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Page 1: Trabalho de Escola Norte Americana2

ESCOLA NORTE-AMERICANA DE CONTABILIDADE

Acadêmicos:

Sara dos Reis

Diego

Solange

Thais Ferreira de Melo

Luciano de Lima Oliveira

Celiomar Jose Louredo

Fernando Rodrigues Teodoro

Faculdade Alfredo Nascer-Unifan

Aparecida de Goiânia- GO- 2012

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Acadêmicos:

Sara dos Reis

Diego

Solange

Thais Ferreira de Melo

Luciano de Lima Oliveira

Celiomar Jose Louredo

Fernando Rodrigues Teodoro

ESCOLA NORTE-AMERICANA DE CONTABILIDADE

Trabalho destinado à composição parcial da nota processual

da disciplina Teoria da Contabilidade

Orientador: Lucilla Valeria

Faculdade Alfredo Nascer-Unifan

Aparecida de Goiânia- GO- 2011

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Dedicatória

Dedicamos este trabalho acadêmico aos nossos familiares, que nos apoiaram em mais

esse momento de realização de nosso curso acadêmico de Ciências Contábeis.

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo fazer uma abordagem ampla sobre a escola norte-americana de contabilidade, desde o contexto de seu nascimento, desenvolvimento, principais expoentes e contribuições, até os dias atuais, pois se trata de uma escola de vanguarda, atenta as necessidades de informações dos usuários da contabilidade.

É impulsionada por expressivo investimento em pesquisa e forte atuação das entidades representativas de profissionais da área contábil.

Está inserida em um contexto econômico altamente vigoroso e dinâmico de mercado de capitais, cuja expressão máxima é capitaneada pelos Estados Unidos da América.

Abordaremos ainda, aspectos negativos vinculados à escola relatados por autores como Sérgio de Iudícibus e Antônio Lopes de Sá.

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CENÁRIO MUNDIAL

O controle do patrimônio é uma preocupação natural do ser humano e a história evidencia que desde antes de Cristo há registro do uso de práticas contábeis, especialmente, as relacionadas ao inventário de animais.

O desenvolvimento econômico ao longo da história caminhou lado a lado com o avanço da contabilidade. A aglomeração de pessoas em cidades favoreceu a acumulação de riqueza e a transformação dos empreendimentos, que evoluíram de um modelo familiar de condução dos negócios, para um ambiente mais plural de captação de recursos, tornando os empreendimentos maiores e mais complexos, exigindo o aprimoramento dos mecanismos de controle do patrimônio.

As teorias desenvolvidas pelas escolas italianas contribuíram para o desenvolvimento da contabilidade e a construção da história científica da contabilidade. Entretanto, com o declínio da economia em face da devastação ocasionada pela Iª Guerra Mundial na Europa (empobrecimento dos países europeus), dá-se inicio a perda da hegemonia na condução da teoria contábil das cidades italianas como Gênova, Florença e Veneza. Além do fator econômico, outros aspectos ocasionaram o declínio das escolas européias, tais como: ênfase demasiada na contabilidade como ciência e a teoria das contas; falta de ênfase na auditoria e na aplicação das teorias desenvolvidas; extrema prolixidade de seus trabalhos e a queda da qualidade do ensino das instituições.

Entre 1919 a 1945 houve uma crescente urbanização nos Estados Unidos o que resultou em gradual transformação da maioria rural em minoria e no aumento da participação das grandes corporações na economia americana.

A revolução industrial e comercial, inicialmente ocorrida na Europa, passa a ocorrer na América do Norte, especialmente, nos Estados Unidos. A natureza dos negócios mudou com a revolução industrial. A grande produção de ferro facilitou a construção de fábricas. Surgiram grande companhias de eletricidade, de água, de gás, de bondes e férreas. A conjugação da produção em massa com o avanço dos sistemas de distribuição foi fundamental para o surgimento de grandes empreendimentos. As atividades empresariais não cresceram somente em tamanho, mas difundiram-se em todas as partes do mundo, ocasionando a necessidade de desenvolvimento de novos métodos de administração e controle.

Foi então que a economia americana ganhou destaque, força e entrou em trajetória de ascensão, por meio do surgimento de gigantescos conglomerados empresariais. Nesse contexto, começam a surgir nos novos parâmetros para a contabilidade, uma vez que tais empresas necessitavam de grande aporte de capitais de acionistas. Os investidores e os outros interessados demandavam informações de qualidade, que permitissem a correta interpretação dos relatórios contábeis, em qualquer parte do mundo.

A partir de 1920 (término da Iª Guerra Mundial), inicia-se a fase de predominância norte-americana na contabilidade, que era favorecida pela ampla estrutura econômica e política que dispunham aliado ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ritmo de desenvolvimento acelerado dos EUA, constituiu um campo fértil para o avanço da pesquisa e das teorias contábeis, fruto do trabalho de equipe de diversos setores da sociedade como: universidades, órgãos de pesquisa, entidades de classes, bolsa de valores e órgãos governamentais.

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Os fatores anteriormente citados propiciaram um campo fértil para o crescimento de uma contabilidade nova, que estava voltada para seu grau de utilidade e aplicabilidade.

Na medida em que a economia norte-americana ganha destaque e força começam a surgir novos parâmetros e desafios para a contabilidade. O avanço comercial leva às empresas norte-americanas a todas as partes do mundo. Dessa forma, quando uma filial de empresa americana é instalada em outro país, leva a reboque toda a sua cultura organizacional, bem como os métodos de gerenciamento, controle e procedimentos contábeis. Não só as empresas americanas são fortes, a economia do país é forte. O poderio dos EUA leva a uma supremacia de instrumentos econômicos como a utilização do dólar como referencial de moeda mundial

O SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DAS ENTIDADES DE CLASSE

O mesmo veio a ocorrer com o idioma, que se tornou padrão nos negócios empresariais globais.

A influência da escola americana ganha ainda mais ênfase em função das empresas multinacionais, sobretudo, as que possuem títulos negociados em bolsa de valores. Dado que o mercado mobiliário dos EUA é o mais significativo do mundo, houve por parte dos demais países uma necessidade de ajuste aos padrões de auditoria e procedimentos contábeis por eles praticados.

As associações foram as principais propulsoras para o desenvolvimento doutrinário da contabilidade nos Estados Unidos, especialmente da contabilidade financeira. Essas associações trabalharam na qualidade da informação contábil, na padronização da contabilidade e na divisão da contabilidade em financeira e gerencial.

Uma característica peculiar da Escola Norte-americana é a de que as associações profissionais desenvolveram a contabilidade, principalmente a Associação Norte-americana de Contadores (AAA) e o Instituto Norte-americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA) que teve vários predecessores como: Associação Americana de Contadores Públicos (AAPA – American Association of Public Accountants); Instituto Norte-americano de Contadores (AIA – American Intitute of Accountants); Associação Norte-americana dos professores Universitários (AAUIA – American Association of University Instructores in Accounting).

A Associação Americana de Contadores (AAPA), fundada em 1887, é o primeiro organismo profissional representando os contadores nos Estados Unidos. A criação da Associação Americana de Contadores (AAPA) foi proposta pelo britânico Edwin Guthrie da empresa Thomas, Wade e Guthrie de Londres. Como sua firma atuava no mercado dos Estados Unidos, ele procurou, por meio dessa Associação, criar uma mentalidade britânica de trabalho entre os profissionais norte-americanos que prestavam serviço a sua empresa.

No início, a Associação Americana de Contadores (AAPA) formulou um programa para a profissionalização da Contabilidade e criou o College of Accounts para certificar a prática da competência dos práticos nela inscrito. Esse programa foi mudado, em 1890, em função da iniciativa feita pela associação rival, a New York Intitute of Accounts (NYIA), que estabeleceu sua própria diretriz profissional. Para isso era necessário que o órgão que controlava o licenciamento profissional chamado de New York State Board of Regents autorizasse, no entanto o New York State Board of Regents foi contrário a emissão dos certificados por qualquer entidade.

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A AAPA e a NYIA tentaram novamente promover planos para a obtenção de licenças similares às dos profissionais que atuavam na área de Direito e Medicina. Entretanto só em 17 de abril de 1896, foi promulgada uma lei no Estado de Nova York autorizando a NYIA a emitir certificado de capacitação profissional, criando a CPA.

As principais exigências do Estado de Nova York para que o candidato participe da prova para receber o certificado de capacitação profissional – Contador Certificado público (Certfied Public Accountant – CPA) são as seguintes:

a) ser cidadão americano ou declarar sua intenção de tornar-se cidadão americano;

b) ter pelo menos 21 anos de idade e bom caráter moral;

c) residir no Estado de Nova York ou possuir negócio regular no Estado;

d) ter curso de graduação aprovado pelo departamento de Educação do Estado de Nova York, ou equivalente, e completar esse curso com pelo menos, 24 horas semestrais de Contabilidade, seis de legislação, seis de finança e seis de Economia, ou ter curso de graduação em Contabilidade aprovado pela Comissão de educação de Nova York, ou ter, pelo menos, 15 anos de experiência prática em auditoria, ficando essa possibilidade sujeita à aprovação de uma junta examinadora;

e) ter sido aprovado em exame aprovado pelo Departamento de Ensino após a conclusão do curso de graduação;

f) ter completado três anos de experiência envolvendo a aplicação diversificada dos princípios contábeis e dos procedimentos de auditoria, por sua própria conta, como membro de uma empresa ou como empregado de uma empresa de auditoria.

A segunda fase da Associação Americana de Contadores (AAPA), que vai de 1905 a 1916, caracterizou-se pela federalização. A criação do certificado de capacitação profissional – Contador Certificado público (Certfied Public Accountant-CPA) trouxe um engrandecimento para a profissão contábil e, conseqüentemente, para a própria Contabilidade. Os líderes das associações rivais perceberam e reconheceram a necessidade de uma harmonização.

A AAPA, portanto, associou-se com uma associação nacional e com todas as associações estaduais de contadores certificados, ou seja, com todas as associações que já haviam criado de alguma forma de certificar a capacidade dos profissionais da área contábil.

Vale salientar que a AAPA não tinha poder de ingerência sobre os testes dos estados que os requisitos exigidos para o teste não eram o mesmo em todos os estados. O exame era mais rígido em alguns estados do que em outros.

O sucesso da AAPA nessa nova fase foi imediato, tanto que 31 estados americanos já haviam criado de alguma forma de certificar a capacidade dos profissionais da área contábil. Essa associação também foi responsável pela implantação de muitos sistemas contábeis em

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empresas estatais, bem como auxiliou na padronização dos sistemas contábeis das empresas responsáveis pela estrada de ferro.

A Associação Americana de Contadores (AAPA) trabalhou na padronização da prática contábil norte-americana. Um grande impulso para esse trabalho foi a criação da revista Jounal of Accountancy, publicada em 1905. Esse periódico começou a fornecer informações úteis sobre matéria técnicas contábeis, impostos e casos particulares para o progresso da profissão.

Em 1916, a Associação Americana de Contadores (AAPA), foi reorganizada e transformada no Instituto Norte-americano de Contadores (AIA). Nesse mesmo ano foi fundada a Associação Norte-americana dos Professores Universitários de Contabilidade (AAUIA – American Association of University Instructores in Accounting) que, inicialmente, voltou-se mais para questões relacionadas ao desenvolvimento do currículo universitário e, só mais tarde, para questões relacionadas ao desenvolvimento da teoria contábil. Só em 1935 alterou sua denominação para Associação Norte-americana de Contadores (AAA – American Accounting Association) e, como resultado, surgiu um primeiro trabalho, intitulado relatório experimental de princípios contábeis atrelados a demonstrações financeiras da empresa.

A terceira fase do agora chamado de Instituto Norte-americano de Contadores (AIA – American Institute of Accountants) foi marcada por sua independência, que vai de 1916 a 1936. Desde então, essa entidade passou a direcionar seus esforços no desenvolvimento de padrões profissionais e na prática de pesquisas contábeis. A partir de 1917, o ingresso no Instituto Norte-americano de Contadores (AIA – American Institute of Accountants) era precedido de um rigoroso teste, isso também foi oferecido aos outros Estados que licenciavam contadores. Em 1921, 36 Estados já haviam adotado o teste do AIA.

Apesar de uma enorme credibilidade no meio contábil e de sua presença marcante em todas as diretrizes sobre a prática contábil. O Instituto Norte-americano de Contadores (AIA – American Institute of Accountants) experimentou uma ruptura, ou seja, passou pro uma crise onde dois eventos foram responsáveis por essa crise.

Primeiro evento, o Instituto Norte-americano de Contadores (AIA) promulgou um código de ética para a profissão que proibia a propaganda de serviços dos profissionais e a busca direta de clientes. Essas proibições geraram um desconforto por parte de muitos contadores, que as interpretaram como uma tentativa da elite do AIA de dominar a prática contábil. Segundo evento, foi em 1922 quando o AIA tentou, porém não conseguiu, fazer um lobby no Congresso Federal para que lhe fosse concedida licença para emitir o certificado de CPA para todo o território americano. Portanto, esses dois eventos originaram revolta de muito contadores, levando-os a criar uma organização rival denominada de Associação norte-americana de Contadores Públicos Certificados (ASCPA - American Society of Certified Public Accountants), fundada em dezembro de 1921, por Durand Springer, em Michigan. Em 1936, o ASCPA contava com 2.135 membros, enquanto o AIA tinha 2.239.

Logo após o crack da Bolsa de Valores de New York em 1929, que causou um grande abalo na contabilidade das demonstrações contábeis, membros do Instituto Norte-americano de Contadores (AIA) e da própria Bolsa de Valores (NYSE) reuniram-se para discutir diferentes aspectos contábeis de interesse dos investidores das Bolsas e dos contadores, quanto à elaboração e à publicação das demonstrações contábeis.

Na época, ficou claro que as empresas adotavam diferentes métodos contábeis, já que não existiam regras definidas a serem seguidas e tanto contadores, auditores, fiscalizadores (Bolsas) foram alvo de críticas muito severas por parte do público e investidores.

As recomendações que o Instituto Norte-americano de Contadores (AIA) e a Bolsa de Valores (NYSE), não foram suficientes para tranqüilizar a situação. O Securities Act de 1933, promulgado dentro do projeto New Deal, do Presidente Franklin D. Roosevelt, aumentou

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substancialmente o poder do governo sobre a flutuação das ações e dos títulos emitidos. No ano seguinte, pelo Securities Act de 1934, o governo federal regulamentou a forma de divulgação das demonstrações contábeis de todas as empresas abertas, além de determinar o papel de controle do mercado financeiro por meio da Securitites and Exchange Commission (SEC). Com esses atos o governo federal passou a avaliar o trabalho dos profissionais de Contabilidade e a SEC começou a ter o poder de impedir a emissão de novos títulos no mercado, caso as demonstrações contábeis das empresas não estivessem de acordo com sua determinação.

Membros da Securitites and Exchange Commission (SEC), preocupados com a baixa qualidade das demonstrações contábeis submetidas a registro na SEC, passaram a promulgar, em 1935, atos a respeito de procedimentos práticos de Contabilidade e auditoria. Essa parcial perda de autonomia dos contadores induziu o Instituto Norte-americano de Contadores (AIA – American Institute of Accountants) a buscar a reunificação da comunidade contábil. Líderes do AIA trabalharam para a reconciliação com o ASCPA. Em 1936 as duas associações se uniram e adotaram o nome de Instituto Norte-americano de Contadores (AIA), como era chamado anteriormente. A SEC reconheceu a autoridade do Instituto Norte-americano de Contadores (AIA) no tratamento de assuntos ligados à Contabilidade e auditoria. O Comitê de procedimentos Contábeis (Committee on Accounting Procedure - CAP) do AIA começou a emitir, em 1939, os Boletins de Investigação de Contabilidade (Accounting Research Bulletins – ARB), como uma forma de padronizar os procedimentos utilizados na Contabilidade financeira.

Essa reunificação do Instituto Norte-americano de Contadores (AIA) com a Associação norte-americana de Contadores Públicos Certificados (ASCPA) foi em aceita por toda comunidade contábil e pelo próprio governo federal, formando uma organização maior e de grande influência para o desenvolvimento da teoria contábil: o Instituto Norte-americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA – American Institute of Certified Public Accountants).

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CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA

O Instituto Norte-americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA – American Institute of Certified Public Accountants) criou, à época, diversos comitês e conselhos voltados para o desenvolvimento dos Princípios Contábeis (CAP – Comittee on Accounting Procedures), em 1938, e a Junta de Princípios Contábeis (APB – Accounting Principles Board), em 1959. Em 1972, surge a Junta de Princípios e Padrões Contábeis (FASB – Financial Accounting Standards Board), como órgão independente do AICPA.

O início da escola caracteriza-se por seu aspecto prático no tratamento de problemas econômico-administrativos. As grandes questões enfrentadas pela escola, especialmente nesse século, são as inerentes as transformações das operações comerciais, e a dinamicidade das informações demandadas para melhor avaliar a performance empresarial, riscos para se realizar investimentos e gerenciar as entidades econômicas. Estes elementos foram responsáveis por transformá-la em uma das escolas mais importantes do mundo, ditando regras no tratamento de questões ligadas à contabilidade de custos, controladoria, análise das demonstrações contábeis, gestão financeira e controle orçamentário, entre outros aspectos do conhecimento contábil.

O interesse dos norte-americanos pela qualificação da informação contábil, associada à necessidade de padronização e normatização dos procedimentos contábeis, levou a escola a ser dividida em duas grandes áreas de interesse. O primeiro relacionado com a contabilidade financeira e com a divulgação dos relatórios contábeis, com grande participação das entidades de classe em seu desenvolvimento e com forte preocupação com o usuário externo. O segundo relacionado com a contabilidade gerencial e de custos, focada na qualidade da informação como suporte para o processo de tomada de decisão do usuário interno.

A contabilidade é considerada a linguagem dos negócios, ou seja, é onde os principais agentes econômicos buscam informações sobre lucro, retorno e endividamento. Os investidores desejam mensurar a conveniência e a oportunidade para concretizar negócios.

O mercado acionário americano é sólido e atuante de sorte que há uma cultura de investimento voltada para a bolsa de valores. Já no Brasil, percebe-se uma recorrência maior ao mercado bancário para a captação de recursos. O papel da contabilidade no mercado de capitais é se suma importância, pois dados ao caráter inovador que lhe é característico, novos e complexos instrumentos financeiros são criados e necessitam ter um disciplinamento de evidenciação nos relatórios contábeis com vistas a que reflitam a essência da transação econômica.

IUDÍCIBUS (2004:38) aponta os seguintes fatores como base para a sustentação do desenvolvimento da contabilidade dos Estados Unidos:

a) O grande avanço e o refinamento das instituições econômicas e sociais;

b) O investidor médio é um homem que deseja estar permanentemente bem informado, colocando pressões não percebidas no curtíssimo prazo, mas frutíferas no médio e longo prazos, sobre os elaboradores de demonstrativos financeiros, no sentido de que sejam evidenciadores de tendências;

c) O governo, as universidades e os corpos associativos de contadores empregam grandes quantias para pesquisas sobre os princípios contábeis;

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d) O Instituto dos Contadores Públicos Americanos é um órgão atuante em matéria de pesquisa contábil, ao contrário do que ocorre em outros países;

e) Mais recentemente a criação do FASB - Financial Accounting Standart Board (órgão privado – Comissão de Padrões de Contabilidade Financeira) e, a muitos anos, do SEC - Securities Exchange Commission (órgão regulador do mercado de capitais americano similar à CVM no Brasil) tem propiciado grandes avanços na pesquisa sobre procedimentos contábeis.

Os sistemas contábeis, de forma geral são classificados pelos autores na atualidade em dois grandes grupos distintos: o modelo Anglo-Saxão e o modelo Continental.

O modelo Anglo-Saxão é composto por países como Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia, EUA, Canadá, Malásia, Índia, África do Sul e Cingapura, cujas características predominantes são:

a) Existência de uma profissão contábil forte e atuante;

b) Sólido mercado de capitais, como fonte de captação de recursos;

c) Pouca interferência governamental na definição de práticas contábeis;

d) As demonstrações financeiras buscam atender, em primeiro lugar, os investidores.

O Modelo Continental, por sua vez, é composto por países como França, Alemanha, Itália, Japão, Bélgica, Espanha, países comunistas (Europa Oriental), países da América do Sul, entre outros. As características predominantes são:

a) Profissão contábil fraca e pouco atuante;

b) Forte interferência governamental no estabelecimento de padrões contábeis, notadamente as de natureza fiscal;

c) As demonstrações financeiras buscam atender primeiramente aos credores e ao governo em vez dos investidores; e

d) Importância dos bancos e outras instituições financeiras (inclusive governamentais) em vez de recursos provenientes do mercado de capitais como fonte de captação de recursos pelas empresas.

Há países como o Brasil, em que a classificação seria considerada mista, pois possui características de ambos os modelos.

O desenvolvimento da escola americana tem uma característica peculiar, qual seja, grande importância das associações profissionais da área contábil, entidades estas que tiveram um papel fundamental na construção do pensamento contábil, em particular daquele relacionado com a contabilidade financeira, com destaque para o American Accouting Association – AAA (Associação Americana de Contadores) e American Institute of Certified Public Accountants – AICPA (Instituto Norte-Americano de Contadores Públicos Certificados).

Os profissionais da área contábil acatam quase com unanimidade as diretrizes emanadas das associações de profissionais, embora nem todos partilhem de suas idéias.

A profissão contábil nos países que adotam o modelo anglo-saxão de contabilidade é reconhecida “como auto-regulamentada” (com pouca interferência do governo) e é responsável pela promulgação de padrões contábeis e de auditoria. Também nesses países é a própria profissão contábil que estabelece critérios para credenciamento de contadores e auditores, por intermédio de seus conselheiros ou órgãos de classe, seja por meio de exames ou certificações.

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Após a segunda guerra mundial, a profissão contábil já estava firmemente estabelecida e amadurecida. Possui status e reconhecimento, tendo inclusive o poder de delegação de competência para formular normas e padrões contábeis.

O Congresso Nacional é a autoridade máxima com competência para legislar sobre matéria contábil no EUA. Entretanto, delega competência ao SEC (órgão governamental independente, ou seja, não sofre influência política direta do Poder Executivo), que por sua vez delega competência ao FASB. O SEC foi criado em 1934, após a quebra da bolsa de valores de 1929 e seu papel foi o de regular o mercado de capitais, exercendo o seu controle e fiscalização.

Desde a década de 70, o que vem ocorrendo em relação ao enfoque das regulamentações é que o SEC está mais voltado para disciplinar exigência de evidenciação (divulgação) e o FASB as exigências de reconhecimento (ocorrência/ extensão correta) e mensuração (medir/avaliar). Caso o FASB não cumpra o seu papel, o SEC poderá a qualquer momento avocar suas prerrogativas e impor suas regras.

Em 2002, foi utilizada uma medida extrema, o próprio Congresso editou a lei Sarbanes e Oxley como uma resposta rápida a crise de confiança estabelecida em função dos escândalos de fraudes contábeis em grandes empresas como a Enron e a WorldCom que afetaram a credibilidade do mercado de ações dos Estados Unidos. A lei tem enfoque amplo e buscou aumentar o grau de responsabilidade da alta administração das organizações, bem como das empresas de auditoria, prevendo penalidades mais severas que podem chegar a US$ 5 milhões e prisão de até 20 anos. A lei reforça ainda as diretrizes de maior austeridade nos controles internos, de forma a dar maior transparência e informações gerenciais corretas aos acionistas.

Essa medida foi emergencial e, portanto, uma exceção a forma como a regulação e a normatização do mercado são realizados usualmente, uma vez que o Congresso Americano delega ao SEC tal competência.

O grande desafio atual da contabilidade em âmbito mundial é o de promover a harmonização de padrões contábeis que facilite a comunicação e contribuam para reduzir as diferenças internacionais dos demonstrativos contábeis, permitindo a comparabilidade das informações. Dada a capacidade dos EUA em influenciar outros países quanto a padrões de reconhecimento, mensuração e evidenciação, há uma ambiente favorável ao desenvolvimento desse processo cuja entidade disciplinadora de padrões no âmbito dos EUA é o FASB, e em âmbito internacional é o Conselho Internacional de princípios Contábeis - IASB (International Accounting Standards Board), com sede em Londres, o qual possui mais de 140 entidades associadas.

O FASB tem mantido estreito contato com o IASB no sentido de reduzir as divergências. Os padrões do FASB apresentam maior riqueza de detalhes operacionais (como fazer), enquanto o IASB é mais genérico e abrangente. O número de orientações/padrões baixados pelo FASB é maior que os disciplinados pelo IASB, de sorte que ainda há muitos temas a serem abordados pelo IASB.

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PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES

Entre as principais contribuições da corrente de pensamento da escola americana estão:

a) A busca da qualificação da informação contábil como forma de subsidiar a tomada de decisão dos gestores, de modo a torná-la mais útil para as empresas.

b) A padronização dos procedimentos utilizados pela contabilidade financeira como forma de aumentar a confiança nas demonstrações contábeis, tendo em vista a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929. A padronização da informação contábil visou à comparação entre o desempenho das várias empresas por parte dos investidores.

c) O estabelecimento dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos (US-GAAP) para garantir que as informações enviadas pela contabilidade aos usuários fossem confiáveis.

d) O estabelecimento de dois objetivos gerais da contabilidade: fornecer informações sobre os recursos econômicos e as obrigações da entidade e fornecer informações sobre as mudanças nos recursos da entidade, pretendendo fomentar a qualidade das informações aos diversos usuários.

e) Divisão da contabilidade em Financeira (voltada para informar o público externo à empresa) e a Gerencial (voltada para informar os administradores da empresa).

Destacamos ainda outros aspetos que consideramos relevantes, relacionados ao ensino e a contabilidade gerencial e social.

No ensino da contabilidade, os livros didáticos são mais práticos, sendo que a abordagem parte dos relatórios da contabilidade para, a partir daí, chegar aos detalhes dos lançamentos originários.

No que tange a Contabilidade Gerencial, os escalões gerenciais de grandes complexos industriais exigiam cada vez mais um controle rigoroso sobre os custos das operações industriais. Foram criados instrumentos de apoio à gestão, durante a primeira metade do século XX, como os orçamentos flexíveis e preços de transferência. Dessa forma a demanda por informações contábeis aumentou, e os contadores passaram a trabalhar na preparação de orçamentos, a dar assistência na determinação de formação de preços e nas operações de controle interno das organizações e, sobretudo, em fornecer dados para dimensionar o desempenho das organizações. A contabilidade gerencial foi conceituada por Simon (Apud Marcintosh, 1994, p. 40) como um processo de “identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações usadas pelos administradores para o planejamento, avaliação, controle de uma organização”.

O movimento científico-administrativo que surgiu no bojo da contabilidade gerencial entre o final do século XIX e início do século XX trouxe novas idéias e abordagens para o gerenciamento e controle das atividades, centrando o foco de atenção na eficiência. O estudo de Frederick Taylor intitulado tempos de movimentos buscou aumentar a eficiência e a utilização da mão de obra e dos materiais, por meio da padronização de todos os elementos da produção de forma a propiciar a melhor alocação de recursos materiais e humanos por unidade produzida.

Outro trabalho de destaque na área contábil gerencial no início do século XX se deu por meio de publicações de estudos sobre alocação de custos indiretos, custos de capital e depreciação, realizado por Alexander Hamilton Church. O papel da contabilidade nas organizações cresceu de tamanho e complexidade, tendo consequentemente seu raio de atuação

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ampliado. A partir desse contexto, um dos instrumentos de análise e controle operacional utilizados pelos gestores de grandes organizações foi o retorno sobre o investimento (ROI – Retorn on Investment). Na década de 50, Joel Dean escreveu trabalhos sobre orçamento de capital e promoveu o uso do fluxo de caixa descontado como método de análise.

No que se refere à contabilidade social, houve na década de 60, uma grande manifestação popular contra a guerra do Vietnã, em função dos malefícios causados, e dos gastos elevados com armamentos sofisticados utilizados na guerra, cujo efeito era prejudicial ao homem e ao meio ambiente. Várias organizações passaram a pressionar as empresas no sentido da mudança do comportamento empresarial, moral e ético no sentido de informar à sociedade os benefícios que prestavam a seus funcionários e a sociedade, dando origem ao Balanço Social.

O modelo americano obteve sucesso, pois um sistema contábil deve estar intimamente ligado a sua capacidade de adaptação aos novos direcionamentos das demandas de mercado e da sociedade.

ASPECTOS NEGATIVOS

Nem tudo é considerado perfeito na escola americana. Alguns autores tecem críticas conforme pudemos observar nas afirmações dos autores Iudícibus e Lopes de Sá.

Para Iudícibus a escola americana apresentava os seguintes defeitos:

a) Pouca importância atribuída à sistematização dos planos de contas, pelo menos nos livros-texto;

b) Apresentação de tópicos dos livros de forma não ordenada, dificultando, distinguir, às vezes, os de maior importância;

c) Pouca consideração – por parte dos órgãos responsáveis pela edição de princípios contábeis, pelo menos até pouco tempo atrás – pelo problema inflacionário, embora algumas das melhores obras sobre indexação tenham sido escritas por autores americanos e alemães.

Lopes de Sá, em seu artigo Bases das Escolas Européia e Norte-Americana, perante a cultura contábil e a proposta neopatrimonialista, teceu críticas ao modelo anglo-saxão de contabilidade, cujos principais aspectos a seguir resumimos:

a) Regime empregado no estudo da teoria contábil americana é uma linha empírica e não científica, de natureza eminentemente pragmática, preocupada apenas em escriturar e informar. Em sua percepção a escola esteve limitada a formas e esteve alheia a essência do conhecimento. Defendia que uma coisa é informar sobre o acontecimento a outra é explicar, interpretar e entender sobre o ocorrido;

b) A escola não estava preocupada com a verdade, mas, sim, com a maioria de opiniões a respeito de assuntos contábeis, divulgando o que convinha aos usuários e não a verdade que estes deveriam ter por dever prestar;

c) Ressaltou que as entidades de classe foram criadas e dirigidas pelas empresas mais fortes do setor contábil. Entre elas, as multinacionais de auditoria, que buscavam ter o controle sobre estas associações, ou seja, estavam contaminadas por interesses próprios.

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PRINCIPAIS PENSADORES

CHARLES EZRA SPRAGUE

Nascido em Nassau, Nova Iorque, em 9 de outubro de 1842. Aos 50 anos foi eleito presidente do banco (Union Dime Savings Bank) e ocupou esse cargo até a sua morte (1912). Introduziu algumas inovações nas atividades bancárias, incluindo: a caderneta de depósito bancário, livros de conferência, registros em folhas individuais por cliente, registro de entrada feito mecanicamente, entre outros.

Dedicou-se ao ensino de contabilidade e sua influência foi decisiva para a criação da Escola de Comércio, Contabilidade e Finanças, na Universidade de Nova Iorque.

Os estágios de desenvolvimento profissional alcançados na contabilidade norte-americana foi fruto do pioneirismo do seu trabalho.

Destaca-se como contribuição nos estudos da contabilidade norte-americana, a proposta de uma nova classificação contábil, onde as contas eram divididas em pessoais e impessoais, por uma divisão simples: um grupo incluiria os ativos e passivos e um segundo grupo incluiria as contas de capital e as de lucro ou prejuízo, pela equação A=P+C (ativo = Passivo + Contas de Capital), demonstrando algebricamente a teoria das contas, procurando demonstrar o porquê da igualdade patrimonial, fundamentando a base teórica para o registro contábil.

MAURICE MOONITZ

Nasceu em 31 de outubro de 1910, em Cincinnati, Ohio. He attended the public schools in Cincinnati, and he graduated from Withrow High School in 1927. Frequentou as escolas públicas de Cincinnati, e graduou-se Withrow High School em 1927.

Objeto de uma excelente biografia, foi condecorado em 1976 com o título de Professor com Distinção e a Associação Americana de Contabilidade, entregou-lhe, em 1985, o prêmio Educador Destaque. Outro importante prêmio recebido por ele foi a indicação, em 1979, para membro da Câmara Americana de Contabilidade. Além de trabalhar em contabilidade bancária, atuou por muito anos como auditor.

Seu primeiro trabalho de destaque foi a monografia N. 4 da Associação Americana de Contabilidade, publicada em 1944. Nesse estudo, ele apresentou uma abordagem conceitual e coerente como forma de consolidar demonstrações contábeis, baseadas em discussões de um grupo de empresas com economias e contabilidades distintas. Foi dessa discussão que saiu o conceito de que todos os ativos e passivos, inclusive goodwill, que representam 100% dos valores devem ser considerados e registrados. Outra área de interesse de Moonitz foi o efeito da inflação na Contabilidade, onde procurou aperfeiçoar os estudos com explicações mais aprofundadas sobre o nível de preços.

Em 1960, ano que o projetou definitivamente no cenário contábil, foi indicado para o cargo de Diretor de Pesquisa do AICPA (Instituto Norte-Americano de Contadores Públicos Certificados). Em 1962, sob as orientações da AICPA, propôs um estudo sobre os postulados básicos da contabilidade. Considerando que essa abordagem normativa conduzia ao estudos de princípios contábeis a valores correntes, a comunidade contábil da época não aceitou muito bem esse estudo.

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HENRY RAND HATFIELD

Nascido em 27 de novembro de 1866, em Chicago, Illinois. Estudou na Northwestern University, obtendo o grau de Ph.D. em economia política e ciência política na University of Chicago.

Hatfield nunca trabalhou em contabilidade nem era contador público certificado. Mesmo assim criou o curso de Contabilidade da Universidade de Chicago. Foi o primeiro professor de contabilidade em tempo integral, onde, ao longo de sua vida, recebeu várias condecorações, tendo sido agraciado várias vezes com o título de Professor Associado e Professor Emérito de Contabilidade por diversas universidades americanas.

Teve um posicionamento autêntico na Associação Americana de Contabilidade, assumindo em 1919, o cargo de Presidente.

Num artigo escrito ele afirmou que o grande desafio para a nova ciência contábil seria o de resolver a falta de uniformidade de seus princípios e de sua terminologia. Para ele, o desenvolvimento de uma estrutura coerente de contabilidade do início do século só seria possível se os contadores fossem mais teóricos, a exemplo dos físicos e dos químicos. O teste de teoria, em sua opinião, deveria ser realizado por meio da verificação em procedimentos contábeis costumeiros e por meio de opinião de especialistas.

Outro posicionamento importante foi quanto aos ativos intangíveis. Ele acreditava em declínio do valor dos serviços dos ativos fixos ao longo do tempo. Em função disso, defendeu uma amortização regular e recomendou que fossem adotados parâmetros de para a vida legal dos intangíveis.

Mesmo após sua morte, em 1945, teve o seu trabalho reconhecido e foi indicado, em 1951, para a Câmara Americana de Contabilidade.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do estudo desenvolvido pode-se dizer que a Escola Americana, ao contrário da Italiana, preocupou-se com o usuário da informação contábil.

A escola americana de contabilidade se consolidou como uma das escolas mais importantes e influentes do mundo e suas contribuições mais significativas estão ligadas ao disciplinamento de questões ligadas à contabilidade gerencial, posto que, no mundo globalizado em que estamos inseridos, a informação é uma necessidade contínua e a agilidade na sua obtenção é instrumento para prover oportunidades de negócios e sua intempestividade pode ocasionar ameaças.

A busca de soluções práticas voltadas para a mensuração e evidenciação de novas operações/transações de mercado, associado ao desenvolvimento de mecanismos de apoio à gestão levaram a escola americana a sustentar a condição de principal expoente mundial em relação ao disciplinamento de práticas contábeis.

Outro aspecto a destacar é que a contabilidade é a linguagem dos negócios e visa dar transparência as atividades empresariais. Assim como no passado houve por parte dos americanos um grande interesse pela padronização dos demonstrativos contábeis, hoje, há um grande esforço das nações para buscar a harmonização dos padrões contábeis, em função da diversidade de normas existentes, gerando um alto custo de conversão das demonstrações contábeis. Tal diversidade é inconcebível, na medida em que não há uniformidade de práticas de reconhecimento, mensuração e evidenciação que propiciem mecanismos de comparabilidade de resultados alcançados. Este é sem dúvida o maior desafio para a contabilidade no cenário atual.

Devido ao grande aporte de recursos que os EUA canalizam para pesquisa contábil, dificilmente a escola americana deixará de produzir notáveis avanços nesta disciplina. A ciência contábil continuará evoluindo, beneficiando não só os EUA, mas o ambiente global.

Por fim, pode-se afirmar que os avanços alcançados pela escola americana propiciaram a ampliação do leque de alternativas de atuação no mercado de trabalho para o profissional contábil, tornando a profissão mais reconhecida e com status perante a sociedade, principalmente em países de economia forte.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Artigo científico: Escola Européia e Escola Americana de Contabilidade

Um Estudo Comparativo

http://www.mfpericias.com/pdf/Artigo%20Escolas.pdf , acessado em 10/11/2010.

IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da Contabilidade. 7ª edição. São Paulo: Atlas S.A, 2004.

Lopes de Sá. A. (2001). “Bases das Escolas Européia e Norte-Americana, perante a cultura contábil e a proposta neopatrimonialista”, [en línea] 5campus.com Contabilidad Internacional [y añadir fecha consulta].

NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade Internacional. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

SCHMIDT, Paulo. História do Pensamento contábil. Porto Alegre: Bookman, 2000.