trabalho educacao ambiental

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Curso: Administração – 2º Semestre/ 2013 Disciplina: Gestão Ambiental Professor: William Machado A Educação Ambiental nas empresas Aluna: Gisele Braga Fernandes de Souza Email: [email protected] Matrícula: 200920340511

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A população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem mais pontos de referência na atual sociedade moderna. A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais. O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente. Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.

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Page 1: Trabalho educacao ambiental

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Curso: Administração – 2º Semestre/ 2013

Disciplina: Gestão Ambiental

Professor: William Machado

A Educação Ambiental

nas empresas

Aluna: Gisele Braga Fernandes de Souza

Email: [email protected]

Matrícula: 200920340511

Rio de JaneiroDezembro de 2013

Page 2: Trabalho educacao ambiental

Sumário1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................2

2. Educação Ambiental: Conceitos e histórico..........................................................................2

2.1. O que é Educação Ambiental........................................................................................2

2.2. Histórico.......................................................................................................................5

3. A educação ambiental para empresas................................................................................12

4. O Sistema de Gestão Ambiental (SGA)...............................................................................13

4.1. O que é SGA?..........................................................................................................13

4.2. O SGA e a conscientização empresarial..................................................................14

4.3. Normas ISO 14000..................................................................................................15

5. O Programa Nacional de Educação Ambiental...................................................................20

6. Caso....................................................................................................................................21

7. Conclusão...........................................................................................................................24

8. Bibliografia.........................................................................................................................25

9. Glossário.............................................................................................................................26

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Page 3: Trabalho educacao ambiental

A Educação Ambiental nas empresas

1. INTRODUÇÃOA população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e

com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem mais pontos de referência na atual sociedade moderna.

A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.

O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais.

Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.

Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.

2. Educação Ambiental: Conceitos e histórico

2.1. O que é Educação Ambiental

No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de

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sociedades sustentáveis. Mais do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e completude.

A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza, da qual é parte integrante.Desde muito cedo na história humana para sobreviver em sociedade, todos os indivíduos precisavam conhecer seu ambiente. O início da civilização coincidiu com o uso do fogo e outros instrumentos para modificar o ambiente, devido aos avanços tecnológicos, esquecemos que nossa dependência da natureza continua.

A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.

A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida. Através dela os indivíduos e a coletividade podem construir valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (De acordo com o Art. 1º da Lei no 9.795 de 27 de abril de 1999).

Aquele que prática a educação ambiental no âmbito de ensino, é conhecido como Educador ambiental e não necessariamente trata-se de um professor. Qualquer indivíduo da sociedade pode-se tornar um educador ambiental desde que tenha seu trabalhado voltado aos temas ligados.

Por sua comprovada relevância para a sociedade, a Educação Ambiental tornou-se Lei em Abril de 1999, a chamada “Lei da Educação Ambiental” (Lei n° 9.795), com o objetivo de levar a conscientização para as escolas e universidades, a fim de construir um pensamento saudável nas novas gerações. Medida extremamente válida, mas que não pode estagnar nos

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bancos das escolas. É necessário que ela continue também nas empresas, sejam elas multinacionais ou empresas de porte menor.

É subdividida em formal e informal:

Formal é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino; 

Informal se caracteriza por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.).

Princípios

De acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental, são princípios e objetivos da Educação Ambiental:

enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; concepção do meio ambiente em sua totalidade,

considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;

pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;

vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

permanente avaliação crítica do processo educativo; abordagem articulada das questões ambientais locais,

regionais, nacionais e globais; reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade

individual e cultural.

Objetivos

o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

a garantia de democratização das informações ambientais; o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica

sobre a problemática ambiental e social; o incentivo à participação individual e coletiva, permanente

e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;

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o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;

o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;

o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.

2.2. Histórico

- anos 70 -

1971

Cria-se em Rio Grande do Sul a associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural . AGAPAN

1972

A Delegação Brasileira na Conferência de Estocolmo declara que o pais está “aberto a poluição, porque o que se precisa é dólares, desenvolvimento e empregos” . Apesar disto, contraditoriamente o Brasil lidera os países do Terceiro Mundo para não aceitar a Teoria do Crescimento Zero proposta pelo Clube de Roma

1972

A Universidade Federal de Pernambuco inicia uma campanha de reintrodução do pau brasil considerado extinto em 1920.

1973

Cria-se a Secretaria Especial do Meio Ambiente, SEMA, no âmbito do Ministério do Interior,que entre outras atividades, começa a fazer Educação Ambiental

1976

A SEMA e a Fundação Educacional do Distrito Federal e a Universidade de Brasília. Realizam o primeiro curso de Extensão para professores do 1o Grau em Ecologia .

1977

Implantação do Projeto de Educação Ambiental em Ceilândia. (1977 - 81).

1977

SEMA constitui um grupo de trabalho para elaboração de um documento de Educação Ambiental para definir seu papel no contexto brasileiro.

1977

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Seminários Encontros e debates preparatórios à Conferência de Tbilisi são realizados pela FEEMA-RJ

1977

A disciplina Ciências Ambientais passa a ser obrigatória nos cursos de Engenharia.

1978

A Secretaria de Educação de Rio Grande do Sul desenvolve o Projeto Natureza (1978 - 85)

1978

Criação de cursos voltados para as questões ambientais em varias universidades brasileiras.

1978

Nos cursos de Engenharia Sanitária inserem-se as disciplinas de Saneamento Básico e Saneamento Ambiental

1979

O MEC e a CETESB/ SP, publicam o documento “Ecologia uma Proposta para o Ensino de 1o e 2o Graus.

  

- anos 80 -

1981

Lei Nr. 6938 do 31 de Agosto, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (Presidente Figueiredo)

1984

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), apresenta uma resolução estabelecendo diretrizes para a Educação Ambiental, que não é tratada.

1986

A SEMA junto com a Universidade Nacional de Brasília, organiza o primeiro Curso de Especialização em Educação Ambiental . (1986 a 1988)

1986

I Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente

1986

Seminário Internacional de Desenvolvimento Sustentado e Conservação de Regiões Estuarino – Lacunares (Manguezais) São Paulo

1987

O MEC aprova o Parecer 226/87 do conselheiro Arnaldo Niskier, em relação a necessidade de inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares de 1o e 2o Graus

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1987

Paulo Nogueira Neto representa ao Brasil na Comissão Brundtland

1987

II Seminário Universidade e Meio Ambiente, Belém, Pará.

1988

A Constituição Brasileira, de 1988, em Art. 225, no Capítulo VI - Do Meio Ambiente, Inciso VI, destaca a necessidade de ‘’promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente’’. Para cumprimento dos preceitos constitucionais, leis federais, decretos, constituições estaduais, e leis municipais determinam a obrigatoriedade da Educação Ambiental.

1988

Fundação Getúlio Vargas traduz e publica o Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum.

1988

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente de SP e a CETESB , publicam a edição piloto do livro “Educação Ambiental” Guia para professores de 1o e 2o Graus.

1989

Criação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), pela fusão da SEMA, SUDEPE, SUDEHVEA e IBDF. Nele funciona a Divisão de Educação Ambiental.

1989

Programa de Educação Ambiental em Universidade Aberta da Fundação Demócrito Rocha,por meio de encartes nos jornais de Recife e Fortaleza.

1989

Primeiro Encontro Nacional sobre Educação Ambiental no Ensino Formal . IBAMA/ UFRPE. Recife

1989

Cria-se o Fundo Nacional de Meio Ambiente FNMA no Ministério do Meio Ambiente MMA.

1989

III Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente. Cuiabá. MT

  

- anos 90 -1990

I Curso Latino-Americano de Especialização em Educação Ambiental . PNUMA/IBAMA/CNPq/CAPES/UFMT. CUIABÁ- MT (1990 a 1994)

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Page 9: Trabalho educacao ambiental

1990

IV Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente, Florianópolis, SC.

1991

MEC resolve que todos os currículos nos diversos níveis de ensino deverão contemplar conteúdos de Educação Ambiental (Portaria 678 (14/05/91).

1991

Projeto de Informações sobre Educação Ambiental , IBAMA/ MEC;

1991

Grupo de Trabalho para Educação Ambiental coordenado pelo MEC, preparatório para a Conferência do Rio 92.

1991

Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para Educação Ambiental . MEC/ IBAMA/Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República/ UNESCO/ Embaixada do Canadá.

1992

Criação dos Núcleos Estaduais de Educação Ambiental do IBAMA, NEA’s.

1992

Participação das ONG’s do Brasil no Fórum de ONG’s e na redação do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. Destaca-se o papel da Educação Ambiental na construção da Cidadania Ambiental.

1992

O MEC promove no CIAC do Rio das Pedras em Jacarepaguá Rio de Janeiro o Workshop sobre Educação Ambiental cujo resultado encontra-se na Carta Brasileira de Educação Ambiental, destacando a necessidade de capacitação de recursos humanos para EA

1993

Uma Proposta Interdisciplinar de Educação Ambiental para Amazônia. IBAMA, Universidades e SEDUC’s da região, publicação de um Documento Metodológico e um de caráter temático com 10 temas ambientais da região.(1992 a 1994)

1993

Criação dos Centros de Educação Ambiental do MEC, com a finalidade de criar e difundir metodologias em Educação Ambiental;

1994

Aprovação do Programa Nacional de Educação Ambiental , PRONEA, com a participação do MMA/IBAMA/MEC/MCT/MINC

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Page 10: Trabalho educacao ambiental

1994

Publicação da Agenda 21 feita por crianças e jovens em português. UNICEF.

1994

3º Fórum de Educação Ambiental

1995

Todos os Projetos Ambientais e/ou de desenvolvimento sustentável devem incluir como componente atividades de Educação Ambiental.

1996

Criação da Câmara Técnica de Educação Ambiental do CONAMA

1996

Novos Parâmetros Curriculares do MEC, nos quais incluem a Educação Ambiental como tema transversal do currículo.

1996

Cursos de Capacitação em Educação Ambiental para os técnicos das SEDUC’s e DEMEC’s nos Estados, para orientar a implantação dos Parâmetros Curriculares. Convênio UNESCO - MEC

1996

Criação da Comissão Interministerial de EA. MMA

1997

Criação da Comissão de Educação Ambiental do MMA

1997

I Conferência Nacional de Educação Ambiental. Brasília. ICNEA

1997

Cursos de Educação Ambiental organizados pelo MEC – Coordenação de Educação Ambiental, para as escolas Técnicas e Segunda etapa de capacitação das SEDUC’s e DEMEC’s. Convênio UNESCO – MEC

1997

IV Fórum de Educação Ambiental e I Encontro da Rede de Educadores Ambientais. Vitória.

1997

I Teleconferência Nacional de Educação Ambiental .Brasília, MEC

1998

Publicação dos materiais surgidos da ICNEA

1999

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Page 11: Trabalho educacao ambiental

Criação da Diretoria de Educação Ambiental do MMA Gabinete do Ministro

1999

Aprovada a Lei 9.597/99 que institui a Política Nacional de EA

1999

Programa Nacional de Educação Ambiental (PNEA)

1999

Criação dos Movimento dos Protetores da Vida Carta de Princípios Brasília DF

1999

A Coordenação de EA do MEC passa a formar parte da Secretária de Ensino Fundamental - COEA

  

- anos 2000 -2000

Seminário de Educação Ambiental organizado pela COEA/ MEC Brasília DF

2000

Curso Básico de Educação Ambiental a Distância DEA/ MMA UFSC/ LED/ LEA

2002

Lançado o Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental e Práticas Sustentáveis (SIBEA)

2002

Decreto Nº 4.281, de 25 de junho de 2002. Regulamenta a Lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências

2004

Em setembro é realizada a Consulta Pública do ProNEA, o Programa Nacional de Educação Ambiental, que reuniu contribuições de mais de 800 educadores ambientais do país.Em novembro foi realizado o V Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, após sete anos de intervalo ocorrido entre o IV Fórum, com o lançamento da Revista Brasileira de Educação Ambiental e com a criação da Rede Brasileira de Educomunicação Ambiental - REBECA.Ainda em novembro, após dois anos de existência enquanto Grupo de Estudos, é oficializado o Grupo de Trabalho em Educação Ambiental da ANPEd, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação.Em dezembro é criado o Grupo de Trabalho de Educação Ambiental no FBOMS, o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais.

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DOCUMENTOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano - Estocolmo – 1972 Declaração de Estocolmo

Seminário de Educação Ambiental – 1974, realizado em Jamir, na Finlândia

Programa Internacional de Educação Ambiental - Encontro ou Congresso de Belgrado (ex-Iugoslávia, atual Sérvia) – 1975 - Carta de Belgrado

I Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, em Tbilisi – 1977

Objetivos, Princípios e Fundamentos da E.A

II Congresso Internacional de Treinamento e Educação Ambiental, em Moscou – 1987

Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio / 92

Agenda 21 Capítulo 36 – Promoção do ensino, da conscientização e do treinamento

Fórum Global das ONGs – Encontro de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis

Tratado de E.A. para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global

Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs – 1996

Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade, em Thessalonik, Grécia – 1997

I Conferência Nacional de Educação Ambiental, em Brasília – 1997. Declaração de Brasília para a Educação Ambiental

Programa Nacional de Educação Ambiental - 1999. Política Nacional de Educação Ambiental

Agenda 21 Brasileira – 2002

Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável / Rio+10 - África do Sul, 2002

Protocolo de Kyoto entra em vigor - 2005

Política de Educação Ambiental do Distrito Federal - 2006

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3. A educação ambiental para empresas

Conforme art. 3º, inciso V da Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999:

“Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo:

        V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente”

A Educação Ambiental para Empresas é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Sendo que este tipo de educação firma valores e ações que contribuem para a transformação humana, social e preservação ecológica. Além disso, estimula a formação de sociedades justas e ecologicamente equilibradas, conservando entre si relações de interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual e coletiva.

Tendo com objetivo alcançar uma transformação profunda dos funcionários dentro da organização do presidente ao "chão-de-fábrica", sobre questões como o uso inteligente dos recursos naturais, condições mais seguras sob o aspecto ambiental para os operários, redução das infrações ambientais e destinação final adequada de rejeitos.

Muitos problemas ambientais, que à primeira vista parecem complicados nas empresas, podem se tornar de simples solução, desde que haja algum investimento em educação ambiental. A educação ambiental no trabalho pode se transformar num completo programa educacional incluindo material didático-pedagógico e pode ser adotada com eficácia e ser adaptada às necessidades de qualquer organização, com simplicidade e baixo custo.

Ela conduz os profissionais a uma mudança de comportamento e atitudes em relação ao meio ambiente interno e externo às organizações. A educação ambiental nas empresas tem um papel muito importante, porque desperta cada funcionário para a ação e a busca de soluções concretas para os problemas ambientais que ocorrem principalmente no seu dia-a-dia, no seu local de trabalho, na execução de sua tarefa, portanto onde ele tem poder de atuação para a melhoria da qualidade ambiental dele e dos colegas. Esse tipo de educação extrapola a simples aquisição de conhecimento.

Nas empresas industriais, por exemplo, a educação ambiental é um instrumento eficaz no controle da poluição. Nesses empreendimentos, o controle da poluição deve começar no processo, estando também parte desta responsabilidade nas mãos dos trabalhadores, pois mantêm-se envolvidos diretamente na produção.

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Page 14: Trabalho educacao ambiental

Portanto, não é somente na escola que a educação ambiental acontece. Os recursos para o ensino-aprendizagem da educação para o meio ambiente se encontram em todas as partes, como nas grandes, médias, pequenas e microempresas; nas indústrias e fábricas.

Desde a década de 90, as perspectivas da educação ambiental em empresas são muito positivas, considerando-se que as organizações estão sendo estrategicamente sensibilizadas a adotar um novo modelo de gestão empresarial contemplando a qualidade ambiental. Em meio a tantas mudanças, no âmbito das empresas, a Educação Ambiental assume um papel fundamental.

Além disso, os cidadãos integrados à educação ambiental para empresas saberão reconhecer o valor das ações de responsabilidade sócio-ambiental das mesmas, valorizando tanto a adoção destas como a própria imagem de marca, tornando-se, portanto um argumento de venda.

Atualmente a educação ambiental é parte da grade curricular de escolas e universidades e como tal está promovendo desde já uma mudança sensível na sociedade, atual e futura. Aquelas que desejam manter-se no mercado deverão perceber esta tendência e adotar a educação ambiental para empresas. Isso pode ser visto claramente em questões atuais e de grande exposição, tal qual o Novo Código Florestal Brasileiro.

4. O Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

4.1. O que é SGA?

Corporações, principalmente indústrias, durante décadas não se preocuparam com os inúmeros lançamentos de diversos produtos nocivos no meio ambiente, porém com o tempo começou a ser percebido que os recursos naturais seriam limitados e que poderiam cessar ao ponto de ser prejudicial a todos os seres vivos e ao planeta terra, podendo contribuir para seu próprio fim. Por isso, na década de 60 começou a mudar esta situação de pensamentos voltados somente para o momento presente e começou a se pensar no futuro do mundo. Os recursos naturais começaram a ser mais valorizados, principalmente pelo aumento populacional, do consumo e de diversas catástrofes que atingiram a natureza.

Com isso, o surgiu ao longo dos anos o desenvolvimento sustentável. Este foi definido no “Relatório Brundtland’, intitulado “Nosso futuro comum” em 1987, ele contém dois conceitos-chaves: o de “necessidades, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres no mundo, que devem receber a máxima prioridade”; e “a noção das limitações que o estágio da tecnologia e da

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organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades das gerações presentes e futuras.” A partir daí diversas conferências, convenções e acordos internacionais foram criados se atentando para os inúmeros problemas ambientais.

Então, com a necessidade de o meio empresarial se adaptar às novas exigências em relação às questões ambientais, o British Standards Institute (BSI) lançou em 1992 a norma BS 7750. Trata-se de uma norma de caráter voluntário, que propõe um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) que procura não só ordenar e integrar os procedimentos existentes na empresa, mas também permitir que esta possa obter certificação.

Ao longo de anos as empresas se preocupavam somente em produzir em massa de forma que tivessem o maior lucro possível, sem pensar no meio ambiente e em economizar e evitar o desperdício de matérias-primas. Por isso, a gestão ambiental para as empresas é uma forma de gestão que evita na medida do possível problemas com o meio ambiente. O objetivo dela é obter o desenvolvimento sustentável. O processo de gestão ambiental nas empresas está vinculado a normas que são elaboradas pelas instituições públicas sobre o meio ambiente. Estas normas fixam os limites aceitáveis de emissão de substâncias poluentes, definem em que condições serão despejados os resíduos, proíbem a utilização de substâncias tóxicas, definem a quantidade de água que pode ser utilizada, volume de esgoto que pode ser lançado etc. As normas legais são referências obrigatórias para as empresas que pretendem implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Este sistema veio para alterar a cultura ambiental das empresas de corrigir problemas ambientais que vão surgindo, ao invés disso, as organizações devem alterar seus métodos para preventivos, assim de forma proativa, prevenindo impactos ambientais.

Portanto, o SGA é o conjunto de responsabilidades organizacionais, procedimentos, processos e meios que se adotam para a implantação de uma política ambiental em determinada empresa ou unidade produtiva. Uma das vantagens competitivas que uma empresa pode alcançar através da gestão ambiental é a de melhorar sua imagem no mercado, o que está se tornando a cada dia mais concreto devido ao aumento da consciência ambiental dos consumidores.

4.2. O SGA e a conscientização empresarial

A Educação ambiental, quando voltada especificamente para os funcionários de uma empresa, pode trazer diversos benefícios para a organização como um todo. Este processo pode ser feito através da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), da realização de mini-cursos, palestras e até mesmo através da contratação de consultorias que se

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Page 16: Trabalho educacao ambiental

encarregam de gerenciar estes processos educativos. Porém, é preciso destacar que as pessoas dentro da organização precisam estar alinhadas a estes princípios de conservação ambiental. Elas precisam pensar e agir de forma comprometida com o meio ambiente e, principalmente, com os impactos que suas atitudes equivocadas podem gerar no ecossistema em que vivem.

Os funcionários precisam conhecer os indicadores ambientais da empresa, as metas de redução de emissão de gases, as áreas que mais precisam de cuidados para evitar a poluição involuntária de rios, córregos etc, e tantas outras informações que são indispensáveis para que o colaborador crie uma consciência ambiental voltada não só para a preservação do meio-ambiente como para o benefício da própria empresa.

Assim, quando as equipes de trabalho estão conscientizadas da importância de se rever alguns processos, de realizar manutenções períodicas em equipamentos-chave, de promoverem ações internas e externas de divulgação de práticas sócio-ambientais responsáveis para outras empresas, escolas, universidades, centros comunitários etc, a empresa começa a perceber diversas mudanças positivas em suas práticas.

4.3. Normas ISO 14000

Em 1992 foi realizada a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), oficialmente denominada “Cúpula da Terra”, Eco 92 ou Rio 92, deste evento ocorreram dois importantes resultados a Agenda 21 e as normas da série ISO 14000. Estas normas apresentam importante função dentro de um contexto micro, em nível organizacional. A importância das normas da séria ISO 14000, e particularmente da ISO 14001, reside no fato de que estabeleceram uma base comum para a gestão ambiental eficaz no mundo inteiro, sendo aplicável a organizações com os mais variados perfis.

No Brasil, a única representante da ISO e um dos seus fundadores é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), também reconhecida pelo governo brasileiro como Fórum Nacional de Normalização. Essas normas têm em sua essência buscar estabelecer ferramentas e sistemas para a administração ambiental de uma organização. E também, buscam a padronização de algumas ferramentas-chave de análise, tais como a auditoria ambiental e a análise do ciclo de vida.

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Família de normas NBR ISO 14000.

ISO 14001* Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Especificações para implantação e guia.

ISO 14004 Sistema de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais

ISO 14010 Guias para Auditoria Ambiental – Diretrizes Gerais

ISO 14011 Diretrizes para Auditoria Ambiental e Procedimentos para Auditorias

ISO 14012 Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de Qualificação

ISO 14020 Rotulagem Ambiental – Princípios Básicos

ISO 14021 Rotulagem Ambiental – Termos e Definições

ISO 14022 Rotulagem Ambiental – Simbologia para Rótulos

ISO 14023 Rotulagem Ambiental – Testes e Metodologias de Verificação

ISO 14024 Rotulagem Ambiental – Guia para Certificação com Base em Análise Multicriterial

ISO 14031 Avaliação da Performance Ambiental

ISO 14032 Avaliação da Performance Ambiental dos Sistemas de Operadores

ISO 14040* Análise do Ciclo de Vida – Princípios Gerais

ISO 14041 Análise do Ciclo de Vida - Inventário

ISO 14042 Análise do Ciclo de Vida – Análise dos Impactos

ISO 14043 Análise do Ciclo de Vida – Migração dos Impactos

*Normas passíveis de certificação.Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

A família de normas ambientais tem como eixo central a norma ISO 14001, que estabelece os requisitos necessários para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). E tem como objetivo conduzir a organização dentro de um SGA certificável, estruturado e integrado à atividade geral de gestão, especificando os requisitos que deve apresentar e que sejam aplicáveis a qualquer tipo e tamanho de organização.

De modo bastante simplificado, o SGA proposto deve cumprir requisitos quanto a:

a) Política ambiental;b) Planejamento;

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c) Implementação e operação;d) Verificação e ação corretiva e;e) Revisão pela gerência.

Cada um desses requisitos contém especificações que de modo geral são os seguintes:

Quanto à política ambiental, a alta administração deve definir a política ambiental da organização e assegurar que ela:

a) Seja apropriada a natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços;

b) Inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção de poluição;

c) Inclua o comprometimento com o atendimento à legislação e às normas ambientais aplicáveis e aos demais requisitos subscritos pela organização;

d) Forneça a estrutura para o estabelecimento e a revisão dos objetivos e das metas ambientais;

e) Seja documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os empregados;

f) Esteja disponível para o público.

Quanto ao planejamento, a organização deve:

a) Estabelecer e manter procedimento (s) para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços que tenham impactos no meio ambiente;

b) Identificar e ter acesso à legislação e a outros requisitos, aplicáveis aos aspectos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços;

c) Estabelecer a manter objetivos e metas ambientais documentados, em cada nível ou função pertinentes à organização;

d) Manter um programa de gestão ambiental para atingir seus objetivos e metas.

Quanto à implementação e à operação, deve-se atentar para os seguintes pontos:

a) Estrutura e responsabilidade: as funções, as responsabilidades e as autoridades devem ser definidas, documentadas e comunicadas a fim de facilitar uma gestão ambiental eficaz;

b) Treinamento, conscientização e competência: a organização deve identificar as necessidades de treinamento. Ela deve

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determinar que todo o pessoal cujas tarefas possam criar impactos significativos sobre o meio ambiente receba treinamento apropriado;

c) Comunicação: com relação aos seus aspectos ambientais e sistema de Gestão Ambiental, a organização deve estabelecer e manter procedimentos para a comunicação interna entre vários níveis e funções da organização; e recebimento, documentação e resposta a comunicações pertinentes das partes interessadas externas;

d) Documentação do sistema de gestão ambiental: a organização deve estabelecer e manter informações, em papel ou em meio eletrônico, para descrever os principais elementos do sistema de gestão e a interação entre eles; e fornecer orientação sobre a documentação relacionada;

e) Controle operacional: a organização deve identificar aquelas operações e atividades associadas aos aspectos ambientais significativos identificados de acordo com a sua política, objetivos e metas. A organização deve planejar tais atividades, inclusive manutenção de forma a assegurar que sejam executadas sob condições específicas;

f) Preparação e atendimento a emergências: a organização deve estabelecer procedimentos para identificar o potencial e atender a acidentes e situações de emergência, bem como para prevenir e mitigar os impactos ambientais que possam estar associados a eles.

Quanto à verificação e à ação corretiva, é recomendada a abordagem baseada nos seguintes pontos:

a) Monitoramento e medição: a organização deve estabelecer e manter procedimentos documentados para monitorar e medir, periodicamente, as características principais de suas operações e atividades que possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente;

b) Não-conformidade e ações corretivas e preventivas: a organização deve estabelecer e manter procedimentos para definir responsabilidade e autoridade para tratar e investigar as não-conformidades, adotando medidas para mitigar quaisquer impactos e para iniciar e concluir ações corretivas e preventivas;

c) Registros: a organização deve estabelecer e manter procedimentos para identificação, manutenção e descarte de registros ambientais. Estes registros devem incluir registros de treinamento e resultados de auditorias e análise críticas;

d) Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental: a organização deve estabelecer e manter programa (s) e procedimentos para auditorias periódicas do Sistema de Gestão Ambiental.

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Quanto à revisão pela gerência, a alta administração da organização, em intervalos por ela predeterminados, deve analisar criticamente o sistema de gestão ambiental, para assegurar sua conveniência, adequação e eficácia contínuas. A análise crítica deve abordar a eventual necessidade de alterações na política, objetivos e outros elementos do sistema de gestão ambiental, da mudança das circunstâncias e do comprometimento com a melhoria contínua.

Desse modo, a norma NBR ISO 14000, embora bastante detalhada na existência dos procedimentos que devem ser adotados para a implantação de um SGA, não estabelece metas e pode ser adotada por empresas de qualquer tipo e tamanho.

Entre os benefícios que podem ser obtidos pelas empresas, ao adotarem um SGA, a NBR ISO 14004 destaca que pode ajudar uma organização a transmitir confiança às partes interessadas de que:

Existe comprometimento da administração para atender às disposições de usa política, objetivos e metas;

É dada maior ênfase à prevenção do que às ações corretivas;

Podem ser oferecidas evidencias de atuação cuidadosa e de atendimento aos requisitos legais; e

A concepção de sistemas incorpora o processo de melhoria contínua.

Além disso podem existir benefícios potenciais associados a um SGA eficaz, que incluem:

Assegurar aos clientes o comprometimento com uma gestão ambiental demonstrável;

Manter boas relações com o público/comunidade; Satisfazer aos critérios dos investidores e melhorar o

acesso ao capital; Obter seguro a um custo razoável; Fortalecer a imagem e a participação no mercado; Atender aos critérios de certificação do vendedor; Aprimorar o controle de custos; Reduzir incidentes que impliquem responsabilidade

civil; Demonstrar atuação cuidadosa; Conservar matérias-primas e energia; Facilitar a obtenção de licenças e autorizações; Estimular o desenvolvimento e compartilhar soluções

ambientais; Melhorar as relações indústria/governo.

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5. O Programa Nacional de Educação Ambiental

O Programa Nacional de Educação Ambiental é coordenado pelo órgão gestor da Política Nacional de Educação Ambiental e tem como eixo orientador a marca institucional do atual governo: "Brasil, um País de todos". Suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a integração equilibrada das múltiplas dimensões da sustentabilidade - ambiental, social, ética, cultural, econômica, espacial e política - ao desenvolvimento do País, resultando em melhor qualidade de vida para toda a população brasileira, por intermédio do envolvimento e participação social na proteção e conservação ambiental e da manutenção dessas condições ao longo prazo. Nesse sentido, assume também as quatro diretrizes do Ministério do Meio Ambiente: 

Transversalidade Fortalecimento do Sisnama Sustentabilidade Participação e controle social

O ProNEA representa um constante exercício de Transversalidade, criando espaços de interlocução bilateral e múltipla para internalizar a educação ambiental no conjunto do governo, contribuindo assim para a agenda transversal, que busca o diálogo entre as políticas setoriais ambientais, educativas, econômicas, sociais e de infra-estrutura, de modo a participar das decisões de investimentos desses setores e a monitorar e avaliar, sob a ótica educacional e da sustentabilidade, o impacto de tais políticas. Tal exercício deve ser expandido para outros níveis de governo e para a sociedade como um todo.

Com a regulamentação da Política Nacional de Educação Ambiental, o ProNEA compartilha a missão de Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), por intermédio do qual a PNEA deve ser executada, em sinergia com as demais políticas federais, estaduais e municipais de governo. Dentro das estruturas institucionais do MMA e do MEC, o ProNEA compartilha da descentralização de suas diretrizes para a implementação da PNEA, no sentido de consolidar a sua ação no Sisnama.

Considerando-se a Educação Ambiental como um dos elementos fundamentais da gestão ambiental, o ProNEA desempenha um importante papel na orientação de agentes públicos e privados para a reflexão e construção de alternativas que almejem a Sustentabilidade. Assim propicia-se a oportunidade de se ressaltar o bom exemplo das práticas e experiências exitosas.

A Participação e o Controle Social também são diretrizes que permeiam as estratégias e ações do ProNEA, por intermédio da geração e disponibilização de informações que permitam a participação social na discussão, formulação, implementação, fiscalização e avaliação das políticas

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ambientais voltadas à construção de valores culturais comprometidos com a qualidade ambiental e a justiça social; e de apoio à sociedade na busca de um modelo socioeconômico sustentável.

6. Caso

- Honda South America

A preocupação dos japoneses com os detalhes fica evidente nos programas de sustentabilidade da Honda South America. Mais que apenas ajudar a cuidar do planeta, a direção da empresa enxerga esse segmento como um componente integrante do negócio. A lista de ações nesse campo é extensa. As motocicletas produzidas na fábrica de Manaus são transportadas por via fluvial até o porto de Belém, de onde são despachadas para os centros de distribuição da companhia. O sistema de pintura das motos, em Manaus, e dos veículos, em Sumaré, no interior de São Paulo, permite reduzir a 10% a perda de tinta, que antes chegava a até 50%.

Não se trata de conquistas isoladas. Apenas na logística, a redução do

volume das embalagens no transporte de motocicletas, adotada a partir de 1997, já evitou o consumo de 125 mil toneladas de madeira, 29 mil toneladas de papelão e 2,5 milhões de litros de óleo. Todo esse trabalho envolve, também, a rede de distribuidores de motocicletas e automóveis da marca. Para ganhar o selo de concessionário verde, concedido pela Honda, é preciso comprovar o descarte correto ou a reciclagem de itens, como óleo do motor, pneus e baterias.

Para a Honda, o compromisso ambiental vai além das obrigações legais: seu objetivo é atender às demandas da sociedade de forma sustentável. Ciente dos impactos que suas atividades podem causar ao meio ambiente, a empresa estabelece uma busca contínua por melhorias que possam reduzir esses efeitos sobre a natureza.

Gerenciamento de resíduosUm dos compromissos ambientais da Honda é o gerenciamento de

resíduos. Para cumprir esse objetivo, a empresa investe na melhoria de processos e no reaproveitamento e na reciclagem de materiais. Nas fábricas, os materiais descartados passam por etapas de classificação e separação, sendo, então, destinados à reutilização em outros processos.

Eficiência energéticaManter a eficiência no uso dos recursos energéticos também está entre

as iniciativas ambientais da Honda. A empresa adota uma série de medidas visando à conservação da energia, como monitoramento do consumo, redução

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de perdas por desperdício, melhorias de processos e utilização de energias alternativas.

Green DealerAo oferecer a alegria de vender um produto para seus clientes, as

concessionárias também buscam transmitir os ideais da Honda, inclusive no que refere a preservação ambiental. Em 2003, com o crescimento contínuo da rede de concessionárias e o aumento de resíduos gerados na prestação de serviços, a Honda iniciou o desenvolvimento de uma ação que evitasse impactos ambientais no pós-venda. O resultado foi a criação do Green Dealer, uma certificação emitida pela Honda às concessionárias de motocicletas e automóveis que destinassem 100% dos resíduos gerados de forma correta e eficiente. Ou seja, o que era uma simples ideia, tornou-se um importante diferencial competitivo para a Honda, não apenas em relação ao seu compromisso ambiental, mas também para cada um dos clientes e todos os envolvidos na rede de concessionárias e na área de pós-vendas.

No Brasil, 602 concessionárias já possuem a certificação Green Dealer, sendo 92 concessionárias de automóveis e 510 concessionárias de motocicletas.

Após a comprovação da destinação correta de todo o resíduo gerado na prestação de serviços, a concessionária recebe a certificação com validade anual, e como apoio, conta com um guia de referência quanto a instalações, procedimentos, capacitação da equipe e parcerias com fornecedores ambientalmente responsáveis.

Green OfficeAs unidades administrativas da Honda participam da iniciativa ambiental

intitulada globalmente Green Office. São medidas que trazem resultados significativos e impactam na meta mundial de redução nas emissões, como coleta seletiva, sistema de impressão com uso de senha, reúso da água, automatização do uso do ar-condicionado e das luzes e uso preferencial do etanol na frota de automóveis com a tecnologia flex.

Honda Automóveis do Brasil lança campanha em comemoração ao Dia da Árvore

O compromisso da Honda com as questões ambientais não é somente para reduzir a emissão de CO2 dos seus produtos. A empresa trabalha rapidamente para minimizar o impacto ambiental de suas atividades corporativas, dando seu máximo para conseguir uma relação mais sustentável com o meio ambiente.

Em consequência disso, a Honda Automóveis do Brasil firmou uma parceria com a SOS Mata Atlântica, e por meio do Programa Florestas do Futuro plantará 15 mil árvores na cidade de Itu (SP) em um Centro de Experimentos Florestais.

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Como forma de comemorar o Dia da Árvore (21 de setembro), a Honda criou a campanha “O dia é da arvore, mas quem ganha o presente é você”, que consiste em presentear cada cliente que adquirir um Honda 0km com uma das árvores plantadas até chegar a 15 mil automóveis vendidos.

Para tornar a campanha mais interativa, cada automóvel virá com uma tag que possuirá um código que será utilizado em um aplicativo de facebook criado especialmente para a campanha. No aplicativo será possível ver o local do plantio das árvores por meio de imagens de satélite disponibilizadas pelo Google Earth e também poderão compartilhar a boa ação com os amigos.Departamento de Gestão Ambiental e Sustentabilidade

Moto Honda da Amazônia – Política Ambiental:1. Reconhecemos que nossa Empresa é de grande porte e que faz parte

do Grupo Honda Motor Company com matriz no Japão. Está localizada no Pólo Industrial da cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, uma das regiões mais relevantes do Planeta quanto às questões ambientais. Somos líder no mercado nacional de motocicletas e também exportamos. Produzimos, quadriciclos, produtos de força, conjuntos e subconjuntos de motocicletas; fabricamos ferramentas, dispositivos e moldes para atender a fabricação de peças e afins, com a mais alta qualidade, eficiência e preço justo.

2. Reconhecemos os impactos ambientais causados pelas atividades de: Galvanoplastia, Fundição, Usinagem e Pinturas, assim como adotamos controles operacionais para cada aspecto ambiental significativo de nossas atividades, produtos e serviços, monitorando-os e gerenciando-os adequadamente;

3. Atuamos de acordo com as legislações e normas ambientais aplicáveis as nossas atividades, produtos, serviços e aos requisitos do nosso Sistema de Gestão Ambiental;

4. Buscamos a melhoria contínua e a prevenção da poluição através do desempenho ambiental de nossas atividades, produtos e serviços, revisando periodicamente os nossos objetivos e metas através do estabelecimento de Programas de Gestão Ambiental e das análises pela administração;

5. Através de treinamentos e campanhas de conscientização ambiental, desenvolvemos as habilidades e competências de todos os funcionários e a quem atue em nome da nossa empresa, para se autoconscientizarem do nosso sistema de gestão ambiental, incentivando-os a tratar de forma adequada o consumo de energéticos e água, mitigando a poluição atmosférica, reduzindo a geração de resíduos, reutilizando e reciclando principalmente os resíduos sólidos;

6. Exercemos atividades de apoio à sociedade através da conscientização ambiental e responsabilidade social, com o objetivo de conservar o meio ambiente, buscando um ambiente seguro e agradável,

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atuando como empresa em que todos depositem nela a esperança de sua existência.

7. Conclusão

Apesar da importância dada ao tema socioambiental desde a década de 70, a educação ambiental nas empresas e nas instituições de ensino ainda hoje é deficiente. Apesar disso, a sociedade e os próprios estudantes se preocupam com esta insuficiência do assunto.

É possível perceber claramente que com o caos atual nos grandes centros urbanos, que o ambiente ao qual a sociedade vive está necessitado de bons planejamentos socioambientais que provém de bons estudiosos do assunto. Mas, como ter bons estudiosos no assunto, se o ensino básico e superior pouco estimulam o assunto? A ausência ao longo de todos esses anos de um ensino adequado na área acarretou nos inúmeros problemas do século XXI.

Se faz urgente uma melhora, principalmente no ensino superior público e privado, com relação a questão socioambiental, não só nas empresas. As instituições de ensinam são importantes para a formação de futuros gestores de empresas que entendam a inter-relação entre responsabilidade socioambiental e desempenho organizacional satisfatório, isto é, saber interpretar e modificar o comportamento das organizações.

Programas da ONU (Organização das Nações Unidas) explicitam que as empresas precisam de novos gestores voltados para pensar e fazer negócios voltados para pensar e agir num contexto global, colocando a ética como atributo central e reestruturando a educação dos executivos e direcionando para a questão da responsabilidade social empresarial. A proposta da sustentabilidade vem associada ao coletivo e à capacidade do gestor em respeitar a diversidade, em lidar com o contraditório e a crença na transparência.

Um estudo do Banco Mundial (2007) afirma que o Brasil apresenta um dos piores indicadores na área de educação comparado a países emergentes, situação que se torna um obstáculo ao crescimento do país. A sociedade acredita que não justifica educar “profissionais bem-sucedidos para sociedades fracassadas” e tem exigido mais frequentemente que as universidades prestem contas sobre a maneira como capacitam seus alunos para o efetivo desenvolvimento social.

O desafio para as instituições de ensino superior brasileiras compreende a formação de profissionais competentes para enfrentar as pressões impostas pela globalização, a produção de conhecimentos técnicos e científicos, a educação de interessados com potencial de liderança para a mudança social e desenvolvimento de modelos de aprendizado mais comprometidos com a vida humana e o planeta.

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Além disso, as empresas devem complementar este ensino acadêmico, capacitando seus colaboradores para a adoção de comportamentos socioambientais. O novo gestor deverá preocupar-se com princípios, transparência, diálogo constante com públicos diversos, além de gerar valor em três dimensões: econômica, social e ambiental.

8. Bibliografia

Dias, Reinaldo. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

Seiffert, Mari Elizabete Bernardini. Gestão Ambiental: Instrumentos, Esferas de Ação e Educação Ambiental. São Paulo: Atlas, 2007.

Aligleri, Lilian; Aligleri, Luiz Antonio; Kruglianskas, Isak. Gestão Socioambiental: Responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

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Ambiente Brasil. Sítio eletrônico. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/educacao_ambiental/educacao_ambiental.html> Acesso em 12 nov. 2013.

Planalto – leis. Sítio eletrônico. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm> Acesso em 12 nov. 2013.

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Consultoria Ambiental. Sítio eletrônico. Disponível em: <http://www.consultoriaambiental.com.br/Educacao-Ambiental-Para-Empresas.asp> Acesso em 12 nov. 2013.

Techoje. Sítio eletrônico. Disponível em: <http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/136> Acesso em 12 nov. 2013

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Sobre Administração. Sítio eletrônico. Disponível em: <http://www.sobreadministracao.com/como-a-educacao-ambiental-para-funcionarios-pode-beneficiar-sua-empresa/> Acesso em 12 nov. 2013

Istoé Dinheiro. Sitio Eletrônico. Disponível em: <http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/85175_AS+50+EMPRESAS+DO+BEM> Acesso em 17 nov. 2013

Honda South America. Sitio Eletrônico. Disponível em: <www.honda.com.br> Acesso em 17 nov. 2013

9. Glossário

Ecossistema – designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades

Energias alternativas – é uma energia sustentável que deriva do meio ambiente natural. Algumas fontes de energia são "renováveis" na medida em que são mantidas ou substituídas pela natureza. A energia alternativa é obtida através de fontes que são essencialmente inesgotáveis, ao contrário dos combustíveis fósseis, dos quais há uma provisão finita e que não pode ser reposta.

Experiências exitosas – Experiências em que foi obtido êxito.

Fundição – Processo utilizado para fundir metais.

Galvanoplastia – 1. Parte da eletroquímica aplicada que investiga os processos e métodos de formação de corpos maciços por meio da eletrólise.2. Deposição, por meio de processo da galvanoplastia, de uma película metálica sobre uma peça do mesmo, ou de outro, metal, para proteção ou decoração.

Gênese – Geração, origem. Sucessão dos seres.

Habitats faunísticos – Lugar habitado pela fauna.

Holístico – Relativo ao holismo. Holismo: Teoria segundo a qual os elementos do universo interagem entre sem que necessariamente se somem.

Macrorregional – Relativo à macrorregião. Grande região constituída por extensos blocos territoriais que se caracterizam pelo predomínio de certo número de traços comuns (humanos, físicos, econômicos e sociais).

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Meios biofísicos – É o conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

Microrregionais – Relativo a microrregião. Divisão menor de uma região geográfica.

Mitigar – Aplacar a sede, dor, etc.; moderar. Suavizar, aliviar.

Política ambiental – conjunto de normas, leis e ações públicas visando à preservação do meio ambiente em um dado território.

Socioambiental – Relativo aos elementos ou problemas sociais em sua relação com os elementos ou problemas ambientais.

Sustentabilidade – Qualidade ou condição do que é sustentável; Modelo de sistema que tem condições para se manter ou conservar.

Transdisciplinaridade – é uma abordagem científica que visa a unidade do conhecimento. Desta forma, procura estimular uma nova compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através das disciplinas, numa busca de compreensão da complexidade. Além disso, do ponto de vista humano a transdisciplinaridade é uma atitude empática de abertura ao outro e seu conhecimento.

 Transversalidade – Qualidade do que é transversal. Transversal: Que

corta, que atravessa.

Usinagem – Ação de usinar. Usinar: Submeter uma matéria bruta à ação de uma máquina-ferramenta; Fabricar numa usina.

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