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ELEUSA ARAGOIANKEL SOUZACLEMERSON SOUZARAONI PINHEIRO GANZAGA DE SOUZA

AVALIAO ESTATSTICA DO PLSTICO NA GRANDE JOO PESSOA-PB

JOO PESSOA PARAIBA 2014

ELEUSAIANKEL SOUZACLEMERSON SOUZARAONI PINHEIRO GANZAGA DE SOUZA

AVALIAO ESTATSTICA DO PLSTICO NA GRANDE JOO PESSOA-PB

Trabalho apresentado ao Curso de Graduao em Bacharelado de Engenharia Ambiental da Faculdade Internacional da Paraba - FPB a disciplina de Clculo da Probabilidade e Estatstica.

Orientadora Prof Rosana Andra Coelho Mergulho

JOO PESSOA PARAIBA 2014LISTA DE ANEXOS

Tabela 01: Composio Gravimtrica do Aterro Sanitrio de Joo Pessoa-PB.Tabela 02: Estudos gravimtricos consultados por, Seixas et al., 2006.

SUMRIOINTRODUO6OBJETIVO GERAL 8OBJETIVO ESPECFICOS 8GERAO DE RESDUOS SLIDOS E SEUS EFEITOS AO MEIO AMBIENTE 9METODOLOGIA - ESTATSTICA DO PLSTICO NA GRANDE JOO PESSOA-PB11CONSIDERAES FINAIS15REFERNCIA16

RESUMO

A Avaliao Estatstica do Plstico na Grande Joo Pessoa-PB, promove um tpico muito abordado neste sculo: o que fazer com os resduos slidos. Nos dias atuais uma grande problemtica ambiental a quantidade de lixos que a populao descarta por dia e seus destinos finais muitas vezes no so adequados. Uma das formas de amenizar o dano ambiental causado por resduos slidos recicla-lo. Esse processo quando iniciado desde sua sada da residncia da populao chegar aos aterros sanitrios no centro de triagem de forma a aumentar a possibilidade de separao do lixo orgnico do inorgnico, com isso perfazendo um maior aproveitamento do reciclado. Esta ao para uma questo econmica de grande eficincia, tendo em vista que ameniza os gastos no processo de triagem, tendo em vista os materiais j tenham vindos separados e aumentando a quantidade dos resduos que posam ser reaproveitados. Esta avaliao contribuir para uma maior conscientizao ambiental da populao pessoense para o decrscimo na produo de resduos plsticos nos ltimos anos.

1. INTRODUONos dias atuais, com o aumento do pensamento sustentvel, a busca por novas atitudes socioambientais esta em evidencia e nada melhor do que a conscientizao sobre o aumento do uso dos polietilenos e derivados, em outras palavras o uso excessivo do Plstico esta sendo ponto crucial ao aumento da poluio terrestre.A demanda crescente de consumo exige cada vez mais produo em larga escala, contribuindo com graves consequncias no meio ambiente. Um dos reflexos a gerao de resduos slidos remanescentes destes processos onde seu destino final nem sempre est adequado as normas legais vigentes, podendo ocasionar prejuzos ambientais. Estes resduos, slidos, lquidos, gasosos ou biomassa, quando no dispensados de maneira correta, podem acarretar poluio das guas superficiais e dos lenis freticos, contaminao do solo, odores desagradveis, emisses de gases na atmosfera e at no aumento de pragas urbanas, como, ratos, baratas, escorpies e etc.. (COLDEBELLA, 2004).Atualmente calcula-se que a indstria de alimentos foi responsvel pelo consumo de 79% de todo o polietileno linear de baixa densidade comercializado no pas em 2013, o equivalente a 769 mil toneladas, com participao de 35%, seguida por industrial, 16% e higiene pessoal e limpeza domstica, 14%.O segundo maior volume de resinas consumido pelo setor 444 mil toneladas - foi o polietileno de baixa densidade, 75% da demanda nacional. A indstria de alimentos continuou sendo o principal cliente, com participao de 28%, seguida por industrial, 21% e bebidas 9%.O terceiro maior volume registrado em polipropileno, com 402 mil toneladas, ou seja, 25% da demanda total. Neste segmento, a principal indstria usuria novamente alimentos com 21,8%, seguida por utilidades domsticas, 13,5% e bebidas, 10,4%.A resina com menor participao na produo de embalagens plsticas flexveis em 2013 no Brasil, de acordo com o estudo da Maxiquim, foi o polietileno de alta densidade. Ela aparece com 262 mil toneladas que equivalem a 26% da demanda total. O principal cliente a indstria de higiene pessoal e limpeza domstica, com 27% de participao. Na sequncia vm descartveis (19%) e agropecuria (8%); alimentos tm participao de apenas 4%. Vale lembrar que os descartveis so representados, basicamente, pelas sacolas plsticas de supermercados.Esses dados foram retirados da ABIEF - Associao Brasileira das Indstrias de Embalagens Plsticas Flexveis, que em 2013 completa 35 anos, tem por objetivo de fomentar o mercado nacional de embalagens plsticas flexveis. A Associao tambm tem incorporada s suas atividades o fomento exportao e a preservao ambiental a partir do Programa de Qualidade e Consumo Responsvel de Sacolas Plsticas. A entidade rene 160 empresas de todo o Brasil fabricantes de filmes monocama, coextrusados e laminados; filmes de PVC e de BOPP; sacos e sacolas; sacaria industrial; filmes shrink e stretch; rtulos e etiquetas; stand-up pouches; embalagens especiais.Contudo, verifica-se um crescimento exponencial na ultima dcada da fabricao e consumo do plstico no Brasil e no obstante na cidade de Joo Pessoa, preocupando ao sistema ambiental o seu reuso e destinao correta para os centros de reciclagem, afim de evitar seu direcionamento para os Aterros Sanitrios.Diante do exposto, esse trabalho busca proporcionar uma avaliao da realidade do resduo slido Plstico, na grande Joo Pessoa, buscando contribuir para a conscientizao do reuso deste material e com isso a diminuio do descarte de resduos slidos no meio ambiente e muitas vezes de forma incorreta diminuindo os impactos ambientais e otimizando a possibilidade econmica da reciclagem desse material.

1. OBJETIVO GERALApresentar uma avaliao estatstica das condies reais do Plstico destinado ao Aterro Sanitrio da grande Joo Pessoa-PB, como meio de conscientizao da grande demanda deste material que esta sendo descartado de forma errnea, tendo em vista a possibilidade de seu reuso, nas vias da reciclagem, minimizando o impacto ambiental.

OBJETIVOS ESPECFICOS Levantamento do volume de resduos slidos provenientes da grande Joo Pessoa; Dimensionar o quantitativo de acordo com a populao de cada bairro e zona; Demonstrar a quantidade real e proporcional produzida por cada bairro e zona Utilizar este trabalho como ferramenta para conscientizao da populao pessoense na importncia da reciclagem.

2. GERAO DE RESDUOS SLIDOS E SEUS EFEITOS AO MEIO AMBIENTECom advento da tecnologia, um grande bem fez a humanidade, que soube explorar todos os recantos do mundo em busca de melhorias e comodidade, tudo em prol de um bem esta social, mais com isso veio o aumento do consumo e por sua vez o que este consumo desenfreado trouxe, a grande gerao de resduos. (MARTINS, M.F.D, 2004).Hoje o planeta sofre um dos grandes impactos ambientais j mais vividos anteriormente, so centenas de milhares de toneladas de lixos gerados diariamente e que em sua grande maioria no seguem um direcionamento adequado.Faz-se uma pergunta, na qual pode ser a resposta desse grande problema. O que induz uma sociedade a consumir desenfreadamente, ao ponto de chegar aos limites do esgotamento dos recursos naturais e por sua vez retribuir com a devoluo em forma de residos slidos em uma quantidade absurdamente impossvel de ser absorvida pela prpria natureza? (SANTOS, 2012).Esta a necessidade da sociedade cada vez mais de viver aglomerada, criando com isso cidades cada vez mais populosas, resultado de uma equao que o resultado negativo, pois com novos costumes o aumento considervel da gerao de resduos slidos, acentuado a degradao do meio ambiente em suas diversas formas.A gerao de resduos vem tomando propores crescentes e vem sendo reconhecida como um grande mal do sculo. Como j suscitado um dos maiores problemas deste os novos padres de consumo e produo, que vm, cada dia, aumentando a gravidade desta problemtica, com mais geraes de resduos de todas as espcies.Um agravante acentuado que grande parte desses resduos constitudo por matria-prima que poderia esta sendo reinserida no processo produtivo, como o caso dos matrias reciclveis, e tambm por matria orgnica.(ABES, 2000, p.06).No Brasil, nos parmetros dados pelos dados dos censos do IBGE de 1989 e 2000, mostram que, enquanto a populao aumentou 16%, a quantidade de lixo coletado no mesmo perodo aumentou em 56%. Dessa forma praticamente impossvel conseguir dar uma destinao adequada para os resduos que so produzidos diariamente, tendo em vista que cada vez mais faltam espaos adequados para este fim, pois com o processo de urbanizao, acaba no tendo um local adequado que possa fazer a destinao adequada dos resduos, que no comprometa a sade publica nem o meio ambiente.A tentativa de se pensar em locais adequados para o descarte destes resduos vem acima de tudo em minimizar os impactos ambientais causados pela m disposio desses resduos, propiciando uma boa qualidade de vida para a populao local.Como refuta Gonalves 2003, em suas palavras, a produo de lixo inevitvel e inexorvel. Todos os processos geram resduos, desde o mais elementar processo de metabolismo de uma clula at o mais complexo processo de produo industrial. Por outro lado, a lata de lixo, no um desintegrador de matria. A humanidade vive em ciclos de desenvolvimento e neste momento estamos vivendo um pice do desperdcio e irresponsabilidade na extrao dos recursos naturais esgotveis.Em partes numricas com base no censo de 2000, feito pelo IBGE, o Brasil produz cerca de 230 mil toneladas/dia de lixos, resultando mais de 80 milhes de toneladas ao ano. E desta totalidade, cerca de 65 a 70% deste lixo composto por matrias orgnicas biodegradveis ou compostveis, os outros 25 a 30% constitui-se de material reciclveis, como papel, metal, vidro e plstico(grifo nosso) e aproximadamente 5% caracterizam como rejeitos em geral, muitos deste composto por matrias perigosos ou contaminados.

3. METODOLOGIA - ESTATSTICA DO PLSTICO NA GRANDE JOO PESSOA-PBO estudo das condies do plstico na grande Joo Pessoa deu-se com base no estudo da Tabela 01, em anexo 01, onde verificou-se as composies gravimtricas do Aterro Sanitrio Metropolitano de Joo Pessoa(ASMJP), este em funcionamento desde agosto de 2003, criado para substituir o antigo "lixo do Rger", esta localizado na zona rural domunicpio deJoo Pessoa, ele visa atender a demanda dolixo gerado pelas cidades deJoo Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Conde e Santa Rita, ocupa cerca de 100,00 hectares e sua vida til cerca de 25 anos.Levantou-se a populao de 63(sessenta e trs) bairros, porcentagem e o valor de quilograma de resduos plsticos gerados por estes e para melhor interpretar foi dividido em quatro zonas, Leste, Oeste, Norte e Sul. Assim compreenderemos melhor os aspectos de cara macro regio desta e como se comporta a produo deste resduo em estudo.Dos bairros estudados obteve-se uma populao de 718.739 mil habitantes, compreendendo 99,70% da populao pessoense em analise, est gera 30.402.659,70 milhes de quilo de resduos por dia, desta totalidade 4.442.882,12 milhes de quilo so de Plsticos, perfazendo 14,61 % de todo os resduos recolhidos para ASMJP no ano de 2011.ZONA NORTENa Zona Norte foi constatado que os bairros que mais poluem so os maiores em relao ao tamanho populacional e quantidade de resduos recolhidos, contudo no necessariamente o maior produtor de plsticos, destacando-se o bairro de Alto do Cu que o maior bairro da zona norte e o maior produtor de resduos, mais foi um dos menores produtor de plsticos da zona, tendo a terceira menor taxa de 3% de todo os resduos plstico recolhidos no permetro. ZONA SULNa Zona Sul correspondente a grande parte dos bairros de Joo Pessoa, destaca-se o bairro de Mangabeira acentuadamente, como o grande responsvel na produo de resduos, sendo o nico a chegar casa dos milhes de quilos e no diferente nos meio milhes de plsticos.Este bairro um dos mais populosos do estado da Paraba e faz-se um agravante de que em correlao a quantidade de resduos plsticos por habitantes o Bairro de Mangabeira detm 29,95% de todo o plstico produzido na Zona Sul, mais se correlacionar com o menor bairro da regio, Barra de Gramame, que s detm 0,11% da populao pessoense e compara com todo o resduo da grande capital o este bairro perfaz 11,81% de todo o plstico recolhido. ZONA LESTE

Esta zona, onde se encontra os bairros denominados classe Mdia/Alta, mesmo tendo uma varivel considervel entre o nvel populacional, existe uma homogeneizao no que si diz a produo de plstico em relao ao produzido por toda a cidade.Podendo concluir que independe o nvel social para haver um produo elevada ou no, hora vista no paralelo entre as tabelas, que quanto mais culturado e quanto mais economicamente privilegiado, mais se produz resduos plsticos. Se faz relao a praticidade do dia a dia e novos hbitos residenciais, os quis levam ao consumo excessivo de produtos plsticos. J em relao s a Zona Leste continua a premissa de que quanto maior o bairro, mais se produz resduos, no obstante disto os Bairros de Manara, Jardim Oceania e Bessa juntos produzem 43.73% de todo o plstico desta regio.ZONA OESTE

Na Zona Oeste condiz com a parte da cidade formada pelos bairros mais antiga de Joo Pessoa, onde se encontram bairros da poca do surgimento da cidade. Mesmo assim no fica longe dos demais onde o maior bairro ainda prevalece na maior produo de resduos.Neste Zona se destaca o Bairro do Cristo Redentor que detm 22,43% de todo o plstico produzido na zona, mais do outro lado do comparativo o menor bairro, Trincheiras, mesmo com o menor ndice populacional da regio, produz mais resduos plsticos que o maior bairro quando se comparamos com o total geral de toda a capital.Com base nas zonas acima estudadas chegamos a seguinte Tabela:REGIODADOS POPULAO/PRODUO DE PLASTICO

POPULAO (%)PLSTICO%

ZONA NORTE15,014,3

ZONA SUL43,044,6

ZONA LESTE18,118,4

ZONA OESTE23,322,7

Podemos compreender que cada Zona se comporta de forma distinta quando estudada isoladamente, mesmo recebendo gravimtricos isonmicos cada zona se comporta de forma impar, tendo em vista vrios fatores externos e peculiares de cada regio.A partir do momento em que se comparam as regies ganha-se um novo comportamento, que de forma geral, macro, continua na mesma premissa de onde h mais populao mais se produz descartes(resduos), mais aqui se equipara a quantidade populacional a quantidade de resduos plsticos produzidos.4. CONSIDERAES FINAISO uso do mtodo estatstico trouxe ao trabalho a possibilidade de esclarece um fenmeno ambiental em evidencia, que a gerao excessiva de resduos, atravs do conjunto de tcnicas apropriadas, recolhemos, classificamos, e aqui apresentamos atravs da interpretao dos dados um conhecimento mais aprofundado do comportamento do plstico recolhido ao Aterro Sanitrio Metropolitano de Joo Pessoa, detalhando qual o Bairro e a Zona que mais produzem este tipo de resduo.Com isso pode-se fazer uma correlao da populao de cada bairro, das zonas e o quanto eles produzem de plstico, para assim, usar de comparativo com outras regies e at mesmo em relao aos outros produtos residuais gerados. Buscando um comparativo socioambiental em relao as condies de cada localidade e o porque da quantidade descartada de plstico daquela regio.Ao final com o trabalho espera-se que os dados em analises sirvam como base para estudos mais aprofundados, sejam eles comparativos, quantitativos e/ou qualitativos mais acima de tudo que sirva como de uma ferramenta para um desenvolvimento de sistemas produtivos sustentveis, que priorizem a adaptao de tecnologias apropriadas e conscincia sobre o consumo sustentvel e o fomento desta matria chamada Educao Ambiental no universo acadmico.REFERNCIASABES, Associao Brasileira de Engenharia Sanitaria e Ambiental. Modelo de Gesto Integrada dos Resduos Slidos Urbanos. Brasilia: setembro de 2000.COLDEBELLA, A. Viabilidade do uso do biogs da bovinocultura e suinocultura para gerao de energia eltrica e irrigao em propriedades rurais. 2006, Dissertao(Mestrado em Eng. Agrcola) Universidade Estadual do Oeste do Paran. Cascavel-PR.GONALVES, Plita. A Reciclagem Integradora dos Aspectos Ambientais, Sociais e Econmicos. Rio de Janaiero-RJ: Fase, 2003.MARTINS, M.F.D. et. al. Qualidade do ambiente e fatores associados: um estudo em crianas de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, 20(3): 710-718, mai-jun, 2004.SANTOS, Maria Ceclia L. dos e Sylmara L.F.G. Dias. Resduos Slidos Urbanos e seus Impactos Socioambientais. So Paulo-SP: IEE-USP, 2012. SEIXAS, M. G. et al. Composio gravimtrica e valor econmico de resduos slidos exclusivamente domiciliares de bairros de classe mdia alta em Joo Pessoa. In: SIMPSIO TALO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITRIA E AMBIENTAL, 8., Fortaleza: Abes, 2006.TARRENTO, G.E.; MARTINEZ, J.C. Anlise da implamntao de biodigestores em pequenas propriedades rurais, dentro do contexto de produo limpa. In: XIII Simpsio de Engenharia de Produo. Anais. Bauru-SP, 2006.ABIEF-Associao Brasileira da Indstria de EmbalagensPlsticas Flexveis, http//:www.abief.com.br

ANEXOSTabela 01: Composio Gravimtrica do Aterro Sanitrio de Joo Pessoa-PB.

Tabela 01: Composio Gravimtrica do Aterro Sanitrio de Joo Pessoa-PB. Continuao

Tabela 02: Estudos gravimtricos consultados por, Seixas et al., 2006.