamento e o desempenho real da empresa.

Isso ocorre porque o orçamento é feito com base num determinado volume de

operação que muitas vezes difere das operações reais.

Para essas variações foram desenvolvidos procedimentos que ajustam os valores

orçados aos níveis reais de operação. O orçamento que contém, além dos valores

totais, informações unitárias para os itens variáveis, é qualificado como flexível ou

variável, onde os limites totais de despesas variam em função do nível de operações

adotado.

Orçamento mestre atende-se aquele que abrange todas as atividades da empresa,

servindo como parâmetro para elaboração de todas as previsões da organização.

Ele pode ser dividido em duas partes: orçamento operacional e orçamento

financeiro.

Como orçamento operacional entende-se que é aquele que tem por objetivo

descrever todos os resultados das atividades operacionais da empresa, de forma

detalhada. O orçamento financeiro, por sua vez, demonstra as entradas e saídas

de caixa provenientes das atividades operacionais desenvolvidas.

A IMPORTANCIA DA TRIBUTAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

OPERACIONAL:

Dentre os vários tipos de orçamento, existe um modelo de orçamento denominado

“Orçamento de Encargos Tributários” onde se encontram demonstrados os valores

que incidem sobre, por exemplo, as saídas de produtos fabricados e compras de

matérias-primas adquiridas pela empresa, conforme afirmado por Fernandes (2005,

p.46).

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Ele está diretamente ligado aos orçamentos de vendas e aos orçamentos de

matérias-primas. As alíquotas dos impostos recolhidos pelas empresas são definidas

através da análise tributária, visto que as mesmas podem variar de acordo com o

enquadramento em que se encontram. As alíquotas de tributação variam de acordo

com as atividades exercidas pelas empresas, ou seja, de acordo com o tipo de

produtos e/ou serviços que as mesmas comercializam ou produzem, etc.

Observando as peculiaridades de cada empresa, as mesmas deverão enquadrar-se

entre os seguintes tipos de tributação: “Lucro real”, “Lucro Presumido” e

“Simples Nacional”.

Para que uma empresa acerte na escolha do tipo de tributação incidente sobre suas

operações, vários fatores deverão ser observados, dentre eles: sua receita anual,

suas atividades operacionais, etc.

Para análise dos tipos de tributação, necessário os conceitos de algumas

denominações muito importantes em tais situações:

Tributo: “É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nele se

possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada

mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” (CÓDIGO TRIBUTÁRIO

NACIONAL, 2003, p.479).

Base de Cálculo dos tributos: É o valor econômico sobre o qual se aplica a

alíquota para calcular o valor do tributo devido. A base de cálculo, para fins do

disposto no art. 64, combinado com o art. 34, do Código Tributário Nacional, é o

montante do pagamento, assim entendido o valor total da nota fiscal ou fatura, não

havendo previsão legal para a exclusão de quaisquer valores.

Como os tributos são subdivididos em espécies tributárias, cada uma possui sua

particularidade e conseqüentemente uma base de cálculo diferente umas das outras.

Outro conceito relevante é de extrema importância é o conceito de competência

tributária. Como as empresa estão vulneráveis sobre vários tipos de tributação

incidentes sobre as operações das mesmas, importante saber de quem é a

competência para cobrar cada um deles.

A competência Tributária que é a atribuição dada pela Constituição Federal aos

entes políticos do Estado (União, Estado, municípios) de instituir os tributos. O

Código Tributário Nacional (BRASIL, 2005) define:

“Art. 6.° A atribuição constitucional de competência tributária compreende a

competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na constituição

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federal, nas contribuições dos Estados e nas leis orgânicas do Distrito Federal e dos

municípios, observando o disposto em lei”.

As demonstrações financeiras básicas são: Balanço Patrimonial (apresenta a

situação patrimonial da empresa confrontando com os seus Ativos e Passivos ou

Patrimônio Líquido); Demonstração do Resultado do Exercício (tem por finalidade

apresentar um resumo dos resultados financeiros das operações da empresa em um

determinado período); Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (relata

como o Capital Circulante da empresa foi utilizado ou modificado); Demonstração

das Mutações do Patrimônio Líquido (retrata as alterações ocorridas na conta

durante o período).

As empresas desenvolvem suas atividades financeiras que precisam ser registradas.

Estes registros demonstram a vida da empresa e possibilitam uma análise completa

de sua situação. A administração desses dados é responsabilidade do administrador

financeiro, que coleta-os, estruturando-os e analisando-os, gerando informações

essenciais para o processo de tomada de decisão. A importância de saber como são

estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o

administrador financeiro a tomar decisões que possibilitam grandes retornos

financeiros e crescimento à empresa. Com estes conhecimentos, eles podem ainda

identificar e descobrir a política financeira dos concorrentes, e adotar critérios que

poderão superá-los.

A análise de balanço surgiu no final do século XIX quando os banqueiros

americanos passaram a solicitá-los às empresas tomadoras de empréstimos. Nessa

época, os balanços apresentados forneciam dados que eram examinados apenas

superficialmente, sem nenhuma técnica analítica ou tentativa de medição

quantitativa. No começo do século XX, a literatura contábil mencionava a

importância de comparações de dados das demonstrações financeiras, porém as

idéias eram muito vagas em relação ao que comparar. Com o passar dos anos, e o

sucessivo recebimento de balanços, foi se desenvolvendo a noção de comparação

de diversos itens, sendo a mais comum a do Ativo Circulante com o Passivo

Circulante.

Por volta de 1913, começaram a despertar a atenção sobre Depósitos Bancários em

relação ao Exigível, percentual de Contas a Receber em relação aos demais itens

do ativo, percentual de Estoques em relação a Vendas Anuais.

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Em 1915, determinava o Federal Reserve Board (Banco Central dos Estados

Unidos) a liberação de crédito apenas às empresas que apresentassem declarações

escritas e assinadas de seus Ativos e Passivos.

Entretanto, as demonstrações financeiras eram preparadas inadequadamente, não

havia uniformidade nas disposições e na terminologia, nem na classificação de

rubricas.

Em 1918, buscando solucionar esta situação, o Federal Reserve Board apresentou

um livreto que incluía formulários padronizados para Balanço e Demonstrações de

Lucros/Perdas e um esboço de procedimentos de auditoria e princípios de

preparação de demonstrações financeiras.

AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O

ORÇAMENTO:

Em 1919, Alexandre Wall, considerado o pai da análise de balanços, apresentou um

modelo de análise de balanços, por meio de índices, e demonstrou a necessidade

de considerar outras relações, além de Ativo Circulante contra Passivo Circulante.

Posteriormente desenvolveu, em parceria com outros autores, fórmulas matemáticas

de avaliação de empresas, ponderando diversos índices no balanço.Mesmo com o

método de computar vários coeficientes, os analistas sentiam a necessidade de

padrões de referência que os auxiliassem em suas avaliações. Em 1925, Stephen

Gilman, realizou algumas críticas à análise de coeficientes e propôs a sua

substituição pela construção de índices encadeados que indicasse as variações

ocorridas nos principais itens em relação a um ano-base, ou seja, uma Análise

Horizontal. Surgiu na década de 30, dentro da empresa Du Pont, de Nemours nos

Estados Unidos, um modelo de Análise da Rentabilidade da empresa que

decompunha a Taxa de Retorno em Taxas de Margem de Lucro e Giro dos

Negócios, chamado de Análise do ROI (Return on Investment). No Brasil, a análise

de balanço até 1968, era ainda um instrumento pouco utilizado na prática. Neste ano

foi criada a SERASA, empresa que passou a operar como central de Análise de

Balanço de bancos comerciais. Atualmente, a análise de balanço é o meio mais

utilizado pelas instituições financeiras para consignação de créditos e muito utilizada

dentro das organizações como análise da situação econômico-financeira e apoio à

tomada de decisões. É através da análise das demonstrações financeiras que

podemos identificar os pontos críticos dentro da organização e apresenta

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imediatamente um esboço das prioridades para solucionar problemas. O

conhecimento teórico, e como usá-lo na prática é de extrema importância em se

tratando de estruturação e análise das demonstrações financeiras. Essas análises

garantem uma visão da estratégia e dos planos da empresa, possibilitando novas

decisões, permitindo estimar seu futuro, suas limitações e potencialidades. É de

primordial importância estar munidos desses conhecimentos, todos aqueles que

pretendem se relacionar com a empresa, como fornecedores, financiadores,

acionistas e principalmente profissionais na área financeira. As empresas buscam

profissionais capacitados e com grande conhecimento teórico e prático para

analisar, planejar e controlar seu sistema financeiro. Infelizmente a maioria dos

administradores financeiros não tem conhecimento de como desenvolver este

trabalho, e isto é um problema, pois muitos se preocupam apenas em negociar

propostas de crédito nas instituições financeiras, e não buscam auxiliar o

administrador da empresa a tomar decisões corretas utilizando os recursos da

empresa da melhor forma possível. Saber estruturar os dados coletados e conhecer

o significado de cada um é um conhecimento que todo o administrador financeiro

deve ter e para efetuar uma ótima análise financeira é preciso conhecer bem os

indicadores utilizados e suas finalidades.

O Orçamento é feito a partir das contas do Plano de Contas. Cada conta de Receita

ou Despesa criada no Plano de Contas aparecerá automaticamente no Orçamento

mostrando os valores orçados do mês corrente para cada conta, deve se fazer um

comparativo com os lançamentos realizados no Controle Financeiro.Além do nome e

dos códigos de conta, as colunas do Orçamento são as seguintes: Valor Orçado: é

o valor que você determinou como orçamento para cada Conta. Realizado: é o valor

total dos lançamentos da conta, calculado a partir dos lançamentos do Controle

Financeiro. Esse valor é o mesmo que é apresentado na coluna Movimento, no

Balancete. Realizado: é a comparação percentual entre o valor Realizado e o Valor

Orçado. Por exemplo, se para uma conta de despesa você orçou R$ 100, e já

gastou R$ 40, esta coluna indicará que 40% do valor orçado já foram atingidos.

Saldo: é a diferença entre o Valor Orçado e o Valor Realizado. Para as Receitas, é

o valor que ainda deverá ser recebido. Para as Despesas, é o limite que ainda pode

ser gasto.

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Ao abrir o Orçamento de cada mês, inicialmente a coluna Valor Orçado estará

zerada para todas as contas. Você pode orçar individualmente um valor para cada

Conta. Nas contas de Entradas/Receitas, se o valor Realizado é menor que o Valor

Orçado, o valor do Saldo será apresentado em vermelho, indicando que o Valor

Orçado ainda não foi atingido, e esse fato é ruim (gerando "déficit") para o resultado

do orçamento. Se o valor Realizado for maior que o Valor Orçado, o valor do Saldo

será apresentado em azul, que indica que isso é bom (gerando "superávit") para o

resultado do orçamento do mês.

Nas contas de Saídas/Despesas, o raciocínio é inverso. Se o valor Realizado é

maior que o Valor Orçado, o Saldo será apresentado em vermelho, indicando que já

foi gasto mais que o Valor Orçado, e isso estarão gerando um "buraco" no

orçamento. Se o valor Realizado é menor que o Valor Orçado, isso é muito bom,

pois foi gasto menos do que o Valor Orçado, e o valor do Saldo será apresentado

em azul. O objetivo do acompanhamento do orçamento é monitorar o saldo de cada

conta, para que, no final do mês, o saldo tanto para as contas de receita quanto para

as de despesa seja apresentado em azul, ou zero. Como é comum sermos

surpreendidos por despesas imprevistas, é aconselhável que o total das despesas

orçadas não ultrapasse 90% das receitas orçadas. Ou seja, ao fazer o orçamento,

certifique-se de que o Resultado do Mês para o Valor Orçado seja equivalente a pelo

menos 10% do total orçado para as Receitas.

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4 CONCLUSÃO

Vale ressaltar que as mudanças ocorridas nas organizações aumentam a

complexidade das atividades, passando a exigir das empresas maior quantidade de

informações para o controle do seu processo produtivo e das tomadas de decisões

nos níveis estratégico e operacional. A tomada de decisão se transformou na grande

questão a ser enfrentada pelos empreendedores, obrigando-os a pensar em

mecanismos mais eficientes, capazes de oferecer informações e sistemas de

controle de gestão para que as decisões sejam tomadas com base em previsões

que espelhem resultados futuros satisfatórios. Os administradores necessitam, cada

vez mais, de informações rápidas e confiáveis.

Surge, então, a necessidade de um programa orçamentário, montado a partir dos

objetivos e das metas da organização, que seja capaz de criar padrões econômicos

que projetem, para o futuro, o resultado operacional da empresa. O processo

orçamentário força as empresas a identificar seus objetivos em longo prazo e ser

específicas no estabelecimento das metas, além de forçá-las a envolver todos os

seus sócios e colaboradores no processo orçamentário, e principalmente, antecipa

problemas para melhor tratá-los, permitindo assim o controle.

Com tudo, percebe-se que o orçamento é um grande instrumento de planejamento e

controle, auxiliando as tomadas de decisões à cerca da gestão empresarial,

possibilitando o estabelecimento de metas e objetivos que a empresa necessita para

desenvolver suas atividades com sucesso, de forma a alcançar os resultados

almejados.

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REFERÊNCIAS

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edição, São Paulo: Atlas, 2007.

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FIPECAFI – Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações Aplicáveis às

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edição, São Paulo: Atlas, 2008.

OLIVEIRA, DJAUMA DE P. REBOUÇAS. Planejamento Estratégico: Conceitos,

Metodologia e Práticas. 22ª edição, São Paulo: Atlas, 2005.

PARSLOE, ERIC; WRIGHT, RAYMOND. O Orçamento. São Paulo: Nobel, 2001.

PASSARELLI, JOÃO; BOMFIM, EUNIR DE AMORIM. Orçamento Empresarial:

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Santos, Edno O.Administração financeira da pequena e média empresa.São

Paulo:Atlas,2001.

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