toxicologia do manganÊs

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Bárbara Cardoso Cristiane Alvarenga Débora Lady Francine Dias Universidade José do Rosário Vellano- Unifenas

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Page 1: TOXICOLOGIA DO MANGANÊS

Bárbara CardosoCristiane Alvarenga

Débora LadyFrancine Dias

Universidade José do Rosário Vellano-Unifenas

Page 2: TOXICOLOGIA DO MANGANÊS

MANGANÊS

Page 3: TOXICOLOGIA DO MANGANÊS

INTRODUÇÃOO manganês é um dos metais mais abundantes na crosta terrestre e geralmente ocorre associado ao

ferro. Em pequenas quantidades esse metal é considerado um nutriente essencial, necessário

para muitos processos fisiológicos de mamíferos, incluindo o crescimento e o desenvolvimento normal dos ossos e cartilagens, bem como do

sistema reprodutivo.

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FASE DE EXPOSIÇÃO Ocorre em mineração, fundição, fabricação de

baterias, tintas, vernizes e corantes, manufatura de ligas de aço e na fabricação de vidro e cerâmica. Principalmente através da inalação de fumos e poeiras de sais e óxidos do manganês.

A concentração do elemento no organismo é um fator primordial para sua ação e por isso há a preocupação com seu acúmulo ao longo do tempo de exposição.

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FASE TOXICOCINÉTICA Ainda se sabe pouco sobre a absorção do

manganês no corpo humano. Pode ser influenciada por certos fatores como a quantidade de hidratos de carbono,ferro consumido, a presença de fitatos ou proteína animal na dieta.

A absorção ocorre por duas vias: Inalatória Gastrointestinal

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VIA INALATÓRIA -A absorção por esta via está fortemente

dependente da forma e do tamanho das partículas que contêm manganês. A deposição de partículas no trato respiratório inferior ocorre apenas com partículas com diâmetro médio ≤ 10µm.

-Imediatamente após a inalação de manganês, este encontra-se mais concentrado nos pulmões, seguido do fígado, rins e baço.

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VIA GASTROINTESTINAL -É regulada mais pela excreção do que pela a

absorção. Contudo, a absorção do manganês é limitado uma vez que a remoção biliar é relativamente rápida e eficiente. No adulto normal, a absorção do manganês por via oral é apenas cerca de 3% da dose ingerida e permanece constante, mesmo quando esta é aumentada. O ferro e o manganês da dieta interagem de tal forma que níveis elevados de um deles levam a uma diminuição da absorção do outro.

-É a via de maior incidência de toxicidade,porém é a menos tóxica.

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FASE TOXICODINÂMICA O estado de valência do manganês inalado/ingerido

como a sua solubilidade pode influenciar na sua ação no organismo (Mn3+ e Mn2+).

No plasma, uma porção liga-se à macroglobulina α2, é transportado para o fígado e excretado pela bílis. Uma porção menor é oxidada pela ceruloplasmina a Mn3+, liga-se à transferrina plasmática e circula até aos tecidos.

O Mn3+, com uma menor taxa de eliminação, pode ter uma maior tendência para acumular nos tecidos.

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Este complexo atravessa a barreira hemato-encefálica, por um mecanismo de transporte ativo, liberando o manganês no cérebro. Quando é inalado, o Mn3+ liga-se diretamente a transferrina (o plasma é o principal ligante para o manganês).

Os seus efeitos adversos no sistema nervoso provavelmente resultam da falência de enzimas e alteração do seu potencial de ação. Mn3+, a qual é capaz de destruir a dopamina.

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Como uma porção Mn3+ liga-se a transferrina sendo que a principal função desta proteína é o transporte férrico, interessa que as áreas de acumulação de manganês no cérebro sejam também zonas de acumulação de ferro. Desta forma, o complexo Mn3+–transferrina é o mais provável mecanismo de transporte do Mn3+ para o cérebro, em especial para as zonas mais susceptíveis aos seus efeitos tóxicos, o que corresponde a ação tóxica no organismo.

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FASE CLÍNICAFase inicial: sintomas neuropsiquiátricos Fase posterior: pode ocorrer um período psicótico

Fase mais avançada da contaminação: verificam-se sintomas característicos do envolvimento extrapiramidal e de distúrbios nos gânglios basais.

Alguns casos a toxicidade manifesta-se após a exposição a alguns meses enquanto que em outros casos são necessários anos para que tal aconteça

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EFEITO TÓXICOA exposição excessiva ao manganês provoca efeitos tóxicos Aspectos semelhantes à doença de Parkinson

QUADRO CLÍNICO– alterações de humor (choro x riso)– perda de equilíbrio com quedas sem tonturas– alterações de marcha (passo de bailarina)– retropulsão e propulsão– impotência sexual com aumento da libido– pesadelos– atos compulsivos– alucinações

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CONCLUSÃOO manganês é um elemento que ocorre

naturalmente e em pequenas quantidades, sendo essencial para o ser humano. No

entanto, quando presente no organismo em elevadas quantidades pode causar efeitos

tóxicos em diferentes níveis, sendo os mais preocupantes a nível do SNC. Devendo

então, os órgãos responsavéis, fiscalizar as atividades industriais, pois a mesma

potencializa o risco a exposição.