trabalho individual 4º semestre
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Itaberaba-Ba2014
THAYNAH SILVA SOBRINHO DO CARMO
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS
GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL, NOÇÕES DE ATUÁRIA E DIREITO EMPRESARIAL- UNIDOS
À CONTABILIDADE NA BUSCA DA VANTAGEM COMPETITIVA NEGOCIAL.
Itaberaba-Ba2014
GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL, NOÇÕES DE ATUÁRIA E DIREITO EMPRESARIAL- UNIDOS
À CONTABILIDADE NA BUSCA DA VANTAGEM COMPETITIVA NEGOCIAL.
Trabalho de Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Gestão Financeira e Orçamento Empresarial, Direito Empresarial, Noções de Atuária e Seminário Interdisciplinar IV. Orientadores: Professores: Alcides José da Costa Filho, Joenice Leandro Diniz dos Santos, Jossan Batistute e Regis Garcia.
THAYNAH SILVA SOBRINHO DO CARMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
2.1 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL...................................4
2.1.1 Conceito de Gestão Financeira..........................................................................5
2.1.1.1 Gestão financeira e fluxo de caixa...................................................................5
2.2 PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTO.....................................................8
2.2.1 Risco e Retorno..................................................................................................9
2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO...............................................................10
2.3.1 Pontos Positivos do Orçamento para Gestão...................................................13
2.4 NOÇÕES DE ATUÁRIA.......................................................................................14
2.4.1 Conceitos de Atuária.........................................................................................14
2.4.2 Previdência no Brasil........................................................................................15
2.5 DIREITO EMPRESARIAL....................................................................................16
2.5.1 Sociedades Empresariais e Sociedades Simples.............................................17
2.5.2 Obrigações dos Empresários e Sociedades Empresariais...............................18
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................20
REFERÊNCIAS.........................................................................................................21
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta uma análise sobre gestão financeira,
orçamento empresarial, noções de atuária e direito empresarial como um elemento
fundamental no processo de gestão. Evidenciam de forma ampla os principais
conceitos, características para conhecimento geral do processo.
Todos os pontos abordados reforçam ainda mais o quanto é
importante o estudo contínuo e atualizado para um trabalho eficiente e de evidentes
resultados. E sem dúvida mostrar que a presença do contador é cada vez mais
necessária para a sociedade e para as empresas. O principal objetivo desse artigo é
sem dúvida mostrar que a presença do contador é cada vez mais necessária para a
sociedade e para as empresas. Daí a evidente importância do conhecimento, da
evolução da profissão contábil.
É de grande relevância o seu estudo, pois estamos na época do
conhecimento, do capital intelectual, das grandes decisões e que a função do
contador na sociedade é fundamental, a cada dia que passa é mais importante.
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL
É um conjunto de atividades administrativas que envolvem as bases
da administração, planejamento, análise e controle, com o objetivo de maximizar os
resultados econômicos e/ou financeiros gerados pelas operações empresariais.
Entre as funções da atividade, estão à integração das ações de obtenção, operação
e controle dos recursos financeiros; determinação das necessidades dos recursos
financeiros; planejamento e inventário dos recursos disponíveis; captação de
recursos externos de forma eficiente (em relação aos custos, prazos, condições
fiscais e demais condições); e aplicação e equilíbrio adequados na perspectiva da
eficiência e rentabilidade. O Objetivo da gestão financeira é melhorar os resultados
apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimônio por meio da geração
do lucro líquido proveniente das atividades operacionais, mas nem sempre ocorre
uma adequada gestão financeira na empresa.
Uma gestão correta permite que se visualize a atual situação das
empresas. Registros adequados permitem análises e colaboram com o
planejamento para aperfeiçoar resultados. A gestão financeira abrange muitos
aspectos dentro da empresa, tudo necessita de certo cálculo financeiro.
Orçamento empresarial Trata do orçamento, não apenas como
componente de um sistema que envolve o planejamento global dos negócios das
organizações, mas também como peça de destaque no exercício do controle e da
avaliação do desempenho alcançada pelas operações realizadas. Analisa o controle
global da gestão, abordando o andamento da empresa em seu conjunto, sob os
perfis econômicos, patrimoniais e financeiros.
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2.1.1 Conceito de Gestão Financeira
É um conjunto de atividades administrativas que envolvem as bases
da administração, planejamento, análise e controle, com o objetivo de maximizar os
resultados econômicos e/ou financeiros gerados pelas operações empresariais.
Entre as funções da atividade, estão à integração das ações de obtenção, operação
e controle dos recursos financeiros; determinação das necessidades dos recursos
financeiros; planejamento e inventário dos recursos disponíveis; captação de
recursos externos de forma eficiente (em relação aos custos, prazos, condições
fiscais e demais condições); e aplicação e equilíbrio adequados na perspectiva da
eficiência e rentabilidade.
2.1.1.1 Gestão financeira e fluxo de caixa
Existem vários fatores que afetam o fluxo financeiro de uma
empresa, desde um cenário econômico "sombrio" em mundo globalizado, como o
que passamos recentemente, com altas taxas de juros e cortes de créditos, até
mesmo os prazos obtidos com fornecedores e concedidos a clientes. Por estas
razões e muitas outras é que se torna fundamental a adoção do "Fluxo de Caixa"
como instrumento de controle e também como base para tomada de decisões.
O Fluxo de Caixa pode ser utilizado tanto como ferramenta de
gestão operacional (curto prazo), como uma forma de gestão estratégica (médio e
longo prazo) fazendo uma projeção futura de entradas e saídas de recursos
financeiros, por um determinado período.
O seu objetivo, dentre vários, é: ajudar no planejamento estratégico
da empresa, controle do dinheiro que entra e sai prever períodos em que haverá
sobras de caixa ou necessidades sobre buscar fontes para financiar as
necessidades de caixa, evitar o descasamento de datas entre pagamentos e
recebimentos e planejar uma possível aquisição de equipamentos e etc.
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Para a montagem da projeção do fluxo de caixa devemos considerar
os seguintes dados:
a) Entradas:
Vendas à Vista;
Vendas a prazo (duplicatas, cheques pré-datados e cartão de
crédito);
Venda de Imobilizado (observar se não irá prejudicar as
operações da empresa);
Empréstimos e/ou financiamentos junto a Bancos
Juros Recebidos de clientes;
Rendimentos de aplicação financeira;
Aumento de capital.
b) Saídas:
Distribuição dos lucros;
Pró - labore;
Pagamentos de juros a fornecedores;
Aquisição de equipamentos (Capital de Giro por Capital Fixo);
Compra à Vista;
Pagamento de Fornecedores;
Impostos;
Despesas Operacionais (Folha de pagamento, aluguel, água,
luz, telefone, honorários).
O fluxo de caixa quando gerado com eficiência é uma poderosa
ferramenta para a gestão de negócios, as informações devem ser detalhadas, o
gestor deve ter domínio do ciclo operacional da empresa e também é fundamental a
implantação de controles auxiliares.
Pode ser usado por empresas de qualquer porte, lembre-se que é
uma ferramenta de gestão que pode lhe dar suporte para decisões futuras com base
nos dados atuais, desde que estes números sejam reais e atualizados
religiosamente.
O controle pode ser semanal, mensal, e até mesmo diário, comece a
usá-lo e verá o quanto é necessário ter o controle em suas mãos.
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Uma cultura de planejamento financeiro e organização são
fundamentais para o sucesso do fluxo de caixa, pois para ele convergem as
informações financeiras de todos os setores da empresa.
Manter controles auxiliares é essencial: controle de bancos, de
clientes, de fornecedores, controle de despesas e controle da movimentação de
caixa, são fundamentais para o sucesso do fluxo de caixa.
Uma análise básica que podemos fazer usando o fluxo de caixa é
sobre quando o ocorre, por exemplo, o descasamento de prazos entre recebimentos
e pagamentos. A empresa pode estar tendo um prazo curto para pagar os
fornecedores e em compensação estar dando um prazo longo para os recebimentos
de seus clientes. Tendo em mãos o controle de duplicatas a receber, cheque pré-
datado ou outro controle de recebimento futuro, confrontado com as contas a
pagar em um fluxo de caixa, está informação de descasamento ficará evidente.
Com o fluxo projetando uma visão futura de receitas e despesas
(baseados no histórico da empresa, nunca em informações super ou sub -
valorizadas) podemos ter a certeza que teremos capital suficiente para a aquisição
de maquinário, ou não. E mais, ainda podemos ver o impacto dele em cima da
nossa produção projetando novas também receitas.
São muitas as decisões que podemos tomar com análise do fluxo, o
que fazer com as sobras de caixa? Aplicar no mercado financeiro? Comprar matéria
prima? Ou quem sabe antecipar compromissos com fornecedores, se o desconto é
interessante porque não?
Estas questões podem ser muito bem respondidas quando a
empresa possui controles eficazes e que traduzem a realidade.
Ao trabalhar com valores projetados não devemos subestimar os
custos e supervalorizar as receitas e tão pouco o contrário, devemos sim fazer uma
análise criteriosa das estimativas.
Então mãos a obra desenvolva o seu fluxo de caixa, desenvolva
outros controles, domine a gestão financeira da sua empresa para a tomada de
decisões estratégicas e correções de rota.
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2.2 PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTO
As decisões de investimentos dizem respeito aos comprometimentos
de recursos necessários para a organização obter, em um momento futuro, algum
tipo de retorno. Sejam em ativos circulantes ou permanentes, sejam em ativos
financeiros ou em outras empresas, é fundamental decidir que projetos receberão
recursos, em que quantidade e quais são os retornos esperados, tendo em vista os
objetivos traçados pela empresa e os meios necessários para atingi-los.
No cotidiano das empresas, a necessidade de tomada de decisões
relacionadas a investimentos é constante, o gestor deve nesta situação, definir
meios para aplicar o capital disponível visando tornar a empresa melhor e mais
rentável no futuro.
Esta tomada de decisões, em geral, quando relacionadas a finanças
e investimentos, acontece em ambientes de incertezas. Conforme afirmam Oldcorn,
este tipo de decisão implica em investir dinheiro, tempo e energia em um projeto de
resultados desconhecidos, porque só ocorrerão no futuro.
A decisão de investimento se torna complexa por envolver diversos
fatores, inclusive de ordem pessoal do gestor, assim, é necessário que este utilize
modelos teóricos para explicar e prever suas decisões pessoais. Em princípio, o
desafio na decisão de investimento é definir o retorno esperado e aplicar em
investimentos que apresentem condições de garantir este retorno. No entanto, surge
a dificuldade para avaliar os ganhos futuros e riscos de um potencial investimento.
Para minimizar os efeitos do risco e garantir uma avaliação mais real
do potencial investimento, o gestor deve munir-se do maior número de informações
possível acerca do projeto em que pretende investir.
Segundo Souza, um projeto de investimento pode auxiliar esta
tomada de decisão, pois é um esforço para elevar o nível de informação e reduzir os
riscos – o projeto é uma simulação da decisão de investir, e geralmente consegue
melhorar a tomada de decisão e diminuir os níveis de incertezas do investimento.
Para potencializar os ganhos, uma boa alternativa de investimento é
o mercado acionário, isto porque o mercado de ações historicamente tem
apresentado retornos maiores que as aplicações em rendas fixas no longo prazo,
pois em geral, este mercado reage com alta ao crescimento do PIB – Produto
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interno Bruto - pois quando há crescimento na economia, aumentam-se os lucros
por ações e a receita das empresas, valorizando, conseqüentemente, o preço de
suas ações.
O risco que envolve a tomada de decisão para investimento em
ações das empresas, está associado à probabilidade de ocorrência de determinados
resultados em relação aos valores esperados, este risco pode ser dividido em risco
econômico e risco financeiro.
O risco econômico está relacionado à conjuntura, ao mercado e ao
planejamento da empresa - suas vendas, seus preços e custos, os investimentos
que realiza. Já o risco financeiro está diretamente ligado ao endividamento da
empresa e sua capacidade de pagamento. Neste aspecto, os relatórios contábeis
são fundamentais para o processo de tomada de decisão, porque evidencia as
modificações ocorridas no patrimônio da empresa, virtude das ações empreendidas
em seu planejamento. O balanço patrimonial, por exemplo, evidencia a situação
patrimonial – seus bens, direitos e obrigações, e também sua situação financeira – a
capacidade de pagamento. Em uma análise mais detalhada, pode-se dizer ainda
que o Balanço Patrimonial evidencia também a situação econômica da empresa,
pois uma forma de avaliar sua capacidade econômica é observar as variações do
patrimônio líquido.
2.2.1 Risco e Retorno
Risco Econômico pode ser definido como a incerteza associada aos
retornos esperados. Não há como evitar o risco, portanto deve-se administrá-lo. O
risco é retratado na área financeira, como sendo a variância ou o desvio em relação
a uma média. Atualmente, o conceito de risco é utilizado diariamente na maioria das
operações financeiras. O risco em seu sentido fundamental pode ser definido como
a possibilidade de prejuízos financeiros. E o risco de um investimento está ligado à
probabilidade de se ganhar menos que o esperado. O risco, no mercado financeiro,
pode ser conceitualmente dividido em dois tipos básicos:
a) Risco diversificável: também conhecido por risco não-
sistemático;
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b) Risco não diversificável: também conhecido por risco
sistemático;
A gestão de riscos é considerada um instrumento essencial para a
otimização do uso do capital e a seleção das melhores oportunidades de negócios,
visando obter a melhor relação Risco x Retorno para os investidores. O processo de
seleção de uma carteira de ativos pode ser dividido em dois estágios:
a) O primeiro começa com observação e experiência e termina
com opiniões sobre a performance futura dos negócios avaliados;
b) O segundo estágio começa com as opiniões relevantes sobre o
futuro e termina com a escolha de uma carteira de ações.
Em regra geral, o nível de rentabilidade está associado ao nível de
risco e quanto maior o risco aceito pelo investidor maior deve ser a rentabilidade
potencial deste investimento. Naturalmente, algumas aplicações envolvem maior
risco. O investidor somente deve aplicar seu dinheiro num investimento quando
conseguir entender o nível de risco que está assumindo. Não existe de fato
investimento sem risco, embora o mercado até trabalhe com algumas taxas como se
elas não tivessem risco algum, caso dos títulos do Tesouro norte-americano, e da
caderneta de poupança no Brasil. Portanto, podemos citar que existem três
conceitos importantes sobre investimento no mercado financeiro, que são: retorno,
incerteza e risco. Sendo assim, o retorno pode ser entendido como apreciação de
capital ao final do horizonte de investimento. Infelizmente, existem incertezas
associadas ao retorno que efetivamente são obtidos ao final do período de
investimento. E qualquer medida numérica dessa incerteza pode ser chamada de
risco. Os principais tipos de riscos financeiros são: Risco de Mercado; Risco de
Crédito; Risco de Liquidez; Risco Operacional; Risco Soberano; Risco País; Risco
Cambial; Risco Legal; Risco de Imagem.
2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO
A sobrevivência das empresas e organizações depende
significantemente de planejamentos. O planejamento é um processo construtivo
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onde qualquer negócio, qualquer estabelecimento deve-se adequar nesse processo.
Os tipos de planejamento são: Planejamento Estratégico, Tático e operacional.
O orçamento empresarial ganhou destaque entre os anos 1950 e
1960, quando empresas fortes no mercado começaram a utilizar o orçamento em
suas operações e com isso se expandiu mundialmente.
As principais etapas para uma empresa elaborar o orçamento
empresarial são: orçamento de vendas, orçamento de produção ou fabricação,
orçamento dos custos de matéria-prima, orçamento dos custos de mão-de-obra
direta, orçamento dos custos indiretos de fabricação, despesas de vendas e
administrativas, projeção dos financeiros.
No trabalho serão abordados os diversos tipos de orçamento
empresarial, bem como suas origens, objetivos e aplicabilidade. Os tipos de
orçamentos são: Orçamento Estático (Budget), Orçamento Flexível, Rolling Budget
Eforecast, Beyond Budgeting, Orçamento Ajustado Forecast, Orçamento Base Zero
e Controle Matricial.
a) Orçamento Estático:
Objetivo: É focada nos resultados de um único plano, uma única
atividade, uma vez que ele é elaborado ele não muda, fica estático, parado,
permanece sem alterações desde seu princípio. Esse tipo de orçamento não se
ajusta a mudanças. Aplicabilidade: Funções administrativas.
b) Orçamento Flexível:
Origem: Inicialmente na década de 70, na Alemanha por Kilger e
Plaut (GPK), englobando dois princípios básicos: controle e cálculo de custo por
produto e a diversificação entre custos fixos e variáveis.
Objetivo: Serve para auxiliar a empresa a calcular sua capacidade e
assim prever seus custos para vários níveis de atividades. O orçamento flexível
somente torna-se eficaz quando a empresa consegue calcular o que cada
empregado produz o que cada máquina ou computador produz e o que cada metro
quadrado a fábrica produz, assim os gestores conseguem se preparar para o
inesperado. Aplicabilidade: Esse tipo de orçamento avalia e controla os custos de
despesas operacionais e de fabricação.
c) Orçamento Rolling ou Contínuo:
Objetivo: Analisar naquele período que foi elaborado o orçamento, o
que deu certo e o que deu errado e assim projetar um novo orçamento a fim de
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diferenciar o que deu errado, contudo analisar detalhadamente as receitas e as
despesas para ter base para a elaboração do período futuro. O orçamento contínuo
cobre em torno de 12 meses, sendo que se pode revisá-lo mensalmente,
trimestralmente e semestralmente, resultando em um orçamento mais claro e
detalhado. Aplicabilidade: Empresas que trabalham com produtos com ciclo de vida
reduzido e processos que necessitam de rapidez nas mudanças.
d) Orçamento Beyond Budgeting:
Origem: Criado por um grupo de 60 empresas, no ano de 1998, do
qual os empresários renunciaram o orçamento tradicional e apostaram na
flexibilidade e descentralização dos gestores.
Objetivo: Criar um ambiente de trabalho favorável, com
autogerenciamento e uma cultura organizacional vinculado com responsabilidade,
fornecendo assim uma cadeia de motivação, produtividade e melhor atendimento
aos clientes da empresa, isso requer liderança e visão. O orçamento é projetado a
médio e longo prazo, em torno de 18 meses. Aplicabilidade: Fábricas e bancos.
e) Orçamento Ajustado:
Objetivo: Seu objetivo é a organização obter uma saída, uma
alternativa conforme o planejamento da quantidade da fabricação e vendas ou de
outras variáveis. O orçamento fica modificado a partir do orçamento inicial.
f) Orçamento Base Zero (OBZ):
Origem: Chamada de orçamento baseada em riscos, a primeira
formalização ocorreu em 1960, no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos,
portanto somente em 1970 ocorreu a implementação na Divisão de Assessoria e
Pesquisa da Texas Instruments, e a primeira publicação foi realizada nos meses de
novembro e dezembro do mesmo ano.
Objetivo: Seu objetivo é examinar o custo-benefício ou análise de
evolução de todos os processos, projetos e atividades, iniciando da estaca zero,
foco nos objetivos e metas dos gestores para uma estimativa de vendas, fabricação
e outras peças orçamentárias, sendo assim, o OBZ leva mais tempo para sua
elaboração e contrapartida conduz a um resultado acertado. Temos os tipos de
perguntas que ao elaborar o OBZ devemos analisar: O que gastar? Quanto gastar?
Como gastar? Onde gastar? Por que gastar?
Aplicabilidade: Atividades industriais, comerciais e de serviço, com
ou sem fins lucrativos.
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g) Controle Matricial:
Objetivo: Serve para controlar os custos da organização, de tal
forma como é chamada matricial que são analisados o orçamento através de linhas
e colunas, para assim estar mais preparada para o mercado competitivo.
Aplicabilidade: Controle de todas as despesas de qualquer empresa, de qualquer
ramo.
2.3.1 Pontos Positivos do Orçamento para Gestão
Inicialmente, deve-se ter em conta que o orçamento não é um
procedimento isolado, feito pelo departamento financeiro. É um conjunto de esforços
que tem o objetivo de maximizar os resultados, dentro dos parâmetros da ciência e
da lei. Pode-se até mesmo questionar o procedimento e até mesmo a lógica
científica de Finanças. Porém, após entender e compreender é fundamental colocar
em prática esses conceitos e práticas reconhecidos no mundo. Alguns dos pontos
positivos do orçamento para gestão:
a) Define metas e objetivos claros para toda a organização;
b) Comunica esses planos para toda a organização;
c) Possibilita a coordenação de atividades empresariais;
d) Determina quais os meios necessários para alocar recursos no
interior da empresa;
e) Possibilita descobrir eventuais "gargalos" operacionais;
f) Permite o estabelecimento de um processo de tomada de
decisão organizado e fundamentado.
Além dessas vantagens da elaboração de um orçamento, as
informações do processo de execução orçamentária podem ser utilizadas para a
avaliação do desempenho de atribuição de bônus de gerentes e executivos, por
departamento, setor ou atividade, cobrando-se responsabilidade pelos itens sobre os
quais o gestor possua responsabilidade direta, de acordo com as previsões
orçamentárias.
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2.4 NOÇÕES DE ATUÁRIA
2.4.1 Conceitos de Atuária
As ciências atuariais ou atuária caracterizam a área do
conhecimento que analisa os riscos e expectativas financeiros e econômicos,
principalmente na administração de seguros e pensões. Suas metodologias mais
tradicionais são baseadas em teorias econômicas, envolvendo suas análises numa
forte manipulação de dados, num contexto empresarial. Portanto, atuária é uma área
de conhecimento multidisplinar, onde o domínio de conceitos em economia,
administração, contabilidade, matemática, finanças e estatística são fundamentais
para o entendimento dos modelos atuariais mais elementares.
Essa ciência surgiu há cerca de 150 anos na Inglaterra, estudando
basicamente a mortalidade da população. A partir de então, ela voltava-se para o
cálculo da expectativa de vida, com interesse nas questões de aposentadoria e
pensão.
No século XX, a área de seguros expandiu a abrangência do estudo
atuarial, e a inserção cada vez mais freqüente das empresas de seguro e pensão no
mercado financeiro, fez com que a ciência atuarial se especializasse cada vez mais
em campos econômicos e financeiros. A partir de então as
empresas seguradoras passaram a oferecer programas de seguro de vida e outras
especializações, o que gerou cada vez maior necessidade do desenvolvimento das
ciências atuariais.
Os estudos da atuária dividem-se em dois principais ramos: o vida e
o não-vida. O primeiro trata das questões de longo prazo, como aposentadoria,
pensões, seguros de vida e saúde. O segundo está mais relacionado a
características de curto prazo, como os seguros de automóveis e responsabilidade
civil.
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2.4.2 Previdência no Brasil
O Sistema Previdenciário brasileiro, componente da Seguridade
Social, organiza em três regimes distintos: Regime Geral de Previdência Social,
Regime Próprio de Previdência Social e Regime de Previdência Complementar:
a) Regime Geral de Previdência Social – RGPS: previsto no art.
201 da Constituição Federal de 1988, é de caráter contributivo e de filiação
obrigatória, de âmbito nacional, aplicável a todos os trabalhadores do setor privado,
aos funcionários públicos celetistas e aos servidores titulares de cargos efetivos não
vinculados a regime próprio; admite Previdência Complementar;
b) Regime Próprio de Previdência Social – RPPS: instituído por lei
de cada ente federativo, contempla os servidores públicos titulares de cargos
efetivos civis da União, Estados, Distrito Federal e Municípios e militares dos
Estados e Distrito Federal, conforme previsto no art. 40 da Constituição Federal de
1988. De filiação obrigatória, segundo regra geral, possui caráter contributivo, admite
a constituição de fundo integrado de bens, direitos e ativos e funciona como um
seguro para utilização nas situações de risco social e benefícios programados.
Assim como no RGPS, admite Previdência Complementar;
c) Regime de Previdência Complementar – RPC: previsto no art.
202 da Constituição Federal de 1988, trata de regime de previdência privada de
caráter complementar, sendo facultativo e organizado de forma autônoma em
relação ao RGPS e ao RPPS, com a constituição de provisões que garantam o
benefício contratado. Subdivide-se em Entidades Abertas de Previdência
Complementar (EAPC) e Entidades Fechadas de Previdência Complementar
(EFPC).
A gestão dos Regimes Próprios de Previdência Social, foco da
presente obra, trata de questões relacionadas às normas previdenciárias aplicáveis
aos servidores públicos titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como dos militares dos Estados e Distrito Federal.
Abrange, portanto, exclusivamente, o servidor público titular de cargo efetivo, ativo e
aposentado, e o pensionista. De acordo com o art. 40 da CF de 1988, os RPPS
deverão assegurar ao servidor público, pelo menos, os benefícios de aposentadoria
e pensão, e sua criação depende de lei que disponha expressamente sobre tais
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benefícios, que são, no máximo, os mesmos previstos para o Regime Geral de
Previdência Social.
Os RPPS devem ser administrados por uma unidade gestora
responsáveis por seu gerenciamento e operacionalização. Na hipótese de o ente
federativo deixar de assegurar em lei os benefícios de aposentadoria e pensão aos
seus servidores titulares de cargos efetivos, os RPPS serão considerados em
extinção. A extinção da unidade gestora não evidencia a extinção dos RPPS.
Ressalta-se que o servidor público titular de cargo efetivo só poderá se vincular a um
RPPS, à exceção daquele que exercer cargo em acumulação, nas hipóteses
previstas no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal de 1988, quando deverá
filiar-se ao regime próprio em cada um dos cargos que exercer. Com a extinção dos
RPPS e consequente filiação do servidor ativo ao RGPS, serão devidas – a partir da
data da vigência da lei que deixou de garantir os benefícios aos servidores –, as
contribuições sociais, nos termos da Lei 8.212/1991. Permanecerão sob a
responsabilidade dos RPPS em extinção os aposentados e pensionistas, bem como
os servidores ativos que já tenham adquirido direito à aposentadoria, vedado o
reconhecimento retroativo de direitos e deveres aos RPPS. Saliente-se que eventual
patrimônio do regime próprio somente poderá ser utilizado no pagamento de
benefícios previdenciários da compensação financeira ou liquidação de débitos com
os RGPS, nos termos da legislação específica.
A Secretaria de Políticas de Previdência Social – SPS é o órgão do
Ministério da Previdência Social responsável pela formulação da política de
previdência social, pela supervisão de programas e ações das entidades vinculadas
e pela proposição de normas gerais para organização e manutenção dos regimes
próprios de previdência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
2.5 DIREITO EMPRESARIAL
O Direito Empresarial, antigo Direito Comercial, é o ramo do direito
que estuda as relações privatistas que envolvem a empresa e o empresário. Nessas
relações está o estudo da empresa, o direito societário, as relações de título de
crédito, as relações de direito concorrencial, as relações de direito intelectual e
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industrial e os contratos mercantis.
2.5.1 Sociedades Empresariais e Sociedades Simples
A sociedade simples é a pessoa jurídica que realiza atividade
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de
empresa (§ único do artigo 966). Exemplo típico de sociedade econômica não-
empresária é aquela constituída por profissionais do mesmo ramo como, por
exemplo, a dos advogados, médicos ou engenheiros, configurando-se como
sociedade simples (artigos 966 e 981) cujo contrato social é inscrito no Registro Civil
das Pessoas Jurídicas, salvo quando se tratar de sociedade de advogados que se
inscreve apenas na OAB (artigo 16 da Lei 8.906/94).
Diversamente, o Novo Código Civil considera empresário quem
exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e
circulação de bens ou de serviços (artigo 966).
Dessa forma, o indivíduo que trabalha por conta própria, mesmo
com a ajuda de colaboradores e de outros profissionais do mesmo ramo, como
ocorre em um consultório médico, um escritório de contabilidade ou advocacia
(sociedades de profissionais), enquadra-se no conceito de sociedade simples,
enquanto o hospital, a empresa de contabilidade que ministra cursos e a empresa do
ramo imobiliário (atividade organizada) caracterizam sociedades empresariais.
O limite entre a sociedade simples e a empresarial é muito tênue,
sendo que essas disposições somente encontrarão compreensão e extensão claras
no futuro com o entendimento jurisprudencial. Certamente, nos casos concretos, há
que se definir o que seja a atividade "organizada" do empresário.
O que se pode afirmar é que, da mesma forma que o direito anterior,
o NCC determina que sempre será considerada empresária a sociedade por ações,
conhecida também como sociedade anônima, e simples, a sociedade cooperativa.
Por fim, cabe salientar que, nos termos do artigo 983, as sociedades
simples, assim como as sociedades empresárias, poderão ser constituídas sob
qualquer tipo societário (nome coletivo, comandita, limitada).
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Sociedades Empresariais são aquelas que se enquadram no
conceito de empresa, devendo ter inscrição no Registro Público das Empresas
Mercantis (Junta Comercial) do Estado em que se encontra estabelecida.
Pode ser empresário qualquer pessoa capaz (maior de 18 anos ou
emancipado), que possa exprimir validamente suas vontades (mentalmente são),
sem impedimento legal (ex: juízes, certos funcionários públicos, etc.).
O NCC trouxe uma polêmica novidade, marido e mulher podem ser
sócios de uma mesma empresa, desde que não sejam casados sob o regime de
comunhão universal ou de separação obrigatória de bens (ex: maiores de 65 anos).
Para as sociedades já constituídas, cabe aos sócios discutir a validade dessa norma
ou alterar o regime matrimonial de bens.
2.5.2 Obrigações dos Empresários e Sociedades Empresariais
Os empresários individuais e as sociedades empresárias, têm,
basicamente, três obrigações fundamentais, para que suas atividades sejam
legalmente amparadas:
a) Dever de arquivamento de seus atos constitutivos na Junta
Comercial;
b) Dever de escrituração dos livros empresariais obrigatórios;
c) Dever de levantar, periodicamente, o balanço patrimonial e de
resultado econômico da empresa.
Para que possamos entender, da melhor maneira, o que representa
cada ato acima descrito, temos que entender primeiramente o que é a Junta
Comercial, que neste, são “órgãos existentes nos Estados e Distrito Federal, com
jurisdição no respectivo território, e sede na capital”, e são comandadas pelo
Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC).
Estes são subordinados a toda estrutura administrativa, oferecida
pelos Estados, com exceção do Distrito Federal, que é subordinada ao DNRC; são
competências das Juntas todo tipo de arquivamento e autenticação dos
instrumentos de escrituração que possuem a empresa.
Já no tocante à escrituração dos livros empresarias, nos dispõe o
18
artigo 1.179, “O empresário e a sociedade anônima empresária, são obrigados a
seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a
levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico”.
Mais que uma obrigação legal, a escrituração é instrumento
essencial para o bom desenvolvimento da atividade empresária.
A contabilidade é o cérebro, trocando em miúdos, da atividade
negocial, pois da contabilidade “diz quase tudo da vida empresarial, do desempenho
da atividade, de seu passado, de seu estado atual e de suas possibilidades – ou
necessidades – futuras”.
Partindo, agora, para o último item das obrigações empresariais,
temos o balanço patrimonial, uma tradução numérica da universidade jurídica do
empresário ou da sociedade empresária, são as relações jurídicas ativas (credor) e
passivas (devedor).
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3 CONCLUSÃO
Este trabalho buscou apresentar as principais características e
análise de aspectos comportamentais envolvidos no processo orçamentário,
entendendo as noções de atuária e direito empresarial que é de total relevância
dentro dessa profissão, nos impulsiona a buscar sempre mais o conhecimento
dentro desse trabalho importantíssimo dentro das instituições. Tendo como objetivo
apresentar uma breve análise dessas ferramentas dentro das organizações e seu
auxílio no processo de gestão.
Acredita-se que o futuro reserva o maior de todos os desafios: a
constante busca do conhecimento no intuito de melhorar sobre todos os aspectos a
vida das pessoas que é a razão da existência de qualquer ciência social. Como
restou provado pela pesquisa bibliográfica realizada, percebe-se que o Profissional
Contábil neste novo milênio deverá esforçar-se muito neste mercado competitivo e
terá que usar de Criatividade, Dinamismo, Competência e Inovação.
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REFERÊNCIAS
BATISTUTE, Jossan. Direito Empresarial e Tributário. Londrina: Unopar, 2014.
SANTOS, Joenice Leandro Diniz dos. Administração e Orçamento Empresarial: Ciências Contábeis/Joenice Leandro Diniz dos Santos, Thiago Nunes Bazoli. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
MAMEDE, Gladston. Manual de Direito Empresarial. São Paulo. Atlas.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2013.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. Ed. São Paulo: Harbra, 1997.
www.atuarios.org.br/iba/
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