6º sem - direito individual do trabalho (2015-2)

Upload: ricardo-vasconcelos

Post on 06-Mar-2016

3 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Resumo

TRANSCRIPT

  • MarceloSoldi 1

    TRABALHODIREITOINDIVIDUALDOTRABALHO

    I

    TEORIAGERALDODIREITODOTRABALHO Direito do trabalho o ramo da cincia do direito que tem por objeto as normas jurdicas quedisciplinamasrelaesdetrabalhosubordinado,determinamosseussujeitoseaorganizaesdestinadasproteodessetrabalho,emsuaestruturaeatividade.Adoutrinadivergequantosuanaturezajurdicanoentanto,amaioriaentendequeeleramodeDireitoPrivado.

    OtrabalhosubordinadotpicooobjetoprincipaldoDireitodoTrabalho,principalmentenoquetangeaocontratoindividualdetrabalhoentreempregadoeempregador.

    FontesdoDireitodoTrabalho

    O Direito do Trabalho tem a sua fonte material, que seria a luta de classes entre empregador xempregado,eafonteformal,queseriaoprpriodireitopositivado.

    Asnormasdeproduoestataloriginam-sedostrspoderes:Executivo,LegislativoeJudicirio.Jasnormasnoestataisoriginam-sedaempresa, sindicatos,etc. (normas referentesaohorriodeentrada, sedevepermanecer comcrachdurante todooexpediente, etc.).Geralmenteesses tiposde regulamento sedodeformaunilateralnoBrasil.

    As convenes coletivas, feitas pelos sindicatos, no so leis, mas tem fora de lei no mbitotrabalhista.AsnegociaescoletivastambmsomuitoimportantesnoDireitoTrabalhista,enormalmentebilateral:geralmenteentreosindicatoeaempresa(ourepresentantesdosempregados).Temporobjetoascondiesdetrabalho,comojornada,pisosalarial,etc.Verifica-seopactosocialquandoogovernotambmentranessadiscusso.

    OscostumestambmsofontedoDireitodoTrabalho.Umexemplooavisoprvio,que,nostermosdaCLT,feitodeformainformal,oralmente,masnodiaadiaseddeformaescritaparadirimirpossveisdvidas e complicaes. Logo, isso no est na lei, mas no deixa de ser norma. Assim, verifica-se que odireitotrabalhistamultinormativo(pluricntrico),poissuasnormasvemdediversasfontes.

    a) Constituio:ocorpodeprincpiosenormasquepautamaorganizaodoEstado.b) Leis: tambm decorrem do Poder Legislativo. No Brasil h uma legislao ampla, consolidada. A

    maioriadispositiva.c) Atos do poder Executivo:quando o Executivo no pode esperar pelo Legislativo para resolver uma

    questourgente(medidasprovisriasquedepoissoratificadaspeloLegislativoeviramleis).d) Atosdopoder Judicirio: temosassentenas individuais,queafetamapenaso trabalhadornaquele

    casoconcreto,eassentenasnormativas,queafetamtodososdemaistrabalhadores.Ajurisprudncia

  • MarceloSoldi 2

    um conjunto de decises reiteradas do Tribunal que criam uma direo para a soluo de casosfuturosesemelhantes.IssopodelevarelaboraodeumasmulapeloTST.

    e) Negociaocoletiva:seusresultadossoaconvenocoletivaouoacordocoletivodetrabalho.Elaautocompositiva,ouseja,ummeiodesoluopelasprpriaspartes,deconflitoscoletivos.resultadoda negociao entre uma ou mais organizaes de trabalhadores, e uma ou mais organizaespatrionais.Aconvenocoletivavaleparatodosdacategoria,aopassoqueosacordoscoletivosvalementreasempresasacordantes.

    f) Usosecostumesg) TratadoseConvenesInternacionais:aprincipalaOIT.

    Hierarquiadasnormas

    Utiliza-se o princpio da regra da aplicao da normamais favorvel ao trabalhador, princpio esseconsideradoomaiorde todosnodireito trabalhista.Nos termosdesseprincpio,podeoempregadopegarqualquernormatrabalhista,etorn-laAnorma.

    PrincpiosdoDireitodoTrabalho

    PrincpiosdoDireitoCivilaplicadosnodireitotrabalhista

    Autonomia da vontade: as partes possuem liberdade contratual, mas ela limitada, pois existemnormastrabalhistasquesoindependentesdopactoentreaspartes.

    Pacta sunt servada: os contratos devem ser respeitados, e executados pelas partes nos termosajustados.

    Exceptiononadimpleticontractus:aexceodocontratonocumprido.Umapartenopodeexigirda outra o cumprimento de sua obrigao semque elamesmano tenha cumprido coma prpriaobrigao.

    Clusula rebussic stantibus: seascondiesdocontrato foremmudadassubstancialmente,deve-serepactua-lo.

    PrincpiosdoDireitodoTrabalho,segundoPlRodrigues

    Princpiodarazoabilidade:orientaascondiesnaesferatrabalhistaaseremrazoveis. Princpiodaboa-f Princpiodaproteoaotrabalhador:oprincpiodahipossuficincia.Parte-sedopressupostodeque

    existeumadesigualdadeeconmicaentreoempregadoeoempregador.Visaprotegeropolomaisfraco, criando uma igualdade jurdica, atravs da aplicao da normamais favorvel, da condioomaisbenfica,edocritrioindubioprooperario.

    Princpio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas: o trabalho tem carter alimentar doempregadoedesuafamlia.Logo,elenopodeabrirmodeseusdireitostrabalhistasemnenhumahiptese,mesmosehouverpactuao.

  • MarceloSoldi 3

    Princpio da continuidade da relao de emprego: o contrato de trabalho de trato sucessivo ouinstantneo.Quantomais duradouros os contratos trabalhistas,mais estveis as relaes sociais (enoapenasindividuais).Aregrasooscontratosdeprazoindeterminado.

    Princpiodaprimaziadarealidade:averdaderealserconsideradaemdetrimentodaverdadeformal.

    IICONTRATOINDIVIDUALDOTRABALHO

    Otrabalhoprofissionaltradicionalmentedivididoemsubordinadoeautnomo.Trata-sederelaojurdicadenaturezacontratual,tendocomosujeitosoempregadoeoempregador,ecomoobjetootrabalhosubordinado,continuadoeassalariado.

    Ocontratoindividualdetrabalhoaformalizaodarelaodeemprego.

    Art.442-Contrato individualdetrabalhooacordotcitoouexpresso,correspondenterelaodeemprego.Pargrafonico-Qualquerquesejaoramodeatividadedasociedadecooperativa,noexistevnculoempregatcioentreelaeseusassociados,nementreesteseostomadoresdeserviosdaquela.

    TrabalhosubordinadocomoobjetodoDireitodoTrabalho

    Aopassoquenotrabalhoescravooobjetootrabalhador,notrabalhosubordinado,otrabalhadorsujeito.Oobjetoaenergiadetrabalho,ouseja,oempregodeenergiaparaseguirregraseordens.

    O trabalho subordinadoaquelenoqualo trabalhador,por livree consentidavontade, transfereaterceiros o modo como o trabalho ser prestado, competindo a este terceiro favorecido o poder deorganizao, direo, controle e disciplinar na relao jurdica de trabalho na forma de legislao. Otrabalhadortemtambmaliberdadedeescolherotrabalho.

    Asubordinaotemcartereconmico/alimentar,epossui tambmcarter jurdico,devendoseguirnormasjurdicaseoprpriocontratoestipuladoentreaspartes.

    Caractersticas

    Naturezaprivatistatrata-sedeumarelaoentreparticulares.Deumladooempregado(pessoafsica), e do outro o empregador (pessoa fsica ou jurdica). Pessoa jurdica nunca pode serempregado.

    Consensual deve-se respeitar a livre vontade das partes.O contrato pode ser tcito ou expresso,escritoouverbal,poisvigoranoDireitodoTrabalhooprincpiodaprimaziadarealidade.

    Sinalagmtico o contrato estabelece direitos e obrigaes recprocas para o empregado eempregador.

    Onerosidade Tratosucessivo Pessoalidadedotrabalho.

  • MarceloSoldi 4

    Classificao

    (1)Quantoaoajuste(formadeconstituio)

    Contratoporprazoindeterminado:aregra. Contratoprazo(prazodeterminado):excepcional.Aleiestabelecesituaesexcepcionaisnasquais

    esse tipo de contrato permitido. Se exceder o prazo da lei, torna-se contrato de prazoindeterminado.Aleiestabelecequeocontratospodeserrenovadoumavez,dentrodoprazode2anos.

    Contratodeexperincia:umtipodecontratoaprazo,eserveparaverificarseapessoaestaptaparadeterminadotrabalho.Podeserutilizadoemtodaequalquerexperincia,enopodeexceder90dias.

    Art.443-Ocontratoindividualdetrabalhopoderseracordadotcitaouexpressamente,verbalmenteouporescritoeporprazodeterminadoouindeterminado.1-Considera-secomodeprazodeterminadoocontratodetrabalhocujavignciadependadetermoprefixado ou da execuo de servios especificados ou ainda da realizao de certo acontecimentosuscetveldeprevisoaproximada.2-Ocontratoporprazodeterminadosservlidoemsetratando:a)deserviocujanaturezaoutransitoriedadejustifiqueapredeterminaodoprazo;b)deatividadesempresariaisdecartertransitrio;c)decontratodeexperincia.

    Art.445-Ocontratodetrabalhoporprazodeterminadonopoderserestipuladopormaisde2(dois)anos,observadaaregradoart.451.Pargrafonico.Ocontratodeexperincianopoderexcederde90(noventa)dias.

    Art.451-Ocontratodetrabalhoporprazodeterminadoque,tcitaouexpressamente,forprorrogadomaisdeumavezpassaravigorarsemdeterminaodeprazo.

    Sujeitos

    Empregado

    Art. 3 - Considera-se empregado todapessoa fsica queprestar servios denaturezanoeventual aempregador,sobadependnciadesteemediantesalrio.

    Deveserpessoafsica,queprestaserviosnoeventuais,mediantepagamentodesalrio.Otrabalhoporeleprestadopersonalssimo,subordinado,remuneradoecontnuo.

    O trabalhador encontra-se em situao de subordinao, para o fim de transferir ao empregador opoderdedireosobreaatividadequedesempenhar.

    Noempregado:

    Trabalhador autnomo: quem trabalha por conta prpria. No tem subordinao, e ele prpriocontribuiparaprevidncia.

    Expresso

    Tcito

    Escrito

    Verbal

    Porprazoindeterminado

    Aprazo

    Deexperincia

    (2)Quantoaoprazodedurao

  • MarceloSoldi 5

    Trabalhador eventual: aquele que presta a sua atividade para algum ocasionalmente. Temsubordinao,masdecurtadurao,logonohhabitualidade.Ex:adiarista.

    Trabalhador avulso: no empregado, mas tem os seus direitos equiparados ao do trabalhadorconvencional.Elegeralmentecontratadopormeiodeintermediaosindical.Elealienaopoderdedireosobreoprpriotrabalhoemtrocaderemunerao.

    CF.Art.7.XXXIV-igualdadededireitosentreotrabalhadorcomvnculoempregatciopermanenteeotrabalhadoravulso.

    Trabalhadortemporrio:empregadodeumaempresadeserviostemporrios,equespodeestarna empresa tomadora por at 3 meses. Se ultrapassar esse perodo, sem autorizao de rgotrabalhista, seu contrato com a empresa se extingue, e ele passa a ser empregado da tomadora. geralmente utilizado para substituio de pessoal regular e permanente, em frias, licena, etc, ouparacorresponderaoacrscimodeservio(fimdeano,etc).

    Estagirio.

    Empregador

    Art. 2 - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos daatividadeeconmica,admite,assalariaedirigeaprestaopessoaldeservio.1-Equiparam-seaoempregador,paraosefeitosexclusivosdarelaodeemprego,osprofissionaisliberais, as instituies de beneficncia, as associaes recreativas ou outras instituies sem finslucrativos,queadmitiremtrabalhadorescomoempregados. 2 - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurdicaprpria, estiverem sob a direo, controle ou administrao de outra, constituindo grupo industrial,comercial ou de qualquer outra atividade econmica, sero, para os efeitos da relao de emprego,solidariamenteresponsveisaempresaprincipalecadaumadassubordinadas.

    O empregador pode ser pessoa fsica ou pessoa jurdica (empresa individual ou coletiva). Oempregadorpossuiopoderdiretivo,quecorrespondeospoderesdeorganizao,decontroleeodisciplinar.elequemassumeosriscosdoempreendimento,admite,assalaria,edirigeaprestaopessoaldoservio.

    Oempregadordeterminaquemexercecadafuno,atribuindo-asdeacordocomasqualificaesdofuncionrio (poder de organizao da atividade do empregado). Ele tambm pode aplicar sanes (poderdisciplinar),efiscalizaraatividadedoempregado(poderdecontrole).

    Ele pode ser urbano, rural, ou domstico (tal classificao no vaimais ter tanta relevncia). Podetambm ser classificado quando ao setor de direito, privado ou pblico, ou seja, quando ente de direitopblicocontratapelaCLTeleempregador.

    Tiposespeciaisdeempregado

    Aprendiz: visa a aprendizagem de determinada funo, e ocorre por intermdio das escolasprofissionais.

    Art.428.Contratodeaprendizagemocontratodetrabalhoespecial,ajustadoporescritoeporprazodeterminado,emqueoempregadorsecomprometeaasseguraraomaiorde14(quatorze)emenorde24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formao tcnico-profissionalmetdica,compatvelcomoseudesenvolvimentofsico,moralepsicolgico,eoaprendiz,aexecutarcomzeloedilignciaastarefasnecessriasaessaformao.

  • MarceloSoldi 6

    Empregado domstico: aquele que exerce uma atividade no lucrativa, de forma contnua, nombitododomiclio (oempregadornotem lucrodaatividadedodomstico,por issoaatividadeno lucrativa). A jurisprudncia ampliou a abrangncia para incluir todos os empregados quetrabalhamPARAodomiclio(antigamenteeramapenasosquetrabalhavamNOdomiclio).

    Empregadoemdomiclio:aquelequetrabalhanaprpriacasa,emantmasoutrascaractersticascomosubordinao,habitualidadeepessoalidade,logo,possuiosmesmosdireitos.

    Art.6oNosedistingueentreotrabalhorealizadonoestabelecimentodoempregador,oexecutadonodomicliodoempregadoeorealizadoadistncia,desdequeestejamcaracterizadosospressupostosdarelaodeemprego.

    Exercentedecargodeconfiana:sregulamentadoemleiaquestodosbancrios.Emtese,elestrabalham6horaspordia,mas seobancrio forexercentede cargode confiana (gerente, chefia,etc),eledevertrabalhar8horas.Utiliza-seodispositivoporanalogiaparaoutrasatividades.

    Art.224-Aduraonormaldotrabalhodosempregadosembancos,casasbancriaseCaixaEconmicaFederalserde6(seis)horascontinuasnosdiasteis,comexceodossbados,perfazendoumtotalde30(trinta)horasdetrabalhoporsemana.1-Aduraonormaldotrabalhoestabelecidanesteartigoficarcompreendidaentre7(sete)e22(vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horrio dirio, um intervalo de 15 (quinze)minutosparaalimentao. 2 - As disposies deste artigo no se aplicam aos que exercem funes de direo, gerncia,fiscalizao,chefiaeequivalentes,ouquedesempenhemoutroscargosdeconfiana,desdequeovalordagratificaonosejainferiora1/3(umtero)dosalriodocargoefetivo.

    Mesocial:umamulherqueexercesua funoemumacasa-lar (instituiesqueabrigamat10menoresabandonados).

    Capacidade

    Capacidadeaaptidodeumapessoaparasertitulardeumdireitoeexerc-lodiretamente.

    IdadeMenorde14anos Incapaz14anosatmenorde18anos Relativamenteincapaz18anoscompletos Absolutamentecapaz

    CF. Art. 7. XXXIII - proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre amenores de dezoito e dequalquer trabalho amenores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de quatorzeanos;

    Art.439-lcitoaomenorfirmarrecibopelopagamentodossalrios.Tratando-se,porm,derescisodo contrato de trabalho, vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistncia dos seusresponsveislegais,quitaoaoempregadorpelorecebimentodaindenizaoquelhefordevida.

    Art.440-Contraosmenoresde18(dezoito)anosnocorrenenhumprazodeprescrio.

    Suspensoeinterrupodosefeitosdocontrato

    Emalgumassituaes,podeocorrerdosefeitosdeumcontratoseremsuspensosou interrompidos,apesardelecontinuarvigorando.Osefeitosquesosuspensoseinterrompidossoosseguintes:

  • MarceloSoldi 7

    Paraoempregado:aprestaodoservio. Paraoempregador:pagamentodaremuneraoerecolhimentodoFGTSdoempregado.

    Suspenso a paralisao temporria dos efeitos do contrato, enquanto que interrupo aparalisaodaprestaodoserviooempregadorcontinuacumprindocomsuasobrigaes.

    Exemplos:

    Greve Abusiva:suspensodiasnotrabalhadosserodescontados. Senoabusiva: interruposecumpridos todosos requisitosdaLeideGreve,osgrevistas

    recebempelosdiasemgreve. Doenaouacidentedetrabalho

    Afastadoat15dias:interrupotrata-sedefaltajustificada. Afastado a partir do 16 dia, justificadamente: suspenso o INSS quem providenciar o

    pagamentodoempregado. Frias:interrupo Licenadagestante:tem120diasseaempresanoaderiuaoprogramaEmpresaCidad(seaderiu,

    so180dias).Quempagaaprevidnciamasrecolhidoofundodegarantiadela.Emtese,seriainterrupo,mashdivergncianadoutrina.

    Licenapaternidade:interrupotrata-sedefaltajustificada. Aborto

    Legal:interrupotrata-sedefaltajustificada. Ilegal:suspensotrata-sedefaltainjustificada.

    Serviomilitar:hcontagemdetempodeservioerecolhimentodeFGTS,masnorecebesalrio.Hdivergncia.

    SUSPENSO INTERRUPO DIVERGNCIA

    Greve Abusiva X Noabusiva X

    Doenaouacidente

    At15dias X Apartirdo16 X

    Frias X Licenamaternidade XLicenapaternidade X

    Aborto Legal X Ilegal X Serviomilitar X

    Sucessodeempresas

    Trata-sedetodaequalquermudananatitularidadedaempresaempregadora,ounasuaestruturajurdica(fuso,ciso,etc.).

    Art.448-Amudananapropriedadeounaestruturajurdicadaempresanoafetaroscontratosdetrabalhodosrespectivosempregados.

  • MarceloSoldi 8

    Art.449-Osdireitosoriundosdaexistnciadocontratodetrabalhosubsistiroemcasodefalncia,concordataoudissoluodaempresa.

    Quando isso ocorre, vigora o princpio da continuidade do contrato de trabalho, e o principio dadespersonalizao da empresa. Assim, os contratos permanecero inalterados, em princpio. Afinal,considera-seempregadoraempresa,enooseutitular logo,evidentequeaalteraodesdenoteriacomoacarretarqualqueralteraonoscontratosdetrabalho.

    Aempresasucessora,portanto,assumirtodososcontratosdetrabalhodasucedida.

    Alteraonascondiesdetrabalho

    Ascondiesdetrabalhodisciplinamomodopeloqualotrabalhoserdesempenhado,resultantesdocontrato ou apenas existiremno plano concreto (a pratica constante gera efeitos obrigacionais). Vigora oprincpio legal da imodificabilidade, mas as condies do trabalho podem ser alteradas se houverconsentimentomtuoesenoprejudicaroempregado,emalgumassituaesprevistasemlei.

    Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies pormtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos aoempregado,sobpenadenulidadedaclusulainfringentedestagarantia.

    Oempregadorpode,emcasosexcepcionais,alterarporimposio,deformaunilateral,ascondiesde trabalhodos seusempregados. Trata-sedoprincpiodo jus variandi,umcontraste comoprincpiodaimodificabilidadedascondiesdetrabalho.Algumassituaesestoprevistasnospargrafosdoart.469.

    Art.468.Pargrafonico -Noseconsideraalteraounilateraladeterminaodoempregadorparaqueorespectivoempregadorevertaaocargoefetivo,anteriormenteocupado,deixandooexercciodefunodeconfiana.

    Art.469-Aoempregadorvedadotransferiroempregado,semasuaanuncia,paralocalidadediversadaqueresultardocontrato,noseconsiderandotransfernciaaquenoacarretarnecessariamenteamudanadoseudomiclio. 1 - No esto compreendidos na proibio deste artigo: os empregados que exeram cargo deconfiana e aqueles cujos contratos tenham como condio, implcita ou explcita, a transferncia,quandoestadecorraderealnecessidadedeservio. 2 - licita a transferncia quando ocorrer extino do estabelecimento em que trabalhar oempregado.3-Emcasodenecessidadedeserviooempregadorpodertransferiroempregadoparalocalidadediversa da que resultar do contrato, no obstante as restries do artigo anterior, mas, nesse caso,ficar obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dossalriosqueoempregadopercebianaquelalocalidade,enquantoduraressasituao.

    Transfernciadoempregado

    As regras sobre transferncia de empregados para outras localidades so protecionistas. De formageral,vedadaatransfernciadeempregadoparalocalidadediversadaquelaemqueprestaservios.Noseconfiguratransfernciaquandooempregadodeslocadoparafilialdamesmaempresanamesmalocalidade,casoemquesodevidasasdespesasacrescidasdelocomoo.

    TST.Smula29.Empregadotransferido,poratounilateraldoempregador,paralocalmaisdistantedesua residncia, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acrscimo da despesa detransporte.

    No h tambm transferncia quando o empregado, mesmo passando a trabalhar em outralocalidade,no temnecessidadedemudarde residnciaparapoder trabalhar, poisoempregador fornececonduo.

  • MarceloSoldi 9

    A regrabsicada transfernciaanecessidadedeservio, sendoabusiva,portanto,a transfernciasemcomprovaodanecessidade.Noconsideradaabusivaatransfernciabilateral.

    Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administrao sindical ou representao profissional,inclusivejuntoargodedeliberaocoletiva,nopoderserimpedidodoexercciodesuasfunes,nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossvel o desempenho das suasatribuiessindicais.

    Art. 659 - CompetemprivativamenteaosPresidentesdas Juntas, almdasque lhes foremconferidasnesteTtuloedasdecorrentesdeseucargo,asseguintesatribuies:IX-concedermedidaliminar,atdeciso final do processo, em reclamaes trabalhistas que visem a tornar sem efeito transfernciadisciplinadapelospargrafosdoartigo469destaConsolidao.

    IIISALRIO

    Art. 457 - Compreendem-se na remunerao do empregado, para todos os efeitos legais, alm dosalriodevidoepagodiretamentepeloempregador,comocontraprestaodoservio,asgorjetasquereceber. 1 - Integram o salrio no s a importncia fixa estipulada, como tambm as comisses,percentagens,gratificaesajustadas,diriasparaviagenseabonospagospeloempregador. 2 - No se incluem nos salrios as ajudas de custo, assim como as dirias para viagem que noexcedamde50%(cinqentaporcento)dosalriopercebidopeloempregado. 3 - Considera-se gorjeta no s a importncia espontaneamente dadapelo cliente ao empregado,comotambmaquelaquefrcobradapelaemprsaaocliente,comoadicionalnascontas,aqualquerttulo,edestinadaadistribuioaosempregados.CF.Art.7Sodireitosdostrabalhadoresurbanoserurais,almdeoutrosquevisemmelhoriadesuacondiosocial:XXX-proibiodediferenadesalrios,deexercciodefunesedecritriodeadmissopormotivodesexo,idade,corouestadocivil;XXXI-proibiodequalquerdiscriminaonotocanteasalrioecritriosdeadmissodotrabalhadorportadordedeficincia;

    Salrio a totalidadedas percepes econmicas dos trabalhadores, qualquer que seja a formaoumeio de pagamento, quer retribuam o trabalho efetivo, os perodos de interrupo do contrato e osdescansoscomputveisnajornadadetrabalho.Demodogeral,osalrioacontraprestaodotrabalho.

    Trata-se de parcela fixa da remunerao, que integrada pelo salrio, gorjeta, comisses,porcentagens, gratificaes ajustadas, dirias para viagem, e abonos pagos pelo empregador (rol noexaustivo).Nointegraasajudasdecustoeasdiriasparaviagemmenoresouiguala50%dosalriomnimo.

    Asdiriasparaviagemoqueoempregadorecebequandoviaja,paracobrirosseusgastos.Jaajudadecustoovalorqueoempregadorecebeparacompensarosgastosqueeletevecomoprpriodinheiro(temnaturezadeindenizao).

    Os benefcios previdencirios, como a aposentadoria, auxlio doena, salrio famlia, etc, no sosalrio. A complementao previdenciria paga pela empresa o empregado recebe o benefcioprevidencirio,eaempregapagaadiferenaentreissoeoqueeleestaria,defato,recebendo.

    CF. Art. 7. XI participao nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunerao, e,excepcionalmente,participaonagestodaempresa,conformedefinidoemlei;

  • MarceloSoldi 10

    A participao nos lucros, ou resultados, acordada na negociao coletiva, com presena dosindicato.Essaparticipaodesvinculadadaremunerao,edaparticipaonagestodaempresa.HaviaumasmuladoTSTqueintegravaessaparticipaonaremunerao,masissofoinegadopelaCF/88.

    Formasdepagamentodosalrio

    Art.459-Opagamentodosalrio,qualquerquesejaamodalidadedotrabalho,nodeveserestipuladoporperodosuperiora1(um)ms,salvonoqueconcerneacomisses,percentagensegratificaes.1Quandoopagamentohouversidoestipuladoporms,deverserefetuado,omaistardar,atoquintodiatildomssubsequenteaovencido.

    Osalriopodeserpagoportempo,porproduo,ouportarefa.Opagamentoportempoaformamaiscomum;opagamentopodeserdirio,semanal,quinzenaloumensal.Mensalamaiorperiodicidadepermitida,etemumdialimite:o5diatilsubsequenteaomstrabalhado.

    O pagamento por produo se d quando o empregado produz unidades de alguma coisa, e cadaunidadecorrespondeaumatarifa,multiplicando-se,aofim,ovalordessatarifapelaquantidadedeunidadesproduzidas.Essaformadepagamentotemumladobom,eumladoruim:bomporqueoempregadoconsegueaumentarseusganhosseaumentarasuaprodutividade;eruim,poisissotrazumdesgasteele.

    Por fim,opagamentopor tarefa realizadono fimda tarefa solicitada.Geralmente temum limite,poisoempregadopodeproduziratcertolimite.

    Meiosdepagamentodosalrio

    Art.463-Aprestao,emespcie,dosalrioserpagaemmoedacorrentedoPas.Pargrafonico-Opagamentodosalriorealizadocominobservnciadesteartigoconsidera-secomonofeito.Art.464-Opagamentodosalriodeverserefetuadocontrarecibo,assinadopeloempregado;emsetratandodeanalfabeto,mediantesuaimpressodigital,ou,nosendoestapossvel,aseurogo.Pargrafonico.Terforadereciboocomprovantededepsitoemcontabancria,abertaparaessefimemnomedecadaempregado,comoconsentimentodeste,emestabelecimentodecrditoprximoaolocaldetrabalho.

    O salrio pode ser pago em dinheiro e cheque (forma de prova: recibo), depsito bancrio(comprovantededepsito),epagamentoemutilidades.

    Art.458-Almdopagamentoemdinheiro,compreende-senosalrio,paratodososefeitoslegais,aalimentao,habitao,vesturioououtrasprestaes"innatura"queaempresa,porfradocontratooudocostume,fornecerhabitualmenteaoempregado.Emcasoalgumserpermitidoopagamentocombebidasalcolicasoudrogasnocivas.1Osvalresatribudossprestaes"innatura"deveroserjustoserazoveis,nopodendoexceder,emcadacaso,osdospercentuaisdasparcelascomponentesdosalrio-mnimo(arts.81e82)2oParaosefeitosprevistosnesteartigo,noseroconsideradascomosalrioasseguintesutilidadesconcedidaspeloempregador:Ivesturios,equipamentoseoutrosacessriosfornecidosaosempregadoseutilizadosnolocaldetrabalho,paraaprestaodoservio;IIeducao,emestabelecimentodeensinoprpriooudeterceiros,compreendendoosvaloresrelativosamatrcula,mensalidade,anuidade,livrosematerialdidtico;IIItransportedestinadoaodeslocamentoparaotrabalhoeretorno,empercursoservidoounoportransportepblico;IVassistnciamdica,hospitalareodontolgica,prestadadiretamenteoumedianteseguro-sade;Vsegurosdevidaedeacidentespessoais;VIprevidnciaprivada;

  • MarceloSoldi 11

    VIII-ovalorcorrespondenteaovale-cultura.

    Referenteaopagamentoemutilidades,vedadoqueasutilidadescomponhamosalrio todo.Pelomenos 30% tem que ser pago em dinheiro, pois a utilidade no tem liquidez. Algumas utilidades, comovesturios, equipamentos, educao (bolsas de estudosqueos filhos deprofessores recebem), transporte,etc.,notemnaturezasalarial.Ajurisprudnciaestendeoroldo2parasegurosdeviagem.

    Asgratificaessovoluntrias(o13salrionoconsideradoumagratificao,porserumdireito,sendoobrigatrio,portanto).

    Decreto95.247/87.Art.9OVale-Transportesercusteado:I-pelobeneficirio,naparcelaequivalentea6%(seisporcento)deseusalriobsicoouvencimento,excludosquaisqueradicionaisouvantagens;II-peloempregador,noqueexcederparcelareferidanoitemanterior.

    O vale transporte no tem natureza salarial, nos termos da lei 7.418/85 e decreto 95.247/87, queregulamentaovaletransporte.Eledeveserpagoantecipadamente,e,apesardenoternaturezasalarial,eleoincorpora.

    Art.458.3-Ahabitaoeaalimentaofornecidascomosalrio-utilidadedeveroatenderaosfinsaquesedestinamenopoderoexceder,respectivamente,a25%(vinteecincoporcento)e20%(vinteporcento)dosalrio-contratual.4-Tratando-sedehabitaocoletiva,ovalordosalrio-utilidadeaelacorrespondenteserobtidomedianteadivisodojustovalordahabitaopelonmerodeco-habitantes,vedada,emqualquerhiptese,autilizaodamesmaunidaderesidencialpormaisdeumafamlia

    Aalimentaoeahabitaofazempartedoroldeutilidadesquetemnaturezasalarial.Oempregadorpodedescontarat25%dosalrioparahabitao,e20%paraalimentao,quandofornecidascomosalrioutilidade.No casodahabitao coletiva,humadivisodo valordahabitaopelonmerodehabitantes(logo,seh5habitantes,ahabitaopodeintegrarnomximo5%dosalriodecadaum).

    Programasdealimentao, comoa construodeum refeitrio interno,ou custeamentoparcial daalimentaodosempregados,notemnaturezasalarial.

    Estipulaodovalordosalriomnimo

    CF. Art. 7. V - salrio mnimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suasnecessidades vitais bsicas e s de sua famlia com moradia, alimentao, educao, sade, lazer,vesturio,higiene,transporteeprevidnciasocial,comreajustesperidicosquelhepreservemopoderaquisitivo,sendovedadasuavinculaoparaqualquerfim;V-pisosalarialproporcionalextensoecomplexidadedotrabalho;

    Osalriomnimoalteradotododia01/05,eomenorsalriomnimoquedeveserpagoaqualquertrabalhador.Elefixadoemlei,enacionalmenteunificado.

    Osalriomnimoprofissionaloestabelecidoemumestatutodedeterminadaprofisso(advogados,mdicos,etc). Jopisosalarialosalriomnimodecadacategoria,eestipuladopelaconvenodesta.Categoria a atividade profissional organizada pelo Estado, com base em critrios abstratos, paramelhorregul-los).

  • MarceloSoldi 12

    Medidasdeproteoaosalrio

    Aosalriohumaproteoemfunodesuanaturezaalimentar,proteoessacontraoempregadorecredoresdeste.

    Irredutibilidadedosalrioissospodeocorrermediantenegociaocoletiva,comparticipaodossindicatos.

    Controledosdescontosproibidofazerqualquerdescontonossalriosdoempregado,salvoseforporcontadeadiantamento;contribuiessindicais,INSS,etc;ouporconvenoouacordocoletivo.

    Art.462-Aoempregadorvedadoefetuarqualquerdescontonossalriosdoempregado,salvoquandoesteresultardeadiantamentos,dedispositvosdeleioudecontratocoletivo.1-Emcasodedanocausadopeloempregado,odescontoserlcito,desdedequeestapossibilidadetenhasidoacordadaounaocorrnciadedolodoempregado.2-vedadoemprsaquemantiverarmazmparavendademercadoriasaosempregadosouserviosestimadosaproporcionar-lhesprestaes"innatura"exercerqualquercoaoouinduzimentonosentidodequeosempregadosseutilizemdoarmazmoudosservios.3-SemprequenofrpossveloacessodosempregadosaarmaznsouserviosnomantidospelaEmprsa,lcitoautoridadecompetentedeterminaraadoodemedidasadequadas,visandoaqueasmercadoriassejamvendidaseosserviosprestadosapreosrazoveis,semintuitodelucroesempreembenefciodasempregados.4-ObservadoodispostonesteCaptulo,vedadosemprsaslimitar,porqualquerforma,aliberdadedosempregadosdedisprdoseusalrio.

    Impenhorabilidade o salrio sempre impenhorvel, salvo se for para pagamento de pensoalimentcia.

    Prova de pagamento deve sempre haver alguma prova de que o pagamento foi efetuado, comorecibos,comprovantededepsitos,etc.

    Periodicidadeamximaaperiodicidademensal;opagamentodeveser feitoato5diatildoms.

    Tiposespeciaisdesalrio

    Sotiposespeciaisqueintegramaremuneraodoempregado.

    Abonosadiantamentoemdinheirodosalrio Adicionalacrscimosalarialquetemcomocausaotrabalhoemcondiesmaisgravosasparaquem

    opresta. Comisso percentual sobre as vendas realizadas, so devidas medida em que o pagamento

    realizado,condicionadoatranslao.Notemperiodicidade. Gratificaessoliberalidadesdoempregadorquepretendeobsequiaroempregadoporocasiodas

    festas de fim de ano. uma demonstrao de agradecimento, de reconhecimento. No obrigatria,masseforreiterada,criaexpectativadedireito,podendoserconsideradaobrigatria.

    Prmiospautadoemmeta,estcondicionadoaoresultado. Gorjetasconsistemnaentregadedinheiro,peloclientedeumaempresa,aoempregadodestaqueo

    serviu,comotestemunhodasatisfaopelotratamentorecebido.

  • MarceloSoldi 13

    Equiparaosalarial

    Art.461-Sendoidnticaafuno,atodotrabalhodeigualvalor,prestadoaomesmoempregador,namesmalocalidade,corresponderigualsalrio,semdistinodesexo,nacionalidadeouidade.1-Trabalhodeigualvalor,paraosfinsdesteCaptulo,seroqueforfeitocomigualprodutividadeecomamesmaperfeiotcnica,entrepessoascujadiferenadetempodeservionoforsuperiora2(dois)anos.

    Os salrios devem ser equiparados, sem distino de sexo, nacionalidade, ou idade, se atenderemessesrequisitos:mesmafuno;igualvalor(mesmaprodutividadeeperfeiotcnica,adiferenanotempodoservionopodesersuperiora2anos);mesmoempregador;mesmalocalidade,inexistnciadequadrodecarreiranaempresa.

    IV

    JORNADADETRABALHO

    otempodetrabalhoefetivo,eotempodisposiodoempregador.ODireitodoTrabalhoprocuroulimitar a jornada do trabalho, atendendo motivaes biolgicas (necessidades pessoais), de naturezasociolgica(academia,igreja,etc),esocioeconmicos(levacontrataodenovosfuncionriosparaatenderdemanda).

    Classificao

    Quantodurao

    Extraordinriaousuplementarhorasalmda jornadadetrabalho.Soaschamadashorasextras.NoBrasil,hoacordodeprorrogaodehoras,demodoqueoempregadofazhorasextrastodososdiasnolimitedas2dirias.Aremuneraofeitacomadicional.

    Art.59-Aduraonormaldotrabalhopoderseracrescidadehorassuplementares,emnmeronoexcedentede2(duas),medianteacordoescritoentreempregadoreempregado,oumediantecontratocoletivodetrabalho.1-Doacordooudocontratocoletivodetrabalhodeverconstar,obrigatoriamente,aimportnciadaremunerao da hora suplementar, que ser, pelo menos,20% (vinte por cento)superior da horanormal.CF.Art.7.XVI-remuneraodoservioextraordinriosuperior,nomnimo,emcinqentaporcentodonormal

    Normaloitohorasdirias,44horassemanais.

    Quantoaoperodo

    Art.73.Salvonoscasosderevezamentosemanalouquinzenal,o trabalhonoturnoter remuneraosuperioradodiurnoe,paraesseefeito,suaremuneraoterumacrscimode20%(vinteporcento),pelomenos,sobreahoradiurna.1Ahoradotrabalhonoturnosercomputadacomode52minutose30segundos.2Considera-senoturno,paraosefeitosdesteartigo,otrabalhoexecutadoentreas22horasdeumdiaeas5horasdodiaseguinte.

  • MarceloSoldi 14

    3Oacrscimo,aqueserefereopresenteartigo,emsetratandodeempresasquenomantm,pelanaturezadesuasatividades,trabalhonoturnohabitual,serfeito,tendoemvistaosquantitativospagosportrabalhosdiurnosdenaturezasemelhante.Emrelaosempresascujotrabalhonoturnodecorrada natureza de suas atividades, o aumento ser calculado sobre o salrio mnimo geral vigente naregio,nosendodevidoquandoexcederdesselimite,jacrescidodapercentagem.4Noshorriosmistos,assimentendidososqueabrangemperodosdiurnosenoturnos,aplica-seshorasdetrabalhonoturnoodispostonesteartigoeseuspargrafos.5sprorrogaesdotrabalhonoturnoaplica-seodispostonestecaptulo.

    Noturnoahoranoturnapossui52minutos,logooperodocompreendidodas22horass05horasequivalente 8 horas. Tem remunerao superior (adicional de, no mnimo, 20%) em relao aodiurno.Diferenteparaotrabalhadorruralparaaagricultura,operododas21horass05horas,eparaapecuriadas20horass4horas.Ahoranoturnaparaoruralnoreduzida,eoadicionaldenomnimo25%.

    Diurnoforadoperodocompreendidoaonoturno. Mistoapenasashorasnoturnastero52minutos,eoadicionalcontadoapenasemcimadessas

    horas.

    Quantoaoregimejurdicodedurao

    CF. Art. 7. XIII - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatrosemanais,facultadaacompensaodehorrioseareduodajornada,medianteacordoouconvenocoletivadetrabalho;

    Normal8horaspordia,44horasporsemana. Especial somenores,ou tem regime jurdicodiferente,decorrentede convenese acordos. Ex:

    bancrios(6h/dia,30h/semanais),telemarketing,cabineirosdeelevador,etc.

    Quantoaodesenvolvimento

    Art. 71 - Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda de 6 (seis) horas, obrigatria aconcessodeum intervalopara repousooualimentao,oqual ser,nomnimo,de1 (uma)horae,salvoacordoescritooucontratocoletivoemcontrrio,nopoderexcederde2(duas)horas. 1 - No excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, ser, entretanto, obrigatrio um intervalo de 15(quinze)minutosquandoaduraoultrapassar4(quatro)horas.2-Osintervalosdedescansonoserocomputadosnaduraodotrabalho.3OlimitemnimodeumahorapararepousoourefeiopoderserreduzidoporatodoMinistrodoTrabalho, Indstria e Comrcio, quando ouvido o Servio de Alimentao de Previdncia Social, severificar que o estabelecimento atende integralmente s exigncias concernentes organizaodosrefeitrios, equandoos respectivosempregadosnoestiveremsob regimede trabalhoprorrogadoahorassuplementares.

    Art. 72 - Nos servios permanentes de mecanografia (datilografia, escriturao ou clculo), a cadaperodo de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponder um repouso de 10 (dez)minutosnodeduzidosdaduraonormaldetrabalho.

    Direta,semintervalos. Comintervalosoquevaideterminaroregime:

    RegimesMaiorque6horas Entre4e6horas Menorouigual

    a4horas1-2horas 15minutos -

  • MarceloSoldi 15

    Osintervalos,emregra,noserocomputadosnaduraodotrabalho.Senotiverointervalo,ahoratrabalhada ser computada e remunerada como hora extra. O intervalo pode ser reduzido peloMinistrioPblicoseoestabelecimentotiverrefeitrioenotiverningumnoregimeextraordinriodetrabalho.

    Nosserviosdedatilografia,acada90minutostrabalhados,oempregadoterdireitoa10minutosdedescanso, que no sero descontados do tempo da jornada (logo, o intervalo integra a jornada). Asmula346doTSTexpandiuessedireitoaodigitador,poranalogia.

    TST. Smula 346. Os digitadores, por aplicao analgica do art. 72 da CLT, equiparam-se aostrabalhadoresnosserviosdemecanografia(datilografia,escrituraoouclculo),razopelaqualtmdireitoaintervalosdedescansode10(dez)minutosacada90(noventa)detrabalhoconsecutivo.

    DeacordocomaNR17,emcasodeentradadedados,acada50minutostem10minutosdeintervalo.

    Outrostpicos

    Compensao

    Art. 59. 2oPoder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou convenocoletivade trabalho,oexcessodehorasemumdia for compensadopela correspondentediminuioem outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadassemanaisdetrabalhoprevistas,nemsejaultrapassadoolimitemximodedezhorasdirias.

    3Nahiptesederescisodocontratodetrabalhosemquetenhahavidoacompensaointegraldajornadaextraordinria,naformadopargrafoanterior,farotrabalhadorjusaopagamentodashorasextrasnocompensadas,calculadassobreovalordaremuneraonadatadaresciso.

    Compensarpegarasquatrohorasdossbadose trabalha-lasemoutrosdiasnasemana.Notemacrscimossalarias.D-setambmquandooempregadotrabalhahorasamais,epodeus-lasparatrabalharhorasamenosemoutrosdias.

    SurgiunoBrasil o chamadobancodehorasa compensaopassaa ser feitanumperodomaiselstico, de no mximo 1 ano, mas na prtica 120 dias (decorrente de convenes). Se no tivercompensado, ele no perde essas horas ele as receber como extras, no valor da poca da resciso.Geralmente,acompensaodehorasfeitanaconveninciadoempregador.

    Intervaloentrejornadas

    Art.66-Entre2(duas)jornadasdetrabalhohaverumperodomnimode11(onze)horasconsecutivasparadescanso

    Devehaverumintervalomnimode11horasconsecutivasentreumajornadaeoutra.

    Prorrogao

    Art. 61 -Ocorrendonecessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limite legal ouconvencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ouconclusodeserviosinadiveisoucujainexecuopossaacarretarprejuzomanifesto.1-Oexcesso,noscasosdesteartigo,poderserexigidoindependentementedeacordooucontratocoletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade competente emmatria detrabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalizao sem prejuzo dessacomunicao.

  • MarceloSoldi 16

    2 -Noscasosdeexcessodehorriopormotivode foramaior,a remuneraodahoraexcedentenoserinferiordahoranormal.Nosdemaiscasosdeexcessoprevistosnesteartigo,aremuneraoser, pelomenos, 25% (vinte e cincopor cento) superior dahoranormal, e o trabalhonopoderexcederde12(doze)horas,desdequealeinofixeexpressamenteoutrolimite.3-Semprequeocorrerinterrupodotrabalho,resultantedecausasacidentais,oudeforamaior,quedeterminemaimpossibilidadedesuarealizao,aduraodotrabalhopoderserprorrogadapelotempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo nosuperior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prvia autorizao daautoridadecompetente.

    Olimitelegalparahorasextrasdeat2horasextraspordia.Noentanto,halgumasexceesquepermitem que esse limite legal seja ultrapassado: motivos de fora maior (eventos da natureza solidariedadedoempregado coma situaoda empresa), realizaoou conclusode servio inadivel, ouprejuzomanifesto.Esseexcessodevesercomunicadoautoridadecompetente.

    Noscasosdeforamaior,ahoraremuneradanopodeserinferiorhoranormal.Nosdemaiscasos,ahoraextra25%superiorahoranormal.Ajornadadetrabalho,total,nopodeexcederde12horas.

    Turnosininterruptosderevezamento

    CF. Art. 7. XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos derevezamento,salvonegociaocoletiva;

    Ininterruptoaatividadedaempresa,quenopodeser interrompida.Ogrupodetrabalhadoressesucedem, se revezando, semos intervalosde1ou2horas.Paraesses trabalhadores,a sua jornadade6horas,salvomediantenegociaocoletiva(queflexibilizaoDireitodeTrabalho,principalmentenosassuntosreferentesjornadadetrabalhoeaosalrio).

    VREPOUSOSEMANALREMUNERADO

    CF.Art.7.XV-repousosemanalremunerado,preferencialmenteaosdomingos;

    As convenes da OIT no sculo XX comearam a adotar a ideia do repouso semanal remuneradocomoformadegarantiadorepousodoempregado,tendoemvistaassuascondies.NoBrasil,asprimeirasleissobreotemaforamesparsas,paradeterminadascategoriasprofissionais.Odireitoaorepousosemanalfoigarantidoemnvelconstitucionalapartirde1934.Eleregulamentadopelalei605/49.

    O repouso semanal de 24 horas consecutivas, preferencialmente no domingo. Um outro tipo derepouso remunerado o feriado. O sbado considerado dia til no trabalhado, e no consideradorepousosemanalremunerado.

    Perdeodireitoremuneraododiaderepousoaquelequenocumpriuasuajornadasemanalporfaltainjustificada.Asjustificativasestolistadasnoart.473daCLT.

    Soprincpiosjustificadores:

    Semanalidade:dentrodoperodode7dias,umdelesdestinadoaorepouso. Dominicalidade:preferencialmentenodomingo. Inconversabilidade:repousonopodeserconvertidoemremunerao.

  • MarceloSoldi 17

    Remunerabilidade: dia de repouso remunerado como dia normal de trabalho. Se tiver acordo deprorrogao,aremuneraofeitacomaprorrogao.

    Odomsticonotinhadireitoaorepousododomingoedoferiado,masapartirde2008essedireitopassouaserestendidoessetrabalhador.

    A empresa pode operar aos domingos e feriados. Se trabalhar no domingo, ter folga na prpriasemana.Setrabalharnoferiado,temdireitoremuneraoemdobro,anoserquesejaconcedidafolganasemana.

    VIFRIAS

    Paraseterdireitosfriassonecessrios12mesesdevignciadocontrato.Falaemvigncia,enoem trabalho efetivo, porque h situaes emque ele no est trabalhando,mas conta-se tempo trabalho(momentosdeinterrupodocontrato).Esseperodode12meseschamadodeperodoaquisitivo.

    Frias vencidas so as que se referem a perodo aquisitivo j completado e que no foram aindaconcedidasaoempregado.Portanto, soas frias cujodireitooempregadoadquiriuporquecompletou12meses de trabalho na empresa, mas que ainda no gozou, porque o empregador dispe de 12 mesesseguintesparaconced-las.

    Asfriasseroconcedidasporatodoempregador,oquedeveserfeitonos12mesessubsequentesaofimdoperodoaquisitivo.Esseperododos12mesessubsequenteschamadodeperodoconcessivo.Esseperodoconcessivotambm,aomesmotempo,umnovoperodoaquisitivo.Asfriasdevemserconcedidasatofimdo11msdoperodoconcessivo.Casocontrrio,oempregadorvaiterqueremuneraremdobro(salrio+1/3dobradosaduraopermanecede30dias).achamadadobralegal.

    Durao

    Art.130-Apscadaperodode12(doze)mesesdevignciadocontratodetrabalho,oempregadoterdireitoafrias,naseguinteproporo:I-30(trinta)diascorridos,quandonohouverfaltadoaoserviomaisde5(cinco)vezes;II-24(vinteequatro)diascorridos,quandohouvertidode6(seis)a14(quatorze)faltas;III-18(dezoito)diascorridos,quandohouvertidode15(quinze)a23(vinteetrs)faltas;IV-12(doze)diascorridos,quandohouvertidode24(vinteequatro)a32(trintaeduas)faltas.1-vedadodescontar,doperododefrias,asfaltasdoempregadoaoservio.2-Operododasfriassercomputado,paratodososefeitos,comotempodeservio.

    Art.134-Asfriasseroconcedidasporatodoempregador,emumsperodo,nos12(doze)mesessubseqentesdataemqueoempregadotiveradquiridoodireito.

    A duraodas frias dependeda assiduidadedo empregado, sofrendodiminuiona proporodesuasfaltasinjustificadas.Asfriasserogozadasemdiascorridos.Assim,aduraodasfriasserde30dias,quandooempregado,duranteoperodoaquisitivo,notivermaisde5faltas injustificadas,e irdiminudanostermosdoart.130,I-IV.

  • MarceloSoldi 18

    Soconsideradasfaltasjustificadas:

    Art. 131 - No ser considerada falta ao servio, para os efeitos do artigo anterior, a ausncia doempregado:I-noscasosreferidosnoart.473;Il - durante o licenciamento compulsrio da empregada por motivo de maternidade ou aborto,observadososrequisitosparapercepodosalrio-maternidadecusteadopelaPrevidnciaSocial;III - pormotivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo InstitutoNacional do SeguroSocial-INSS,excetuadaahiptesedoincisoIVdoart.133;IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que no tiver determinado o desconto docorrespondentesalrio;V-duranteasuspensopreventivapararesponderainquritoadministrativooudeprisopreventiva,quandoforimpronunciadoouabsolvido;eVI-nosdiasemquenotenhahavidoservio,salvonahiptesedoincisoIIIdoart.133.

    Art.473-Oempregadopoderdeixardecompareceraoserviosemprejuzodosalrio:I-at2(dois)diasconsecutivos,emcasodefalecimentodocnjuge,ascendente,descendente,irmooupessoaque,declaradaemsua carteirade trabalhoeprevidncia social, viva sob suadependnciaeconmica;II-at3(trs)diasconsecutivos,emvirtudedecasamento;III-porumdia,emcasodenascimentodefilhonodecorrerdaprimeirasemana;IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doao voluntria de sanguedevidamentecomprovada;V-at2(dois)diasconsecutivosouno,paraofimdesealistareleitor,nostrmosdaleirespectiva.VI-noperododetempoemquetiverdecumprirasexignciasdoServioMilitarreferidasnaletra"c"doart.65daLein4.375,de17deagostode1964(LeidoServioMilitar).VII -nosdiasemqueestivercomprovadamente realizandoprovasdeexamevestibularpara ingressoemestabelecimentodeensinosuperior.VIII-pelotempoquesefizernecessrio,quandotiverquecomparecerajuzo.IX - pelo tempoque se fizernecessrio,quando,naqualidadede representantedeentidade sindical,estiverparticipandodereuniooficialdeorganismointernacionaldoqualoBrasilsejamembro.

    Remunerao

    CF.Art.7.XVII-gozodefriasanuaisremuneradascom,pelomenos,umteroamaisdoqueosalrionormal;

    Duranteasfrias,aremuneraodoempregadoseramesma,comoseestivesseemservio,pormseracrescidacomumadicionalde1/3dovalor,eserrecebidapelotrabalhadordeformaantecipada.

    pocadasfrias

    Oempregadonopodeescolherapocadasfrias.Eleatpodepedir,masissonogarantequeeleser ouvido. H algumas excees: empregado estudante,menor de 18 anos, tem direito a coincidir suasfrias com as frias escolares; e os membros de uma nica famlia que trabalharem no mesmoempreendimentopodemtirarfriasnamesmapoca,senoresultarprejuzoparaoservio.

    Art.136-Apocadaconcessodasfriasseraquemelhorconsulteosinteressesdoempregador. 1 - Osmembros de uma famlia, que trabalharem nomesmo estabelecimento ou empresa, terodireitoagozar friasnomesmoperodo,seassimodesejaremesedistonoresultarprejuzoparaoservio.2-Oempregadoestudante,menorde18(dezoito)anos,terdireitoafazercoincidirsuasfriascomasfriasescolares.

  • MarceloSoldi 19

    Art.134.1-Somenteemcasosexcepcionaisseroasfriasconcedidasem2(dois)perodos,umdosquaisnopoderserinferiora10(dez)diascorridos.2-Aosmenoresde18(dezoito)anoseaosmaioresde50(cinqenta)anosdeidade,asfriasserosempreconcedidasdeumasvez.

    Asfriaspodemserfracionadasemdoisperodos,masumdelesdeveternomnimo10dias.Menoresde18emaioresde50nopodemtersuasfriasfracionadaselasdevemserconcedidassempredeumavez.

    Abonodefrias

    Art.143-facultadoaoempregadoconverter1/3(umtero)doperododefriasaquetiverdireitoemabonopecunirio,novalordaremuneraoquelheseriadevidanosdiascorrespondentes. 1 - O abono de frias dever ser requerido at 15 (quinze) dias antes do trmino do perodoaquisitivo. 2 - Tratando-se de frias coletivas, a converso a que se refere este artigo dever ser objeto deacordo coletivoentreoempregadoreo sindicato representativoda respectiva categoriaprofissional,independendoderequerimentoindividualaconcessodoabono.3oOdispostonesteartigonoseaplicaaosempregadossoboregimedetempoparcial.

    Oabonode friasapossibilidadedoempregadovender1/3 (10dias)do seuperodode frias (vedadoqueelevendaassuasfriasintegrais),ouseja,converteressesdiasemremunerao.Oabonodeveser requisitado em at 15 dias antes do trmino do perodo aquisitivo. Tratando-se de frias coletivas, aconversodeveserobjetodeacordodeconveno.Proibiotambmdequemtrabalhaatempoparcial.Ovalordoabonodefriaspagonosalariosubsequentesfrias.

    Friascoletivas

    Art. 139 - Podero ser concedidas frias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou dedeterminadosestabelecimentosousetoresdaempresa.1-Asfriaspoderosergozadasem2(dois)perodosanuaisdesdequenenhumdelessejainferiora10(dez)diascorridos. 2 - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicar ao rgo local doMinistrio doTrabalho,comaantecednciamnimade15(quinze)dias,asdatasdeincioefimdasfrias,precisandoquaisosestabelecimentosousetoresabrangidospelamedida. 3 - Em igual prazo, o empregador enviar cpia da aludida comunicao aos sindicatosrepresentativosda respectiva categoriaprofissional, eprovidenciar a afixaodeavisonos locaisdetrabalho.Art.140-Osempregadoscontratadoshmenosde12(doze)mesesgozaro,naoportunidade, friasproporcionais,iniciando-se,ento,novoperodoaquisitivo.

    Poderoserconcedidasfriascoletivasatodososempregadosdeumaempresaoudedeterminadosestabelecimentos ou setores da empresa, permitindoo fracionamento emat dois perodos anuais, desdequenenhumseja inferiora10dias.OempregadordevecomunicaroDRTeoSindicatodosTrabalhadorescomumaantecednciade15dias.

    E quem no tem direito s frias ainda? Vo, mesmo assim, ter o direito s frias coletivas. Ex:professor que entra no Mackenzie em fevereiro, e entra em frias coletivas em julho. No entanto, elereceber frias proporcionais,mais o 1/3. Nomomento em que ele sair de frias, comea a contar novoperodoaquisitivo.

  • MarceloSoldi 20

    Efeitosdarescisosobreasfrias

    Art. 146 - Na cessao do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, ser devida aoempregadoaremuneraosimplesouemdobro,conformeocaso,correspondenteaoperododefriascujodireitotenhaadquirido.Pargrafonico-Nacessaodocontratodetrabalho,aps12(doze)mesesdeservio,oempregado,desde que no haja sido demitido por justa causa, ter direito remunerao relativa ao perodoincompleto de frias, de acordo com o art. 130, na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms deserviooufraosuperiora14(quatorze)dias.Art.147-Oempregadoquefordespedidosemjustacausa,oucujocontratodetrabalhoseextinguiremprazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de servio, ter direito remuneraorelativaaoperodoincompletodefrias,deconformidadecomodispostonoartigoanterior.Art.148-Aremuneraodasfrias,aindaquandodevidaapsacessaodocontratodetrabalho,ternaturezasalarial,paraosefeitosdoart.449.

    Quando da resciso do contrato de trabalho, o trabalhador receber o equivalente emdinheiro doperodode frias queele tinha adquirido. Recebe salario + 1/3 se a resciso aconteceuduranteoperodoconcessivo.Seissoacontecerapsotrminodoperodoconcessivo,elereceberodobrodaquelevalor.Searescisoforporjustacausa,oempregadoperdeodireitosfriasproporcionais,masaindaterodireitosfriasvencidas.

    As frias proporcionais so remuneradas na proporo de 1/12 porms de servio, e tambm soremuneradascomacrscimode1/3sobreafrao.

    VIIPROTEODOTRABALHODACRIANAEDOADOLESCENTE

    Buscou-seprotegerotrabalhodacrianaedoadolescente,visandoestabelecercondiesfavorveispara eles.Menor empregado aquele que presta servios subordinados, continuadamente para amesmafonte,medianteremunerao,sobopoderdedireodoempregadorecompessoalidade.Aidademnimaparaotrabalhodomenorde16anoscomoempregadoe14anoscomoaprendiz.

    At18anos,omenordependedeautorizaodoresponsvellegalparacontratartrabalho,podendoterumajornadadetrabalhocomum,de8horasdiriase44horassemanais.Noentanto,aomenorproibidocumprirhorasextrascontratuais,sendolcito,porm,osistemadecompensaodehoras.

    Art.413-vedadoprorrogaraduraonormaldiriadotrabalhodomenor,salvo:I -atmais2 (duas)horas, independentementedeacrscimosalarial,medianteconvenoouacrdocoletivo nos trmos do Ttulo VI desta Consolidao, desde que o excesso de horas em um dia sejacompensadopeladiminuioemoutro,demodoaserobservadoo limitemximode48 (quarentaeoito)horassemanaisououtroinferiorlegalmentefixada;II - excepcionalmente, pormotivo de framaior, at omximo de 12 (doze) horas, com acrscimosalarialde,pelomenos,25%(vinteecincoporcento)sbreahoranormaledesdequeotrabalhodomenorsejaimprescindvelaofuncionamentodoestabelecimento.

    ExistemconvenesdaOITquevisamlimitarotrabalhodoadolescenteatumacertaidademnima,demodoaprotegerasociedadecomoumtodo.OsfundamentossodediversasnaturezasdeacordocomGarciaOviedo,soeles:

  • MarceloSoldi 21

    Fisiolgicosoadolescentenoestsuficientementedesenvolvido,logootrabalhoemdeterminadascircunstnciascriaproblemasparaoseudesenvolvimento.

    Deseguranajustificamaduraodotrabalho,equeseprobaparaabaixodeumacertaidade,poiseles no conseguem focar na mesma atividade por muito tempo. Logo, no pode exp-la umaatividadequecontenhariscos,comooperarumamquina.

    Desalubridadeasadedojovemimportante,logootrabalhonopodeafetarasuasade. Demoralidadeotrabalhoproibidoemdeterminadostiposdeatividade.Ex:crianaatuarempea

    comaltoteorsexual. Decultura asuaatividadeprincipalestudar,logootrabalhonodeveserofocodacrianaedo

    adolescente.

    OEstadoprobeotrabalhodomenornosseguintescasos:

    Serviosnoturnos(CF,art.7,XXXIIIeCLT,art.404); Locaisinsalubres,perigososouprejudiciaissuamoralidade(CF,art.7,XXXIIIeCLT,art.405); Trabalhoexercidonasruas,praaseoutros logradourospblicos,salvomedianteprviaautorizao

    dojuizdemenores(CLT,art.405,2);

    ODecreto6.481/08apresentaaspioresformasdetrabalhoparaascrianas,chamadadelistaTIP.

    VIIIEXTINODOCONTRATODETRABALHO

    A extino do contrato de trabalho pode se dar por iniciativa do empregador, por iniciativa doempregado,poriniciativadeambos,pordesaparecimentodossujeitoseportrminodocontratoaprazo.

    Poriniciativadoempregador

    Quandopordecisodoempregador,ocontratoreincidopormeiodeumadispensa.Elapodeocorrerporjusta causa (ato doloso ou culposamente grave medianteimprudncia,imperciaeneglignciaquefaadesaparecer a confiana e a boa-fqueexistiu entre aspartes)ouporsemjustacausa.

    Requisitos

    Subjetivo

    Objetivos

    Doloouculpa

    -Gravidadedoato-Imediatismodaresciso-Casualidade- Singularidade da punio (no pode suspender, e depois demitir porjustacausacadafaltatemqueterumanicapunio.

    Seoempregadocometer falta leve,elepodeserperdoadoou teralgumaoutra sano. Seposteriormente comenter outra falta, elepoder incorrer em falta grave porreincidncia. A falta pode ser perdoada, se oempregadorprecisardoempregado.

  • MarceloSoldi 22

    Art.482-Constituemjustacausapararescisodocontratodetrabalhopeloempregador:a)atodeimprobidade;b)incontinnciadecondutaoumauprocedimento;c)negociaohabitualporcontaprpriaoualheiasempermissodoempregador,equandoconstituiratodeconcorrnciaempresaparaaqualtrabalhaoempregado,ouforprejudicialaoservio;d) condenao criminal do empregado, passada em julgado, caso no tenha havido suspenso daexecuodapena;e)desdianodesempenhodasrespectivasfunes;f)embriaguezhabitualouemservio;g)violaodesegredodaempresa;h)atodeindisciplinaoudeinsubordinao;i)abandonodeemprego;j)ato lesivodahonraoudaboafamapraticadonoserviocontraqualquerpessoa,ouofensasfsicas,nasmesmascondies,salvoemcasodelegtimadefesa,prpriaoudeoutrem;k)ato lesivodahonraoudaboafamaouofensasfsicaspraticadascontraoempregadoresuperioreshierrquicos,salvoemcasodelegtimadefesa,prpriaoudeoutrem;l)prticaconstantedejogosdeazar.Pargrafonico-Constituiigualmentejustacausaparadispensadeempregadoaprtica,devidamentecomprovadaeminquritoadministrativo,deatosatentatriossegurananacional.

    Observaes:nocasodaalneae,adesdia(descasocomotrabalho,faltasinjustificadas,etc)deveserreiterada; no caso da alnea i, tambm deve haver falta injustificada reiterada e contnua para configurarabandonodeemprego;nocasodasalneaskel,oatoindependedeconsumao.

    Poriniciativadoempregado

    Ovnculodeempregoextingue-sepor iniciativadoempregadocomopedidodedemisso,casoemque no ter direito de movimentar nessa oportunidade os depsitos do FGTS. O empregado que pededemissodevedaravisoprvioaoempregadore, senoo fizer,perdeodireitoaossalriosdorespectivoperodo,podendooempregadorreterosaldodosalrioparasecompensar.

    Pode-sedartambmmedianterescisoindireta,eporaposentadoria.

    Rescisoindireta

    Trata-sedarescisodocontratoquetemcomomotivoumfatoocorridonaempresaequetorna,paraoempregado,insuportvelacontinuidadedovnculodeempresa:

    Art. 483 - O empregado poder considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenizaoquando:a)foremexigidosserviossuperioresssuasforas,defesospor lei,contrriosaosbonscostumes,oualheiosaocontrato;b)fortratadopeloempregadorouporseussuperioreshierrquicoscomrigorexcessivo;c)correrperigomanifestodemalconsidervel;d)nocumpriroempregadorasobrigaesdocontrato;e)praticaroempregadorouseusprepostos,contraeleoupessoasdesuafamlia,atolesivodahonraeboafama;f)oempregadorouseusprepostosofenderem-nofisicamente,salvoemcasodelegtimadefesa,prpriaoudeoutrem;g)oempregadorreduziroseutrabalho,sendoesteporpeaoutarefa,deformaaafetarsensivelmenteaimportnciadossalrios.

  • MarceloSoldi 23

    Observaes:naalneacoexemplode,porexemplo,oempregadotrabalharemprdioquecorreriscodedesabamento.

    Poriniciativadeambos

    Pode se dar por acordo, ou por culpa recproca (reconhecida judicialmente). No caso de culparecproca,serumdelesquetomarainiciativadeentrarcomademandaemjuzo.

    Art.484-Havendoculparecprocanoatoquedeterminouarescisodocontratodetrabalho,otribunaldetrabalhoreduzira indenizaoqueseriadevidaemcasodeculpaexclusivadoempregador,pormetade.

    Pordesaparecimentodossujeitos

    Se d quando o empregado ou empregador (pessoa fsica) morre, ou quando h a extino daempresa.

    IXFUNDODEGARANTIADOTEMPODESERVIO

    Histrico

    Trata-se de um instituto recente. Antes dele, tnhamos um sistema de Estabilidade Decenal oempregado ao completar 10 anos de trabalho na empresa se tornava estvel, ou seja, ele s poderia serdispensadosecometessefaltagrave.Aospoucos,aspessoascomearamaentraremjuzoalegandoqueelas,ao completar 9 anos, comearam a ser despedidas. O judicirio foi a favor dos trabalhadores e passou areconhecer que j existia umaexpectativa dedireito ali. Comeouentouma grandediscussonomundojurdicosobreesseassunto.Resolveramcriarumsistemaalternativo,nadcadade60surgiuoFGTS.Numprimeiromomento,elenovisavasubstituiraEstabilidade,massimserumsistemaalternativo.Naprtica,ele substituiuaEstabilidadenumcurtoperodode tempo.AConstituiode1988consagrouoFGTScomosistemanico.

    Aoserdemitidoinjustamente,oempregadodevepagar50%attulodemulta,sendo40%direcionadoaoempregadoe10%aoFGTS.

    Conceito

    regidopelaLein.8.036,de1990,epeloDecreto99.684/90emmaiode1990,aCaixaEconmicaFederalpassouaseranicainstituiobancriaquegeravaessesrecursos(antespodiaserfeitoemqualquerbanco).

    Trata-sedeumapoupanacompulsriaumsistemacompostodecontasvinculadasabertaspeloempregador emnomede cada empregadona Caixa Econmica Federal, emqueo empregador depositarmensalmenteoequivalente8%sobrearemuneraopercebidapeloempregadoduranteomsanterior.

  • MarceloSoldi 24

    Passou-seaserobrigatrioorecolhimentodoFGTSparaoempregadodomsticoapartirdeOutubrode2015.

    OFGTSser regidosegundonormasediretrizesestabelecidasporumConselhoCurador (art.63doDecreto99.684/90).

    Hiptesesdesaque

    Ossaquesspodemocorrerdesdequeverificadaumaentreassituaesprevistaspela lei,algumasduranteocursodarelaodeemprego,outrasporocasiodasuaextino.Ahiptesessoasseguintes:

    Decreto 99.684/90. Art. 35. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poder sermovimentada nasseguintessituaes:I-despedidasemjustacausa,inclusiveaindireta,deculparecprocaeporforamaiorcomprovadacomodepsitodosvaloresdequetratamos1e2doart.9;II - extino da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agncias,supressodepartede suas atividades, ou, ainda, falecimentodoempregador individual, semprequequalquer dessas ocorrncias implique resciso do contrato de trabalho, comprovada por declaraoescritadaempresa,suprida,quandoforocaso,pordecisojudicialtransitadaemjulgado;III-aposentadoriaconcedidapelaPrevidnciaSocial;IV-falecimentodotrabalhador;V-pagamentodepartedasprestaesdecorrentesdefinanciamentohabitacionalconcedidonombitodoSistemaFinanceirodaHabitaoSFH,desdeque:a)omuturiocontecomomnimodetrsanosdetrabalhosoboregimedoFGTS,namesmaempresaouemempresasdiferentes;b)ovalorbloqueadosejautilizado,nomnimo,duranteoprazodedozemeses;ec)ovalordecadaparcelaasermovimentadanoexcedaaoitentaporcentodomontantedaprestao;VI-liquidaoouamortizaoextraordinriadosaldodevedordefinanciamentoimobilirioconcedidono mbito do SFH, desde que haja interstcio mnimo de dois anos para cada movimentao, semprejuzodeoutrascondiesestabelecidaspeloConselhoCurador;VII - pagamento total ou parcial do preo de aquisio demoradia prpria, observadas as seguintescondies:a)conteomuturiocomomnimodetrsanosdetrabalhosoboregimedoFGTS,namesmaempresaouempresasdiferentes;eb)sejaaoperaofinanciadapeloSFHou,serealizadaforadoSistema,preenchaosrequisitosparaserporelefinanciada;VIII - quando permanecer trs anos ininterruptos, a partir de 14 de maio de 1990, sem crdito dedepsitos;IX-extinonormaldocontratoatermo,inclusiveodostrabalhadorestemporriosregidospelaLeino6.019,de1974;X-suspensodotrabalhoavulsoporperodoigualousuperioranoventadias;XI-quandootrabalhadorouqualquerdeseusdependentesforacometidodeneoplasiamaligna;XII-aplicao,naformaindividualouporintermdiodeClubesdeInvestimento-CI-FGTS,emquotasdeFundosMtuosdePrivatizao-FMP-FGTS,conformedispostonoincisoXIIdoart.20daLeino8.036,de11demaiode1990;XIII-quandootrabalhadorouqualquerdeseusdependentesforportadordovrusHIV;eXIV-quandootrabalhadorouqualquerdeseusdependentesestiveremestgioterminal,emrazodedoenagrave.

    CertificadodeRegularidade

    umdocumentoexpedidopelaCaixa,comvalidadeemtodooterritrionacional,peloperodode6meses,equeexigidodaempresaparaaprticadedeterminadosatos.

  • MarceloSoldi 25

    Decreto99.684/90.Art.44.AapresentaodoCertificadodeRegularidadedoFGTSobrigatriapara:I - habilitao em licitao promovida por rgos da Administrao Pblica direta, indireta oufundacionaleporempresascontroladasdiretaouindiretamentepelaUnio,pelosEstados,peloDistritoFederalepelosMunicpios;II-obtenodeemprstimosoufinanciamentosjuntoaquaisquerinstituiesfinanceiraspblicas,porparte de rgos e entidades da Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional, bem assimempresascontroladasdiretaou indiretamentepelaUnio,pelosEstados,peloDistritoFederalepelosMunicpios;III -obtenodefavorescreditcios, isenes,subsdios,auxlios,outorgaouconcessodeserviosouquaisquer outros benefcios concedidos por rgo da Administrao Pblica Federal, dos Estados, doDistritoFederaledosMunicpios,salvoquandodestinadosasaldardbitosparacomoFGTS;IV-transfernciadedomiclioparaoexterior;eV-registroouarquivamento,nosrgoscompetentes,dealteraooudistratodecontratosocial,deestatuto,oudequalquerdocumentoqueimpliquemodificaonaestruturajurdicadoempregadorounaextinodaempresa.

    Infraes

    Decreto99.684/90.Art.47.ConstitueminfraesLein8.036,de1990:I-nodepositarmensalmenteaparcelareferenteaoFGTS;II-omitirinformaessobreacontavinculadadotrabalhador;III-apresentarinformaesaoCadastroNacionaldoTrabalhador,dostrabalhadoresbeneficirios,comerrosouomisses;IV - deixar de computar, para efeito de clculo dos depsitos do FGTS, parcela componente daremunerao;V-deixardeefetuarosdepsitoscomosacrscimoslegais,apsnotificadopelafiscalizao.Pargrafonico.Portrabalhadorprejudicadooinfratorestarsujeitosseguintesmultas:a)dedoisacincoBTN,noscasosdosincisosIIeIII;eb)dedezacemBTN,noscasosdosincisosI,IVeV.

    Decreto 99.684/90. Art. 50. O empregador emmora para com o FGTS no poder, sem prejuzo deoutrasdisposieslegais(Decreto-Lein368,de14dedezembrode1968,art.1):I - pagar honorrio, gratificao, pro labore , ou qualquer tipo de retribuio ou retirada a seusdiretores,scios,gerentesoutitularesdefirmaindividual;eII-distribuirquaisquerlucros,bonificaes,dividendosouinteressesaseusscios,titulares,acionistas,oumembrosdergosdirigentes,fiscaisouconsultivos.

    Decreto 99.684/90. Art. 51. O empregador em mora contumaz com o FGTS no poder receberqualquerbenefciodenaturezafiscal,tributriaoufinanceira,porpartedergodaUnio,dosEstados,doDistritoFederaloudosMunicpios,oudequeestesparticipem(Decreto-Lein368,de1968,art.2).

    Constitui-semoraquandoumaparceladoFGTSnoforpaga.Jamoracontumazconfigura-sequandotrsoumaisparcelasdoFGTSnoforempagas.

    EfeitosdarescisosobreoFGTS

    Dependendodaformacomofoifeitaaresciso,otrabalhadorpodersacarosvaloresdepositadosattulodeFGTS.EstreguladonoDecreto99.684/90.

    Decreto 99.684/90. Art. 9 - Ocorrendo despedida sem justa causa, ainda que indireta, com culparecproca por fora maior ou extino normal do contrato de trabalho a termo, inclusive a dotrabalhadortemporrio,deveroempregadordepositar,nacontavinculadadotrabalhadornoFGTS,osvaloresrelativosaosdepsitosreferentesaomsdarescisoe,aoimediatamenteanterior,queaindanohouversidorecolhido,semprejuzodascominaeslegaiscabveis.

  • MarceloSoldi 26

    1 -No caso de despedida sem justa causa, ainda que indireta, o empregador depositar na contavinculada do trabalhador no FGTS, importncia igual a quarenta por cento domontante de todos osdepsitos realizados na conta vinculada durante a vigncia do contrato de trabalho atualizadosmonetariamenteeacrescidosdosrespectivosjuros,nosendopermitida,paraestefimadeduodossaquesocorridos.

    Decreto99.684/90.Art.14.Nocasodecontratoatermo,arescisoantecipada,semjustacausaoucomculpa recproca, equipara-se s hipteses previstas nos 1 e 2 do art. 9, respectivamente, semprejuzododispostonoart.479daCLT.

    Quandohouverdespedidasemjustacausa,oempregadordevedepositarnacontavinculadaovalorrelativoaomsdarescisoetambmaodomsanteriorsenohouverrecolhido.Oempregadorecebermultade40%sobreomontantedosdepsitosnacontavinculada,maisatualizaomonetriae juros,epagatambmumacontribuiosocialde10%,nostermosdaLCn.110/2001.Seporculparecprocaouforamaior,amultaserde20%.

    Nocasodecontratocomprazodeterminado,searescisoforantecipada,semjustacausa,incidiramultade40%,eseacausaforrecproca,amultaserde20%.

    Sehpedidodedemisso,nohaversaque.

    XTRABALHODAMULHER

    Evoluohistricadaproteoaotrabalhodamulher

    Noperodoquevaide1930a1946 (anoemqueaConstituiodecretouo fimdoEstadoNovo),otrabalhodamulhertinhaumasriederestries,como,porexemplo,oexerccionoperodonoturno.Eramtidascomoproteesmulher,masissoacabaafastandoeladomercadodetrabalho,poisnointeressavaaoempregadorcontrataralgumquenopudessetrabalhardenoite.

    Amulherprecisavadaautorizaodomaridoparatrabalhar,masissodurouatoEstatutodaMulherCasada,em1962.

    AlimitaodamulhernomercadodetrabalhodurouataConstituiode1988,queproibiuqualquerdiscriminao em relao ao empregado (no s ao sexo,mas tambm cor, origem, situao financeira,etc.).Em1989,veioumaleirevogandoumasriededispositivosdaCLT,etambmextinguiuainterfernciamaritaloupaternanotrabalhodamulher.

    Amulhersaiudoespaoprivado(domstico)efinalmenteentrounomercadodetrabalho(40%dasmulheres). No entanto, elas tm menos tempo de lazer e menos tempo para formao profissional, portambmexerceremaatividadereprodutiva.

    CF.Art.5.I-homensemulheressoiguaisemdireitoseobrigaes,nostermosdestaConstituio;

    CF. Art. 7. XX - proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nostermosdalei;

    CF.Art.7.XXX-proibiodediferenadesalrios,deexercciodefunesedecritriodeadmissopormotivodesexo,idade,corouestadocivil.

  • MarceloSoldi 27

    Oart.5daCFprevaigualdadeentrehomememulher,semdistinodequalquernatureza(incisoI).O art. 7 prev a proteo domercado de trabalho damulher, e a proibio de diferena de salrios deexercciodefunespormotivodesexo.

    A lei9.029/95estabeleceuaproibiodequalquerprticadiscriminatriae limitativaparaefeitodeacessoarelaodeemprego,pormotivodesexo.Comesseobjetivo,criminalizoucondutascomoaexignciadeteste,exame,percia,laudo,atestado,ouqualqueroutroprocedimentorelativoesterilizaoouaestadodegravidez.

    Alei9.799/99incluiuoart.373-ACLT,quevedoupublicaodeanunciodeempregoemquehajarefernciadeemprego;arecusadeemprego,promoooumotivaradispensadotrabalho;eaconsideraodo sexo como varivel determinante para fins de remunerao, formao profissional e oportunidades deascensoprofissional;eoutrasmedidas.

    Art.373-A.Ressalvadasasdisposieslegaisdestinadasacorrigirasdistoresqueafetamoacessodamulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, vedado:I - publicar ou fazer publicar anncio de emprego no qual haja referncia ao sexo, idade, cor ousituaofamiliar,salvoquandoanaturezadaatividadeaserexercida,pblicaenotoriamente,assimoexigir;II - recusar emprego, promoo ou motivar a dispensa do trabalho em razo de sexo, idade, cor,situao familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notria epublicamenteincompatvel;III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situao familiar como varivel determinante para fins deremunerao,formaoprofissionaleoportunidadesdeascensoprofissional;IV-exigiratestadoouexame,dequalquernatureza,paracomprovaodeesterilidadeougravidez,naadmissooupermanncianoemprego;V - impedir o acesso ou adotar critrios subjetivos para deferimento de inscrio ou aprovao emconcursos,emempresasprivadas,emrazodesexo,idade,cor,situaofamiliarouestadodegravidez;VI-procederoempregadorouprepostoarevistasntimasnasempregadasoufuncionrias.

    Fundamentos

    Soosseguintesosfundamentosapontadospeladoutrinapara justificara intervenododireitonadefesadamulherquetrabalhaprofissionalmente:

    Fundamento fisiolgico: a mulher no dotada da mesma resistncia fsica do homem e a suaconstituiomaisfrgil,demodoaexigirdodireitoumaatitudediferenteemaiscompatvelcomoseuestado.

    Fundamento social: interessa sociedade a defesa da famlia, logo o trabalho damulher deve serprotegido, de modo que a maternidade e as solicitaes dela decorrentes sejam devidamenteconciliadascomasocupaesprofissionais.

    Licenamaternidade

    CF.Art.7.XVII-gozodefriasanuaisremuneradascom,pelomenos,umteroamaisdoqueosalrionormal;

    A licenamaternidade de 120 dias, podendo ser de 180, quando a empresa aderir ao programaEmpresaCidadeseamulherquiser.Aempresapagaessadiferena(dos120ao180dias),edepoisdeduzdoqueelapagariaattulodeprevidncia.

  • MarceloSoldi 28

    Amulhersaidelicenaem28diasantesdadataprevistadopartologo,elaretorna92diasdepois,elaretorna92diasdepoisdoparto.

    ADCT da CF. Art. 10. At que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7, I, daConstituio:II-ficavedadaadispensaarbitrriaousemjustacausa:b)daempregadagestante,desdeaconfirmaodagravidezatcincomesesapsoparto.

    Daconfirmaodagravidezat5mesesdepoisdoparto,amulhernopodeserdispensadadeseuemprego. O TST, por muito tempo, entendeu que a confirmao da gravidez se d na comunicao daempregada ao empregador. Hoje, mesmo a mulher no sabendo que est grvida, j h a garantia doemprego(sedispensadaestandogrvida,eladeveretornar,anoserquetenhasidoporjustacausa).