Download - Trabalho Quarto Semestre Individual Oficial
Ijuí RS2013
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUALA IMPORTANCIA DO ORÇAMENTO NA GESTÃO FINANCEIRA
Ijuí2013
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUALA IMPORTANCIA DO ORÇAMENTO NA GESTÃO FINANCEIRA
Trabalho apresentado a disciplina de Dependência do quarto semestre apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Produção Textual Interdisciplinar Individual do quarto semestre.
Orientador: Equipe de professores do quarto semestre.
RAQUEL FRANÇA RODRIGUES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................18
4 REFERÊNCIAS......................................................................................................19
INTRODUÇÃO:
No cenário do mundo atual, observa-se cada vez mais que para sobreviver na arena
dos negócios empresarias o mercado busca profissionais qualificados e com visão
difusa para gerir os processos. O orçamento vem agregar informações rápidas e
eficientes. Mesmo que sua implantação seja complexa ele pode trazer benefícios
que contribuirão para reduzir a margem de erro, a redundância de informações e a
maximização de lucros da empresa.
O Orçamento surgiu da necessidade do mercado, levando as empresas em busca
da perfeição e da concorrência. Devido à globalização, constantes mudanças vêm
ocorrendo no ambiente dos negócios, fazendo com que as empresas aprimorem
seus processos de planejamento, avaliação, e controle, tanto do seu fluxo de caixa,
quanto das operações de receitas, despesas e investimentos.
“[...] à medida que o tempo passava e a crescente complexidade dos
negócios reclamava métodos administrativos mais apurados, as
técnicas de planejamento tiveram expandidas as suas aplicações,
modificados os seus conceitos básicos e extremamente sofisticados os
seus métodos de elaboração.” (PASSARELLI; BOMFIM, 2004, p. 11).
Atualmente, o planejamento nas empresas é uma ferramenta de gestão, que além
de necessária para tomada de decisão, evita o mau uso dos recursos, resultando na
observação da relevância do orçamento empresarial na otimização dos resultados.
O orçamento é um instrumento fundamental para a empresa, independente de seu
porte e ramo de atividade, pois é um plano estratégico que estabelece metas para
um determinado período, conduzindo a empresa aos seus objetivos. Quando uma
empresa opta por elaborar um orçamento, além do levantamento dos dados e
agrupamento dos mesmos, é necessário um acompanhamento mensal das
variações dos orçamentos.
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DESENVOLVIMENTO
O orçamento, em sua definição mais simples, pode ser entendido como a aprovação
prévia das previsões das despesas de uma entidade. Entretanto, esta definição
simplista não traduz o que realmente caracteriza o orçamento de uma entidade. O
orçamento, nos dias atuais, não pode ser visto apenas como duas colunas contábeis
contendo a previsão da receita e a fixação da despesa. No orçamento está inserido
todo um programa de projetos e atividades, evidenciando com clareza o que se
pretende executar em um determinado período de tempo. É de fundamental
importância que a previsão orçamentária seja elaborada com critérios, baseados em
dados concretos, onde as previsões se aproximem ao máximo da realidade. Em
países de altos índices inflacionários não é fácil a elaboração da proposta
orçamentária, pois não existem dados disponíveis para uma previsão de trinta a
sessenta dias. O que dizer para uma previsão de doze meses ou mais, dependendo
da época em que o orçamento é elaborado? Em países sem inflação ou com uma
taxa de inflação baixa, torna-se mais fácil a elaboração de uma programação para
longo prazo, pois os dados são mais reais e confiáveis.
O orçamento de uma empresa deveria ser equilibrado, ou seja, não pode fixar
despesas em valores superiores às receitas previstas. Essa limitação obriga o
administrador a definir prioridades na aplicação dos recursos estimados. As metas
para a elaboração da proposta orçamentária devem ser definidas pelo Plano
Estratégico da Empresa e priorizadas pelas Políticas Gerenciais. A finalidade do
Plano Estratégico, em termos orçamentários, é a de estabelecer objetivos e metas
que comprometam as áreas a dar continuidade aos programas na distribuição dos
recursos, por isso a necessidade de que o orçamento seja condensado por todas as
áreas. Tão importante quanto à elaboração, o monitoramento do orçamento chega a
ser crucial para uma gestão orçamentária eficaz. Um bom gestor deve ter controle
suficiente sobre as contas para que as despesas não ultrapassem as metas
estabelecidas, interferindo nos resultados da empresa.
Planejar é estabelecer com antecedência ações a serem executadas, estimar
recursos que serão necessários e alocados, assim como atribuir as
responsabilidades em relação a um período futuro pré-determinado. Desta forma, é
possível identificar a existência de oportunidade e restrições tanto no âmbito interno
quanto externo da organização (SANVICENTE, 2000, p. 16).
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VANTAGENS DO ORÇAMENTO:
A utilização de um sistema orçamentário pode ser entendida como um plano, que
engloba as operações anuais de uma empresa, onde é formalizado o desempenho
das ações e funções administrativas, pois oferece vantagens pela efetiva
formalização.
Através da sistematização do processo de planejamento e controle, graças ao uso
de orçamentos, introduz-se o hábito do exame prévio e cuidadoso de todos os
fatores antes da tomada de decisões importantes, além de obrigar a administração
da empresa a dedicar atenção adequada e oportuna aos efeitos eventualmente
causados pelo surgimento de novas condições externas (SANVICENTE, 2000, p.
23).
Outro aspecto importante na adoção de um orçamento global é o fato de que
naturalmente é aplicado em partes, para a operação de toda a empresa, e isto força
a todos os membros da administração interagir, fazendo com que reduza o
envolvimento dos altos administradores com as operações diárias através da
delegação de poderes.
Assim, um programa orçamentário sempre será útil para qualquer organização,
independentemente se deu tamanho e de suas incertezas. Eis os principais
benefícios:
a) O orçamento, formalizando suas responsabilidades pelo planejamento,
obriga os administradores a pensar à frente;
b) O orçamento estabelece expectativas definidas que é a melhor base de
avaliação do desempenho posterior;
c) O orçamento ajuda os administradores a coordenar seus esforços, de
forma que os objetivos possam se atingidos.
OS PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTOS:
O preparo de um orçamento tanto pode ser entendido como um processo contábil,
como um processo de administração. Do ponto de vista contábil as cifras do
orçamento são estimativas do que acontecerá no futuro, ao contrário dos dados
históricos que representam o que aconteceu no passado. Já do ponto de vista
administrativo, o processo de orçamento está intimamente associado à operação da
empresa.
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A preparação do orçamento exige uma série de subdivisões (além dos sub-
orçamentos departamentais), quase considerados orçamentos em si mesmo. Assim,
podem-se ter vários orçamentos por atividades, por áreas e/ou funções:
• Orçamento de vendas.
• Orçamento de produção e serviço.
• Orçamento de matéria-prima.
• Orçamento de mão-de-obra direta e indireta.
• Orçamento de custos diretos e indiretos.
• Orçamento de despesas comerciais e administrativas.
• Orçamento de investimentos.
• Orçamento de caixa.
• Orçamento do resultado.
• Orçamento/Balanço projetado.
Quando da preparação do orçamento geral a empresa, se elabora um cronograma,
onde são especificadas as datas e a ordem em que os orçamentos setoriais devem
ser concluídos e a época em que cada um deverá ser ajustado com novos
elementos. Em geral, a cronologia dos passos do processo de orçamento é fixada
por diretrizes que prevêem a coordenação dos orçamentos departamentais, sua
revisão geral e aprovação. A “Comissão de Orçamento” pode, a partir dai, revisar os
diversos orçamentos (como por exemplo, um plano de investimentos), fazer uma
analise estratégica e prever eventuais mudanças. A área financeira deve
acompanhar o andamento das atividades orçamentais e controlar o cumprimento
dos cronogramas.
As decisões para a elaboração orçamentária devem ser tomadas pelos diretores
executivos, estabelecendo parâmetros, aprovando novos projetos e investimentos,
fazendo o corte de verbas e revisando os planos anuais das diversas áreas.
Aprovado o projeto, que se transforma em uma meta da empresa, a “Comissão de
Orçamento” iniciará o processo orçamentário do ano corrente.
O objetivo do controle orçamentário é coordenar, controlar e avaliar as operações da
empresa, para sua realização elementos básicos como previsão, orçamento e
controle são fundamentais, sendo que o orçamento é o pilar dessa estrutura.
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Os principais tipos de orçamento são: orçamentos globais e parciais, orçamentos
a curto e a longo prazo, orçamentos periódicos e contínuos, orçamentos
flexíveis ou variáveis.
Todos possuem características diferentes, mas visam o mesmo objetivo que é atingir
os resultados esperados.
Orçamentos globais e parciais:
O orçamento parcial aborda pontos específicos como: orçamento de vendas,
orçamentos de despesas administrativas ou o orçamento de caixa. O orçamento
global permite a composição antecipada de um Balanço e um Demonstrativo de
Lucros e Perdas referente ao próximo exercício. Isso é possível através da relação
quantitativa de todos os itens operacionais e financeiros da empresa. Os orçamentos
globais são formados por dois grandes grupos de orçamentos parciais:
O primeiro grupo constitui o orçamento operacional que pode variar de empresa
para empresa, abrangendo além das previsões de despesas e receitas das
operações normais, as não vinculadas diretamente à atividade principal da empresa.
Em geral, é composto dos seguintes orçamentos parciais: orçamento de vendas;
orçamento de produção; orçamento de despesas de distribuição; orçamento de
despesas administrativas e orçamento de outras receitas e despesas. O
demonstrativo de lucros e perdas antecipado é composto pelas informações
adquiridas no desenvolvimento dos orçamentos parciais.
O segundo grupo constitui o orçamento financeiro, composto pelo orçamento de
caixa, orçamento de acréscimo de capital e projeção das depreciações. Esses
orçamentos dependem de valores definidos no orçamento de operações e, por meio
dessas informações, elabora-se o balanço antecipado.
Orçamentos a curto e em longo prazo:
É qualificado de curto prazo períodos de um ano ou menos, e longo prazo quando
cobrem períodos maiores de um ano. Dependendo da natureza das operações da
empresa, na qual existe a necessidade da antecipação de vários anos em termos de
estudo de mercado, competição e investimentos, planos de dez anos são bastante
comuns.
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Orçamentos periódicos e contínuos:
De acordo com as características do ramo de atividade da empresa, se existir certa
segurança nas previsões referentes a períodos próximos há um ano, costuma-se
adotar orçamentos do tipo periódico que podem ser anuais, semestrais, ou
raramente trimestrais e não podem ser alterados até o final de sua vigência.
No caso das empresas, cujo ramo de atividade não prevê situações futuras, adota-
se o orçamento contínuo onde a previsão é para três ou seis meses, ocorrendo uma
atualização mensal e permitindo modificações no orçamento não previsíveis até o
momento.
Orçamentos flexíveis ou variáveis
Existem grandes variações entre o orçamento e o desempenho real da empresa.
Isso ocorre porque o orçamento é feito com base num determinado volume de
operação que muitas vezes difere das operações reais.
Para essas variações foram desenvolvidos procedimentos que ajustam os valores
orçados aos níveis reais de operação. O orçamento que contém, além dos valores
totais, informações unitárias para os itens variáveis, é qualificado como flexível ou
variável, onde os limites totais de despesas variam em função do nível de operações
adotado.
Orçamento mestre atende-se aquele que abrange todas as atividades da empresa,
servindo como parâmetro para elaboração de todas as previsões da organização.
Ele pode ser dividido em duas partes: orçamento operacional e orçamento
financeiro.
Como orçamento operacional entende-se que é aquele que tem por objetivo
descrever todos os resultados das atividades operacionais da empresa, de forma
detalhada. O orçamento financeiro, por sua vez, demonstra as entradas e saídas
de caixa provenientes das atividades operacionais desenvolvidas.
A IMPORTANCIA DA TRIBUTAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO
OPERACIONAL:
Dentre os vários tipos de orçamento, existe um modelo de orçamento denominado
“Orçamento de Encargos Tributários” onde se encontram demonstrados os valores
que incidem sobre, por exemplo, as saídas de produtos fabricados e compras de
matérias-primas adquiridas pela empresa, conforme afirmado por Fernandes (2005,
p.46).
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Ele está diretamente ligado aos orçamentos de vendas e aos orçamentos de
matérias-primas. As alíquotas dos impostos recolhidos pelas empresas são definidas
através da análise tributária, visto que as mesmas podem variar de acordo com o
enquadramento em que se encontram. As alíquotas de tributação variam de acordo
com as atividades exercidas pelas empresas, ou seja, de acordo com o tipo de
produtos e/ou serviços que as mesmas comercializam ou produzem, etc.
Observando as peculiaridades de cada empresa, as mesmas deverão enquadrar-se
entre os seguintes tipos de tributação: “Lucro real”, “Lucro Presumido” e
“Simples Nacional”.
Para que uma empresa acerte na escolha do tipo de tributação incidente sobre suas
operações, vários fatores deverão ser observados, dentre eles: sua receita anual,
suas atividades operacionais, etc.
Para análise dos tipos de tributação, necessário os conceitos de algumas
denominações muito importantes em tais situações:
Tributo: “É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nele se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” (CÓDIGO TRIBUTÁRIO
NACIONAL, 2003, p.479).
Base de Cálculo dos tributos: É o valor econômico sobre o qual se aplica a
alíquota para calcular o valor do tributo devido. A base de cálculo, para fins do
disposto no art. 64, combinado com o art. 34, do Código Tributário Nacional, é o
montante do pagamento, assim entendido o valor total da nota fiscal ou fatura, não
havendo previsão legal para a exclusão de quaisquer valores.
Como os tributos são subdivididos em espécies tributárias, cada uma possui sua
particularidade e conseqüentemente uma base de cálculo diferente umas das outras.
Outro conceito relevante é de extrema importância é o conceito de competência
tributária. Como as empresa estão vulneráveis sobre vários tipos de tributação
incidentes sobre as operações das mesmas, importante saber de quem é a
competência para cobrar cada um deles.
A competência Tributária que é a atribuição dada pela Constituição Federal aos
entes políticos do Estado (União, Estado, municípios) de instituir os tributos. O
Código Tributário Nacional (BRASIL, 2005) define:
“Art. 6.° A atribuição constitucional de competência tributária compreende a
competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na constituição
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federal, nas contribuições dos Estados e nas leis orgânicas do Distrito Federal e dos
municípios, observando o disposto em lei”.
As demonstrações financeiras básicas são: Balanço Patrimonial (apresenta a
situação patrimonial da empresa confrontando com os seus Ativos e Passivos ou
Patrimônio Líquido); Demonstração do Resultado do Exercício (tem por finalidade
apresentar um resumo dos resultados financeiros das operações da empresa em um
determinado período); Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (relata
como o Capital Circulante da empresa foi utilizado ou modificado); Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido (retrata as alterações ocorridas na conta
durante o período).
As empresas desenvolvem suas atividades financeiras que precisam ser registradas.
Estes registros demonstram a vida da empresa e possibilitam uma análise completa
de sua situação. A administração desses dados é responsabilidade do administrador
financeiro, que coleta-os, estruturando-os e analisando-os, gerando informações
essenciais para o processo de tomada de decisão. A importância de saber como são
estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o
administrador financeiro a tomar decisões que possibilitam grandes retornos
financeiros e crescimento à empresa. Com estes conhecimentos, eles podem ainda
identificar e descobrir a política financeira dos concorrentes, e adotar critérios que
poderão superá-los.
A análise de balanço surgiu no final do século XIX quando os banqueiros
americanos passaram a solicitá-los às empresas tomadoras de empréstimos. Nessa
época, os balanços apresentados forneciam dados que eram examinados apenas
superficialmente, sem nenhuma técnica analítica ou tentativa de medição
quantitativa. No começo do século XX, a literatura contábil mencionava a
importância de comparações de dados das demonstrações financeiras, porém as
idéias eram muito vagas em relação ao que comparar. Com o passar dos anos, e o
sucessivo recebimento de balanços, foi se desenvolvendo a noção de comparação
de diversos itens, sendo a mais comum a do Ativo Circulante com o Passivo
Circulante.
Por volta de 1913, começaram a despertar a atenção sobre Depósitos Bancários em
relação ao Exigível, percentual de Contas a Receber em relação aos demais itens
do ativo, percentual de Estoques em relação a Vendas Anuais.
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Em 1915, determinava o Federal Reserve Board (Banco Central dos Estados
Unidos) a liberação de crédito apenas às empresas que apresentassem declarações
escritas e assinadas de seus Ativos e Passivos.
Entretanto, as demonstrações financeiras eram preparadas inadequadamente, não
havia uniformidade nas disposições e na terminologia, nem na classificação de
rubricas.
Em 1918, buscando solucionar esta situação, o Federal Reserve Board apresentou
um livreto que incluía formulários padronizados para Balanço e Demonstrações de
Lucros/Perdas e um esboço de procedimentos de auditoria e princípios de
preparação de demonstrações financeiras.
AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O
ORÇAMENTO:
Em 1919, Alexandre Wall, considerado o pai da análise de balanços, apresentou um
modelo de análise de balanços, por meio de índices, e demonstrou a necessidade
de considerar outras relações, além de Ativo Circulante contra Passivo Circulante.
Posteriormente desenvolveu, em parceria com outros autores, fórmulas matemáticas
de avaliação de empresas, ponderando diversos índices no balanço.Mesmo com o
método de computar vários coeficientes, os analistas sentiam a necessidade de
padrões de referência que os auxiliassem em suas avaliações. Em 1925, Stephen
Gilman, realizou algumas críticas à análise de coeficientes e propôs a sua
substituição pela construção de índices encadeados que indicasse as variações
ocorridas nos principais itens em relação a um ano-base, ou seja, uma Análise
Horizontal. Surgiu na década de 30, dentro da empresa Du Pont, de Nemours nos
Estados Unidos, um modelo de Análise da Rentabilidade da empresa que
decompunha a Taxa de Retorno em Taxas de Margem de Lucro e Giro dos
Negócios, chamado de Análise do ROI (Return on Investment). No Brasil, a análise
de balanço até 1968, era ainda um instrumento pouco utilizado na prática. Neste ano
foi criada a SERASA, empresa que passou a operar como central de Análise de
Balanço de bancos comerciais. Atualmente, a análise de balanço é o meio mais
utilizado pelas instituições financeiras para consignação de créditos e muito utilizada
dentro das organizações como análise da situação econômico-financeira e apoio à
tomada de decisões. É através da análise das demonstrações financeiras que
podemos identificar os pontos críticos dentro da organização e apresenta
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imediatamente um esboço das prioridades para solucionar problemas. O
conhecimento teórico, e como usá-lo na prática é de extrema importância em se
tratando de estruturação e análise das demonstrações financeiras. Essas análises
garantem uma visão da estratégia e dos planos da empresa, possibilitando novas
decisões, permitindo estimar seu futuro, suas limitações e potencialidades. É de
primordial importância estar munidos desses conhecimentos, todos aqueles que
pretendem se relacionar com a empresa, como fornecedores, financiadores,
acionistas e principalmente profissionais na área financeira. As empresas buscam
profissionais capacitados e com grande conhecimento teórico e prático para
analisar, planejar e controlar seu sistema financeiro. Infelizmente a maioria dos
administradores financeiros não tem conhecimento de como desenvolver este
trabalho, e isto é um problema, pois muitos se preocupam apenas em negociar
propostas de crédito nas instituições financeiras, e não buscam auxiliar o
administrador da empresa a tomar decisões corretas utilizando os recursos da
empresa da melhor forma possível. Saber estruturar os dados coletados e conhecer
o significado de cada um é um conhecimento que todo o administrador financeiro
deve ter e para efetuar uma ótima análise financeira é preciso conhecer bem os
indicadores utilizados e suas finalidades.
O Orçamento é feito a partir das contas do Plano de Contas. Cada conta de Receita
ou Despesa criada no Plano de Contas aparecerá automaticamente no Orçamento
mostrando os valores orçados do mês corrente para cada conta, deve se fazer um
comparativo com os lançamentos realizados no Controle Financeiro.Além do nome e
dos códigos de conta, as colunas do Orçamento são as seguintes: Valor Orçado: é
o valor que você determinou como orçamento para cada Conta. Realizado: é o valor
total dos lançamentos da conta, calculado a partir dos lançamentos do Controle
Financeiro. Esse valor é o mesmo que é apresentado na coluna Movimento, no
Balancete. Realizado: é a comparação percentual entre o valor Realizado e o Valor
Orçado. Por exemplo, se para uma conta de despesa você orçou R$ 100, e já
gastou R$ 40, esta coluna indicará que 40% do valor orçado já foram atingidos.
Saldo: é a diferença entre o Valor Orçado e o Valor Realizado. Para as Receitas, é
o valor que ainda deverá ser recebido. Para as Despesas, é o limite que ainda pode
ser gasto.
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Ao abrir o Orçamento de cada mês, inicialmente a coluna Valor Orçado estará
zerada para todas as contas. Você pode orçar individualmente um valor para cada
Conta. Nas contas de Entradas/Receitas, se o valor Realizado é menor que o Valor
Orçado, o valor do Saldo será apresentado em vermelho, indicando que o Valor
Orçado ainda não foi atingido, e esse fato é ruim (gerando "déficit") para o resultado
do orçamento. Se o valor Realizado for maior que o Valor Orçado, o valor do Saldo
será apresentado em azul, que indica que isso é bom (gerando "superávit") para o
resultado do orçamento do mês.
Nas contas de Saídas/Despesas, o raciocínio é inverso. Se o valor Realizado é
maior que o Valor Orçado, o Saldo será apresentado em vermelho, indicando que já
foi gasto mais que o Valor Orçado, e isso estarão gerando um "buraco" no
orçamento. Se o valor Realizado é menor que o Valor Orçado, isso é muito bom,
pois foi gasto menos do que o Valor Orçado, e o valor do Saldo será apresentado
em azul. O objetivo do acompanhamento do orçamento é monitorar o saldo de cada
conta, para que, no final do mês, o saldo tanto para as contas de receita quanto para
as de despesa seja apresentado em azul, ou zero. Como é comum sermos
surpreendidos por despesas imprevistas, é aconselhável que o total das despesas
orçadas não ultrapasse 90% das receitas orçadas. Ou seja, ao fazer o orçamento,
certifique-se de que o Resultado do Mês para o Valor Orçado seja equivalente a pelo
menos 10% do total orçado para as Receitas.
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4 CONCLUSÃO
Vale ressaltar que as mudanças ocorridas nas organizações aumentam a
complexidade das atividades, passando a exigir das empresas maior quantidade de
informações para o controle do seu processo produtivo e das tomadas de decisões
nos níveis estratégico e operacional. A tomada de decisão se transformou na grande
questão a ser enfrentada pelos empreendedores, obrigando-os a pensar em
mecanismos mais eficientes, capazes de oferecer informações e sistemas de
controle de gestão para que as decisões sejam tomadas com base em previsões
que espelhem resultados futuros satisfatórios. Os administradores necessitam, cada
vez mais, de informações rápidas e confiáveis.
Surge, então, a necessidade de um programa orçamentário, montado a partir dos
objetivos e das metas da organização, que seja capaz de criar padrões econômicos
que projetem, para o futuro, o resultado operacional da empresa. O processo
orçamentário força as empresas a identificar seus objetivos em longo prazo e ser
específicas no estabelecimento das metas, além de forçá-las a envolver todos os
seus sócios e colaboradores no processo orçamentário, e principalmente, antecipa
problemas para melhor tratá-los, permitindo assim o controle.
Com tudo, percebe-se que o orçamento é um grande instrumento de planejamento e
controle, auxiliando as tomadas de decisões à cerca da gestão empresarial,
possibilitando o estabelecimento de metas e objetivos que a empresa necessita para
desenvolver suas atividades com sucesso, de forma a alcançar os resultados
almejados.
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